Revista AVENIDA - Nº 6 - Setembro 2013 by Revista Avenida

Nº 6 | Setembro 2013 | Distribuição Gratuita

VENCi! Com um indefectível alto astral, o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt mostra que não foi craque apenas dentro das quadras. Diante de complicado tratamento contra um câncer, o “Mão Santa” dá uma senhora lição de vida

Para Cristovam Buarque, o dinheiro do petróleo é insuficiente para ajudar a educação

Fotógrafo da Mídia Ninja explica como surgiu e se mantém o grupo

Cultura • Esportes • Beleza • Turismo • Cidade • Saúde • Automóveis

Índice luCaS daNtaS

Capa Foto: lucas dantas Produção: tony Borba – www.tonyborba.blogspot.com tonyborba@globo.com / 96750-8669

Automóveis nova Ferrari

a Ferrari antecipa novo modelo no Salão do automóvel de Frankfurt, a partir do dia 12

Viagem & Turismo Flores e muito mais

Setembro é mês da Expoﬂora, em Holambra, a mais ﬂorida das cidades paulistas

Cidade

Modernidade no Metrô

Na linha 17-ouro, companhia inaugura sistema inovador para o monotrilho

Comportamento conhece a Mídia ninja?

a REviSta avENida falou com representante do grupo que ganhou fama no levante de junho

Persona

cristovam Buarque

o senador, ferrenho defensor da educação de base, fala sobre o tema e sobre política

Capa

O fantasma não assusta o gigante

o mito do esporte nacional oscar Schmidt ensina a enfrentar os problemas com bom humor

Cultura

a nata do teatro. De graça

Musical dirigido por Miguel Falabella traz o melhor do teatro aos paulistanos

Roteiro

não saia antes de ler

um guia completo das melhores opções de teatro, cinema e restaurantes da cidade

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Editorial

Paulo Manso Diretor de Redação

E quando acende o amarelo?

Meio que sem querer, você fica sabendo que está doente. A família fica apavorada, mas você corre para o hospital e o problema é resolvido. Pouco tempo depois, porém, uma recaída mais forte te abate e você precisa passar por um tratamento agressivo. É natural que a situação te deixe apreensivo e cuidadoso com cada passo, certo? Errado! Uma verdadeira lenda do esporte brasileiro e mundial passou por tudo isso e venceu fazendo exatamente o contrário. “A família toda ficou com medo. Menos eu”, diz, com um indefectível bom humor, antes de emendar uma gargalhada que ficou conhecida quando ele arrancava aplausos e admiração com a profissão que abraçou. Oscar Schmidt enfrentou dois tumores no cérebro com a mesma garra com que superou seus adversários nas quadras mundo afora. “Enfrentei tanta coisa na vida. Você acha que um tumorzinho de alguns centímetros iria me derrubar? É ruim, hein?”, diz, nesta edição da REVISTA AVENIDA. O “Mão Santa”, com sua lição de vida, é apenas uma das atrações deste mês. Fomos até Brasília entrevistar o senador Cristovam Buarque, que já foi governador, ministro e candidato a presidente que ficou conhecido por fazer uma campanha monotemática: sobre a importância da valorização da educação de base. O senador continua um defensor ferrenho da erradicação do analfabetismo no Brasil, algo que ele diz ter sido sua maior frustração como chefe do MEC. Conversamos, também, com um membro da agora famosa Mídia Ninja. O fotógrafo Rafael Vilela fala sobre o sistema de autofinanciamento dos chamados “coletivos”, que bancam, entre várias atividades, o grupo de jovens que busca “reinventar” o jornalismo. Ele responde, entre outras coisas, às acusações de exploração do trabalho de voluntários e de ligação com o Partido dos Trabalhadores. Dá para ver que a sua REVISTA AVENIDA de setembro está imperdível, não é? Portanto, siga em frente e boa leitura! Missão: “Ser a referência em qualidade editorial, retorno publicitário, variedade de assuntos e profundidade jornalística para leitores e anunciantes que procuram mais do que oferecem os veículos de comunicação gratuitos em São Paulo”

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REVISTA AVENIDA é uma publicação impressa mensal editada pela Empresa Jornalística Folha Metropolitana ltda. os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

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Minha São Paulo Este é o espaço para você, leitor da REviSta avENida, apontar

o que há de positivo ou negativo perto da sua casa ou do trabalho. Nosso email é minhasp@revistaavenida.com.br. Sua sugestão ou reclamação sobre São Paulo pode ser publicada na nossa próxima edição. Escreva para a gente!

aCERvo PESSoal

“O Mercadão de São Paulo é um dos locais mais ricos da cidade. Falo em riqueza de cultura, gastronomia, beleza e diversidade de gente. Tive várias experiências maravilhosas no Mercadão, uma delas foi quando gravei uma reportagem durante a madrugada para mostrar ao público quem eram os trabalhadores, aqueles que acordam bem cedinho para abrir o local, sem deixar o sorriso sair do rosto. Tenho um carinho especial pelo dono do Bar do Mané, o Marco Loureiro, que está comigo na foto. É ele o responsável pelo sanduíche de mortadela mais famoso da cidade.” Renata Maron, apresentadora do “Bom Dia Campo”

SidNEY João dE olivEiRa

divulgação / daNçaRE

“São Paulo me encanta por abraçar as pessoas de outros estados do Brasil que vêm para trabalhar, em busca de uma vida melhor. Através disso, é possível ter contato com várias culturas, comidas e músicas diferentes. O que me irrita é o trânsito. Nós enfrentamos dificuldades para conseguir passagem desde o momento em que saímos da garagem de casa. Além do congestionamento, a falta de educação dos motoristas torna a ida para o trabalho ou a volta para casa ainda mais enlouquecedora.”

“Sou praticante de dança de salão e São Paulo tem muito lugar para dançar. Tem espaços em todas as regiões, da Zona Norte à Sul, passando pelo Centro. As academias de dança são ótimas opções: o ambiente é familiar, nunca tem briga e os ingressos para os bailes são baratos. Dá para dançar muito nas academias, eu prefiro ir a um baile como este do que para a balada. Também há lugares requintados, como Ópera, Dançata e Clube Homs. A dança paulistana é muito democrática, qualquer um pode dançar e tem festas para todos os bolsos.”

Rafaella Negri, jornalista

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Deividson Gonini, assistente de tecnologia da informação

Automóveis divulgação

458 Italia Speciale é equipado com o motor V8 aspirado mais potente já produzido pela montadora 12

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Automóveis

w helder lima

salão do automóvel de Frankfurt, na alemanha, será aberto ao público em 12 de setembro, mas as montadoras já antecipam as novidades que serão apresentadas ao público. uma das fábricas que saiu na frente foi a Ferrari, que revelou o modelo 458 italia Speciale, equipado com o motor v8 aspirado mais potente já produzido pela marca, com 605 cavalos. Com relação peso-potência de apenas 2,31 quilos por cavalo, essa Ferrari acelera de zero a 100 km/h em três segundos e chega a 200 km/h em nove segundos.

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Automóveis FotoS: divulgação

Ferrari antecipa modelo que levará a Frankfurt A Ferrari apresentou nesta semana as primeiras imagens do seu novo modelo, o 458 Italia Speciale, que será oficialmente lançado no salão do automóvel de Frankfurt (Alemanha), no próximo mês. O veículo esportivo com motor V8 central traseiro, que pertence à linha de modelos identificados como “berlinetta”, pretende mostrar os avanços que a montadora italiana obteve em termos de aerodinâmica e tecnologia de propulsão. Para lançar esse modelo, a Ferrari construiu o V8 aspirado mais potente de sua história, com alcance máximo de 605 cavalos, o que representa uma potência específica de 135 cv por litro (o motor tem 4,49 litros). Graças a uma relação peso-potência de apenas 2,13 quilos por cavalo, o modelo acelera de zero a 100 km/h em apenas três segundos e chega a 200 km/h em nove segundos. Os níveis altos de exigência em aerodinâmica guiaram o trabalho do centro de estilo da Ferrari, que desenvolveu o projeto em cooperação com o estúdio Pininfarina, outra tradicional referência para a indústria mundial na criação de design automotivo. 14

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Modelo esportivo é o novo padrão de desempenho da marca italiana

Materiais de acabamento com toque esportivo e volante de base achatada com botões, como na F1

Modelo tem itens inovadores

A frente e a traseira do carro contam com asas móveis que compensam a força de arrasto do ar, permitindo que o 458 Speciale possa ser considerado atualmente o projeto mais eficiente da marca nesse quesito. Outro conteúdo inovador do 458 Speciale é o sistema de controle do ângulo de deslizamento lateral (chamado de “SSC”), que torna mais fácil para o motorista o controle do carro no limite. Esse sistema analisa em tempo real as características de deslizamento lateral do veículo, comparando sempre com valores de referência, e assim otimiza a gestão do torque e sua distribuiçao nas rodas traseiras.

FIcha técnIca Modelo: 458 Speciale

Motor: v8 a 90 graus, central traseiro Potência: 605 cv a 9 mil rpm torque: 54 kgfm a 6 mil rpm Peso: 1.290 kg

Relação peso-potência: 2,13 kg/cv

Aceleração de zero a 100 km/h: 3 segundos Emissões de CO2: 275 g/km

Viagem & Turismo

Descubra as maravilhas deste pedaço da China

China e sua cultura oriental sempre despertam a curiosidade. Entre cultura, comida e tradições, tudo o que é diferente atrai os olhares curiosos. Sidney Oliveira, Felipe Oliveira e Renata Campos, integrantes do trio de música eletrônica Zoom Boxx, conheceram um pedaço deste gigante durante turnê que fizeram por seis cidades, e destacam para a REVISTA AVENIDA Xangai (ou, na forma inglesa, Shanghai), a maior cidade da República Popular da China. E tem Xangai para todos os gostos. Das comidas exóticas à história, que enche os olhos de quem vê cada templo. Ultramoderna, a cidade é um dos destinos do trem-bala, com ótimo custo-benefício. Quem fala inglês se vira bem, só não vale tentar ir à farmácia. Na China, eles são proibidos de vender qualquer tipo de remédio, por isso, o turista só

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w TexTo: da redação w FoTos: divulgação

vai encontrar medicamentos como: cavalo-marinho em pó, farinha de barbatana de tubarão, óleo de pâncreas de urso e por aí vai. Portanto, a dica é ter uma farmacinha brasileira à mão. Entre essas e outras, embarque em dicas e curiosidades por este pedacinho da China. Para aqueles que gostam de história, a China é uma ótima escolha como destino. Além de toda sua particularidade política, reserva ótimos lugares onde se encontra a espiritualidade. O templo budista Jing’an é um exemplo. Além de seu tamanho e de sua arquitetura incríveis, existem vários salões com estátuas de Buda. A partir de uma área central aberta, onde os fiéis fazem suas oferendas com moedas e ritos de fogo, os turistas têm acesso a corredores finamente decorados, com escadarias de pedra que conduzem o turista a todas as partes desse tesouro milenar, algo muito diferente e impressionante quando visto por olhos ocidentais. O monumento foi construído em 247 d.C., durante os Três Reinos da China antiga.

Viagem & Turismo

a exótica china tem atrações para todos os gostos

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Viagem & Turismo Dicas cOMIDa

comer é bom. na china é exótico Em um primeiro momento, a culinária local é de assustar qualquer um. No cardápio, carne de jumento, frango e pato (com cabeça), porções de pescoço de pato e pés de galinha não passam despercebidos. Mas não se deixe levar por isso! Podese comer muito bem, até mesmo nesses restaurantes que servem a comida típica, basta evitar os pratos mais exóticos, que podem ser desconfortáveis. Agora, para os aventureiros gastronômicos, existem opções “emocionantes”. Peixes e crustáceos vivos, armazenados em aquários onde o cliente pode escolher a sua “vítima”, são uma opção. Porções de tripa de pato recheado, além de frango envolto em barro e assado na brasa, também estão no cardápio. E, é claro, barraquinhas especializadas em churrasquinho de insetos, escorpiões, aranhas etc. não faltam! O Felipe experimentou o escorpião negro, e não fez cara feia!

Consumidor conservador também encontra pratos “normais” Espetinhos de escorpião fazem parte do cardápio exótico Felipe e Sidney se “deliciam” com a comida local Show da Zoom Box no Club M2 Vista do Centro de Pudong

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Em Xangai você vai encontrar as mais famosas franquias de fast-food do mundo, como: Mcdonald’s, Subway, Starbucks, Burger King etc., mas a nossa dica é se aventurar em restaurantezinhos típicos e experimentar a culinária chinesa que, à primeira vista, pode ser diferente, mas irá surpreender. dica: treine bastante suas habilidades com hashi ou chop sticks, pois na China é bem difícil encontrar os familiares garfo e faca.

nOItE Nossa dica é o Club M2. durante nossa turnê, ﬁzemos um show por lá e foi sensacional. Sem contar que a casa foi eleita, pela revista DJ Mag (especializada no assunto), como um dos “top 10 Clubes do Planeta”. o M2 é um clube amplo, soﬁsticado e com um sistema de luzes incrível. É referência na noite de Xangai e ponto de encontro de visitantes do mundo inteiro.

DInhEIRO Existem diferentes maneiras de se obter o Yuan, dinheiro local, mas nós optamos por habilitar nossos cartões de débito brasileiros para saques internacionais, o que nos ajudou muito. Fazendo isso, conseguimos sacar dinheiro em diferentes bancos por todo o país. tínhamos o Yuan sempre à mão e na quantidade necessária.

tRanSPORtE os taxistas de Xangai falam inglês razoavelmente bem, mas às vezes não o suficiente para nos levar aonde queremos. uma dica muito legal é ter internet disponível no celular o tempo todo. assim, por meio do google tradutor, você consegue traduzir qualquer texto ou endereço para caracteres chineses, o que deixa a comunicação muito mais fácil. Já o trem-bala tem uma linha extensa que passa por muitas cidades chinesas, inclusive Hangzhou, Xangai e Pequim. Sofisticado, barato e incrivelmente rápido, pode ser muito eficiente para quem precisa cruzar as cidades, por exemplo.

hOSPEDaGEM Em Xangai encontram-se vários hotéis, os mais famosos do mundo e com os mais variados preços. Nossa dica é procurar aquele que melhor se encaixa no orçamento da sua viagem. Ficamos por três dias no Super 8 Hotel. Um três estrelas, com atendimento em inglês, quartos muito amplos e bem decorados. a rede Wi-Fi era grátis e o prédio muito bem localizado, perto de lojas, restaurantes, bancos e do templo Jing’an.

Viagem & Turismo divulgação

Expoflora vai até o fim deste mês

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Viagem & Turismo

a chegada de setembro, da primavera e dos dias de sol mexe com os apaixonados por flores. Não por acaso, os amantes de plantas e pétalas têm um encontro anual marcado para esta época do ano. Até o dia 29 deste mês, de sexta a domingo, os moradores de Holambra e expositores da Expoflora aguardam os visitantes para mostrar o que há de mais moderno em paisagismo.

O campo de flores de “Sangue Bom”

Do centro de exposições que abriga a Expoflora, estão programadas saídas de hora em hora para um tour pela cidade. Cada ti-

humberto de castro

cket para o passeio custa R$ 12 e o ônibus leva os visitantes direto para a fazenda Terra Viva, que serviu de locação para novela “Sangue Bom”, da Rede Globo. O campo, onde o personagem Bento aparece com frequência, foi pioneiro no cultivo de flores e plantas ornamentais em Holambra. Hoje, o espaço serve para a realização de pesquisas, desenvolvimento e produção de bulbos, mudas e flores.

Herança holandesa

Além das belezas naturais, Holambra oferece aos olhos dos visitantes um espetáculo arquitetônico. Durante o passeio, é possível admirar a arquitetura das casas com telhados inclinados e fachadas coloridas, e até conhecer um autêntico moinho de vento. Com 38 metros de altura, o moinho foi inaugurado em 2008 e conta com um mirante de onde é possível avistar toda Holambra. Na Holanda, este tipo de edificação é muito comum desde o século XIV para captar água do mar, moer grãos e preparar cerâmica.

humberto de castro

pesar de só ter 11 mil habitantes, a cidade colonizada por holandeses é o maior centro de cultivo e comercialização de flores e plantas ornamentais do País: 40% das vendas do setor passam por Holambra. O evento, que serve para que os produtores avaliem a aceitação do público sobre as novidades da floricultura, movimenta mais de R$ 18 milhões. Quem resolver encarar os 136 km que separam a Capital da Cidade das Flores não vai se arrepender. Para a edição de 2013, os profissionais que exibem seus trabalhos na Expoflora tiveram o desafio de integrar o uso racional da água ao paisagismo. O resultado, que pode ser visto em 25 ambientes, deve ditar a tendência no uso de flores em residências e ambientes corporativos.

Holambra cedeu espaço para gravações de novela global Setembro 2013 | Revista Avenida | 21

Viagem & Turismo divulgação

Parada das Flores

Inspiradas no desfile de encerramento das atividades diárias dos parques da Disney, nos Estados Unidos, no final de cada dia de Expoflora acontece a Parada das Flores, às 16h, e a Chuva de Pétalas, às 16h30. Ao invés da queima de fogos de Orlando, em Holambra há uma chuva diária feita com pétalas de 18 mil rosas, o que equivale a 150 quilos de flor. As pétalas são lançadas por um equipamento especial instalado em uma grande área livre que, às 17h39, recebe ajuda de um helicóptero para distribuir os pedaços de rosa. A Parada das Flores conta com três carros alegóricos temáticos: Fadas, Rei Leão e Branca de Neve.

Arquitetura da cidade lembra a do país dos colonizadores divulgação

Para ocupar os pequenos

Para quem irá a Holambra com os filhos, a dica é o Vale das Lendas. A proposta do espaço inaugurado nesta edição é apresentar às crianças lendas brasileiras sobre o surgimento de flores. Conta-se, por exemplo, que o girassol é uma estrela cadente que caiu do céu e ficou plantada no chão. A margarida também teria vindo do céu, mas por encomenda. Acreditase que uma menina queria companhia para brincar e, por isso, pediu para que as estrelas brancas virassem flor. Ainda durante a noite, a garota teria encontrado seu jardim repleto de flores brancas. Em seguida, com o raiar do dia, o Sol teria colocado sua marca nas plantas para que elas permanecessem abertas. 22

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40% das vendas de ﬂores ornamentais do País acontecem em Holambra

COMO CHEGAR

A partir da Capital, existem três rotas para chegar a Holambra: pelas rodovias Dom Pedro I, dos Bandeirantes ou Anhanguera. O último caminho é o mais curto e o trajeto, de 136 km, pode ser completado em 1h40. Vale lembrar que não há linhas de ônibus direto de São Paulo para Holambra. Do Terminal Tietê é preciso pegar um ônibus para Campinas e de lá outro coletivo para chegar ao destino.

Cidade

Metrô inaugura sistema inédito no monotrilho w Da ReDaçãO

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Cidade

GuilHErmE KAstNEr

nstaladas aos pares durante as recentes noites frias de São Paulo, as vigas de 90 toneladas cada do primeiro trecho do monotrilho darão sustentação à circulação de carros da linha 17-Ouro já a partir de março. A previsão do Metrô é iniciar as operações-testes no próximo semestre, afirma o gerente da linha, Eduardo Curiati. Para isso será utilizado um trem malaio, único do país asiático a passar pela via. Nesse período, a composição vai trafegar sem usuários pelo trajeto inicial, que conta com oito estações. “Nós estamos ligando o aeroporto com quatro linhas metroferroviárias”, diz Curiati sobre a interligação entre Congonhas, Metrô e CPTM. No cruzamento com a Avenida Santo Amaro, o monotrilho vai se integrar à linha 5-Lilás, na estação Campo Belo. A linha completa do monotrilho em 2016 deve transportar por dia um número de passageiros equivalente a dez estádios do Pacaembu. A estimativa é que quase 480 mil pessoas viajem nos trens de cinco vagões, tão modernos quanto os utilizados na linha 4-Amarela. Sem operadores, os carros serão todos fabricados no Brasil. “A suspensão dos trens novos é melhor”, afirma o coordenador de gestão ambiental e qualidade Marcos Camelo Barbosa, ao prometer menos

atritos e solavancos. O sistema é composto por pneus que permitem curvas mais fechadas e subidas mais inclinadas que o trem convencional. Segundo o também coordenador Carlos Augusto Dias de Faria, essa estrutura rodante é totalmente inovadora. Cortando a Avenida Roberto Marinho, antiga Águas Espraiadas, a linha terá como vista panorâmica a Ponte Estaiada. Os carros na avenida sequer ficarão à sombra dos trens. Isso porque as composições vão passar pelo trajeto com velocidade média de 40 km/h. Outro motivo é que a construção da via é totalmente aberta, proposta moderna para transportes de massa em grandes cidades.

A ideia do pátio suspenso, instalado sobre o piscinão ao lado da avenida, também é inovadora. Em construção, o pátio deve levar oito meses para ficar pronto e não vai afetar o reservatório do piscinão, que tem capacidade de coleta garantida para cem anos. A movimentação dos trens será controlada por um direcionador de via (Track Switch).

Linha 17-OurO investimento Percurso Estações Extensão Obra

R$ 4,4 bilhões Jabaquara-São Paulo-Morumbi 18, sete pertencentes ao trecho 1 18 km 50% já concluída

Trens

24 composições de 60 metros com cinco carros

Velocidade

Média de 40 km/h, igual às composições convencionais

Curvaturas

Permite curvas entre 40 e 50 metros, seis vezes menor que os trens convencionais Setembro 2013 | Revista Avenida | 25

Comportamento

“Até penso [a longo prazo], mas o agora é tão massa que a gente não precisa se limitar”

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Comportamento

w TeXTO: WeLLINGTON aLVeS

w FOTOS: aLaN NeVeS

ovens ovens que que utilizam utilizam poucos poucos recursos recursos tecnológicos tecnológicos para para transmitir transmitir os os protestos protestos pelo pelo Brasil Brasil em em tempo tempo real. real. De De desconhecidos, desconhecidos, passam passam aa ser ser seguidos seguidos por por milhares milhares de de pessoas pessoas e, e, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, recebem recebem críticas críticas por por supostas supostas ligações ligações com com oo PT PT ee exploração exploração de de trabalho. trabalho. Esses Esses são são os os ninjas, ninjas, que que atuam atuam na na Mídia Mídia Ninja Ninja (Narrativas (Narrativas Independentes, Independentes, Jornalismo Jornalismo ee Ação), Ação), grupo grupo que que possui possui uma uma página página no no Facebook. Facebook.

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Comportamento

Grupo ficou conhecido no levante de junho A Mídia Ninja surgiu do Fora do Eixo, rede de agrupamentos coletivos que possui extensões em 200 cidades no Brasil. Nas chamadas casas Fora do Eixo, dezenas de pessoas vivem juntas e dividem os lucros de suas atividades. Para entender o que é ser um ninja, o que pretendem e explicar as denúncias recentes, a REVISTA AVENIDA conversou com o fotógrafo Rafael Vilela, de 24 anos. Caçula de uma família de quatro irmãos, Vilela nasceu em São Paulo, mudou para Piracicaba na infância e foi para Florianópolis para estudar design na Universidade Federal de Santa Catarina. Aprendeu sobre política com os pais fundadores do PT -, mas se engajou ideologicamente nas causas sociais na universidade. Faltando menos de dois anos para terminar os estudos, abandonou o curso e passou a viver com 20 pessoas na Casa Fora do Eixo em São Paulo. É um ninja. rEVisTa aVEnida – O que foi marcante para o ninja ficar tão conhecido durante as manifestações? rafael Vilela – Antes das manifestações tínhamos ido para a Tunísia cobrir o Fórum Social Mundial. Fomos para a Turquia cobrir os protestos de lá. Em junho a gente estava com a rede preparada há dois anos trabalhando com fotografia em tempo real, escrevendo e usando intensamente as redes sociais para difundir temáticas a que a grande imprensa não está acostumada. 28

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Rafael recebeu a AVENIDA na Casa Fora do Eixo onde vive com outros ninjas

ra – uma das formas de arrecadação de dinheiro pelo Fora do Eixo é a vitória em editais. isso não deixa vocês presos aos governos? rV – Não ficamos presos de forma nenhuma. O financiamento público da cultura tem que existir, como também para comunicação. O dinheiro é usado para aplicar nos projetos, não para desviar recursos.

ra – há grupos que indicam que o Fora do Eixo teria ligação com o PT. rV – Não temos vínculo nenhum com o PT. Não há nenhuma prova disso. A gente é um movimento social que dialoga com vários partidos, movimentos sociais, ONGs, enfim, com quem quiser dialogar. Não existe um alinhamento automático com nenhum partido e grupo político.

Comportamento “Não há prova de vínculo nosso com o PT. Nós dialogamos com vários partidos políticos”

mensal. Você vende sua força de trabalho para juntar dinheiro e fazer o que quiser. O que a gente faz é não vender a força de trabalho. Nós investimos ela no que queremos e o retorno volta para fortalecer o processo em que estamos envolvidos. ra – E qual sua renda mensal? rV – Não tenho uma renda. Temos um caixa na Casa Fora do Eixo São Paulo em que entram recursos de vários trabalhos nos quais estamos envolvidos. ra – E se você quiser sair à noite? rV – Aí eu pego o dinheiro do caixa coletivo. ra – É livre assim? não tem regra? rV – Tem. São regras criadas coletivamente para pegar pequenos valores. Você só pega e anota. Os grandes valores são discutidos coletivamente e a gente prioriza os investimentos. ra – O que seria um pequeno valor por dia? rV – Ah, sei lá. R$ 10, R$ 30, R$ 50 por dia. Você só pega e usa. ra – Como jovem de 24 anos, o que você sonha para o futuro? rV – Eu sonho o agora. Nunca estive em um momento tão massa da minha vida. Todo mundo que está envolvido nisso aqui tem plena consciência de que estamos no melhor momento de nossas vidas. ra – Você não pensa em longo prazo?

rV – Até penso, mas o agora é tão massa que a gente não precisa se limitar. Um amanhã engessado pode limitar os nossos sonhos. ra – Você não é empregado, nem voluntário. não tem salário, mas não trabalha de graça. Como sobrevive? rV – Eu tenho uma renda, um custo

ra – Você pretende seguir este modelo de vida sempre ou acredita que é apenas um momento? rV – É um projeto de vida. Isso não é brincadeira de universitário que está experimentando e quer sair fora. É um modelo contra vários dogmas da sociedade. As pessoas aqui não acumulam dinheiro, ninguém busca o luxo como algo importante. Setembro 2013 | Revista Avenida | 29

Persona

w TeXTO: PaLLOMa MINa w FOTOS: LUCaS DaNTaS

té 2006, poucos paulistanos conheciam Cristovam Buarque. No máximo alguns haviam lido um trecho de seu discurso contrário à internacionalização da Amazônia durante um evento em Nova iorque, anos antes. Foi durante o embate que deu a lula mais um mandato que o rosto de Buarque se tornou símbolo da luta por educação de qualidade no País. O pernambucano radicado no Planalto central foi reitor da universidade de Brasília (unB), governador do Distrito Federal, ministro da Educação e hoje ocupa uma vaga no senado (PDt-DF). sonhador? talvez, mas é pouco provável que um engenheiro não entenda de realidade. mesmo com as frustrações na carreira política, ele não desistiu de seu ideal. A rEVistA AVENiDA foi a Brasília e conferiu o brilho nos olhos e a ﬁrmeza na voz de Buarque ao falar de um dos maiores desaﬁos do Brasil: a educação.

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Persona

“Já constuímos uma capital e erradicamos doenças. Se priorizarmos a educação venceremos a desigualdade” Setembro 2013 | Revista Avenida | 31

Persona

rEVisTa aVEnida – Poucos sabem que sua primeira formação é em engenharia. Como um estudioso de exatas virou um defensor da educação? Cristovam Buarque – Sou do tempo em que começou a industrialização do Nordeste. Era natural que escolhesse engenharia. Ao longo do curso, percebi que a engenharia mecânica era uma farsa, tudo vinha já desenhado de fora e que a saída não estava naquela industrialização mecânica, mas na economia, mais próxima da análise de como os recursos naturais se transformavam em riqueza. Então, migrei para economia, fiz doutorado e sempre fui professor. A primeira remuneração que recebi na vida foi como professor de física e matemática em Recife. Sempre fui ligado às ciências exatas, mas virei reitor e aí a educação terminou sendo o meu motivo fundamental da ação social. A educação é a única coisa que é fim e meio. Sem educação, a gente não consegue ter progresso e o progresso serve para que as pessoas sejam educadas. ra – dando tanto valor à educação, o que significou ser a primeira pessoa da sua família a ir para a universidade? CB – Naquela época, ir para a faculdade era uma coisa muito rara. Sempre fui muito estudioso e influenciado pelos meus pais, que não tinham nem a 4ª série. Mesmo assim, o presente que a gente mais ganhava em casa era livro. Isso foi fundamental. ra – Como foi o período na 32

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“Meus pais não passaram da 4a série, mas meus presentes sempre foram livros”

universidade francesa sorbonne? CB – Quase toda a minha formação intelectual elaborada veio dessa época. Por exemplo, minha preocupação com o meio ambiente começou lá. Quando saí de Recife, o engenheiro mecânico servia para derrubar árvores e na França percebi que nem sempre a melhor tecnologia é a mais moderna. Outro ponto é que a tecnologia só pode ser eficiente se estiver dominada por regras éticas. O terceiro elemento foi sair da ortodoxia de esquerda e direita, no sentido tradicional dos economistas liberais e marxistas. Percebi que tem coisas boas nos dois lados: o Estado tem um papel fundamental, mas o mercado não deve ser abolido. Perdi a crença no planejamento central sem liberdade ao mercado. ra – Quando criou a Bolsa Escola no distrito Federal imaginou que ganharia tamanha dimensão no País?

CB – Não. Achei que só ia durar onze anos, uma geração da primeira série do Ensino Fundamental à última do Médio. Mas, obviamente, era preciso que além da renda da bolsa, o menino tivesse o ensino na escola. Era um programa com prazo determinado. Os meninos que cresceram estudando, depois de 11 anos, deveriam produzir sua própria renda. ra – Como avalia a evolução do Bolsa Escola para o Bolsa Família? CB – O Lula cometeu três erros. Primeiro, ao mudar o nome para Bolsa Família, perdeu a nitidez educacional. Segundo, tirou a administração do programa do Ministério da Educação e colocou no Ministério da Assistência Social. O objetivo da assistência social é atender às necessidades das pessoas, não ver se elas vão à escola. O último erro foi misturar um programa educacional com outros, como valegás e vale-alimentação, puramente assistenciais. ra – a “paternidade” do Bolsa Família foi dada ao presidente Lula, mas antes de 2003 o projeto

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já estava em todo o Brasil, certo? CB – Sim. Quando o FHC foi eleito presidente, levei o meu livro “A Revolução das Prioridades”, com a ideia da Bolsa Escola. Ele e o Paulo Renato, ministro da Educação da época, não deram atenção. No quinto ano de governo, ele aceitou a ideia. Dia destes, falei com o FHC. Disse que se ele tivesse começado o Bolsa Escola no primeiro ano de seu governo, o Lula e o PT não teriam se apropriado da ideia.

dinheiro até do Bolsa Escola. Mas até remanejar, só repassamos o dinheiro para os prefeitos em dezembro. Minha maior frustração é não ter sido o ministro que erradicou o analfabetismo, teria conseguido se ficasse quatro anos.

ra – Como foi esta conversa? CB – Estava em Nova Iorque, durante uma reunião de um Conselho da ONU, e todo mundo só falava de Bolsa Família e Lula. Aí, peguei o telefone e liguei para o FHC, disse: “presidente, onde erramos que perdemos a paternidade?” (risos). FHC disse que foi a publicidade que o governo Lula fez. Mas o fato do Lula fazer publicidade revela que ele percebeu a importância do projeto. O FHC não viu isso como algo fundamental.

ra – Quer ser presidente? CB – Neste acaso, eu aceitaria (risos).

ra – O que não teve tempo de fazer como ministro da Educação? CB – Não pude fazer quase nada, além de ser apenas um ano, foi o primeiro ano do governo Lula e eu administrei com o orçamento que veio da gestão anterior. Por exemplo, a federalização da educação básica, queria começar no primeiro ano com um programa chamado Escola Ideal. Escolhemos 27 cidades do Brasil, mas, com o dinheiro do MEC deixado pelo FHC, tiramos 34

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ra – aceitaria um novo convite para comandar o MEC? CB – Não. Sabe o que eu descobri? Ministro não manda em coisa nenhuma. Agora quero nomear o ministro.

ra – Pensa em concorrer à presidência em 2014? CB – É muito difícil, dependo do partido, que está muito vinculado à Dilma. Além disso, pessoalmente, não tenho este entusiasmo todo. Em 2006, tive só 2,5% de votos, mas deixei uma marca de um político combativo de uma nota só, chamada educação. Numa segunda vez, vou chegar a quê? 8%? Não vai passar disso porque demorou muito para me lançar. Perderia a marca do Dom Quixote e seria o político que busca a presidência.

“Minha frustração foi não erradicar o analfabetismo. Teria conseguido se ficasse quatro anos [como ministro]”

ra – Como aconteceu com o Lula, que disputou três eleições até chegar ao Planalto. – Mas o Lula tinha 40 anos quando começou. Se meu partido quiser, não fujo, mas não é uma coisa que irei atrás. Se eu tivesse concorrido em 2010 novamente, ano que vem eu teria chance.

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RA – Se o PDT apoiar a reeleição de Dilma, seguirá o partido? CB – Sempre depende de quem é o concorrente. Em eleição, você não desenha o candidato ideal, tem que ficar entre um ou outro e não temos tantas alternativas. Hoje, Dilma não seria minha candidata do peito. RA – Pode explicar os termos educacionismo e apartação? CB – Claro, criei os dois. Apartação vem do apartheid, que é a separação da sociedade entre negros e brancos. Apartação é a separação, como se existisse um muro entre pobres e ricos, e este muro é definido pela escola. A desigualdade é uma coisa contínua, uns têm menos e outros mais, como se existisse uma escada entre um nível e outro. Já na apartação, há um corte. Por exemplo, entre o primeiro e o último aluno da universidade, há desigualdade; mas entre qualquer aluno da universidade e um analfabeto há uma apartação. A gente precisa derrubar o muro que impede que as pessoas fluam de um lado para o outro. A escola do bairro nobre precisa ser igual à da favela. Quando isso acontecer a apartação acabará. RA – E o educacionismo? O que significa? CB – O educacionismo é o caminho para quebrar a apartação, já a economia vai continuar enricando mais uns do que outros. O educacionismo é você dizer que o caminho e o objetivo 36

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“Hoje, Dilma não seria minha candidata do peito”

da sociedade é o direito de todos terem acesso à educação. É preciso dar as mesmas chances. No fim, uns vão ter mais que outros porque são mais persistentes ou têm mais talento. Então não fica igual, mas a chance tem de ser igual. Não é decente ter desigualdades muito grandes, mas não é democrático todo mundo ser igual porque a igualdade plena exige autoritarismo. Na proposta do educacionismo, temos um limite abaixo do qual ninguém fica (o piso social), e um teto do qual ninguém passa (o teto ecológico). Por mais rico que seja, ninguém pode sair caçando elefantes, por exemplo. Entre estes limites, haverá uma escada que permite você subir do ponto mais baixo ao ponto mais alto da escala. RA – Nos protestos de junho, os manifestantes pediram melhorias na educação. Como enxerga este apelo das ruas? CB – Ainda é pouco. A população

ainda não percebeu a importância da educação, não deu a mesma urgência que dá à saúde, por exemplo. Quando uma criança está doente, a mãe procura o melhor pediatra dentro de suas condições financeiras, mas ela não tem a mesma preocupação na hora de escolher o professor. O professor é tão importante quanto o pediatra. RA – Estamos assistindo a um debate acalorado sobre a atuação de médicos estrangeiros no País. Acredita que o Brasil precisava ter chegado ao ponto de não formar a quantidade necessária de médicos? CB – Não, mas chegou por causa da educação de base ruim. Hoje, o Brasil tem até muitas vagas nas escolas de engenharia, mas metade dos alunos abandona o curso no meio porque não sabe matemática básica. RA – Durante seu discurso, após a aprovação da destinação de 75% dos royalties do petróleo do pré-sal para a educação, disse que este recurso não é suficiente para resolver o problema. Qual é o investimento ideal?

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CB – Fazer o dinheiro chegar é fácil, basta o dinheiro ir direto à conta do professor. Se isto for feito, acaba a corrupção. A única chance de corrupção é o professor não dar aula e a comunidade pode fiscalizar. Além disso, o próprio governo federal deve construir e equipar as escolas. A escola ideal é aquela em que o professor ganha um salário bom. RA – De quanto seria este bom salário? CB – Calculo que seja pelo menos R$ 9,5 mil, com menos não vamos atrair os melhores jovens, eles vão preferir outras carreiras. E é preciso tempo para adaptar os dois milhões de professores necessários a esta nova carreira, pelo menos 20 anos. Eles devem ficar nas mesmas cidades das escolas federais, que devem ser bonitas, equipadas e oferecer aulas em horário integral. RA – E quanto custaria este padrão de educação para os cofres públicos? CB – R$ 450 bilhões por ano. Hoje cada aluno custa R$ 2 mil, neste sistema custaria R$ 9 mil anualmente e temos 50 milhões de alunos. Quando tivermos os recursos do pré-sal, que devem ser de aproximadamente R$ 13 bilhões, é 4% do necessário. Fui o primeiro a apresentar o projeto de royalties, mas não minto: esta lei é para não jogar o dinheiro fora. Não acho que o projeto foi aprovado por demagogia, como alguns dizem, mas despreparo é

o Ensino Superior, o que considero um desperdício porque os alunos vão chegar despreparados. Na turma de engenharia, um professor pode dar aula para 30 alunos, mas se 15 largarem o curso, o custo do professor é o mesmo, não existe meio professor. “FHC diz que Lula soube fazer propaganda do Bolsa Família. Sinal de que ele enxergou a importância do projeto”

não fazer as contas e achar que isso vai resolver a educação. RA – Ainda sobre o pré-sal, ficou nítido o seu incômodo com a palavra “prioritariamente” no texto da lei para definir o destino do dinheiro para a educação de base. Por quê? CB – Claro que me irritei. Este termo é absurdo, não cabe numa lei, não diz nada. Não quis dizer no discurso porque poderiam não entender, mas quando eu vi que iam definir “prioritariamente” para educação de base, disse que, qualquer dia, para resolver o problema do casamento gay, vão dizer que casamento é “prioritariamente” entre homem e mulher. RA – Acredita que este “prioritariamente” é uma deixa para a corrupção? CB – Não para a corrupção, mas para o desperdício. O dinheiro vai todo para

RA – Qual deve ser o primeiro passo nessa caminhada de 20 anos que o senhor propõe para revolucionar a educação? CB – O primeiro passo é querer fazer, mas o Brasil não quer. Se a nossa meta no tempo de Juscelino (Kubitschek, ex-presidente do País) foi construir Brasília, construímos; se nos anos 1980 foi distribuir gotinhas para erradicar a paralisia infantil, erradicamos; se quisermos fazer a revolução da educação, faremos. RA – O livro de Marcel Bursztyn sobre a sua trajetória foi intitulado “Semeador de Utopias”. Concorda que é semeador de utopias ou acredita que se dedica a propagar o óbvio? CB – O óbvio não é antônimo de utopia, a utopia pode ser óbvia. Por exemplo, o filho do rico e do pobre estudarem na mesma escola é uma utopia, mas é tão óbvio que deveria ser assim. Gosto muito do título deste livro, mas acho um pouco exagerado. No máximo, sou o reprodutor de utopias criadas por pessoas como Darci Ribeiro. De qualquer forma, gostei da sugestão, vou passar a usar “o propagador do óbvio” (risos). Setembro 2013 | Revista Avenida | 37

caBelo e maQuiaGem: SONIA SAWICKI aPoio: ACADEMIA NÍVEL A / PODEROSO TIMÃO

w TexTo: Palloma mina w FoTos: lucas DanTas

atiane Minerato nunca jogou bola, mas é difícil não associar sua imagem à do time com maior torcida na Capital. Frequentadora assídua dos jogos e torcedora apaixonada do Corinthians, há seis anos a jovem é rainha da bateria da escola de samba Gaviões da Fiel. As curvas que param o Anhembi e fazem os marmanjos de todas as torcidas perderem o fôlego, ao contrário do que se pode imaginar, são conquistadas sem preocupação durante o ano. A jovem de 23 anos conheceu o Carnaval bem cedo, quando ainda era criança. “Antes de eu nascer, minha mãe era passista da Gaviões. Sempre ia comigo e meus irmãos nos ensaios. Aos seis anos eu já desfilava pela escola e aos 12 me tornei passista”, conta a loira. Tati conta que a família da mãe tem tendência a engordar, por isso a matriarca sempre exigiu que ela praticasse esportes. “Agradeço à minha mãe, que sempre entendeu que a atividade física era um investimento na minha saúde”. Na adolescência, Tati chegou a participar da equipe de triatletismo da Portuguesa. “Era bem puxado, seis horas diárias de corrida, natação e ciclismo”, lembra. Aos 14 anos, a passista abandonou a Portuguesa e descobriu outra paixão, a musculação. Desde então, a corintiana não abandona os treinos. “Antes malhava sozinha e sempre rolava uma interação com o pessoal da academia, nunca fazia a série toda. Agora tenho uma personal e o bicho pega!”, diverte-se Tati ao falar da personal trainer Vanessa Lopes.

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Esportes

”Investir em atividade física é investir em saúde”

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Esportes

Preparação para o Carnaval

Os treinos em sistema de circuito são, na opinião de Tati, os melhores. “É bem mais rápido, enquanto descanso a perna, por exemplo, faço braço. Aí dá para trabalhar todos os grupos musculares no mesmo dia”, explica. Para manter o condicionamento físico, a aposta da bela é o kangoo jump, uma espécie de patins com um sistema de molas no lugar das rodinhas. “Não gosto de esteira, então optei por esta modalidade. É um exercício aeróbico, queima muita caloria e absorve até 80% do impacto que as articulações do joelho sofreriam se eu corresse”, diz, listando os benefícios do esporte.

O corpo escultural

Apesar de querer perder 3 kg até o Carnaval, como toda mulher quer em qualquer momento da vida, a loira é categórica ao afirmar que não dá para ficar de dieta o tempo todo. “Ninguém aguenta. Eu como salada, mas também saio para comer hambúrguer. Se eu exagero hoje, amanhã tento comer menos”, conta. Ela lembra que a própria rotina da comunidade para o Carnaval é uma preparação para o corpo. “Os ensaios começam em setembro e não tem como “Meu avô me ensinou a gostar do Timão”

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Esportes

Tati Minerato não faz dieta o tempo todo. “Ninguém aguenta”

ficar parado. São três horas sambando em quatro dias da semana. É um exercício e tanto!”, brinca. A única recomendação da passista é tomar água no lugar de bebidas alcoólicas durante os ensaios para não desidratar. A solitária intervenção cirúrgica que Tati fez no corpo foi o implante de próteses nos seios. “Mas só porque o peito não cresce naturalmente, morro de medo de cirurgia”, revela. Durante todo o ano, ela faz drenagem linfática uma vez por semana para ajudar a desinchar. Para quem admira as longas madeixas loiras, uma informação importante apurada pela REVISTA AVENIDA: o cabelo de Tati é natural, não há uma única extensão capilar.

A paixão pelo Corinthians

Se a mãe levou Tati para o samba, o avô é responsável pelo coração preto e branco. “Ele me levava ao estádio para ver

o time jogar. A minha família toda é alucinada pelo Corinthians”. Ela conta que na época em que a Parmalat patrocinava o Palmeiras, seu tio chegou a jogar fora alimentos da marca que estavam na despensa da família porque não queria nada que remetesse ao rival dentro de casa. A maioria dos eventos que Tati realiza são ligados ao Corinthians e à Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do clube. “Durante o ano todo participo de festas beneficentes e eventos sociais das duas entidades. Amo estar na Gaviões e amo o Corinthians, é muito bom!”, conta, orgulhosa. Para as corintianas que gostariam de ser musas da torcida, Tati diz que ninguém deve ceder à pressão pelo corpo perfeito. “A gente tem que fazer exercício para se sentir bem. Faça atividade física pela sua saúde, não pela estética, mesmo que seja só hidroginástica”, finaliza a rainha da bateria da Gaviões da Fiel. Setembro 2013 | Revista Avenida | 41

Fitness

Andrea Mori

Editora da revista Muscle in Form Email: afandrea@hotmail.com

Exercício a qualquer hora As academias instaladas em parques da cidade de São Paulo estão cada vez mais populares entre os moradores da grande metrópole. O conceito de levar aparelhos de ginástica para as praças e parques é, sem dúvida alguma, uma evolução que tem contribuído muito com a saúde de quem se exercita nas academias ao ar livre. Atualmente, o governo municipal mantém cerca de 160 academias, em parques e praças, em toda a cidade de São Paulo. É notório e cada vez mais frequente o

número de pessoas que praticam exercícios, seja em academias convencionais, em corridas de rua ou parques das cidades. No entanto, ainda falta muito para comemorar. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia provou que metade dos brasileiros não pratica atividade física. O estudo foi feito com 2.012 pessoas entre 18 e 70 anos e revelou que os homens se exercitam mais do que as mulheres: 60% contra 41%. Além disso, segundo o Instituto Fitness Brasil, apesar da iniciativa de

instalar academias em parques, o ideal seria um projeto em que professores pudessem auxiliar a população na hora de malhar em todas as academias ao ar livre. Isso evitaria, segundo o instituto, problemas de saúde, principalmente no caso de idosos e adolescentes. Por conta deste alerta e pensando nas pessoas que já se exercitam nos aparelhos instalados em parques e praças, o personal trainer Isaías Rodrigues tem algumas dicas para você não errar na hora de malhar por conta própria. Fique de olho. shutterstock

Prefeitura mantém cerca de 160 academias ao ar livre na cidade 42

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Fitness shutterstock

Antes de se exercitar, é preciso observar certos cuidados

Cadeirantes também podem se exercitar em parques

Os cuidados que você deve ter na hora de se exercitar nas academias ao ar livre O personal trainer Isaías Rodrigues, na condição de já ter presenciado casos de lesões em quem já executou esse tipo de exercício – o pai dele já se machucou severamente – está apto a dar algumas dicas para evitar esse tipo de problema. Fique atento às sugestões dele para evitar problemas: Antes de começar qualquer atividade física vale aquela regra de procurar um médico e fazer uma avaliação completa do estado de saúde;

Use roupas adequadas. Nun- Inicie com no máximo três ca use calças jeans, sapatos, sessões semanais; sandálias ou chinelos para se exercitar;

O Parque da Juventude, erguido onde funcionava a Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo, conta com os aparelhos da linha Apadef, desenvolvidos pela empresa Physicus. Os aparelhos funcionam sobre uma plataforma na qual o usuário se instala com a cadeira de rodas, que é travada com um sistema próprio da estação. Em seguida, o usuário começa a se exercitar. No movimento, a plataforma onde está apoiada a cadeira irá se elevar com a cadeira e consequentemente com o usuário, ou seja, o cadeirante durante o exercício utiliza o peso do próprio corpo.

Confira alguns locais onde encontrar as academias ao ar livre Parque Trianon Parque do Ibirapuera

Alongue seu corpo de uma Faça um pequeno aqueciforma geral, mas dê ênfase à mento (correndo ou camiparte que será exercitada; nhando) por pelo menos dez minutos;

Faça alguns movimentos com as articulações por 60 segundos antes de começar;

Não exagere na quantidade de repetições nos aparelhos nas primeiras semanas e nem nas séries de cada exercício;

Não exagere no número de séries nos aparelhos, pois poderão surgir problemas de postura e dores musculares;

Três séries de 30 segundos em cada um dos aparelhos com um intervalo de 60 segundos seria o mais recomendado no início;

Praças Elis Regina e João Castellano (Butantã)

Atente para o intervalo recomendado de no mínimo 30 segundos durante as séries de exercícios e ao cuidado na amplitude dos movimentos, evitando sempre as hiperflexões, hiperextensões e “trancos”;

Aumente o tempo do exercício apenas se você conseguir fazer mais repetições do que quando iniciou o treinamento;

Tente fazer movimentos suaves, iguais e repetidos, sem grandes impactos e em determinado ritmo;

Praças Renato Checcia e Vinícius de Moraes (Morumbi)

Beba água quando puder ou a cada 15 minutos;

Alongue após o treino, a fim de evitar dores e lesões musculares posteriores.

Praças Carlos Leitão e Major Carlson (Raposo Tavares)

Parque do Povo Parque da Juventude

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No jogo contra uma grave doenรงa, Oscar demonstra o mesmo vigor das quadras

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w FoTos: lucas DanTas

le é, definitivamente, um vencedor. O maior jogador brasileiro de basquete de todos os tempos enfrenta com comovente alto astral uma doença grave. Após se livrar de dois tumores na cabeça, o “Mão Santa” Oscar desdenha dos problemas e demonstra o gigantismo de seu caráter. Neste mês, este exemplo de disciplina, patriotismo e obstinação recebe o que chama de “prêmio Nobel do basquete”: a inscrição de seu nome no Hall da Fama da NBA. Antes, Oscar Schmidt falou com a REVISTA AVENIDA.

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O eterno camisa 14 em atuação pela Seleção Brasileira

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O segredo da vitória? Alto astral Quem teve o prazer de acompanhar os jogos de Oscar Schmidt deve lembrar de vê-lo chorando no chão da quadra depois de conquistar o Panamericano contra o poderoso time dos Estados Unidos na casa do adversário, em 1987. Hoje, ele não chora mais. O diagnóstico de um câncer na cabeça fez com que ele mudasse o jeito de encarar o destino. “Minha vida foi muito linda, enfrento qualquer coisa. Agora estou tranquilinho, tô curado”, afirma. A única exceção no setor lágrimas foi a bênção do papa Francisco. Só uma consequência da doença foi considerada grave por Oscar. “Abri a cabeça de orelha a orelha e acordei da segunda cirurgia sem gostar de refrigerante. Não fumo, não bebo, não me drogo, nunca me dopei, nunca fiz porra nenhuma, só tomava refrigerante. Agora, não gosto mais de refrigerante”, lamenta a maior lenda do basquete brasileiro. Foi assim, misturando assuntos sérios com brincadeira, que o “Mão Santa” recebeu a REVISTA AVENIDA para uma entrevista sem assuntos proibidos. “Não tenho esses medos que todo mundo fala. Não estou nem aí. O que importa é o que eu penso”, conta, confiante. Transmitir confiança é o que Oscar tem feito desde 2001, quando encerrou a carreira de jogador de basquete no Flamengo. “Soube que o São Paulo estava numa crise brava porque me chamaram para fazer uma palestra para a equipe an46

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“Está doente? Mexa-se! Levante a bunda da cadeira e vá se tratar”

tes de um jogo, mas não pude ir”, revela. Em suas apresentações pelo Brasil, Oscar usa suas histórias na Seleção Brasileira para falar de cinco temas. “Trabalho em equipe, liderança, desafios, metas e obstinação, que é a palestra que mais faço e a que mais gosto de fazer”. Para as pessoas que enfrentam a mesma doença e buscam motivação na imagem do superatleta, o conselho é direto e duro. “Mexa-se! Não adianta ficar mal humorado, viva coisas que ainda não viveu. Levante a bunda da cadeira e vá se tratar”.

2013 intenso

Se neste ano Oscar recebeu a maior honra de sua profissão - o convite para integrar o Hall da Fama da NBA, mesmo sem ter jogado lá -, também em 2013 recebeu o maior desafio da vida: encarar um tumor maligno na cabeça. O primeiro susto veio em 2011, quando desmaiou durante uma sessão de hi-

dromassagem em Orlando, nos Estados Unidos. “Quando acordei, o médico disse que eu tinha um tumor de sete centímetros na cabeça e que precisava ser operado imediatamente”. Oscar se internou assim que chegou ao Brasil. “Foram dez dias entre a cirurgia e o resultado da biópsia, ficou todo mundo com o c* na mão, menos eu”, conta aos risos referindo-se à família. O resultado foi bom. Apesar do tamanho, o tumor era benigno. O “Mão Santa” realizou exames de controle até que em novembro do ano passado um novo tumor foi detectado durante uma ressonância magnética. “Meu médico decidiu operar e aquele tequinho, bem menor que o outro, era maligno”, explica. Com uma forma mais agressiva da doença, Oscar teve que se submeter a um tratamento intensivo logo depois da operação. “Em um mês e meio fiz 30 radioterapias e 45 quimioterapias. Uma violência”. Além do tratamento convencional para as mazelas do corpo, ele cuidou da alma. “Tive o orgulho de ser abençoado pelo papa, é uma emoção indescritível. Eu acredito em Deus e aqui na Terra não tem ninguém mais importante para mim que o papa”. Além do fator religioso do

Cidade

encontro, Oscar ficou encantado com a humildade de Francisco. “Eu disse que rezava por ele e ele respondeu ‘gracias’. Esse ‘gracias’ vai ficar na minha cabeça até o dia em que eu morrer”, revela.

co jogos amistosos contra o futuramente bicampeão olímpico Charles Barkley, em 1984. “Mas só fui para saber se eu era capaz. Fui cestinha e fiz um ponto por minuto em todos os jogos”, recorda. Depois da breve exibição e nos dois anos seguintes, os americanos fizeram propostas para Oscar. “Diziam que eu era louco, que era o primeiro do mundo a recusar. Eu respondia ‘meu amigo, estou na Seleção Brasileira!’”, diz, entre risos. Mesmo com o provável prejuízo financeiro, ele faria as mesmas escolhas hoje. “Não me arrependo de nada”. Hoje, o que frustra Oscar é saber que há jogadores que não vestem a amarelinha por falta de vontade. “Mesmo quando a NBA liberou todo mundo para jogar onde quisesse, os atletas não se apresentaram. Uma coisa é não ir porque não pode, outra é ser liberado pela NBA e não ir. Infelizmente, é a parte ruim do negócio”, lamenta. Vale lembrar que Oscar só tirou férias aos 35 anos porque, sempre que estava liberado dos clubes, se apresentava à Seleção.

amor à primeira vista

Quando começou a jogar basquete, aos 13 anos, ele já tinha certeza de que era aquilo que queria fazer da vida e nunca pensou em seguir outra carreira. “Não imaginava que chegaria perto do Hall da Fama e da Seleção Brasileira. Fui muito mais longe do que pensei que fosse chegar”, conta Oscar. No início, a única meta era ser convocado para a Seleção. “Era meu sonho e aconteceu rápido demais, aos 16 anos fui chamado. Para a Seleção. Para qualquer moleque isso é um negócio absurdo”, lembra. Depois de uma lesão que o afastou das quadras, ele voltou a vestir a amarelinha aos 18. “Foi demais, muito melhor do que eu imaginava, mil vezes melhor”. A obsessão pelo esporte rendeu uma carreira vitoriosa e uma família. “Basquete sempre foi minha vida. Conheci minha esposa quando ela foi morar na frente da República de Atletas, quando eu tinha 17 anos, e estamos juntos até hoje, somos um modelo de casal”, orgulha-se.

a opção pela seleção

Durante boa parte da carreira de Oscar, as regras da NBA - Liga de Basquete Norte-Americana - impediam que jogadores profissionais defendessem seus países em campeonatos mundiais e Olimpíadas. Pelo New Jersey Nets, Oscar fez cin48

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o lendário Pan de 87

“Uma coisa é não poder servir à Seleção. Outra é não querer ir”

Os Jogos Panamericanos de 1987 aconteceram em Indianapólis, nos Estados Unidos, e a vitória da seleção local de basquete era dada como certa. Entretanto, o Brasil, liderado por Oscar, venceu a final e impôs o placar de 120 a 115. Foi a primeira derrota dos norte-americanos dentro de casa. “Tá vendo? Ainda bem que eu não aceitei jogar lá em 84...”, diverte-se. “Este jogo foi o estopim para o Dream Team de 92. Os americanos ficaram quatro

Capa arquivo / ae

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O ídolo em imagens

1 Oscar arremessa em jogo contra as Ilhas Virgens, no Pan de San Juan, em 1979.

2 Segundos antes de marcar seu milésimo ponto em Olimpíadas (Atlanta/96)

3 Oscar comemora o recorde de pontos ao

ultrapassar o astro Kareem Abdul-Jabbar

4 Com amigos no jogo da despedida das quadras, em 2004.

5 Oscar chora ao ser abençoado pelo papa Francisco, em julho, no Rio de Janeiro

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Capa arquivo / ae

Feny Miranda / Secretaria de coMunicaĂ§ĂŁo da PreFeitura do rio

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anos sem ganhar e resolveram fazer um acordo para ter os profissionais da NBA jogando nas competições internacionais”. O trauma dos donos da casa foi tão grande que o ginásio onde o jogo aconteceu foi demolido algum tempo depois.

nhecido por ser o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos. O “Mão Santa” credita todo seu sucesso à rotina puxada durante a carreira. “Sou produto de treinamento. Treinamento é a parte mais importante de qualquer esporte”. A motivação para treinar sempre foi a paixão. “Tudo o que consegui na vida foi através do basquete. Treinava mais que todo mundo até o fim da carreira porque o basquete era importante demais para mim. Nunca me pesou, gostava demais de basquete”. Ele não acredita em talento nato. “Para mim, não existe dom, existe treino. Quanto mais você treinar, se aplicar e souber o que tem que fazer, maior a chance de ter sucesso”. Por conta do alto nível de exigência que sempre se impôs, hoje Oscar nem brinca com a bola de basquete. “Jogar basquete fora de forma, gordo, não dá”.

O mito na Itália

Sem poder jogar na NBA e com boas oportunidades para atuar no Brasil, Oscar se transferiu para o basquete italiano em 1982. “Nosso campeonato não era competitivo. Na época, depois da americana, a competição mais forte era a da Itália”. Sem pudores, conta que foi para a Europa a contragosto. “Fui para ganhar dinheiro, não porque eu queria jogar fora. Lá eu ganhava até 15 vezes mais do que no Brasil. Acabei ficando 13 anos na Itália, foi até demais”, avalia. A temporada italiana fez Oscar mudar de nível e se tornar um atleta melhor. “Foi muitíssimo importante para a minha carreira. Neste meio tempo, também jogava na Seleção e quanto melhor eu jogava no clube, mais rendia na Seleção”. Para ele, os adversários que o desafiavam com marcação forte foram um incentivo. “Passei a ter que fazer mais para poder jogar melhor. Impossível que alguém treine mais do que eu treinei naquela época”, desafia.

O Hall da Fama

O padrão Schmidt de qualidade

Ao contrário do ídolo do basquete americano Kobe Bryant, que o considera uma lenda, Oscar não acredita que tenha feito algo extraordinário. “Sou só o cara que fez direitinho o seu papel”. Durante toda sua carreira, Oscar foi co52

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“Não acredito em dom. Acredito em treinamento”

Apesar de ter imposto aos americanos uma dura derrota dentro de casa e de nunca ter jogado pela NBA, Oscar foi convidado para o Hall da Fama. Quando recebeu a notícia, ele tremeu na base. “Foi uma tremedeira! Pensei que, se eu entrasse, demoraria muito. Já tem a Hortência e o Ubiratan de brasileiros”. Para quem não acompanha o basquete, Oscar dimensiona o tamanho da conquista. “É o prêmio Nobel do basquete. Se você entrar no Hall da Fama, não tem nada mais para ganhar, é o máximo que você pode atingir. Estou orgulhoso demais”, revela. A cerimônia de homenagem está marcada para o dia 8 deste mês.

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colecionador de recordes No site de Oscar Schmidt há uma lista enorme de números de sua carreira e um deles chama a atenção: foram 49.737 pontos marcados. “Jogar mais três meses para falarem que foi só para fazer 50.000 pontos? Eu não. Todos os meus recordes saíram normalmente, foram produto do meu treinamento”, explica. Conﬁra agora os impressionantes números da carreira de quase três décadas do “Mão Santa” Oscar: Em cinco Olimpíadas, Oscar fez 1.093 pontos Cestinha de 3 Olimpíadas Durante um treino no Flamengo, Oscar enﬁleirou 90 arremessos seguidos de 3 pontos Em outro treino, acertou 196 lances livres consecutivos Durante sua passagem pela Itália, ele fez 271 partidas consecutivas em 7 anos É o maior cestinha da Seleção Brasileira, com 7.693 pontos Além do treino com toda a equipe, Oscar arremessava mais de 1.000 vezes todos os dias Mesmo com a mão engessada por 25 dias, ele nunca deixou de treinar É recordista de pontos pela Seleção Brasileira em Campeonatos Mundiais, com 893

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Tecnologia

Proteja seus eletrônicos nas férias

a hora de arrumar as malas e sair de férias, as preocupações com os aparelhos eletrônicos não podem ser só quanto às boas recordações que serão possíveis armazenar e compartilhar com celulares, câmeras, tablets e notebooks. Mais do que sofrer um risco na pintura, seu eletrônico pode sumir entre um passeio e outro. É possível proteger seu patrimônio hi-tech? Há alguma forma de receber de volta a pequena fortuna investida em um computador ou smartphone caso eles sejam roubados? Juliana Capuchinho, gerente de Negócios Massificados da Zurich Seguros, diz que sim. “Nós, por exemplo, temos uma parceria com a Vivo para segurar tablets e smartphones. Há um seguro que cobre danos ocasionados por roubo ou furto qualificado em todo o território nacional. O valor é debitado direto da fatura do cliente”, explica Juliana. Outra modalidade é a de casos acidentais, que ressarce o cliente também em caso de quebra, queda, danos materiais ou imersão em líquidos. O valor do seguro varia de acordo com o aparelho. Hoje, por conta da importância na rotina pessoal e profissional, os smartphones são os dispositivos com o seguro mais caro. “Ficar sem o telefone pode prejudicar a vida do cliente”, resume Juliana. 54

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E a papelada?

Ao contratar um seguro de roubo ou furto, o cliente conta com a tranquilidade de saber que o aparelho será reposto em até 15 dias em caso de sinistro”, detalha a gerente da Zurich.

Ao contrário do que se possa pensar quando se toma por referência a burocracia para fazer o seguro de um carro, proteger seu eletrônico é bem simples. No caso da Zurich e da Vivo, o serviço pode ser concentrado em aparelhos com até dois anos de uso. “Basta ir até uma loja da operadora ou ligar na central de atendimento e efetuar a contratação”, orienta a gerente Juliana. Os documentos que precisam ser enviados à seguradora em caso de sinistro são: RG, CPF, a nota fiscal original do aparelho e o boletim de ocorrência original em caso de roubo ou furto. “É muito importante que o cliente mantenha as informações pessoais e do aparelho atualizadas na seguradora”, recomenda Juliana.

Livro

O passo a passo da aposentadoria w PallOMa MIna

ada vez que a expectativa de vida aumenta, o sistema previdenciário muda e o momento da aposentadoria é adiado. O especialista em direito previdenciário Hilário Bocchi Junior lançou o livro “Quero Me Aposentar” para ajudar os interessados em chegar aos dias de sombra e água fresca depois de uma vida inteira de trabalho duro. O título da editora JH Mizuno já está em sua terceira edição e vendeu mais de dez mil exemplares. Junior conta que a ideia de preparar um guia sobre aposentadoria nasceu para atender a uma demanda de advogados que trabalhavam com direito previdenciário. “Mas percebi que as pessoas que mais tinham dúvidas eram os trabalhadores, então elaborei este material com linguagem bem simples e acessível”, conta o autor. O livro trata da aposentadoria pelo INSS, da complementação privada e também do fim da carreira de servidores públicos municipais, estaduais e federais. “Hoje, o limite da aposentadoria é de R$ 4.159. Quem quiser receber mais do que isso ao se aposentar tem que pensar em previdência complementar”, alerta Junior. Quando devo me aposentar? Qual será o valor do meu benefício? Quais são os documentos exigidos para que eu não perca tempo e dinheiro com um longo processo? Na obra estão as respostas para estas e outras perguntas.

Obra tem linguagem acessível e tira dúvidas

Benefícios em foco

apesar de focar em aposentadoria, o texto de Hilário Bocchi Junior também aborda temas que assombram trabalhadores com problemas de saúde: os benefícios. “Falo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-acidente e acidente de trabalho”, lista. os caminhos para conseguir estes benefícios, o que inclui dicas do que fazer se a perícia atrasar e se o médico der alta para alguém que ainda está incapacitado, são analisados na obra.

Finanças

Títulos para criar o seu tesouro

Modalidade é meio termo para investidor que não é arrojado, mas também não é conservador

CONHEÇA OS TÍTULOS

w PallOMa MIna

bom momento da economia fez com que a maioria das famílias trocasse a preocupação com pagar as dívidas para a de como investir o dinheiro que sobra. Se a poupança rende pouco depois das novas regras e a Bolsa de Valores assusta pelo alto risco, os poupadores de plantão podem investir em títulos do Tesouro Nacional com segurança. O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos da dívida pública desenvolvido pelo Tesouro Nacional e a BM&F Bovespa. “É como se estivéssemos emprestando dinheiro para o governo. Na atual situação do País, é muito improvável que não seja pago, por isso é considerado um investimento de baixo risco”, explica Leandro Ruschel, diretor da Escola de Investimentos Leandro & Stormer. O investidor compra uma dívida do governo e determinado tempo depois recebe o dinheiro de volta com juros; o prazo e a rentabilidade são definidos no ato da compra. Não há um perfil de renda específico para quem quiser adquirir os títulos, o investimento mínimo é de R$ 70. Mas os ansiosos podem perder dinheiro. Quando se faz um investimento no Tesouro, é preciso ter em mente que se trata de uma aplicação de médio a longo prazo. Como o valor do título varia ao longo do tempo, desfazer-se dos papéis antes de seu vencimento pode ser sinal de prejuízo.

| Revista Avenida | Setembro 2013

Como e quando negociar O especialista em investimentos Leandro Ruschel aconselha que a negociação seja feita com uma corretora de ações, mas lembra que o sistema é simples. “Na página do próprio Tesouro na internet tem a lista de títulos e rentabilidade. Não precisa de conhecimentos específicos para entender”. Ele recomenda que seja feita uma pesquisa antes de fechar negócio. “As taxas de administração entre as instituições variam de 0% a 0,5%”, alerta Ruschel. Às quartas-feiras são feitos os leilões de recompra, só neste dia é possível vender os papéis de volta para o governo. No dia do vencimento, há a opção do dinheiro ser transferido diretamente para a conta de onde foi feito o investimento, sem precisar se preocupar.

“Se eu tenho um título indexado à taxa fixa e o governo resolve aumentar a taxa de juros, por exemplo, naquele momento o preço dos títulos pré-fixados vai cair e vou perder dinheiro. Para manter a rentabilidade é preciso esperar o vencimento”, detalha Ruschel.

existem três tipos de títulos do tesouro direto. Saiba quais são suas características e qual se encaixa melhor aos seus planos:

LTN

o rendimento é atrelado à taxa ﬁxa, referenciada pela Selic, que rende perto de 7% ao ano.

LFT

títulos atrelados a uma taxa variável, que depende da evolução da taxa Selic durante o período. o ganho é maior se o copom aumentar os juros da economia, como aconteceu nos últimos meses.

NTN-B

É atrelado à inﬂação. rende o mesmo índice que o iPca do período mais um prêmio de cerca de 4% ao ano.

Beleza

w textO: edIlene RIBeIRO w FOtOS: dIvUlGaÇÃO

| Revista Avenida | Setembro 2013

a contagem regressiva para a primavera já começou e as novidades e tendências em maquiagens já estão bombando nas lojas do segmento. este mês, a coleção primavera/verão 2014 da linha Make B. de o Boticário chegou às lojas da marca. inspirada na elegância das mulheres na década de 1960, em meio ao glamour de copacabana, no rio de Janeiro, e na atmosfera retrô, a nova coleção, que foi desenvolvida em parceria com o maquiador Fernando torquatto, leva o nome de Make B. rio Sixties. “os anos 1960 são hoje uma tendência internacional e como Make B. é conectada com a moda, ﬁzemos essa ponte”, diz torquatto.

Beleza Veja o passo a passo feito por Fernando Torquatto 1

2 Aplicar a sombra iluminadora do canto interno dos olhos para dentro, fazendo um canto de luz. Com essa mesma sombra, fazer a linha d’água do canto interno para o externo.

Aplicar a sombra rosa (rosa e iluminadora) em toda a pálpebra móvel

Novas sombras provocam efeito tridimensional Dentre as novidades estão sombras, batons, delineador, blush, pó iluminador, entre outros. “É uma coleção leve, divertida, segue a tendência candy color, que são cores mais suaves e coloridas, responsáveis pelo toque animado da vida. Atende vários estilos de mulher e principalmente a contemporânea. São maquiagens que podem ser traduzidas tanto para o dia como para a noite”, analisa o expert. O grande destaque é a sombra com tecnologia exclusiva Fusion Colorist, que permite alta pigmentação e ultrafixação. “Também adicionamos uma boa dose de inovação. Esta tecnologia exclusiva permite misturar diferentes partículas de pós, o que confere acabamento perfeito à maquiagem. Além disso, as sombras provocam efeito 3D no look, com muito mais pigmentação do que os produtos tradicionais”, afirma a gerente da categoria Maquiagem de O Boticário, Patrícia Scholz.

Passar o delineador retrô preto para fazer o olho gatinho, típico dos anos 1960.

Aplicar a máscara para dar volume aos cílios

Aplicar a Máscara Top Coat para cílios

Passar o blush Bronze da Lapa

Por ﬁm, passar nos lábios o Batom Cremoso Ameixa

Produtos utilizados, todos da linha Make B. Rio Sixties: Batom Cremoso Ameixa Leblon

Máscara Top Coat à prova d´água

Blush Bronze da Lapa

M Duo de Sombras Encanto de Copacabana

Delineador Retrô preto

Máscara Mastercils 3D Volume Preta (produto da linha regular)

E está pronto o look!

Esmalte Azul Sixties Setembro 2013 | Revista Avenida | 59

Saúde divuLGação

Manual de instruções para cair na cama w PallOMa MIna

elo menos uma vez na vida, todo mundo teve um dia difícil por ter dormido de mau jeito. E a pergunta que segue estes episódios é sempre a mesma: tem um jeito certo para dormir? A REVISTA AVENIDA ouviu especialistas e mostra agora o que é preciso para ter uma boa noite de sono. De acordo com Fernanda Cerveira Fronza, fisioterapeuta e educadora física da Universidade Gama Filho, a melhor posição é de lado, esquerdo ou direito.

Uma noite mal dormida atrapalha a vida de qualquer um

“É semelhante à postura fisiológica humana, permite um perfeito alinhamento da coluna e evita rotações, trações e hiperextensões que sobrecarregam determinadas estruturas da coluna”, explica. Um travesseiro entre os joelhos é recomendado neste caso para alinhar o quadril. O ortopedista do Hospital das Clínicas da USP, Cássio Trevizani, indica mais uma posição. “De barriga para cima, com um travesseiro de perfil baixo embaixo dos joelhos e com outro travesseiro que mantenha a cabeça e a cervical alinhadas”, detalha. A principal

recomendação de Trevizani é simples. “É importante não dormir em posições que tensionem a coluna para que não ocorram dores musculares ao acordar”. Quem dorme com a barriga para baixo, de acordo com o ortopedista, está sujeito a complicações nas colunas lombar e cervical, e ainda a problemas de respiração por conta do pescoço torcido durante a noite. Mas quem não dorme nas posições corretas não precisa se desesperar. “Não existem consequências graves para a maioria das pessoas”, afirma o médico do HC.

A importância de recarregar as baterias embora os riscos de lesões sejam pequenos, o estrago que as posições erradas podem fazer na produtividade é enorme. “quem dorme de um jeito considerado errado tende a ter uma qualidade de sono pior. isso pode prejudicar o descanso e afetar a produtividade do dia seguinte”, alerta cássio trevizani, ortopedista do Hospital das clínicas da uSP.

| Revista Avenida | Setembro 2013

A fisioterapeuta e educadora física da universidade Gama Filho, Fernanda cerveira Fronza, concorda. “uma boa noite de sono é essencial para recuperar as energias e permitir a secreção de hormônios, como a melatonina. Dormir mal se reflete em cansaço, mau humor, dores de cabeça e dificuldade de concentração”, lista.

Cultura

Falabella diz que reuniu o que hรก de melhor em atores do Rio e de SP 62

| Revista Avenida | Setembro 2013

w textO: ROnaldO PaScHOalInO w FOtOS: alan neveS

ma São Paulo do final dos anos 1920 é o que os expectadores poderão conferir em “A Madrinha Embriagada”, montagem americana do musical “The Drowsy Chaperone”, com direção e tradução de Miguel Falabella. “Havia uma ligação muito forte entre a Broadway e a São Paulo no início do século passado, época em que a história é contada. Por isso quis fazer uma adaptação da São Paulo de 1928”, conta Falabella.

Setembro 2013 | Revista Avenida | 63

Cultura O renomado estilista Fause Haten é o criador dos figurinos do espetáculo. Fause já é especialista nesse tipo de produção e caprichou nas roupas de época usadas pelos personagens

Lidar com “craques” facilita

Peça faz parte de projeto educacional do Sesi 64

| Revista Avenida | Setembro 2013

A peça está orçada em R$ 12 milhões e será exibida no teatro Sesi até 29 de julho do ano que vem. E todas as sessões serão gratuitas, pois fazem parte de um projeto educacional do Sesi que vai utilizar o teatro musical como instrumento de aprendizado e desenvolvimento criativo dos alunos de sua rede. “O teatro musical está sofrendo um boom no Brasil e já caiu no gosto popular. A iniciativa do Sesi é maravilhosa e me incentivou a paralisar um outro trabalho que estou preparando só para produzir ‘A Madrinha Embriagada’”. Com habilidade, Falabella mostra uma São Paulo vibrante e em pleno crescimento, berço dos principais artistas modernistas. Com personagens paulistanos, o texto e a letra das músicas adquiriram o status de crônica contemporânea e de época, preservando a estrutura dramática do texto original e, ao mesmo tempo, recriando uma dramaturgia brasileira. E tudo isso, pasmem, em cerca de três meses. “Não me deu muito trabalho. Tenho no palco a nata dos atores musicais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Aí fica fácil. É que nem time de futebol que só tem craque. O passe vem no pé”, brinca o multifuncional Falabella. A peça conta a história de um fã de musicais, denominado o “homem da poltrona”, ouvindo um disco de um

espetáculo chamado “A Madrinha Embriagada”, que teria estreado em 1928 no Teatro São Pedro (uma réplica da fachada do teatro está no cenário do musical). Na trama do musical, Jane Valadão (Sara Sarres), que vai deixar os palcos para se casar com o empresário Roberto Marcos (Frederico Reuter), contrata uma madrinha para cuidar dela antes do casamento (um costume da época). No entanto, os fãs de Jane e o dono do teatro onde a diva se apresenta não querem sua aposentadoria. Eles então farão de tudo para tentar convencê-la a não deixar a carreira e não sacramentar seu casamento. SERVIÇO A Madrinha Embriagada

Quando 4ª a 6ª, 21h; Sábado: 16h e 21h; domingo: 19h

Onde teatro do Sesi, avenida Paulista, 1.313 Ingresso Grátis

Telefone 3146-7405

Reserva de ingressos: www.sesisp.org.br/ingressomadrinha

MĂşsica DivulgaĂ§ĂŁo

Grupo carioca iniciou a turnĂŞ â&#x20AC;&#x153;SubĂşrbio Bomâ&#x20AC;? em SP

Samba A periferia do grupo Bom Gosto w Palloma mina

o Ăşltimo final de semana de agosto, os cariocas do grupo Bom Gosto desembarcaram em SĂŁo Paulo para iniciar a turnĂŞ â&#x20AC;&#x153;SubĂşrbio Bomâ&#x20AC;?. Se vocĂŞ gosta de samba e ainda nĂŁo o conhece, a dica ĂŠ simples. â&#x20AC;&#x153;Seus conceitos vĂŁo mudar depois de ver o show do Bom Gosto, ao vivo ou no DVDâ&#x20AC;?, garante FĂĄbio BeĂ§a, responsĂĄvel pela voz e pandeiro do grupo. O mĂşsico conta que a alegria de viver e a coragem de ser feliz dos moradores das periferias foram as inspiraĂ§Ăľes para o novo trabalho. â&#x20AC;&#x153;As pessoas sĂŁo felizes com pouca coisa. Conversam no portĂŁo de casa, as crianĂ§as jogam bola na rua e empinam pipa. A gente nĂŁo vĂŞ a mesma espontaneidade nos condomĂniosâ&#x20AC;?. O registro do trabalho, um DVD com direito a troca de cenĂĄrios e figurinos, deve chegar Ă s lojas em outubro. Para os fĂŁs, BeĂ§a garante que a mistura de ritmos, marca registrada do Bom Gosto,

segue mais forte do que nunca. â&#x20AC;&#x153;Somos sambistas, mas tambĂŠm mĂşsicos, ouvimos de tudo desde pequenos e essa influĂŞncia aparece no nosso trabalhoâ&#x20AC;?. As letras que falam de situaĂ§Ăľes do cotidiano de forma leve e bem humorada sĂŁo as mesmas. As novidades sĂŁo as melodias com toque de capoeira, blues, reggae, xote e rap. â&#x20AC;&#x153;Temos a sensibilidade de dosar com o samba, mas nĂŁo temos medo de ousar. Se gostamos de uma mĂşsica, pode ter o formato que for, gravamosâ&#x20AC;?, afirma o vocalista. Os exemplos dados por ele para confirmar a teoria sĂŁo â&#x20AC;&#x153;18 Quilatesâ&#x20AC;? e â&#x20AC;&#x153;Patricinha do Olho Azulâ&#x20AC;?, sucessos absolutos nas rĂĄdios. â&#x20AC;&#x153;SĂŁo canĂ§Ăľes diferentes de tudo que a gente jĂĄ tinha gravado e ficaram Ăłtimasâ&#x20AC;?, avalia. Para quem ĂŠ pagodeiro e prefere samba puro, a faixa que mais agrada ĂŠ â&#x20AC;&#x153;Curtir a Vidaâ&#x20AC;?, considerada um hino dos solteiros.

A responsabilidade do sucesso

CMY

Com 17 anos de carreira, FĂĄbio BeĂ§a conta que o nĂvel de exigĂŞncia dos integrantes do grupo cresce a cada trabalho. â&#x20AC;&#x153;Criamos uma responsabilidade e cada disco acontece de um jeito. a forma de passar a nossa mensagem nĂŁo mudou, mas ĂŠ muito bacana conseguir se reciclarâ&#x20AC;?, orgulha-se. outra preocupaĂ§ĂŁo ĂŠ a mensagem para os fĂŁs. â&#x20AC;&#x153;Tem atĂŠ crianĂ§a que curte o nosso trabalho, entĂŁo tentamos passar sempre o melhorâ&#x20AC;?. Para os sambistas em inĂcio de carreira, o recado de BeĂ§a ĂŠ direto. â&#x20AC;&#x153;Mantenha a simplicidade, acredite no sonho e trabalhe para que ele se realize. Pode demorar, mas uma hora vai acontecerâ&#x20AC;?, finaliza.

Decoração FoTos: Divulgação

Quanto mais próximo do quarto da mãe melhor

Como fazer

O cantinho do bebê w Palloma mina

chegada de um bebê mexe com toda a família e também com a casa onde vivem. Se nos outros ambientes a preocupação é apenas com beleza e funcionalidade, no quarto do mais novo morador a segurança ganha destaque. Confira algumas dicas para ter um quarto lindo, aconchegante e seguro para o seu pequeno. O professor do curso de Decoração Prática do Senac, Valdimir Ferreira Lima, conta que a primeira coisa que os pais devem levar em consideração é a localização do quarto. “O ideal é que fique o mais próximo possível do quarto da mãe. Fica mais fácil, mesmo com o recurso da babá eletrônica, se a mãe estiver ao lado”. O cômodo também precisa ser ventilado e receber luz solar. O móvel mais importante do ambiente é o berço e são necessários alguns cuidados na hora de posicioná-lo. “Em linha reta entre a porta e a janela sempre há corrente de ar, o berço não pode ficar neste espaço. A peça também não deve ficar na frente da porta, o barulho pode assustar o bebê”, explica o professor. Outro ponto de atenção é o piso, que não deve ser muito duro, nem frio. “Não recomendo taco que não esteja em boas condições ou qualquer outro com rejunte mal feito. Junta poeira nestas fissuras e o pó é um inimigo dos bebês”, define Lima. 66

| Revista Avenida | Setembro 2013

Berço não deve ficar entre janela e porta por conta da corrente de ar

CMY

Cores e formas Na hora de escolher o material dos Para o professor móveis, a opção da maioria é a laca. “É valdimir, os pais devem fácil de limpar, tem longa durabilidade ter em mente que o e grande gama de cores, quase 2.500 quarto do bebê será um espaço que sofrerá tons, o que facilita para combinar modificações de tempos com as cores da parede ou do chão”, destaca lima. De acordo em tempos. “Pintura é com o professor, as tendências muito barato, tons pastel são são a mobília artística feita sob mais adequados para quartos encomenda, como berço em de bebês. algumas pessoas formato de barco, e o uso preferem o óbvio do azul para de adesivos, que podem menino e rosa para menina, mas ser trocados de tempos há uma série de verdes, cinzas e em tempos para que a amarelos”. decoração acompanhe o crescimento da criança.

Apesar do piso ter que ser de fácil limpeza, o porcelanato não é uma opção por ser muito frio e obrigar o uso de tapetes. A dica do especialista é o uso do piso vinílico, que é macio e parece madeira.

Sua casa com mais estilo www.lucasdecor.com.br CORTINAS PERSIANAS PAPEIS DE PAREDE MOLDURAS PISOS LAVAGEM MOTORIZAÇÃO MANUTENÇÃO

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Toca do Lobo

Maurício Nunes

é dramaturgo, músico, jornalista e cinéfilo, com livros sobre o tema Blog: atocadolobomau.blogspot.com Email: mauricio.nunes@metronews.com.br

Por um Brasil sem cura Tempos difíceis os que vivemos onde hipocrisia, ganância e violência vêm tomando espaço dia após dia no cenário deste filme estranho em que somos coadjuvantes e a eterna burrice da submissão assiste a tudo batendo palmas, enquanto engasga com a pipoca velha na sala suja deste cinema chamado Brasil. Na tela deste país você vê um idiota atropelar um ciclista, jogar o braço da vítima no rio e não ir sequer a julgamento; aí outro playboy mais idiota ainda fuzila a sangue frio e a queima-roupa um rapaz na frente de todos e a Justiça solta no mesmo dia, alegando que ele não causa perigo à sociedade; aí um jogador idiota beija o amigo na boca num gesto contra a homofobia, declarando depois que não é gay porque não é são-paulino, assumindo assim a sua postura homofóbica e preconceituosa; aí um vagabundo sem carteira de habilitação e bêbado mata uma criança de 12 anos atropelada, é ﬂagrado por várias câmeras, vai preso e minutos depois sai rindo da delegacia direto pra casa; aí o torcedor violento que foi acusado de matar um garoto na Bolívia é solto e se envolve de novo numa briga de torcidas; aí o menino de apenas 13 anos aprende a atirar, já dirige o carro dos pais policiais e hipoteticamente num ato psicótico mata a família, vai à escola e se suicida. Aí Câmara dos Deputados rejeita, durante votação em plenário, a cassação do mandato do deputado federal Natan Donanon, condenado a treze anos de prisão por peculato e formação de quadrilha e cumprindo pena no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. O que você espera do final do filme? O Brasil é uma vergonha mundial e a cada dia fica pior e ninguém faz nada. Até as manifestações já se calaram. Como eu havia ironizado com razão: o gigante acordou só para ir ao banheiro, mas voltou a dormir sem nem limpar a bunda. Para a vergonha ficar ainda maior, esta semana médicos cubanos foram hostilizados por “médicos” que exalam preconceito e xenofobia, mudando o juramento de Hipócrates para o de hipócritas. Fica a questão: estes cubanos estão tomando o emprego de algum destes que ali faziam este tipo obscuro de manifestação racial? Algum destes manifestantes está disposto a trabalhar em zonas rurais e regiões periféricas onde não há atendimento básico? Evidente que a questão desta importação de médicos cubanos é mais uma tramoia política de um governo corrupto e já doente, quem dera terminal, para financiar Cuba, talvez o sócio que o saudoso Cazuza tanto questionou. Mas agredir médicos importados que apenas querem trabalhar seria o mesmo que ofender bombeiros e não quem causa incêndios. Seria agredir anjos do asfalto e não bêbados ao volante que causam acidentes. Seja cubano, baiano, marciano, o que importa é ser humano e cuidar de seres humanos com no mínimo dignidade. Dignidade, aliás, que falta (ou talvez nunca existiu) a governantes escrotos frutos de partidos que são na verdade organizações criminosas que estão pouco se importando para os problemas da população. Crianças na Bahia choram por não terem sequer cadeiras para assistir aulas. Andam às vezes cinco quilômetros até a escola e ainda assistem às aulas em pé. Alguém se importa? Claro que não. Quem sabe se Cuba começar a exportar cadeiras a situação se resolva. Já que a moda é importar então que se tragam enfermeiras suecas; jogadores com educação europeia; juízes italianos ou americanos, onde no mínimo há condenações e se pagam na cadeia. Por que não importamos pais também que eduquem seus filhos a serem bons alunos, boas pessoas, para não aprender a atirar e muito menos dirigir antes da hora para num futuro suicidar ou, pior ainda, atropelar pessoas ou assassinar inocentes no meio da rua na frente de todos, sabendo que não há punição quando se tem uma bela conta e um pai bem relacionado? Que se importem políticos nórdicos que aceitem trabalhar na política como voluntários, sem salários ou mordomias. Que finalmente se crie vergonha na cara, porque o mundo não precisa de fronteiras e nem barreiras, precisa é de decência, ética e acima de tudo coragem para mudar em prol dos que não têm voz. Que nosso mundo seja enfim curado. Por cubanos ou não!

| Revista Avenida | Setembro 2013

Cabeça Liberta

Mônica Kikuti

Blog: cabecaliberta.wordpress.com Email: monicakikuti@hotmail.com

Por menos “plastificação” Não faz muito tempo me perguntaram se eu era feliz. Não titubeei e disse que era. Talvez se dissesse que não, me sentenciaria à infelicidade por meros detalhes que não fazem muita diferença. Por que dizer o pior se a vida é tão boa? Mas tanto a infelicidade quanto a felicidade incomodam. Tem gente que, por ter uma infinidade de problemas, acha que você tem que ter também. E na mesma proporção. É aquela coisa de partilha de infelicidade, de cumplicidade com a fossa interminável. “Que tal sermos infelizes juntos?”. Tem gente também que não suporta a felicidade alheia. Não por mera inveja, mas talvez pelo desconhecimento do que seja sentir-se feliz, porque já se está muito acostumado com o pessimismo cotidiano. E, convenhamos, quem só fala de tragédias e nunca tem uma mísera boa notícia para dar também espanta qualquer um. É aquela sensação da energia negativa. Ninguém gosta de infelicidade assim, misturada com mau humor. Dá vontade de jogar sal grosso, água benta. Mandar para o descarrego. Em um evento para jornalistas, estive em um prédio bonito numa região nobre de São Paulo. Todo mundo engomadinho, cheiroso, bonitinho. Tudo brilhava, até os sorrisos das pessoas. Como numa vitrine, eu as vi trabalhar. Olhavam para o computador de última geração e estavam com uma postura tão ereta que dava até gosto de ver. Acho que ninguém ali tinha lordose, escoliose, LER e toda esta coisarada, até comum em gente que fica diante do computador por horas. “Me parece um bom ambiente para trabalhar”, falou-me um colega, puxando papo antes de entrar no elevador. “Ah, mas que coisa sem graça! Ninguém conversa com ninguém”, respondi-lhe. Ele sorriu meio sem graça. As pessoas me pareciam encerradas em si mesmas naquele lugar. Plastificadas. Isoladas. Não que deveriam estar como em um mercado de peixe, mas aquilo tudo parecia tão bonito só de ver, mas, no fundo, não parecia que as pessoas eram calorosas umas com as outras, no sentido de partilhar coisas boas. Eram máquinas metódicas de fazer textos. Imaginei se eu, de repente, soltasse uma risadinha ali dentro, do nada. Iriam me olhar com a reprovação de que é preciso fazer silêncio, de que ali não se pode rir. Por que ser feliz no trabalho?? O trabalho é um lugar para trabalhar! Não é para ficar causando. Nem concórdia, nem discórdia. Tem é que produzir. Mas e a felicidade, o prazer de compartilhar uma piada, de ter de repente uma ideia surpreendente após uma conversa com um colega? Por que ser sério é ser bom e ser radiante é repreensível? Pelo bem da ordem, é claro, mas para o bem do ser humano: sejamos menos plastificados e, assim, bem mais felizes e bem humorados. Porque estamos aqui para trocar experiências, não para viver experimentalmente como se fôssemos eremitas em sentimentos. 70

| Revista Avenida | Setembro 2013

Roteiro

Roteiro cinema

Programação sujeita a alterações sem aviso prévio Divulgação

e você estava com saudade das aventuras dos amigos Montanha (Antônio Pedro Borges), Juca (José Wilker) e PR (Paulo Betti), setembro tem uma novidade e tanto. Chega às salas de todo País “Casa da Mãe Joana 2”, a nova comédia do diretor Hugo Carvana. Na sequência, Montanha se tornou um escritor rico e de muito sucesso, mas as confusões continuam. Juca é preso por participar de uma maratona de usuários de maconha e PR usa seus dotes galanteadores para tirar vantagem de mais uma viúva rica. Mesmo bem sucedido, Montanha segue deslumbrado pela imagem de Dolores Sol, interpretada por Juliana Paes. Mais dois personagens que não são reais ganham destaque, o espírito da rainha francesa Maria Antonieta e de seu serviçal gay Zazzie. As duas almas penadas são interpretadas por Fabiana Karla e Caike Luna, respectivamente.

Carvana diz que foi feliz na escolha do time de profissionais. “Fazer humor não é fácil, então tenho que saber escolher quem tem facilidade de transmitir alegria. Felizmente, nos meus filmes, essa alegria começa no set e passa para a tela”, avalia. Também integram o elenco Betty Faria, Xuxa Lopes, Anselmo Vasconcellos, Carmem Verônica, Lúcia Bronstein, Felipe Kannenberg e Leona Cavalli, a doutora Glauce da novela “Amor à Vida”. Setembro 2013 | Revista Avenida | 71

Roteiro a coleção invisível - A família de Beto (Vladimir Brichta) é dona de uma tradicional loja de antiguidades, em crise financeira. Para tentar solucionar o problema, ele parte em uma viagem até a cidade de Itajuípe, interior da Bahia, atrás de uma coleção raríssima de gravuras. Lá, Beto conhece o colecionador Samir (Walmor Chagas) e sua família, que passam por um momento difícil. O encontro fará com que ele mude sua maneira de enxergar o mundo. Direção: Bernard Attal. ano: 2012. País: Brasil. Gênero: Drama. Distribuidora: Pandora Filmes. Previsão de estreia: 06/09.

Divulgação

a Família do Bagulho - Um traficante de drogas veterano tem em mãos a chance de receber do México um grande carregamento de maconha. Para fechar negócio, ele resolve criar uma família falsa, para que ninguém desconfie do que está realmente acontecendo. Direção: Rawson Marshall Thurber. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Comédia. Distribuidora: Warner Bros. Previsão de estreia: 27/09. a Religiosa – No século XVII, a jovem Suzanne sonha em ter uma vida livre, mas seus pais têm outros planos para ela: colocá-la em um convento. Embora resista, ela é forçada a seguir a preparação para a vida religiosa. Enquanto lida com as madres superiores, Suzanne vai começar a planejar sua fuga. Direção: Guillaume Nicloux. ano: 2013. País: Alemanha/Bélgica/França. Gênero: Drama. Distribuidora: Imovision. Previsão de estreia: 06/09. apenas entre nós - Nikola (Miki Manojlovic) é um homem que sabe como aproveitar bem a vida, conquistando a simpatia de todos, menos a de seu irmão. Direção: Rajko Grlic. ano: 2010. País: Croácia/ Eslovênia/Sérvia. Gênero: Comédia Dramática. Distribuidora: Lume Filmes. Previsão de estreia: 06/09. as Bem armadas - A agente especial do FBI Sarah Ashburn (Sandra Bullock) e a policial Shannon Mullins (Melissa McCarthy) não podiam ser mais incompatíveis. Quando precisam juntar forças para trazer um perigoso traficante de drogas, elas se tornarão algo que ninguém esperava: amigas. Direção: Paul Feig. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Comédia. Distribuidora: Fox Film. Previsão de estreia: 20/09. aviões - Dusty (Jon Cryer) é um avião de uma cidade pequena que sonha em participar da maior corrida aérea do mundo, apesar de seu medo de altura. Com a ajuda e o apoio de sua frota, Dusty enfrenta seus medos para encarar o desafio de sua vida. Direção: Klay Hall. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Animação. Distribuidora: Disney. Previsão de estreia: 13/09. elysium - Em 2159, existem apenas duas classes de pessoas: os muitos ricos, que vivem em uma estação espacial isolada, chamada Elysium; e o resto da humanidade, que vive em uma superpovoada Terra em ruínas. Preservar o estilo de vida luxuoso dos cidadãos de Elysium é o trabalho de Rhodes (Jodie Foster), que governa com pulso firme para fazer cumprir as leis anti-imigração. Apesar disso, várias pessoas tentam entrar ilegalmente na estação com a esperança de uma vida melhor, porém sem sucesso. Até que Max (Matt Damon) recebe uma missão que pode não só salvar sua vida, mas trazer igualdade para esses mundos tão distintos. Direção: Neill Blomkamp. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Drama. Distribuidora: Sony Pictures. Previsão de estreia: 20/09. 72

| Revista Avenida | Setembro 2013

Ashton Kutscher dá vida ao empresário Steve Jobs

esse amor que nos consome - Gatto Larsen e Rubens Barbot são companheiros de vida há mais de 40 anos e acabam de se instalar em um casarão abandonado no centro do Rio de Janeiro. Ali, passam a viver e ensaiar com sua companhia de dança. A luta do dia a dia misturase à criação artística e à crença em seus orixás. Por meio da dança, espalham-se pela cidade, marcando seus territórios. Direção: Allan Ribeiro. ano: 2012. País: Brasil Gênero: Drama. Distribuidora: Vitrine Filmes. Previsão de estreia: 06/09. Foxfire - Um grupo de garotas americanas, cansadas dos abusos que sofrem na fábrica em que trabalham, cria uma gangue só de mulheres chamada Foxfire. Com violência, elas se vingam das humilhações sofridas. Direção: Laurent Cantet. ano: 2012. País: Canadá/França. Gênero: Drama. Distribuidora: Imovision. Previsão de estreia: 20/09. invocação do mal - Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) são investigadores paranormais de renome mundial, que foram chamados para ajudar uma família aterrorizada por uma presença maligna em uma fazenda isolada. Forçados a confrontar uma poderosa entidade demoníaca, os Warrens encontram-se presos no caso mais terrível de suas vidas. Direção: James Wan. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Terror. Distribuidora: Warner Bros. Previsão de estreia: 13/09. Jobs - A história da ascensão de Steve Jobs (Ashton Kutcher), de rejeitado no colégio até se tornar um dos mais reverenciados empresários do universo da tecnologia no século 20. O longa mostra a jornada de autodescobrimento da juventude, os demônios pessoais que o atormentavam e, finalmente, os triunfos que transformaram sua vida. Dire-

Roteiro Divulgação

ção: Joshua Michael Stern. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Drama. Distribuidora: PlayArte. Previsão de estreia: 06/09. O ataque - O policial John Cale (Channing Tatum) acaba de ter o emprego dos sonhos negado, ele queria trabalhar no Serviço Secreto para proteger o presidente James Sawyer (Jamie Foxx). Sem querer decepcionar sua filha com a notícia, Cale a leva para fazer um tour pela Casa Branca, quando o local é invadido por um grupo paramilitar armado. Agora, com o governo em colapso e o tempo acabando, está nas mãos do policial salvar o presidente, sua filha e o país. Direção: Roland Emmerich. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Ação. Distribuidora: Sony Pictures. Previsão de estreia: 06/09. O Tempo e o Vento – O filme conta a história da família Terra Cambará e de sua rival, a família Amaral, durante 150 anos – começando nas Missões até o final do século 19. Sob o ponto de vista da luta entre essas duas famílias, o longa retrata a formação do Rio Grande do Sul, a povoação do território brasileiro e a demarcação de suas fronteiras, forjada a ferro e espada pelas disputadas entre as coroas portuguesa e espanhola. Direção: Jayme Monjardim. ano: 2012. País: Brasil. Gênero: Drama. Distribuidora: Downtown Filmes / Paris Filmes. Previsão de estreia: 20/09.

Thiago Lacerda está no longa “O Tempo e o Vento”

Prisioners - Após ter sua filha sequestrada e ver a polícia falhar nas investigações, um homem captura suspeitos em busca da verdade. Direção: Denis Villeneuve. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Drama. Distribuidora: Paris Filmes. Previsão de estreia: 20/09.

Obsessão – Um homem sem rumo ajuda o irmão jornalista a investigar uma possível condenação injusta de um prisioneiro sentenciado à morte. Durante o processo, ele se apaixona pela mulher com a qual o condenado troca correspondências amorosas. Direção: Lee Daniels. ano: 2012. País: Estados Unidos. Gênero: Drama. Distribuidora: Europa Filmes. Previsão de estreia: 06/09.

Riddick - Riddick (Vin Diesel) foi abandonado em um local desconhecido destruído por diversas guerras. Seu único desejo é voltar para o planeta de onde veio, mas para isso ele vai ter de enfrentar vários demônios e caçadores de recompensas. Direção: David Twohy. ano: 2013. País: Estados Unidos / Reino Unido. Gênero: Ação. Distribuidora: Imagem Filmes. Previsão de estreia: 13/09.

One Direction: This is Us - O filme retrata o cotidiano da boyband britânica, formada por Niall Horan, Zayn Malik, Liam Payne, Harry Styles e Louis Tomlinson. A banda One Direction foi descoberta por Simon Cowell em 2010, na versão britânica do programa The X Factor. O grupo tornou-se uma das atrações mais populares da competição, terminando entre os três finalistas. Em março de 2012, o álbum de estreia, Up All Night, fez história nos Estados Unidos, sendo a primeira vez em que um álbum de uma banda britânica estreou em primeiro lugar na parada da Billboard. Direção: Morgan Spurlock. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Documentário. Distribuidora: Sony Pictures. Previsão de estreia: 06/09.

R.i.P.D. - Recentemente morto, um policial une-se a uma equipe de policiais mortos-vivos, que trabalha para o Departamento Descanse em Paz, e tenta encontrar o homem que o assassinou. Direção: Robert Schwentke. ano: 2013. País: Estados Unidos. Gênero: Ação. Distribuidora: Universal Pictures. Previsão de estreia: 27/09. Divulgação

O Ataque é boa opçào para fàs de filmes de açào

Rush – no Limite da emoção – O longa mostra a rivalidade do piloto britânico James Hunt (Chris Hemsworth) com o austríaco Niki Lauda (Daniel Brühl). A fama de mulherengo de Hunt não impediu que ele se casasse com Suzy Miller (Olivia Wilde), mas a relação ficou abalada quando ela se apaixonou pelo ator Richard Burton (Russell Crowe), amigo do piloto. Direção: Ron Howard. ano: 2013. País: Alemanha/Estados Unidos/Reino Unido. Gênero: Drama. Distribuidora: Califórnia Filmes. Previsão de estreia: 13/09. Silent Hill – Revelação - Heather Mason (Adelaide Clemens) passou a vida fugindo, ao lado do pai Harry (Sean Bean), de forças que ambos nunca compreenderam muito bem. Mas, quando seu pai desaparece misteriosamente, a jovem se depara com uma estranha e terrível realidade que guarda respostas sobre os pesadelos que a infernizam desde a infância. Não demora até que Heather descubra que não é a pessoa que imaginava ser, com a ameaça de ficar aprisionada em sofrimento eterno. Direção: Michael J. Bassett. ano: 2012. País: Canadá/ Estados Unidos/França. Gênero: Terror. Distribuidora: PlayArte. Previsão de estreia: 20/09.

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Roteiro SHOWS

Programação sujeita a alterações sem aviso prévio Divulgação

alicia Keys – A cantora e pianista norte-americana se apresenta pela primeira vez no País. A dona de canções que chegaram ao topo das paradas de sucesso, como “Girl On Fire” e “Falling”, fará dois tipos de apresentação em São Paulo e oferecerá configuração sentada para o público. ingresso: de R$ 150 a R$ 590. Espaço das Américas - Rua Tagipurú, 795 – Barra Funda – Oeste. Telefone: 40031527. Quando: 12/09, às 22h. Belo – O cantor de pagode traz para a Capital o show de sua nova turnê, “Tudo Novo”. No repertório estarão as canções “Nos Desejos de Uma Paixão”, “Meia Luz”, “Um Herói e A Gente Faz Amor”. ingresso: de R$ 35 a R$ 180. Credicard Hall - Av. das Nações Unidas, 17.955 - Santo Amaro – Sul. Telefone: 4003-5588. Quando: 06/09, às 23h. Beyoncé – A diva do pop chega ao Brasil com a turnê “Mrs. Carter” e promete levar os fãs ao delírio. A intérprete de sucessos como “Single Ladies”, “Crazy in Love”, “Halo e Love on Top” faz única apresentação na capital paulista com preços salgados, mas mesmo assim os setores pista premium e cadeiras já estão esgotados. ingresso: de R$ 90 a R$ 300. Estádio do Morumbi - Praça Roberto Gomes Pedrosa, sem número – Morumbi – Sul. Telefone: 4003-1527. Quando: 15/09 às 19h30.

TeaTRO

A estrela pop Beyoncé faz apresentação em São Paulo

Vanessa da mata – A cantora mato-grossense segue com a sequência de shows com o repertório do compositor Tom Jobim. Clássicos como “Garota de Ipanema”, “Correnteza” e “Samba do Avião estão” no set list. ingresso: de R$ 35 a R$ 180. Credicard Hall - Av. das Nações Unidas, 17.955 - Santo Amaro – Sul. Telefone: 4003-5588. Quando: 13 e 14/09, às 22h.

Programação sujeita a alterações sem aviso prévio

adão, eva e mais uns caras - Um grupo de náufragos fica preso em uma ilha deserta, sem comida ou energia elétrica. Presos no local, eles precisam reinventar seu modo de vida e necessidades. ingresso: a partir de R$ 60. Direção: Ernesto Piccolo. Gênero: Comédia. Teatro Gazeta - Av. Paulista, 900 - Bela Vista - Centro. Telefone: 3253-4102. Vende ingresso pelo telefone. Tem acesso para deficiente. Tem local para comer. 700 lugares. estacionamento: R$ 20. Quando: sextas às 23h, sábados às 20h e domingos às 18h, até 17/11. Divulgação

Cabaret Luxpuria mistura drama e comédia 74

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cabaret Luxúria - Um grupo teatral tem que lidar com a chegada de uma nova integrante, que traz o desequilíbrio e provoca desejo, traição e perigo. A orquestra feminina Tango e Perfume executa as canções ao vivo. ingresso: R$ 40. Direção: Helen Helene. Gênero: Comédia/Drama. Viradalata - R. Apinajés, 1387 - Sumaré - Oeste. Telefone: 3868-2535. Aceita os cartões MasterCard e Visa. Vende ingresso pelo telefone. Tem acesso para deficiente. 273 lugares. estacionamento: R$ 15. Quando: sábados às 22h e domingos às 19h, até 29/09. expresso K - A partir da obra do escritor tcheco Franz Kafka e das cartas que ele trocava com as mulheres que amou, a Cia. Pau d’Arco fala dos últimos momentos da vida do autor, mesclando ficção e realidade. ingresso: Grátis. Direção: Bia Szvat. Gênero: Drama. Teatro da Cia. do Feijão - Rua Teodoro Baima, 68 - República - Centro. Telefone: 3259-9086. 80 lugares. Quando: sábados às 21h e domingos às 20h, até 27/10. Signos – O espetáculo é um trabalho contemporâneo que integra música, luthieria e artes plásticas. Para executar as canções são utilizados instrumentos de sopro, corda, percussão e esculturas sonoras, construídos com materiais como madeira, pedra, bambu e argila. ingresso: 1 kg de alimento não perecível. Direção: Fernando Sardo. Gênero: Musical. Teatro Humboldt - Av. Engenheiro Alberto Kuhlmann, 525 – Interlagos – Sul. Telefone: 5686-4055. Tem acesso para deficiente. Tem local para comer. 432 lugares. estacionamento: gratuito. Quando: 13/09, às 21h.

Roteiro GaSTROnOmia aLemÃ

Divulgação

armazém do alemão - Serve pratos típicos individuais e executivos para duas pessoas. O mais pedido é “O Alemão Papicra Schnitzel”, filé mignon à milanesa com bolinho de batata a e molho páprica. Entre os executivos, que variam durante a semana, o destaque é o Lombo de Bacalhau, que é refogado no azeite, acompanhado de arroz branco e brócolis com alho frito. O prato com o peixe é sérvio apenas às sextas, é individual e custa R$ 35,20. Gasto médio: R$ 30 por pessoa. R. Bacaetava, 343 - Vila Gertrudes - Sul. Telefone: 5041-8799. Aceita os cartões Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, Visa Vale. Aceita cheques. Não faz entrega em domicílio. Aceita reservas. Não tem ar-condicionado. Tem acesso para deficiente. Tem conexão wi-fi. 95 lugares. Quando: de segunda a sexta das 11h30 às 15h; sábado das 11h30 às 16h. caverna Bugre - O restaurante serve há 63 anos um menu em que constam especialidades alemãs. O carro-chefe é o filé alpino: mignon frito gratinado com copa, Catupiry, provolone e molho inglês, e servido com arroz branco. O prato custa R$ 77,60 e serve duas pessoas. Gasto médio: de R$ 40 a R$ 50 por pessoa. R. Teodoro Sampaio, 334 - Pinheiros Oeste. Telefone: 3085-6984. Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Sodexo Pass e Visa Vale. Aceita cheques. Não faz entrega em domicílio. Não aceita reservas aos domingos. Tem ar-condicionado. Não tem mesas ao ar livre. 54 lugares. Quando: de segunda a quinta das 11h30 às 15h30 e das 18h às 23h30; sexta das 11h30 às 15h30 e das 18h às 0h; sábado: das 11h30 às 24h; domingo das 11h30 às 21h.

ÁRaBe

abu-zuz - Serve, às quartas e sábados, o uzi de cordeiro, uma massa folhada recheada de arroz e cordeiro desfiado, com coalhada fresca à parte. O prato serve duas pessoas e custa R$ 60,50. Já o quibe assado, acompanhado de salada oriental e coalhada fresca, é servido na casa diariamente. Gasto médio: R$ 30 por pessoa. R. Miller, 622 - Brás - Leste. Telefone: 3315-9694. Aceita os cartões Amex, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, Visa Vale. Não aceita cheques. Não faz entrega em domicílio. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. Não tem mesas ao ar livre. 60 lugares. Quando: de segunda a sábado das 11h30 às 15h30; sábado: 7h às 16h. Fecha aos domingos e feriados.

caRneS

arcos da cantareira - O principal prato da churrascaria e pizzaria, que trabalha com sistema à la carte, é o Filé Arcos: mignon grelhado recheado com catupiry, molho madeira, champignon e aspargos, acompanhado de arroz e batata soutê. A casa oferece jantar dançante às sextas e, aos sábados, música ao vivo. Gasto médio: R$ 45 por pessoa. Av. Nova Cantareira, 3297 – Barro Branco - Norte. Telefone: 2204-0963. Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Aceita tíquete Visa Vale. Aceita cheques. Faz entrega em domicílio. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficiente. Tem música ao vivo. Não tem mesas ao ar livre. Tem conexão wi-fi. Possui cadeirões para bebês. estacionamento: grátis. 350 lugares. Quando: de domingo a quinta das 11h30 às 23h30; sexta e sábado das 11h30 à 0h30.

Flié mignon com quatro queijos da Casa Parmegiana

Búfalo Grill - O rodízio serve cerca de 20 cortes, com destaque para picanha, fraldinha e alcatra. No bufê, há opções de salada e pratos quentes variados. O rodízio custa R$ 32,90 no jantar e R$ 49,90 no almoço. Gasto médio: R$ 65 por pessoa. Av. Ver. José Diniz, 205 - Santo Amaro - Sul. Telefone: 5521-8556. Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Cheque Cardápio, Ticket Restaurante Eletrônico, Vale-Refeição, Visa Vale, Sodexo Pass. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficiente. estacionamento: grátis. 380 lugares. Quando: de segunda a domingo das 12h às 23h30. casa do Parmegiana – A casa acaba de ser inaugurada em Moema e oferece diferentes receitas à moda parmegiana. Além das opções com filet mignon, há opções à base de frango e berinjela. O carro-chefe da casa é o filé à parmegiana tradicional recheado com queijo tipo gouda, o prato para duas pessoas custa R$ 49,50 e vem acompanhado de arroz branco e das deliciosas batatas selvagens. Gasto médio: de R$ 45 por pessoa. Av. Sabiá, 733 – Moema – Sul. Telefone: 5052-6060. Aceita os cartões American Express, Diners, Martercard e Visa. Aceita os tíquetes Sodexo, VR, TR, Alelo. Aceita reservas. Faz entrega em domicílio. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficientes. Tem rede Wi-Fi. 140 lugares. estacionamento: R$ 10. Quando: de segunda a domingo das 11h às 23h. chuletão Grill & Pizza – A casa acaba de completar 50 anos e recebe diariamente clientes em busca do sabor da tradição. Há dezenas de petiscos no cardápio, mas o prato mais pedido da casa é a costelinha de porco servida com arroz birô-biro. A porção para duas pessoas sai por R$ 46,80. Gasto médio: de R$ 60 por pessoa. Rua Gustavo da Silveira, 724 – Vila Sta Catarina – Sul. Telefone: 5563-5061. Aceita os cartões American Express, Diners, Martercard e Visa. Aceita tíquetes eletrônicos. Aceita cheques. Aceita reservas. Faz entrega em domicílio. Tem ar-condicionado. Tem rede Wi-Fi. 140 lugares. estacionamento: grátis. Quando: de segunda e terça-feira 11h às 23h: quarta e quinta-feira das 11h às 23h30; sexta e sábado das 11h à0h; domingo das 11h às 22h. Setembro 2013 | Revista Avenida | 75

Roteiro Laço de Ouro – A churrascaria da Liberdade funciona em sistema à la carte e o grande diferencial é a vitrine de carnes, onde o cliente pode escolher qual corte será usado para preparar seu prato. O destaque da casa é a picanha, que chega à mesa no espeto, macia e suculenta. A versão alho e óleo do prato varia entre R$ 79 e R$ 102. Outro sucesso entre os clientes é a costela bovina, que custa a partir de R$ 59,00. Gasto médio: R$ 60 por pessoa. Rua Pires da Mota, 295 – Liberdade – Centro. Telefone: 3208-1567. Aceita os cartões American Express, MasterCard, Visa, Diners e Elo. Aceita os tíquetes Sodexo e Ticket Refeição. Faz entrega em domicílio. Tem Tem rede Wi-Fi. Tem acesso para deficientes. 140 lugares. estacionamento: grátis. Quando: de segunda a domingo das 11 às 0h.

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cOnTemPORÂnea

Via castelli - Localizado há 35 anos no bairro de Higienópolis, o Restaurante Via Castelli conserva em seu interior elementos da natureza que resistem ao tempo, como uma jaqueira centenária no salão principal para criar um ambiente rústico e acolhedor. O menu à la carte oferece de grelhados e frutos do mar. Um dos destaques é a Picanha Via Castelli, flambada ao vinho tinto com pimenta dedo de moça e acompanhada de risoto de coração de alcachofra. Gasto médio: R$ 70. Rua Martinico Prado, 341- Higienópolis – Centro. Telefone: 3662-2999. Aceita os cartões Amex, Diners, Cielo, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, Vale-Refeição. Aceita cheques. Faz entrega em domicílio. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficiente. Tem conexão wi-fi. 180 lugares. estacionamento: R$ 10. Quando: de segunda a sexta-feira, das 12h às 15h30 e das 18h a 00h30; aos sábados, domingos e feriados das 11h30 à 00h30. W Restaurante - O espaço da casa recém-inaugurada lembra uma charmosa casa de vidro com pé-direito alto e decoração sofisticada incluindo sofás, obras de arte, iluminação indireta e luz de velas. No cardápio, pratos bem servidos e criativos dão diversas opções ao cliente. Um dos destaques é o filé mignon com queijo ementhal acompanhado de risoto de limão siciliano. Dentre as sobremesas, vale a pena provar o brigadeiro de colher. Gasto médio: R$ 60 por pessoa. Rua Campos Bicudo, 141 - Itaim Bibi – Zona Sul. Telefone: 3167-1034. Aceita os cartões: Amex, Mastercard e Visa. Tem ar condicionado. Tem acesso para deficiente. Tem conexão WiFi. 80 lugares. estacionamento: R$ 18. Quando: de terça a sábado das 12h ao último cliente; domingo e segunda das 12h às 16h.

DOceRiaS

amor aos Pedaços – Serve bolos, tortas, sorvetes, docinhos, salgados e cafés. Os bolos, tortas e sorvetes são vendidos por fatia ou inteiros. Até outubro, as vitrines das mais de 60 lojas da rede estarão repletas de recei-

Espeto de picanha é carro-chefe do Laço de Ouro

tas preparadas especialmente com a fruta ícone do inverno: o morango. O carro-chefe do Festival do Morango 2013 é o Bolo Floral, bolo de chocolate recheado com camadas de creme trufado, massa biscuit e morangos, com calda de chocolate, cobertura de doce de leite e morangos. Cem gramas do doce saem por R$10,50. R. Loefgreen, 1560 - Vila Clementino - Sul. Telefone: 5084-4392. Aceita todos os cartões. Faz entrega em domicílio. Tem ar condicionado. Tem acesso para deficiente. Tem conexão Wi-Fi. Estacionamento no local. Quando: de segunda a domingo das 9h às 21h. madame Brigadeiro - Inaugurada em março, a charmosa doceria oferece diversos doces, bolos e tortas, além de mais de 45 tipos de brigadeiro gourmet, elaborados com chocolate suíço. Gasto médio: R$ 25. Local: Rua Bartira, 427 – Perdizes – Oeste. Telefone: 3804-4722. Aceita os cartões MasterCard e Visa. Não aceita tíquete. Não aceita cheque. Faz entrega em domicílio. Tem acesso para deficiente. Tem rede Wi-Fi. 18 lugares. Quando: segunda-feira das 11h às 19h30; de terça a sexta-feira das 11h às 21h30; sábado das 11h às 20h; domingos e feriados das 12h às 18h.

iTaLiana

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cantina arancini – O estabelecimento reproduz a hospitalidade dos almoços na casa da nona e oferece um cardápio com pratos típicos da região da Sicília e de Bolonha. Um dos maiores sucessos da casa é o fondue de queijos gratinados servido no pão italiano, a receita é guardada a sete chaves. Gasto médio: R$ 45 por pessoa. Av. João Carlos da Silva Borges, 1211 – Chácara Santo Antonio – Zona Sul. Telefone: 5641-9774. Aceita os cartões Amex, Visa, Master e Diners. Aceita os tíquetes TR e Vale-Refeição. Faz entrega em domicílio. Aceita reserva. 72 lugares. Quando: terça, quinta e sexta das 11h40 às 15h e das 18h30 às 23h; quarta das 11h40 às 15h; sábados e feriados das 12h às 23h30; domingo das 12h às 17h.

JaPOneSa

Bolo Floral é destaque da rede Amor aos Pedaços 76

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aizomê - Instalado em um discreto sobrado, é um restaurante japonês diferente. Não há combinado de sushi e sashimi, guioza ou yakisoba. O destaque da casa é o menu degustação, que muda todos os dias. Por R$ 180, o ciente prova sete pratos: duas entradas, sashimi, dois pratos principais, sushi e sobremesa. Gasto médio: R$ 200. Al. Fernão Cardim, 39 - Jardim Paulista – Sul. Telefone: 3251-5157. Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Visa Vale. Aceita

Roteiro cheques. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. 46 lugares. estacionamento: R$ 10.Quando: de segunda a sexta, das 12h às 14h30 e das 18h30 às 23; sábado 18h30 às 23h.

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aoyama - A casa é a queridinha dos jovens descolados da Capital. No rodízio são servidos desde pratos tradicionais a modernos e sofisticados. Gasto médio: R$ 80 por pessoa. R. Pe. João Manoel, 1069 - Jardim Paulista - Oeste. Telefone: 3062-0885. Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Cheque Cardápio, Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico. Não aceita cheques. Não faz entrega em domicílio. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficiente. 100 lugares. estacionamento: R$ 20. Quando: de segunda a quinta das 12h às 15h e das 19h às 23h30; sexta das 12h às 15h e 19h à 0h30; sábado das 13h às 24h; domingo e feriado das 12h às 23h. aji-to Temakeria - Os temakis podem ser pedidos nos tamanhos médio e grande, com incríveis 150g de peixe, em diversos sabores. Um deles é o atum spicy, com cebolinha e pimenta tabasco ou dedo de moça, que custa R$17,90 no tamanho grande. Há também temakis especiais em tamanho único, a exemplo do Chef, recheado com salmão, pele de salmão, cream cheese, ova de arenque e crispe pelo mesmo preço. Gasto médio: R$ 25 por pessoa. R.Augusta, 1416 – Consolação – Centro. Telefone: 4323-0683. Aceita os cartões Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Sodexo Pass e Visa Vale. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficiente. Tem rede Wi-Fi. 84 lugares. Quando: de segunda a quinta-feira das 12h às 23h30; sexta-feira das 12h às 02h; sábado das 12h às 04h; domingo das 16h30 às 23h30.

naTURaL

alcaparra - A casa funciona em sistema de o bufê apresenta opções veganas. Entre as receitas, há feijoada vegetariana, às quartas e sábados, e estrogonofe de shiitake com legumes com creme de soja aos sexta e domingo Preço médio: até R$ 50,00. Gasto médio: R$ 30,00. Av. Pompeia, 2.544 – Pompeia - Oeste. Telefone: 3672-7674. Aceita os cartões Diners, MasterCard, Visa Eletron. Aceita os tíquetes Cheque Cardápio, Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, Vale Ticket, Vale-Refeição, Visa Vale. Aceita cheques. Não faz entrega em domicílio. Não aceita reservas. Não tem ar-condicionado. Tem mesas ao ar livre. 80 lugares. Quando: de segunda a sexta das 11h30 às 15h30; sábado, domingo e feriado das 12h às 16h. Lótus - Oferece cozinha vegetariana de influência oriental, refletida nos pratos quentes, como o yakisoba, guioza recheado de legumes e rolhinho primavera de folhas e legumes. Os pratos são cobrados por peso. Gasto médio: R$ 30,00 por pessoa. R. Brig. Tobias, 420 - Centro. Telefone: 3229-5696. Aceita os cartões Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Cheque Cardápio, Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, Vale-Refeição, Visa Vale. Não aceita cheques. Não faz entrega em domicílio. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficientes. 200 lugares. estacionamento: R$ 5 a 1ª hora e R$ 2 horas adicionais, no nº 360 - convênio. Quando: segunda a sábado das 11h30 às 15h.

PaDaRia

estalagem - Reunindo o que há de mais moderno e atual no segmento no bairro do Limão, o estabelecimento não é apenas uma superpadaria de alto nível, mas uma casa gastronômica. Oferece todas as refeições: café da manhã, almoço, jantar e lanches para quem estiver com pressa. Av. Deputado Emílio Carlos, 380 – Limão – Norte. Telefone: 3858-0049. Aceita os cartões Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tí-

Pizza com shitake e shimeji da Pizzeria Carlitos

quetes Cheque Cardápio, Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, Vale-Refeição, Visa Vale. Aceita reservas. Tem acesso para deficientes. Tem conexão Wi-Fi. 400 lugares. estacionamento: grátis. Quando: de segunda a quinta das 6h às 0h; sextas, finais de semana e vésperas de feriado das 6h às 2h. maria Louca – A padaria é a queridinha dos moradores do Ipiranga por conta da variedade e alta qualidade dos produtos. Rua dos Patriotas, 874 - Ipiranga – Sul. Telefone: 2219-7070. Aceita os cartões Mastercard, Visa, Amex e Dinners. Aceita os tíquetes Sodexo, VR Smart e Visa Vale. Aceita reservas. Tem ar condicionado. Tem acesso para deficientes. Villa Grano – A super padaria conta com buffet com pães, frios, sucos e sobremesas, além de lanches e pratos servidos à la carte. Rua Borges Lagoa, 371 – Vila Clementino – Sul. Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, e Visa Vale. Tem ar condicionado. Tem acesso para deficientes. 100 lugares. estacionamento: primeiros 45 minutos grátis. Quando: de segunda a domingo das 6h às 22h40.

PiZZaRia

Bráz Pizzaria - A mais premiada criação da casa é a pizza Caprese: sobre uma base de mussarela são dispostas fatias carnudas de tomate caqui, rodelas de mussarela de búfala artesanal, folhas de manjericão gigante e pesto de azeitonas pretas. Gasto médio: R$ 70 por pessoa. R. Sergipe, 406 - Consolação - Centro. Telefone: 3214-3337. Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Não aceita tíquete, Aceita cheques. Faz entrega em domicílio. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficiente. 220 lugares. estacionamento: R$ 20. Quando: de domingo a quinta de 18h30 à 0h30; sexta e sábado das 18h30 à 1h30. Pizzeria carlitos – Inspirada no personagem mais famoso de Charles Chaplin, a casa da Vila Mariana tem a fama de ter a melhor pizza da região. São mais de 60 opções de recheio e o clássico sabor mussarela sai por R$ 41. Os amantes de novidades não podem deixar de conferir a pizza Oriental, com mussarela, shitake, shimeji ao alho e azeite, salpicado de alho poró. Gasto médio: R$ 50 por pessoa. Rua França Pinto, 1347 - Vila Mariana – Sul. Telefone: 5579-7385. Aceita os cartões Amex, Setembro 2013 | Revista Avenida | 77

Roteiro Divulgação

Diners, MasterCard e Visa. Aceita os tíquetes Cheque Cardápio, Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, Vale-Refeição, Visa Vale. Aceita reservas. Tem acesso para deficientes. 350 lugares. estacionamento: R$ 10. Quando: sextas e sábados das 18h a 1h; de domingo a quinta das 18h à 0h. Pizza Hut - A rede internacional, presente em 88 países, criou a massa pan, bem mais grossa. No Brasil, a pizza mais vendida é a Brasileira, recheada com mussarela, requeijão, presunto e azeitona verde. Para quem estiver com pressa ou sozinho, uma opção é a Super Fatia da Brasileira, que custa R$ 12,90. Gasto médio: R$ 25 por pessoa. Av. dos Bandeirantes, 3335 – Planalto Paulista - Sul. Telefone: 5542-8200. Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Plan Vale Refeição, Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, Vale-Refeição, Visa Vale. Não aceita cheques. Faz entrega em domicílio. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficiente. 150 lugares. estacionamento: de R$ 10 a R$ 15. Quando: de segunda a quinta das 12h às 23h; sexta a domingo e feriado das 12h às 0h.

SanDUÍcHeS

Lanchonete da cidade - A decoração lembra as lanchonetes americanas da década de 1960. O sanduíche mais pedido pelos frequentadores é o Bombom: hambúrger de 220g de carne, levada ao ponto escolhido pelo cliente, servido com o molho de tomate Momô e pão Bossa Nova, especialidades da casa. O lanche pode ser complementado com queijo, cebola ou outros condimentos. Gasto médio: de R$

Bombom é sucesso da Lanchonete da Cidade

45. Av. Macuco, 355 - Indianópolis - Sul. Telefone: 3569-8252. Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Aceita os tíquetes Sodexo Pass, Ticket Restaurante Eletrônico, Vale-Refeição, Visa Vale só no almoço durante a semana. Aceita cheques. Faz entrega em domicílio. Aceita reservas. Tem ar-condicionado. Tem acesso para deficiente. Não tem mesas ao ar livre. Tem conexão wi-fi. 140 lugares. estacionamento: R$ 20. Quando: de segunda a quinta das 12h às 15h e das 18h à 1h; sexta, sábado e feriado das 12h às 2h; domingo das 12h à 1h.

Humor

| Revista Avenida | Setembro 2013

Humor

Setembro 2013 | Revista Avenida | 81

Cultura LiVROS O jornalista Laurentino Gomes, autor de “1808” e “1822”, volta ao topo de não ficção com “1889 ”. “Inferno - Uma Nova Aventura de Robert Langdon” perdeu a liderança em ficção para “A Culpa É Das Estrelas”. Mais uma vez, em auto-ajuda, o campeão de vendas é “Kairós - o Tempo de Deus”.

os mais vendidos FICÇÃO “A Culpa É Das Estrelas”, Intrínseca

1º 2º

“Inferno - Uma Nova Aventura de Robert Langdon”, Arqueiro

3º

“O Silêncio Das Montanhas”, Editora Globo

“Cidades de Papel”, Intrínseca

4º

1º

2º

“Não Faz Sentido Por Trás da Câmera”, Casa da Palavra

3º

“Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo”, Leya

4º

“O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota”, Record

5º

“Eu Não Consigo Emagrecer - a Dieta Francesa Que Conquistou Mais de 30 Milhões de Leitores”, Best Seller “Para Sempre - a História Que Inspirou o Filme”, Novo Conceito

“Uma Longa Jornada”, Arqueiro

5º 6º

“A Graça da Coisa”, L&PM

7º

“Um Porto Seguro”, Novo Conceito

“Cretino Irresistível”, Universo dos Livros

8º

“O Teorema Katherine”, Intrínseca

9º 10º

NÃO FICÇÃO “1889 – Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil”, Globo

“Easy”, Verus

| Revista Avenida | Setembro 2013

6º 7º

“Receitas Dukan Minha Dieta Em 300 Receitas”, Best Seller

8º

“Getúlio 1930-1945 do Governo Provisório À Ditadura do Estado Novo”, Companhia das Letras

9º

“Um Gato de Rua Chamado Bob - A História da Amizade Entre Um Homem e Seu Gato”, Novo Conceito “O Método Dukan - Ilustrado - Eu Não Consigo Emagrecer”, Best Seller

10º

AUTO-AJUDA “Kairós - o Tempo de Deus”, Editora Globo

1º 2º

“Ciência e Fé - o Reencontro Pela Física Quântica”, Texto Editores

3º

“Casamento Blindado - o Seu Casamento À Prova de Divórcio”, Thomas Nelson

4º

“O Monge e o Executivo - Uma História Sobre a Essência da Liderança”, Sextante

5º

“Só o Amor Consegue – Brochura”, Vida e Consciência

6º

“Louco Por Viver - Desperte A Sua Paixão Pela Vida”, Gente

7º

“O Poder do Subconsciente”, Saraiva

8º

“Você Pode Curar Sua Vida”, Saraiva

9º

“O Poder do Agora”, Sextante

10º

“Senhor, Eu Preciso Urgente de Um Milagre - Mensagens de Esperança, Atitude e Conquista”, M. Books

Fonte: Livraria Saraiva, período entre 18 e 25/08/2013