Revista AVENIDA - Nº 3 - Junho 2013

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Persona

isso que eu queria fazer na minha vida. Eu faria tudo, cada coisa no seu tempo. RA – Como começou a carreira na TV? HP – Eu cheguei a fazer participações em séries e minissérires. Mas o primeiro contrato que tive como atriz foi no Chico Total em 1996. RA – Como foi trabalhar com o Chico Anysio? HP – Maravilhoso! Fui casada com o filho dele (Lug de Paula) e convivi com ele como sogro. Ele foi uma pessoa fundamental na minha vida, uma pessoa que eu amo e é o avô da minha filha. É alguém para quem muitas vezes eu liguei e disse “Chico, e aí? Tá acontecendo isso, isso e isso”. Ele me ouvia, me aconselhava e dizia coisas maravilhosas que eu vou levar para sempre. RA – Ele ajudou na sua formação como atriz? HP – Claro. Assim como o Domingos Oliveira no teatro, que foi a primeira pessoa com quem eu fiz uma peça profissional. RA – Foi nos bastidores do Chico Total que você conheceu a Ingrid Guimarães? HP – Não. Conheci a Ingrid na Oficina de Humor da Globo, em 1993. Conheci pessoalmente, porque eu já ouvia falar dela por causa de Confissões de Adolescente e ela ouvia falar de mim por conta da peça que eu fazia, Advocacia Segundo os Irmãos Marx.

qual é a da pessoa. Mas sou muito aberta ao novo. Graças a Deus, sou uma pessoa de boas relações. É dificílimo eu não gostar ou não me dar com alguém, geralmente a pessoa que eu não gosto não é gostada em geral (risos). Mas é muito difícil.

“Ficamos amigas de cara. Eu e a Ingrid Guimarães estamos na mesma vibração”

RA – Ficaram amigas de cara? HP – De cara! Já ficamos amigas trabalhando. Eu e Ingrid somos duas pessoas que estão na mesma vibração. Então logo a gente ficou muito amigas. RA – Qual foi o primeiro projeto de vocês juntas? HP - Nós escrevemos um trabalho chamado Atirei O Pau no Gato, acreditando que ia sair, acreditando mesmo. E não saiu (risos). Mas saiu o que teve que sair, a vida é clara para mim nesse sentido, dá certo o que tem que ser e na hora certa. O episódio foi bom para nos aproximarmos. RA – Vocês duas têm um novo projeto em mente? HP – Por enquanto, não. RA – Na hora de trabalhar, tem diferença estar com alguém que já é parceiro? HP – Sim. Aquilo já é conhecido e eu já sei

RA – Como faz para criar os personagens? HP – Não tem uma regra. Geralmente, eu leio aquele personagem, imagino como seria aquela mulher, dou um passado para ela, dou paz, dou estudo, faço um perfil psicológico do que essa pessoa seria. Penso no que ela teria passado na vida para chegar naquele ponto daquele jeito. Quem eram os pais dela, como era essa relação, se ela tinha irmãos, e por aí vai. RA – Tem algum novo projeto para TV? HP – Agora vou fazer o meu programa na Globo, como autora e atriz, e a supervisão é do João Emanoel. Deve estrear em abril de 2014. RA – Você esteve em duas novelas de muito sucesso, Cordel Encantado e Avenida Brasil. A que atribui a comoção nacional ao redor de tramas tão diferentes? HP – A linguagem de Cordel foi totalmente diferente. Uma linguagem de sonho, de conto de fada. Era lindo, de figurinos lindos, de história de amor, de cangaço. As pessoas amavam. Costumo dizer que ninguém resiste a um “era uma vez...”, todo mundo tem o ouvido acostumado a escutar história. E a Thelma (Guedes, que assinou a novela junto com Duca Rachid) sempre conta que quando ela e a irmã Junho 2013 | Revista Avenida | 37


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