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REVISTA DOCUMENTO RESERVADO Nº 42 - OUTUBRO/2011 - R$ 10,00 www.documentoreservado.com.br

Dada a largada às eleições na capital PREVIDÊNCIA

Paraná Previdência com R$ 6 bi em caixa

Enquanto um trabalhador comum tem que “ralar” oito horas por dia, seis dias por semana, por um salário de R$ 545,00, a família de um presidiário recebe R$ 862,60 como auxílio-reclusão.

No Brasil, preso ganha mais que um trabalhador ata mN u ctam ospe r p tas Lojis

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editorial

expediente Jornalista responsável e editor-chefe Pedro Ribeiro Redação Norma Corrêa, Pedro Ribeiro, e Lucian Haro Revisão Nilza Batista Ferreira Comercial Junior Ribas comercial@documentoreservado.com.br Fotos Shutterstock Ilustrações Davidson Projeto Gráfico e Diagramação Graf Digital Impressão Idealiza Gráfica e Editora Tiragem 10.000 exemplares Impresso em papel couché fosco LD 150 g, com verniz UV (capa) e couché fosco LD 90 g (miolo) Endereço Rua João Negrão, n0. 731 Cond. New York Building - 120. andar sl. 1205 - CEP 80010-200 - Curitiba - PR Telefones (41) 3322-5531 / 3203-5531 E-mail editor@documentoreservado.com.br

REVISTA DOCUMENTO RESERVADO Nº 42 - OUTUBRO/2011

Prêmio ao preso

E

nquanto um trabalhador comum que trabalha 8 horas por dia, seis dias por semana, por um salário de R$ 545,00 (salário mínimo), a família de um presidiário recebe R$ 862,60, com o auxílio-reclusão, do Governo Federal. Portanto, um cidadão que, por ventura, tenha praticado um crime, seja ele qual for, acaba recebendo um “prêmio”, mesmo que seja para a família, ao passo que o trabalhador comum pena para poder sustentar sua família com um salário mínimo que sequer dá para pagar o supermercado no final do mês.

Em relação à essa discriminação, ninguém soube responder, e se prendem ao fato de que o benefício é pago a uma pequena parcela de presidiários e não a todos os albergados e que a ajuda está prevista no inciso IV do artigo 201 da Constituição Federal, onde diz que a Previdência Social deve pagar o auxílio reclusão para dependentes dos “segurados” de baixa renda recolhidos ao Sistema Penitenciário Nacional.

O auxílio reclusão está previsto na Lei n° 8.213 (Plano de Auxílio reclusão) de 1991 e do Decreto n° 3.048/9 (Regulamento da Previdência Social) e só vale para pessoas com trabalho comprovado em carteira ou contrato que comprove contribuição ao INSS.. Em janeiro do ano passado, o auxílio-reclusão era de R$ 798,30 e uma portaria interministerial (Ministério da Previdência Social e Ministério da Fazenda) nº 407, de 14 de julho de 2011, alterou o valor, que pulou para R$ 862,60. De acordo com tabela do Ministério, o reajuste é concedido a cada 6 meses.

Segundo o jurista Dalio Zippin Filho, os valores pagos como auxílio reclusão vêm subindo a cada seis meses, desde 2003 até hoje, e que, naquele ano, o valor já era maior que o salário mínimo, ou seja, R$ 560,00. Vários juristas também discutem se a ajuda constitui ou não uma espécie de “prêmio” oferecido ao preso e que ela acaba sendo um incentivo à prática de crimes.

Veja ainda nesta edição: a Paraná Previdência possui um caixa de R$ 6 bilhões e paga R$ 320 milhões por mês para aposentados e pensionistas. O deputado federal Ratinho Junior e a vereadora Renata Bueno também são candidatos à Prefeitura de Curitiba. O balé do Teatro Guaíra está bombando e vem aí mais uma edição do Natal na Avenida.

Boa leitura!

Pedro Ribeiro

4 Documento Reservado / Outubro 2011

índice

06 SINTONIA FINA 46 COLUNA DA GABI 48 AGENDA CULTURAL 50 PERFIL

20

DINHEIRO EM CAIXA A Paraná Previdęncia tem mais de R$ 6 bilhőes em caixa. O instituto, que paga os benefícios de aposentadoria e pensăo ao funcionalismo público estadual, “vai muito bem”, diz seu presidente.

Joăo Elísio Ferraz de Campos

14

ELEIÇŐES EM CURITIBA Ducci, Fruet, Ratinho, Renata e Greca săo os candidatos de seus respectivos partidos para o pleito do ano que vem em Curitiba. A guerra começou.

METROPOLITANA A regiăo metropolitana de Londrina, que engloba 11 municípios, deverá ter orçamento próprio do Governo do Estado para investimentos em infraestrutura.

34

POSSE NA FIEP A poderosa Federaçăo das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) tem novo dirigente e a meta é criar um fundo para investimentos no setor de infraestrutura do Estado.

FOCO NA EDUCAÇĂO Em Araucária, na regiăo metropolitana de Curitiba, o Prefeito Zezé vem investindo pesado na área da educaçăo, principalmente em escolas e creches.

Uma sondagem conjuntural encomendada pela Associaçăo Comercial do Paraná ao Instituto Datacenso, mostra que os comerciantes curitibanos estăo otimistas com as vendas de Natal e querem contratar mais.

18 CAMPEĂO DE VOTOS

Ratinho Junior, deputado federal e filho do apresentador, Carlos Massa, o polęmico Ratinho, quer sentar na cadeira hoje ocupada por Luciano Ducci. É candidato ŕ prefeito de Curitiba.

VIDA BOA Presos, no Brasil, recebem uma boa ajuda do governo para auxílio aos filhos e dependentes. Nada contra, se esse benefício năo fosse maior que o salário-mínimo de um trabalhador comum.

28

30

36 TEMPORÁRIOS DE NATAL

08

22

SAIU DO PAPEL O Metrô de Curitiba começa a dar sinal de vida. A presidente Dilma Rousseff esteve na capital paranaense no męs passado e repassou R$ 1 bilhăo para o início das obras.

40

NATAL NO AVENIDA O Palácio Avenida, palco de um dos mais bonitos ensaios de Natal do País, abre suas portas – janelas – para o Auto de Natal que este ano promete muitas luzes e brilho.

42

BALÉ GUAÍRA A Companhia de Balé do Teatro Guaíra está a todo vapor. Acompanhe nesta ediçăo alguns dos espetáculos preparados para este final de ano.

32

INDÚSTRIA E COMÉRCIO Novo programa torna mais flexível a negociaçăo com os investidores e leva em conta os interesses do Estado.

Expectativa é que o setor produtivo paranaense siga o bom desempenho que obteve em agosto.

5 Documento Reservado / Outubro 2011

sintonia fina

Impacto do Viagra O Viagra já começa a preocupar os administradores da previdęncia pública federal, estadual e municipal. Com o surgimento do milagroso medicamento, pessoas com mais de 80 anos de idade começaram a espalhar filhos pelos quatro cantos e, com isso, causando impacto na previdęncia. O aposentado coloca o filho como dependente e, caso venha a falecer, o herdeiro terá 24 longos anos de benefícios pela frente. Assim năo há quem agüente, brinca o presidente da Paraná Previdęncia, Jayme de Azevedo Lima, lembrando que a média de idade dos brasileiros vem aumentando.

Ghignone na vice

Năo será o delegado e dep utado federal, Fernando Fra ncischini, e muito menos o presidente da Assembléia Legislativa do Estado, dep utado Valdir Rossoni, os tucanos que formarăo a cha pa com o PSB de Luciano Du cci para concorrer ŕ Prefeitura de Curitiba. O candid ato do PSDB ŕ vice de Du cci é Fernando Ghignone, presidente da Sanepar e do diretório municipal do par tido.

Políticos em baixa O Ibope Inteligęncia foi ŕs ruas no final do męs de setembro para avaliar o Índice de Confiança Social e revelou que o brasileiro está menos confiante nos serviços públicos de saúde e educaçăo e nos meios de comunicaçăo. O Instituto ouviu duas mil pessoas. Os menores índices de confiança foram obtidos pelo Congresso (35) e partidos políticos (28). Pela terceira vez consecutiva, a instituiçăo com maior pontuaçăo entre as 18 organizaçőes foi o Corpo de Bombeiros (86).

Igrejas e Forças Armadas aparecem num segundo patamar, ambas com 72 pontos.

6 Documento Reservado / Outubro 2011

PEDRO RIBEIRO

Derrapada de Rossoni O presidente da Assembléia Legislativa do Estado, deputado Valdir Rossoni (PSDB), está até hoje tentando explicar o inexplicável: o recebimento de verba de representaçăo como presidente de 100% do salário. Reconheceu que errou, voltou atrás, devolveu o dinheiro e só faltou uma coisinha: renunciar ao cargo, já que posou de paladino da justiça, fazendo uma faxina na casa.

Comercial e a Bíblia Ao tomar posse na presidęncia da Fiep, o industrial Edson Campagnolo fez um comercial do novo produto do O Boticário, informando ao público que estava usando perfume DUO, um presente do empresário Miguel Krigsner. E finalizou citando trechos da Bíblia. “…Ai de mim se năo anunciar o evangelho”.Há dois mil anos, caminhou (e acreditem ainda caminha), a maior autoridade que já existiu. Seu nome é Jesus Cristo.

Insultos no plenário A tentativa de instalaçăo da CPI do Pedágio quase termina em pancadaria na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná. Os deputados Cleiton Quielse, do PMDB, e o presidente da casa, Valdir Rossoni, do PSDB, trocaram acusaçőes e por pouco năo foram ŕs vias de fato. Rossoni “derrubou” a iniciativa do peemedebista que acusou o tucano de estar a serviço do governo e das empreiteiras concessionárias. (Mais detalhes na ediçăo desta revista).

Panelaço no prédio

Samek prefeito Jorge Samek, diretor brasileiro da Itaipu Binacional, poderá ser candidato a prefeito de Foz do Iguaçu. Mas só aceita entrar na batalha se seu substituto na Itaipu for um aliado. Para Samek, será muito difícil administrar Foz do Iguaçu se năo tiver o apoio da Binacional, dos governos do Estado e Federal. Na sua avaliaçăo, a cidade precisa de investimentos para avançar e reduzir o índice de violęncia e tráfico de drogas.

Se a moda pegar, a vizinhança perderá o sossego. Na greve dos Correios, em Curitiba, as lideranças do sindicato e grevistas foram bater panela na porta do edifício em reside o ministro das Comunicaçőes, Paulo Bernardo e sua esposa, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Com cartazes que diziam “Paulo, vagabundo é vocę” e palavras de ordem, os grevistas fizeram um escarcéu na frente do prédio, para desespero dos vizinhos.

7 Documento Reservado / Outubro 2011

social

Auxílio-reclusão Um prêmio ao preso

U

m email que circulou na internet em setembro provocou a sociedade brasileira, causando repulsa e indignação. A mensagem eletrônica dava informações sobre o “auxílio reclusão”, afirmando que, enquanto um trabalhador comum tem que ‘ralar’ 8 horas por dia, seis dias por semana, por um salá8 Documento Reservado / Outubro 2011

rio de R$ 545,00, a família de um presidiário recebe R$ 862,60, “por família”, com o auxílioreclusão, do Governo Federal. Do outro lado, o INSS se apressa em informar que o email é uma fraude e que não é verdade o que diz nele. A “mentira” fica por conta do pagamento do benefício a cada filho do presidiário e a

“verdade” é que o pagamento é feito para a família, independente do número de filhos.

“Não interessa se esse preso tem um, cinco ou dez filhos, o valor será o mesmo (R$ 862,60)”, reforça a gerente executiva do INSS em Curitiba, Mara Regina Sfier e também é a informação do advogado criminalista Dalio Zippin

NORMA CORRÊA

Entre os benefícios oferecidos pela Previdência Social aos seus segurados e familiares, o auxílio reclusão é um dos menos conhecidos e, exatamente por isso, um dos mais polêmicos Filho, diretor da Comissão de Direitos Humanos da OAB. O Bolsa-Preso, então, não é para todo mundo, mas somente para aqueles que têm qualificação de segurado, que tenham contribuído com a Previdência por um tempo determinado.

A grande questão, porém, reside na polêmica deste pagamento a pessoas que tenham praticado um crime, seja ele qual for, porque estaria sendo encarado como um “prêmio”, mesmo que seja para a família. Além do mais, o valor é quase 60% maior que o salário mínimo, pago ao trabalhador comum. Por que há essa discriminação, então? Ninguém soube responder, e se prendem ao fato de que o benefício é pago a uma pequena parcela de presidiários, que não é para todos os albergados e que a ajuda está prevista no inciso IV do artigo 201 da Constituição Federal, que diz que a Previdência Social deve pagar o auxílio

reclusão para dependentes dos “segurados” de baixa renda recolhidos ao Sistema Penitenciário Nacional. O auxílio reclusão está previsto na Lei n° 8.213 (Plano de Auxílio reclusão) de 1991 e do Decreto n° 3.048/9 (Regulamento da Previdência Social) e só vale para pessoas com trabalho comprovado em carteira ou contrato que comprove contribuição ao INSS. Em janeiro do ano passado, o auxílio-reclusão era de R$ 798,30 e uma portaria interministerial (Ministério da Previdência Social e Ministério da Fazenda) nº 407, de 14 de julho de 2011, alterou o valor, que pulou para R$ 862,60. De acordo com a tabela do Ministério, o reajuste é concedido a cada 6 meses.

Colônia de férias No polêmico email dizia que a justificativa de que o auxílio é temporário é questionável, uma vez que “a prisão não é colônia de férias! E que o benefício pode ser um incentivo à criminalidade”. Um presidiário que não teve a identidade revelada fez um comparativo inevitável. Para ele, a “cadeia foi o mau que veio para o bem”, e conta porque: Na cadeia, o preso faz três refeições por dia, se estivesse solto teria que roubar para ter uma refeição; na cadeia, tem direito a dois banhos de Sol por dia e, na rua, ele só pegaria Sol no ponto

“

Fico a imaginar a sociedade brasileira apenada, que é quem paga a conta.

Ministro Marco Aurélio de Mello

”

Casa de Custódia de Curitiba é um estabelecimento de segurança máxima, destinado a presos provisórios do sexo masculino

de ônibus; na cadeia, tem cama feita e roupa limpa todos os dias, e em casa, teria que revezar a roupa; na cadeia, convive com milhares de bandidos, mas nunca foi assaltado, enquanto que, na rua, seria assaltado dia sim, outro não; na cadeia, fica sem fazer nada e ganha R$ 862,60 para garantir o sustento da família, enquanto que, na rua, tem que trabalhar de sol a sol para ter um salário de R$ 545,00, e fazer malabarismos com o orçamento para manter a família. “Não vale a pena viver endividado com prestações da TV, do celular ou do carro, que você não pode ostentar para não ser assaltado”, disse.

Mara Sfier explica que, entre os benefícios oferecidos pela Previdência Social aos seus segurados e familiares, o auxílio reclusão é um dos menos conhecidos e, exatamente por isso, um dos mais polêmicos. “Este benefício, assim como a pensão por morte, é destinado aos dependentes do segurado – esposa ou companheira, filhos até 21 anos ou inválidos ou, na inexistência destes, os pais que sejam

>>

9 Documento Reservado / Outubro 2011

social

Presos aprendem uma profissão na penitenciária de Maringá, onde o presídio é de segurança máxima

Na Penitenciária Industrial de Cascavel os presos, graças ao trabalho, têm emprego garantido quando deixar a

dependentes economicamente – durante o período em que o segurado está preso em regime fechado ou semi aberto”, informa, acrescentando que a Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, morte, velhice e, também, prisão. “Para ter direito a qualquer dos benefícios da Previdência Social, é preciso que o trabalhador pague o INSS todos os meses, como empregado doméstico ou de alguma empresa, como contribuinte individual (autônomo e empresário), como empreendedor individual, trabalhador avulso ou como facultativo (dona de casa e estudante). O trabalhador rural, em esquema de economia familiar, que comprove tempo de trabalho na lavoura também tem direito aos benefícios da Previdência Social.

Dessa forma, somente os dependentes do segurado preso, que esteja pagando o INSS antes da prisão, é que poderão receber o auxí-

lio”, diz Mara. Segundo ela, outro equívoco frequente sobre o auxílio reclusão é sobre o valor do salário pago aos dependentes do preso: não importa quantos dependentes ele tenha – se apenas um ou mais de dez – o valor pago mensalmente é único, não é multiplicado pelo número de dependentes, e é calculado pela média dos salários do preso desde julho/ 94. Mais ainda: se o último salário recebido pelo segurado empregado ou contribuinte individual for maior que R$ 862,60, sua família não poderá receber o benefício. Também não é concedido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver recebendo salário da empresa em que trabalhava ou que já receba aposentadoria ou auxílio-doença.

A cada três meses Depois da concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado de que

o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente, sob pena de suspensão do benefício. Esse documento será o atestado de recolhimento do segurado à prisão. O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos, com a morte do segurado; em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão, albergue ou cumprimento da pena em regime aberto. “É importante que a população saiba que o auxílio reclusão não é um privilégio: é um direito, previsto em Lei, do trabalhador que contribuiu para a Previdência Social.

O dinheiro desse benefício não vai para o preso e sim para a família dele. Se, antes da prisão, ele trabalhava e pagava INSS, como qualquer outro trabalhador, e cumpre as exigências impostas pela Lei, a Previdência Social não pode desamparar seus filhos menores ou sua companheira ou esposa, que não tem culpa do erro cometido pelo preso”, explica. Segundo ela, hoje, 500 famílias que moram em Curitiba, na Região Metropolitana ou no litoral, recebem auxílio reclusão, o que representa 0,11% do total de benefícios pagos, em agosto, pela Previdência Social na mesma região, que foi de aproximadamente 445 mil benefícios.

“Prêmio ao preso” Em janeiro de 2010, o INSS pagou 26.490 benefícios de auxílio reclusão no País. O que custou R$ 15.587.580,00 e o valor médio apurado por família foi de R$ 588,43. Hoje, são 450

População Carcerária 2003 Regime Fechado Semiaberto TOTAL

10 Documento Reservado / Outubro 2011

Masculino Feminino

2004 Total

Masculino

Feminino

Total

6.358

239

6.597

6.662

352

7.014

897

31

928

1.015

29

1.044

7.255

270

7.525

7.677

381

8.058

presos que recebem o auxílio reclusão e que custam aos cofres públicos mais de R$ 388 milhões (o Bolsa Família custa R$ 13 bilhões).

Pessoas que recebem mais que R$ 798,30 registrados em carteira, não são consideradas de baixa renda, portanto não podem contar com a ajuda. Segundo Dalio Zippin Filho, os valores pagos como auxílio reclusão vêm subindo a cada seis meses, desde 2003 até hoje, e que, naquele ano, o valor já era maior que o salário mínimo,ou seja,R$ 560,00. Vários juristas também discutem se a ajuda constitui ou não uma espécie de “prêmio” oferecido ao preso e que ela acaba sendo um incentivo à prática de crimes.

De um lado a lei penal pune o criminoso, de outro, a Previdência garante as necessidades dos familiares desamparados em virtude da prisão. “O que está se divulgando por aí não é verdade, já que o recebimento desse benefício é um direito do preso que for contribuinte.

Além do mais, a família desse preso precisa ser amparada, porque os filhos e a esposa não têm que pagar pelos erros do pai e do marido. Além do mais, ele, o detento, por pior que seja a sua situação,está desobrigado das necessidades fundamentais e vive às expensas do Estado. Mas seus dependentes, não. Eles ficam, de um momento para o outro, sem o arrimo que os mantinha e, em alguns casos, sem perspectiva de subsistência”, conta.

Até mesmo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Melo, disse que não é contra o benefício, mas classificou o auxílio reclusão como “extravagante”, já que o teto é maior do que o salário mínimo. “Fico a 2005 Masculino Feminino

imaginar a sociedade brasileira apenada, que é quem paga a conta”, considerou. Porém, diante das leis brasileiras, não é nada errado amparar o segurado com a ajuda, afinal o mesmo acontece no caso do seguro saúde, insalubridade ou pensão por morte. Diz o INSS, que o auxílio reclusão deixará de ser pago, “com a morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte; em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão, albergue ou cumprimento da pena em regime aberto; se o segurado passar a receber aposentadoria ou auxílio-doença (os dependentes e o segurado poderão optar pelo benefício mais vantajoso, mediante declaração escrita de ambas as partes); ao dependente que perder a qualidade (ex: filho ou irmão que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; cessação da invalidez, no caso de dependente inválido, etc); com o fim da invalidez ou morte do dependente”. Caso o segurado recluso exerça atividade remunerada como contribuinte individual ou facultativo, tal fato não impedirá o recebimento de auxílio-reclusão por seus dependentes.

Preocupação com os presídios Antes de toda essa polêmica em torno do pagamento do auxílio reclusão, na opinião de Dalio Zippin Filho, seria preciso voltar a atenção para os presídios brasileiros. No Paraná, conforme o advogado, são 26 presídios que dispõem de 14.600 vagas mas que abrigam mais de 15 mil pessoas. Sem contar com os 17 mil presos em cadeias públicas. A situação é

2006 Total Masculino Feminino Total

Advogado criminalista Dalio Zippin Filho aposta na Defensoria Pública e na nova Lei de Execuções Penais para amenizar o problema de superlotação nos presídios

crítica, uma vez que além de, em alguns presídios, os detentos terem que se revezar para dormir nas celas cheias, há ainda os problemas de saúde, como sarna, tuberculose, AIDS e diversas outras doenças de pele que se alastram entre eles. Segundo o advogado, essa questão pode começar a ser atenuada com o ingresso da Defensoria Pública, em janeiro de 2012, quando estão em atividade 150 defensores públicos. Zippin espera que a revisão da situação de cada preso leve à redução do número de presidiários nas celas. Segundo o advogado, cada preso custa, ao Governo paranaense, entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil por mês, entre alimentação, segurança, água, luz, etc.

Já, em Catanduvas, na Penitenciária Federal de segurança máxima, cada preso custa ao

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2007

2008

2009

Masculino Feminino Total

Masculino Feminino Total

Masculino Feminino Total

6.987

361

7.348

7.517

336

7.853

9.050

375

9.425

11.293

388

11.681

11.355

399

11.754

1.035

23

1.058

1.472

106

1.578

1.691

93

1.784

1.731

107

1.838

2.365

113

2.478

8.022

384

8.406

8.989

442

9.431

10.741

468

11.209

13.024

495

13.519

13.720

512

14.232

Nota: Populaçăo carcerária em 31 de dezembro de cada exercício

11 Documento Reservado / Outubro 2011

social

tros da cela em que estavam abrigados. “Essa é a realidade da maioria das cadeias públicas.

Mas temos a esperança que a nova secretária de Justiça, Maria Tereza Uile Gomes consiga amenizar esse problema, porque conhecemos a sua disposição para o trabalho”, disse.

Maurício Kuehne, diretor do Departamento Penitenciário, da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania: “O trabalho é um dos mais importantes fatores no processo de ressocialização dos presos”

Governo Federal, cerca de R$ 6 mil mensais.

E, os presos em delegacias, conforme Zippin, não custam mais de R$ 1 mil. “É que onde cabe 8 colocam 80. O único remédio para essa situação é acabar com as prisões em massa.

Ou seja, deve ir para a cadeia apenas os presos perigosos”, diz. Sobre essa situação, o diretor do Departamento Penitenciário, da Secretaria de Estado da Justiça, Mauricio Kuehne, citou um exemplo vindo de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, onde, numa cela com capacidade para 8 presos, tinha 48, e de onde fugiram 23 em um final de semana. Ele contou que uma delegada se deu ao trabalho de medir a área que cada preso ocupava do 8º Distrito Policial e chegou à conclusão que cada um deles usava 0,80 centíme-

Ressocialização A questão da ressocialização do preso em algumas penitenciárias, como a Industrial de Guarapuava e Cascavel, de onde os detentos saem já com emprego garantido, na visão do diretor do DEPEN, Mauricio Kuehne, é outra questão que deve ser considerada como um caminho a ser seguido. Ele conta que para atingir o objetivo, o Sistema Penitenciário Paranaense adota políticas públicas que valorizam o trabalho prisional, a assistência educacional formal e profissionalizante, o esporte, o lazer, e o contato com o mundo exterior. “O trabalho é um dos mais importantes fatores no processo de ressocialização dos presos.

Uma das preocupações do sistema Penitenciário do Estado tem sido criar novas alternativas de trabalho como forma de melhorar as condições de dignidade dentro das penitenciárias”, avalia, contando que, cada preso recebe ¾ do salário mínimo como pagamento pela contribuição, e que a mão de obra do preso é administrada pela Divisão Ocupacional e de Produção-DIPRO, responsável pela

Dados sobre o auxílio reclusão Início: Na Lei Orgânica da Previdęncia Social (LOPS), Lei 3.807, de 26.08.1960, já havia previsăo para este benefício.

Números do Paraná

(Mês de referência Setembro/2011 )

Total geral de benefícios pagos: 1.652.371 Total de Auxílio Reclusăo pago: 2.611 (0,16% dos benefícios pagos em setembro se referiam a Auxílio Reclusăo) Total geral de valores pagos: R$1.176.513.443,15 Total de valores pagos para Auxílio Reclusăo: R$ 1.645.132,32 (do total dos valores pagos aos segurados no Estado, 0,14% foram para pagamento de auxílio-reclusăo).

12 Documento Reservado / Outubro 2011

implantação e implementação de canteiros de trabalho dentro das unidades penais. Maurício conta ainda que, neste histórico da ressocialização, o preso tem ainda, para essa reabilitação, a educação formal e a profissionalizante. Uma, feita por meio de convênio com a Secretaria de Estado da Educação, com o Ensino Fundamental. “Neste aspecto, a educação no sistema penitenciário tem a árdua tarefa de tentar (re) construir o indivíduo do ponto de vista social, moral e ético”, diz.

No caso da profissionalização, o programa desenvolvido oferece formação aos presos, “visando a capacitação da mão de obra como forma de minimizar as dificuldades de reintegração do preso no mercado de trabalho, depois do cumprimento da pena. Outro objetivo é, de forma articulada com a Divisão Ocupacional e de Produção -DIPRO, abrir novas frentes de trabalho no sistema penitenciário (fábrica de detergentes, de uniformes, de colchões, de fraldas, fábrica de vassouras), buscando a autonomia do preso. Este programa funciona por meio de uma parceria com instituições de formação profissional, como SENAC, SENAI, SESC e SENAR, que promovem cursos em diversas áreas”.

Assistência Religiosa A assistência religiosa ocupa também relevante papel na educação integral do preso no Sistema Penitenciário do Paraná. Há uma participação voluntária de diversas entidades religiosas que desenvolvem suas atividades direcionadas à evolução moral e cultural do preso.

Dentre elas, destacamos a Igreja Católica, Assembléia de Deus, Pentecostal Deus é Amor, Adventista, Espírita, Universal do Reino de Deus.

Esporte e Lazer O Sistema Penitenciário promove atividades profissionais, intelectuais (bibliotecas, salas de áudio e vídeo), artísticas (festival de música, poesia) e desportivas (com promoção de campeonatos de xadrez e futebol).

13 Documento Reservado / Outubro 2011

política

A vereadora Renata Bueno, que pode ser a candidata do PPS na disputa pela Prefeitura de Curitiba, sai atirando contra os atuais pré-candidatos, dizendo que são “farinha do mesmo saco”

14 14 Documento Reservado Reservado // Outubro Outubro 2011 2011 Documento

Eleição

NORMA CORRÊA

polarizada E

mbora nomes de peso da política paranaense com potencial eleitoral despontem com visibilidade, a disputa pela Prefeitura de Curitiba deve mesmo ficar polarizada entre o atual prefeito Luciano Ducci (PSB) e o exdeputado Gustavo Fruet, neo-pedetista. Mesmo que cada grande partido lance candidato próprio, dizem analistas da cena política paranaense, Ducci e Fruet certamente serão os protagonistas das eleições de 2012. O certo é que, desde setembro, marco do fim das discussões nos partidos para as candidaturas do ano que vem, já que o calendário eleitoral determina como limite para as filiações partidárias, é possível se ter noção de quem serão os potenciais candidatos à Prefeitura da Capital. Foi em setembro que as siglas se preocuparam em atrair o maior número possível de candidatos “com potencial de voto” para a disputa também para o cargo de vereador. Mas, o que realmente chama a atenção são os candidatos ao Executivo curitibano.

Rafael Greca (PMDB), desde o começo do ano vem procurando viabilizar a sua candidatura, inclusive, “aparecendo” com frequência em terminais de ônibus e fazendo longas viagens de coletivo em bairros de Curitiba. O deputado federal Ratinho Júnior (PSC) também se lançou como pré-candidato e tem buscado fortalecer a sua candidatura, indo atrás de apoiadores, de partidos que lhe deem sustentação eleitoral, especialmente na televisão.

O deputado estadual Rasca Rodrigues, do PV, também se manifestou pela própria candidatura, mas foi obrigado a retirá-la em razão de uma condenação judicial da época em que dirigia o IAP (Instituto Ambiental do Paraná).

No PT, ainda não se decidiu por um nome que represente o partido nas eleições de 2012. Por enquanto, ainda figuram os deputados Tadeu Veneri (estadual) e Dr. Rosinha (federal) como pré-candidatos petistas, mas o partido pode, porém, ter outras opções com a adesão à candidatura de Gustavo Fruet, indicando o vice do pedetista. No PSDB, que abriu mão da candidatura própria, para manter a proximidade com o PSB de Ducci, a notícia é que sairá do ninho tucano o nome para compor a chapa ao lado do atual prefeito. Cogitava-se na presença do presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), para ocupar o posto, mas as denúncias de irregularidades em contratos de publicidade, imputadas ao tucano, colocou água no chope nas suas pretensões de figurar como vice de Ducci. Surgiu, então, a possibilidade da indicação dos deputados estaduais Mauros Moraes e Valdir Rossoni, e ainda do deputado federal Fernando Francischini, como possíveis vices de Ducci. Agora, os dedos apontam para o presidente da Sanepar, Fernando Ghignone, que também é presidente do PSDB de Curitiba, como o nome que se ajusta ao cargo de vice-prefeito curitibano, ao lado de Ducci.

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15 15 Documento Documento Reservado Reservado // Outubro Outubro 2011 2011

política

Vereadora Renata Bueno pode ser a candidata do PPS na disputa pela Prefeitura de Curitiba

Alternância no Poder Outra possibilidade de candidatura é da vereadora Renata Bueno (PPS), que aparece com forte apelo no cenário político. “Curitiba precisa de alternância no Poder. Acredito que represento um novo estilo político, para promover essa alternância, para mudar esse grupo que está administrando a Prefeitura há muito tempo. Chega de grandes famílias, de propostas mirabolantes. Precisamos de renovação e de pessoas que não estejam preocupadas com os próprios interesses”, disse Renata.

Segundo ela, os nomes postos para a disputa eleitoral do ano que vem, como Rafael Greca, Gustavo Fruet e Luciano Ducci, são “farinha do mesmo saco”. Ela quis dizer que esses candidatos foram “criados” por Jaime Lerner e que se revezam no Poder por meio do marketing. “Curitiba é uma capital que precisa ser renovada. Precisa de sangue novo para mudar algumas coisas”, disse, assegurando que, embora seu nome ainda não esteja oficializado como candidata, ela está preparada para assumir o desafio. “Pen16 Documento Reservado / Outubro 2011

so em uma campanha desenhada em cima de estudos e conhecimentos sobre a cidade e não politicagem. E, neste caso, ter experiência política é o que menos conta neste momento”, aposta, ao acrescentar que está animada com a possibilidade de ser candidata ao cargo que, na opinião de muitos, serve como vitrine para vôos mais altos. Sobre as denúncias de corrupção que tanto tem ocupado tempo e espaço na imprensa, Renata disse que o assunto não precisa ser, necessariamente, o gancho da sua campanha. “A ideia é fazer uma campanha limpa, dinâmica e inovadora”, conta, adiantando que a questão do candidato que representará o PPS na disputa pela Prefeitura de Curitiba será resolvida até março do ano que vem.

Importância do vice A escolha de um nome para ocupar o cargo de vice, é tão

importante quanto a escalação do titular na chapa, conforme avaliam cientistas políticos.

Exemplos não faltam de que a opção errada pode levar ao naufrágio de uma candidatura.

Como o caso de Derli Donin (PP), ex-prefeito de Toledo, que foi responsabilizado pela derrota do então senador Osmar Dias (PDT), na campanha ao Governo do Paraná, em 2006.

Na época, Donin respondia a processo por enriquecimento ilícito, formação de quadrilha, fraude em licitações e danos ao patrimônio público. A denúncia sobre o passado de Donin caiu como uma luva no colo de Roberto Requião (PMDB), que disputava a reeleição. Requião acabou se elegendo por uma pequena margem de votos (10 mil) e muitos creditam ao ex-prefeito de Toledo, o naufrágio de Dias naquele ano. Porém, há exemplos positivos como ex-presidente Lula (PT) que, em 2002, escolheu o empresário José Alencar para ser seu vice. No começo houve muita chiadeira porque parecia que o apoio de um partido conservador como o PL, de Alencar, poderia comprometer a campanha do PT, até então um partido popular.

Horário gratuíto Além do perfil político, o partido do vice também pode agregar na composição do horário gratuito de propaganda eleitoral, que o cientista político Emerson Urizzi Cervi chama de HGPE. Em seu blog, Cervi trata sobre o assunto e, ainda, sobre as pesquisas eleitorais.

Gustavo Fruet também já está percorrendo os bairros de Curitiba, também usando transporte coletivo

Prefeito Luciano Ducci, se repetir coligação, pode ter o maior tempo de propaganda eleitoral Até porque, alguns levantamentos feitos recentemente apontam em primeiro lugar Gustavo Fruet (PDT), Ratinho Júnior (PSC) e Luciano Ducci (PSB). “Pesquisas de intenção de voto feitas um ano antes da disputa têm a exclusiva função de identificar que nomes estão em evidência na memória do eleitor. Normalmente, políticos que já exercem cargo público ou que tenham disputado eleições recentemente. Não é por outro motivo que os candidatos mais citados nas mais recentes pesquisas de intenção de voto em Curitiba são o atual prefeito Luciano Ducci (PSB) e o ex-deputado federal Gustavo Fruet (sem partido), que foi o mais votado na cidade, em 2010, para o Senado”, diz Cervi, ao afirmar, ainda, que não há nenhuma garantia de que isso (a ordem das pesquisas) se manterá até 2012. “Por enquanto, o insumo que realmente alimenta as discussões partidárias para as disputas de 2012 é mais a viabilidade da campanha pelo partido do que o próprio candidato”, afirma.

Segundo ele, pela legislação eleitoral, o HGPE é distribuído da seguinte forma: 1/3 do total é igualitário para todos os candidatos e 2/3 divididos proporcionalmente ao número de parlamentares de cada partido na Câmara

de Deputados no início da legislatura em vigor. Nas coligações somam-se os tempos de todos os partidos. A disputa pela Prefeitura de Curitiba terá, então, dois fatos principais: Dos partidos ou coligações que já lançaram précandidatos, três apresentam condições semelhantes (PT-17%, PMDB-15% e PSDB/PSB-16%); e, Se o candidato à reeleição Luciano Ducci conseguir manter a coligação que o elegeu como vice-prefeito em 2008, terá o maior tempo de HGPE, em 2012, com grande diferença para os demais. Caso a coligação PSDB/PSB consiga reunir-se com PP, DEM e PR – como já aconteceu em 2008 – o tempo de Ducci passa para 41% dos 2/3 proporcionais. Isso, em termos gerais equivaleria a cerca de 30% do HGPE. “Caso isso se concretize, haverá uma tendência de redução no número de concorrentes oposicionistas, com o intuito de “equilibrar” espaço com o candidato à reeleição”, observa, afirmando que, por fim, “as condições políticas da pré-disputa são muito favoráveis ao candidato à reeleição, Luciano Ducci, caso ele repita a coligação de 2008. A oposição deve esperar as definições de apoio ao candidato à reeleição para definir o número de concorrentes viáveis à disputa”, completa.

Deputado federal Ratinho Júnior também está disposto a enfrentar a disputa pela Prefeitura de Curitiba

Rafael Greca que quer ser o candidato do PMDB à Prefeitura de Curitiba já percorre os bairros da cidade, de ônibus 17 Documento Reservado / Outubro 2011

política

Resgatar Curitiba O

deputado federal, Ratinho Junior, candidato pelo PSC à Prefeitura de Curitiba, tem respostas rápidas quando lhe perguntam se tem experiência, principalmente na área de urbanismo, para gerenciar uma cidade como a capital paranaense: “o prefeito tem que ter uma visão geral da cidade, pois dificilmente você encontrará uma pessoa com perfil do saber tudo.

Sou formado em comunicação social, com cursos de gestão pública e entendo que um prefeito tem que saber gerenciar pessoas e montar bem sua equipe de trabalho”. Dentro deste espírito, acrescenta que vem se preparando para o cargo, através da montagem de grupos de trabalhos que discutem a cidade. “Se tivesse, hoje, a oportunidade de administrar nossa capital, resgataria a inteligência do IPPUC para, junto com a Secretaria de Planejamento, redesenhar e melhorar a cidade. Hoje o planejamento de Curitiba é mais político do que técnico”.

Quando sustenta que resgataria o modelo de gestão de Curitiba das décadas de 80 e 90, Ratinho Junior coloca o dedo na ferida, afirmando que “Curitiba perde, hoje, em qualidade e não tem um planejamento futuro. É preciso voltar a exportar idéias e não importá-las, como fazem hoje seus administradores”. Ele também foi duro nas críticas ao aumento da violência e criminalidade em Curitiba e disse que a solução para resolver este grave problema é muito simples: aumentar a iluminação pú-

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blica nas ruas; calçamento nos bairros e utilizar câmeras com monitoramento, além de aumentar o contingente policial nos bairros e centro da cidade.

Um dos mais jovens líderes de bancadas na Câmara dos Deputados, Ratinho Junior disse que não tem a menor preocupação em ser filho do apresentador Ratinho, cujo programa na televisão é mais voltado à classe C e D. “Pelo contrário, tenho maior orgulho em ser seu filho e acredito que ele me ajuda-

Ratinho Junior: “O governador Beto Richa queria aliança no primeiro turno, mas temos candidatura própria”

rá e muito”. O problema maior será como ter acesso também às classes média e alta. “À esses cidadãos, vou oferecer meu trabalho, meus projetos e planos de ação para a nossa cidade”, responde.

Em busca de alianças O candidato, campeão nas urnas para deputado federal, com 358 mil votos – 100 mil deles em Curitiba revela que, numa conversa, que foi “muito boa” com o governador Beto

PEDRO RIBEIRO

Candidato do PSC à Prefeitura de Curitiba, o deputado federal Ratinho Junior diz que o planejamento de Curitiba hoje é mais político do que técnico e quer colocar de volta a inteligência do IPPUC que hoje está no limbo

Richa (PSDB) - disse que, em nenhum momento este lhe pediu apoio ou lhe fez qualquer proposta. “O governador apenas disse que seria interessante uma aliança no primeiro turno, o que respondi que nosso partido teria candidatura própria”.

Ratinho Junior teve seu nome referendado por perto de mil pessoas, durante o II Encontro Estadual do Partido Social Cristão (PSC/PR), no final do mês de setembro e garantiu que o partido terá dezenas de ou-

“

Curitiba perde, hoje, em qualidade e não tem um planejamento futuro. Não consegue nem se Planejar à Copa do Mundo.

Ratinho Junior

Perfil Ratinho Junior Nascido a 19 de abril de 1981, em Jandaia do Sul, Regiăo Norte do Paraná, Carlos Roberto Massa Júnior - Ratinho Junior - formou-se em Marketing e Propaganda em 2004.

Hoje é deputado federal.

Foi empresário, diretor de empresas e comunicador. É casado com Luciana Saito de Azevedo Massa e tęm duas filhas.

Em 2002, aos 21 anos, foi o deputado estadual mais votado da história do Paraná.

Em 2006, obteve a segunda maior votaçăo para a Câmara Federal.

Foi reeleito com a maior votaçăo da história do Paraná.

”

tros nomes para disputar as Câmaras e Prefeituras Municipais em todo o Estado. Só para a Câmara de Curitiba são mais de 200 pré-candidatos. Ratinho Junior revelou à revista Documento Reservado que terá aproximadamente dois minutos no programa de Rádio e TV quando acertar com o Partido Republicano (PR) e ampliará ainda mais a partir da aliança com o PC do B. Segundo ele, isto significa que as eleições não estão polarizadas em volta do PT e do PSDB. “Temos que colocar um basta nesta história de as eleições ficarem em torno apenas de dois partidos. É preciso oferecer novas oportunidades ao povo, dar alternativas para votar em outros nomes. O PSC é a alternativa com consistência, qualidade e credibilidade”, disse.

Para o candidato do PSC, ainda é preciso concluir conversas com outras siglas para viabilizar a disputa. Além do apoio do PT do B, o partido tem realizado reuniões com representantes de outros partidos. No II Encontro Estadual do PSC estiveram presentes, além do vice-presidente o pastor Everaldo Pereira,os líderes do PR no Senado, senador Magno Malta, e na Câmara Federal, deputado Fernando Giacobo; representantes do PV, como o deputado estadual Rasca Rodrigues e o vereador Paulo Salamuni; o empresário e exdeputado federal e ex-vereador Marcelo Almeida, do PMDB, e a vereadora do PPS, Renata Bueno.

19 Documento Reservado / Outubro 2011

previdência

Repatriar dinheiro

de dívida Paraná Previdência, que administra o maior fundo do País, com R$ 6 bilhões em caixa, quer resgatar dívida e transferir R$ 850 milhões de pagamento por ano à aposentados e pensionistas para governo investir na área social

O

dinheiro em caixa, que soma R$ 6 bilhões, de um fundo devidamente aplicado no mercado, parece uma grande fortuna. E seria, caso não houvesse, hoje, um passivo atuarial, de R$ 3,4 bilhões, deixado pelos governos anteriores. Esse é o retrato da Paraná Previdência que, embora positivo, terá que passar por uma modernização na área contábil, financeira , isto porque na modelagem adotada pelos regimes próprios de previdência social, todo o sistema previdenciário público do País vem apresentando déficits na ordem de R$ 51 bilhões e no INNS na ordem de R$ 49 bilhões. São 99 mil aposentados e pensionistas que consomem R$ 320 milhões por mês, sendo R$ 70 milhões do Fundo Previdenciário, que representa 20% do total pago

20 Documento Reservado / Outubro 2011

aos aposentados do Estado, aliviando o orçamento do Estado do Paraná em quase R$ 850 milhões no ano.

Esses R$ 850 milhões pagos pelo Fundo Previdenciário, que geram uma economia no orçamento do Estado, só tende a aumentar ao longo do tempo, face o acréscimo de contribuintes reduzindo significativamente o impacto salarial no orçamento estatal, razão pela qual sobram recursos para investimentos em outras áreas, como educação, saúde, segurança e moradia.

A Paraná Previdência “vai muito bem, obrigado”, afirma seu presidente, Jayme de Azevedo Lima, que aposta nas ações do governador Beto Richa que buscam a perenidade do Fundo Previdenciário. O governador autorizou a Se-

cretaria de Administração e Previdência, comandada pelo Secretário Luiz Eduardo Sebastiani e órgão de cooperação com a Paraná Previdência, para implementar uma força-tarefa visando promover um encontro de contas e eliminar os débitos existentes do Estado do Paraná para com o fundo previdenciário. Compromissos existentes face ao não cumprimento pelo governo anterior em não honrar o pagamento de dívidas previdenciárias financiadas.

Débitos com a Previdência Segundo Jayme Lima, “um novo plano de custeio está sendo finalizado, com a participação de vários órgãos governamentais para nortear a administração visando, sobretudo, blindar os Fundos”. É preciso, também, explica,

PEDRO RIBEIRO

adequar a situação dos militares que tem uma legislação de trabalho diferenciada e específica e estabelecer canais de negociação permanentes para fins de cumprimento dos chamados “ compromissos”, do Governo do Estado para com o Fundo Previdenciário, que é o nome adequado para os “ haveres atuariais”.

Jayme Lima lembra que idade média dos contribuintes à época (criação do Fundo) era em torno de 36 anos e, hoje, está na ordem de 44 anos, ou seja, para os efeitos atuariais, o Fundo envelheceu muito rápido, razão pela qual aponta em seu balanço o chamado déficit atuarial elevado. Déficit atuarial nada mais é que uma equação realizada pelos atuários com um conjunto de variáveis e que apontam para uma data em que eventualmente se mantendo determinada perspectiva de contribuições versus pagamento, os recursos do fundo se esgotariam. No Paraná “temos a tranqüilidade de um tempo bastante cômodo para efeito de pagamento de aposentadorias e pensões, mas é preciso manter a situação constantemente monitorada”, observa Jayme Lima. Alguns países, para escapar da discussão relativa à composição de déficits atuariais tem migrado para o chamado princípio da solvência, pelo qual eventual prejuízo em primeira instância deve ser arcado pelo ente público e em segunda instância pelo co-patrocínio.

O maior do País O Fundo Previdenciário da Paraná Previdência é o maior do País, com pouco mais de R$ 6,3 bilhões aplicados, com segurança, garantia e liquidez. “Temos batido a chamada meta atuarial, ou seja, a remuneração das aplicações pelo cálculo do IPCA acrescido de 6%, com um enxuto quadro de profissionais previdenciários que trabalham para atender cerca de 144 mil servidores ativos e perto de 99 mil entre inativos e pensionistas”, comemora Jayme Lima. Acrescenta que a Paraná Previdência é a única entidade de Regime Próprio de Previdência Privada (RPPS) a obter o ISO 9008 e já está trabalhando em busca certificação ISO na área de TI (Tecnologia da Informação).

A Paraná Previdência obteve uma rentabilidade de 8,04% nos sete primeiros meses des-

Servidor deveria ficar mais 2 ou 3 anos no trabalho e ter um benefício maior te ano, superando a meta atuarial de 7,63% no período, ou, IPCA + 6% ao ano. O total dos ativos foi superior a R$ 6,2 bilhões e o resultado foi alcançado devido à estratégia de aplicar um percentual significativo em investimentos atrelados ao CDI e não a índices de preço, revelou Jayme Lima.

Tudo vem sendo feito com apoio de Conselho de Administração da Paraná Previdência, do Conselho Fiscal, do Comitê de Investimentos e de um Conselho Diretor, cujo objetivo único é de resguardar e assegurar tranqüilidade e garantias para os contribuintes ativos, inativos e pensionistas. Jayme Lima lembra que a Paraná Previdência tem cerca de 10 fiscalizações diferentes, a começar pelo Ministério da Previdência, CMN, BACEN, Bolsa de Valores, Tribunal de Contas da União e Tribunal do Contas do Estado, auditoria externa e interna.

A equipe que administra o órgão mantém uma observação e análise diuturna com relação às oscilações de mercado financeiro face

“

Trabalhar meio período ou folgar um dia da semana em regime sabático.

Jayme de Azevedo Lima

”

às turbulências do mercado globalizado com reflexos em todas as economias. Inflação, câmbio, desenvolvimento, mercado de capitais, títulos públicos, tudo influi de maneira direta nos resultados dos Fundos Previdenciários, afirma Jayme Lima.

Período sabático Como todo o sistema previdenciário mundial está passando por reformas, a Paraná Previdência tem propostas para mudanças e uma delas é a alteração na Lei Federal 9717/98, onde diz respeito à própria Paraná previdência.

“Queremos poder aplicar em crédito consignado para os servidores do Estado a taxas bem mais baixas que as praticadas no mercado, buscamos ainda a autorização para criação de Consórcio de Fundos para os municípios que, através de uma administração profissional, possam formar um volume financeiro significativo para negociação de melhores aplicações no mercado”, pontua o presidente.

Outra iniciativa da atual administração é promover uma campanha no sentido de que os servidores fiquem mais dois ou três anos além do tempo de serviço legal, com que melhoraria a questão atuarial, bem como haveria tempo para transferir a memória de trabalho do servidor para outro. Como recompensa, o servidor poderá trabalhar meio período ou mesmo folgar um dia da semana durante este período sabático.

Muita ação ainda está para acontecer no cenário mundial com relação à questão previdenciária, em especial na aplicação, isto porque aumentou a qualidade de vida da população e a longevidade com conseqüente envelhecimento populacional em países desenvolvidos e em desenvolvimento, fazendo com que a questão previdenciária venha a ser tratada pelos governantes como prioridade, não só no cumprimento de determinação constitucional, como para efeitos financeiros, econômicos e sociais.

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cidades

METRÔ, a maior Enfim, o Metrô de Curitiba sai do papel, com recursos também do Governo Federal e eleva confiança do prefeito Luciano Ducci

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DA REDAÇÃO

obra do Paraná O

tão esperado Metrô de Curitiba vai sair do papel. Em outubro, num evento que reuniu a presidente Dilma Rousseff, o governador Beto Richa, o prefeito Luciano Ducci, ministros, deputados e vereadores, foi anunciado o conjunto de recursos que vai viabilizar a maior obra da história do Paraná.

Dos R$ 2,25 bilhões – o custo da primeira fase dos 14,2 quilômetros da obra -, o prefeito Luciano Ducci conseguiu a seguinte equação: R$ 1 bilhão a fundo perdido do governo federal, R$ 750 milhões em financiamentos – dos quais o Governo do Estado vai bancar R$ 300 milhões e o Município outros R$ 450 milhões, e mais R$ 500 milhões através da chamada parceria público-privada.

Ao destacar o dia histórico – 13 de outubro - Ducci adiantou que as obras já começam ainda no segundo semestre de 2012 e que pretende entregá-las em

2016. Disse ainda que o metrô não vai ter tarifa extra e que o usuário vai pagar uma passagem e circular por toda a cidade no sistema da Rede Integrada de Transporte de Curitiba.

“

O passageiro pagará a mesma tarifa para andar de ônibus e metrô.

Luciano Ducci

”

“Nas estações do metrô haverá integração ao sistema de ônibus. O passageiro pagará a mesma tarifa para andar de ônibus e metrô. Isto estará no edital de licitação”, adiantou Ducci.

Metrô Estação Portão

400 mil passageiros A Linha Azul, primeira fase do Metrô Curitibano, ligará a CIC até a Rua das Flores no centro da cidade. Serão 13 estações no percurso. “O trecho CIC-Rua das Flores foi escolhido

porque é o que mais transporta passageiros.

Hoje temos 400 mil passageiros/dia neste eixo com tendência de ampliação porque é a região da cidade que mais cresce”, disse Ducci.

O metrô sairá do terminal CIC Sul em superfície, margeando a Linha Verde, no leito da BR 116. De lá, seguirá em direção ao terminal do Pinheirinho e passará a ser subterrâneo abaixo dos 14,2 quilômetros de canaletas que seguem até o centro da cidade.

A pista exclusiva por onde hoje circulam os ônibus será transformada em um grande parque linear com áreas de circulação para pedestres e ciclistas. “As canaletas serão transformadas em um grande espaço de convivência que contará com ciclovias. A cidade tem que pensar nas pessoas, em devolver espaços à população e em promover o uso de meios alternativos e não poluentes de transporte como a bicicleta”, adiantou o prefeito.

“Além dos ônibus do transporte coletivo, nosso metrô será integrado também à bicicleta, proporcionando um deslocamento alternativo seguro, e estimulando à cultura da bicicleta como modal”, destaca Ducci.

Parque linear A implantação dos boulevares é apontada pela presidente Dilma Rousseff como um dos destaques do projeto do Metrô Curitibano considerado por ela um dos melhores do Brasil. “Uma parte extremamente relevante do projeto de Curitiba é a utilização do espaço das canaletas para uma área de integração de

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cidades

lazer e cultura. É destaque que mostra o caráter muito adequado deste projeto, dentro da visão que precisamos investir na mobilidade urbana”, disse Dilma no anúncio dos recursos para o metrô.

O Metrô Curitibano terá estacionamento para bicicletas nas 13 estações de embarque e desembarque do metrô. Assim, quem estiver pedalando na ciclovia e quiser continuar o deslocamento usando o metrô poderá guardar a “magrela” dentro de uma estação.

Com cerca de 120 metros de largura por 21,5 de comprimento, cada estação poderá ter 35 vagas para bicicletas, totalizando 455 vagas de estacionamento ao longo do trecho do metrô. Além das bicicletas, o Metrô terá estacionamento para carros e motos dentro das estações.

Curitiba, referência A presidente Dilma ficou entusiasmada com o projeto, ressaltou Curitiba como referência para o mundo em transporte público e disse que a cidade pode servir de exemplo na integração com outros modais. “Discutir e planejar o transporte coletivo em áreas de grande concentração urbana tem como refe-

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“

Discutir e planejar o transportecoletivo em áreas de grande concentração urbana tem como referência a cidade de Curitiba.

Dilma Rousseff

rência a cidade de Curitiba e o que aqui foi realizado”, afirmou.

“Não podemos ter um país com o transporte público segregado a classes. No mundo inteiro o metrô é um instrumento de democratização do espaço urbano. Curitiba deu a sua contribuição no conceito de transporte urbano copiado no mundo. Que aqui que tenhamos a possibilidade de fazer a integração entre os diferentes modais tendo o metrô como elemento articulador”, completou Dilma.

Os resultados alcançados no transporte, segundo Dilma, devem ser reconhe-

”

cidos no trabalho dos prefeitos Luciano Ducci, de Beto Richa e dos que administraram a cidade anteriormente. “Estive em Istambul, na Turquia, e pude ver canaletas e estações como as que foram feitas aqui. Isso não significa que diminuímos a importância deste momento de implantação do metrô. A solução está em uma solução integrada para o espaço urbano”, observou.

Dilma disse que é fundamental que se reconheça a Rede Integrada de Transporte de Curitiba como modelo na modernização e reestruturação dos sistemas transportes. “É modelo que correu o mundo”, disse. “Foi (modelo) para países em desenvolvimento a países desenvolvidos. Foi para a ponta da Ásia com a Europa, para a América Latina e para os EUA”.

Prefeito Luizăo tem 84 % de aprovaçăo dos pinhaienses Estudo do Instituto Paraná Pesquisas foi realizado no início do męs de outubro O mandato do prefeito Luizăo Goulart (PT) em Pinhais, na Regiăo Metropolitana de Curitiba, tem 84% de aprovaçăo da populaçăo do município. É o que aponta um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, realizado no início do męs de outubro. A pesquisa avaliou, também, a aceitaçăo dos pinhaienses quanto ao governo de Beto Richa (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT).

Ambos tiveram parecer favorável.

Durante os primeiros cinco dias de outubro, 678 moradores da cidade, todos maiores de 16 anos, foram consultados individualmente a respeito de suas opiniőes sobre as administraçőes municipal, estadual e federal. De acordo com o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira, "tal amostra representativa do município de Pinhais atinge um grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de 4%".

Luizăo alcançou 84,96% de aprovaçăo dos pinhaienes, sendo que a popularidade dele é maior entre as pessoas com mais de 60 anos. Já no caso do governador Beto Richa, a aprovaçăo foi de 70,35%, com percepçăo mais positiva entre os jovens de 16 a 24 anos. A presidente Dilma, por sua vez, apresenta menos popularidade entre os moradores de Pinhais, ficando com apenas 57,08% de aprovaçăo, conquistada principalmente entre quem tem mais de 60 anos.

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27 Documento Reservado / Outubro 2011

interior

Região Metropolitana de A

Região Metropolitana de Londrina, criada pela Lei Complementar Estadual 81, de 17 de Junho de 1998, passou a existir apenas no ano de 2007. Agora, no Governo Beto Richa a lei deve fazer parte também do orçamento estadual, contando com uma receita para custeio na ordem de R$ 3 milhões, previstos na Lei Orçamentária, encaminhada à aprovação na Assembléia Legislativa do Estado.

Com projetos em andamento, o coordenador da Região Metropolitana de Londrina, engenheiro Victor Hugo Boselli Dantas, disse que uma das principais metas do governador Beto Richa é a interiorização do governo. “Atualmente, contamos com 11 cidades que, junto com a (Associação dos Municípios do MédioParanapanema (Amepar), chega a 32. O objetivo é fazer com que a estrutura do governo fique mais próxima da nossa região”.

A integração do transporte entre as cidades da região metropolitana, uma das prioridades de gestão do atual governo, está sendo avaliada. “Há técnicos do IPPUL, de Curitiba, fazendo um estudo para que possamos construir dois terminais e tornar realidade a integração do transporte”, adianta Dantas.

Já o Pólo Florícula, que auxilia a pequenos produtores de flores, é uma realização da Coordenadoria da Região Metropolitana de Londrina (Comel). O projeto conta com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) e representantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL).”Outra conquista é o aumento da produção de água 28 Documento Reservado / Outubro 2011

orçamento

em Londrina, que deve ter um crescimento em 10%, além disso, o bombeamento do Aquífero Guarani”, destaca Dantas.

Na área econômica, o coordenador da região fala sobre o Arco Norte, um projeto macro, com previsão de realização de 10 a 20 anos, que envolve várias cidades e deve captar

empresas para a região. “Será criado um sítio aeroviário, barracões, que devem atrair empresas, virando assim um centro de logística na região de Londrina”.

O Contorno Leste também está na pauta de projetos, mas deve ser realizado mediante a aplicação de recursos advindos do governo

As 11 cidades que compõem a região metropolitana são: Londrina, Tamarana, Rolândia, Cambé, Ibiporã, Assaí, Primeiro de Maio, Sertanópolis, Alvorada, Bela Vista do Paraíso e Jataizinho.

A estimativa é de que essas cidades somadas alcancem perto de 850 mil habitantes

FLÁVIA PRAZERES

Londrina terá

próprio do governo federal. Enquanto que o Contorno Norte, passando por Londrina, Ibiporã, Cambé, deve dentro em breve virar uma realidade.

“A criação das denominadas regiões metropolitanas permite que cidades sejam tratadas com uma visão demegalópoles. Outro ponto importante é que nos permite o estudo

de soluções em conjunto”, avalia o coordenador da Comel.

O gerenciamento dos resíduos sólidos também deve ser orientado pela Comel. A intenção é realizar um estudo para melhorar o modelo existente, inclusive com a realização de consórcios e convênios entre as cidades para que os resíduos sólidos tenham a destinação final correta.

Estradas A duplicação da BR 445, uma rodovia pertencente ao governo federal, que liga a BR-376, próximo a Mauá da Serra, e o município de Primeiro de Maio, no entroncamento com a PR-437, também está na lista de prioridades da Comel.

De acordo com Dantas, serão investidos R$ 150 milhões para a duplicação da estrada.

Além disso, a ideia é melhorar o trecho urbano, o que passa em frente à UEL. Para isso, está sendo usado o corpo técnico do governo estadual para que seja realizado o estudo para viabilizar a melhoria deste trecho, que de acordo com Dantas, é um local com problemas de

“

trâfego e, que, pode ser solucionado com as mudanças que estão sendo avaliadas pela coordenadoria.

As 11 cidades que compõem a região metropolitana são: Londrina, Tamarana, Rolândia, Cambé, Ibiporã, Assaí, Primeiro de Maio, Sertanópolis, Alvorada, Bela Vista do Paraíso e Jataizinho. A estimativa é de que essas cidades somadas alcancem perto de 850 mil habitantes.

Mas, já há um projeto de lei em análise na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná que estuda a inclusão de mais três cidades: Sabáudia, Pitangueiras e Jaguapitã.

Integração dos transportes será uma realidade.

Victor Hugo Dantas

” 29 Documento Reservado / Outubro 2011

cidades

Prefeitura de Araucária aumentará

Fotos: Maísa Salles

mais de 55% número de vagas nos CMEIs até o fim deste ano

da Até o final ração, t is in m d a atual ampliar é o ã is v e r ap número o % 7 6 em

nas de vagas nicipais u m s e h c cre

Pré-escola cachoeira

A

té o fim deste ano o número de vagas disponibilizadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), da rede de Araucária, irá aumentar cerca de 57%, se comparado ao número de vagas existentes no início da atual administração. São mais 1.500 novas vagas até dezembro de 2011.”Temos a plena consciência que a educação nos primeiros anos de vida é a mais importante para o aprendizado.

Por isso investimos firme para que a educação infantil, em Araucária, seja cada vez melhor e com profissionais dedicados em busca pela 30 Documento Reservado / Outubro 2011

excelência na qualidade. Por isso estamos construindo novos CMEIs e ampliando vários outros. Tudo para diminuir a demanda por creches no município, trazendo tranquilidade para as mães que poderão deixar seus filhos em local amplo e bem estruturado”, afirmou o prefeito, Albanor Zezé Gomes.

Em outubro, foram entregues à comunidade quatro Centros Municipais de Educação Infantil ampliados e um Centro novo, totalizando mais 750 novas vagas. O prefeito Zezé começou as entregas com a inauguração da

DA REDAÇÃO

nova sede da Pré-Escola Municipal Cachoeira, no Jardim André Moll. O novo espaço escolar recebeu investimento de R$ 1,5 milhão e vai beneficiar a vida das famílias que moram nas proximidades do bairro Iguaçu. Serão atendidas 350 crianças. O local possui 982,80 metros quadrados de área construída e conta com sete salas de aula, área administrativa, refeitório, cozinha, sanitários, parquinho de diversão, lavanderia, área de serviço, e demais dependências.

recebeu um investimento de R$ 536.218,49 e agora vai atender mais 150 crianças, totalizando 230 alunos atendidos. A estrutura foi aumentada em mais de três vezes. Passou de uma área de 284 m² para 937 m² de área construída.

São seis novas salas de aula, sala de direção, sala de professores, brinquedoteca, banheiros, e um refeitório.

Outra região beneficiada foi a do Ipês. O Centro Municipal teve a capacidade de atendimento ampliada de 80 para 130 crianças. O

Centros Municipais do bairro Estação e da Campina da Barra. A Prefeitura também está construindo dois novos CMEIs. O primeiro está localizado no bairro Iguaçu (loteamento Torres) e o segundo no bairro Costeira (loteamento Primavera). E nos próximos meses será iniciada a construção de outros dois CMEIs, um no bairro Thomaz Coelho e outro no Jardim Itaipu II, somando mais 240 novas vagas.

Conjuntamente as reformas e ampliações, foram locados dois espaços, sendo um no Centro e outro no bairro Tupy, acrescendo mais 120 novas vagas. E já passa por estudos a locação de um terceiro local, no Tietê (área rural do município). Totalizando mais de 1500 novas vagas geradas na rede municipal, sem contar as vagas inseridas no sistema, vagas dos remanejamentos realizados nos Centros Municipais já existentes.

Prefeito Albanor Zezé Gomes visita CMEI Berneck CMEI Tindiquera

Em seguida, foi entregue a ampliação do CMEI Jardim do Conhecimento, no Centro.

O novo espaço, que recebeu um investimento de R$ 449.282,02, criou mais 100 vagas para crianças e no total irá atender 250 alunos.

São mais quatro salas de aula, sala para professores e pedagogos, refeitório, banheiros e área de serviço. O local, que contava com uma área de 530,65 m², ganhou mais um espaço de 509,35 m², totalizando 1.040 m² de área construída.

A terceira obra entregue foi a do CMEI Tindiquera, no Jardim São Sebastião. A obra

espaço físico agora conta com 196,65 m². São mais quatro salas de aula, copa, sala administrativa e banheiros.

Para encerrar a primeira etapa, foi entregue a ampliação do CMEI Berneck, bairro Capela Velha. A estrutura foi triplicada e passou de 255 m² para 765 m² de área construída. São quatro novas salas, sala administrativa, biblioteca, refeitório e banheiros. Essa obra recebeu um investimento de R$ 346.521,91, e vai ampliar a capacidade de atendimento de 60 para 160 crianças.

Além disso, estão sendo expandidos os

Em outubro, foram entregues à comunidade quatro Centros Municipais de Educação Infantil ampliados e um Centro novo, totalizando mais 750 novas vagas

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economia

Na rota dos Programa de incentivos do governo atrai atenção de montadoras para o Paraná

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C

om um crescimento acumulado em 4,8% no ano, a indústria paranaense ostenta o terceiro melhor resultado do País, ficando atrás apenas dos estados do Espírito Santo e de Goiás. Só no último mês de agosto, a produção industrial do Paraná inchou 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi

o melhor resultado entre todos os estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi muito acima da média nacional, que ficou em -0,2%.

“Comparado com o mesmo mês de 2010, o desempenho da indústria em agosto teve variação de 24%, o que pode ser justificado

LUCIAN HARO

investidores

Foto: Felipe Rosa

pela expansão dos setores de refino de petróleo e álcool, edição e impressão, veículos automotores e bebidas”, explica o coordenador do Núcleo de Estudos Macroeconômicos e Conjunturais e pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Fernando de

Lima. Segundo ele, o desempenho superior ao nacional tem relação com a redução da interferência de fatores conjunturais de greves em fábricas do segmento automotivo, por exemplo.

Os números são animadores e mostram a força da diversificação do parque industrial do estado, conforme afirma o secretário da Indústria do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros. De acordo com ele, “são dados que nos deixam confiantes e nos motivam a trabalhar ainda mais pelo fortalecimento e diversificação da nossa cadeia produtiva. Com o programa Paraná Competitivo temos condições de atrair investimentos nacionais ao Estado”. O programa mencionado pelo secretário é uma iniciativa do governo estadual que contempla uma série de medidas de incentivos ao setor produtivo e melhoria de infraestrutura, para tornar o Paraná atrativo para novos investimentos que gerem empregos, renda, riqueza e desenvolvimento sustentável.

Os dados do IBGE foram divulgados no dia seguinte ao anúncio bilionário de investimentos da Renault no Estado. A montadora francesa vai investir R$ 1,5 bilhão na unidade de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Os recursos, que foram enquadrados no Paraná Competitivo, vão gerar 2 mil empregos por ano.

R$ 7,5 bi Até o momento, o Paraná Competitivo tem confirmado R$7,5 bilhões em novos investimentos, principalmente no setor industrial, dos quais a Renault é a maior fornecedora. Outros R$ 15 bilhões estariam em negociação com o governo do Estado. Os anúncios mais recentes no segmento automotivo foram da japonesa Sumitomo, que vai fabricar pneus em Fazenda Rio Grande; a norteamericana Paccar, que produzirá caminhões DAF em Ponta Grossa; e a Caterpillar, que vai produzir retroescavadeiras em Campo Largo.

“

Com o programa Paraná Competitivo temos condições de atrair investimentos nacionais e internacionais ao Estado.

Ricardo Barros

”

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economia

PEDRO RIBEIRO

Banco de Projetos para

salvar o Estado

O

O gargalo que emperra o desenvolvimento industrial em todas as regiões do Estado poderá ser corrigido pela Fiep com programa de investimentos na área de infraestrutura

novo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo criticou, em seu discurso de posse, as deficiências de infraestrutura e logística do Estado que dificulta o desenvolvimento da industrialização em todas as regiões do Paraná. “Um gargalo que emperra o desenvolvimento e afugenta o interesse de investidores, em especial grandes projetos de empresas nacionais e multinacionais de ir para o interior”, disse. É desafio do novo comandante da Fiep, instalar o Banco de Projetos para criar um fundo de investimento de R$ 600 milhões, com objetivo de construir projetos e viabilizar através de PPPs, um grande programa de investimentos na área de infraestrutura no Estado, principalmente na melhoria da malha rodoviária, nas ferrovias e aeroportos. Sua visão é para num horizonte de 20 anos, onde poderiam viabilizar investimentos na ordem de R$ 18 bilhões.

Reformas Campagnolo elogiou as atitudes que a presidenta Dilma Rousseff vem tomando no combate à corrupção e as recentes medidas na

Edson Campagnolo: fundo de investimentos de R$ 600 milhões para projetos no Estado

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área econômica, protegendo a indústria brasileira. Segundo ele, estas atitudes permitem sonhar e acreditar nas mudanças e reformas tão necessárias para o País. As reformas, tais como a tributária e fiscal, trabalhista, previdenciária, política e outras, são necessárias e urgentes e “por que não dizer para ontem”, enfatizou.

Pediu apoio da bancada paranaense em Brasília e lembrou que, infelizmente, e devido a uma minoria de maus políticos, a classe política goza hoje de uma grande rejeição e muitos não acreditam no Poder Legislativo.

Pediu para que os parlamentares façam a dife-

rença e assumam, sem corporativismo, as reformas tão almejadas.

Para o dirigente industrial, o atual sistema eleitoral é ruim. “É inadmissível termos eleições a cada dois anos. Também não consigo aceitar as tais verbas parlamentares, que são objeto de desejo de todos os prefeitos, que precisam ir a Brasília passar o chapéu. Ora, onde os tributos e contribuições são arrecadados? Nos municípios. Portanto, a fatia destes deve ficar onde de direito: nos próprios municípios. Com certeza as Câmaras de Vereadores, fiscalizadas pela população, poderiam destinar e fiscalizar melhor os recursos”.

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economia

Otimismo com o Natal S

52% disseram que vão procurar trabalhadores temporários e 11% afirmaram que optarão pelos efetivos. Os segmentos que mais vão contratar são as lojas de departamentos, calçados, vestuário, livrarias e papelarias.

A maioria dos lojistas, 80% deles, disse que aumentará seus estoques em 32% para o final de ano. Para quem já definiu as estratégias de promoção de vendas, as principais ações serão: lançamento de novas peças, realização de promoções, facilidades no pagamento, kits promocionais e investimentos em propaganda.

Dinamismo Apesar da desaceleração da economia,

Foto: Felipe Rosa

uperando a baixa vivenciada pelo comércio no Dia das Crianças, que neste ano alcançou apenas 3% dos 11% de crescimento previsto, os lojistas de Curitiba esperam um final de ano “gordo” e prospectam vendas 14% maiores em relação à temporada do ano passado. Uma pesquisa encomendada pela Associação Comercial do Paraná ao Instituto Datacenso mostra que esse otimismo se dá, principalmente, pela chegada das novas coleções, aumento dos estoques e entrada do 13º salário.

O levantamento também da conta da demanda que o comércio vive por mão-de-obra temporária. Dos 200 comerciantes ouvidos,

“

O clima natalino, por si só, já traz um aumento significativo na demanda do comércio.

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Rui Carlos Machado

”

em função do câmbio, do aumento das taxas de juros e redução do crédito, o economista Cláudio Shimoyama explica que os comerciantes se mantêm otimistas, nesta temporada, porque o mercado de trabalho continua apresentando dinamismo. “A confiança do lojista se dá, em especial, pelos recursos como o 13º salário, gratificações e restituições do imposto de renda, que invariavelmente aquecem as vendas nesta época do ano”, diz ele.

Quanto ao comportamento do consumidor, o economista afirma que pelo desempenho do Índice de Confiança do Consumidor Curitibano (ICCC) - apresentado pelos índices de Situação Presente (ISP) e Índice de Expectativas Futuras (IEF) -, percebe-se que eles estão mais cautelosos com as compras a curto prazo, mas continuam confiantes com relação à expectativa de melhora nas condições financeiras e em um bom desempenho da economia.

Temporários de Natal O empresário do ramo de confecções e calçados Rui Carlos Machado afirma que o aumento na expectativa de contratação de funcionários para este final de ano existe, principalmente, pelas vagas já abertas e pela dificuldade que os lojistas estão tendo de encontrar mão de obra qualificada. Segundo ele, “o comerciante tem que estar preparado para o final de ano não só com um

LUCIAN HARO

Lojistas de Curitiba estão confiantes nas vendas do final de ano e abrem temporada de contratações bom estoque de mercadorias, mas também com um aumento de pessoal com bom nível de treinamento”.

Ainda segundo ele, o clima natalino, por si só, já traz um aumento significativo na demanda do comércio, sem contar a entrada do 13º, que historicamente mexe com o mercado. Com relação à expectativa de faturar 14% mais neste ano, o empresário afirma que o percentual está um pouco acima do esperado para o ramo de vestuário, se considerar a atual conjuntura econômica e compará-la com o mesmo período do ano passado. “Mas acredito que se pudermos contar com temperaturas favoráveis e vitrines atrativas, poderemos alcançar facilmente esse patamar”, ponderou Machado.

Inadimplência

A inadimplęncia do consumidor do comércio varejista apresentou a sétima elevaçăo mensal consecutiva em agosto, conforme a Confederaçăo Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). Mesmo assim, a recuperaçăo de crédito tem sido igualmente forte desde o início do ano. No acumulado de 2011 até o męs passado, enquanto a inadimplęncia avançou 5,14% na comparaçăo com idęntico período de 2010, a recuperaçăo de crédito foi ainda maior, de 6,74%.

Em Curitiba, o calote também subiu nos últimos meses: de março a setembro, por exemplo, o índice dobrou e passou de 6% para 12%, reflexo de um cenário com maior restriçăo de crédito, elevaçăo dos juros e alta da inflaçăo. “Esses seriam os principais responsáveis pelo aumento no número de pessoas com dificuldades para pagar suas contas, seguidos por ‘emprestar o nome’, extrapolar o orçamento e a perda da renda”, explica o economista Maurílio Schmitt.

O especialista esclarece que embora existam restriçőes para aquisiçăo de certos produtos e reduçăo de prazos para quitaçăo de dívidas, a concessăo de crédito continua se expandindo em ritmo superior ŕ expansăo dos rendimentos presentes dos consumidores. “Assim sendo, cresceu significativamente o sentimento de que o grande número de contas a pagar, como consequęncia da elevaçăo de preços, representam ameaças ŕ manutençăo do equilíbrio dos orçamentos individuais ou familiares”, argumentou.

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profissão

DA REDAÇÃO

Aluno do Senai Paraná é ouro em torneio Mundial de educação profissional

G

abriel D’Espíndula, aluno do Senai Paraná, conquistou medalha de ouro no WorldSkills, maior torneio de formação profissional do mundo, disputado em Londres, por cerca de mil jovens, de 50 países.

Com esse resultado, o paranaense é o melhor do mundo na ocupação que competiu, a de Eletrônica Industrial.

No geral, os alunos do Senai conquistaram para o Brasil o segundo lugar no WorldSkills, atrás apenas da Coreia do Sul e à frente do Japão, Suíça e Cingapura, entre outros países desenvolvidos. Os alunos trouxeram seis medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze, além de dez certificados de excelência.

“O resultado é fruto da qualidade do ensino ofertado pelo Senai Paraná e pelo Senai de todo o Brasil”, afirmou o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, que esteve em Londres acompanhando as provas do WorldSkills. “Nos próximos anos, vamos reforçar ainda mais nossos investimentos em educação profissional e fortalecer parcerias com o Governo do Estado e Governo Federal, para responder plenamente as necessidades de qualificação de mão-de-obra que o Brasil precisa”, enfatizou Campagnolo.

Gabriel, um colecionador de medalhas na área do trabalho industrial

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A primeira vez que o país alcançou essa colocação foi em 2007, quando o torneio foi realizado no Japão.

Os estudantes que representaram o Brasil no WorldSkills estão entre os melhores do mundo em sua profissão.

Gabriel D’Espíndula fez o curso de Eletrônica Industrial, na modalidade Aprendizagem Industrial, no Senai CIC, em Curitiba. Em 2009, venceu a etapa estadual da Olimpíada do Conhecimento, torneio em que os alunos do Senai enfrentam o desafio de executar tarefas que simulam o trabalho na indústria.

No ano seguinte, conquistou medalha de ouro na etapa nacional da Olimpíada do Conhecimento, no Rio de Janeiro. Depois disso, venceu as seletivas que definiriam o representante brasileiro na WorldSkills. Passou, ainda, por treinamentos e provas para confirmar seu índice. Os resultados alcançados em todas essas fases o credenciaram o Gabriel a disputar o torneio mundial.

No Brasil A primeira vez que o país alcançou essa colocação foi em 2007, quando o torneio foi realizado no Japão. Os estudantes que representaram o Brasil no WorldSkills estão entre os melhores do mundo em sua profissão.

“Vocês são um orgulho muito grande para o Brasil”, disse Andrade, cumprimentando os estudantes. Ele destacou que jovens profissionais bem preparados como os competidores do WorldSkills são decisivos para garantir o crescimento da economia brasileira. “Por isso, o Senai continuará investindo na formação profissional”, acrescentou.

O presidente da CNI explicou que o Senai contratará os competidores como instrutores em suas escolas para que eles ensinem tudo o que aprenderam para outros jovens. Os que quiserem complementar a formação técnica no exterior serão orientados na escolha da escola e do curso. “Além da bolsa de estudos, eles terão ajuda de custo para se manter fora do país no período do curso”, acrescentou Andrade.

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cultura

As tradicionais apresentações do Palácio Avenida completam duas décadas. Para comemorar, o espetáculo deste ano será diferente

A

magia do Natal e o encanto do Cirque de Soleil se unem para emocionar o público que vai acompanhar as apresentações de Natal no Palácio Avenida, no centro de Curitiba. Tradicionalmente, há 20 anos, todas as janelas dos escritórios do Banco HSBC se abrem ao mesmo tempo e viram palco para 160 crianças cantarem músicas natalinas e também sucessos brasileiros.

A cada ano o tema é diferente. Em 2011 é a vez do espetáculo chamado “Poder da Música”, que tem como novidade um show com característica mais musical, sem momentos de interpretações teatrais, como realizados em edições anteriores. Além das

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Noite feliz crianças, haverá a participação especial de um corpo de balé de Curitiba e como mestre de cerimônias um artista do Cirque de Soleil, conhecido como Kazuo. Outra atração é a utilização da tecnologia 3D Maping, que projetará no Palácio Avenida imagens que compõem o espetáculo.

A ideia do coral iniciou com o antigo Banco Bamerindus. Quando virou HSBC, em 1997, as apresentações tiveram mais repercussão, principalmente nacionalmente. Desde então o grupo se aprimorou e a cada edição busca inovar. O destaque fica por conta de um trabalho social que é feito com o projeto HSBC Educação, que

desenvolve iniciativas educacionais e culturais, e também oferece assistência médica para as crianças. “Para que o Natal do HSBC seja possível, há um ano todo de muita preparação. As crianças devem mostrar um bom desempenho escolar, dedicação, disciplina e respeito. As apresentações são a celebração de um ano de empenho e sucesso, e o reconhecimento de que a música realmente tem o poder de transformar a vida destes jovens, por isso este foi escolhido como o tema de 2011”, explica a diretora do Instituto HSBC Solidariedade, Claudia Malschitzky.

Ao todo 530 crianças de 12 lares de Curitiba e região metropolitana são beneficiadas pelo projeto. Destas, são escolhidas 160 para participarem do auto de Natal.

“Para se tornar um integrante e permanecer no Coral, além de gostar muito de música, as crianças precisam conquistar boas notas na escola e não perder os dias de ensaio. O programa tem como principal objetivo reduzir o tempo de permanência das crianças abrigadas nas instituições sociais. Todas as crianças têm direito a convivência familiar, por isso a proposta visa capacitar os gestores das organizações, além de investir diretamente na criança, com apoio nas áreas de psicologia, pedagogia e saúde”, afirma a diretora.

Quarenta crianças fazem parte do coral permanente. Aquelas que se destacam rece-

LORENA MALUCELLI PELANDA

bem bolsas de estudo para aprimoramento musical. No meio do ano, juntam-se a esse grupo mais 120 crianças para realizar o grande espetáculo natalino.

Cada espetáculo tem duração de cerca de uma hora e por se tratar de um show de Natal, músicas que falam sobre a celebração não podem faltar. Com tantos anos de apresentações, uma delas sempre emociona o público e não pode ficar de fora do repertório.

“A música Noite Feliz”, garante a diretora Claudia Malschitzky. A canção retrata bem o que o coral proporciona para muitos: uma noite diferente, recheada de magia e é claro, feliz.

De graça São 12 apresentações por ano, que atraem 200 mil pessoas. O show é de graça e além dos próprios moradores da capital paranaense, encanta também os turistas. A universitária Mariana Ribeiro mora em São Paulo, mas não se esquece de um Natal que passou na cidade.

“Lembro-me de uma vez marcante em que havia uma grande multidão atraída pelo show e minha mãe, como estava grávida de meu irmão, pediu que procurássemos um lugar mais confortável e outra perspectiva do show. Por sorte conseguimos acesso à sobreloja de um restaurante que ficava bem próximo e conseguimos avistar as crianças cantando bem de perto. Foi muito emocionante, a magia do Natal e as músicas já nos encantam, quando então são cantadas por crianças em uma linda encenação ao ar livre, tudo fica realmente mágico”, relembra Mariana.

O espetáculo é motivo de orgulho para o ferroviário curitibano Jair Dias Bravo.

Sempre que pode, ele vai assistir a apresentação. “Tem que se antecipar, para conseguir assistir. O público é muito grande, mas

O coral é formado por crianças de 12 lares da Grande Curitiba

vale a pena. Eu recomendo. Fui cinco vezes e todas me marcaram e foram emocionantes. É um orgulho”, comenta Jair.

Com duas décadas de sucesso, os estabelecimentos ao redor do Palácio Avenida também se preparam para atender bem o público. Alguns lugares, e até mesmo hotel, oferecem uma visão privilegiada e mais conforto para acompanhar as apresentações, com camarotes e alimentação. A capacidade pode chegar a pouco mais de mil convidados em cada show.

As apresentações do Natal do HSBC “Poder da Música” começam no dia 25 de novembro, sempre de sexta a domingo, às 20h30. O espetáculo fica em cartaz até o dia 18 de dezembro, na rua XV de novembro com a rua Luiz Xavier, na região central de Curitiba.

Diferente de outras edições, neste ano o espetáculo não será teatral Claudia Malschitzky é diretora do Instituto HSBC Solidariedade

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cultura

Na ponta do pé Balé Teatro Guaíra é uma das cinco companhias mais renomadas do país e, a cada ano, a disputa para entrar no grupo e fazer parte do Corpo de Baile é cada vez mais acirrada

P

Foto: Sérgio Vieira

elo menos seis horas por dia, vinte e sete pessoas deixam as roupas de passeio de lado e vestem collant, meia-calça e uma dolorida sapatilha para realizar um grande sonho: o de ser um bom bailarino e também emocionar o público com a dança.

O grupo, ao lado de oito estagiários, compõe o Balé Teatro Guaíra, companhia mais importante do Paraná e uma das mais respeitadas no país.

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O balé foi criado em 1969, pelo Governo do Paraná e com pouco mais de quatro décadas já produziu e apresentou mais de 130 obras de renomados coreógrafos em várias partes do Brasil e também no exterior. O destaque fica com o espetáculo “O Grande Circo Místico” do diretor e coreógrafo Carlos Trincheiras, inspirado no poema de Jorge de Lima, com música especialmente composta por Edu Lobo e Chico Buarque. Já no início

da década de 90, a obra “Treze Gestos de um Corpo” da coreógrafa portuguesa Olga Roriz, foi um grande sucesso tanto de público como de crítica especializada e continua sendo dançada até hoje. Mais recentemente, a coreografia “O Segundo Sopro”, que ficou conhecida como o “Balé das águas”, de Roseli Rodrigues também emocionou o público presente na apresentação.

O Balé Teatro Guaíra se apresenta periodi-

LORENA MALUCELLI PELANDA

camente a cada ano com diferentes obras de seu repertório e trabalhos inéditos. Até novembro deste ano, o grupo vai mostrar diferentes momentos de obras como “Treze Gestos de um Corpo”, “Caixa de Cores” e processos de criação da obra de ocupação urbana “Coreografias para Ambientes Preparados” (CPAP) da coreógrafa Carmen Jorge, além de mediações sobre os trabalhos apresentados com a especialista em História da Dança, de Cristiane Wosniak.

oportunidade para crescer profissionalmente. De acordo com a diretora do Balé Teatro Guaíra, Andréa Sério, os bailarinos são selecionados por meio de banca de avaliação técnica e avaliação de currículo.

Qualquer pessoa do país pode participar da seleção. “O trabalho é composto de aulas de dança clássica e contemporânea, processos de criação de movimentos e ensaios coreográficos. Outra forma de participação são os estágios, com vagas Eleonora Greca é a primeira bailarina do Balé Teatro Guaíra para alunos de Curso Superior e do Dedicação e superação Ensino Médio. A escolha dos estagiPara fazer parte desse grupo não é tão fá- principalmente quando os movimentos são nos ários ocorre por meio de seleção pública e cil. Assim como outras profissões, o balé tam- pés. Outro desafio para quem pretende se é uma ótima oportunidade para estudantes bém necessita de dedicação e superação, já manter na carreira é buscar uma companhia da área adquirir experiência junto ao trabaque no começo a dança pode ser dolorida, que reconheça o seu trabalho, assim como dê lho da companhia”, explica Andréa.

>>

Espetáculo “Treze gestos de um Corpo” é destaque da companhia

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Foto: Sérgio Vieira

Projeto “Sextas Públicas” aproxima o público e os bailarinos

Muitas pessoas não aceitam um homem dançando balé e julgam até mesmo como sendo homossexual. Além disso, quando eu não fazia parte de um grupo profissional, meu pai não me apoiava e sempre falava para arranjar outro emprego. É necessário persistência”, afirma Nelson. Antes de se profissionalizar, o bailarino chegava a treinar por cerca de dez horas por dia.

Décadas de história e integrantes de renome na dança O Balé Teatro Guaíra teve como diretores importantes nomes da dança como Ceme Jambay, Yara de Cunto, Yurek Shablewski, Hugo Delavalle, Carlos Trincheiras, Susana Braga, Carla Reinecke, entre outros. Inúmeros bailarinos de renome internacional compuseram o elenco da companhia com destaque para Jair Moraes, que foi primeiro bailarino do BTG e também ocupou o cargo de diretor da companhia, e Eleonora Greca, primeira bailarina do grupo, que deixou os palcos neste ano.

A bailarina Ane Adade veio morar em Curitiba para trabalhar com balé

44 Documento Documento Reservado Reservado // Outubro Outubro 2011 2011

Foto: Karin Van Der Broocken

A bailarina Ane Adade está há quatro meses no grupo. Ela nasceu em Sorocaba, no interior de São Paulo, e desde então fazia parte da Cia de Dança de São José dos Campos, onde atuava como ensaiadora e coreógrafa. A aprovação para entrar no Balé Teatro Guaíra foi uma grande surpresa. “Quando recebi o comunicado que havia sido aprovada na audição e que havia um contrato disponível, diante do novo projeto aceitei imediatamente. Em 15 dias já estava com a minha mudança em Curitiba, me encantei com o projeto e quero ficar aqui”, comenta Ane. A bailarina morou na Alemanha no ano passado e já tem uma boa bagagem profissional, mesmo assim ela garante que o grupo não fica atrás de outras companhias internacionais.

São 14 bailarinos no grupo. Um deles é Nelson Meira Júnior, que desde 2008 faz parte da formação principal. Ele iniciou na dança aos sete anos, depois de ver um espetáculo de balé. Mas com os sonhos também apareceram as dificuldades, principalmente em relação ao preconceito. “Ainda existe muita rejeição, principalmente em relação à sexualidade.

Foto: Sérgio Vieira

cultura

Andréa Sério é diretora do Balé Teatro Guaíra

Busca de talentos O Balé Teatro Guaíra conta com projetos sociais para incentivar a dança e buscar novos talentos. Entre eles estão: “Corpo Público”, que visa trocar informações entre o público e a companhia; “Projeto 30 minutos”, que tem palestras e cursos e “Sextas Públicas” que tem como objetivo fazer com que o público acompanhe os bastidores dos espetáculos. Os interessados devem fazer o agendamento pelo telefone: (41)3304-7921.

45 Documento Reservado / Outubro 2011

social

Foto: Divulgaçăo

SPICE IBIZA BC Para os făs de música eletrônica de qualidade, foi lançado no męs de outubro o projeto do Space B. Camboriú, a primeira franquia das Américas e a terceira no mundo do club espanhol Spice Ibiza. Tradicional da cena desde 1989, a casa já venceu nada menos do que dez pręmios como o melhor club do mundo. O evento de lançamento que reuniu 3 mil pessoas no Parador Beach Club, em Balneário Camboriú, reuniu os sócios Herlon Hamm, Narbal Souza, Gerson da Silveira, e os conhecidos das pistas, o Dj Fabrício Peçanha e o percussionista Rodrigo Paciornik.

Ao lado da modelo Mariana Weickert, que apresentou o evento, e do diretor de eventos internacionais da Space Ibiza (de óculos), os sócios celebraram: Fabrício Peçanha, Herlon Hamm, Narbal Souza, Gerson da Silveira e Rodrigo Paciornik

Foto: Diogo Alexandre

FAMÍLIA FRANCISCHINI O deputado federal Fernando Francischini e sua esposa Flávia comemoraram, ao lado de familiares e amigos, o aniversário de 8 anos de Fernando, filho mais velho do casal. A festa foi realizada no dia 21 de outubro, Buffet Collors, no Batel, com direito a muita diversăo. Francischini realiza um importante trabalho na Câmara dos Deputados, em Brasília, como membro do Conselho de Ética e titular das Comissőes de Fiscalizaçăo e Controle, Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

As proprietárias da DeBianco, Lorenza Andreazza Borges e Denise Bianco, lançaram a nova coleçăo de moda praia e fitness estampada com fotos de căes de clientes exclusivas loja.

46 Documento Reservado / Outubro 2011

A empresária Eviete Dácol recebeu convidados para o lançamento do Preview da Coleçăo 2012 e para comemoraçăo dos 15 anos da sua Inove Decoraçăo + Design. Na foto as arquitetas Renata Pisani e Varinia Schwartz, Eviete Dácol, a designer Jane Rocha e o arquiteto Ivan Wodzinsky.

Foto: Gerson Lima

O anúncio pelo presidente da CBT Jorge Lacerda e pelo secretário municipal de Esporte Lazer e Juventude, Marcello Richa, na coletiva de imprensa realizada no último dia 11, no Graciosa Country Club, em Curitiba

FED CUP 2012 Curitiba foi anunciada oficialmente neste męs a sede da disputa do Zonal Americano da Fed Cup, versăo feminina da Copa Davis de tęnis. A competiçăo, que terá grupos divididos entre América, Europa/África e Ásia/Oceania entre tenistas de oito países, acontecerá de 30 de janeiro a 05 de fevereiro, no Graciosa Country Club. “O trabalho em conjunto entre a Confederaçăo Brasileira de Tęnis, Federaçăo Paranaense de Tęnis, prefeitura, Governo e o Graciosa Country Club foi determinante para a escolha de Curitiba”, disse o presidente da CBT, Jorge Lacerda.

Foto: Ângela Antunes

Foto: Guilherme Barba

O deputado Francischini e sua esposa Flávia com os filhos Fernando e Bernardo (colo)

por GABI GATTI

Fotos: Divulgaçăo

gabigatti@documentoreservado.com.br

Fotos: Divulgaçăo

O sócio fundador da Wood’s Bar, Fabrício Maggi, recebeu o prêmio na categoria melhor balada de Curitiba

A superintendente do Park Shopping Barigui Jacqueline Vieira Lemos e a equipe de marketing do shopping, foram premiados na categoria Shopping Center

TOP OF MIND 2011 Foi realizada no último dia 20 de outubro, na Wood´s Bar, em Curitiba, a cerimônia de premiaçăo do Top of Mind Universitário 2011. O evento teve assinatura da Sonia Bacelar Eventos. A pesquisa, realizada pela JR Consultoria em parceria com a Datacenso Instituto de Pesquisa, elenca as marcas mais lembradas pelos universitários da capital em 40 segmentos de mercado. Entre alguns dos mais lembrados pelos 900 universitários pesquisados, estăo: churrascaria Batel Grill, o restaurante Madalosso, o Bar do Alemăo, a Livraria Curitiba, o Wood´s Bar e o Park Shopping Barigui.

OR HISTÓRIAS DE AM sábado (22) o no u lizo rea A editora InVerso rias de uma Agęnlançamento do livro “Histó deram certo”, cia de Casamento...que năo ecki Rigler. A obra da empresária Sheila Cham aconteceram na reúne algumas histórias que al – empresa que agęncia matrimonial Par Ide s, em Curitiba.

Sheila comanda há 16 ano

O gerente comercial da Ademilar Consórcio de Imóveis, Claudir Santos, e o diretor da empresa Raul Schuchovsky Neto, na Feira de Imóveis, realizado no ExpoUnimed Curitiba. A empresa comercializou R$ 6 milhőes no evento.

Foto: Eneas Gomez

ESTAMPAS DE LUXO A artista plástica Simone Trombini Costa e a empresária Rafaella Trombini Costa lançaram no último dia 25 de outubro uma nova marca do segmento de decoraçăo: a S|R Luxo. O novo conceito traz em estampas em tecidos exclusivas peças decorativas, acessórios, vestuário, papelaria e outros elementos. Vocę pode conferir as peças em seis espaços temáticos montados na Mac Móveis.

EMPÓRIO SOHO 20 11 A Praça da Espanha, no Ba tel, cedia nos dias 4 e 5 de novembro o Empór io Soho, Gastronomia na Palma da Măo – evento que reúne no local 27 estabelecimentos gastronôm icos da regiăo com opçőes de porçőes e bebida s dos cardápios tradicionais. Promovido pela Associaçăo dos Comerciantes da Praça da Esp anha, o Empório Soho também conta com aprese ntaçăo de bandas.

BE 10 ANOS CLUBE VI tórico para a música Confirmado um show his da britânica The Proeletrônica na cidade: a ban 11 seus 20 anos de digy, que celebra em 20 Expotrade no próxicarreira, se apresenta no uma festa de comemo dia 9 de dezembro, em do aniversário de 10 moraçăo em grande estilo sos estăo ŕ venda anos do Club Vibe. Os ingres na rede Alo Ingressos.

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agenda

Exposições Curitiba(nós)

Até dia 4 de dezembro, a Casa Romário Martins abriga a exposiçăo “Curitiba(nós)”. A mostra, ao mesmo tempo em que traz dados atuais de Curitiba, revela a diversidade de sua gente, sua música, suas cores, sua culinária, sua arquitetura, entre outros aspectos da vida na capital paranaense. A exposiçăo está dividida em cinco seçőes: O Espaço Multicultural, destinado a mostrar a diversidade cultural; O espaço Dados Atuais procura definir quem é o curitibano, quem forma a populaçăo curitibana de hoje e quais os atrativos econômicos e turísticos que fazem a cidade atual; O espaço Traga sua cidade, onde o público tem a oportunidade de interagir; A Cabine do lambe-lambe é o espaço montado no centro da Casa Romário Martins dotado de um microcomputador e uma webcam.

Nele, os visitantes poderăo acessar o blog Curitiba(nós), www.curitiba-nos.blogspot.com, deixar recados e gravar uma mensagem em vídeo, respondendo a uma questăo básica: o que é ser curitibano?; A seçăo Roteiros permite ver a cidade por outros ângulos e perceber a transformaçăo e os contrastes da paisagem.

Informaçőes: (41) 3321-3255.

Marc Riboud

Até 11 de dezembro, o Museu Oscar Niemayer abriga a exposiçăo do fotógrafo Marc Riboud, composta por 61 imagens, sendo metade delas tiradas no Brasil. Além das imagens nacionais, o artista apresenta registros de momentos em Paris na década de 1950, da China de 1960 e da Guerra da Coreia, entre outros. Informaçőes: (41) 3350-4400

Titanic: A Exposiçăo - Objetos Reais, Histórias Reais

O ParkCultural abriga até janeiro a mostra “Titanic: A Exposiçăo - Objetos Reais, Histórias Reais”, composta por 243 objetos originais do navio, retirados do fundo do mar, que incluem frascos de perfume, um alfinete de diamantes, uma escotilha e um pedaço do casco da embarcaçăo. A mostra também conta com uma reproduçăo de um iceberg com 3,5 metros. A mostra foi preparada a partir de histórias reais de passageiros do Titanic e possui oito galerias distribuídas em 1.500 m˛. Logo na entrada, o visitante recebe uma réplica do cartăo de embarque de um passageiro do navio, depois faz uma viagem cronológica pela história da embarcaçăo, que passa pela construçăo, vida a bordo, naufrágio e resgate. Informaçőes: 4003-5588.

Coleçăo Brasiliana Itaú

Até 29 de janeiro, o Museu Oscar Niemayer abriga a exposiçăo “Coleçăo Brasiliana Itaú”, uma das mais complexas coleçőes relacionadas ŕ cultura brasileira.

Quase 300 itens estarăo distribuídos nos mil metros quadrados das salas Tarsila do Amaral e Guignard. A coleçăo é resultado do interesse de Olavo Setúbal (1923-2008), executivo do Itaú, pelas manifestaçőes culturais do país. A mostra está dividida em sete núcleos que contemplam os conteúdos do século 16 até o século 20. Săo desenhos, gravuras, primeiras ediçőes de obras literárias, manuscritos, objetos e entre as curiosidades há uma luneta que pertenceu a Santos Dumont. Informaçőes: (41) 3350-4400.

MAP: o início do acervo MON

O Museu Oscar Niemayer abriga por tempo indeterminado a exposiçăo “MAP: o início do acervo MON”, que reúne 120 obras que deram origem ao acervo do Museu. Săo gravuras, desenhos, pinturas e obras tridimensionais selecionadas da coleçăo do antigo Museu de Arte do Paraná (MAP). Joăo Turin, Hermann Schiefelbein, Theodoro De Bona, Freyesleben, Erbo Stenzel e Fernando Velloso săo alguns dos artistas cujos trabalhos fazem parte da mostra. Informaçőes: (41) 3350-4400.

Mulheres do Acervo MON

O Museu Oscar Niemayer abriga por tempo indeterminado a exposiçăo “Mulheres do Acervo MON”. A mostra é composta por 59 trabalhos, que reflete sobre a eternidade da temática feminina. A representaçăo da mulher é explorada em diversos momentos da História da Arte, desde a Pré-história, com a Vęnus de Willendorf, passando pelas musas do Renascimento até as figuras inovadoras das “Demoiselles d’Avignon”, de Picasso. Entre os artistas que compőem a exposiçăo, destacam-se IberĘ Camargo, Torres Garcia, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Letícia Marquez e a paranaense Helena Wong. Informaçőes: (41) 3350-4400.

Espetáculos Miguilim

Entre os dias 24 e 27 de novembro, o Teatro José Maria Santos recebe o espetáculo “Miguilim”, que narra a trajetória de uma família do sertăo mineiro, cujo mundo árido e seco năo permite vislumbrar outras possibilidades de vida afora. Miguilim acredita nesta possibilidade e sonha, mesmo enfrentando todas as adversidades do lugar e daqueles que o rodeiam. Informaçőes: (41) 3322-7150.

Ir e Rir

Até 2 de dezembro, o Curitiba Comedy Club recebe toda sexta-feira o stand-up “Ir e Rir”, com os humoristas Elder Kloster, Fagner Zadra, Fernando Kadlu e Marcio Ramos. Informaçőes: (41) 3018-0474.

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Paulinho Mixaria

O Grande Auditório do Teatro Positivo recebe no dia 8 de dezembro o humorista Paulinho Mixaria com o espetáculo “Paz e Humor”. A apresentaçăo conta com a participaçăo de Jorge Barttira, irmăo de Mixaria. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Senta Pra Rir, com Diogo Portugal

No dia 9 de dezembro, o humorista Diogo Portugal se apresenta no Teatro Regina Vogue com o show “Senta Pra Rir”.

Informaçőes: (41) 2101-8292.

Que Zona É Essa?

Até 29 de dezembro, o espetáculo “Que Zona É Essa?” fica em cartaz no Teatro Lala Schneider. Diversos humoristas se revezam no palco e apresentam um show que mescla stand-up, personagens, piadas encenadas e paródias musicais. O roteiro muda a cada semana e o show ganha novos convidados. Informaçőes: (41) 3232-4499.

Shows CIRCUITO CULTURAL

Projeto itinerante do Banco do Brasil. 18 a 20 de novembro, no Teatro Guaíra.

Benito di Paula

O músico Benito Di Paula se apresenta no dia 25 de novembro, no Salăo Social do Paraná Clube. O show comemora os 40 anos de carreira do cantor.

Informaçőes: (41) 3315-0808.

Yelle

Também no dia 25, a banda francesa realiza única apresentaçăo no Moinho Eventos. O show faz parte das comemoraçőes de aniversário de 13 anos do James Bar. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Monobloco Lulu Santos canta Roberto e Erasmo Dia 18, o cantor Lulu Santos interpreta músicas de Roberto e Erasmo Carlos.

Sandy canta Michael Jackson Dia 19, a cantora Sandy interpreta músicas de Michael Jackson.

Maria Bethânia canta Chico Buarque Dia 20, a cantora Maria Bethânia interpreta músicas de Chico Buarque.

Informaçőes: (41) 3304-7900

Bullet for My Valentine

No dia 20, a banda britânica de metalcore Bullet for My Valentine se apresenta no Curitiba Master Hall. Atualmente o grupo promove o álbum “Fever”, lançado em 2010. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Bruno & Marrone

A dupla sertaneja Bruno & Marrone realiza única apresentaçăo dia 24, no Guairăo. Informaçőes: (41) 3304-7982.

O grupo Monobloco realiza única apresentaçăo dia 25 no Palácio Wawel. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Fabiano Silveira, “Tiziu”

No dia 26, o músico curitibano Fabiano Silveira, o “Tiziu”, faz show de lançamento de seu primeiro álbum solo “Ectoplasma”, no Teatro Paiol. Informaçőes: (41) 3213-1340.

Projota

O rapper Projota se apresenta no Curitiba Master Hall no dia 27 e faz show de gravaçăo do DVD “Realizando Sonhos”. A apresentaçăo também terá a participaçăo de nomes do rap, como Emicida, MC Marechal, Kamau e Karol Conká, entre outros. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Oficina G3

A banda de rock gospel Oficina G3 realiza única apresentaçăo no Moinho Eventos no dia 27. Informaçőes: (41) 3315-0808.

O Rappa

A banda O Rappa apresenta no dia 2 de dezembro na Arena Expotrade o show “O Rappa já tá vindo aí”. Informaçőes: (41) 3661-4000.

The Prodigy

No dia 9 de dezembro, a banda britânica de música eletrônica The Prodigy se apresenta no Expotrade Convention Center. O show faz parte da festa de comemoraçăo de 10 anos do Club Vibe.

Informaçőes: (41) 3042-6262.

Mega Festival de Pagode - 2Ș Ediçăo

Também no dia 9, acontece no Curitiba Master Hall a 2Ș Ediçăo do Mega Festival de Pagode, que marca a comemoraçăo do aniversário de 10 anos do grupo Turma do Pagode. O grupo Samprazer também participa da festa, além de bandas curitibanas. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Matanza

A banda de rock Matanza se apresenta dia 9 de dezembro no Music Hall. Atualmente, o conjunto promove o álbum “Odiosa Natureza Humana”. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Pato Fu

A banda Pato Fu se apresenta dia 10 de dezembro no Curitiba Master Hall. Atualmente o conjunto realiza a turnę de divulgaçăo do álbum “Música de Brinquedo”. Informaçőes: (41) 3315-0808.

Chico Buarque

Entre os dias 15 e 17 de dezembro, o cantor Chico Buarque se apresenta no Guairăo. Os shows fazem parte da nova turnę do artista, que promove o álbum “Chico” (2011). Informaçőes: (41) 33047982.

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perfil

Seu Nome é João

Seu Nome é João C

adê o João? me perguntou, dia desses, um amigo jornalista que queria contato para uma entrevista. Em se tratando do empresário e ex-governador paranaense, João Elísio Ferraz de Campos, respondi, de batepronto, que deveria estar no Rio de Janeiro, onde também possui uma casa (apartamento) ou no mundo, em viagens de conhecimento.

Pelo que fiquei sabendo, o homem não pára e, a exemplo do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Heinz Herwig, está numa missão de lazer que objetiva visitar – ou conhecer – todos os países do mundo.

A pergunta do amigo me levou a escrever algumas linhas (ou caracteres) sobre esse empresário e singular homem público da vida paranaense.

Lembro-me de João Elísio governador, que alavancou a infraestrutura rodoviária do Estado e mais recentemente me recordo das ações do João Elísio como presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguro Privado – Fenaseg. Fiz várias entrevistas com ele, desde

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os tempos de repórter de economia da Gazeta do Povo, e só não consegui falar com o João sobre política, quando coordenou a campanha do então candidato e hoje governador do Estado, Beto Richa.

Discreto, amigo de todo mundo, inclusive do ex-governador e senador Roberto Requião, sempre se esquivava de perguntas, principalmente as que se relacionavam sobre sua futura participação no atual governo. Pela sua assessoria, a resposta era sempre a mesma: o João não quer nada. E realmente, não pediu nada, não indicou ninguém, e continua tocando sua vida como empresário na ponte aérea Rio- Curitiba.

Ao ler o livro “Seu Nome é João”, escrito pelo jornalista Aroldo Murá, conheci ainda mais o perfil de João Elísio Ferraz de Campos que, agora, também coleciona gatos de rua, trazidos para dentro de casa pela bondade da sua esposa, a jornalista Regina Martelli. Quem quiser saber mais sobre este personagem da vida paranaense, que nasceu há 67 anos atrás em Paranaguá, recomendo a obra “Seu Nome é João”.

Pedro Ribeiro

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