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Medida certa

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# 53 SET/2O12 Ano 4 www.documentoreservado.com.br

R$ 1O,OO

Eleições também na Assembleia

Saidinha de banco e sequestro relâmpago

De pai para filho Gustavo Fruet ou Ratinho Junior. Um dos dois abençoados pelos pais sairá vitorioso nas eleições do segundo turno e assumirá a Prefeitura de Curitiba.

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editorial EXPEDIENTE

Agora é 2014

Jornalista responsável e editor-chefe Pedro Ribeiro Redação Norma Corrêa, Pedro Ribeiro e Lucian Haro Revisão Nilza Batista Ferreira Comercial Junior Ribas comercial@documentoreservado.com.br Fotos Fotos de Capa: Saymun Susuky Shutterstock Ilustrações Davidson Projeto Gráfico e Diagramação Graf Digital Impressão Idealiza Gráfica e Editora Tiragem 10.000 exemplares Impresso em papel couché fosco LD 150 g, com verniz UV (capa) e couché fosco LD 90 g (miolo) Endereço Rua João Negrão, n0. 731 Cond. New York Building - 120. andar sl. 1205 - CEP 80010-200 - Curitiba - PR Telefones (41) 3019-6570 E-mail editor@documentoreservado.com.br

REVISTA DOCUMENTO RESERVADO Nº 53 - SETEMBRO/2012

M

ais uma eleição difícil em Curitiba. Isso mostra a maturidade política dos paranaenses que vivem na capital e defendem sua cidade. Exigentes por natureza, os eleitores foram para as urnas convictos em escolher um administrador compatível com os anseios da sociedade, diante de uma cidade moderna, dotada de boa infraestrutura e com grandes perspectivas de melhorias, principalmente onde é mais vulnerável, ou seja, nas áreas de saúde e segurança. Esse foi o tom dos discursos e propostas de campanhas dos candidatos Luciano Ducci, Ratinho Junior, Gustavo Fruet e Rafael Greca. Mais saúde e segurança. Com o segundo turno, onde as disputas para convencer os eleitores gravitam em torno de Ratinho Junior e Gustavo Fruet, fica a grande dúvida: para onde migrarão os votos de Luciano Ducci e Rafael Greca? Uma nova eleição, totalmente diferente da primeira, onde vários candidatos puderam apresentar seus planos, suas propostas e até um pouco de fantasia, já que alguns deles acabaram falando coisas totalmente fora da realidade ou contra a constituição brasileira. É claro que faz parte do jogo, porém, não agora nesta reta final, com apenas 20 dias para a campanha. Um novo pleito, com debates e pesquisas fazendo o diferencial. Quem vencer as eleições – Gustavo Fruet ou Ratinho Junior - sabe que terá um grande desafio pela frente, porque no dia seguinte à posse, provavelmente dia primeiro de janeiro de 2013, já começará os preparativos para mais uma batalha nas urnas: eleições para governador em 2014. Se Ratinho Junior for o novo prefeito de Curitiba, fica a dúvida se apoiará Beto Richa ou o partido de um suposto candidato que concorrerá com Richa em 2014. Pode ser Roberto Requião, ou Gleisi Hoffmann. Mais provável o PMDB, já que sua coordenação é constituída por peemedebistas históricos. Já na hipótese de Gustavo Fruet sair vitorioso nas urnas, todas as forças do PDT e PT estarão concentradas na possível candidatura de Gleisi Hoffmann. Quanto ao governador Beto Richa, terá que reestruturar o PSDB no Paraná, já que não teve candidatos a prefeitos nas principais cidades e ainda não contou com a participação do senador Álvaro Dias, uma das lideranças tucanas no Estado. Uma nova eleição, agora, no segundo turno e uma interrogação para o governo em 2014. Boa leitura!

Pedro Ribeiro

Circulação Outubro/2012

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índice 08 06 SINTONIA FINA 40 AGENDA CULTURAL 16

SAFRA AGRÍCOLA Já a safra agrícola brasileira também experimentou um pequeno crescimento de 2% na safra de grăos. O Paraná contribuiu com significativo percentual. Acompanhe o salto.

NA SOMBRA Segundo turno. Mais uma eleiçăo difícil em Curitiba. Gustavo Fruet e Ratinho Junior prometem uma campanha limpa sem ataques pessoais. Os dois caminham na sombra dos pais Maurício e Ratăo.

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MISÉRIA Muitas cidades brasileiras ainda convivem com ruas sem asfalto e cheias de buracos, com esgoto ŕ céu aberto. Săo pequenos municípios, com baixa arrecadaçăo e pobreza extrema.

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PALANQUE A história se repete. A cada eleiçăo, os candidatos prometem o mundo e o fundo na área da saúde pública e depois tudo fica como antes.

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SOCORRO! A chamada “saidinha de banco” e os “sequestros relâmpagos” estăo tirando o sono dos curitibanos. Veja como agem os malacos.

QUE DROGA! Hoje, em qualquer regiăo da cidade é possível comprar crack. Nas praças públicas, no centro da cidade, no centro histórico e nas portas de colégios. Eles estăo em todos os lugares.

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PEITŐES Năo satisfeitas com o que Deus lhes deu, cada vez mais e mais mulheres estăo procurando os “magos da estética” para turbinar os peitos. Veja também os riscos.

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ABSOLUTO Além do barulho eleitoral do segundo turno, teremos também uma guerra surda na Assembleia Legislativa com a disputa para a direçăo da mesa. Valdir Rossoni está no páreo.

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TRANQUILO Secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, sustenta que a economia paranaense vai bem e revela crescimento de 13,2% na arrecadaçăo neste ano.

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É NATAL Ainda estamos no męs de outubro e já há sinais de natal nas ruas de Curitiba. Na avenida Sete de Setembro, as lojas próximas ao Mercado Municipal já estăo enfeitadas com produtos natalinos.

ARTIGOS

38 ADEMAR TRAIANO Melhor ambiente de negócios

39 PEDRO RIBEIRO Desobedięncia ou direito

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sintonia fina

Penicão

Depois que a Polícia Federal esculhambou a nossa Sanepar, funcionários da empresa deram um baita abraço no prédio da companhia, em Curitiba, numa forma de desagravo diante das críticas recebidas, inclusive com a pecha de “empresa de fachada”. O difícil é dar um abraço ao longo do poluído rio Iguaçu.

Águas

turvas

A açăo da Polícia Federal na Sanepar, classificada pelo governador Beto Richa (PSDB), como política e em épocas de eleiçăo, motivou provocaçőes da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT). A petista aproveitou para alfinetar o inquilino do Palácio Iguaçu, sugerindo que o mesmo, ao invés de defender a empresa “poluidora”, que descesse do palanque. É claro que ouviu respostas nada elogiosas.

Cabaço em leilão

Uma bela galega, de Santa Catarina, com apenas 20 aninhos, colocou nas redes sociais, leilăo de sua virgindade. Ela quer trocar o precioso e cobiçado “selinho” por casas populares. A măe da jovem năo se opôs e ainda brincou, dizendo que é melhor assim do que “dar” para qualquer um na rua. Se a moda pega, ninguém mais casará com virgem.

Calote no motcolecelionando telefones celulares e relógios

o metropolitana estăo Alguns motéis (chiques) de Curitiba e regiă grande o número de ndo nos informa um delegado de polícia, é Segu a. caros. Todos penhorados pela cont . A maioria é filho s com calote, na madrugada, no final da festa lema prob lver reso para is moté dos adas cham a o “papai”. năo tem dinheiro para pagar a conta e cham de gente rica que, embriagado ou drogado,

Lição de jornalismo Em Florianópolis, a grande celebridade do momento é a estudante Isadora Faber, de 13 anos. Ela fez um perfil intitulado “Diário de Classe”, onde conta o que ocorre em sua escola pública em Florianópolis, denunciando seus problemas. Foi hostilizada, é claro, mas, com suas observaçőes, está dando uma aula de jornalismo comunitário. 6 Documento Reservado / Setembro 2012


PEDRO RIBEIRO

Dormiu no ponto

A verba estimada em R$ 174 milhőes que o governo federal destinará ao governo do Paraná para ser investida em programas de combate ŕs drogas, principalmente o crack, vai toda para as măos da Polícia Militar. Integrantes da Polícia Civil do Estado estiveram em Brasília para reivindicar uma parte dos recursos, mas esqueceram o básico: projeto.

Jovens malditos

Recente resoluçăo do Superior Trib unal de Justiça (STJ) acabou eng essando as polícias. A partir de ago ra, o menor de idade que for det ido traficando ou usando drogas, năo poderá ser preso. Isso só acontecerá se o jovem for reincidente. Diante disso, só resta dar alguns tapinha s nas costas e mandá-lo para casa. É por isso que vem aumentando o número de crianças e adolescentes vendendo crack nas ruas e praças. Săo imu nes.

Infiltrado O que mais deve ter chamado a atençăo nessas eleiçőes, principalmente em Curitiba, foi a entrada do serviçal do senador Roberto Requiăo, Doático Santos, na campanha de Luciano Ducci ŕ Prefeitura de Curitiba. Doático, pedra no sapato de Beto Richa durante todo o período Requiăo, agora é amigo da turma. Mais bizarro que os candidatos Xoxota e Cocô.

Gol contra Nesta eleiçăo, o que mais se ouviu falar foi sobre a falta de uma política nacional para a área da saúde pública. Pois bem. O Brasil ocupa a 84Ș posiçăo entre 187 países avaliados em relaçăo ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) devido, principalmente, ao baixo investimento do governo na saúde pública. No Paraná a situaçăo é crítica e o pior: construíram hospitais onde năo precisava. Portanto, năo funcionam.

Grande Churchill! Jornalista e escritor Francisco Ferraz nos brinda com o bom humor de Churchill, um mestre em frases e respostas irônicas. Vamos lembrar: Certa vez, na Câmara dos Comuns, Churchill foi aparteado por uma deputada da oposiçăo, em meio a um discurso. Depois de torcer o nariz, concedeu a palavra. A deputada disse: “Sr. Ministro, Se V.Exa. fosse meu marido punha-lhe veneno no chá”. Churchill, após um demorado silęncio, respondeu. “E se eu fosse seu marido tomava”.

Socorro!

O Brasil é o quarto lugar mais perigoso do mundo para trabalhar como jornalista, conforme pesquisa efetuada em 2012. O alerta é da ONG suíça “Campanha por um Emblema de Imprensa” (PEC), entidade que defende nos fóruns da ONU uma maior proteçăo a jornalistas em locais de guerra e em situaçőes de violęncia. Com sete mortes acumuladas em 2012, o Brasil perde apenas para a Síria, com 32 jornalistas assassinados, Somália com 16 mortes e México com dez assassinatos. O Brasil vem em quarto lugar, empatado com o Paquistăo e acima de países como Afeganistăo e Iraque.

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política

XEQUE-MATE As eleições de 07 de outubro foram tranquilas, conforme revela a Justiça Eleitoral e as autoridades da área de segurança pública. Esta eleição, também trouxe novidades, como o fim da hegemonia do grupo político que comandava a Prefeitura de Curitiba por 24 anos; a renovação recorde na Câmara de Curitiba (47%); e o fim da transferência de votos entre padrinhos políticos e candidatos

Gustavo Fruet e Ratinho Junior na disputada pela prefeitura de Curitiba

A

o contrário da reta final da campanha eleitoral deste ano – quando a tônica foi agressões entre os principais concorrentes às prefeituras –, a votação, no domingo, 07 de outubro, foi tranquila. E, o resultado, pelo menos em Curitiba, foi o avesso do propagado pelas pesquisas de intenções de voto. A exceção do primeiro colocado, Ratinho Júnior (PSC), que confirmou os resultados, que ficavam entre 34% e 38% das intenções de voto. A surpresa ficou por conta do segundo colo8 Documento Reservado / Setembro 2012

cado, que vai disputar o segundo turno em Curitiba. Gustavo Fruet (PDT) bateu Luciano Ducci (PSB) por uma pequena margem de diferença, apenas 4.402 votos (0,46%), mas foi o suficiente para levá-lo ao segundo turno. O eleitor curitibano, agora, volta às urnas para escolher entre Ratinho Junior e Gustavo Fruet, e acaba com a hegemonia do grupo político que se revezava no comando da Prefeitura havia 24 anos. Como, tanto Ratinho Jr, quanto Fruet dizem representar “mudança”,

esse ciclo político acabou no dia 07. E, conforme comentários dos bastidores, a grande beneficiária deste resultado foi a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que deve ser o nome do PT para disputar o Governo do Estado, em disputa com o atual governador Beto Richa (PSDB), em 2014. A petista, segundo comentam em “off ” alguns correligionários, deverá contar com importante apoio do comandante da Prefeitura de Curitiba, seja ele Ratinho Júnior ou Gustavo Fruet, já que o


Richa cumprimenta candidatos que foram para o segundo turno e elogia a democracia partido de ambos faz parte da base aliada do Governo Federal. Gleisi e seu marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, devem estar torcendo por Gustavo Fruet, já que entraram “de cabeça” na campanha do pedetista. Um dado, porém, chama a atenção de estudiosos da política: Fruet, que fez uma grande votação em Curitiba, “ressuscitou” o PDT de Curitiba, que não vinha tendo o mesmo desempenho, há anos. O ex-senador Osmar Dias é um grande exemplo. Ele tentou se eleger, pelo PDT, ao Governo do Estado por duas vezes, e nas duas ocasiões perdeu. Primeiro contra o PMDB de Roberto Requião e, depois, contra o PSDB, do atual governador Beto Richa. A definição, porém, só será conhecida no dia 28 de outubro, no segundo turno. Depois da derrota em Curitiba, maior colégio eleitoral do Estado, Richa, no entanto, deverá concentrar suas forças no interior, onde o PSDB aparece como o partido que mais elegeu candidatos às prefeituras paranaenses. De acordo com levantamento feito pelo jornal Gazeta do Povo, os tucanos elegeram 78 prefeitos e destronaram o PMDB, que despencou este ano no número de prefeitos eleitos, em relação a 2008: caiu de 134 para 56. O PT, com 39 prefeituras ficou com a terceira colocação, sete a mais que em 2008. PSD e PDT empataram com 36 prefeitos eleitos. Luciano Ducci O prefeito Luciano Ducci agradeceu os votos que recebeu e as pessoas que trabalharam na sua campanha, e lamentou que os contínuos ataques a que foi alvo durante o período de campanha eleitoral, que teria sido determinante para o resultado, e teria afetado, segundo ele, a sua campanha. “Muito obrigado a todos os curitibanos que acreditaram em minha candidatura. Muito obrigado a todos que participaram em mais este grande momento da democracia. Muito obrigado à minha equipe e a todos que foram às ruas defender nossas propostas. Lamento que os ataques contínuos às conquistas de Curitiba tenham

NORMA CORRÊA, LUCIAN HARO E PEDRO RIBEIRO

afetado minha candidatura. Tenho orgulho da cidade onde moro com minha família e dos grandes avanços dos últimos anos. Parabéns aos candidatos que passaram para o segundo turno. Que Curitiba continue sempre na frente, é o meu desejo”, diz a nota, que estava assinada por Ducci e pelo seu candidato a vice, deputado Rubens Bueno (PPS). Ratinho Júnior Tido por muitos como o fator surpresa destas eleições, Ratinho Junior foi o primeiro candidato a chegar na sede do Tribunal Regional Eleitoral. Ele agradeceu a confiança dos eleitores em suas “novas ideias” e afirmou que já se sente vencedor da disputa, que considera ser a mais acirrada do Brasil. O candidato revelou, também, ter tido grande dificuldade, principalmente por conta de seu curto espaço de tempo de televisão para a propaganda eleitoral. “Eu tinha apenas três minutos para enfrentar dois grupos poderosíssimos”, sustentou, afirmando que com o tempo dividido nos comerciais para o segundo turno, a coisa pode mudar. “Eu acredito que um maior tempo de televisão nos dará a oportunidade de apresentar as nossas propostas com mais tranquilidade e clareza. Agora vamos nos organizar para apresentar as nossas propostas de maneira didática,, mostrando que tudo aquilo que colocamos em nosso plano de governo foi estudado por uma equipe técnica fantástica e que são ideias extremamente aplicáveis no dia a dia, quando tomarmos posse”, finalizou.

a população curitibana mostrou maturidade e não se deixou influenciar”, afirmou. Fruet também disse estar satisfeito com um segundo turno entre candidatos que representam mudança, sustentando ter sido alvo de uma campanha maldosa de seus oponentes. ””Eles tentaram me desconstruir, tentando confundir essa aliança que fiz com pessoas de bem, com uma história bonita, a favor do Paraná e de Curitiba, como se fosse uma aliança com mensalei-

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Confira resultados de outras cidades

No Paraná, além de Curitiba, outras quatro cidades terăo segundo turno no dia 28 de outubro. Em Londrina Marcelo Belinati (PP), com 45,39% dos votos, vai disputar a Prefeitura com Alexandre Kireeff (PSDB), que somou 25,27% dos votos dos londrinenses. Em Maringá, a disputa será entre Pupin (PP) e Ęnio Verri (PT). Pupin, que năo teve os votos computados até o final da apuraçăo, porque o TRE năo recebeu a decisăo do TSE de liberar a sua candidatura, e os votos foram computados como nulos. Por isso, em Maringá, havia 43,90% de votos nulos. Horas depois, porém, o TRE divulgou o resultado final de Maringá, já com os votos de Pupin (42,36% ou 82.995 votos) computados. Verri somou 35,02% (68.624 votos). Cascavel também terá segundo turno, entre Edgar Bueno (PDT), que fez 40,40% dos votos, e Professor Lemos (PT), com 33,59%. Em Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PPS), fez 33,44 dos votos, e Péricles (PT), com 32,42%, văo disputar o segundo turno.

Gustavo Fruet Se, por um lado, Ratinho Junior surpreendeu na votação, inesperada, mesmo, foi a permanência de Gustavo Fruet na disputa, pelo menos era o que apontavam os levantamentos divulgados pelos institutos de pesquisa, ainda na semana da votação. O Ibope, inclusive, “errou” o levantamento de boca de urna, que é feito depois que o eleitor já depositou seu voto na urna. O candidato, que amargava o terceiro lugar nas sondagens de voto, aproveitou a oportunidade para quebrar a “santidade” que muitos têm nesses levantamentos. “Na minha eleição para o Senado já foi assim, mas 9 Documento Reservado / Setembro 2012


Começa campanha para o governo em 2014 com Richa, Gleisi e Requião

política

Renovação em Curitiba

Ao contrário das eleiçőes municipais anteriores, a Câmara de Curitiba teve um dos mais altos índices de renovaçăo. Dos atuais candidatos que concorriam ŕ reeleiçăo, 47% deles năo foram reeleitos. O campeăo de votos, neste ano, foi Cristiano Santos (PV); com 14.819 votos. O vereador fez o menor número de votos foi Geovane Fernandes, do PTB, com 2.861 votos. A maior bancada foi a coligaçăo Unidos por Curitiba (PRB/DEM/PHS/PMN/PSB/PSDB / PSD), com 13 cadeiras.

Vereadores eleitos para a gestăo 2013-2017: Cristiano Santos (PV) Professor Galdino (PSDB) Valdemir (PRB) Serginho do Posto (PSDB) Felipe Braga Cortes (PSDB) Dona Lourdes (PSB) Jairo Marcelino (PSD) Beto Moraes (PSDB) Tico Kuzma (PSB) Sabino Picolo (DEM) Chico do Uberaba (PMN) Colpani (PSB) Julieta Reis (DEM) Mauro Ignacio (PSB) Professora Josete (PT) Tito Zeglin (PDT) Paulo Salamuni (PV) Jonny Stica (PT) Jorge Bernardi (PDT) Aladim (PV) Pedro Paulo (PT) Mestre Pop (PSC) Tiago Gevert (PSC) Ailton Araújo (PSC) Bruno Pessuti (PSC) Carla Cristiana Pimentel (PSC) Rogério Campos (PSC) Helio Wirbiski (PPS) Paulo Rink (PPS) Zé Maria (PPS) Toninho da Farmácia (PP) Manfron (PP) Cacá Pereira (PSDC) Chicarelli (PSDC) Pier (PTB) Geovane Fernandes (PTB) Noemia Rocha (PMDB) Dirceu Moreira (PSL)

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Na Regiăo Metropolitana da Curitiba Nos 29 municípios da Regiăo Metropolitana de Curitiba foram eleitos em seguintes prefeitos: Adrianópolis – Joăo Manoel (PT) Agudos do Sul – Antônio Ferreira (PP) Almirante Tamandaré – Aldnei Siqueira (PSD) Araucária – Olizandro (PMDB) Balsa Nova – Luiz Carlos (PMDB) Bocaiúva do Sul – Antônio Ruppel (PSD) Campina Grande do Sul – Luiz Assunçăo (PSB) Campo Largo – Affonso Guimarăes (PT) Campo Margo – Menegusso (DEM) Campo do Tenente – Jorginho Quege (PMDB) Cerro Azul – Claudinei (PSB) Colombo – Zé Vicente (PSC) Colombo – Zé Vicente (PSC) Contenda – Carlăo (PMDB) Doutor Ulysses – Jôse (PR) Fazenda Rio Grande – Chico Santos (PSDB) Itaperuçu – Neneu Artigas (PDT) Lapa – Leila Klenk (PT) Mandirituba – Onildo Gelatti (PTB) Pięn – Gilberto Dranka (PSD) Pinhais- Luizăo (PT) Piraquara – Professor Marquinhos (PDT) Quatro Barras – Loreno Tolardo (PSD) Quitandinha – Rato (PMDB) Rio Branco do Sul – Valdemar Castro (PSDB) Rio Negro – Milton Paizani (PSDB) Săo José dos Pinhais – Setim (DEM) Tijucas do Sul – Gringo (PP) Tunas do Paraná – Joel (PSDB)

ros e corruptos. Isso não é verdade”, reiterou. Já, quanto aos preparativos para o segundo turno da disputa, o pedetista afirmou que não vai se preocupar tanto com as formações partidárias e dará mais atenção ao que a população quer. “O diálogo agora será fundamentalmente com os eleitores. Essa eleição mostra que ficar preso à composição partidária é relativo. Vejam que o candidato à reeleição tinha 15 partidos em sua chapa, algo que ninguém tinha nesta eleição”, disse. Rafael Greca O candidato do PMDB, Rafael Greca, agradeceu os 102 mil votos que recebeu. “Agradeço Marinalva Gonçalves da Silva, minha dedicada candidata a vice-prefeita, ao senador Requião, presidente do PMDB de Curitiba, ao senador Waldir Raupp, presidente do PMDB nacional e a todos os companheiros. Margarita e eu, e os meus poucos colaboradores, fomos muito felizes nestes dias de campanha, tentando devolver Curitiba ao futuro. Jamais me permitirei qualquer lamento de coisas sobre as quais não temos controle”, afirma, citando como exemplo a compra de apoios e de partidos inteiros, ainda antes das convenções eleitorais, sem regras ou controle pela Justiça Eleitoral. “Sofremos covarde ataque do PSDB/PSB ao nosso PMDB de Curitiba. O lodo foi removido, ao contrário do que acontece na Sanepar às margens do rio Iguaçu. O financiamento milionário das campanhas. O PMDB-Curitiba combateu com inexpressivas despesas, muito menos do que ganhou um único marqueteiro da campanha Ducci. Defendemos a ideia de uma campanha política singela, para exorcizar a poluição política, visual e ambiental deste Brasil do “mensalão”. O que sucederá com os milhares de cavaletes com plotters impressos em tinta tóxica que sobram para infestar o meio ambiente? O papel profético de vitórias ou derrotas permitido aos “prostitutos de pesquisas” – que acabam induzindo o voto útil e construindo o resultado das eleições palatável ao poder econômico. Esta é a neoplasia da jovem democracia brasileira, a espera de médico e remédio democrático”, lamentou.


Fruet surpreende e pesquisas erram

Beto Richa Com secretários e ele próprio atuando como cabo eleitoral, o governador Beto Richa (PSDB) lamentou a derrota de Luciano Ducci (PSB), na corrida pela Prefeitura de Curitiba, e fez uma avaliação das eleições deste ano. “O eleitor foca nada ou quase nada em padrinhos políticos daqueles que concorrem no pleito”, disse ele, ao admitir que houve “falha de estratégia” na campanha de Ducci, sem dizer qual era. O governador citou as derrotas petistas no Recife (PE) e Londrina, no norte do Paraná, para responder sobre o desempenho de seu ex-vice-prefeito e que, segundo Richa, não desgasta ele próprio, tido como candidato à reeleição em 2014. “Antes existia facilidade de transferência de voto. Hoje, o eleitor é focado nada ou quase nada nos apoiadores ou padrinhos políticos. É completamente equivocada a hipótese de desgaste [dele próprio]. Eu poderia citar dois casos similares ao nosso e que não desgastaram, Dilma: em Londrina, a candidata que era ministra (Márcia Lopes, do PT, ex-ministra do Desenvolvimento Social) não avançou ao segundo; em Recife, Lula entrou de cabeça na campanha e Humberto Costa, também ex-ministro do PT (da Saúde), não passou ao segundo turno”, disse. Prisões A Operação Eleições, deflagrada pela Polícia Militar do Paraná, registrou 174 ocorrências envolvendo ilícitos eleitorais em todo o estado, neste domingo. O balanço é parcial, fechado até as 15 horas de ontem, e dá conta da prisão de 146 pessoas e emissão de 62 termos circunstanciados. O esquema de segurança montado pela PM contou com mais de 6,8 mil homens, dos quais 937 atuaram na capital e 600 na região metropolitana e litoral. “A PM atuou em consonância com a lei eleitoral, de maneira integrada, apoiando a justiça, nas questões pertinentes”, disse o comandante-geral da corporação, coronel Roberson Luiz Bondaruk. Os dados finais da ação da PM no primeiro turno das eleições municipais serão divulgados nesta segunda-feira, às 10h30.

Considerado por muitos como o “fator surpresa” destas eleiçőes, Ratinho Junior agradeceu a confiança dos eleitores curitibanos em sua campanha de novas ideias e afirmou que já se sente vencedor da disputa, que considera ser “a mais acirrada do Brasil”. O candidato revelou, também, ter tido grande dificuldade de ganhar espaço midiático, principalmente por conta de seu curto tempo de televisăo para a propaganda eleitoral. “Eu tinha tręs minutos e meio para enfrentar dois grupos poderosíssimos”, sustentou, afirmando que com mais tempo nos comerciais para o segundo turno, a coisa vai mudar. “Eu acredito que o maior tempo de televisăo nos dará a oportunidade de apresentar as nossas propostas com mais tranquilidade e clareza. Agora vamos nos organizar para fazer um programa para apresentar as nossas propostas de maneira didática, mostrando que tudo aquilo que colocamos em nosso plano de governo foi estudado por uma equipe técnica fantástica e que săo ideias extremamente aplicáveis no dia a dia, quando tomarmos posse”, finalizou. Se, por um lado, Ratinho Junior surpreendeu na votaçăo, inesperada, mesmo, era a permanęncia de Gustavo Fruet na disputa - pelo menos era o que apontavam os institutos de pesquisa de intençăo de voto. O próprio Ibope “errou” no levantamento de boca de urna (que é feito depois que o eleitor já depositou seu voto na urna) apontando um segundo turno entre Ratinho Junior e Luciano Ducci. O candidato, que amargava o terceiro lugar nas sondagens, aproveitou a oportunidade para quebrar a “santidade” que muitos tęm nos levantamentos pré-eleiçăo. “Na minha eleiçăo para o Senado já foi assim, mas a populaçăo curitibana mostrou maturidade e năo se deixou influenciar”, afirmou. Fruet também disse estar satisfeito com um segundo turno entre candidatos que representam mudança, sustentando ter sido alvo de uma campanha maldosa por parte da atual gestăo municipal. “Eles (a coligaçăo de Ducci) tentaram me desconstruir, querendo confundir essa aliança que fiz com pessoas de bem, com uma história bonita, a favor do Paraná e de Curitiba, como se fosse uma aliança com mensaleiros e corruptos. Isso năo é verdade”, reiterou. Já, quanto aos preparativos para o segundo turno da disputa, o pedetista afirmou que năo vai se preocupar tanto com as formaçőes partidárias e dará mais atençăo ao que a populaçăo quer. “O diálogo agora será fundamentalmente com os eleitores. Essa eleiçăo mostra que ficar preso ŕ composiçăo partidária é relativo. Vejam que o candidato ŕ reeleiçăo tinha 15 partidos em sua chapa, algo que ninguém tinha nesta eleiçăo”, disse.

Greca critica “prostitutos de pesquisas” O candidato do PMDB, Rafael Greca, agradeceu os 102 mil votos que recebeu. “Agradeço Marinalva Gonçalves da Silva, minha dedicada candidata a vice-prefeita, ao senador Requiăo, presidente do PMDB-Curitiba, ao senador Waldir Raupp, presidente do PMDB-nacional e a todos os companheiros. Margarita e eu, e os meus poucos colaboradores, fomos muito felizes nestes dias de campanha, tentando devolver Curitiba ao futuro. Jamais me permitirei qualquer lamento de coisas sobre as quais năo temos controle”, afirma, citando como exemplo a compra de apoios e de partidos inteiros, ainda antes das convençőes eleitorais, sem regras ou controle pela Justiça Eleitoral. “Sofremos covarde ataque do PSDB/PSB ao nosso PMDB de Curitiba. O lodo foi removido, ao contrário do que acontece na Sanepar ŕs margens do rio Iguaçu. O financiamento milionário das campanhas. O PMDB-Curitiba combateu com inexpressivas despesas, muito menos do que ganhou um único marqueteiro da campanha de Ducci. Defendemos a ideia de uma campanha política singela, para exorcizar a poluiçăo política, visual e ambiental deste Brasil do “mensalăo”. O que sucederá com os milhares de cavaletes com plotters impressos em tinta tóxica que sobram para infestar o meio ambiente? O papel profético de vitórias ou derrotas permitido aos “prostitutos de pesquisas” – que acabam induzindo o voto útil e construindo o resultado das eleiçőes palatável ao poder econômico. Esta é a neoplasia da jovem democracia brasileira, a espera de médico e remédio democrático”, lamentou.

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política

Eleição

à vista P

Valdir Rossoni (PSDB)

Diferente das eleições que nós estamos acostumados, da escolha da nova Mesa Executiva da Assembleia Legislativa a população não participa. São os próprios deputados estaduais quem decidem quem será o novo chefe da Casa e onde, claro, os interesses políticos entram em jogo. 12 Documento Reservado / Setembro 2012

assado o primeiro turno da eleição para prefeito em Curitiba, as atenções se voltam, agora, para outra eleição não menos importante e que pode, inclusive, determinar o rumo da política paranaense para os próximos dois anos. Estamos falando da escolha da nova Mesa Executiva da Assembleia Legislativa do Estado, comandada atualmente pelo deputado Valdir Rossoni (PSDB). A corrida eleitoral, marcada para ocorrer dia 16, chegou a ter cogitadas três chapas para a disputa, mas uma delas já se dissolveu. A grande diferença entre esse bate-chapa legislativo e a eleição que nós estamos acostumados, é que desse processo a população não participa. São os próprios deputados estaduais quem decidem quem será o novo chefe da Casa e, onde, claro, os interesses políticos entram em jogo. Até antes do primeiro turno das eleições municipais, havia especulações que apontavam para a formação de três chapas concorrentes na disputa: uma formada pelo próprio Valdir Rossoni, que corre pela reeleição, outra pelo líder do governo Beto Richa na Casa, deputado Ademar Traiano, que é do mesmo partido que Rossoni, e uma terceira encabeçada pelo deputado Artagão de Mattos Leão Junior (PMDB), que atualmente responde pela


LUCIAN HARO

A movimentação das peças no tabuleiro, no entanto, mudou. O que acontece é que uma declaração feita recentemente pelo deputado Ademar Traiano, deixa Rossoni mais próximo de seguir seus planos à frente do Legislativo.

vice-presidência, também ao lado de Valdir Rossoni. A movimentação das peças no tabuleiro, no entanto, mudou. O que acontece é que uma declaração feita recentemente pelo deputado Ademar Traiano, deixa Rossoni mais próximo de seguir seus planos à frente do Legislativo. O líder do governo teria dito que prefere abrir mão da disputa em nome da unidade interna do PSDB. Traiano teria garantido, também, que não é o momento para dar oportunidade de divisão ao grupo político que compõe a Assembleia e que se

mantivesse a pré-candidatura, poderia haver um racha. Mas, tudo isso tem uma justificativa: há especulações de que Ademar Traiano já teria sinalizado uma possível “ajudinha” do governador Beto Richa, que teria prometido apoiálo na próxima eleição para a Mesa Executiva da Assembleia, em 2014. Já para os lados do PMDB, que cogita lançar Artagão de Mattos Junior como candidato a presidente da Casa, o mistério continua. Pelo que afirmou o líder do partido, que é o maior em plenário na Assembleia, o deputado Caíto

Artagão de Mattos Leão Junior (PMDB)

Quintana, “a decisão será tomada em bloco”. Enquanto isso, Artagão Junior que já revelou a vontade de assumir o cargo, é calado por outra ala do PMDB que demonstra preferir um acordo com Valdir Rossoni. Trocando em miúdos, nesta fórmula o PMDB aceitaria a vaga de 2º secretário com a possibilidade de assumir a 1ª secretaria, já que o dono da vaga, deputado Plauto Miró Guimarães (DEM), deve ser indicado para conselheiro do Tribunal de Contas já no início do próximo ano, quando Hermas Brandão se aposentar.

Plauto Miró Guimarães (DEM)

13 Documento Reservado / Setembro 2012


economia

Arrecadação do Paraná cresce 13,2%, apesar da queda acentuada nos repasses federais

M

esmo em meio ao corte brusco nos repasses federais, a arrecadação fiscal no Paraná, entre janeiro e agosto deste ano, cresceu consideravelmente em relação ao igual período do ano passado. Enquanto que, em 2011 a soma chegou aos R$ 16,05 bilhões, desta vez, ficou em R$ 18,17 bilhões - o que representa um aumento de 13,2 %. Os núme-

Luiz Carlos Hauly: saldo positivo

ros são do secretário do Estado da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, que prestou contas aos deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, recentemente. Pelo que afirmou, o orçamento de 2012 será cumprido. “Está tudo sob controle”, disse. Durante a audiência pública de prestação de contas do segundo quadrimestre do ano, em cumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal, Hauly demonstrou que as despesas cresceram em ritmo mais acelerado, de 21,9%, atingindo R$ 18,51 bilhões, frente aos R$ 15,18 bilhões dos oito primeiros meses do ano passado. Esse descompasso, de acordo com o secretário, era previsível devido, em parte, à antecipação de repasses do Estado aos municípios, tendo por base os prazos determinados pela legislação eleitoral por causa das eleições municipais. Também contribuiu para isso, a queda no valor das transferências federais, constitucionais e outras, que foi de R$ 2,46 bilhões. Ao se descontar a inflação dos oito meses do ano, houve redução real de 2,33% na comparação com os R$ 2,39 bilhões do período anterior.

Tudo 14 Documento Reservado / Setembro 2012


LUCIAN HARO

Hauly explicou, também, que se esses repasses tivessem crescido na proporção da receita própria do Paraná, que é de 9,53%, o Estado teria recebido cerca de mais R$ 245 milhões. ”Se, do lado da receita, tivemos resultado positivo graças à arrecadação própria, do lado da despesa, tivemos um aumento significativo de gastos também em função dos aumentos salariais reais do funcionalismo, na contratação de mais professores e policiais e também devido a mais investimentos em obras, além dos repasses aos municípios”, esclareceu. O secretário pontuou, por exemplo, que as transferências aos municípios passaram dos R$ 3,34 bilhões para R$ 3,75 bilhões de um ano para o outro, entre janeiro e agosto, com aumento de 8,57%, descontada a taxa de inflação do período. E salientou que os investimentos em obras atingiram R$ 661 milhões, o que representou acréscimo de 103,86% sobre os R$ 308 milhões do mesmo intervalo de 2011. E esclareceu que até o final do ano haverá equilíbrio entre receita e despesa. ”Vamos cumprir 100% do orçamento previsto”, disse.

O secretário pontuou, por exemplo, que as transferências aos municípios passaram dos R$ 3,34 bilhões para R$ 3,75 bilhões de um ano para o outro, entre janeiro e agosto,

com aumento de 8,57%, descontada a taxa de inflação do período.

Balanço positivo Em entrevista à imprensa, Hauly afirmou que o quadro positivo do Paraná é reflexo do trabalho responsável da equipe do Fisco paranaense. “Devido a este trabalho temos o melhor resultado em arrecadação do Sul e Sudeste do País”, acrescentou. O ICMS, que responde por mais de 82% da arrecadação própria, teve crescimento de 9,83% passando dos R$ 9,92 bilhões arrecadados de janeiro a agosto de 2011, para os R$ 11,44 bilhões, fechados no dia 31 de agosto. Esclareceu que o Paraná também é atingido pela crise econômica que afeta o Brasil e o mundo. Ressaltou, no entanto, que a política de incentivo do Governo do Estado ao setor produtivo e medidas de proteção à in-

dústria têm garantido a expansão da economia, a geração de empregos e o aumento de salários acima dos índices verificados em outros estados. Energia O secretário esclareceu, ainda, que a desoneração da energia elétrica, anunciada pelo governo federal no último dia 9 de setembro, trará redução importante na arrecadação do ICMS, em 2013, quando a medida passará a valer. “Serão R$ 450 milhões que deixarão de ser arrecadados por ano. Lógico que somos favoráveis à medida, mas é imprescindível que o governo federal compense a perda dos estados e evite o corte do orçamento no ano que vem”, salientou.

sob controle 15 Documento Reservado / Setembro 2012


agricultura

A

Safra agrícola cresce 2% Paraná tem produção de milho estimada em17,1 milhões de toneladas

16 16 Documento Documento Reservado Reservado // Setembro Setembro 2012 2012

produção brasileira de grãos na safra 2011/2012 está prevista em 165,92 milhões de toneladas, cerca de 1,9% superior ao ano de 2010/11 (162,8 milhões de toneladas). O aumento foi de 3,12 milhões de toneladas. Já a área plantada tem estimativa de 50,81 milhões de hectares da safra 2010/11. É o que apontam os dados do décimo primeiro levantamento de safras divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e analisado pela economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Gilda Bozza.. Segundo a economista, a produção total de milho (safra verão mais safrinha de inverno) soma 72,7 milhões de toneladas, ou seja, uma elevação de 26,8%, equivalente a 15,3 milhões de toneladas. Vale ressaltar a produção de milho 2ª safra, totalizando um recorde de 38,6 milhões de toneladas, com crescimento de 72% sobre a safra 2010/11 (22,4 milhões de toneladas). O Paraná, principal produtor de milho tem produção estimada em 17,1 milhões de toneladas e produtividade acima da média nacional, prevista em 5.707 quilos por hectare. Para o milho 1ª safra, a produção prevista é de 6,6 milhões de toneladas, produtividade média de 6.800 quilos por hectare. Já o milho 2ª safra tem previsão de 10,5 milhões de toneladas e produtividade média de 3,610 quilos por hectare. O Paraná deverá produzir a maior safrinha de milho desde a década de 70. A cultura da soja tem estimativa de produ-


DA REDAÇÃO

ção de 66,4 milhões de toneladas, uma queda de 12% ou 8,9 milhões de toneladas e em relação à safra de 2010/11, resultado da estiagem que atingiu a Região Sul do país. A produtividade ficou em 2.656 kg por hectare contra 3.115 da safra 2010/2011. A produção paranaense da safra 2011/2012 tem previsão de 10,9 milhões de toneladas e uma produtividade de apenas 2,455 quilos por hectare contra 3.360 quilos por hectare obtidos na safra 2010/11. A Conab trabalha com uma produção para feijão de 2,9 milhões de toneladas (as três safras), inferior à produção passada, que foi de 3,73 milhões de toneladas. O Paraná, principal produtor, deverá produzir apenas 666,5 mil toneladas, com produtividade média de 1.393 quilos por hectare. Quanto ao trigo, a produção brasileira está prevista em 5,3 milhões de toneladas e uma produtividade média de 2.818 quilos por hectare. A produção brasileira deverá cair 8,0% em relação à safra anterior (5,78 milhões de toneladas). O Paraná, hoje é o segundo produtor nacional, atrás do Rio Grande do Sul, tem previsão de produzir 2,22 milhões de toneladas e uma área plantada de apenas 765,2 mil hectares, a menor área dos últimos 37 anos. A redução de área no Paraná foi de 27% sobre a área plantada na safra anterior (1,04 milhão de hectares). Em 6 de setembro a Conab divulga o último levantamento da safra 2011/12.

Quebra na produção internacional O estudo de Prospecção sobre a Safra Agrícola Brasileira - 2012/13 -, realizado pelo técnico Silvio Isopo Porto, diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, objetiva fornecer informações e análises que possibilitem ao produtor rural identificar potenciais atrações, por intermédio de um panorama de mercado estruturado. Nele são publicados dados habitualmente encontrados de forma fragmentada, sobre a demanda e a oferta nacional e internacional, paridades, custos de produção e rentabilidade dos principais produtos agrícolas. Porto explica que o trabalho foi realizado no momento em que se constata uma acentuada estiagem nos Estados Unidos, que está afetando drasticamente a produção de milho e soja; essa quebra de safra, que pode chegar a cerca de 20% do total dessas produções naquele País, exerce uma pressão sobre os preços e, ainda, uma volatilidade acentuada nas cotações dos citados produtos, incluindo também, o trigo. Ele ressalta que os EUA são extremamente importantes para o abastecimento mundial, como o maior exportador de milho, soja e trigo. A crise internacional está reduzindo a expectativa de crescimento mundial. O FMI informou que no período entre os anos 2009 e 2011, os países desenvolvidos – que apresen-

tam em torno de 60% do PIB mundial - apresentaram um crescimento médio anual de 0,2%, o que é muito baixo. A União Europeia se encontra com suas economias em fase de declínio, entre elas o Reino Unido, a Itália e a Espanha. A China – nosso tradicional cliente, grande consumidor de commodities, deverá registrar um PIB em 2012, abaixo de 8%. No cenário interno, o crescimento da produção agrícola vem aumentando, impulsionado pelo crescimento constante da renda e da população. A tendência é de que os juros permaneçam em níveis reduzidos, na tentativa de se reativar o mercado interno e, consequentemente, o incremento do PIB brasileiro. No presente momento, os preços internacionais e a taxa de câmbio brasileira têm feito um papel importante para permitir a competitividade da produção. Entre os fatores críticos apontados no estudo, os quais nortearão a produção nacional neste momento de plantio estão as preocupações com as mudanças climáticas, aprovação das Leis sobre o meio-ambiente e aquela lei que poderá promover a liberação da aquisição de terras brasileiras por parte de outros países. Da mesma forma, aspectos relativos aos preços da logística e da energia são variáveis que poderão determinar o nível de competitividade do produtor agrícola nacional.

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infraestrutura

Agência mediará conflito para antecipar A

dministrar e procurar mediar um conflito que se arrasta há mais de 10 anos é o principal desafio do engenheiro Antonio José Correia Ribas, diretor-presidente da recém-criada Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar). Esta crise, entre o governo do estado e as concessionárias que administram as rodovias pedagiadas no Paraná já resultou em 154 ações na justiça. De um lado do cabo de guerra, está o governo que quer antecipação das obras contratuais e duplicações de rodovias. Do outro, estão as seis empresas que administram o pedágio e que exigem reajustes de tarifas. “Nossa missão é mediar uma eventual repactuação dos contratos de tal forma a induzir a antecipação das obras, com duplicação de rodovias e redução dos preços das tarifas. O papel da Agência Reguladora, no caso específico do pedágio, é acompanhar se as concessionárias estão, na realidade, cumprindo os contratos, suas situações econômicas e financeiras e fiscalizar as obras e serviços ao longo dos mais de 2 mil quilômetros de rodovias pedagiadas, explicou. A criação da agência visa buscar um canal “não político e técnico” para tratar do assunto, observou Ribas. Segundo ele, “o governador Beto Richa nos deu autonomia, com a criação de uma estrutura independente”. A legislação vigente permite à Agência, em caso extremo, cancelar as concessões. Faturamento As seis concessionárias faturam perto de R$ 1,3 bilhão por ano na cobrança de tarifas. Segundo relatório da Associação Brasileira de 18 Documento Reservado / Setembro 2012

Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar), da esquerda para à direita: Nelson de Marco Rodrigues, Ney Teixeira de Freitas Guimarães, Antonio José Correia Ribas, Governador Beto Richa, José Alfredo Gomes Stratmann e Maurício Eduardo Sá de Ferrante

Concessões de Rodovias - ABCR-Paraná - o total de empregos gerados ultrapassam a 5.800, entre diretos e indiretos. De acordo com Ribas, desde 2002 não foram feitos aditivos nos contratos para formalizar acordos que foram feitos até hoje. A Agência foi criada pela Lei Complementar 94/2002 e nunca entrou em operação. Agora, com a formação da diretoria, a autarquia passa a ser organizada para desenvolver as funções para as quais foi instituída. “A fiscalização dos serviços concedidos exige um órgão estruturado que atenda aos interesses da sociedade, por isso os mandatos não são coincidentes com o do governo”, explicou o governador Beto Richa, depois

que os nomes foram aprovados pela Assembléia Legislativa do Estado. A diretoria da Agência será composta por Antonio José Correia Ribas como diretor-presidente; Nelson de Marco Rodrigues, diretor de relações institucionais e ouvidoria, terá mandato de um ano; Ney Teixeira de Freitas Guimarães, diretor de tarifas e estudos econômicos e financeiros, cujo mandato será de três anos; Maurício Eduardo Sá de Ferrante será o diretor jurídico, com mandato de quatro anos; e José Alfredo Gomes Stratmann, diretor de fiscalização e qualidade de serviços, que terá mandato de cinco anos. A Agência será responsável pela regulação, normatização, controle, mediação e fis-


PEDRO RIBEIRO

com pedágio obras e reduzir as tarifas calização dos serviços públicos concedidos no Paraná. Entre as suas atribuições, consta a transparência às regras usadas para estipular valores de tarifas cobradas por concessionárias. Ribas deixa claro que a atuação da agência será, num primeiro momento, sobre serviços vinculados ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER), entre eles o transporte estadual de passageiros, serviços de travessias fluviais e marítimas e rodovias concedidas à iniciativa privada. A primeira tarefa da diretoria será estruturar a agência. Para isso, um regulamento de funcionamento deverá ser elaborado no menor prazo possível, atendendo o que determina a legislação que instituiu o órgão. Pela lei, a autarquia deverá promover concurso público para a formação do quadro de pessoal. Ribas estima que em 90 dias já haja condições adequadas de trabalho. Independentemente deste prazo a diretoria da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná vai receber as demandas da sociedade, dos concessionários e do poder concedente em relação às concessões.

“Temos que usar o poder de mediação da Agência para resolver as questões do pedágio visando antecipar as obras e reduzir os preços das tarifas.”

Nova diretoria Antonio José Correia Ribas – engenheiro civil formado pela

Universidade Federal de Santa Maria (RS), tem 59 anos. Foi presidente do Conselho Deliberativo da Fundaçăo Itaipu. Entre outras atividades profissionais, foi diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná e diretor geral brasileiro de Itaipu Binacional, além de presidente da Associaçăo Brasileira dos DERs.

José Alfredo Gomes Stratmann – formado em Geologia pela UFRGS, tem 65 anos. É diretor administrativo-financeiro do DER, cargo que já havia ocupado em duas outras oportunidades (1987/1990 e 1997/ 2000). Antes, exerceu várias outras funçőes no órgăo, participando da execuçăo de estudos e projetos. Maurício Eduardo Sá de Ferrante – advogado formado

pela Faculdade de Direito de Curitiba. Entre outros cargos, foi procuradorchefe do DER, procurador geral e secretário de governo do município de Curitiba, procurador-chefe da Administraçăo dos Portos de Paranaguá e Antonina e presidente da Comissăo Tripartite de Fiscalizaçăo das Concessőes Rodoviárias.

Nelson de Marco Rodrigues – formado em Administraçăo de Empresas pela Faculdade de Cięncias Econômicas e Administrativas de Araraquara, com pós-graduaçăo em informática. Tem 59 anos. Foi diretor técnico da Celepar, diretor superintendente do Lactec e diretor técnico da Fundaçăo Parque Tecnológico Itaipu, entre outros cargos que ocupou. Ney Teixeira de Freitas Guimarăes – bacharel em Cięnci-

as Econômicas pela Universidade Católica do Paraná, tem 58 anos. É auditor chefe da Itaipu Binacional. Ocupou diversas funçőes no DER, assessorando e coordenando programas.

Antonio José Correia Ribas

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saneamento

DA REDAÇÃO

Vivendo em ruas sem asfalto e próximos a esgoto a céu aberto

P

esquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que aproximadamente um terço das famílias brasileiras vive em moradias cujas ruas não são asfaltadas. Os dados mostram que 31,1% das famílias estão nessa situação e 31,8% das moradias estão perto de estradas com grande circulação de veículos. A análise também revelou que 7,2% dos domicílios não têm água encanada, 8,9% estão próximos de esgoto a céu aberto e 3,2%, nas proximidades de lixões ou depósitos de lixo. Além disso, 10,3% ficam em locais por onde passam fios de alta tensão e 4,7%, perto de ferrovias em uso. Técnicos do IBGE explicam que a decisão de investigar as condições de moradia vem da demanda por informações sobre qualidade de vida das famílias. “Essas demandas surgem em função de mudanças no desenvolvimento econômico do País”, disse Edilson Nascimento da Silva, gerente da POF, revelando, também, que o uso da energia é um tema cada vez mais discutido no País. As informações sobre as condições de moradia apontam para os gastos com energia.

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No total de domicílios com água encanada, 75,3% têm alguma fonte de aquecimento, sendo que a energia elétrica aquece a água em 70,9% das moradias com água encanada. O aquecimento a gás responde por apenas 4,2% desses domicílios. O aquecimento solar, menos poluente, é utilizado em 0,6% das moradias, atrás até da lenha, usada em 1,2% dos domicílios com água encanada. O IBGE destacou ainda as diferenças entre as zonas urbana e rural. No campo, “37,3% dos domicílios com água encanada não tinham aquecimento”, diz o relatório da POF 20082009. Além disso, nas moradias localizadas nas zonas rurais, lenha e carvão são a segunda principal fonte de aquecimento, presente em 5,2% dos domicílios com água encanada. A POF 2008-2009 também analisou a coleta de lixo, que é feita diretamente em 80,7%

das moradias - mas ainda queimado ou enterrado em 10,2% dos domicílios. Além disso, em 29,7% dos domicílios, o lixo é separado em material biodegradável e reciclável, mas, nas moradias que separam os resíduos, apenas 40% o fazem para atender a coleta seletiva oficial. Ou seja, a maior parte do lixo separado pode não ter a reciclagem como destino. A coleta seletiva é mais difundida no Sul, onde 59,9% dos domicílios separam o lixo e 55,6% dos que o fazem seguem a coleta seletiva oficial. No Norte, apenas 6,6% das moradias separam o lixo, enquanto no Nordeste, o percentual é de 11,9. No Sudeste, a separação do lixo é feita em 36,2% das casas e no CentroOeste, em 12,6%. Outros estudos do IBGE já haviam apontado que, é na maioria dos municípios da região Sul onde as companhias de lixo fazem coleta seletiva.


Luizăo é reeleito prefeito de Pinhais com a maior votaçăo do Estado 93,7% dos votos válidos foram para Luizăo Com 68.802 votos, o equivalente a 93,7% dos votos válidos, Luizăo Goulart foi reeleito em Pinhais com o maior percentual entre os municípios do Paraná e um dos maiores do país. Este resultado também figura Luizăo como o prefeito mais bem votado da história do município. Em segundo lugar ficou o candidato do PSDB, Flavio Borri com 3.596 votos, 5,37% dos votos válidos seguido pelo candidato do PRB, José Martins com 579 votos, 0,86% dos votos válidos. Luizăo atribui o resultado das urnas ao bom momento que vive a cidade de Pinhais. Segundo ele, a populaçăo reconheceu que Pinhais vem evoluindo porque tem uma gestăo comprometida com o desenvolvimento local. “Desde o inicio do nosso mandato fiz questăo de frisar que nós iríamos honrar a confiança que a populaçăo depositou em nosso trabalho. Graças a Deus conseguimos tirar do papel os projetos necessários para mudar nossa cidade para melhor. A populaçăo reconheceu e hoje demonstrou nas urnas a satisfaçăo de ver Pinhais melhorar a cada dia”, destacou. Luizăo Goulart que continuará tendo Marli Paulino como sua vice-prefeita destacou-se como um prefeito presente nas comunidades. Implantou o orçamento participativo e executa o seu mandato priorizando resolver os problemas que afetam o dia a dia da populaçăo. Grandes obras e investimento nas mais diversas áreas destacam o governo do Professor Luizăo. De acordo com o prefeito reeleito, agora o foco é continuar o trabalho. “Vamos retribuir este reconhecimento através de muito trabalho. Pinhais evoluiu muito nos últimos anos, mas ainda há muito por se fazer, vamos dar sequencia aos investimentos e atuar com prioridade em áreas que ainda necessitam de maior atençăo, como por exemplo a saúde e a educaçăo”, concluiu.

Vereadores eleitos: Binga (PPS) Professora Rosa Maria (PT) Silvio Star (PPS) Joăozinho Ribeiro (PSB) Gilberto (PT) Airton (PSC) Tavinho (PT) Jane Carteira (PR) Seu Oswaldo da Igreja (PT) Leonildo Gordo (PRB) Zezinho (PMDB) Marcia Ferreira (PMDB) Prof Demetrio (PP) Ari Valdir (PSDC) Marcinho (PDT) Passarinho (PSC) Cecilia Padovan (PDT)

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segurança Uma onda de assaltos a clientes, a chamada “saidinha de banco” e “sequestros relâmpagos” dominaram o noticiário policial, especialmente, no primeiro semestre deste ano. O País foi assolado também por assustadoras explosões de caixas eletrônicos, que causaram prejuízos de R$ 150 milhões. Providências foram tomadas como: endurecer a venda e transporte de bananas de dinamite e a proibição do uso de celular dentro das agências bancárias. Será que funcionam?

Isso é um assalto!

“S

equestro relâmpago” e “saidinhas de banco” são termos de golpes praticados por quadrilha de assaltantes, que diversificaram as modalidades de crimes, e que se tornaram comuns nas páginas policiais. Dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV ) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf ), com apoio técnico do DIEESE, em pesquisa nacional realizada em agosto, mostram que os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre deste ano. Os números provocam medo. Em seis meses, o País registrou 1.261 ocorrências, com a média assustadora de 6,92 crimes por dia. Desses números, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. Em 2011, foram anotados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos. Os números dos seis meses de 2012 superam, ainda, os resultados consta-

tados no segundo semestre de 2011, quando foram verificados 753 ataques, sendo 331 assaltos e 422 arrombamentos. O levantamento foi realizado a partir de notícias da imprensa, estatísticas das Secretarias de Segurança Pública e levantamentos feitos por sindicatos e federações de vigilantes e bancários. No Paraná, o levantamento foi coordenado pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, com o apoio do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, da Federação dos Vigilantes do Paraná e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR). O número de casos pode ter sido ainda maior devido à dificuldade de levantar informações em alguns estados e pelo fato de que nem todas as ocorrências são divulgadas pela imprensa. Conforme os números apresentados, São Paulo lidera o ranking, com 289 ataques; seguido por Minas Gerais, com 165; Santa Catarina vem na terceira colocação, com 126 e, no quarto lugar, está

Nos ataques aos caixas eletrônicos a destruição atinge ao arredor do alvo do assaltante

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o Paraná, com 109 ocorrências, e em quinto, está a Bahia, com 91. “Trata-se de mais um retrato preocupante da insegurança nos bancos, que mostra a necessidade de medidas preventivas contra assaltos e sequestros, pois esses ataques deixaram um rastro de mortes, feridos e traumatizados”, aponta o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. Dentro destes números que arrepiam, estão as ondas de ataques a caixas eletrônicos que assolou o dia a dia dos brasileiros nos primeiros meses do ano. Um levantamento feito a pedido da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), apontou uma realidade assustadora. Nos três primeiros meses de 2012 foram registradas 400 ocorrências que, se comparadas com o mesmo período de 2011, que teve 233 ataques a caixas eletrônicos, mostra elevação de pouco mais de 70% nos casos. Neste período, foram registrados, a cada dia, 4


NORMA CORRÊA

casos de explosões de caixas eletrônicos no País, o que causou um prejuízo estimado em R$ 150 milhões. Esses dados deixaram expostas algumas fragilidades, como a facilidade que os bandidos têm a explosivos. Carência de investimentos Tomando por base os balanços publicados pelos cinco maiores bancos privados do País, o DIEESE elaborou um estudo que mostra que as instituições lucraram R$ 50,7 bilhões em 2011 e aplicaram R$ 2,6 bilhões, o que significa 5,2%, em média, na comparação com os lucros. Prioridade para segurança Com os números expostos, os trabalhadores do setor fazem pressão às autoridades para que as instituições financeiras deem prioridade à segurança dos funcionários e dos clientes. “Esses ataques refletem, sobretudo, a carência de investimentos dos bancos para prevenir assaltos e sequestros”, avalia João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana. “Os bancos precisam fazer a sua parte, colocando mais equipamentos de prevenção nas suas unidades, assim como os estados precisam melhorar a segurança pública, com mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência, dentre outras medidas”, acrescenta. Segundo ele, o descaso dos bancos com a segurança dos estabelecimentos, que “cuidam mais da imagem, do marketing e da estética

Lucros x Despesas com Segurança e Vigilância (1º semestre de 2012) Banco Bradesco Itaú Unibanco Banco do Brasil Santander Caixa Total

Lucro Líquido 5,7 bilhőes 7,2 bilhőes 5,7 bilhőes 3,2 bilhőes 2,8 bilhőes 24, 6 bilhőes

Despesas com Segurança 205 milhőes 263 milhőes 400 milhőes 275 milhőes 345 milhőes 1,5 bilhăo

% 3,59 3,69 7,03 8,51 12,13 6,05

Fonte: Demonstraçőes Financeiras dos Bancos. Elaboraçăo: DIEESE - Subseçăo Contraf-CUT.

Despesas com Segurança e Vigilância (1º semestre) Despesas com Segurança e Vigilância Bancos 2011 2012 Bradesco 156 milhőes 205 milhőes Itaú 240 milhőes 263 milhőes Banco do Brasil 365 milhőes 400 milhőes Santander 253 milhőes 275 milhőes Caixa 276 milhőes 345 milhőes Total 1,3 bilhăo 1,5 bilhăo

% do LL 2011% do LL 2012 2,80 3,45 5,94 7,50 12,12 5,31

3,59 3,69 7,03 8,51 12,13 6,05

Fonte: Demonstraçőes Financeiras dos Bancos Elaboraçăo: DIEESE - Subseçăo Contraf-CUT.

das unidades”, pode ser comprovado com as multas aplicadas pela Polícia Federal, nas reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) da Polícia Federal (PF). Em 2011, os bancos foram multados em mais de R$ 6 milhões por descumpri-

mento da lei federal 7.102/83 e de normas de segurança. As principais infrações dos bancos foram a ausência de plano de segurança aprovado pela PF, número insuficiente de vigilantes e alarme inoperante, entre outros itens. “Isso só mudará quando os bancos tratarem

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segurança

Ao prender suspeitos de pertencer à gangue dinamite, os policiais também apreendem grande quantidade de bananas de dinamite

os gastos em segurança como investimento e não como custo”, observa João Soares. “Os bancos precisam fazer a sua parte, colocando mais equipamentos de prevenção nas suas unidades, assim como os estados precisam melhorar a segurança pública, com mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência, dentre outras medidas”, arremata o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias. ”Com todos esses números, vamos continuar levando aos vereadores o modelo de projeto de lei municipal, lançado pela CNTV e Contraf-CUT, para melhorar a estrutura de segurança dos estabelecimentos e garantir a privacidade dos clientes para combater o crime da ‘saidinha de banco’”, afirma o presidente da Fetec-CUT/PR, Elias Jordão. Paraná Somente no primeiro semestre deste ano, o

Depois da quadrilha desarticulada, junto com os presos, a polícia apreendeu também farto material usado nos crimes

Paraná registrou 56 ataques a bancos. Foram 32 arrombamentos e 24 assaltos. Dos 56 ataques, 25 foram em Curitiba e 8 na Região Metropolitana (4 em São José dos Pinhais, 1 em Campina Grande do Sul, 2 em Colombo e 1 em Bocaiúva do Sul). Das 25 ocorrências em Curitiba, 13 foram assaltos. Na Região Metropolitana houve 1 assalto e os demais foram arrombamentos. O número de ataques no primeiro semestre é muito maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, conforme levantamento feito pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região. Em 2010, foram apurados 29 ataques (27 arrombamentos e 2 assaltos). O índice do primeiro semestre no Estado foi ainda maior do que o ocorrido no ano inteiro de 2010, com 52 ocorrências. Segundo o Sindicato e a Federação dos Vigilantes do Paraná, somente nos primeiros quatro meses deste ano, foram registradas 42 explosões em caixas eletrônicos,

34 arrombamentos, 10 assaltos e 3 saidinhas de banco, num total de 89 casos de ataques a banco no Estado. Os dados foram coletados pelas entidades representativas dos funcionários dos bancos e vigilantes. A reportagem da Revista Documento Reservado procurou a Secretaria de Segurança do Estado, para saber sobre os números atualizados, mas, de acordo com a assessoria de imprensa, o setor de “estatísticas” não contabiliza esses números separados, mas sim, de forma global. Não há, portanto, números sobre “saidinha de banco” ou “sequestro relâmpago”, apenas assaltos a bancos. E as informações demorariam entre uma semana ou quinze dias para serem liberadas. No entanto, uma fonte da Polícia Civil, explica que os números não foram liberados porque a justificativa estaria na mudança no comando da Secretaria de Segurança. Segun-

“Saidinha de banco” A chamada “saidinha” é um dos golpes mais comuns contra clientes de bancos. Consiste na abordagem e roubo, fora do ambiente das agęncias, de clientes que tenham sacado dinheiro – geralmente grandes valores – nas agęncias ou nos caixas eletrônicos. Também pode ocorrer roubo de clientes que estejam indo ao banco para realizar depósito em espécie. Os chamados olheiros ficam rondando os estabelecimentos para identificar potenciais vítimas, normalmente clientes rotineiros, que estăo indo constantemente ŕ agęncia. Eles registram seus trajetos e hábitos e repassam os dados a compar-

24 Documento Reservado / Setembro 2012

sas, que seguem as vítimas. Por isso, a maioria das pessoas é atacada longe das agęncias, muitas vezes em área próxima a seus locais de trabalho, negócios ou mesmo residęncias.

Como evitar?

Rodrigo Pimentel, ex-policial militar, comentarista de segurança pública da TV Globo, autor do livro Elite da Tropa e roteirista dos filmes Tropa de Elite e Tropa de Elite 2, afirma que proibir uso de telefone dentro das agências bancárias não funciona

Evite sacar valores altos em espécie. Prefira sempre as transaçőes eletrônicas, que oferecem mais segurança, comodidade e eficięncia. Exemplos: DOC, TED, transferęncia via telefone e Internet. Se tiver de realizar saques de valores altos: Nunca conte dinheiro em público. Se houver

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UF SP MG SC PR BA CE RS PE MT MA AL PB RJ GO RO PA MS RN SE TO DF PI AM AP ES AC RR Total

Ataques a bancos

Arrombamentos em bancos

Assaltos a bancos

(1º semestre)

(1ºsemestre)

(1º semestre)

2011 283 18 34 56 61 13 47 29 48 23 23 54 18 14 6 21 10 12 7 4 3 17 0 5 27 3 2 838

2012 Variaçăo % 289 2,12 165 816,67 126 270,59 109 94,64 91 49,18 48 269,23 51 8,51 42 44,83 48 0,00 36 56,52 34 47,83 32 -40,74 24 33,33 22 57,14 21 250,00 19 -9,52 17 70,00 12 0,00 10 42,86 10 150,00 8 166,67 8 -52,94 6 6 20,00 25 -7,41 1 -66,67 1 -50,00 1.261 50,48

Fonte: Notícias da imprensa, SSPs e Sindicatos Elaboraçăo: CNTV e Contraf-CUT Apoio Técnico: DIEESE - Subseçăo Contraf-CUT

necessidade disso, faça em local reservado da agęncia. Algumas instituiçőes possuem locais reservados para essa finalidade. Informe-se com um funcionário do banco; Năo comente com estranhos sobre a operaçăo que realizou ou realizará; Procure ir ao banco sempre acompanhado; Seja discreto e rápido ao conferir seu dinheiro e sair do banco; Procure mudar seus trajetos e horários de ida ŕ agęncia; Desconfie de pessoas que ficam por longo período dentro das agęncias sem realizar qualquer operaçăo;

SP MG PR BA SC CE RS PE MT MA AL PB RJ GO RO PA MS RN SE TO DF PI AM AP ES AC RR Total

2011 179 5 32 27 30 8 35 24 40 19 18 49 5 10 3 6 10 12 6 0 3 11 0 0 0 3 2 537

2012 190 151 93 54 121 22 40 24 32 28 20 15 14 16 10 6 14 0 6 7 4 5 0 0 11 0 1 884

Variaçăo(%) 6,1 2.920,0 190,6 100,0 303,3 175,0 14,3 0,0 -20,0 47,4 11,1 -69,4 180,0 60,0 233,3 0,0 40,0 -100,0 0,0 33,3 -54,5

-100,0 -50,0 64,6

Fonte: Notícias da imprensa, SSPs e Sindicatos Elaboraçăo: CNTV e Contraf-CUT Apoio Técnico: DIEESE - Subseçăo Contraf-CUT

Caso sinta que está sendo observado ou seguido, entre num local movimentado, acione a Polícia Militar (tel. 190) e informe as características do observador; Ao efetuar depósitos no caixa eletrônico, tome cuidado para que năo haja troca de envelopes. Năo peça, nem aceite ajuda de estranhos. Procure sempre a ajuda de um funcionário identificado do banco; Se desconfiar de que está sendo observado por suspeitos no interior de uma agęncia, procure um funcionário identificado do banco ou um segurança.

UF SP MG PR BA SC CE RS PE MT MA AL PB RJ GO RO PA MS RN SE TO DF PI AM AP ES AC RR Total

2011 104 13 24 34 4 5 12 5 8 4 5 5 13 4 3 15 0 0 1 4 0 6 0 5 27 0 0 301

2012 99 14 16 37 5 26 11 18 16 8 14 17 10 6 11 13 3 12 4 3 4 3 6 6 14 1 0 377

Variaçăo(%) -4,8 7,7 -33,3 8,8 25,0 420,0 -8,3 260,0 100,0 100,0 180,0 240,0 -23,1 50,0 266,7 -13,3 — 300,0 -25,0 -50,0 20,0 -48,1

25,2

Fonte: Notícias da imprensa, SSPs e Sindicatos Elaboraçăo: CNTV e Contraf-CUT Apoio Técnico: DIEESE -Subseçăo Contraf-CUT

Mas, segundo Rodrigo Pimentel, o nome do golpe é ‘saidinha de banco’, mas os bandidos năo agem somente nas proximidades dos bancos. No Rio, em Săo Paulo, em Belo Horizonte, em Curitiba, há relatos onde a ‘saidinha’ ocorreu a cinco quilômetros da agęncia. “Alguns municípios determinaram que as agęncias colocassem câmeras viradas para fora. Evita o roubo na porta da agęncia, mas acontece em algum bairro residencial, na periferia ou a quilômetros de distância da agęncia”, avisa. Fonte: Federação Brasileira de Bancos

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segurança

Propostas dos vigilantes e bancários João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana: “Esses ataques refletem, sobretudo, a carência de investimentos dos bancos para prevenir assaltos e sequestros”

do ela, ao assumir a SESP, o novo secretário Cid Vasques determinou que fosse feito um rigoroso levantamento dos números em todos os setores, “para saber os números. Qualquer pessoa faria isso...” Ainda conforme a fonte, a preocupação maior da Segurança é com o roubo e furto de veículos e com homicídios, que avançam nos índices de criminalidade. Já a onda de “saidinha de banco” e “sequestro relâmpago”, conforme a fonte, tiveram drástica redução, depois de desencadeada a Operação Liberdade, que tirou de circulação várias quadrilhas que se dedicavam a esses tipos de crimes. “Os números, hoje, não são expressivos”, garante, ao afirmar que o mérito dessa redução recai sobre os delegados Rodrigo Braun de Oliveira, Alexandre Macurin e Rubens Recalcati, entre outros policiais que colocaram na cadeia a “gangue da dinamite” e “gangue do maçarico”. Aliás, a quadrilha chamada “gangue do maçarico”, que foi desarticulada em ação conjunta das Polícias Militar e Civil, contava com policiais militares e civis. Na época, 11 pessoas foram presas, entre elas dois policiais aposentados (um militar e um civil), além de um policial militar da ativa, que trabalhava no 190 e não despachava as ocorrências quando eram acionadas para os locais dos crimes. As informações dão conta, ainda, que além de paranaenses a gangue é formada por paulistas e catarinenses, e que agia em todo o Brasil. 26 Documento Reservado / Setembro 2012

Porta giratória com detector de metais antes da sala de autoatendimento com recuo em relaçăo ŕ calçada onde deve ser colocado um guarda-volumes com espaços chaveados e individualizados; Vidros blindados nas fachadas; Câmeras de vídeo em todos os espaços de circulaçăo de clientes, bem como nas calçadas e áreas de estacionamento, com monitoramento em tempo real e com imagens de boa qualidade para auxiliar na identificaçăo de suspeitos; Biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas, com o reposicionamento do vigilante para observar também esse espaço junto com a colocaçăo de uma câmera de vídeo, o que elimina o risco do chamado ponto cego; Divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos; Ampliaçăo do número de vigilantes visando garantir o cumprimento integral da lei 7.102/83 durante todo horário de funcionamento das agęncias e postos de atendimento; Fim da guarda das chaves de cofres e das unidades por bancários e vigilantes, ficando as chaves nas sedes das empresas de segurança; Proibiçăo do transporte de valores por bancários; operaçőes de embarque e desembarque de carros fortes somente em locais exclusivos e seguros; e fim do manuseio e contagem de numerário por vigilantes no abastecimento de caixas eletrônicos; Atendimento médico e psicológico para trabalhadores e clientes vítimas de assaltos, sequestros e extorsőes; Escudos e assentos no interior das agęncias e postos de atendimento para os vigilantes; Instalaçăo de caixas eletrônicos somente em locais seguros; Maior controle e fiscalizaçăo do Exército no transporte, armazenagem e comércio de explosivos.

Isenção de tarifas de transferência de recursos Isençăo das tarifas de transferęncia de recursos (DOC, TED, ordens de pagamento, etc), săo defendidas pelos trabalhadores como forma de desestimular os saques que muitos clientes efetuam para năo pagarem tarifas. Eles acreditam que a medida, se implantada, vai reduzir a circulaçăo de dinheiro na praça e evitará que clientes sejam alvos de assaltantes e vítimas da “saidinha de banco” – o crime que provoca o maior número de mortes em assaltos envolvendo bancos. Essa proposta foi levada há mais de um ano pela Contraf-CUT para discussăo com a Federaçăo dos Bancos, mas năo foi adotada por nenhum banco até agora. Mas, entre as medidas adotadas para evitar a ocorręncia das “saidinhas de banco” está a proibiçăo do uso de celulares no interior das agęncias bancárias. A medida já foi adotada em diversas agęncias, inclusive em Curitiba. “Proibir o uso de celular em banco năo evita roubos”, assegura Rodrigo Pimentel, ex-policial militar,comentarista de segurança pública da TV Globo, autor do livro Elite da Tropa e roteirista dos filmes Tropa de Elite e Tropa de Elite 2. Segundo ele, o que funciona realmente é controlar o valor da TED e do DOC e, assim, haverá limite das transferęncias financeiras. “A utilizaçăo de biombos também ajuda, mas quando eu coloco biombos, evito que a câmera filme as pessoas no atendimento, entăo, diminui também a segurança. Ou seja, esta medida isolada năo dá nem para acompanhar o funcionamento. Duvido também da capacidade de qualquer município do Brasil, de fazer cumprir essa lei”, disse.


“Sequestro relâmpago”

Segurança dos usuários de caixas eletrônicos Em julho, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor anunciou a assinatura, com diversas entidades, de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para melhorar a segurança dos usuários de caixas eletrônicos. A decisăo foi tomada durante uma reuniăo realizada na sede do Ministério Público, no final de junho, com representantes de bancos, da Associaçăo Paranaense dos Supermercados (Apras), do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, da Associaçăo Comercial do Paraná (ACP), Sindicato dos Vigilantes, Federaçăo Brasileira dos Bancos (Febraban) e Corpo de Bombeiros. Foi decidido que será formada uma comissăo para debater os termos do TAC e quais as responsabilidades de cada segmento para garantir segurança aos usuários. Dados da Apras apontam que, no Paraná, 16% dos mercados tęm o serviço de caixas eletrônicos. Desse percentual, 4% dos estabelecimentos desativaram o serviço, o que prejudicou a populaçăo. A Apras defendeu a necessidade da criaçăo de uma espécie de seguro para os comerciantes que tem caixas eletrônicos. Segundo a Febraban, 50% das desativaçőes realizadas pelos comerciantes foram seguidas de pedidos de reativaçăo, em razăo do prejuízo ao comércio com a ausęncia dos caixas. Um dos principais problemas apontados para o agravamento dessas ocorręncias é o furto de explosivos, que depois săo usados para arrombar os caixas eletrônicos. O promotor de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador destacou que a principal questăo que deve ser considerada é a falta de regulamentaçăo para a instalaçăo dessas máquinas. Segundo o promotor de Justiça, faltam critérios objetivos sobre onde e como esses equipamentos săo instalados dentro de cada estabelecimento. Falta também a definiçăo de um órgăo estatal que autorize as instalaçőes, com base em normas claras.

Segundo o dicionário Wikipédia, sequestro relâmpago é um crime, em que a vítima, geralmente sequestrada em seu veículo, é mantida por um curto espaço de tempo – geralmente poucas horas – sob controle dos bandidos. O tempo que a vítima permanecerá com os sequestradores será apenas o necessário para que os criminosos façam compras com seus cartőes de crédito, saques nos caixas eletrônicos e saques bancários com cheques assinados pela vítima. É famoso no Brasil, recorrente em grandes cidades brasileiras.

Dicas de segurança

Evite atrair a atençăo usando jóias, cartőes de crédito, talőes de cheques, relógios, etc; Utilize somente locais de estacionamento permitido e de grande movimento de pessoas, variando dia a dia o local; Varie as rotas e os horários regulares e quebre rotinas; Nos semáforos, reforce sua atençăo, observando o movimento nas proximidades, através dos espelhos retrovisores; Evite aproximar do veículo da frente e quando parado em semáforos procure năo permitir que o lado esquerdo do veículo fique vulnerável a abordagens; Na falta de passageiro, a porta do lado direito e traseiras (quando existirem) devem permanecer trancadas e com os vidros fechados; Ao chegar em casa (a pé ou motorizado) procure observar a presença de suspeitos nas proximidades. Se eles existirem, năo se aproxime, procure o telefone mais próximo e acione a Polícia Militar; Evite andar por ruas ou praças mal iluminadas; Procure estar sempre acompanhado; Evite expor em público cartőes bancários e de crédito; Fique atento a tudo que acontece ao seu redor; Quando sair do banco ou do caixa eletrônico, verifique sempre se vocę năo está sendo seguido; Evite sair com todos os cartőes bancários e de créditos; Năo exponha grande quantidade de dinheiro em público. Ao sair de casa, prepare previamente o dinheiro para as pequenas despesas; Procure utilizar caixas eletrônicos em locais movimentados, tais como: postos de gasolina, shopping center, farmácias, supermercados; Em caso de abordagens por meliantes, năo reaja nunca, mesmo que vocę ache que tem chance de sair-se bem. Sua vida vale mais do que qualquer valor material; Procure os órgăos competentes de seu município, a fim de providenciarem a iluminaçăo e poda das árvores de suas ruas; Em caso de suspeitas, procure guardar características físicas do(s) suspeito(s) e ligue para a Polícia Militar, através do 190; Diminua o limite da conta corrente, pois devido ao limite de saque diário os criminosos podem manter a vítima sob vigilância por vários dias até que o limite todo seja sacado; Mantenha os investimentos em uma outra conta, de preferęncia em outro banco. Guarde o novo cartăo em casa.

Uma forma de evitar essa terrível experiência e conhecer quais são os lugares mais propícios para esse tipo de ação: As ruas de trânsito rápido com pouco movimento e circulaçăo de pessoas, as chamadas vias periféricas, em geral, situadas na periferia e também as vias rurais, aquelas mais afastadas e que năo dispőem de telefone público e também, onde muitas vezes o telefone celular năo funciona. A chegada e a saída da residęncia é outro ponto escolhido pelo marginal para pegar as vítimas, principalmente, se o local for pouco movimentado e mal iluminado; Os semáforos. Nesse caso os veículos visados săo os da primeira fila, porque estăo livres de qualquer obstáculo que possa dificultar a fuga do bandido; Alças de acesso, rotatórias, lombadas e depressőes; em tais obras da engenharia de tráfego, onde há necessidade de reduzir a velocidade ou até mesmo de parar o veículo, săo propícios a uma açăo rápida do marginal. Estacionamento de Shopping Center também é um local escolhido. Nesses casos, a vítima é observada no interior do recinto realizando compras e exibindo, necessariamente, cédulas, talonários de cheque ou cartőes de crédito. A vítima é seguida ŕ distância da(s) loja(s) até o ponto em que deixou seu veículo no estacionamento, quando é entăo abordada. Fonte: Mário Amarante, diretor de Operações da Embrase, especializada em segurança patrimonial, serviços gerais e multisserviços.

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segurança e saúde

No embalo

das drogas Crack é vendido hoje em qualquer praça da cidade. O preço baixou por causa da nova droga, o Oxi

O

mundo todo enfrenta problemas com usuários de drogas e, no Brasil a situação é ainda mais grave, pois o país tem a costa muito extensa, o que facilita o tráfico e o transforma em uma rota para o contrabando de narcóticos rumo a Europa, África e em menor quantidade aos Estados Unidos. Além de o Brasil ser um facilitador para o caminho da droga, é também o principal consumidor de drogas na América do Sul, diz o Governo dos Estados Unidos. Entre as drogas, o crack é a que mais preocupa as autoridades governamentais e é também o maior problema dentro da sociedade.

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Hoje, perto de 80% dos pequenos, médios e grandes furtos são realizados por pessoas associadas às drogas. O mesmo acontece com registros de pequenos, médios e grandes roubos. Dos 2,3 milhões de usuários de crack no Brasil, o Paraná já está inserido em grande escala, embora ainda não tenha um índice oficial de percentagem que está sendo feito pelos Ministérios da Justiça e Saúde. Segundo o delegado geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinícius Micheloto, a disseminação da venda do crack em Curitiba vem prejudicando o trabalho da polícia. Hoje qualquer usuário pode comprar a droga em

qualquer praça da cidade, embora os pontos críticos estão ainda na Vila Verde, Caiuá, Xaxim, Alto Boqueirão, Uberaba, Jardim Acrópolis, Vila Trindade e Favela do Icaraí. O lamentável, de acordo com o investigador da Polícia Civil, Valdir Bicudo, é que a venda e distribuição das pedras de crack estão sendo feitas por crianças e adolescentes que usam até bicicletas nas ações. Oxi, mais poderosa É difícil controlar um local, ainda mais agora que houve uma redução no preço da pedra de crack que está em torno de R$ 1,05,


PEDRO RIBEIRO E PAULA TOMIAK

devido ao aparecimento de uma outra droga, vinda pelo Pará e Rondônia, chamada Oxi e três vezes mais potente que o crack. A polícia lamenta que não pode prender, por exemplo, um menor vendendo drogas porque, de acordo com recente decisão do STJ, o adolescente quando apreendido não poderá ir para a cadeia. Só a partir do segundo ato de contravenção. Investigações feitas este ano pela Polícia Civil, em Curitiba, mostram que, de 337 assassinatos com motivos esclarecidos, 59% foram de usuários de drogas ou de envolvidos com o tráfico. “Essas pessoas morrem

porque estão envolvidas com traficantes ou porque cometem crimes para comprar drogas”, explica o delegado Rubens Recalcatti da Delegacia de Homicídios. Estima-se que 78% dos pequenos e médios roubos são feitos por dependentes químicos. O governo paranaense deverá investir R$ 170 milhões nos próximos anos para combater o crack no estado. Os recursos serão disponibilizados pelo governo federal, por meio do programa “Crack, é Possível Vencer”. Segundo o governo, o dinheiro servirá para a construção de novos centros de atenção psicossocial a dependentes de álcool e outras drogas. Esses

locais funcionam 24 horas. Além disso, devem ser construídos, até 2014, quatro centros de tratamento aos dependentes. A maior parte do montante levantado pelo governo estadual será investido em Curitiba. A capital receberá R$ 100 milhões. De acordo com o Ministério da Saúde, os recursos devem ajudar a prefeitura a potencializar a rede de atendimento para os dependentes e ajudar nas áreas de segurança e ação social. Estágio final Em Curitiba, o crack também é a maior preocupação da prefeitura e do governo do

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segurança e saúde

Estado. Um usuário de drogas, que prefere não se identificar, disse à revista que “o crack é a estação final e quem fuma não é mais dono de nada”. Segundo seu relato, é difícil ficar sem a droga, que tem seus atrativos. A pessoa precisa aprender a lidar com a frustração, e entender que nem tudo o que quer, ela pode. Ou seja, perceber que, a longo prazo, vai ter prazer, ganhar auto-estima, saúde, comenta a psicóloga Sueli Toneto. Ajuda da família Um grande problema para reverter o uso de drogas é a falta de pessoas qualificadas para atender jovens usuários e também orientar de maneira clara aqueles que não fazem uso. O ponto de partida para o uso de drogas por jovens, de acordo com o investigador da Polícia Civil do Paraná, Valdir Bicudo, é a falta de convívio familiar e a polícia não deve apenas reprimir o uso e sim realizar um projeto junto às famílias. O projeto Comunidade Escola abre as portas das escolas municipais todos os finais de semana e ajuda a aproximar pais e filhos. São desenvolvidas atividades de recreação e cursos voltados para a comunidade e para alunos. Esse envolvimento de pais e filhos contribui para um diálogo mais aberto e afasta as

80% dos pequenos, médios e grandes furtos no Paraná são cometidos por pessoas associadas às drogas

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Marcus Vinícius Micheloto: a venda da droga está disseminada na cidade e na esteira vem a violência

crianças e adolescentes do envolvimento com o tráfico. O projeto Bola Cheia da Secretaria Especial Antidrogas de Curitiba, une esporte, lazer, cultura e cidadania e as atividades acontecem nas regionais, todas as sextas-feiras e sábados, das 21h à 01h. O horário escolhido é o de maior atividade dos traficantes e manter as crianças e adolescentes ocupados de maneira saudável os afasta do alvo das drogas. O consumo do crack pode causar impactos profundos nas relações sociais e familiares do usuário. Quando o uso da droga se torna frequente, a pessoa deixa de sentir prazer em outros aspectos da vida, como o convívio com parentes e amigos. Toda a dinâmica familiar e social é afetada por esse comportamento, fragi-

lizando os relacionamentos. O uso abusivo do crack está associado ao isolamento, perda ou afastamento do trabalho, estreitamento do repertório social e problemas familiares como separações conjugais, deterioração da convivência e isolamento. O usuário se afasta do círculo familiar e dos amigos e passa a maior parte do tempo sozinho consumindo a droga ou com pessoas que também fazem uso. As relações são caracterizadas mais pelo consumo coletivo da droga do que por vínculos afetivos. Fragilidade O uso do crack tende a fragilizar todas as pessoas que fazem parte da vida do dependente e sentimentos como desespero, angústia e medo acabam por permear as relações familiares. Diante da droga, muitas famílias acabam se escondendo e se culpando, pois têm de enfrentar mais problemas do que aqueles que já estão habituados a encarar. É um movimento que gera mais fragilidade e impotência e reforça ainda mais o espaço da droga na vida das pessoas. A presença da família é importante durante todo o processo de tratamento da pessoa que apresenta dependência e fundamental também na etapa da reinserção social do exusuário de crack. Após o término da fase intensiva de tratamento e com o retorno ao meio familiar, o estabelecimento das relações sociais positivas está diretamente relacionado à manutenção das transformações.


31 Documento Reservado / Setembro 2012


saúde e estética

Medida certa T

amanho não é documento. Pelo menos, nesses casos, não deve ser. Numa realidade em que cada vez mais as “turbinadas” estão em evidência, tornam-se comuns, também, as mulheres que, insatisfeitas com o que Deus lhes deu, rendem-se às mãos dos “magos da medicina moderna” para ficar com os seios dignos de causar inveja em qualquer uma. As atrizes Pamela Anderson e Danielle Winits - conhecidíssimas pelos seus atributos físicos - estão aí e não nos deixam mentir. Mas será que é realmente das siliconadas que os homens gostam mais? Pode até ser. Fato que tem gerado preocupação em muitos médicos, no entanto, é o pecado capital do exagero nas próteses que muitas mulheres têm cometido. “Além de comprometer a estética, o silicone em excesso pode trazer outras complicações a paciente”, alertam os especialistas.

A autoestima turbinada Todas essas recomendações do cirurgião plástico serviram para que a analista de Comércio Exterior, Raquel Gomes, chegasse ao seu objetivo: um manequim bem maior de sutiã. A jovem, de apenas 24 anos, é um dos exemplos bem sucedidos de quem não abusou do silicone e, mesmo assim, conseguiu elevar a autoestima. “Eu fiz vários exames e entrevistas antes de definir qual seria a prótese mais adequada para o meu corpo. No dia da cirurgia, o doutor ainda estava em dúvida se colocaria a prótese de 280 ou 300 mililitros e acabou colocando a de 300. Eu achei ótimo”, disse ela. Raquel também conta que a recuperação da cirurgia foi tranquila e que em menos de 10 dias depois do procedimento, já estava dirigindo novamente. “A recuperação foi tranquila e o resultado foi ótimo”, reforçou a analista seis meses após a colocação das tão sonhadas próteses de silicone. 32 Documento Documento Reservado Reservado // Setembro Setembro 2012 2012


LUCIAN HARO

Quando o assunto é prótese de silicone a regra é nem mais, nem menos O cirurgião plástico pontagrossense Alexandre Mansur é um exemplo de profissional que segue à risca uma série de determinações antes de sugerir os mililitros mais indicados a cada cliente que o procura. Segundo ele, num primeiro momento é medida a estrutura óssea da paciente, depois o formato da mama, e, por último - e talvez o mais importante -, a espessura de pele com o subcutâneo na região da mama. “Com esses dados, em conjunto com o desejo da paciente, é possível chegar a um diagnóstico. Hoje, existem moldes de plástico para testar o volume ideal para cada pessoa antes da cirurgia”, explicou o especialista. Mas, e como planejar o tamanho ideal para as próteses? Você deve estar se perguntando. Mansur é enfático ao afirmar: o tórax e a constituição corpórea são fundamentais para definir o tamanho certo que o seio deve ter. E, ao contrário do que muitos pensam, a análise do caso não deve ficar restrita à estatura, não. “Nada impede que a mulher coloque uma quantidade grande de silicone nas mamas. Mas

o médico deve observar se a escolha não ficará desproporcional ao corpo da paciente. Para tanto, devem ser levadas em consideração algumas medidas. Não só a altura, mas também o biotipo e a capacidade de distensão da pele,” explicou. Com as medidas na mão, o cirurgião ainda cumpre outros procedimentos de garantia, como levar tamanhos diferentes da prótese escolhida para a mesa de cirurgia. “Geralmente são levados três moldes ao centro cirúrgico: um número maior e um número menor, além daquele previamente escolhido nos exames. Por exemplo: se a prótese selecionada é a de 275 ml, levo também uma de 250 e outra de 300 ml para definir na hora a que fica mais harmoniosa ao corpo da paciente”, revelou Mansur. Mais do que o tamanho da prótese, também é necessário definir previamente o modelo a ser colocado, sabendo dos pós e contras de cada um. Existem as redondas e as anatômicas (em forma de gota) e a escolha depende do efeito desejado.

Alexandre Mansur é cirurgiăo plástico, membro

especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) desde 2006. Possui formaçăo em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1999 e Especializaçăo em Cirurgia Plástica também pela UFPR em 2005. O profissional é pósgraduado em Cirurgia Plástica pós Emagrecimento (Body Contouring After Massive Weight Loss) em Iowa City Plastic Surgery com professor Dr. Al Aly, considerado o melhor especialista americano na área, em IOWA, Estados Unidos, em 2006. Mansur também é especialista na área de atuaçăo de cirurgia Crânio-maxilo-facial e realiza procedimentos de cirurgia plástica estética com as mais modernas técnicas e procedimentos estéticos năo cirúrgicos.

Redonda x anatômica

A principal diferença entre os modelos de prótese é que a redonda preenche igualmente todos os espaços da mama. Mas, atençăo! Se vocę tem a pele muito fina, fuja desse modelo de prótese. Caso colocado em excesso, ele aumenta muito as chances de vocę ficar com aquele aspecto de “duas bolas gigantes”, deixando ŕ mostra que seus seios săo artificiais. Já a prótese anatômica preenche mais a parte média e inferior da mama. Ela projeta menos o “colo” dos seios, dando um ar mais natural. É recomendada para pessoas com bom formato de mama, bem proporcionais, e que desejam apenas o aumento uniforme dos seios.

Amigo - médico

Antes de realizar a cirurgia plástica é importante, também, que a relaçăo médico-paciente seja totalmente transparente e todas as dúvidas tenham sido esclarecidas, reitera Alexandre Mansur. “Vale ressaltar que, com os avanços da medicina, atualmente, a durabilidade das próteses mamárias está bem maior. Antes, elas eram trocadas a cada dez anos. Hoje isso só acontece quando necessário”, disse. Por isso, é essencial pesquisar bastante sobre a prótese a ser colocada e o médico responsável, antes de marcar o procedimento. Deve-se ter bastante atençăo, ainda, para o fato de se o médico escolhido é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

33 Documento Reservado / Setembro 2012


saúde

Saúde pública A

falta de uma política nacional para a área de saúde é a principal reivindicação das entidades representativas dos hospitais e profissionais da medicina em todo o País. A cada eleição o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os conselhos regionais chamam os políticos candidatos a cargos legislativos e executivos para um debate e fazem uma avaliação da situação da saúde pública que, segundo eles, não é nada confortável. Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota em que relaciona o baixo investimento do governo na saúde pública ao mau desempenho do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ranking no qual o país ocupou 84ª posição entre os 187 países avaliados. Para o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRMPR), Alexandre Bley, embora as regiões sudeste e sul sejam dotadas de maior riqueza e um número maior de profissionais da área médica, a situação também é delicada e não há investimentos dentro de um planejamento ordenado para o setor. Enquanto os estados e municípios cumprem determinação da Lei de Responsa34 Documento Reservado / Setembro 2012

bilidade Fiscal com investimentos de 12% (estados) e 15% (municípios), o governo federal retirou os 10% que deveria aplicar. “Nós reunimos políticos, independente de partidos, para tentar conscientizá-los da necessidade, urgen-

te, de um projeto de Estado” para a área de saúde pública, disse. O primeiro-vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital, também condena a falta de um projeto e investimentos na


PEDRO RIBEIRO

pede socorro área de saúde pública. Ao avaliar o relatório que coloca o Brasil na 84ª posição, diz tratarse de uma “posição nada lisonjeira para quem se coloca entre os dez mais ricos do mundo, com pretensões de ser a sexta economia do mundo”. Segundo ele, com base em levantamentos realizados por organismos internacionais, o conselho constatou timidez nos investimentos públicos em saúde no Brasil, com reflexo nos resultados alcançados pelo modelo brasileiro nos campos do cuidado, prevenção e promoção de saúde. 24 horas Ao defender um plano nacional para a saúde pública, Alexandre Bley critica, por exemplo, no Paraná, a construção de hospitais onde não precisa, como é o caso de Guaraqueçaba, Ponta Grossa e Francisco Beltrão, defendendo a instalação de unidades de atendimento 24 horas, com equipamentos básicos e um hospital de referência (regional) para casos mais críticos. Hoje, no País, existem 1,85 leitos por mil habitantes, o que não é suficiente. Portanto, é preciso uma política para a instalação de leitos para atendimentos de casos críticos, como existe na Espanha, onde há reservas de leitos exclusivamente para essas situações.

Muitos dos hospitais construídos em função de acordos políticos, não estão funcionando principalmente por falta de equipamentos e profissionais capacitados. “Nós chamamos todos os candidatos para discutir essa questão, visando conscientizá-los da necessidade de um projeto com visão global no país para a área da saúde”, observou. De acordo com ele, é preciso, também, uma política para levar médicos aos bolsões desasistidos. Hoje, metade dos médicos estão em Curitiba. A concentração dos médicos nas grandes cidades é apontada como fator que contribui para a desigualdade de acesso da população ao sistema de saúde. Segundo cálculos do con-

selho federal, os 373 mil médicos que atuam no Brasil seriam suficientes para atender a demanda, caso houvesse políticas públicas de incentivo à fixação de profissionais em municípios pequenos, principalmente do Nordeste do país e da região amazônica. De acordo com o CFM, todos os países que investem mais em saúde têm uma taxa maior de médicos por mil habitantes e estão mais bem posicionados no ranking do IDH. Além disso, contam com uma expectativa média de vida e menores taxas de mortalidade neonatal (primeiros 28 dias de vida), segundo relatório de Estatísticas Sanitárias 2012 da OMS.

Alexandre Gustavo Bley: falta uma política nacional para a saúde pública

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comércio

Outubro, já é Natal

E

mbora a comemoração do Natal só acontecerá em 25 de dezembro, já podemos ver, hoje, vitrines decoradas em tons de dourado, verde e vermelho. É o comércio de Curitiba se preparando para uma das mais significativas datas do calendário religioso do Brasil. Para lembrar os consumidores de que o Natal se aproxima, os lojistas já começaram a fazer as decorações natalinas e expor produtos à venda. A vitrine é o centro de Curitiba 36 Documento Reservado / Setembro 2012

onde os Papais Noéis já estão tomando conta das lojas. “Quando nos preparamos antecipadamente, logo no mês de agosto, o público, em geral, fica assustado, entra para conferir as novidades de decoração de ambientes e na maioria das vezes compra”, conta o gerente de uma loja de embalagens localizada na Avenida 7 de Setembro, próximo ao Mercado Municipal, Márcio Menegusso.

Os lojistas podem participar do concurso de decoração de vitrines, promovido pela Associação Comercial do Paraná em diversos bairros. Em cada localidade, serão premiadas as três lojas com melhor decoração. A inscrição pode ser feita a partir de 5 de novembro na Associação Comercial do Paraná. Para quem acha que em outubro ainda é cedo para falar de Natal, tem gente pen-


PAULA TOMIAK

sando nos artigos desde junho. O comércio de produtos decorativos é primeiramente procurado pelos artesãos que, no mês de junho, começam a se preparar para as vendas de fim de ano. As artesãs Eletra Dalla Bento e Luci Violato procuram por materiais diferentes para compor suas peças durante todo o ano e no mês de junho começam a produzir os patchwork, que são produtos totalmente confeccionados à mão. Ter variedades de produtos natalinos com antecedência auxilia na produção antecipada. A venda de toalhas decorativas, jogos americanos e demais produtos é feita a partir de outubro na feira de artesanato do Largo da Ordem. De acordo com o instituto de pesquisa Datacenso, no ano passado cada curitibano comprou em média seis presentes, com valor médio de R$ 84 cada e todo ano se espera que os valores das compras tenham aumento de pelo menos 10%. A antecipação das festas agrada a administradora Patricia Guedes. Segundo ela, “ isso é bom para organizar as compras,

pois há mais opções, evita-se a correria de última hora e ainda é possível economizar pesquisando os preços melhores”. Feiras e atrações Curitiba, considerada a Capital do Natal, terá feiras especiais que ocuparão as praças Osório e Santos Andrade, de 22 de novembro a 21 de dezembro. Nos dois locais, o público poderá comprar produtos da época e saborear gastronomia típica de vários países. O tradicional Coral do Palácio Avenida, composto por 160 crianças, tem como tema deste ano, Vem sonhar com a gente. Os espetáculos acontecerão a partir do dia 30 de novembro, às 20h, seguido de apresentações as sextas, sábados e domingos, até 16 de dezembro.

Também está programada a volta da Linha Turismo especial de Natal, que percorrerá os principais pontos decorados da cidade. No ano passado, cinco mil pessoas fizeram o passeio nos ônibus da linha especial. Espetáculos de Natal A Galeria de Luz, formada por arcos e luzes coloridas, será montada na Rua XV de Novembro e será acesa na noite de 4 de dezembro. Na abertura haverá uma grande festa popular acompanhada do espetáculo, Sobre Anjos e Luz. Na montagem ao ar livre, os bailarinos “voarão” sobre o público, pendurados por cabos de aço. A entrada da galeria ficará no calçadão da rua XV de Novembro com a Marechal Floriano Peixoto e se estenderá por duas quadras, até a Barão do Rio Branco. O espetáculo, Sobre Anjos e Luz terá duração de 45 minutos e será apresentado nos dias 4, 5, 6, 18, 19 e 20 de dezembro. A expectativa é que, a cada noite, 20 mil pessoas prestigiem a apresentação. Nos dias em que não houver espetáculo, a Galeria de Luz também será acesa e terá uma sonorização especial. Ela ficará montada na XV de Novembro até o dia 6 de janeiro. No Paço da Liberdade, na Praça Generoso Marques, também haverá apresentações de um espetáculo especial de época, nos dias 11,12 e 13 de dezembro e a Árvore de Natal do Radisson Hotel, no Batel, voltará a ganhar uma decoração especial em data e horário que ainda serão definidos.

Coral do Palácio Avenida, composto por 160 crianças tem como tema deste ano, Vem sonhar com a gente

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artigo

Ademar Traiano*

Melhor ambiente de negócios

D

urante 8 anos o Paraná viveu um pesadelo econômico. Empresas foram escorraçadas do Estado por preconceitos ideológicos bolivarianos e os produtores rurais, grandes responsáveis pelo ciclo de prosperidade vivido pelo Brasil, que usavam sementes transgênicas, foram tratados quase como se fossem plantadores de maconha. Essa política desastrosa, como não poderia deixar de ser, teve consequências funestas para a economia do Estado, para os índices de emprego, para a produção rural e até para a operação do Porto de Paranaguá, o maior porto graneleiro do Brasil, que não teve serviços de dragagem realizados, porque havia a obsessão de se criar uma espécie de estatal da dragagem. Os atrasos na dragagem reduziram a capacidade de embarques de carga. Tudo isso começou a mudar em 2011, com

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a posse do governador Beto Richa. Os preconceitos ideológicos foram substituídos por uma decisão de melhoria do ambiente de negócios no Paraná. Empresas que estavam prestes a abandonar o Estado, como a Renault, mudaram de ideia e fizeram significativos investimentos novos no Estado. Muitas outras optaram pelo Paraná para instalar suas empresas. O Estado vem fazendo um esforço decisivo para recuperar o calado do Porto de Paranaguá com novas dragagens e as cargas que haviam sido desviadas para outros portos no tempo da caça as bruxas dos produtos transgênicos além de outras arbitrariedades que estão de volta. Essa melhoria no ambiente dos negócios do Paraná teve consequências importantes e mensuráveis. No ano passado o Estado teve o maior crescimento industrial do país. A indústria paranaense cresceu 7%. O PIB do Paraná cresceu 4% em 2011 e tem a previsão de crescer mais 3% este ano, o dobro do crescimento do PIB projetado para o país. Parte desses bons resultados é reflexo da abertura do governo ao diálogo com os empreendedores, do respeito aos contratos e da segurança jurídica. O Paraná tem hoje a consciência da importância do poder público trabalhar lado a lado com a iniciativa privada para garantir investimentos que geram emprego e renda. O governo vem investindo pesado em obras fundamentais para a infraestrutura do Estado. Entre elas, a ampliação e modernização do Porto de Paranaguá, que receberá R$ 1 bilhão em recursos públicos e privados e a

construção de ramais ferroviários como os de Maracaju-Cascavel-Guarapuava-Paranaguá que o Paraná negocia com o governo federal. O governo criou em 2011 o programa Paraná Competitivo para reinserir o Estado na agenda dos investidores nacionais e internacionais. É uma ação extraordinariamente bem sucedida que já assegurou R$ 18 bilhões em novos investimentos e a geração de 90 mil novos empregos para o Paraná. Entre os outros empreendimentos que receberam incentivos do Estado, estão unidades da Klabin, Techint, Sadia, Volvo, Renault, Paccar, Sumitomo, Arauco, Tetra Pak, Caterpillar e outras dezenas. O Paraná Competitivo assegura uma série de medidas como a dilação de prazos para recolhimento do ICMS, investimentos para melhoria da infraestrutura, comércio exterior, desburocratização e capacitação profissional. O objetivo é fortalecer as empresas paranaenses e atrair novos empreendimentos produtivos que gerem emprego, renda, riqueza e desenvolvimento em todo o estado. A Copel desenvolve um programa para a ampliação da estrutura de fornecimento e geração de energia e o Estado iniciou um programa de investimento de R$ 840 milhões para melhorias e duplicação de rodovias. O Paraná investe também na modernização da estrutura do Estado. A meta é reduzir gastos, ampliar a arrecadação sem o aumento de impostos e dar maior transparência à administração pública. * Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia Legislativa.


Pedro Ribeiro *

Desobediência ou direito D

esde que fiz minha primeira compra a prazo - um sapato ou uma calça, não lembro - lá pelo ano 1972, até recentemente nunca permiti que meu nome fosse maculado junto ao crediário. O SPC ( Seproc, Serasa ainda não existiam) eram como bicho papão, piores que a inflação na época, e todo mundo os temia. Você ia a uma loja para fazer qualquer compra e a primeira coisa a ser consultada era o famoso SPC. Observo que, hoje, o procedimento é o mesmo. Se nada constasse no serviço de proteção ao crédito da Associação Comercial do Paraná (ACP), bastava apenas confirmar trabalho, salário (holerite) e endereço residencial ou comercial para ter o crédito aprovado. Pois bem. Passados mais de 40 anos, hoje me envergonho de estar nas famigeradas listas negras do Seproc e Serasa. Ao mesmo tempo em que lamento, tenho, também, uma ponta de raiva, porque a culpa por esse constrangimento pessoal se dá, também, em função da incompetência dos órgãos públicos que regulam ou controlam prestadoras de serviços no País. No meu caso específico, se trata das operadoras de telefonia, principalmente a TIM e mais recente-

mente as operadoras de Internet e telefonia, como a GVT e Net. Depois que chegaram essas operadoras, foi um Deus nos acuda. A TIM, por exemplo, enviou meu nome para o SPC e Serasa por míseros R$ 25,00 e eu nem tinha conhecimento dessa suposta dívida. A GVT agora também me seprocou. Há três meses contratei os serviços dessa empresa que me ofereceu o mundo e o fundo por uma quantia que considerava dentro do meu orçamento familiar. Ledo engano. Como os serviços eram péssimos, pedi, pelo direito que confere a Carta Magna, o cancelamento, notifiquei a empresa e, passados três meses, vem a surpresa de que estou na lista negra, como mau pagador, por não ter honrado os compromissos com a operadora. Oras bolas. Paguei tudo e tirei o time de campo. É um direito meu. Mas, como não temos uma agência reguladora que controle esses serviços - ou essas empresas - eles fazem o que bem quer dos usuários. Apenas contratam uma dessas empresas de cobrança e enviam para cartório, Seproc e Serasa. No começo, me preocupei, perdi algumas noites de sono por causa desse desconforto, uma vez que você fica engessado no comércio

para qualquer operação. Ou um limite de crédito, ou a compra de um televisor, geladeira ou qualquer produto. Até mesmo para usar cartão de crédito em uma viagem. Depois de tanto reclamar e sem solução, inclusive recorrendo aos órgãos de defesa do consumidor, resolvi, aos 60 anos de idade, partir para a desobediência civil. Que seproquem, façam o que quiser, porque ,enquanto não tivermos governos sérios que possam nos proteger da ganância e irresponsabilidade dessas operadoras de serviços, eu, na primeira pessoa, lhe darei as costas, uma banana. Continuarei, no entanto, honrando meus compromissos de cidadão, mas não serei mais chicoteado pelas multinacionais invasoras e protegidas por políticos corruptos. *Pedro Ribeiro, jornalista

Como os serviços eram péssimos, pedi, pelo direito que confere a Carta Magna, o cancelamento, notifiquei a empresa e, passados três meses, vem a surpresa de que estou na lista negra, como mau pagador, por não ter honrado os compromissos com a operadora. 39 Documento Reservado / Setembro 2012


agenda

Cinema

Estreia 5 de outubro Busca Implacável 2 Bryan Mills (Liam Neeson) e sua esposa (Famke Janssen) săo raptados por um homem que busca vingança, fazendo com que sua filha (Maggie Grace) tenha que correr contra o tempo para salvá-los. Elenco: Liam Neeson, Maggie Grace, Famke Janssen, Rade Serbedzija, Luke Grimes, Luke Grimes, Jon Gries.

Até que a sorte nos separe Conta a história de um pai de família que tem sua rotina transformada ao ganhar na loteria. Em dez anos, o fanfarrăo gasta todo o dinheiro com uma vida de ostentaçăo ao lado da mulher, Jane. Ao descobrir que está falido, Tino, contrariado, é obrigado a aceitar a ajuda de Amauri, seu vizinho, um consultor financeiro nada divertido e extremamente econômico que, ao mesmo tempo, enfrenta uma crise no casamento com Laura. Quando Jane engravida do terceiro filho, Tino faz de tudo para esconder da esposa que estăo na lona – a recomendaçăo médica é que a grávida evite fortes emoçőes. Nessa missăo, ele vai contar com a ajuda de Adelson, seu melhor amigo, e dos filhos, em uma comédia de erros com situaçőes hilárias. Elenco: Leandro Hassum, Danielle Winits, Kiko Mascarenhas, Rita Elmôr, Aílton Graça.

A negociaçăo Quando conhecemos pela primeira vez o magnata das operaçőes financeiras de alto risco de Nova York, Robert Miller, na véspera do seu 60ș aniversário, aparenta ser o retrato vivo do sucesso ŕ americana no mundo dos negócios e no mundo da família. Mas por trás das paredes douradas da sua mansăo, Miller está a tentar desesperadamente vender o seu império a um grande banco, antes que toda a dimensăo das suas fraudes seja revelada. Lutando para esconder a sua vida dupla da leal esposa Ellen e da brilhante filha e aparente herdeira Brooke, Miller também vai tentando manter uma relaçăo amorosa com uma comerciante de arte francesa, Julie Côte. Precisamente no instante em que se estava a ver livre do seu complicado império, um inesperado e trágico erro obriga-o a um jogo de malabarismo entre família, negócio e crime, com a ajuda de Jimmy Grant, um rosto do passado de Miller. Elenco: Richard Gere, Susan Sarandon, Tim Roth, Brit Marling, Jennifer Butler, William Friedkin, Monica Raymund, Laetitia Casta, Nate Parker.

Estreia 12 de outubro A entidade Pedaços de vídeos ajudam um romancista a desvendar como e porque uma família foi assassinada em sua nova casa, mas as descobertas colocam em perigo sua família. Elenco: Ethan Hawke, Vincent D´Onofrio, James Ransone, Fred Dalton Thompson, Cameron Ocasio, Clare Foley, Juliet Rylance, Victoria Leigh, Michael Hall D´Addario, Blake Mizrahi, Danielle Kotch.

Ruby Sparks - A Namorada Perfeita Calvin (Dano) é um jovem escritor com bloqueio criativo que encontra o amor na forma menos usual possível: criando Ruby, uma personagem que ele acredita que irá amá-lo. A garota ganhando vida sem nenhuma explicaçăo. Elenco: Antonio Banderas, Paul Dano, Alia Shawkat, Zoe Kazan, Deborah Ann Woll, Annette Bening, Steve Coogan, Chris Messina, Elliott Gould, Aasif Mandvi.

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Moonrise Kingdom Passa-se na década de 60, e acompanha um jovem casal apaixonado que planeja uma fulga da pequena cidade em que vivem. A confusăo começa quando os moradores da cidade acreditam que eles foram sequestrados. Elenco: Bill Murray, Bruce Willis, Edward Norton, Frances McDormand, Harvey Keitel, Tilda Swinton, Bob Balaban, Charlie Kilgore, Jake Ryan, Jared Gilman, Jason Schwartzman, Kara Hayward.

Estreia 19 de outubro Marcados para morrer A trama acompanha Taylor (Gyllenhaal) e Zavala (Peńa), dois jovens policiais de Los Angeles que patrulham as áreas mais perigosas da cidade. Quando uma operaçăo dá errado, eles se tornam alvos da máfia e a amizade é colocada em risco. Elenco: Jake Gyllenhaal, Michael Peńa, Anna Kendrick, Cody Horn, América Ferrera, Frank Grillo, Natalie Martinez, David Harbour.

Atividade paranormal 4 O filme continua a saga da família que desde a década de 80 é amaldiçoada por espíritos malignos. Elenco: Matt Shively, Micah Sloat, Katie Featherston, Mark Fredrichs.

Espetáculos Risológico Com a proposta de reunir as mais diferentes manifestaçőes da comédia existentes hoje no país, o Risológico 2012, será realizado no ParkCultural, de 05 a 07 de outubro. Nesta ediçăo, o festival de humor vai homenagear Danilo Gentili. Um dos comediantes de maior destaque na mídia e uma das personalidades mais populares no twitter. Ingressos: entre R$45 e R$85. Informaçőes: (41) 3315-0808.

A partilha Quatro irmăs se reencontram no velório da măe e tem que decidir o que fazer com a herança. Enquanto discutem sobre o destino do dinheiro, elas văo relembrar a história de vida de cada uma. Local: Teatro positivo, dias 12 e 13 de outubro. Direçăo: Miguel Falabella. Ingressos entre R$100 e R$120. Informaçőes: (41) 3317-3107.

Eventos Candy Colors (moda) A moda do verăo 2013 promete ser muito mais adocicada. As “candy colors”, săo cores meigas, que lembram as cores de doces, como as balas de goma, e estarăo com tudo nas passarelas e ruas na estaçăo mais quente do ano. Formando um visual mais romântico e leve, a mistura de cores proporciona um look versátil. Outra tendęncia é combinar essas cores com acessórios dourados.

Carnaval de Curitiba A verba que é disponibilizada pela Prefeitura de Curitiba para as escolas de samba da capital teve um aumento de 50%, para o carnaval de 2013. O que garante para cada agremiaçăo carnavalesca do grupo A o repasse de R$ 40 mil. No total, o edital prevę recursos da ordem de R$ 275.500,00. Para a escola de samba do grupo B serăo destinados R$ 24 mil (35% a mais do que o valor repassado em 2012. Para as duas entidades que ficarăo responsáveis pelas atraçőes de abertura serăo repassados R$ 6.500,00.

Quarta Mágica O mágico Jeff Aragon se apresenta todas as quartas-feiras, no Jokers, em Curitiba. Na ocasiăo, o ilusionista realiza números mágicos como ilusőes visuais e mentais para despertar a curiosidade do espectador. Entrada: R$10. Informaçőes: (41) 3013-5164.

41 Documento Reservado / Setembro 2012


agenda

Eventos 2Ș Feira de Móveis e Decoraçăo

Fone: (41) 3667-3636 Informaçőes: Autódromo Internacional de Curitiba Endereço: R. Iraí,16 - Pinhais Fone: (41) 3667-3636 Site: www.autodromodecuritiba.com.br

Fila Nigth Run Data: 20 de outubro Local: ruas da cidade Informaçőes: Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude Endereço: R. Desembargador Westphalen, 1566 - Rebouças Fone: (41) 3350-3715 Fax: 3333-9494 Site: www.curitiba.pr.gov.br E-mail: smelj@smelj.curitiba.pr.gov.br Data: de 5 a 14 de outubro Local: Marumby Expo Center Endereço: Av. Wenceslau Brás,1046 Fone: (41) 3317-3107 Informaçőes: Diretriz Empreendimentos SA. Endereço: R. Gră Nicco, 113 bloco 4 - Ecoville Fone: (41) 3075-1100 Site: www.diretriz.com.br E-mail: diretriz@diretriz.com.br

Maratona de revezamento Noturno Parque Barigui Data: 20 de outubro Local: Parque Barigui e imediaçőes Informaçőes: Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude Endereço: R. Des. Westphalen, 1566 Rebouças

6ș Restaurant Week O 6ș Restaurant Week é um dos mais importantes eventos gastronômicos do mundo. Surgiu há 18 anos em Nova Iorque e hoje acontece em mais de 100 cidades de diversos países. O evento é uma grande promoçăo dos restaurantes que oferece, em suas próprias casas, cardápios especiais por preços promocionais durante estas duas semanas determinadas. Os restaurantes participantes precisam oferecer cardápios diferenciados por um preço fixo, e a refeiçăo deve ser formada por entrada, prato principal e sobremesa.

4Ș Art Craft Curitiba 2012 FEIRA DE ARTESANATO INTERNACIONAL Data: de 12 a 21 de outubro Local: Centro de Exposiçőes CIETEP/FIEP Endereço: Av. Comendador Franco,1341 - Jardim Botânico Fone: (41) 3205-9868 Informaçőes: Fun Produçőes Fone: (41) 3205-9868/9245-9431 Site: http://artcraft.com.br/ E-mail: artcraft@artcraft.com.br/ elizabeth@funproducoes.com

Stock Car Data: 21 de outubro Local: Autódromo Internacional de Curitiba Endereço: R. Iraí,16 - Pinhais

42 42 Documento Reservado Reservado // Setembro Setembro 2012 2012 Documento

Fone: (41) 3350-3715 Fax: 3333-9494 Site: www.curitiba.pr.gov.br E-mail: smelj@smelj.curitiba.pr.gov.br

Circuito de Corridas Rústicas das Indústrias- Etapa Volvo Data: 21 de outubro Local: a definir Informaçőes: Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude Endereço: R. Desembargador Westphalen, 1566 - Rebouças Fone: (41) 3350-3715 Fax: 3333-9494 Site: www.curitiba.pr.gov.br E-mail: smelj@smelj.curitiba.pr.gov.br

14Ș EXPOCON – Feira de fornecedoras das construçăo cívil Data: de 24 a 27 de outubro Local: Expotrade Convention Center Endereço: Rod. Dep. Joăo Leopoldo Jacomel, 10.454 Fone: (41) 3661-4000 Informaçőes: Diretriz Empreendimentos SA. Endereço: R. Gră Nicco, 113 bloco 4 - Ecoville Fone: (41) 3075-1100 Site: www.expocon.com.br


Exposições Joăo Baptista Groff – Caçador de Imagens A exposiçăo fotográfica “Joăo Baptista Groff – Caçador de Imagens” fica em cartaz na Casa Romário Martins, em Curitiba, até o dia 9 de novembro. Além de fotógrafo, Joăo Baptista Groff (1897 – 1970) foi um cineasta que marcou a 1Ș fase do cinema paranaense. A mostra traz 50 imagens que fazem parte das décadas de 1920 e 1930, período em que Groff se dedicou principalmente ŕ fotografia. Entrada gratuita. Informaçőes: (41) 3321-3255. Antigo Curitibano, esq. Rua Barão Rio Branco com Rua XV, década de 20

Modigliani: Imagens de uma vida

A exposiçăo do artista italiano Amadeo Modigliani intitulada “Modigliani: Imagens de uma vida” fica em cartaz até o dia 27 de outubro, no Museu Oscar Niemeyer. A mostra conta com 12 pinturas e cinco esculturas, além de desenhos, diários, fotos, cartas, manuscritos e obras de amigos, como de Pablo Picasso. Entrada: R$4. Informaçőes: (41) 3350-4400.

Shows Henrique & Diego A dupla Henrique & Diego se apresenta no dia 5 de outubro, no Victoria Villa, em Curitiba. O show marca o lançamento do novo CD dos cantores. Ingressos: Masculino R$35, feminino R$20. Informaçőes: (41) 3365-5050.

Robert Plant A lendária voz do Led Zeppelin, Robert Plant, e sua banda “The Sensational Space Shifters” se apresenta em Curitiba no dia 27 de outubro, no Teatro Guaíra. No show, o cantor mergulha nas raízes do blues e recria o gęnero que inspirou a criaçăo de músicas durante décadas. Ingressos: entre R$ 840 e R$640. Informaçőes: (41) 33047982.

Toquinho e Joăo Bosco Toquinho e Joăo Bosco, dois dos maiores nomes da Música Popular Brasileira, reúnem-se para apre-

sentaçăo no dia 19 de outubro no Teatro Positivo, em Curitiba. Toquinho atualmente promove o novo disco intitulado “Quem Viver, Verá”, após oito anos sem gravar cançőes inéditas. Joăo Bosco completou recentemente 40 anos de carreira, sendo homenageado no Pręmio da Música Brasileira pela importância de sua obra. Ingressos: entre R$120 e R$160. Informaçőes: (41) 3317-3107.

tar”, entre outras. Ingressos: entre R$80 e R$200. Informaçőes: (41) 3248-1001.

Jota Quest

Pepę e Neném A dupla se apresenta em Curitiba como parte da segunda ediçăo da festa “Ai que Loucura”. As irmăs venderam mais de um milhăo de cópias dos tręs CDs lançados e tęm sucessos como “Mania de Vocę” e “Mais Uma Vez”. Ingressos: a consultar. Informaçőes: (41) 3026-5050.

Charlie Brown Jr. A banda Charlie Brown Jr. se apresenta na capital paranaense no dia 5 de outubro. O grupo liderado pelo vocalista Chorăo foi formado em Santos no início da década de 90, e fez sucesso com as músicas “Te Levar”, “Papo Reto” e “Ela Vai Vol-

A banda pop-rock jota Quest volta a Curitiba no dia 26 de outubro, para apresentaçăo no Teatro Guaira. O repertório da apresentaçăo é baseado no CD e DVD recém-lançado Multishow Ao Vivo Jota Quest - Folia&Caos, e traz os principais sucessos da carreira da banda. Ingressos: entre R$130 e R$160. Informaçőes: (41) 3317-3107.

Zezé di Carmargo e Luciano A dupla traz a Curitiba a turnę “Duas Horas de Sucesso” nos dias 25 e 26 de outubro, no Teatro Guaira. A apresentaçăo conta com 30 músicas selecionadas que marcaram os 18 anos da carreira dos irmăos, além de imagens que relembram a história da dupla. Ingressos: entre R$75 e R$290. Informaçőes: (41) 3304-7982.

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#www.documentoreservado.com.br O8- SET/2O12

Suzuki lança novo Grand Vitara 2013 Design moderno, versões com teto solar e novidades tecnológicas estão presentes nos modelos já à venda nas concessionárias Popular

HB20, o “popular” da Hyundai

Lançcamento

Toyota lança o Etios

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editorial EXPEDIENTE Jornalista responsável e editor-chefe Pedro Ribeiro Redação RT Press Comunicação Ed Carlos Rocha Revisão Nilza Batista Ferreira Comercial Junior Ribas comercial@documentoreservado.com.br Fotos Divulgação Ford, Divulgação Chevrolet, Divulgação Peugeot, Shutterstock Ilustrações Davidson Projeto Gráfico e Diagramação Graf Digital Impressão Idealiza Gráfica e Editora Tiragem 10.000 exemplares Impresso em papel couché fosco LD 150 g, com verniz UV (capa) e couché fosco LD 90 g (miolo)

Está melhorando R

esponsável por mais de 60% das vendas de veículos no Brasil, o segmento dos chamados carros populares começa a ganhar mais atenção por parte das montadoras. Prova é que Hyundai e Toyota, famosas por atuarem mais em categorias de veículos luxuosos, partiram para a “briga” no terreno dos populares com seus recémlançados HB20 e Etios, respectivamente. Quem ganha com isso é o consumidor. Carro popular fez e faz sucesso no Brasil porque surgiu para dar acesso ao primeiro veículo para uma faixa da população que não podia pagar muito pelos modelos mais completos. Na teoria era para ser um carro simples, porém barato. A simplicidade sempre foi regra neste segmento, mas preço baixo, não. Os mais baratos custam em torno de R$ 20 mil e são praticamente “pelados”, com pouquíssimos equipamentos de série. Os mais equipados passam dos R$ 40 mil e aí, de popular não tem nada. Aos poucos as montadoras começaram a colocar um ou outro equipamento de série. O lançamento da Hyundai , por exemplo, já chega com ar-condicionado, direção hidráulica e airbag, embora parta de mais de R$ 30 mil. O que fica para o consumidor é que os carros populares estão melhorando em tecnologia, segurança e design. O que falta agora é melhorar em preço. Boa leitura!

Pedro Ribeiro

Endereço Rua João Negrão, n0. 731 Cond. New York Building - 120. andar sl. 1205 - CEP 80010-200 - Curitiba - PR Telefones (41) 3322-5531 / 3203-5531 E-mail editor@documentoreservado.com.br

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REVISTA DOCUMENTO RESERVADO ENCARTE ESPECIAL AUTOMÓVEIS # 08 - SETEMBRO/2012

NOTAS Aplicativo Mitsubishi Motors Mais vendido no mundo

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HYUNDAI HB20, o “popular” da Hyundai

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SUZUKI Suzuki lança novo Grand Vitara 2013

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TOYOTA Toyota lança o Etios

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FORD Edge 2013 ganha novas cores


notas

Aplicativo Mitsubishi Motors A Mitsubishi Motors lança, com exclusividade, um aplicativo para celulares em que o cliente tem todas as informações do manual do proprietário à disposição. Nele, é possível fazer uma busca sobre algum assunto que precise de ajuda, sem a necessidade de carregar os tradicionais manuais impressos. “A ideia da Mitsubishi é tornar o dia a dia dos proprietários da marca mais cômodo. Sabemos que os clientes passam grande parte do seu tempo com seus carros e, neste momento, conhecê-los por completo pode tornar a experiência mais prazerosa”, afirma Fernando Julianelli, diretor de Marketing da Mitsubishi Motors. O aplicativo está disponível para duas plataformas: IOS, no Iphone, por meio da App Store; e Android, em celulares como Samsung Galaxy, por meio da Google Play. Também, os clientes que preferirem podem acessar o site www.aplicativomitmanuais.com.br do próprio aparelho para serem redirecionados para a página de download do gadget.

Mais vendido no mundo O Ford Focus foi o carro mais vendido do mundo no primeiro semestre de 2012, com o total de 489.616 unidades, segundo dados da IHS Automotive, agência internacional de pesquisa e análise de mercado. Com isso, superou o Toyota Corolla, que registrou 462.187 unidades. Simbolicamente, a Ford escolheu um Focus para comemorar o marco histórico de 350 milhões de veículos produzidos ao longo dos seus 109 anos de história. “O Focus está atraindo novos consumidores para a marca Ford, principalmente na Ásia, e estamos orgulhosos do seu desempenho e crescimento em todo o mundo”, diz Jim Farley, vice-presidente global de Vendas e Marketing da Ford. Considerado um dos veículos mais completos da categoria, com várias opções de versões, no Brasil o Ford Focus aumentou em 4 pontos percentuais a sua participação no segmento de hatches médios no primeiro semestre de 2012, para 19,5%. A linha 2013 do Ford Focus, recém-lançada, traz as versões 1.6 Flex GL e GLX e 2.0 Flex GLX e Titanium, essas últimas com a opção de câmbio automático sequencial. O modelo tem duas opções de motores com bloco e pistões de alumínio: o Sigma 1.6 16V Flex, de 115 cv com etanol e 109 cv com gasolina, e Duratec 2.0 16V Flex, de 148 cv com etanol e 143 cv com gasolina.

Tá no código

Art. 195 - Desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de trânsito ou de seus agentes: Infração - grave Penalidade - multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação. 47 Documento Reservado / Setembro 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS


hyundai

HB20, o “popular” J

á está nas concessionárias o Hyundai HB20, um dos lançamentos mais aguardados do ano. O veículo chega com a banca de que quem quer enfrentar de igual para igual o líder de vendas no Brasil no segmento, o VW Gol. Armas para isso o HB20 tem. A sigla “HB” representa Hyundai Brasil, enquanto o número “20” é uma caracterização da Hyundai para veículos do segmento B. O HB20 está sendo produzido na primeira fábrica própria da Hyundai no Brasil, instalada em Piracicaba (SP).

Desenvolvido exclusivamente para o Brasil, o Hyundai HB20 chega com motores 1.0 e 1.6 que têm potência acima da média do segmento Todas as versões do HB20 são equipadas com motores flex com bloco de alumínio. O motor 1.0 de 80 cv e três cilindros oferece melhor eficiência energética, gerando menos consumo, diminuição na emissão de poluentes e resultando em menor custo de manutenção. Esse motor é 6% mais potente que a média do segmento. Já o motor 1.6 16v de 128cv é 23% mais potente que a média do segmento.

As diversas versões do HB20 podem ser equipadas com itens de segurança, como sistema ABS e EBD, sensor de estacionamento, refletores traseiros e nas portas dianteiras (internamente), faróis de neblina e alarme com sensor de presença. Além disso, todas as versões possuem como itens de série: direção hidráulica; airbag frontal duplo; ar condicionado com filtro (as versões Premium possuem o Cluster Ionizer, que esteriliza e desodoriza o ar do interior do veículo); computador de bordo; Supervision Cluster;

Montadora aposta em veículo com design diferenciado e muitos equipamentos para ganhar mercado no segmento dos populares

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da Hyundai Interior bem desenhado e com bom acabamento é um dos destaques

Design segue o padrão dos carros mais sofisticados da marca

banco do motorista com regulagem de altura; fixações ISOFIX; refletores traseiros e nas portas dianteiras; cintos com pré-tensionador; comando interno de abertura da tampa do combustível; apoio de descanso para o pé esquerdo; spoiler com break light incorporado; limpador traseiro; aviso de abertura de porta; apoio de cabeça com regulagem de altura; acabamento em metal nas saídas de ar centrais e laterais e na moldura do câmbio; e diversos porta-objetos (porta luvas de 9.3L; gaveta sob o banco do motorista para armazenamento com maior segurança; porta-garrafas nas portas; porta-revistas atrás dos bancos dianteiros; e porta-copos e objetos no console central).

Os câmbios manuais de cinco velocidades possuem engates curtos, privilegiando o conforto e respostas rápidas. As versões com motor 1.6 oferecem, opcionalmente, câmbio automático, com troca de marchas suaves. O sistema de som com leitor MP3, opcional em algumas versões, é integrado ao painel e conta com comandos de áudio no volante. As entradas auxiliar e USB ficam localizadas dentro do console central, com tampa retrátil – que não deixa o dispositivo de áudio, como iPod, a vista. Detalhes como rodas em alumínio R14 ou R15, moldura negra nos faróis, retrovisores com repetidor de seta e bicos de jatos de água

ocultos são opcionais que podem realçar ainda mais o visual do HB20. Garantia O HB20 oferece cinco anos de garantia sem limite de quilometragem para veículos de uso particular. Nos casos comerciais, a garantia continua em cinco anos ou até atingir 100.000 km. O HB20 está disponível em 9 versões: 1.0 Comfort, 1.0 Comfort Plus, 1.0 Comfort Style, 1.6 Comfort, 1.6 Comfort Plus, 1.6 Comfort Style (manual e automático) e 1.6 Premium (manual e automático), com preços que vão de R$ 31.995,00 s R$ 47.995,00. 49

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suzuki

Suzuki lança novo Grand Vitara 2013 M

ais confortável e mais seguro. Assim é o Grand Vitara 2013, que passou por reestilização e acaba de desembarcar no Brasil. O veículo ganhou novas tecnologias, como o piloto automático e o Brake Override, sistema que reconhece quando acelerador e freio estão pressionados ao mesmo tempo e garante a desaceleração do veículo em situações de emergência. Também houve mudança no visual. A grade frontal e o pára-choque dianteiro ganharam um design moderno. Outras novidades desse tradicional SUV, que já está à venda nas concessionárias Suzuki, são os tecidos, rodas e as versões com teto solar. Seguindo a tendência mundial de cores do mercado de luxo, o Grand Vitara recebe aplicação exclusiva da cor bronze, em limited edition, com acabamento interior em tecidos e couro bege. Disponível com transmissão automática e opções de tração 4x2 ou 4x4, a edição limitada tem versões com teto solar que deixa o visual mais leve e sensação de amplitude para quem está dentro do veículo. Segurança A construção do Grand Vitara em monobloco com sub chassi heavy duty incorporado gera maior durabilidade e resistência à torção. Além de permitir projeto para maior espaço interno e facilitar o acesso de entrada e saída dos ocupantes. A estrutura possui áreas que deformam de modo programado a fim de garantir mai-

or segurança aos ocupantes em caso de colisão. As zonas de deformação absorvem a energia do impacto e reduzem a desaceleração do veículo para garantir menor impacto aos passageiros. Na parte frontal, o cinto de segurança traz ajuste de altura e pré-tensionador em três níveis (o primeiro para colisões leves, o segundo puxa o corpo para traz e o terceiro que aciona o airbag). Os airbags complementam o cinto de segurança e protegem a parte superior dos ocupantes. Importante ressaltar que o acionamento da bolsa de ar é apenas em casos extremos para proteção de lesões fatais. Os freios são a disco ventilados nas quatro rodas e possuem os sistemas ABS (antibloqueio), EBD (sistema eletrônico que otimiza a distribuição da força de frenagem entre os eixos) e o BAS (sistema que identifica uma situação de emergência, de acordo com a velocidade aplicada no pedal do freio, e aumenta automaticamente a carga da frenagem nas rodas independente da força aplicada). Desempenho O motor de alumínio, 2.0L (DOHC), mais leve, contribui para o desempenho do veículo com baixo nível de ruído, vibrações e aspereza (NVH). Movido à gasolina e 16 válvulas, é capaz de entregar 140 cavalos de potência a 6.000 rpm com torque máximo de 18,7 kgfm a 4.000 rpm. O coletor de admissão variável de controle eletrônico otimiza o torque e potência para todas as faixas de rotação do motor.

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Teto solar e grade frontal são novidades no visual


Design moderno, versões com teto solar e novidades tecnológicas estão presentes nos modelos já à venda nas concessionárias

As cores disponíveis do novo Grand Vitara são: Prata, Branco, Preto, Azul, Vermelho, Cinza Metálico e, em edição limitada, Bronze. Os preços vão de R$ 72.914,00 a R$ 90.025,00. 51 Documento Reservado / Setembro 2012 / ESPECIAL AUTOMÓVEIS


toyota

A

Toyota também resolveu atuar no Brasil no segmento de populares lançando o Etios, desenvolvido especialmente para o mercado brasileiro. O carro chega em dois tipos de carroceria, hatchback e sedã, e dois tipos de motorização, 1.3L (84 cv com gasolina e 90 cv com etanol) e 1.5L (92 cv com gasolina e 96,5 cv com etanol), ambas com 16 válvulas. O modelo tem como objetivo competir no segmento de carros compactos, o maior do Brasil em volume de vendas, com aproximadamente 65% de participação no mercado interno. Produzido na recém-inaugurada fábrica de Sorocaba, o Etios tem papel fundamental nos planos de expansão da marca no Brasil. A Toyota planeja vender 70 mil unidades do compacto por ano. O novo carro compacto da Toyota para o Brasil recebeu o nome de Etios, cuja origem remete à da palavra grega Ethos, que significa “Essência Original”. O Etios hatchback será comercializado em quatro versões, denominadas Etios, Etios X (com ar-condicionado opcional), Etios XS e Etios XLS. Na versão de entrada, o modelo tem motorização 1.3L e vem equipado com airbags frontais, para-choque na cor do veículo, porta-luvas ventilado, alertas visuais e sonoros do não afivelamento do cinto de segurança e abertura de portas. Na versão Etios X, também com motor 1.3L, o Etios mantém os mesmos equipamentos e ainda agrega componentes como coluna de direção com regulagem de altura, aerofólio traseiro, direção com assistência elétrica, freios ABS com EDB (Distribuição Eletrônica de Frenagem, em inglês), desembaçador do vidro traseiro e filtro anti-pólen. A versão também pode ser adquirida com ar-condicionado, como item opcional. O modelo Etios XS agrega, além de todos os itens mencionados, ar-condicionado, maçanetas e retrovisores na cor do veículo, siste-

ma de áudio com rádio AM/FM, CD player e entrada USB, conta-giros, além de vidros e travas elétricas nas quatro portas. A versão Etios XLS vem equipada com motor 1.5L e componentes adicionais à versão Etios XS como faróis de neblina, grade dianteira com moldura cromada, rodas de liga leve de 15 polegadas, abertura do porta-malas por comando elétrico, travamento das portas por controle remoto e sistema de alarme. O Etios sedã será comercializado em três versões, todas elas com motorização 1.5L, denominadas Etios X (com ar-condicionado como opcional), Etios XS e Etios XLS. Desde a versão de entrada, o modelo já conta com itens coluna de direção com regulagem de altura, direção com assistência elétrica, freios ABS com EBD, airbag duplo, alerta visual de não afivelamento do cinto, barra de proteção nas 4 portas e desembaçador do vidro traseiro.

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Transmissão O Etios utiliza transmissão manual de cinco marchas pensada para extrair o melhor desempenho do motor. Adicionalmente, para assegurar uma excelente sensação ao trocar de marchas, foi instalado um contrapeso (absorvedor de massa) no conjunto da transmissão. O Etios será comercializado em sete cores: sendo elas: branco, preto, cinza, azul e prata (sedã e hatchback), verde e vermelho (disponível no hatchback). Os preços variam de R$ 29.990.00 a R$ 44.690,00.


e

Desenvolvido para o mercado brasileiro, modelo chega para concorrer no segmento dos populares

Toyota lanテァa o Etios 53 Documento Reservado / Setembro 2012 / ESPECIAL AUTOMテ天EIS


ford

Edge 2013 ganha A

Ford iniciou as vendas do Ford Edge ano-modelo 2013. Além da oferta de novas cores, o Edge já vem com GPS integrado de fábrica com mapas do Brasil na versão Limited e comando de voz em português, além de continuar trazendo pacote de tecnologia, segurança e conveniência em sua categoria de veículo.

As três opções de cores, realçando a imponência do veículo, são o azul Carmel, vermelho Vermont e marrom Dubai. Elas complementam as já disponíveis preto Bristol, branco Sibéria, prata Dublin e cinza Oregon.

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Duas versões O Ford Edge 2013 é oferecido em duas versões, SEL e Limited, ambas equipadas com motor V6 de 3.5 litros, de 289 cv, o mais potente da categoria, e transmissão automática de seis velocidades SelectShift com botão na alavanca para trocas sequenciais e modo de con-


novas cores dução esportivo. Por contar com duplo comando variável e independente de válvulas (Ti-VCT) e um sistema aprimorado de corte de combustível nas desacelerações que reduz o consumo quando o torque não é exigido, ele é também muito econômico. O catálogo SEL, com tração dianteira, tem preço a partir de R$ 127.900. Ele vem equipado com sistema multimídia SYNC SEL com tela de 4,2 polegadas no console central, comandos de voz para funções de telefone em inglês, espanhol e português, CD-player MP3 com seis alto-falantes, conexão Bluetooth, entrada USB, entrada auxiliar e tela colorida de 4,2 polegadas no painel de instrumentos com comandos configuráveis. Tem também ar-condicionado digital de dupla zona, sensor de estacionamento, bancos revestidos em couro, bancos dianteiros com aquecimento, computador de bordo com diagnóstico e bússola, espelho retrovisor eletrocrômico, abertura das portas por teclas

Pacote de segurança e tecnologia continua sendo destaque ou controle remoto, ajuste elétrico do banco do motorista em 10 posições e do banco do passageiro em seis posições, rodas de liga leve 18 polegadas e barras longitudinais no teto. Seu sistema de segurança inclui seis airbags com sistema de classificação do ocupante, sistema AdvanceTrac com RSC - controle eletrônico de estabilidade, tração e anticapotamento, assistente de partida em rampa, freios a disco nas quatro rodas, sensor de monitoramento de pressão dos pneus e chave MyKey que permite várias configurações de segurança e condução. O Edge Limited traz sistema SYNC Limited com MyFord Touch, que inclui quadro de instrumentos com telas de LCD coloridas e con-

O Ford Edge 2013 é oferecido em duas versões, SEL e Limited, ambas equipadas com motor V6 de 3.5 litros, de 289 cv

figuráveis de 4,2 polegadas, controles intuitivos no volante, tela de 8 polegadas sensível ao toque no console central, comando de voz para funções de áudio, ar-condicionado, navegador e telefone, som Premium Sony com CD-player MP3 e 12 alto-falantes, central de mídia com duas entradas USB, leitor de cartão de memória, entrada de vídeo RCA, navegador GPS com mapas do Brasil e personalização da luz ambiente com sete opções de cores. Vem equipado também com sistema de acesso inteligente que permite o destravamento das portas por sensores e partida sem chave, sistema de alerta de pontos cegos e tráfego cruzado, câmera de ré, sistema de partida remota que permite ligar o veículo por meio do controle remoto, sensor de chuva, retrovisores externos com piscas integrados em LED, luz de aproximação e aquecimento, rodas de liga leve de 20 polegadas com acabamento cromado, vidros das janelas dianteiras acústicos, acionamento eletrônico do porta-malas, ajuste elétrico do banco do passageiro em 10 posições e memória para ajuste de posição da direção, banco do motorista e espelhos retrovisores. 55

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