Revista REVIVER 17ª Edição

Page 1

Bimestral | Edição nº17 |Novembro 2015 | Gratuita

REVIVER

A velhice não passa de um estado de espírito

Faça você mesmo Decorações de Natal Recicladas

CID Sénior Saiba tudo sobre o Movimento de Cidadania Sénior

Watsu

A combinação perfeita entre o Shiatsu e a Água

Cartão Ativo É muito mais do que um cartão de descontos

Animais de Estimação A Merial Portuguesa esclarece o maneio da dor e deteção de cancro nos animais

Equoterapia Benefícios da companhia de um cavalo

Na Esplanada com...

Pedro Vasconcelos


REVISTA REVIVER Sumário Novembro de 2015 REVIVER n.º 17

18 14

36

50 Já exprimentou Watsu?

Editorial

Benefícios do Maracujá

03 Nem bem nem mal passado

26 Descubra as 10 vantagens para 46 Conheça os benefícios desta

por António Ramos

a sua saúde ao comer Maracujá

terapia para a sua saúde.

Separador

Dores de Costas

Equoterapia

04 Uma frase de Deepak Chopra

para refletir.

28 Saiba como manter a sua coluna saudável.

50 Descubra os benefícios da companhia de um cavalo.

Faça você mesmo

Animais de Companhia

Sabia que...

06 Aprenda a fazer decorações de

Natal recicladas.

33 A Merial Portuguesa fala sobre o 55 Existem curiosidades que maneio da dor e a detecção do cancro. nos enriquecem culturalmente

É tempo de semear!

Receitas de 5 estrelas

Novembro e Dezembro.

receita para um bom lanche e jantar. do momento.

Breves

10 Saiba o que semear e plantar em 34 Helena Ramos apresenta-lhe uma 56 Saiba quais são as breves

Direitos e Cidadania Sénior Na Esplanada com...

Fotorreportagem:

Myanmar e Singapura 14 A importância de conhecer os 36 Dr. Pedro Pestana Vasconcelos.

60

seus direitos enquanto cidadão.

Conheça a sua história aos 90 anos.

Crónica

63

CID Sénior

Separador

18 - Saiba tudo sobre o Movimento

40 O verdadeiro mal da velhice é

Quem foi...?

64

de Cidadania Sénior.

a indiferença da alma.

Agenda Cultural

66

Cartão Ativo

Parque das Nações

Passatempos

68

Ficha Técnica

70

25 Viver melhor é uma escolha. Não 42 Acompanhe-nos num passeio

é mais um cartão de descontos.

pelo Parque das Mil e Uma Sensações.


editorial NEM BEM NEM MAL PASSADO Novos tempos trazem novas modas e novas maneiras de estar na vida. Temos de aceitar e acompanhar esse facto, evoluir pessoalmente de forma a não sermos deixados para trás, caso contrário continuaremos a comer carne crua enquanto outros já cozinham e temperam. Aí está o segredo do sucesso humano, não parar de evoluir nem de acompanhar a evolução. Mas à velocidade que tudo se passa hoje em dia, será que devemos manter o pé pesado da evolução dos tempos no acelerador, ou parar para pensar? E acho que aí reside a ideia chave que pretendo transmitir, parar para pensar. O Mundo moderno, as novas tecnologias e a relação que as pessoas têm entre si e com a informação, parecem criar um mundo de extremos, em que tudo é dito e feito da boca para fora, espontaneamente, sem raciocinar ou sem preocupação pela veracidade dos factos. O importante é termos uma indignação ativa, mesmo em assuntos de menor relevância. E devemos certificar-nos de que a nossa indignação tem um ponto de vista ou uma argumentação extremista, mesmo que não seja necessariamente lógica, até porque nos dias que correm, a lógica e a veracidade passam para segundo plano, o que é importante é termos um computador ou um telemóvel com ligação à internet que nos permita fazer parte dum grupo alargado de indignados. Se fizermos uma retrospetiva histórica dos nossos atos enquanto seres humanos, veremos que já por várias vezes o passado procurou ensinar-nos de que posições e atos extremistas não são a solução para nada. Este é um facto que não tem a ver com paradigmas políticos, religiosos ou éticos, é a história que nos diz, mostrando-nos os mesmos atos horrendos de extremos completamente opostos. Não posso ficar senão preocupado com o rumo da humanidade, ao ver o que se passa diariamente pelo mundo fora, e pior, a maneira como as pessoas supostamente civilizadas reagem a tudo isso. Depois de 9 de Novembro 1989, não era suposto erguerem-se mais muros, mas todos assistimos à velocidade com que a Hungria demonstrou as suas intenções, todos assistimos à forma como Donald Trump conquista corações republicanos nos Estados Unidos da América com os seus argumentos tirados do fundo dum aterro. Num dia citamos Ghandi, Bob Marley, John Lennon, Mandela, abrimos o coração e gritamos “Paz e Amor” para no dia seguinte apontarmos o dedo aos refugiados acusando-os de serem oportunos terroristas. Não existe coerência, não existe raciocínio nem bom senso. Tem tudo de ser preto ou branco, o meio-termo já não é mais bem-vindo. A indignação é boa, aliás, é muitas vezes isso que eu aqui faço neste meu espaço editorial, é ela que nos faz expor as nossas opiniões mais relevantes. Será? Pelo menos devia ser. Faço esta pergunta porque um dos fenómenos a que tenho assistido nestas ondas frívolas de indignação, é o que eu vou chamar de “Indignação Cor-de-Rosa”, ou seja, aquela indignação que realmente não interessa a ninguém quando há tantos outros assuntos que deviam merecer a nossa atenção, solidariedade e apoio. É mais fácil dizer mal do que apoiar, do que tentar fazer a diferença. As pessoas ficaram horas a bater no assunto do rapaz que foi entregar uma pizza ao Sócrates e que foi supostamente ridicularizado em televisão (quando na verdade foram os jornalistas que fizeram figura de ridículos), e preferem esse tipo de indignação a direcioná-la para assuntos como atentados aos direitos humanos. Preferem alimentar as disputas criadas pelos media entre o Ronaldo e o Messi, celebrar o facto do nome do Messi ter sido manchado por alegada fuga ao fisco, só porque o Ronaldo é português, e na verdade nunca ninguém soube quem é Oliveira e Costa, que devia dizer-nos muito mais respeito. Nos dias de hoje é tudo muito passageiro, tudo fútil e esporádico, lutar ou defender algo em que realmente se acredita é transitório, se calhar porque já não acreditamos verdadeiramente em nada. O importante é pertencer, fazer parte, estarmos integrados numa comunidade de indignados com os mesmos argumentos que o próximo nem que isso represente ser completamente ignóbil. O Mundo muda bem sei, não vou ficar para trás, mas vou ser eu a marcar o meu ritmo. António Ramos REVIVER

03



SEPARADOR

“O que realmente revigora uma pessoa mais velha é adquirir um novo propósito e algo novo para amar.” Deepak Chopra

REVIVER 05


DIA-A-DIA

Faça você mesmo A decoração do seu Natal

Começou a contagem decrescente para o Natal. Todos os anos queremos decorar as nossas casas com algo novo, marcar a diferença com a nossa árvore de Natal, mas sobretudo tornar o nosso lar mais aconchegante para esta altura de harmonia e convívio. Por isso decidimos apresentar nesta edição algumas soluções para fazer uma decoração única, bonita e poupando algum dinheiro.

Árvore de Natal Reciclada com rolhas de cortiça Esta é uma excelente opção se quiser colocar uma pequena árvore de natal na sua mesa de refeições, na mesa de centro ou até mesmo numa cómoda. É fácil de fazer, é uma ideia económica e não leva muito tempo a construir. Material necessário: De 19 a 70 rolhas (conforme o tamanho que preferir); Cola quente; Alfinete com cabeça de cor à sua escolha; Tinta acrílica ou de tecido (das cores que quiser pintar as bases das rolhas); Uma fita de cetim ou uma pequena estrela brilhante - Uma base para a árvore (pode ser um pouco de tronco ou rolhas coladas na vertical)


DIA-A-DIA

Como fazer uma árvore de natal com rolhas de cortiça? Se olhar para as fotografias que aqui lhe apresentamos não é difícil de perceber como se faz esta árvore de natal. Mas deixamos-lhe todos os passos para não se enganar. 1º Passo: Para a árvore começar a ganhar forma precisamos colar as rolhas por fila. O nosso exemplo vai ser a fila maior com 7 rolhas, 2 filas compostas por 6 rolhas, 2 filas compostas por 5 rolhas e depois as filas mais pequenas, uma com 4 rolhas, uma com 3 rolhas, uma com 2 rolhas e uma rolha. 2º Passo: Não se esqueça que as rolhas devem ser coladas pela parte lateral umas nas outras. Depois é unir com cola quente as filas. Para ficarem bem seguras umas nas outras convém colocar alguma cola para a árvore não se desmontar mais tarde. Nesta fase, convém começar pela base da árvore. A cola deve ser aplicada na parte de cima das rolhas. Vamos colar a primeira fila de 5 rolhas com a de 6, a fila mais pequena deve ficar por baixo. Por cima da fila de 6, colamos a de 7. A partir daqui é colar de modo decrescente até ficar a rolha sozinha no topo. 3ºPasso: Agora que a estrutura da árvore está feita, temos que colá-la a uma base para suportá-la na vertical. Com um pequeno serrote conseguimos serrar um pequeno tronco de madeira, dando um ar mais rústico à nossa árvore de natal. Convêm que ele se cole a pelo menos 2 ou 3 rolhas para suportar bem o peso. Para isso basta uma boa dose de cola quente e ficar a pressionar o tronco contra as rolhas durante um tempinho. 4ºPasso: Faça um laço com a sua fita. É engraçado se as pontas ficarem compridas, cobrindo quase todo o comprimento da nossa árvore. Para colocar o laço no topo da árvore use um alfinete com a cabeça de cor que escolheu. 5ºPasso: Para terminar a nossa árvore basta pintar as rolhas que quiser. Faça um efeito engraçado, entre as cores e a cor da cortiça. Deixamos essa decisão ao seu gosto. A sua árvore está pronta para o natal!


DIA-A-DIA

Bola de Natal feita com botões Pode usar estas bolas de natal para os centros de mesa mas também para colocar nas portas ou numa árvore de natal tradicional ou que aguente o seu peso. Material necessário: - Bolas de esferovite; alfinetes; fio ou corda; agulha e vários botões. Existem várias formas para criar bolas de natal, feitas com materiais reciclados. Vamos dar um exemplo simples de ser feito, que não necessita de muita habilidade e rigor, apenas de bom gosto e criatividade.

Como fazer uma bola de natal com botões? 1ºPasso: Numa bola de esferovite, passe com uma linha grossa ou com um cordel numa agulha a bola de um lado ao outro, dê um pequeno nó, passe novamente a linha ou cordel e faça uma espécie de laço se pretender pendurar a bola.

2ºPasso: Depois comece a decorar a sua bola. Vá prendendo com alfinetes os botões. Se escolher o branco para os botões, opte por escolher alfinetes com a cabeça branca para não destoar do resto.

3ºPasso: Pode também fazer uma composição com um botão maior e um mais pequeno em cima, para dar mais relevo em algumas zonas. Para dar uns pormenores de cor, pode colocar botões pequenos com uma cor diferente à sua escolha. Veja alguns dos exemplos apresentados, inspire-se e use a sua criatividade.

08 REVIVER


DIA-A-DIA

Sinos de natal com garrafas PET Esta é um ideia muito simples de executar e que irá dar um efeito encantador à sua porta ou parede. Explicamos a maneira mais fácil de criar esta peça mas contamos com a sua imaginação para tornar esta peça ainda mais bela. Material necessário: - 1 Garrafas PET de 2litros e um x-acto; Verniz para vitrais (dourado ou prateado) - Um pincel, linha ou elástico, uma bola de natal pequena e um laço.

Como fazer o sino de natal? 1º - Corte com o X-acto a sua garrafa pet. Uma boa medida de referência são 10 cm a contar do gargalo da garrafa. 2º- Pinte a sua garrafa com o verniz que escolheu. 3º Prenda à sua pequena bola de natal a linha ou o elástico e coloque-a dentro da garrafa pet. Prenda a linha no gargalho para esta não cair. 4º Agora basta decorar o seu sino. Pode colocar um laço na parte de cima, colar uma faixa onde termina o seu sino, uma boa solução para esconder algumas imperfeições no corte. Pode também forrar o seu sino em vez de pintá-lo, seja com tecido ou com croché. Estas decisões deixamos entregues ao seu bom gosto. Divirta-se a fazer. Isso sim é o mais importante. Com tantas ideias, a REVIVER acredita que terá a sua casa com uma decoração única este Natal e toda feita por si. Divirta-se e Boas Festas!

REVIVER 05


DIA-A-DIA

É tempo de semear! Semear em Novembro Antes de começar a semear e a plantar, quem tem árvores de fruto deve estrumar os pomares quando a lua estiver em fase crescente. Para podar as árvores deve fazê-lo no Minguante. Não se esqueça de começar a preparar os canteiros destinados às sementeiras e plantações da Primavera. O adubo e o estrume são indispensáveis nesta altura do ano. Nestes meses perto do fim do ano é muito importante proteger as plantas mais frágeis contra a geada com abrigos de plástico.

O que plantar em Novembro? Esta é uma boa altura para quem tem espaço começar a plantar algumas árvores de fruto quando a lua estiver em fase crescente. Bons exemplos para esta altura são: - Cerejeiras: Existem vários aspetos que deve ter em conta se pretende plantar uma cerejeira. Antes de comprar leia sobre as várias espécies, irá perceber que os cuidados variam consoante o propósito para a sua cerejeira e o clima onde irá plantá-la. Se pretende uma cerejeira para dar fruto é muito importante a escolha do local onde a vai plantar. Escolha um local com bastante exposição solar mas que tenha horas de sombra. O solo deve ter profundidade, rico em nutrientes, bem drenado e com pH neutro a alcalino. Quando encontrar o local certo, comece a mexer a terra. Faça um buraco com uma pá um pouco maior que o tronco da sua cerejeira e é aconselhável firmá-la com uma estaca, assim ela irá crescer de maneira vertical. Enterre as raízes, mas preencha o buraco só até a meio. Não se esqueça de bater na terra para que esta fique compacta. Nesta primeira fase regue o solo todos os dias e se conseguir cobrir a terra no seu redor com uma manta de materiais orgânicos, melhor, esta ajuda a prevenir contra a humidade e ervas daninhas. Se pretende plantar mais que uma cerejeira, não se esqueça de plantá-las pelo menos a 6 metros de distância. Para além das árvores de fruto, existem mais opções para plantar nesta altura do ano, como por exemplo a: - Batata: A batata cresce melhor em regiões de clima ameno, com boa luminosidade e algumas horas de sol direto por dia. Quanto ao solo, a batata deve ser plantada em solo bem drenado, sem pedras e detritos, fértil, rico em matéria orgânica e em nitrogénio. Regue de forma a manter o solo sempre húmido, mas não exagere na água pois é esta que origina muitas vezes algumas doenças mais comuns. As batatas que vai escolher não devem apresentar qualquer tipo de doença e devem ser saborosas. Deve se deixar as batatas num local iluminado até que os brotos cresçam. Estas só devem ser plantadas quando os brotos atingirem pelo menos 2 cm de comprimento. Cada batata deve ser colocada a 30 cm de profundidade e espaçadas também a 30 cm. É importante referir que os tubérculos da planta não devem ficar expostos à luz, por isso de 30 em 30 dias acrescente terra junto aos pés das batateiras. 10 REVIVER


Semear em Novembro Para aqueles que gostam de usar as sementes e acompanhar todo o processo de crescimento dos seus alimentos, esta é uma boa altura para semear: - Beterraba: É uma planta bienal e floresce a partir do seu 2ºano. Cresce muito bem em climas amenos, precisa de uma boa luminosidade e de algumas horas de sol direto. O solo deve ser bem drenado, leve e sem detritos, profundo, rico em matéria orgânica e principalmente rico em boro. Adicione se necessário adubos ricos em boro. A terra deve permanecer húmida mas não encharcada. Quando for semear a beterraba faça-o a uma profundidade de 1 cm, num local definitivo. Dentro de 1 a 3 semanas a beterraba deve ter germinado. Não se esqueça de cuidar dela regularmente. - Nabo: Embora seja cultivada como uma planta anual, é uma planta bienal. O nabo cresce bem em clima ameno e suporta temperaturas baixas e geadas mais leves. Deve ficar num local com luz solar direta mas tolera uma sombra com bastante luz. No que diz respeito ao solo e à rega, as condições são iguais às da beterraba. Deve semear o nabo a 0,5 cm e a sua germinação aparecerá em alguns dias. Quando semeado deve ter um espaçamento de 30 cm entre linhas e 15 cm entre plantas. - Salsa: Esta pode ser cultivada em diversos climas, em lugares ensolarados ou em sombra parcial. Sendo uma planta rústica chega a crescer em solos pouco férteis. Deve apenas manter o solo sempre húmido. A salda demora um pouco a germinar, pode demorar de 2 a 6 semanas. Se deixar as sementes em água morna durante 24 h pode apressar a germinação. Esta deve ser plantada num local definitivo, seja num vaso ou no terreno. Deve ter atenção à profundidade do local, deve ter no mínimo 30 cm de profundidade para ela crescer bem e atingir uma boa altura.

Em Novembro deve colher ou plantar: - As azeitonas, os chuchus, a amêndoa, castanhas, nozes e avelãs. Quanto aos pomares, esta é uma boa altura para começar a apanhar dióspiros, limões, laranjas, tangerinas, maçãs, romãs, pêras e kiwis. - É altura de desbastar os nabais e aproveitar o desbaste para dar ao gado. Para aqueles que não têm gado pode vender se tiver grandes quantidades.

Para os amantes das flores: Devem estercar as covas onde vai plantar na primavera os arbustos e colocar estacas nas plantas contra o vento. Este não é um bom mês para semear flores, é sim altura de plantar e podar roseiras.

Lembre-se de alguns provérbios: “Cava fundo em novembro, para plantares em Janeiro.”; “Pelo São Martinho, abatoca o teu vinho.”; “Novembro à porta, geada na horta.”; “Novembro pelos santos, neva nos campos.”


DIA-A-DIA

Semear em Dezembro No mês de Dezembro continuam-se a preparar a terra e os canteiros para as culturas próprias da época e da Primavera. A terra deve ficar bem afogada e sem torrões. Quando assim estiver deve-se incorporar o estrume que convém não estar completamente curtido. Não se esqueça de continuar a resguardar as plantas das geadas. Este mês, durante o minguante, lembre-se de começar a cortar as madeiras.

O que plantar em Dezembro? No seu pomar pode plantar este mês: - Pereiras (Pera Rocha): Para quem está a começar a plantar árvores de fruta é aconselhável adquirir uma perto dos 2 anos. Com todas as árvores a decisão onde a irá plantar é muito importante. Escolha um local quente, com muita luz solar, protegido de ventos fortes e de geadas. A pera rocha consegue um bom crescimento em solos profundos, com uma boa drenagem e com um pH entre os 6 e os 7. Esta pereira adapta-se com mais facilidade a solos com argila do que a solos arenosos e alcalinos. Se tiver um bom solo ela irá resistir melhor a pragas e doenças. Faça um buraco espaçoso e depois tape-a e aperte bem a terra, para segurar a pereira. Deve usar estacas para que esta tenha um bom crescimento e apoio enquanto é jovem. Vigie a sua árvore e informe-se de como cuidar da pera rocha. - Macieiras: A macieira quando comprada jovem é fácil de crescer. A única preocupação é preparar o solo antes para receber a macieira. O solo ideal é argiloso ou argiloso/arenoso, com um Ph de 6. Não deve apresentar uma inclinação superior a 20% e não deve ser uma zona muito exposta a ventos fortes. O solo deve ser enriquecido com fósforo ou potássio. Prepare o terreno e cave um buraco para a sua macieira, três meses antes da compra deve aplicar em metade do buraco uma medida indicada pela loja de especialistas de calcário. Depois deve realizar a aragem e só depois deve adicionar o restante calcário. Um mês antes de plantar a sua macieira deve adubar o solo com um adubo padrão das lojas de jardinagem. Depois de plantar a sua macieira acompanhe o seu crescimento, remova as ervas daninha, controle as pragas e regue a árvore periodicamente. Na horta pode plantar ainda: - Estolhos de morangueiros: A melhor maneira de ter morangos em sua casa é usar estolhos (extensões) que brotam da planta mãe e criam facilmente raízes. No início compre mudas de fornecedores e nos anos seguintes obtenha as suas próprias mudas dos estolhos do morangueiro. A forma mais segura é esperar que estes ganhem raiz antes de separar da planta mãe. Deve existir um espaçamento entre 20 a 35 cm entre plantas. Estes devem permanecer em solo húmido, com boa luminosidade e luz direta algumas horas por dia. Por ter raízes pouco profundas pode ser cultivado em vasos ou jardineiras. Deve cobrir o solo com cobertura morta, para impedir o crescimento de plantas invasoras e que os morangos fiquem em contato direto com o solo, assim evita algumas doenças e o contacto com alguns seres vivos que estragam a fruta.

O que semear em Dezembro? -Chicória: A chicória cresce bem num clima ameno, sob sol direto ou sombra parcial, desde que exista uma boa luminosidade. O solo deve ter uma boa drenagem ser fértil e rico em matéria orgânica. Deve ser regada com frequência para que o solo não fique ressequido. Pode ser plantado em sementeiras e transplantado quando as mudas tiverem entre 4 a 6 folhas. Faça o transplante ao final da tarde ou em dias nublados. O espaçamento para o cultivo deve ser entre 20 a 30 cm entre linhas e 15 a 30 entre plantas. -Espinafre: O espinafre não precisa de grandes cuidados. Basta um clima ameno, luz solar direta e sombra parcial. O solo é o mais indicado para quase todos os casos, boa drenagem, fértil e rico em matéria orgânica, mas o espinafre precisa de nitrogénio. O solo deve permanecer húmido mas não encharcado. Quanto às sementes, devem ser semeadas em local definitivo a 20 cm de cada planta. As folhas do espinafre podem ser colhidas individualmente entre 40 a 120 dias, após ter sido plantado.


DIA-A-DIA

Em Dezembro deve-se colher ou apanhar: Tudo aquilo que começamos a apanhar em Novembro. Esta é a altura do fim da apanha da azeitona e início da limpeza dos lagares.

Para os amantes de flores: Em Dezembro pode começar a semear cíclames, gladíolos, lírios, malvaíscos e ervilhasde-cheiro. Pode continuar a plantar roseiras.

Lembre-se de alguns provérbios: “Dezembro molhado, Janeiro geado.” “Em dezembro chuva, em Agosto uva.” “Em dezembro quem vareja antes do Natal, deixa azeite no olival.” “Geada no dia mais curto, o Inverno será duro.” REVIVER

13


VIVER

Direitos e Cidadania Sénior

A importância da Cidadania A história demonstra-nos que as coisas só mudam quando existem pessoas com vontade de mudar o rumo das coisas. Na maioria das vezes são os pequenos detalhes que fazem a diferença, pequenas e simples soluções para melhorar a qualidade de vida local, da nossa própria comunidade, que pode ter um impacto incrível no que nos rodeia. Não é preciso ambicionar mudar o Mundo para que o Mundo sinta a mudança. Neste artigo pretendemos focar as nossas atenções na importância de exercer uma cidadania ativa. O envelhecimento e a reforma trazem consigo certos riscos, ainda mais para pessoas conformistas. É conformista quem se resigna a uma determinada situação, e apesar do grande leque de opções disponíveis para um envelhecimento ativo, exercer a cidadania deve ser encarado como mais que uma opção, um dever.

Ser Cidadão Não se pode definir a cidadania, sem primeiro entender o que é ser cidadão. Num sentido muito literal da palavra, o cidadão é o habitante da cidade, indivíduo com direitos civis e políticos de um estado livre. Mas mais do que essa definição literal, um cidadão é alguém que se envolve ativamente na vida das comunidades e na democracia política. Na Roma antiga, ser cidadão era um privilégio para aqueles que se envolviam na vida política, um direito reservado apenas para alguns, já que mulheres, crianças e escravos não tinham esse direito. Contudo, hoje em dia vivemos numa democracia que procura promover e respeitar os direitos humanos, combater as desigualdades e a descriminação, defender a educação a cultura e o desenvolvimento sustentável. Os Estados de Direito, procuram promover estes direitos democráticos através das suas próprias Instituições, ou então de ONGs (Organizações Não Governamentais). Desta forma, a cidadania é hoje direcionada a qualquer pessoa, visando o cidadão comum, a quem se pede que desempenhe um papel ativo, local, nacional ou internacionalmente, que esteja informado e consciente dos seus direitos, deveres e responsabilidades e que compreenda que pode ser influente e marcar a diferença. 14 REVIVER


VIVER

REVIVER 15


VIVER

Porquê exercer a Cidadania Sénior? Aos poucos a ideia de que os seniores são elementos descartáveis na nossa sociedade tem vindo a ser dissuadida. Mas esse facto não seria possível sem a voz ativa de quem procura defender os direitos dos cidadãos de idade mais avançada, batalhando dia após dia em busca de soluções que contribuam para comunidades promotoras da qualidade de vida, da inclusão, da sustentabilidade e da igualdade. Assim, e porque os seniores são cidadãos como qualquer outro, ser cidadão pode ser definido como “pessoa com direito a ter direitos” e é por isso que a cidadania ativa é tão importante, porque por muito que existam instituições focadas e empenhadas nos seus direitos, ninguém pode saber tão bem quais são as suas necessidades e problemas como o próprio. A mudança só acontece quando os principais interessados pela mudança se envolvem, porque o conformismo não é uma ajuda. Deve ser em defesa dos seus direitos, ou das causas em que acredita que deve ter uma cidadania ativa e uma participação cívica De acordo com a Organização Mundial da Saúde, participação define-se como o “processo que possibilita que as pessoas se envolvam ativa e genuinamente, na definição dos assuntos que as preocupam, na decisão sobre os fatores que afetam as suas vidas, na formulação e implementação de políticas, no planeamento, desenvolvimento e prestação de serviços e na ação para alcançar a mudança”.

4 Pontos de Argumentação Para Uma Cidadania Ativa - Temos o direito a dar a nossa opinião sobre algo que afete as nossas vidas - Sabemos mais e melhor sobre o sítio onde vivemos, o que queremos e o que é melhor para nós, do que as pessoas que trabalham em grandes organizações. - Estamos fartos de políticos e funcionários públicos, que querem saber a nossa opinião, mas que depois essa opinião não é levada em conta. - Todos temos alguma coisa com que contribuir, e as nossas ideias e pontos de vista são tão válidos como os de qualquer outra pessoa

Outros Argumentos Para Participação Comunitária - A participação comunitária pode ajudar a identificar os recursos de forma mais eficaz e eficiente. - Envolver pessoas no planeamento e conceder-lhes serviços permite que se tornem mais responsivas à necessidade, e assim aumenta a compreensão. - Métodos de participação comunitária podem desenvolver habilidades e construir capacidades e competências dentro das comunidades. - Envolver as comunidades nas tomadas de decisão leva a que se tomem melhores decisões, que são mais apropriadas e mais sustentáveis, porque são tomadas pelas próprias pessoas. - A participação comunitária é uma forma de extensão do processo democrático, de reabrir a governação e de reparar a desigualdade de poderes. - A participação comunitária oferece novas oportunidades de pensamento criativo e desenvolvimento e planeamento inovador. Fonte: Organização Mundial da Saúde


VIVER

Independentemente da sua idade, tem direito a defender os seus direitos Exercer a cidadania é uma forma de fazer valer os seus direitos garantidos democraticamente. Deve exigir que estes sejam respeitados e zelar por eles, e é por isso que a democracia precisa de cidadãos: - Conscientes dos seus direitos e responsabilidades; Informados relativamente a temas políticos e sociais; Preocupados com o bem-estar dos outros; Coerentes nas suas opiniões e argumentos; Influentes através da sua ação; Ativos na vida da comunidade; Responsáveis na ação cívica.

Como Exercer uma Cidadania Ativa Portugal não é por norma um país onde a maioria se volte para uma cidadania ativa, e daí o nosso alerta para o conformismo. Lembre-se que é a sua vida e a dos que o rodeiam que está em jogo. Segundo a OMS, existem vários níveis hierarquizados de participação comunitária, que vai do mais baixo para o mais alto. O mais baixo é o nível em que não há qualquer tipo de envolvimento na comunidade, e vai subindo respetivamente através da, receção de informação, do ser consultado, de aconselhar, de planear conjuntamente, ter autoridade delegada e por fim, controlo. Desta forma, a melhor maneira de exercer uma cidadania ativa e mais significativa é através do associativismo, ou seja, fundar ou fazer parte duma associação, ou movimento, que tenha objetivos definidos comuns e delineados. Outra das formas, é através do voluntariado, que, mesmo que não queria associar-se, pode fazer parte dum projeto que vise melhorar a sua comunidade, ou os direitos duma causa que lhe seja querida. Opções não faltam, o necessário é combater o conformismo, não nos resignarmos ao estado das coisas e procurar sempre algo melhor.

REVIVER 17


VIVER

CID Sénior: Cidadania em Movimento Era uma daquelas manhãs agradáveis que precedem um Outono fresco. O pequeno-almoço estava tomado e o encontro marcado. Numa das salas da DECO esperava-nos o Dr. Alberto Regueira, sócio fundador da Associação de Defesa do Consumidor, e que recentemente passou de Vice-Presidente a Presidente da Assembleia Geral. No entanto, não era sobre a DECO que iamos falar, isto porque, Alberto Regueira ocupa também o cargo de Presidente da Direção do CID Sénior, Movimento de Cidadania Sénior, e essa era a Associação que nos interessava. Acompanhado pela Engª Celeste Coimbra, membro da Direção Executiva do Cid Sénior, receberam-nos amavelmente, prontos para uma boa conversa sobre todo o ADN do Movimento, como nasceu, como cresceu e o que pretende. As dificuldades que Portugal tem enfrentado nos últimos anos passou a ser senso comum, até as crianças já falam de crise. Essa crise tem sido em grande parte suportada pelos reformados e pensionistas, que viram as suas pensões reduzidas como forma de sustentar o país, em prol de interesses mais políticos do que sociais. Como se não fosse suficiente que recaíssem sobre os mais velhos grande parte do sustento do Estado, ainda um dos príncipes da retórica que fala muito mas diz pouco, Carlos Peixoto, deputado do PSD, conseguiu baixar ousadamente o nível de ignorância, referindo-se aos pensionistas e reformados portugueses como a “Peste Grisalha”, num argumento que, fosse qual fosse o ponto de vista, seria sempre ofensivo. Foi neste ambiente económico, político e social, que alguns movimentos em defesa dos seniores se começaram a formar, e o CID Sénior não foi diferente. “Finais de 2012 princípios de 2013, um conjunto de pessoas começaram a sentir-se maldispostas, irritadas, inconformadas, com o facto de haver tentativas pertinazes na sociedade portuguesa de atirar de alguma forma os custos da crise e do ajustamento para cima dos seniores, reformados e pensionistas. Sobretudo, para além do cortar nas pensões, o que os políticos pensavam era que os mais velhos estavam a mais, a ocupar tempo, e espaço. Então houve um conjunto de pessoas que além de acharem isto estúpido e malcriado, era uma desconsideração” diz-nos o Dr. A. Regueira.

18 REVIVER


VIVER

Motivadas por esta desconsideração, um grupo de pessoas conhecidas, com papéis relevantes na sociedade portuguesa, começaram a reunir-se e a trocar impressões. Uma das questões principais desses encontros, era se existia a necessidade de criar uma nova associação, até porque pouco tempo antes tinha sido criada a APRE. “Prevaleceu que tínhamos realmente de criar uma nova Instituição, que tinha a sua razão de ser, porque a APRE tinha uma visão das questões que nos pareceu, inteiramente respeitável como é óbvio, mas comportava-se como uma espécie de sindicato para pessoas idosas e pensionistas. Achámos que isso é uma vertente útil e importante, mas que não cobria todo o espectro das nossas preocupações, e até das mais relevantes” prossegue o Dr. Regueira. Acontece que, reconhecendo a importância de questões que dizem respeito à defesa das reformas e das pensões, o CID Sénior queria abranger mais do que isso. “Se as coisas tinham chegado ao ponto a que chegaram é porque tinha havido uma campanha de denegrimento para com a população sénior. Nós entendemos que tínhamos longas carreiras profissionais atrás de nós, atingido patamares de conhecimento e de capacidade de reflexão relativamente importantes, tínhamos muitas ideias sobre aquilo que importava fazer em Portugal e não achávamos que esses idiotas que faziam essa campanha contra nós teriam a décima parte do conhecimento que nós tínhamos para dar contributos válidos ao país” completa o Presidente. Nasce então o CID Sénior, o movimento para a cidadania sénior, cujo principal objeto segundo os estatutos da Associação, “é a promoção da imagem do cidadão sénior, a potenciação do seu papel na sociedade portuguesa, a valorização e operacionalização das suas capacidades e competências e a afirmação e defesa dos seus direitos e interesses legítimos”. Neste âmbito, e para o efeito dos objetivos referidos, entre outras, a Associação pode desenvolver atividades como: - Fomentar o agrupamento dos seniores para a defesa dos interesses que lhes são próprios; - Realizar ações que favoreçam a difusão da imagem do cidadão sénior, incluindo estudos e debates que permitam conhecer melhor a atividade dos seniores nos mais diferentes sectores económicos, sociais e culturais; - Estudar e propor áreas e meios eficazes para a expansão do papel dos seniores na sociedade portuguesa, especificando as atividades onde ele se torne mais útil e valioso;

REVIVER 19


VIVER

20 REVIVER


VIVER - Participar na criação ou no desenvolvimento de instituições de ensino ou aprendizagem de matérias que tenham um papel relevante na formação e aquisição de conhecimentos e competências de especial interesse para os seniores; - Estudar e apresentar propostas com vista à defesa do direito à habitação por parte dos seniores, no quadro da legislação geral sobre a habitação e o arrendamento; - Apoiar ou comparticipar em ações úteis à melhoria das condições de vida da população sénior; - Fomentar ou comparticipar na criação ou desenvolvimento de atividades específicas de interesse para a população sénior, em particular as que visam a prestação de serviços no local de residência, favorecendo a permanência do sénior no seu domicílio habitual; No sentido destas atividades, e apesar das diferenças, ilustrando bem a proximidade e convergência de interesses entre o Movimento Cid Sénior e a APRE!, ambas as instituições se uniram, com o apoio dum associado constitucionalista, para lutar contra um projecto de lei de fusão dos regimes de pensões do sector público e privado. “Nós achámos que era inaceitável e munimo-nos dum estudo muito bem feito e eu fui entregá-lo ao Tribunal Constitucional, com duas cartas, uma em nome do Cid Sénior e outra em nome da APRE! Foi em tão boa hora que foi talvez a única vez, pelo menos que me recorde, que o Tribunal Constitucional declarou a medida inconstitucional por 13-0 ou seja, por unanimidade” refere o Dr. Alberto Regueira. O Cid Sénior estava já com um pequeno plano de actividades estruturado, quando alteraram as suas prioridades para o que pretendiam então realizar, isto após a apresentação do Guião para a Reforma do Estado pelo Viceprimeiro-ministro. “Ficámos com os cabelos em pé! O engraçado é que era uma coisa com cento e poucas páginas, mas a apresentação do texto na página dava origem a grandes espaços nas linhas, nitidamente para fazer parecer uma coisa muito comprida, mas chegado à conclusão, aquilo a uma letra normal seriam para aí umas 30 páginas e na prática, aquilo era objectivamente palha. Torcia-se e não saía rigorosamente nada” afirma o Presidente do Movimento. Puseram de parte o plano de atividades, e dedicaram-se então a fazer uma contribuição a sério para a reforma do Estado. Arranjada a metodologia, definiram-se 27 temas em 6 categorias diferentes nomeadamente; A Organização do Estado; Funções de Soberania; Funções de Interesse Social; Regulação Económica; Desenvolvimento Económico; Novos Desafios. Para o efeito, encontraram-se pessoas extremamente capacitadas em cada uma das áreas, e o Movimento para a Cidadania Sénior editou então, com o apoio da Gulbenkian, um livro de 559 páginas para dar as suas contribuições ao Estado. Como na altura da edição ainda não tinham sido as eleições, o passo seguinte foi reunirem-se com alguns partidos para que estes pudessem usufruir deste contributo, e quem sabe reconhecê-lo e aplica-lo. Dos partidos contactados, foram recebidos pelo Livre, Bloco de Esquerda, CDS, PS e Partido Ecologista os Verdes, sendo que o PCP, o PSD e o PDR não se mostraram interessados. “A ideia era conversar com eles e convidá-los a aproveitarem o máximo possível as nossas ideias. Dissemos inclusive que nós não cobramos copyright, e que podiam copiá-las à vontade” diz-nos o Dr. Regueira. Foram editados 500 exemplares, e ainda se encontram alguns nas livrarias, mas terminado esta fase, o movimento não estagnou, e está na organização de ciclos de conferência que irão abordar temas de interesse nacional, europeu e mundial. O objectivo é fazer 1 por mês, até 2017, com a exceção do mês de Natal os de férias. As dificuldades que o movimento enfrenta “naturalmente são de ordem financeira. Muitas das coisas que nós gostaríamos de fazer, precisamos obviamente que haja alguém que patrocine. As quotas são simbólicas, de 1 euro por mês, e a ideia é essa porque obriga a haver voluntariado ativo, e para que seja acessível a todos” completa o Presidente da Direção. Após esta agradável conversa, não nos despedimos sem que o Dr. Alberto Regueira concluísse com algumas verdades. “Os seniores são cidadãos que arrastam atrás de si longas carreiras profissionais e experiência de vida e bom senso. Costuma dizer-se que quando morre um sénior é como uma biblioteca que desaparece, porque há todo um conjunto de informação, de experiência de vida, conhecimento e competência que naturalmente só é parcialmente transmissível às futuras gerações. Os seniores não são umas pessoas coitadinhas a quem se ajuda a atravessar a rua, eventualmente isso pode ser necessário, mas por exemplo o Ministro das Finanças da Alemanha também anda numa cadeira de rodas. O que interessa é que as pessoas tenham a cabeça em ordem, e nós temos o direito de nos pronunciarmos sobre todas as grandes questões importantes para o país, não só para os seniores, mas sobre tudo aquilo que importa aos nossos filhos, aos nossos netos, ao sistema económico, ao sistema de protecção social, de saúde, educacional. E por outro lado, esse direito é também um dever de cidadania. Reivindicamos um estatuto de cidadania integral, com direitos e deveres” termina o Presidente. REVIVER 21


SEPARADOR

“O maior problema e o único que nos deve preocupar é vivermos felizes“ Voltaire

22 REVIVER



Peça já o seu Cartão! Descontos de 10% a 100% Por Apenas 14€ Clinicas - Farmácias - Apoio Domiciliário Ginásios - Spas - Cultura Lazer e Muitos Outros

Saiba tudo em www.cartaoativo.pt


A PENSAR EM SI

Cartão Ativo

Não é mais um cartão de descontos O Cartão Ativo é um produto da marca REVIVER que tem como objetivo ajudar os seus titulares a viver de uma forma ativa e saudável, por um valor anual simbólico. Sabendo da atual dificuldade financeira vivida pelos portugueses, estabeleceram-se diversas parcerias na área da saúde, do bem-estar, do lazer entre outras, para que alguns serviços e produtos estejam ao alcance de todos. A percentagem de portugueses com seguros de saúde ainda é pequena e nem todas as empresas disponibilizam este serviço aos seus trabalhadores. Desta forma o Cartão Ativo não só disponibiliza descontos em clínicas gerais e especializadas, como também oferece descontos em apoio domiciliário, farmácias, casas de repouso, medicina alternativa e complementar, ginásios, spas, espaços culturais e de lazer e em muitos outros produtos e serviços. Mas este cartão surge no mercado não só para ajudar os seus titulares mas também para auxiliar financeiramente instituições e projetos de cariz social. A REVIVER decidiu criar a compra solidária do Cartão Ativo. Para aqueles que quiserem ajudar os parceiros solidários, basta escolher qual é a instituição que querem ajudar e efetuarem a compra do cartão através desse mesmo parceiro. Desta forma 50% do valor do Cartão Ativo reverte a favor desse parceiro. Atualmente esta rede ainda está a ser desenvolvida e são bem-vindas candidaturas de todas as instituições, associações e projetos que pretenderem fazer parte da rede de parceiros solidários. Ao aderir ao Cartão Ativo, está também a ajudar a REVISTA REVIVER a manter-se no mercado, visto ser uma publicação gratuita e sem qualquer tipo de apoio financeiro. Pode comprar o cartão através do site do mesmo e ajudar a manter esta revista viva que tem lutado contra todas as dificuldades para poder continuar a ajudar e incentivar os seniores a terem uma vida mais ativa, mas também mais saudável e mais feliz. Neste momento o Cartão Ativo conta com cerca de 100 parceiros em Portugal Continental. Mas estes são os primeiros de muitos que estão por chegar a esta rede. Não existe uma meta definida para o número de parceiros, o objetivo é estar sempre em constante expansão. Acima de tudo, o Cartão Ativo é um produto fácil de aderir, que custa apenas 14 euros anuais, já com o IVA e custos de envio incluídos, e que vai diretamente para a morada que o seu titular escolher. Oferece-lhe descontos significativos e ainda pode ajudar a fazer a diferença na vida daqueles que mais precisam de apoio. Para si, para os seus, ou para oferta, adira ao Cartão Ativo .


A PENSAR EM SI

10 Benefícios do Maracujá para a saúde

É uma das frutas mais consumidas na América do Sul, mas a Europa já há muito que se rendeu ao sabor do maracujá. Para além de ser uma fruta bastante nutritiva, tem poucas calorias e é uma fonte de antioxidantes. No que diz respeito a vitaminas e sais minerais é uma fruta extremamente rica e pode aproveitá-la desde a casca, à polpa até às sementes. Durante estes últimos anos, alguns cientistas têm vindo a estudar os benefícios do maracujá para a saúde. A REVIVER apresenta-lhe 11 dos benefícios desta fruta para a sua saúde, analisados por especialistas.

1º- Aumenta e melhora o fluxo sanguíneo no nosso corpo. Esta fruta contém 20% do valor diário necessário de ferro para o organismo. Sendo o maracujá rico em ferro e em vitamina C, tem a capacidade de aumentar a absorção de ferro no nosso organismo. Assim consegue impedir a perda de ferro, o que faz aumentar e melhorar o fluxo sanguíneo no nosso corpo.

2º- Melhora o processo de digestão. O maracujá é uma das frutas que contém uma grande quantidade de fibras solúveis. Estas não só ajudam a melhorar a digestão dos alimentos como também melhoram a absorção dos nutrientes no nosso organismo.

3º - Aumenta a imunidade no organismo. Como foi referido o maracujá é rico em vitamina C que já é conhecida por ser eficaz a aumentar a imunidade no organismo. Por isso ao consumir citrinos e maracujá está a aumentar a imunidade contra doenças leves e comuns, como a gripe e algumas pequenas infeções.


A PENSAR EM SI

4º- Reduz o stress e melhora a qualidade do sono. O maracujá durante muitos anos foi conhecido como um fruto sedativo, mas é na passiflora (as folhas do maracujá) que se encontra essa substância de ação sedativa. O que está comprovado é que esta fruta, consegue diminuir levemente o stress e por consequência melhora a qualidade do sono.

5º - Diminui e controla a pressão arterial elevada. O maracujá é uma fruta muito rica em potássio, o que leva a equilibrar os níveis de sódio no organismo. Conseguindo diminuir valores elevados de sódio, previne-se o risco de ficar com a pressão arterial elevada, o que auxilia na prevenção de doenças cardíacas e AVC´s.

6º - Ajuda a limpar as toxinas do cólon O maracujá é um dos melhores alimentos para limpar as toxinas do cólon, pois fornece mais de 20% (por 100g do fruto) das fibras exigidas pelo organismo diariamente. Estas fibras solúveis são as responsáveis por limparem as toxinas armazenadas no cólon, toxinas estas que originam na maioria dos casos o cancro do cólon.

7º - Melhora a qualidade de visão e a saúde dos nossos olhos. Algumas pessoas desconhecem que a perda de visão, por vezes, está ligada à falta de alguns nutrientes. O maracujá é uma fruta muito importante numa dieta saudável para melhorar a visão. Para além da sua riqueza em antioxidantes, também é uma fonte em vitamina A, vitamina C e em flavonoides, que são muito relevantes no combate aos radicais livres. Ao ingerir maracujá está a ajudar a proteger os seus olhos e a melhorar a visão que pode já estar danificada.

8º - Equilibra os níveis de colesterol e previne problemas cardiovasculares. Devido ao alto teor de fibras já aqui falado, o maracujá consegue reduzir os níveis de LDL e aumentar o HDL. Conseguindo desta forma equilibrar os níveis de colesterol. Resultado desta ação é o impedimento do bloqueio do fluxo de sangue para o nosso coração. Também é importante referir que os antioxidantes protegem as artérias dos radicais livres, prevenindo problemas no sistema cardiovascular.

9º- Ajuda no processo de emagrecimento. Este tópico está mais relacionado com a farinha de maracujá. Esta é feita a partir da casca do fruto e é rica em pectina, uma fibra que para além de bloquear a gordura também reduz a velocidade com que o açúcar entra no sangue. A farinha de maracujá também diminui a absorção de carboidratos e ainda produz a sensação de saciedade.

10º- Auxilia na prevenção do cancro e no envelhecimento precoce. Devido a todos os componentes do maracujá (como a vitamina C, vitamina A, flavonoides e o seu poder antioxidante) existe uma elevada ajuda na proteção e neutralização dos radicais livres, que danificam o ADN das nossas células, acabando por ter um efeito preventivo contra o cancro. O maracujá já foi referido em estudos como um fruto benéfico na proteção contra o cancro na boca e no cancro do pulmão. Pelas mesmas razões, o maracujá previne também o envelhecimento precoce de alguns órgãos e melhora o funcionamento do organismo.


A PENSAR EM SI

Dores de costas:

mantenha a coluna saudável Desengane-se se pensa que a dor de costas afeta apenas a terceira idade, pois estima-se que cerca de 30 por cento dos adolescentes também padece do mesmo mal. Esta patologia representa, hoje, uma das maiores queixas nos consultórios médicos. Com mais ou menos intensidade, em algum momento da vida, a maioria das pessoas acaba por viver com ela e, geralmente, na melhor fase da sua vida produtiva, por volta dos 45 anos. É de facto um dos incómodos mais comuns que afetam o ser humano. O tempo deixa marcas. Com o passar dos anos, os discos e as articulações desgastam-se e o espaço entre as vértebras vai diminuindo. O processo depende de pessoa para pessoa e em alguns casos chega a provocar dor e falta de mobilidade. Por vezes, é possível verificar o estreitamento discal e as saliências anormais dos ossos, os osteófitos, conhecidos por “bicos de papagaio”. A doença denomina-se a espondilose cervical. Com o prolongamento do problema, o espaço entre os discos torna-se tão pequeno que pressiona o nervo, diminuindo a circulação sanguínea, o que pode provocar dor e formigueiro nas mãos. Alguns movimentos do pescoço podem também causar tonturas. Em casos mais avançados, a pressão na espinha dorsal pode provocar fraqueza e dormência nos braços e pernas. Se tal acontecer, deve consultar um médico de imediato. A causa específica de uma dor no pescoço é, na realidade, muito difícil de identificar, porque pode ter origem nos mais diversos componentes, sejam eles músculos, discos ou ligamentos. A coluna vertebral protege a medula espinal, liga o corpo ao crânio e ajuda a gerir a postura e o equilíbrio de todo o corpo. O aumento da esperança média de vida leva à busca de soluções que promovam o bem-estar e a saúde ao longo do tempo. O exercício físico é uma das soluções. Com o envelhecimento a coluna sofre um conjunto de alterações importantes: • Os discos e facetas perdem mobilidade; • As vértebras ficam achatadas e angulam; • Inicialmente há uma mobilidade excessiva, depois ocorre uma hiper-estabilização; • Os ossos deformam-se, surgem osteófitos (“bicos de papagaio”); • O espaço reservado para a medula e raízes é menor. A melhor forma de lutar contra o envelhecimento é manter-se ativo, tanto física como mentalmente. Além disso, lembre-se: atingir esta etapa da vida não tem de ser sinónimo de reforma e paragem. 28 REVIVER



A PENSAR EM SI

Prevenção diária Durante o dia, as costas estão sujeitas a diversas agressões que se poderão tornar crónicas, caso não sejam devidamente corrigidas. No trabalho – Certifique-se de que a sua cadeira, a secretária os instrumentos de que necessita para desempenhar a sua atividade estão posicionados de forma ideal. Se tiver de executar uma tarefa durante um longo período, procure interrompê-la de vez em quando, para fazer uma pequena caminhada ou exercícios de alongamento, aliviando assim a tensão muscular que se vai acumulando ao longo do dia. Se costuma realizar atividades repetitivas, a adopção de uma rotina de exercícios de alongamentos diários é por demais importante para evitar lesões. A dormir – Se costuma sentir tensão nos músculos do pescoço, o uso de uma almofada anatómica é um bom conselho, pois relaxa os músculos do pescoço e mantém a curvatura normal da zona cervical. Se costuma ler antes de dormir, deve usar uma poltrona confortável com bom apoio lombar. Evite dormir de barriga para baixo pois aumenta a curvatura lombar e a coluna cervical fica no extremo da amplitude articular, podendo causar lesões ou piorar as já existentes. Atividades quotidianas – Sempre que iniciar uma atividade que não pode ser interrompida, ou uma modalidade desportiva, faça alongamentos para preparar os músculos e as articulações para a tarefa. Se for possível, interrompa a sua atividade a cada hora e caminhe. Nas viagens, prefira levar duas malas pequenas, uma em cada mão, em vez de uma grande, evitando sobrecarregar um lado só.

As causas da dor nas costas Liga-se de forma direta ao próprio envelhecimento da coluna vertebral. A vida demasiado sedentária, os erros de postura e uma dieta deficiente em cálcio podem agravar os problemas do esqueleto. O que é e o que causa a dor persistente nas costas é uma questão complexa e abrangente, mas, em termos básicos, refere-se ao envelhecimento da coluna. A dor aguda é entendida como aquela que persiste por um curto período; a subaguda tem uma duração de entre de três a seis meses; e a crónica é aquela que se mantém por mais de seis meses. A aguda depende do estímulo nociceptivo (por exemplo, uma picada): a sua intensidade está diretamente relacionada com a intensidade do estímulo. A dor crónica não, ou seja, não existe uma relação entre intensidade do estímulo e grau de sofrimento. A localização da dor é mais precisa na dor aguda e não está tão relacionada com os aspetos emocionais, como ansiedade e depressão. A dor pode ser provocada por alguma alteração de músculos, nervos, ossos, articulações ou outras estruturas na coluna vertebral. Pode ser constante ou intermitente, restrita a um local ou irradiar para outras áreas (se sentida no pescoço, pode estender-se aos braços; se proveniente da região lombar, pode estender-se às pernas). Na maioria dos casos, não se tratam de problemas médicos muito complicados; antes, são normalmente benignos e resultam de algum tipo de inflamação e têm uma duração relativamente curta (até cerca de três meses). No entanto, podem esconder problemas graves, caso estejam associadas a problemas de incontinência ou fraqueza progressivas das pernas, cancro, após um acidente violento de carro, por exemplo, ou em pessoas que sofram de osteoporose. 30 REVIVER


A PENSAR EM SI

As queixas mais frequentes A dor crónica exige uma abordagem multidisciplinar e a falência do tratamento tem, entre outras, consequências fisiológicas adversas. Algumas pessoas sofrem de dor persistente nas costas e necessitam de uma investigação cuidadosa para descobrir a causa da dor: uma vez que a causa seja identificada, pode planear-se um programa de tratamento adequado. As causas mais comuns da dor crónica nas costas são, de longe, os problemas mecânicos. Contudo, para uma pequena percentagem das pessoas, a dor é o resultado de doenças inflamatórias, patologias ósseas, tumores ou problemas no abdómen e na pelve. São três os tipos fundamentais de queixas dolorosas: lombar, irradiada para a coxa (dor crural ou pseudo-ciática) e irradiada para a perna (ciática).Existem adicionalmente as alterações sensitivas e motoras. Sobre os problemas mais comuns, a grande dicotomia reside entre diferenciar a dor devida à coluna, músculos e ligamentos, a dor neurológica e, por fim, a dor extra-locomotora (visceral), como por exemplo uma litíase renal (vulgo pedra no rim). Cada uma das situações referidas apresenta causas diferentes, bem como abordagens distintas na sua abordagem e no tratamento respetivo. Todo o tratamento deverá ser adaptado ao indivíduo. Um quadro geral só faz sentido na prevenção, mas não no tratamento. No entanto, sabe-se que é maioritariamente através da correcção dos desequilíbrios musculares que se age sobre alguns dos problemas que atingem a coluna.

Técnicas que aliviam e ajudam a diminuir os efeitos do problema: • ACUPUNCTURA: Através das agulhas, a dor lombar é controlada. • QUIROPRÁTICA: Método de tratamento por manipulações das vértebras ou de outras par. • ELECTROTERAPIA: O fisioterapeuta recorre a aparelhos elétricos, térmicos e até radioterapêuticos, de forma a aliviar a dor do paciente. • MASSAGENS: Estas ajudam a aliviar a tensão muscular ao mesmo tempo que relaxam o corpo, eliminando a dor temporariamente. • PILATES: Estes exercícios focam-se nos principais músculos que coordenam a postura, de forma a manter o corpo equilibrado e a fornecer suporte para a coluna. • CINESIOTERAPIA: Trata-se da terapia pelo movimento composta por alongamentos e exercícios de fortalecimento muscular, favorecendo, assim, uma melhor postura. • HIDROTERAPIA: Consiste em várias sessões de exercícios executados dentro de água cujo objetivo é alongar os músculos e fortalecê-los, protegendo as articulações dos impactos.

Os benefícios da osteopatia A osteopatia é um dos ramos da medicina natural que trata o sistema musculo-esquelético, cujo objetivo é reequilibrá-lo, melhorando a postura e eliminando dores das articulações, através do recurso a manipulações ósseas: estas denominam-se trust, uma vez que os movimentos realizados pelo osteopata são de bastante rapidez e necessitam de técnica, sabedoria e confiança. A estimulação é feita, essencialmente, com a ajuda de manipulações ou ajustes articulares manuais, mas também através de exercícios personalizados (posturas de alongamento, educação respiratória) que o paciente deverá fazer sozinho, em diferentes momentos do seu dia. Por: Rui Carmo


Consultar folheto informativo em: http://goo.gl/BB5wbQ


PUBLIREPORTAGEM

O maneio da dor e detecção de cancro em animais de estimação Por Dr Pedro Fabrica (Médico Veterinário, Merial Portuguesa)

Como classificamos a dor? Os especialistas definem a dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos. A dor pode ser muito subjectiva e difícil de medir. No entanto, podemos usar uma classificação simples em função da duração: - Dor aguda: produz-se independentemente da duração da inflamação e da cicatrização da ferida. - Dor crónica: persiste para além da duração esperada da dor aguda.

Como identificar a dor no cão e no gato? A maioria dos cães e gatos que experimentam dor manifestam ligeiras alterações de comportamento, por essa razão devem ser observados com atenção. Alguns desses sinais são: ◗ Choraminga ou geme, miar baixo ◗ Permanece mais tempo inactivo, mais calmo ou murcho do que é habitual. ◗ Mostra agressividade inesperada quando alguém se aproxima ou toca nele (é uma maneira de evitar o contacto com algo que lhe pode causar dor). ◗ Lambe com insistência uma zona dolorosa ou sensível. ◗ Tem menos apetite. ◗ Relutante a caminhar, correr, subir escadas, saltar ou brincar. ◗ Coxeia. ◗ Fica para trás nos passeios no caso dos cães ◗ Muda a sua personalidade. Se observa algum destes sinais no seu cão ou gato, não medique o seu animal de companhia com medicamentos de uso humano por livre iniciativa, pois estes medicamentos podem causar reacções severas e mesmo levar à morte, pois na maioria dos casos não são indicados para o cão ou o gato. Deve portanto consultar o Médico Veterinário, que investigará a causa e escolherá o tratamento adequado. É possível também que enquanto o diagnóstico não é realizado, que seja administrado tratamento para controlar a dor.

Como detectar precocemente cancro no seu animal de companhia? A vigilância do seu cão ou gato para cancro é fundamental, tal como acontece consigo. O cancro é um dos quadros mais dolorosos e a sua detecção precoce é crítica para aumentar as possibilidades de sobrevivência. Esteja atento/a a algum destes 10 sinais no seu cão ou gato, caso os detecte, consulte o médico veterinário: 1. Inchaços que se mantém ou não param de crescer. 2. Feridas que não cicatrizam. 3. Perda de peso. 4. Perda de apetite. 5. Presença de sangramento ou secreções em qualquer orifício do corpo. 6. Odor desagradável. 7. Dificuldade em comer ou mastigar. 8. Relutância em fazer exercício ou perda de resistência. 9. Coxeira ou rigidez persistente. 10. Dificuldade em respirar, urinar ou defecar. Se estivermos atentos às alterações que os nossos amigos de 4 patas desenvolvem ao longo do seu processo de envelhecimento e agirmos precocemente, estaremos com a ajuda do médico veterinário, a investir no bem-estar e aumento da esperança de vida, destes tão especiais membros da nossa família. Cuide deles, que eles estão lá sempre para si. REVIVER

33


A PENSAR EM SI

Receitas de Helena Ramos

Receitas de 5 estrelas

Nesta edição Helena Ramos apresenta-lhe uma receita de Muffins para o seu lanche. Para prato principal sirva um maravilhoso Peito de Peru assado no forno com Molho de Caju e Limão.

PEITO DE PERU com Molho de Caju e Limão

Molho de caju e limão - Ingredientes: ½ Chávena de cajus (demolhados, mais ou menos 1 hora) 2 colheres de sopa de azeite; 2 colheres de sopa de sumo de limão 1 colher de chá de mel (ou outro adoçante); 1 dente de alho (pequeno) ¼ chávena (4 colheres de sopa) de água; Sal e pimenta a gosto Prepara-se, o molho de caju, colocando todos os ingredientes respetivos a esta receita num liquidificador ou processador de alimentos, até ficar bem cremoso (consistência de iogurte). Se necessário adicionem mais água.

34

REVIVER


A PENSAR EM SI

PREPARAÇÃO DO PEITO DE PERU ASSADO NO FORNO De véspera tempera se a carne com sal, pimenta, alho em pó, sumo de laranja e limão. Embrulhase em papel de alumínio, e deixa-se repousar no frigorífico o peito inteiro. Pré-aqueça o forno a 190 º. Após o que se coloca a carne, num tabuleiro de ir ao forno, regando apenas com um pouco de azeite, colocam-se umas folhas de louro partidas e mais um pouco de sumo de laranja. Vai a assar em forno médio (190º) e depois a meio do assado muda-se para (200º). Virando a carne e regando com o molho. Acompanha-se com batata-doce, assada, arroz branco e salada. Rega-se depois com o molho de caju e limão. Nota: O tempero deve ser simples, mas pode ser ao critério e gosto pessoal

Sobremesa ou Lanche: MUFFINS

Ingredientes para 8 porções: 2 Chávenas, (chá) de farinha de trigo; 1/2 chávena de açúcar; 1 colher (sopa rasa) de fermento em pó; 1 pitada de sal; 1 ovo misturado ligeiramente; 1/4 de chávena de leite; 4 colheres (sopa) de manteiga derretida ou 1/4 de chávena de azeite Preparação: Pré-aqueça o forno a 200º. Peneire e coloque em uma tigela a farinha, açúcar, sal e fermento em pó. Bata levemente o ovo em outra tigela e acrescente a manteiga derretida/ ou azeite, e o leite. Misture bem. Despeje a mistura de líquidos sobre os secos e misture muito rapidamente, evitando bater em excesso a mistura. O ponto correto é quando a massa fique levemente empolada, nunca lisa. Unte forminhas para muffins ou então colocam se forminhas de papel, e coloque massa só até 2/3 da altura. Leve ao forno por 20 a 25 minutos ou até que os muffins estejam bem dourados. Pode-se acrescentar à massa um dos ingredientes: 2 colheres chá de essência de baunilha, 3 colheres de sopa rasas chocolate em pó, 1/2 chávena de nozes trituradas, amoras silvestres ou 1 banana, bem desfeita.

REVIVER 35


NA ESPLANADA COM...

Pedro Pestana de Vasconcelos Tem 90 anos, nasceu em Lisboa e numa vida cheia foi entre outras coisas, fundador do CDS, deputado, Provedor da SCML, Presidente do Fundo de Turismo e é hoje Irmão Provedor da Irmandade da Misericórdia de São Roque de Lisboa. Aos 17 anos ficou privado do apoio Paternal. Sem a sua principal referência masculina, encontrou apoio e conselhos em Deus, numa relação que mantém até hoje. Diz que hoje em dia quando reza já não é para pedir, é sim para agradecer. É viúvo, pai de 5 filhos, avô de 13 netos e Bisavô de 6 bisnetos, recebeu-nos no seu escritório da Irmandade de S. Roque. - O que é que as pessoas não sabem sobre o Dr. Pedro Pestana de Vasconcelos? A primeira coisa que não sabem é que tenho a idade que tenho. A segunda coisa que não sabem é que tenho no meu ADN uma coisa que é permanente, que é o prazer, o desejo, o objetivo de ser útil. Desde novo fiz muito exercício físico, e desde os 17 anos nunca tive menos do que uma atividade intelectual ao mesmo tempo. Cheguei a ter 14. O que me permite hoje estar ativo e na minha óptica estar lúcido. Continuo a achar que sou um homem em realização e aprendi com o Professor Marcelo Caetano, que foi meu professor no 2º ano da Faculdade de Direito que, a experiência da vida não é a simples passagem dos factos diante dos nossos olhos, é a lição que tiramos deles. Eu aí aprendi a fazer o expurgo do que é útil e inútil, e isso é muito importante na vida. Com um mestre português do classicismo aprendi outra lição. Ouvir a muitos, seguir a poucos. - Diz que no momento em que começou a sua vida profissional, deixou de ter mão na sua vida. O que quer isso dizer? Quis ser advogado para não ter patrão, mas sucedeu que, 6 anos depois de ter começado a minha vida de advocacia, ainda trabalhei para a CM Lisboa onde realizei o filme “A Alma duma Cidade” em 1954. A partir daí a minha vida mudou muito. Fui convidado para Chefe de Repartição da Direção Geral dos Serviços Industriais do Ministério da Economia. Naquela altura quem mandava no país eram engenheiros e juristas, mas ali, apoio jurídico não havia, e então o Governo estava a ser torpedeado constantemente por astutos advogados que iam aos tribunais e conseguiam anular os despachos dos governantes. Os governantes que eram engenheiros não percebiam nada de leis e julgavam que tinham de decidir ao contrário, pelo que a economia do país andava à deriva. Passei assim a ser o conselheiro jurídico. A partir dessa altura, tudo o que me aconteceu foi por convite. - Exerce advocacia desde 1950. Que casos o marcaram mais? Logo o meu primeiro caso marcou-me dramaticamente. O caso era dum advogado meu amigo, que não podia ficar com ele e passou-o para o filho, que me pediu apoio. A história foi dramática, havia uma mulher que ficou viúva, tinha uma casa e um filho. Juntou-se com outro homem e decidiram que a propriedade da casa passasse para esse homem, reservando ela o direito de usufruto para toda a vida. Isso faz-se por acordo em tribunal, na presença do juiz e dos advogados de ambas as partes. No dia em que marcaram esta sessão, apareceu a senhora, não apareceu o seu advogado, apareceu a outra parte com o advogado, e não apareceu o juiz, de modo que o advogado da outra parte ditou tudo para a acta, menos o usufruto da residência. Levou ao juiz para assinar a dizer que esteve presente, e com uma certidão daquilo pôs a mulher na rua. O filho ficou revoltado como é natural. Nós fizemos de tudo para desfazer isto, perdemos em todas as instâncias e como a justiça não se fez, o rapaz miúdo matou o homem e ficou toda a vida na cadeia. Foi o meu batismo na advocacia.

36 REVIVER



NA ESPLANADA COM...

- Que circunstâncias o levaram a envolver-se na vida política? Era advogado dum grupo de empresas dum amigo, que era militar, tinha tirado o curso de economia. Era um homem prestigiado, conhecia muita gente. Quando acabou as suas missões militares dedicou-se ao mundo empresarial. Depois do 25 de Abril formou-se o MFA e o Spínola chamou-o porque tinha que lidar com os grandes industriais e empresários daqui e ele era o único que sabia de economia. A dada altura recebo um telefonema desse meu amigo a convidar-me para assistir a um encontro entre ele e um coronel que vinha com a incumbência do general Spínola para convencer o Professor Freitas do Amaral a criar um partido Democrata Cristão. Estive calado o tempo todo, e quando acabou a reunião pensei que nunca mais tinha nada a ver com aquilo. Naquela altura fizeram-se mais reuniões, esse meu amigo ia-me convidando, até que se decidiu formar o partido e fui convidado para entrar no partido. Deus Pátria e Família sempre fizeram todo o sentido para mim e naquela altura realmente vi que a minha Fé, a minha Igreja, Pátria e Família estavam em risco e eu não podia ficar de braços cruzados. Nunca pensei entrar num partido, não tinha o menor respeito pelos partidos políticos e ainda hoje tenho muito pouco, mas senti que não podia ficar indiferente ao que se passava e aderi. Fui um dos fundadores do CDS apesar de não ter o meu nome na lista de fundadores. - O que o levou a ser um dos fundadores do Instituto da Democracia e Liberdade? A Alemanha tem o trauma enorme de ter sido antidemocrata e por consequência tinha necessidade de ajudar ao estabelecimento e credibilidade da democracia na Europa. Por isso, como eram também democratas cristãos criaram institutos, que serviam para ensinar aos jovens democratas cristãos a política. Os outros partidos também tinham os seus, mas o CDS criou 3 institutos com o apoio financeiro do Instituto Adenauer, e o primeiro foi o IDL. Como era Dirigente do CDS fui um dos fundadores. - Como é que os olhos de um dos fundadores do IDL vêm hoje em dia a política a democracia e a liberdade, portuguesa e mundial? Desde que começou a industrialização, que o Mundo vive debaixo duma realidade: o conflito entre o capital e o trabalho. Essa realidade, que tem vindo a dominar a política mundial em todos os estados do Mundo, porque todos fazem a sua experiência de resolução deste problema. Temos experiências totalmente capitalistas, e ao contrário, tudo a favor do trabalho. E temos as intermédias. Várias variantes ao longo do tempo e nenhuma resultou, e o conflito entre o capital e o trabalho mantém-se. Com esta crise, a noção de empregado por conta de outrem, vai dando lugar à noção de que cada um vai procurar o seu próprio rendimento, reencontrar uma Economia capaz de absorver todos estes desempregados é uma utopia. Também a noção de empresa tende a mudar. Não pode ser uma coisa que é duns, e em que uns mandam e os outros obedecem. Quer o capital da empresa, quer o trabalho da empresa têm que ter interesses convergentes, o mesmo interesse no êxito da empresa e para isso, todos têm que ter uma palavra a dizer na gestão da empresa, a correr os seus riscos e partilhar do seus lucros. - Foi Provedor da SCML entre 1980 e 1983. Segundo a sua experiência, quais são os maiores desafios que um Provedor da Santa Casa da Misericórdia enfrenta? Uma vez mais não fui eu que comandei a minha vida, fui nomeado. Um provedor deve entrar com a humildade dum estagiário, porque, toda a gente tem uma ideia do que é a Stª Casa da Misericórdia, mas é uma ideia muito vaga. Quando entramos percebe-se que é um mundo completamente diferente. Uma Casa colossal. Quem entra aqui não percebe nada da Casa. Estive 6 meses só a aprender o que era. O cargo de provedor da SCML é um cargo de magistério pessoal, quem cá estiver, entre outras coisas, é o pai legal de centenas de crianças. No meu tempo eram 500, e o provedor tem de tratá-las como se fossem seus filhos, não como um objeto de exercício de funções. Quem diz crianças diz idosos, doentes. Ser pai nesta visão das coisas significa que as decisões que tem de tomar não são através dum parecer ou proposta dum diretor de serviços, mas sim conhecer o caso e resolver como se fossem nossos filhos. E nalguns casos são casos de vida ou de morte. 38 REVIVER


NA ESPLANADA COM...

- O que é que o marcou tanto na primeira vez que a SCML organizou um teatro para seniores? Porque vi uma sucessão de cenas feitas por idosos, com uma qualidade insuspeitada, que realmente me deixaram a certeza de que a visão que temos diariamente em contacto com as pessoas não é aquela. Mas isso está dentro das pessoas, e quando lhes damos oportunidade de as fazerem, saem coisas belas. Fiquei emocionado. O ser humano tem reservas de vida colossais. “Se Deus me conserva assim é porque quer que eu faça qualquer coisa que ainda não fiz.” O que é que ainda falta fazer? Não faço a menor ideia. Continuo a pensar, se eu estou assim é para qualquer coisa. Não é para ir tomar banho à praia de certeza, apesar de ainda tomar. Tenho conversas constantes com Deus, mas Ele ainda não me disse o que é que quer de mim. Cálculo que seja o livro que estou a escrever. - Aos 90 anos, ainda há espaço para o desenvolvimento pessoal? (De que formas?) Desenvolvimento físico, estou ótimo mas tenho a certeza de que amanhã não estarei melhor. Quanto ao desenvolvimento intelectual, tenho uma vida riquíssima, rodeado com pessoas inteligentes, de modo que esta cabeça não pára e está constantemente a ser enriquecida. - Há quem diga que, apesar da idade a cada vez que o vê parece mais feliz. Qual é a fonte da sua felicidade? Sinto-me permanentemente rodeado de muito amor, carinho e amizade. Na Irmandade de S. Roque é uma alegria, na minha família é uma alegria assim como com os amigos que me restam. Ainda hoje tenho amigos dos meus primeiros empregos que querem reconviver e não perder contacto. Faço as coisas de que gosto, estou bem. - Como é que ocupa os seus dias de forma a manter-se ativo? Praticamente não há dois dias iguais. Nos dias em que tenho obrigações, organizo a minha vida para esse dia e faço-as. Nos dias em que consigo ter umas folgas, gozo-as fazendo o que gosto. Não tenho regras especiais para o dia-a-dia, vou fazendo o que tem de ser feito, e há alturas em que o que tenho que fazer, devo dizer que é quase no limite das minhas capacidades. - Como é que ocupa os seus dias de forma a manter-se ativo? Perguntava ao Mundo se tinha 3 horas para me ouvir, e depois tinha muitas coisas para lhe dizer. REVIVER 39



SEPARADOR

“O verdadeiro mal da velhice não é o enfraquecimento do corpo, é a indiferença da alma” André Maurois

REVIVER 41


MENTE SÃ; CORPO SÃO

O Parque das mil e uma sensações A maioria dos portugueses dificilmente se vai esquecer que foi aqui que se realizou a Expo 98. Já passaram 17 anos e o Parque das Nações continua a ser um local em Lisboa que vale a pena visitar. Por isso a REVIVER decidiu aproveitar um dia sem chuva, para dar a conhecer este paraíso moderno, onde não conseguimos perder o rio tejo de vista. Chegámos ao Parque das Nações depois da hora de almoço. Ainda conseguimos sentir a enchente habitual que se regista no Centro Comercial Vasco da Gama. Mas hoje estamos aqui para desfrutar da paz, da beleza e das atrações que o Parque das Nações tem para nos oferecer. E se gosta de dar um passeio tranquilo, dificilmente vai encontrar um local com uma diversidade tão grande de jardins. Chegamos ao centro do Parque, conhecido por Rossio dos Olivais, onde os choupos formam uma cortina e as inúmeras bandeiras ali hasteadas fazem um lindo efeito de espelho na água. Se levantarmos os olhos rapidamente eles irão fixar-se na imensidão do Tejo. E é nessa direção que seguimos. No tempo da Expo 98 chamavam-no de “Caminho da Costa”, atualmente é conhecido pelo passeio ribeirinho. Se vem aqui para dar uma caminhada junto ao rio, esta área foi criada para passeios pedonais, por isso condições não faltam para concretizar o seu objetivo. Para aqueles que querem desfrutar da calma que imana perto do rio, existem vários bancos onde se pode sentar a ler ou a apreciar esta bela paisagem. Decidimos caminhar um pouco, para depois relaxarmos a ver o nosso tejo, sentados perto de um pinheiro manso a observar a imensidão da ponte vasco da gama. Mas estes não são os únicos jardins que aqui existem. É engraçado ir descobrindo os jardins neste espaço, uns mais escondidos que outros. Os Jardins d´Água é um espaço que achámos muito acolhedor. Pode-se ver e acompanhar um curso de água, desde o seu nascente ao seu estuário. Aqui também se pode usufruir de diversas atividades, tanto desportivas como de máquinas e engenhos que estão ligadas ao meio aquático.

42

REVIVER


MENTE SÃ; CORPO SÃO

REVIVER 43


MENTE SÃ; CORPO SÃO

Depois existem três jardins que muitas vezes passam despercebidos àqueles que aqui vêm. Como o Parque das Nações abrange uma área enorme é difícil conhecermos o local a fundo numa só visita. Para quem gosta de estar em total sossego, deixamos a sugestão de visitar o Jardim Sul. É um tesouro verde, escondido por trás de um edifício e muito pouco frequentado. Para aqueles que gostam de uma ótima vista, não podem deixar de ir ao Cabeço das Rolas. Este é o ponto mais elevado do Parque das Nações e chega a estar a cima 33 metros do Tejo. Para além dos espaços verdes no local e de como está estruturado, não pudemos deixar de fazer referência ao lago de 2500 m2, que contém uma diversidade de espécies vegetais aquáticas. Por fim perto da Estação do Oriente pode encontrar os jardins suspensos, que tapam os muros brancos que separam o Parque das Nações e a linha férrea, com bonitas plantas e flores. Seja qual for a direção que tomar, garantimos que pelo caminho vai encontrar obras de arte urbana encantadoras e edifícios que não deixam ninguém indiferente devido à sua grandiosa arquitetura moderna. Enquanto passeávamos por aqui, eram poucas as alturas que não ficávamos encantados com algo novo que víamos. “Olha ali” torna-se uma frase constante. Embora o tempo estivesse um pouco incerto, o vento não estava forte e o frio não era insuportável. Mas estamos no Outono e embora não a desejássemos a chuva acabou por surgir. Ainda era cedo para deixar o Parque das Nações. Então pensamos em visitar algum dos locais turísticos que ali se situa em vez de nos enfiarmos num café ou no centro comercial. As opções ainda eram algumas. A FIL tem sempre diversas exposições, o Pavilhão do Conhecimento é uma ótima escolha para quem se fizer acompanhar por crianças, a Telecabine era uma boa opção se não tivesse a chover, o Teatro Camões e o Meo Arena são destinados para outras ocasiões e por último o Oceanário. Após pensarmos um pouco decidimos que o Oceanário seria o nosso eleito para uma visita. Embora os preços sejam um pouco elevados, decidimos optar pela opção mais barata que é a exposição permanente. Para quem tiver mais de 65 anos cada bilhete fica 9 euros. Devido ao horário de inverno, quase que não conseguíamos apanhar a última entrada, contudo conseguimos chegar a tempo. Ao entrarmos no Oceanário esquecemo-nos de tudo o que ficou fora daquele edifício. Estamos perante algo que nos é quase desconhecido, o oceano. O grande aquário central tem cerca e 5 milhões de litros de água salgada e quatro habitat marinhos. Todavia ali não parece existir qualquer divisão, parece um verdadeiro oceano dentro de um aquário gigante. 44 REVIVER


A pouca iluminação do local faz todo o nosso foco ficar naquele aquário. Sei que pode parecer estranho, mas o primeiro ser vivo que reparamos foi um invertebrado, uma Medusa-de-pintas, o seu azul prende o olhar mais desatento. Para além dela também existe a Anémona-verde-gigante, na categoria dos invertebrados. Quanto aos peixes é difícil explicar por palavras. São mais de 40 espécies que ali habitam. Claro que existem alguns que se destacam claramente dos outros, mas não pela sua beleza e sim pelo seu tamanho imponente. A Manta-diabo, o Peixe-Lua, a Garoupa Gigante e as várias espécies de tubarões são animais que não estamos habituados a ver, quanto mais assim tão perto. Depois existem os peixes coloridos, como o peixe balão-pintado, o peixe palhaço, o peixe-picasso, as várias espécies de peixe cirurgião, entre tantas outras que ali estão. Aproveitamos para nos sentarmo-nos no chão e apreciar aquela imagem durante o tempo. Afinal não é todos os dias que temos hipóteses de ver um oceano bem diante dos nossos olhos. Fomos espreitar como estava o exterior devido ao mau tempo, todavia a chuva tinha abrandado. Decidimos então ir visitar as lontras marinhas. Aqueles pequenos mamíferos são tão encantadores que não nos apetece abandonar o local facilmente. Uma das curiosidades que ficámos a saber é que estas lontras, devido ao seu metabolismo rápido, precisam de comer o equivalente a 30% do seu peso por dia, o que num humano adulto seria o mesmo que comer 100 hambúrgueres em 24h. O nosso tempo estava a terminar. Mas não iriamos partir sem antes ir ver o habitat onde se encontravam as aves. Ali pudemos encontrar espécies como a Andorinha-do-mar-inca, o Arau-comum, o Papagaio-do-mar, o Pinguim de Magalhães, o Pinguim Saltador da Rocha e a Torda-Mergulheira. Não sei se devido ao mau tempo, mas só conseguimos ver os Pinguins de Magalhães e o Arau. No entanto os pinguins são animais que nos deixam com um bom humor quase automático. Ficámos um pouco a tentar ver mais alguma ave mas o nosso tempo tinha chegado ao fim. Após tudo aquilo que presenciamos hoje, sem dúvida alguma que é um passeio que queremos repetir. Porém para a próxima vez iremos escolher um dia sem chuva, pois aumenta as excelentes possibilidades que temos à nossa escolha, sendo que a maioria delas são totalmente gratuitas. Para aqueles que já conhecem o espaço, não percam a oportunidade de explorar novos locais que ainda não tenham visitado. Sem dúvida que o Parque das Nações não se conhece num só dia. Ainda assim, mesmo que seja pouco tempo, acreditamos que será sempre um passeio agradável.

REVIVER 45


MENTE SÃ; CORPO SÃO

Já experimentou Watsu? A combinação perfeita entre Shiatsu e água

Em Portugal poucos conhecem esta técnica que consegue alguns benefícios imediatos para a sua saúde. São inúmeras as vantagens em praticar Watsu a longo prazo e se procurar vai ver que é mais fácil do que pensa encontrar um terapeuta especializado perto de si, embora o número de profissionais seja ainda reduzido. A REVIVER explica-lhe tudo sobre esta técnica de hidroterapia que pode ajudar os seniores a viver melhor.

Como surgiu a técnica de Watsu? É uma técnica de hidroterapia criada por Harold Dull em 1980, que começou numa piscina de água termal no Norte da Califórnia. Harold começou a flutuar os seus pacientes enquanto aplicava os alongamentos e princípios do Zen Shiatsu, que aprendeu no Japão com o seu mestre Shizuto Masunaga. Atualmente, a técnica de Watsu é aplicada em clínicas, centros termais e spas.

46 REVIVER


MENTE SÃ; CORPO SÃO

Em que consiste a técnica Watsu? Watsu são movimentos que combinam massagens e pressões dos pontos utilizados pela técnica Zen-Shiatsu, enquanto o terapeuta ajuda quem estiver em tratamento a flutuar numa piscina com a água a 35 graus. Hoje em dia o Watsu já provou a sua eficiência ao tratar de várias dores crónicas e muitas doenças, está presente em mais de 40 países e é ensinada em universidades em todo o mundo.

Que tipo de pacientes têm recorrido a esta técnica? Atualmente o Watsu está a começar a ser integrado em programas de tratamento de terapias aquáticas em hospitais, clínicas de reabilitação e centros de terapia de todo o mundo. Com os bons resultados registados por esta técnica, os médicos e terapeutas têm vindo a ficar muito entusiasmados com os resultados registados a curto e a longo prazo. Por isso em muitos casos, já é aconselhado a alguns tipos de doentes esta terapia. Exemplos disso são: - Pessoas que sofrem de dores crónicas ou lesões músculo-esqueléticas; - Doentes com Fibromialgia ou Espondilite anquilosante; - Pessoas que sofrem de Stress físico, mental, emocional ou pós-traumático; - Doentes com Paralisia cerebral, Parkinson ou pessoas que sofreram um AVC; - Pessoas que sofrem de insónia, depressão ou hiperatividade; - E ainda pessoas que sofrem de reumatismo ou problemas de artrite.

Que tipo de benefícios é que o Watsu tem na primeira sessão? Segundo vários estudos realizados com praticantes de Watsu, os benefícios verificados logo na primeira sessão são: - Reequilíbrio da energia; reequilíbrio emocional e mental; - Aumento da amplitude de movimento e relaxamento muscular; - Alívio da tensão e de dores articulares; - Diminuição da espasticidade e da dor crónica.


MENTE SÃ; CORPO SÃO

Que tipo de benefícios é que o Watsu tem a longo prazo? Após várias sessões de Watsu os benefícios começam a notar-se mais estruturais e mais consistentes em alguns casos, como por exemplo: - Os fluxos energéticos começam a estar reequilibrados de forma estrutural; - Mentalmente e emocionalmente as pessoas ficam mais equilibradas; - Melhora a qualidade de sono de quem sofrem de perturbações no sono ou insónias; - Melhora as funções do sistema imunitário; - Diminui significativamente a dor física crónica; - Diminui bastante o stress e a ansiedade que levam a depressões leves.

O Watsu melhora as funções do sistema nervoso parassimpático, ocorrendo alterações fisiológicas. Que alterações podem ocorrer? -

Diminuição da atividade do sistema reticular; Aumento da vasodilatação periférica; Diminuição da frequência cardíaca e respiratória; Melhora a atividade digestiva; Diminui espasmos musculares; Harmoniza as funções do sistema músculo-esquelético; Reforça a resposta do sistema imunitário.

Outros benefícios registados: - Maior flexibilidade; maior sensibilidade e perceção; - Ampliação da consciência corporal; - Maior vitalidade e qualidade de vida


MENTE SÃ; CORPO SÃO

Como saber que está perante um profissional especializado? A instituição internacional reguladora do Watsu é a Waba-Worldwide Aquatic Bodywork Association, que foi criada por Harold Dull. É esta instituição que estrutura programas de ensino desta técnica, estabelece critérios e rigor formativo para os profissionais. Todos os anos é promovido o ajuste nos conteúdos dos cursos e na aplicação da técnica de Watsu. Um terapeuta de Watsu após ter concluído o curso da Waba, deve ter completado 700 horas de formação. Só depois deste processo é que estará habilitado e autorizado pela Waba a realizar sessões de terapia de Watsu.

Conselhos antes de aderir a esta técnica: Se quiser experimentar esta técnica fale com um profissional sobre os seus problemas de saúde, as suas inseguranças e dúvidas. O seu diagnóstico clinico é sempre importante ser avaliado pelo seu médico de família mas também pelo terapeuta profissional de Watsu.



MENTE SÃ; CORPO SÃO

Equoterapia: Benefícios da companhia de um cavalo

A importância que representa para a nossa qualidade de vida o combate ao sedentarismo, já não é novidade para ninguém. Quanto mais a nossa idade avança, mais importante se torna esse combate. Qualquer que seja a atividade física, pode representar tremendas melhorias para a nossa saúde, quando comparada com a ausência de qualquer tipo de actividade. Hoje em dia as opções são vastas, personalizadas e existem atividades que se adequam a qualquer tipo de pessoas e objetivos. Em todas as edições apresentamos aqui na REVIVER alguma atividade que promova esse bem-estar físico e emocional e esta não vai ser exceção, simplesmente a atividade de que vamos falar é menos comum para seniores.

O Que é a Equoterapia? A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo na abordagem às áreas da saúde, educação e equitação, em pessoas com algum tipo de deficiência ou debilidade físicas ou mentais. A equoterapia procura melhorias significativas a nível físico, psicológico, emocional, cognitivo, psicossocial entre outros, apresentando resultados bastante positivos no que diz respeito ao convívio social. Os benefícios da equoterapia não escolhem idades, e é um método terapêutico especialmente eficaz para pessoas com necessidades especiais, onde o cavalo funciona como o agente que facilita a aprendizagem e a inserção ou reinserção social. Através da relação e da interação com um animal dócil e sensível como o cavalo, os praticantes desenvolvem novas formas de socialização, com benefícios para a sua auto-estima e auto-confiança.

Indicada Para: - Pessoas com doenças neurológicas, ortopédicas, musculares e clinico-metabólicas; - Pessoas que sofram de sequelas de traumas e cirurgias; - Pessoas com doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais; - Pessoas com distúrbios de aprendizagem e linguagem.

REVIVER 51


MENTE SÃ; CORPO SÃO

Benefícios Físicos Para Os Seniores O movimento variável, rítmico e repetitivo do cavalo é utilizado para providenciar uma base de suporte para os seniores, principalmente para aqueles que sofrem de problemas de equilíbrio, descoordenação, baixa mobilidade, mau controlo postural, traumatismos cerebrais ou enfartes/derrames. Montar a cavalo, é uma atividade que exige equilíbrio e a participação do corpo inteiro, o que contribui para o desenvolvimento da força muscular, do relaxamento, da consciencialização do próprio corpo e do aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. Montar um cavalo em movimento, simula a moção natural da marcha humana, o que permite ao praticante sénior, ganhos de flexibilidade e de controlo postural. Conforme o cavalo muda a marcha, a equoterapia treina o paciente a um subtil controlo de determinados músculos, essenciais para manter o equilíbrio sentados no selim. Aqui, a aprendizagem passa também pela coordenação e controlo da respiração, o que promove o processo de cura dos sistemas neurológicos.

Benefícios Psicológicos Para Os Seniores Ao trabalhar com cavalos, os pacientes seniores da equoterapia podem superar a ansiedade e a depressão, trabalhar em construir autoconfiança e em melhorar a linguagem não verbal. A ligação que se cria com o cavalo promove a diminuição da sensação de isolamento, fortalecendo-os e incentivando-os a aceitarem e encararem novos desafios na vida. Os praticantes aprendem a escovar os animais, a guiá-los com cordas ou montados, a alimentá-los e liderá-los, enquanto que ao mesmo tempo têm um acompanhamento dum terapeuta licenciado para discutir e processar os seus sentimentos. O cavalo torna-se o animal ideal para permitir que as pessoas, e os seniores em questão conquistem os seus medos por várias razões. Para além do seu tamanho e da capacidade natural de interagir honestamente com os humanos e com outros cavalos, este animal tem ainda a capacidade de refletir com precisão as nuances do corpo humano e da sua linguagem corporal, o que permite também a que os seniores sejam confrontados com os testes físicos do próprio envelhecimento.

Objetivos Possíveis de Atingir com a Equoterapia - Segurança, auto-estima e afeto. Interação, comunicação, ritmo e interesse. - Equilibrio, psicomotricidade, coordenação motora. - Atividade de vida diária, autoconfiança, desenvolvimento psicossocial. - Reeducação postural, tonificação muscular, sensibilidade. 52

REVIVER


MENTE SÃ; CORPO SÃO

A importância dos cavalos anões Tanto quanto pudemos apurar, não existem projetos do género em Portugal, mas em países estrangeiros, o uso de cavalos miniatura em lares e casas de repouso, hospitais e residências assistidas já é utilizado, para promover a terapia com cavalos. Devido ao seu tamanho e temperamento calmo, estes cavalos miniaturas podem ser tocados, levar festas e mimos de pessoas acamadas ou em cadeira de rodas. Um artigo lançado em 2009 no “The Virginian-Pilot Newspaper” refere a visita dum destes cavalos, chamado Tinkerbell, a uma instituição para doentes de Alzheimer, o que como resultado teve uma melhoria significativa nos pacientes que conseguiram ter algumas recordações de infância. No mesmo ano, a Associação Americana para Reformados, nomeou um cavalo miniatura chamado Magic, como o seu animal de estimação mais heróico, pelo seu trabalho junto de pacientes em hospitais na área da Flórida.

Cuidados e Considerações a Ter - Para um tratamento adequado, é importantíssimo a escolha dum local específico e certificado, que garanta cavalos mansos, dóceis e bem treinados, para não comprometer os resultados da terapia. - A existência duma equipa multidisciplinar no acompanhamento terapêutico é essencial. Para além do tratador e treinador do cavalo, a presença de outros profissionais em áreas da saúde e da educação são importantes. - A segurança física dos praticantes deve ser uma preocupação constante de toda a equipa.

REVIVER 53


ENCOMENDE O SEU CARTÃO ATIVO! 14€ anuais

VIVER MELHOR É UMA ESCOLHA! Descontos de 10% a 100% Veja todos os nossos parceiros em:

www.cartaoativo.pt


Sabia que... Existe uma cidade debaixo do chão?

Vista à superfície parece apenas um amplo deserto, com apenas alguns hotéis espalhados, dando um ar de cidade abandonada. Mas acontece que em Coober Pedy na Austrália vivem cerca de 3500 pessoas, a maioria debaixo do solo, em casas escavadas e feitas em grutas. Conhecida como a Capital da Opala (um pedra preciosa) a cidade foi fundada em 1915 depois da descoberta do mineral na zona. De facto, 95% da Opala mundial vem dessa área geográfica, mas as pessoas que para lá foram minar a pedra preciosa, descobriram rapidamente que a vida à superfície era extremamente exigente, com a temperatura a exceder os 40º C normalmente. Há 100 anos atrás, as pessoas resolveram o problema construindo os chamados “dug outs”, cavernas feitas nas vertentes das colinas. Agora, com cem anos passados desde a fundação da cidade mineira, tornou-se numa autêntica atração turística subterrânea, com casas apalaçadas, vários hotéis e pensões. Debaixo do solo, Coober Pedy tem inclusive uma Igreja, alguns museus, um casino, e um pub local. Apesar de todos os edifícios serem subterrâneos, as entradas são ao nível do chão, e têm todos ventilação vertical para manter a temperatura regular. Para quem tiver possibilidade e gostar de turismo, é sem dúvida uma atração fora do comum, a não perder.

Existiu uma família com pele azul? Ficaram conhecidos como “Os Fugates Azuis” (The Blue Fugates) ou “As Pessoas Azuis de Kentucky” (Blue People of Kentucky). A história desta família começa em 1820 quando o órfão francês Martin Fugate vai viver para Troublesome Creek reclamando o seu direito sobre um terreno local. Casou com Elizabeth Smith, uma rapariga ruiva, de pele bastante pálida, e a sua união resultou num coincidente encontro de dois genes recessivos que resultou numa doença recessiva conhecida como Metemoglobinemia (Met-H), uma mutação genética que reduz a capacidade individual de carregar sangue oxigenado. Não existem registos oficiais que confirmem que Martin Fugate tinha a pele azul, mas essa mutação genética manifestou-se em Zachariah Fugate, filho do casal, que nasceu com pele azul. No século 19, um dos problemas da vida em zonas rurais isoladas era o intercasamento, ou seja, muitas vezes os casamentos e a procriação eram feitos com parentes próximos o que não promovia a diversidade nem evolução genética. E foi isso que se passou com a família Fugate durante muitas gerações. Para além de Zachariah, Martin e Elizabeth tiveram mais 6 filhos. Dos 7 filhos, 4 tinham a pele azul. Visto ser um gene recessivo, a família tinha 25% de hipóteses de ter um filho de pele azul, em cada gravidez. Zachariah casou com a sua tia, irmã da sua mãe, e tiveram um filho chamado Levy que casou com uma familiar próxima e teve mais 8 filhos. Desses 8 filhos, uma era Luna, que casou com John Stacy e tiveram 13 filhos. Luna era a bisavó de Bem Stacy, um senhor que em pequeno ainda nasceu com tons de azul, principalmente nos lábios e nas unhas e que intrigou os médicos. Ainda existem vários parentes desta “Família Azul” mas a verdade é que conforme a população aumentou e os Fugate começaram a casar com outras famílias, a diversidade genética tornouse uma realidade e a probabilidade dessa mutação se manifestar é hoje muito menor.

REVIVER

55


BREVES

Quem nunca ouviu falar de Baddie?

Helen Ruth Van Winkle, mais conhecida por Baddie Winkle, tem 87 anos e é um fenómeno nas redes sociais. Atualmente a americana regista mais de 1 milhão e 700 mil seguidores no Instagram, 332 mil no Facebook e 225 mil no Twitter. Tudo começou quando Helen decidiu vestir as roupas da sua bisneta de 19 anos, Kennedy, e esta não conseguiu resistir a publicar a fotografia da bisavó nas redes sociais. Desde então os seguidores começaram a aparecer, e bastou a cantora Rihanna ser uma das seguidoras para que milhares começassem a seguir a senhora de 87 anos. É a excentricidade e ousadia com que aparece na maioria das fotografias que tornam Baddie Winkle adorada por milhões de pessoas. Após ter passado pela perda precoce do seu marido e filho e ter sofrido imenso, decidiu dar um novo rumo à sua vida. Baddie, nome sugerido pela sua bisneta, tornou-se numa fonte de inspiração para muitas pessoas, embora muitos critiquem a sua maneira de estar na vida. É conhecida por fazer campanhas a favor da legalização da marijuana para fins medicinais e gosta de representar a sua vida como se fosse sempre uma festa. Em entrevista ao site da revista Cosmopolitan Internacional Baddie Winkle afirmou que não passa despercebida na rua. “Eu sou reconhecida em qualquer lugar que vá. Na maioria das vezes por universitários. Fui a uma festa de uma faculdade e foram muito gentis, tirei milhares de fotografias e sou sempre bem recebida a qualquer festa que vá”. Segundo declarações de Helen ao site Refinery29 a “Baddie Winkle” ajudou-a muito. “Aprendi grandes lições como vive e deixa viver. Eu iria amar ser um modelo para as pessoas mais velhas, pois nós só aqui estamos uma vez na vida, então divirtam-se.” E o seu sucesso não tem abrandado. Já foi convidada para o programa “The Today Show”, usaram a sua imagem em campanhas e recentemente esteve na gala dos prémios da MTV, Video Music Awards, onde celebridades como Miley Cyrus, Nicole Richie, quiseram tirar fotografias ao lado do fenómeno das redes sociais de 87 anos.

56

REVIVER


BREVES

REVIVER

57


BREVES

arte urbana

A arte urbana, street art, começou por ser vista por muitos como um ato de vandalismo. Hoje está presente em quase todos os cantos do mundo e tem sido usada para requalificar edifícios e zonas degradadas. A maioria das pessoas associa a arte urbana aos jovens, no entanto a REVIVER decidiu mostrar alguns seniores que têm contribuído para embelezar e requalificar algumas zonas do mundo. Grace Brett com 104 anos foi recentemente considerada a artista de rua mais velha do mundo. Grace nasceu em Londres e em 1978 mudou-se para a aldeia de Darnick na Escócia. Desde cedo aprendeu a tricotar e nunca mais parou. Atualmente integra um grupo de tricô de intervenção “Souter Stormers”. São várias as peças que Grace Brett criou para preencher 46 pontos de referência do condado escocês. Juntamente com o grupo, Grace também participou no festival de arte YES “Yarrow-Ettrick-Selkirk”. “Eu pensei que era realmente uma boa ideia decorar a cidade e gostei de ter o meu crochê incluído”, afirmou a artista centenária. As suas obras não passam despercebidas e tornaram o condado mais alegre e divertido. O trabalho de Grace Brett não passou despercebido nas redes sociais e milhares de pessoas partilharam fotografias das suas obras. Agnes Kasparkova tem 87 anos e é conhecida por pintar a azul temas florais na sua vila na Morávia, República Checa. Está reformada há 30 anos e desde então dedica a maioria do seu tempo livre a pintar. Agnes não consegue imaginar a sua vida sem fazer nada, por isso está sempre ocupada, seja em casa, no jardim ou a pintar. A senhora Kasparkova tem contribuído com o seu talento a pintar as casas dos vizinhos e alguns locais de culto na sua aldeia. “Eu tento ajudar a decorar um pouquinho o mundo”, afirmou Agnes. No mês de Maio, todos os anos, Agnes Kasparkova usa o seu talento para pintar as paredes da capela local. Um trabalho que exige concentração e dedicação, mas também esforço físico, visto ter que subir escadas e pintar no cimo de alguns andaimes.

58

REVIVER


BREVES

por seniores

Luísa Cortesão tem 65 anos de idade e é conhecida como a avó que desenha bruxas nas paredes portuguesas. Seguiu o conselho da filha e inscreveu-se no workshop do projeto LATA 65. Embora tenha faltado ao primeiro dia, ficou rendida à aula de stencil do artista Adres. O seu primeiro cartão recortado foi uma velhinha marreca com uma lata de spray. Essa imagem deu origem ao logotipo nos crachás do projeto Lata 65 mas também pode encontra-la em Marvila, atrás do mural do SAM3. Hoje em dia, a sua imagem de marca são bruxas montadas em vassouras. Pode ver o trabalho de Luísa Cortesão no seu instagram: https://instagram.com/luisacortesao1/ LATA 65 é um projeto que tem como objetivo colocar os seniores em contacto com a arte urbana. O projeto teve início em 2012 e desde então tem tido uma ótima aceitação por parte dos seniores. Os alunos através dos workshops aprendem a história, cultura e técnicas de graffiti, ensinados por diversos artistas. Para além da teoria, rapidamente estes principiantes passam há ação nas ruas. A mentora do LATA 65, Lara Seixo Rodrigues, já conseguiu levar este brilhante projeto até ao Brasil para realizar dois workshops. Quanto ao número de alunos que já frequentaram estes workshops desde o 2012 já ultrapassa os 120, com idades entre os 60 e os 101 anos, segundo a sua entrevista ao jornal Público. A verdade é que as ruas estão a ganhar novas cores pelo mundo fora e desta vez a arte urbana nasce pelas mãos dos seniores, deixando o preconceito da idade de lado.

REVIVER

59


FOTO-REPORTAGEM

Por caminhos de My


yanmar e Singapura

FOTO-REPORTAGEM

REVIVER 61



crónica: Da repulsa ao orgulho Foi numa noite quente de verão, sem brisas nem aragens, que pensei pela primeira vez no destino que tinha traçado para mim. Enquanto o meu esposo dormia num sono profundo, o som dos ponteiros do relógio levavam-me à loucura. Ali estava eu, deitada na ponta da cama, num quarto que parecia uma sauna. Sentia-me sem ar, sem forças, a implorar que o sono viesse ter comigo. Mas nada adiantava, estava condenada àquela malvada insónia. Tentei levantar-me mas o meu corpo parecia que se tinha fundido com aquele lençol. Parecia um combate de titãs e no último round eu erguera-me e vencera aquele temível adversário. Sim, hoje eu sei o quanto isso foi ridículo. Cheguei à cozinha completamente exausta. Bebi meio litro de água num ápice. Dirigi-me até à casa de banho para lavar a cara, mas fiquei presa ao reflexo no espelho. Quem era aquela mulher encharcada em suor? Era difícil acreditar que aquele reflexo era meu. A minha expressão facial quase que desaparecera com a quantidade de gordura que a rodeava. Quanto mais olhava menos me identificava com aquela pessoa, sentia tamanha repulsa por aquele ser. As lágrimas perdiam-se na minha velha camisa de dormir. Queria sentar-me no chão e não estava a ser capaz. Furiosa comigo, deambulava pelas assoalhadas daquela casa sem parar. Sei que já passava das 4h quando o cansaço finalmente venceu-me. “Formosa estás doente?” Perguntou-me Augusto enquanto acariciava o meu braço. Mal conseguia abrir os olhos quanto mais falar. Apenas abanei a cabeça como forma de negação. “Vem para a cama. Hoje precisas de repouso.” Aquelas palavras doces do meu esposo atingiram-me como balas. Eu sabia perfeitamente que tudo aquilo que eu não precisava era repouso. Precisava de viver. Foi então que olhei-o nos olhos e disse vem comigo. Lembrei-me que tinha uma balança guardada na casa de banho. Retirei tudo o que estava em cima dela, limpei o pó que tinha camuflado a sua cor original e suspirei. Enquanto subia para aquele frágil aparelho, Augusto olhava-me com estranheza. O ponteiro da pobre balança parecia que acusava a dor, até se fixar nos 144 kg. “Vês Augusto? Percebes agora porque é que eu não posso repousar?” O meu marido não conseguia perceber a minha dor, riuse sem saber o quanto me estava a ferir naquele momento. Sentia-me fraca e cheia de tonturas e antes de desmaiar ouvi-o dizer: “meu amor, gordura é formosura… nenhum homem gosta…”, não consegui perceber o resto pois já tinha perdido os sentidos. Passei o dia na cama mesmo contra a minha vontade. O meu marido aqueceu a sopa e o jantar de ontem e levou-me à cama. Não me deixava levantar. Percebi que não havia espaço para o diálogo naquele dia, já são mais 40 anos de casados. No entanto eu sabia que aquele era o último dia daquela vida sedentária, dos costumes tradicionais, dos pratos cheios de enchidos, dos bolos recheados, da ausência da minha autoestima e da presença do meu conformismo. Na manhã seguinte preparei o tradicional pequeno-almoço para o meu marido. No entanto para mim, servi um chá verde, três peças de fruta e uma torrada com queijo fresco. Não o podia obrigar a acompanhar-me naquela dieta, tinha que fazer aquela jornada, se ele me acompanhasse tudo bem, senão caminharia sozinha. Aos 60 anos não sabia bem por onde começar, mas sabia que tinha que começar. Era uma dona de casa. A única profissão que eu tive foi como cozinheira num restaurante de comida típica transmontana, nunca me preocupei com uma alimentação saudável pois gostava demasiado de comer. Tinha que aprender tudo novamente. Fui ter com uma vizinha minha, que era de uma elegância extrema. Ouvi dizer que ela fazia desporto desde sempre e que levava uma alimentação regrada e saudável há muitos anos. Poucas tinham sido as palavras que tínhamos trocado até à data, todavia Idália foi de uma simpatia e delicadeza incrível. Explicou-me que não ia ser fácil, era um processo, uma nova forma de viver, no entanto se eu estava determinada era o mais importante. No próprio dia Idália veio antes do jantar a minha casa cheia de planos alimentares, planos de exercícios e alongamentos e recomendou-me a ida ao ginásio. Foram tempos difíceis, odiava muitas daquelas refeições, as idas aos ginásios eram o meu maior pesadelo, mas continuei afincadamente. Um dia o meu marido decidiu fazer uma tentativa e juntou-se há minha jornada por uma vida mais saudável. Passaram-se 5 anos desde a noite em que o meu mundo desabou. Nunca pensei que ficaria tão agradecida a uma insónia, hoje proclamo a toda a hora, “bendita insónia”. Agora olho para o meu corpo e já não choro, sorrio. Não, não me tornei numa modelo, porém já perdi mais de 50kg, ou seja saiu uma modelo de mim. Sinto-me bem comigo e finalmente tenho orgulho na pessoa que me tornei. Finalmente escolhi a estrada certa e o melhor de tudo é que não tive que percorre-la sempre sozinha. O meu Augusto não diz, mas eu bem vejo o seu olhar, a chama acendeu-se novamente. Ele sempre soube que gordura não é formosura, é desleixo. Mais que a gordura, o que eu nunca me tinha apercebido é que aos 60 anos estava a matar-me lentamente. E era isso que me fazia sentir nojo e total repulsa de mim própria. E acreditem meus caros, passar da repulsa ao orgulho é uma proeza. Natacha Figueiredo


QUEM FOI JACK LONDON? A Vida de Jack 1876. 12 de Janeiro. São Francisco, Estado da Califórnia nos Estados Unidos da América. Nasce John Griffith Chaney, uma das mais influentes figuras literárias americanas do Século XX. Mas é com o pseudónimo de Jack London que o seu nome depressa se torna mundialmente famoso. Um reconhecimento invulgar à época, pois grande parte da obra de London, é baseada nas suas próprias vivências e experiência de vida. Sendo talvez um dos primeiros grandes romancistas a conseguir viver, e bem, das suas próprias histórias. A sua história foi marcada do princípio ao fim, por um número de casos que iriam marcar a sua vida e carreira. Filho de uma professora de música e assumida espirita, Jack London nunca teve a certeza da sua filiação paterna. Estudos biográficos levam a crer que deveria ser filho de um astrólogo, chamado William Chaney. Contudo, este sempre negou essa acusação, incluindo através de uma carta dirigida mais tarde a London quando este o questionou sobre o facto. Devido a este episódio, a mãe tenta o suicídio disparando contra si própria. Entrega o bebé a uma antiga escrava, Virgínia Prentiss, que viria a ser a sua grande referência materna. A mãe volta a casar com um veterano da Guerra da Sucessão, chamado John London, trazendo de volta Jack ainda bebé. Jack London casou duas vezes. O primeiro casamento, entre 1900 e 1904, com Elizabeth Maddern foi curto, penoso e demasiado conservador para Jack, todavia dele nasceram as suas duas únicas filhas. No ano seguinte, em 1905, casa com Charmian Kittredge, aquela que viria a ser a grande companheira da sua vida e o oposto de tudo aquilo que “Bessie” havia sido; sem puritanismo e mesmo considerada uma mulher sexualmente desinibida: foi a verdadeira parceira na vida e na obra do grande escritor.

O seu percurso Após uma vida de muitos trabalhos para sobreviver; como jornaleiro, varredor, operário, empregado de balcão, marinheiro, chegando a ser preso por vagabundagem: aos 30 anos já era um escritor e uma personalidade famosa. Foi também um Jornalista perspicaz e um orador invulgar, próximo das ideias socialistas. Notabilizou-se igualmente como um perseverante ativista social. Aventureiro, correu mares e terras distantes. Participou na célebre corrida ouro no Klondike, onde penou severamente a dureza dessa vida. Mas na verdade, foi este espírito indómito, que permitiu que Jack London fizesse da sua carreira profissional como gostava de sublinhar, um enorme sucesso. Autor com mais de meia centena de livros publicados, uma centena de contos editados e grande número de artigos redigidos, fez com que acumulasse uma considerável fortuna, caindo na ruina no final da vida. Aliás, como dizia: a escrita era só o veículo, um meio, para a vida tranquila e perto da natureza que sempre desejara. Jack London morre novo. A 22 de Novembro de 1916 na Califórnia, apenas com 40 anos, devido a uremia (uma insuficiência renal com excesso de ureia no sangue), ao álcool e à morfina para suportar a dores. Morte deliberada ou não, a dúvida subsiste!

A sua Obra Como um dos maiores vultos da língua inglesa, os seus trabalhos são a génese de todas as suas perceções de vida. Num estilo transparente, direto, vigoroso e realista, London retracta numa ambiência autêntica: o homem e a natureza; tão cru e duro quanto na verdade é a essência da vida e o seu meio. Imprescindíveis a uma leitura necessária estão: o famoso “O Apelo da Selva” ou ainda “Presa Branca”, “Memórias de um Alcoólico – John Barleycorn”, “O Filho do Lobo”, “O Lobo do Mar” ou “Vagabundos Cruzando a Noite”. Como era de esperar várias das suas obras foram também adaptadas ao cinema. Por: Filipe Figueiredo


“ NĂŁo teria nada a objetar contra o crescente saber da Humanidade, se as pessoas com isso se tornassem mais sensatas.â€?


Agenda Cultural Novembro e Dezembro de 2015 10 de Novembro Fotografia – (Con)texto @ Galeria Municipal Almeida Garret - Porto

15 de Novembro Dança – “O Homem Que Só Pensava em Números” - Cineteatro de Estarreja

20 de Novembro

11 de Novembro 12 de Novembro 13 de Novembro Teatro – Neva Teatro Carlos Alberto, Porto

Concerto – Oferenda a Bach, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música

Concerto – Cuca Roseta @ Cineteatro de Estarreja

16 de Novembro 17 de Novembro 18 de Novembro 19 de Novembro Concerto – Quarteto de Exposição – Agostinho Cordas de Matosinhos Ricca, Arquitectura & Casa da Música, Porto Desenho - Casa do Infante, Porto

Concerto – Rodrigo Leão & Orquestra & Coro Gulbenkian Coliseu, Porto

Teatro – Bovary Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa

21 de Novembro 22 de Novembro 23 de Novembro 24 de Novembro

Teatro – O Mandarim Concerto – Rodrigo Leão, Teatro Municipal Joaquim Orq & Coro Gulbenkian Benite, Almada Coliseu dos Recreios, Lisboa

25 de Novembro

Teatro - E Morreram Felizes Para Sempre Hospital Júlio de Matos

14 de Novembro

Teatro – Os Lusíadas Quinta da Regaleira, Sintra

Teatro – A Canoa Casa das Artes de Miranda do Corvo

Concerto – Darmstadt, Passado e Futuro - Casa da Música, Porto

26 de Novembro 27 de Novembro 28 de Novembro 29 de Novembro Concerto – Jorge Palma & Sérgio Godinho Casa das Artes, V.Nova de Famalicão

Concerto – António Zambujo - Casa das Artes, Arcos de Valdevez

TTeatro – É Impossível Saber - Teatro Estúdio Mário Viegas, Lisboa

Teatro – O Protagonista - Auditório Fernando Lopes Graça, Cascais

Concerto – Mariza Coliseu, Porto

30 de Novembro

1 de Dezembro

Exposição – Eis Bocage, Em Quem Luz Algum Talento - Arquivo Nacional Torre do

Exposição de Pintura de Louro Artur - Casa do Alentejo, Lisboa

Concerto – Joe Morris Quartet - Centro Cultural de Belém, Lisboa

Concerto – London Community Gospel Choir - Centro Cultural de Belém, Lisboa

Concerto – Ópera em Viena, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Porto

5 de Dezembro

6 de Dezembro

7 de Dezembro 8 de Dezembro

9 de Dezembro

Concerto – Miguel Araújo - Theatro Circo, Braga

Concerto – A Pintura de Beethoven, Orq.Sinf do Porto - Casa da Música, Porto

Concerto – Quarteto Ruggeri, Música de Câmara - Casa da Música, Porto

Teatro – A República das Bananas - Teatro Politeama, Lisboa

66 REVIVER

2 de Dezembro 3 de Dezembro

Concerto – Pólo Norte - Pavilhão Multiusos, Guimarães

4 de Dezembro


Dezembro 2015 e Janeiro de 2016 10 de Dezembro Teatro – O Tempo Teatro da Politécnica, Lisboa

11 de Dezembro 12 de Dezembro 13 de Dezembro 14 de Dezembro Teatro – Revista Quer…. É Parque Mayer - Teatro Maria Vitória, Lisboa

Concerto – Rui Massena - Centro de Artes e Espectáculos, Figueira da Foz

Concerto – Orquestra Jazz de Matosinhos Casa da Música, Porto

Exposição – A Luz de Lisboa - Praça do Comércio, Lisboa

15 de Dezembro

16 de Dezembro 17 de Dezembro 18 de Dezembro

19 de Dezembro

Dança – A Branca de Neve no Gelo - Centro Comercial Alegro Alfragide, Amadora

TExposição – A Luz (Mostra do PortoCartoon) - Museu Nacional da Imprensa

Concerto – Resistência Campo Pequeno, Lisboa

Concerto – Orquestra Clássica de Espinho Auditório de Espinho

20 de Dezembro

21 de Dezembro 22 de Dezembro 23 de Dezembro 24 de Dezembro

Teatro – Rei Lear (de Shakespear e Kurosawa) Distilaria da Brogueira, T. Novas

Concerto – Pedro Abrunhosa - Casino de Lisboa

Prémio Conservatório de Música do Porto Casa da Música

25 de Dezembro

26 de Dezembro

27 de Dezembro 28 de Dezembro

29 de Dezembro

Disfrute do dia de Natal à sua maneira. Aproveite para dar um passeio

Concerto – Led-On, Tributo a Led Zeppelin Cine Incrivel, Almada

Teatro – Os Três Mosqueteiros - Museu Nacional de História Natural e da Ciência

Exposição – Centenário de Manuel Guimarães Cineteatro Alba, Albergaria Velha

Faça Os Seus Planos e Preparações Para A Festa de Ano Novo

1 de Janeiro

2 de Janeiro

3 de Janeiro

Concerto Tributo a Led Zeppelin “MSVB Christmas Gift” - Mary Spot, Matosinhos

Concerto – Orquestra Metropolitana de Lisboa Meo Arena, Lisboa

30 de Dezembro 31 de Dezembro

Concerto – Cuca Roseta Centro de Artes e Espectáculo de Portalegre

Teatro – António e Maria - Teatro Meridional, Lisboa

Aproveite a véspera e o espírito natalício com quem mais ama

Cinema – Numa Incerta Melodia | António Salvado - Cineteatro Avenida, C.Branco

Comemore a Passagem de Ano Da Melhor Forma, à Sua Maneira

Dia Para Descansar, Ponderar e Estabelecer Objectivos Para o Novo Ano

4 de Janeiro

5 de Janeiro

6 de Janeiro

7 de Janeiro

8 de Janeiro

Ciência – Florestas Submersas - Oceanário de Lisboa

Exposição – Ah, Finalmente Natureza Fundação Eugénio de Almeida, Évora

Exposição – A Arte de Trabalhar o Vidro Museu do Vidro, Marinha Grande

Aproveite para dar um passeio por Belém, Lisboa

Visite um museu à sua escolha

REVIVER

67


Passatempos

Descubra as 10 diferenรงas

Descubra as 5 diferenรงas

68 REVIVER


Passatempos Sudoku Samurai

Anedotas Porque rir faz bem à alma Encontram-se dois amigos e um dá os pêsames ao outro pela morte da sua segunda mulher. - E desta vez qual foi a causa da morte? O outro: - Foi a mesma da tragédia da primeira. Caiu do cavalo abaixo… O amigo: - Ó pá, então tens de te desfazer do animal! O outro: - Tás parvo ou quê?! Eu ainda tenciono voltar a casar… Diz a ovelha para o carneiro: - Tens tão pouca lã… Diz ele: - Mas viemos fazer amor ou tricô?

REVIVER

69


REVISTA REVIVER Novembro 2015 . Edição nº17

Ficha Técnica Fundadores António Ramos Natacha Figueiredo Editor e Director Geral António Ramos Chefe de Redação e de Paginação Natacha Figueiredo Redacção António Ramos Natacha Figueiredo Colaborador Rui Carmo e Filipe Figueiredo Sede de Redacção Rua do Alto da Bela Vista Lote 4B 2715-268 Almargem do Bispo, Sintra Contactos geral.reviver@gmail.com Telefone: 212169069 www.revista-reviver.wix.com/seniores facebook e blog link: https://www.facebook.com/revistareviver www.revistareviver.blogspot.pt Comunicação e Publicidade dep.publicitario.reviver@gmail.com dpt.comunicacao.reviver@gmail.com

70

REVIVER

Redacção info.reviver@gmail.com Distribuição Nacional Nota : Isenta de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12º nº1 - A Locais de distribuição Gratuita Juntas de Freguesia Câmaras Municipais Centros de dia Centros de Convívio Universidades da Terceira Idade Associações de Reformados Associações recreativas Lares de idosos e Casas de repouso Bibliotecas Espaços Internet Santa Casa da Misericórdia Para particulares Devem efectuar o pedido através do email geral.reviver@gmail.com Sugestões e participações Devem ser efectuadas para os contactos gerais da revista, ou através do nosso facebook e do site integrado nesse.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.