Revista Cobertura Julho - Ano 2016

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Apesar de atual momento econômico e político, seguro garantia conta com apetite das seguradoras e boas perspectivas de negócios

Auto Premium Seguros para carros de luxo sentem impacto menor da crise

Ramo vida vislumbra produtos mais sofisticados Capilaridade do seguro e percentual de cessão de resseguros revelam longo caminho a ser percorrido

Travelers no Brasil Prestes a completar um ano de marca própria, seguradora almeja novos segmentos, conforme o presidente, Leonardo Semenovitch


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destaques Entrevista Travelers: prestes a completar um ano de marca própria, seguradora lança produtos e almeja novos segmentos, explica o presidente, Leonardo Semenovitch

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Seguro Garantia

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Apesar do momento econômico, ramo conta com apetite das seguradoras e boas perspectivas

Seguro de vida Mercado almeja produtos mais sofisticados

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Auto premium Seguros para carros de luxo sentem menor reflexo da crise

ainda nesta edição 1º ConsegNE Evento consolida união dos principais sindicatos dos corretores do Nordeste

Yasuda Marítima Agora é Sompo Seguros

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Índice de Confiança do Setor 15 de Seguros tem alta de 40% no primeiro semestre

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VI Fórum Manaus Seguros Congresso promovido pelo Sincor-AM/RR destaca pujança da região norte

One Health se prepara para 38 atuar no ramo odontológico

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Avanço para garantia

Edição 176 | Julho l 2016 | Ano XXV Fase 1 - 86 edições formato jornal Fase 2 - 176 edições formato revista

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om a redução de investimentos em infraestrutura e os desdobramentos da Operação Lava Jato, que envolve gigantes da área de construção, o segmento de seguro garantia sente os reflexos. A retração econômica, por outro lado, colaborou para a ascensão da modalidade de garantia judicial. Além desse fator, importante atualmente para a estabilidade do ramo, a esperada retomada econômica trará boas perspectivas para o garantia tradicional. Nessa edição, trazemos uma matéria sobre o atual momento e como o apetite das seguradoras será essencial para o crescimento desse seguro. Entrevistado nessa edição, o presidente da Travelers Seguros, Leonardo Semenovitch, comenta sobre os planos da empresa de atuar em novos segmentos. A seguradora está próxima de comemorar o primeiro ano de marca própria, após aquisição de 95% da carteira de Property & Casualty da JMalucelli, em outubro do ano passado. Também trazemos uma matéria sobre o atual momento do mercado de seguro de vida, que almeja produtos mais sofisticados. O caminho para crescimento é longo, pois a capilaridade do seguro e cessão de resseguros ainda são baixas. Já o mercado de seguros para carros de luxo tem sentido menos os impactos da crise econômica do País. Entre as tendências para esse segmento, incluem-se cada vez mais segurança, comodidade, conforto e facilidade para os segurados. Nessa edição, destacamos ainda dois importantes eventos para corretores realizados no mês de junho, o 1º ConsegNE, em Natal, que ficou marcado pela união da maioria dos sindicatos de corretores do Nordeste para a realização do evento; e o VI Fórum Manaus Seguros, promovido pelo Sincor-AM/RR, que destacou as oportunidades de negócios na região Norte.

Equipe Cobertura Paulo Akio Kato Editor Executivo e Diretor Comercial paulokato@skweb.com.br Camila Alcova Redação camilaalcova@skweb.com.br Karin Fuchs Tany Souza Repórter Thaís Tagliatella Barros Projeto Gráfico | Diagramação diagramacao@skweb.com.br Luciano Brandão Atendimento ao leitor adm@skweb.com.br

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acervo cobertura Revista Cobertura | Edição 35 – Ano XIII Os leitores podem conferir as notícias da época na íntegra no Acervo Digital da Cobertura disponível em www.revistacobertura.com.br/ arquivos/hotsite

Vistoria, rastreamento e tecnologia foram pauta em edição de 2004

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edição 35 da Revista Cobertura abordou a importância do atendimento das empresas de prestação de serviços nos contratos de seguros. Entre os destaques, foram veiculadas matérias sobre vistoria veicular e rastreamento, por exemplo. Outro destaque dessa edição foi a posse da primeira diretoria da então recém-criada Associa-

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ção das Empresas de Assessoria e Consultoria de Seguros do Estado de São Paulo (Aconseg-SP). A diretoria foi comandada por Osmar Bertacini. O CVG-RJ anunciou os vencedores de sua premiação Destaques 2003/2004. Naquele ano, 20 categorias foram premiadas, entre elas, a Bradesco Vida e Previdência, como seguradora do ano.

Reprodução da capa da 35ª edição da Revista Cobertura (2004) e 121ª publicação Cobertura

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Travelers Leonardo Semenovitch

Por Karin Fuchs | karinfuchs@skweb.com.br

Com menos de um ano de marca própria, companhia lança produtos e vislumbra novos segmentos

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om o mote inovação, especialização e facieste modelo de eventos para clientes terá continuilidade de serviços, a Travelers do Brasil dade neste ano. Atualmente, a Travelers conta com uma equipe completa nove meses de marca própria após a aquisição de 95% da carteira de sede cerca de 100 pessoas. Tem sua matriz em São guros Property & Casualty da J.Malucelli, em Paulo e estrutura comercial em sete filiais: Porto outubro de 2015. Neste período, a empresa Alegre (RS), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), divulgou a marca junto aos corretores e clienSalvador (BA), Belo Horizonte (MG), Ribeirão tes, lançou produtos e novos serviços para os Preto (SP) e Brasília (DF). seus parceiros comerciais. Leonardo Semenovitch, presidente da TraveLinhas de negócios lers no Brasil, conta que no início o desafio foi Atuando em quatro linhas de negócios – seguros exatamente tornar a marca conhecida, mas o arde riscos patrimoniais, responsabilidade civil, risgumento foi forte para tal, já que se trata de uma cos de engenharia e linhas financeiras – dois companhia de 160 anos, com um faturamento prónovos produtos já foram aprovados pela ximo a US$ 30 bilhões. “E ela é a única seguraSusep. “Nós já tínhamos o RC dora no índice Down Jones”, acrescenta. eventos e lançamos um seguro O primeiro passo foi o lançamento mais completo que tem coberda marca no final de 2015, de lá para tura para o cancelamento de cá, já foram cerca de 20 pequenos evento, por exemplo”, afirma, eventos realizados junto aos corretoacrescentando que para divulres e muitos outros estão programagar o novo produto serão feidos para este ano. “Estamos divultos eventos com produtores gando a marca, expondo os nossos que atuam neste ramo. Também aprovado pelo produtos e o que oferecemos. Acreórgão regulamentador foi dito que não haja mais desconheo E&O para empresas concimento em relação à marca Tratroladoras de veículos. “O velers no Brasil”, diz o executivo. E não somente com os correque chamamos de E&O para EVC, como a Controlar, em tores, mas a companhia também São Paulo. O produto já está realizando este trabalho de está aprovado para agêndivulgação da marca junto aos cias de viagem e em proclientes. Para exemplificar, Secesso de aprovação para menovitch cita que isto já foi empresas de tecnologia e feito em parceria com a assessomídia. Até o final do ano ria Renaseg, de Ribeirão Preto, lançaremos para outros em São Paulo, e com a TBI, do Rio de Janeiro. segmentos”, antecipa. Outra novidade é o seguro “No Rio de Janeiro nós fizemos um evento específico de riscos cibernéticos, previssobre D&O, com a contratato para setembro e o seguro de ção de um escritório de adtransporte para 2017, que será vocacia para mostrarmos aos uma linha de negócio diferente, clientes quais são seus riscos podendo ser considerada a quinta para que haja uma conscienda Travelers no Brasil. “Além disso, tização do modelo atual de Leonardo lançaremos outros produtos derivacomo funciona o produto e Semenovitch dos das linhas de negócios que atuquais riscos ele atende”, espresidente da almente atuamos”, complementa. pecifica, acrescentando que Semenovitch enfatiza que o obTravelers do Brasil 8

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Travelers Leonardo Semenovitch jetivo da Travelers é sempre buscar inovação. “Da mesma forma como a companhia sempre atuou nos Estados Unidos”, acrescenta, dizendo que “hoje em dia não é fácil inovar no mercado brasileiro, há muitas novidades recentemente lançadas. E apesar do cyber já ser um produto existente, ele é o início de uma imagem de inovação que queremos ter no mercado em relação a produtos”. Em longo prazo, estão no radar produtos para pessoa física, como a Travelers já tem em outros países. Uma carteira que é bem representativa nos negócios da companhia. “Nos Estados Unidos, cerca de 30% da carteira é de produtos para pessoa física, incluindo seguro de automóvel e o residencial, 10% da carteira é de linhas financeiras e garantia, e cerca de 60%, Property & Casualty. Em longo prazo queremos oferecer no Brasil os produtos que temos lá fora”. Mercados Semenovitch comenta que o foco da companhia no país é atuar com pequenos e médios clientes. “O que não impede que participemos de algo maior”, diz, enfatizando que o principal é oferecer qualidade nos serviços e no atendimento e uma proposta de valor diferenciada para esses dois segmentos de maneira especializada para cada um. Para o pequeno mercado o tratamento diferenciado é via web. “Já tínhamos o cotador para o property (riscos patrimoniais) para empresas dos setores de comércio e serviços, e agora também para indústrias. Lançamos para o RC e estamos lançando para o E&O para as empresas controladoras de veículos”, comenta, acrescentando que para a gestão de risco esses clientes são constantemente orientados e contam, ainda, com material de prevenção. Os que têm riscos mais complexos contam com uma equipe própria de engenheiros da Travelers do Brasil que utiliza o modelo da matriz de especialização para as mais diversas indústrias. “A companhia é muito conhecida no exterior por controle de riscos e sinistros, e há uma troca deste know how com nossa equipe para oferecer propostas diferentes conforme o tamanho do risco”, explica. O executivo também antecipa que a Travelers tem um conceito de especialização de ponta em determijulho2016

nadas indústrias e que no Brasil o objetivo é seguir o mesmo caminho, incluindo pacotes específicos de produtos e serviços. “Nos Estados Unidos, ela é forte no segmento de metalurgia e de energia solar. Para se ter uma ideia, de um universo de cerca de cinco mil indústrias que fabricam troféus e medalhas, aproximadamente três mil são clientes da companhia”, especifica. Da mesma forma, ele reforça que no Brasil o mote é buscar inovação e especialização. “E nós queremos que seja muito fácil fazer negócios conosco com serviços e atendimento diferenciados ao mercado”, pontua. De acordo com ele, em um prazo de até um ano e meio está previsto que a Travelers do Brasil tenha um portal com muitos serviços para os corretores, além dos cotadores para as principais linhas. “Já nos próximos meses disponibilizaremos mais soluções via web para todas as linhas de negócios”, revela. Parceiros Na linha de atendimento com qualidade, o executivo comenta que o objetivo é trabalhar com um número reduzido de corretores para que eles possam ser muito bem atendidos. “E eventualmente nós iremos ampliar a nossa base, conforme a companhia for crescendo e ganhando escala, sempre com o objetivo de não perder qualidade no atendimento e nos serviços, o que é fundamental para nós”. A companhia também tem entre seus parceiros de negócios as assessorias ou as plataformas, conforme denominadas nas diferentes regiões do país. “Grande parte delas reúne centenas de pequenos corretores muito focados em pessoa física, com uma produção de cerca de 80% voltada para o seguro de automóvel. Nós vemos nelas um

“Nós iremos ampliar a

nossa base, conforme a companhia for crescendo e ganhando escala, sempre com o objetivo de não perder qualidade no atendimento e nos serviços, o que é fundamental para nós” Leonardo Semenovitch

grande mercado a ser desenvolvido e queremos ajudá-las a vender outras linhas de negócios”, afirma. Um trabalho que já tem sido feito. “Nós trabalhamos com este objetivo com algumas assessorias em outras regiões, e nós queremos fazer parcerias que sejam boas para todo mundo, com assessorias que tenham um perfil parecido conosco e que queiram desenvolver a sua base de corretores nos produtos que temos”. Para os parceiros, Semenovitch antecipa que em breve haverá um portal de atendimento automatizado. “Até porque o corretor não quer perder tempo com apólices pequenas e, quanto maior o nível de automatização e simplificação, melhor para nós, para os corretores e para o cliente. E como uma seguradora mais leve, nós queremos dar soluções diferenciadas, uma melhor negociação, que talvez uma companhia grande não consiga oferecer”, conclui.

Retrato da companhia Com sede nos Estados Unidos, a Travelers tem 160 anos e um faturamento próximo a US$ 30 bilhões, atuando nos ramos de seguros de pessoas físicas, linhas financeiras e garantia, e Property & Casualty. No Brasil com marca própria desde outubro do ano passado, conta com uma equipe de 100 pessoas, matriz em São Paulo (SP) e sete filiais localizadas em: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Ribeirão Preto (SP) e Brasília (DF). Atua em quatro linha de negócios: seguros de riscos patrimoniais, responsabilidade civil, riscos de engenharia e linhas financeiras.

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negócios & empresas Agende-se para 2016 12 de agosto 10º Encontro Estadual Feminino de Corretoras de Seguros Organização | Sincor-RS Local | Hotel Plaza São Rafael Porto Alegre – RS Informações | sincoreventos@sincor-rs.org.br 23 de agosto VIII Fórum Nacional de Seguros de Vida e Previdência Privada Organização | FenaPrevi Local | Av. das Nações Unidas, 13301, Brooklin, São Paulo-SP Informações | www.cnseg.org.br 22 de setembro X Seminário de Controles Internos, Compliance, Auditoria e Gestão de Riscos Organização | CNseg Local | Villa Blue Tree , Espaço de Eventos, São Paulo-SP Informações | www.cnseg.org.br 6 a 8 de outubro XVII Conec Organização | Sincor-SP Local | Complexo de Eventos Anhembi , São Paulo-SP Informações | www.sincor.org.br 28 de outubro VI Enconseg Organização | Sincor-RJ Local | Centro de Convenções SulAmérica, Avenida Paulo de Frontin, 1 – Cidade Nova - Rio de Janeiro – RJ Informações | www.enconseg.com.br/inscricoes 10 de Novembro XIX Prêmio Cobertura-Performance 2016 Organização | Revista Cobertura Local | Centro de Convenções Rebouças, São Paulo-SP Informações | www.premiocobertura.com.br

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HDI em Porto Alegre com novo Bate-pronto A seguradora inaugurou nova unidade na zona sul de Porto Alegre, que já conta com uma filial, e agora terá um DAC (Divisão de Atendimento ao Corretor) com Bate-pronto integrado, localizado na Rua Padre Cacique, N° 668, em Santa Tereza. O DAC auxiliará os corretores locais na entrega de documentações e atendimento comercial,

além da prestação de outros serviços. No Bate-pronto, que é o segundo em operação na cidade, o segurado ou terceiro que tem o veículo acidentado é atendido em cerca de 30 minutos e já sai de lá com o encaminhamento para oficina referenciada, ou com a orientação para recebimento de indenização, no caso de perda total.

AXA reforça presença na região Centro-Oeste Como parte do seu plano de expansão no país, o grupo inaugurou a sua filial Goiânia, que responderá operacionalmente para a Regional MG/Centro-Oeste da companhia. A operação na região conta com a liderança do superintendente Danilo de Oliveira Gomes e gerência de Renato Ramos. “A AXA começa suas atividades em Goiânia com uma equipe sênior, al-

SulAmérica em Jaraguá do Sul (SC) e região

A SulAmérica intensifica sua atuação em Jaraguá do Sul, no norte de Santa Catarina. A companhia, que já tem operação consolidada em Joinville, na mesma região, agora expande sua rede de prestadores e corretores para atendimento aos segurados e realização de novos negócios. A localidade é considerada estratégica para a seguradora.

tamente preparada para um atendimento ágil aos parceiros e corretores. Temos posição de liderança no mundo e mostraremos que o nosso projeto é de longo prazo com o Brasil, buscando crescimento perene e sustentável. Assim como no restante do país, atuaremos nas Linhas Comercias, atendendo empresas de todos os portes e setores”, explica Renato Ramos (foto).

Errata Ao contrário do que publicamos na matéria “Novo comando na Mitsui Sumitomo Seguros”, na edição 175 (junho), o presidente e CEO da Mitsui Sumitomo Seguros, Hideji Inoue não trabalhou nas operações da Tailândia, Cingapura e Ásia por seis meses, mas por seis anos.

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negócios & empresas Yasuda Marítima agora é Sompo Seguros A mudança anunciada em julho vem acompanhada da meta de crescimento de aumentar em duas vezes e meia o tamanho da companhia. “Queremos crescer 20% ao ano e ter uma produção próxima a R$ 7 bilhões em prêmios, em 2020”, anunciou Francisco Caiuby Vidigal Filho, diretor-presidente da Sompo Seguros. Para os corretores, ele comentou que o trabalho será focado em pessoas para que eles tenham mais tempo para atender seus clientes. “Queremos que a Sompo seja reconhecida pelos corretores e a primeira opção para eles. Também queremos ser a melhor companhia no atendimento ao cliente e a melhor seguradora no Brasil até 2020”, especificou. (Karin Fuchs) Leia mais na Cobertura Digital: http://bit.ly/29eTQbN

AXA lança Seguro Garantia A companhia lança o seu seguro garantia no mercado brasileiro para oferecer rapidez na análise, com o objetivo de entregar soluções em 24 horas e interação direta com os subscritores. Ainda conta com a flexibilidade para encontrar soluções adequadas às particularidades de cada risco e prevê a comercialização do seguro garantia para diversos segmentos. “Por se tratar de uma alternativa à fiança bancária, o garantia ganhou espaço graças as suas condições mais competitivas. Portanto, estamos otimistas com o potencial do produto”, conclui o vice-presidente de P&C, Eric Berger (foto).

Porto Seguro lança a Campanha Proteção Premiada

Com o objetivo de engajar, reconhecer e premiar os corretores de todo o país a ampliarem suas carteiras de clientes e seus negócios com os seguros, Porto Seguro Auto, Azul Seguro Auto, Itaú Seguro Auto Individual, Porto Seguro Residência (Habitual, Veraneio e Premium) e Porto Seguro Vida Individual, a Porto Seguro lança a Campanha Proteção Premiada. Durante o período da campanha, que acontecerá até 30 de dezembro de 2016, os corretores poderão oferecer soluções completas de cuidado e proteção para o presente e o futuro dos seus clientes e ainda receberão um bônus de R$ 300 na comissão*, o que ocorrerá a cada trinca dos seguros participantes da campanha vendido ao mesmo cliente.

Riscos Cibernéticos no Seguro De RC Recentemente a publicação Risk Report (20/6/16) informou que o Brasil registrou mais de quatro milhões de ciberataques. Isto nos leva imediatamente pensar na cibersegurança, ou em forma de minimizar os riscos e seus efeitos, inclusive no campo da responsabilidade civil. Vejam o exemplo da indústria automobilística, que, a exemplo de outros tantos fabricantes de equipamentos modernos, está preocupada em garantir maior segurança aos seus consumidores de produtos conectados. Esses equipamentos vendidos no mercado, conforme o nível de conexão com a internet seja maior, também maior

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será a vulnerabilidade do produto e do respectivo consumidor, porque quase todos os sistemas de controle podem ser comprometidos e controlados remotamente. Qualquer incidente tem a capacidade de por em risco vidas humanas, afetar as metas financeiras de empresas, impactar negativamente o valor da marca ou de fornecedores de componentes eletrônicos e produzir o aumento de indenizações por responsabilidade civil do produto, além de outras tantas decorrentes de atos praticados pelo fornecedor e fabricante. Por isso, surge o seguro como ferramenta útil para medir o risco e diminuir o impacto econômico no patrimônio do segurado, decorrente

de danos causados a terceiros por ciberataques, em razão de produtos ou serviços cuja tecnologia está diretamente ligada a ele. Tendo seguro de Responsabilidade Civil, é possível manejar os prejuízos de forma mais controlada e menos impactante.

Sergio Ruy Barroso de Mello vice-presidente da AIDA Internacional sergiom@pellonassociados.com.br

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negócios & empresas Para vender mais, utilize a Técnica do Urubu

Como o seu objetivo é fazer com que o cliente potencial compre o seguro, o fator insegurança pode ser um motivador poderoso. É aqui que podemos utilizar a Técnica do Urubu. Uma das características que é inerente ao seguro é o risco, ou seja, se não houver o risco da perda patrimonial, financeira, etc, não há o porquê de se fazer o seguro. Uma maneira de enfatizar o risco e conscientizar é contar algum acontecimento envolvendo outras pessoas e deixar que o próprio cliente se veja na mesma situação: “No ano retrasado, conheci um cliente que não quis fazer o seguro contra roubo em sua empresa. Ele achava que nunca iriam entrar em sua loja. Numa segunda-feira, quando ele chegou para trabalhar, tinham levado até os móveis da firma. Ele quase faliu, pois não tinha como repor tudo o que levaram”. Sucesso e Boas Vendas! André Santos, corretor de Seguros e palestrante, além de autor de cinco livros específicos para comercialização de seguros com cerca de 35.000 exemplares vendidos. Especialista em comunicação de venda para esse mercado, é também diretor da Treinaseg Consultoria e Treinamentos em Seguros. Tel.:(11) 3662-0756 - www.treinaseg. com.br - andre@treinaseg.com.br

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Gestão inteligente de custos na Ameplan Diante das circunstâncias econômicas do país com expressivos impactos no segmento de saúde, a Ameplan implantou, desde Março/16, um novo modelo de Auditoria Médica e Enfermagem, contratando dois profissionais deste mercado, Dr. Clóvis Ianni (médico) e Fernanda Queiróz (enfermeira). Com esta nova formatação da equipe, foram instituídos novos protocolos e rotinas operacionais para a otimização na liberação de autorizações para procedimentos eletivos, de urgência e de alta complexidade (alto custo). Dentre as rotinas de enfermagem, foram aprimoradas as auditorias in loco e de bancada nas contas dos hospitais da rede referenciada e credenciada e aprimorou-se a consulta via sistema, para as tabelas SIMPRO e BRASÍNDICE para melhor análise das contas médicas. Ainda dentro deste plano, a Ameplan contratou uma médica auditora externa, com o propósito de visitar os seus pacientes em regime de internação em sua rede credenciada, buscando avaliar tecnicamente a pertinência e extensão de cada internação.

Além dessas ações, a Ameplan está finalizando o seu projeto de desospitalização, que consiste na avaliação e indiDr. Clovis Ianni cação de pacieninternados e enfermeira tes Fernanda Queiróz em regime hospitalar e que serão melhor acompanhados e tratados em regime de internação domiciliar, propiciando comodidade ao paciente e familiares e proporcionando uma otimização de custos para a Operadora. O desafio dos crescentes custos assistenciais no mundo não é diferente para os atores da saúde no Brasil. Somente as Operadoras capazes de gerenciar seus custos assistenciais conseguirão sobreviver. Desta forma, a Ameplan Saúde está trabalhando incessantemente para a redução desses custos, sem perder, obviamente, o foco no tratamento dos pacientes. Portanto, foram instituídos todas as normas e rotinas para uma auditoria ética e eficiente, ferramenta básica para uma Operadora que vem trabalhando fortemente nos últimos anos em uma Gestão Profissional e por isso vem se destacando no mercado pelo seu crescimento sustentado e Excelência no Atendimento.

BB e Mapfre celebra cinco anos de operação Para comemorar os cinco anos de operação, o Grupo BB e Mapfre realizou um evento exclusivo na Sala São Paulo, em junho. A celebração contou com um concerto especial da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) – uma das instituições apoiadas pela seguradora via Lei de Incentivo à cultura. “O evento simboliza o enraizamento e o fortalecimento da união estratégica e da integração dos valores da companhia, que nesse período focou a sua atuação em crescimento, desenvolvimento humano, valor para o cliente,

marca, eficiência, inovação e sustentabilidade”, explica Marcos Ferreira, presidente do Grupo BB e Mapfre nas áreas de Automóvel, Seguros Gerais e Affinitties. Em cinco anos de atuação, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre conquistou resultados financeiros positivos. “Crescemos R$ 7,1 bilhões em prêmios emitidos (74%), totalizando R$ 67,9 bilhões, criamos mais de 2 mil oportunidades diretas de trabalho, devolvemos 25 bilhões em indenizações e atendemos mais de 5 milhões de pessoas”, afirma Ferreira.

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negócios & empresas Escola Nacional de Seguros comemora 45 anos com lançamento de selo Lideranças do mercado comemoraram o aniversário de 45 anos da Instituição, em junho, no auditório da matriz, no Rio de Janeiro. O principal momento do evento foi o lançamento do Selo Comemorativo alusivo à data. A peça personalizada, emitida pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, agora faz parte da filatelia brasileira. “É impor-

tante imaginar o que a Escola, nascida em 1971, ainda representa para o nosso mercado. Ela protagoniza o desenvolvimento quantitativo e qualitativo do setor por meio da capacitação de seus profissionais, essa é a nossa verdadeira missão e ainda temos muito espaço para ocupar na sociedade”, afirmou na ocasião Robert Bittar, presidente da Escola. combate a crimes digitais da Microsoft, Vanessa Fonseca, “o risco cibernético deveria ser visto como importância pela liderança. Hoje são 50 milhões de IP’s infectados pelo mundo”. Além disso, o chefe do escritório central da Interpol no Brasil, Valdecy Urquiza, ressalta que o crescimento dos riscos cibernéticos é enorme, mas apenas 20% dos casos são reportados à polícia. Um exemplo citado por ele, durante o evento Aon Financial Lines Day, é sobre crimes que acontecem na Deep Web, que são sites e

Riscos cibernéticos: é preciso estar preparado

Na era virtual, onde é possível realizar transações financeiras, ter arquivos de documentos pessoais e milhões de torças de informações, o que as empresas devem considerar é se estão preparadas para remediar os efeitos negativos de um ataque cibernético, pois essa possibilidade não é mais remota, mas sim é certo que um dia isso acontecerá. Segundo a diretora da unidade de

Da esquerda para a direita: Luiz Tavares, vice-presidente da Escola Nacional de Seguros e diretor da CNseg; Wellington Batista Nunes, assessor da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no Estado do Rio de Janeiro; Armando Vergilio dos Santos Júnior, presidente da Fenacor; e Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros

conteúdos não acessíveis por links padrões e que não podem ser localizados por sites de buscas como o Google. “Há diversos serviços, até mesmo um seguro de carro, mas não é a falsificação de uma apólice, ele promete que os dados do carro aparecerão no banco de dados da seguradora e ainda se compromete em fazer uma teleconferência entre as partes para confirmar que o carro está segurado”. E Urquiza completa ao dizer que a deep web é tão relevante e profundo, “que acredito que as empresas precisam ter uma atividade contra inteligência cibernética, um setor específico focado na prevenção de fraudes cibernéticas e monitoramento desses tipos de sites”. (Tany Souza)

Índice de Confiança do Setor de Seguros tem alta de 40% no primeiro semestre O Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS) fechou o primeiro semestre do ano com alta de 40%, segundo levantamento da Fenacor. Este foi o quinto mês consecutivo de crescimento do índice, que chegou a 94 pontos, a média mais alta dos últimos dois anos. Esse desempenho reflete a expectativa favorável das empresas quanto ao reaquecimento do mercado de seguros, apesar de uma queda real de 3,6% no volume de prêmios e contribuições entre janeiro e abril. “A recuperação do setor ficará mais clara no segundo semestre. Há segmentos que podem impulsionar os negócios, como o seguro patrimonial, que acumula alta de 6,5% em receitas, e o setor de benefícios. Ou seja, é possível chegarmos ao final do ano com um resultado positivo. O ICSS como retrato das expectativas do setor pode nos dar sinais de retomada nos próximos seis meses”, destaca o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, lembrando que o indicador não ultrapassa a barreira dos 100 pontos desde 2014. A pesquisa da Fenacor também apura a expectajulho2016

tiva das empresas em relação ao crescimento da economia pelos próximos seis meses. Todos os três segmentos do mercado (seguradoras, corretoras e resseguradoras) registraram alta dos seus índices de confiança: 72%, 76% e 69%, respectivamente. Quanto ao faturamento, 87% das resseguradoras, 76% das corretoras e 65% das corretoras esperam um cenário mais favorável nos próximos seis meses. Fev.16 65,8

Mar.16 69,9

Abr.16 75,8

Mai.16 85,9

Jun.16 90,7

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73,9

83,4

90,3

94,0

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negócios & empresas NotreDame Intermédica oferece jantar para corretores de corporativo Conversa, proximidade, troca de experiência e boa comida. Foi isso que o Grupo NotreDame Intermédica ofereceu para os principais corretores de planos corporativos, no restaurante Jamile, em São Paulo, com o jantar preparado pelo chef Henrique Fogaça. “Queremos celebrar as 500 mil vidas conquistadas no primeiro semestre e agradecê-los pelo apoio que estamos recebendo. Para o terceiro trimestre já temos negócios fechados que somam mais de 450 mil vidas”, destacou Nilo Carvalho, vice-presidente comercial da NotreDame Intermédica. (Tany Souza)

Programa “Porteiro Amigo do Idoso” alcança dois mil capacitados

Iniciativa pioneira e gratuita do Grupo Bradesco Seguros, criada em 2010, ultrapassou a marca de dois mil profissionais capacitados. O programa, que já contabiliza 95 turmas, ensina profissionais que lidam diariamente com

moradores longevos a oferecer soluções e cuidados adequados às suas necessidades. As aulas, inteiramente gratuitas, incluem uma vivência para que os alunos aprendam a se colocar no lugar dos idosos.

It’sSeg Company consolidada e pronta para novos horizontes Em menos de dois anos de operação, a It’sSeg Company, corretora focada em consultoria e gestão de riscos, tem 400 empresas clientes e uma produção de mais de R$ 1 bilhão em prêmios. A meta é expansão geográfica. “Estamos basicamente em São Paulo e há muito espaço para mais uma consultoria do nosso porte atuar em outras regiões”, afirmou o presidente, Thomaz Menezes (foto). Segundo ele, o modelo de consultoria da corretora é o diferencial. “Se o cliente e o corretor não trabalharem juntos nas soluções de suas necessidades, na adequação dos seus programas de seguros, no correto gerenciamento de riscos, no desenho de seus planos, precificação e gestão, vão acabar pagando a conta, como a própria seguradora também, pois perder cliente é custoso”. (Karin Fuchs) Leia mais na Cobertura Digital: http://bit.ly/2958XV1

Assistência nutricionista e orientação de personal fitness A Liberty Seguros oferece aos clientes que contratam o seguro de vida Perfil duas coberturas para quem se preocupa com a saúde e o bem-estar: a Assistência Nutricionista e o Personal Fitness. “Por muito tempo, o seguro de vida foi associado aos bens que o segurado deixaria aos seus beneficiários”, diz Alexandre Vicente (foto), diretor de Seguros de Vida da Liberty Seguros. “Hoje trabalhamos para desmistificar este produto e para que nosso cliente usufrua em vida dos benefícios oferecidos por este tipo de seguro”, finaliza.

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negócios & empresas EUA desmontam esquema gigante de fraudes em saúde

AllCare e Assim Saúde fecham parceria

Envelhecimento elevará internações em 30%

Força-tarefa leva mais de 300 pessoas à Justiça acusadas de gerar prejuízos de US$ 900 milhões. Esse é o tamanho da fraude identificada pelo Departamento de Justiça norte-americano anunciada no final de junho. Essa é a maior apreensão na história – tanto em termos de número de pessoas acusadas, quanto ao valor do prejuízo, de acordo com a instância. A maioria dos casos que estão sendo processados envolve faturamentos fraudulentos para Medicare e Medicaid e tratamentos que nunca foram prestados. A força-de-ataque, formada em 2007, partiu de uma iniciativa conjunta entre os departamentos de Justiça, de Saúde e de Serviços Humanos. O grupo já realizou apreensões e prisões resultando em mais de mil pessoas acusadas de fraudar US$ 3,5 bilhões nos cuidados à saúde. “O combate à fraude na saúde pública e privada também é uma grande preocupação no Brasil. Exemplo disso foi o crescimento desmedido dos custos na área Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), que motivou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em 2015, para investigar a chamada Máfia das Próteses”, afirmou o superintendente de Regulação da FenaSaúde, Sandro Leal Alves (foto).

Unindo as expertises e competências no mercado de saúde, a AllCare e o Assim Saúde comemoram parceria e passam a oferecer Planos de Saúde Coletivos por Adesão no

O total de internações de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares deve saltar de 8,2 milhões, em 2014, para 10,7 milhões em 2030, de acordo com projeção inédita do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O que representa um crescimento de 30,5% no período analisado. Mais impactante ainda é o fato de que, por conta do envelhecimento do brasileiro, o total de internações para a faixa etária de 59 anos ou mais vai crescer 105% no período. Isso mensura o tamanho do desafio a que a saúde suplementar estará submetida nos próximos anos para dimensionar sua rede de atendimento. “Estamos passando por uma mudança no perfil de utilização e serviços de saúde que vai exigir o redimensionamento da rede atendimento e todo o modelo assistencial”, afirma o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro (foto).

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estado do Rio de Janeiro. A operadora, que tem a maior rede própria de hospitais e centros médicos da América Latina, somar ao portfólio da administradora de benefícios que aposta no crescimento nesse segmento através desta parceria.

Autoglass realiza ação em parceria com a Mapfre São Paulo No final do mês de junho a Autoglass realizou mais um evento em parceria com a Mapfre, desta vez com a equipe das territoriais da Zona Sul e Centro de São Paulo. A ação contou com a presença de 39 corretores, gerentes das sucursais, assessores comerciais, além dos Gerentes Territoriais Ivan Régis e Ronaldo Marotti, e teve por objetivo a divulgação do produto exclusivo da Autoglass, o Proteção Garagem. A Cia. também apresentou demais diferenciais do seguro residencial. revista cobertura 17


mercado perspectiva

Por Camila Alcova | camilaalcova@skweb.com.br

Apesar de momento econômico e político, seguro garantia conta com apetite das seguradoras e boas perspectivas

I

mpactado pelo momento econômico, o mercado de seguro garantia tem sentido também os reflexos da redução de investimentos em infraestrutura e dos desdobramentos da Operação Lava Jato, que envolve grandes construtoras. O superintendente de produtos de ramos diversos e linhas financeiras da Tokio Marine, Edson Toguchi, recorda que em 2014 o mercado produziu R$ 1,276 bilhão e, em 2015, faturou R$ 1,649 bilhão nesse segmento. “Nesse período, a Tokio Marine passou de uma produção de R$ 18 milhões para R$ 55 milhões”. A modalidade garantia do executante, ou performance bond, foi afetada por esse período de crise, conforme o executivo, “mas, de qualquer forma, nós entendemos que muitos projetos públicos, como os de transportes, mobilidade urbana, são importantes para o desenvolvimento econômico e social e devem sair do papel em algum momento”. O CEO da Austral, Carlos Frederico Ferreira, comenta que houve uma mudança de perfil do mercado. Em 2010 e 2011, houve um boom por conta do PAC, vésperas da Copa do Mundo no Brasil, entre outros fatores. “Teve um momento no mercado brasileiro que as seguradoras olhavam as construtoras com projetos de infraestruturas e financiamento atrelado a isso”. Panorama Após esse período, por uma questão macroeconômica, houve redução de financiamentos do governo em obras. Nessa mesma fase, o mercado passou a observar que o seguro garantia judicial era uma parte relevante do negócio. Dessa maneira, se antes a garantia tradicional era responsável por 70% dos negócios, atualmente a judicial é a maior representante no 18 revista cobertura

ramo, explica Ferreira. Com a retração econômica, a Chubb também aproveitou as oportunidades no judicial. Em 2012, a seguradora adquiriu a mexicana Fianzas Monterrey, especialista em seguro garantia. Com mais de 70 anos de atuação exclusiva no setor e cerca de 300 funcionários dedicados a essa linha de negócios, essa operação desenvolveu uma tecnologia que passou a ser implantada no Brasil nos anos posteriores. Em 2015, recorda o chief underwriting officer da Chubb Brasil, Luis Nagamine, a aquisição da carteira de grandes clientes corporativos da Itaú permitiu ampliar o acesso a empresas de todos os setores. “Em especial, isso contribuiu para explorar a onda de oportunidades criadas em garantia judicial”. O vice-presidente da JMalucelli Seguradora, Gustavo Henrich, explica que tanto prêmios quanto os sinistros da modalidade foram afetados. Ele acrescenta que “a crise econômica acaba afetando o setor de duas formas, com a redução dos prêmios por conta da escassez de novas contratações públicas, bem como com o aumento da sinistralidade provocado pelo número de empresas que acabam não conseguindo honrar seus contratos”. João di Girolamo Filho, diretor de seguro garantia da Swiss Re Corporate Solutions, observa que o seguro garantia cresceu 28% em 2015, em comparação a 2014. “E esse ritmo de crescimento tem sido observado também nos últimos anos, apesar da economia do país não estar crescendo neste mesmo patamar”. Sobre os impactos nessa carteira

por conta do momento econômico, ele comenta que o mercado voltouse também para as demandas existentes, muitas delas renovações de riscos segurados, como concessões já licitadas. “Isso fez com que a concorrência entre as seguradoras ficasse mais acirrada. Outro ponto relevante é a importância do seguro garantia judicial durante esse período, visto que este foi o produto que assegurou o forte crescimento dos prêmios emitidos”, reforça. Impactos da Lava Jato Outro fator de impacto para essa modalidade são os desdobramentos da Operação Lava Jato. Na opinião de André Dabus, da AD Corretora, isso traz consequentemente uma mudança, pois saem de cena as grandes construtoras, que dominavam o cenário de infraestrutura, e espera-se que entrem as pequenas e médias empresas. “A dificuldade maior é que essas empresas precisam estar preparadas para serem aceitas pelo mercado segurador, para que possam ser garantidas nos contratos que serão desenvolvidos”. Ele complementa que essa mudança mostrará se o nível de crescimento do mercado está diretamente proporcional à maturidade dessas empresas para ocupar um espaço que, por um período as grandes empresas poderão não ter capacidade de contratação, em função da Lava Jato. Na visão do diretor de riscos diversos da Berkley, Eduardo Viegas, os impactos não estão diretamente ligados à operação lava jato, mas à situação econômica atual. “Empresas que anteriormente tinham balanços julho2016


mercado perspectiva fortes e fortalezas financeiras suficiente para estarem em determinado patamar de limite e capacidade de crédito com as seguradoras, quando sofreram desaceleração de seus negócios – sejam as empresas diretamente envolvidas na Lava Jato, sejam as subcontratadas da cadeia de valor - sentiram desaceleração de seus negócios e seus balanços e tem um impacto nas seguradoras de não conseguir aprovar capacidades como se tinha no passado”. O executivo explica que havia grandes capacidades até determinado momento e atualmente estão menores, mas não pela falta de capacidade do mercado, mas pelo próprio balanço das empresas em 2015, por exemplo, observados para renovações de limites. “A redução nos investimentos de infraestrutura trouxe impacto ainda maior do que a própria lava jato; a redução dos investimentos da Petrobras trouxe impacto maior do que a Lava Jato; tudo isso refletiu para que as empresas passassem por um momento mais crítico, ajustando suas finanças”. Expectativas com mudanças Apesar do atual cenário, as seguradoras mantêm o apetite para o seguro garantia e a possibilidade de mudanças no ambiente político-econômico também traz boas expectativas, pondera André Dabus.“Mas muito mais do que boas notícias o que o mercado espera é um planejamento de longo prazo para que não só as empresas privadas, mas o próprio mercado segurador entenda qual é o tamanho das capacidades que serão necessárias para cada volume de contrato”. Viegas, da Berkley, opina que ainda é cedo para assumir expectativas e que o momento é de neutralidade para observar até que ponto as medidas econômicas que serão adotadas pelo novo governo vão gerar impacto na economia real. Nesse sentido, ele acrescenta que “enquanto as empresas não tiverem a visão de que agora é o momento

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de investir, dificilmente entrarão em novos negócios e isso tem impacto no nosso produto, que está ligado diretamente a investimentos”. Um provável reflexo positivo para o seguro garantia é o programa Crescer, anunciado pelo presidente interino Michel Temer, que focará em concessões nas parcerias públicoprivadas. O executivo comenta que o projeto é interessante, mas é necessário avaliar quais seriam os impactos na prática. “O Governo está com uma dificuldade muito grande em investir porque o deficit orçamentário é grande. Enquanto não reverter isso, fica difícil observar grandes investimentos”. Carlos Frederico Ferreira, da Austral, acredita que o seguro garantia judicial continuará sendo a mola propulsora do mercado, porque as empresas ainda têm uma discussão forte em relação a tributos no Brasil. Uma expectativa é uma mudança regulatória para contratos públicos em relação ao percentual de garantias, dos atuais 5% a 10% para cerca de 30% e 40%. “Isso multiplicaria o tamanho do mercado e modificaria também a estrutura das seguradoras”. Para Edson Toguchi, da Tokio Marine, as perspectivas são de retomada de projetos em infraestrutura, reaquecimento de obras públicas e investimentos do mercado internacional para os diversos segmentos e indústrias do País. “Essas iniciativas permitirão que o mercado segurador dê o devido suporte em garantia e possíveis riscos para o bom equilíbrio e continuidade dos negócios e desenvolvimento público e privado”. Com as mudanças no cenário político-econômico, Henrich, da JMalucelli, acredita que a tendência é haver uma evolução dos investimentos privados, que podem voltar a ocorrer com o retorno da confiança dos investidores. “Esse movimento seria benéfico ao país e também ao mercado de seguro garantia, que voltaria a crescer nas modalidades tradicionais”. Outro reflexo a médio prazo é a tendência que a sinistralidade atual diminua, por conta da melhora dos balanços das empresas tomadoras de seguro garantia. Luis Nagamine, da Chubb, acrescenta que a fusão com a ACE tem contribuído com a performance da companhia durante esse ano, o que

André Dabus AD Corretora

Edson Toguchi Tokio Marine

Eduardo Viegas Berkley

Carlos Frederico Ferreira Austral

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mercado perspectiva

Gustavo Henrich JMalucelli

João di Girolamo Filho Swiss Re

Luis Nagamine Chubb Brasil

Stephan Vieira Transatlantic Reinsurance Company

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reflete, inclusive, na área de garantia. “A integração das duas operações deu origem a uma seguradora muito mais completa e que pode oferecer soluções para uma gama bem maior de clientes no mercado de garantia”. Pelo fato de 2016 ser um ano de ajustes, a expectativa da Swiss Re Corporate Solutions para essa carteira ainda não é muito positiva. Caso o próximo ano retome crescimento, é possível que haja melhora para o mercado ainda no primeiro semestre, prevê João di Girolamo Filho. “Porém, dependemos do sucesso que um eventual novo governo tenha em sua articulação política junto ao Congresso Nacional, para que as reformas mencionadas consigam ser aprovadas ainda este ano, o que não é uma tarefa fácil, considerando que 2016 também é ano de eleições municipais”. Visão internacional Stephan Vieira, vice-presidente para a América Latina e Caribe para os produtos de seguro garantia, crédito, risco político da Transatlantic Reinsurance Company, destaca que o mercado brasileiro de garantia é enxergado pelo mercado internacional sob dois pontos de vista principais: potencial de crescimento e expectativa de resultados. Se comparado a outros mercados da América Latina, o brasileiro ainda pode ser considerado como jovem, mas já é o maior em termos de prêmios emitidos. Ele complementa que é interessante avaliar o potencial em comparação à carteira de fianças bancárias dos bancos brasileiros, concorrentes do seguro garantia. “Qualquer um dos grandes bancos brasileiros possuem carteiras de fianças e/ou avais maiores do que várias seguradoras juntas. Isso, por si só, já demonstra o quanto ainda pode ser explorado”. Do ponto de vista de resultado, a sinistralidade é boa, e por isso há interesse dos resseguradores internacionais. Ele alerta, porém, que a experiência nos outros países demonstra que essa variável pode se alterar rapidamente. “Uma mudança de legislação, a criação de uma jurisprudência sobre algum tema polêmico, um problema econômico no país e até mesmo um problema com um grande contratante, ou seja,

um grande demandante de apólices (um beneficiário como a Petrobras), podem levar a um aumento rápido da sinistralidade”. O executivo pondera que são riscos que fazem parte do negócio e os resseguradores acompanham e precificam conforme suas estratégias. “Não vejo hoje nada que justifique evitar o Brasil, pelo contrário, temos que estar talvez com menos apetite nesse momento tendo em vista os problemas atuais, mas de maneira nenhuma podemos deixar de fazer negócios no Brasil”. A repercussão internacional dos impactos da lava jato nessa carteira foi intensificada gradualmente, ao serem percebidos reflexos nos contratos e que, consequentemente, resultaram em problemas financeiros para as empresas contratadas. “Em adição a isso se somou a crise econômica do país que agravou o problema das empresas envolvidas no escândalo, e também colocou em risco a cadeia produtiva dos mercados de infraestrutura e outros que dependem de uma economia mais equilibrada”. Na visão do especialista, esse segmento continuará crescendo no Brasil nos próximos anos, com resultados e boas margens. “As seguradoras estão mais conscientes e conhecedoras dos riscos e, portanto, mais cuidadosas na aceitação dos negócios, considerando o momento atual”, diz ele, ao ponderar que isso pode ser ruim no sentido de as seguradoras serem muito seletivas na aceitação do negócio e receosas no sinistro.

Seguro garantia Faturamento em 2015 cerca de R$ 1, 6 bilhão Novos players Recentemente, duas seguradoras anunciaram a atuação em seguro garantia. A BMG Seguros, do Banco BMG, terá gestão própria, com profissionais com experiência no segmento. Outra novidade é o lançamento do seguro garantia da AXA no País. A seguradora atua no Brasil desde 2014. julho2016


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panorama vida

Por Karin Fuchs | karinfuchs@skweb.com.br

Capilaridade do seguro de vida é baixa e o percentual de cessão de resseguros também. Ainda há um longo caminho a ser percorrido

N

o primeiro quadrimestre, o mercado de seguros de pessoas registrou prêmios de R$ 9,6 bilhões, 2,13% superior a igual período de 2015, e de R$ 4,1 bilhões especificamente no seguro de vida, alta de 2,5% na mesma base de comparação, conforme a FenaPrevi. Mesmo que o resultado seja acima do crescimento da economia, há um longo caminho para o segmento. Para Francisco A. C. de Toledo, CEO da SCOR Global Life Americas, o motivador para crescer no médio prazo acima da média do setor é a baixa participação do seguro de pessoas no resseguro. “A média de cessão geral em resseguros é de 5% dos prêmios e em pessoas no Brasil este percentual está abaixo de 2%”, compara. Ele cita que o Brasil também está atrás da média mundial e de países da América Latina. “O percentual de cessão de resseguro de pessoas no Brasil é metade da média mundial e um terço da cessão observada em outros países da América Latina como Colômbia, Chile, Peru e México”.

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Toledo comenta que para que o resseguro de pessoas auxilie o crescimento do mercado primário de seguros de pessoas é fundamental o desenvolvimento de novos produtos. “Como o resseguro financeiro, longevidade e/ou parcerias com seguradoras para angariação de clientes em negócios massificados com grandes bases de dados”, afirma, bem como de produtos individuais. “A maioria das indenizações por morte no Brasil é proveniente de apólices coletivas. Elas oferecem uma boa cobertura enquanto o segurado está trabalhando para uma empresa (em torno de dois anos de salário), mas quando cessa o vínculo empregatício ele tem na maioria das vezes a garantia interrompida”, informa. Segundo ele, com a expansão das apólices individuais, o segurado passa a ser dono de sua apólice e ter a sua permanência garantida pelo prazo contratado, cumprindo plenamente seu papel de proteção em todos os momentos. Ele analisa também que a retomada do crescimento econômico terá como consequência imediata uma rápida recuperação do setor. Sobre o momento atual, afirma: “estamos percebendo um crescimento nas carteiras

Marcio Magnaboschi AXA Seguros

Alexandre Vicente Liberty Seguros

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panorama vida proporcionais, que vem tanto de carteiras existentes quanto em novos produtos desenvolvidos para o mercado, como o risco cirúrgico e/ ou doenças graves”, informa. Para esclarecer, ele simplifica que as cessões de resseguro se dividem basicamente em dois tipos: proporcionais e não proporcionais. “Os primeiros se beneficiam mais rapidamente do crescimento do prêmio de seguro de vida. No segundo caso, o crescimento é decorrente de aumento nas importâncias seguradas que geram a necessidade de repasse dos capitais de ponta”. Mais sofisticados Diretor Comercial Life da AXA Seguros, Marcio Magnaboschi expõe que há anos no Brasil a dinâmica do mercado no seguro de vida é a mesma. “A nossa luta como companhia independente de seguros é trabalhar com produtos um pouco mais sofisticados em linha com o que há nos mercados maduros”, diz, citando como exemplo os planos 401(k), os fundos de pensão mais conhecidos nos Estados Unidos e presente em outros países com outro nome. “Nos mercados maduros que têm esses produtos, a annuity (anuidade), que se fala bastante, é uma poupança por meio de um PGBL e, adiante, quando há um recuso interessante busca-se no mercado quem é que paga a melhor renda. São produtos interessantes que poderiam ser regulamentados no Brasil, até porque o brasileiro já tem uma cultura de previdência”, sugere. Sobre a dinâmica atual do mercado, o executivo comenta que produtos mais simples fazem parte até porque a grande massa de distribuição é pelo canal bancário. Ele acredita que a regulação dos agentes de seguros, ainda em discussão, poderia acrescentar muito valor neste mercado e que os corretores podem ficar com a fatia de produtos mais sofisticados. Para ele, é possível modular o seguro de vida de uma forma que as pessoas percebam o seu valor em vida, as coberturas devem ser atraentes e a venda totalmente digital, um caminho que a AXA Seguros está seguindo. “Todas as inovações que estamos querendo trazer estão relacionadas à tangibilizar valor julho2016

“Estamos percebendo

um crescimento nas carteiras proporcionais, que vem tanto de carteiras existentes quanto em novos produtos desenvolvidos para o mercado, como o risco cirúrgico e/ou doenças graves”

para o cliente e ter o corretor como canal de distribuição, seja o tradicional ou o que está buscando inovação”, acrescenta. Nichos Diretor de Seguros Pessoais da Liberty Seguros, Alexandre Vicente lembra que há cerca de cinco anos a companhia foi pioneira no processo de subscrição de risco por telefone. “Nós tínhamos este serviço em um produto de vida e o colocamos em mais um neste ano”, diz, complementando que a tendência é de processos mais simplificados. “A gravação serve como documento, mas ainda temos a necessidade do papel no seguro”, comenta. Ao todo são cinco produtos de seguros de vida que a Liberty oferece, desde o chamado de ‘entrada’ até para o público de alta renda. “Todos eles são muito bem colocados no mercado. No produto mais top, por exemplo, a importância segurada chega a R$ 1,5 milhão e há vários diferenciais, como a própria telesubscrição, segunda opinião médica, nutricionista, personal fitness”, cita. O mote da Liberty tem sido em serviços. “Começamos o ano colocando mais um produto na telesubscrição, para a pessoa física estamos trabalhando para a construção de nichos e somos fortes no prestamista. Para pessoa jurídica, a precifica-

Francisco Toledo Scor Global Life Americas

ção é por atividade”, especifica. Na carteira da companhia, 90% das apólices pessoa jurídica são para até 100 vidas. “Nós nos especializamos no segmento de PMEs (pequenas e médias empresas), como também o property seguiu para este caminho. Recentemente, lançamos no produto modular pessoa jurídica coberturas voltadas para convenções coletivas, e também atuamos com muitas cooperativas de crédito”. Para este ano, Vicente prevê que o crescimento maior na carteira da Liberty se dará no seguro de vida individual, de até 8%. “Considerando que a retração do PIB prevista para este ano é de 3,9%, esse seria um ótimo resultado”. A previsão se baseia no aumento do número de novos empreendedores e profissionais liberais, reflexo do aumento do desemprego. Em relação ao seguro de vida em

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panorama vida “Temos observado

que o segmento PME está cada vez mais consciente de que a qualidade do seguro de vida denota o quanto a empresa se preocupa com o bem-estar dos funcionários e respectivas famílias” grupo, ele diz que se crescer 2% ou 1,5% neste ano será muito em função do cenário econômico, um crescimento com ganho financeiro. “Haverá aumento de produção e o resultado vai permanecer como nos anos anteriores, o que historicamente é positivo”, analisa. Em sua opinião, o segmento de vida ainda é muito baseado em preço, “exceto para a alta renda cujos serviços são primordiais”, pondera ele, acrescentando que há uma oportunidade grande de crescimento. “Apenas 6% da população no país têm seguro de vida (dados da FenaPrevi). Um percentual que pode ser menor, pois uma mesma pessoa pode ter mais de uma apólice”, expõe. Para ele, uma das oportunidades é ter produtos voltados para o ciclo de vida das pessoas. “Há muitas coisas acontecendo demograficamente que mudarão o mercado de seguros de maneira geral, como a longevidade e a população economicamente ativa. Sempre dizemos ao corretor que é preciso acompanhar a realidade de seus clientes. A venda tem de ser consultiva”. Ferramentas de ponta Head de Vida da Chubb Brasil, Robert Craddock conta que a companhia desenvolveu para os corretores duas ferramentas de alta tecnologia para agilizar e facilitar o processo de cotação e administração da carteira 24 revista cobertura

por meio da internet. “Eles podem verificar de imediato os preços dos produtos, combinando diferentes coberturas e condições no momento da venda, junto ao cliente”, explica. Ele esclarece que não se trata de apresentar combos em que pouca coisa pode ser alterada. “Pelo contrário, cada item da proposta pode ser modificado até chegar a uma solução para a necessidade do cliente”, enfatiza. Outra ferramenta, voltada para a administração, possibilita o acesso imediato a dados que muitas vezes são sigilosos dentro de um ambiente protegido. “Com essa ferramenta, o parceiro pode submeter a folha de pagamento das empresas, considerando que a maioria das coberturas prevê o cálculo da indenização com base no valor do salário. A ferramenta também concede mais velocidade às operações corriqueiras como faturamento mensal, impressão de boletos, obtenção de certificado relacionada especificamente com algum profissional, relação de todos os funcionários cobertos e várias outras”, cita. Com a fusão da ACE e da Chubb, Craddock comenta que a nova Chubb dispõe de áreas distintas para apoiar de forma especializada o corretor e o parceiro na comercialização de proteções para pequenos negócios, médio mercado, grandes empresas e multinacionais. “Para todos estes setores, estamos

Robert Craddock Chubb Brasil

oferecendo amplos conhecimentos e instrumentos específicos de alta tecnologia. Assim, também contamos com ótima estrutura para atender os parceiros que pretendem aumentar ou iniciar produção nos nichos em que ainda não atuam no mercado de vida”, informa. Ele compara que nas grandes empresas o seguro de vida é amplamente percebido como um importante benefício para os profissionais, e que as pequenas e médias empresas costumam ser mais ávidas na contratação das coberturas que podem ser adicionadas para se defenderem do assédio das concorrentes de maior porte em relação aos seus talentos profissionais. Notoriamente, ele diz que “temos observado que o segmento PME está cada vez mais consciente de que a qualidade do seguro de vida denota o quanto a empresa se preocupa com o bem-estar dos funcionários e respectivas famílias”, conclui.

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auto premium

Por Tany Souza | tanysouza@skweb.com.br

Seguros para carros de luxo sentem pouco impacto da crise

A

crise acontece em todos os setores, mas há alguns que demoram a sentir seus efeitos. É o caso da venda de carros de luxo, ou Premium, aqueles que custam acima de R$ 100 mil; e juntamente com o setor, o ramo de seguros para automóveis deste patamar também recebe esse impacto lentamente. As 20 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) comercializaram em março cerca de 3,3 mil unidades importadas, alta de 15,5% em relação ao mês anterior. Mas contabilizam queda ante o mês de março de 2015, com taxa negativa de 43,1%. Dessa maneira, foram 3,3 mil unidades contra 5,8 mil veículos. Para se ter uma ideia de mensuração desse mercado, a marca Jeep vendeu 209 unidades do modelo Compass no primeiro quadrimestre de 2015. No mesmo período desse ano a soma chegou em 18 carros dessa marca. A Dodge, com o modelo Journey, acumulou venda de 329 unidades nesse ano, de janeiro a abril, uma discrepância em relação ao mesmo período do ano passado, quando a vendagem totalizou em 945 automóveis. Já a marca Crysler, com o modelo 300 C, empatou a saída com seis unidades no mesmo período em relação a 2015. 26 revista cobertura

Um levantamento da JATO, consultoria inglesa especializada no setor automotivo, confirma o lado mais positivo do mercado de automóveis Premium no Brasil. Considerando o acumulado de janeiro a abril de 2016, as marcas que mais venderam foram a Audi com aproximadamente 3,998 mil unidades, 26,91% da participação nesse ramo; em segundo lugar a Mercedes-Benz com 3,144 mil (21,16%) e seguida da BMW, que somou 3,027 mil (20,37%). Em 2015, essas marcas fecharam o ano, respectivamente, com 17,541 mil unidades, 17,514 mil e 15,853 mil, o que traz uma média positiva para 2016. Tendências – o olhar das seguradoras Porém, apesar de alguns dados positivos, o contexto da crise político-econômica brasileira tem indicado para uma estagnação ou até mesmo déficit de todos os ramos do país e o mercado de seguros reflete esses acontecimentos. O crescimento e até mesmo a inércia de algumas marcas de automóveis de luxo apontam que esse nicho ainda

é considerado promissor. O diferencial do consumidor desse tipo de carro e a demora em repassar a alta do dólar no final do ano passado foram alguns dos motivos que fizeram com que a crise chegasse mais lentamente ao mercado de automóvel de luxo. “O volume de seguros de carros acima de R$ 100 mil não é alto, já que apenas uma pequena parcela da população possui veículos nessa faixa de valor, porém vemos que este mercado se mostra promissor, com crescimento nos últimos anos”, explica o vicepresidente de auto e massificados da SulAmérica, Eduardo Dal Ri. Para ele, o mercado de seguros desse nicho prioriza conveniência e facilidades para o dia a dia. “A tendência é que os seguros entreguem cada vez mais segurança, comodidade, conforto e facilidade para os clientes, seja por meio de serviços ou de coberturas”. O diretor de automóvel da Tokio Marine, Luiz Padial, afirma que o mercado está adepto a esse segmento, em relação aos veículos mais populares. “A venda de seguros no julho2016


auto premium segmento de alto valor apresenta uma situação favorável em relação às demais categorias de veículos. Há uma correlação entre o mercado de seguros e as vendas de veículos e, neste nicho, a ‘crise’ nas vendas de veículos 0KM demorou a chegar. Portanto, o mercado de seguro pode aproveitar este momento”. Adriano Fernandes, diretor de personal lines da Sompo Seguros, concorda que o setor de automóveis de luxo está na contramão do mercado. “Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicam que nos primeiros quatro meses de 2016 foram negociadas 644,3 mil unidades de veículos, o que significa baixa de 27,9% sobre as 893,7 mil unidades do mesmo período do ano passado. Porém, os carros dessa faixa de preço tiveram um crescimento expressivo nas vendas”. De acordo com dados do mercado, divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, entre 2013 e 2017 o segmento de luxo deve crescer até 25% no Brasil. “Essa expectativa de crescimento nos mostrou que esse público precisa de um produto específico, que atenda suas expectativas exclusivas e ofereça benefícios diferenciados. Por isso, desenvolvemos esse produto”, conta o diretor do Porto Seguro Auto, Bruno Garfinkel. Ao encontro das expectativas Em novembro de 2015 a Porto Seguro lançou um produto voltado exclusivamente para veículos a partir de R$ 200 mil e desde o mês de junho esse mesmo produto passou a aceitar automóveis a partir de R$ 150 mil, explica Garfinkel. Um dos diferenciais desse consumidor é que ele sempre está conectado através de um ou dois telefones móveis. Por isso, a ferramenta de aviso de sinistro web, oferecido pelo Grupo BB e Mapfre, que permite o aviso e a resolução de casos de colisão, já responde por 23% dos acionamentos da carteira. “Essa alta procura revela o comportamento desse cliente, que busca a autonomia e a agilidade que a internet oferece. Com a plataforma, o caso é resolvido em cerca de três horas”, explica o diretor geral de automóvel e massificados da seguradora, Jabis Alexandre. E assim, as seguradoras buscam julho2016

sempre apresentar um diferencial para o mercado, a fim de oferecer comodidade, vantagens exclusivas e agilidades. “Uma das principais vantagens exclusivas é o atendimento realizado pelo Concierge, profissional dedicado a ajudar o segurado, incluindo a negociação de prazos com as oficinas, agilidade na liberação e na contratação do carro extra e todos os contatos durante esse processo”, explica Bruno Garfinkel. Já a SulAmérica possui produtos para clientes que querem garantir a segurança de veículos de luxo, de até o limite de R$ 350 mil. “Nossos seguros de automóvel permitem uma alta personalização e, por isso, o cliente que possui veículos de maior valor tem a possibilidade de montar um seguro que melhor atenda às suas necessidades. Em nossa carteira, metade dos carros de mais de R$ 100 mil tem um ano ou menos e, por isso, podem aproveitar as vantagens do seguro Auto Zero Km, que oferece a comodidade de leva e traz para a primeira revisão do veículo na concessionária”, esclarece Eduardo Dal Ri. A Tokio Marine também possui coberturas flexíveis, conforme o perfil do segurado. “Os principais diferenciais que oferecemos para esse público são possível isenção da franquia quando o segurado não for culpado pelo sinistro, indenização pelo valor do veículo 0Km por 180 dias sem custo adicional, extensão opcional de indenização pelo valor do veículo 0km para até 1 ano e cobertura de despesas extraordinárias

Eduardo Dal Ri SulAmérica

com desconto de 30% na franquia”, conta Luiz Padial. O diretor de personal lines da Sompo Seguros contou que a seguradora entrou nesse segmento em fevereiro desse ano, pensando nas possibilidades de atender ao segurado do carro Premium. “O Auto Supremo foi desenvolvido para atender proprietários de veículos nacionais ou importados, sobretudo de categorias como passeio, SUVs, esportivos, superesportivos e pick-ups, além de carros blindados. Ao contratar, o segurado pode ter serviço de vidros completos, contratação do serviço de carro reserva e um reder de serviços especializados em veículos dos segmentos de luxo”, disse Adriano Fernandes.

“Dados da Anfavea indicam que nos primeiros quatro meses de 2016 foram negociadas 644,3 mil unidades de veículos, o que

27,9% sobre as 893,7 mil

significa baixa de

unidades do mesmo

período do ano passado”

Adriano Fernandes Sompo Seguros

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auto premium Prestação de serviço

Fernando Carreira Autoglass

Perspectivas para o segmento Fernandes destaca que “o produto teve boa aceitação e tem proporcionado crescimento neste nicho. Nossa expectativa é que, em 2017, a economia já tenha retomado parte do fôlego perdido em decorrência da atual crise. Isso, aliado ao novo produto e à estratégia que adotamos para conquistar mercado nos traz a estimativa de crescimento significativa para o próximo ano”. A Tokio Marine já apresenta crescimento nesse nicho e pretende que esse desenvolvimento ganhe ainda mais força em 2017. “Nos veículos acima de R$ 100 mil crescemos

75,7% em 2014 e 48,2% em 2015. Até abril deste ano, nosso crescimento é de 45,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A meta é continuar com o segmento de luxo crescendo acima da média da carteira de automóvel. As expectativas para 2017 são positivas, porém com um crescimento moderado”, almeja o diretor de automóvel, Luiz Padial. Já a SulAmérica destaca que houve crescimento de 28% em 2015, em relação ao ano anterior, na contratação de seguros para veículos com valor acima de R$ 100 mil e que há “perspectiva de crescer ainda mais

“Há uma correlação entre o mercado de seguros e as vendas de veículos e, neste nicho, a ‘crise’ nas vendas de veículo Zero KM demorou a chegar. Portanto, o mercado de seguro pode aproveitar este momento”

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Luiz Padial Tokio Marine

As expectativas do segurado de um veículo de luxo são maiores ao utilizar qualquer tipo de prestação de serviço, uma vez que em seu dia a dia consome o que há de melhor à sua disposição, como pontua o presidente do grupo Autoglass, Fernando Carreira. “Hoje vemos o mercado segurador criando serviços diferenciados para esse público, que aceita gastar um pouco mais se percebe mais benefícios no que está comprando. Nessa direção a Autoglass tem vários serviços focados neste público, como por exemplo a cobertura para Blindados mais completa do mercado ou a opção de logomarca no vidro substituído”.

nos próximos anos, pois estamos constantemente estudando a inclusão de novas coberturas e serviços no produto, e nossa intenção é ter diferenciais que atendam cada vez melhor esse público específico”, explica Eduardo Dal Ri. Com essa expectativa em alta, a Porto Seguro adquiriu a carteira Auto Premium da Chubb, “e com isso, de 70 mil itens, acrescentamos mais 50 mil novos segurados na categoria alto valor. Nosso objetivo com a aquisição é fortalecer a atuação no segmento de veículos de valor elevado, acreditando na evolução do setor”, destaca Bruno Garfinkel, diretor do Porto Seguro Auto. julho2016


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cobertura nordeste ConsegNE

Por Camila Alcova | camilaalcova@skweb.com.br

1º ConsegNE consolida trabalho conjunto da maioria dos sindicatos dos corretores da região

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s sindicatos dos corretores de seguros do Nordeste em quase sua totalidade se uniram para a realização do 1º Congresso de Corretores de Seguros do Nordeste (ConsegNE). Essa edição foi realizada em junho, em Natal, tendo o Sincor-RN como anfitrião. Durante a abertura do evento, o presidente do Sincor-RN, Alderi Moura, destacou que o momento econômico é importante para a atuação do mercado de seguros. “Somos conscientes que o trabalho dedicado vence as adversidades e é por acreditar nisso que os sindicatos dos corretores de seguros dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Alagoas, Sergipe, Bahia e Maranhão se uniram e juntos estão promovendo esse evento que inegavelmente será o marco de um novo tempo do setor de seguros da região”. Ele destacou o objetivo das entidades de colaborar para o desenvolvimento do mercado segurador no nordeste e frisou que é necessário investir em mais qualificação profissional, diversidade de produtos e extensão de oferta a outros públicos. O presidente do Sindseg BA/SE/

Rivaldo Leite Porto Seguro

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TO, João Giuseppe Leite Esmeraldo, mencionou o crescimento do mercado da região. De acordo com ele, a atividade ocupa cada vez mais destaque em território nacional. “De janeiro a abril de 2016, o crescimento foi na ordem de 6% na região, e já se equipara a resultados de regiões maiores como sul e sudeste”. O presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, destacou o formato de junção das entidades e comentou que o nordeste representa 10% do mercado e que nos últimos anos diversas seguradoras passaram a atuar fortemente na região. Armando Vergílio, presidente da Fenacor, também elogiou o formato do evento e descreveu a iniciativa como um ato de desprendimento de oito sindicatos de empreender uma ação com espírito coletivo.

Futuro de auto e ramos elementares O futuro do seguro de automóvel e dos ramos elementares foi uma das tônicas do evento. Com um decréscimo de 4% na carteira já nesse ano, o cenário para auto é preocupante. “Além da queda de vendas de veículos 0KM, tem uma certa fuga de segurados, que não estão indo para lugar nenhum. Há também os segurados que não estão renovando”, explicou o vice-presidente da HDI, Murilo Riedel. Para ele, o principal desafio com a crise é recolocar esses segurados no mercado. Marcos Machine A frota segurável de Liberty Seguros veículos de até oito anos

Alderi Moura, presidente do Sincor-RN

deverá cair de 23 milhões para 18 milhões até 2020. “Se não acharmos novas formas de vendas e ampliação de nossos consumidores prospectáveis, vamos enfrentar uma queda de cinco milhões de veículos potenciais clientes”. Marcos Machine, vice-presidente da Liberty Seguros, explicou que no ano passado o primeiro semestre foi de crescimento para o ramo auto, fator não seguido totalmente no segundo semestre. No primeiro quadrimestre desse ano não houve nenhum mês positivo para esse mercado. Isso foi impulsionado pela queda de renda da população e a diminuição da venda de veículos, que teve queda de 24% em 2015 e, em 2016, tem previsão de queda de 19%. Considerando a frota de veículos com cinco anos, que equivale a 70% do mercado e em 2010 representava 17 milhões de carros, houve queda de 5% em 2015, o que justifica a paralisação de crescimento no segundo semestre. “Em 2016, vai para 15 milhões de veículos, então não acreditamos no crescimento do mercado de seguro de automóvel nesse ano por esse fator”. Em sua opinião, ainda que haja um movimento brusco econômico e político, as estimativas mais otimistas são de venda de 2,5 milhões de veículos e o estoque de veículos com cinco anos irá decrescer esse ano. Se forem vendidos dois milhões de carros nos próximos três anos, em 2018 a frota segurável de cinco anos será de quase 12 milhões de veículos, o que representará uma queda de 30% em relação a 2014. Diante desse cenário, um dos desafios mencionados por ele é a criação de produtos para a frota mais julho2016


cobertura nordeste ConsegNE velha. “O seguro auto popular não nos parece que terá a velocidade suficiente para podermos nos movimentar esse ano e no ano que vem. Então nós, seguradores, precisaremos nos movimentar com produtos”, opinou. Essa iniciativa, explica o executivo, já está acontecendo. Para os corretores, o desafio é encontrar esses clientes, uma vez que a maior parte dos entrantes é fruto de indicação dos já pertencentes à carteira. Nesse sentido, os clientes muitas vezes não têm indicação de alguém que tenha um carro com 10 anos de uso. “Talvez seja necessário mudar a abordagem de venda, se relacionar diferente com a própria comunidade ou com outras comunidades para buscar esse cliente”, orienta Machine. O presidente da Tokio Marine, José Adalberto Ferrara, ressaltou seu otimismo em relação ao futuro ao mencionar o Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS), medidor desenvolvido pela Fenacor, que demonstrou retomada de expectativa positiva nos últimos meses. Nesse sentido, Ferrara destacou também as oportunidades de crescimento por conta da frota ainda não segurada, além das 59 milhões de residências, cerca de dois milhões de empresas sem proteção para riscos patrimoniais, além do auto popular. Sobre esse produto, o executivo

mencionou algumas reivindicações do mercado, como a possibilidade de escolha entre oficina credenciada ou outra pelo cliente no momento da contratação; utilização de peças novas ou paralelas, desde que certificadas; e a questão da aplicação a carros com mais de cinco anos. Mário Ferrero, diretor da Allianz Seguros, também destacou o potencial do mercado nordestino de seguros. Ele lembrou que nos últimos cinco anos esse mercado tem crescido entre 5% e 6% mais rápido do que o restante do País. Em auto, o crescimento foi 14%, contra 10% no país; massificados, 18%, contra 12%; vida 19%, contra 14%. A sinistralidade da região em praticamente todas as linhas também foi menor em comparação ao restante do País. De acordo com ele, por conta desse potencial, a Allianz investiu fortemente na abertura de filiais na região. “60% dos nossos investimentos em expansão no país foram no nordeste”. Ramos elementares Em se tratando de intermediação, Isair Lazzarotto, diretor da Bradesco Seguros, frisou que é necessário que o corretor conheça melhor o cliente, suas necessidades e invista na expansão de oferta de seguros. O seguro residencial foi uma oportunidade apontada por ele, já que apenas 4%

das casas na região têm seguro. De acordo com Lazzarotto, o corretor ainda não enxerga o cliente como um todo e tem foco natural no auto. O executivo indica o conceito de ‘visão 360º’, ou explorar outras oportunidades de negócios com os clientes a partir do seguro de auto, como os ramos elementares. Além do importante contato pessoal, é preciso entender que há clientes que desejam se comunicar de outras formas, como por Whats App, por exemplo. “Estreitar relacionamento diz respeito à proximidade com o cliente de alguma forma, na maneira como ele deseja se comunicar conosco”. Rivaldo Leite, diretor geral Brasil da Porto Seguro, também comentou sobre a importância de o corretor estar atento a novas oportunidades de vendas e indagou se os corretores têm aproveitado as oportunidades de fazer negócios com os clientes que já pertencem às carteiras ou se estes estão optando por canais alternativos. Os seguros para celulares e viagens, por exemplo, têm se destacado na procura dos clientes com os corretores. Há ainda o aumento de 36% de busca por consertos eletrônicos e linha branca, reformas residenciais, entre outros. “Quando comparamos esses dados com os da região nordeste, esse índice ainda é muito baixo”, alertou sobre o potencial de negócios.

O 2º ConsegNE já está confirmado e será realizado entre os dias 8 e 9 de junho de 2017, em Porto de Galinhas-PE.

José Adalberto Ferrara Tokio Marine

União: presidentes dos sindicatos de corretores de seguros da região Nordeste

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cobertura norte Sincor AM/RR

Jair Antonio Martins Fernandes, presidente do Sincor AM/RR

Por Tany Souza | tanysouza@skweb.com.br

Sincor-AM/RR realiza evento para cerca de 300 corretores e mostra as conveniências da região

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nquanto em alguns estados do país como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais os seguros de automóvel e residencial são amplamente explorados, na região norte, em especial o Amazonas, ainda há muito espaço a ser comercializado. A relevância do estado do Amazonas para a indústria do seguro é comprovada pelos números que revelam a expansão do mercado ainda inexplorado. A frota circulante no Brasil está em torno de 88 milhões, destes 14,6 milhões são segurados. No Amazonas, da frota total de 778 mil, apenas 7% é protegida, um cenário que reflete a realidade de 72% de carros 0 km e 81% entre dois e quatro anos que não possuem seguros. “Fica claro a percepção que, se regulamentado o seguro Auto Popular, temos uma base enorme para ser ofertada o seguro de automóvel aqui no estado do Amazonas”, comentou o diretor comercial do Grupo Bradesco, Isair Paulo Lazzarotto, durante o VI Fórum Manaus Seguros, sob o tema “Inovar é o caminho”, promovido pelo Sincor-AM/RR, em junho. Em se tratando do seguro residencial, a perspectiva também é positiva. No Brasil são um pouco mais de 67,4 milhões de residências, sendo 1,4 milhão no Amazonas. Porém, destas apenas 4,3% possuem seguro. “Nós nos esquecemos de falar para o segurado quanto custa o seguro residencial. Talvez o que falta é insistirmos na proteção, de visualizarmos o cliente de forma diferente, em vê-lo como um todo de fato, e assim entendermos a importância de buscar as oportunidades”, completa Lazzarotto. Em relação ao seguro residencial, o presidente do Sincor-AM/RR, Jair Antonio Martins Fernandes, ressal32 revista cobertura

tou as problemáticas no Amazonas, com foco em Manaus, e indagou Lazzarotto sobre esses impedimentos regionais, como por exemplo, as casas feitas de madeiras. “Posso falar em nome da seguradora, temos um produto com ticket baixo e que contempla residência mista, e se expandirá. Mas isso é um alerta, a todos do mercado de seguros, provocando as seguradoras para desenvolver um produto mais regionalizado”. É preciso reconhecer Amazonas Para Jair Antonio Martins Fernandes, é vital que todos os atores da indústria de seguros saibam olhar e enxergar o estado do Amazonas, e a região norte, como um mercado maduro, que dissemina a cultura do seguro, e que carrega grande representatividade do mercado. “Quase não vemos nas mídias as companhias falando de seguro e isso é pouco para que a massa da população entenda, por isso, o corretor de seguros acaba sendo o canal de divulgação. Tanto que temos instalado aqui em torno de 20 seguradoras e há 10 anos não tínhamos ao menos a metade disso, e sabemos que há mais de 80 operando aqui, o que significa que há mercado pujante e desenvolvido”. Porém, o presidente ressalta que o mercado de seguros do Amazonas não é visto de forma correta, já que os índices não refletem a realidade da região. “Há certa contradição nos índices do mercado de seguros, onde o Amazonas aparece lá embaixo, então, como investirão em um mercado que não há seguros, porém há tudo isso de seguradoras instaladas aqui e todo o ano fecham-se as contas positivamente”, ele completa enfatizando a importância de Manaus,

Fabiana Rezende PASI

Isair Lazzarotto Bradesco Seguros

considerada ‘capital estado’: “Como um mercado pequenino, com distrito industrial com mais de 500 empresas do mundo todo instaladas aqui, um dos maiores parques industriais da América Latina em Manaus, e todas têm seguros, nós sabemos; onde estão esses números? Por isso, as estatísticas oficiais não refletem a realidade e temos que mudar isso”. Segundo ele, isso acontece porque o mercado local não é visto como um todo. “Há uma fragmentação, como por exemplo, uma empresa que é da Suíça que tem filial no mundo todo, e uma das grandes está aqui, fecha um seguro em outro estado, isso acaba nos prejudicando, pois como eu sempre digo, o seguro tem que ser computado pelo CEP de risco e não pelo endereço do corretor que faz, dessa forma, os números seriam reais”. No momento, o mercado amazonense também sente o reflexo da crise do país, que influencia todos os setores do país. “O mercado de seguros da região também sofre as consequências do momento que o país atravessa. Houve uma retração principalmente no segmento de automóvel e, sabendo disso, promovemos esses eventos para não deixar a ‘bola murchar’, para buscar conhecimento e procurar inovar, porque o Brasil inteiro procura por isso”, observa o presidente do Sincor-AM/RR. Perspectivas positivas O desenvolvimento do mercado da região é notório, apesar de o ramo de automóvel ser ainda o carro chefe dos negócios. “Porém já vemos certo desenvolvimento em seguro garantia, seguro residencial, mesmo percebenjulho2016


cobertura norte Sincor AM/RR do certa ignorância em determinados ramos de seguros, devido a falta de melhor divulgação e também pelo desenvolvimento profissional dos corretores de seguros, que somente a partir de 2008, alguns que já atuavam no mercado há mais de 20 anos, se formalizaram e se habilitaram. E a Escola Nacional de Seguros tem sido fundamental nesse âmbito”. Para a diretora executiva do PASI, Fabiana Rezende, a importância de participar de um evento como esse é exatamente a perspectiva de mercado da região. “É importante estarmos aqui, porque é a primeira vez que o PASI participa e patrocina um evento só de corretores do norte. Estamos com uma pessoa recém-

contratada para a região e nossa estratégia é realmente focar nas duas regiões, apesar de já atuarmos há alguns anos, mas agora estamos com força total, com equipe dedicada”. E ainda completa: “com isso, queremos ao menos dobrar nossa participação na região até o final do ano que vem, e certamente conseguiremos, considerando nossas parcerias com corretores e sindicato”. Para Jair Fernandes, as possibili-

dades continuam sendo positivas, considerando o crescimento que a região sempre apresentou. “O mercado do seguro do Amazonas sempre cresceu acima do mercado de seguros do Brasil. Tivemos um ano atípico, em função da crise, mas segundo os especialistas, se o mercado fechar com dois dígitos, esperamos ao menos acompanhar esse índice”. Leia mais na Cobertura Digital: http://migre.me/uj1aX

tecnologia CIAB/Febraban

Por Tany Souza | tanysouza@skweb.com.br

Assinaturas digitais e documentos arquivados em nuvens estão na contramão de um mercado conservador

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azer a inclusão da sociedade em seguros já é um desafio, porém, maior ainda é quando se fala de digitalização dos atores do mercado, ou seja, acabar com o uso do papel tanto do segurado que está acostumando a ter a apólice física, quanto das seguradoras que conservam os métodos de manter arquivadas essas apólices. “A inclusão digital em todas as classes sociais seria uma grande vitória. Levaria não somente a disseminação do conhecimento, como também a possibilidade da própria contratação. O que mais ouvimos na organização são clientes do banco ligando na seguradora para reclamar e indagar o porquê precisa receber o papel de uma apólice, se ele não recebe mais extrato e boleto de cartão de crédito. Porque o ato regulatório assim prevê”, comentou o diretor executivo da Bradesco Seguros, Eugenio Velasques, durante o CIAB Febraban, realizado em São Paulo, em junho. Segundo ele, esse ato de encaminhar apólice impressa para o segurado gera consequências para a imagem do mercado de seguros como um

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todo. “Isso traz um fator psicológico, afastando o consumidor de alguma coisa que ele entende que é muito burocrática e complexa. Mas a tecnologia deve ser aplicada, pois nos bancos hoje quase todas as suas transações são feitas através de máquinas e aplicativos, e o mercado segurador pode usufruir de todas essas ferramentas”. Fim do papel Assim, a eliminação do papel e o investimento em tecnologia tornamse primordiais para o desenvolvimento do sistema e da logística do seguro. “O primeiro investimento que eu enxergo é na cabeça das pessoas, pois hoje em dia se pede original de nota fiscal eletrônica, isso espanta qualquer pessoa. Já o investimento que estamos fazendo para ter uma plataforma amplificada de seguros leva dois anos e consome alguns milhares de reais”. E ele reforça dizendo que “não é somente isso que é necessário, mas sim toda uma modificação no sistema de armazenamento e no sistema regulatório, para termos eliminação definitiva do papel. Apesar de já termos

Eugenio Velasques Bradesco Seguros

um cartão de saúde virtual, mas nem todos têm acesso à tecnologia e a vontade de ficar livre do cartão físico”. Depois desse feito, o outro desafio é fazer o segurado usar a ferramenta. “Hoje nosso cliente já fica satisfeito por receber o referenciado por SMS. Por isso, antes de mudar não só a tecnologia, é preciso preparar para mudar a utilização. Até pouco tempo atrás, 100% das nossas senhas eram feitas por telefone, hoje 63% já são feitas através do sistema eletrônico”. Para Velasques, ainda vivemos o retrocesso do desenvolvimento como um todo, “estamos não somente atrasados em termos de mudanças de cabeça, mas também em mudanças de procedimentos e processos, de investimentos e tecnologia, e na educação do usuário final, para que tenhamos um mercado avançado”. revista cobertura 33


giro pelo mercado Corrupção e riscos cibernéticos Na segunda edição do evento de regulação de sinistros de grandes riscos promovido pelo Demarest Advogados, em junho, em São Paulo, o sócio do escritório DAC Beachcroft LLP em Londres e especialista em D&O, Matthew Wescott (foto), falou sobre corrupção e os novos riscos cibernéticos. “A corrupção é um problema global, a investigação é dispendiosa e demorada, o que pode esgotar a cobertura do seguro D&O muito rapidamente. Ela também impacta no aumento do valor do prêmio, na majoração das franquias e na limitação ou redução de limites de coberturas”, pontuou. Ele alertou sobre a forma de contratação de apólices. “Algumas empresas brasileiras mantêm apenas

apólices globais contratadas no exterior. Porém, esses programas de seguros não são autorizados a responder localmente no Brasil, o que deixa os administradores sem cobertura”. Wescott defendeu a necessidade de considerar o impacto da corrupção e possíveis lacunas na cobertura do seguro de D&O no Brasil. E, também, comentou sobre os novos desafios com os riscos cibernéticos, citando a nova jurisprudência no Reino Unido para dano moral sem perda financeira. Segundo ele, a legislação britânica buscou uma forma de compensar o consumidor. “Porém, há muitas dúvidas onde se enquadra ou exclui essa cobertura, ainda não adaptada à nova legislação”, finalizou. (Karin Fuchs)

Longevidade: a preocupação do mercado de seguros O Brasil caminha para ser um País velho considerando a média mundial, com a maioria vivendo mais que 60 anos. A palestra “O impacto da longevidade na sociedade e no mercado de seguros”, realizada pelo membro do Conselho Diretor da CNseg e presidente do Conselho de Administração da Mongeral Aegon, Nilton Molina, trouxe dados que comprovam essa realidade e os conflitos que esse fenômeno causará no mercado de seguros. “Em termos de seguros, o que interessa é a perspectiva de vida na idade atingida. Por exemplo, hoje quem está com 80 anos, a perspectiva é de mais sete, podendo chegar a mais 14 anos.

CCSOR

Da esq. para dir. Carlos Eduardo Monteiro, diretor social; Jose Otilio Galhardo, membro do conselho fiscal; Marcio Matias, suplente; Marcos Mota, diretor tesoureiro; Jose Amélio de Souza, mentor; Antonio Jose Hernandes, membro do conselho fiscal; Walter de Sousa Junior, diretor secretário, e Ednir Fornazzari, diretor administrativo

Em junho, o Clube dos Corretores de Seguros de Osasco e Região (CCSOR) promoveu a cerimônia de posse da diretoria para o biênio 2016/2018, que tem como mentor José Amélio de Souza. Na ocasião, também foram comemorados os 15 anos do clube.

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Nilton Molina, presidente do conselho de administração da Mongeral Aegon e Dilmo B. Moreira, presidente do CVG-SP

Em 2000, as pessoas acima de 60 anos representavam 8,6% da população. Em 2030, será 18,6%, ou seja, mais de 41 milhões de idosos”, afirmou Molina durante evento do CVG-SP, em julho. Para ele, o caminho inevitável “é reformular o atual sistema de previdência social e criar um novo programa para os entrantes”. Além disso, Molina alertou para as consequências sociais e econômicas da longevidade: “Quem vai conseguir pagar um seguro saúde? Temos que consumir menos no presente para guardar para o futuro”. (Tany Souza) Leia mais na Cobertura Digital: http:// migre.me/uhu4X

Museu Itinerante Se Prepara Brasil O Grupo Bradesco Seguros, patrocinador e segurador oficial dos Jogos Rio 2016, promove o Museu Itinerante Se Prepara Brasil — O Caminho do Esporte até o Rio. Entre 30 de abril e 31 de julho, duas carretas terão passado por 45 cidades de todo o território nacional para apresentar uma exposição gratuita sobre rodas, com mais de 100 peças do acervo do Comitê Olímpico Internacional (COI), do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê dos Jogos Rio 2016, além de coleções particulares.

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giro pelo mercado Espaço Cultural Porto Seguro recebe exposição de obras de prêmio de fotografia

O Espaço Cultural Porto Seguro, localizado na região central de São Paulo, recebeu em junho a exposição com obras do Prêmio Brasil Fotografia 2015. Em sua 14ª edição, o prêmio é voltado a fotógrafos brasileiros ou estrangeiros residentes no País. Os trabalhos estão expostos no novo Espaço Cultural Porto Seguro, inaugurado em janeiro. “Estamos felizes com a oportunidade de apresentar o Prêmio de Fotografia, que está na 14ª edição, já no espaço novo. Acreditamos que o prêmio vai ganhar uma outra envergadura, o que para nós é muito bom, pois cada vez mais trazemos à tona a questão da fotografia”, comentou Fábio Luchetti, presidente da Porto Seguro, ao destacar os fatores artísticos e informativos inerentes à fotografia. (Camila Alcova)

Produto garante viagem no desemprego Com a crise econômica e política que o país passa, o desemprego aumenta a cada dia e, por isso, garantir uma viagem e um tempo de lazer fica cada vez mais difícil. A April, juntamente com a QBE, lançou o seguro prestamista viagem protegida, para atender a demanda da indústria de turismo com cobertura que garante a compra de um pacote. Esse produto cobre o custo do parcelamento da viagem de maneira total ou parcial em caso de demissão laboral ou invalidez. “É um seguro julho2016

Fenacor lança prêmio nacional de jornalismo em São Paulo

A Fenacor, com o apoio da CNseg e da Escola Nacional de Seguros, lançou o Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros em São Paulo, na sede do Sincor-SP. A primeira edição do prêmio já se configura como uma das maiores premiações voltadas para a imprensa, somando R$ 270 mil para reconhecimento das melhores reportagens publicadas ou veiculadas em diversas mídias sobre o mercado de seguros. “Isso fará com que a comunicação das entidades conquiste ainda mais espaços positivos nas mídias”, disse o 1º vice-presidente da Fenacor e presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar. (Tany Souza)

Tribuna Livre

A 33ª Tribuna Livre, promovida pela Câmara dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Camaracor-SP), em junho, recebeu os executivos da Suhai Seguradora.

de proteção financeira que garante ao segurado o pagamento total ou parcial de seu financiamento durante a vigência do seguro. Além disso, é um seguro desvinculado do seguro viagem, com um valor limite de financiamento de R$ 20 mil, por um ticket baixo”, contou o diretor comercial, Agnaldo Abrahão (foto), durante evento, em junho, em São Paulo. (Tany Souza) revista cobertura 35


executivos & cia. Orizon

FenSeg

Mario Martins sucede Rodrigo Bacellar, e assume a presidência da Orizon.

O atuário Allan Rocha (1), da Zurich Brasil, é o novo presidente da Comissão de Seguro de Garantia Estendida da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Na presidência da Comissão de Riscos de Crédito e Garantia, Roque de Holanda Melo (2), da JMalucelli, assume a posição; enquanto na Comissão de Riscos de Engenharia o novo presidente é o engenheiro civil Marcos Costa (3), do Grupo Sompo. Julio Cesar Rosa (4) é o novo diretor executivo, depois de atuar por 14 anos na HDI Seguros.

SindSeg BA/SE/TO O sindicato acaba de ampliar seu quadro associativo com a entrada da JMalucelli Seguradora. “Avaliamos como um movimento extremamente positivo para que tenhamos uma maior interação com o mercado segurador dos três estados”, comenta o diretor comercial da JMalucelli, Marcelo Queiroz Filho.

Grant Thornton Marco Pontes comandará a nova área de Serviços Atuariais da empresa de auditoria, consultoria e outsourcing.

Allianz Seguros Eduardo Grillo assume a diretoria executiva da divisão comercial da seguradora e passa a ser membro do comitê executivo da companhia.

Sompo Seguros Eduardo Fazio de Arecippo é o novo diretor comercial responsável pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo e regiões Norte e Nordeste.

JLT Brasil Resseguros Marcello Addeo é o novo diretor comercial da JLT Brasil Resseguros. Atuário formado pela PUC-SP, o executivo tem mais de 27 anos de experiência no mercado segurador e ocupou cargos executivos em outras empresas multinacionais.

EXEC O atuário Alexandre Zuvela deixa a unidade de negócios da FESA Serviços Financeiros, onde era sócio e vicepresidente para as áreas de seguros e bancos, para ser o novo sócio da consultoria EXEC.

XL Catlin Paulo Robson Alves é o novo gerente de subscrição de marine para o Brasil. Em sua nova função, Alves subscreverá seguros de transportes e ampliará a carteira de clientes da XL Catlin no Brasil.

Liberty Seguros Mario Cavalcante assume a diretoria de auto e residência da companhia.

Chubb Jorge Luis Cazar (foto) foi nomeado Division President de negócios internacionais de Accident& Health (A & H); Juan Luis Ortega assume o cargo Regional President para a América Latina. Paul McNamee assume como Regional President, Ásia-Pacífico.

Zurich Edson Franco, atual diretor-presidente (CEO) do negócio de seguros de vida da Zurich na América Latina, assume a função de CEO da Zurich no Brasil, integrando os negócios de seguros gerais, vida, previdência e capitalização.

Swiss Re A resseguradora nomeia Axel Brohm como CEO da América Latina, e será responsável por executar a estratégia de expansão da companhia na América Latina.

Berkley

Berkley I

Essor Seguros

José Cláudio Milhori é o novo gerente comercial da Berkley no estado de Minas Gerais.

Maria Nazareth Ayres Carneiro Filha é a nova gerente da Filial do Rio de Janeiro e Espírito Santo da Berkley.

Leandro Poli foi contratado como diretor técnico de ramos elementares para assumir a área técnica e atuarial da seguradora.

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saúde premium

Por Karin Fuchs | karinfuchs@skweb.com.br

Líder no segmento premium, One Health tem a capilaridade do grupo Amil

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m operação desde 2010, a One Health, do grupo Amil, assumiu a liderança no segmento premium no ano passado, tendo sob o seu guarda-chuva 156 mil clientes exclusivamente de planos médicos. Resultado que Sérgio Luis Cafalli, diretor-executivo, atribui à capilaridade de distribuição e aos serviços diferenciados. “Fazia parte da estratégia da empresa assumir a liderança e o novo desafio é não apenas manter essa posição, mas dar continuidade ao princípio da One Health que é ter produtos exclusivos que vão ao encontro do que os clientes querem ou que eles nem imaginem que seja importante para eles”, diz. Com a mesma regra comercial da Amil, a One Health atende a partir de duas vidas e um mesmo contrato pode ser híbrido. “O cliente pode ter mais de uma bandeira do Grupo Amil, as mesmas precificação e diluição de sinistro, assim conseguimos atender a empresa 100%. Isso é um diferencial perante nossos concorrentes”, explica Cafalli. Distribuição O canal de distribuição da One Health é junto à Amil, mas a empresa também tem time comercial próprio para apoiar a equipe do grupo. “Assim, o corretor tem no mesmo ponto de contato a mesma pessoa que lhe dá o suporte para o primeiro produto da linha Amil até o último da One Health”, diz. E eles também contam com as ferramentas e facilidades que a Amil disponibiliza. Com duas unidades próprias, em São Paulo (matriz) e no Rio de Janeiro, para as demais regiões a One Health utiliza a estrutura física do grupo e, em cada uma delas, há um colaborador próprio. Modelo que dá à empresa capilaridade de distribuição e que contribuiu para a expansão. “Rapidamente, nós conquistamos

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clientes nas capitais em que atuamos, e há clientes que têm planos regionais e gostariam de ter o suporte de São Paulo e do Rio de Janeiro para uma eventual alta complexidade. Esse foi um grande diferencial do nosso produto (ser nacional)”, revela. De casa Na sua estrutura própria, a One Health tem áreas que Cafalli denomina como críticas, como a comercial, atendimento e de relacionamento com clientes e médicos, serviços de concierge, e pós-venda aos gestores de RH e aos corretores, exclusivas da empresa. Complementar à rede da Amil, são 800 profissionais no país que atendem exclusivamente clientes da linha Black, e há também as embaixadas hospitalares (como no Albert Einstein e Sírio-Libanês, por exemplo) para atendimento aos clientes, que foi estendida também para os médicos. Desde o início, o foco sempre foi terem uma rede nacional credenciada. “Nunca nos apoiamos em ter

Sergio Cafalli One Health

uma rede comprada. A abrangência de rede credenciada é importante para termos o suporte necessário, o controle efetivamente das contas médicas”, explica, acrescentando que nas regionais interessa terem a maior quantidade de serviços e diferenciais presentes no plano. Produtos e serviços Cafalli conta que com a aquisição da Lincx, em 2011, e a integração no final do ano seguinte, ela se tornou uma linha da One Health. “Como a Lincx é uma marca extremamente forte neste segmento, nós a colocamos como uma linha de produtos, e sem dúvida ela alavancou muito a One Health”, valida. Entre os produtos, o que muda são serviços, valores de reembolso e rede de atendimento. “Na linha Lincx, o primeiro plano (LT3) equivale ao plano intermediário das seguradoras, cobrindo a maior parte dos hospitais. Já o Black é um produto mais customizado, com um alto nível de serviço”, especifica. Serviços como concierge, resgaste aéreo e as coberturas internacionais, incluindo para práticas esportivas de até US$ 100 mil e US$ 300 mil para outros tipos de urgência e emergência, e o One Care, central de atendimento 24 horas, 7 dias por semana, estão entre alguns diferenciais. Há ainda o aplicativo para celulares, tablets e computadores. “Ele é uma estratégia de tangibilização do nosso plano de saúde. Queremos que o aplicativo seja a grande central de interação conosco, com a rede credenciada”, afirma Cafalli. Ele antecipa que ainda neste ano será lançado o produto odontológico com o mesmo padrão do Black. “Pensamos em estruturar a rede com alguns credenciados e renomados profissionais da área, e também com uma capilaridade grande”, conclui. julho2016


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