Carlos Drummond de Andrade: poemas escolhidos

Page 1

Carlos Drummond de andRade POEMAS ESCOLHIDOS



Carlos Drummond de andRade POEMAS ESCOLHIDOS



O POETA CARLOS José Lins do Rego

Foi Keats quem falou que a poesia é como um calor divino, de peso imortalidade sobre o coração do homem. É o mesmo que aquela “magic suggestive” [magia sugestiva] de Baudelaire, tudo o que guarda o poder de encantação, de inventar, de descobrir. Poesia é assim mais que ciência, mais que a razão especulativa, mais que a sabedoria abstrata. Jean Epstein dizia muito bem: “la découvert est poétique, seule as vérification est scientifique” [a descoberta é poética, só sua verificação é científica]. Lendo-se o novo livro de Carlos Drummond de Andrade, esta poesia que sobrepuja o homem de razão, o homem dos teoremas, das verdades demonstradas aparece em plena grandeza, com todos os seus poderes vivos, com todas as suas seivas palpitando. Carlos conta a sua história, a sua vida: Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos, ser guache na vida. E esse “ser guache” na vida deu ao poeta o tal peso de imortalidade de Keats sobre um coração mais vasto que o mundo. Vasto coração que ora se enche de terrores, que ora se esvazia na mais dolorosa solidão. Para povoar o deserto Carlos volta à infância, faz a viagem de todos os grandes solitários: Lá longe meu pai campeava No mato sem fim da fazenda E eu não sabia que a minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. Ele quer ver o mundo de fora, quer ver as flores dos jardins públicos, ver as paisagens de barro úmido, mas em tudo vai pondo a sua melancolia:


Meus olhos têm melancolias, minha boca tem rugas. Velha cidade! As árvores são repetidas. A velha cidade é Belo Horizonte, que a “lanterna mágica” do poeta vê como ele se vê a si mesmo: “minha boca tem rugas”. Belo Horizonte é mais triste que Sabará, porque é de uma tristeza que não tem a história da outra: “Sabará veste com orgulho seus andrajos...” A tristeza da cidade nova tem maior semelhança com a do poeta Carlos: “E o velho fraque / na casinha de alpendre com duas janelas dolorosas.” Há jardins versailles mas há sobretudo as “duas janelas dolorosas”. Por estas janelas dolorosas ele vai ver o mundo. Carlos é triste mas ele pretende a alegria. Ele é tímido, vago, mas tem rompantes de homem que vai para a guerra. Aí está a nascente de sua poesia. Carlos não gosta do mundo, e no entanto quer gostar do mundo, do mundo das coisas e dos homens. Como em ninguém aquela “faculté de mécontentement” [faculdade de descontentamento], aquilo que para Gauthier distingue o homem de todas as espécies se aguçou: Meu Deus, por que me abandonaste, se sabias que eu não era Deus, se sabias que eu era fraco. Não era, porém, um fraco; não será um fraco quem como ele confessa: Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro [...] Oitenta por cento de ferro nas almas. A história de Carlos é assim como de sua Itabira: “este orgulho, esta cabeça baixa...” Revê-se na terra:


Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! De Itabira a sua tristeza sai para cobrir o mundo: Sinto-me disperso, anterior a fronteiras, humildemente vos peço que me perdoeis. Quando os corpos passarem, eu ficarei sozinho desfiando da recordação do sineiro, da viúva e do microscopista que habitavam a barraca e não foram encontrados ao amanhecer esse amanhecer mais noite que a noite. O canto do itabirano é agora a queixa da humanidade inteira. O poeta Carlos grita: É preciso ter as mãos pálidas. E anunciar o FIM DO MUNDO. Depois ele vê o operário no mar andando sobre as ondas, realizando milagre. “Sim quem sabe se um dia o compreenderei?” O que tem oitenta por cento de ferro na água fica ígneo como numa forja. O coração do poeta é de fogo. “Chegou um tempo em que não adianta morrer. / Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. / A vida apenas, sem mistificação.” Oitenta por cento de ferro, vitalidade do itabirano que quer abandonar tudo


para cantar a vida presente. “O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, / a vida presente.” Tem-se a impressão que Carlos vai ser o profeta, o poeta profeta como Whitman: Havemos de amanhecer. O mundo se tinge com as tinhas da antemanhã e o sangue que escorre é doce, de tão necessário para colorir tuas pálidas faces, aurora. E o homem triste, o homem “guache na vida”, volta ao itabirano. Carlos retorna para ver tudo através das “dolorosas janelas”. A maior tristeza que conheço neste mundo é a sua. É a tristeza que sabe que é triste, que é mais triste que a de Heine, que é ímpia, que é da carne e do espírito. É no “Madrigal lúgubre” que a poesia de Carlos atinge a sua maior grandeza, uma grandeza como a de Baudelaire, uma grandeza da humanidade: ... Enquanto fugimos para outros mundos, que esse está velho, velha princesa, palácio em ruínas, ervas crescendo, lagarta mole que escreves a história, escreve sem pressa esta história: o chão está verde de lagartas mortas... Adeus, princesa, até outra vida. Que vida será esta deste poeta sem Deus, deste poeta que em 1925, se dizia abandonado por Deus? Saberá o poeta Carlos que vida será esta? Ele diz que o mundo está crescendo entre o fogo e o amor. E com o seu orgulho de itabirano ele grita outra vez como um Deus: - Ó vida futura! nós te criaremos. É tudo do rompante do tímido. A tristeza volta, e volta na viagem a Itabira:


No deserto de Itabira a sombra de meu pai tomou-me pela mão. Tanto tempo perdido. O grande poeta venceu o tempo. O poeta Carlos, com aquele fogo divino da imagem de Keats reduziu o ferro de Itabira ao melhor aço da poesia brasileira. Desde o Aleijadinho que não há mineiro maior do que ele.

* Publicado em A manhã, Rio de Janeiro, 22 de julho de 1942. ** Imagem na página seguinte: Arquivo Instituto Moreira Salles *** Os poemas aqui publicados foram coletados da edição Nova reunião de poesia (Companhia das Letras, 2015)



Alguma poesia

POEMA DE SETE FACES Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos. O bonde passa cheio de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada. O homem atrás do bigode é sério, simples e forte. Quase não conversa. Tem poucos, raros amigos o homem atrás dos óculos e do bigode. Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração. Eu não devia te dizer mas essa lua mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo.


Depois de tantos combates o anjo bom matou o anjo mau e jogou seu corpo no rio. As águas ficaram tintas de sangue que não descorava e os peixes todos morreram. Mas uma luz que ninguém soube dizer de onde tinha vindo apareceu para clarear o mundo, e outro anjo pensou a ferida do anjo batalhador.

Alguma poesia

POEMA DA PURIFICAÇÃO


Brejo das almas

SONETO DA PERDIDA ESPERANÇA Perdi o bonde e a esperança. Volto pálido para casa. A rua é inútil e nenhum auto passaria sobre meu corpo. Vou subir a ladeira lenta em que os caminhos se fundem. Todos eles conduzem ao princípio do drama e da flora. Não sei se estou sofrendo ou se é alguém que se diverte por que não? na noite escassa com um insolúvel flautim. Entretanto há muito tempo nós gritamos: sim! ao eterno.


A poesia é incomunicável. Fique torto no seu canto. Não ame. Ouço dizer que há tiroteio ao alcance de nosso corpo. É a revolução? o amor? Não diga nada. Tudo é possível, só eu impossível. O mar transborda de peixes. Há homens que andam no mar como se andassem na rua. Não conte. Suponha que um anjo de fogo varresse a face da terra e os homens sacrificados pedissem perdão. Não peça.

Brejo das almas

SEGREDO


Sentimento do mundo

CONFIDÊNCIA DO ITABIRANO Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil; este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa… Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!


Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe emigrantes? trouxe um grama de rádio? Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem.

Sentimento do mundo

INOCENTES DO LEBLON


´

jose

NOTURNO OPRIMIDO A água cai na caixa com uma força, com uma dor! A casa não dorme, estupefata. Os móveis continuam prisioneiros de sua matéria pobre, mas a água parte-se, a água protesta. Ela molha toda a noite com sua queixa feroz, seu alarido. E sobre nossos corpos se avoluma o lago negro de não sei que infusão. Mas não é o medo da morte do afogado, o horror da água batendo nos espelhos, indo até os cofres, os livros, as gargantas. É o sentimento de uma coisa selvagem, sinistra, irreparável, lamentosa. Oh vamos nos precipitar no rio espesso que derrubou a última parede entre os sapatos, as cruzes e os peixes cegos do tempo.


Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta. Melancolias, mercadorias, espreitam-me. Devo seguir até o enjoo? Posso, sem armas, revoltar-me? Olhos sujos no relógio da torre: Não, o tempo não chegou de completa justiça. O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera. O tempo pobre, o poeta pobre fundem-se no mesmo impasse. Em vão me tento explicar, os muros são surdos. Sob a pele das palavras há cifras e códigos. O sol consola os doentes e não os renova. As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase. Vomitar este tédio sobre a cidade. Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado. Nenhuma carta escrita nem recebida. Todos os homens voltam para casa. Estão menos livres mas levam jornais e soletram o mundo, sabendo que o perdem. Crimes da terra, como perdoá-los? Tomei parte em muitos, outros escondi. Alguns achei belos, foram publicados. Crimes suaves, que ajudam a viver. Ração diária de erro, distribuída em casa. Os ferozes padeiros do mal. Os ferozes leiteiros do mal. Pôr fogo em tudo, inclusive em mim. Ao menino de 1918 chamavam anarquista.

A rosa do povo

A FLOR E A NÁUSEA


Porém meu ódio é o melhor de mim. Com ele me salvo e dou a poucos uma esperança mínima. Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura. Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se. Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.


Um sabiá palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata, e o maior amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe. Onde tudo é belo e fantástico, só, na noite, seria feliz. (Um sabiá na palmeira, longe.) Ainda um grito de vida e voltar para onde tudo é belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe.

A rosa do povo

NOVA CANÇÃO DO EXÍLIO A Josué Montello


Claro enigma

ENCONTRO Meu pai perdi no tempo e ganho em sonho. Se a noite me atribui poder de fuga, sinto logo meu pai e nele ponho o olhar, lendo-lhe a face, ruga a ruga. Está morto, que importa? Inda madruga e seu rosto, nem triste nem risonho, é o rosto antigo, o mesmo. E não enxuga suor algum, na calma de seu sonho. Ó meu pai arquiteto e fazendeiro! Faz casas de silêncio, e suas roças de cinza estão maduras, orvalhadas por um rio que corre o tempo inteiro, e corre além do tempo, enquanto as nossas murcham num sopro fontes represadas.


Meu ser em mim palpita como fora do chumbo da atmosfera constritora. Meu ser palpita em mim tal qual se fora a mesma hora de abril, tornada agora. Que face antiga já se não descora lendo a efígie do corvo na da aurora? Que aura mansa e feliz dança e redoura meu existir, de morte imorredoura? Sou eu nos meus vinte anos de lavoura de sucos agressivos, que elabora uma alquimia severa, a cada hora. Sou eu ardendo em mim, sou eu embora não me conheça mais na minha flora que, fauna, me devora quanto é pura.

Fazendeiro do ar

RETORNO


A vida passada a limpo

AR Nesta boca da noite, cheira o tempo a alecrim. Muito mais trescalava o incorp贸reo jardim. Nesta cova da noite, sabe o gesto a alfazema. O que antes inebriava era a rosa do poema. Nesta abismo da noite, erra a sorte em lavanda. Um perfume se amava, colante, na varanda. A narina presente colhe o aroma passado. Continuamente vibra o tempo, embalsamado.


~

, Licao de coisas

REMATE Volta o filho pródigo à casa do pai e o próprio pai é morto desde Adão. Onde havia relógio e cadeira de balanço vacas estrumam a superfície. O filho pródigo tateia assobia fareja convoca as dezoito razões de fuga e nada mais vigora nem soluça. Ninguém recrimina ou perdoa, ninguém recebe. Deixa de haver o havido na ausência de fidelidade e traição. Jogada no esterco verde a agulha de gramofone varre de ópera o vazio. O ex-filho pródigo perde a razão de ser e cospe no ar estritamente seco.


A falta que ama

CORPORAL O arabesco em forma de mulher balança folhas tenras no alvo da pele. Transverte coxas em ritmos, joelhos em tulipas. E dança repousando. Agora se inclina em túrgidas, promitentes colinas. Todo se deita: é uma terra semeada de minérios redondos, braceletes, anéis multiplicados, bandolins de doces nádegas cantantes. Onde finda o movimento, nasce espontânea a parábola, e um círculo, um seio, uma enseada fazem fluir, ininterruptamente, a modulação da linha. De cinco, dez sentidos, infla-se o arabesco, maçã polida no orvalho de corpos a enlaçar-se e desatar-se em curva curva curva bem-amada, e o que o corpo inventa é coisa alada.


A arte completa, a vida completa, o poeta recolhe seus dons, o arsenal de sons e signos, o sentimento de seu pensamento. Imobiliza-se, infinitamente cala-se, cápsula em si mesma contida. Fica sendo o não rir de longos dentes, o não ver de cristais acerados, o não estar nem ter aparência. O absoluto do não ser. Não há invocá-lo acenar-lhe pedir-lhe. Passa ao estranho domínio de deus ou pasárgada-segunda. Onde não aflora a pergunta nem o tema da nem a hipótese do. Sua poesia pousa no tempo. Cada verso, com sua música e sua paixão, livre de dono, respira em flor, expande-se na luz amorosa. A circulação do poema sem poeta: forma autônoma

As impurezas do branco

DESLIGAMENTO DO POETA


de toda circunstância, magia em si, prima letra escrita no ar, sem intermédio, faiscando, na ausência definitiva do corpo desintegrado. Agora Manuel Bandeira é pura poesia, profundamente.


~

A paixao medida

A PALAVRA Já não quero dicionários consultados em vão. Quero só a palavra que nunca estará neles nem se pode inventar. Que resumiria o mundo e o substituiria. Mais sol do que o sol, dentro da qual vivêssemos todos em comunhão, mudos, saboreando-a.


Boitempo i

LIQUIDAÇÃO A casa foi vendida com todas as lembranças todos os móveis todos os pesadelos todos os pecados cometidos ou em via de cometer a casa foi vendida com seu bater de portas com seu vento encanado sua vista do mundo seus imponderáveis por vinte, vinte contos.


Nesta mínima cidade os moços são disputados para ofício de marido. Não há rapaz que não tenha uma, duas, vinte noivas bordando no pensamento um enxoval de desejos, outro enxoval de esperanças. Depois de muito bordar e de esperar na janela maridos de vai-com-o-vento, as moças, murchando o luar, já traçam, de mãos paradas, sobre roxas almofadas, hirtas grades de convento.

Boitempo ii (O menino antigo)

SINA


Boitempo iII (Esquecer para lembrar

O FIM DAS COISAS Fechado o Cinema Odeon, na Rua da Bahia. Fechado para sempre. Não é possível, minha mocidade fecha com ele um pouco. Não amadureci ainda bastante para aceitar a morte das coisas que minhas coisas são, sendo de outrem, e até aplaudi-la, quando for o caso. (Amadurecerei um dia?) Não aceito, por enquanto, o Cinema Glória, maior, mais americano, mais isso e aquilo. Quero é o derrotado Cinema Odeon, o miúdo, fora de moda Cinema Odeon. A espera na sala de espera. A matinê com Buck Jones, tombos, tiros, tramas. A primeira sessão e a segunda sessão da noite. A divina orquestra, mesmo não divina, costumeira. O jornal da Fox. William S. Hart. As meninas-de-família na plateia. A impossível (sonhada) bolinação, pobre sátiro em potencial. Exijo em nome da lei ou fora da lei que se reabram as portas e volte o passado musical, waldemarpissilândico, sublime agora que para sempre submerge em funeral de sombras neste primeiro lutulento de janeiro de 1928.


* Fac-similar da primeira edição do primeiro livro de poesia de Carlos Drummond de Andrade. Arquivo: Instituto Moreira Salles




Letras in.verso e re.verso



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.