Ambiotechbrasil 180221 facebook

Page 1


AmbiotechBrasil 180221 O Futuro do Facebook Facebook e seu novo algoritmo: a distopia total 180117 http://bit.ly/2mLxMuk Facebook vai mudar de novo 180116 https://t.co/xhOdWMMsTe Notícias locais terão prioridade no feed 180130 https://t.co/AJ7h6fHGb2 Facebook priorizará notícias locais Poder360 180202 https://t.co/aPcGx6xTwW

Flick, a unidade de tempo criada pelo Facebook 180124 https://bbc.in/2BqnxRz Crianças não devem ter acesso ao Facebook 180130 http://bbc.in/2GvnbNd Facebook perdeu importância para a 'Folha' DW 180209 http://bit.ly/2o51DOU Objetivo do Facebook não é ‘deixar publishers felizes’ / Poder360 180214 http://bit.ly/2EHWTpF Facebook admite que redes sociais podem ameaçar democracia / DW 180123 http://bit.ly/2EKm8I4

Unilever ameaça cortar anúncios Poder360 180213 https://t.co/la8pGGxElp Só duas perguntas? Pesquisas do Facebook têm bem mais do que isso | Poder360 180129 http://bit.ly/2opX5TJ Facebook atingiu o auge e pode perder influência 180220 http://bbc.in/2Fjm0A0

Seleção e edição: Peterson Ruiz. Para ver conteúdos originais, com fotos, ferramentas, comentários, etc, clique nos links. Este 'clipping' é um projeto gráfico e editorial de caráter experimental e sem fins lucrativos. facebook: https://www.facebook.com/Ambiotech-Brasil177756419450228


Facebook e seu novo algoritmo: a distopia total 180117 http://bit.ly/2mLxMuk Facebook e seu novo algoritmo: a distopia total POR CHRIS TAYLOR – ON 17/01/2018 Por que o novo algoritmo converte a rede social mais poderosa do mundo em algo que combina a vigilância total, de George Orwell, com o anestesiamento permanente, de Aldous Huxley? Por Chris Taylor, no Mashable | Tradução: Gabriel Simões, de nosso Círculo de Tradutores Voluntários Ao se construir uma distopia, é bem difícil deixá-la aos moldes tanto de Orwell quanto de Huxley ao mesmo tempo. Mas, com as mudanças recentemente anunciadas no feed de notícias do Facebook, Mark Zuckerberg parece ter realizado esta façanha. Os mundos assustadores de George Orwell (1984) e Aldous Huxley (Admirável mundo novo) são, de muitas maneiras, opostos simétricos. Um trata de um Estado de vigilância que controla o que as pessoas

conhecem da história ao literalmente reescrever os jornais. O outro, trata do controle de seus cidadãos ao fazê-los usar uma droga dissociativa chamada soma. TEXTO-MEIO Em seu esforço de ―melhorar‖ o Facebook, Zuckerberg agora tenta ambas as táticas. Ele está reduzindo o acesso dos usuários às notícias reais — no século XX, chamávamos isso de censura — ao passo que aumenta a probabilidade de você visualizar apenas as notícias terrivelmente falsas postadas por aquele seu tio maluco. Porque, oras, conteúdo postado pela família lhe faz feliz, e apenas queremos que você seja feliz, certo? O algoritmo, como já sabemos, nos vigia tão de perto quanto o Big Brother jamais foi capaz. Cada amizade, cada curtida, o tempo que você gasta lendo alguma coisa, se você interage com ela — tudo isso vai para a sua ficha permanente. (Ao menos com as teletelas, Orwell disse, se sabia que eles não estavam vigiando todo o tempo.) Nas teletelas do livro de Orwell, diferentemente das de Zuckeberg, o controle não era incessante O fato de que o Facebook vai simplesmente nos mostrar menos notícias já o torna mais eficiente que o Estado totalitário descrito por Orwell. Os líderes do Partido no Ministério da Verdade devem estar se lamentando: fazer com que bilhões de

pessoas vejam notícias através das mídias sociais e depois simplesmente eliminar esse tipo de conteúdo? Sem reescrever o The Times, sem necessidade de qualquer buraco de memória, apenas fazer com que as notícias desapareçam dos meios digitais? Como não pensamos nisso? Um breve lembrete da importância disto. Em agosto de 2017, de acordo com o Pew Research Center, 67% dos estadunidenses acessaram notícias nas mídias sociais — um aumento de 5% em relação ao ano anterior. No Facebook, 68% dos usuários acessaram notícias a partir do feed. Pela primeira vez na pesquisa Pew, a maioria dos norte-americanos com mais de 50 anos passou a acessar notícias a partir das mídias sociais. Tornar-se a maior fonte de informações e depois simplesmente sumir com as notícias não é apenas uma escandalosa recusa de responsabilidade cívica. É também parte do manual da distopia. Uma parte frequentemente esquecida e descaracterizada do clássico de Orwell: a vasta maioria da sociedade da Oceânia, os Proles, não recebia quaisquer notícias, nem mesmo falsas. Eles eram mantidos em estado de felicidade através de uma dieta constante de canções ruins e histórias lúgubres. O Facebook agora superou o Partido: os feeds serão igualmente repletos de porcarias, conteúdos rasos, mas os


Proles serão seus produtores. E o Facebook ainda ganha dinheiro com isso!

verdade, nos deprime quando vemos fotos das férias ou dos bebês perfeitos de outras pessoas.

―fazendo a coisa certa.‖ Ele quer que seus filhos pequenos olhem para trás um dia e digam que o Facebook salvou o mundo.

Não importa o quanto você goste da pessoa em questão, o Facebook impele à comparação — o que, por sua vez, leva à ansiedade de status. Nós podemos postar ―parabéns‖ nos comentários, o que o algoritmo conta como uma grande vitória. Grandes pontos por envolvimento! Mas o que nós estamos realmente pensando ou sentindo frente a estas coloridas fotos — o despertar repentino da nossa inveja, nossa autoaversão, nossa depressão — permanece escondido do olho-que-tudo-vê do Facebook.

Talvez eles o façam. Pois todos que consomem conteúdo no Facebook, com as empresas de mídia que buscam a verdade retiradas do feed de notícias e falidas, não sobrará ninguém para apontar o despropósito de toda esta falsa conexão. A próxima geração de Zuckerbergs pode muito bem viver em infinitos feriados soma.

Admirável novo feed de notícias ―O mundo infinitamente amável, muito colorido e aconchegante do soma. Que gentis, que bonitos e deliciosamente alegres todos estavam!‖ — Aldous Huxley, Admirável mundo novo Substitua ―soma‖ por ―mídia social‖ e você verá por que Huxley foi ainda mais profético do que nós acreditamos. O soma, droga fictícia, o tornou sociável. Ela o fez sentir-se conectado aos amigos e estranhos próximos — de modo extremamente falso. Ela o levou ao que os personagens do livro repetidamente descrevem como um ―feriado perfeito‖. O Facebook que Zuckerberg agora parece projetar fará o mesmo. As pessoas mostram o melhor de si no Facebook; elas postam fotos cuidadosamente escolhidas de suas férias ―perfeitas‖. E agora elas poderão fazer isso sem a intromissão daquelas notícias nojentas. ―A pesquisa mostra que quando usamos as mídias sociais para entrar em contato com as pessoas que gostamos, isto pode ser bom para o nosso bem-estar,‖ escreveu Zuckerberg. Ele esqueceu de mencionar a pesquisa que mostra que o Facebook, na

E assim como num experimento sórdido, contudo, nós insistimos nisso. Deixe o soma do Facebook ajudar a nos aniquilar e nos deixar levar pelo feriado perfeito dos outros — que gentis, que bonitos e deliciosamente alegres eles são. Agora, Zuckerberg quer que fiquemos naquele estado mental sem a terrível intrusão da ―experiência passiva‖ — palavras que ele usa para se referir ao que acontece quando você está lendo ou assistindo algo que o faça pensar e refletir, em vez de simplesmente digitar ―parabéns!‖ O pior de tudo é que Zuck acha que está sendo nobre. Ele realmente acha que está

Parabéns, Mark!

Facebook vai mudar de novo 180116 https://t.co/xhOdWMMsTe

16 DE JANEIRO DE 2018, 20H41 O Facebook vai mudar de novo, mas o que muda de verdade? Com as mudanças significativas anunciadas por Mark Zuckerberg no último dia 11, uma avalanche de análises tomou as redes sociais – talvez a ideia de fomentar o debate já esteja surtindo o efeito esperado. Por Bruno Santana e Renato Rovai Aos que gostam de falar assim, 2018 realmente começou com tudo, pelo menos na internet. […]


Com as mudanças significativas anunciadas por Mark Zuckerberg no último dia 11, uma avalanche de análises tomou as redes sociais – talvez a ideia de fomentar o debate já esteja surtindo o efeito esperado. Por Bruno Santana e Renato Rovai Aos que gostam de falar assim, 2018 realmente começou com tudo, pelo menos na internet. Nos primeiros dias de janeiro, após pressões que vem recebendo sobre o combate à fake news, Mark Zuckerberg usou suas promessas anuais para anunciar mudanças que valorizariam a comunidade do Facebook. Na última quinta (11) a empresa tornou públicas essas medidas e declarou que dará mais espaço à conteúdos de amigos e familiares, em detrimento a postagens feitas por páginas, incluindo conteúdo jornalístico.

fomentar o debate já esteja surtindo o efeito esperado. É natural o sentimento de traição entre os que apostaram alto na rede social, que mesmo com relutância, viu muitos veículos de comunicação se renderem a eles nos últimos anos. O próprio Facebook atraiu essa gente, oferecendo plataformas comerciais específicas para impulsionamento de posts, inclusive desenvolvendo uma política para empresas atuarem em seu ambiente. Após essa entrada, muitas páginas e sites passam a depender da rede como distribuidora de conteúdo e geradora de tráfego – segundo levantamento da SembraMedia divulgado em 2017, 100% dos meios nativos digitais da América Latina usam o Facebook. O que será de tudo isso agora?

Segundo Zuckerberg, as mudanças são baseadas em uma pesquisa realizada pela empresa e que a intenção é ―encorajar interações significativas entre as pessoas‖, ao invés de manter uma audiência a qual ele classificou como ―passiva‖, que apenas lê, assiste e/ou replica, sem refletir. Bom, talvez essa pesquisa não tenha levado em consideração os frequentes textões que algumas pessoas escrevem em suas redes sociais.

Em comunicado, o Facebook afirma que as mudanças serão mais sentidas por páginas que tem pouca interação com sua audiência, podendo sofrer uma queda maior no alcance. Por outro lado, garante que aquelas que criam conteúdos que incentivam a troca de experiências entre as pessoas na rede serão menos afetadas. A empresa diz também que os usuários ainda poderão ver publicações de páginas com prioridade, mas deverão alterar suas preferências e fazer a seleção de quais deseja ―ver primeiro‖ manualmente.

Desde então, uma avalanche de reações e análises tomou a web – talvez a ideia de

―Valorizaremos mais interações entre pessoas como comentários, compartilha-

mentos e mensagens do que reações e curtidas. Figuras Públicas e Páginas podem criar conteúdo que levem as pessoas a ter interações sociais significativas. Mas posts de amigos terão um peso maior.‖, afirmou o Facebook em comunicado. Presidente fake? Sim, aquele que gosta de taxar como fake news a mídia que se opõe a ele pode ser o maior ícone desse atual fenômeno da internet – da internet, porque notícias falsas não existem de hoje na imprensa. A verdade é que desde que Donald Trump conseguiu se tornar presidente dos Estados Unidos, o Facebook vem sendo acusado de ser um terreno fértil para a propagação de notícias falsas – e este fato está sendo usado para que ele faça essa mudança brusca em seu algoritmo. E com isso possa lucrar mais. Mas pesquisas não sustentam essa tese do Trump eleito pelas fake news. Uma delas, realizada pelo Journal Economic Perspective analisou 156 notícias consideradas fake news durante as eleições americanas de 2016. Desse total, 115 delas eram próTrump e foram compartilhadas 30 milhões de vezes no Facebook, enquanto as outras 41 fake news favoreciam Hillary Clinton e foram replicadas 7,6 milhões de vezes. Os dados revelam uma diferença de quase 3 vezes mais ―mentiras que foram contadas‖


para favorecer o atual mandatário da Casa Branca. A mídia tradicional (norte-americana) reage diante das novas mudanças Para o The New York Times os criadores de conteúdo e marcas são os grandes perdedores com a nova mudança, que classifica como ―aposta arriscada‖ para o modelo de negócio de Zuckerberg. Em recente texto publicado em seu site, o jornal norte-americano questiona logo no título se este é o fim da era do que chama de ―notícias sociais‖ e acrescenta que jornalistas se preparam para grandes mudanças no Facebook. A publicação cita ainda que uma fonte revelou encontros secretos de executivos do Facebook com veículos como o The Wall Street Journal no final de 2017. Teriam sido debatidos assuntos sobre a renovação do foco na comunicação individual para pessoas que se conhecem e compartilham gostos pelo mesmo conteúdo distribuído pelos meios de comunicação – até mesmo esses veículos acabaram sendo pegos de surpresa. ―Alterar os termos rapidamente é realmente colocar em foco o quão poderosa as plataformas se tornaram e como a infraestrutura é um lugar muito difícil para que os editores operem e naveguem. Isso tem grandes implicações sobre como as pessoas

recebem notícias, onde elas a encontram e qual é a qualidade de suas novidades‖, declarou John Ridding, diretor executivo do The Financial Times, ao NYT. A revista The Atlantic não poupou critícas em artigo recente. Logo em sua abertura lista vários fatos influenciados por Mark Zuckerberg nos últimos anos: ―Ele quebrou o jornalismo, diminuindo radicalmente o valor da publicidade digital da qual a mídia agora depende. Ele quebrou os hábitos de leitura de seus usuários, os ratos de laboratório em seu grande experimento, constantemente manipulando-os e alimentando-os com um fluxo infinito para aumentar seu ―engajamento‖ com seu site; e de certa forma, ele quebrou a democracia americana, ‗sentando-se em suas mãos‘ enquanto um adversário estrangeiro explorava sua plataforma e criando o veículo mais eficiente do mundo para espalhar mentiras políticas e agitar. Agora, com o anúncio de que ele está despindo o Feed de Notícias de notícias, também está quebrando seu próprio site‖. Por outro lado, ressalta que essas mudanças trazem a liberdade que a mídia precisava, uma vez que monopólios como o Facebook se provam incapazes de manter a indústria de pé. Mas onde estão as reações brasileiras? Pois bem, até o momento, a nossa mídia tradicional segue deitada em berço esplêndido, apenas repercutindo

dados e opiniões americanos.

de

jornais

norte-

Priorizar a qualidade e fidelizar a audiência podem ser soluções Estas são as saídas não apenas para as mudanças atuais, mas para qualquer tipo de filtro que possa servir como barreira para a distribuição de conteúdo. Priorizar a qualidade na produção de conteúdo, ao invés da quantidade, é essencial para se fidelizar uma audiência na internet. Como isso acontece? Criando conteúdo próprio e inédito, estabelecendo diálogo com os espectadores, entendendo para onde eles caminham, o que gostam de ver ou o que esperam de você. Com isso, a personificação da notícia deve ganhar mais força, uma vez que o gênero opinativo também gera maior identificação com a audiência. E, como os perfis pessoais devem ganhar mais visibilidade, uma tendência inicial pode surgir com blogueiros e influenciadores digitais se destacando mais e servindo de ponte para disseminar o conteúdo entre o grande público. Sites que possuem essa comunidade de usuários mais engajados, realmente não devem sentir muita diferença. Isso porque o usuário está acostumado a buscar aquele conteúdo de forma orgânica. Essas pessoas também serão aquelas que compartilharão essas notícias e, mesmo dentro do novo algoritmo, acabarão atingindo outras


pessoas. O que nos resta é se preparar para essa nova fase. Em tempo, fica a reflexão para os criadores em geral, até que ponto depender de uma única rede para alavancar uma audiência é positivo ou não, quando ela tem o controle de decidir entre mostrar ou não o seu conteúdo. Os algoritmos precisam fiscalizados por terceiros

ser

O debate de hoje ou dos próximos anos sobre o jornalismo passa essencialmente sobre como se dará a relação entre ele e os algoritmos. Cathy O‘Neil, matemática com formação em Harvard e no Massachussetts Institute of Technology (MIT), autora do livro Weapons of Math Destruction (Armas de Destruição em Cálculos, trocadilho com a expressão ―armas de destruição em massa‖ em inglês) no qual debate os efeitos colaterais da economia do Big Data, apontou numa recente entrevista à BBC Brasil , que a melhor maneira de ―resolver isso é fazer com que os algoritmos sejam auditados por terceiros‖. E acrescenta que não é recomendável ―confiar nas próprias empresas que criaram os algoritmos‖. Parece óbvio, mas é algo considerado inadmissível por essas mesmas empresas. Mas do ponto de vista do jornalismo e da garantia que as empresas de comunicação serão tratadas de forma equânime por essas plataformas de redes sociais independente de suas, por exemplo, posições editorias, parece ser o único

caminho. E este talvez seja o grande debate da ―democratização das comunicações‖ nos próximos anos.

estão acontecendo à sua volta tem maior probabilidade de se envolver e tentar fazer a diferença―, disse.

Notícias locais terão prioridade no feed

De acordo com nota oficial, por enquanto a mudança está sendo implementada apenas nos Estados Unidos. O plano é expandir para mais países este ano. Os usuários do Facebook tem a opção de escolher quais fontes de informações –locais ou nacionais– poderão ler na sua linha do tempo.

180130 https://t.co/AJ7h6fHGb2 Facebook anuncia que notícias locais terão prioridade no feed Usuários podem escolher o que leem Por enquanto, mudança só nos EUA O criador e dono do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou alteração no algoritmo da rede socialDivulgação RENATA GOMES / 30.jan.2018 (terça-feira) - 20h25 / atualizado: 31.jan.2018 (quartafeira) - 7h03 O presidente e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que notícias locais serão priorizadas no feed dos usuários. Segundo Zuckerberg, ―notícias locais nos ajudam a entender as questões que importam em nossas comunidades e afetam nossas vidas―. O anúncio foi feito nesta 2ª feira (29.jan.2018). ―Pessoas que sabem o que

NOTÍCIAS E FACEBOOK No início do ano, Zuckerberg havia anunciado que tinha com meta para 2018 combater o discurso de ódio e uso indevido do Facebook. Desde então, diversas mudanças sobre como notícias são divulgadas nas redes fora anunciadas. A intenção do Facebook é reduzir o que é considerado conteúdo passivo –que os usuários leem e assistem, mas com os quais não interagem. Mark Zuckerberg 29 de janeiro às 18:00 · Our next update on our 2018 focus to make sure Facebook isn't just fun but also good for your well-being and for society... We're making a series of updates to show more high quality, trusted news. Last week we made an update to show more news from sources that are broadly trusted


across our community. Today our next update is to promote news from local sources. People consistently tell us they want to see more local news on Facebook. Local news helps us understand the issues that matter in our communities and affect our lives. Research suggests that reading local news is directly correlated with civic engagement. People who know what's happening around them are more likely to get involved and help make a difference. When I traveled around the country last year, one theme people kept telling me is how much we all have in common if we can get past some of the most divisive national issues. Many people told me they thought that if we could turn down the temperature on the more divisive issues and instead focus on concrete local issues, then we'd all make more progress together. Starting today, we're going to show more stories from news sources in your local town or city. If you follow a local publisher or if someone shares a local story, it may show up higher in News Feed. We're starting this first in the US, and our goal is to expand to more countries this year. Local news helps build community -- both on and offline. It's an important part of making sure the time we all spend on Facebook is valuable. I'm looking forward to sharing more updates soon.

Facebook priorizará notícias locais Poder360 180202 https://t.co/aPcGx6xTwW Saiba como será a atualização do Facebook que prioriza notícias locais Por enquanto, apenas nos EUA Leia texto traduzido do Nieman Lab Foco para notícias locais faz parte das novidades na rede social para 2018 Reprodução: Nieman Lab NIEMAN LAB / 02.fev.2018 (sexta-feira) 14h08 / por Shan Wang* Alerta: o Facebook dará um maior alcance para fontes de notícias locais no feed de seus usuários. A ação foi anunciada na tarde de 2ª feira (29.jan). A mudança será implantada nos Estados Unidos em um primeiro momento, mas o Facebook espera expandir para outros países ao longo do ano. Esses esforços são, aparentemente, uma resposta ao crescente coro de preocupação de que o Facebook contribua para o mal-estar social, para uma profunda polarização em todo o mundo e para a desestabilização das instituições democráticas. Tim Peterson@petersontee

FB 3 wks ago: Less news FB 2 wks ago: Except for trusted news FB today: And also local newshttps://newsroom.fb.com/news/2018/ 01/news-feed-fyi-local-news/ … 17:21 - 29 de jan de 2018 News Feed FYI: More Local News on Facebook | Facebook Newsroom We're updating News Feed to prioritize local news. newsroom.fb.com No início de janeiro, o Facebook anunciou (informação confirmada para vários publishers) que estava desvinculando as postagens por páginas no feed de notícias, diminuindo a quantidade total de notícias no feed de uma pessoa comum de 5% para 4%. O Facebook também anunciou o lançamento do recurso ―Today In―, que destaca notícias e eventos locais, em 6 cidades nas quais foram realizados testes. No ano passado o fundador e CEO, Mark Zuckerberg, viajou pelos EUA e percebeu que a política nacional está nos irritando (os norte-americanos) e que, se ―focarmos em problemas locais, então todos iremos avançar coletivamente―. De forma geral, essa não é uma estratégia ruim. O Facebook divulgou alguns detalhes sobre como funcionará a nova atualização: ―Identificamos os publishers locais como aqueles cujos links são clicados pelos


leitores em uma área geográfica bastante específica. Se uma história pertence a uma editora em sua área e você segue a página do editor ou seu amigo compartilha tal publicação, ela pode aparecer como prioridade no feed. Não há restrições sobre em que notícias os publishers são valorizados, o que significa que as grandes editoras locais se beneficiarão, bem como as editoras que se concentrarão em tópicos específicos, como esportes locais, artes e histórias de interesse comum. Dito isto, pequenas notícias podem se beneficiar desta mudança mais do que outros pontos de venda, uma vez que elas tendem a ter um público concentrado em um local.‖ A ―localidade‖ depende da relação de uma fonte de notícias com sua geografia: ―Para determinar se um conteúdo é local para você, olhamos de onde os seus leitores do Facebook são provenientes. Se você mora na mesma área que a maioria dessas pessoas, tal informação é considerada local para você―, cita o anúncio do Facebook. Eu também sempre me perguntei o que o próprio Facebook considera como ―conteúdo de notícias―. A rede social lista brevemente alguns em seu anúncio: ―Usamos uma variedade de sinais para identificar fontes de notícias no Facebook. Estas poderiam incluir notícias complexas, atualizações esportivas, um blog de vizinhança ou outras informações locais―.

Leia aqui o anúncio completo sobre a prioridade para notícias locais.

O Facebook inventou uma nova unidade de tempo, chamada de flick.

*Shan Wang integra a equipe do Nieman Lab. Ela trabalhou em editoriais na Harvard University Press e já foi repórter do Boston.com e do New England Center for Investigative Reporting. Uma das primeiras histórias escritas por ela foi sobre Quadribol Trouxa para o The Harvard Crimson. Ela nasceu em Shanghai, cresceu em Connecticut e Massachusetts e é fã de Ray Allen. Leia aqui o texto original. __ O texto foi traduzido por João Correia. __ O Poder360 tem uma parceria com o Nieman Lab para publicar semanalmente no Brasil os textos desse centro de estudos da Fundação Nieman, de Harvard. Para ler todos os artigos do Nieman Lab já traduzidos pelo Poder360, clique aqui.

A medida foi criada para ajudar desenvolvedores a manterem os efeitos especiais de vídeos sincronizados, de acordo com uma publicação do site GitHub.

Flick, a unidade de tempo criada pelo Facebook 180124 https://bbc.in/2BqnxRz O que é e para que serve o flick, nova unidade de tempo criada pelo Facebook 24 janeiro 2018

Um flick, derivado do "frame-tick", equivale a 1 / 705.600.000 de segundo - a menor unidade de tempo depois do nanossegundo (0,000000001 segundo). A princípio, a nova unidade não tem impacto para o público em geral, mas pode ajudar a criar uma experiência melhor de realidade virtual, segundo um pesquisador da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Os flicks são marcados na linguagem de programação C ++, usada para criar efeitos especiais no cinema, na televisão e em outros meios de comunicação. E permitem aos programadores medir o tempo entre os frames do vídeo sem usar frações de segundos. De acordo com o GitHub, o criador do flick, Christopher Horvath, apresentou sua ideia no Facebook no início de 2017. E implementou modificações na nova medida com base no retorno dos comentários. Ideia, segundo idealizador, é criar uma experiência melhor de realidade virtual


Segundo Matt Hammond, engenheiro que lidera o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da BBC, a nova medida pode ajudar a reduzir erros, como artes gráficas tremidas. "Quando os números utilizados não são inteiros, os erros podem progressivamente afetar cálculos do computador. Esses erros podem ser acumulados ao longo do tempo, causando eventualmente imprecisões que se tornam visíveis", explica. Outras unidades de tempo O flick não é a primeira unidade de tempo projetada por uma grande empresa. Em 1998, a Swatch, companhia suíça de relógios, introduziu, por exemplo, o Internet Time, que divide o dia em 1 mil "beats". A medida - equivalente a um minuto e 26,4 segundos - foi criada para eliminar a necessidade de fuso horário, mas não foi adotada globalmente.

Crianças não devem ter acesso ao Facebook

180130 http://bbc.in/2GvnbNd Crianças não devem ter acesso ao Facebook, defendem especialistas em carta aberta Jane Wakefield / Da BBC / 30 janeiro 2018

Carta aberta de especialistas diz que 'crianças pequenas não têm idade para navegar nas complexidades dos relacionamentos online' Mais de cem especialistas e organizações internacionais em saúde infantil pediram ao Facebook que extinga seu recém-lançado aplicativo de mensagens voltado a crianças com menos de 13 anos, o Messenger Kids. Em uma carta aberta a Mark Zuckerberg divulgada nesta terça-feira, os especialistas e grupos de proteção à infância afirmam que o Messenger Kids é uma iniciativa "irresponsável" que almeja estimular as crianças pequenas a usar o Facebook. O argumento dos signatários da carta é de que crianças pequenas não estão prontas para ter contas em redes sociais. "O Messenger Kids provavelmente será a primeira plataforma de redes sociais amplamente usada por crianças de 4 a 11 anos. Mas um crescente número de estudos demonstra que o uso excessivo de aparelhos digitais e de redes sociais é danoso para crianças e adolescentes, o que torna bastante provável que o novo aplicativo prejudique o desenvolvimento saudável dessas crianças", diz a carta aberta. "Crianças pequenas não têm idade para navegar nas complexidades dos relacionamentos online, que

frequentemente derivam em malentendidos e conflitos até mesmo entre usuários com maturidade." O Messenger Kids foi anunciado em dezembro como uma "solução divertida e segura" para que crianças conversem, via vídeo ou chat, com amigos e familiares. É uma versão simplificada do Messenger, que no entanto exige consentimento parental antes do uso e cujos dados gerados não são usados para publicidade dirigida. "Após conversar com milhares de pais, associações parentais e especialistas em paternidade nos EUA, descobrimos que havia a necessidade de um aplicativo de mensagens que permitisse às crianças se conectar com as pessoas que amam, mas também tivesse o nível de controle desejado pelos pais", dizia comunicado de dezembro do Facebook. Em resposta à carta aberta desta terça, o Facebook afirmou que "desde o lançamento, em dezembro, temos escutado de pais ao redor dos EUA que o Messenger Kids os ajuda a manter contato com seus filhos e que seus filhos mantenham contato com familiares, perto ou longe. Soubemos, por exemplo, que pais que trabalham à noite agora podem contar histórias de ninar para seus filhos; que mães em viagens profissionais estão tendo atualizações diárias de seus filhos enquanto estão longe".


Mas a carta aberta questiona a necessidade de o Facebook oferecer esse serviço. "Para conversar com familiares e amigos à distância não é necessário ter uma conta no Messenger Kids. As crianças podem usar as contas dos pais no Facebook ou no Skype. Eles também podem simplesmente telefonar." A carta menciona também pesquisas científicas segundo as quais o uso de redes sociais aumenta os riscos de depressão e de ansiedade entre adolescentes. "Adolescentes que passam uma hora por dia conversando em redes sociais dizem ter menos satisfação com praticamente todos os aspectos de sua vida diária", diz a carta. "Crianças da 8ª série (entre 13 e 14 anos) que usam redes sociais de seis a oito horas por semana têm 47% mais chances de se considerarem infelizes do que seus amigos que usam as redes sociais com menor frequência." Os especialistas citam também um estudo feito com meninas de 10 a 12 anos. "Quanto mais elas usavam redes como o Facebook, maior era sua tendência a idealizar a magreza, preocupar-se com sua aparência e fazer dietas". Outras estatísticas mencionadas apontam que:

- 78% dos adolescentes checam seus telefones a cada hora - 50% deles se dizem viciados em seus telefones - Metade dos pais afirma que é uma "batalha constante" controlar o tempo gasto pelos filhos diante de telas Além disso, os especialistas questionam a alegação de que o Messenger Kids vai atrair, de forma segura, usuários infantis que mentiam sua idade para abrir contas em outras redes sociais. "Crianças de 11 ou 12 anos que já usam o Snapchat, Instagram ou Facebook dificilmente vão migrar para um aplicativo que é claramente voltado para crianças menores. O Messenger Kids não está respondendo a uma necessidade - está criando uma." A carta termina afirmando que "seria melhor deixar as crianças pequenas em paz para que se desenvolvam sem as pressões derivadas do uso das redes sociais. A criação de crianças na era digital já é difícil o bastante. Pedimos que vocês não usem os enormes alcance e influência do Facebook para tornar esse trabalho ainda mais difícil."

Facebook perdeu importância para a 'Folha' DW 180209 http://bit.ly/2o51DOU 180209 / Facebook perdeu importância para a 'Folha' / DW http://bit.ly/2o51DOU "Facebook perdeu importância para a 'Folha'", diz editor Maior jornal do país decidiu não postar mais conteúdo na rede social. Em entrevista, editor-executivo Sérgio Dávila diz não temer grande queda na audiência e apostar que outros veículos seguirão passos da publicação. O jornal Folha de S. Paulo decidiu nesta quinta-feira (08/02) não postar mais seu conteúdo no Facebook em resposta às mudanças de algoritmo implementadas pela rede social, que passou a privilegiar conteúdos de interação pessoal em detrimento dos distribuídos por empresas, como por exemplo, das que produzem jornalismo profissional. Em entrevista à DW Brasil, o editorexecutivo da Folha, Sérgio Dávila, afirmou que não teme uma grande queda de audiência e que o posicionamento da rede social incentiva a criação de "bolhas" ou


"condomínios de convicções", nas quais leitores não têm contato com pessoas que têm informações e posições diferentes das deles. Ele diz acreditar que outros grandes veículos seguirão os passos do jornal e deixarão de postar no Facebook. "Obviamente nós somos só um jornal, embora sejamos o maior jornal do terceiro maior mercado do Facebook", frisou Dávila. "Se outros veículos fizerem a mesma coisa no Brasil e em outros países, acredito que o Facebook rediscutirá sua decisão." "As redes sociais tendem muito a criar 'bolhas'", diz o editor-executivo Sérgio Dávila DW Brasil – Por que a Folha decidiu não publicar mais seu conteúdo no Facebook? Sérgio Dávila – É uma decisão que nós temos discutido há alguns meses, e a gota d'água foi a mudança no algoritmo anunciada pelo Facebook em janeiro. Essa alteração, embora tenha sido vendida de uma forma muito "eufemística", ela acaba, de fato, banindo o jornalismo profissional das páginas do Facebook. Assim, analisamos que, com essas condições, não vale mais a pena para a Folha continuar postando seu conteúdo na página oficial do jornal na rede social. DW Brasil – A Folha não teme perder audiência com a decisão?

Sérgio Dávila – Felizmente, a audiência da Folha é muito saudável: no gráfico com as origens da audiência do jornal, as redes sociais são uma fatia importante, mas não tão importante. E, dentro das redes sociais, o Facebook já não é uma fatia tão importante – aliás, ela é declinante desde o ano passado. Nós tememos por uma queda de audiência, mas não tão grande que vá impactar o nosso negócio. E, ao mesmo tempo que anunciamos a saída do Facebook, tomamos uma série de medidas para buscar essa audiência que possa desaparecer via Facebook em outros lugares e outros canais. DW Brasil – Então a Folha continuará publicando seu conteúdo em outras plataformas, como Twitter, Instagram e LinkedIn? Sérgio Dávila – Sim. Enquanto essas redes sociais não mudarem seus algoritmos em linha com o que o Facebook fez, nós achamos que vale a pena continuar no Twitter, Instagram, LinkedIn e até em aplicativos de compartilhamento de conteúdos como WhatsApp. E, principalmente, usando um tipo de comunicação direta com o leitor: a newsletter. Diz-se que o e-mail e as newsletters iriam morrer – pelo contrário, nós estamos vendo a revalorização desses dois canais e investindo muito nas newsletters. Hoje temos quase uma dezena e devemos aumentar esses canais de newsletters para os leitores.

DW Brasil – Ao anunciar sua decisão, a Folha falou sobre os "aspectos problemáticos das redes sociais". Quais seriam? Sérgio Dávila – As redes sociais tendem muito a criar "bolhas" e "condomínios de convicções". As pessoas tendem a se relacionar nas redes com outras que são e pensam como elas. E nós encaramos o jornalismo profissional – em oposição a esse "condomínio fechado" das redes sociais – como uma praça pública. É uma missão cívica do jornalismo profissional ser essa praça pública em que leitores encontram pessoas, pensamentos e ideias que nem sabiam que existiam e que poderiam encontrar. Essa constante exposição ao contraditório faz toda a diferença na formação do cidadão, então, achamos que o jornalismo tem esse papel – e ele não estava sendo bem desempenhado numa rede social como o Facebook. DW Brasil – Na opinião da Folha, essa decisão do Facebook é um "tiro no pé", já que usuários em busca de informação qualificada precisarão sair da rede social para acessar jornais e blogs confiáveis? Sérgio Dávila – O Facebook é um gigante com 2 bilhões de usuários. Mas acredito que sim [que é um tiro no pé]: eles fizeram um cálculo de que, ao mudar o algoritmo, eles perderiam também audiência. Estudos recentes mostram que cerca de um terço do conteúdo compartilhado pelo usuário do


Facebook é conteúdo proveniente do jornalismo profissional. Quando eles mudam esse algoritmo em detrimento do jornalismo profissional, é possível que parte desse um terço impacte a audiência do Facebook. De fato, eles já estão começando a ter uma queda na audiência – desde a criação da rede social, o número de horas gastas pelos usuários na rede diminuiu –, mas acredito que eles esperam que isso aconteça com essa decisão. DW Brasil – A Folha encara o Facebook ou outras redes sociais como concorrentes na luta pela atenção dos usuários? Sérgio Dávila – A Folha encara – ou encarava – o Facebook usando a expressão em inglês "frenemy", que dizer, como "amigo-inimigo". "Amigo" no sentido de que o compartilhado nesta rede gera audiência para o jornal, mas um "inimigo" ao disputar a atenção do leitor. E ainda tem a questão da verba publicitária: o Facebook pode dizer o quanto quiser que não é uma empresa de mídia, mas, de fato, eles são uma empresa de mídia que vive de anúncio. É a definição clássica de uma empresa de mídia: veicula conteúdo e vive de anúncio. Então, quando eles entram no mercado, como exemplo no americano, em que o duopólio Google-Facebook tem 90% do mercado publicitário digital, a rede social é uma força destrutiva neste sentido.

DW Brasil – A Folha certamente investiu para obter quase 6 milhões de seguidores no Facebook. O jornal se arrepende disso? Sérgio Dávila – Não. Parecia uma estratégia válida enquanto o algoritmo nos favorecia: é onde boa parte dos leitores está, então, gostaríamos de estar lá também. Nós decidimos parar de atualizar essa página por causa da mudança no algoritmo, que é de janeiro. Se o Facebook resolver reavaliar a decisão, a Folha fará o mesmo e voltará, certamente, a postar na rede social. Não foi um esforço em vão, mas, nos últimos meses, já não vale mais a pena [postar no Facebook]. DW Brasil – A Folha acredita que outros grandes veículos seguirão os passos do jornal e deixarão de postar no Facebook? Sérgio Dávila – Sim. Pelo movimento que temos visto nas últimas horas e pelas reações à nossa decisão, acreditamos que sim, que outros veículos brasileiros deverão seguir esse caminho. E nós ficamos muito felizes se isso acontecer, porque quanto mais formos nessa ação, maior será o impacto dela. Então, se outros veículos resolverem fazer o mesmo, acredito que é bom para a causa. DW Brasil – Essa pressão das mídias poderá fazer com que o Facebook reveja a redução do alcance das postagens de páginas de veículos de comunicação na rede social?

Sérgio Dávila – Essa é a intenção. Estamos mudando nossa posição na esperança de que o Facebook reavalie a deles. Obviamente nós somos só um jornal, embora sejamos o maior jornal do terceiro maior mercado do Facebook. Então, essa força também não é desprezível, mas somos um jornal num universo de 2 bilhões de usuários. Agora, se outros veículos fizerem a mesma coisa no Brasil e em outros países, eu acredito que eles, pelo menos, rediscutirão essa decisão.

Objetivo do Facebook não é ‘deixar publishers felizes’ Poder360 180214 http://bit.ly/2EHWTpF

Objetivo do Facebook não é ‗deixar publishers felizes‘, diz chefe da rede social Campbell Brown foi contratada em 2017 PODER360 / 14.fev.2018 (quarta-feira) 17h02 / atualizado: 15.fev.2018 (quintafeira) - 9h52 A chefe de parcerias jornalísticas da rede social, Campbell Brown, disse em evento na 3ª feira (13.fev.2018) que seu trabalho


―não é deixar os publishers felizes―. Brown, que era jornalista da CNN, foi contratada em janeiro de 2017. ―Meu trabalho é garantir que haja notícias de qualidade no Facebook e que os editores que desejam estar no Facebook tenham um modelo de negócios que funciona. Se alguém sentir que essa não é a plataforma certa para eles, eles não deveriam estar no Facebook―, disse.

feira (8.fev.2018) que parou de publicar novos conteúdos na rede social. Durante o evento, Brown foi questionada sobre a decisão do jornal brasileiro de ter deixado de postar notícias na página oficial. Segundo ela, a Folha não era ―muito participativa no Facebook por 1 bom tempo―, e que a decisão não a surpreendeu.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou em janeiro que a rede social priorizará em 2018 publicações de familiares e amigos em 2018. Já textos jornalísticos, vídeos e marcas comerciais terão menos espaço no feed de notícias. É a alteração mais importante no algoritmo da rede nos últimos anos.

Facebook admite que redes sociais podem ameaçar democracia

A intenção do Facebook era reduzir o que é considerado conteúdo passivo –que os usuários leem e assistem, mas com os quais não interagem. Daí a diminuição na presença de vídeos, notícias e conteúdo de empresas.

DW 180123 http://bit.ly/2EKm8I4

Brown disse ainda no evento que, como o futuro do jornalismo é incerto, a experimentação na plataforma é normal.

Facebook admite que redes sociais podem ameaçar democracia Empresa reconhece ter demorado em perceber uso indevido da plataforma e afirma estar trabalhando para minimizar riscos de interferências em eleições.

MÍDIA NO BRASIL Os veículos no Brasil já estão reagindo às mudanças anunciadas por Zuckerberg. O jornal Folha de S. Paulo anunciou na 5ª

180123 Facebook admite que redes sociais podem ameaçar democracia | Notícias e análises internacionais mais importantes do dia | DW http://bit.ly/2EKm8I4

O Facebook admitiu nesta segunda-feira (22/01) que não pode oferecer garantias de que as redes sociais não representam um perigo para a democracia. A empresa, no entanto, afirmou que está fazendo de tudo para reduzir riscos de interferências em eleições. "Apesar de ser um otimista, não ignoro os perigos que a internet pode provocar, mesmo no seio de uma democracia que funciona bem", disse o diretor de produto do Facebook Samidh Chakrabarti, num texto divulgado na rede social. O Facebook é alvo de críticas por fazer pouco para impedir a propagação de notícias falsas, as chamadas fake news, na plataforma. O tema tornou-se uma questão global após as acusações de que a Rússia tentou desta maneira influenciar as eleições nos Estados Unidos, França e Reino Unido. Moscou nega as acusações. Segundo Chakrabarti, o Facebook, que possui mais de 2 bilhões de usuários, tem o dever moral de entender como sua tecnologia está sendo usada e o que deve ser feito para se tornar uma plataforma mais confiável possível. O diretor admitiu também que a empresa demorou em perceber que "pessoas malintencionadas estavam utilizando a plataforma de maneira abusiva". Ele


assegurou que o Facebook está trabalhando para neutralizar esses riscos. Chakrabarti lamentou ainda a maneira como a plataforma foi usada durante as eleições americanas em 2016. O Facebook identificou 80 mil mensagens criadas por agentes russo que alcançaram 126 milhões de pessoas em dois anos. Em um comunicado distinto, a encarregada das questões ligadas à política do grupo baseado na Califórnia, Katie Harbath, afirmou que a plataforma continua determina a combater as influências negativas e contribuir para o bem da democracia. Recentemente, a empresa anunciou que dará prioridade aos conteúdos publicados por familiares e amigos em detrimento dos perfis de empresas, marcas ou meios de comunicação social. No início do ano, fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, reconheceu ter subestimado em 2016 o seu papel na propagação de informações falsas.

Unilever ameaça cortar anúncios Poder360 180213 https://t.co/la8pGGxElp

Unilever ameaça cortar anúncio no Facebook e no Twitter Cobrou combate a fake news Unilever não quer se associar a plataformas que não contribuam positivamente com a sociedade. PODER360 / 13.fev.2018 (terça-feira) 14h08 A Unilever ameaçou retirar suas campanhas de plataformas digitais como Facebook e Google, caso elas não consigam conter o avanço de fake news e de publicações com conteúdo extremista, racista e sexista. A companhia é a 2ª maior investidora em publicidade na internet. Para a empresa, tais publicações podem criar ―divisões na sociedade‖.

―A Unilever, como anunciante confiável, não quer anunciar em plataformas que não contribuam positivamente para a sociedade‖, disse. Segundo ele, a empresa está empenhada em abordar a diversidade de gênero na publicidade e só se associará a organizações comprometidas em melhorar a infra-estrutura digital. ―Os consumidores não se preocupam com a verificação de terceiros. Eles não se importam com o valor dos anunciantes. Mas eles se importam quando vêem as marcas serem colocadas ao lado de anúncios financiando terror ou explorando crianças‖, disse. Em nota, o Facebook disse que apoia integralmente o compromisso da Unilever e estará ―trabalhando de perto com eles‖.

O anúncio foi feito nesta 2ª feira (12.fev.2018) pelo chefe de divisão de marketing da Unilever, Keith Weed, em discurso na conferência anual da Interactive Advertising Bureau, na Califórnia. O evento é 1 dos maiores da indústria do marketing no mundo.

A Unilever ainda vai discutir uma nova parceria com a IBM, num projeto que usa a tecnologia de blockchain (a mesma do bitcoin) para a publicidade. O objetivo é reduzir fraudes ao oferecer métricas confiáveis para medir o investimento feito na internet.

No discurso, Weed pediu para que a indústria de tecnologia melhore a transparência e a confiança do consumidor em uma era de notícias falsas e de disseminação de conteúdo ―tóxico‖.

ANÚNCIO NEGATIVO No ano passado, a Unilever foi bastante criticada por 1 anúncio do sabonete Dove no Facebook considerado racista. Com a repercussão do anúncio, a empresa se desculpou. ―Em uma imagem publicada esta semana, erramos ao representar as


mulheres de cor, e lamentamos profundamente os danos causados‖, disse em mensagem publicada no Facebook e no Twitter. No anúncio, de 3 segundos, uma mulher negra tira a camiseta para revelar uma mulher branca, que remove sua camiseta e revela uma 3ª mulher. O vídeo foi retirado do ar. Com informações da Reuters

Só duas perguntas? Pesquisas do Facebook têm bem mais do que isso Poder360 180129 http://bit.ly/2opX5TJ Só duas perguntas? Pesquisas do Facebook têm bem mais do que isso Iniciativa deve filtrar sites confiáveis Mark Zuckerberg anunciou as mudanças no algoritmo do Facebook na 5ª feira (11.jan)

Nieman Lab / 29.jan.2018 (segunda-feira) 16h06 / por Shan Wang* ―Você reconhece os seguintes websites? (Sim. Não.)‖ Essa é a primeira pergunta em uma pesquisa para usuários que o próprio Facebook desenvolveu. O levantamento será usado como um indicador que afeta o ranking de empresas jornalísticas no feed de notícias, de acordo com o BuzzFeed News, o 1º a ter acesso à pesquisa inteira. Aqui está a primeira e última pergunta que o Facebook pretende fazer aos seus usuários: ―O quanto você confia nessas fontes? (Opções: Completamente/Muito/Mais ou menos/Pouco/Nada.)‖. Dos editores das notícias vieram desaprovação e comentários desagradáveis, como também o medo eterno do tráfego para seus sites de notícias diminuir e o ―bloodletting‖ que está por vir das empresas cujo tráfego depende do Facebook. Mark Zuckerberg disse em um post no Facebook que essas atualizações ―não mudariam a quantidade de notícias que os usuários veem no Facebook‖ e que estas ―mudanças pela confiança‖ só significariam uma alteração no ―equilíbrio das notícias das fontes que julgamos confiáveis―.

23 jan Will Oremus?@WillOremus First thought: Facebook's survey turns out to be exactly how I described it in my original story on Friday. https://twitter.com/Kantrowitz/status/9559 31990234161154 … (Story: https://slate.com/technology/2018/01/face book-will-rank-new-sources-bytrustworthiness-what-could-go-wrong.html …) pic.twitter.com/LttAOdjG4l Will Oremus?@WillOremus Second thought: The fact that the survey itself is simplistic doesn't rule out the possibility that Facebook is handling the results with more sophistication than people are assuming. See this thread with @mosseri, head of news feed: https://twitter.com/mosseri/status/9545224 08454467584 … 21:56 - 23 de jan de 2018 Até que ponto essa coisa de ―confiança‖ é indicador de ranking? Casey Newton, do The Verge, perguntou e meio que recebeu uma resposta: 23 jan CaseyNewton?@CaseyNewton Respondendo a @mosseri I‘m curious to know how it compares to other signals — informative, local, how long people spend reading, whether they comment or share, etc. I assume given


preponderance of signals, this one data point will have a limited impact in many cases

o quão confiável uma organização de notícias é, por meio de usuários com uma variedade grande de hábitos de consumo.

Adam Mosseri@mosseri How trustworthy people feel a publisher is a actually a big signal for publishers for which we have data, and not a signal at all for publishers for which we don‘t. It‘s an important signal with limited coverage. 21:25 - 23 de jan de 2018

19 jan Will Oremus?@WillOremus / Respondendo a @mosseri OK. And "how wide a range" implies that you're looking at the characteristics of those people in some way, rather than just the raw numbers? That is, does a wider range of people = a more diverse set of people, along some dimension(s)?

O que é claro é que o Facebook já tem dados suficientes de seus usuários que poderá –e irá– usar em conjunto com sua pesquisa de apenas duas perguntas. 24 jan Mathew Ingram?@mathewi The most charitable interpretation of this survey is that it is going to be based mostly on all the behavioral info that Facebook knows about you that is hidden from you and that they probably won't tell us about https://twitter.com/Kantrowitz/status/9559 31990234161154 … David Clinch?@DavidClinchNews So, two public questions and answers but lots and lots of answers you have already given based on your behavior? 14:00 - 24 de jan de 2018 Dentro das perguntas sobre confiança entram características adicionais dos usuários. O Facebook está querendo saber

Adam Mosseri @mosseri Exactly, the dimension we're looking at is what people read. What we mean by broadly trusted is trusted by people with a wide range of reading habits. 21:41 - 19 de jan de 2018 19 jan Adam Mosseri @mosseri / Respondendo a @WillOremus @dseetharaman That's right, we're looking for trust from people a range of reading habits, not from people who read a range of things themselves. Jason Kint?@jason_kint That‘s interesting. So the classic issue that results in Fox News being #1 for most trusted News brand and #1 for least trusted News brand works against them vs a News brand trusted by a diverse group? https://www.poynter.org/news/poll-fox-

news-most-trusted-and-least-trustednetwork-america … 00:28 - 20 de jan de 2018 Poll: Fox News most trusted (and least trusted) network in America PBS ranks high. poynter.org Alguns ofereceram outras ideias para medir confiança. Mike Caulfield, chefe da Digital Polarization Initiative no American Democracy Project, explicou a sua sugestão. Da divulgação do novo feed de notícias ao anúncio seguinte do Facebook, há de se pensar que existe uma desconexão entre os times (é um problema puramente de engenharia versus os algoritmos que estão com falhas e precisam de um toque humano) e entre a liderança (por que o chefe de parcerias do Facebook, Campbell Brown, tem estado tão quieto?). 24 jan / irwin@irwin Crap. I think I might be coming around to the position that Facebook's seemingly dumb news trust survey questions were actually not horrible. Which is not to say they care about journalistic ethics. Just that, for what Facebook is trying to do, those 2 questions work. irwin@irwin


Facebook (and I'm totally speculating here) doesn't see the fake news problem the same way journalists or the general public thinks of it. They probably see it purely as a technical problem. How to prevent bad actors from gaming the inherent feedback loops (using ad placement)... 15:27 - 24 de jan de 2018

para os usuários, e um pouco mais prejudicadas pela incerteza.

24 jan / irwin@irwin Crap. I think I might be coming around to the position that Facebook's seemingly dumb news trust survey questions were actually not horrible.

Huh, almost like local news has been doing its job and more, without FB, for decades https://t.co/briTZmgpWi

Which is not to say they care about journalistic ethics. Just that, for what Facebook is trying to do, those 2 questions work. irwin@irwin The more pertinent question is how Facebook defines "community" -- is it people who live in the same city? The people I'm friends with? The people I interact with most? Think about college towns -- how do you draw those community lines? 15:19 - 24 de jan de 2018 Mas algo é certo: o Facebook lançará novos produtos para notícias. Anúncios usarão expressões como ―conexões significativas―, ―família e amigos‖ e ―comunidade―. E as organizações de notícias estarão na plataforma, mas um pouco menos visível

Facebook‘s equation for local news: -Updates on local businesses -Syndicated national news -Events today -Classifieds

— Dave Gershgorn (@davegershgorn) 25 de janeiro de 2018 *Shan Wang integra a equipe do NiemanLab. Ela trabalhou em editoriais na Harvard University Press e já foi repórter do Boston.com e do New England Center for Investigative Reporting. Uma das primeiras histórias escritas por ela foi sobre Quadribol Trouxa para o The Harvard Crimson. Ela nasceu em Shanghai, cresceu em Connecticut e Massachusetts e é fã de Ray Allen. Leia aqui o texto original. –– O texto foi traduzido por Carolina Reis do Nascimento. __ O Poder360 tem uma parceria com o Nieman Lab para publicar semanalmente no Brasil os textos desse centro de estudos da Fundação Nieman, de Harvard. Para ler todos os artigos do Nieman Lab já traduzidos pelo Poder360, clique aqui.

Facebook atingiu o auge e pode perder influência 180220 http://bbc.in/2Fjm0A0 8 razões que mostram que o Facebook atingiu seu auge e pode começar a perder influência Amol Rajan* / BBC / 20 fevereiro 2018 Na superfície, o Facebook é uma das propostas comerciais mais bem-sucedidas na história dos negócios. Sua capitalização de mercado está hoje em mais de meio trilhão de dólares. As ações são seis vezes mais rentáveis atualmente do que há cinco anos. O retrato geral é de crescimento e prosperidade, como o editor de mercado de capitais do Financial Times, Miles Johnson, escreveu esta semana: "A rede social... está aumentando seus lucros em mais de 50% por trimestre e os ganhos por ação em mais de 70%, fazendo com que sua rentabilidade e crescimento estejam a anos-luz da média de uma empresa nos Estados Unidos". Mas a imagem que se tem a médio e longo prazo da companhia é muito diferente.


O submundo dos vídeos que humilham e expõem crianças no YouTube Como escravos entravam na Justiça e faziam poupança para lutar pela liberdade O Facebook está acumulando inimigos e desafios a tal velocidade que seus horizontes ficaram, de repente, nublados. A empresa tem enfrentado turbulências na relação com anunciantes poderosos, como a Unilever, e com a mídia. Neste último caso, decorrentes de sua decisão de diminuir a visibilidade do jornalismo profissional nas páginas dos usuários para privilegiar outros tipos de interação - a medida levou, por exemplo, o jornal brasileiro Folha de S.Paulo a anunciar que iria parar de atualizar suas páginas na rede. "As desvantagens em utilizar o Facebook como um caminho para essa distribuição (de conteúdo) ficaram mais evidentes após a decisão da rede social de diminuir a visibilidade do jornalismo profissional nas páginas de seus usuários. O algoritmo da rede passou a privilegiar conteúdos de interação pessoal, em detrimento dos distribuídos por empresas, como as que produzem jornalismo profissional", escreveu a Folha em texto em que anuncia a decisão. Pode parecer loucura, ou contradição, argumentar que o poder do Facebook está diminuindo. Mas aqui há oito razões para pensar que, em termos de influência, se

não riqueza, a rede social certamente já alcançou seu ponto máximo. 1. Usuários em queda Em seu último relatório de lucros, o Facebook revelou que, pela primeira vez, o número de usuários diários ativos caiu nos Estados Unidos e no Canadá, seu maior mercado. A redução foi pequena, de 185 milhões para 184 milhões, mas trata-se de um fato importante. Primeiro porque foi a primeira queda e, além disso, porque ela precede as mudanças que Mark Zuckerberg anunciou no feed (página inicial) dos usuários para priorizar "interações significativas" em vez de notícias. 2. Menos engajamento Mas talvez a queda no número absoluto de usuários não seja o fator mais preocupante para o gigante das redes sociais. Também houve um recuo no tempo que eles passam na plataforma ou, em outras palavras, no engajamento. O Facebook informou que a quantidade de tempo gasta pelos usuários na rede social caiu em 50 milhões de horas por dia. Isso representa uma queda enorme, e sugere que a experiência do seu feed de notícias se tornou menos viciante - o que também o torna menos atrativo para os anunciantes. 3. Turbulências com anunciantes

Falando neles, a maior vulnerabilidade do Facebook poderia ser uma retirada massiva de anunciantes. Há alguns dias, o diretor de marketing da Unilever, Keith Weed, disse que a confiança dos consumidores nas redes sociais despencou. Ele ameaçou tirar dinheiro não só do Facebook, mas também do Google. E o que aconteceria se outros grandes anunciantes o seguissem? Já existe uma inimizade notável entre alguns anunciantes e grandes empresas de tecnologia por causa do alegado sigilo sobre os usuários que são alvo dos anúncios. Importantes agentes do mundo publicitário reclamam do que veem como uma falta de transparência de companhias como o Facebook nesse sentido. Para além de tudo isso, a empresa foi obrigada a admitir no passado que superestimou extremamente a quantidade de tempo que os espectadores passavam assistindo vídeos na plataforma. Tudo isso colabora para uma potencial fuga de anunciantes, que pode eventualmente ser terrível para seu modelo de negócios. 4. Desinformação e notícias falsas Justificando sua posição, Keith Weed, da Unilever, disse que "as pessoas estão cada vez mais preocupadas preocupadas com o impacto do digital no mundo bem-estar, na


democracia e na verdade propriamente dita". Está muito claro que a investigação em curso sobre a suposta participação da Rússia na eleição de Donald Trump como presidente dos EUA analisará o uso que aqueles que cercam o Kremlin fizeram da plataforma. Além disso, Hillary Clinton afirmou no ano passado que o Facebook havia sido a causa fundamental da derrota apertada que sofreu. E se o Facebook, que se define como uma empresa cuja missão social é tornar o mundo mais aberto e conectado, passa a ser conhecido como aquele cara mau cuja desinformação minou a vontade do povo americano, isso certamente afetará sua reputação. 5. Ataques de seus ex-executivos Outra coisa terrível para a reputação da companhia são os ataques que chegam de ex-alto executivos. Chamath Palihapitaya, ex-vice-presidente de crescimento de usuários, disse alguns meses atrás que as ferramentas de interação criadas pela rede social "estão destruindo como a sociedade funciona". E acrescentou: "Não há discurso civil nem cooperação, há desinformação, mentira".

Outros ex-executivos fizeram o mesmo, incluindo Sean Parker, cofundador do Facebook. A razão pela qual isso importa não é apenas o fato de gerar manchetes negativas. É que se a reputação do Facebook no Vale do Silício cair, isso pode ser uma barreira às suas aquisições (Instagram, WhatsApp, etc.), que podem promover o crescimento futuro da companhia. 6. Regulações mais duras Tanto na Europa como nos Estados Unidos, entidades reguladoras estão travando uma espécie de guerra de desgaste mútuo contra o Facebook, que poderia se tornar rapidamente muito mais explosiva. Em Bruxelas, a comissária responsável pela concorrência, Margrethe Vestager, está com as empresas de tecnologia na mira. Na Alemanha, leis que penalizam a incitação ao ódio estão sendo usadas para impor multas pesadas ao Facebook. O clima está ficando pesado em todos os lados, e isso nos leva a entrar no assunto dos dados... 7. Regulação de proteção de dados As novas superpotências no mundo dos negócios são um tipo recente de gigante da tecnologia: o que lucra com o uso de dados pessoais.

Mas com a evolução da economia de dados vem a evolução da regulação de dados. O Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR, na sigla em inglês) entrará em vigor no dia 25 de maio e terá um enorme impacto sobre empresas como o Facebook, que poderiam enfrentar grandes multas por infrações. A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, disse que a empresa ajustou suas configurações de privacidade com antecedência. No sua teleconferência mais recente para divulgação de resultados financeiros, o Facebook alertou especificamente que o GDPR poderia ser um obstáculo ao seu crescimento futuro. 8. Antagonismo com a indústria de notícias A indústria de notícias tem se voltado contra a rede social há algum tempo, em parte devido à velocidade com que o Facebook e o Google engolem os recursos publicitários. O domínio dessas duas empresas limita a capacidade das empresas de notícias tradicionais de ganhar dinheiro na internet e, como tal, poderia ser fatal para suas perspectivas.


Mas, para muitas figuras importantes no mundo das notícias, as mudanças recentes do Facebook poderiam reduzir drasticamente o tráfego de usuários para suas páginas na internet. O Buzzfeed, que depende fortemente das notícias compartilhadas nas redes sociais, anunciou recentemente cortes de empregos, por exemplo. Este duplo golpe para o setor de notícias o fato de o Facebook engolir o dinheiro de publicidade por um lado e, em seguida, apertar as torneiras do tráfego para os sites restringindo os conteúdos que chegam ao feed de notícias dos usuários - garante um relacionamento antagônico com o segmento em todo o mundo. As ameaças não param por aí Além de tudo isso, existem outras preocupações para o Facebook: a possibilidade de estar atingindo o limite de sua capacidade de crescimento no mundo de língua inglesa; se a sua plataforma móvel está equipada bem o bastante para aproveitar a próxima duplicação da população da internet; se os gigantes tecnológicos chineses vão vencê-lo nos mercados em crescimento da África; e se a cultura da empresa é saudável o suficiente para suportar todas essas pressões. Mas essas são ameaças futuras ou emergentes - as citadas anteriormente já

estão tendo um impacto muito sério na empresa agora. Sem querer fazer deste texto um passeio pela cidade das ressalvas, convém lembrar que o Facebook é uma das empresas mais inovadoras de toda a história, que acumulou uma riqueza impressionante por meio de um imenso trabalho duro e que oferece um serviço agradável e gratuito (se você descontar que paga com seus dados pessoais). No entanto, ganham força as suspeitas de que Mark Zuckerberg e sua equipe desencadearam algo que não podem controlar. E que, depois de um crescimento vertiginoso de 14 anos, sua influência em nosso domínio público global pode ter atingido o auge. *Com informações adicionais da BBC Brasil.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.