O pan nos media 28 a 30 setembro 2015

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O PAN nos media - 28 a 30 Setembro 2015


Revista de Imprensa

1. Análise à campanha eleitoral, RTP Informação - Diário de Campanha, 30-09-2015

1

2. Legislativas: Campanha do PAN, Antena 1 - Notícias, 30-09-2015

2

3. Campanha dos pequenos partidos, SIC Notícias - Edição da Manhã, 30-09-2015

3

4. Alto Alentejo a caminho das legislativas, Alto Alentejo, 30-09-2015

4

5. Guimarães tem 144.558 eleitores inscritos e 79 já votaram, Comércio de Guimarães (O), 30-09-2015

5

6. Dia 4 de Outubro exerça o seu direito de voto, Defesa (A), 30-09-2015

9

7. Perguntas e respostas sobre como se processa a votação, Destak Online, 30-09-2015

10

8. Todos diferentes, todos iguais, Diário de Notícias da Madeira, 30-09-2015

12

9. Últimos esforços para apelar ao voto, Diário de Notícias da Madeira, 30-09-2015

13

10. PAN pede fim dos espectáculos com animais na Madeira, Diário de Notícias da Madeira Online, 30-092015

14

11. Todos diferentes, todos iguais, Diário de Notícias da Madeira Online, 30-09-2015

16

12. Açores têm 227 mil eleitores, Diário Insular, 30-09-2015

18

13. PAN defende abolição de shows com animais, Funchal Notícias Online, 30-09-2015

20

14. Legislativas 2015 - Campanha a arder a 3 dias do fim, i, 30-09-2015

25

15. Justiça mais célere, JM, 30-09-2015

35

16. Coligação com 41% e PS com 29% na "maior sondagem" das legislativas, Negócios Online, 30-09-2015

36

17. Nova sondagem: Coligação perto de conquistar maioria absoluta, Notícias ao Minuto Online, 30-09-2015

39

18. Nas eleições de domingo haverá 16 opções de voto. Sabe quais são?, Notícias ao Minuto Online, 30-092015

40

19. No domingo, terá 16 opções de voto. Sabe quais são?, Notícias ao Minuto Online, 30-09-2015

42

20. Sondagens do dia. Coligação com 41%, PS 29%, Observador Online, 30-09-2015

44

21. Em direto: Os dois avisos de Vitorino ao PS, Observador Online, 30-09-2015

45

22. Nestas eleições terá 16 opções de escolha nos boletins de votos. Saiba quais são, Oeiras Digital Online, 30-09-2015

47

23. Senenses na corrida à Assembleia da República, Porta da Estrela Online, 30-09-2015

49

24. No day after há cenários para todos os resultados, Público, 30-09-2015

50

25. Inquérito diário: Coligação na frente com 6,3 pontos de avanço sobre PS, Público Online, 30-09-2015

61

26. Distrito de Setúbal- Agenda Eleições Legislativas Coligação PCP - PEV promove concentração em Defesa

63


do Hospital do Barreiro PS - Autoeuropa . PaF no Barreiro, Rostos Online, 30-09-2015 27. Eleições legislativas de domingo vão ter 16 opções de voto, Rádio Boa Nova Online, 30-09-2015

68

28. PS e CDU quebram consenso sobre recenseamento automático e voto eletrónico no estrangeiro, Sapo Online - Sapo Notícias da Agência Lusa Online, 30-09-2015

69

29. Quanto vale o seu voto, Setúbal Mais, 30-09-2015

71

30. Dezasseis forças políticas vão a votos, Setúbal Mais, 30-09-2015

72

31. PAN e MTP frente-a-frente, SIC Notícias Online, 30-09-2015

73

32. PAN, PURP e PPV/CDC no Porto, Loures e Aveiro, SIC Notícias Online, 30-09-2015

75

33. Lesgislativas: Tudo sobre as eleições num especial de 23 páginas, Sábado Online, 30-09-2015

77

34. Bastidores: Um artista generoso e as eleições, Sábado Online, 30-09-2015

81

35. PAULA ELIAS, Tribuna Alentejo Online, 30-09-2015

86

36. Campanha do PAN, Antena 1 - Notícias, 29-09-2015

92

37. Legislativas nacionais: campanha do PAN, RTP Madeira - Telejornal Madeira, 29-09-2015

93

38. Ronda por outros pequenos partidos, SIC Notícias - Edição da Noite, 29-09-2015

94

39. Ronda por outros pequenos partidos, SIC - Jornal da Noite, 29-09-2015

95

40. PAN acusa o Canil Municipal do Porto de utilizar a "política de abate", Porto Canal - Jornal Diário, 29-092015

96

41. O PAN visitou hoje o canil do Porto, TSF - Notícias, 29-09-2015

97

42. PAN esteve a visitar o canil do Porto, TSF - Notícias, 29-09-2015

98

43. Dar a Palavra, SIC Notícias - Jornal de Campanha, 29-09-2015

99

44. Espaço Picar a Rede, SIC Notícias - Jornal de Campanha, 29-09-2015

100

45. Passos alarga vantagem sobre Costa, Correio da Manhã, 29-09-2015

101

46. Candidatos nº1 pela Coligação e pelo PS passaram por Azeméis, Correio de Azeméis, 29-09-2015

106

47. Clique da Campanha, Destak, 29-09-2015

114

48. Acordo Ortográfico. Conheça as posições dos partidos, Diabo (O), 29-09-2015

115

49. Legislativas - O que os empresários dizem das eleições, Diário de Notícias, 29-09-2015

118

50. Louvor aos que pelos animais tudo fazem, Diário de Notícias da Madeira, 29-09-2015

131

51. Luta mais intensa em vésperas de eleições, Diário de Notícias da Madeira, 29-09-2015

132

52. Redes sociais entram na campanha de todos os partidos, Diário dos Açores, 29-09-2015

133


53. Legislativas 2015 - Nove trabalhos a que o novo governo não pode fugir, Diário Económico, 29-09-2015

134

54. PAN pede mais meios para a Justiça, Funchal Notícias Online, 29-09-2015

140

55. PAN, i, 29-09-2015

145

56. Marinho e Pinto ao i: "Já estou velho de mais para ser ministro", i, 29-09-2015

146

57. A 4 de outubro o «caminho é o PS», JM, 29-09-2015

148

58. PAN quer Justiça mais célere, JM Online, 29-09-2015

149

59. PAN defende abolição dos espetáculos com sofrimento ou morte de animais, Jornal de Notícias Online, 29-09-2015

151

60. PAN quer pôr um ponto final a canis de abate, Notícias ao Minuto Online, 29-09-2015

153

61. A balança das intenções de voto pende cada vez mais para um lado, Notícias ao Minuto Online, 29-092015

154

62. Sondagens, Partido Socialista e a sustentabilidade da Democracia em Portugal, Oeiras Digital Online, 2909-2015

155

63. PAN acusa o Canil Municipal do Porto de utilizar a ´politica de abate´, Porto Canal Online, 29-09-2015

158

64. Conheça as posições dos partidos sobre o AO90, Público, 29-09-2015

159

65. Quando se aproximam as eleições, a campanha é mais agressiva, Público, 29-09-2015

160

66. Conheça as posições dos Partidos sobre o AO90, Público Online, 29-09-2015

170

67. Inquérito diário: Coligação volta a crescer e chega aos 7,2 pontos de vantagem sobre PS, Público Online, 29-09-2015

172

68. Partidos sem Jokers na manga colocam os Fantasmas na mesa, Público Online - P3 Online, 29-09-2015

174

69. Eleições Legislativas no Distrito de Setúbal- Agenda António Costa hoje no Barreiro e Jerónimo de Sousa dia 2 de Outubro, Rostos Online, 29-09-2015

176

70. PAN quer apostar na agricultura biológica, RTP Online, 29-09-2015

182

71. PAN considera cara a viagem de cacilheiro, RTP Online, 29-09-2015

183

72. 6535 eleitores inscritos no concelho de Belmonte, Rádio Caria Online, 29-09-2015

184

73. PAN defende abolição dos espetáculos com sofrimento ou morte de animais, Sapo Online - Sapo Notícias da Agência Lusa Online, 29-09-2015

185

74. FILIPA LOBATO, Tribuna Alentejo Online, 29-09-2015

187

75. PAN quer acabar com canis de abate - Legislativas 2015 - TSF Rádio Notícias, TSF Online, 29-09-2015

192

76. PAN quer trocar investimento nas touradas por "cultura real", TVI 24 Online, 29-09-2015

194

77. PAN quer estatuto jurídico dos animais para não serem tratados como mercadorias, Tâmegasousa.pt Online, 29-09-2015

195


78. PAN em campanha, RTP Madeira - Telejornal Madeira, 28-09-2015

197

79. Discurso Direto - Reta final da campanha eleitoral, TVI 24 - Discurso Direto, 28-09-2015

198

80. Eleições 2015: Campanha dos partidos sem assento parlamentar, RTP 1 - Jornal da Tarde, 28-09-2015

199

81. Legislativas 2015: Campanha dos partidos sem assento parlamentar, RTP 3 - Bom Dia Portugal, 28-092015

200

82. 15 candidatos vão discutir cinco lugares nos Açores, Atlântico Expresso, 28-09-2015

202

83. Socialistas travam queda, Correio da Manhã, 28-09-2015

205

84. Legislativas. Alberto Gonçalves em busca de Marinho e Pinto, Diário de Notícias, 28-09-2015

209

85. Eleições 2015 - Página ímpar, Diário de Notícias, 28-09-2015

221

86. Partidos realizam campanha pela Região, Diário de Notícias da Madeira Online, 28-09-2015

222

87. PAN quer estatuto jurídico dos animais para não serem tratados como mercadorias, Diário Digital Online, 28-09-2015

224

88. Por que é que Maria Luís acredita que vai cumprir o défice, Diário Económico, 28-09-2015

226

89. PAN desafia UMa a apostar em cursos diferenciadores, Funchal Notícias Online, 28-09-2015

234

90. Alimentar a «FIB», JM, 28-09-2015

238

91. Costa e Passos com enchentes no Minho, Jornal de Notícias, 28-09-2015

239

92. A importância das Legislativas para a região, Jornal Único Online, 28-09-2015

244

93. Mensagem de estabilidade teve eco popular em Braga, Negócios, 28-09-2015

248

94. PAN quer estatuto jurídico dos animais, Notícias ao Minuto Online, 28-09-2015

255

95. PAN diz sentir cada vez mais apoio popular, Porto Canal Online, 28-09-2015

256

96. Legislativas 2015. Inquérito. Indecisos aumentam CDU e BE esperam ganhar mais deputados, Público, 28-09-2015

257

97. Inquérito diário: Coligação com vantagem de 5,9 pontos sobre o PS, Público Online, 28-09-2015

264

98. PAN ilustra Distrito de Setúbal com 6 murais Uma forma de reabilitar paredes e muros públicos degradados, Rostos Online, 28-09-2015

266

99. PAN quer estatuto jurídico dos animais para não serem tratados como mercadorias, Sapo Online - Sapo Notícias da Agência Lusa Online, 28-09-2015

272

100. Candidatos do PAN e do MPT apostam no desenvolvimento do distrito - Entrevista a Vítor Alhandra e Cristina Rodrigues, Setubalense (O), 28-09-2015

274

101. PAN quer estatuto jurídico dos animais para não serem tratados como mercadorias, Sol Online, 28-092015

277

102. LEGISLATIVAS NO ALENTEJO | A COBERTURA POSSÍVEL, Tribuna Alentejo Online, 28-09-2015

278


103. PAN defende a criação do Estatuto Jurídico do Animal, TVI 24 Online, 28-09-2015

281


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Duração: 00:19:42

RTP Informação - Diário OCS: RTP Informação - Diário de de Campanha Campanha ID: 61221953 1

30-09-2015 10:05 1

1

Análise à campanha eleitoral http://www.pt.cision.com/s/?l=d2e93f6a Análise à campanha eleitoral com Fernando Alvim e Nuno Saraiva.

Repetições: RTP Informação - Diário de Campanha , 2015-09-30 01:35

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Duração: 00:01:24

Antena 1 - Notícias ID: 61193288

OCS: Antena 1 - Notícias

30-09-2015 09:06

Legislativas: Campanha do PAN http://www.pt.cision.com/s/?l=c9898335 A campanha do PAN, Partido pelos Animais e pela Natureza, navegou nas últimas horas pelas águas do Tejo para alertar para a forma como funciona os transportes públicos. Comentários de André Silva, PAN.

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Duração: 00:02:13

SIC Notícias - Edição da OCS: SIC Notícias - Edição da Manhã Manhã ID: 61192066 1

30-09-2015 07:27 1

1

Campanha dos pequenos partidos http://www.pt.cision.com/s/?l=80a32b77 Na ronda pelas outras formações políticas que concorrem a este ato eleitoral, o PURP denuncia as verbas atribuídas aos grandes partidos para investirem em campanha, enquanto o PAN pede o apoio do governo para a agricultura biológica. Declarações de André Silva (PAN).

Repetições: SIC - Edição da Manhã , 2015-09-30 07:27

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ID: 61234960

30-09-2015

Tiragem: 2000

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Âmbito: Regional

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> Distrito

Alto Alentejo a caminho das legislativas > Faltam apenas quatro dias para as eleições legislativas , à semelhança do que aconteceu em 2011, o distrito de Portalegre volta a contar com 14 candidaturas que irão estar discriminadas no boletim de voto. No domingo, os portugueses decidem que força política querem no comando dos destinos do País mas, em cada região, escolhem também os rostos que os vão representar na Assembleia da República. No caso de Portalegre, que em 2004 perdeu um deputado e se tornou no distrito com menor representação a nível nacional, os dois mandatos têm sido divididos entre PS e PSD (e CDS-PP), um cenário que dificilmente irá mudar no sufrágio de domingo. Há quatro anos, o PSD somou 19.992 votos, apenas mais 14 que o grande rival (PS). A CDU foi a terceira força mais votada, com 7.890 votos, seguida do CDS-PP (6.247) e do BE, com 2.743 votos. Dos 106.444 inscritos votaram apenas 61.598, o que representou uma taxa de abstenção de 57.87 por cento. PS e PSD dividiram os mandatos, elegendo Pedro Marques e Cristóvão Crespo, respectivamente. Num momento em que o Alto Alentejo e o País já estão em contagem decrescente para as primeiras eleições legislativas pós-troika, o nosso jornal dá a conhecer os partidos e os candidatos que, no domingo, estão à distância de uma cruz. Nós, Cidadãos Efectivo: Paula Lebre, 52 anos (Portalegre) Armando Silva, 58 anos (Lisboa) Suplentes: António Lebre, 52 anos (Elvas) Belarmina Lourenço, 50 anos (Portalegre)

Partido Popular Monárquico (PPM) Efectivos: João Gama, 61 anos (Campo Maior) Maria do Carmo Pereira, 62 anos (Lisboa) Suplentes: João Casimiro, 43 anos (Arronches) Anabela Vitória, 32 anos (Elvas)

Partido Nacional Renovador (PNR) Efectivos: Joana Perestrello, 48 anos (Oeiras) Paulo Dinis, 40 anos (Portalegre) Suplentes: João Batista, 68 anos (Amadora) Maria Batista, 64 anos (Amadora)

Partido Socialista (PS) Efectivos: Luís Testa, 37 anos (Portalegre) Pedro Murcela, 61 anos (Campo Maior) Suplentes: Sandra Cardoso, 40 anos (Crato) Eduardo Alves, 21 anos (Ponte de Sor)

Partido da Terra (MPT) Efectivos: Jorge Jesus, 23 anos (Londres) Raquel Silvestre, 22 anos (Galveias) Suplentes: Cláudio Soares (Funchal) Carlos Pereira (Funchal)

Bloco de Esquerda (BE) Efectivos: Rui Pulido Valente, 60 anos (Portalegre) Cecília Lopes, 28 anos (Vale do Arco) Suplentes: José Soares, 54 anos (Campo Maior) Maria Carvalho, 64 anos

(Portalegre) Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) Efectivos: Cristóvão Crespo, 57 anos (Portalegre) Helena Tapadas, 39 anos (Gavião) Suplentes: Isabel Abreu, 48 anos (Elvas) Diogo Cúmano, 25 anos (Castelo de Vide) Agir (PTP-MAS) Efectivos: Alice Marques, 48 anos (Cascais) Carminda Carrapiço, 52 anos (Campo Maior) Suplentes: Joaquim Afonso, 44 anos (Fundão) Bruno Lourenço, 33 anos (Fundão) Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP) Efectivos: José Nobre, 58 anos (Alter) António Morais, 62 anos (Alter) Suplentes: Carminda Antunes, 63 anos (Serpa) Ana Bela Rodrigues, 60 (Moita)

Partido Democrático Republicano (PDR) Efectivos: Pedro Rita, 32 anos (Portalegre) Sandra Rodrigues (Portalegre) Suplentes: António Carvalho Helda Mourato CDU (PCP-PEV) Efectivo: Manuela Cunha, 58 anos (Almeirim) Joel Moriano, 23 anos (Campo Maior) Suplentes: Sílvia Feliz, 39 anos (Avis) Vítor Martins, 38 anos (Nisa) Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) Efectivos: António Matos, 67 anos (Elvas) Fernando Matos, 36 anos (Elvas) Suplentes:

Maria Zagalo, 54 anos (Elvas) José Júlio Galguinho, 52 anos (Elvas) Livre/Tempo de Avançar Efectivos: Jaime Crespo, 52 anos (Queluz) Maria Felipe, 69 anos (Lisboa) Suplente: Nuno Araújo, 32 anos (Oeiras) Gonçalo Monteiro, 49 anos (Lisboa) Pessoas-Animais-Natureza (PAN) Efectivos: Paula Elias, 49 anos (Vila de Rei) Rui Alvarenga, 42 anos (Nisa) Suplentes: Maria Leitão, 53 anos (Portalegre) Francisco Nunes, 43 anos (Ponta Delgada)

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Eleições Legislativas 2015:

Dia 4 de Outubro exerça o seu direito de voto As eleições legislativas estão marcadas para o próximo dia 4 de Outubro, sendo 16 as forças políticas concorrentes, das quais três são coligações e as restantes 13 são partidos. Nas coligações, contam-se a Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e PEV, a coligação Portugal à Frente, com PSD e CDS-PP e a coligação Agir, que alia o MAS ao PTP. Os partidos políticos são: PS, BE, Livre/Tempo de Avançar, JPP, Nós, Cidadãos!, PPV/CDC, MPT, PDR, PCTP/MRPP, PNR, PURP, PPM e PAN.

Arcebispo de Évora:

“Que a abstenção se reduza ao mínimo”

S

FOTO: DR

obre as eleições legislativas que ocorrerão no próximo domingo, D. José Alves disse que “vamos esperar que chegue o dia 4 de Outubro, e eu esperava que ninguém ficasse em casa sem ir votar. Que não haja pessoas que fiquem em casa, porque é uma obrigação de todos os portugueses contribuir para a melhoria da governação do País. E na democracia isso deve acontecer com a colaboração de todos. E depois vamos esperar os resultados”. Questionado ainda pelos jornalistas sobre o “tom inflamado” da campanha, o Prelado disse que “os discursos são sempre inflamados. Isso faz parte desta ocasião de campanha, de haver alguns exageros, algumas exaltações no tom da voz e até das promessas que se fazem. Isso já é antigo, fazem-se promessas e depois algumas não se cumprem ou não podem ser cumpridas. Mas isso faz parte e fazemos-lhe o desconto. O mais importante, a meu ver, é que a abstenção se reduza ao mínimo”.

P

elo Círculo Eleitoral de Évora, onde serão eleitos 3 deputados, concorrem 14 forças políticas, que deverão aparecer pela seguinte ordem no boletim de voto: Partido Popular Monárquico (PPM); Partido Socialista (PS); Partido da Terra (MPT); Partido Democrático Republicano (PDR); CDU - Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV); Nós, Cidadãos! (NC); Bloco de Esquerda (B.E.); LIVRE/ Tempo de Avançar (L/TDA); Agir (PTP-MAS); Partido Nacional Renovador (PNR); Pessoas-Animais-Natureza (PAN); Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP); Portugal à Frente (PPD/PSD . CDS-PP); Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP). Em 2011, o PS foi o partido mais votado no Círculo Eleitoral de Évora, seguido do PSD e da CDU. Para as eleições de 2015, estes três partidos apresentam como cabeças de lista neste Círculo Eleitoral de Évora: Capoulas Santos (PS); António Costa da Silva (Portugal à Frente); e João Oliveira (CDU).

Mais de nove milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro vão votar no partido que consideram dever ser chamado para o Governo ou no que pensam que melhor os representa, elegendo os 230 lugares de deputados da Assembleia da República para a próxima legislatura. A campanha eleitoral arrancou no dia 20 de Setembro e termina no dia 2 de Outubro, sendo dia 3 o dia de reflexão. Só podem votar os cidadãos de nacionalidade portuguesa, maiores de 18 anos, e os cidadãos de nacionalidade brasileira residentes e recenseados no território nacional, que possuam o estatuto de igualdade de direitos políticos, informa a CNE na sua página da internet. “A inscrição no recenseamento é automática para todos os cidadãos portugueses residentes no território nacional e maiores de 17 anos”, informa a CNE. Os jovens que completem 18 anos no dia 4 de Outubro também poderão exercer o seu direito de voto.

Caso não saiba onde está recenseado, assim como o número de eleitor, pode obter essa informação na Junta de Freguesia do seu local de residência, através da página da internet www.recenseamento.mai.gov. pt ou enviando uma mensagem escrita (SMS) para o número 3838, com a mensagem “RE (espaço) número de CC/BI (espaço) data de nascimento=aaaammdd”. Será possível votar entre as 8:00 e as 19:00. A CNE alerta que “depois desta hora, só podem votar os eleitores que se encontrem dentro da assembleia de voto”. Por forma a exercer o seu direito de voto, cada eleitor deve apresentar à mesa de voto o seu documento identificativo (bilhete de identidade, cartão de cidadão, ou à falta destes, o passaporte ou carta de condução), assim como indicar o seu número de eleitor. A CNE acrescenta que actualmente o cartão de eleitor não é necessário para votar, tendo este documento deixado de ser emitido.

Medidas económicas e sociais têm de ser «amplamente» divulgadas

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Cáritas Portuguesa, a Comissão Nacional Justiça e Paz e a Sociedade de S. Vicente de Paulo apelam aos partidos políticos que “divulguem amplamente” as medidas de “apoio económico e social aos mais vulneráveis”, durante a campanha eleitoral. Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, as três instituições da Igreja Católica manifestam o seu “desejo” de que as medidas de “apoio económico e social” para os mais vulneráveis”, bem como as relativas à saúde e à educação, “se tornem prioritárias” para o próximo Governo de Portugal. A Cáritas Portuguesa, a Comissão Nacional Justiça e Paz e a Sociedade de S. Vicente de Paulo apelam também ao “sentido de responsabilidade” das portuguesas e dos portugueses para que no dia 4 de Outubro cumpram o “importante dever cívico” de votar. “O futuro dos Portugueses deverá depender da escolha de muitos e não de um pequeno número de eleitores”, acrescenta o comunicado intitulado ‘Votar é um direito, mas também um dever’.

Federação Portuguesa pela Vida desafia partidos a definir posições sobre aborto e família

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Federação Portuguesa pela Vida enviou uma carta aberta aos partidos que concorrem às eleições legislativas para que manifestem a sua posição sobre “a defesa da vida humana e a família, pontos fundamentais para a sociedade”. Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Federação Portuguesa pela Vida (FPV) considera que a resposta a seis perguntas sobre os “dois temas fundamentais” à sociedade portuguesa podem “ajudar os eleitores a ajuizar” o sentido do seu voto, em especial os que se revêem no ideário desta instituição. “O valor da vida humana é independente do seu estádio de desenvolvimento ou das capacidades”, assinala a FPV que pretende respostas sobre a defesa da vida humana, nomeadamente em relação ao aborto; a procriação medicamente assistida e a eutanásia. Sobre a família, a organização recorda que “não é apenas” uma realidade onde se gera vida mas o “local por excelência” onde o homem no seu estádio mais frágil “encontra apoio, sustento e protecção”. Neste ponto a FPV questiona, por exemplo, a posição dos partidos em relação à ‘Lei n.º 134/2015 de apoio à maternidade, à paternidade e pelo direito a nascer’; sobre o quociente familiar e quais as “medidas concretas” de apoio à natalidade para “inverter a crise demográfica”. “Sem família não há povo, trabalhadores, Estado Social, não há Portugal”, alerta ainda na carta aberta.

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30-09-2015

Tiragem: 11063

Pág: 8

País: Portugal

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Period.: Diária

Área: 22,55 x 32,00 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

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ID: 61190204

30-09-2015

Tiragem: 11063

Pág: 11

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 5,29 x 17,41 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

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ID: 61190515

30-09-2015

Tiragem: 3500

Pág: 7

País: Portugal

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Period.: Diária

Área: 20,39 x 29,80 cm²

Âmbito: Regional

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estão inscritos para votar domingo na região mais de 227 mil eleitores

Catorze forças políticas concorrem nos Açores

legiSlativaS Açorianos escolhem domingo cinco deputados na Assembleia da República

Os cadernos eleitorais indicam que mais de 227 mil açorianos podem votar nas 14 forças políticas que concorrem à Assembleia da República.

Tendo em conta os dados do recenseamento eleitoral, estão inscritos para votar nas eleições legislativas nacionais do próximo domingo 227.548 açorianos. O número de eleitores por ilha registados até ao encerramento do recenseamento eleitoral no final de julho, quando foi fixada a data de 4 de outubro para a realização das eleições, é o seguinte: Santa Maria - 5.452; São Miguel - 126.616; Terceira - 52.347 (32.982 em Angra do Heroísmo e 19.365 na Praia da Vitória); Graciosa - 4.456; São Jorge 8.669; Pico - 13.400; Faial - 13.072; Flores - 3.198 e Corvo - 338. Os eleitores açorianos vão encontrar 15 forças políticas no boletim de voto, mas só podem votar de forma válida em 14, uma vez que o Partido Democrático do Atlântico (PDA) foi extinto a 1 de setembro por decisão do Tribunal Constitu-

cional. Nas eleições legislativas nacionais do próximo domingo estão em disputa cinco mandatos para a Assembleia da República. O boletim de voto do círculo dos Açores inclui as seguintes forças políticas: Aliança Açores (CDS/ PP-PPM), PDR, CDU (PCP-PEV), PCTP-MRPP, BE, PSD, PS, Agir (PTP-MAS), PAN, Livre/Tempo de Avançar, MTP, PNR, Nós, Cidadãos e PURP. Os cabeças de lista das forças políticas que concorrem pelo círculo dos Açores são os seguintes: Félix Rodrigues (“Aliança Açores”), Rui Estrela (PDR), Aníbal Pires (CDU), Pedro Albergaria Pacheco (PCTP/ MRPP), António Lima (BE), Berta Cabral (PSD), Carlos César (PS), Eduardo Pereira (Agir), Marlene Dâmaso (PAN), Pedro Alves (LivreTempo de Avançar), Luís Fernan-

des (MPT), Roque Almeida (PNR), Ruben Correia (Nós Cidadãos) e Mário Couto (PURP). PSD venceu noS açoreS em 2011

Nas últimas eleições legislativas nacionais, que ocorreram em junho de 2011, o PSD venceu nos Açores com 47,36 por cento (42.784 votos) e elegeu três deputados (Mota Amaral, Joaquim Ponte e Lídia Bulcão). O PS ficou em segundo lugar com 25,67 por cento (23.195 votos) e elegeu dois deputados Ricardo Rodrigues e Carlos Enes. Nas eleições autárquicas de 2013, Ricardo Rodrigues foi eleito presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo e substituído na Assembleia da República por Jorge Ferreira, que é o único dos cinco deputados açorianos que se candidata às eleições de domingo, ocupando o quatro lugar da lista do PS/Açores. O terceiro partido mais votado nos Açores nas legislativas de 2011 foi o CDS/PP com 12,11 por cento (10.994 votos). Félix Rodrigues, que falhou a eleição por cerca de 600 votos, volta a candidatar-se Página 18 desta vez pela “Aliança Açores”.


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30-09-2015

Tiragem: 3500

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Preto e Branco

Period.: Diária

Área: 6,53 x 6,50 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 2 de 2

legislativas nacionais

Açores têm 227 mil eleitores Mais de 227 mil açorianos constam no cadernos eleitorais. Concorrem 14 forças políticas pelos Açores às legislativas nacionais de domingo. [07]

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30-09-2015

Tiragem: 16000

Pág: 4

País: Portugal

Cores: Preto e Branco

Period.: Diária

Área: 22,60 x 31,50 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 10

Radar //

"O povo português não é PàF porque não tem memória curta" Yorge Coelho

— É corno se tivessem instalado em Portugal uma espécie nova, uma espécie de gente, predadores naturais com ar sisudo à espera do sangue fresco da manada, um tal 'limo troikensis'. E o 'Hoino trotkensis'

é perigoso, é muito perigoso" Francisco Louçã

"Quem quer defender o Estado social, a escola pública, a saúde e todas as conquistas de Abril tem de apoiar o PS" Paulo Trigo Pereira

BPN. "Ocultação" das contas de 2012 marca o dia da campanha Costa cli7 que o executivo foi apanhado "mais uma vez num truque". Parvalorem nega ter recebido instruções de Maria Luís. Deloitte ja tinha avisado de que o valor das imparidades era insuficiente

JOÃO D'ESPINEY

joao.despiney@ionline.pt Depois do Novo Banco ontem foi a vez do BPN entrar em força na campanha eleitoral. Tudo porque a Antena 1 noticiou que Maria Luís Albuquerque deu indicações para esconder os prejuízos nas contas da Parvalorem (a empresa pública que herdou os activos maus do ex-BPN) com o objectivo de não agravar o défice de 2012. As reacções não sc fizeram esperar, com o governo a garan-

tir que não manipulou as contas e os partidos da oposição a acusar o executivo de "truques" e "estratagemas". Em causa está a informação segundo a qual a então secretária de Estado do Tesouro ter pedido aos responsáveis da Parvalorem para registar apenas 420 milhões de euros de imparidades, e não os 577 milhões definidos inicialmente pela administração, de forma a reduzir as perdas da empresa e o impacto nas contas públicas daquele ano. O que veio a acontecer.

Maria Luís Albuquerque negou ter dado qualquer instrução para baixar o nível das imparidades. garantindo que apenas fez uma pergunta: "Fiz a pergunta [se as perdas registadas nas contas de 2012] podiam ser mais optimistas porque me pareceu que a expectativa estava excessivamente negativa quanto aquilo que seria a evolução da economia e da capacidade de efectivamente os créditos serem satisfeitos. Não se pode chamar instrução. As contas são da responsabilidade da administração da empresa", afirmou numa deslocação à Moita, distrito de Setúbal, onde é cabeça-de-lista pela coligação PSD/CDS-PP. Confrontado com o tema em Cantanhede, o primeiro-ministro deu uma resposta um bocado diferente da ministra. Negou também que tenham sido dadas instruções, mas admitiu que foi solicitada uma revisão dos valores das imparidades. "A Parvalorem propôs uma estimativa [de imparidades] que pareceu à tutela que devia ser revista. E foi revista, de acordo os parâ-

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30-09-2015

Tiragem: 16000

Pág: 5

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 22,60 x 31,50 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 2 de 10

LEGISLATIVAS

Maria Luís Albuquerque nega ter dado instruções para ocultar o buraco do BPN nas contas de 2012

AO TELEFONE COM...

RODRIGO CABRITA

Luis Mira Amaral Ex-ministro da Indústria e Energia

"Votei em Sócrates contra Santana. Desta vez não vou tão longe" Tem seguido a campanha, como olha para as propostas dos candidatos? Sou dos que não se revê em nenhum dos partidos. Costa não me oferece confiança e a coligação não fez nada de estrutural no país, as medidas que tomou foram meramente administrativas do PER, o plano de recuperação. Não sei em quem vou votar.

metros e com, a própria auditoria", disse Passos Coelho. "A estimativa foi, na altura, rectificada. Não há aqui nenhuma ocultação nem desvirtuamento", reforçou Passos Coelho, afirmando que "teria feito exactamente a mesma coisa". COSTA: "MAIS UMA TRUQUE" Numa acção em Setúbal, o secretáriogeral do PS salientou que o executivo foi apanhado "mais uma vez num truque" para "disfarçar as contas de 2012". "Ainda falta saber quantos truques fizeram para esconder as contas de 2013, 2014 e 2015", afirmou. Jerónimo de Sousa afirmou, por seu lado, que "o tratamento estatístico, contabilístico, esta arte de substituir a verdade por esquemas não é novidade neste governo". "O problema não se resolve com o afastamento da ministra, resolve-se no dia 4 com o afastamento dos partidos do governo, que leve também a actual ministra. Isto não pode ser à peça", reagiu numa "arruada" na Parede, Cascais. Já a porta-voz bloquista, Cata-

rina Martins, não tem dúvidas de que "as contas da Parvalorem foram marteladas". Maria Luís Albuquerque "é tão de fiar nas suas contas corno a contagem das emissões de gases da Volkswagen", disse Catarina Martins. Num comunicado divulgado à comunicação social, a administração da Parvalorem, presidido por Francisco Nogueira Leite, garante que "o trabalho de fecho das contas de 2012 não foi

BE: "Maria Luís e tão de fiar nas comas como a contagem das emissões de gases da VW" CDU: "Esta arte de substituir a verdade por esquemas não é novidade neste governo"

mais do que um normal exercício realizado pelos serviços de auditoria, contabilidade e sob a exclusiva responsabilidade do conselho de administração que se sente gravemente lesado na sua honra e dignidade profissional". "O afirmado constitui algo de impossível pelos motivos já referidos pois as contas da empresa são sujeitas ao parecer do conselho fiscal e dos auditores pertencentes a uma reputada empresa internacional", lê-se ainda no comunicado, em que acusa a Antena 1 de ter feito "deturpações da realidade ocorrida naquele ano, usando inclusivamente gravações não autorizadas de um membro do conselho de administração e retiradas de um contexto mais alargado". AS DÚVIDAS DA DELORTE As

imparidades registadas pela Parvalorem em 2012 foram consideradas insuficientes pela Deloitte e apesar de terem sido reforçadas nos dois anos seguintes a auditora continua ter dúvidas se ainda são suficientes. No relatório e contas relativo a 2012,

a Deloitte considera que as imparidades da rubrica "outras contas a receber", que tinha a 31 de Dezembro de 2012 um saldo líquido positivo de 1,594 milhões de euros, eram insuficientes. Segundo a Deloitte, aquela rubrica "inclui um conjunto de devedores cujas dívidas à sociedade se encontram garantidas por activos, nomeadamente terrenos", e considera que tendo em conta a situação do país "não se perspectiva no curto prazo a realização ou conclusão de projectos imobiliários que estavam subjacentes às avaliações disponíveis desses activos", o que os fazia valer menos. 'Por este motivo, em 31 de Dezembro de 2012 estavam em geral sobreavaliadas o que conduz a uma insuficiência de imparidade reconhecida nas demonstrações financeiras a essa data para aqueles devedores", lê-se no parecer assinado por José António Mendes Garcia Barata, que diz, no entanto, que não tinha informação que permitisse "quantificar as necessidades adicionais de imparidades". Com Lusa

Já votou em branco? Em branco nunca votei. Em 2005 votei em Sócrates contra Santana Lopes, desta vez não vou tão longe, já estou vacinado. Só se o PS tivesse escolhido um grande líder social democrata que pusesse em causa os compromissos europeus com mais seriedade. E agora? Nenhum dos lados terá maioria e vai haver instabilidade. O PS não tem vontade política para fazer uma reforma de Estado e a coligação esteve lá quatro anos e mostrou que não sabia. Costa foi uma surpresa? Costa foi a grande desilusão. Foi um bom n.°2, bom ministro da Defesa e da Administração Interna. Sobre Lisboa tenho mixed feelings. Agora, um dia diz que não viabiliza o orçamento, no outro que está cá para o diálogo, colase e descola-se do Syriza. E teve o azar dos diabos de ser eleito no dia em que Sócrates foi preso. O PS está mais dividido que a • coligação, seguristas, socráticos e, como se não bastasse, vem o desconforto do apoio a Sampaio da Nóvoa, um tiro no pé. Se Passos Coelho ganhar, tem de erguer uma estátua a Costa na sede do PSD.

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30-09-2015

Tiragem: 16000

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País: Portugal

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Period.: Diária

Área: 22,60 x 31,50 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 3 de 10

"É hora do ajuste de contas"

Radar //

Jorge Coelho

O DIA DO CANDIDATO António Costa, acompanhado por Ferro Rodrigues, teve na descida da M orais Soares, em Lisboa, o momento alto do dia

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JOSÊ SrRGLO

10h30 Pequeno-almoço com jovens empreendedores no FabLab, em Lisboa. 13h00 Almoço-comício em Abrantes. 16h30 Contactos com a população no Largo da Portagem, em Coimbra. 21h00 Comício em Santa Maria da Feira, no Largo do Tribunal.

ama COELHO Tem um estilo que resulta bem em campanha. Não é por acaso que lhe chamam bulldozer no PS. Apelou ao voto com dramatismo q.b., recuperou um lema da vitória de 95 e António Costa só teve de o seguir. BARREIRO Há mais três dias de campanha, tempo de cavalgar uma onda que, ficou claro ontem, não começa no Barreiro (comunista), onde Costa fez uma arruada pobrezinha.

Não se fala em sondagens mas o apelo ao voto agravou-se O "bulldozer" do PS, Jorge Coelho, veio dizer que não acredita que os portugueses "sejam PàF". Costa apela à esquerda para focar ataques na coligação e pede "luta voto a voto" RITA TAVARES

rita.tavares@ionline.pt

"Eu consigo, eu consigo!" A palavra de ordem no PS é "eu confio", mas em Setúbal havia uma senhora que gritava assim à passagem de António Costa. A pressão que as sondagens colocam sobre a caravana socialista vê-se de fora e o "consigo" até parece fazer sentido a quem não anda ali todos os dias. Ontem, o "bombeiro" de outros tempos veio dar

urna ajuda e gritar que "é hora do ajuste de contas". Jorge Coelho foi o convidado especial do almoço-comício em Setúbal - uma sardinhada no Largo da Fonte Nova -, distrito por onde foi cabeça-de-lista há 16 anos, e trouxe chama ao palanque socialista: "É hora do ajuste de contas. É assim que temos de chamar ao momento que estamos viver em Portugal. Está a acontecer algo muito grave". Coelho tivera direito a urna abertura inopinada de

uma mãe de Setúbal que apareceu em cima do palco a pedir para falar e provocou algum nervosismo na caravana. Havia de ser Coelho a dar sinal que se tratava de fogo amigo, enquanto a senhora, que não quis identificar-se, tentava fazer ouvir a música de Pedro Abrunhosa, "Para os braços da minha mãe", a partir do seu telemóvel. Não conseguiu, por isso passou à mensagem impressiva: "Não somos piegas, somos mães." Disse também ver

no PS "oportunidade de mudança" e ainda atirou um "deixem para trás a síndrome de Estocolmo! Como é que as pessoas continuam a votar em Passos Coelho e Paulo Portas?!" Os oradores seguintes aproveitaram a deixa. Primeiro Jorge Coelho, que referiu o testemunho para dizer que também não estava ali para falar de números. E recuou 20 anos para ir buscar o slogan com que António Guterres se apresentou, em 1995. "Falo--vos com a razão e o coração porque não tenho outra forma de estar na política". APELO AO BE E PCP Costa

declarou: "Não sei se é por ver aqui Jorge Coelho que me vem à cabeça aquela ideia de que as pessoas estão primeiro. É mesmo para as pessoas que a política existe." Mas nem por isso o candidato do PS deixou de parte os números e atirou aos "truques" do governo, numa referência à notícia do dia (ver páginas 6 e 7). A mensagem maior foi, no entanto, política. Num distritoPágina tradicionalmen27


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Tiragem: 16000

Pág: 7

País: Portugal

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Period.: Diária

Área: 22,60 x 31,50 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 4 de 10

LEGISLATIVAS

À MARGEM Ar

L:ho

Histórico do PSD e apoiante de António Costa

"A campanha mostrou que há muitas feridas por sarar no PS" Deu o apoio a António Costa na convenção do PS. Surpreende-o o facto de o PS não ter conseguido descolar nas sondagens? Sou muito céptico em relação a todas estas sondagens. De qualquer maneira, o que me parece é que o PS se deixou enredar numa campanha eleitoral tecnicamente bem montada pela coligação PàF, porque qualquer cidadão comum assiste, não ao debate de ideias de cada um dos concorrentes, mas ao debate em exclusivo sobre o programa do PS. Não se discute os últimos quatro anos, seja a emigração, sejam os cortes nos salários dos funcionários públicos, o desemprego, que está em níveis altíssimos...

te de esquerda (até mais à esquerda que o PS), Costa queixou-se de o PS estar "sozinho contra a direita toda, a disputar palmo a palmo a vitória nestas eleições", atirando directo: "O mínimo que se pede às outras forças políticas é que ao menos concentrem forças a atacar a direita e não desperdicem energia a atacar o PS. Depois das eleições podem voltar às manifestações e a dizer 'Costa para a rua', mas nestas eleições o que está em causa é o Passos Coelho e o Portas irem para a rua." Assim mesmo, "o". Já no Barreiro, o líder do PS foi abordado por um homem que lhe disse ser aquela "uma grande terra de onde saíram grandes jogadores para o Benfica". Mas nem por isso os socialistas tiveram uma recepção de relevo. O candidato teve mesmo de entrar lojas adentro para ir ao encontro das pessoas. Bem diferente foi a descida da Morais Soares, em Lisboa, onde Costa teve ao lado o seu sucessor na câmara, Fernando Medina (para quem chegou a chutar uma queixa de um lisboeta, a meio da

rua), Ferro Rodrigues (o único ex-líder que tem aparecido), João Soares (que apoiou Seguro), Miranda Calha ou José Sá Fernandes. A descida até teve de ser feita pelo meio da estrada e não pelos passeios, com a polícia a ser chamada a intervir para controlar o trânsito em plena hora de ponta No final, Costa foi firme no apelo feito ao megafone: "Até domingo temos de lutar voto a voto porque cada voto conta para a maioria de que o PS precisa. É preciso recordar todos que só o voto no PS permite mudar o governo." Ao almoço, Coelho tinha sido mais sugestivo ao somar outra mensagem, quando atirou à coligação que "se esconde" atrás do nome PàF, "para as pessoas se esquecerem que quem está a ir a votos é o PSD e o PP": "Agora querem que os portugueses se esqueçam que foram PSD e PP que os conduziram até aqui. Acham que os portugueses são PàFs?" E no seu estilo próprio deu logo a resposta. "Não acredito. Nem nós nem o povo português somos PàFs!"

António Costa também cometeu erros na campanha ou não? Apesar de algumas tropelias na campanha que afectaram o PS, desde a história dos cartazes à forma como foi apresentada uma candidatura presidencial, o erro de fundo que o PS cometeu foi tentar radicalizar a sua mensagem procurando mais o voto útil da esquerda do que de toda aquela massa muito significativa de indecisos que estão no centro do espectro político. O facto de existirem socialistas a expressar dúvidas sobre a eficácia da campanha não prejudicou o PS? A coligação apresentou-se coesa. O PS é exactamente o contrário. Há vários dirigentes que aparecem na primeira página dos jornais a pôr em causa as orientações do PS. Isso pode afastar um conjunto de eleitores indecisos. Para além do próprio lançamento de uma candidatura extemporânea à Presidência da República que abalou a unidade. Um partido que se apresenta a eleições tem de

mostrar que está unido. O que o levou a apoiar António Costa? É de longe mais apto para a função de primeiro-ministro e de longe o único que tem um programa credível. A coligação não tem programa e não tenho dúvida de que será mais do mesmo. Se eu fosse consultor da campanha de António Costa, dir-lhe-ia que se concentrasse no centro do espectro político e que não radicalizasse. Por exemplo, que não ameaçasse chumbar o Orçamento. O eleitorado moderado quer estabilidade e tudo o que seja ameaçar a estabilidade é negativo. Acha que o PS vai ganhar? Não estou muito seguro de quem possa ganhar, mas vai ser muito complicado, ganhe quem ganhar. Se António Costa ficar à frente e for chamado a formar governo, terá a capacidade de governar através de acordos multifacetados, quer à esquerda quer à direita. Com um governo minoritário? Um governo minoritário, vamos ter. Não tenhamos ilusões. À direita, as coisas ainda se tornam mais difíceis. Na prática, o que teremos é uma coligação vitoriosa com a maioria dos eleitores contra dispersos por vários partidos, mas contra. Não será nada fácil governar com trinta e tal por cento e tudo o resto contra. A única hipótese, no caso de Passos Coelho vencer, seria haver uma alteração na liderança do PS. Se o PS perder, dificilmente Costa ficará na liderança... Esta campanha mostrou que no PS há muitas feridas por sarar. É natural que exista uma reacção interna com o objectivo de mudar a liderança, mas ainda é cedo para falar sobre isso.

"O pior que nos pode acontecer é resignarmo-nos" LISBOA O

ex-Presidente da República Jorge Sampaio defende, numa mensagem de apoio ao PS no jornal de campanha, que "a pior coisa que nos pode acontecer é resignarmo-nos". E garante que "precisamos de uma ambição patriótica nova" e de "confiar naquilo que somos".

Luís Montez diz que Costa é "um homem de palavra" LISBOA Luís Montez, genro do Presidente da República, Cavaco Silva, faz uma declaração de apoio a António Costa no jornal de campanha "É um político experiente. Um homem de palavra, aquilo que combina cumpre", escreve o empresário, convicto de que Costa "vai ajudar a levar o país para a frente".

"Votar PCP ou BE é votar na coligação" LISBOA A deputada Isabel Moreira defende que "votar PCP ou votar BE é votar na coligação de direita". A socialista garante que "não é nem patriótico nem de esquerda" optar pelos partidos à esquerda do PS, porque só António Costa tem condições para expulsar a direita.

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30-09-2015

Tiragem: 16000

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Área: 22,60 x 31,50 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 5 de 10

"O mais normal é que os resultados das eleições tenham consequências dentro dos partidos"

Radar //

Passos Coelho

ODIADO CANDIDATO

11h00 O dia de campanha dá coligação é em Viseu, um terreno favorável ao PSD. De manhã, Passos Coelho e Paulo Portas visitam a Santa Casa da Misericórdia de Resende. 13h30 Almoço no Hotel Lamego com a presença de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas. 18h00 Contacto com a população e com os comerciantes após uma visita à Zona Industrial Municipal, em Tondela. 20h30 Jantar no Pavilhão Multiusos de Viseu.

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VITÓRIA A coligação consegue passar a mensagem de que todos, no PSD e no CDS, acreditam na vitória

Si

BPN Passos Coelho viu-se obrigado a explicar os prejuízos do BPN e as implicações no défice

Passos e Portas pararam na Praia de Mira depois de uma visita a uma fábrica de conservas

Coligação deixa cair ataques a Costa e aposta tudo nos indecisos

Coligação reduziu os ataques ao líder do PS e está concentrada nos eleitores que ainda não decidiram em quem votar

RICARDO REGO

ricardo.rego@ionline.pt E, pelo segundo dia consecutivo, António Costa mal existiu para a coligação Portugal à Frente. A maratona assentou arraiais em Coimbra e manteve a estratégia de puxar por aquilo que correu bem nos últimos quatro anos incluindo a sobrevivência da aliança PSD/CDS, para acenar com a estabilidade nos próximos quatro anos - em vez de atacar António Costa e o PS. "Precisamos de mostrar a quem ainda não decidiu o seu voto que a coligação representa a estabili-

dade, enquanto a esquerda está partida e isto é um factor de instabilidade", explica fonte da PàF. O guião da campanha está fechado, mas sofre ajustes. Diariamente, os candidatos pelos distritos do país recebem a actualização dos eixos em que vão assentar os discursos do dia - para se manterem alinhados com as intervenções dos líderes da coligação e para evitar erros. Aliás, na caravana só são tolerados os erros do PS, que depois são aproveitados por Passos e por Portas para cavalgar no PS, sobretudo na primeira semana de campanha. "O PS deixou-se enredar na sua própria

estratégia, pensou que a coligação partia para estas eleições já derrotada. Não só a PàF não está derrotada como está muito perto de somar uma maioria", nota ao i fonte da campanha. A palavra de ordem é, por isso, prudência e corrigir a tempo aquilo que é percepcionado pelos eleitores de forma diferente da desejada. Passos Coelho e Paulo Portas mal andaram pela rua ontem e anteontem. A coligação, depois das arruadas em Trás-os-Montes e Alto Minho, evitou o contacto popular. A passagem na segunda-feira pelas Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, e ontem por Coimbra, sem arruadas, não deixou de causar estranheza. A PàF controlou as ruas por onde andou a norte do país - e conseguiu banhos de multidão -, mas quer evitar chocar de frente com os principais afectados pela austeridade, que "deverão ser os principais beneficiados pela recuperação económica", como disse Passos que, agora, só quer falar em futuro e recuperação económica O cenário de derrota eleitoral continua a ser tabu dentro da coligação. Bem como o day after e a liderança de Passos, que em tempos garantiu que não fazia depender a continuidade na liderança do PSD do resultado das eleições de 4 de Outubro. A convicção, por ora, é de que nem vale a pena falar em derrota, porque a "onda"

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30-09-2015

Tiragem: 16000

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País: Portugal

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Área: 10,20 x 31,50 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 6 de 10

Diogo Feio Vice-presidente do CDS

"Este PS é muito à esquerda, como há muito tempo não se via"

É importante chegar a domingo à frente nas sondagens? As sondagens dão ânimo, dão uma percepção, mas o essencial é chegar à frente no domingo.

JOSÉ FERNANDES

que os líderes da PàF dizem sentir na rua não deixa margem para dúvidas. Ontem, durante uma vista ao parque tecnológico de Cantanhede, o líder do PSD, ao lado de Paulo Portas, líder do CDS, admitiu que é normal que os resultados eleitorais tenham consequências em "todos os partidos". E arrumou o assunto. Amanhã e sexta-feira, a agulha do discurso de Passos e Portas deverá estar virada para a mobilização geral. A expectativa é de que as grandes sondagens de sexta-feira, as ultimas antes das eleições de domingo, venham Ajudar na missão. E que não apareçam mais casos do governo para dar argumentos ao PS. Como o de ontem, depois da notícia da Antena I que dava conta de que Maria Luís Albuquerque, quando soube em 2013 que a Parvalorem ia ter perdas de 577 milhões de eures em créditos em risco de incumprimento, pediu para mexer nas contas e divulgar outros números, para evitar mossa no défice. Passos, que horas antes admitira numa fábrica de conservas em Mira que as campanhas têm piripíri, viu-se obrigado a sair em defesa de Maria Luís e disse terse tratado apenas de uma revisão em baixa das estimativas. "Teria feito o mesmo", garantiu o primeiro-ministro. O dia terminou com um comício em Coimbra onde esteve o ex-líder Marques Mendes.

O que fica desta campanha? O que fica desta campanha é a diferença entre um projecto político de segurança para as pessoas, que não lhes promete grandes surpresas, e outro baseado em folhas de Excel, com erros, que geram desconfiança e insegurança. O PS está, de facto, mais à esquerda? Este PS de António Costa é um PS muito à esquerda, radicalizado como há muito tempo não se via. E isso nota-se nas ideias que tem apresentado, mas também na forma. Então é uma questão de liderança? É uma questão, com certeza, de liderança, mas também é uma questão do próprio partido, que assim se tem afirmado. Eu acho que é um erro, mas é uma questão do PS. Se querem seguir por aí, boa viagem. Se é assim, não há qualquer hipótese de entendimento? Quer o líder do CDS quer o líder do PSD têm feito uma campanha na base da tolerância. Queremos, evidentemente, alcançar uma maioria que nos permita governar, de preferência absoluta. Mas queremos, em qualquer circunstância, dialogar com os outros partidos, e o PS é um deles. Mas o PS sacode sempre a água do capote. Os eleitores vão fazer a sua avaliação.

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30-09-2015

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Âmbito: Informação Geral

Corte: 7 de 10

"Muitas vezes estivemos sozinhos com os trabalhadores"

Radar //

LEGISLATIVAS 00

Jerónimo de Sousa

O DIA DO CANDIDATO

VOX-POP 10h,:. Arruada em Moscavide com início na Avenida de Moscavide junto ao viaduto. ï!1.00 Arruada na Baixa

portuense, com início na Praça da Liberdade e fim na Rua de Santa Catarina 21h00 Comício na cidade de Braga, no topo da Avenida da Liberdade

"Ai, eu vim de pi-,)pósiio aqui para lhe dar 11111 beijinho" Maria da Conceição

"Então, disseste-me que era o Uma rapariga para outra quando, em bicos de pés, se deparou com Jerónimo a discursar no palanque

"Bem precisava desta sorte. Estou desempregada" Senhora com um boletim do mromilhiies na mão, respondendo a Jerónimo, que lhe desejou boa sorte

Jerónimo fez uma arruada na Amadora

"PS chegou tarde no combate ao governo", diz Jerónimo Secretário-geral do PCP diz que o PS "desertou do combate" porque estava comprometido com o "pacto de agressão"

HUMBERTO COSTA

humbertacosta@ionline.pt Na arruada do fim de tarde, na Amadora, Jerónimo de Sousa voltou a contar com uma boa organização, muita gente e uma boa recepção por parte dos comerciantes ao longo da Rua Elias Garcia, mas sempre que a acção se centra no discurso política repetem-se as críticas à coligação governamental e ao PS. O líder comunista procura captar os eleitores indecisos e responsabili7ar os partidos do governo pela situação de falência eco-

nómica e social das famílias "800 mil portugueses em risco de pobreza (...) mais de 500 mil desempregados sem direito a subsídio" -, argumentos que, num concelho com elevado índice de desemprego, sobretudo com o desaparecimento de algumas empresas na área da metalurgia, como a Sorefame e a Bombardier, são ouvidos com alguma atenção. Mas, invariavelmente, o PS salta para o discurso quando o rol de acusações às políticas dos últimos governos são o argumento para explicar a utilidade do voto na CDU. Jerónimo usa com frequência como argumento uma solidão do seu partido, o PCP, no combate a este governo e, nem de propósito, António Costa queixou-se do mesmo. "António Costa pediu aos partidos à esquerda do PS que concentrem as suas energias, os seus discursos, o seu ataque na direita, não considera isso um piscar de olho?", perguntou-lhe a meio do desfile uma jornalista. E Jerónimo responde: "Se foi um piar de olho à CDU, é uma estranha forma de o fazer! Vieram tarde a este combate, mas ainda bem e que se mantenham!", disse o líder comunista, manifestando, contudo, "disponibilidade para

MARIO CRU7.117SA

um diálogo sincero, com substância", mas pede ao PS que diga aos portugueses "se quer continuar a fazer o que tem feito até aqui". Desta vez, antes mesmo de subir à tribuna para discursar no final da arruada na Amadora, um indivíduo abeirava-se dele, dava-lhe um abraço e questionava-o: "Porque estão sempre a atacar o PS?" Jerónimo não teve tempo para responder, era entretanto chamado para o palco. Os ataques centraram-se na coligação PSD/CDS, desfiando o rol de acusações à política do governo e às suas consequências na população, justificando as suas razões para defender que o "voto útil é na CDU", mas mais uma vez o PS viria à conversa e não pelas melhores razões: "Muitas vezes estivemos sozinhos com os trabalhadores e com as populações porque entretanto o PS, comprometido que estava com o pacto de agressão, comprometido com as medidas que ele comportava, ausentou-se e desertou do combate." Aliás, acrescentaria Jerónimo, é "curioso dizerem que combatemos mais o PS do que o PSD e o CDS", e perguntou: "Quem combateu de facto este governo a não ser a CDU. mesmo com a ausência de outros?"

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ID: 61188249

30-09-2015

Tiragem: 16000

Pág: 11

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 22,60 x 17,55 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 8 de 10

"Maria Luís é tão de fiar nas contas como as emissões de gases da Volkswagen" Catarina Martins

Catarina apela ao voto das mulheres no BE

O DIA DO CANDIDATO

Bloquistas acreditam que vão eleger mais deputados. "Para novas soluções é preciso reforçar o BE", diz líder JOSÉ PAIVA CAPUCHO

jose.capueho(ãjonline.pt A líder do Bloco de Esquerda (BE) tem negado durante esta campanha que o partido se transfigurou só graças a ela e a outras mulheres bloquistas, como a eurodeputada Marisa Matias ou a cabeça-de-lista por Lisboa, Mariana Mortágua. Anteontem, Catarina Martins começou o discurso a anunciar como "bandeira primeira" o combate à violência doméstica: ontem recebeu o troco por parte da população em Felgueiras. "Vamos pôr as mulheres no poder, que já é tempo!", gritou um homem para Catarina de manhã, durante a arruada na

Feira da Lixa, em Felgueiras. De forma rápida e subtil, Catarina respondeu com um "contamos com as mulheres todas no domingo", acrescentando um "todos", já no fim, não esquecendo os homens que a têm descrito como pequena, mas de "alma grande". A meio, uma bebé, a Íris, ao colo do pai, tinha um jornal do BE na mão, e fixou por momentos o olhar em Catarina Ela parou, sorriu e deixou-se fotografar a brincar com a menina. A aproximação da responsável máxima do BE às mulheres portuguesas, recentemente visadas num polémico discurso de Paulo Portas, perfila-se inevitável. Cerca de uma hora depois, a confirma-

ção chegava: "Paulo Portas vem agora com um discurso bafiento de premiar sacrificios fazendo mais sacrifícios. Está a querer andar para trás, mas as mulheres que têm estado connosco não o querem fazer, querem é ser respeitadas", declarou. O apelo ao voto feminino ganha corpo a norte, mas Catarina Martins quis visar outra mulher, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. No centro da crítica, já durante a visita à fábrica de calçado para pessoas com deficiência na mesma região, estava o desmentido que Maria Luís fez sobre o ter escondido os prejuízos do BPN do défice de 2012. "É tão de fiar nas suas contas como a contagem das emis-

sões de gases da Volkswagen", ironizou a líder do BE, comparando as declarações da ex-secretária de Estado do Tesouro com o escândalo que envolveu a empresa de automóveis alemã. Pelo meio, a porta-voz do BE deixou claro que o objectivo é ter mais deputados. "Nós sabemos que para novas soluções é preciso que o grupo parlamentar do BE saia reforçado nas eleições, que possamos eleger mais deputados e mais deputadas", disse. Em 2011, os bloquistas perderam oito dos 16 deputados que tinham na Assembleia da República Quatro anos depois, Catarina conta com o eleitorado que está cansado desta "alternância" para recuperar alguns dos eleitos.

11h30 Catarina Martins vai sobrevoar a serra da Arrábida de helicóptero para falar de questões ambientais 17h30 Arruada na Baixa de Lisboa 22h00 O dia termina em Almada com um comício e as intervenções de Joana Mortágua, Fernando Rosas, Sandra Cunha e Catarina Martins

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ID: 61188249

O

30-09-2015

Tiragem: 16000

Pág: 12

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 22,60 x 31,50 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 9 de 10

"Na lei, os animais são vistos e tratados como mercadorias" André Silva

Radar //

LEGISLATIVAS

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Citações

OUTROS PARTIDOS

"Correram com o António José Seguro, destituindo-o a meio do mandato, de forma ignóbil, só porque — por muitos defeitos que ele tenha, e tem! — tinha um projecto polític‹. sério de combate à promiscuidade entre a politica e os negócios"

ELEIÇÃO O

cabeça-de-lista pela Madeira do PTP (Partido Trabalhista Português), José Manuel Coelho, disse ontem que espera sentar-se em São Bento na próxima legislatura. "A campanha tem corrido bem e, se as pessoas cumprirem o que me transmitem nas acções de campanha, espero obter 20 mil votos e ser eleito deputado", sublinhou após uma iniciativa de campanha.

Marinho e Pinto CANDIDATO DO PDR

~AGIR HABFrAÇÃO Joana Amaral Dias juntou-se ontem à manifestação em defesa dos bairros sociais, em Lisboa. Para a líder do Agir, a "lei das rendas fez com que multas rwssnas perdessem as suas casas, por aumentos na ordem dos mil por cento de rendas". "Além de que as penhoras da Segurança Social e as penhoras das Finanças estão a roubar as casas a famílias por meia dúzia de euros", criticou.

••• PCTP/MRPP APOIO Na

mesma manifestação, que juntou cerca de 150 moradores de bairros sociais, esteve Garcia Pereira. O cabeça-de-lista por Lisboa do MRPP apontou o que qualifica como uma lei "inteiramente fascista que, embora designada de lei apoiada, o que faz é promover a elevação das rendas a valores completarnenW incomportáveis". E que deixou muitas pessoas com o "cutelo do despejo em cima".

••• PURP SALÁRIOS O

cabeça-de-lista do Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) pelos Açores propõe a abolição de cortes salariais e o descongelamento das carreiras na função pública. À Lusa, Mário Félix sublinhou que o PURP promete para 2017 uma "actualização dos salários equivalente à taxa de inflação registada em 2016" e também, já no próximo ano, a eliminação da sobretaxa no IRS.

"O AGIR está com a causa dos bairros sociais, está com a causa da habitação condigna" Joana Amaral Dias

PAN teve cerca de 58 mil votos nas últimas legislativas

HUGO OFIGADOIUSA

PAN quer festejar dia do Animal com dois deputados

CANDIDATA CO AGIR

"Espero obter 20 mil votos e ser eleito deputado à Assembleia da República" José Manuel Coelho CANDIDATO DO PARTIDO TRABALHISTA

Nem de propósito, no próximo domingo comemora-se o Dia Mundial do Animal. PAN quer alimentação e tratamentos médicos a 6% SUSETE FRANCISCO

susete.francisco(Oonline.pr "É um presságio." O próximo domingo, dia de eleições legislativas, é também o Dia Mundial do Animal. André Silva, porta-voz do PAN, ri-se da coincidência. Mas espera que seja um bom presságio para os resultados eleitorais: o partido espera sair das eleições com dois lugares no parlamento. Em 2011, o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) obteve o voto de 57 849 eleitores. Foi o sétimo partido mais votado, atrás do PCTP/MRPP, o eterno líder dos pequenos partidos. Valeu-lhe a subvenção do Estado, mas nenhum eleito. Agora, André Silva diz que a expectativa passa por eleger os cabeças-de-lista por Lisboa e Porto: "O nosso

objectivo é a eleição de um grupo parlamentar." Nas sondagens, o PAN fica "arrumado" nos pequenos iyartidos, sem previsível representação. "Na rua e nas redes sociais temos uma perspectiva diferente. A página de Facebook do PAN tem 80 mil amigos, muito longe dos outros partidos, inclusive os que nos governam." Entre as principais propostas que o PAN leva às eleições está a redução para os 6% da taxa de IVA na alimentação e nos tratamentos médicos dos animais de companhia, actualmente na taxa máxima (23%). bem como a possibilidade de deduzir estas despesas no IRS. "Cerca de dois milhões de pessoas, aproximadamente 25% dos lares portugueses, têm no seu agregado familiar um animal 6/A A 6%

de companhia", diz André Silva, defendendo que esta é uma medida que "vai aliviar fortemente as despesas das famílias". "Vai directamente ao encontro das pessoas e só por rigidez ideológica é que não é adoptada", critica. É também a família que o porta-voz do PAN invoca para outra das medidas-bandeira do partido: "Queremos promover mais tempo para as famílias, aumentar o período de parentalidade dos quatro para os 12 meses, partilhado entre os responsáveis parentais." Outra preocupação do PAN passa pela criação de um Estatuto do Animal: "Neste momento, o direito português regula pessoas e coisas. Os animais podem não ser pessoas, mas também não são coisas, e o que

temos são os animais vistos e tratados como mercadorias, como bens transaccionáveis. Temos de alterar este paradigma." A criminalização dos maustratos aos animais, aprovada na última legislatura, foi um passo no bom sentido, mas "pequenino". "Temos de melhorar essa lei, que tem várias lacunas. O que ela regulamenta não é o valor intrínseco do animal, mas a relação que o ser humano tem com o animal." Quanto ao posicionamento político, André Silva rejeita pôr o PAN à esquerda ou à direita do espectro político. "Essa caracterização está obsoleta e cada vez mais os portugueses têm consciência disso. Esquerda e direita dizem a mesma coisa ", diz ao i. rejeitando também que o PAN seja um partido de nicho.

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ID: 61188249

30-09-2015

Tiragem: 16000

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 18,57 x 13,59 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 10 de 10

LEGISLATIVAS

CAMPANHA A ARDER A 3 DIAS DO FIM „„.„ 11111: 11, 11 1‘

ANTONIO CAPUCHO AO i: "A COLIGAÇÃO APRESENTOU-SE COESA. O PS É EXACTAMENTE O CONTRÁRIO"

MIRA AMARAL "COSTA NAO ME OFERECE CONFIANÇA E A COLIGAÇÃO NÃO FEZ NADA DE ESTRUTURAL"

11~

Jorge Coelho, o bulldozer, entra na campanha de Costa para arrasar

Caso BPN. Deloitte já tinha avisado que estimativa de perdas da Parvalorem era insuficiente

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ID: 61189832

30-09-2015

Tiragem: 8500

Pág: 8

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 5,22 x 11,02 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

PAN

Justiça mais célere A candidatura do PAN – Pessoas, Animais, Natureza – defendeu, ontem, que os tribunais da Região sejam dotados dos meios humanos e materiais adequados, por forma a que haja uma melhoria e uma maior celeridade na Justiça. Numa iniciativa junto ao Tribunal Judicial, Cassiano Figueira disse que «a Justiça tem de ser dignificada, tem de ter a atenção que merece e ser reestruturada, de forma a dar resposta às necessidades dos cidadãos».

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Nova sondagem: Coligação perto de conquistar maioria absoluta

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

30-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=1bd73de8

A sondagem foi realizada pela Marktest. Uma nova sondagem voltou a surgir. Desta vez, elaborada pela Marktest com a maior amostra das legislativas: 1.607 pessoas. A empresa de estudos de mercado revela que a coligação Portugal à Frente (PàF) poderá estar perto de conquistar a maioria absoluta com 41% dos votos, sendo que o PS se fica pelos 29%, cita o Jornal de Negócios. Segundo o estudo, realizado nos dias 22, 23 e 29 de setembro, a candidatura de Passos Coelho e Paulo Portas recolhe 41% da intenção dos votos, o PS 28,6%, a CDU 9,3% e o Bloco de Esquerda 8,7%. Em relação aos indecisos, a percentagem foi alta com 30%, a que se somam 6% que disseram que não tencionam votar no próximo dia 4 de outubro. Quanto aos partidos sem assento parlamentar, contabiliza-se para o Livre 0,8% dos votos e 0,7% para o PAN. Quase um em dez inquiridos diz que vai votar em branco (9,1%).

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Nas eleições de domingo haverá 16 opções de voto. Sabe quais são?

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

30-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=748577d8

Não têm assento parlamentar, mas apresentam-se a eleições para conseguir eleger deputados e ganhar uma voz na Assembleia da República. Nos boletins de voto de 4 de outubro, serão 16 as opções. Sabe quais são? Depois de, há quatro anos, 17 forças políticas terem ido a votos, os portugueses preparam-se para, no próximo dia 4 de outubro, escolher uma entre as 16 opções constantes nos boletins de voto. Além dos partidos que atualmente têm assento parlamentar (PSD/CDS, PS, PCP/PEV e BE), mais 12 forças partidárias, quase todas de esquerda, concorrem por um lugar em São Bento. Ainda que com poucos recursos e tempo de antena nas televisões, aqueles que são comummente designados de pequenos partidos tentam travar grandes lutas. Conseguir eleger um deputado é, para a maioria, o desafio. É possível, a avaliar pelas sondagens, que o Partido Democrático Republicano (PDR) o consiga. O partido criado este ano pelo ex-bastonário da Ordem dos Advogados Marinho e Pinto tem a justiça como uma das principais bandeiras e propõe-se a alterar o sistema judicial em Portugal. Bem posicionado para conseguir eleger um mandato está também o Livre/Tempo de Avançar de Rui Tavares e Ana Drago, que concorre pela primeira vez às legislativas e está apostado em reestruturar a dívida, suspender as Parcerias Público-Privadas e referendar novos tratados da União Europeia. A dívida pública é também uma preocupação da plataforma Agir, que agrega o Partido Trabalhista Português (PTP) e o Movimento Alternativa Socialista (MAS) e é encabeçada por Joana Amaral Dias. Anunciada em março, esta coligação aposta no combate à corrupção e visa impedir o perpetuar dos mesmos atores políticos no poder. Mais transparência na política e promoção do emprego é o que reivindica o Nós, Cidadãos!, um movimento fundado em junho do presente ano, que rejeita a definição 'pequeno partido' e se candidata a todos os círculos eleitorais. Mendo Castro Henriques assume-se como líder. Apostado em alargar o regime de incompatibilidades entre a política e os negócios e mudar o regime está o Partido Popular Monárquico (PPM), que, apesar de não ter um lugar no Parlamento, concorreu a quase todas as eleições desde 1974. Aos eleitores, os representantes do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento Reorganização do Partido do Proletariado (PCTP/MRPP), de inspiração marxista e maoista, prometem a saída do euro e a entrada numa nova moeda: o novo escudo. Aquele que é um dos mais antigos partidos em Portugal conseguiu o seu melhor resultado em 2011, mas não foi suficiente para eleger um deputado. Nesse mesmo ano, estreava-se nos boletins de voto o PartidoPessoas-Animais-Natureza (PAN), que luta pelo reconhecimento da dignidade dos animais não humanos. As questões ambientais são também uma preocupação. A defender os princípios da doutrina social da Igreja Católica está o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PVP/CCD), que concorre apenas por quatro ciclos eleitorais (Aveiro, Braga, Santarém e Viana do Castelo) e apela à revogação da lei do aborto, insurgindo-se ainda contra o casamento homossexual. Os reformados e pensionistas formam o Juntos pelo Povo, fundado no início do ano por um movimento de cidadãos criado na Madeira, e o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), a mais recente formação política em Portugal. O primeiro defende que a habitação da família seja "impenhorável", deseja aplicar maior transparência na gestão das dívidas à Segurança Social e estimular a criação de sistemas privados de pensões complementares ao modelo atual. Já o segundo empenha-se no sentido de que as pensões mais baixas sejam equivalentes ao salário mínimo, pelo fim das penalizações para quem pede reforma antecipada e pela criação de um banco de medicamentos grátis. E a provar que nem só as contas entram na equação, o que o Movimento Partido da Terra (MPT) pretende medir não é o Produto

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Interno Bruto (PIB), mas a Felicidade Interna Bruta (FIB), fazendo Portugal subir no ranking no que a este indicador diz respeito. É a vocação ecologista que lhe dá nome. Na extrema-direita, a força política liderada por José Pinto Coelho surge como uma opção nos boletins de voto. O Partido Nacional Renovador (PNR) quer cortar nas gorduras do Estado e alterar a lei da nacionalidade. Concorreu a quatro eleições legislativas, mas nunca elegeu deputados.

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No domingo, terá 16 opções de voto. Sabe quais são?

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

30-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=3f82755a

Não têm assento parlamentar, mas apresentam-se a eleições para conseguir eleger deputados e ganhar uma voz na Assembleia da República. Nos boletins de voto de 4 de outubro, serão 16 as opções. Sabe quais são? Depois de, há quatro anos, 17 forças políticas terem ido a votos, os portugueses preparam-se para, no próximo dia 4 de outubro, escolher uma entre as 16 opções constantes nos boletins de voto. Além dos partidos que atualmente têm assento parlamentar (PSD/CDS, PS, PCP/PEV e BE), mais 12 forças partidárias, quase todas de esquerda, concorrem por um lugar em São Bento. Ainda que com poucos recursos e tempo de antena nas televisões, aqueles que são comummente designados de pequenos partidos tentam travar grandes lutas. Conseguir eleger um deputado é, para a maioria, o desafio. É possível, a avaliar pelas sondagens, que o Partido Democrático Republicano (PDR) o consiga. O partido criado este ano pelo ex-bastonário da Ordem dos Advogados Marinho e Pinto tem a justiça como uma das principais bandeiras e propõe-se a alterar o sistema judicial em Portugal. Bem posicionado para conseguir eleger um mandato está também o Livre/Tempo de Avançar de Rui Tavares e Ana Drago, que concorre pela primeira vez às legislativas e está apostado em reestruturar a dívida, suspender as Parcerias Público-Privadas e referendar novos tratados da União Europeia. A dívida pública é também uma preocupação da plataforma Agir, que agrega o Partido Trabalhista Português (PTP) e o Movimento Alternativa Socialista (MAS) e é encabeçada por Joana Amaral Dias. Anunciada em março, esta coligação aposta no combate à corrupção e visa impedir o perpetuar dos mesmos atores políticos no poder. Mais transparência na política e promoção do emprego é o que reivindica o Nós, Cidadãos!, um movimento fundado em junho do presente ano, que rejeita a definição 'pequeno partido' e se candidata a todos os círculos eleitorais. Mendo Castro Henriques assume-se como líder. Apostado em alargar o regime de incompatibilidades entre a política e os negócios e mudar o regime está o Partido Popular Monárquico (PPM), que, apesar de não ter um lugar no Parlamento, concorreu a quase todas as eleições desde 1974. Aos eleitores, os representantes do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento Reorganização do Partido do Proletariado (PCTP/MRPP), de inspiração marxista e maoista, prometem a saída do euro e a entrada numa nova moeda: o novo escudo. Aquele que é um dos mais antigos partidos em Portugal conseguiu o seu melhor resultado em 2011, mas não foi suficiente para eleger um deputado. Nesse mesmo ano, estreava-se nos boletins de voto o PartidoPessoas-Animais-Natureza (PAN), que luta pelo reconhecimento da dignidade dos animais não humanos. As questões ambientais são também uma preocupação. A defender os princípios da doutrina social da Igreja Católica está o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PVP/CCD), que concorre apenas por quatro ciclos eleitorais (Aveiro, Braga, Santarém e Viana do Castelo) e apela à revogação da lei do aborto, insurgindo-se ainda contra o casamento homossexual. Os reformados e pensionistas formam o Juntos pelo Povo, fundado no início do ano por um movimento de cidadãos criado na Madeira, e o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), a mais recente formação política em Portugal. O primeiro defende que a habitação da família seja "impenhorável", deseja aplicar maior transparência na gestão das dívidas à Segurança Social e estimular a criação de sistemas privados de pensões complementares ao modelo atual. Já o segundo empenha-se no sentido de que as pensões mais baixas sejam equivalentes ao salário mínimo, pelo fim das penalizações para quem pede reforma antecipada e pela criação de um banco de medicamentos grátis. E a provar que nem só as contas entram na equação, o que o Movimento Partido da Terra (MPT) pretende medir não é o Produto

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Interno Bruto (PIB), mas a Felicidade Interna Bruta (FIB), fazendo Portugal subir no ranking no que a este indicador diz respeito. É a vocação ecologista que lhe dá nome. Na extrema-direita, a força política liderada por José Pinto Coelho surge como uma opção nos boletins de voto. O Partido Nacional Renovador (PNR) quer cortar nas gorduras do Estado e alterar a lei da nacionalidade. Concorreu a quatro eleições legislativas, mas nunca elegeu deputados.

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A44

Sondagens do dia. Coligação com 41%, PS 29%

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

30-09-2015

Meio:

Observador Online

Autores:

Miguel Santos

URL:http://observador.pt/2015/09/30/sondagens-do-dia-coligacao-41-ps-29/

É a "maior sondagem das legislativas", classifica a Marktest. O estudo divulgado pelo Jornal de Negócios esta quarta-feira dá uma vantagem à coligação de 12,4 pontos percentuais em relação ao PS. Pedro Passos Coelho e Paulo Portas estão agora com 41% nas intenções de voto contra 28,6% de António Costa. Quanto à CDU, consegue 9,3% dos votos e o Bloco de Esquerda chega aos 8,7%. No entanto, de acordo com barómetro político da Marktest, realizado nos dias 22, 23 e 29 de setembro, a percentagem de indecisos foi alta: 30% dos inquiridos dizem não saber ainda em quem vão votar. Além disso, 6% dizem que não vão votar no dia 4 de outubro. O Jornal de Negócios explica que os resultados referidos resultam de uma projecção das respostas sem contar com os indecisos. Más notícias para os partidos sem assento parlamentar: todos somados conseguem apenas 3,4% das intenções de voto. O Livre/Tempo de Avançar, por exemplo, chega aos 0,8%, o PAN e o PDR ficam-se pelos 0,7%. Um em 10 inquiridos diz que vai votar em branco: 9,1%. O barómetro político da Marktest foi feito com uma amostra de 1.607 entrevistas e uma margem de erro de 2,44%. Miguel Santos

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Em direto: Os dois avisos de Vitorino ao PS

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Observador Online

Data Publicação:

30-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=5ec3da29

António Vitorino disse ainda que derrota nas legislativas não significa saída dos líderes políticos e que o líder que perde não tem de sair. Faltam três dias de campanha para as eleições. Agora 9:41 Catarina Falcão PAN defende abolição dos espetáculos com sofrimento ou morte de animais A cabeça de lista pelo círculo do Porto do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Bebiana Cunha, defendeu na terça-feira a abolição dos espetáculos com sofrimento ou morte de animais, nomeadamente touradas, circos e caça desportiva. “Queremos ainda terminar com o financiamento público de atividades onde haja sofrimento animal, por isso, se chegarmos ao parlamento iremos fazer propostas de leis que também eduquem as pessoas”, frisou numa ação de campanha numa rua comercial do Porto. Segundo a candidata às eleições legislativas de 4 de outubro, as touradas são uma tradição que já devia estar, há muito tempo, “extinta ou reconvertida numa outra forma de cultura” que não provocasse sofrimento a outros seres e contribuísse para o desenvolvimento da população. Lusa Há 1m 9:40 Liliana Valente Bom dia! António Costa tem hoje um dia de campanha em quatro distritos diferentes. Começa esta manhã com um pequeno-almoco em Lisboa com jovens empreendedores, depois segue para um almoço em Abrantes, no distrito de Santarém. A tarde é reservada para uma arruada em Coimbra e a noite para um comício em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro. Até já. Há 21m 9:20 Catarina Falcão “Era mesmo bom era que o PS dissesse qualquer coisa de esquerda" A porta-voz do BE, Catarina Martins, assegurou na noite passada que o partido não está nesta campanha para atacar os socialistas, mas para criar soluções, considerando que “o que era mesmo bom era que o PS dissesse qualquer coisa de esquerda”, respondendo assim a António Costa que acusou o partido de desperdiçar “energia” enfrentando o PS. “O Bloco de Esquerda não está nesta campanha para atacar o PS, o Bloco de Esquerda está nesta campanha para propor, procurar e criar soluções que rompam com a austeridade e o que era mesmo bom era que o PS dissesse qualquer coisa de esquerda”, afirmou a bloquista.

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Lusa Há 26m 9:15 Catarina Falcão Vitorino aponta para possível vitória da coligação António Vitorino, antigo ministro socialista, admitiu no seu espaço de comentário semanal com Pedro Santana Lopes na SIC Notícias que “quem entra na reta final à frente, chega à frente no fim”, apontando , sem mencionar , para uma possível vitória da coligação tendo em conta as sondagens diárias. Para o PS deixou dois avisos: É preciso saber como é que o PS vai votar e qual vai ser a sua dinâmica no parlamento caso a coligação ganhe , Vitorino rejeita coligações com PS ou Bloco de Esquerda.Lembrou que não é necessária a saída do líder político caso haja derrota eleitoral e mencionou Mário Soares. O antigo comissário europeu reconheceu que a situação será mais difícil para Costa, pois as expetativas foram muito altas.O socialista mostrou-se ainda preocupado com a possibilidade de haver maior abstenção nestas eleições. Há 33m 9:08 Catarina Falcão Bom dia! Estamos mais uma vez a acompanhar o dia a dia da campanha eleitoral. Restam apenas três dias (ou dois dias e algumas horas ) para o fim da campanha.

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ID: 61188195

30-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 2

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 11

LEGISLATIVAS 2015 Acompanhe em www.publico.pt/legislativas2015

No day after há cenários para todos os resultados A resultado das eleições de domingo é ainda uma incógnita. Mas é possível traçar cenários sobre a formação de governo e Passos Coelho até já assumiu que viabiliza um governo minoritário do PS, para marcar a diferença ante António Costa São José Almeida

C

om um discurso de Estado marcado para 5 de Outubro — o último que fará como Presidente da República —, Cavaco Silva está preparado para servir de supremo magistrado na condução do processo de formação do próximo governo, seja qual for o resultado, e ciente da condicionante à sua acção que reside no facto de estar a viver o último semestre do seu mandato, bem como o primeiro da nova Assembleia, que será eleita no próximo domingo, estando assim constitucionalmente impedido de a dissolver e de convocar novas eleições. Este factor condiciona não só Cavaco, mas também os partidos, já que obrigará à negociação de soluções de governabilidade, pelo menos até à eleição de um novo Presidente da República, cujo sufrágio deverá ocorrer a 24 de Janeiro, caindo a sua posse em Março, Isto, na melhor das hipóteses, pois, se houver segunda volta das presidenciais, a posse pode resvalar para Abril. Precisamente o mesmo mês em que a nova Assembleia pode ser dissolvida. Assim, pelo menos até Junho ou Julho, data em que formalmente se poderão realizar novas legislativas antecipadas, a Assembleia da República que sairá das urnas no do-

mingo terá de sobreviver. E cabe a Cavaco gerir o processo de forma a que haja um governo que funcione e que gira o país num período em que em causa estará a aprovação do Orçamento do Estado para 2016.

Resultado absoluto, ou não Como é evidente, se a coligação ou o PS obtiverem a maioria absoluta, o Presidente da República tem a tarefa facilitada e não há qualquer tipo de ansiedade sobre o próximo ano político. Com a maioria dos deputados no hemiciclo de São Bento, o vencedor absoluto irá poder formar governo com tranquilidade e até almejar a governar durante os quatro anos da legislatura. Diferente é se os resultados apontarem para um vencedor com maioria relativa. Nesse caso podem desenhar-se cenários vários cuja previsibilidade ou dificuldade é maior ou menor, consoante as variáveis. Em causa está a solução poder passar por juntar parceiros de modo mais ou menos formal (no governo ou apenas um acordo com incidência parlamentar). Mas também podem ser soluções politicamente mais ou menos óbvias. Ainda há um terceiro factor — o equilíbrio entre as forças que protagonizem uma solução de governo poder ser mais ou menos sólido, dependendo dos resultados eleitorais serem mais ou menos tangenciais. No caso de a coligação ou o PS

ganharem por um resultado tangencial, próximo de um empate técnico em sondagem, ou seja, uma diferença de dois ou três por cento, a fragilidade política dessa vitória é imensa e irá minar a eventual solidez da constituição de um governo. Daí que o Presidente tenha de estudar as várias hipóteses em cima da mesa para saber a quem deve dirigir o convite para formar governo.

Vitórias tangenciais O primeiro passo de Cavaco Silva será ouvir os partidos que conquistem mandatos em São Bento. Mediante o que estes disserem e analisada a composição do Parlamento, o Presidente tomará uma decisão. E aqui a composição do Parlamento será determinante. De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, parece líquido que se a coligação — que tem na sua base um acordo de constituição de governo — ganhar as eleições com maioria relativa e o PSD e o CDS tiverem juntos mais deputados do que qualquer das outras forças, o Presidente irá chamar Passos Coelho a formar governo. A questão é a de saber qual a solidez e a durabilidade deste executivo no momento da apresentação parlamentar do programa do governo. Isto, porque qualquer um dos partidos da oposição, neste cenário, o PS, o PCP ou o BE (pelo menos), pode avançar com uma moção de

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rejeição do programa. Outra possibilidade é a de o próprio governo poder apresentar uma moção de confiança. E aí resta esperar para ver quem vota a favor, contra ou se abstém. Certo é que, se a moção de rejeição for aprovada por maioria absoluta, o governo cai. A situação inversa deste cenário é igualmente possível, mas com final diverso. Expliquemos. Se o PS ganhar por pouca diferença, pode estar sujeito a uma moção de rejeição do seu programa que venha a ser apresentada, por exemplo, pelo PCP ou pelo BE — ou até pelo CDS, já que a coligação se desfaz no caso de derrota eleitoral. Contudo, um governo minoritário do PS terá sempre sobrevivência parlamentar assegurada, uma vez que Passos Coelho já afirmou formalmente que viabilizará o programa de governo do PS e o primeiro Orçamento socialista. Assim, o PSD salvará sempre um governo PS, mesmo que este venha a apresentar uma moção de confiança.

Chamar o outro Há ainda um outro cenário em cima da mesa no que se refere às perspectivas de governabilidade pós-eleitoral. No caso de um governo de maioria relativa da coligação PSD-CDS se deparar com a aprovação parlamentar de uma moção de rejeição do programa de governo ou vir chumbada uma moção de confiança por si apresentada, cabe ao Presidente ponderar uma saída. Como Cavaco Silva está impedido de dissolver a Assembleia e esta de ser dissolvida até Abril, a saída para o impasse político pode passar por o Presidente chamar a formar governo o segundo partido, ou seja, nesta hipótese o PS. Se isso acontecer, o PS pode vir a formar governo sozinho ou acompanhado. É certo que o facto de Passos Coelho ter já assumido que viabiliza até um Orçamento do PS facilita a garantia de que o governo se aguenta no poder. Mas os socialistas podem também, nesta hipótese, procurar um acordo de incidência parlamentar à esquerda, com o PCP e com o BE. Em qualquer destes cenários, que implica um governo socialista formado como solução de recurso a um chumbo parlamentar de um governo da coligação PSD-CDS, quer seja viabilizado pelo PSD, quer seja pelo PCP, a decisão do Presidente é central.

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As linhas vermelhas da coligação à esquerda Maria Lopes e Maria João Lopes

P

assos Coelho e Paulo Portas não se cansam de agitar o fantasma da coligação de esquerda no Parlamento, caso nenhuma força política alcance a maioria absoluta. Se os dois partidos à esquerda do PS com assento parlamentar não fecham a porta a entendimentos, também não a escancaram. Na CDU ninguém quer falar em cenários pós-4 de Outubro. “Deixemos os eleitores decidir no domingo”, é o que se limita a dizer a coligação PCP/PEV. Jerónimo de Sousa não se tem cansado de dizer que tem a convicção profunda de que a direita vai sofrer uma pesada derrota. Apesar das críticas cerradas aos socialistas, Jerónimo nunca fechou a porta a diálogos ou entendimentos. Sempre disposto a conversar, coloca antes uma pergunta: entendimentos para quê e para quem? Tem insistido que a bola está no campo do PS, porque é o partido de António Costa que tem de repensar se está disposto a discutir quatro temas imprescindíveis para os comunistas: renegociação da dívida, Tratado Orçamental, o futuro da Segurança Social e o mercado de trabalho. Palavras que, na coligação de direita, são entendidas como o caderno de encargos para o PCP fazer um acordo com o PS. Na equação do líder do PCP entram alguns números: quantos deputados a CDU consegue (ou não) eleger além dos actuais 16 e quantos o CDS-PP perde dos actuais 24. Porque, se ambos tiverem o mesmo peso, poderá ser mais fácil uma aproximação entre socialistas e centristas do que com comunistas, como a história política nacional já mostrou e Jerónimo lembrou há poucos dias. Mas o facto de António Costa ter ontem criticado a CDU e o Bloco por continuamente atacarem o PS foi pretexto para Jerónimo de Sousa pedir “ponderação”. Até porque rejeita que o PS seja seu adversário. “Os meus adversários estão claros. O adversário principal é a política de direita e essa expressão de António Costa deveria ser ponderada.” E também não vê neste pedido de António Costa um piscar de olho para um eventual entendimento

pós-eleitoral: “Estranha forma de o fazer. Quando não reconhece esta força combativa, de afirmação, de propostas e de luta ao longo destes anos tão difíceis.”, vincou Jerónimo. Que mantém, apesar desta espécie de facadinha nas costas dada por Costa, a “disposição de sempre para um diálogo sincero, com substância”. Mas avisa: é preciso também que o PS tenha a “preocupação de dizer aos portugueses se quer repetir, no essencial, aquilo que fez”. A tal política de direita, o seu adversário.

BE quer medidas concretas O nó entre Bloco de Esquerda e PS também não está ainda desatado. A porta-voz Catarina Martins insiste que já mostrou ao líder socialista disponibilidade para uma solução de Governo, desde que respeitando algumas “linhas vermelhas”, como salários ou pensões. A candidata garante que até agora não teve uma resposta concreta e o facto de o líder socialista ter demonstrado disponibilidade para dialogar com a esquerda, e chumbar um orçamento de direita, não é suficiente para o BE, que quer medidas concretas. O PÚBLICO perguntou à porta-voz até onde estava o Bloco disposto a ir nas negociações com os socialistas caso estas venham a acontecer. Catarina Martins devolve a questão: “Mas o problema é que [o PS] ainda não falou de nenhuma medida concreta!”, exclama. “Eu propus ao António Costa medidas concretas, linhas vermelhas concretas, e do lado do PS não houve nada de con-

creto. Uma coisa muito assustadora é que o PS, sempre que quer falar de uma política, fala numa orgânica governamental, nunca fala de nada concreto. E nós precisamos de coisas concretas. O Bloco fala da vida das pessoas”, acrescenta. Mas o BE está disponível para se sentar com o PS e ouvir o que tem para dizer? “Eu já disse a António Costa, ele não me respondeu, desconversou.” Tal não faz, porém, a porta-voz voltar atrás: “O BE não faltará a uma solução de Governo que proteja salários, pensões, o emprego.” Mesmo que em troca o PS peça aos bloquistas que cedam noutros temas? “Uma negociação é uma negociação. Mas o BE não faltará a uma negociação que faça a diferença na vida das pessoas. Nunca fará parte de uma solução que faça mais austeridade. Quem vota no BE sabe que o seu voto significa defesa do emprego, dos salários e das pensões”, diz. Para Catarina Martins, “se o PS quiser cortar pensões, pode aliar-se ao PSD, não precisa do Bloco para nada”. Ou seja, pode falar com a direita. O Bloco “está disponível para uma solução de esquerda”, não para uma solução de direita. Catarina repete: “Nós temos toda a disponibilidade para negociar um Governo que salve o país, que proteja as pensões, que não as corte, chame-se ele congelamento, redução, que proteja quem contribuiu e descontou toda uma vida, que não descapitalize a Segurança Social, proteja o emprego, não facilite os despedimentos, nem baixe mais os custos do trabalho”. PAULO PIMENTA

Se precisar, António Costa terá negociações difíceis à sua esquerda

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Emprego regista maior queda desde Janeiro de 2013 Dados provisórios do INE apontam para a perda de 34 mil empregos entre Julho e Agosto. Recuo mensal de 0,76% é o maior desde Janeiro de 2013 e interrompe o ciclo de crescimento iniciado no início do ano Raquel Martins

O

s dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) dão sinais de que em Agosto as condições do mercado de trabalho em Portugal pioraram. Entre Julho e Agosto, a população empregada perdeu 34 mil pessoas, o primeiro recuo mensal neste indicador desde o início do ano e o maior desde Janeiro de 2013. A taxa de desemprego subiu ligeiramente. Depois dos sinais positivos verificados nos meses anteriores, o emprego reduziu-se 0,76% e há agora pouco mais de 4,462 milhões de pessoas a trabalhar em território nacional. É preciso recuar a Janeiro de 2013 para encontrar uma queda mensal maior (de 0,83%) do que a verificada agora. “Este decréscimo da população empregada”, nota o INE, “foi observado em todos os grupos analisados: adultos (menos 0,8% ou 33,1 mil), mulheres (menos 1,0% ou 22,3 mil), homens (menos 0,5% ou 12,1 mil) e jovens dos 15 aos 24 anos (menos 0,5% ou 1,1 mil)”. Os números em causa já estão corrigidos dos efeitos das actividades sazonais, como o turismo, que nesta altura do ano, costuma inflacionar os números da população empregada. Na comparação com Agosto do ano passado, os dados são mais positivos, mas surgem também sinais de algum abrandamento. Embora haja mais cinco mil pessoas empregadas do que em Agosto de 2014, a taxa de crescimento da população empregada de 0,1% é a mais pequena desde que em Novembro de 2013 se iniciou a recuperação de postos de trabalho. A queda da população empregada é um dos factores que ajudam a explicar o ligeiro aumento mensal da taxa de desemprego provisória, para 12,4% da população activa. Trata-se

Desemprego volta a subir Dados ajustados de sazonalidade

População empregada Em milhares

População desempregada Em milhares

4800

1000

4650

900

4500

800

4350

4462,2

4200

Agosto 2011

633

700

600

Agosto 2015*

Agosto 2011

Agosto 2015*

Taxa de desemprego total Em % da população activa

Taxa de desemprego jovem Em % da população activa

18,0

44,0

16,5

40,5

15,0

37,0

13,5

12,4

12,0

Agosto 2011

31,8

33,5

30,0

Agosto 2015*

Agosto 2011

Agosto 2015*

*Estimativas provisórias de Agosto de 2015, o dado definitivo serão divulgados em Outubro Fonte: INE

Cada partido tirou dos dados do INE, divulgados a cinco dias das legislativas, as ilações que melhor encaixam no seu discurso

PÚBLICO

de um acréscimo de 0,1 pontos percentuais face ao valor definitivo apurado para o mês de Julho, mas uma descida de 1,2 pontos percentuais em relação ao ano passado. Em Agosto, havia 633 mil pessoas desempregadas, mais 4800 pessoas do que no mês anterior e menos 67 mil em relação ao período homólogo. A taxa de desemprego entre os jovens também aumentou, para 31,8%, tendo registado um acréscimo mensal de 0,6 pontos percentu-

ais e um recuo anual de 1,4 pontos. Os números agora divulgados são provisórios, uma vez que são apurados com base em trimestres móveis, compostos por dois meses para os quais a recolha da informação do inquérito ao emprego já foi concluída e um mês para o qual o INE faz uma projecção. Por essa razão, só em Outubro serão conhecidas as estatísticas definitivas de Agosto e só aí será possível confirmar se há mesmo uma inversão da tendência de recuperação verificada de Fevereiro em diante. O destaque do INE também não dá indicações sobre a evolução da população activa e inactiva, pelo que não é possível explicar totalmente o que está por detrás da queda mensal da população empregada e da subida do desemprego. É que, embora a população empregada recue 34 mil, a população desempregada teve um aumento de apenas cerca de 5 mil pessoas. Os dados dizem respeito à população dos 15 aos 74 anos e foram previamente ajustados de sazonalidade (uma metodologia diferente da seguida pelo INE quando apura os dados trimestrais). Se não tivermos em conta os efeitos das actividades sazonais, a taxa de desemprego ficou em 12,2%, 0,4 pontos acima do valor definitivo de Julho, e a população empregada era de 4,482 milhões, tendo recuado 41.300 pessoas face ao mês anterior. O INE também divulgou ontem as estatísticas definitivas do mês de Julho, revendo em alta a sua estimativa inicial. O desemprego afinal ficou em 12,3%, acima dos 12,1% previstos, tendo estabilizado em relação ao mês de Junho. A estimativa da população empregada também foi corrigida, mas em baixa. Divulgados a cinco dias das eleições legislativas, os dados do INE serviram para cada partido tirar as ilações que melhor encaixam no seu discurso de campanha. O PS manifestou-se perplexo com a redução do

emprego e com o aumento da taxa de desemprego. “O desemprego, em pleno Verão e quando o turismo deveria impulsionar a criação de postos de trabalho sazonais, está a subir”, disse Eduardo Cabrita, socialista e candidato a deputado pelo círculo de Setúbal. Do lado da coligação coube ao vice-primeiro-ministro e líder do CDS-PP comentar os números. Paulo Portas destacou a descida do desemprego em comparação com o ano passado e, embora reconheça que o resultado “é menos bom” quando comparado com o mês anterior, lembrou que subida do desemprego sucede com “alguma frequência” em Agosto. Questionado sobre se as actividades sazonais não deveriam melhorar os resultados, o líder do CDS aconselhou a consulta das séries longas do INE. Se o fizermos e olharmos para o historial dos últimos 16 anos e para a evolução da população desempregada em cadeia, conclui-se que em sete anos a população desempregada aumentou entre Julho e Agosto, em oito recuou e num deles estabilizou. Mais do que os números, Jerónimo de Sousa, líder do PCP, condena a “manipulação estatística” que — acusa — o Governo continua a fazer, ao considerar como emprego estágios e cursos de formação. No final de uma arruada junto à estação da Parede (Cascais), o secretário-geral do PCP acusou o Governo de usar “esquemas”. Para a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, os números são a “marca da austeridade” e do “falhanço de uma governação”. “Este Governo vai sair de funções, deixando o país com um PIB mais pequeno, uma dívida maior, um défice igual e com menos emprego ainda do que aquele que já tínhamos. É a marca do falhanço de uma governação”, considerou. com Maria Lopes, Maria João Lopes, Sofia Rodrigues e Nuno Sá Lourenço

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Comício Público Um blogue feito por dez políticos que vivem e acompanham por dentro o dia-a-dia da campanha eleitoral. Entre também e contribua para o debate de ideias! www.publico.pt/legislativas2015

Uma pergunta por dia

Tracking poll diária

Os reformados formam um bloco eleitoral unido?

Mês de Setembro (percentagem)

V

otará no mesmo sentido uma professora primária agora com 90 anos e o seu antigo aluno, agora com 67? Votará de forma semelhante um militar envolvido no golpe militar de 25 de Abril de 1974 e a “empregada de servir” que pelo rádio ouviu que “a revolução chegou a Lisboa”, mesmo que ambos tenham 70 anos e estejam igualmente reformados? Talvez sim, talvez não. Supondo que sim, votarão no mesmo sentido pelas mesmas razões? Assumirão ambos o voto no partido A ou B porque se revêem num mesmo pensamento político? Não sabemos! Podemos avançar com hipóteses, estudar as tendências de voto assumidas, mas avançar com uma resposta peremptória a esta questão implica um risco que acredito que não vale a pena correr… O comportamento eleitoral encerra uma margem de incerteza tal que, pressupô-lo do ponto de vista da situação perante o trabalho, pode ser tão exacto quando se é reformado como quando se está em qualquer outra condição laboral. São múltiplos os factores que podem influenciar a tendência de voto. Alguns estudos nacionais e internacionais apontam para leituras do comportamento eleitoral considerando indicadores como a idade, a escolaridade, o sexo, ou outros, acabando por evidenciar o quanto

as representações sociais influenciam a ideia de tendência de voto, que se vai formando quando se pensa em categorias como “os reformados” ou “as mulheres”. Não se excluindo a hipótese de algumas tendências se poderem verificar, haverá uma grande variabilidade nas intenções e nos votos efectivos, independentemente das categorias a partir das quais seja facilitador — diria até aliciante — construir discursos que contribuem para fortalecer percepções e, quem sabe, criar ou reforçar tendências de voto de pessoas que têm em comum uma determinada característica… como serem reformados/as. Mais do que a situação perante a profissão, o voto das pessoas reformadas poderá ser mais influenciado pelos assuntos em discussão. Temas como as pensões ou o acesso a cuidados de saúde podem despertar um maior interesse nas pessoas reformadas, mobilizando-as para participarem ativamente nas eleições. Se isso significa que vão votar em bloco? Talvez… Unido? Não me parece! Teresa Martins Investigadora em Gerontologia e docente na Escola Superior de NUNO FERREIRA SANTOS

As intenções de voto 50

PSD/CDS-PP

PS

CDU

BE

Outros partidos

Brancos/Nulos

FICHA TÉCNICA

40

38,8 31,6

30

Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1008 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II).

20

9,4 8,2 7,9 4,0

10

0

21

22

23

24

25

26

27

28

29

Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 25 e 28 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58,4%.

Fonte: Intercampus

PÚBLICO

Coligação amplia vantagem sobre o PS que está agora nos 7,2 pontos percentuais Nuno Ribeiro

A

coligação Portugal à Frente (PaF), constituída pelo PSD e CDS-PP, está à frente do PS com uma vantagem de 7,2 pontos, segundo o inquérito da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF, cujo trabalho de campo decorreu entre 25 a 28 de Setembro, com 1008 entrevistas. Na projecção de resultados sem indecisos, a PaF obtém 38,8% contra 31,6% do PS, sendo a diferença de 7,2 pontos entre as duas principais forças concorrentes às eleições legislativas de 4 de Outubro a maior até agora registada na série de estudos iniciada em 21 de Setembro. Por outro lado, os 31,6% que o estudo reserva aos socialistas correspondem ao pior resultado obtido pelo PS nesta série A Coligação Democrática Unitária (CDU), integrada pelo PCP e pelo Partido Ecologista Os Verdes,

consegue 8,2%, uma queda de 0,9 pontos face ao inquérito da véspera. Já o Bloco de Esquerda alcança 7,9%, mais quatro décimas que no estudo anterior. Nunca a CDU e BE estiveram separados por uma margem tão estreita, que é de apenas três décimas. Os votos brancos e nulos mantêmse nos 9,4%, enquanto os outros partidos ficam nos 4%, uma décima O PAN (Pessoas, Animais, Natureza) é agora o partido sem representação parlamentar mais bem colocado

mais do que na véspera. Na projecção de votos com indecisos há uma estabilização. Os indivíduos que afirmam não saber em quem vão votar ou que se recusam responder correspondem a 21,4%, o mesmo valor que no inquérito anterior. Na distribuição do voto por ida-

des entre as duas principais forças concorrentes, a coligação de Passos Coelho e Paulo Portas lidera nas duas primeiras faixas etárias, ou seja, entre os 18 a 34 e os 35 a 54 anos. Os socialistas de António Costa estão à frente nos eleitores de 55 ou mais anos. Por regiões, mantém-se a distribuição do estudo da véspera. Isto é, a coligação de Passos e Portas lidera no Norte, centro, Lisboa e Algarve. Já os socialistas de Costa continuam à frente no Alentejo. Na divisão por género, as propostas da Portugal à Frente são as preferidas tanto entre os homens como entre mulheres. Quanto aos partidos sem representação parlamentar, o PAN (Pessoas, Animais, Natureza) está à frente com 0,8%, seguido a uma décima pelo Partido Nacional Renovador (PNR). Em terceiro lugar, com 0,6%, está o Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto que nos últimos dois inquéritos liderava este ranking. O Livre/Tempo de Avançar aparece em quarto lugar, com 0,5%.

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CNE recebeu 42 queixas desde o início da campanha

A

Comissão Nacional de Eleições instaurou, entre o dia 21 de Setembro (a campanha eleitoral arrancou no dia 20), e ontem, dia 28, 42 processos decorrentes de queixas apresentadas, segundo um relatório disponível no site da comissão. O relatório informa que, desde o início do ano, e até 28 de Setembro, foram registados 116 processos relativos às eleições legislativas, a maioria instaurados por cidadãos. Quanto a forças políticas, a que mais reclamou foi a Coligação Democrática Unitária (CDU), constituída pelo Partido Comunista Português e Partido Ecologista Os Verdes. O tratamento jornalístico da campanha está entre os temas mais recorrentes entre os processos, seguindo-se questões relativas a assembleias de voto, a propaganda ou a publicidade comercial. A CNE assinala também que, dentro do tratamento jornalístico, “muitos dos processos criados resultaram de participações apresentadas devido ao programa Prós e Contras da RTP, que foi emitido no dia 14 de Setembro”. Dos 116 processos instaurados pela CNE desde o início do ano, 59 estão em instrução, 28 foram enviados para a entidade competente, 18 resultaram numa recomendação ou advertência, sete originaram esclarecimentos, e quatro foram arquivados ou enviados para o Ministério Público. Contactado pela Lusa, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, João Almeida, informou que na reunião da comissão que decorreu ontem de manhã foram abordados “assuntos correntes”, entre os quais alguns relativos às assembleias de voto e à votação antecipada de portugueses no estrangeiro. A campanha eleitoral para as eleições legislativas marcadas para dia 4 de Outubro decorre até dia 2, sexta-feira, com 16 forças políticas a votos.

Um questionário para evitar surpresas que ficou sem resposta... Enviámos estas perguntas a António Costa e a Passos Coelho, os dois homens que se assumem candidatos à chefia do Governo. Nenhum respondeu. Por José António Cerejo e Paulo Pena

N

o passado, aspectos relevantes da vida financeira, profissional ou fiscal dos primeirosministros portugueses foram conhecidos já depois da eleição. Para tentar dar aos cidadãos esta informação relevante, antes do momento em que são chamados a escolher entre projectos e personalidades, o PÚBLICO criou este questionário. Inspirado nos testes obrigatórios feitos pelos partidos Democrático e Republicano norte-americanos aos seu candidatos, o PÚBLICO procurou dar a conhecer as potenciais vulnerabilidades de quem aspira à chefia do Governo, dando-lhes uma oportunidade de revelar, antecipadamente, o que pode vir a ser notícia no futuro. Estas perguntas, precisas, podem ajudar alguns leitores a formar uma opinião sobre o percurso profissional e a relação destes candidatos com o mundo financeiro e judicial. O questionário foi enviado para Pedro Passos Coelho e António Costa no dia 8 de Setembro, de manhã. A resposta da coligação chegou, um dia depois: “Encarregame o director de campanha de agradecer o seu convite, mas o primeiro-ministro tem uma agenda preenchida até às eleições e não vai poder encaixar o vosso amável convite.” Do lado do PS, os contactos foram quase diários, com uma vaga promessa de resposta, que acabaria por não chegar. Estas são as perguntas que ficaram sem resposta.

1. Tem, ou alguém da sua família próxima (mulher e filhos) tem, contas bancárias no estrangeiro? 2. Alguma vez foi titular de contas em refúgios fiscais (offshores)?

3. Tem dívidas superiores a 10 mil euros? A que entidades? E qual o montante (se superior a 10 mil euros)?

especificar a natureza das falhas em que eventualmente tenha incorrido nas suas relações com esses serviços?

Deputados (Lei n.º 7/93), em particular aquelas sobre os impedimentos a que os deputados estão sujeitos?

4. Alguma vez foi preso, ou detido, por alguma força de segurança? Se sim, qual o motivo?

13. Alguma vez participou na discussão e votação em órgãos como a Assembleia da República, assembleias e executivos autárquicos, em que estivessem em causa assuntos em que tivesse interesses particulares?

17. Por favor, detalhe as empresas e entidades às quais prestou serviços remunerados, a título de profissão liberal ou de trabalho dependente.

5. Alguma vez foi abordado pelas forças de segurança por conduzir sob o efeito de álcool ou drogas? Foi multado ou ficou sem carta? O que aconteceu? 6. Alguma vez recebeu tratamento por abuso de substâncias ilícitas, ou de álcool? 7. Alguma vez recebeu multas de trânsito? Se sim, pagou-as todas? 8. Alguma vez foi questionado pelas autoridades competentes sobre suspeitas de actividades ilícitas de qualquer espécie, incluindo violência doméstica, mesmo que não tenha sido constituído arguido? 9. Por favor detalhe o seu património imobiliário, do qual é proprietário ou locatário, e o da sua mulher. 10. Tem a sua situação fiscal al regularizada? E as contribuições uições para a Segurança Social? 11. Alguma vez foi alvo de processos de execução, ou u de penhoras, motivados por dívidas a entidades públicas ou privadas? 12. Considera-se um contribuinte exemplar, no sentido em que sempre cumpriu todas as suas obrigações com o fisco e com a Segurança Social dentro dos prazos e sem coimas, ou juros de mora, desde que exerce funções públicas? Quer

14. Alguma vez invocou nesses órgãos, ficando registado em acta, algum dos impedimentos previstos na lei para não participar na discussão e votação de assuntos em que possa ser sujeito de conflito de interesses? 15. Alguma vez foi advertido, por escrito e pelos órgãos competentes, para qualquer omissão ou declaração incorrecta verificada nas declarações de rendimento e registos de interesse que entregou ao longo dos anos, no Tribunal Constitucional e na Assembleia da República? 16. Alguma vez violou alguma das normas s do Estatuto dos

18. As empresas para as quais trabalhou receberam apoios estatais ou comunitários? 19. Já foi accionista ou dono de alguma quota em alguma empresa? Se sim quais as empresas em cujo capital participou e qual é o estado actual dessas participações societárias? Vendeu-as? A quem? 20. Por favor indique se no seu passado profissional foi de algum modo implicado em queixas por despedimento ilegal, práticas de assédio de qualquer espécie, incluindo moral, contratação de trabalhadores em situação ilegal. 21. Alguma vez foi investigado por alguma au autoridade nacional, estrangeira estr ou da União Europe Europeia? Se sim, qual? E qual o desfecho? desfe 22. Alguma vez ve declarou pessoal? falência pess 23. A quantos cargos carg de eleição se can candidatou? 24 E quantos 24. cargos ca de nomeação n a aceitou? 25. Quantas 25 vezes vez contribuiu financeiramente finan para campanhas camp eleitorais no pa passado. E com que montantes? mont

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30-09-2015

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Os novos José Manuel Coelho espera comícios ser eleito deputado

O

cabeça de lista do Partido Trabalhista Português (PTP) às eleições legislativas nacionais pelo círculo eleitoral da Madeira, José Manuel Coelho, disse ontem que espera ser eleito deputado à Assembleia da República no próximo domingo. “A campanha tem corrido bem e, se as pessoas cumprirem o que me transmitem nas acções de campanha, espero obter 20 mil votos e ser eleito deputado à Assembleia da República”, afirmou o candidato após uma iniciativa política junto à falésia do Porto Novo. José Manuel Coelho promete que, se for eleito, apresentará na Assembleia da República um projecto de decreto legislativo “a obrigar o Governo Regional da Madeira a elaborar e a aprovar os planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC)” para evitar que “os patos bravos [empresários do regime] façam o que bem entenderem”. “É preciso que haja legislação que diga o que se pode e o que não se pode fazer na orla costeira para salvaguardar a paisagem e não permitir a construção de elefantes brancos”, declarou José Manuel Coelho, numa alusão a um empreendimento imobiliário erguido no Porto Novo embargado pela Capitania do Porto do Funchal, pelo Tribunal Administrativo do Funchal e pelo Tribunal Central Administrativo de Lisboa. Para o candidato do Partido Trabalhista Português, “estas situações acontecem porque não existem planos de Ordenamento da Orla Costeira na Madeira”, disse, acrescentando que o empreendimento está a degradar-se há dez anos. Coelho militou no PCP até 1999 e foi eleito deputado à Assembleia Legislativa da Madeira em 2007 pelo PND (Partido da Nova Democracia). Candidatou-se à Presidência da República em 2011, ano em que passou a integrar o PTP, do qual é líder regional e vice-presidente. PÚBLICO/Lusa

Câmara oculta Nuno Ribeiro

F

iéis repositórios e transmissores fidedignos das imagens de campanha, os canais televisivos contribuem para a divulgação incessante dos novos usos e costumes políticos. Sem distinção de cores, programas ou candidatos. Já lá vão os tempos em que os partidos procuravam no medo cénico de uma manifestação ruidosa ou na evidência de uma casa cheia a imagem de pujança que as eleições não confirmavam. Como se os eleitores se tivessem esfumado à boca das urnas. Aprenderam esta lição. Em Setembro de 2015, longe das didácticas sessões de esclarecimento de outrora, os comícios são repastos. Ou os almoços e jantares são acompanhados pelos discursos. Como aperitivo ou à digestão. E a tradicional carne assada foi substituída pelo portuguesíssimo arroz de pato. Há outras opções. O 24 Horas da RTP Informação de 24 de Setembro reportou uma nova versão: o comício-churrascada do Bloco de Esquerda em Setúbal. Com reportagem incluída. “O pessoal do Bloco come a sério”, diz a assadora trajada de branco. Entre outras iguarias passadas pelo lume de carvão, foram despachadas 1500 bifanas. Um número, repetido com surpresa de apetite pelo repórter. Estes tempos levam à actualização dos conceitos. O sucesso de uma iniciativa partidária pode deixar de se medir pela afluência e considerar o tamanho das febras, ou fêveras na versão nortenha. São, assim, os novos comícios.

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30-09-2015

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LEGISLATIVAS 2015 Acompanhe em www.publico.pt/legislativas2015

Jerónimo até sonhou com uma maioria absoluta da CDU NUNO FERREIRA SANTOS

Reportagem Maria Lopes

Reportagem Maria João Lopes

N

Líder da CDU começou arruada à porta do centro de emprego quando este já estava fechado

T

ivesse Jerónimo chegado ao ponto de encontro da arruada na Amadora duas horas mais cedo e o cenário seria outro. Em vez das perto de três centenas de apoiantes comunistas com bandeiras e da música dos megafones, poderia ter ouvido Isabel Lourenço, de 52 anos, queixar-se do emprego que não arranja há dois anos e meio, ou Vítor Simões, de 27, que já fez dois estágios, e nada de trabalho. Os dois estiveram ontem no centro de emprego da Amadora para saberem o que fazer da sua vida nas próximas semanas. Porque é assim que planeiam a vida — mês a mês e sem grandes expectativas. Os filhos que a primeira cria sozinha (porque o pai foi para Angola, mas dinheiro na volta do correio nenhum) já sabem que os menos de 500 euros de subsídio de desemprego não chegam para aulas de ballet e ténis. Mas o líder do PCP não viu nada disto — e sua campanha esteve ali mesmo, à porta do centro de emprego, quando este já estava fechado e lá dentro só as quatro empregadas de limpeza olhavam com curiosidade para o cruzamento com trânsito caótico. Nem disto falou quando discursou por dez minutos no jardim, junto à estação — lembrou-se dos 500 mil desempregados sem apoios sociais. A abordagem do desemprego com casos reais durante a campanha, que teria sido uma óptima ideia, passou ao lado. E quando chegou Jerónimo, a porta do edifício coberto de alto a baixo de janelas de alumínio castanho estava fechada há uma hora — e nem sempre é assim, diz um casal dono de uma loja

Um dia entre o drama do desemprego e o bom exemplo

Jerónimo sente-se confortável a interagir com as pessoas, e não só mesmo ao lado, muitos dias a fila é longa e, depois de encerrada a porta, os funcionários continuam a atender até às seis e tal. Em 2011, quando a taxa média de desemprego em Portugal foi de 13,6%, neste concelho chegava aos 15%, e na faixa jovem era de 32%. Quatro anos depois, os números não estarão melhores atendendo à quantidade de, por exemplo, lojas fechadas nas principais avenidas.

CONTA KM Partida: Santa Maria da Feira

3453km Acontecimento do dia: Jerónimo desvaloriza as sondagens, mas sente-se tão confiante que até fala com à-vontade de um cenário – ainda que o saiba improvável – de maioria absoluta da CDU. Hoje há última volta por Porto e Braga Chegada: Lisboa

3822km

Numa arruada de quase uma hora, Rua Elias Garcia acima — a maior parte pelo lado direito (um sacrilégio) —, Jerónimo vestiu o fato que lhe assenta bem: cumprimentou todos que estavam às portas e até galgou um andaime para apertar a mão a quem estava do lado de lá da rede, num prédio em obras. Saúde, boa sorte, força, vamos lá mudar isto, você tem que mandá-los de lá para fora — quem está a favor, fala; quem não está, prefere evitar a multidão e pedir licença para passar com a cara fechada e o passo apressado. Porque a Amadora comunista já lá vai há uns anos. Ainda assim, o passeio foi animado. A tal ponto que, a meio do caminho, questionado pelos jornalistas sobre se chamaria o PS para governar consigo se a CDU tivesse maioria, Jerónimo não hesitou. “Se tivéssemos uma maioria, mesmo que fosse absoluta, nunca governaríamos sozinhos. Consideraríamos sempre a convergência de democratas e patriotas, incluindo num Governo.” Um local ainda menos dado à cor da CDU é a Parede, no concelho de Cascais. Mas a coligação PCP/PEV insiste em fazer ali arruada com o secretário-geral — é o máximo que entra na linha de Cascais para fazer campanha, diga-se. A manhã foi barulhenta, mas noutros anos já juntou mais gente.

uma dia marcado pela divulgação dos dados sobre o emprego, em queda, e o desemprego, com uma ligeiríssima subida, o Bloco de Esquerda esteve em contacto com o melhor e o pior desta realidade. De manhã, na feira da Lixa, concelho de Felgueiras, uma das primeiras pessoas, com quem a porta-voz Catarina Martins falou, contou que ela e o marido estão desempregados. À tarde, porém, a caravana bloquista foi conhecer um exemplo de sucesso: uma fábrica de calçado para pessoas com deficiência que emprega 39 funcionários e que está a crescer. Situada no concelho de Santa Maria da Feira, tem mais 19 funcionários do que há quatro anos. Ali tudo é feito é mão e cada peça é única. O gestor Luís Sá vai contando que as vendas não são tanto para o mercado nacional, que é “fraco”, mas sobretudo para o estrangeiro, em particular para o Norte da Europa. Garante que ali se preza a antiguidade, quanto mais tempo de casa tiverem os funcionários, melhor – mais conhecimentos têm, mais qualidade tem a produção. E não têm nenhum interesse em pagar mal, assegura, defendendo que, mais satisfeitos, os funcionários produzem melhor. O salário médio é 800 euros, foi aumentado em 6% em Janeiro. O gestor conta ainda que, apesar da crise, nos últimos quatro anos, superaram as expectativas e tiveram um crescimento de 25% ao ano. “Nós, sim, damos um contributo para a exportação.” Perto do fim da visita, Catarina Martins aproveita e pergunta a Luís Sá se preferia que o Governo baixasse o IRS ou mexesse na Taxa Social Única. O gestor acrescenta apenas o IVA. A bloquista brinca e desafia-o a convidar o primeiro-ministro a fazer uma visita à fábrica. Luís Sá tem a resposta pronta: diz que

até têm uma cadeira reservada para o vice-primeiro-ministro Paulo Portas, o “mentor” das exportações, para que possa aprender como se faz. As paredes estão cheias de inscrições, deixadas por visitantes. Numa delas lê-se: “Sorria, você tem um emprego. E é na My Orthopedics.” Ontem, ficou lá gravada mais uma: “Cada sapato único para vidas com igualdade. Parabéns. Catarina Martins.” De manhã, a candidata conheceu, porém, outra realidade. Na feira, cruzou-se com Maria de Lurdes, 52 anos, que lhe contou que ela e o marido estão desempregados. Maria de Lurdes era funcionária de uma fábrica de calçado em Felgueiras, mas teve um problema de saúde e está sem trabalhar há 10 anos. “O meu marido trabalhava nas obras, nas estradas, e está desempregado”, diz, lamentando que o rendimento mínimo – neste caso, 380 euros – acabe em Janeiro. Está a pensar votar na “menina Catarina”, mas ainda não é certo. A única certeza que tem é esta: “Neste Governo não voto, deus me livre.”

CONTA KM Partida: Coimbra

2259km Acontecimento do dia: Para Catarina Martins, a ministra das Finanças “é tão de fiar nas suas contas como a contagem das emissões de gases da VW” e as contas da Parvalores “forem marteladas”

Chegada: Santa Maria da Feira

2550km Página 56


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Agir e PCTP/MRPP juntam-se a manifestação dos bairros sociais BRUNO LISITA

O

s cabeças de lista por Lisboa do Agir (PTP/MAS), Joana Amaral Dias, e do PCTP/ MRPP, Garcia Pereira, juntaram-se ontem à manifestação em defesa dos bairros sociais, em frente ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana em Lisboa (ver pág. 17). “O Agir está com a causa dos bairros sociais, está com a causa da habitação condigna”, afirmou Joana Amaral Dias, referindo que a número 4 na lista por Lisboa, Daniela Serralha, “é uma das grandes promotoras, activistas e defensoras dos bairros sociais”. Daniela Serralha é a presidente do Instituto de Apoio aos Bairros Sociais, que promoveu o protesto. Já Garcia Pereira contou ter toma-

Joana Amaral Dias é a cabeça de lista do Agir por Lisboa

do conhecimento do protesto, “com pessoas de vários prontos do país”, e decidiu ir “manifestar solidariedade”, a sua e do partido, relativamente a uma luta que considera “inteiramente justa”. Joana Amaral Dias disse que o que se passa com a habitação em Portugal, “que é um direito inalienável dos cidadãos, é um direito tão essencial como o direito à saúde e do direito à educação, é absolutamente vergonhoso”. De acordo com a dirigente do Agir, “a lei das rendas fez com que muitas pessoas perdessem as suas casas, por aumentos na ordem dos mil por cento de rendas”. “Além de que as penhoras da Segurança Social e as penhoras das Finanças estão a roubar as casas a famílias por meia

dúzia de euros. Ricardo Salgado está em prisão domiciliária numa mansão de luxo e não é alvo de arresto e pessoas como as que estão hoje aqui perdem a sua casa, porque devem 20 euros à Segurança Social. Não é admissível”, protestou. Também Garcia Pereira criticou a lei “inteiramente fascista”, que disse promover a “elevação das rendas a valores completamente incomportáveis”. “São estas pessoas que têm feito, na maior parte dos casos, os consertos e as reparações indispensáveis às respectivas casas e vêem-se agora colocados na obrigação de pagar rendas que não há qualquer hipótese. Estão com o cutelo do despejo em cima. O seu protesto é inteiramente legítimo”, disse. Lusa

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Com BPN nos braços

Pedro e Paulo, a dupla que funciona apesar das suas diferenças

Um dia nas fábricas

MIGUEL MANSO

Reportagem Sofia Rodrigues Os dois líderes da coligação Portugal à Frente têm sabido aproveitar os seus diferentes estilos na campanha eleitoral

E

ra uma das expectactivas da campanha da coligação Portugal à Frente: como é que Passos Coelho e Paulo Portas — dois líderes partidários com estilos tão diferentes — iriam funcionar como uma dupla em campanha. Até porque seria a primeira vez que o líder do CDS não teria todo o protagonismo. A resposta foi uma surpresa: acertaram o passo, afinaram o discurso e tornaram-se numa verdadeira dupla. Os dois líderes da coligação sabiam que os olhares estavam virados para o seu relacionamento na campanha. Portas tem sabido ficar um passo atrás do candidato a primeiro-ministro, tal como a hierarquia exige. Nos primeiros dias, nos palcos dos jantarescomícios, era o líder do CDS que ia buscar a mão de Passos para elevar os braços num gesto de união. Agora já é Passos que toma a iniciativa. No terreno, em visitas a quintas ou a fábricas, Portas faz por dar uma boa imagem de campanha. Passos manteve sempre uma posição mais institucional e raramente tem esse tipo de gestos, embora se mostre muito interessado nos pormenores. É Paulo quem muitas vezes puxa pelo “Pedro” e não se dá mal. O líder da coligação costuma aceder com boa vontade a colher uma framboesa ou a subir a uma debulhadora. Portas é conhecido por ter muito à-vontade no terreno. É enérgico a cumprimentar as pessoas e tenta chegar ao maior número de eleitores. Joga na eficácia do beijinho e do aperto de mão. E sempre que pode evita um potencial crítico. Postura contrária

A dupla Paulo e Pedro tem sabido actuar nos palcos da campanha tem Passos, que se demora com quem encontra. Seja mais ou menos crítico do Governo. Fica na história da campanha o debate de dez minutos com uma reformada vestida de cor-de-rosa. Com Paulo Portas a assistir de longe.

CONTA KM Partida: Caldas da Rainha

3080km Acontecimento do dia: A campanha da coligação Portugal à Frente quase não saiu à rua no distrito de Coimbra e fez-se nas fábricas. Mas ensombrada pelo BPN Chegada: Coimbra

3387km

Mesmo com estilos diferentes, Pedro e Paulo têm sabido aproveitar a sua diversidade. Até nos discursos. Ao candidato a primeiro-ministro coube fazer as intervenções mais institucionais. Os ataques mais fortes ao líder do PS ficaram por conta do número dois da coligação. As intervenções de um e de outro são diferentes na forma e na substância, mas não contraditórias entre si. E divergem até nas referências que são feitas aos dirigentes ou cabeças de lista de cada um dos partidos que participam nos almoços e jantares. Passos raramente faz um elogio a quem está na sua mesa (a centrista Assunção Cristas foi uma das excepções), Portas nunca se esquece de cabeças de lista do PSD e do CDS em cada distrito. Já elogiou todos os seus vice-presidentes, alguns deles potenciais candidatos à sucessão no partido. Atribuiu “capacidade de trabalho” a Pedro Mota Soares e “bom senso” a Assunção Cristas. Chamou “carismático” a João Almeida. E de Nuno Melo disse ser a “referência” do partido. Com discursos ao almoço e

ao jantar dos dois candidatos e dos dois cabeças de lista, o controlo do tempo tornou-se imperativo. Até porque os dois costumam alongar-se. A máquina do PSD parece ter conseguido impor os seus limites. Portas tem confessado, diversas vezes no púlpito, que o seu relógio está a marcar a hora de terminar. Na primeira coligação PSD-CDS que chega ao fim da legislatura, os próprios apoiantes e simpatizantes já esperam ver os dois líderes na mesma acção de campanha. E notam quando Portas “está de folga”, o que por vezes quer dizer que tem uma agenda paralela no distrito vizinho. Poucas vezes aconteceu na campanha oficial. Tentam chegar ao mesmo tempo ao ponto de campanha na mesma caravana. Quando Portas fica para trás, Passos chama pelo “Paulo” para ficar a seu lado. O mesmo acontece quando Portas se apercebe de que o líder do PSD pode estar à sua espera. A dupla Pedro e Paulo tem sabido actuar nos palcos da campanha. Falta saber como vão representar na noite eleitoral.

O

dia de campanha da coligação apimentouse ontem e não foi por causa da visita à fábrica de molho picante. Foi a notícia que aponta a ministra das Finanças como responsável pela ocultação de prejuízos no BPN para maquilhar o défice de 2012. Passos defendeu-a em toda a linha: “Se fosse eu, fazia a mesma coisa.” A passagem da PaF pelo distrito de Coimbra foi um exclusivo de visitas a fábricas. Excepção feita a uns minutos na Praia de Mira, onde alguns banhistas aproveitavam o bom dia de sol e um areal deserto. A uma das poucas banhistas que os dois conseguiram cumprimentar, Paulo Portas apelou: “Faça aí um bocadinho de campanha na praia.” A caravana seguia para um almoço numa empresa, a terceira da manhã. Na primeira unidade fabril, já com a notícia do BPN, avançada pela Antena 1, a marcar a manhã, Passos e Portas acompanharam a produção de azeitonas, pickles e molho piripíri. O cheiro é ácido, mas Passos Coelho aprecia: “Cheira bem a azeitoninha.” Com a comitiva vestida de batas e toucas brancas, uma trabalhadora vem dar apoio a Passos Coelho: “Gosto muito de si, vou votar em si porque ninguém vai fazer melhor.” O cenário de derrota é tabu, mas Passos admitiu aos jornalistas ser “normal” que os resultados das eleições tenham consequências em “todos os partidos”. Foi peremptório a negar qualquer ocultação de prejuízos no BPN e insinuou haver “interesses” em fazer sair notícias incómodas para o Governo. À tarde, mais uma fábrica, desta vez de pastéis. Depois da visita, há lanche com rissóis, pastéis de bacalhau e chamuças. A conversa é distendida, sem stress. Há tempo para isso até ao jantar. S.R.

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Avaliação dos líderes Quatro especialistas avaliam semanalmente o comportamento dos líderes das quatro principais formações políticas candidatas às eleições de 4 de Outubro. Veja os resultados em www.publico.pt/legislativas2015 Próxima avaliação na sexta, 2 de Outubro

O momento Volkswagen

Lisboa cumpre função “megafone” do PS Reportagem Nuno Sá Lourenço PS andou pela capital e margem sul do Tejo, onde pela primeira vez Costa criticou ataques do PCP e BE aos socialistas

T

emos que lhe dar um megafone a ver se ele interrompe aqui”, avisava o director de campanha, Duarte Cordeiro, quando a caravana chegava à Praça do Chile, em Lisboa. A tradicional descida da Rua Morais Soares cumpriu ontem o objectivo socialista com distinção. A iniciativa na capital era um dos momentos determinantes para o PS tentar mostrar dinâmica de vitória que fosse capaz de contrariar os números das sondagens. E, a dada altura, perante a afluência, a caravana deslizou para o meio da rua. Aí o PS arriscou. Antecipou o sucesso e chamou até a polícia para controlar a descida. No comício da noite, no entanto, o partido foi mais cauteloso. Montou o cenário para 800 pessoas, limitando, com gigantescos panos negros, o pavilhão 1 da FIL a cerca de um terço da sua capacidade. Só quando começavam os discursos é que se fez correr um dos panos para alargar o espaço mais atrás, permitindo que parte dos que haviam acorrido tivessem onde ouvir as intervenções. Nas anteriores descidas da Morais Soares, a comitiva seguia pelo passeio sem atrapalhar o trânsito. Desta vez, António Costa acabou por seguir pelo alcatrão, para onde os apoiantes corriam para o abraçar. “O Torres Couto pediu-me para lhe vir dar um abraço”, dizia uma transeunte. Outra apareceu ao candidato com uma das biografias do socialista, Ninguém Disse Que Ia Ser Fácil. Mas só quando viu que a apoiante tinha também um folheto de campanha é que acedeu. “Assino aqui...”, disse Costa, enquanto

satisfazia o pedido. Por essa altura, alguns condutores, impotentes perante a rua cortada, desperavam. Um motociclista desabafava para os apoiantes. “As pessoas trabalham”, queixava-se, perante a indiferença dos socialistas. Entretanto, Costa parava à porta da pastelaria Nilde, onde Ruben Alves apontava para um papel colado na vitrine onde se lia “23% IVA Não”. “Não se esqueça...”, dizia Alves. “Está no nosso programa: 13%”, retorquiu-lhe o candidato, enquanto lhe apertava a mão. Poucos metros à frente, Costa encontrou a direcção da AHRESP, em peso, à sua espera. O presidente Mário Pereira estava ali para declarar o seu apoio. “Nós confiamos e estamos certos de que, se o PS ganhar, vamos passar o IVA para 13%”, garantia. O resto da rua fez-se com a polícia a controlar o trânsito. Para controlar o ímpeto de Costa, passaram-lhe aí um megafone. E o candidato subiu a um murete das escadarias do metro

para agradecer aos lisboetas. Enquanto Costa se deixava ficar empoleirado, os apoiantes gritavam: “A malta vai votar, o PS vai ganhar.” Setúbal também cumpriu a missão. Na capital de distrito,

CONTA KM

3223 km Partida: Lisboa

Acontecimento do dia: Uma setubalense antecipa-se a Jorge Coelho e, no palco do comício, denuncia a situação do seu filho, emigrado na China

Chegada: Lisboa

3348 km

a sardinhada para 400 pessoas serviu igualmente para dar palco ao ex-ministro Jorge Coelho. O socialista apelou ao “ajuste de contas” com a direita do PSD e CDS. Costa, no entanto, aproveitou para o fazer em relação a outros partidos políticos. “Estamos sozinhos contra toda a direita unida”, desabafou antes de fazer um pedido ao PCP e BE: “O mínimo que se pede é que ao menos concentrem os seus ataques na direita e não desperdicem as suas energias no PS.” Mas a estrela do comício acabou por ser a mãe sem nome que irrompeu pelo palco, atrasando a intervenção do exdirigente. “Venho aqui pelo sofrimento”, disse antes de dar conta do seu caso. “No dia 19 de Setembro, sábado, na Igreja de São Lourenço, o meu filho veio da China para se casar. No domingo estávamos nervosos, na segunda estávamos tristes e na terça estávamos no aeroporto para seguir rumo a Pequim”, gritou. Depois, foi-se sentar numa das mesas do comício. PAULO PIMENTA

Costa pediu ontem aos partidos à esquerda do PS para redireccionarem os ataques para a direita

Apanhados na rede Pedro Guerreiro

O

sonho dos meus amigos é ter um GTI”, cantavam os Clã. Na campanha também se procura um motor fraudulento, uma conspiração tomba-gigantes. Duas linhas de ataque neste momento: Parvalorem e sondagens. No primeiro caso a presumível manipulação das contas da holding onde estão os activos tóxicos do BPN, a pedido do Governo, para não aumentar o défice de 2012. Pedro Sales, assessor do Bloco de Esquerda, satirizava: “Maria Luís Albuquerque está para as contas do Estado como a Volkswagen [está] para as emissões de carbono.” No blogue Comício Público, Nuno Ramos de Almeida (Agir) chamava a todo o executivo “Governo Volkswagen”. Na segunda frente, as sondagens, cuja validade tem sido questionada pela oposição. “Viralizou” o testemunho de Glória Franco, candidata do Livre por Évora, sobre um telefonema que recebera na semana passada para o inquérito diário “da RTP”. A inquiridora, conta a candidata, desconhecia a existência do Livre e confrontada com a existência de mais apoiantes do partido questionava antes de desligar o telefone: “Mas aí em casa votam todos no mesmo?! Obrigado pela participação e boa noite.” O diálogo reproduzido no Facebook foi confirmado ao PÚBLICO por Glória Franco. Já a Universidade Católica disse ao PÚBLICO que se trata de um equívoco. Os inquiridores passam por acções de formação e existem “processos de validação e controlo de qualidade” que levam à eliminação de registos obtidos de forma indevida.

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30-09-2015

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País: Portugal

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LEGISLATIVAS 2015 INQUÉRITO DIÁRIO PaF 38,8% PS 31,6% CDU 8,2% BE 7,9% PS PERDE TERRENO CONHEÇA AS 25 PERGUNTAS A QUE PASSOS E COSTA NÃO QUISERAM RESPONDER

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Inquérito diário: Coligação na frente com 6,3 pontos de avanço sobre PS

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

30-09-2015

Meio:

Público Online

Autores:

Nuno Ribeiro

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=48151c95

Por Nuno Ribeiro 30/09/2015 - 20:00 Inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF dá a António Costa uma vantagem de quatro décimas em Lisboa. A coligação Portugal à Frente (PaF) - PSD e CDS-PP - obtém uma vantagem de 6,3 pontos percentuais sobre o PS no inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF, numa projecção com distribuição de indecisos. O trabalho de campo deste estudo decorreu entre 26 e 29 de Setembro e foram realizadas 1008 entrevistas. Na projecção, a PaF de Passos Coelho e Paulo Portas consegue 38,4% face aos 32,1% dos socialistas de António Costa. Assim, a diferença entre as duas principais forças políticas concorrentes às eleições de 4 de Outubro é de 6,3 pontos, menos nove décimas que no inquérito da véspera. A Coligação Democrática Unitária (CDU), que integra o PCP e Os Verdes, tem uma subida de duas décimas, passando para 8,4%. Em contrapartida, o Bloco de Esquerda mantém os 7,9%. Assim, a diferença entre a CDU e os bloquistas passou de três décimas para meio ponto. Veja a evolução desta tracking poll Ligeiras são as alterações nas preferências por outros partidos e nos votos brancos e nulos face aos resultados da véspera. Deste modo, 3,9% admitem votar noutros partidos, menos uma décima que no inquérito anterior, enquanto descem em duas décimas os votos brancos e nulos, para 9,2%. Sem a distribuição de indecisos, a projecção da Intercampus atribui 21,1% aos que afirmam não saber em quem vão votar ou se recusam a responder. Um valor que se situa na média da série destes estudos, cuja divulgação concluímos nesta quarta-feira. Por faixa etária, a coligação lidera nas faixas dos 18 aos 34 e dos 35 aos 54 anos, enquanto os socialistas de Costa lideram nos inquiridos com 55 ou mais anos. Por regiões, a PaF está à frente no Norte, Centro e Algarve. Já o PS continua a liderar no Alentejo e, nestes resultados, está primeiro em Lisboa, embora com uma vantagem de quatro décimas. Quanto às forças políticas sem representação parlamentar, o Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto está à frente, com 0,8%, seguido a uma décima do PNR (Partido Nacional Renovador), e do Pessoas, Animais, Natureza (PAN), que obtém 0,6%. Ao Livre/Tempo de Avançar é atribuído 0,3%. Ficha técnica Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 23 e 26 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58,1%. O que é uma tracking poll Uma tracking poll é um inquérito diário, que, mais do que os números do dia, indica a evolução das tendências de subida e descida das intenções de voto nos partidos. Trata-se de um exercício com longa tradição nos Estados Unidos e que ganha especial relevância num cenário de grande imprevisibilidade de resultados. "As sondagens são retratos do momento", explica António Salvador, director-geral da empresa de estudos de mercado Intercampus. A tracking poll, por seu turno, é uma fotografia em movimento do impacto da campanha nos eleitores, uma "observação diária das percepções dos portugueses" a partir do estudo de uma amostra em permanente renovação. No

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primeiro dia, 21 de Setembro, a Intercampus apresentou os resultados de 750 entrevistas telefónicas. No dia seguinte, foram realizadas mais 250 entrevistas que se somam às anteriores, perfazendo um total de 1000. Posteriormente, todos os dias são somadas outras 250 novas entrevistas e retiradas as 250 menos recentes, mantendo o total de cerca de 1000. O objectivo é renovar a amostra e evitar uma acumulação de respostas que iria diluir as variações diárias das intenções de voto. A amostra, seleccionada aleatoriamente, é rigorosamente representativa da população de Portugal Continental em termos de género e de idade. Nesta quinta-feira, 1 de Outubro, o PÚBLICO e a Intercampus vão divulgar uma última grande sondagem antes das legislativas de 4 de Outubro, com 1000 inquiridos a simular o voto em urna. 30/09/2015 - 20:00 Nuno Ribeiro

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Eleições legislativas de domingo vão ter 16 opções de voto

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Rádio Boa Nova Online

Data Publicação:

30-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=15faddbe

Domingo, 4 de outubro, é dia de eleições legislativas. Os portugueses vão ter de escolher uma entre as 16 opções constantes nos boletins de voto. Nas últimas eleições eram 17. Além dos partidos que atualmente têm assento parlamentar (PSD/CDS, PS, PCP/PEV e BE), mais 12 forças partidárias, quase todas de esquerda, concorrem por um lugar em São Bento. Conseguir eleger um deputado é, para a maioria, o desafio. No bom caminho, segundo as sondagens, estará o Partido Democrático Republicano (PDR) criado, este ano, pelo ex-bastonário da Ordem dos Advogados Marinho e Pinto. O mesmo poderá acontecer com o Livre/Tempo de Avançar de Rui Tavares e Ana Drago, que concorre pela primeira vez às legislativas. Outra opção é a plataforma Agir, que agrega o Partido Trabalhista Português (PTP) e o Movimento Alternativa Socialista (MAS) e é encabeçada por Joana Amaral Dias. Nós, Cidadãos! é também uma solução apresentada aos portugueses, como um movimento fundado em junho do presente ano e liderado por Mendo Castro Henriques. A votos surge também Partido Popular Monárquico (PPM), o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento Reorganização do Partido do Proletariado (PCTP/MRPP), o Partido-Pessoas-Animais-Natureza (PAN),o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PVP/CCD), o Juntos pelo Povo e o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP). Ainda o Movimento Partido da Terra (MPT) e o Partido Nacional Renovador (PNR). Wed, 30 Sep 2015 12:02:00 +0200

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ID: 61238758

30-09-2015

Tiragem: 5000

Pág: 2

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Semanal

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Âmbito: Regional

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Nas eleições legislativas de domingo

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uando vota num partido, não está só a escolher o seu representante na Assembleia da República. Está também a financiar a sua actividade e a sua campanha. Saiba quanto. Quando colocar a cruzinha no boletim de voto nas eleições de 4 Outubro, esse gesto vai transferir automaticamente um subsídio para o partido que escolher. É que o número de votos é um dos critérios usados para o cálculo da subvenção anual e da subvenção de campanha. O financiamento partidário em Portugal é essencialmente público. O Estado assegura dois tipos de subvenções: uma anual, que financia a actividade dos partidos ao longo do ano, e outra que financia a campanha eleitoral. A primeira calcula-se de forma simples: cada voto vale 3,15 euros, define a lei, um valor que foi temporariamente reduzido em 10%, ficando em 2,84 euros. Multiplicando este número por quatro (o número de anos da legislatura), obtém-se a subvenção para toda a legislatura: 11,36 euros. Porém, nem todos os partidos têm direito a receber este apoio. A lei exige que recolham um mínimo de 50 mil votos, dispensando, contudo, a representação parlamentar – é o caso do MRPP e do PAN, que mesmo sem deputados recebem financiamento do Estado. À subvenção política anual soma-se o apoio que é dado aos partidos para financiarem a sua campanha. O Estado

pôs à disposição dos partidos para financiar a campanha um valor total de 6,8 milhões de euros (seria mais alto não fora o corte temporário de 20% imposto pela crise orçamental) que é repartido da seguinte forma: 20% deste valor, ou seja 1,4 milhões de euros, é distribuído de forma igualitária por todos os partidos que concorram a 51% dos lugares do Parlamento e que consigam eleger pelo menos um deputado. A outra fatia, de 80%, ou seja, 5,5 milhões de euros, é distribuída “na proporção dos resultados obtidos”, explica a lei de financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais. Ou seja, um partido que obtenha 33% dos votos receberá um terço daquele valor.

DR

Quanto vale o seu voto

E é aqui que se chega à outra parcela que compõe o valor do seu voto. Para se saber quanto vale cada voto, tem de se assumir uma hipótese quanto ao número total de votantes. Admitindo que este será idêntico ao das últimas eleições, então basta dividir os 5,5 milhões de euros para se saber o financiamento que cada voto dará à campanha do respectivo partido: 97 cêntimos. Somando as duas parcelas concluise que cada voto valerá para o partido escolhido 12,3 euros. Na verdade, o apoio acaba por ser maior, na medida em que uma parte deste financiamento que depende dos votos é distribuído de forma aleatória pelos partidos, mas aí o eleitor não tem poder de escolha.

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ID: 61238761

30-09-2015

Tiragem: 5000

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País: Portugal

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Âmbito: Regional

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Legislativas com novos partidos

Dezasseis forças políticas vão a votos

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ezasseis forças políticas vão a votos nas eleições legislativas de 4 de Outubro, mas apenas 12 (dez partidos e duas coligações) concorrem aos 22 círculos eleitorais. Recorde-se que há quatro anos, concorreram às legislativas 17 forças políticas, das quais apenas dez em todos os círculos eleitorais. PSD/CDS-PP, PS, CDU (PCP e Verdes), BE, Livre/Tempo de Avançar, Partido Democrático Republicano (PDR), PAN, Nós, Cidadãos!, PPM, PCTP-MRPP, Partido Nacional Renovador (PNR) e MPT fazem o pleno e apresentaram listas a todos os círculos, de acordo com o resultado do sorteio das candidaturas apresentadas nos tribunais e divulgado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). O PSD e o CDS-PP apresentam-se coligados em 20 círculos (pela candidatura Portugal à Frente) e separados nas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira. Nos Açores, o CDS-PP integra uma coli-

gação com o PPM (Aliança Açores). A coligação Agir (que integra PTP e MAS) concorre a 21 círculos, não tendo apresentado listas na Madeira, seguindo-se o novo Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), que concorre a 19 círculos (sem listas em Bragança, Vila Real e Madeira). Outro ‘estreante’ em legislativas, o Juntos Pelo Povo, apresenta-se em 14 círculos, não tendo apresentado listas em Castelo Branco, Évora, Faro, Portalegre, Santarém, Vila Real, Viseu e Açores. O Partido Cidadania e Democracia Cristã (ex-Pro Vida) apenas concorre a quatro círculos eleitorais: Aveiro, Braga, Santarém e Viana do Castelo. Os boletins de voto mais extensos serão os de Aveiro, Braga e Viana do Castelo, com 16 candidaturas. De acordo com os dados da CNE, nos círculos de Lisboa e Porto apresentaram listas 15 forças políticas (entre partidos políticos e coligações), tal como em Beja, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria,

Santarém, Setúbal, Madeira, Açores e nos círculos da Europa e Fora da Europa. No entanto, em Évora uma das candidaturas que consta no modelo de boletim de voto não foi apresentada por qualquer partido, tendo a denominação de “Manuel da Conceição Marques”, pelo que deverá ser excluída pelo tribunal. Seguem-se Bragança, Castelo Branco, Faro, Portalegre, Vila Real e Viseu, círculos aos quais se apresentaram 14 forças políticas. Em comparação com a lista dos partidos registados no Tribunal Constitucional, verifica-se que não concorrem às legislativas o Partido Operário de Unidade Socialista (POUS), o Partido Democrático do Atlântico e o Partido Liberal Democrata (ex-MMS). Em relação às legislativas de 2011 há seis novas forças políticas: Livre/Tempo de Avançar, PDR, coligação Agir, Nós, Cidadãos!, PURP e Juntos Pelo Povo.

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Duração: 00:01:19

Antena 1 - Notícias ID: 61193371

OCS: Antena 1 - Notícias

29-09-2015 11:10

Campanha do PAN http://www.pt.cision.com/s/?l=bd04d89b

O PAN foi de cacilheiro até à margem sul do Tejo para alertar para a forma como funcionam os transportes públicos.

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Duração: 00:01:29

RTP Madeira Telejornal Madeira ID: 61199174

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OCS: RTP Madeira - Telejornal Madeira

29-09-2015 09:25

1

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Legislativas nacionais: campanha do PAN http://www.pt.cision.com/s/?l=5922e2bb

O PAN propõe melhores condições para o funcionamento dos tribunais. Declarações de Cassiano Figueira, candidato do PAN à AR.

Repetições: RTP Madeira - Telejornal Madeira , 2015-09-29 23:58

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Duração: 00:02:10

SIC Notícias - Edição da OCS: SIC Notícias - Edição da Noite Noite ID: 61186351

1

29-09-2015 09:20

1

1

Ronda por outros pequenos partidos http://www.pt.cision.com/s/?l=8bac0ebc

Na ronda por outros pequenos partidos, o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas denuncia as verbas atribuídas aos grandes partidos para investirem em campanha, enquanto o PAN pede um apoio do Governo para a agricultura biológica. Declarações de André Silva, PAN.

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Duração: 00:02:11

SIC - Jornal da Noite ID: 61185789

1

OCS: SIC - Jornal da Noite

29-09-2015 08:55

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Ronda por outros pequenos partidos http://www.pt.cision.com/s/?l=e3aadb94

Na ronda por outros pequenos partidos, o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas denuncia as verbas atribuídas aos grandes partidos para investirem em campanha, enquanto o PAN pede um apoio do Governo para a agricultura biológica. Declarações de André Silva, PAN.

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Duração: 00:01:53

Porto Canal - Jornal Diário ID: 61195667

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OCS: Porto Canal - Jornal Diário

29-09-2015 08:23

1

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PAN acusa o Canil Municipal do Porto de utilizar a "política de abate" http://www.pt.cision.com/s/?l=62cc52d

O partido Pessoas, Animais Natureza esteve em campanha no canil municipal do Porto. Os representantes da lista pelo Porto queixam-se que o canil usa a política de abate aos animais e que não permite a ajuda de voluntários.

Repetições: Porto Canal - Último Jornal , 2015-09-29 00:30 Porto Canal - Último Jornal , 2015-09-29 04:30

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Duração: 00:01:56

TSF - Notícias ID: 61197628

OCS: TSF - Notícias

29-09-2015 07:18

O PAN visitou hoje o canil do Porto http://www.pt.cision.com/s/?l=6f406a5e

O PAN visitou hoje o canil do Porto, onde a percentagem de abate dos animais ronda os 40%. O PAN quer alertar para esta realidade e defende o encerramento dos canis de abate.

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Duração: 00:02:17

TSF - Notícias ID: 61182061

OCS: TSF - Notícias

29-09-2015 03:09

PAN esteve a visitar o canil do Porto http://www.pt.cision.com/s/?l=438eccfd

O PAN esteve a visitar o canil do Porto onde a taxa de abate de animais ronda os 40%. Comentários de Viviana Cunha.

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Duração: 00:18:54

SIC Notícias - Jornal de Campanha ID: 61193496

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OCS: SIC Notícias - Jornal de Campanha

29-09-2015 01:24

1

1

Dar a Palavra http://www.pt.cision.com/s/?l=b364aa49

Chegou agora o momento de Dar a Palavra. Esta noite temos dois dos chamados pequenos partidos com o objetivo de chegar ao Parlamento. Declarações de André Silva, PAN e Raúl Santos, MPT.

Repetições: SIC Notícias - Jornal de Campanha , 2015-09-29 05:24

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Duração: 00:01:12

SIC Notícias - Jornal de Campanha ID: 61193126

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OCS: SIC Notícias - Jornal de Campanha

29-09-2015 01:02

1

1

Espaço Picar a Rede http://www.pt.cision.com/s/?l=6e651347

Espaço Picar a Rede No Dar a Palavra dois partidos amigos do ambiente, o PAN e o MPT.

Repetições: SIC Notícias - Jornal de Campanha , 2015-09-29 05:02

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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HUGO DELGADO/LUSA

CLIQUE DA CAMPANHA A cabeça de lista pelo Porto do PAN – Pessoas, Animais e Natureza esteve na Trofa, numa ação de campanha ao lado dos amigos de quatro patas.

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Âmbito: Outros Assuntos

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Âmbito: Outros Assuntos

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Âmbito: Informação Geral

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Period.: Diária

Área: 11,16 x 12,13 cm²

Âmbito: Informação Geral

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ID: 61170786

29-09-2015

Tiragem: 11063

Pág: 40

País: Portugal

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Period.: Diária

Área: 22,55 x 25,46 cm²

Âmbito: Regional

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ID: 61169998

29-09-2015

Tiragem: 11063

Pág: 11

País: Portugal

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Period.: Diária

Área: 22,65 x 10,38 cm²

Âmbito: Regional

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ID: 61169812

29-09-2015

Tiragem: 3690

Pág: 5

País: Portugal

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Period.: Diária

Área: 25,00 x 33,40 cm²

Âmbito: Regional

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Redes sociais entram na campanha de todos os partidos Apesar de serem “um fenómeno relativamente recente, já nenhum candidato ignora este novo meio de comunicação”

Os partidos que concorrem às eleições legislativas de 4 de Outubro têm pelo menos uma coisa em comum: todos estão presentes na Internet, com sites e páginas numa ou em mais redes sociais, demonstrando que a campanha também é digital. Apesar de serem “um fenómeno relativamente recente, já nenhum candidato ignora este novo meio de comunicação” e, por isso, “as redes sociais são hoje fundamentais quando se define qualquer estratégia de comunicação política eleitoral”, afirmou a especialista em comunicação, comunicação política digital e análise do discurso, Mafalda Lobo. De acordo com esta especialista, “nota-se que, cada vez mais existe uma maior preocupação por parte dos candidatos políticos, em estar presente nas redes sociais, e uma preocupação crescente em incorporar nas campanhas o maior número de redes sociais, com destaque para o Facebook e Twitter, de forma a alimentar a rede com o máximo de informação sobre a campanha em tempo real”. Prova disso é que o PS, além do site costa2015.pt, criado para

estas eleições, tem páginas no Facebook, no Twitter, no Instagram, no Flickr e no Tumblr. A coligação ‘Portugal à Frente’, que junta o PSD e o CDS-PP, marca presença nas mesmas redes sociais, à excepção do Tumblr. A presença dos outros partidos é menor. A CDU, coligação que junta o PCP e Os Verdes, está presente apenas no Twitter e no Facebook. Já o Bloco de Esquerda marca presença no Twitter e no Flickr, sendo ainda possível encontrar no Facebook páginas das várias concelhias e ainda da porta-voz do partido, Catarina Martins. O Livre/Tempo de Avançar está no Instagram, no Twitter e no Facebook, aqui com duas páginas, uma para cada um destes movimentos. No Facebook, a mais popular das redes, encontram-se ainda páginas do Partido Democrático Republicano (PDR), do PessoasAnimais-Natureza (PAN), do Nós, Cidadãos!, do Partido Popular Monárquico (PPM), do Partido Nacional Renovador (PNR) e do Partido da Terra (MPT). “Embora as páginas de website

continuem a ser criadas em períodos eleitorais, as redes sociais apresentam hoje uma dinâmica diferente em períodos de campanha porque permitem, por um lado a participação dos cidadãos/eleitores através de gostos, comentários e partilhas face aos conteúdos apresentados, e por outro, permitem às candidaturas terem acesso à forma como os cidadãos/eleitores reagem às propostas, ideias e programas dos candidatos para o país”, defendeu Mafalda Lobo. Com a introdução das redes sociais nas campanhas, “o cidadão/ eleitor deixou de ser um sujeito passivo na assimilação de conteúdos políticos, em que a televisão assumia o papel preponderante, para passar a ser um agente activo, que participa no debate político, discute política e assume o papel do contraditório, rompendo-se a barreira dos media tradicionais”. Apesar de o PS e o PSD serem considerados ‘os grandes partidos’, se as eleições acontecessem nas redes sociais o mais votado seria o PAN, cuja página tem cerca de 78 mil ‘likes’ (gostos). A página Costa2015 tem cerca de 39 mil e a da coligação Portugal à Frente à

volta de 33 mil. “Existem vários indicadores que podem ser denunciadores da influência que os candidatos exercem sobre os potenciais cidadãos/ eleitores nas redes sociais, mas que a meu ver não servem de barómetro para se perceber possíveis resultados nas urnas”, considerou a especialista. Segundo Mafalda Lobo, “o número de gostos, comentários e o número de vezes que os partidos são referidos, podem ser relevantes, por exemplo, para definir a popularidade de um candidato, ou para se perceber as reacções positivas ou negativas das propostas políticas apresentadas pelos candidatos, mas não permite perspectivar o resultado no dia das eleições”. A especialista recorda que o que aconteceu com Fernando Nobre nas presidenciais de 2011: “Foi o candidato que mais gostos e mais popularidade teve nas redes sociais, tendo conseguido obter no final da campanha mais de 38 mil seguidores no Facebook, face aos 28 mil da página de Cavaco Silva, mas isso não significou a sua vitóPágina 133 ria nas eleições”.


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País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Destaque Legislativas 2015 Aquilo a que o novo Governo não pode fugir Dossiers Não dependem das ideologias, nem da vontade de quem vencer as eleições de 4 de Outubro. Há matérias que, por lei e compromisso, terão de ser fechadas. Márcia Galrão marcia.galrao@economico.pt

Seja qual for o Governo que saia das eleições de 4 de Outubro, há matérias e dossiers a que não poderá fugir. Seja porque correspondem a necessidades estruturais da economia portuguesa, como a criação de emprego ou a sustentabilidade da Segurança Social, seja porque existem compromissos que precisam ser cumpridos, como a venda do Novo Banco ou a revisão do Estatuto dos Magistrados. A existência de um Tratado Orçamental obriga a metas para as contas públicas que não dependem da ideologia de quem governa. Mesmo saindo do procedimento por défices excessivos de Bruxelas, atingindo a meta abaixo dos 3% como este Governo se comprometeu, Portugal continuará com uma dívida pública superior a 120% do PIB e estará, por isso, obrigado a manter o rigor orçamental de forma a reduzir a dívida ao ritmo de cinco pontos percentuais por ano. É certo que a forma de cumprir este Tratado difere entre esquerda e direita, mas os objectivos terão de ser os mesmos. A certeza de que Portugal continua com uma taxa de desemprego muito elevada (12,1% em Julho) e a aposta de todos os partidos de que a criação de emprego tem de ser uma prioridade do futuro Executivo é outra das questões incontornáveis para quem venha a ser Governo. Também a pressão dos par-

NOVO BANCO VENDIDO SÓ EM 2016 A venda do Novo Banco não ficou concluída este ano, dado que as propostas de compra ficaram abaixo do esperado. O Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução, pretende relançar o processo de venda no início de 2016. A alienação deverá estar concluída até ao final do próximo ano, mas o processo não é isento de riscos: em Novembro serão divulgados os resultados dos testes de ‘stress’ europeus, prevendo-se que o Novo Banco tenha de reforçar os rácios de capital. Nesse contexto, o Fundo

BRUXELAS REJEITA INTROMISSÃO A Comissão Europeia rejeitou ontem que a posição que assumiu na passada semana sobre o Novo Banco tenha constituído uma interferência na campanha

de Resolução poderá ser obrigado a injectar mais capital no banco. O que, dependendo de a venda ficar concluída, ou não, até ao final de 2016, poderá ter impacto no défice público. Embora o BdP seja autónomo, o próximo Governo terá uma palavra decisiva no processo. NOVO PRESIDENTE NA CMVM E NA CGD O actual presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, já terminou o mandato e terá de ser substituído por uma mulher, devido às novas

regras de género, logo após as eleições. Também a equipa de gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) termina o mandato no final deste ano, cabendo ao novo Governo decidir a sucessão de José Matos. PLANO JUNCKER Escolher quais os projectos a submeter ao financiamento do Plano Juncker é outra das decisões que vai caber ao novo Executivo. Com a operacionalização do fundo a demorar mais do que o esperado, Portugal tem ainda um obstáculo adicional: a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) não

ceiros sociais para que o Salário Mínimo Nacional seja actualizado será outro dos pontos que o próximo Executivo terá de discutir à mesa da concertação social. Além das políticas económicas a que não poderá fugir, existem dossiers que foram deixados em aberto pelo Governo liderado por Passos Coelho e que o próximo Executivo terá obrigatoriamente que fechar. A venda do Novo Banco foi adiada já na recta final deste mandato e ficou a promessa de que será concluída em 2016 e a conclusão do processo de privatização da TAP que ainda aguarda a decisão do regulador da aviação, apesar de já ter recebido luz verde da Autoridade da Concorrência. Há também uma série de cargos dirigentes que ficaram por substituir (42) e que terá de ser agora o próximo Governo a nomear. Existem também instituições de topo, como a CMVM ou a Caixa Geral de Depósitos, cujos presidentes terminam o mandato ainda este ano. No caso do regulador financeiro, a escolha terá obrigatoriamente de recair sobre uma mulher, devido à nova lei que rege estas entidades. No caderno de encargos do novo Governo existem outras frentes de batalha, nomeadamente dossiers sensíveis como o estatuto dos magistrados, leis orgânicas da GNR e PSP ou revisão do regime jurídico do ensino superior. Tudo matérias que sofreram forte contestação durante o Executivo de Passos Coelho. ■

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eleitoral em Portugal, sustentando que o vice-presidente Valdis Dombrovskis só comentou factos. “Relativamente à declaração que [o vice-presidente] fez sobre o banco [Novo Banco], foi uma decla-

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País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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ração limitada aos factos, e claro que não pode, nem deve ser, de forma alguma interpretada como sendo algo mais” do que isso, afirmou hoje o porta-voz Margaritis Schinas.

Paula Nunes

REVISÃO DAS LEIS ORGÂNICAS DA GNR PSP A tensão entre Executivo e forças de segurança nesta matéria notou-se em alguns momentos críticos, nomeadamente a manifestação que levou polícias a subir as escadarias da Assembleia da República. Apesar de ser uma das prioridades, a revisão das leis

orgânicas da GNR e PSP não avançou e Anabela Rodrigues só conseguiu - e já no final - os estatutos da PSP. ESTATUTO DOS MAGISTRADOS Paula Teixeira da Cruz tinha prometido deixar prontos os novos estatutos das duas magistraturas, mas não cumpriu, alegando que procuradores e juízes pediam aumentos salariais “irreais”. Os estatutos são fundamentais, porque desadequados ao novo mapa judiciário, pelo que terá que ser o próximo Governo

a fazer a harmonização. LEI DE ENQUADRAMENTO ORÇAMENTAL o Governo de Passos Coelho aprovou uma nova Lei de Enquadramento Orçamental que, no entanto, só terá efeitos práticos depois de aprovada toda a legislação complementar que tem de ser aprovada nos próximos anos. Ela ditará novas formas de construir, por exemplo, o Orçamento do Estado, dando mais poder e mais responsabilidade aos ministros sectoriais. REVISÃO DO REGIME JURÍDICO DO ENSINO SUPERIOR Esta lei base das instituições de ensino superior deveria ter sido revista em 2012. Nuno Crato chegou a apresentar uma proposta aos reitores, que foi recusada por entenderem que violava a autonomia da gestão das universidades e politécnicos. A lei desenhada por Mariano Gago indica, no entanto, que de cinco em cinco anos terá de ser obrigatoriamente revista. FUNDOS COMUNITÁRIOS O novo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2020, chegou efectivamente ao terreno em 2015. O novo Executivo terá de monitorar a execução dos 25 mil milhões que couberam ao país e aferir se as novas regras definidas funcionam. A meio do período está prevista a possibilidade de fazer uma revisão técnica ou estratégica dos fundos. Ou seja, o novo Governo pode, dentro dos limites permitidos por Bruxelas, alterar algumas prioridades. LEI DA COBERTURA JORNALÍSTICA DAS CAMPANHAS A maioria PSD/CDS aprovou alterações à cobertura jornalística das campanhas, dando mais liberdade editorial aos meios de comunicação social. No entanto, não se foi tão longe como era desejável e a própria lei deixou a obrigatoriedade de as regras voltarem a ser revistas daqui a um ano. ■ com F.A., A.P, M.S. e I.B.

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tem luz verde de Bruxelas para funcionar como um verdadeiro banco de fomento, por isso, ainda está por definir quem irá gerir as verbas disponibilizadas pelo plano.

GANHE QUEM GANHAR O Diário Económico convidou várias personalidades nacionais - do mundo empresarial à gestão, passando pelas artes e pela ciência – a apontarem as prioridades para Portugal nos próximos quatro anos.

Basta de obras, queremos promessas!

Pedro Nogueira Ramos Professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

Não vi, contaram-me. Foi escrito algures por algum espírito irreverente, num muro distante, num país da América Latina. Exprime porém um dos direitos mais elementares da humanidade: o direito à esperança. O nível de vida hoje em Portugal pode ser inferior ao já distante ano de 2001 (!), mas é melhor que em 1980, quando o autor destas linhas encetou a sua vida activa. E então éramos felizes. Os que saem de Portugal, em grande parte, não o fazem por falta de alternativa – por estarem desempregados –, mas por desencanto, por descrédito no futuro que o país lhes endossa. Há menos nascimentos em Portugal, certamente pelo sentimento que este não é um país onde valha a pena ver os filhos crescer. O programa do próximo Governo deve pois ser simples: devolver a esperança aos portugueses, a autoestima, a nossa crença num país com futuro – mesmo que o benefício material só venha paulatinamente –, e sobretudo com justiça. É claro que as promessas só satisfarão os portugueses se forem credíveis. Mesmo que o pareçam, se não se confirmarem, a crise de esperança só se diluirá hoje

para reemergir amanhã, mais dramática, no próximo cruzamento da história. Um programa tecnicamente fundamentado, mesmo imperfeito e discutível, é um bom princípio, melhor que puxar dos galões por um conjunto de medidas meias-feitas, que supostamente nos salvaram da calamidade. De resto, agitar o papão do cataclismo foi, e é, o modo mais eficaz de destruir a esperança. Ainda que seja cómodo para a classe política assim proceder: aconteça o que acontecer será pela certa melhor que a ameaça. Mas para promover a esperança não basta que as promessas sejam credíveis, é preciso que sejam justas. E por justas entenda-se, para o bem ou para o mal, equitativamente distribuídas. Não foi assim no passado recente. Lançaram-se portugueses contra portugueses, na busca de apoios para reformas supostamente necessárias. Se uma reforma tem mérito pode ser explicada. Se após explicação competente não tem o apoio da maioria, não deve ser prosseguida, digam o que disserem os tecnocratas, ou mesmo os nossos mentores internacionais – pese o inevitável pragmatismo. A economia são as pessoas, e nunca será eficiente se for contra as pessoas. Um ganho justo, que crie esperança, terá de ser para todos. Ao contrário do que diz o ditado, a esperança não foi em Portugal a última a morrer, mas terá de ser a primeira a renascer.

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País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Destaque Legislativas 2015 Paulo Alexandre Coelho (Arquivo)

COSTA VENCEU SEGURO HÁ UM ANO E PROMETEU “NOVA MAIORIA DE GOVERNO”

Fez ontem um ano que António Costa “arrasou” António José Seguro nas eleições primárias do PS, com cerca de 68% dos votos. Na altura, disse acreditar que aquela maioria “expressiva, clara e inequívoca”, significava apenas o “primeiro dia de uma nova maioria de Governo”.

Costa quer a vitória, “já agora com condições para governar” Campanha Secretário-geral do PS juntou cerca de 200 personalidades ligadas às artes num almoço em Lisboa e prometeu Ministério da Cultura. Márcia Galrão marcia.galrao@economico.pt

Com a campanha na recta final e a maioria absoluta cada vez mais longe, António Costa insiste na mensagem do voto útil, lembrando que quem quer derrotar a maioria da direita só pode fazer uma coisa: votar no PS. E “já agora”, pediu às cerca de 200 personalidades da Cultura que ontem almoçaram com

ele em Lisboa, que “sejam amigos” e que lhe permitam ganhar “com condições para poder governar”. E se as condições de governabilidade que saírem das eleições de 4 de Outubro são uma preocupação cada vez mais acentuada nas várias caravanas eleitorais, António Costa tem sido claro quanto ao apoio que dará a um Governo de direita: não viabilizará um orçamento da maioria

“Há boas alternativas na esquerda portuguesa, mas conta o factor humano. E nestas eleições é António Costa”, disse Pilar del Rio.

objectos ou mercadorias”. “Achamos que a lei tem de acompanhar a evolução científica e educar as pessoas. Educar no sentido de explicar que os animais não são coisas, não são mercadoria, são animais com consciência e para com os quais temos responsabilidades”, disse à Lusa a candidata do PAN às legislativas do próximo domingo.

BE Catarina Martins defende voto aos 16 anos

PSD/CDS e, segundo o Expresso, pode mesmo chumbar um governo minoritário da coligação Portugal à Frente. Ontem, a viúva de José Saramago, Pilar del Rio, verbalizou a importância de se votar no PS: “Todos os que estamos cá, votamos esquerda. Há boas alternativas na esquerda portuguesa, mas conta o factor humano. E nestas eleições chama-se António Costa”. Entre artistas, músicos, actores e escritores, o secretário-geral do PS voltou a reiterar a promessa de criar um Ministério da Cultura, mas lembrou que o “mais importante” é ter “um Governo de cultura”. Momentos antes, a artista plástica Joana Vasconcelos e a viúva do Nobel da Literatura, Pilar del Rio, tinham destacado a importância de existir um Ministério da Cultura forte, com “ministro e orçamento”. Para demonstrar a importância que dá a este sector, Costa frisou que “depois de o país se ter consumido anos a fio com discussões sobre percentagens, taxas e economia”, é preciso olhar para a cultura. Até porque “todos nós temos contas para pagar, sabemos que as contas são importantes, mas um país é antes de mais uma ideia de si próprio - uma ideia que se transmite de geração em geração e que se forma através da sua cultura”, declarou. E é aqui que Costa aponta o dedo à governação de Passos Coelho: “Além de todos os danos que este Governo causou, o mais grave foi ter destruído a deste país”, disse, recebendo uma grande salva de palmas da audiência que o ouvia num almoço muito preenchido - embora longe das 600 personalidades da Cultura que nas eleições primárias assinaram um Manifesto a seu favor - onde marcaram presença Diogo Infante, Joana Vasconcelos, Paulo Pires, Carrilho da Graça, Mega Ferreira, António Pinto Ribeiro, Camané ou Marçal Grilo, entre outros. ■

Passos nega razões para “angústia” e Portas pede “cruzinha” na coligação Líder do PSD voltou a dizer que não há razões para “voltar a um passado de má memória”.

Passos Coelho garante que “não há nenhuma razão” para a coligação Portugal à Frente estar angustiada ou apreensiva com as eleições. Mas pelo sim, pelo não, vai dramatizando o resultado: “Se tivermos estabilidade nos próximos anos, não há dúvida nenhuma, podemos crescer ainda mais, ter ainda mais emprego e, sobretudo, poder conduzir o país a um patamar de ambição superior”. Num almoço ontem no Bombarral, o presidente do PSD mostrou-se “cada vez mais crente” num “resultado importante para o país”. Já Paulo Portas terminou a sua intervenção a lembrar que era para “pôr a cruzinha” na coligação Portugal à Frente e tentou falar aos que “ainda têm dúvidas”: “Houve quem trouxesse o FMI com bilhete de vinda, foram os portugueses que resolveram a bancarrota e superaram, e houve quem dissesse ao FMI ‘aqui tem o bilhete de ida’”. Reforçando o discurso das “experiências” aventureiras, como tem classificado a possível viragem para um novo governo PS, Passos Coelho frisou que a maioria PSD/CDS “deu certo” e está a “mostrar resultados”, pelo que “não há nenhuma razão para arriscar experiências, voltando a um passado de má memória”. O líder social-democrata sublinhou que “ainda há muita coisa importante para fazer” e que o PSD e CDS precisam de ”continuar um caminho sério de reforma permanente”, argumentando que “as reformas nunca estão concluídas”. ■ M.G. com Lusa

BREVES

PAN Criação do Estatuto Jurídico do Animal é promessa eleitoral A cabeça-de-lista pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Bebiana Cunha, defendeu ontem, na Trofa, a criação do Estatuto Jurídico do Animal para que estes “deixem de ser vistos como

O voto aos 16 anos foi ontem defendido pela porta-voz do BE, Catarina Martins, considerando que se com esta idade os jovens podem assumir responsabilidades como

trabalhar e pagar impostos devem ter o poder de escolher. Conforme se lê no manifesto para as eleições de legislativas de 4 de Outubro, o BE quer o alargamento do voto aos cidadãos estrangeiros vivendo há mais de três anos em Portugal e aos cidadãos a partir dos 16 anos de idade, que têm já responsabilidade laboral, penal e fiscal. Lusa.

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País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Destaque Legislativas 2015

Pesos pesados do PSD entram na recta final da campanha da coligação Iniciativas Marcelo Rebelo de Sousa escolhe Braga para aparecer ao lado de Passos. Rui Rio vai estar no Porto. Inês David Bastos ines.bastos@economico.pt

A coligação Portugal à Frente (PàF) vai contar esta semana com o apoio de algumas das figuras mais emblemáticas do PSD no terreno, que entram na campanha para dar apoio ao partido. Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio são dois desses pesos pesados, prevendo-se que o ex-autarca do Porto - apontado como possível candidato a Belém - surja ao lado do primeiro-ministro quinta-feira, numa arruada naquela cidade do Norte. Já Marcelo Rebelo de Sousa deverá entrar em Braga. Fonte do PSD admitiu ao Diário Económico que Marcelo Rebelo de Sousa optou por entrar num distrito que lhe é familiar foi presidente da Assembleia Municipal de Celorico de Basto ao invés de aparecer Lisboa, no

último dia de campanha, ao lado de Passos e Portas. Apesar da relação tensa com Passos Coelho que definiu um perfil para candidato a Belém onde Marcelo Rebelo de Sousa não se encaixa o comentador da TVI não quis deixar de dar o seu apoio ao partido que já liderou. E a entrada de pesos pesados do partido na campanha da coligação era já um trunfo de Passos para a recta final. Isto depois de na primeira semana terem ido para o terreno alguns ministros do Governo, como Aguiar-Branco, Mota Soares ou Marques Guedes. A viragem deu-se no passado domingo com a entrada de Marques Mendes, também ex-líder do PSD, que apareceu ao lado de Luís Montenegro no distrito de Aveiro, acabando por ser a atracção do dia. É precisamente por conhecer a popularidade

AGENDA DA CAMPANHA

● Coligação Portugal à Frente vai estar nos distritos de Coimbra e Aveiro. ● António Costa, líder do PS, dedica o dia de campanha a Lisboa e Setúbal. ● O líder da coligação CDU vai contactar com a população de Cascais e Amadora e termina com um comício em Lisboa. ● Catarina Martins, coordenadora do BE, vai andar por Coimbra e termina o dia com um comício ao lado de Francisco Louçã.

destas três figuras do PSD - Marques Mendes (foi deputado por Aveiro), Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio - que o partido os mobilizou para a campanha. Coligação e PS sabem que esta é a semana do “tudo ou nada”. Durão Barroso, ex-líder do PSD e ex-presidente da Comissão Europeia, esteve na agenda para entrar na campanha, mas por motivos pessoais (está no estrangeiro) não deverá marcar presença mas deverá gravar uma mensagem. Fonte do PSD disse ao Económico que não estava (ainda) prevista a participação de Santana Lopes, também ex-líder do partido, embora a mesma fonte tenha admitido que “não é de excluir” que o presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa “possa aparecer” na tradicional arruada de sexta-feira. O Económico contactou Santana

Lopes que se manteve indisponível até ao fecho desta edição. António Costa leva figuras conhecidas para a campanha

A estratégia do PS para a segunda semana vai passar por endurecer ainda mais o discurso contra o Governo e reforçar o apelo ao voto útil nos socialistas. Depois de ter contado com figuras como Francisco Assis e Álvaro Beleza (que já marcaram oposição interna) na primeira semana, bem como António Vitorino, Costa vai ter Jorge Sampaio ao seu lado no já tradicional almoço na Trindade, na sexta-feira, em Lisboa. Mas para esta derradeira semana a aposta do secretário-geral é aparecer ao lado de figuras conhecidas do grande público, como Nicolau Breyner ou a actriz Maria do Céu Guerra, como revelou o director de campanha, Duarte Cordeiro. ■

? GANHE QUEM GANHAR O Diário Económico convidou várias personalidades nacionais - do mundo empresarial à gestão, passando pelas artes e pela ciência – a apontarem as prioridades para Portugal nos próximos quatro anos.

Governo pode influenciar condições das empresas

Guilherme Costa Gestor

Seja quem for que ganhe as eleições vai ter de se preocupar com as condições de relançamento do crescimento económico em Portugal. Curiosamente, o debate político sobre o crescimento económico transmite à opinião pública a sensação de que essas condições são exclusivamente do foro da política macroeconómica. Sem negar as dificuldades que as condições macroeconómicas actuais

colocam ao crescimento, preferiria que o enfoque fosse colocado nas empresas e na qualidade da sua gestão e nos ‘networks’ em que empresas e outras instituições participam e respectivas condições tecnológicas e institucionais. As empresas e o seu desempenho têm um papel central na dinâmica económica. Os estudos internacionais mais aprofundados sobre esta matéria estimam que metade da diferença da produtividade total dos factores na nossa economia relativamente à economia americana pode ser atribuída a diferenças de qualidade da gestão. Há, em Portugal, empresas muito bem geridas e empresas muito mal geridas mas, em termos médios, a situação não é satisfatória. O Governo não deve obviamen-

te interferir na gestão das empresas. Mas pode influenciar a mudança das condições tecnológicas e institucionais em que a actividade da empresa se desenrola. A evidência de todos os processos de desenvolvimento económico bem sucedidos é que a qualidade da gestão empresarial co-evolui com aquelas condições. Por exemplo, — a eficiência e eficácia do Sistema de Inovação (desenvolvimento tecnológico e educação e formação profissional) melhoram o conhecimento e o ‘know how’ à disposição das empresas portuguesas; — os critérios de concessão de crédito e análise de risco da banca (crédito bancário determinado por avaliação aprofundada do plano de negócios e das práticas de gestão das empresas

versus peso determinante dos “colaterais”) influenciam a maior ou menor orientação do financiamento bancário para investimento produtivo; — a permeabilidade do Estado a critérios de selecção política ditados pela influência dos interesses económicos ou sociais, cria as condições de existência de uma economia “rendista”, isto é, conduzida por processos que privilegiam a apropriação em detrimento da criação de valor. O novo Governo deveria olhar para estas e outras condições da envolvente empresarial enquanto instrumento de criação de melhores condições de crescimento económico. A avaliar pelo espaço que estes temas têm ocupado no debate político, confesso-me, nesta matéria, pouco optimista ... seja quem for que ganhe as eleições.

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29-09-2015

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País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Destaque Legislativas 2015 Paulo Alexandre Coelho (Arquivo)

Sondagens galvanizam caravana da coligação mas mantêm suspense Impacto Analistas reconhecem que estudos têm afectado dinâmica das caravanas mas avisam que vantagem da coligação não significa vitória. Inês David Bastos e Marta Moitinho Oliveira ines.bastos@economico.pt

Que as sondagens têm afectado a dinâmica da campanha eleitoral dos dois maiores blocos coligação e PS - é uma evidência que todos os analistas reconhecem. Mas todos também concordam que está tudo ainda em aberto e que a ligeira vantagem da coligação em quase todos os estudos não significa necessariamente que Passos e Portas vençam a 4 de Outubro. Ou seja, o ambiente que se vive nas duas maiores caravanas é de suspense e a dúvida - acredita-se tanto na coligação como no PS - vai manter-se até ao último momento. Apesar desta incógnita, a vantagem da coligação nas mais recentes sondagens tem levantado os ânimos nas hostes social-democratas e populares. Se há uma semana estavam “cheios de dúvida e receosos”, as mais recentes sondagens, reconhece ao Económico fonte da coligação, “redobraram a esperança” e animaram as iniciativas de campanha. Já no PS faz-se um esforço para combater o desânimo e passa-se a mensagem que os indecisos podem inverter as previsões e dar a vitória a Costa. E, de facto, os analistas reconhecem que o número de indecisos é

tão elevado que nada pode ser ainda dado como garantido. A própria coligação, embora animada, mantém-se na reserva. “Está a correr bem mas não podemos dar nada por adquirido”, frisa a mesma fonte do PSD. “O PS ainda pode ganhar”, afirma ao Económico o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Nuno Garoupa, lembrando que existem “25% de indecisos, o que corresponde a cerca de 400 mil a meio milhão de eleitores”. E re-

Estudos de intenções de voto realizados pelos media e sondagens diárias têm galvanizado o PSD e o CDS. Ainda assim, na caravana da coligação Portugal à Frente ninguém dá nada como certo.

mata: “Está tudo em aberto”. Pedro Magalhães, cientista político, admite que os resultados das eleições possam ser diferentes das tendências reveladas até agora pelas sondagens, apesar de o considerar pouco provável: “Claro que os resultados da eleição ainda podem ser diferentes”. Mas não deixa de sublinhar que não se recorda de legislativas desde 1991 “em que um partido que estivesse à frente nesta altura tivesse perdido a eleição”. Certo é que, apesar da galvanização na coligação e das reservas no PS, ninguém consegue dar nada por adquirido. Nem a vitória da coligação, nem a derrota do PS. Nem a maioria absoluta de um, nem de outro. “Acho que a indefinição vai ser até ao fim”, diz fonte da direcção de campanha do PS. As sondagens, reconhece fonte da coligação, “ajudaram a mobilizar a máquina”. Certo é que, dizem os analistas, as sondagens acabam por ter o efeito de ser mais um elemento a tornar a campanha bipolarizada no PSD/CDS e PS e mais focada no voto útil. Daí que PCP e BE tenham tentado ao longo de toda a semana desvalorizá-las. Já Portas, que sempre se opôs a sondagens durante uma campanha eleitoral, não se tem manifestado contra. ■

OS MAIS RECENTES ESTUDOS SOBRE AS INTENÇÕES DE VOTO

PSD/CDS PS CDU BE

Eurosondagem

Intercampus

Católica

35,5 % 36 % 10,1 % 5%

38 % 33 % 9% 6,7 %

41 % 34 % 9% 7%

Sondagem realizada para o Expresso e a SIC, divulgada a 23 de Setembro. Consulte a ficha técnica em http://expresso.sapo.pt/leg islativas2015

Sondagem diária realizada para a TVI, Público e TSF divulgada ontem. Consulte a ficha técnica em www.publico.pt/legislativas 2015/sondagens

Sondagem diária realizada para a RTP e divulgada ontem. Consulte a ficha técnica em www.rtp.pt/noticias/eleicoe s-legislativas-2015

A ERC divulgou ontem “normas técnicas de referência” para a divulgação de sondagens.

Empresas de estudos têm de fazer menção explícita a empates técnicos ERC aperta “normas técnicas de referência” para as sondagens. Catarina Madeira

resultado, sentido e limites, de acordo com a lei, refere num comunicado enviado ontem às redacções.

catarina.madeira@economico.pt

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) divulgou ontem “normas técnicas de referência” que devem ser cumpridas na realização e divulgação das sondagens já durante a campanha que está a decorrer. As empresas de estudos devem, a partir de agora, acompanhar as sondagens com a “respectiva interpretação técnica quanto ao sentido e limite das diferenças referentes aos resultados”. O objectivo é que “exista menção explícita sobre a existência de empates técnicos nestas projecções, sem prejuízo de outras informações que, no caso concreto, devam ser dadas quanto às limitações do próprio instrumento”. Além disso, a “divulgação pública e em órgãos de comunicação social de projecções de intenções de voto deve ter em conta as limitações do instrumento utilizado, respeitando a interpretação técnica produzida pelas entidades credenciadas responsáveis pela realização de sondagens, nomeadamente no que concerne à existência de empates técnicos”, de modo a não falsear ou deturpar o seu

ERC recebeu 11 queixas contra meios de comunicação

A ERC recebeu 11 queixas contra a RTP, SIC, TVI, RTP Açores e RTP Madeira, relativas à cobertura jornalística da pré-campanha. Destas participações, quatro foram submetidas por partidos políticos e sete foram apresentadas por cidadãos, revelou fonte do regulador. Até ao momento, a ERC só se pronunciou, sob a forma de deliberação, em dois destes casos: uma queixa da CDU contra a RTP Madeira e um requerimento da direcção do PDR de Marinho Pinto relativo à cobertura jornalística da campanha eleitoral. Esta é a primeira vez que a cobertura jornalística é regulada pela nova legislação, aprovada pela maioria PSD/CDS, que transfere as competências de decisão sobre estes processos para a ERC. No entanto, a maioria das queixas e pedidos de informação continuam a chegar à Comissão Nacional de Eleições (CNE). Apesar de ter perdido o poder vinculativo, a comissão abriu, tal como o Diário Económico noticiou na semana passada, 32 processos relacionados com “tratamento jornalístico discriminatório”, até 21 de Setembro. ■

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ID: 61167974

29-09-2015

Tiragem: 13063

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 15,03 x 6,26 cm²

Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 6 de 6

Nove trabalhos a que o novo governo não pode fugir Venda do Novo Banco ou escolha do presidente da CGD são alguns dos dossiers que transitam. Quatro partidos debatem propostas para o crescimento económico do país. Pesos-pesados do PSD juntam-se à recta final da campanha da coligação.

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ID: 61168280

29-09-2015

Tiragem: 16000

Pág: 12

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 4,23 x 10,03 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 1

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A146

ID: 61168263

29-09-2015

Tiragem: 16000

Pág: 12

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 20,92 x 31,50 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 2

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ID: 61168263

29-09-2015

Tiragem: 16000

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 4,66 x 2,40 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 2 de 2

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ID: 61169720

29-09-2015

Tiragem: 8500

Pág: 9

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,60 x 33,50 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

PCTP/MRPP

A 4 de outubro o «caminho é o PS»

Atenção aos pensionistas © DR

CARLOS PEREIRA ACUSA A COLIGAÇÃO DE ATIRAR AREIA PARA OS OLHOS DOS MADEIRENSES

CAMPANHA Ricardo Caldeira rcaldeira@jm-madeira.p

cabeça de lista do PS/Madeira às eleições legislativas disse, ontem, que só há um caminho no dia 4 de outubro e que «esse caminho é o PS». Numa visita à Feira do Livro, Carlos Pereira acusou a coligação PSD-CDS de estar a «atirar areia para os olhos dos madeirenses». «Passaram quatro anos em que maltrataram os madeirenses, fizeram gato sapato dos madeirenses e não resolveram nenhum dos problemas que estes tinham, seja na questão da dívida, do Hospital, do aumento da pobreza, do aumento do desemprego, do investimento público que tinha de aumentar», disse o candidato, alertando que agora «aparecem com falinhas mansas». Carlos Pereira acusou também o CDS na Madeira de, às segundas, quartas e sextas, fazer parte

O

PDR

A líder do PCTP esteve em campanha no Bairro Santa Maria e na Nazaré de forma a conhecer a situação dos pensionistas da zona. Fernanda Calaça considera as pensões uma “miséria” e se “não têm para comer” muito menos terão para “comprar medicamentos” ou para serem acompanhados por um médico de família.

LIVRE/TDA

Candidatura vai hoje à lota Ação de campanha do PS decorreu na Feira do Livro.

da coligação, mas, às terças, quintas e sábados não ter «nada a ver» com a mesma. Por outro lado, o socialista criticou o comportamento do PSD/M de «não bater o pé» em relação a Lisboa em favor dos madeirenses.

Por fim, tendo em conta o número de partidos concorrente às eleições, Carlos Pereira frisou que estamos numa fase em que a decisão é entre o PS e a coligação PSD-CDS. E, advertiu, pelo que aconteceu nos últimos quatro anos, «não podemos permitir que

CDS/PP

NÓS CIDADÃOS

a coligação volte a ganhar eleições e volte a massacrar os madeirenses», pois «isso era a pior coisa que nos podia acontecer». «É o PS que está em melhores condições para ajudar a colocar Passos Coelho e Paulo Portas na rua», vincou. JM

PAN

Desespero Autonomia pelo trabalho fiscal

Apoios a donos Formação de animais na Madeira

O candidato do PDR na Madeira, às eleições de domingo, esteve ontem em campanha na zona oeste da ilha, onde alertou para o desespero da população pela falta de emprego. Filipe Rebelo disse que «há um desespero das pessoas em arranjar trabalho, principalmente os jovens, o que ajudava na fixação da população e no desenvolvimento da economia local».

A líder regional do Nós Cidadãos! esteve ontem no Canil Municipal do Funchal de forma a protestar contra a Lei Nº. 110/2015 de 26 de agosto relativa aos crimes contra os animais. Segundo Filipa Fernandes a lei presente tem “várias fragilidades” e uma das propostas para melhorar esta lei, sugerida pelo partido, é a criação de “incentivos fiscais” de forma a reduzir o abandono de animais.

O cabeça de lista do CDSPP/M defendeu, ontem, mais autonomia fiscal para a Madeira. Numa iniciativa de campanha na Calheta, município que disse estar a ficar despovoado, José Manuel Rodrigues voltou a frisar a necessidade de um sistema fiscal próprio que permita reduzir os impostos (IVA, IRS e IRC) e criar incentivos fiscais para o investimento privado e a criação de empresas e de emprego.

O cabeça de lista regional do partido PAN esteve ontem em campanha junto da Universidade da Madeira, defendendo que o ensino universitário deveria investir em áreas que realcem “as potencialidades regionais” de forma a atrair também alunos estrangeiros. Cassiano Figueira sugere mesmo “cursos alternativos e diferenciadores” com exemplos como “Ecoturismo, Agroturismo, Turismo de Saúde, Geologia da Fauna e da Flora”, entre outros.

A campanha do Livre passa hoje, às seis da manhã, pela lota, onde Nuno Gomes Ferreira, conferencista independente na Comissão Europeia, fará uma sessão de esclarecimento acerca da proposta de cotas da pesca. Os candidatos, que ontem contactaram eleitores de Santo Amaro e do Laranjal, vão na parte da tarde à UMa.

AGENDA PSD - Ação de campanha junto à Universidade da Madeira, pela manhã. PS - Visita a bairros sociais em Câmara de Lobos, pela tarde. PTP - Ação de campanha no Cais do Porto Novo. PDR - Contactos com população de Machico, ao longo da manhã. CDU - Contacto com as populações das zonas altas do Funchal, ao longo da manhã. MPT - Ação de campanha no Bairro da Nogueira, ao longo da tarde. JPP - Contactos com população na baixa do Funchal, ao longo do dia.

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PAN defende abolição dos espetáculos com sofrimento ou morte de animais

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Jornal de Notícias Online

Data Publicação:

29-09-2015

URL:http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Eleicoes/Interior.aspx?content_id=4806399

A cabeça de lista pelo círculo do Porto do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Bebiana Cunha, defendeu esta terça-feira a abolição dos espetáculos com sofrimento ou morte de animais, nomeadamente touradas, circos e caça desportiva. "Queremos ainda terminar com o financiamento público de atividades onde haja sofrimento animal, por isso, se chegarmos ao parlamento iremos fazer propostas de leis que também eduquem as pessoas", frisou numa ação de campanha numa rua comercial do Porto. Segundo a candidata às eleições legislativas de 4 de outubro, as touradas são uma tradição que já devia estar, há muito tempo, "extinta ou reconvertida numa outra forma de cultura" que não provocasse sofrimento a outros seres e contribuísse para o desenvolvimento da população. "Falamos de 16 milhões de euros de fundos públicos que são atribuídos direta ou indiretamente para a atividade tauromáquica e que, na nossa opinião, devia ser usada em produção de cultura real, cultura que fosse útil e benéfica para todos", disse. A título de exemplo, Bebiana Cunha lembrou que o município de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, apoia as touradas, mas não tem um gabinete de apoio às vítimas de violência doméstica, "o que não faz sentido". Quanto aos circos, a candidata entende ser "inconcebível" o uso e subjugação dos animais para esta atividade. "Somos totalmente a favor dos circos como desenvolvimento do potencial humano, havendo exemplos de circos excelentes na mostra do potencial do homem nas atividades artísticas, mas não concordamos como o uso de animais como instrumentos, não podendo estar enjaulados e sem oportunidade de manifestar os seus comportamentos naturais", realçou. A candidata acrescentou que é "inaceitável que esta prática seja permitida em Portugal porque os treinos a que os animais são submetidos são bastante cruéis". Bebiana Cunha realçou ainda que a caça desportiva tem "problemas a vários níveis", nomeadamente no que respeita ao abandono e submissão dos cães a práticas de fome. "Não podemos conceber que os animais sejam tratados como instrumentos de caça, embora a lei o permita, a prática da caça por lazer ou desporto não faz sentido", considerou. A candidata manifestou-se ainda contra o uso de peles de animais que são mortos exclusivamente para satisfazer um "mero capricho humano". publicado a 2015-09-29 às 20:53

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PAN quer pôr um ponto final a canis de abate

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

29-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=a58b2d79

Partido pretende alterar legislação referente aos animais. Durante uma visita ao canil municipal do Porto, onde também esteve presente a rádio TSF, o PAN - Partido dos Animais e da Natureza, anunciou que quer acabar com os canis de abate. "Não podemos concordar que os animais sejam recolhidos e passado oito dias, porque não há espaço para eles, ou porque são demasiado velhos, ou porque são feios, sejam abatidos", afirmou Bebiana Cunha, cabeça de lista do PAN pelo Porto. Afirmando que esta é uma realidade "inaceitável", Bebiana anunciou que o partido realizou um baixoassinado que já conta com 70 mil assinaturas para uma iniciativa legislativa que pretende acabar com os canis de abate.

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A balança das intenções de voto pende cada vez mais para um lado

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

29-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=2eac62cd

A menos de uma semana das eleições o fosso entre a coligação de Passos Coelho e Paulo Portas e o partido liderado por António Costa está a aumentar. A coligação Portugal à Frente aparece 5,9 pontos percentuais à frente do Partido Socialista no novo inquérito da Intercampus para o Público, TVI e TSF. Segundo o Público, a coligação desce duas décimas face ao inquérito da véspera, ficando nos 37,9%, mas a descida dos socialistas de 0,9 pontos, para 32,1%, demarca o fosso entre as duas forças políticas. A CDU, integrada pelo PCP e Os Verdes, alcança 9,1%, uma décima mais do que no anterior inquérito. Já o Bloco de Esquerda obteve melhor resultado desde o início da publicação deste estudo com uma subida de 0,8 pontos nas intenções de voto, situando-se nos 7,5%. O Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto lidera entre as forças sem representação parlamentar, com 0,7%, empatado com o PAN (Pessoas, Animais, Natureza). Livre/ Tempo de Avançar e o Partido Nacional Renovador obtêm ambos 0,5% neste inquérito.

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PAN acusa o Canil Municipal do Porto de utilizar a ´politica de abate´

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Porto Canal Online

Data Publicação:

29-09-2015

URL:http://portocanal.sapo.pt/noticia/70154/

O partido PAN esteve esta terça-feira de manhã em campanha no Canil Municipal do Porto. Os representantes da lista pelo Porto queixam-se que o canil usa a política de abate nos animais e que não permite a ajuda de voluntários. 29-09-2015 15:45 |Porto Canal

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ID: 61168153

29-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 46

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 18,64 x 30,22 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 1

Conheça as posições dos partidos sobre o AO90

A

Debate Acordo Ortográfico e eleições Ivo Miguel Barroso, Artur Magalhães Mateus ctualizamos as posições dos partidos em relação ao “Acordo Ortográfico” de 1990 (AO90) e, em particular, em relação à possibilidade de um referendo, para o qual continua a decorrer uma recolha de assinaturas. Partidos do “arco da governação” PS — No programa eleitoral, apoia explicitamente o AO90. Os actuais dirigentes do PS são, na sua esmagadora maioria, “acordistas”. O dirigente que contactámos disse-nos que o AO90 foi implementado há “muito tempo”, e que já não sabia escrever de outra forma; concluindo que “não é possível voltar atrás” e fazer o referendo. Desta forma, o PS compromete-se a chumbar a Iniciativa de Referendo. PSD e CDS-PP — O programa eleitoral da Coligação “Portugal à Frente” alude a uma continuidade quanto à política externa lusófona, de onde decorre, de forma implícita mas inequívoca, que o PSD e o CDS pretendem a continuidade da “aplicação” do AO90 e da RCM 8/2011. Sem prejuízo da falta de resposta, é altamente provável que, tendo o XIX Governo trilhado o caminho da “aplicação” do AO90, tanto o PSD como o CDS votem contra a Iniciativa de Referendo. Restantes partidos com representação parlamentar O PCP referiu-nos serem conhecidas as reservas deste partido quanto ao AO90, e tanto é que “não o adopta na sua comunicação política”. O PCP pondera “a defesa da desvinculação de Portugal do AO90”. Será importante que o PCP viabilize a Iniciativa de Cidadãos para um Referendo ao AO90, votando-a favoravelmente; ou que tome a iniciativa de apresentar um projecto de resolução de referendo ao AO90 na AR. PEV — “Ora, se esse acordo não é conseguido entre todos deixa, na nossa perspetiva [sic], de ter a função de acordo.” BE — “Foi e é favorável ao Acordo Ortográfico.” No passado, votou a favor do 2.º Protocolo ao AO90. Luís Fazenda referiu continuar a “ver vantagens nessa aproximação ortográfica”. Partidos sem representação parlamentar Contra o AO90 PCTP/MRPP — “repudia firmemente” o AO90, acrescentando: (1) “Recusa, em qualquer circunstância, aplicar o dito acordo ortográfico”; (2) “(...) não deixará de lançar mão de todos os mecanismos conducentes à desvinculação de Portugal do tratado do AO-90 (...), nomeadamente propondo a aprovação pela AR de resolução impondo ao Governo a emissão do acto formal da respectiva denúncia”;... (4) “(...) é... favorável à realização de um referendo nacional sobre o mesmo AO-90”; (5) votará “favoravelmente, a Iniciativa de Cidadãos para um referendo”. PNR — É conhecida a sua rejeição do AO90. O primeiro candidato a deputado por Lisboa declarou que, caso fosse eleito, revogar o “acordo” seria a sua “primeira medida”, embora “simbólica” (sic). O PPM, a Cidadania e Democracia Cristã (ex-Portugal pró-Vida) e o MPT são, aberta e assumidamente, contra o AO90. A favor do AO90 Livre/Tempo de Avançar — Utiliza o AO90 “nas

Apesar de o AO90 não ter entrado na campanha eleitoral, e de haver partidos a favor e sem posição, o presente artigo não deve ser interpretado como um convite à abstenção ou, em alternativa, ao voto branco ou nulo. Bem pelo contrário

comunicações institucionais”. Rui Tavares é um “acordista” de longa data, convicto. Nos seus artigos semanais no PÚBLICO, usa as grafias do AO90 e faz amiúde a sua apologia. Em 2008, o actual líder do Livre vaticinou que “daqui a cinco anos ninguém se vai lembrar das razões de tanta resistência”. O Livre/Tempo de Avançar promete votar contra a Iniciativa de Referendo. Nós, Cidadãos! — O presidente e primeiro candidato a Lisboa, Mendo Henriques, é a favor do “acordo”. Em 2012, aludiu à decisão de Vasco Graça Moura de não “aplicar” o AO90 no CCB: “A atitude (...) só a posso qualificar de burro pomposo.” Renato Epifânio, vice-presidente, defende um “melhoramento concertado” do AO90. No entanto, recusa terminantemente “qualquer iniciativa unilateral que ponha em causa essa concertação”. Sem posição assumida PDR — Marinho e Pinto “aplicou” o AO90 na Ordem dos Advogados, enquanto bastonário. Não obstante, o líder do PDR referiu-nos: “Quero dizer-lhe que também eu sou contra esse acordo. E como eu há muita gente dentro do PDR que perfilha essa posição, mas também há outras pessoas que concordam com ele.” Não se comprometeu rigorosamente com nada. Agir! — “não tem posição oficial” sobre o AO90. PAN — O programa está redigido em português préAO90, mas é omisso quanto ao “acordo”. Do PURP (Partido Unido dos Reformados e Pensionistas) e do Juntos pelo Povo, também não recebemos qualquer resposta quanto ao AO90. Votar sempre num partido ou lista Apesar de o AO90 não ter entrado na campanha eleitoral, e de haver partidos a favor e sem posição, o presente artigo não deve ser interpretado como um convite à abstenção ou, em alternativa, ao voto branco ou nulo. Bem pelo contrário. A abstenção implica um protesto que favorece os partidos mais votados; deixa que uma minoria decida pela maioria. Os votos nulos ou em branco não são nada convenientes, pois são inutilizados pela Lei Eleitoral para a AR (e para as restantes eleições). Os votos em branco e nulos são à partida separados dos restantes votos. Ou seja, o voto nulo e o voto em branco nem sequer são englobados na percentagem global dos 100%. Fazemos um apelo cívico a que os cidadãos votem sempre num partido ou lista, e não em branco ou nulo; nem se abstenham. Com o nosso voto, os nossos representantes para os próximos quatro anos irão ser eleitos. Esses deputados irão aprovar leis e orçamentos; balizar os nossos salários, os nossos impostos; apreciar as petições; a Iniciativa de Referendo ao AO90 — decidir a nossa vida. Dever-se-á ter em conta os programas eleitorais, balancear as vantagens e desvantagens dos partidos seleccionados; fazer um juízo comparativo e global sobre os programas; os candidatos por cada círculo eleitoral. Na sequência dessa deliberação, será tomada a decisão de votar no partido ou lista que seja mais adequado. Ainda que possa ser considerado um “mal menor”, será sempre um partido com menos hipóteses de desiludir. Votemos, pois! Juristas Paulo Rangel interrompe a sua crónica durante a Página 159 campanha eleitoral


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ID: 61168031

29-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 2

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 10

LEGISLATIVAS 2015 Acompanhe em www.publico.pt/legislativas2015

Quando se aproximam as eleições, a campanha é mais agressiva Não cumprir promessas eleitorais não implica sanções, diz investigador italiano. As novas circunstâncias levam a novos temas Nuno Ribeiro Quando se aproximam as eleições, a campanha é mais negativa e agressiva. Esta é uma das certezas do investigador italiano Luigi Castelli, do centro de Neurociências Cognitivas da Universidade de Pádua, um perito que tem estudado campanhas eleitorais e assessorado forças políticas em Itália. “O motivo por que, como psicólogo, me interessam as campanhas negativas é o facto de a literatura da Ciência Política não ter conseguido ainda dar uma resposta definitiva sobre a sua utilidade”, diz Luigi Castelli ao PÚBLICO. Até porque, sublinha, o candidato [político] que usa mensagens negativas é pior avaliado. O psicólogo italiano está em Lisboa, onde ontem proferiu uma conferência no ISPA. “Os eleitores não gostam dos políticos que atacam os outros, mas a verdade é que isto não inviabiliza as campanhas negativas”, prossegue. A manutenção da agressividade está

à margem de considerações políticas. Entra na esfera da psicologia, da “ponta do icebergue” comportamental dos cidadãos, como o perito italiano classifica a situação. “A agressividade pode ser encarada [pelo eleitor] como capacidade de acção, autoridade e, na prática, quando um candidato é mais agressivo, a tendência é segui-lo”, destaca. Isso configura um insuspeito nível de esquizofrenia. O cidadão despreza as campanhas negativas, mas é sensível aos seus efeitos, devido ao elevado nível de agressividade que encerram. “Deste modo”, avalia Luigi Castelli, “se o político tem de ser um manipulador, o decisivo é como ele aparece aos olhos dos eleitores.” Um exemplo ajuda a situar a questão. “Ronald Reagan não sabia nada de política, mas era o candidato presidencial ideal, pois era muito bom na construção da sua representação, não por acaso era actor”, refere. O comportamento não é a única peça deste autêntico puzzle. “Há estudos que demonstram que os

traços fisionómicos de um político são importantes para a forma como o eleitorado o encara”, enuncia. “Candidatos com traços fisionómicos associados aos conceitos de força e competência têm grandes probabilidades de vencerem as eleições”, sintetiza. As campanhas negativas existem em contraposição às positivas. A negatividade acentua-se na segunda fase de uma batalha política, assumindo, à medida da proximidade da ida às urnas, uma crescente agressividade. Mas nem sempre é assim. Existe uma primeira fase de bonança na forma como o candidato se relaciona com os eleitores e a sociedade. “A campanha positiva é aquela durante a qual o político apresenta o seu programa, está apenas centrada no que o político quer fazer”, refere. “As mensagens positivas aparecem quando os políticos têm necessidade de se fazerem conhecer”, sublinha o psicólogo. Assim, nesta perspectiva, uma campanha eleitoral resulta da combinação de dois

momentos distintos: apresentação ao eleitorado e ataque agressivo ao adversário. “É importante saber como utilizar os dois conceitos de campanha positiva e negativa, pois o recurso extemporâneo à segunda pode ser prejudicial às aspirações do candidato”, observa. Se o recurso às duas fases — positiva e negativa — da campanha eleitoral implica ponderação, o psicólogo Luigi Castelli não tem dúvidas quanto ao facto de ser de somenos importância o não cumprimento das promessas, ou seja, não tem consequências negativas para o incumpridor. Neste caso, o político. “Para qualquer um de nós é muito fácil esquecer, razão pela qual são feitas tantas promessas”, comenta o investigador da Universidade de Pádua. Depois, a acção política não se fica num conjunto de promessas ou numa só. “Com o decorrer do tempo, uma promessa sobrepõe-se à anterior com facilidade”, afirma. “O político sempre invoca as circunstâncias — aliás, um dos atribu-

tos dos políticos é conseguir mudar a agenda e basta fazê-lo para se esfumar a promessa não cumprida”, admite. Com ironia, este perito concorda e considera ainda válidas as observações de Quinto Túlio, irmão mais novo de Cícero, sobre a forma de ganhar eleições: “Se faltares a uma promessa, as consequências são incertas e o número de pessoas afectadas é reduzido.” Era assim no ano 64 antes de Cristo. E, para o psicólogo italiano, foi assim nos anos 90 do século passado: “Os Estados Unidos viviam momentos de dificuldades económicas e George Bush estava em dificuldades nas sondagens, mas, depois de ele declarar guerra ao Iraque na sequência da invasão do Kuwait, a avaliação dos seus actos passou a estar centrada na política externa, a questão económica deixou de ser relevante.” Foi a combinação, conclui, de uma promessa não cumprida — a resolução de problemas económicos —, com uma nova circunstância, a guerra.

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29-09-2015 BRUNO LISITA

Tiragem: 35268

Pág: 3

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 30,90 cm²

Âmbito: Informação Geral

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A campanha negativa extemporânea pode ser prejudicial

PaF aumenta vantagem sobre o PS Nuno Ribeiro

A Tracking poll diária As intenções de voto Mês de Setembro (percentagem) 50

PS

CDU

BE

Outros partidos

Brancos/Nulos

FICHA TÉCNICA

40

37,9 32,1

30

20

9,4 9,1 7,5 3,9

10

0 21

PSD/CDS-PP

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Fonte: Intercampus

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Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 24 e 27 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58,3%. PÚBLICO

coligação Portugal à Frente (PaF), constituída pelo PSD e CDS, obtém a maior vantagem de sempre, de 5,9 pontos percentuais, sobre o PS, na projecção, com distribuição de indecisos, no inquérito da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF. No estudo, cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 24 e 27 de Setembro e no qual foram entrevistados 1025 indivíduos, a projecção das pessoas que afirmam não saber em quem votam ou que se recusam a responder é de 21,4%. O PaF de Passos Coelho e Paulo Portas consegue 37,9%, o que significa uma descida de duas décimas face ao inquérito da véspera, enquanto os socialistas de António Costa obtêm 32,1%, o que representa uma queda de 0,9 pontos. A Coligação Democrática Unitária (CDU), integrada pelo PCP e Os Verdes, alcança 9,1%, uma décima mais do que no anterior inquérito. Por seu lado, o Bloco de Esquerda, com uma subida de 0,8 pontos, arrecada 7,5%, o melhor resultado desde o início da publicação destes estudos, a 21 de Setembro. Os outros partidos passam a ter a preferência de 3,9% dos inquiridos, enquanto os votos brancos e nulos também caem 0,3 pontos (9,4%). Por distribuição etária e entre as duas principais forças concorrentes às eleições de 4 de Outubro, o PaF está à frente em todos os três escalões considerados — ou seja, dos 18 aos 34, dos 35 aos 54, e dos 55 e mais anos. Por regiões, mantém-se a liderança da coligação de Passos e Portas no Norte, centro, Lisboa e Algarve. Por seu lado, os socialistas de Costa continuam à frente no Alentejo. Entre as forças sem representação parlamentar, o Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto continua a liderar, agora com 0,7%, empatado com o PAN (Pessoas, Animais, Natureza). Seguem-se o Livre/ Tempo de Avançar e o Partido Nacional Renovador, ambos com 0,5%. São, apenas, dados indicativos, dada a dimensão restrita do universo.

Uma pergunta por dia Porque não se alterou o sistema partidário português, como na Grécia ou Espanha?

O

anunciado colapso do actual sistema partidário, entre a punição e o forte sentimento antipartidos, era o desafio destes quatro anos de estabilidade austera. A pergunta mais repetida dos últimos anos pelos observadores estrangeiros da democracia portuguesa é porque é que em Portugal não surgiram Podemos, Cidadãos, Syriza ou Frente Nacional. A pergunta é pertinente. De facto, quando olhamos para o peso eleitoral dos principais partidos de governo em Portugal (PSD-PP-PS), Espanha (PP-PSOE), para não falar na Grécia, Portugal acompanha algum declínio, mas ainda de longe. Há um factor sobre o qual não vale a pena insistir: a sociedade deseja-os, mas o sistema eleitoral e os grandes partidos não deixam. Sem um sistema de duas voltas, ou com limites de 5% para ter representação no Parlamento, em Portugal os novos, mesmo com poucos eleitores, irrompem com facilidade em S. Bento. E, na verdade, sobretudo à esquerda, eles irromperam. Apesar de o PCP ser uma escora poderosa, o Bloco de Esquerda anda de saúde já há longos anos

e oferta nas suas laterais não falta. Mais interessante é o “congelamento” da representação política da direita nos últimos 40 anos. A sequência política é também importante. Ironicamente, o facto de ter sido uma coligação PSD/CDS-PP a realizar o fundamental do programa de austeridade pode ter sido um factor de sobrevivência do actual sistema partidário perante a crise. Imaginemos o Partido Socialista (como aconteceu a outros) protagonista no poder do programa da troika durante estes últimos quatro anos. Onde é que ele estaria a no final desta semana? Há também factores de oportunidade política: espaço para Marinho e Pinto, por exemplo, existe, mas também pode ser desbaratado. Finalmente, há um factor em que tenho insistido, ainda que não o consiga fundamentar. É verdade que, como lembrava recentemente um colega nosso, Alexandre Afonso, Portugal tem uma taxa de eleitores alienados da política bem maior do que muitas outras democracias europeias, mas com iguais níveis de desconfiança nos políticos. Se eleitores descontentes, mas politizados, votam em partidos de protesto, os descontentes apáticos saem de jogo. Quando os grandes se aguentam, o desafio é ir escarafunchar esses 40% dos nossos compatriotas, o que é não é tarefa fácil. António Costa Pinto Professor no Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa

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Barreiro, entre a espada de Lisboa e a parede dos lugares-comuns “Concelho industrial” da Margem Sul tem perdido fábricas e operários. E desde 1995 que o “bastião comunista” dá a vitória ao PS nas legislativas Reportagem Alexandre Martins Já passa das onze da noite e o Largo do Casal, no Barreiro, estremece ao ritmo dos PISTA, uma das inúmeras bandas desta cidade que faz do underground o seu mainstream. Os pés batem no chão, as cabeças dizem que não quando as guitarras balançam, e depois dizem que sim quando a bateria investe, furiosa, contra os sentidos dos poucos mas bons que saíram de casa nesta noite de sexta-feira. Não enchem o pequeno largo, mas chegam para esconder a nova e elegante placa que o apresenta a moradores e visitantes, igual a tantas outras espalhadas por cidades como Lisboa ou Porto, mas única no tipo de informação turística que transmite: “18 de Janeiro de 1934. No seguimento das acções de protesto um pouco por todo o país contra a fascização dos sindicatos imposta por lei, pelas 20h40 desse dia deflagra uma bomba na praça, um dos principais pontos de encontro daquela época.” O concerto foi organizado pela CDU, há bandeiras por todo o lado e apelos ao voto “na luta”, mas o ambiente é muito mais descontraído do que nos pedaços de campanha que chegam através da televisão por esse país fora. Horas antes, o coordenador do Bloco de Esquerda no Barreiro, André Antunes, despedira-se de uma conversa com um “talvez nos encontremos por lá”, e o líder do PS no concelho, André Pinotes Batista, segura um copo de cerveja com os dentes

enquanto tira fotografias por trás do palco, à porta da sociedade Os Penicheiros, exibindo sem complexos, no peito, um vistoso crachá do partido da mãozinha. “É que eu gosto muito destes gajos”, e lá vai ele ter com os amigos que convenceu a não irem esta noite para Lisboa. Os dois Andrés fazem parte de uma nova geração de líderes concelhios, a que se junta o novo representante do CDS-PP, Jorge Miguel Teixeira. O bloquista André Antunes tem 27 anos, o socialista André Pinotes Batista tem 31 e Teixeira apenas 21. “Eu fiz teatro amador e contracenei com o coordenador do Bloco de Esquerda”, conta o líder do CDS-PP, que já tinha

A apanhar os cacos da hemorragia do encerramento das fábricas, o Barreiro tem lutado para fixar as gerações mais jovens — já lhes dá música, mas precisa de postos de trabalho. A nova esperança é o terminal de contentores

servido de ponte para um contacto com o seu amigo bloquista: “Ele está sempre online.” Todos eles reconhecem que o Barreiro tem uma dinâmica cultural significativa, mas o que se discute é a influência da câmara da CDU nessa dinâmica. E há um momento em que a discussão bate numa parede: o que para uns é defeito, para outros é feitio. “Todas estas associações surgem porque há um grupo de pessoas que se junta e resolve organizar estas coisas, não é porque a câmara esteja a fomentar isto constantemente. Há um discurso de fomento, mas o discurso só por si não faz nada”, afirma Jorge Miguel Teixeira. O amigo e parceiro de palcos de teatro André Antunes, do Bloco de Esquerda, tem a mesma opinião. “Não considero que haja uma postura pró-activa. Eu estou presente no teatro amador e noto muito isso. Quando se começa, o caminho é feito por nós, sozinhos. Depois, quando se ganha algum tipo de consistência e visibilidade, começa a haver apoio da câmara. Para mim, isso é pouco.” Mais tarde, no bar dos Penicheiros, enquanto os PISTA ainda afinavam as guitarras, o presidente da Assembleia Municipal do Barreiro, Frederico Pereira, respondia em nome da câmara municipal e do passado associativo da cidade: “Isso está muito enraizado no Barreiro. A participação das pessoas é uma questão essencial. Temos um movimento associativo muito rico, movimentos que se criam quase espontaneamente. O que nós tentamos fazer é a integração

O estúdio King, na Rua da CUF, e a sociedade Os Penicheiros, no Largo do Casal, são exemplos da vida associativa do Barreiro

e a participação das pessoas. As pessoas participam, têm projectos, e no fundo quase não se nota quem é o pai da criança. Isso é uma característica do Barreiro.”

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Comício Público Um blogue feito por dez políticos que vivem e acompanham por dentro o dia-a-dia da campanha eleitoral. Entre também e contribua para o debate de ideias! www.publico.pt/legislativas2015 FOTOS: PATRICIA MARTINS

Quem olha para o Barreiro de fora a primeira coisa que vê é uma série de lugares-comuns, com as fábricas e o bastião comunista no topo da lista. É aquele sítio que fica do outro lado do rio, lá para os lados de Almada, do Seixal, ou de qualquer outro sítio com nome de cidade do outro lado do rio. Um dos que resistem ao poderoso íman lisboeta é Carlos Ramos, Nick para os amigos, uma espécie de canivete suíço da vida cultural barreirense e literalmente um homem dos sete instrumentos. É presidente de uma associação cultural, gere um estúdio de gravação e sala de ensaios, organiza o festival Barreiro Rocks, e já tocou mais instrumentos em mais bandas do que este parágrafo aguentaria nomear se lido de um só fôlego. É no discreto n.º 8 da Rua da CUF, no coração da herança fabril, que Nick e amigos passam grande parte do tempo. Só

no sábado ensaiaram lá sete bandas, entre as onze da manhã e as seis da tarde, num pequeno estúdio forjado pelas rock stars do Barreiro e forrado com lendas do rock mundial como Elvis ou Hendrix. O pretexto foi o arranque do terceiro ano do Programa Jovens Músicos, mas “de repente há um minifestival a acontecer”. Quem chega ao Barreiro de dia, às esplanadas do Parque Catarina Eufémia, guardado pela estátua de Alfredo da Silva (do grupo CUF), tropeça em cartazes de promoção a concertos, peças de teatro, exposições ou workshops para todos os gostos. Mas chega a noite, e não se tropeça em público. “É dado aceite que tu estudas, acabas de estudar, e mesmo que fiques a viver no Barreiro, vais trabalhar para Lisboa e regressas ao fim do dia. E quando chega o fim-de-semana, provavelmente nem sabes o que

é que se passa aqui”, diz Carlos Ramos. Ainda a apanhar os cacos da hemorragia causada pelo encerramento da maioria das fábricas, o Barreiro tem travado uma luta para fixar as gerações mais jovens — já lhes dá música, e muita, mas precisa de postos de trabalho. A nova esperança é o terminal de contentores, que ainda está longe de ser uma certeza. Bruno Vitorino é o líder do PSD no Barreiro, vereador do Ambiente e deputado na Assembleia da República. Tem 41 anos e trava a sua própria luta desde a adolescência, repetindo sempre que pode a crítica à “visão ideológica” da CDU sobre a cidade. “Não podemos estar a reinvestir e a revitalizar a baía do Tejo e ter investidores e empresários a entrar pela Avenidas das Nacionalizações”, ironiza. Quase todos concordam que a hipótese de um terminal de contentores no Barreiro é essencial para a revitalização da cidade, e Bruno Vitorino até admite que a câmara está a fazer o seu papel em conjunto com o Governo, mas reclama um olhar “mais económico e menos ideológico”, que inclui também a aposta na cultura que, considera, “tem vindo a definhar”. Na sede de campanha do PS, mesmo em frente do edifício da Câmara do Barreiro, como que a deitar a língua de fora ao poder da CDU, André Pinotes Batista acaba de beber um café e começa a disparar ideias a um ritmo que não fica atrás do concerto na praça onde deflagrou uma bomba “contra a fascização dos sindicatos imposta por lei”. “Quem nos vê de fora rapidamente se agarra a este arquétipo de terra comunista e industrial. Do ponto de vista doutrinal, o Partido Comunista tem todo o interesse em continuar a alimentar esta história do bastião”, diz o líder do PS no concelho, recordando que os socialistas têm recolhido mais votos no Barreiro nas eleições legislativas desde 1995. Ainda assim, deixa um recado em jeito de convite a quem continua a olhar para o Barreiro como um enorme lugar-comum: “Não me lembro de ter trazido cá pessoas que não tenham ficado espantadas.”

Poesia com o Douro ao fundo e aposta ganha em Gondomar Reportagem Maria Lopes

O

s dois poemas foram escolhidos entre uma selecção feita por Jerónimo de Sousa há alguns anos para um livro editado pelo PÚBLICO e ontem voltou a ouvi-los sob um sol de Verão outonal, com o Douro aos pés e o travo de um cigarro escondido entre os dedos a fazer conchinha. É possível que o seu gosto por O operário em construção de Vinicius de Moraes, que erguia casas e que tudo fazia seja porque se lembra de si próprio. A segunda escolha recaiu sobre Manuel da Fonseca e Mataram a tuna. Ontem a CDU virou a agulha para a cultura. Jerónimo de Sousa esteve na cooperativa artística Árvore, acompanhado por algumas dezenas de personalidades portuenses ligadas às artes, como o grafitter Manuel Januário, a arquitecta Cecília Cavaca, o encenador Pedro Estorninho (que declamou os poemas), o maestro José Luís Borges Coelho, o artista plástico Armando Alves, ou o presidente do Centro de Linguística da Universidade do Porto, João Veloso. A Árvore é um símbolo da resistência de esquerda — as instalações foram destruídas à bomba a 7 de Janeiro de 1976 —, um local de arte, cultura, democracia e liberdade, como descreveu o exdeputado comunista Honório Novo que fez as honras da casa. No arranque do discurso, a voz de Jerónimo estava um pouco embargada. “A vossa presença, quem sois, toca-me profundamente tendo em conta a minha origem social, e sempre, mas sempre, percebi que os intelectuais, os homens da ciência e da técnica eram parte inseparável do futuro por que lutamos.” Depois, criticou o desinteresse do actual Governo pela cultura e a ciência - só o apoio às artes foi reduzido em 75% - e avançou com algumas propostas da CDU: criar o Ministério da Cultura; dotar o sector de 1% do orçamento do

Estado em 2016 e em 2019 de 1% do PIB; criar um programa nacional de emergência do património cultural; criar um programa de apoio à criação literária; duplicar as verbas para a ciência; acabar com as propinas no ensino superior. Depois da cultura, a rua. A aposta foi arriscada, mas ganha. Gondomar é um concelho socialista, mas na União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, há um reduto comunista a crescer e isso viu-se nas cerca de 300 pessoas que desfilaram no centro de Gondomar. A CDU chegou em 2013 ao segundo lugar na freguesia, muito por causa das lutas dos homens das minas de carvão, que fecharam em 1970. Tinham uma vida desgraçada, onde pontuavam a fome e a doença. Como a do avô de Ana Vieira, uma desempregada “fantasma” — está inscrita no centro de emprego, mas a câmara de Gondomar contratou-a através de uma bolsa — que veio à arruada com a mãe e o filho de seis anos. O avô era activista nas minas e esteve preso no Porto, pela Pide. A semente do comunismo cresce em São Pedro da Cova.

CONTA KM

3015 km Partida: Évora

Acontecimento do dia: Depois de uma passagem cultural pelo Porto, a CDU fez a sua primeira arruada em Gondomar - entre as ruas 5 de Outubro e 25 de Abril - e arregimentou militantes em S. Pedro da Cova

Chegada: Santa Maria da Feira

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PaF e o fantasma da coligação de esquerda

O método socrático MIGUEL MANSO

Reportagem Sofia Rodrigues Coligação PSD-CDS não quer sequer pensar numa derrota, mas anda às voltas com os cenários pós-eleitorais

Câmara oculta Nuno Ribeiro

N

a campanha da coligação PSD-CDS, os últimos dias têm sido marcados pelos avisos contra um possível bloqueio de António Costa a uma eventual maioria à direita. É que nos próximos tempos não é possível convocar novas eleições legislativas, o que obriga a encontrar uma solução de governo no quadro parlamentar eleito a 4 de Outubro. E na PaF há quem admita que o líder do PS se prepara para oferecer uma solução de governabilidade com o PCP e assim ultrapassar a coligação em número de mandatos de deputados. Na aliança PSD-CDS, a linha oficial é a de não fazer cenários de derrota. Mas o day after preocupa muita gente. Passos Coelho já admitiu que o Presidente da República deve chamar a formar governo a força que tiver mais deputados eleitos. Mas sem a maioria absoluta, António Costa já anunciou o voto contra o Orçamento e que votará (segundo foi noticiado e não desmentido) uma moção de rejeição ao programa de governo. A aprovação dessa moção exige uma maioria absoluta de deputados, o que obrigaria a juntar toda a esquerda. Mas isso nem sempre é possível, como foi o caso do primeiro Governo minoritário de António Guterres, que tinha o apoio de 115 deputados contra 115 parlamentares de toda a oposição. Caso o programa de governo seja rejeitado, o executivo cai, mas não há novas eleições, porque se está a menos de seis meses das presidenciais ( Janeiro de 2016). Depois há mais seis meses do início da legislatura em que o Parlamento não pode ser dissolvido. Nestas situações, o Presidente tem sempre de encontrar uma solução no

S A coligação cantou os parabéns a Assunção Cristas quadro parlamentar. Na coligação, há quem admita que, se a maioria absoluta não for conseguida já no próximo domingo, António Costa pode propor a Cavaco Silva uma solução de governabilidade com os

CONTA KM Partida: Braga

2700km Acontecimento do dia: Passos Coelho e Paulo Portas suavizaram o discurso contra o líder do PS para tentarem seduzir os indecisos, num dia de campanha de visitas a empresas e instituições. Sem rua.

Chegada: Caldas da Rainha

3080km

comunistas. Esse cenário — assim como o de um entendimento com o Bloco — tem sido colocado abertamente por dirigentes da coligação. Num jantar-comício em Guimarães, no domingo, Jorge Moreira da Silva, vice-presidente do PSD, atirou a pergunta: “Estão a ver o vice-primeiro-ministro Jerónimo de Sousa meter-se num avião e reunir-se com o vicepresidente Joe Biden a pedir investimento para Portugal?” Pergunta idêntica foi lançada sobre Catarina Martins, dirigente do Bloco, mas na coligação acreditase que esta hipótese é menos provável. Apesar de o cenário de aliança com o PCP ser admitido, há quem chame a atenção para a falta de legitimidade de António Costa nessa “insólita” circunstância. “Pode ter a legalidade, mas não a legitimidade política”, afirmou ao PÚBLICO uma fonte da maioria. No pós-legislativas coloca-se ainda outra questão: a das eleições presidenciais. E aí, lembra a mesma fonte, o líder do PS terá de gerir Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém.

No cenário de derrota da coligação, a aliança eleitoral que foi firmada entre Paulo Portas e Passos Coelho para apoiar um governo PSD-CDS deixa de fazer sentido. Os partidos voltam a ter duas bancadas parlamentares completamente autónomas e sem qualquer compromisso entre elas — mas há uma diferença. É que os deputados do PSD comprometeram-se por escrito a renunciar ao mandato no caso de “existir uma persistente divergência entre as orientações gerais do grupo parlamentar e a sua posição individual”. Só têm liberdade de voto em questões de consciência. Já os candidatos do CDS não assinaram nenhum compromisso. A menos de uma semana das eleições, Passos Coelho e Paulo Portas deram tréguas nos ataques ao PS. Na coligação acredita-se que é a moderação no discurso que pode seduzir muitos indecisos nesta recta final. Esse foi o tom das intervenções de ontem, mesmo a de Paulo Portas, que era o franco-atirador contra Costa. Agora só pedem estabilidade para governar.

osseguem. Não tem nada que ver. É uma forma de chegar ao conhecimento. O discípulo Platão é o responsável pela sua divulgação, pois o mestre Sócrates, filósofo grego do século V antes de Cristo, nada deixou escrito. Esclarecida a questão, fica a substância. Entramos no território da maiêutica, ou seja, induzir alguém pelo seu raciocínio ao conhecimento ou à solução de uma dúvida — o que tem tudo que ver com uma campanha eleitoral. Na última semana da propaganda joga-se no tudo ou nada. Os recursos dialécticos são escassos para tamanha tarefa. Pôr os eleitores a pensar não seria má solução para afinar a malha dos critérios e fundamentar opções. Suscitar uma questão através de perguntas não é muito comum. O Bloco de Esquerda fá-lo regularmente. “A culpa da crise é de quem recebe 700 euros?”, perguntam no seu tempo de antena oficial, que passa na televisão pública. Nem todas as perguntas — e muitas se fazem em campanha — buscam o conhecimento. Num comício, cujas imagens apareceram no tempo de antena, o PCTP/MRPP questionou: “Porque é que a comunicação social não fala do PCTP/MRPP?” A resposta é porque a imprensa só fala dos partidos que estão no Parlamento: “Por isso, há que eleger deputados, quantos mais melhor.” Neste caso, o que se pretende não é o conhecimento, mas a mobilização. Uma deriva do original método socrático.

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Tracking poll O PÚBLICO, a TVI e a Intercampus divulgam ao longo da campanha, uma sondagem diária que irá mostrar a evolução da tendência de voto. www.publico.pt/legislativas2015

Simão abana a cauda e Bloco fala dos direitos dos animais

CONTA KM Partida: Lisboa

Reportagem Maria João Lopes

A

arruada do Bloco de Esquerda ontem em Coimbra não teve só bombos, beijinhos e críticas aos escândalos da banca. Também teve desilusão. No meio da confusão e do contacto rápido destes momentos, há uma pessoa que vai ter com a porta-voz para lhe dizer que ela é a única que “dignifica” o país, mas que não vai votar. Está desiludido. Catarina Martins pede-lhe: “Não deixe que a desilusão com quem o tratou mal

se transforme numa desilusão com a democracia.” E já a arruada tinha acabado quando o Simão aparece a abanar a cauda. Catarina Martins baixase e faz festas ao cão. Os donos aproveitam para perguntar o que preconiza o Bloco sobre os direitos dos animais. Catarina Martins sublinha que defendem campanhas públicas de esterilização, de forma a acabar com os abates nos canis e gatis. A candidata visitou ainda o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. E do director do serviço de Neurologia, Luís Cunha, recebeu não só uma rosa amarela, sem qualquer conotação

política, como esta confirmação: os indicadores são bons, os profissionais de saúde esforçam-se muito e “mereciam” ser tratados de outra forma. No fim da visita, questionada sobre o relatório da Comissão Europeia segundo o qual Portugal tem margem para aumentar impostos sobre consumo e imóveis, Catarina Martins defendeu que “não é admissível” que a Comissão interfira na campanha. “Está a meter-se onde não devia”, disse, recordando que já o tinha feito quando desvalorizou o peso da operação do Novo Banco no défice. Para a candidata, “seria mais prudente”

que, até 4 de Outubro, a Comissão se abstivesse de “qualquer comentário ou de qualquer relatório” sobre o país. O Bloco começou o dia na Escola de Hotelaria de Fátima, onde Catarina Martins defendeu, diante de uma plateia de jovens que o voto devia ser a partir dos 16 anos. Se com esta idade já podem trabalhar, se já têm responsabilidade criminal, também deviam poder exercer este direito, disse-lhes a candidata. E garantiu-lhes lutar por mais direitos no mercado laboral: “As gerações mais novas não podem ser a mão-de-obra de segunda do país e do resto da Europa.”

2024km Acontecimento do dia: Catarina Martins voltou a acusar a Comissão Europeia de interferir nas eleições legislativas em Portugal e aconselhou-a a não apresentar mais relatórios até 4 de Outubro

Chegada: Coimbra

2259km

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Mais do que um ministério, António Costa defende “um Governo de cultura”

O letão no cartaz da coligação PAULO PIMENTA

Reportagem Nuno Sá Lourenço

Apanhados na rede Pedro Guerreiro

Candidato do PS reuniu cerca de 200 agentes da cultura num almoço em Lisboa

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PS reservou o primeiro dia da última semana da campanha para o encontro do líder com o mundo de cultura. Num restaurante à beira do rio Tejo, António Costa juntou-se ontem a cerca de 200 músicos, arquitectos, escultores e ensaístas para lhes pedir o apoio não só para a vitória, mas também “ao longo dos próximos aquatro anos”. O apelo surgiu já depois de o socialista ter defendido a importância da cultura para o do país. “Mais importante que um ministério, é ter um Governo de cultura”, capaz de tratar “transversalmente” a matéria. “Ao Estado e ao Governo não cabe ter política de gosto. É obrigação do Estado contribuir para a criação de oportunidades para que todos tenham gosto pela cultura”, defendeu. As palavras de Costa surgiram depois de a artista Joana Vasconcelos ter exigido um ministério para o sector e a assunção da cultura como a “primeira das prioridades”, depois das críticas ao actual Governo. Passos Coelho foi mais visado na intervenção do programador António Pinto Ribeiro, que denunciou a “barbárie cultural” em curso. Por seu turno, a responsável pela Fundação Saramago preferiu explicar por que apoiava Costa. Era pelo “factor humano”, porque até havia “boas alternativas na esquerda”. Participaram no almoço os fadistas Carlos do Carmo e Camané, o actor Diogo Infante, o musicólogo e exgovernante Rui Vieira Nery ou a escritora Alice Vieira. A campanha do líder do PS só

António Costa afirmou que o estado não deve ter uma política de gosto

CONTA KM Partida: Barcelos

2830 km Acontecimento do dia: António Costa conseguiu ontem reunir cerca de 200 personalidades da área da cultura que assumiram apoiar o PS nestas legislativas

3223 km Chegada: Lisboa

teve ontem mais uma iniciativa. Costa foi até aos Açores para um comício em Ponta Delgada. Em vez de tentar alimentar a dinâmica de adesão que se viu anteontem no distrito de Braga, o PS optou por um compasso de espera. Uma situação que se deverá alterar já hoje com as iniciativas nos distritos de Setúbal e Lisboa. Costa vai discursar em Setúbal e sair à rua no Barreiro. O distrito da histórica cintura vermelha da capital será determinante para o resultado destas eleições. Setúbal elege 17 deputados. Em 2011, o PS empatou em mandatos (7) com o PSD. A expectativa do PS é que a candidatura de Maria Luís Albuquerque jogue contra a coligação. Mais importante ainda são os 47 lugares em disputa na capital. Esta tarde, Costa repete uma tradicional saída à rua na Morais Soares e encerra com um comício na FIL. A intenção é fazer reverter a relação de forças no

distrito que dá 25 mandatos à direita contra os 14 do PS. Mas para isso acontecer, será necessário evitar os tropeções numa campanha onde todos os dias há algo que escapa ao previsto. Das cerca de 200 pessoas anunciadas para o almoço houve quem não aparecesse. E depois, há aquelas situações completamente fora da caixa, como a protagonizada pelo realizador António Pedro Vasconcelos. Poucos antes de Costa chegar, o cineasta apareceu em alta velocidade, conduzindo o seu Jaguar pelo passeio pedonal que separa o restaurante do Tejo. A situação piorou quando Vasconcelos se viu travado por dois jornalistas da RTP que aproveitavam o cenário para fazer um directo. O realizador não encontrou melhor local para esperar a não ser, precisamente, ao lado do jornalista, que lá fez o directo com um automóvel a carburar a escassos centímetros.

á tivemos funcionários de juntas de freguesia, modelos de bancos de imagens e agora até um incauto vicepresidente da Comissão Europeia aparece na campanha a contragosto. Valdis Dombrovskis veio ontem negar qualquer “intromissão” a poucos dias das eleições legislativas, depois de o PS e o Bloco de Esquerda terem acusado o responsável pela pasta do euro de, nas palavras de Catarina Martins, ter entrado na campanha eleitoral. Em causa as declarações proferidas por Dombrovskis no dia 24, quando afirmou que a intervenção no Novo Banco “não tem consequências no défice e na dívida de 2015 nem no esforço estrutural de 2014 e 2015”. A porta-voz do Bloco reagiu: “É verdadeiramente inaceitável que assim seja. A Comissão Europeia vem dizer que quando é para dar mais dinheiro à finança pode ser sempre. Quando é para as pensões, para os salários, para a saúde, para a educação, aí nenhuma décima do défice podia resvalar”. O PS reagiu com uma pergunta dos seus eurodeputados à Comissão Juncker. Ontem, Dombrovskis veio negar a sugestão de que a declaração visava apoiar o Governo. “Esta declaração referiase apenas a factos e, de nenhuma forma deve ser interpretada como sendo qualquer outra coisa”, respondia através do porta-voz Margaritis Schinas. Aceite-se. Mas talvez seja o momento de o Facebook da coligação apagar a imagem do letão, ao lado da declaração polémica, que surge entre imagens de cartazes e de acções de rua do PSD/CDS, confundindo-se com os restantes materiais de campanha.

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o número de candidaturas, protagonizadas por partidos ou coligações, que disputam as legislativas de 4 de Outubro

Livre/Tempo de Avançar teme que saúde pública atinja “ponto crítico”

PCTP/MRPP quer reformas com valor de salário mínimo

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cabeça de lista do PCTP/ MRPP por Lisboa às legislativas, Garcia Pereira, defendeu ontem que nenhuma pensão de reforma deve ser inferior ao salário mínimo nacional, vencimento que terá de ser elevado para 555 euros. Numa acção de campanha em Campo de Ourique, Lisboa, Garcia Pereira afirmou aos jornalistas que “a devolução imediata de todos os cortes efectuados nas pensões desde 2011” e “a elevação de todas as reformas com valores inferiores ao salário mínimo para o valor do salário mínimo, que deve ser de 555 euros”, são as primeiras

cabeça de lista por Lisboa d o L i v r e / Te m p o d e Avançar considera que a continuação das políticas da direita aproximará a saúde pública de “um ponto crítico” a partir do qual não será possível recuperar a sua qualidade. “As políticas de austeridade serviram para segmentar muito os serviços públicos, que começaram a dar respostas muito desconformes e descontínuas e, portanto, a fazer com que algumas camadas da população se dirigissem para os serviços privados”, afirmou Rui Tavares à Lusa, no final de uma visita

Rui Tavares

que fez com Ana Drago ao centro de saúde de Mangualde. Rui Tavares lamentou que muitas vezes isso aconteça “com o apoio do próprio Estado, como na ligação da ADSE à saúde privada”. “À medida que o serviço público não dá tanta resposta, há um benefício indirecto ao sistema privado”, acrescentou. Na sua opinião, há “uma espécie de reciclagem de desresponsabilizações”, em que “o Estado se desresponsabiliza, há mais gente que vai para o privado”, mas este, “nas coisas mais complicadas e menos lucrativas, não se mete e reenvia para o público”.

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medidas que vai defender, caso seja eleito deputado. O candidato adiantou, citado pela Lusa, que uma “outra medida igualmente urgente” que deve ser tomada está relacionada com o pagamento do rendimento social de inserção (RSI), que deve ter como base um indexante de 300 euros, podendo ser elevado nos casos de casais em que um dos membros está desempregado e tendo em conta o número de filhos. “É muito importante meter na Assembleia da República uma voz livre. A imagem de marca do PCTP/MRPP é que sempre dizemos a verdade”, disse Garcia Pereira aos reformados.

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Biografias ao dispor de leitores eleitores São José Almeida Em tempo de eleições as editoras apostam nos livros sobre candidatos a primeiro-ministro. Passos tem um, Costa dois

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s legislativas de 4 de Outubro disputam-se também editorialmente e, se há dois candidatos a primeiro-ministro, os leitores têm oferta livreira para ajudar a formar a sua opinião como eleitores. Assim, depois de em Maio ter sido lançada a biografia de Pedro Passos Coelho, em Julho e em Setembro saíram duas obras de pendor biográfico sobre António Costa. No caso do actual primeiro-ministro, líder do PSD e da coligação Portugal à Frente, a obra Somos o Que Escolhemos Ser, editada pela Alétheia Editores, da autoria de Sofia Aureliano, é um livro não só autorizado, mas que conta com a colaboração do próprio Passos Coelho com a autora, que é uma assessora do PSD. Já os livros sobre António Costa são ambos não autorizados e o líder do PS recusou-se a colaborar quer em António Costa. Os Meios e os Fins do Líder Socialista, da autoria dos jornalistas Miguel Marujo e Octávio Lousada de Oliveira, editado da Matéria-Prima Edições, quer do Quem Disse Que Era Fácil? Os Caminhos de António Costa para Chegar ao Poder, da autoria dos jornalistas Bernardo Ferrão e Cristina Figueiredo, editado pela Leya. Outra característica comum às duas obras sobre António Costa é o facto de a ideia de ambos os projectos ter partido das editoras. A Matéria-Prima Edições convidou Miguel Marujo e Octávio Lousada de Oliveira a escreverem sobre Costa, enquanto a Leya desafiou Bernardo Ferrão e Cristina Figueiredona fazê-lo. O facto de António Costa não ter colaborado com os autores quer de um, quer de outro livro condicioAs obras foram editadas pelas Alétheia, Matéria-Prima e Leya

nou o tipo de obra. Miguel Marujo assume, em declarações ao PÚBLICO, que a opção foi “contornar o problema recorrendo apenas a outro tipo de fontes, livros, textos, outros depoimentos e o projecto evoluiu em função disso”. A obra final é o resultado dessas circunstâncias e não é por isso uma biografia, explica Miguel Marujo, precisando: “A certa altura, o que nos interessou mais foi escrever sobre como pensava, como actuava, do que uma sucessão de casos e de episódios sobre a vida de António Costa.” Miguel Marujo sublinha ainda que a preocupação foi que “as pessoas percebessem como pensa e age um político que se candidata a primeiro-ministro”. Já Cristina Figueiredo explica ao PÚBLICO que a recusa de António Costa em colaborar, por um lado, adiou a finalização da obra e, por outro lado, alterou o tipo de produto final. “Recebemos o convite da editora em Dezembro e a ideia era estar pronto no início do Verão”, conta Cristina Figueiredo, que explica que ela e Bernardo Ferrão tentaram falar com Costa para serem autorizados “a consultar os processos escolares” e recolherem informações na primeira pessoa. “Só em Fevereiro respondeu que não colaborava e que diria a quem lhe perguntasse para não o fazer”, relata Cristina Figueiredo. Perante o “não” de Costa, Cristina Figueiredo e Bernardo Ferrão tiveram de “reequacionar o projecto”, largaram “a vertente pessoal” e fixaramse “no percurso político”. Bernardo Ferrão e Cristina Figueiredo recolheram depoimentos exclusivos de outras personalidades do PS sobre António Costa, como é o caso de António Guterres, Jorge Sampaio, António Vitorino, Manuel Alegre, Vera Jardim, mas também de personalidades de outras áreas políticas como Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes, Paulo Portas, Ruben de Carvalho ou António Filipe. O livro de Bernardo Ferrão e Cristina Figueiredo conta ainda com dois prefácios, da autoria de Pacheco Pereira e de Lobo Xavier, que com António Costa participaram no programa da SIC-Notícias Quadratura do Círculo.

Isso está no programa? O PÚBLICO comparou os programas eleitorais e seleccionou algumas medidas que interessam a 10 perfis diferentes de eleitores

Precários PSD/CDS Privilegiar a promoção de emprego permanente e de qualidade, valorizando-o através de discriminação positiva e majorações dos apoios prestados pelas políticas públicas.

PS Limitação do regime de contrato com termo; agravar a contribuição para a Segurança Social das empresas que revelem excesso de rotatividade dos seus quadros; avaliar o regime de protecção no desemprego para trabalhadores independentes; limitar o uso pelo Estado de trabalho precário; criação do Estatuto do Artista; criar um complemento salarial anual, que constitui um crédito fiscal (“imposto negativo”), aplicável a todos os que durante um ano declarem rendimentos do trabalho à Segurança Social.

CDU Revogação da norma do Código do Trabalho que discrimina os jovens à procura do primeiro emprego e os desempregados de longa duração, ao admitir que possam ser contratados a prazo para postos de trabalho permanentes; criação de um Programa Nacional de Combate à Precariedade e ao Trabalho Ilegal.

BE Proibição das empresas de trabalho temporário; vinculação dos trabalhadores precários no Estado; duração máxima de um ano para os contratos a prazo, não renovável.

Livre/Tempo de Avançar Criação de um estatuto de protecção para os trabalhadores independentes; os estágios profissionais e contratos de empregoinserção não podem ser utilizados pelas empresas e pela administração pública para satisfazer necessidades efectivas de emprego.

PAN Imediata passagem ao quadro, com a assinatura de um contrato com vínculo permanente de todos os trabalhadores com vínculos precários na administração pública. Paulo Pena

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ID: 61168031

29-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 5,27 x 11,68 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 10 de 10

LEGISLATIVAS 2015 INQUÉRITO DIÁRIO PaF 37,9% PS 32,1% CDU 9,1% BE 7,5% COLIGAÇÃO ALARGA VANTAGEM QUANDO SE APROXIMA A VOTAÇÃO, A CAMPANHA É MAIS AGRESSIVA Destaque, 2 a 10

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Conheça as posições dos Partidos sobre o AO90

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

Meio:

Público Online

Autores:

29-09-2015 Artur Magalhães Mateus Ivo Miguel Barroso

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=b7552b15

Opinião Por Ivo Miguel Barroso e Artur Magalhães Mateus 29/09/2015 - 05:59 Apesar de o AO90 não ter entrado na campanha eleitoral, o presente artigo não deve ser interpretado como um convite à abstenção. Actualizamos as posições dos Partidos em relação ao "Acordo Ortográfico" de 1990 (=AO90) e, em particular, em relação à possibilidade de um Referendo, para o qual continua a decorrer uma recolha de assinaturas. Partidos do "arco da governação" PS -No Programa eleitoral, apoia explicitamente o AO90. Os actuais dirigentes do PS são, na sua esmagadora maioria, "acordistas". O dirigente que contactámos disse-nos que o AO90 foi implementado há "muito tempo", e que já não sabia escrever de outra forma; concluindo que "não é possível voltar atrás" e fazer o Referendo. Desta forma, o PS compromete-se a chumbar a Iniciativa de Referendo. PSD e CDS-PP - O Programa eleitoral da Coligação "Portugal à Frente" alude a uma continuidade quanto à política externa lusófona, de onde decorre, de forma implícita mas inequívoca, que o PSD e o CDS pretendem a continuidade da "aplicação" do AO90 e da RCM 8/2011. Sem prejuízo da falta de resposta, é altamente provável que, tendo o XIX Governo trilhado o caminho da "aplicação" do AO90, tanto o PSD como o CDS votem contra a Iniciativa de Referendo. Restantes Partidos com Representação Parlamentar O PCP referiu-nos serem conhecidas as reservas deste Partido quanto ao AO90, e tanto é que "não o adopta na sua comunicação política". O PCP pondera "a defesa da desvinculação de Portugal do AO90". Será importante que o PCP viabilize a Iniciativa de Cidadãos para um Referendo ao AO90, votando-a favoravelmente; ou que tome a iniciativa de apresentar um projecto de resolução de Referendo ao AO90 na AR. PEV - "Ora, se esse acordo não é conseguido entre todos deixa, na nossa perspetiva (sic), de ter a função de acordo". BE - "foi e é favorável ao Acordo Ortográfico". No passado, votou a favor do 2.º Protocolo ao AO90. LUÍS FAZENDA referiu continuar a "ver vantagens nessa aproximação ortográfica". Partidos sem Representação Parlamentar Contra o AO90 PCTP/MRPP "repudia firmemente" o AO90, acrescentando: (1) "Recusa, em qualquer circunstância, aplicar o dito acordo ortográfico; (2) (.) não deixará de lançar mão de todos os mecanismos conducentes à desvinculação de Portugal do tratado do AO-90 (.), nomeadamente propondo a aprovação pela AR de resolução impondo ao Governo a emissão do acto formal da respectiva denúncia; . (4) . é. favorável à realização de um referendo nacional sobre o mesmo AO-90; (5) votará "favoravelmente, a Iniciativa de Cidadãos para um referendo". PNR - É conhecida a sua rejeição do AO90. O 1.º Candidato a Deputado por Lisboa declarou que, caso fosse eleito, revogar o "acordo" seria a sua "primeira medida", embora "simbólica" (sic). O PPM, a Cidadania e Democracia Cristã (ex- Portugal pró-Vida) e o MPT são, aberta e assumidamente, contra o AO90. A favor do AO90 Livre/Tempo de Avançar Utiliza o AO90 "nas comunicações institucionais". RUI TAVARES, é um "acordista" de longa data, convicto. Nos seus artigos semanais no "Público", usa as grafias do AO90 e faz amiúde a sua apologia. Em 2008, o actual Líder do Livre vaticinou que "daqui a cinco anos ninguém se vai lembrar das razões de tanta resistência.". O Livre/TA promete votar contra a Iniciativa de Referendo. "Nós, Cidadãos!" - O Presidente e 1.º Candidato a Lisboa, MENDO HENRIQUES, é a favor do "acordo". Em 2012, aludiu à decisão de VASCO GRAÇA MOURA de não "aplicar" o AO90 no CCB: "a atitude (.) só a posso qualificar de burro pomposo". RENATO EPIFÂNIO, Vice-Presidente, defende um "melhoramento concertado" do AO90. No entanto, recusa terminantemente "qualquer iniciativa unilateral que ponha em causa essa

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concertação". Sem posição assumida PDR - MARINHO E PINTO "aplicou" o AO90 na Ordem dos Advogados, enquanto Bastonário. Não obstante, o Líder do PDR referiu-nos: "Quero dizer-lhe que também eu sou contra esse acordo. E como eu há muita gente dentro do PDR que perfilha essa posição mas também há outras pessoas que concordam com ele". Não se comprometeu rigorosamente com nada. "Agir!" - "não tem posição oficial" sobre o AO90. PAN - O Programa está redigido em Português pré-AO90, mas é omisso quanto ao "acordo". Do Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) e do Juntos pelo Povo, também não recebemos qualquer resposta quanto ao AO90. Votar sempre num Partido ou lista Apesar de o AO90 não ter entrado na campanha eleitoral, e de haver Partidos a favor e sem posição, o presente artigo não deve ser interpretado como um convite à abstenção ou, em alternativa, ao voto branco ou nulo. Bem pelo contrário. A abstenção implica um protesto que favorece os Partidos mais votados; deixa que uma minoria decida pela maioria. Os votos nulos ou em branco não são nada convenientes, pois são inutilizados pela Lei Eleitoral para a AR (e para as restantes eleições). Os votos em branco e nulos são à partida separados dos restantes votos. Ou seja, o voto nulo e o voto em branco nem sequer são englobados na percentagem global dos 100%;. Fazemos um apelo cívico a que os cidadãos votem sempre num Partido ou Lista, e não em branco ou nulo; nem se abstenham. Com o nosso voto, os nossos representantes para os próximos 4 anos irão ser eleitos. Esses Deputados irão aprovar leis e Orçamentos; balizar os nossos salários, os nossos impostos; apreciar as petições; a Iniciativa de Referendo ao AO90 - decidir a nossa vida. Dever-se-á ter em conta os Programas eleitorais, balancear as vantagens e desvantagens dos Partidos seleccionados; fazer um juízo comparativo e global sobre os Programas; os Candidatos por cada Círculo Eleitoral. Na sequência dessa deliberação, será tomada a decisão de votar no Partido ou Lista que seja mais adequado. Ainda que possa ser considerado um "mal menor", será sempre um Partido com menos hipóteses de desiludir. Votemos, pois! Juristas 29/09/2015 - 05:59 Ivo Miguel Barroso Artur Magalhães Mateus

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Inquérito diário: Coligação volta a crescer e chega aos 7,2 pontos de vantagem sobre PS

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

29-09-2015

Meio:

Público Online

Autores:

Nuno Ribeiro

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=28679e6f

Por Nuno Ribeiro 29/09/2015 - 20:00 Diferença entre as duas principais forças concorrentes às eleições de 4 de Outubro é a maior desde o início deste inquérito da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF. PAN lidera entre partidos sem representação parlamentar. A coligação Portugal à Frente (PaF), constituída pelo PSD e CDS-PP, está à frente do PS com uma vantagem de 7,2 pontos, segundo o inquérito da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF, cujo trabalho de campo decorreu entre 25 a 28 de Setembro com 1008 entrevistas. Na projecção com distribuição de indecisos, o PaF obtém 38,8 contra 31,6% do PS, sendo a diferença de 7,2 pontos entre as duas principais forças concorrentes às eleições legislativas de 4 de Outubro a maior da série de estudos iniciada em 21 de Setembro. Por outro lado, os 31,6% que o estudo reserva aos socialistas é o pior resultado do PS nesta série. A Coligação Democrática Unitária (CDU), integrada pelo PCP e Os Verdes, consegue 8,2%, uma queda de 0,9 pontos face ao inquérito da véspera. Já o Bloco de Esquerda alcança 7,9%, mais quatro décimas que no estudo anterior. Nunca a CDU e BE estiveram separados por uma margem tão estreita, que é de apenas três décimas. Os votos brancos e nulos mantêm-se nos 9,4%, enquanto outros partidos somados ficam nos 4%, uma décima mais que na véspera. Na projecção de votos antes da distribuição de indecisos há uma estabilização. Os indivíduos que afirmam não saber em quem vão votar ou que se recusam responder correspondem a 21,4%, o mesmo valor que no inquérito anterior. Veja a evolução desta tracking poll Na distribuição do voto por idades entre as duas principais forças concorrentes, a coligação de Passos Coelho e Paulo Portas lidera nas duas primeiras faixas etárias, ou seja, entre os 18 a 34 e 35 a 54 anos. Os socialistas de António Costa estão à frente nos eleitores de 55 ou mais anos. Por regiões, mantém-se a distribuição do estudo da véspera. Isto é, a coligação de Passos e Portas lidera no Norte, Centro, Lisboa e Algarve. Já os socialistas de Costa continuam à frente no Alentejo. Na divisão por género, as propostas de Portugal à Frente são as preferidas tanto por homens como por mulheres. Entre os partidos sem representação parlamentar, o PAN (Pessoas, Animais, Natureza) está à frente com 0,8%, seguido a uma décima pelo Partido Nacional Renovador (PNR). Em terceiro lugar, com 0,6%, está o Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto que nos últimos dois inquéritos liderava este ranking. O Livre/Tempo de Avançar aparece em quarto lugar, com 0,5%. Ficha técnica Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 23 e 26 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58,1%. O que é uma tracking poll Uma tracking poll é um inquérito diário, que, mais do que os números do dia, indica a evolução das tendências de subida e descida das intenções de voto nos

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partidos. Trata-se de um exercício com longa tradição nos Estados Unidos e que ganha especial relevância num cenário de grande imprevisibilidade de resultados. "As sondagens são retratos do momento", explica António Salvador, director-geral da empresa de estudos de mercado Intercampus. A tracking poll, por seu turno, é uma fotografia em movimento do impacto da campanha nos eleitores, uma "observação diária das percepções dos portugueses" a partir do estudo de uma amostra em permanente renovação. No primeiro dia, 21 de Setembro, a Intercampus apresentou os resultados de 750 entrevistas telefónicas. No dia seguinte, foram realizadas mais 250 entrevistas que se somam às anteriores, perfazendo um total de 1000. Posteriormente, todos os dias são somadas outras 250 novas entrevistas e retiradas as 250 menos recentes, mantendo o total de cerca de 1000. O objectivo é renovar a amostra e evitar uma acumulação de respostas que iria diluir as variações diárias das intenções de voto. A amostra, seleccionada aleatoriamente, é rigorosamente representativa da população de Portugal Continental em termos de género e de idade. A 29 de Setembro, o PÚBLICO e a Intercampus vão divulgar uma última grande sondagem antes das legislativas de 4 de Outubro, com 1000 inquiridos a simular o voto em urna. 29/09/2015 - 20:00 Nuno Ribeiro

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PAN quer apostar na agricultura biológica

Tipo Meio:

Internet

Meio:

RTP Online

Data Publicação:

29-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=7d6ee705

Foto: Madalena Salema - Antena 1 O PAN diz que apostar na agricultura biológica é apostar na saúde dos portugueses. André Silva acusa o Governo de falta de vontade política para mudar os apoios e dar preferência pelos produtos biológicos. Please enable JavaScript to view the Powered by Disqus. 29 Set, 2015, 16:37 / atualizado em 29 Set, 2015, 16:37|

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PAN considera cara a viagem de cacilheiro

Tipo Meio:

Internet

Meio:

RTP Online

Data Publicação:

29-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=e2e9ab60

Foto: Madalena Salema - Antena 1 O PAN foi de cacilheiro à margem sul para chamar a atenção para os transportes públicos. São caros e funcionam mal e é preciso mudar para que o carro passe para segundo plano. Please enable JavaScript to view the Powered by Disqus. 29 Set, 2015, 22:14|

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PAN quer trocar investimento nas touradas por "cultura real"

Tipo Meio:

Internet

Meio:

TVI 24 Online

Data Publicação:

29-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=833731ba

Cabeça de lista pelo círculo do Porto, Bebiana Cunha, quer acabar com os "16 milhões de euros de fundos públicos que são atribuídos direta ou indiretamente para a atividade tauromáquica" A cabeça de lista pelo círculo do Porto do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Bebiana Cunha, defendeu esta terça-feira a abolição dos espetáculos com sofrimento ou morte de animais, nomeadamente touradas, circos e caça desportiva. "Queremos ainda terminar com o financiamento público de atividades onde haja sofrimento animal, por isso, se chegarmos ao parlamento iremos fazer propostas de leis que também eduquem as pessoas", frisou numa ação de campanha numa rua comercial do Porto. Segundo a candidata às eleições legislativas de 04 de outubro, as touradas são uma tradição que já devia estar, há muito tempo, "extinta ou reconvertida numa outra forma de cultura" que não provocasse sofrimento a outros seres e contribuísse para o desenvolvimento da população. "Falamos de 16 milhões de euros de fundos públicos que são atribuídos direta ou indiretamente para a atividade tauromáquica e que, na nossa opinião, devia ser usada em produção de cultura real, cultura que fosse útil e benéfica para todos", disse. A título de exemplo, Bebiana Cunha lembrou que o município de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, apoia as touradas, mas não tem um gabinete de apoio às vítimas de violência doméstica, "o que não faz sentido". Quanto aos circos, a candidata entende ser "inconcebível" o uso e subjugação dos animais para esta atividade. "Somos totalmente a favor dos circos como desenvolvimento do potencial humano, havendo exemplos de circos excelentes na mostra do potencial do homem nas atividades artísticas, mas não concordamos como o uso de animais como instrumentos, não podendo estar enjaulados e sem oportunidade de manifestar os seus comportamentos naturais", realçou. A candidata acrescentou que é "inaceitável que esta prática seja permitida em Portugal porque os treinos a que os animais são submetidos são bastante cruéis". Bebiana Cunha realçou ainda que a caça desportiva tem "problemas a vários níveis", nomeadamente no que respeita ao abandono e submissão dos cães a práticas de fome. "Não podemos conceber que os animais sejam tratados como instrumentos de caça, embora a lei o permita, a prática da caça por lazer ou desporto não faz sentido", considerou. A candidata manifestou-se ainda contra o uso de peles de animais que são mortos exclusivamente para satisfazer um "mero capricho humano". 2015-09-29T21:23:00.000+01:00

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Duração: 00:01:33

RTP Madeira Telejornal Madeira ID: 61176323

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OCS: RTP Madeira - Telejornal Madeira

28-09-2015 09:22

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PAN em campanha http://www.pt.cision.com/s/?l=e89723dc

O PAN defende a criação de um curso de economia que possa medir o índice de felicidade das pessoas.

Repetições: RTP Madeira - Telejornal Madeira , 2015-09-28 23:57

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Duração: 00:48:29

TVI 24 - Discurso Direto ID: 61161798

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OCS: TVI 24 - Discurso Direto

28-09-2015 03:03

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Discurso Direto - Reta final da campanha eleitoral http://www.pt.cision.com/s/?l=9899d11b

Com a campanha eleitoral na reta final é tempo de ir olhando para o que já foi dito ao longo de mais uma semana de estrada. Convidado: Pedro Sousa Carvalho, jornalista.

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Duração: 00:02:53

RTP 1 - Jornal da Tarde ID: 61158888

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OCS: RTP 1 - Jornal da Tarde

28-09-2015 01:23

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Eleições 2015: Campanha dos partidos sem assento parlamentar http://www.pt.cision.com/s/?l=ecbd23d2

O líder do Partido Democrático Republicano, Marinho e Pinto, desafia os portugueses a terem coragem de afastar o PSD e o PS para lançarem as bases de uma nova época e promete devolver o que diz ser a nobreza original à política. O Partido da Terra defende o fim do IMI. Já o Partido dos Reformados apela ao apoio de jovens e também dos precários para lutarem por reformas dignas no futuro. O PAN quer uma licença de parentalidade de 12 meses e o AGIR fez um protesto sonoro à porta da casa de Ricardo Salgado. Declarações de Joana Amaral Dias, AGIR; Marinho e Pinto, PDR; José Inácio Faria, MPT; António Mateus Dias, PURP; André Silva, PAN.

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Duração: 00:02:45

RTP 3 - Bom Dia Portugal ID: 61154425

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OCS: RTP 3 - Bom Dia Portugal

28-09-2015 07:51

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Legislativas 2015: Campanha dos partidos sem assento parlamentar http://www.pt.cision.com/s/?l=18f3c2b8

Marinho e Pinto promete devolver a nobreza original à política. O Partido da Terra defendeu o fim do IMI. O Partido dos Reformados apelou ao apoio de jovens e precários para lutarem por reformas dignas no futuro. O PAN quer mais tempo para a família. O AGIR fez um protesto sonoro à porta da casa de Ricardo Salgado. Declarações de Joana Amaral Dias, AGIR; Marinho e Pinto, PDR; José Inácio Faria, MPT; António Mateus Dias, PURP; André Silva, PAN.

Repetições: RTP 1 RTP Informação RTP Informação RTP Informação RTP Informação RTP Informação -

- Bom Dia Portugal , 2015-09-28 07:51 Notícias , 2015-09-28 10:11 Notícias , 2015-09-28 11:11 Notícias , 2015-09-28 12:12 Notícias , 2015-09-28 14:40 Notícias , 2015-09-28 16:20

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Atlântico Expresso A202

ID: 61172134

28-09-2015

Tiragem: 6650

Pág: 12

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Semanal

Área: 25,00 x 33,40 cm²

Âmbito: Regional

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Perguntas e respostas sobre as eleições que decorrem no próximo Domingo

227 486 eleitores açorianos vão poder escolher entre quinze forças políticas nas legislativas de 4 de Outubro As eleições legislativas estão marcadas para o próximo dia 4 de Outubro, sendo 15 as forças políticas concorrentes nos Açores, das quais quatro são coligações e as restantes 11 são partidos. Em todo o país mais de nove milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro vão votar no partido que consideram dever ser chamado para o Governo ou no que pensam que melhor os representa, elegendo os 230 lugares de deputados da Assembleia da República para a próxima legislatura. Em 2011, concorreram às legislativas 17 forças políticas, das quais apenas dez em todos os círculos eleitorais. PSD/CDS-PP, PS, CDU (PCP e Verdes), BE, Livre/Tempo de Avançar, Partido Democrático Republicano (PDR), PAN, Nós, Cidadãos!, PPM, PCTP-MRPP, Partido Nacional Renovador (PNR) e MPT fazem o pleno e apresentaram listas a todos os círculos, de acordo com o resultado do sorteio das candidaturas apresentadas nos tribunais e divulgado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). O PSD e o CDS-PP apresentam-se coligados em 20 círculos (pela candidatura Portugal à Frente) e separados nas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira. Nos Açores, o CDS-PP integra uma coligação com o PPM (Aliança Açores). A coligação Agir (que integra PTP e MAS) concorre a 21 círculos, não tendo apresentado listas na Madeira, seguindo-se o novo Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), que concorre a 19 círculos (sem listas em Bragança, Vila Real e Madeira). Outro ‘estreante’ em legislativas, o Juntos Pelo Povo, apresenta-se em 14 círculos, não tendo apresentado listas em Castelo Branco, Évora, Faro, Portalegre, Santarém, Vila Real, Viseu e Açores. O Partido Cidadania e Democracia Cristã (ex-Pro Vida) apenas concorre a quatro círculos eleitorais: Aveiro, Braga, Santarém e Viana do Castelo. O jornal “Correio da Manhã” publicou recentemente algumas perguntas e respostas acerca das eleições que se avizinham e que aqui reproduzimos. sua página da internet. Como é possível saber onde votar? “A inscrição no recenseamento é automática para todos os cidadãos portugueses residentes no território nacional e maiores de 17 anos”, informa a CNE. Os jovens que completem 18 anos no dia 04 de Outubro também poderão exercer o seu direito de voto. Caso não saiba onde está recenseado, assim como o número de eleitor, pode obter essa informação na junta de freguesia do seu local de residência, através da página da internet ou enviando uma mensagem escrita (SMS) para o número 3838, com a mensagem “RE (espaço) número de CC/BI (espaço) data de nascimento=aaaammdd”. Em que horário estão abertas as urnas? Será possível votar entre as 08h00 e as 19h00. A CNE alerta que “depois desta hora, só podem votar os eleitores que se encontrem dentro da assembleia de voto”. Quantas são as forças políticas que vão disputar as legislativas? São 16 as forças políticas a ir a votos no próximo dia 04 de Outubro, três das quais coligações e as restantes 13 partidos. Nas coligações, contam-se a Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e PEV, a coligação Portugal à Frente, com PSD e CDS-PP e a coligação Agir, que alia o MAS ao PTP. Os partidos políticos são: PS, BE, Livre/ Tempo de Avançar, JPP, Nós, Cidadãos!, PPV/ CDC, MPT, PDR, PCTP/MRPP, PNR, PURP, PPM e PAN. Os maiores boletins de voto estarão nos círculos de Aveiro, Braga e Viana do Castelo, com 16 forças partidárias, enquanto Lisboa e Porto contam com 15 forças políticas cada um. Nos Açores, são 15 as forças políticas concorrentes, das quais quatro são coligações e as restantes 11 são partidos. Quantos deputados são eleitos em cada círculo? O círculo eleitoral de Lisboa é aquele onde são eleitos mais deputados, 47, seguindo-se o Porto, que elege 39. É a seguinte a distribuição dos deputados pelos 22 círculos: 16 por Aveiro, três por Beja, 19 por Braga, três por Bragança, quatro por Castelo Branco, nove por Coimbra, três por Évora, nove por Faro, quatro pela Guarda, 10 por Leiria, 47 por Lisboa, dois por Portalegre, 39 pelo Porto, nove por Santarém, 18 por Setúbal, seis por Viana do Castelo, cinco por Vila Real, nove por Viseu, cinco pelos Açores, seis pela Madeira, dois pela Europa e dois por Fora da Europa, num total de 230 deputados. Em relação à distribuição de mandatos de 2011, o

círculo eleitoral de Santarém vai eleger menos um deputado nas legislativas de outubro, ganhando Setúbal mais um lugar no parlamento, de acordo com o mapa aprovado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). Quando se realiza a campanha eleitoral? A campanha eleitoral arranca no dia 20 de Setembro e termina no dia 2 de Outubro, sendo dia 3 o dia de reflexão. Quantos eleitores estão recenseados? Segundo a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), a 1 de Setembro estavam recenseadas 9 682 369 de pessoas, incluindo eleitores residentes em território nacional e inscritos nos círculos da Europa e Fora da Europa. Estes números poderão “sofrer pequenas alterações decorrentes de reclamações que se encontrem pendentes de decisão”, refere a SGMAI, pelo que os valores definitivos de quantos eleitores poderão votar nas legislativas de 04 de Outubro serão apurados a partir do dia 19 de Setembro, data a partir da qual ficarão inalteráveis. Nos Açores, 227 486 eleitores (segundo dados publicados no Diário da República de 10 de Agosto de 2015), irão eleger cinco deputados. A quem é permitido votar? Só podem votar os cidadãos de nacionalidade portuguesa, maiores de 18 anos, e os cidadãos de nacionalidade brasileira residentes e recenseados no território nacional, que possuam o estatuto de igualdade de direitos políticos, informa a CNE na

Um eleitor pode votar acompanhado? “O voto acompanhado só é possível caso o eleitor se encontre doente ou quando seja portador de deficiência física notória que o impeça de exercer o direito de voto sozinho”, informa a SGMAI, que acrescenta que nestes casos o eleitor vota acompanhado de outro eleitor por si escolhido que fica obrigado a sigilo absoluto.

estabelecimento hospitalar. Como é exercido o voto antecipado? Os eleitores que não poderão deslocar-se à sua assembleia de voto no dia 04 de Outubro devem dirigir-se ao presidente da Câmara Municipal onde estão recenseados, entre o 10.º e o quinto dia antes da eleição. Devem fazer-se acompanhar do cartão, certidão ou ficha de eleitor, do documento de identificação e de um documento comprovativo do impedimento, emitido pelo superior hierárquico ou entidade patronal, ou outro documento que comprove o impedimento. No caso dos estudantes e dos doentes, o pedido deve ser efectuado até ao 20.º dia anterior ao da eleição, fazendo-se acompanhar de um certificado de frequência na instituição de ensino, pelo que a votação decorre, entre o 13.º e o 10.º dias antes das eleições, na própria instituição, estando presente um representante da Câmara Municipal. A SGMAI ressalva que alguns municípios têm adoptado outros procedimentos com vista a agilizar as operações desta modalidade de voto antecipado, e sugere o contacto com os respetivos serviços para obter mais informação. No caso dos doentes internados e dos presos o processo é o mesmo, mas o documento comprovativo do impedimento é emitido pelo diretor do estabelecimento hospitalar ou pelo diretor do estabelecimento prisional, respectivamente.

Que documentos são necessários para votar? Por forma a exercer o seu direito de voto, cada eleitor deve apresentar à mesa de voto o seu documento identificativo (bilhete de identidade, cartão de cidadão, ou à falta destes, o passaporte ou carta de condução), assim como indicar o seu número de eleitor. A CNE acrescenta que actualmente o cartão de eleitor não é necessário para votar, tendo este documento deixado de ser emitido. Quem pode votar antecipadamente? É permitido o voto antecipado a eleitores, militares, bombeiros, agentes de segurança ou membros de uma selecção nacional que se encontrem em território nacional mas que não possam deslocarse à sua assembleia de voto por motivos profissionais e de serviço, estudantes que frequentem uma instituição de ensino fora da sua área de residência, cidadãos que estejam presos ou internados num

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Círculo eleitoral da Região Autónoma dos Açores para a Eleição da Assembleia da República 2015

Listas definitivamente admitidas e divulgadas pela Comissão Nacional de Eleições

Quem estiver fora de Portugal na data da eleição mas não for emigrante pode votar? Sim, segundo a Administração Eleitoral, pode votar antecipadamente quem estiver ausente de Portugal por motivos profissionais, em missão humanitária, quem for investigador ou bolseiro numa instituição universitária ou equiparada no estrangeiro, quem for estudante numa instituição de ensino no estrangeiro estando, ou não, ao abrigo de um programa de intercâmbio ou quem se encontrar fora do país no dia da eleição devido a um tratamento de saúde. Neste caso também o acompanhante do doente tem direito ao voto antecipado. Como se processa o voto nestas situações? Quem estiver deslocado no estrangeiro, entre o 12.º e o 10.º dia anteriores à eleição pode votar junto das representações diplomáticas ou consulares, assim como nas delegações externas dos ministérios e instituições públicas portuguesas definidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Para votar, o eleitor deve apresentar: cartão de eleitor, certidão ou ficha de eleitor, cartão de cidadão ou bilhete de identidade (ou outro documento identificativo como a carta de condução ou o passaporte) ou um documento comprovativo do impedimento. Os portugueses residentes no estrangeiro podem votar nas eleições legislativas? Sim, de acordo com a Comissão Nacional de Eleições os cidadãos portugueses residentes no estrangeiro podem exercer o seu direito de voto para as eleições legislativas desde que voluntariamente se inscrevam no caderno eleitoral existente no consulado de carreira ou secção consular a que pertence a localidade onde reside. Como se processa a votação dos emigrantes? O voto processa-se por via postal. O Ministério da Administração Interna envia o boletim de voto, sob registo, para a morada indicada no caderno de recenseamento. A cada cidadão irá chegar o boletim de voto e dois envelopes, um verde e outro branco. Após preencher o boletim com a opção de voto, o cidadão deve dobrar o boletim em quatro, colocá-lo dentro do envelope de cor verde e fechar o envelope. O envelope verde deve ser colocado dentro do envelope branco, junto com uma cópia do cartão de eleitor, a certidão de eleitor ou uma impressão de consulta do ‘site’ do Ministério de Administração Interna. O envelope branco já terá impresso o destinatário e o remetente, devendo o cidadão preencher o espaço para o número de eleitor, informação que poderá pedir junto da embaixada ou consulado do local de residência ou através da internet. O envelope branco é fechado, colocado o selo postal e enviado pelo correio o mais tardar até ao dia da eleição. Ana Coelho/CM

CDS-PP - PPM Aliança Açores Efec vo António Félix Flores Rodrigues Maria Leonor Faria e Maia de Oliveira Soares Lourdes da Conceição Arruda Costa Araújo da Ponte Roger Leonel Vieira de Sousa Manuel Humberto Lopes São João

PTP-MAS Agir Efec vo

PDR - Par do Democrá co Republicano Efec vo Rui Guiherme da Costa Estrela Disidério Paulo de Araujo Machado Carina Pereira Barbosa Fernando António Figueiredo Mar ns José Manuel de Faria Correira

PAN Pessoas-Animais-Natureza Efec vo Marlene Susana Raposo Dâmaso Nuno António Teixeira Pascoal Maria João Pires Ribeiro Vieira Mar ns Cândida Maria Teixeira Pascoal Ferreira Maria de São Pedro Amorim Teixeira Pascoal

PCP-PEV CDU - Coligação Democrá ca Unitária Efec vo Aníbal da Conceição Pires Paula Rocha Peixoto Decq Mota Paulo Filipe Pacheco Santos Vera Mónica Pacheco Correia Sérgio Manuel Goulart Gonçalves PCTP/MRPP - Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses Efec vo Pedro Albergaria Leite Pacheco Pedro Miguel Machado Vultão Sónia Patrícia da Silva Gomes (independente) José Rocha Pereira Júnior (independente) Hernâni Amorim Mar ns B.E.- Bloco de Esquerda Efec vo António Manuel Raposo Lima Lúcia de Fá ma Oliveira Arruda Paulo José Maio Sousa Mendes Mário Manuel de Castro Moniz Alexandra Patrícia Soares Manes PPD/PSD - Partido Social Democrata Efec vo Berta Maria Correia de Almeida de Melo Cabral António Lima Cardoso Ventura Rosa Maria Brasil Dart José Joaquim Ferreira Machado Eunice Maria Pinheiro Sousa PS - Par do Socialista Efec vo Carlos Manuel Martins do Vale César Lara Fernandes Mar nho João Fernando Brum de Azevedo e Castro Jorge Fernando Rodrigues Pereira Madalena Moniz Faria Lobo San-Bento

Eduardo Jorge Pimentel Rodrigues Pereira

Juliana Madruga Inácio Ricardo Jorge Pavão de Matos Anabela Marques Sobrinho Patrícia Isabel da Silva Furtado Pavão de Matos

L/TDA LIVRE/Tempo de Avançar Efec vo Pedro Mendes Alves (independente) Florbela Mar ns do Carmo José Manuel Viegas de Oliveira Neto Azevedo João Ricardo Ponte Sousa Vasconcelos (independente) Alexandra Patrícia Cardeal da Costa Lopes Ávila Trindade (independente) PDA - Par do Democrá co do Atlân co Efec vo Rui Jorge de Sousa Matos João Carlos Pereira da Nóbrega Sónia Patrícia Lopes Leça Peixoto José Soares Rogério Correiro Medeiros MPT - Par do da Terra Efec vo Luís Filipe Menezes Ferreira Rita da Graça Rodrigues Vieira Pereira Yessica Maribel Jesus Gois Be encourt João Ricardo Abreu Fernandes Sónia Filipa Sousa Ferraz Vieira PNR - Par do Nacional Renovador Efec vo Roque Manuel da Silva Gaio e Melo de Almeida Maria Odete da Luz Pereira Melo do Patrocínio Alexandre Manuel Pires Clara Reis Carlos Miguel de Sousa Mesquita Leonor de Goes Pinto Coelho NC - Nós, Cidadãos! Efec vo Rúben Miguel Pacheco Correia Alfredo Bulhões Gago da Câmara Adriana Mar ns Falcão Rebelo (independente) Bruno Cedros da Areia (independente) Heloísa Araújo Malainho (independente) PURP - Par do Unido dos Reformados e Pensionistas Efec vo Mário Félix do Couto Adelino Manuel Jesus Lourenço Ferreira Cláudia Teves Félix Couto António Francisco Resendes Benjamim Maria Madalena Teves de Almeida Costa

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Eleições legislativas

15 candidatos vão discutir cinco lugares nos Açores As eleições legislativas estão marcadas para o próximo dia 4 de Outubro, sendo 15 as forças políticas concorrentes nos Açores, das quais quatro são coligações e as restantes 11 são partidos. É de entre elas que vão sair os cinco deputados que vão representar a Região na Assembleia da República. págs. 12 e 13

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Destaque Legislativas 2015 O fim-de-semana em que todos os radicais invadiram o Norte

CRÍTICAS À COLIGAÇÃO E PS Jerónimo de Sousa, o líder da CDU, defendeu ontem que a palavra do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, “vale tanto como um tostão furado”.

Campanha O PS e a coligação PSD/CDS estiveram todo o fim-de-semana na mesma geografia. Ambas as força políticas chamaram radicais aos adversários. E ambas pediram uma maioria absoluta. António Freitas de Sousa antonio.sousa@economico.pt

No fim-de-semana em que as comitivas dos dois principais agrupamentos políticos decidiram subir ao Norte – invadindo uma espécie de triângulo com os vértices em Amarante, Braga/Guimarães e Porto – Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e António Costa demonstraram ter um gosto surpreendentemente coincidente pelas mesmas palavras. Radicalismo e maioria absoluta terão sido as duas expressões mais usadas nas arruadas e nos pequenos comícios que tiveram lugar ao longo do último sábado e domingo, tanto pela coligação PSD/CDS, como pelo PS. Paulo Portas deu o mote: algures numa rua da Paços de Ferreira disse que o secretário-geral do PS estava a assumir posições mais radicais que o resto da esquerda (a comunista e a que se costuma dizer ser a verdadeiramente radical). Motivo: a afirmação de António Costa segundo a qual nunca viabilizaria, na Assembleia da República, um governo da coligação de direita (PÀF). Portas mostrou-se surpreendido com a recusa, vindo da parte

Os lesados do BES estavam à espera de Passos Coelho e de Paulo Portas para demonstrarem a sua insatisfação. Foi por muito pouco que não andou tudo ao murro.

agem Report

Era uma maioria absoluta s. f. f.

30 anos sem sondagens O cientista Alexandre Quintanilha, cabeça de lista do PS pelo Porto, está pouco interessado nas sondagens: “há 30 anos que não leio sondagens”, disse ao Económico – para enfatizar que aquele instrumento de análise lhe merece pouca importância. Mas era evidente a preocupação dos socialistas face aos números que vão sendo divulgados. “Felizmente que

de um partido do arco da governação, e com quem o PÀF pretende manter vias de diálogo – principalmente em matérias duras, como é o da reforma da Segurança Social. Ao final do dia, António Costa respondeu-lhe directamente da Cadeia da Relação, no Porto, onde o PS organizou um comício. O secretário-geral do PS voltou a afirmar que não iria viabilizar qualquer governo da coligação, nem contemporizar com dois líderes que se afastaram da social-democracia e da democracia-cristã, para se radicalizarem à direita. Entre outras, a prova desse radicalismo estava no facto, recordou António Costa, de o Governo PSD/CDS “ter ido muito além da ‘troika’ nos últimos quatro anos”. Com as duas forças políticas radicalizadas nos extremos do espectro político – pelo menos segundo opinião da sua oponente – tanto a coligação como o PS pediram ao eleitorado uma maioria absoluta que possa tornar confortável os próximos quatro anos de governação.

eles ultimamente enganam-se muito”, dizia Manuel Pizarro. E não é só em Portugal: “diziam que o Syriza estava quase empatado com a oposição e foi o que se viu; no Reino Unido, trabalhistas e conservadores estavam a par, e afinal os conservadores tiveram maioria absoluta”. Que é como quem diz: a melhor sondagem é a que se conhece no fim do próximo dia 4 de Outubro.

Na PÀF, a convicção é que essa maioria absoluta está ao alcance de apenas mais um pequeno esforço. Alavancados nas sondagens – que toda a gente despreza mas que ninguém dispensa – os homens do PSD e do CDS que seguiam atrás dos líderes iam tentando consolidar essa mensagem: uma espécie de ‘trás um amigo também’ para votar na PÀF e em 4 de Outubro à noite “estaremos a comemorar uma maioria absoluta”. No dia seguinte, domingo, José Pedro Aguiar Branco – ministro da Defesa e cabeça de lista da PÀF pelo Porto – insistiria no mesmo sonho, numa arruada já sem a presença dos cabeças de cartaz. “Falta-nos muito

pouco”, afirmou. Ao arrepio de todas as sondagens – que ao longo do fim-de-semana davam nota de que o ‘gap’ entre as duas forças políticas continuou a alargar-se, com vantagem para a PÀF – ou talvez apesar de todas as sondagens, o PS também pediu uma maioria absoluta. António Vitorino – um peso-pesado que Costa fez deslocar ao comício do Porto e que chegou a ser eleito, em 1980, pela cidade – deu o mote. Depois de ter começado o discurso imitando Pacheco Pereira – “amigos, companheiros, camaradas”, como dizia a esquerda radical e até mesmo a extrema-esquerda nos idos dos anos 70 e 80 – Vitorino explicou que, tal como sucedeu apenas uma única vez antes (nas eleições da Constituinte em 1975) o país está fracturado entre a esquerda e a direita. E, nessa circunstância, continuou, o dever da esquerda é votar útil no PS, única força que pode derrotar os radicais da PÀF. Vitorino, e mais tarde António Costa, dirigia-se assim à maioria sociológica de esquerda – que, segundo alguns estudiosos é uma realidade em Portugal, e que só não ganha eleições, ou pelo menos frequentemente as perde, por causa dessa mania da pulverização ideológica a que Lenine chamou a doença infantil do comunismo. Interferências

A viagem das caravanas pelo Norte teve ainda outras coincidências. Uma delas foi a interferência de populares não desejados que, umas vezes mais outras menos, quase estragavam a festa. A coligação PSD/CDS é a que mais pode queixar-se dessas perturbações – uma espécie de efeito colateral da exposição demasiado próxima dos cabeças de cartaz à população. Mais uma vez, em Paços de Ferreira, Pedro Passos

António Costa em Guimarães, com o antigo presidente da Câmara, António Magalhães, por perto.

AGENDA

● Coligação Portugal à Frente arranca às 10h nas Caldas da Rainha, passa pelo Bombarral, Leiria, Ansião e termina no Pombal. Estarão presentes Passos Coelho e Paulo Portas. ● O secretário-geral do PS, António Costa, começa o dia em Lisboa num encontro com jovens e termina nos Açores, na companhia de Carlos César.

● CDU estará no Porto e em Gondomar. ● BE estará em Fátima e em Coimbra. ● PCTP/MRPP estará em Lisboa.

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ID: 61150368 Jerónimo falava num almoço-comício onde apareceram 800 pessoas em vez das 600 previstas. Já Catarina Martins, líder do BE, defendeu que “O PS é a desilusão destas eleições” e

28-09-2015 argumentou que o “voto útil é o nome artístico do bloco central”. A porta-voz do Bloco falava num almoço de duas mil pessoas, no Pavilhão Atlântico. Para o PAN - Pessoas-Animais-Natureza,

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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as questões de natalidade não estão a ter a devida atenção. O cabeça de lista por Lisboa, André Silva, propôs o alargamento da licença de parentalidade para os 12 meses.

André Kosters / Lusa

Miguel A. Lopes / Lusa

Pedro Passos Coelho também em Guimarães. As duas comitivas nunca chegariam a encontrar-se

Coelho e Paulo Portas tinham à sua espera uma comitiva de lesados do BES. A arruada seguida de pequeno comício teve de ser atrasada, mais tarde o ponto de encontro foi mudado de lugar, mas nada disso foi suficiente para desmobilizar os que andaram a comprar papel comercial do banco mais sólido do sistema, pelo menos até ao Verão de 2014. Por alguns instantes, tudo parecia indicar que as duas comitivas, a da PÀF e a dos lesados do BES, iriam chegar à troca mais violenta de pontos de vista, a murro, pontapé e palavrão, com as hastes das bandeiras a servirem de primeiro argumento. As coisas lá se acalmaram e entretanto, lá mais para a frente, Passos Coelho e Paulo Portas faziam de conta que não tinham visto nada ou que ninguém lhes tinha contado. Já no comício do PS – que teve lugar numa porção de metros quadrados que faria corar de vergonha os socialistas que organi-

zavam comícios do partido no Pavilhão Rosa Mota – estava António Costa a preparar-se para falar quando, subitamente, um jovem empunhando uma bandeira do PS e um cartaz se aproximou dos microfones e, antes que alguém conseguisse reagir, disse que “quero todos os socialistas a limpar a floresta”. Perante a incapacidade de a organização responder ao incidente, teve de ser António Costa a pensar depressa: foi atrás do jo-

Um jovem interrompeu António Costa mesmo antes de este começar a discursar. E teve de ser o próprio secretário-geral do PS a resolver o assunto.

vem que entretanto se ia retirando calmamente, cumprimentou-o e começou o discurso improvisando sobre a necessidade de o poder político olhar para o problema das florestas, sob pena de o país ser confrontado todos os anos com o flagelo dos incêndios de Verão. Outra coincidência da investida de fim-de-semana das duas maiores forças políticas em território nortenho - que por acaso nunca chegaram a encontrar-se – foi a quase total ausência de referências às propostas de governação propriamente ditas. Aparentemente, nem PÀF nem PS estavam interessados em regressar a essa matéria já dada: números, projectos, intenções e outras promessas ficaram quase todas numas gavetas algures em Lisboa, para dar lugar a discursos mais de combate e de apelo à mobilização. Afinal, como diziam todos, só falta uma semana e os últimos explosivos são sempre os que fazem maior estardalhaço. ■

O factor Aguiar-Branco Na primeira fila do comício do PS no Porto estava sentado Aguiar-Branco. Não o ministro da Defesa, José Pedro, mas o seu pai, Fernando. Todos os socialistas que discursaram durante o comício – Manuel Pizarro, José Luís Carneiro, António Vitorino, Alexandre Quintanilha e António Costa, por esta ordem – fizeram menção à sua presença. Não é a primeira vez que o advogado e presidente da Fundação Engenheiro António de Almeida apoia o PS ou figuras ligadas ao partido: foi mandatário de Mário Soares e de Jorge Sampaio quando estes se candidataram à presidência da República e de Manuel Pizarro quando concorreu à presidência da câmara do Porto. Mas o facto de ser pai de um ministro do Governo de coligação PSD/CDS conferiu-lhe um lugar

especial nos discursos do final da tarde de sábado. O filho, José Pedro, encara esse facto com a maior naturalidade – em democracia, segundo consta, pais e filhos podem ter gostos políticos diferentes. “Não é nenhuma novidade que o meu pai apoia o PS ou candidatos do PS”, disse o ministro da Defesa ao Económico. Fernando Aguiar-Branco foi vereador da Câmara Municipal do Porto de 1972 a 1974, e eleito deputado à Assembleia Nacional, como independente, nas listas da Acção Nacional Popular, em 1973. Para além de presidente do Conselho de Administração da Fundação Engenheiro António de Almeida desde 1973, foi presidente da Direcção do Centro UNESCO do Porto, desde 1984, e é conselheiro da Fundação Mário Soares

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Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 3 de 8

Destaque Legislativas 2015

Cumprir a meta do défice é uma questão de fé?

Paula Nunes

IVA

8,9% A receita do IVA está a subir muito acima do previsto no OE. O Governo justifica com a retoma económica e o combate à fraude e evasão.

Orçamento A execução orçamental de Agosto começou a dar argumentos ao optimismo do Governo. O exercício continua a ser de alto risco, mas é possível. Margarida Peixoto margarida.peixoto@economico.pt

EXECUÇÃO ATÉ AGOSTO

Dentro do Ministério das Finanças, os números que mostram um défice orçamental de 4,7% no primeiro semestre, bem acima da meta de 2,7% do PIB para o conjunto do ano, não impressionam. A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, está tranquila de que a meta será, mais décima menos décima, cumprida. É uma questão de fé? Para a ministra não: é que os valores batem certo com o perfil intra-anual de execução previsto, apurou o Económico. O ritmo de redução da despesa está aquém do orçamentado; o aumento das receitas também não chega para atingir a meta inscrita no Orçamento deste ano; o défice de caixa superou em Julho o valor planeado para todo o ano são factos e as Finanças sabem deles. Tal como sabem que o segundo semestre deste ano terá de ser historicamente bom - o défice não poderá ultrapassar os 767 milhões de euros em contabilidade nacional, a que interessa a Bruxelas, depois de já ter superado quatro mil milhões até Junho. Sabem também que na contabilidade de caixa será preciso um excedente entre Agosto e Dezembro. Mas onde, por exemplo, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) vê sinais de alarme para o cumprimento da meta, as Finanças vêem um exercício difícil mas que corre dentro da normalidade. O Económico sabe que os números estão dentro da margem de confiança da equipa das Finanças - batem certo com o exercício interno que se faz para avaliar a execução orçamental. Os próprios saldos de caixa trimes-

Contas estão a melhorar.

Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, está confiante de que a meta orçamental definida para o défice (2,7% do PIB) será cumprida.

IRC

12,4%

Var. Jan-Ago

Var. OE/15

Receita corrente

1,4

0,9

Receita Fiscal

5,3

5,1

Impostos directos

3,0

3,4

7,4

6,6

Impostos indirectos Cont. Segurança Social Receita de capital

Paulo Alexandre Coelho

-3,3

-1,6

-13,5

19,4

Receita efectiva

1,0

1,4

Despesa corrente

-1,2

-2,2

Despesas c/pessoal

-1,1

-4,8

Juros

3,7

1,6

Despesa de capital

16,3

15,5

Investimentos

22,2

21,2

Despesa efectiva

-0,3

-1,2

A receita de IRC subiu 12,4% até Agosto, muito acima da previsão de 3,8% do OE.

PRESTAÇÕES SOCIAIS

-3,3%

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

trais cumprem os valores limite que podem ser atingidos. Terá sido por isso mesmo que a Comissão Europeia aprovou a calma do Executivo, argumentando que os números trimestrais ou semestrais podem dar uma leitura “distorcida”. De facto, a análise do primeiro semestre tanto permite dizer que 84% do défice esperado para o conjunto do ano já foi executado, como permite mostrar que cerca de metade do esforço foi cumprido: em contas nacionais, o défice tem de cair 2.686 milhões de euros; no primeiro semestre caiu 1.194 milhões de euros - quase metade. A tranquilidade da ministra justifica-se ainda pelo ciclo económico positivo. Para atingir as metas de receita e de despesa, conta-se com um desempenho pior do que a média anual na primeira metade do ano, e com um resultado acima da média na segunda metade. É esta a trajectória esperada tanto para as receitas fiscais, como para os gastos com prestações sociais, por exemplo. E em 2011, quando a execução desastrosa do primeiro semestre fez soar as campainhas de alarme de Vítor Gaspar, também não era assim? Não. A principal diferença é que na altura o ciclo era descendente: se o primeiro semestre tinha sido mau, o segundo seria ainda pior porque a economia estava a afundar.

Michael Nagle/Bloomberg

Os encargos com prestações sociais estão a recuar 3,3%, acima do previsto no OE.

DESPESAS COM PESSOAL

-1,1% É o ritmo redução dos encargos com pessoal até Agosto. A previsão para o conjunto do ano é de -4,8%.

Défice de caixa diminui 1.427,7 milhões só num mês

A execução orçamental referente a Agosto, publicada sexta-feira, começa a traduzir a confiança do Governo em números. O défice orçamental, em termos comparáveis com o objectivo traçado no OE/15, passou de 5.420,3 milhões de euros em Julho (o tal valor que superou a meta anual) para 3.992,6 milhões de euros em Agosto. Foi uma melhoria de 1.427,7 milhões de euros em apenas um mês. Tanto a despesa como a receita totais das Administrações Públicas continuam com um ritmo insuficiente para cumprir a meta do défice. Mas a diferença em algumas rubricas é menor. As receitas fiscais, por exemplo, até já superaram a média prevista para o conjunto do ano, enquanto em Julho ainda estavam aquém: pas-

saram de um crescimento de 4,7%, para uma subida de 5,3%. A meta é um aumento de 5,1%. Já do lado da despesa, o desempenho de Agosto não foi tão brilhante. A queda da despesa corrente abrandou, em vez de acelerar, e o ritmo de redução dos gastos com prestações sociais aumentou em apenas uma décima, para 3,3%. Mas aqui poderá haver alguns argumentos de diferenças de calendário. As despesas totais estão influenciadas, por exemplo, pelo pagamento de Parcerias Público-Privadas no primeiro semestre do ano - em 2014 só acontecerem no final da execução. Além disso, o Governo não está descalço: tem ainda uma folga na gestão do orçamento. Tanto a dotação provisional (no valor de 533,5 milhões de euros), como parte da reserva or-

çamental (215,1 milhões de euros) podem ser gastas sem que o défice suba um milímetro. As contas dos 2,7% foram feitas assumindo que estas verbas eram completamente esgotadas mas, por enquanto, destas gavetas de reserva o Executivo retirou pouco: a UTAO revelou que, até JuFITCH

Défice abaixo de 3% A agência de notação financeira manteve na sexta-feira o rating português em nível especulativo (BB+). Contudo, previu que o défice ficará este ano abaixo dos 3%, com a ajuda do crescimento económico.

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Área: 6,12 x 31,46 cm²

Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 4 de 8

Ricardo Moraes / Reuters

SOBRETAXA

35% A manter-se o ritmo de evolução da receita de IVA (8,9%) e do IRS (-0,1), o Governo irá devolver 35% da sobretaxa no próximo ano.

Rafael Marchante / Reuters

lho, tinham sido usados 120,1 milhões de euros da dotação e 37,3 milhões da reserva orçamental. Ou seja, ainda havia 591,2 milhões de euros disponíveis para atender às emergências. Não quer isto dizer que cumprir os 2,7% sejam favas contadas. A execução orçamental deste ano é sempre um exercício de risco e as surpresas são, geralmente, negativas. À cautela, o primeiro-ministro tem vindo a recentrar o objectivo orçamental do Governo na retirada de Portugal do procedimento por défices excessivos, em vez de recordar a meta de 2,7% do PIB. “O nosso objectivo de diminuir o défice, em particular de o colocar abaixo de 3%, será atingido”, garantiu Pedro Passos Coelho no final da semana passada, depois de serem divulgados os dados da execução orçamental de Agosto. ■ Com L.R.P.

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Period.: Diária

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Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 5 de 8

Destaque Legislativas 2015

Orçamento Rectificativo este ano é cada vez mais provável Alteração Próximo Governo deve ser obrigado a fazer ajustes no OE/15, mas sem que isso implique mais despesa. Margarida Peixoto e Luís Reis Pires margarida.peixoto@economico.pt

É já um clássico das finanças públicas em Portugal: quando o ano está a chegar ao fim, surge um Orçamento Rectificativo. Umas vezes porque é preciso acomodar mais despesa, outras porque é preciso reafectá-la, às vezes só porque se mexe nos limites de financiamento do Estado. O risco de o exercício se repetir este ano é cada vez maior e pode mesmo vir a ser a primeira tarefa a cair nas mãos do próximo Governo. O PS já começou a preparar o terreno para a eventualidade de, vencendo as eleições, ser obrigado a apresentar de imediato um Orçamento Rectificativo. A oposição fala num alegado buraco na Saúde, que obrigará a ajustes nas contas (ver pág. 12).

Dentro do Governo, refuta-se a existência de buracos escondidos. O Executivo já garantiu mais do que uma vez, aliás, que quem vier a seguir não irá encontrar quaisquer surpresas negativas nas contas públicas que, frisou já a ministra das Finanças, são hoje “mais transparentes”. No entanto, isso não implica que não seja necessário fazer ajustes. O Económico sabe que no Governo se admite como provável a apresentação de um Rectificativo após as eleições. É que acertar a previsão do total da despesa não significa que se acerte na execução da despesa de todos os programas orçamentais. Por isso, sem furar necessariamente a meta do défice, ou mesmo os tectos de despesa total, pode ainda assim ser preciso redistribuir verbas que não foram gastas em determinadas rubri-

LIMITE DE ENDIVIDAMENTO

8,6 mil milhões O Governo está autorizado pelo OE a aumentar o endividamento líquido em 8,6 mil milhões este ano.

NOVO BANCO

3,9 mil milhões O planeamento da gestão da dívida este ano contava com a receita da venda do Novo Banco.

TECTO DESPESA 2015

82,4 mil milhões É o limite de despesa que o Governo inscreveu no OE para este ano.

cas, reafectando-as a outras. Há operações de alteração de dotação que estão na alçada do Ministério das Finanças, mas nem tudo pode ser feito sem passar pela Assembleia da República. Seria, no fundo, um Orçamento “redistributivo”, como o baptizou em 2009 o então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos - ainda que, nesse ano, tenha havido mesmo um aumento considerável no défice face ao que estava previsto, que justificou a revisão do Orçamento. Os riscos não se ficam pela eventual necessidade de reafectar despesa. Há outros, que podem até passar pelo Novo Banco. Quando planeou a gestão das necessidades de financiamento em 2015, o Executivo contava arrecadar 3,9 mil milhões de euros com a venda da instituição. O adiar da operação terá, por isso,

consequências nessa gestão: ou se utiliza mais dinheiro da almofada financeira do Tesouro, ou se emite mais dívida. Se a opção passar pelo aumento do limite de endividamento, será sempre preciso apresentá-la ao Parlamento. Mais uma vez, também aqui o cenário não implica que haja mais despesa. Haverá apenas diferenças nas fontes de financiamento previstas, que podem obrigar a uma alteração na Lei do Orçamento. No entanto, o tema promete entrar à mesma na campanha eleitoral, até porque, nos quatro anos de governação, a coligação teve sempre de recorrer a Orçamentos Rectificativos a meio do ano. Esta poderá assim ser uma das primeiras tarefas do próximo Executivo, a par da elaboração do Orçamento do Estado para 2016. ■

? GANHE QUEM GANHAR O Diário Económico convidou várias personalidades nacionais - do mundo empresarial à gestão, passando pelas artes e pela ciência - a apontarem as prioridades para Portugal nos próximos quatro anos.

Prioridades para o ensino superior

João Gabriel Silva Reitor da Universidade de Coimbra

Muitas alterações ocorreram em Portugal nos últimos dez a 20 anos. Algumas, relativas ao ensino superior, ainda não foram devidamente reconhecidas e incorporadas nos programas políticos. A primeira é a relevância da investigação científica nas universidades. Se é verdade que, há duas ou três décadas, as hierarquias universitárias eram muitas vezes indiferentes à investiga-

ção científica, a situação inverteu-se por inteiro. A descoberta de novo conhecimento é uma preocupação central dos reitores e suas equipas. Já não há razão para se continuar a fomentar a existência de um “sistema científico” como um mundo separado das universidades, ao arrepio das melhores práticas internacionais, mas infelizmente a Fundação para a Ciência e Tecnologia continua, no essencial, a promover a separação dos dois mundos, algo que, por exemplo, a Comissão Europeia nunca fez, pois eles sabem que são as Universidades o local onde se materializam quase todos os grandes avanços do conhecimento. Só as Universidades, graças à chegada anual de estudantes com novas energias e novas ideias, conseguem manter-se como instituições criativas por longos perío-

dos de tempo. A dicotomia Universidades/Ciência é negativa para Portugal e tem de ser combatida. Deve haver uma só Secretaria de Estado, simultaneamente para a Ciência e a Ensino Superior, em vez de duas separadas. A segunda é que as universidades têm de ser cada vez mais autónomas, se quisermos que sejam internacionalmente competitivas. Tem de haver uma figura jurídica própria para elas, que não se confunda nem com fundações nem com institutos públicos, para que as universidades não sejam afectadas por regras pensadas para outras instituições, muito diferentes, que partilhem essas figuras jurídicas. O artigo cinco da nova lei do Enquadramento Orçamental é um excelente início desse processo, mas há ainda muito trabalho a fazer.

A terceira é a capacidade de atracção internacional das nossas melhores universidades. Elas têm o potencial de ajudar Portugal a ser um fornecedor de serviços de grande valor acrescentado para todo o mundo, criando empregos e riqueza. São o único sector que consegue atrair grande quantidade de gente jovem, de que este país envelhecido tanto precisa. As universidades precisam de ser vistas pelo país como um sector central para a sua recuperação económica, não como apenas mais uma fonte de despesa. Não há recursos naturais relevantes em Portugal. A inteligência dos jovens que passam pelas universidades é a nossa grande fonte de esperança num desenvolvimento capaz de assegurar uma vida digna aos portugueses.

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Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 6 de 8

Destaque Legislativas 2015 O Económico organizou seis debates sobre os principais temas de campanha que hoje começam a ser divulgados. O objectivo deste “Especial Legislativas 2015” é mostrar o que propõem os partidos com assento parlamentar, caso vençam as eleições de 4 de Outubro, em áreas como a Educação, Saúde, crescimento, migrações, impostos e Segurança Social. Os participantes foram escolhidos pelas próprias formações partidárias.

Saúde Oposição fala em “mistério de seis mil milhões” nas contas Debate A coligação PàF insiste num Pacto para a Saúde. Oposição não fecha a porta, mas traça linhas vermelhas: “Só com uma mudança de caminho” e “ruptura de políticas”, avisam os partidos da esquerda. Catarina Duarte catarina.duarte@economico.pt

No diagnóstico que faz ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos últimos quatro anos, a coligação Portugal à Frente (PàF) fica isolada. Mas é mais fácil encontrar consensos com a oposição quando se olha para as propostas dos partidos para o futuro do SNS. Talvez por isso, PS, BE e CDU não rejeitem consensos parlamentares após 4 de Outubro sobre políticas que possam “fortalecer um SNS universal e tendencialmente gratuito”, desde que seja feita uma “mudança de caminho”. O tamanho da dívida do SNS aos seus fornecedores [que se situava em Julho em 538 milhões de euros, segundo a Direcção Geral do Orçamento] é quase tão grande como relevância que os partidos têm atribuído ao tema durante a campanha eleitoral. Passos e Costa esgrimiram culpas e louros sobre a dívida do SNS durante o frente-a-frente nas televisões e os representantes dos quatro partidos não passaram ao lado do tema no programa “Especial Legislativas 2015”. No debate no Etv sobre a visão dos partidos relativamente às políticas de Saúde, Ricardo Baptista Lei-

te, candidato pela PàF, lembrou que a dívida dos hospitais de 3,2 mil milhões de euros deixada pelo PS obrigou o actual Governo a um “caminho longo e doloroso” para manter a “qualidade e o acesso ao SNS continuando a apostar no reforço do papel do cidadão no sistema, na promoção da saúde e prevenção da doença, mas garantindo a sustentabilidade”. Mas para o Bloco de Esquerda, “só quando chegar o próximo ministro da Saúde é que vamos saber o que é que se passou com a dívida”. Isto porque, diz José Gusmão, “a diferença das transferências do Orçamento do Estado para o SNS, entre 2011 e 2015, deduzidas de pagamentos de dívida e aumentos de capital, e a despesa efectiva do SNS ultrapassa os seis mil milhões de euros”. “Não há explicação para este buraco de financiamento, ele tem de estar a ser acumulado em algum lado”. Adalberto Campos Fernandes, do PS, chama-lhe o “mistério dos seis mil milhões de euros”. “Há uma diferença entre aquilo que é a realidade e ficção política da maioria, que se quis convencer de que tinha resolvido um problema que não resolveu”, acusa. Até porque, continua, “se a construção que a co-

José Gusmão (BE), Adalberto Campos Fernandes (PS), Ricardo Baptista Leite (PàF) e Carlos Silva Santos, da (CDU) (da esq. para a dir.), num debate moderado por Catarina Duarte.

O tamanho da dívida do SNS é quase tão grande como relevância que os partidos têm atribuído ao tema na campanha eleitoral.

ligação faz de ter salvo o SNS por via orçamental fosse verdade não teríamos tido a maior transferência de encargos financeiros para as famílias de que há memória”. Carlos Silva Santos, da CDU, acompanha a análise: “Nos últimos anos e particularmente neste último Governo, o avanço no desmantelamento do SNS deu passos em frente. Foram reduzidos serviços e foi feito o encaminhamento para os privados, os portugueses passaram a pagar mais, têm cada vez menos serviços e menos confiança no SNS”. José Gusmão, do BE, concretiza com três exemplos aquilo que alterou “dramaticamente” o acesso dos portugueses aos SNS: “O aumento exponencial das taxas moderadoras; a política de racionamento de medicamentos mais caros; e o que se passou

nas urgências pela ausência de profissionais e da política de taxas moderadoras”. Coligação insiste num pacto para a Saúde

Ainda assim, são várias matérias que merecem o consenso das quatro forças políticas: o SNS deve continuar universal e tendencialmente gratuito e as pressões sobre a despesa - envelhecimento da população, pressão tecnológica e medicamentos inovadores - obrigam a reforçar o financiamento do SNS. Como? Para o PS “o reforço da dotação não é uma questão de aumento da carga fiscal, é uma questão de requalificação das escolhas, de modelos de reestruturação interna e de tornar o sistema mais eficiente para deslocar de um lado para o outro meios financeiros”, diz Campos

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DEBATE a 4 Paula Nunes

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Área: 26,00 x 30,22 cm²

Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 7 de 8

Taxas moderadoras são para manter... ganhe quem ganhar Tanto a CDU como o Bloco de Esquerda propõem o fim das taxas moderadoras no SNS. Mas o Governo que sair das eleições de 4 de Outubro, seja da coligação ou do PS, não acompanha a ideia. As taxas moderadoras “têm efectivamente uma importância moduladora da procura, protegendo a boa procura e dando um sinal sobre a má procura. Agora, não vamos ser cínicos e considerar

que 50 euros - que pode ser o encargo máximo - seja irrelevante para um agregado [familiar] que tenha um rendimento de 950 euros”, diz Campos Fernandes. O secretário-geral socialista já admitiu rever o valor das taxas moderadoras, não se tendo comprometido com o calendário da medida. “Temos de reavaliar aquilo que foi feito, desenhar um modelo que seja socialmente justo e, sobretudo,

que não penalize quem não tem nenhuma alternativa”, diz agora Campos Fernandes. Ricardo Baptista Leite prefere lembrar ao aumento das isenções: “Aqueles que tinham maior capacidade financeira foram mais atingidos para poupar quem tinha menos. Tínhamos 4,5 milhões de isentos no início do programa de ajustamento e hoje temos seis milhões de portugueses isentos”.

Financiamento do SNS tem de aumentar O combate às rendas excessivas no sector do medicamento merece os elogios dos partidos da esquerda. “Não há ninguém que não considere que aquilo que foi feito no medicamento tinha de ser feito”, diz Campos Fernandes. BE e CDU acompanham, mas deixam duras críticas ao Governo por ter encerrado o laboratório militar. “Não se fala de pôr o Estado a produzir medicamentos, mas é importante que a

Fernandes. Carlos Silva Santos defende que uma “ruptura com a actual política” e “investimentos concretos”, até porque, defende a CDU, “havendo pleno emprego há sem dúvida um aumento do capital”. Ricardo Baptista Leite aposta na “continuação do ritmo de crescimento do país de modo a poder alocar mais verbas à saúde”. Mas acrescenta que “se não houver um entendimento global relativamente às prioridades absolutas daquilo que é o SNS não seremos capazes de garantir a sustentabilidade e muito menos um serviço de qualidade para os cidadãos”. Um repto para um Pacto para a Saúde - que já tinha sido feito pelo ministro Paulo Macedo - ao qual o PS não diz que não. “Não aceitamos que exista sobre o SNS uma ideia de arco da governação porque o SNS é

indústria farmacêutica saiba que o Estado tem capacidade de produção de medicamentos e está pronto a usá-la”, diz José Gusmão. Há outro ponto de consenso: o financiamento do SNS tem de subir nos próximos anos. Mas ninguém arrisca falar num aumento de impostos. “A questão do reforço da dotação para a saúde não é uma questão de aumento da carga fiscal”, diz Campos Fernandes, “é

uma questão de requalificação das escolhas, de modelos de reestruturação interna e de tornar o sistema mais eficiente para deslocar de um lado para o outro meios financeiros”. Para Baptista Leite, a solução passa por “continuar o ritmo de crescimento do país de modo a poder alocar mais verbas à saúde”. A CDU acredita que “havendo pleno emprego há sem dúvida um aumento do capital”.

um instrumento social que tem de ser discutido. Há boas ideias à nossa esquerda e boas ideias à nossa direita”, considera Adalberto Campos Fernandes, impondo, contudo, uma condição: “Mas mudando de caminho porque este caminho foi errático”. É com alguma estranheza que o BE vê o apelo da coligação “depois de ter passado quatro anos praticamente a governar por decreto, a esconder decisões, a tentar extinguir unidades de saúde pública de excelência, como a Maternidade Alfredo da Costa, muitas vezes sem qualquer debate parlamentar prévio”, atira José Gusmão. “Estamos disponíveis para todas as políticas que possam fortalecer um SNS universal e tendencialmente gratuito, mas sabemos que a opção da direita não é essa”, remata.■

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Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 8 de 8 António Cotrim / Lusa

Por que é que Maria Luís acredita que vai cumprir o défice O desfecho é ainda incerto, mas a ministra das Finanças tem vários trunfos para atingir o objectivo do défice este ano. Seja quem for o vencedor das eleições, a apresentação de um Orçamento Rectificativo é cada vez mais provável. Quatro candidaturas debatem as suas propostas para a área da Saúde ➥ P6 A 15

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Âmbito: Regional

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PAN

Alimentar a «FIB» Domingo é dia de «dar prioridade à família» e, foi esse o motivo pela qual o líder do PAN decidiu não fazer campanha no dia de ontem. Para além desta declaração, Nelson Almeida defende ainda que devemos procurar a «felicidade interna bruta» (FIB), que assenta numa «gestão equilibrada do tempo e do bem-estar psicológico», concluindo que «a boa governação não deve estar exclusivamente preocupada com questões de ordem orgânica, financeira ou material».

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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ID: 61150462

28-09-2015

Tiragem: 12001

Pág: 12

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 30,80 cm²

Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 6 de 7

Página 253


ID: 61150462

28-09-2015

Tiragem: 12001

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 20,48 x 15,36 cm²

Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 7 de 7

Página 254


A255

PAN quer estatuto jurídico dos animais

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

28-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=77b01925

A cabeça de lista pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Bebiana Cunha, defendeu hoje, na Trofa, a criação do Estatuto Jurídico do Animal para que estes "deixem de ser vistos como objetos ou mercadorias". "Achamos que a lei tem de acompanhar a evolução científica e educar as pessoas. Educar no sentido de explicar que os animais não são coisas, não são mercadoria, são animais com consciência e para com os quais temos responsabilidades", disse à agência Lusa a candidata do PAN às legislativas do próximo domingo. Bebiana Cunha defendeu que com a aprovação deste estatuto os animais estariam "muito mais protegidos", argumentando que a atual lei de criminalização dos maustratos "foi um passo na proteção animal, mas um passo ainda reduzido". A responsável do PAN explicou que se um animal for abandonado mas recolhido por uma associação, a pessoa que abandonou não é responsabilizada e também criticou o facto da lei "se limitar a animais de companhia", o que deixa de fora por exemplo os "muitos cavalos que estão negligenciados" no país. A par e em complemento desta medida, o PAN quer abolir os espetáculos com sofrimento ou morte de animais, e terminar com o financiamento público às touradas, circos e caça desportiva. Defender o fim dos canis de abate é outra das propostas do PAN que assim estima "salvar a vida de 100.000 animais por ano". A cabeça de lista pelo Porto falava numa visita ao canil da Trofa, escolhido, explicou Bebiana Cunha, por ser "um bom exemplo", uma vez que tem como principal política o "não abate", tendo registado em 2014 cerca de 300 adoções de animais, um número que deverá aumentar este ano, uma vez que atualmente foram adotados 209. O "controlo da população animal" faz parte das propostas do PAN e na Trofa, distrito do Porto, este partido quis provar que "é possível tratar dignamente os animais, recolhendo-os, dando-lhes condições de afeto e preparação de políticas de adoção eficazes". A este respeito, uma das propostas do PAN passa pela "cooperação entre todos", referindo-se a canis, municípios, autarquias locais, associações civis e voluntários. "Um dos problemas dos municípios do distrito do Porto é a recusa de colaboração com as associações ou com voluntários. Mas na causa de proteção animal existem, efetivamente, pessoas que trabalham pela causa e querem dar melhores condições aos animais, encontrar famílias responsáveis. Uma família sem um animal, não é uma família completa", concluiu Bebiana Cunha.

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A256

PAN diz sentir cada vez mais apoio popular

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Porto Canal Online

Data Publicação:

28-09-2015

URL:http://portocanal.sapo.pt/noticia/70053/

O PAN - Partido Pessoas Animais e Natureza quer aumentar a licença parental de quatro para 12 meses. Em campanha pelo Porto, na festa do Outono da fundação Serralves, o PAN garantiu que sente cada vez mais apoio popular. 28-09-2015 12:14 |Porto Canal

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A257

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ID: 61150357

28-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 2

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 7

LEGISLATIVAS 2015 Acompanhe em www.publico.pt/legislativas2015

CDU e BE na expectativa de aumentar em deputados Jerónimo acredita que comunistas voltarão a eleger parlamentares em Aveiro e Coimbra. Catarina prevê que Bloco ganhe expressão até fora dos centros urbanos Reportagem São José Almeida

A

lém de ditar quem vai formar Governo, as eleições de domingo decidirão a composição da próxima Assembleia da República e determinarão o peso específico dos partidos à esquerda do PS, ou seja, do PCP e do PEV, que concorrem coligados na CDU, e do Bloco de Esquerda, assim como decidirão se forças concorrentes como o PDR, de Marinho e Pinto, ou o Livre, de Rui Tavares, ou o Agir, de Joana Amaral Dias, se estrearão no hemiciclo de São Bento. O crescimento eleitoral é a expectativa assumida em declarações ao PÚBLICO quer pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, quer pela porta-voz do BE, Catarina Martins. “Esperamos ter mais do que temos, mas não quantificamos”, afirma Catarina Martins, em relação ao grupo parlamentar que é formado por oito deputados. Enquanto Jerónimo de Sousa declara, em relação aos actuais 16 lugares em São Bento ocupados pela CDU: “Sem querer quantificar, aquilo que é o nosso objectivo anunciado é o aumento do número de votos e de deputados.”

CDU admite 19 ou 20 Jerónimo de Sousa lembra que “a CDU teve 7,9% nas últimas eleições [legislativas] e cada voto a mais, cada deputado a mais, é um avanço”. Por isso não quer fixar objectivos definidos e explica: “Imagine que não temos 20 deputados e que temos 19 — isto é uma suposição. Não

transformemos isto num recuo ou num resultado que ‘sabe a pouco’.” E insiste em que o “facto relevante” é subirem e a CDU “conseguir a eleição de mais deputados”. Apesar do cuidado que coloca na escolha das palavras, o secretário-geral do PCP não deixa de frisar que a CDU tem a “ambição de ter mais”, mas garante que os comunistas têm “sempre os pés assentes na terra” e sublinha que se trata de “um processo de conquistar a pulso eleitorado”. E sempre com a ressalva de que não quer estabelecer metas, Jerónimo de Sousa assume que espera que a CDU volte a eleger deputados nos círculos de Aveiro e Coimbra, bem como que eleja mais um em Lisboa e mais outro em Setúbal. “Olhando para distritos onde não temos eleitos, estou a pensar em Coimbra, estou a pensar em Aveiro, acho que é possível, essa perspectiva não está consolidada ainda, mas é possível, tal como o reforço em Lisboa e na margem sul. Não estou a falar do Alentejo, onde cada um tem um”, admitiu. Deve lembrar-se que o PCP não atinge um grupo parlamentar na ordem dos 20 deputados ou mais há quase 30 anos, quando em 1987 elegeu 31 deputados, com uma percentagem de 12,14. Depois disso, baixou para 17 deputados em 1991, com 8,8%, e para 15 em 1995, com 8,57%, naquelas que foram as últimas eleições em que obteve mais de meio milhão de votos. Fruto do aumento gradual da abstenção ao longo dos anos, a CDU recupera os 17 deputados. Em 1999, com 8,99% mas com menos de meio milhão de votos. Em 2002, com 6,94%, baixa

para 12 deputados. Em 2005, com 7,54%, volta a subir para 14 deputados. Em 2009, prossegue a recuperação e com 7,86% elege 15 deputados. A expectativa de Jerónimo de Sousa é alicerçada, como o próprio afirma, no que a CDU tem vivido na presente campanha. E dá como exemplos casos concretos de conquista de apoios. “Ao contrário do que a gente pensa em relação aos pescadores de Sesimbra, aquilo não era grande ambiente da CDU e há uma evolução espantosa”, refere, a título de exemplo, apontando para outro caso, o da Autoeuropa, a fábrica da Volkswagen onde o Bloco de Esquerda tradicionalmente é a força partidária dominante: “Na Autoeuropa, onde a classe operária é muito jovem, em formação de consciência social e política, senti mais aproximação, mais saudação, mais incentivo, mesmo aquela iniciativa que os camaradas de lá tiveram de recolher 680 assinaturas de apoio à CDU. Isto é um acontecimento. “ Aos olhos do líder do PCP, a perspectiva de crescimento surge assim como “uma coisa consolidada” e é uma “convicção” que “radica naquilo que a campanha tem vindo a demonstrar”. Isto é, “avanços muito grandes” que fazem com que onde antes “havia barreiras, preconceitos” haja agora “uma grande aproximação das pessoas à CDU”. É certo, garante Jerónimo de Sousa, que “essa aproximação, essa simpatia geral, não se vai traduzir mecanicamente em votos”. “Mas é um capital importante”, sublinha o secretário-geral do PCP.

Por sua vez, Catarina Martins explica que “o objectivo do Bloco é reforçar o grupo parlamentar, para que haja uma Assembleia da República que permita combater a austeridade.”

BE desconfia das sondagens A porta-voz do BE frisa que “as sondagens dão mais” do que nas últimas eleições, “mesmo a que dá menos dá igual a 2011”, ano em que o BE teve 5,17% dos votos e elegeu oito deputados. Em 2009, o BE tinha 9,81% e elegeu 16 deputados. Em 2005, com 6,35%, obteve oito deputados. Em 2002, com 2,74%, elegeu três. Em 1999, com 2,44%, elegeu dois. Apesar de as sondagens indiciarem um crescimento do Bloco, Catarina Martins desvaloriza os inquéritos sobre tendência de voto. “Não me impressiono com sondagens. É certo que são um trabalho de campo, mas não são fiáveis, uma vez que a abstenção real é muito superior à abstenção que transparece nelas. Isso faz com que as sondagens não tenham grande consistência”, afirma. A porta-voz do BE sublinha ainda que as expectativas do seu partido não seguem o que “tem sido a recepção nas ruas”, já que, “se o resultado fosse pela recepção, seria espectacular”. Isto, porque, garante, “se percebe nas pessoas que há um cansaço com o bloco central”. E frisando que “há condições para o Bloco de Esquerda crescer”, conclui: “Tenho a convicção de que vamos aumentar muito em percentagem fora dos centros urbanos. Pode não transparecer em eleitos já, mas há muito trabalho local que tem sido feito pelo BE.”

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ID: 61150357

28-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 3

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 2 de 7

Líderes da CDU e do BE, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, preferem não traduzir em número de mandatos ou percentagem de votos o aumento da votação com que dizem contar

Tracking poll O PÚBLICO, a TVI e a Intercampus divulgam, ao longo da campanha, uma sondagem diária que irá mostrar a evolução da tendência de voto. www.publico.pt/legislativas2015 FOTOS: MIGUEL MADEIRA

Indecisos aumentam a uma semana das urnas Nuno Ribeiro

O

número de indecisos e de indivíduos que se recusam a responder tem vindo progressivamente a aumentar desde a divulgação, em 22 de Setembro, do primeiro inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, a TVI e a TSF. Na sétima entrega deste estudo, na projecção com indecisos, 22,8% dos inquiridos afirmam não saber em quem vão votar ou recusam revelar a intenção de voto. Este valor é o mais elevado da série, depois de nas primeiras três entregas este nível se ter situado sempre abaixo dos 20%. O resultado deste domingo, cujo trabalho de campo foi realizado entre 23 e 26 de Setembro, num total de 1025 entrevistas, em que a soma de indecisos e de indivíduos que se recusam a responder é de 22,8%, marca o nível mais elevado desta categoria. Entre o primeiro estudo e o inquérito mais recente, os indecisos passaram de 18,5 para 22,8%, ou seja, cresceram 4,3 pontos percentuais. Esta tendência foi sempre em crescendo. Idêntico comportamento verificase entre os inquiridos que afirmaram não irem votar. Ou seja, que já decidiram optar pela abstenção. No primeiro estudo, num universo de 753 entrevistados, 55 admitiram esta opção. No inquérito que divulgamos neste domingo, em 1025 entrevistas 75 respostas declaram não votar. Quanto aos resultados por partido, a projecção com distribuição de indecisos continua a ser liderada pela Portugal à Frente (PaF), a coligação do PSD e do CDS/PP. A PaF obtém 38,1%, conseguindo uma vantagem de 5,1 pontos sobre o PS, que alcança 33%. Esta é, até agora, a maior vantagem da força liderada por Passos Coelho e Paulo Portas face aos socialistas de António Costa. Em terceiro lugar, está a CDU, a coligação do PCP com Os Verdes, com uma projecção de nove por cento, uma décima mais do que na véspera. Já o Bloco de Esquerda se mantém nos 6,7%. A distribuição de votos noutros partidos cai 0,4 pontos, para 4,1%, e a percentagem de brancos e nulos também desce

A coligação Portugal à Frente obtém 38,1%, conseguindo uma diferença de 5,1 pontos sobre o PS, que se fica pelos 33%. Esta é, até agora, a maior vantagem da força liderada por Passos Coelho e Paulo Portas face aos socialistas de António Costa

meio ponto, passando a ser de 9,1%. Por faixa etária, a coligação governamental lidera em todos os três segmentos considerados — 18 a 34, 35 a 54, e 55 e mais anos. Na distribuição geográfica, a força de Passos e Portas está à frente no Norte, Centro, Lisboa e recupera o Algarve aos socialistas. Pelo que o PS de Costa só lidera no Alentejo. Entre as forças sem representação parlamentar, o Partido Democrático e Republicano (PDR), de Marinho e Pinto, mantém-se à frente. Existe um triplo empate no segundo lugar, entre o Livre/Tempo de Avançar, de Rui Tavares e Ana Drago, o PCTP/MRPP, de Garcia Pereira, e o Pessoas, Animais e Natureza (PAN). Depois de nos primeiros inquéritos aparecer eleitoralmente despercebido, o Livre tem vindo a recuperar. Movimento de sentido contrário é o do PCTP/MRPP. Contudo, trata-se de um pequeno universo, pois o número de respostas favoráveis é de oito a quatro. Donde se conclui que o seu significado é restrito.

Tracking poll diária As intenções de voto

FICHA TÉCNICA

Mês de Setembro (percentagem) PSD/CDS-PP

PS

CDU

BE

Outros partidos

Brancos/Nulos

50

O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental.

40

38,1 33,0

30

A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos).

20

9,1 9,0 6,7 4,1

10

0 21

Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015.

22

23

24

25

26

27

Os trabalhos de campo decorreram entre 23 e 26 de Setembro de 2015 O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58,1%.

Fonte: Intercampus

PÚBLICO

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ID: 61150357

28-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 4

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 3 de 7

LEGISLATIVAS 2015 Acompanhe em www.publico.pt/legislativas2015

Que nem um voto do PSD ou do CDS se perca MIGUEL MANSO

Reportagem Sofia Rodrigues Distrito de Braga correu bem à PaF. Passos e Portas tentam segurar votos do eleitorado tradicional dos dois partidos

O PÚBLICO comparou os programas eleitorais e seleccionou algumas medidas que interessam a 10 perfis diferentes de eleitores

Função pública PSD/CDS Plano global de evolução dos recusrsos humanos. Se estiver provada a efectiva redução de pessoal, equacionar um “recrutamento selectivo” de recém-licenciados. Continuar a aproximação entre o regime público e privado. Reversão dos cortes salariais em quatro anos.

T

anto o PSD como o CDS tinham perdido a autonomia na campanha da coligação Portugal à Frente. Até ontem à noite, num comício em Braga. Passos Coelho e Paulo Portas dirigiram-se ao “eleitorado tradicional” de cada um dos partidos. E à classe média. Um esforço para combater a abstenção, que foi eleita o maior adversário da coligação. Perante uma plateia de mais de mil pessoas, o líder do PSD começou por insistir na mensagem da inevitabilidade das medidas difíceis tomadas pelo Governo. E falou para o eleitorado do seu partido para garantir que a social-democracia se mantém. “O facto de termos enfrentados situações muito difíceis não alterou a matriz do meu partido”, afirmou. A crise chegou a todos: “Acho que nenhum de nós que esteve no Governo deixou de ter alguém na família que tenha sido afectado no salário, no emprego ou na pensão. Eu tenho de tudo isso na minha família”. Numa sala cheia, que ficou em silêncio durante dez minutos à espera que o primeiro-ministro falasse em directo para um canal televisivo, o fantasma da instabilidade política e económica voltou a ser agitado. Desta vez, Passos não pediu uma maioria, mas sim “estabilidade para governar”. E justificou por que razão não usa o qualificativo “absoluto”: “Em democracia, esse poder não existe e ainda bem”. Já antes o líder do CDS se tinha dirigido ao “eleitorado tradicional” do seu partido: “A minha gente não quer a instabilidade e teme o caos político, e não quer o Governo dependente de partidos que

Isso está no programa?

PS Acabar, até 2017, com os cortes extraordinários de salários; regresso ao regime das 35 horas semanais. Passos apelou aos simpatizantes para fazerem o que as sondagens não conseguem fazer: votar defendem que Portugal deve sair do euro”. E desafiou os eleitores que no próximo domingo pensam ficar em casa: “Basta irmos todos e ganharemos”.

CONTA KM

2436 km Partida: Vizela

Acontecimento do dia: No dia em que tiveram uma recepção calorosa no distrito de Braga, Passos e Portas fizeram um esforço acrescido para combater a abstenção dos eleitores tradicionais dos seus partidos

2700 km Chegada: Braga

Num dia em que não houve jantar mas apenas comício, a campanha da coligação Portugal à Frente começou com uma calorosa recepção em Vizela e Guimarães que deu a oportunidade a Passos Coelho para deixar uma mensagem de folêgo à caravana, mas também um apelo à maioria. Aí sim, adjectivada: “grande e boa”. Num púlpito improvisado no centro de Guimarães, depois de ter feito um pequeno percurso a pé, o líder da coligação falou de como a “campanha vai em crescendo” e com uma mobilização “muito grande”. O discurso virou-se para as perspectivas de um futuro em que Passos quer centrar-se nas “oportunidades para todos”. E dirigiu-se aos desempregados, apelando a que agora “não se deite tudo a perder”. Durante o percurso, um homem tentou aproximar-se e gritou “gatuno”, mas foi afastado pelos apoiantes. Foi um incidente isolado que nem chegou a perturbar o cortejo. Deitaram-se confetti das varandas

e foi-se sempre ouvindo os gritos de “vitória, vitória”. Mas Passos refreou os ânimos, numa frase que repetiria ao longo do dia: “As sondagens não votam”. “Daqui até às eleições andamos com a alma cheia com o apoio que sentimos no país, mas não andamos com o rei na barriga”, advertiu. Mais uma vez veio a palavra maioria, mas desta vez com qualificativos. A coligação está a trabalhar para que dia 4 possa trazer “uma grande vitória e uma boa e grande maioria para Portugal”. Em Vizela, a caravana escolheu um centro comercial ao ar livre para a primeira acção da manhã. Passos Coelho esteve numa esplanada com os candidatos pelo distrito de Braga, liderados Jorge Moreira da Silva e Telmo Correia. Perguntou como está a decorrer a campanha no distrito e recebeu boas notícias. Mas é certo que o líder da distrital do CDS de Braga, Altino Bessa, não está a fazer campanha e não compareceu este domingo, depois de ter contestado a escolha dos candidatos do CDS pelo distrito.

CDU Fim dos cortes salariais e a reposição integral dos salários, subsídios e pensões retirados na Administração Pública, descongelamento das progressões salariais e profissionais; reposição do horário de 35 horas semanais.

BE Devolução dos salários cortados.

Livre/Tempo de Avançar Reposição dos salários e dos horários de trabalho

Agir! Fim dos cortes e reposição do dinheiro tirado. Paulo Pena

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ID: 61150357

28-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 5

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 30,92 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 4 de 7

Costa atropelado e levado em ombros Reportagem Nuno Sá Lourenço Campanha socialista bem recebida no distrito de Braga. Freitas do Amaral puxou pelo líder em Guimarães

A

pé, de Guimarães a Barcelos, são sete horas de distância. Se António Costa se tivesse decidido a fazer ontem o percurso que faz parte do Caminho de Santiago, teria levado mais tempo. Tanto numa cidade como na outra, o secretário-geral do PS viu-se levado em ombros pelos seus apoiantes no mais conseguido dia (em adesão popular) da primeira semana de campanha. Mais do que a mensagem política dos discursos ou do que as propostas reveladas, o que ontem sobressaiu da caravana socialista foram os números das arruadas e comício no distrito de Braga. Em Fafe, Guimarães e Barcelos o cortejo de Costa encheu ruas e lotou largos. No arranque da arruada em Guimarães era já ensurdecedor o barulho que a comitiva fazia. Os passeios e as típicas varandas do centro histórico estavam já compostos de gente e confetti. E aquela massa humana largou uma aclamação quando os militantes Afonso Ribeiro e Domingos Leite decidiram pegar em ombros no líder do partido. Leite, gerente há 26 anos de uma pequena empresa de construção civil, explicou por que o fez. “Acredito nele, porque tem o mesmo espírito que eu: luta pelo povo como eu luto pelos meus filhos”, disse, depois de acusar o Governo de Passos de ter “feito tudo para acabar com as pequenas empresas”. Primeiro, Costa pareceu ficar entre o embaraço e o susto. Mas depois deixou-se ir. Virou-se para trás de mãos no ar, fechou o punho e gritou vezes sem conta “vitória, vitória, vitória”, junto com os apoiantes. Muita gente estava nos

Regresso do país real PAULO PIMENTA

passeios da Rua da Rainha D. Maria II à espera para ver passar Costa. O candidato tentou ir a todos. Não o conseguiu, mas foi capaz de encontrar um “ex-CDS que vai votar PS”. Freitas do Amaral abraçou Costa e depois justificou o gesto: “Voto no PS por causa da prioridade que dá à justiça social.” O socialista teve até direito a uma desgarrada à concertina ajustada à sua campanha. “Eu dou e torno a dar/Guimarães é uma beleza/Com o António Costa/ Ele ganha de certeza” Barcelos não foi diferente. A mesma confusão e reboliço com a organização a ver-se forçada a rodar o secretário-geral com um cordão, deixando passar apoiantes à vez. Ainda antes de chegar o candidato, o espaço do comício (no Largo da Porta Nova) já estava cheio. Quando Costa começou a falar, a mole transbordava para trás das equipas de som e imagem. Com o sucesso de adesão, Costa nem se deu ao trabalho de trabalhar para o turno dos sound bites de campanha. O discurso mais relevante acabou, assim, por ser o que fez no fórum com jovens pela manhã, onde mais do que uma vitória, pediu “condições para governar” e “executar o seu

Câmara oculta Nuno Ribeiro

H

CONTA KM

2653 km Partida: Porto

Acontecimento do dia: Barcelos proporcionou ontem o maior comício de António Costa. Guimarães assegurou ao líder do PS a maior arruada. Foi uma semana morna que acelerou, em vez de descansar, no último dia

2830 km Chegada: Barcelos

Costa foi ontem apoiado por Freitas do Amaral e Francisco Assis programa”. Os pequenos percalços, que começam a ser uma imagem de marca da campanha do ex-autarca, também não ensombraram o dia. Costa não se atrapalhou com o sino que tocou quando começava a discursar. Os militantes ajudaram a disfarçar quando uma quebra de electricidade deixou a voz do comício a meio da frase que lançaria o hino. Por essa altura, o ex-ministro João Cravinho ainda estava no hospital “público” de Braga, depois da indisposição sofrida ao almoço. E ninguém da campanha poderia prever que um eurodeputado fosse recordar

outros momentos conseguidos da liderança de Costa. Depois de acusar o Governo de ser uma “máquina do tempo que fez Portugal andar para trás”, Francisco Assis, que apoiou Seguro nas primárias do PS, assumiu a sua “convicção profunda” de que, “neste momento”, Costa era “a pessoa mais preparada para ser primeiroministro em Portugal”. Porque sabia “decidir”, sabia “romper e rompeu algumas vezes”. E terminou com ironia o elogio exponencial ao candidato. “Podes não perceber muito de cartazes, mas vais ser um grande primeiroministro.”

á fantasia nos discursos eleitorais? Claro que há. O que implica o contraponto de um duche de realidade. Da enumeração de ambições e falhas, da manutenção eterna de problemas e da ausência crónica de soluções. Não é de agora que se estabeleceu uma fronteira entre a semântica política e a linguagem das necessidades nacionais. Quando os políticos entraram em círculo fechado de argumentos, alguém destacou a existência de um país à margem. É bem verdade que a contraposição serviu, apenas, para justificar a montagem de novos aparelhos partidários. Uma vez erguida a estrutura, o discurso continuou enredado no afastamento da realidade. “Se eu mandasse” é uma rubrica do Jornal da Campanha da SIC Notícias que, de terra em terra, dá a voz aos cidadãos. As palavras destes protagonistas redigem um cardápio diferente do contentamento de quem governa ou das promessas dos pretendentes ao poder. Mais reformas e emprego, apoio aos idosos, turmas mais pequenas, melhor saúde e defesa do interior da desertificação de estruturas foi a ementa dos cidadãos de Vila Real e Leiria na madrugada de domingo. É uma radiografia de problemas e faltas feita de viva voz de quem sofre. Com conhecimento de experiência feito. A genuinidade deste regresso do país real é bem mais importante que os pequenos episódios a que as televisões dedicam o melhor de si. Para nosso mal.

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ID: 61150357

28-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 6

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 5 de 7

LEGISLATIVAS 2015 Acompanhe em www.publico.pt/legislativas2015

Contra o anticomunista do tostão furado e os burros de Soares MIGUEL MADEIRA

Reportagem Maria Lopes Num comício que juntou 800 apoiantes em Alpiarça, o líder da CDU argumentou que o voto “não pode ser útil só para quem o recebe”

D

ois contra um foi a táctica usada ontem, em Alpiarça, pela CDU para atacar a direita. Do lado dos comunistas, Jerónimo de Sousa e António Filipe; do lado da coligação Portugal à Frente (PaF), Pedro Passos Coelho. As promessas e declarações do anticomunista Passos Coelho “valem tanto quanto um tostão furado”. Mais tarde, em Évora, haveriam de entrar na discussão os burros de Soares, que abriram a porta, segundo Jerónimo, a um historial de mentira e contradição no PS. “Passos Coelho veio dizer ‘nós consideramos que neste momento não vamos cortar mais nos salários, nem cortar mais nas pensões’. As promessas e declarações de Passos Coelho, tendo em conta o que disse no passado e fez no presente, valem tanto como um tostão furado”, disse Jerónimo sob aplausos. “Não têm credibilidade nenhuma, porque mentiu quando disse que não cortava pensões e reformas e cortou, quando disse que não cortava salários e cortou, quando disse que não atingia os mais pobres e atingiu. Então a sua palavra vale zero. Vale zero”, insistiu. O deputado António Filipe, que volta a ser cabeça-de-lista da CDU por Santarém, acusou Passos de ter trazido “o anticomunismo para a campanha eleitoral, ameaçando com a possibilidade de os comunistas chegarem ao governo”. “É um bom sinal; têm medo que lá cheguemos. E quando vemos Passos Coelho e António Costa a gritar cada vez mais alto pela maioria absoluta, é porque

Jerónimo afirma que a CDU não muda de ideias como o PS no poder a maioria absoluta está cada vez mais longe. É um bom sinal também”, congratulou-se. Confrontado com o risco do voto útil no PS, Jerónimo defendeu que “o voto não pode ser útil só para quem o recebe, mas também para quem o dá”. Ao início da noite, em Évora, na última incursão ao Alentejo antes das eleições, além das críticas aos culpados pela

CONTA KM

2726 km

Partida: Oeiras

Acontecimento do dia: A táctica da CDU para combater o voto útil no PS é agora extremar as críticas aos socialistas. Mais do que aos desiludidos da direita, é aos insatisfeitos do PS que Jerónimo de Sousa se dirige

3015 km Chegada: Évora

desertificação do interior, voltou à carga contra o PS, chamando pela segunda vez para a campanha, em menos de 24 horas, Mário Soares. Depois da referência, no sábado, em Oeiras, à criação dos contratos de trabalho a prazo, em 1976, agora chegaram os burros. “Um fundador do PS descobriu a grande solução mágica para [não] ser apanhado nessa contradição, [de] dizer uma aldrabice hoje e dizer outra amanhã: ‘Bom, só os burros não mudam de ideias’ [disse Mário Soares há anos]. E a partir daí valeu tudo, da mentira, da contradição, de dizerem uma coisa hoje e fazerem outra amanhã”, criticou Jerónimo no Teatro Garcia de Resende. Colocava, assim, em Soares o ónus de ter iniciado o percurso de “mentira e contradição” em que, acusou, o PS se enreda há 39 anos, prometendo ideias de esquerda, mas aplicando políticas de direita. “Mas nós não somos assim”, vincou. “O PS insiste um pouco na ideia de que a gente [CDU] devia dar um jeitinho: ‘escolham lá onde é que vocês poderiam ceder’”, contou Jerónimo sobre os recados que recebe do PS. “Não se percebe bem a pergunta”, ironizou, desfiando as “políticas de direita” defendidas pelo PS. A resposta? “Nem tentem. Nem vale a pena.”

Uma pergunta por dia São os indecisos que decidem a sorte das eleições?

N

ão é fácil responder a esta questão mesmo entre especialistas de sondagens eleitorais — se o fosse, talvez se falasse menos de “sondagens que falham”. Mas tentarei fazê-lo em forma de reflexão. E começarei por duas grandes questões. De que falamos quando falamos em indecisos? Dos que não sabem se irão ou não votar? Dos que não sabem se votarão neste ou naquele partido/candidato? O facto de as percentagens de indecisos apresentarem grandes discrepâncias entre diferentes centros de sondagens indica que talvez nem todos estejam a referenciar o mesmo conceito. Do meu ponto de vista, os inquiridos a quem chamamos “indecisos” incluem diversos estratos com características diferentes umas das outras. Há os inquiridos indecisos sobre o que fazer — não sabem se votam ou não e, se votarem, não sabem em que partido votar. Muitas vezes, esta indecisão advém do facto de não saberem onde votar. A maioria acaba por ficar indecisa até à última e acaba por não votar. Há os indecisos que pensam votar, mas não sabem em que partido votar. A sua indecisão pode ter, por exemplo, três opções de escolha. A sua atitude no dia da eleição pode ser muito variada: desde acabar por não votar, até ter um voto útil (em eleições importantes, como é agora o caso) ou um voto de protesto (por exemplo quando está certo o ganhador) ou, mesmo, um voto mais emocional (como nas europeias).

Há ainda os indecisos que o não são. Sabem bem em quem vão votar, mas não querem dizer. Esta atitude explica-se por estes eleitores terem “vergonha” de dizer qual o partido da sua preferência. Diz-se, então, que esse partido está em clima de opinião negativa, à qual chamamos “espiral de silêncio”. Acontece em França com a Frente Nacional. Não acontece em Portugal, embora a “espiral de silêncio” já se tenha manifestado em Portugal com o PSD (e com o CDS), mas com outras características: não é vergonha, mas a convicção de que as empresas de sondagens querem prejudicar estes partidos. Mas tal não afecta muito os indecisos, antes provoca recusa inicial de resposta ao inquérito. Quando a indecisão se foca sobre partidos/candidatos, acaba por ser escolhido quem se revelar o mais eficaz a responder às expectativas íntimas dos eleitores, e que poderá não ter sido a primeira escolha. Os indecisos, também aqui, acabam por ter uma palavra a dizer. De tudo isto, podemos concluir que, de uma maneira geral, os indecisos não provocam, em Portugal, alterações do sentido da intenção de voto captada nas sondagens. Na sua maioria acabam por se abster. O mais preocupante são os que dizem que vão votar e depois se abstêm. Como sabemos, a abstenção real é sempre superior ao somatório dos abstencionistas e dos indecisos das sondagens pré-eleitorais. António Salvador Director Geral da Intercampus

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28-09-2015

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Área: 25,70 x 30,78 cm²

Âmbito: Informação Geral

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Comício Público Um blogue feito por dez políticos que vivem e acompanham por dentro o dia-a-dia da campanha eleitoral. Entre também e contribua para o debate de ideias! www.publico.pt/legislativas2015

BREVES

Um Bloco que se diz renascido e desiludido com o PS

À porta de Ricardo Salgado

Agir propõe referendo que permita demitir “políticos corruptos” MIGUEL MADEIRA

Reportagem Maria João Lopes Pedro Filipe Soares criticou ontem o PCP, por não ter lutado contra os cortes de salários e pensões junto do Tribunal Constitucional

O

ex-coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, não tem dúvidas: já ninguém vaticina a morte do partido, apesar de nas eleições legislativas e europeias este ter ficado aquém dos objectivos. O partido “conseguiu relançar-se, renascer, reconstruir a sua base, ser mais forte”, disse ontem à margem de um comício em Lisboa, no qual a porta-voz Catarina Martins afirmou que o PS é a “desilusão” destas eleições. Louçã espera que o BE tenha um resultado “muito forte”, para vencer “esta gente que anda com o rei na barriga, como se o país fosse deles”. Esta campanha do BE — um partido que “aprende sempre com a vida”, porque não há sempre “dias de sol”— é “de uma grande raiz popular”. O partido tem “gente preparadíssima” e conseguiu superar “as dificuldades da forma mais inteligente”, acrescentou. Sobre as sondagens, Louçã admite que a coligação PSD/CDS “recuperou alguma coisa perante um PS que se quis colar muito às soluções de direita”. Quanto a entendimentos, defende que “é preciso pensar menos em partidos e mais em soluções”, embora a esquerda não vá ceder nalguns temas. “Não está a ver a esquerda a defender os despedimentos facilitados? A defender que se corte pensões por um bolso ou por outro?” Já a porta-voz do BE, Catarina Martins, afirmou que o PS é a “desilusão” destas eleições, entre outras razões, porque levou as pessoas a acreditarem que iria

BE não vê no PS um “bom partido”: “Já está comprometido” combater a austeridade e agora anda “aflito”, a pedir maioria absoluta sem sequer conseguir explicar o programa. “O voto útil é o nome artístico do bloco central”, disse. Sobre os pedidos de maioria absoluta das principais forças políticas, defendeu que a “maioria absoluta não resolve nenhum problema do país”. A candidata não deixou de

CONTA KM

1716 km

Partida: Faro

Acontecimento do dia: O BE endureceu o discurso contra o PS, que acusa de não querer a sério compromissos à esquerda, por defender o Tratado Orçamental, as políticas de Angela Merkel e a subserviência face a Bruxelas

2024 km Chegada: Lisboa

responder a Passos Coelho — que acusou o líder socialista de preparar um “governo extremista” de aliança com a esquerda, de forma a impedir a coligação de tomar posse: “Este é que foi o Governo mais extremista e ideológico” em 40 anos de democracia, devolveu. A porta-voz afirmou ainda que o PS não quer conversas ou compromissos com o BE porque não pretende, por exemplo, reestruturar a dívida — está comprometido com o Tratado Orçamental, com a chanceler alemã Angela Merkel e quer manter a estratégia de subserviência em relação a Bruxelas, acusou. E perguntou a quem ajudará o compromisso já assumido pelo PS de facilitar despedimentos ou congelar pensões... Já o número dois por Lisboa, Pedro Filipe Soares, perguntou onde estavam os comunistas quando o BE decidiu ir ao Tribunal Constitucional pedir a fiscalização do corte dos salários e pensões. E acusou Passos Coelho de andar agora com “falinhas mansas” e de ser um “lobo em pêlo de cordeiro”, porque manterá a austeridade. O bloquista está, porém, confiante de que a 4 de Outubro “o galo deixará de cantar e passará a ser o canto do cisne”.

A cabeça de lista por Lisboa da coligação Agir, Joana Amaral Dias, anunciou ontem, durante um protesto em frente à casa de Ricardo Salgado, que vai propor no parlamento o referendo revogatório, para permitir a demissão de “políticos corruptos”. “Temos de garantir que políticos corruptos, que não fazem uma gestão correcta, rigorosa e séria da coisa pública, possam ser demitidos”, afirmou aos jornalistas, à porta da casa do ex-presidente do BES, actualmente em prisão domiciliária em Cascais, Lisboa. Cerca de três dezenas de apoiantes do Agir (PTPMAS) participaram na iniciativa com faixas onde se lia “paguem aos lesados do BES” ou “confisquem o Espírito Santo”. Antigo Portugal Pró Vida

PPV/CDC fez-se pela primeira vez à rua em Santarém O partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/ CDC), nova designação do Portugal Pró Vida, fez ontem em Santarém a primeira acção de rua na campanha para as legislativas de dia 4, com o primeiro candidato pelo distrito a percorrer as ruas quase desertas do centro histórico. Acompanhado por dois militantes, Sérgio Bregieira entregou um folheto com a sua foto a quem foi encontrando. Questionado pela Lusa sobre onde se situa o partido no espectro político, Sérgio Bregieira começou por situar uma eventual cadeira no parlamento entre o PS e o PSD, mas acabou por “deslizar” para o intervalo entre o PSD e o CDS-PP, embora admitindo que em matéria social se aproxima mais da esquerda.

Gatinhos a bombar

Apanhados na rede Pedro Guerreiro

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uforia num lado, pânico no outro, arruadas reforçadas e o debate sobre as maiorias e o voto útil. Tudo assuntos repisados. And now for something completely different, uma polémica com gatinhos. Oh, e o que a Internet gosta de gatinhos! Isabel do Carmo, cabeça-de-lista do Livre/Tempo de Avançar em Setúbal, explicava anteontem à SIC o seu passado de luta armada contra o Estado Novo, como fundadora das Brigadas Revolucionárias. Na peça, um excerto descontextualizado de um episódio: “Não tinha medo dos explosivos, mas tinha medo de gatos. E acontece que a garagem onde ia pôr explosivos tinha gatos. E então eu peguei naquilo e atirei lá para dentro para ver se me via livre dos gatos, fechei a porta, e tive muito mais medo dos gatos do que dos explosivos ou da PIDE”. Não se percebia se Isabel do Carmo falava do armazenamento de explosivos ou de um alvo a atacar — a própria esclareceu depois que se tratava da primeira hipótese — mas um blogue de direitos dos animais decidiu que a candidata do Livre tinha confessado que “matou gatos à bomba”. Com um título incendiário, o artigo foi partilhado nas redes sociais. Nascia um mito urbano. Ironicamente, o líder do Livre, Rui Tavares, é um entusiástico amante de gatos que frequentemente partilha imagens dos seus animais. Tanto que, consciente de que o duelo entre donos de cães e donos de gatos é talvez a maior causa fracturante nas redes sociais, publicou no sábado uma fotografia de um cachorro. “Para não dizerem que só “tuíto” fotos de gatos”, escreveu. Talvez seja melhor voltar agora aos gatinhos.

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28-09-2015

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País: Portugal

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Period.: Diária

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Âmbito: Informação Geral

Corte: 7 de 7

LEGISLATIVAS 2015 INQUÉRITO DIÁRIO PaF 38% PS 33% CDU 9% BE 6,7% INDECISOS AUMENTAM CDU E BE ESPERAM GANHAR MAIS DEPUTADOS Destaque, 2 a 7

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Inquérito diário: Coligação com vantagem de 5,9 pontos sobre o PS

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

28-09-2015

Meio:

Público Online

Autores:

Nuno Ribeiro

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=2c8b07b3

Por Nuno Ribeiro 28/09/2015 - 20:00 Bloco de Esquerda é quem mais sobe e consegue o seu melhor resultado desde o início do inquérito da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF. PS cai 0,9 pontos. A coligação Portugal à Frente (PaF), constituída pelo PSD e CDS, obtém a maior vantagem de sempre, de 5,9 pontos percentuais, sobre o PS, na projecção, com distribuição de indecisos, do inquérito da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF. No estudo, cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 24 e 27 de Setembro e no qual foram entrevistados 1025 indivíduos, a projecção das pessoas que afirmam não saber em quem votam ou que se recusam a responder é de 21,4%. O PaF de Passos Coelho e Paulo Portas consegue 37,9%, o que significa uma descida de duas décimas face ao inquérito da véspera, enquanto os socialistas de António Costa obtêm 32,1%, o que representa uma queda de 0,9 pontos. A Coligação Democrática Unitária (CDU), integrada pelo PCP e Os Verdes, alcança 9,1%, uma décima mais que no anterior inquérito. Por seu lado, o Bloco de Esquerda, com uma subida de 0,8 pontos, passa a ter 7,5%, o melhor resultado desde o início da publicação destes estudos em 21 de Setembro. Veja a evolução desta tracking poll Os outros partidos passam a ter a preferência de 3,9% dos inquiridos, menos duas décimas, enquanto os votos brancos e nulos também caem 0,3 pontos, passando a 9,4%. Por distribuição etária e entre as duas principais forças concorrentes às eleições de 4 de Outubro, o PaF está à frente em todos os três escalões considerados. Ou seja, dos 18 aos 34, dos 35 aos 54, e dos 55 e mais anos. Por regiões, mantém-se a liderança da coligação de Passos e Portas no Norte, Centro, Lisboa e Algarve. Por seu lado, os socialistas de Costa continuam à frente no Alentejo. Entre as forças sem representação parlamentar, o Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto continua a liderar, agora com 0,7%, empatado com o PAN [Pessoas, Animais, Natureza]. Seguem-se o Livre/Tempo de Avançar e o Partido Nacional Renovador, ambos com 0,5%. São, apenas, dados indicativos, dada a dimensão restrita do universo. Ficha técnica Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 23 e 26 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58,1%. O que é uma tracking poll Uma tracking poll é um inquérito diário, que, mais do que os números do dia, indica a evolução das tendências de subida e descida das intenções de voto nos partidos. Trata-se de um exercício com longa tradição nos Estados Unidos e que ganha especial relevância num cenário de grande imprevisibilidade de resultados. "As sondagens são retratos do momento", explica António Salvador, director-geral da empresa de estudos de mercado Intercampus. A tracking poll, por seu turno, é uma fotografia em movimento do impacto da campanha nos eleitores, uma "observação diária das percepções dos portugueses" a partir do estudo de uma amostra em permanente renovação. No primeiro dia, 21 de Setembro, a Intercampus apresentou os resultados de 750 entrevistas telefónicas. No dia seguinte, foram realizadas mais 250 entrevistas que se somam às

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anteriores, perfazendo um total de 1000. Posteriormente, todos os dias são somadas outras 250 novas entrevistas e retiradas as 250 menos recentes, mantendo o total de cerca de 1000. O objectivo é renovar a amostra e evitar uma acumulação de respostas que iria diluir as variações diárias das intenções de voto. A amostra, seleccionada aleatoriamente, é rigorosamente representativa da população de Portugal Continental em termos de género e de idade. A 29 de Setembro, o PÚBLICO e a Intercampus vão divulgar uma última grande sondagem antes das legislativas de 4 de Outubro, com 1000 inquiridos a simular o voto em urna. São os indecisos que decidem a sorte das eleições? 28/09/2015 - 20:00 Nuno Ribeiro

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28-09-2015

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015 ENTREVISTA Legislativas 2 Vítor Alhandra, cabeça de lista do Partido da Terra (MPT)

“Votar no MPT é votar na felicidade dos portugueses” Vítor Alhandra, 59 anos, é o cabeça-de-lista do MPT- Partido da Terra pelo distrito de Setúbal. O candidato defende “é preciso definir uma estratégia de desenvolvimento sustentável para a região de Setúbal” e realça que “o distrito tem condições naturais para se tornar uma referência em Portugal”. [ FOTOS: DR

POR FÁTIMA BRINCA

Porque aceitou o desafio de ser cabeça de lista pelo distrito de Setúbal? Aceitei o desafio de ser cabeça de lista pelo MPT- Partido da Terra pelo distrito de Setúbal porque considero que a política é fundamental para a construção de uma sociedade melhor. O envolvimento dos cidadãos na política é um direito, mas também é um dever. Pelo contrário, o alheamento da causa pública implica a permanência no poder dos mesmos actores que partilham os lugares alter-

“Com um distrito mais dinâmico ganha a Região e ganha o País” nadamente. Numa análise simples do distrito de Setúbal, constata-se que a região apresenta um forte potencial de desenvolvimento em todos os sectores de actividade. Dos vinhos ao turismo, passando pela indústria, o distrito tem condições naturais para se tornar uma referência em Portugal. No entanto, o dis-

trito de Setúbal não tem tido a devida atenção dos sucessivos governos, daí o grande número de desempregados e o aumento da taxa de pobreza. O desprezo a que tem sido remetido teve o seu auge quando foi baptizado por um governante de “deserto”. Neste contexto, urge definir uma estratégia de desenvolvimento sustentável para a região de Setúbal. A dinamização e a criação de emprego no distrito não deverá implicar a sua descaracterização, pelo contrário; a criação de empregos deve estar ligado a uma melhoria da qualidade de vida das populações, porque com um distrito mais dinâmico ganha a região e ganha o país. Quais são as prioridades do Programa Eleitoral para o Distrito? O Partido da Terra – MPT tem um programa eleitoral vasto que pretende aplicar a todo o território nacional. Uma das propostas de maior impacto do programa do Partido da Terra-MPT é a abolição do IMI, imposto que desvaloriza a cidadania. O programa defende também a simplificação e previsibilidade

do sistema fiscal. Trabalharei com o poder local também neste sentido. O Partido da Terra – MPT defende uma política de centro, responsável, equilibrada e que procura consensos de médio-longo prazo em áreas críticas como a Segurança Social, onde só o compromisso de todos pode ajudar Portugal e os portugueses. O programa eleitoral detalha as causas defendidas pelo Partido em oito áreas relevantes da acção política, tendo sido identificados os três índices globais e respectivas metas para os próximos quatro

cional de Benchmarking reconhecido pelo IAPMEI, é especialista em Gestão da Qualidade e de Investigação, Desenvolvimento e Inovação reconhecido pelo IPQ, foi formador do IEFP e nos últimos anos tem desenvolvido a sua actividade profissional como consultor de empresas, tendo percorrido o país de Norte a Sul, adquirindo um forte conhecimento do tecido em-

presarial português. Filiado no Partido da Terra – MPT, pretende contribuir na Assembleia da República para um país melhor, defendendo as causas e medidas que conduzam a um Portugal mais Feliz, mais Sustentável e mais Competitivo (de acordo com os índices de FIB, EPI e ICG) e compromete-se a lutar pela transparência no exercício da política.

anos: subir nos rankings Índice de Felicidade Interna Bruta (FIB); Índice de Desempenho Ambiental (EPI na sigla inglesa); e Índice de Competitividade Global (ICG).

“A eleição de um grupo parlamentar do MPT é a minha expectativa como candidato pelo Distrito de Setúbal” Que expectativas tem em termos de resultados eleitorais? Estou convencido que o partido da Terra- MPT terá um bom resultado eleitoral.

“A eleição de um grupo parlamentar do MPT é a minha expectativa como candidato pelo Distrito” A alta taxa de abstenção e de votos em branco, revela o descontentamento de uma parte substancial dos eleitores que não se revêm nas propostas dos partidos tradicionais. O Partido da Terra-MPT é um partido de consensos e

os seus deputados na Assembleia da República irão demonstrar que os entendimentos são possíveis. A eleição de um grupo parlamentar do MPT é a minha expectativa como candidato pelo Distrito de Setúbal. Que mensagem gostava de deixar aos eleitores do distrito? A mensagem final que o candidato gostaria de deixar aos eleitores é para fazer diferente é necessário votar diferente. Votar no MPT-Partido da Terra é votar na felicidade dos portugueses.

Currículo

V

ítor de Almeida Alhandra tem 59 anos, é mestre em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa e frequentou inúmeros cursos ligados à Gestão de Empresas. É um empreendedor nato, homem de consensos, que tem trabalhado em áreas abrangentes: geriu diversas empresas, é consultor na-

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Âmbito: Regional

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ENTREVISTA Cristina Rodrigues, cabeça de lista pelo PAN

"É necessário acabar com os canis de abate e melhorar os centros de recolha oficiais" Cristina Rodrigues, advogada de profissão, é a cabeça de lista no distrito de Setúbal pelo Partido dos Animais e da Natureza (PAN) para as próximas eleições legislativas. Com grande expectativa de conseguir um lugar na Assembleia da República, Cristina Rodrigues defende a implementação do Rendimento Básico Incondicional para todos, sem excepção, e pretende levar as causas dos direitos dos animais ao Parlamento, através da uniformização das práticas nos canis municipais. [ DR

POR ROGÉRIO MATOS

O que a levou a candidatar-se pelo PAN? Nunca tinha pensado em ingressar pela política, mas sempre estive ligada às causas do PAN. Já trabalhei na Quercus, há cerca de dez anos que trabalho com associações zoófilas, para além de ser advogada probono para a causa. Entretanto, comecei a trabalhar na secretaria de acção jurídica do PAN, o que acabou por levar-me à candidatura. Propus-me para ser cabeça de lista por Setúbal há cerca de um ano e aceitaram. Como analisa a realidade no distrito? Sempre morei cá, no Seixal, e por isso tenho conhecimento de causa das dificuldades em arranjar emprego e dos transportes. No que diz respeito aos animais, o facto de não receberem o tratamento adequado a nível dos municípios e por achar que as potencialidades a nível turístico no distrito não estavam a ser aproveitadas. Quais as situações mais urgentes na região? Existem duas situações. Em primeiro lugar, a questão da agricultura. Temos um sector forte, mas sintéctico, embora já haja casos de sucesso. A nível da soberania alimentar podemos valorizar o que temos através de um processo de evolução para uma agricultura mais sustentável. Depois, temos a questão dos canis de abate. Cada município tem a sua própria política. Há exemplos maravilhosos como é o caso de Sesimbra e há outros

tenebrosos. A ideia seria uniformizar as práticas e trazer melhores condições para os animais do distrito. Seria necessário acabar com os canis de abate e melhorar drasticamente os centros de recolha oficiais. Reconhecemos que há a necessidade de fazer um controlo de densidade populacional animal, mas já se viu que a política de abate não resolve o problema de sobrepopulação. É preciso implementar uma política de esterilização e criar outras regras para a adopção de animais, para a venda de animais não ser tão simplificada. Há municípios que fazem campanhas e outros que não. Por exemplo, o canil de Sesimbra fez uma campanha mediática para alertar à causa, enquanto noutros municípios chega ao oitavo dia de permanência e o cão é abatido, nem sequer tentam a adopção. Outro exemplo é Setúbal, onde a adopção é frequente, mas não há uma esterilização, o que pode dar origem a mais animais. Um animal que entra num centro de recolha oficial tem de ser esterilizado para depois ser adoptado. Quais são as expectativas para os resultados eleitorais? Temos tido reacções muito boas, mas nunca sabemos se tal virá a reflectir-se no voto. O PAN é, entre os partidos emergentes, aquele que recolhe mais intenções de voto. Em 2011, na criação do Partido, o distrito de Setúbal foi o terceiro com mais votos, o que significa que a população está atenta às nossas cau-

sas. Desde que apresentei a candidatura, há um ano, temos tentado chegar à população, tanto ao nível da consciencialização e sensibilização para as nossas causas. Diariamente, denunciamos situações que nos chegam, vê-se que as pessoas precisam de algum apoio. Há uma grande proximidade com a população para encontrarmos soluções. O problema das pescas impõe-se no futuro? Do ponto de vista ambiental, o PAN defende a limitação das quotas. Os recursos marítimos são dos mais explorados com a menor possibilidade de regeneração e é preciso termos sempre isso em conta. Não queremos dizer com isto que os profissionais da pesca sejam deixados ao abandono. Tem que haver um equilíbrio entre as necessidades da população e a regeneração das espécies. Como encara a questão da sobrepopulação de javalis na Arrábida? Tivémos uma reunião com o ICNF sobre esse tema. Defendemos não o abate, mas a esterilização dos javalis para controlo da população. Cada vez mais, a sua zona de habitação está mais reduzida, o que os faz alastrar pela serra. Não sei se há sobrepopulação ou um grande movimento dos mesmos espécimes. Se o animal tiver doenças transmissíveis, eventualmente poderá justificar-se esse abate. Na zona norte, os proprietários pedem licenças para caça e abatem javalis o que não é viável. É preciso arranjar outras alternativas para que os animais

deixem de ter a necessidade de procurar alimentos em propriedade privada. Tem que haver uma menor ingerência do homem e a solução não pode ser sempre abater. Como analisa problemas como a pobreza no distrito? Achamos que está tudo interligado, pois havendo mais pobreza há mais criminalidade, daí a medida Rendimento Básico Incondicional que, segundo experiências realizadas no estrangeiro, reduz muito a criminalidade. As pessoas têm acesso a esse rendimento que lhes permite aumentar significativamente a qualidade de vida, estudar, prosseguirem actividades profissionais. Isto nunca foi tentado em Portugal. No entanto, no estrangeiro, as pessoas não sentem necessidade de viver daquele subsídio e sabem que podem fazer o que realmente gosta, o que aumenta a produtivida. Para isto, era necessário reformular a Segurança Social. Deixaria de haver o Rendimento Social de Inserção, o Subsídio Social de Desemprego e todas essas verbas seriam alocadas para o novo apoio. Haveria um patamar único no Rendimento Básico Incondicional, 600 euros, que seria entregue a qualquer pessoa a partir dos 18 anos. Se for eleita, qual a primeira medida que vai defender no Parlamento? A questão dos transportes na região de Setúbal é essencial para a melhoria da qualidade de vida. É preciso criar transportes que sirvam a re-

gião de forma adequada, o que vai ter como consequência imediata a criação de postos de trabalho. As oportunidades de emprego estão relacionadas com isto. As pessoas têm

mais facilidade em deslocar-se para Lisboa do que dentro da região e, com isso, perdem muita qualidade de vida e tempo que podiam aproveitar para as suas Página famílias. 275


ID: 61153889

28-09-2015

Entrevista

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Âmbito: Regional

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PÁGS CENTRAIS

Candidatos do PAN e do MPT apostam no desenvolvimento do distrito

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PAN defende a criação do Estatuto Jurídico do Animal

Tipo Meio:

Internet

Meio:

TVI 24 Online

Data Publicação:

28-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=d5a76358

Partido Pessoas-Animais-Natureza quer que os animais "deixem de ser vistos como objetos ou mercadorias" A cabeça de lista pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Bebiana Cunha, defendeu esta segunda-feira, na Trofa, a criação do Estatuto Jurídico do Animal para que estes "deixem de ser vistos como objetos ou mercadorias". "Achamos que a lei tem de acompanhar a evolução científica e educar as pessoas. Educar no sentido de explicar que os animais não são coisas, não são mercadoria, são animais com consciência e para com os quais temos responsabilidades", disse à agência Lusa a candidata do PAN às legislativas do próximo domingo. Bebiana Cunha defendeu que com a aprovação deste estatuto os animais estariam "muito mais protegidos", argumentando que a atual lei de criminalização dos maus-tratos "foi um passo na proteção animal, mas um passo ainda reduzido". A responsável do PAN explicou que se um animal for abandonado mas recolhido por uma associação, a pessoa que abandonou não é responsabilizada e também criticou o facto da lei "se limitar a animais de companhia", o que deixa de fora por exemplo os "muitos cavalos que estão negligenciados" no país. A par e em complemento desta medida, o PAN quer abolir os espetáculos com sofrimento ou morte de animais, e terminar com o financiamento público às touradas, circos e caça desportiva. Defender o fim dos canis de abate é outra das propostas do PAN que assim estima "salvar a vida de 100.000 animais por ano". A cabeça de lista pelo Porto falava numa visita ao canil da Trofa, escolhido, explicou Bebiana Cunha, por ser "um bom exemplo", uma vez que tem como principal política o "não abate", tendo registado em 2014 cerca de 300 adoções de animais, um número que deverá aumentar este ano, uma vez que atualmente foram adotados 209. O "controlo da população animal" faz parte das propostas do PAN e na Trofa, distrito do Porto, este partido quis provar que "é possível tratar dignamente os animais, recolhendo-os, dando-lhes condições de afeto e preparação de políticas de adoção eficazes". A este respeito, uma das propostas do PAN passa pela "cooperação entre todos", referindo-se a canis, municípios, autarquias locais, associações civis e voluntários. "Um dos problemas dos municípios do distrito do Porto é a recusa de colaboração com as associações ou com voluntários. Mas na causa de proteção animal existem, efetivamente, pessoas que trabalham pela causa e querem dar melhores condições aos animais, encontrar famílias responsáveis. Uma família sem um animal, não é uma família completa", concluiu Bebiana Cunha. 2015-09-28T16:09:00.000+01:00

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