O pan nos media 24 a 27 setembro 2015

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O PAN nos media - 24 a 27 Setembro 2015


Revista de Imprensa

1. Outros partidos em campanha, RTP Informação - Diário de Campanha, 27-09-2015

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2. Comentário de Marcelo Rebelo de Sousa, TVI - Jornal das 8, 27-09-2015

2

3. Legislativas 2015: Campanha dos partidos sem assento parlamentar, RTP 1 - Telejornal, 27-09-2015

4

4. Eleições legislativas 215: PAN, Porto Canal - Jornal Diário, 27-09-2015

5

5. A opinião de José Pacheco Pereira, SIC Notícias - Ponto/Contraponto, 27-09-2015

6

6. Eleições: PS e PSD-CDS em campanha hoje no distrito de Braga, Antena Minho Online, 27-09-2015

7

7. PS e PSD-CDS em campanha hoje no distrito de Braga, Açores 9 Online, 27-09-2015

9

8. Redes sociais entram na campanha de todos os partidos - Açoriano Oriental, Açoriano Oriental Online, 2709-2015

12

9. Campanha entra na última semana, Diário de Coimbra, 27-09-2015

14

10. Candidatos vão pedir votos às igrejas, Diário de Notícias da Madeira, 27-09-2015

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11. Redes sociais entram na campanha de todos os partidos, Económico Online, 27-09-2015

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12. PAN quer aumento da licença parental e um bom resultado "no dia do animal e do médico veterinário", Expresso Online, 27-09-2015

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13. PAN absteve-se de fazer campanha em nome da felicidade, Funchal Notícias Online, 27-09-2015

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14. Redes sociais entram na campanha de todos os partidos, i Online, 27-09-2015

28

15. Aumentar a qualidade de vida, JM, 27-09-2015

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16. PS e PSD-CDS em campanha hoje no distrito de Braga, Notícias ao Minuto Online, 27-09-2015

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17. PAN quer aumento da licença parental para 12 meses, Notícias ao Minuto Online, 27-09-2015

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18. Redes sociais entram na campanha de todos os partidos, Notícias ao Minuto Online, 27-09-2015

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19. Legislativas. Por que é que Passos e Costa perderam maioria absoluta, Público, 27-09-2015

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20. Redes sociais entram na campanha de todos os partidos, Público Online, 27-09-2015

44

21. Inquérito diário: Indecisos aumentam a uma semana das eleições, Público Online, 27-09-2015

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22. Partidos sem assento parlamentar desdobram-se em ações de campanha, RTP Online, 27-09-2015

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23. Partidos sem assento parlamentar desdobram-se em ações de campanha, RTP Online, 27-09-2015

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24. Redes sociais entram na campanha de todos os partidos, Sapo Online - Sapo Notícias da Agência Lusa Online, 27-09-2015

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25. Redes sociais entram na campanha de todos os partidos, Sol Online, 27-09-2015

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26. PAN quer aumento da licença parental para 12 meses, TVI 24 Online, 27-09-2015

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27. Campanha eleitoral salta das ruas para a internet, TVI 24 Online, 27-09-2015

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28. Uma campanha ´decisiva´, Visão Online, 27-09-2015

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29. Em análise: campanha dos partidos pequenos, RTP Informação - Diário de Campanha, 26-09-2015

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30. agenda de campanha, Diário As Beiras, 26-09-2015

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31. PAN quer manter votação de 2011, Diário As Beiras, 26-09-2015

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32. CDS e PSD visitam Câmara de Lobos, Diário de Notícias da Madeira, 26-09-2015

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33. CDS e PSD visitam Câmara de Lobos, Diário de Notícias da Madeira Online, 26-09-2015

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34. PAN dedica domingo à Felicidade e não faz campanha, Funchal Notícias Online, 26-09-2015

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35. Cortar apoios à agro-pecuária, JM, 26-09-2015

69

36. Não vota nos grandes? Guia para escolher entre os pequenos partidos, Observador Online, 26-09-2015

70

37. Receita fiscal ajuda Governo, mas despesa complica, Público, 26-09-2015

73

38. Tempo de metáforas, Público Online, 26-09-2015

84

39. Inquérito diário: Coligação mantém vantagem de 4,7 pontos sobre o PS, Público Online, 26-09-2015

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40. Rádio Elvas - PAN realiza debate este sábado em Elvas, Rádio Elvas Online, 26-09-2015

86

41. Radio Portalegre - Legislativas/Portalegre: PAN quer ligação ferroviária entre as cidades do Alentejo, Rádio Portalegre Online, 26-09-2015

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42. Pequenos partidos, grandes bandeiras, Visão Online, 26-09-2015

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43. PDR defende que as reformas mínimas devem situar-se nos 500 euros, RTP Madeira - Telejornal Madeira, 25-09-2015

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44. PAN visita Barragem do Foz Tua, TVI - Jornal da Uma, 25-09-2015

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45. PAN visitou a Barragem do Foz Tua, TVI 24 - Diário da Manhã, 25-09-2015

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46. Os outros candidatos, Correio Alentejo, 25-09-2015

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47. Legislativas 2015 - Passos ganha vantagem sobre Costa, Correio da Manhã, 25-09-2015

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48. Agenda de campanha, Diário As Beiras, 25-09-2015

101

49. Segurança Social na rota de CDS e PDR, Diário de Notícias da Madeira, 25-09-2015

102

50. Segurança Social na rota do CDS e PDR, Diário de Notícias da Madeira Online, 25-09-2015

103

51. Perguntas e respostas para quem vai votar nas legislativas de 4 de outubro, Emigrante - Mundo Português (O), 25-09-2015

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52. PAN contra produção intensiva de animais, Funchal Notícias Online, 25-09-2015

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53. PAN quer apoios para modalidades amadoras, não para futebol profissional, Funchal Notícias Online, 25-

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09-2015 54. Mais subsídios para amadoras, JM, 25-09-2015

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55. Legislativas 2015 - Passos invoca Bruxelas, Costa critica «falta de decoro», Jornal de Notícias, 25-092015

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56. Eleições para a Assembleia da República a 4 de Outubro, Jornal de Sintra, 25-09-2015

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57. Queremos promover o bem de todos, humanos e não-humanos, e não apenas de alguns - Entrevista a Rita Pires, Jornal do Centro, 25-09-2015

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58. Eleições legislativas, Tribuna Pacense, 25-09-2015

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59. Legislativas: Campanha do PAN, RTP Madeira - Telejornal Madeira, 24-09-2015

124

60. PAN visitou, em campanha, a Barragem do Foz Tua, TVI - Jornal das 8, 24-09-2015

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61. Roteiro da Campanha, Antena 1 - Notícias, 24-09-2015

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62. Campanha do PCTP/MRPP, Agir e PAN, SIC Notícias - Edição da Manhã, 24-09-2015

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63. PAN em campanha, TSF - Notícias, 24-09-2015

128

64. PAN visitou a Barragem do Foz Tua, TVI 24 - 25ª Hora, 24-09-2015

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65. Caravanas dividem-se entre norte, centro e sul, no dia em que Rio entra na campanha, BeiraNews Online, 24-09-2015

130

66. Cabeça de lista por Braga em acção no Tua, Correio do Minho, 24-09-2015

132

67. Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Destak Online, 24-09-2015

133

68. MPT e JPP com iniciativas coincidentes, Diário de Notícias da Madeira, 24-09-2015

135

69. MPT e JPP com iniciativas coincidentes, Diário de Notícias da Madeira Online, 24-09-2015

136

70. Eleições: Caravanas dividem-se entre norte, centro e sul, no dia em que Rio entra na campanha, Diário Digital Online, 24-09-2015

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71. PAN promoveu acção de campanha no Funchal-Mercado Bio/Alimentação sustentável, Funchal Notícias Online, 24-09-2015

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72. Fim do OGM a nível nacional, JM, 24-09-2015

145

73. Cabeças-de-lista por Leiria: quem são e quais as suas prioridades para o distrito, Jornal de Leiria, 24-092015

146

74. Conheça os cabeças de lista pelo Algarve, Jornal do Algarve - JA Magazine, 24-09-2015

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75. Afinal onde é que vou votar?, Jornal E, 24-09-2015

151

76. Caravanas dividem-se entre norte, centro e sul e Rio entra em campanha, Notícias ao Minuto Online, 2409-2015

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77. PAN foi ao Tua alertar para "crime" causado pela construção de barragem, Notícias ao Minuto Online, 2409-2015

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78. Já se conhece a lista dos candidatos ao OP de Lisboa, Público, 24-09-2015

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79. Já se conhece a lista de candidatos ao Orçamento Participativo de Lisboa, Público Online, 24-09-2015

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80. Bloco traz poesia e mais desconfiança sobre PS para a campanha, Público Online, 24-09-2015

158

81. Azinheiro esclarece candidatura, Reconquista, 24-09-2015

161

82. O que propõem os partidos para o distrito, Região de Leiria, 24-09-2015

162

83. Caravanas dividem-se entre norte, centro e sul, no dia em que Rio entra na campanha eleitoral, Sapo Online - Sapo Notícias da Agência Lusa Online, 24-09-2015

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84. PAN foi ao Tua alertar para "crime" causado pela construção de barragem, Sapo Online - Sapo Notícias da Agência Lusa Online, 24-09-2015

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85. PAN quer buscar votos aos abstencionistas - Legislativas 2015, TSF Online, 24-09-2015

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86. "Esta barragem não deveria existir", TVI 24 Online, 24-09-2015

171

87. Legislativas: PAN e Plataforma Salvar o Tua alertam para "atentado ambiental e social", Verdade Online (A), 24-09-2015

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88. Grandes bandeiras dos pequenos partidos, Visão, 24-09-2015

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89. Uma campanha decisiva, Visão, 24-09-2015

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Duração: 00:02:29

RTP Informação - Diário OCS: RTP Informação - Diário de de Campanha Campanha ID: 61158013 1

27-09-2015 10:18 1

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Outros partidos em campanha http://www.pt.cision.com/s/?l=b4b8cc95 Campanha eleitoral do Agir, PDR, MPT, PURP e PAN. Declarações de Joana Amaral Dias, do Agir; Marinho e Pinto, do PDR; José Inácio Faria, do MPT; António Mateus Dias, do PURP; André Silva, do PAN.

Repetições: RTP Informação - 24 Horas , 2015-09-27 00:19 RTP Informação - 24 Horas , 2015-09-27 04:49 RTP Informação - Diário de Campanha , 2015-09-27 01:45

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Duração: 00:38:17

TVI - Jornal das 8 ID: 61148584 1

OCS: TVI - Jornal das 8

27-09-2015 08:38 1

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Comentário de Marcelo Rebelo de Sousa http://www.pt.cision.com/s/?l=707ece1a Comentário de Marcelo Rebelo de Sousa. Temas - Crise dos refugiados; - A visita do Papa Francisco aos Estados Unidos; - As eleições na Catalunha; - Escândalo da Volkswagen; - O défice e as contas do Novo Banco; - Os novos desenvolvimentos no caso José Sócrates; - Balanço da primeira semana de campanha eleitoral. Notas e Livros: - Biografia de Vítor Alves; - "Novo Êxodo português"; - "Fuga de Cérebros"; - "Os Predadores"; - "Finanças Tóxicas e Crises Financeiras"; - "Sim! os animais têm direitos"; - "Os camisas azuis e Salazar"; - "As lágrimas da princesa"; - "Doutrina Social da Igreja"; - "Poesia completa"; - "Falcões mágicos em Salvaterra"; - "Do outro lado do espelho"; - "Chuva de mel"; - "Ecos";

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- "Vinhos de Portugal 2016"; - "Quinta do Vale Meão"; - "Navegar é preciso".

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Duração: 00:02:47

RTP 1 - Telejornal ID: 61148524 1

OCS: RTP 1 - Telejornal

27-09-2015 08:19 1

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Legislativas 2015: Campanha dos partidos sem assento parlamentar http://www.pt.cision.com/s/?l=a2f9d8b2 Marinho e Pinto promete devolver a nobreza original à política. O Partido da Terra defendeu o fim do IMI. O Partido dos Reformados apelou ao apoio de jovens e precários para lutarem por reformas dignas no futuro. O PAN quer mais tempo para a família. O AGIR fez um protesto sonoro à porta da casa de Ricardo Salgado. Declarações de Joana Amaral Dias, AGIR; Marinho e Pinto, PDR; José Inácio Faria, MPT; António Mateus Dias, PURP; André Silva, PAN.

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Duração: 00:01:48

Porto Canal - Jornal Diário ID: 61159125 1

OCS: Porto Canal - Jornal Diário

27-09-2015 08:11 1

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Eleições legislativas 215: PAN http://www.pt.cision.com/s/?l=2289c1b9 O PAN quer aumentar a licença parental de 4 para 12 meses. Em campanha pelo Porto na festa de outono da Fundação Serralves, o partido garantiu que sente cada vez mais apoio popular. Declarações de Bebiana Cunha, PAN.

Repetições: Porto Canal - Jornal Diário , 2015-09-27 00:11 Porto Canal - Jornal Diário , 2015-09-27 03:11

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Duração: 00:16:33

SIC Notícias Ponto/Contraponto ID: 61163114 1

OCS: SIC Notícias - Ponto/Contraponto

27-09-2015 08:03 1

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A opinião de José Pacheco Pereira http://www.pt.cision.com/s/?l=fc6c9f55 A opinião de José Pacheco Pereira; temas: - O Porco, salvo seja, o Porquinho do PAN - Quem é que podia antes do 25 de Abril ler obras subversivas? - A moda do GIN - Dinamite Cerebral - Documentário sobre a Guerra Civil Americana. Declarações de Ken Burns, produtor/realizador, Shelby Foote, escritor.

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ID: 61143812

27-09-2015

Tiragem: 8585

Pág: 10

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,37 x 22,16 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

Campanha entra na última semana Legislativas De hoje a uma semana os portugueses elegem os 230 deputados na Assembleia da República

Parlamento tem 230 deputados distribuídos pelos diferentes círculos eleitorais

A eleições legislativas estão marcadas para o próximo dia 4 de Outubro, de hoje a uma semana, sendo 16 as forças políticas concorrentes, das quais três são coligações e as restantes 13 são partidos. Mais de 9,6 milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro vão assim eleger os 230 deputados da Assembleia da República para a próxima legislatura. São 16 as forças políticas a ir a votos, três das quais coligações e as restantes 13 partidos. Nas coligações, contam-se a Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e PEV, a coligação Portugal à Frente, com PSD e CDS-PP e a coligação Agir, que alia o MAS ao PTP.

Os partidos políticos são: PS, BE, Livre/Tempo de Avançar, JPP, Nós, Cidadãos!, PPV/CDC, MPT, PDR, PCTP/MRPP, PNR, PURP, PPM e PAN. Os maiores boletins de voto estarão nos círculos de Aveiro, Braga e Viana do Castelo, com 16 forças partidárias, enquanto Lisboa, Porto e também Coimbra contam com 15 forças políticas cada um. É a seguinte a distribuição dos deputados pelos 22 círculos: 16 por Aveiro, três por Beja, 19 por Braga, três por Bragança, quatro por Castelo Branco, nove por Coimbra, três por Évora, nove por Faro, quatro pela Guarda, 10 por Leiria, 47 por Lisboa, dois por Portalegre, 39 pelo Porto, nove por Santarém,

18 por Setúbal, seis por Viana do Castelo, cinco por Vila Real, nove por Viseu, cinco pelos Açores, seis pela Madeira, dois pela Europa e dois por Fora da Europa, num total de 230 deputados. Em relação à distribuição de mandatos de 2011, o círculo eleitoral de Santarém vai eleger menos um deputado nas legislativas de Outubro, ganhando Setúbal mais um lugar no parlamento, de acordo com o mapa aprovado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). A campanha eleitoral arrancou no passado dia 20 de Setembro, entra hoje na derradeira semana e termina na sexta-feira, dia 2 de Outubro, sendo dia 3 o dia de reflexão.|

Campanha eleitoral para as Legislativas no círculo de Coimbra De acordo com as informações disponibilizadas pelas forças partidárias, divulgamos as acções de campanha previstas para hoje: CDU – COLIGAÇÃO DEMOCRÁTICA UNITÁRIA – PCP-PEV Os candidatos da CDU cumprem hoje o seguinte programa de campanha eleitoral: 9h00 – Mercado de Febres; 10h00 – Mercado Tocha; 10h00 – Feira, saída da missa, em Lorvão; 10h00 – Contacto com a população no Tovim, Santo António dos Olivais, Coimbra; 14h30 – Gavinhos; 15h30 – Contacto com a população em Castelo Viegas, Coimbra 16h00 – Passeio pelo bem-estar animal (Parque Verde), Coimbra; 16h00 – Sessão CDU no Alqueidão; PENELA Festa Anual Feira das Nozes. COLIGAÇÃO PORTUGAL À FRENTE PENACOVA 8h30 – Feira do Lorvão Oliveira do Hospital 10h00 – Feira mensal; 12h30 – Almoço na Feira mensal; 13h45 – Visita ao estádio municipal (instalações onde joga o FC Oliveira do Hospital) MIRA 16h00 – Lanche convívio com a presença do Ministro Dr. Miguel Poiares Maduro; PENELA 17h30 – Festas de S. Miguel.

LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR O dia é preenchido com acções de distribuição de informação e de contactos com a população: às 11h00, no Retail Park de Taveiro, e às 14h30, em Penela. PARTIDO ECOLOGISTA “OS VERDES” COIMBRA 16h00 – O candidato de “Os Verdes”, na lista da CDU (PCP-PEV), pelo círculo eleitoral de Coimbra Paulo Coelho participa no Passeio pelo Bem-estar Animal. Ponto de encontro no Parque Verde do Mondego e o passeio conta ainda com a participação de outros candidatos e ativistas da CDU. PARTIDO SOCIALISTA COIMBRA 10h15 – Volta à Freguesia de Ribeira de Frades; 11h15 – Volta à Freguesia de S. Martinho do Bispo; 14h00 – Volta às Freguesias de Souselas, Trouxemil (Campeonato de Enduro) e Torre de Vilela; 15h30 – Volta às Freguesias de Eiras e S. Paulo de Frades – Festa de Lordemão e Bairro de Santa Apolónia; 17h15 – Volta às Freguesias de Antuzede e Vil de Matos; 18h00 – Volta às Freguesias de S. Martinho de Árvore e Lamarosa Pav. Associação de Vila Verde.

OLIVEIRA DO HOSPITAL 15h00 – Festa das Vindimas – Lagares da Beira; PENELA 15h00-18h00 – Festas de S. Miguel, em Penela. PARTIDO DA TERRA COIMBRA 10h00 – Início da caminhada ecológica “Fazer Diferente” com partida frente à Câmara Municipal de Coimbra, com a presença de figuras nacionais do partido, nomeadamente o presidente do MPT e eurodeputado José Inácio Faria, bem como os membros que integram a lista de candidatos ao círculo eleitoral de Coimbra. 12h00 – Almoço na “Quinta do Mourão”, em Tentúgal. PARTIDO DEMOCRÁTICO REPUBLICANO O Núcleo Concelhio de Coimbra do Partido Democrático Republicano – PDR cumpre hoje o seguinte programa de campanha eleitoral: 9h00 – Mercado da Tocha, contacto com a população, entrega de flyers e apresentação/esclarecime nto do programa. PCTP/MRPP Candidatura do PCTP/MRPP dedica ao dia de campanha aos concelhos de Condeixa-aNova e Penela.

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ID: 61152542

27-09-2015

Tiragem: 11063

Pág: 19

País: Portugal

Cores: Preto e Branco

Period.: Diária

Área: 25,80 x 9,53 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

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Redes sociais entram na campanha de todos os partidos

Tipo Meio:

Internet

Meio:

i Online

Data Publicação:

27-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=6eb4d241

O número de gostos, comentários e o número de vezes que os partidos são referidos, podem ser relevantes. &etilde; Redes sociais entram na campanha de todos os partidos O Facebook é a mais popular das redes Shutterstock Jornal i 27/09/2015 13:13:26 Facebook Twitter O número de gostos, comentários e o número de vezes que os partidos são referidos, podem ser relevantes. Os partidos que concorrem às eleições legislativas de 4 de Outubro têm pelo menos uma coisa em comum: todos estão presentes na Internet, com sites e páginas numa ou em mais redes sociais, demonstrando que a campanha também é digital. Apesar de serem "um fenómeno relativamente recente, já nenhum candidato ignora este novo meio de comunicação" e, por isso, "as redes sociais são hoje fundamentais quando se define qualquer estratégia de comunicação política eleitoral", afirmou a especialista em comunicação, comunicação política digital e análise do discurso, Mafalda Lobo, em declarações à agência Lusa. De acordo com esta especialista, "nota-se que, cada vez mais existe uma maior preocupação por parte dos candidatos políticos, em estar presente nas redes sociais, e uma preocupação crescente em incorporar nas campanhas o maior número de redes sociais, com destaque para o Facebook e Twitter, de forma a alimentar a rede com o máximo de informação sobre a campanha em tempo real". Prova disso é que o PS, além do site costa2015.pt, criado para estas eleições, tem páginas no Facebook, no Twitter, no Instagram, no Flickr e no Tumblr. A coligação 'Portugal à Frente', que junta o PSD e o CDS-PP, marca presença nas mesmas redes sociais, à excepção do Tumblr. A presença dos outros partidos é menor. A CDU, coligação que junta o PCP e Os Verdes, está presente apenas no Twitter e no Facebook. Já o Bloco de Esquerda marca presença no Twitter e no Flickr, sendo ainda possível encontrar no Facebook páginas das várias concelhias e ainda da porta-voz do partido, Catarina Martins. O Livre/Tempo de Avançar está no Instagram, no Twitter e no Facebook, aqui com duas páginas, uma para cada um destes movimentos. No Facebook, a mais popular das redes, encontram-se ainda páginas do Partido Democrático Republicano (PDR), do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), do Nós, Cidadãos!, do Partido Popular Monárquico (PPM), do Partido Nacional Renovador (PNR) e do Partido da Terra (MPT). "Embora as páginas de website continuem a ser criadas em períodos eleitorais, as redes sociais apresentam hoje uma dinâmica diferente em períodos de campanha porque permitem, por um lado a participação dos cidadãos/eleitores através de gostos, comentários e partilhas face aos conteúdos apresentados, e por outro, permitem às candidaturas terem acesso à forma como os cidadãos/eleitores reagem às propostas, ideias e programas dos candidatos para o país", defendeu Mafalda Lobo. Com a introdução das redes sociais nas campanhas, "o cidadão/eleitor deixou de ser um sujeito passivo na assimilação de conteúdos políticos, em que a televisão assumia o papel preponderante, para passar a ser um agente activo, que participa no debate político, discute política e assume o papel do contraditório, rompendo-se a barreira dos media tradicionais". Apesar de o PS e o PSD serem considerados 'os grandes partidos', se as eleições acontecessem nas redes sociais o mais votado seria o PAN, cuja página tem cerca de 78 mil 'likes' (gostos). A página Costa2015 tem cerca de 39 mil e a da coligação Portugal à Frente à volta de 33 mil. "Existem vários indicadores que podem ser denunciadores da influência que os candidatos exercem sobre os potenciais cidadãos/eleitores nas redes sociais, mas que a meu ver não servem de barómetro para se perceber possíveis resultados nas urnas", considerou a especialista. Segundo Mafalda Lobo, "o número de gostos, comentários e o número de vezes que os partidos são referidos, podem ser relevantes, por exemplo, para definir a popularidade de um candidato, ou para se perceber as reações positivas ou negativas das propostas políticas apresentadas pelos candidatos, mas não permite perspetivar o resultado no dia das eleições". A especialista recorda que o que aconteceu com Fernando Nobre nas presidenciais de 2011: "Foi o candidato que mais gostos e mais popularidade teve

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nas redes sociais, tendo conseguido obter no final da campanha mais de 38 mil seguidores no Facebook, face aos 28 mil da página de Cavaco Silva, mas isso não significou a sua vitória nas eleições". Lusa

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27-09-2015

Pág: 6

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 5,65 x 9,34 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

PAN

Aumentar a qualidade de vida © DR

ID: 61152052

Tiragem: 8500

O PAN defende a existência de um «Rendimento Básico Incondicional», na qual cada cidadão possa receber uma prestação, independentemente da sua situação financeira. Nelson Almeida, pretende «reduzir a pobreza e a criminalidade», «aumentar a qualidade de vida» e resolver os «problemas de sustentabilidade da segurança social», na medida em que deixariam de ser pagos os restantes apoios sociais.

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PS e PSD-CDS em campanha hoje no distrito de Braga

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

27-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=5530a66b

No oitavo dia campanha, as caravanas do PS e da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS) concentramse no distrito de Braga, mas não deverão encontrar-se, enquanto a CDU (PCP/Verdes) faz campanha em Santarém e Évora e o BE em Lisboa. Os líderes do PSD e do CDS, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas começam o dia em Vizela, com contacto com comerciantes, seguindo depois para Guimarães, onde visitam a Associação de Apoio à Criança, e almoçam em Mesão Frio. Durante a tarde, a coligação Portugal à Frente tem um encontro com jovens em Vila Nova de Famalicão, terminando o dia com um comício em Braga. O antigo líder do PSD Luis Marques Mendes junta-se à campanha numa iniciativa em Arouca, onde estará acompanhado pelo cabeça de lista pelo círculo de Aveiro, Luís Montenegro. Já o líder do PS, António Costa, começa de manhã em Guimarães, tendo previsto depois um almoçocomício em Braga e contactos com a população em Fafe, em Guimarães e em Barcelos, onde termina o dia com um comício. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, começa a agenda de hoje com um almoço em Alpiarça, terminando ao final da tarde com um comício em Évora, que conta também com as intervenções de João Oliveira, cabeça de lista por aquele distrito, e Manuela Cunha, da direção de Os Verdes. Já a porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, tem previsto um almoçocomício, que terá também intervenções de Mariana Mortágua (cabeça de lista por Lisboa) e Pedro Filipe Soares (número 2 em Lisboa), no Parque das Nações, em Lisboa, seguido de contacto com a população na mesma zona da cidade. Por Lisboa estarão também o PCTP/MRPP, o AGIR (PTP/MAS) e o PAN. O cabeça de lista por Lisboa do PCTP/MRPP estará de manhã no Bairro da Boavista, onde irá contactar com a população. Já o AGIR (PTP/MAS) tem marcados, durante a manhã, uma visita à Feira do Relógio, e à tarde um protesto em frente à residência de Ricardo Salgado, em Cascais. As duas ações contarão com a presença da cabeça de lista por Lisboa, Joana Amaral Dias. O PAN irá realizar, de manhã, uma ação de sensibilização no Centro Cultural de Belém e, durante a tarde uma 'PANset party' no Jardim da Estrela. O MPT estará hoje nos distritos de Coimbra e Aveiro. De manhã realizará uma caminhada urbano-ecológica, que tem início na Câmara Municipal de Coimbra, seguindo-se um almoço em Tentúgal. Durante a tarde fará um lanche e um passeio de moliceiro em Aveiro, onde haverá também um jantar. Todas as ações contam com as participações de José Inácio Faria, presidente do MPT e eurodeputado, José Pinheiro de Castro, cabeça de lista por Coimbra, Mário Frota, mandatário da lista por Coimbra, e Paulo Correia, cabeça de lista por Aveiro. O presidente do PDR, Marinho e Pinto andará pelo Minho, com passagens por Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Viana do Castelo, Vila Praia de Âncora, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço. O partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC) realiza uma ação de campanha em Santarém com a participação de Sérgio Bregieira, cabeça de lista pelo círculo eleitoral do distrito.

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PAN quer aumento da licença parental para 12 meses

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

27-09-2015

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O cabeça de lista por Lisboa do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) defendeu hoje o aumento da licença parental para 12 meses, tendo criticado também a ausência de medidas eleitorais na campanha por parte dos 'grandes partidos'. "Preocupam-nos os desequilíbrios profundos que existem nas famílias portuguesas e neste caso nós propomos o aumento do período de parentalidade dos quatro meses para os 12 meses, repartido entre os progenitores e outros responsáveis parentais", afirmou aos jornalistas o cabeça-de-lista por Lisboa, André Silva, no final de uma iniciativa de campanha em Belém, Lisboa. Para o candidato, "é uma violência estar a separar mais filhos ou pais e filhos com quatro, cinco, seis meses". André Silva criticou os principais partidos com representação parlamentar porque, na sua opinião, não se vêm "medidas a serem lançadas", apenas reações de parte a parte. Cerca de uma dezena de apoiantes e candidatos do PAN estiveram hoje nos jardins de Belém a distribuir panfletos, marcadores de livros com receitas vegetarianas e um jogo. Entre a comitiva estava também o cão Timóteo, a mascote do partido, que ajudou a cativar os mais novos. Num local maioritariamente frequentado por famílias e pessoas com animais de companhia, a comitiva encontrou uma apoiante que afirmou votar "sempre no PAN" mas que se mostrou desiludida porque "nunca elegem deputados". O partido respondeu com um: "este ano é que é". Outra medida proposta pelo PAN passa por "equiparar o IVA da alimentação dos animais de companhia e o IVA dos tratamentos medico-veterinários à taxa reduzida de 6%, e também poder fazer uma dedução em sede de IRS destas despesas". Quanto ao decorrer da campanha eleitoral do partido, o dirigente André Silva considerou ser positiva e com "uma enorme recetividade", havendo "um número cada vez maior de pessoas que conhecem o PAN e um número cada vez maior que diz que vai votar no PAN". "O barómetro e o 'intensímetro' do voto na rua não tem nada que ver com aquilo que são as projeções e as sondagens", vincou o candidato, mostrando-se convicto de que o PAN conseguirá representação parlamentar na próxima legislatura. "Vamos ter uma votação significativa no próximo dia 04 de outubro, que é o dia do animal e do médico veterinário", rematou.

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Redes sociais entram na campanha de todos os partidos

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

27-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=bedda43a

Os partidos que concorrem às eleições legislativas de 04 de outubro têm pelo menos uma coisa em comum: todos estão presentes na Internet, com sites e páginas numa ou em mais redes sociais, demonstrando que a campanha também é digital. Apesar de serem "um fenómeno relativamente recente, já nenhum candidato ignora este novo meio de comunicação" e, por isso, "as redes sociais são hoje fundamentais quando se define qualquer estratégia de comunicação política eleitoral", afirmou a especialista em comunicação, comunicação política digital e análise do discurso, Mafalda Lobo, em declarações à agência Lusa. De acordo com esta especialista, "nota-se que, cada vez mais existe uma maior preocupação por parte dos candidatos políticos, em estar presente nas redes sociais, e uma preocupação crescente em incorporar nas campanhas o maior número de redes sociais, com destaque para o Facebook e Twitter, de forma a alimentar a rede com o máximo de informação sobre a campanha em tempo real". Prova disso é que o PS, além do site costa2015.pt, criado para estas eleições, tem páginas no Facebook, no Twitter, no Instagram, no Flickr e no Tumblr. A coligação 'Portugal à Frente', que junta o PSD e o CDS-PP, marca presença nas mesmas redes sociais, à exceção do Tumblr. A presença dos outros partidos é menor. A CDU, coligação que junta o PCP e Os Verdes, está presente apenas no Twitter e no Facebook. Já o Bloco de Esquerda marca presença no Twitter e no Flickr, sendo ainda possível encontrar no Facebook páginas das várias concelhias e ainda da portavoz do partido, Catarina Martins. O Livre/Tempo de Avançar está no Instagram, no Twitter e no Facebook, aqui com duas páginas, uma para cada um destes movimentos. No Facebook, a mais popular das redes, encontram-se ainda páginas do Partido Democrático Republicano (PDR), do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), do Nós, Cidadãos!, do Partido Popular Monárquico (PPM), do Partido Nacional Renovador (PNR) e do Partido da Terra (MPT). "Embora as páginas de website continuem a ser criadas em períodos eleitorais, as redes sociais apresentam hoje uma dinâmica diferente em períodos de campanha porque permitem, por um lado a participação dos cidadãos/eleitores através de gostos, comentários e partilhas face aos conteúdos apresentados, e por outro, permitem às candidaturas terem acesso à forma como os cidadãos/eleitores reagem às propostas, ideias e programas dos candidatos para o país", defendeu Mafalda Lobo. Com a introdução das redes sociais nas campanhas, "o cidadão/eleitor deixou de ser um sujeito passivo na assimilação de conteúdos políticos, em que a televisão assumia o papel preponderante, para passar a ser um agente ativo, que participa no debate político, discute política e assume o papel do contraditório, rompendo-se a barreira dos media tradicionais". Apesar de o PS e o PSD serem considerados 'os grandes partidos', se as eleições acontecessem nas redes sociais o mais votado seria o PAN, cuja página tem cerca de 78 mil 'likes' (gostos). A página Costa2015 tem cerca de 39 mil e a da coligação Portugal à Frente à volta de 33 mil. "Existem vários indicadores que podem ser denunciadores da influência que os candidatos exercem sobre os potenciais cidadãos/eleitores nas redes sociais, mas que a meu ver não servem de barómetro para se perceber possíveis resultados nas urnas", considerou a especialista. Segundo Mafalda Lobo, "o número de gostos, comentários e o número de vezes que os partidos são referidos, podem ser relevantes, por exemplo, para definir a popularidade de um candidato, ou para se perceber as reações positivas ou negativas das propostas políticas apresentadas pelos candidatos, mas não permite perspetivar o resultado no dia das eleições". A especialista recorda que o que aconteceu com Fernando Nobre nas presidenciais de 2011: "Foi o candidato que mais gostos e mais popularidade teve nas redes sociais, tendo conseguido obter no final da campanha mais de 38 mil seguidores no

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Facebook, face aos 28 mil da página de Cavaco Silva, mas isso não significou a sua vitória nas eleições".

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27-09-2015

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Âmbito: Informação Geral

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Por que é que Passos e Costa pedem maioria absoluta? Em campanha, os maiores partidos tentam apelar ao voto útil em nome da estabilidade. Mas os cenários pós-eleições são diferentes, caso nenhum alcance apoio maioritário na AR

Paulo Pena

S

e o leitor é um eleitor indeciso, saiba que os apelos das últimas horas são para si. A “maioria absoluta” e a “estabilidade” são a forma como a coligação PSD/ CDS e o PS pretendem, cada um com os seus argumentos, garantir o seu voto, no próximo domingo, 4 de Outubro. Mais: “A questão da governabilidade vai ser dominante nesta última semana de campanha”, antevê Pedro Adão e Silva. “Os dois blocos pretendem atrair votos com o argumento da estabilidade, mas a maioria absoluta é uma miragem”, descodifica Nuno Garoupa. Estas análises surgem, à entrada para a última semana da campanha, depois de ambos os líderes dos principais partidos terem apelado a uma

“maioria absoluta”, apesar da distância desse objectivo ser grande, para ambos, a julgar pelas sondagens. “Se nós não tivermos neste Parlamento que vai ser eleito pelos portugueses uma maioria para governar, não poderemos governar, porque não teremos sequer Orçamento”, esclareceu Pedro Passos Coelho, em Santa Maria da Feira. Um pouco mais a sul, em Almeirim, António Costa gracejou com a frase: “Ouvi o primeiro-ministro dizer que será terrível se eles não ganharem com maioria absoluta. Pois eu imaginei o arrepio que as portuguesas e os portugueses sentiram na espinha só de imaginarem que eles ganhavam, quanto mais com maioria absoluta...” Nuno Garoupa, professor de Direito e presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, calcula que haja, neste momento, 400

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27-09-2015

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Pág: 5

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Period.: Diária

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Âmbito: Informação Geral

Corte: 2 de 9

Pode dar-se o caso de a direita vencer, mas o PS ter a maior bancada DANIEL ROCHA

mil eleitores indecisos. E é esse “o problema”. Como mobilizá-los? “A coligação e o PS tentam conquistar esses indecisos com o argumento da estabilidade, e querem sobretudo

que esses votos não caiam para o outro lado.” Na opinião de Pedro Adão e Silva, professor de Sociologia e comentador político, tanto Passos como

Costa perceberam que “esta última semana de campanha vai passar a ter muito presente o dia 5 de Outubro”. O dia seguinte às eleições fará com que muitos eleitores façam um “cálculo estratégico em relação ao voto”. Desse ponto de vista, ambos jogam também com o “voto útil”, e o medo que os eleitores sintam em relação à vitória do campo oposto. À direita, a coligação tem essa tarefa facilitada, por se apresentar unida e sem rivais no seu espaço (o que, como veremos, também pode ser um problema...). O PS, e os partidos à esquerda, disputam aquilo que para Pedro Adão e Silva é uma “maioria de rejeição à coligação”. O problema, para Passos e Portas, é que não estão a demonstrar “uma grande dinâmica de vitória”, na opinião de Nuno Garoupa, uma vez “que nem cartazes com as suas caras têm nas ruas”. O ponto fun-

damental, resume Pedro Adão e Silva, é que PSD e CDS, juntos, “ou têm maioria absoluta ou não são viáveis”. Da mesma forma que a coligação PSD/CDS pode conseguir uma maioria aboluta com menos votos do que o PS — porque a distribuição geográfica do seu eleitorado lhe facilita a eleição de deputados —, a união dos partidos de direita deixaos sem parceiros negociais no Parlamento, caso ganhem sem controlar o hemiciclo. O PS sofre o mesmo dilema, na posição inversa. Parceiros negociais tem (PCP, BE e Livre, cada um à sua maneira, admitem “conversar” com os socialistas), mas nenhuma sondagem aproxima o partido dos 45% que foram necessários para que em 2005 obtivesse a única maioria absoluta da sua história. Pode, até, dar-se o caso de a coligação vencer e o PS ser a maior

bancada no Parlamento, uma vez que PSD e CDS formarão grupos parlamentares diferentes. O acordo que agora une estes dois partidos vigora até 4 de Outubro, e nenhum deles ainda se pronunciou sobre outra das hipóteses possíveis: um deles, ou os dois, viabilizarem um Governo minoritário do PS. “Depois de o dr. António Costa ter prometido chumbar o nosso Orçamento a seguir às eleições, nada o impedirá de dizer que chumbará o nosso programa, porque não há peça mais importante de um programa do Governo que não seja o seu Orçamento”, lamentou Passos Coelho. O programa do Governo não é votado no Parlamento, mas pode ser alvo de uma moção de rejeição. Mas até agora a coligação ainda só se imaginou no papel de “vítima”, prossegue Nuno Garoupa: “O CDS não explica se viabiliza um Governo minoritário do PS.”

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País: Portugal

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Period.: Diária

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 3 de 9

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Costa pede maioria absoluta contra “Vietname” Coligação manté m de 4,7 pontos sob

PAULO PIMENTA

Reportagem Nuno Sá Lourenço

Nuno Ribeiro

A

Socialistas juntaram quatro acções de rua num só dia à volta do Porto, mas campanha não foi uma avalancha

N

inguém contesta o ditado que diz que quem vai à guerra tanto dá como leva. Também há quem olhe para uma eleição como uma batalha onde se definem estratégias, tácticas, mas onde a volência se restringe às palavras. Ontem, António Costa, com a sua frenética ronda de arruadas à volta do Porto, teve um cheiro desse ambiente combativo, onde bateu forte no Governo perante as tropas arregimentadas, mas em que também levou com tiradas de mossa. O PS arrancou para a última semana de campanha atirandose à rua num ataque frontal. Sem medos, foram a uma feira na Trofa, atravessaram uma rua nas Caxinas, deram uns passos por Ermesinde e atravessaram uma praça em Gondomar. Na Trofa, enquanto se desviava de pijamas polares, batas domésticas, clementinas e utensílios de cozinha, parava para receber abraços e assinar autógrafos. Em Caxinas, viu-se levantado em ombros. O rebuliço era tal que se viu o candidato e ex-ministro Alberto Martins a ser empurrado para o lado por circunstantes que tentavam chegar a Costa. No meio da confusão, o socialista tentava fazer passar a mensagem. Um eleitor disse-lhe que há quatro anos tinha votado enganado no PSD. “À primeira, qualquer um cai, à segunda só cai quem quer”, respondeu Costa com um sorriso. Mais à frente, teve de tornear a desconfiança. Depois de dizer que achava os políticos “todos iguais”, uma transeunte lá lhe largou um “eu dou-llhe a minha dúvida”, mas com o dedo em riste. “Daqui a quatro anos eu venho e se eu não

O inesperado acontece quando um desconhecido fala ao seu microfone tiver feito nada, a senhora ralhame”, retorquiu Costa. O cientista Alexandre Quintanilha, cabeça de lista pelo distrito, testemunhava os recontros com um sorriso rasgado no rosto. O atropelo e agitação deixavam-no feliz: “Acho isto uma maravilha,

CONTA KM

2437 km Partida: Almeirim

Acontecimento do dia: Um jovem fura o cordão da organização e interrompe Costa para dizer ao microfone: “Quero pôr os políticos a limpar as florestas, todos em coligação a limpar as florestas” Chegada: Porto

2653km

lembra-me quando eu estava na África do Sul a lutar contra o apartheid ou nos Estados Unidos contra o Vietname”, confidenciava ao PÚBLICO. Tanto em Caxinas como em Ermesinde foram montados palcos onde Costa pôde fazer guerra ao Governo e puxar pelo inchar da mobilização. “Como dizíamos em 75, se isto não é o povo, onde é que está o povo?”, gritou o líder do PS em Gondomar. Mas as saídas de ontem não juntaram todos os ingredientes para ajudar o PS a marcar uma posição de força. A adesão não foi tão marcada como noutras ocasiões. E António Costa não recebeu apenas apoio por onde passou. O candidato também levou para casa alguma da desconfiança em relação ao PS. Na Trofa, uma eleitora atirou à cara de Costa o nome do seu antecessor, para dizer que ele estava a perder a “maioria” que Seguro tinha certa. “Deixasse-o lá estar, que fazia melhor figura, ganhava com maioria”, disse ao candidato. Em Caxinas, o reformado Mário Gonçalves Ribeiro colou-se à lateral do palco — onde António Costa

e Mário Almeida discursavam — não para bater palmas, mas para “desabafar”. Quando Almeida pediu mobilização “para dar a vitória ao PS”, o idoso desatou a gritar: “Espero que não! Espero que não”. Enquanto Costa discursava, o reformado acusava alto e bom som os socialistas de “meterem o país na ruína”. Foi uma batalha dura, em que não deu para perceber se, a 4 de Outubro, o PS sairá dos arredores do Porto com uma vitória garantida ou uma derrota inesperada. Os socialistas partiam para estas eleições convencidos da conquista, para se verem, com o passar dos dias, enfiados num atoleiro de sondagens e indecisos. Uma espécie de Vietname eleitoral. Por isso, Costa terminou o dia no Porto, com um comício onde tentou assustar os indecisos com mais uma legislatura de Passos, “o lobo mau”. “Nestas eleições não há segunda volta. Esta é uma única oportunidade: ou se ganha agora ou se perde para quatro anos”, disse já depois de dizer preto no branco que queria no dia das eleições: “Uma maioria absoluta é necessária.”

coligação Portugal à Frente (PaF), integrada pelo PSD e CDS-PP, mantém uma vantagem de 4,7 pontos sobre os socialistas. Esta é a principal conclusão do inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF, cujo trabalho de campo decorreu entre 22 e 25 de Setembro num total de 1025 entrevistas. A coligação de Passos Coelho e Paulo Portas obtém 37,5% e o PS de António Costa 32,8%, estando separados por uma diferença superior à margem de erro, que é de 3,1%. Assim, as duas principais forças concorrentes às legislativas de 4 de Outubro tiveram uma subida de 0,5 pontos face ao inquérito da véspera. Por seu lado, a Coligação Democrática Unitária (CDU), do PCP e Os Verdes, alcança 8,9%, o que traduz uma diminuição de 0,3 pontos. Em contrapartida, o Bloco de Esquerda consegue 6,7%, uma subida de 0,6 pontos, e o seu melhor resultado desde o início deste estudo.

Tracking poll diária As intenções de voto Mês de Setembro (percentagem) 50

40

37,5 32,8

30

20

9,6 8,9 6,7 4,5

10

0 21

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Fonte: Intercampus

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Âmbito: Informação Geral

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Tracking poll O PÚBLICO, a TVI e a Intercampus divulgam, ao longo da campanha, uma sondagem diária que irá mostrar a evolução da tendência de voto. www.publico.pt/legislativas2015

PaF perturbada por caravana de lesados do BES

m vantagem re o PS A projecção, com distribuição de indecisos, reserva aos outros partidos 4,5%, menos 0,9 pontos. Os votos brancos e nulos têm uma descida de meio ponto, ficando em 9,6%. Por faixa etária, o PS está ligeiramente à frente na dos indivíduos entre os 35 e 54 anos com 24,9%. Nos outros dois segmentos — 18 a 34 e 55 e mais anos —, a coligação lidera. Por regiões, o inquérito não tem novidades face ao estudo anterior. Passos e Portas são preferidos no Norte, Centro e Lisboa, enquanto Costa é o melhor avaliado no Alentejo e no Algarve. Deste modo, a bacia do Tejo constituiu-se em fronteira na divisão da direita e esquerda. Entre as forças sem representação parlamentar, o Partido Democrático Renovador, de Marinho e Pinto, continua à frente com 1,1%, obtendo o seu melhor score na faixa etária dos 18 aos 34 anos. É seguido pelo PCTP/ MRPP, do também advogado Garcia Pereira, e pelo Pessoas, Animais e Natureza (PAN), ambos com 0,5%. A coligação Partido Trabalhista Português/Agir obtém 0,4%, enquanto o Livre/Tempo de Avançar, de Rui Tavares, consegue 0,3%.

PSD/CDS-PP

PS

CDU

BE

Outros partidos

Brancos/Nulos

FICHA TÉCNICA Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 22 e 25 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 59,5%. PÚBLICO

MIGUEL MANSO

Reportagem Sofia Rodrigues Passos Coelho e Paulo Portas insistem em colar o PS ao “extremismo”, acenando com uma teórica aliança com o PCP e o BE

F

oi um dia de campanha agitado para a coligação Portugal à Frente (PaF), não pelo combate aos adversários políticos, mas pela perseguição que os lesados do BES fizeram em duas acções de campanha, no Marco de Canaveses e em Paços de Ferreira. Se o protesto apertou, a mensagem política contra o PS endureceu: Costa quer fazer um governo “extremista” com comunistas e bloquistas. O negro das bandeiras dos manifestantes de antigos clientes do BES misturou-se com o laranja e azul que dominam a propaganda da PaF. Na primeira acção do dia, Passos Coelho atrasou-se uma hora (ficou a dar uma entrevista a um canal televisivo) e só chegou no momento em que já devia estar no ponto seguinte da agenda. Manuela, de 46 anos, empregada doméstica, esperou para ver o cortejo passar. Era pequeno para uma terra que é forte em PSD. O desemprego e a emigração de muitos talvez ajudem a explicar a pouca mobilização. Nem Passos Coelho nem António Costa parecem convencê-la a dar o seu voto nas urnas. Se havia uma oportunidade de seduzir esta eleitora, a coligação não a aproveitou. No final da arruada, Paulo Portas foi, mais uma vez, o francoatirador ao líder do PS. O mote foi uma notícia do Expresso de que António Costa se prepara para não viabilizar um governo de minoria da coligação. Ao lado de Passos, o líder do CDS começou por dizer que “tem uma gravidade séria” e “inédita” na democracia portuguesa a intenção de António Costa de “impedir a aprovação do programa de Governo”. À luz

A coligação teve de mudar o local do comício em Paços de Ferreira da Constituição, o programa de Governo não é obrigatoriamente votado e só pode ser chumbado por uma maioria de deputados. Mas a intenção da coligação é dramatizar e encostar mais o PS mais à esquerda. Essa colagem tornou-se ainda mais visível no almoço-comício. Passos acusou António Costa de estar a procurar formar um Governo “extremista [com comunistas e bloquistas] da esquerda mais radical que existe em Portugal, que possa, contra a vontade dos portugueses, procurar governar o país”. Antes e depois do almoço, a campanha foi ensombrada pelas manifestações dos lesados do BES. No Marco de Canaveses, Passos e Portas pouco se demoraram. O primeiroministro falou aos apoiantes que o esperavam, com o ruído do protesto ao fundo. Luís Ferreira, de 76 anos, não se cansa de se manifestar, já foi a Lisboa mais de 30 vezes para mostrar o seu descontentamento. Perdeu 80% das suas economias no BES, numa conta que abriu há mais de 40 anos. Mas a grande confusão seria em Paços de Ferreira, onde os

ânimos estiveram muito exaltados entre os manifestantes e os apoiantes da coligação no jardim público, junto ao coreto onde Passos e Portas deviam discursar. Atrasaram-se 40 minutos e foi

CONTA KM Partida: Amarante

2296km Acontecimento do dia: As manifestações dos lesados do BES ensombraram a campanha da coligação e obrigaram à mudança do palco dos discursos. Passos Coelho tentou ignorá-los, Paulo Portas pediu respeito

Chegada: Penafiel

2436km

visível a crescente presença de elementos da segurança e da GNR. Durante o compasso de espera, um assessor de Paulo Portas falou demoradamente com um dos que estavam a liderar a manifestação. Em vão, o protesto mantinha-se e tornava impossível o acesso de Passos e Portas ao coreto. A solução foi mudar para o outro lado do jardim. Quando os manifestantes tentaram seguir a caravana e aproximar-se, foram barrados por um cordão da GNR. Depois de Portas ter feito um apelo à tolerância, Passos tentou demonstrar que a campanha em nada tinha sido perturbada. “Não queremos uma maioria para nós, é o país que quer uma maioria”, disse. Durante a curta intervenção, feita de megafone, o líder da coligação ouviu “maioria! Maioria!” da assistência. No final, um dos manifestantes despediu-se: “Saudações, a vossa terra é muito bonita”. Mas uma reformada, de bandeira da coligação na mão, estava há muito a protestar contra os lesados do BES, e gritou: “Vai ao Salgado pedir o dinheiro. O Governo agora é que tem a culpa?”

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Pedro e o lobo segundo Jerónimo Reportagem Maria Lopes Líder do PCP diz que Passos olha para uma possível união do PS, Bloco e CDU como um “lobo” e anda a assustar os portugueses

O

desespero tem destas coisas. O político Pedro vestiu a pele do menino Pedro que, travesso, assusta a aldeia gritando pelas ruas “Socorro! Vem aí o lobo!” Mas lobo nem vê-lo. Para Jerónimo de Sousa, Pedro (Passos Coelho) anda a “gritar que vem aí o lobo” (a esquerda unida) para assustar a aldeia (Portugal) e assim receber a protecção (votos) de que necessita. “Há por aí quem se esforce e use todos os truques e manhas para tentar apresentar como vencedores aqueles que têm a derrota certa”, afirmou Jerónimo de Sousa num comício em Almada que juntou, segundo a organização, três mil pessoas. “Hoje vem Passos Coelho, numa diatribe, dizer ‘cuidado, que o PS está a preparar um governo esquerdista com o PCP e com o Bloco de Esquerda!’. Creio que o primeiro elemento é a ingratidão perante o PS”, criticou Jerónimo. Que se apressou a explicar que, ao longo da sua história, o PS “sozinho, livre, fizesse as opções que fizesse, sempre alinhou com a política de direita. Trata-se, portanto, de uma ingratidão de Passos Coelho.”

Jerónimo saíu à rua

CONTA KM Partida: Faro

2376km Acontecimento do dia: Líder da CDU acusa Passos de estar a fazer “chantagem” sobre os portugueses ao dizer que o país regressará ao caos se a esquerda ganhar. Mas Jerónino admite que o PS possa aliar-se ao CDS

2726 km Chegada: Oeiras

Antes do comício, a CDU organizou uma marcha desde um portão do Arsenal do Alfeite, cujas capacidades de construção naval estão a ser desmanteladas, como símbolo da destruição do aparelho produtivo nacional. A marcha foi liderada pelos candidatos do distrito. Francisco Lopes, Heloísa Apolónia, Bruno Dias, Paula Santos e Corregedor da Fonseca seguravam uma enorme faixa onde se lia “Pôr o país a produzir, criar emprego”. Pela manhã, a CDU tinha andado por outro reduto comunista. A arruada em Alcochete foi a terceira mais longa que Jerónimo encabeçou nesta campanha. À sua espera tinha Francisco Lopes (primeiro candidato por Setúbal), e os deputados Bruno Dias e Paula Santos. Também chegou Heloísa Apolónia. Andou durante uma hora pelas ruas cheias de esplanadas, já com o carvão a arder para grelhar peixe: “Esta campanha está uma brasa.” Questionado sobre se considera mais natural uma aliança do PS com o CDS do que com o PCP, Jerónimo encolheu os ombros: “Eu não queria fazer insinuações”, mas o PS “sempre livremente se entendeu com a direita, mesmo quando teve maioria absoluta.” Deixava no ar que o PS só se irá virar para a esquerda se o CDS tiver um resultado tão baixo que não seja suficiente para, sozinho, ajudar o PS. E garantiu que “é mais fácil apanhar gambozinos do que a direita apanhar uma maioria absoluta.”

Isso está no programa? O PÚBLICO comparou os programas eleitorais e seleccionou algumas medidas que interessam a 10 perfis diferentes de eleitores

Contribuintes PSD/CDS Redução gradual, em quatro anos, da sobretaxa do IRS até à sua eliminação.

PS Fim da sobretaxa do IRS em dois anos; reanálise da estrutura dos escalões para aumentar a progessividade do imposto; imposto sucessório para financiar a Segurança Social; IVA da restauração a 13%; redução progressiva e temporária da TSU dos trabalhadores.

CDU Revogação da sobretaxa do IRS e introdução de 10 escalões de rendimento; redução da taxa normal de IVA para 21%, da taxa sobre a restauração para 13% e da taxa sobre electricidade e gás para os 6%; imposto sobre os depósitos acima dos 100.000 euros.

BE Eliminação da sobretaxa do IRS e reposição de oito escalões; diminuir o IVA da restauração para 13% e da electricidade e gás para os 6%, bem como a redução à taxa mínima dos bens de primeira necessidade; imposto sobre grandes fortunas.

PDR Estudar a possibilidade de uma conta-corrente entre a Autoridade Tributária e os contribuintes para abater créditos às dívidas fiscais.

Agir! Descida generalizada do IVA e aplicação de taxa reduzida às actividades de restauração; maior progressividade nos impostos directos sobre o rendimento e criação de imposto especial sobre as grandes fortunas.

MPT Abolição do IMI. Paulo Pena

PDR e o “eleitoralismo” da PaF Maioria absoluta é “incapacidade democrática”

O

líder do PDR acusou a coligação PSD/CDS de “eleitoralismo primário” por prometer devolver a sobretaxa do IRS durante a campanha e classificou as sondagens dos últimos dias como “burlas”. Em Guimarães, Marinho e Pinto acusou ainda o Governo de estar a fazer “terrorismo fiscal” e ainda se

vangloriar disso, apresentando os números da execução orçamental como positivos. “Estão a arrecadar o máximo que podem para gastar logo a seguir e continuam a pedir dinheiro emprestado para pagar os juros da própria dívida”, completou. “Isto é um Governo de loucos, sem o sentido do que é o interesse nacional”.

O

cabeça de lista do PCTP/ MRPP por Lisboa, Garcia Pereira, disse ontem que os apelos a uma maioria absoluta, quer da coligação PSD/CDS-PP, quer do PS, mostram uma “incapacidade democrática”. “Uma maioria absoluta é difícil que aconteça e os partidos que fazem apelos a isso mostram a

sua incapacidade democrática. As pessoas já sabem que devem rejeitar esta lógica maioritária e ditatorial”, afirmou Garcia Pereira. O candidato disse ainda que “há um desencanto” das pessoas pelos partidos, fruto de “quem os tem enganado, com uma política de alterne dos últimos 40 anos”. “Há mais miséria, mais pobres e os partidos

que pensam que vão ganhar as eleições silenciam a apresentação de alternativas”, sustentou o líder do PCTP/MRPP. Garcia Pereira mostrou-se ainda optimista quanto aos resultados. “Temos recebido um apoio muito marcado e, por isso, reforçamos a nossa expectativa de uma representação parlamentar”, disse. Lusa

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Comício Público

Um blogue feito por dez políticos que vivem e acompanham por dentro o dia-a-dia da campanha eleitoral. Entre também e contribua para o debate de ideias! www.publico.pt/legislativas2015

Prós e contras das ofertas eleitorais

Câmara oculta Nuno Ribeiro

Catarina Martins critica “campanha vale-tudo” da PaF e do PS

A

porta-voz do BE, Catarina Martins, afirmou ontem que PSD, CDS e PS estão a apostar numa “campanha vale-tudo”, com pedidos de “poder absoluto” e, no caso da coligação, com promessas de estabilidade e protecção dos funcionários públicos. “O vale-tudo da campanha eleitoral chega a este momento em que, a seis dias, começam a pedir maioria

absoluta. A direita, já se sabe, quer o poder absoluto para ir ao pote da Segurança Social, como foi sempre [...], o poder absoluto para vender o país a retalho”, afirmou Catarina Martins, num almoço-comício na Ribeira Grande, na Região Autónoma dos Açores. Já o PS, diz, “quer o poder absoluto para atacar pensões, para atacar o emprego”, depois de afirmar que não está disponível para acordos e para alterar

o conteúdo de um programa que prevê reduzir as pensões através do seu congelamento. Catarina Martins questionou as declarações de sexta-feira do líder social-democrata, dirigidas a funcionários públicos, pensionistas e desempregados: “Eis que Pedro Passos Coelho, num momento de campanha vale-tudo, agora quer proteger aqueles que sempre quis esmagar.”

Catarina Martins manteve o ataque aos partidos do centro: “Olhamos para os programas do centrão e não vemos uma única referência à dívida, uma única referência a um país que está a ser esmagado por um sistema financeiro, e dizem-nos ‘se nós fizermos de conta que não está cá, tudo há-de correr bem’. Aqui nos Açores sabem bem como isso não é verdade”, declarou. Lusa

A

campanha eleitoral vive da práxis dos programas. Mas não só. As circunstâncias da actualidade têm o seu tempo e registo, e marcam os discursos. É assim que nasce o tema do dia da cobertura informativa e televisiva. Anteontem, a questão candente foi a execução orçamental de 2015. Melhor: a simulação divulgada pelo Governo de que poderia devolver 35% da sobretaxa do IRS já em 2016. “Não é uma promessa, não é um anúncio para as eleições”, disse Passos Coelho em Espinho, em declaração captada pela 25.ª Hora da TVI 24. As reacções dos outros protagonistas foram apresentadas em carrossel de contraditórios. Os socialistas acusaram o executivo de propaganda eleitoral. Paulo Sá, da CDU, disparou que há atrasos propositados na devolução do IVA e do IRS. “Se a notícia fosse séria seria eleitoralismo, como é falsa é falta de vergonha”, criticou Catarina Martins, do Bloco. No século I antes de Cristo, Quinto, o irmão mais novo de Cícero, deu-lhe conselhos escritos para fazer carreira política. “O não-cumprimento de promessas dissolve-se muitas vezes numa nuvem de alterações de circunstância, de modo que a insatisfação que provoca contra ti acaba por ser mínima”, advertiu. Sem a voracidade do tema do dia, já então se equacionavam os prós e contras das ofertas eleitorais. Com as promessas a serem largamente compensadoras.

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LEGISLATIVAS 2015 Acompanhe em www.publico.pt/legislativas2015

A exemplar história de um homem que pela primeira vez decidiu não ir votar Aos 60 anos, a morar há quatro no Reino Unido, está como o país, envelhecido, endividado, à procura de saída lá fora Reportagem Ana Cristina Pereira Texto e Nelson Garrido Fotografia

N

ão vai votar. Desta vez, não quer, não está para aí virado. Desde o 25 de Abril de 1974, Aníbal Reis só não votou nas presidenciais de 27 de Junho de 1976, ganhas pelo general Ramalho Eanes. Estava internado num hospital e roeu-se por dentro por não poder participar naquela histórica decisão. Teve uma infância difícil. Começou a trabalhar aos 11 anos numa pensão. Só tornou à escola por lá no bairro, na freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias, no concelho de Ourém, terem criado turmas de 5.º e 6.º. Estava no 9.º quando foi à inspecção. Já não teve de andar no mato de G3 ao ombro. Naquele ano, Portugal libertou-se da ditadura e da guerra colonial e anos depois virou-se para a Europa. Aníbal quis ter casa, fazer férias no Sul, dar curso superior à filha. E durante anos tudo isso pareceu possível. De súbito, tudo se desmoronou. Passa horas ao balcão, em Salford, nos arredores de Manchester, Noroeste de Inglaterra, de calça e colete. Trabalha no restaurante Taste of Portugal, traduzível por “Sabor de Portugal”. É como se o seu rosto fosse o rosto de uma nação envelhecida, endividada, calma, mas diligente, à procura de saída lá fora. Não pensou que um dia teria de emigrar, como o pai. Durante 14 anos, trabalhou numa loja de produtos agrícolas e viu o negócio prosperar ao sabor da modernização de uma agricultura arcaica — Bruxelas impulsionou

o investimento em máquinas, estábulos, novas plantações, sistemas de drenagem. O país viveu um “boom” de construção. Aproveitando uma oportunidade para ganhar mais, Aníbal mudou-se para uma fábrica de tintas. “Tinha um gozo especial em abrir clientes”, diz. Ao fim de nove anos, foi aliciado pela concorrência. Volvidos dois anos, saiu do ramo. Já se sentia a retracção do investimento nas obras públicas, da recessão no mercado do imobiliário, depois de anos de desvario. O novo emprego, numa fábrica de máquinas de rótulos, durou menos de seis meses. “Havia ali algo de estranho. A empresa acabou por fechar.” Que fazer quando se fica desempregado, aos 52 anos, num país que amiúde recusa contratar trabalhadores mais velhos e não se coíbe de usar o critério etário na hora de despedir? Decorria o Verão de 2008. Ainda nem caíra o Lehman Brothers, pedra de toque da crise, que começou no mercado de crédito imobiliário de alto risco dos EUA e se propagou à Europa, em particular ao Sul. Iam no adro as notícias sobre despedimentos, suspensões de contratos de trabalho, reduções de horário. Em 2008, a taxa de desemprego foi de 7,6%. Subiu para 12,7% em 2011, ano em que a troika desembarcou em Portugal. Subiu para 15,5% em 2012 e para 16,2% em 2013. E desceu para 13,9% em 2014 e para 12,4% em 2015, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Muito por efeito de gente que deixou de contar, como Aníbal. Quando cá estava, fez “tudo o que apareceu”. Vendeu cartões de crédito numa grande

superfície comercial. Trabalhou no recenseamento agrícola, no recenseamento da população, no recenseamento da habitação. Vestiu a pele de cliente mistério em lojas de telecomunicações e companhias de seguros. Comoveu-se ao entrevistar vítimas de esclerose múltipla. Foi administrativo numa junta de freguesia. Só trabalhos pontuais, mal pagos, muitas vezes tarde. E contas, contas, contas… Nos anos 90, quando era permitido sonhar tudo, tudo, Aníbal pegara nos 60 mil euros que tinha poupado e construíra uma casa espaçosa. “Tinha o terreno e pensei: até ao telhado fica feito; o resto, hei-de conseguir.” Para a tornar habitável pedira outros 52,5 mil, com juros de 9%. Nunca chegou aos últimos acabamentos. Se se põe a pensar nisso, até pela conversa que por aí vai, é capaz de dizer que se deixou levar pelas facilidades do crédito. Se pensa mais ainda conclui que nunca lhe passou pela cabeça que um dia não conseguiria pagar comida, água, luz, medicamentos e 393 euros de prestação ao banco. Sempre acreditou que haveria dois salários a entrar até ele e a mulher chegarem à idade da reforma. As depressões da mulher alongaram-se. Ela deixou de conseguir trabalhar. Enquanto ele teve salário, foram aguentado. Depois… “O gerente do banco a telefonar para casa e eu já sem saber o que dizer.” Ele conhecia as respostas: “Não estou a trabalhar”; “Não recebi”, “Não tenho dinheiro.” Quantas pessoas fingiriam não ouvir o telefone ou atenderiam e engoliriam em seco, como ele? Repetiam-se as notícias sobre famílias forçadas a entregar a casa ao banco. E sobre insolvências

— já não relacionadas com o sector têxtil, como acontecera no início do século, quando a União Europeia abriu as portas à China, mas na construção, nos serviços, até nas famílias. Foram várias as gerações que saíram às ruas a 12 de Março de 2011. A família de Aníbal espelhava o porquê. Nunca se tornou jornalista a filha, que se licenciou em Comunicação e passou por vários estágios e trabalhos precários, antes de se tornar administrativa num hospital privado. “Os pais quiseram o melhor para os filhos, investiram muito na educação deles, depois a situação do país alterou-se... De um momento para o outro, ficaram pais e filhos à rasca.” Não podia afundar-se, como o país. “Tive de dar uma volta à vida. Tive de renegociar o empréstimo — o meu pai tinha algum dinheiro e ajudoume.” E teve de partir. Portugal esvaziava-se. O número de imigrantes não parava de descer –443 mil em 2010, 434 mil em 2011, 414 mil em 2012, segundo o Serviço

de Estrangeiros e Fronteiras. E o número de emigrantes não parava de subir — 70 mil em 2010, 80 mil em 2011, 95 mil em 2011, pelos cálculos do Observatório da Emigração, que tem por base os registos de entrada dos portugueses nos países de destino. Não partiam apenas jovens, solteiros ou recém-casados, como nas décadas de 60 e 70. Partiam pessoas de todas as idades. Durante décadas, o fluxo para o Reino Unido fora discreto. Com o fim da exigência da autorização de trabalho, houvera um estouro. Pouco a pouco, tornouse o principal destino dos que deixavam Portugal. Apesar do alarido em torno dos qualificados, a maior parte tem formação baixa ou média, como Aníbal. Responde a sectores da economia impossíveis de deslocalizar, como o comércio, as limpezas, a segurança, a construção, a agricultura ou a indústria agro-alimentar. Aníbal experimentou antes de se atirar de cabeça. Em 2008, 2009, 2010, 2011 cumpriu contratos de sete

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Avaliação dos líderes

Quatro especialistas avaliam semanalmente o comportamento dos líderes das quatro principais formações políticas candidatas às eleições de 4 de Outubro. Veja os resultados em www.publico.pt/legislativas2015 Próxima avaliação na sexta, 2 de Outubro

a oito semanas numa fábrica de embalamento de perus, no condado de Norfolk, Leste de Inglaterra. A empresa de Lisboa, que já antes o recrutara, procurava quem quisesse trabalhar seis meses na apanha de morangos, numa produção agrícola, no condado de West Midlands, Oeste de Inglaterra. “Pagámos 300 euros cada um”, recorda. A 5 de Maio de 2012, foram 14 portugueses para Evechan, a uns 40 quilómetros de Birmingham. “Tínhamos visto um vídeo muito bonito em Lisboa. As instalações eram em caravanas, mas ok. Quando lá chegámos, já quase à noite, o que fomos encontrar? Uma coisa velha. Só ervas em volta. Não havia gás. Não havia condições mínimas. Não passei tão mal essa noite, como outros, porque trazia uma mantinha. E não havia trabalho.” Revoltados, telefonaram à empresa de recrutamento. “Então mandam para aqui o pessoal e não há trabalho?” Resolveram o problema do alojamento. Passaram a dormir em quartos duplos, num pavilhão,

“O gerente do banco a telefonar para casa e eu já sem saber o que dizer.” Ele conhecia as respostas: “Não estou a trabalhar”, “Não recebi”, “Não tenho dinheiro” com acesso a cozinha industrial e balneários — pagavam 3 libras por dia pelo alojamento e iam às compras para cozinhar. Mas esperaram três semanas que os morangos ficassem no ponto. Não estava “descalço”. Levara 220 libras. Havia quem tivesse levado bem menos e ao fim de quinze dias já chorasse. Alegraramse quando, por fim, viram os seus

nomes no placard de trabalhadores requisitados. “Tínhamos de estar prontos às três e tal da manhã para ir trabalhar. Às quatro já se começa a ver sol. Quando chegámos ao campo, umas 70 a 80 pessoas, chamaram um a um. Eu não percebia grande inglês, mas fiquei com a sensação que íamos apanhar tabuleiros com dez cuvetes de morangos e que por cada tabuleiro iam pagar uma libra e vinte. No nosso grupo havia um rapaz que falava bem inglês. ‘Ó Pedro, é assim?’ ‘Também estou a perceber isso’.” Protestaram em vão. “O indivíduo que lá estava disse: ‘Não quero saber!’” Puseram-se em linha. As estufas teriam à volta de 800 metros cada. Decorridos uns minutos, ordem para parar. “As ervas daninhas e os morangos podres tinham de ir para o rego. Mais trabalho dava! Como íamos ganhar o dia? No primeiro dia, o que apanhou mais fez nove tabuleiros. Eu fiz seis!” Não foi trabalhar no segundo dia. Fingiu doença. No terceiro, todos os portugueses e todos os húngaros fizeram o mesmo. Protestaram em coro. Os romenos seguiram para as estufas. “Tivemos ali momentos terríveis… Não tínhamos com quem falar. Que fazer? Como sair dali? Para onde?” Apareceu a polícia. Atrás dela, uma equipa de um jornal nacional. Era só mais um caso de trabalhadores comunitários explorados no Reino Unido. O problema, como já tantas vezes explicou o geógrafo Jorge Malheiros, é que a circulação de trabalhadores na União não se faz entre iguais. Na carteira, Aníbal tinha um cartão de uma amiga dos seus tempos de juventude. “Telefoneilhe. Disse ela: ‘Eu estou é no País de Gales.’ Relatei-lhe a situação. ‘Vou aí buscar-te.’ Eu disse: ‘Não, eu tenho dinheiro para apanhar um autocarro e ir ter contigo. Preciso é de algum apoio.’ E ela disse: ‘Isto é uma cidadezinha, mas tem alguma indústria, há um cafézinho português. Vem cá ter.’” Apanhou uma camioneta para Birmingham e de lá seguiu para Gales. Como prometido, a amiga levou-o ao café. A dona do café teve com ele uma longa conversa. Tão longa que Aníbal até estranhou. Naquele mesmo dia, à noite, telefonou-lhe a dizer que talvez o marido lhe desse trabalho. Ouviu a proposta de manhã. Iriam abrir um restaurante/mercearia na

Área Metropolitana de Manchester. O salário base seria baixo, mas teria alojamento e alimentação. “Estavam a iniciar o negócio, não sabiam se ia dar ou não.” Instalou-se em Salford. Partilhava casa com o cozinheiro e um dos sócios do restaurante/ mercearia. Pagava contas em Portugal. Parecia estar tudo a encaminhar-se na sua vida. Todos os dias, telefonava à mulher. Muitas vezes, tarde, já às 23h ou às 24h, depois de terminar o serviço. Uma noite, ela não atendeu. “Adormeceu”, pensou ele. No dia seguinte, telefonaramlhe. Fora encontrada morta à saída de casa. Era bipolar. Apesar do apoio familiar, psicológico, psiquiátrico, fora aumentando a dose de comprimidos. “Tomouos em excesso e quando acordou — aquilo não é acordar, é estar zonza — saiu. Pelo relatório da autópsia, deve ter tido um choque térmico associado ao consumo de medicamentos.” “Eu, sozinho não me sinto”, assegura. “Procuro não estar sozinho. Não paro. Também não me ponho a pensar: ‘Ai, o que vou fazer à minha vida?’ É um dia de cada vez. Hoje, é um e amanhã há-de ser outro. Não vale a pena fazer grandes planos. As voltas que a minha vida já deu! Eu ganhei muito dinheiro como vendedor em Portugal. Nos anos bons da construção, tive meses a ganhar 500 contos!” Há-de ficar por ali pelo menos até ter tudo pago. “Tenho saudades de pessoas, mas isso aguenta-se”, sorri. “Sinto uma grande desilusão com Portugal. A nível de governos, então! Mesmo aqui, a forma como tratam as pessoas no consulado é erradíssima. Aumentou a emigração, mas diminuíram o pessoal. Se preciso de qualquer coisa, tenho de marcar e três meses depois é que sou atendido.” Não foi ao consulado de Manchester recensear-se, nem apanhará um avião para vir votar. Uma vez mais, reflecte uma tendência: no círculo europeu, o número de recenseados passou de 75.053 em 2011 para 78.253 em 2015; no do resto do mundo, de 120.056 para 164.273. Pela primeira vez na vida, Aníbal não quer votar, não está para aí virado. Irrita-o a espécie de bipartidarismo em que o país caiu. Acha que a democracia não se cumpriu e está farto de fazer de conta. “Portugal é uma semidemocracia.”

Peixeirada em Setúbal

Apanhados na rede Pedro Guerreiro

O

problema da rua como barómetro eleitoral é que só é mensurável na presença das câmaras. Com o grosso dos jornalistas a acompanhar Passos, Portas e Costa no Norte, as arruadas a sul poderiam ter-se tornado ontem num ponto cego. Valeu-nos o cidadão tornado repórter, com todas as suas fragilidades e as redes sociais como meio de difusão sem filtro. E o que o vídeo viral nos mostrou é que o optimismo que tem reinado na coligação não basta para conquistar terrenos historicamente hostis. Em Setúbal, a cidade onde até os gatos são vermelhos, a cabeça de lista da coligação Maria Luís Albuquerque foi recebida com apupos e insultos no Mercado do Livramento. “Ladrões”, “gatunos” e algum contacto físico, ainda que sem a violência dos incidentes de dia 12 no mercado de Braga ou de sextafeira em Espinho. A conturbada acção de campanha foi registada num vídeo partilhado no Facebook pelo consultor de marketing Bruno Carapinha, afecto ao PS (sem relação aparente com o homónimo candidato do Livre). Horas após a publicação, e antes da divulgação de qualquer notícia sobre o incidente, já dezenas de milhares de pessoas tinham visualizado as imagens. Nos comentários, dirigentes socialistas locais distanciavam-se do episódio, enquanto militantes da coligação condenavam os actos. Na entrada para a semana decisiva da campanha eleitoral, e depois de acções de campanha dos dois maiores partidos no interior, os incidentes no Livramento mostram que ainda há no litoral um país em disputa. Se é que a rua tem o peso que lhe é dado.

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Corte: 9 de 9 PAULO PIMENTA

LEGISLATIVAS POR QUE É QUE PASSOS E COSTA PEDEM MAIORIA ABSOLUTA Destaque, 4 a 11 Líder do PS, António Costa, ontem, numa feira na Trofa, na Área Metropolitana do Porto

LEGISLATIVAS 2015 INQUÉRITO DIÁRIO PaF 37,5% PS 32,8% CDU 8,9% BE 6,7% COLIGAÇÃO MANTÉM VANTAGEM COSTA À FRENTE ENTRE OS JOVENS Destaque, 4 a 11

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Redes sociais entram na campanha de todos os partidos

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Público Online

Data Publicação:

27-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=30ebac7

Por Lusa 27/09/2015 - 11:27 Thierry Roge/Reuters Os partidos que concorrem às eleições legislativas de 4 de Outubro têm pelo menos uma coisa em comum: todos estão presentes na Internet, com sites e páginas numa ou em mais redes sociais, demonstrando que a campanha também é digital. Apesar de serem "um fenómeno relativamente recente, já nenhum candidato ignora este novo meio de comunicação" e, por isso, "as redes sociais são hoje fundamentais quando se define qualquer estratégia de comunicação política eleitoral", afirmou a especialista em comunicação, comunicação política digital e análise do discurso, Mafalda Lobo. "Nota-se que, cada vez mais existe uma maior preocupação por parte dos candidatos políticos, em estar presente nas redes sociais, e uma preocupação crescente em incorporar nas campanhas o maior número de redes sociais, com destaque para o Facebook e Twitter, de forma a alimentar a rede com o máximo de informação sobre a campanha em tempo real", acrescentou. Prova disso é que o PS, além do site costa2015.pt, criado para estas eleições, tem páginas no Facebook, no Twitter, no Instagram, no Flickr e no Tumblr. A coligação 'Portugal à Frente', que junta o PSD e o CDS-PP, marca presença nas mesmas redes sociais, à excepção do Tumblr. A presença dos outros partidos é menor. A CDU, coligação que junta o PCP e Os Verdes, está presente apenas no Twitter e no Facebook. Já o Bloco de Esquerda marca presença no Twitter, no Flickr e no Facebook. O Livre/Tempo de Avançar está no Instagram, no Twitter e no Facebook, aqui com duas páginas, uma para cada um destes movimentos. No Facebook, a mais popular das redes, encontram-se ainda páginas do Partido Democrático Republicano (PDR), do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), do Nós, Cidadãos!, do Partido Popular Monárquico (PPM), do Partido Nacional Renovador (PNR) e do Partido da Terra (MPT). "Embora as páginas de website continuem a ser criadas em períodos eleitorais, as redes sociais apresentam hoje uma dinâmica diferente em períodos de campanha porque permitem, por um lado a participação dos cidadãos/eleitores através de gostos, comentários e partilhas face aos conteúdos apresentados, e por outro, permitem às candidaturas terem acesso à forma como os cidadãos/eleitores reagem às propostas, ideias e programas dos candidatos para o país", defendeu Mafalda Lobo. Com a introdução das redes sociais nas campanhas, "o cidadão/eleitor deixou de ser um sujeito passivo na assimilação de conteúdos políticos, em que a televisão assumia o papel preponderante, para passar a ser um agente activo, que participa no debate político, discute política e assume o papel do contraditório, rompendo-se a barreira dos media tradicionais". Apesar de o PS e o PSD serem considerados os grandes partidos, se as eleições acontecessem nas redes sociais o mais votado seria o PAN, cuja página tem cerca de 78 mil likes (gostos). A página Costa2015 tem cerca de 39 mil e a da coligação Portugal à Frente à volta de 33 mil. "Existem vários indicadores que podem ser denunciadores da influência que os candidatos exercem sobre os potenciais cidadãos/eleitores nas redes sociais, mas que a meu ver não servem de barómetro para se perceber possíveis resultados nas urnas", considerou a especialista. Segundo Mafalda Lobo, "o número de gostos, comentários e o número de vezes que os partidos são referidos, podem ser relevantes, por exemplo, para definir a popularidade de um candidato, ou para se perceber as reacções positivas ou negativas das propostas políticas apresentadas pelos candidatos, mas não permite perspectivar o resultado no dia das eleições". A especialista recorda que o que aconteceu com Fernando Nobre nas presidenciais de 2011: "Foi o candidato que mais gostos e mais popularidade teve nas redes sociais, tendo conseguido obter no final da campanha mais de 38 mil seguidores no Facebook, face aos 28 mil da página de Cavaco Silva, mas isso não significou a sua vitória nas

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eleições". 27/09/2015 - 11:27 Lusa

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Inquérito diário: Indecisos aumentam a uma semana das eleições

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

27-09-2015

Meio:

Público Online

Autores:

Nuno Ribeiro

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=ca493e29

Por Nuno Ribeiro 27/09/2015 - 20:01 Na projecção com distribuição de indecisos, a coligação de Passos e Portas tem 5,1 pontos de vantagem sobre o PS de António Costa. O número de indecisos e de indivíduos que se recusam a responder tem vindo progressivamente a aumentar desde a divulgação, em 22 de Setembro, do primeiro inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, a TVI e a TSF. Na sétima entrega deste estudo, na projecção com indecisos, 22,8% dos inquiridos. afirmam não saber em quem vão votar ou recusam revelar a intenção de voto. Este valor é o mais elevado da série, depois de nas primeiras três entregas este nível se ter situado sempre abaixo dos 20%. O resultado do trabalho de campo de hoje, realizado entre 23 e 26 de Setembro num total de 1025 entrevistas, marca o nível mais elevado desta categoria. Entre o primeiro estudo e o inquérito mais recente, os indecisos passaram de 18,5 para 22,8%, ou seja, cresceram 4,3 pontos percentuais. Esta tendência foi, assim, sempre em crescendo. Mais homogéneo é o comportamento dos inquiridos que afirmaram não irem votar. Ou seja, que já decidiram optar pela abstenção. No primeiro estudo, num universo de 753 entrevistados, 55 admitiram esta opção. Este número, segundo exercício do PÚBLICO, corresponde a 7,3% dos inquridos. No inquérito que hoje divulgamos, em 1025 entrevistados, 75 declaram não votar, ou seja, os mesmos 7,3%. Pelo meio, a percentagem de inquiridos que se declararam abstencionistas variou entre um mínimo de 6,4% e um máximo de 7,6%. Quanto aos resultados por partido, a projecção com distribuição de indecisos continua a ser liderada por Portugal à Frente (PaF), a coligação do PSD e do CDS/PP. A PaF obtém 38,1%, conseguindo uma vantagem de 5,1 pontos para o PS, que alcança 33%. Esta é, até agora, a maior vantagem da força liderada por Passos Coelho e Paulo Portas face aos socialistas de António Costa. Veja a evolução desta tracking poll Em terceiro lugar, está a CDU, a coligação do PCP com Os Verdes, com uma projecção de nove por cento, uma décima mais do que na véspera. Já o Bloco de Esquerda mantém-se nos 6,7%. A distribuição de votos noutros partidos cai 0,4 pontos, para 4,1%, e a percentagem de brancos e nulos também desce meio ponto, passando a ser de 9,1%. Por faixa etária, a coligação governamental lidera em todos os três segmentos considerados - 18 a 34, 35 a 54, e 55 e mais anos. Na distribuição geográfica, a força de Passos e Portas está à frente no Norte, Centro, Lisboa e recupera o Algarve aos socialistas. Pelo que o PS de Costa só lidera no Alentejo. Entre as forças sem representação parlamentar, o Partido Democrático e Republicano (PDR) de Marinho e Pinto mantem-se à frente. Existe um triplo empate no segundo lugar, entre o Livre/Tempo de Avançar de Rui Tavares e Ana Drago, o PCTP/MRPP de Garcia Pereira e o Pessoas, Animais e Natureza (PAN). Depois de nos primeiros inquéritos aparecer eleitoralmente desapercebido, o Livre tem vindo em recuperação. Movimento de sentido contrário é o do PCTP/MRPP. Contudo, trata-se de um pequeno universo, pois o número de respostas favoráveis é de oito a quatro. Donde, o seu significado é restrito. Ficha técnica Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e

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Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 23 e 26 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58,1%. O que é uma tracking poll Uma tracking poll é um inquérito diário, que, mais do que os números do dia, indica a evolução das tendências de subida e descida das intenções de voto nos partidos. Trata-se de um exercício com longa tradição nos Estados Unidos e que ganha especial relevância num cenário de grande imprevisibilidade de resultados. "As sondagens são retratos do momento", explica António Salvador, director-geral da empresa de estudos de mercado Intercampus. A tracking poll, por seu turno, é uma fotografia em movimento do impacto da campanha nos eleitores, uma "observação diária das percepções dos portugueses" a partir do estudo de uma amostra em permanente renovação. No primeiro dia, 21 de Setembro, a Intercampus apresentou os resultados de 750 entrevistas telefónicas. No dia seguinte, foram realizadas mais 250 entrevistas que se somam às anteriores, perfazendo um total de 1000. Posteriormente, todos os dias são somadas outras 250 novas entrevistas e retiradas as 250 menos recentes, mantendo o total de cerca de 1000. O objectivo é renovar a amostra e evitar uma acumulação de respostas que iria diluir as variações diárias das intenções de voto. A amostra, seleccionada aleatoriamente, é rigorosamente representativa da população de Portugal Continental em termos de género e de idade. A 29 de Setembro, o PÚBLICO e a Intercampus vão divulgar uma última grande sondagem antes das legislativas de 4 de Outubro, com 1000 inquiridos a simular o voto em urna. As sondagens são fiáveis em Portugal? 27/09/2015 - 20:01 Nuno Ribeiro

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Partidos sem assento parlamentar desdobram-se em ações de campanha

Tipo Meio:

Internet

Meio:

RTP Online

Data Publicação:

27-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=a5448166

Joana Machado, Pedro Mateus, Cristina Gomes - RTP 27 Set, 2015, 20:53 | Política Marinho e Pinto promete devolver "a nobreza original" à política. O Partido da Terra defendeu o fim do IMI. O Partido dos Reformados apelou ao apoio de jovens e precários para lutarem por reformas dignas no futuro. O PAN quer mais tempo para a família. Já o AGIR fez um protesto sonoro à porta da casa de Ricardo Salgado. Please enable JavaScript to view the Powered by Disqus. 27 Set, 2015, 20:53|

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Partidos sem assento parlamentar desdobram-se em ações de campanha

Tipo Meio:

Internet

Meio:

RTP Online

Data Publicação:

27-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=1b832dbb

Marinho e Pinto promete devolver "a nobreza original" à política. O Partido da Terra defendeu o fim do IMI. O Partido dos Reformados apelou ao apoio de jovens e precários para lutarem por reformas dignas no futuro. O PAN quer mais tempo para a família. Já o AGIR fez um protesto sonoro à porta da casa de Ricardo Salgado. Please enable JavaScript to view the Powered by Disqus. 27 Set, 2015, 20:53 / atualizado em 27 Set, 2015, 22:42|

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PAN quer aumento da licença parental para 12 meses

Tipo Meio:

Internet

Meio:

TVI 24 Online

Data Publicação:

27-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=6e317397

"É uma violência estar a separar mais filhos ou pais e filhos com quatro, cinco, seis meses", defende André Silva O cabeça de lista por Lisboa do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) defendeu este domingo o aumento da licença parental para 12 meses, tendo criticado também a ausência de medidas eleitorais na campanha por parte dos 'grandes partidos'. "Preocupam-nos os desequilíbrios profundos que existem nas famílias portuguesas e neste caso nós propomos o aumento do período de parentalidade dos quatro meses para os 12 meses, repartido entre os progenitores e outros responsáveis parentais", afirmou aos jornalistas o cabeça-de-lista por Lisboa, André Silva, no final de uma iniciativa de campanha em Belém, Lisboa. Para o candidato, "é uma violência estar a separar mais filhos ou pais e filhos com quatro, cinco, seis meses". André Silva criticou os principais partidos com representação parlamentar porque, na sua opinião, não se vêm "medidas a serem lançadas", apenas reações de parte a parte. Cerca de uma dezena de apoiantes e candidatos do PAN estiveram hoje nos jardins de Belém a distribuir panfletos, marcadores de livros com receitas vegetarianas e um jogo. Entre a comitiva estava também o cão Timóteo, a mascote do partido, que ajudou a cativar os mais novos. Num local maioritariamente frequentado por famílias e pessoas com animais de companhia, a comitiva encontrou uma apoiante que afirmou votar "sempre no PAN" mas que se mostrou desiludida porque "nunca elegem deputados". O partido respondeu com um: "este ano é que é". Outra medida proposta pelo PAN passa por "equiparar o IVA da alimentação dos animais de companhia e o IVA dos tratamentos medico-veterinários à taxa reduzida de 6%, e também poder fazer uma dedução em sede de IRS destas despesas". Quanto ao decorrer da campanha eleitoral do partido, o dirigente André Silva considerou ser positiva e com "uma enorme recetividade", havendo "um número cada vez maior de pessoas que conhecem o PAN e um número cada vez maior que diz que vai votar no PAN". "O barómetro e o 'intensímetro' do voto na rua não tem nada que ver com aquilo que são as projeções e as sondagens", vincou o candidato, mostrando-se convicto de que o PAN conseguirá representação parlamentar na próxima legislatura. "Vamos ter uma votação significativa no próximo dia 04 de outubro, que é o dia do animal e do médico veterinário", rematou. 2015-09-27T14:45:00.000+01:00

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Campanha eleitoral salta das ruas para a internet

Tipo Meio:

Internet

Meio:

TVI 24 Online

Data Publicação:

27-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=26f10cc8

Se as eleições acontecessem nas redes sociais o mais votado seria o PAN Os partidos que concorrem às eleições legislativas de 04 de outubro têm pelo menos uma coisa em comum: todos estão presentes na Internet, com sites e páginas numa ou em mais redes sociais, demonstrando que a campanha também é digital. Apesar de serem "um fenómeno relativamente recente, já nenhum candidato ignora este novo meio de comunicação" e, por isso, "as redes sociais são hoje fundamentais quando se define qualquer estratégia de comunicação política eleitoral", afirmou a especialista em comunicação, comunicação política digital e análise do discurso, Mafalda Lobo, em declarações à agência Lusa. De acordo com esta especialista, "nota-se que, cada vez mais existe uma maior preocupação por parte dos candidatos políticos, em estar presente nas redes sociais, e uma preocupação crescente em incorporar nas campanhas o maior número de redes sociais, com destaque para o Facebook e Twitter, de forma a alimentar a rede com o máximo de informação sobre a campanha em tempo real". Prova disso é que o PS, além do site costa2015.pt, criado para estas eleições, tem páginas no Facebook, no Twitter, no Instagram, no Flickr e no Tumblr. A coligação 'Portugal à Frente', que junta o PSD e o CDS-PP, marca presença nas mesmas redes sociais, à exceção do Tumblr. A presença dos outros partidos é menor. A CDU, coligação que junta o PCP e Os Verdes, está presente apenas no Twitter e no Facebook. Já o Bloco de Esquerda marca presença no Twitter e no Flickr, sendo ainda possível encontrar no Facebook páginas das várias concelhias e ainda da portavoz do partido, Catarina Martins. O Livre/Tempo de Avançar está no Instagram, no Twitter e no Facebook, aqui com duas páginas, uma para cada um destes movimentos. No Facebook, a mais popular das redes, encontram-se ainda páginas do Partido Democrático Republicano (PDR), do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), do Nós, Cidadãos!, do Partido Popular Monárquico (PPM), do Partido Nacional Renovador (PNR) e do Partido da Terra (MPT). "Embora as páginas de website continuem a ser criadas em períodos eleitorais, as redes sociais apresentam hoje uma dinâmica diferente em períodos de campanha porque permitem, por um lado a participação dos cidadãos/eleitores através de gostos, comentários e partilhas face aos conteúdos apresentados, e por outro, permitem às candidaturas terem acesso à forma como os cidadãos/eleitores reagem às propostas, ideias e programas dos candidatos para o país", defendeu Mafalda Lobo. Com a introdução das redes sociais nas campanhas, "o cidadão/eleitor deixou de ser um sujeito passivo na assimilação de conteúdos políticos, em que a televisão assumia o papel preponderante, para passar a ser um agente ativo, que participa no debate político, discute política e assume o papel do contraditório, rompendo-se a barreira dos media tradicionais". Apesar de o PS e o PSD serem considerados 'os grandes partidos', se as eleições acontecessem nas redes sociais o mais votado seria o PAN, cuja página tem cerca de 78 mil 'likes' (gostos). A página Costa2015 tem cerca de 39 mil e a da coligação Portugal à Frente à volta de 33 mil. "Existem vários indicadores que podem ser denunciadores da influência que os candidatos exercem sobre os potenciais cidadãos/eleitores nas redes sociais, mas que a meu ver não servem de barómetro para se perceber possíveis resultados nas urnas", considerou a especialista. Segundo Mafalda Lobo, "o número de gostos, comentários e o número de vezes que os partidos são referidos, podem ser relevantes, por exemplo, para definir a popularidade de um candidato, ou para se perceber as reações positivas ou negativas das propostas políticas apresentadas pelos candidatos, mas não permite perspetivar o resultado no dia das eleições". A especialista recorda que o que aconteceu com Fernando Nobre nas presidenciais de 2011: "Foi o candidato que mais gostos e mais popularidade teve

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nas redes sociais, tendo conseguido obter no final da campanha mais de 38 mil seguidores no Facebook, face aos 28 mil da página de Cavaco Silva, mas isso não significou a sua vitória nas eleições". 2015-09-27T09:38:00.000+01:00

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Duração: 00:03:47

RTP Informação - Diário OCS: RTP Informação - Diário de de Campanha Campanha ID: 61181960

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Em análise: campanha dos partidos pequenos http://www.pt.cision.com/s/?l=cb24ca76

Comentários de Ricardo Jorge Pinto e Miguel Pinheiro à prestação da campanha dos pequenos partidos.

Repetições: RTP Informação - Diário de Campanha , 2015-09-26 02:23

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ID: 61137364

26-09-2015

Tiragem: 12000

Pág: 6

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 12,81 x 25,48 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

agenda de campanha RL/TA O comício de hoje, às 21H30, no Centro Norton de Matos culmina um dia de grande atividade da candidatura cidadã Livre/Tempo de Avançar. De manhã, os candidatos irão estar na Lousã e contactam com a população em Coimbra. Às 14H30, e já com Rui Tavares e Ana Drago, tem lugar a ação“Limpar uma rua para começar a limpar o País!” nas Escadas do Quebra Costas. Na rua Direita, realiza-se a iniciativa “A cidade destruída para uma obra por realizar – o Metro Mondego”. RPNR O líder nacional do Partido Nacional Renovador, José Pinto Coelho, está hoje em Coimbra. Pelas 10H30, os candidatos irão fazer campanha no Mercado D. Pedro V e na Baixa, terminando com um almoço na freguesia de Santo António dos Olivais. RPàF A Economia do Mar é o tema da manhã de hoje da coligação Portugal à Frente. Figueira da Foz é o concelho escolhido, estando previstas ações no Mercado Municipal, passagem pela orla costeir uma visita ao Porto. De tarde, os candidatos vão andar por Ceira, Torres do Mondego, Almalaguês e Parque Verde. Penacova, Oliveira do Hospital, Mira e Penela serão os concelhos para domingo. RNC A campanha do Nós Cidadãos! vai andar hoje de manhã na Feira do Norton de

Matos e, depois de almoço, na Feira de Velharias. Este domingo, irão estar em Pereira e Montemor-o-Velho, para a partir das 15H00estarem na Figueira da Foz. RPCTP/MRPP Os candidatos do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses irão estar hoje nos concelhos de Pampilhosa da Serra e Góis para debater questões relacionadas com a interioridade. Amanhã, é a vez dos concelhos de Condeixa-a-Nova e Penela. RMPT O Partido da Terra vai organizar amanhã uma caminhada ecológica, com partida da Câmara Municipal de Coimbra pelas 10H00. Na iniciativa irá estar presente o presidente do partido, José Inácio Faria. A campanha termina ao almoço na Quinta do Mourão, em Tentúgal. RPAN Hoje, os candidatos do partido Pessoas, Animais e Natureza vão andar por Condeixa-a-Nova (manhã) e Lousã (tarde). RPS O dia de hoje do partido Socialista será passado entre Coimbra, Penacova e Figueira da Foz. A Feira do Bairro Norton de Matos e as freguesias de Cernache, Ceira, Torres do Mondego e Almalaguês são as propostas conimbricenses. Feira de S. Pedro de Alva e Mercado de Buarcos são as outras ações. Amanhã, e para além de Coimbra, estão agenda-

das deslocações a Oliveira do Hospital e Penela. Ribeira de Frades, S. Martinho do Bispo, Souselas, Trouxemil e Torre de Vilela, Eiras e S. Paulo de Frades, Antuzede e Vil de Mato e S. Martinho de Árvore e Lamarosa terão elementos da candidatura socialista. RCDU Os candidatos da Coligação Democrática Unitária irão estar hoje divididos pelos concelhos de Penacova (Feira S. Pedro Alva, Festa em Friúmes e missa no Roxo), Coimbra (Feira do Bairro Norton de Matos), Oliveira do Hospital (Lagares da Beira), Montemor-o-Velho (Carapinheira), Lousã (população) e Figueira da Foz (sessão em Quiaios). No domingo, o destaque vai para as 16H00 no Parque Verde do Mondego, onde está prevista a realização de um passeio pelo bem-estar animal. RBE A manhã de hoje do Bloco de Esquerdaserá passada na Figueira da Foz. Pelas 10H30, os candidatos irão andar pelo Mercado Municipal, terminando com um almoço de simpatizantes no concelho. Amanhã, a candidatura irá participar no “mega almoço” nacional do partido. RPDR O Partido Democrático Republicano irá estar hoje no Mercado da Lousã, Feira do Bairro Norton de Matos e Feira de S. Miguel (Penela). Mercado da Tocha é a ação agendada para amanhã.

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ID: 61137365

26-09-2015

Tiragem: 12000

Pág: 6

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 12,93 x 25,48 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

PAN quer manter votação de 2011

DB-Luís Carregã

Candidatos da região estiveram ontem em Coimbra

1 1 1 Há quatro anos atrás, o PAN foi a sexta formação política mais votada no distrito de Coimbra. Ao todo, o antigo Partido pelos Animais e Natureza conseguiu 2.535 votos (1,12%). No próximo domingo, dia 4 de outubro, o cabeça de lista Vítor Marques espera manter ou até aumentar a votação. “Apesar de termos mudado de nome, continuamos a defender os animais e a natureza”, afirmou. Sobre a campanha eleitoral, e à margem de uma arruada feita na Baixa de Coimbra e onde também estiveram cabeças de lista de outros distritos da região, o mandatário da candidatura referiu que ela tem decorrido dentro das expetativas, realçando mesmo que em muitos dos contactos “as pessoas reconhecem o nosso partido e defendem as nossas causas”. Uma delas é o fim da Garraiada na Queima das Fitas.

O PAN começou por se chamar Partido pelos Animais em 2009 e mudou de nome no ano seguinte. Agora, passou a significar Pessoas, Animais e Natureza

1 O cabeça de lista

e mandatário pelo círculo eleitoral de Coimbra é o engenheiro civil Vítor Marques, de 36 anos

Antes desta ação nas ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, os candidatos estiveram na Universidade de Coimbra a conversar com alguns estudantes. “Muitos deles mostram-se contrários à realização da Garraiada”, frisou. No programa eleitoral, o

PAN está contra a utilização de arroz transgénico no Baixo Mondego. “Para além de fazer mal à saúde, é preciso também lembrar que nos últimos dois meses vários países da União Europeia proibiram a utilização” deste tipo de semente geneticamente modificada, referiu Vítor Marques. A sua utilização, segundo o cabeça de lista, leva a que alguns produtores de arroz do baixo Mondego pretendam a certificação biológica mas não o consigam fazer devido à proximidade com este tipo de produto. O terceiro destaque do programa eleitoral para o círculo eleitoral de Coimbra é o apoio ao comércio de proximidade. “A existência de lojas em centros comerciais não ajuda o pequeno comércio”, considerou, pois “ajudam a criar valor”. Nos próximos dias, os candidatos irão privilegiar o contacto direto com as populações para apresentarem o seu projeto político. | António Alves

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ID: 61144970

26-09-2015

Tiragem: 11063

Pág: 13

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 22,55 x 8,57 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

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ID: 61145063

26-09-2015

Tiragem: 8500

Pág: 9

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 5,78 x 10,53 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

PAN

Cortar apoios à agro-pecuária A candidatura do PAN visitou ontem um aviário. Segundo Nelson Almeida, «a agro-pecuária intensiva tem sido responsável pela emissão de gases de estufa; perda de biodiversidade; desflorestação; erosão do solo; contaminação química e escassez de água». O PAN propõe por isso «o fim dos apoios à pecuária intensiva».

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Não vota nos grandes? Guia para escolher entre os pequenos partidos

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Observador Online

Data Publicação:

26-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=eb73841b

Conhece os partidos com assento parlamentar mas não está convencido? Veja se os pequenos partidos que concorrem às eleições têm a resposta para as suas preocupações. A falta de alternativa para votar é apontada como uma das principais causas da abstenção, mas com 16 forças políticas para escolher nestas eleições é possível que haja resposta para muitas das suas principais preocupações. Há muitas propostas em que os pequenos partidos se diferenciam da coligação Portugal à Frente, PS, Bloco de Esquerda e PCP. Este é um guia para conhecer melhor o que eles defendem. A Justiça é uma das bandeiras mais fores do Partido Democrático Republicano (PDR), não fosse o seu fundador antigo bastonário da Ordem dos Advogados. No entender de Marinho e Pinto, "os tribunais são casas de administração da justiça e não palácios para as majestades judiciárias", e por isso, o PDR propõe-se a alterar o sistema judicial em Portugal, especialmente a distribuição dos tribunais e as carreiras dos juízes. O partido defende que a criação de um tribunal em cada sede de concelho e isto deve fazer com "os julgamentos e as diligências processuais se realizem na localidade onde ocorreram os factos que reclamaram a intervenção da justiça". Esta mudança revogaria a recente reforma do mapa judiciário. Marinho e Pinto já disse que esta reforma levada a cabo pela ministra Paula Teixeira da Cruz se tratava de uma "aberração feita por quem não percebe nada de justiça". Outras propostas do PDR para a justiça são a elevação para 40 anos da idade mínima para exercer a função de juiz - e os candidatos devem ter 10 anos de experiência profissional -, proibir sindicatos na magistratura judicial ou escrutinar o património dos juízes. Defende ainda um Parlamento com duas câmaras ou a revisão de todas as parcerias público-privadas. Para o Agir, plataforma que agrega o PTP e o MAS, "existe um enorme consenso na sociedade portuguesa sobre a necessidade de acabar com a corrupção que mina a democracia". O combate à corrupção é assim um dos principais pontos do seu programa eleitoral, nomeadamente a importância de uma auditoria à dívida pública e a parte que advêm da corrupção "não será paga e os responsáveis serão julgados". Outras medidas incluem ainda fazer com que todos os eleitos e nomeados politicamente publiquem uma declaração mensal de gastos relativos ao exercício da função e a sua agenda profissional. Seria ainda impossível que alguém que saísse de um cargo público passasse diretamente para uma empresa com quem negociou contratos públicos. Mas Joana Amaral Dias não é a única a defender mais transparência na política. O Nós Cidadãos defende que a Alta Autoridade contra a Corrupção deve ser reativada e que defende a introdução no quadro legal de uma pena política máxima que decrete a inibição temporária ou vitalícia do exercício de cargos políticos. Já o PPM quer alargar o regime de incompatibilidades impedindo a nomeação de ex-políticos para o sector público empresarial nacional durante um período de oito anos. Este é o lema do Livre/Tempo de Avançar e está claro no programa do partido: "o objetivo primordial desta candidatura às eleições legislativas é contribuir para a formação de uma maioria na Assembleia da República de todas as pessoas que têm combatido a austeridade". A receita do partido para juntar as esquerdas no Governo, algo que nunca aconteceu na democracia portuguesa, é "assumir compromissos que permitam governar para realizar a promessa de democracia em que todas as pessoas vejam reconhecidos e garantidos direitos fundamentais". Este Governo, segundo a força encabeçada por Rui Tavares, pretende ainda reestruturar a dívida, referendar novos tratados da União Europeia e suspender as PPP. O partido Cidadania e Democracia Cristã defende "o fim do apoio estatal através do SNS, a práticas médicas ou terapêuticas que não tenham como objetivo a salvação da vida humana", ou seja, fim da interrupção voluntária da gravidez nos hospitais públicos. Esta força política

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tem como ponto central "a defesa da Dignidade da Vida Humana nas suas diversas vertentes e fases da existência", desde a concepção até à morte natural. Encabeçado por Tânia Avillez, o partido defende ainda o fim da equiparação "da união homossexual ao casamento natural" e a indexação da idade e montante da reforma ao número de filhos. O fim da legalização do aborto é também defendido pelo Partido Nacional Renovador. O PCTP-MRPP defende a saída do euro e já escolheu o nome para uma nova moeda: escudo novo. "O euro é um garrote da Europa alemã que nos priva da nossa soberania e da nossa independência nacional e de que temos de nos libertar criando a nossa própria moeda, o Escudo Novo! Fora o euro!", exclama o partido na sua página oficial. Para além de sair do euro, o partido de Garcia Pereira quer ainda que os portugueses repudiem a dívida pública, garantindo que esta não foi contraída em benefício das pessoas. Apesar de tanto o Bloco de Esquerda como o PCP incluírem nos seus programas a possibilidade de saída do euro, nenhum dos partidos prevê a saída efetiva e anuncia já ter criado uma nova moeda. A felicidade é o principal objetivo do Movimento Partido da Terra (MPT) caso chegue ao Governo. "A felicidade da nossa gente em primeiro lugar. Acreditamos num Portugal onde os portugueses se sintam felizes a viver e a trabalhar", diz o programa do partido. Tendo isto em mente, o MPT quer introduzir uma ferramenta oficial de medição de "Felicidade Interna Bruta (FIB)" em Portugal e fazer com que o país alcance o 78º lugar no ranking mundial. O partido, que já conta com representação no Parlamento Europeu, defende ainda a criação de um Fundo de Emergência Social, para apoio às camadas da população mais carenciadas e de Regime de Apoio aos Idosos, com apoio social, alimentar, médico e de medicamentos aos mais velhos. A felicidade como objetivo para o futuro dos portugueses é mencionada por outros pequenos partidos como o Livre ou o PAN. O Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) quer que as pensões mais baixas sejam equivalentes ao salário mínimo, ou seja, 505 euros. Para além disto, o partido que nasceu em julho deste ano para lutar por melhores condições para os pensionistas, defende ainda a possibilidade de antecipação sem penalização das reformas, após 42 anos de carreira contributiva, sempre que as pessoas tenham mais 60 anos de idade, assim como a criação de um banco de medicamentos grátis que forneçam medicamentos aos mais desprotegidos. O PNR defende que as pensões mínimas devem ser de 600 euros. Depois da vitória na Madeira, onde conseguiu eleger cinco deputados nas eleições regionais, o Juntos pelo Povo quer chegar ao continente, tendo como principal bandeira a área social da governação. Uma das suas ideias principais é estimular a criação de sistemas privados de pensões complementares ao modelo atual e, ao mesmo tempo, aplicar maior transparência na gestão das dívidas à Segurança Social. Como incentivo à natalidade, sugerem ainda a diminuição em 50% do IVA nas fraldas e isenção do IVA nos leites infantis e quanto à gestão do Estado, prometem a inamovibilidade dos ministérios, ou seja, os Governos serão obrigados a manter a mesma organização. O MPT defende também a necessidade de "encontrar novas fontes de financiamento alternativo para a sustentabilidade da Segurança Social", permitindo garantir as reformas e as prestações sociais, mas não elabora sobre a forma de financiamento. O partido Nós Cidadãos dá como exemplo os Estados Unidos da América ou o Reino Unido, onde um indivíduo, tal como uma empresa, pode abrir falência e recomeçar uma nova dia. "As famílias devem poder recomeçar as suas vidas livres das dívidas passadas, quer por falência directa, quer por reorganização dos pagamentos da dívida remanescente", defende o partido, que centra muitas das suas propostas na resolução da dívida da famílias. Para além de um enquadramento legal para a falência individual, o partido promete criar centros de apoio ao sobreendividamento, bancos sociais e éticos de resgate instituições que teriam como objectivo adquirir créditos de famílias em situação de incumprimento, desde que essas famílias fossem economicamente viáveis - e ainda redução dos limites de spreads máximos ou de taxas máximas. O Juntos pelo Povo e o Agir defendem que a habitação da família seja "impenhorável" Depois do artigo 13.º Tratado de Funcionamento da União Europeia reconhecer a dignidade dos animais não humanos, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) considera que está na altura da lei fundamental portuguesa também reconhecer este princípio. Uma das partes principais do programa do PAN tem a ver com políticas de proteção e bem-estar dos animais e entre essas medidas está a proibição da zoofilia - ter sexo com animais -, a utilização de animais em espetáculos como as touradas e ainda proibir a caça desportiva. Ainda no âmbito do programa do PAN, o partido promete a implementação do Rendimento Básico Incondicional para quem perde o trabalho devido aos avanços tecnológicos tenha rendimento garantido, assim como pretende colocar as terapêuticas não convencionais no Sistema Nacional de Saúde. No que diz respeito aos animais de companhia, o Livre também apresenta um plano de ação que visa assegurar o seu bem-estar, propondo programas de

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cooperação no acesso a cuidados veterinários e o fim dos canis de abate. Mudança de sistema político? Bem, o Partido Popular Monárquico (PPM) propõe uma mudança de regime. "Propomos uma alteração do regime político. Propomos o desmantelamento da III República e a sua substituição por uma Monarquia Constitucional", descreve o PPM no seu programa político, garantindo que o compromisso dos deputados eleitos será realizar um referendo sobre este tema. O PPM quer ainda a redução obrigatória da carga fiscal, prometendo acompanhar de perto a questão de Olivença - "preservar a portugalidade de Olivença" -, bater-se "pela sobrevivência da língua portuguesa na Galiza", apoiar um referendo sobre a independência de Cabinda e ainda apoiar a independência da Catalunha. Apesar de o PPM ser o único a defender o regresso da monarquia, a maior parte dos pequenos partidos defende alterações no sistema político, seja na sua organização (com uma das medidas mais populares a ser a redução de deputados, tanto PURP como PNR defendem que o Parlamento deveria ter apenas 180 em vez dos 230), na eleição dos deputados (o PAN quer menos círculos e o Livre defende um "círculo nacional único ou um círculo eleitoral nacional final", de forma a melhorar a proporcionalidade dos votos - e nos estatutos dos próprios deputados) e nos estatutos dos próprios deputados (segundo o Juntos pelo Povo, os deputados deverão exercer a sua função em regime de exclusividade). O Partido Nacional Renovador (PNR) defende que "a imigração em massa tem provocado a redução gradual dos salários, degradado o 'ambiente social' e ameaçado a identidade nacional" e, por isso, quer limitar a atribuição de nacionalidade portuguesa aos cidadãos estrangeiros que a requeiram. A proposta do PNR é alterar a Lei da Nacionalidade, "baseando-se no jus sanguinis (nacionalidade herdada por descendência) e com excepções apenas nos casos de mérito e de serviços relevantes prestados a Portugal". O partido entende ainda que se deve cortar nos subsídios às associações de imigrantes e proibir a construção de mais mesquitas. Sobre o tema da imigração, também o partido Cidadania e Democracia Cristã tem algumas reticências, defendendo que se deve definir uma "política de aceitação de estrangeiros residentes em Portugal, baseada na aceitação das tradições culturais e sociais do povo português". Já o Livre, considera que é necessária uma política de imigração legal mais ambiciosa a nível europeu, apontando que "a entrada de imigrantes tem proporcionado uma dinâmica de equilíbrio demográfico e também crescimento económico". Fique a conhecer mais propostas dos vários partidos no Guia Eleitoral do Observador, onde tem acesso aos programas de todos os partidos mencionados neste texto. Ilustrações de Andreia Reisinho Costa Continuar a ler

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Receita fiscal volta a ajudar o Governo mas despesa ainda complica Últimos dados das contas públicas antes das eleições mostram redução do défice em Agosto, mas cumprir meta no final do ano continua a ser uma tarefa difícil Sérgio Aníbal

O

ritmo de crescimento da despesa pública aumentou, mas as receitas fiscais mais que compensaram, voltando a acelerar durante o mês de Agosto. A tendência das contas públicas portuguesas melhorou em Agosto, oferecendo mais um dado para o debate sobre a possibilidade de concretização das metas do défice deste ano. Os números da execução orçamental de Agosto estavam envoltos numa expectativa muito pouco habitual para este tipo de estatística. E havia duas razões para isso. Em primeiro lugar, porque seriam conhecidos apenas dois dias depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter anunciado que, durante a primeira metade do ano, o défice público tinha ficado em 4,7%, deixando ao Governo a difícil tarefa de, nos últimos seis meses do ano, conseguir registar um valor inferior a 0,9% nos últimos seis meses do ano, se quiser

cumprir a meta de 2,7%. Em segundo lugar, porque estes serão os últimos indicadores oficiais relativos às finanças públicas a serem divulgados antes das eleições legislativas de 4 de Outubro. Conhecidos os números, as conclusões, como seria de imaginar quando ainda estão por divulgar dados para um terço do ano, estão longe de ser definitivas. As boas notícias que Maria Luís Albuquerque tinha pré-anunciado no dia anterior surgiram quase exclusivamente do lado da receita. De acordo com as Finanças, a receita fiscal no Estado durante os primeiros oito meses do ano foi 5,5% superior (1300 milhões de euros) à registada em igual período do ano passado. Em Julho, esta taxa de crescimento ficava-se pelos 4,9%. Isto significa que, a partir de Agosto, a taxa de crescimento da receita fiscal passou a apresentar um valor superior ao que está implícito no Orçamento do Estado e que é, segundo o Ministério das Finanças, de 5,1%. Os impostos contribuíram decisi-

vamente para que a receita das administrações públicas passasse de uma variação de 0,1% até Julho para 1% nos primeiros oito meses do ano. Pelo contrário, do lado da despesa, a tendência não é positiva. A despesa consolidada da administração central apresentou até Agosto um crescimento homólogo de 2,1%.

Este valor está acima dos 1,7% que se registavam até Julho e supera o número inscrito no OE: 0,9%. Quando se olha para a despesa total das administrações públicas, observa-se que estavam a cair 0,8% até Julho e agora estão a cair 0,3%, também abaixo da meta de uma variação negativa de 1,1% inscrita no OE.

Como evoluem os principais indicadores das finanças públicas Receita fiscal do Estado Variação homóloga acumulada 10 8

Despesa da administração central Variação homóloga acumulada Meta do OE

2014

6 4

5,5

2 -2

Meta do OE

6 4

5,1 2,3

0

8

2015

2

-2

-4 -6

2,1

0,9

0

-0,1

-4 J F M A M J J A S O N D

Fonte: DGO

J F M A M J J A S O N D PÚBLICO

O resultado desta aceleração dos impostos, mas também da despesa, foi que o défice provisório das administrações públicas se cifrou nos oito primeiros meses do ano em 3957 milhões de euros, um valor 703 milhões de euros mais baixo do que em igual período do ano anterior. Em Julho, a melhoria do défice face ao ano passado era mais curta, de 423,8 milhões de euros. A questão fundamental até ao final do ano é a de saber qual é a tendência que estes dois indicadores vão seguir. Para recolher pistas sobre o que pode acontecer nos últimos quatro meses do ano, vale a pena olhar para os dados de 2014, uma vez que o padrão de evolução das contas públicas é semelhante de ano para ano. Nas receitas fiscais, as pistas não são muito positivas porque, em 2014, a aceleração foi muito mais forte em Agosto (de 3,8% para 7,7%) e a partir daí, ainda se subiu para 7,8% em Setembro, mas depois houve um abrandamento até 6,2% em Novembro. A quebra brusca da variação registada em Dezembro deveu-se

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As boas notícias vieram do lado da receita, as más estão do lado da despesa MIGUEL MANSO

“Não é promessa”, diz Passos; Governo estima devolução é “eleitoralismo”, diz oposição de 35% da sobretaxa de IRS

“E

essencialmente ao facto de, em Dezembro de 2013, se ter posto em prática uma amnistia fiscal que empolou as receitas desse ano. Do lado da despesa, as pistas são mais encorajadoras. Em 2014, foi no Verão que a despesa da administração central mais acelerou face ao ano anterior, registando-se nos meses seguintes uma desaceleração significativa. Este padrão pode estar, contudo, influenciado pelas diferentes datas de entrega dos subsídios de férias e de Natal nos últimos anos. O Governo acabou ainda por ter ontem uma ajuda vinda do exterior. Ao contrário do que fazem as outras agências de rating e instituições como a Comissão Europeia e o FMI, a agência Fitch apresentou ao fim da tarde uma previsão para o défice público em 2015 abaixo dos 3%. Apesar de manter a nota da república portuguesa abaixo do grau de investimento, a Fitch diz, sobre o défice orçamental, diz que este deverá ficar “ligeiramente abaixo dos 3%” do PIB, indo ao encontro do que tem sido defendido pelo Governo.

spero não ser acusado de executar um orçamento por causa das eleições”, ironizou ontem Pedro Passos Coelho, depois de conhecidos os dados da execução orçamental, e as críticas da oposição a uma “simulação”, que o Governo promove desde que anunciou a possibilidade de devolver parte da sobretaxa de IRS, em 2016, caso as receitas fiscais venham a superar as previsões do Orçamento do Estado. O primeiro-ministro negou as críticas de “eleitoralismo”. Se assim fosse, garantiu, “a nossa despesa estaria a crescer — era o que dava jeito para as eleições, que o Estado estava a gastar mais”, afirmou aos jornalistas, no meio de uma arruada em Espinho. Reiterando que não se trata de um “anúncio” sobre a devolução da sobretaxa, Passos Coelho lembrou que todos os meses as pessoas podem fazer uma simulação de quanto vão receber no próximo ano. “O mês passado apontava para 25%, este mês para 35,7%, mas não é um valor fechado. Não é uma promessa, não é um anúncio para as eleições”, afirmou. Antes de Passos, já Mário Centeno, coordenador do programa macroeconómico do PS, criticara, num almoço-comício em Loures, o desempenho das contas públicas e a “cosmética eleitoralista” do Governo. “O défice orçamental no primeiro semestre atingiu 4,7% do PIB [Produto Interno Bruto], muito longe do objectivo traçado. Para que esse objectivo [2,7% de défice no fim de 2015] seja cumprido, é necessário um défice próximo de 0% no segundo semestre. E para que este número do primeiro semestre existisse, foi necessário reter mais de 400 milhões de euros de reembolsos devidos às empresas e famílias.” Por isso, acusou Mário Centeno, este anúncio é “obviamente mais um exercício de cosmética, puramente eleitoralista, que o Governo faz porque tem para ele um custo zero, porque eles não vão ganhar as eleições no dia 4 de Outubro.”

Crítica semelhante faz o PCP. O deputado comunista Paulo Sá acusou o Governo de ter montado um “gigantesco embuste relativamente à sobretaxa de IRS”, comprovado por uma análise mais atenta dos dados divulgados ontem. “O Governo omite deliberadamente que este ano há atrasos significativos na devolução de IVA e IRS, de cerca de 260 milhões de euros”, apontou Paulo Sá, mesmo antes do início de uma arruada da CDU em Olhão, no distrito de Faro. Se se tiver em conta esses atrasos, a receita fiscal aumentou apenas 3,2%, “abaixo do limiar que seria necessário para a devolução da sobretaxa do IRS”, acrescentou o deputado comunista. Perante estes dados, Paulo Sá não Mário Centeno nota que meta do défice só seria atingida se este ficasse próximo dos 0% no 2.º semestre

tem dúvidas: “Não haverá qualquer devolução da sobretaxa a manter-se essa tendência.” Também em Olhão, onde as caravanas das duas forças políticas se cruzaram de forma amistosa, a porta-voz do Bloco de Esquerda Catarina Martins acusou: “Se a notícia fosse a sério, seria eleitoralismo; como é falsa, é falta de vergonha na cara por parte de Pedro Passos Coelho.” Para a candidata bloquista, os dados de execução orçamental “estão inflacionados pelos reembolsos de IVA que não estão a ser feitos às empresas”. Catarina Martins criticou ainda a ideia de “devolução” da sobretaxa. O que aconteceu, defende, “é que foi cobrado um imposto a mais” às pessoas. “Não é nenhuma borla que vão ter”, frisou. A porta-voz do Bloco de Esquerda voltou a lembrar que Passos Coelho também prometeu que não iria cortar subsídios de Natal e acabou por fazê-lo: “A sobretaxa de 2015 é o subsídio de Natal de 2011.” Nuno Sá Lourenço, Maria João Lopes, Maria Lopes e Sofia Rodrigues

Pedro Crisóstomo

S

e as receitas somadas do IVA e do IRS mantiverem um ritmo de crescimento igual ao dos oito primeiros meses de 2015, o reembolso da sobretaxa de IRS paga ao longo deste ano pode ser de 35,3%, uma devolução de 268 milhões de euros, segundo os números da execução orçamental divulgados ontem. Se a tendência se mantiver igual até Dezembro, e uma vez recebido o crédito fiscal, os contribuintes têm de volta 1,2 pontos percentuais dos 3,5% da sobretaxa. Para haver devolução em 2016, é necessário que as receitas somadas do IRS e IVA superem a previsão (o que está a acontecer). Juntas, estão a crescer 4,7%, acima dos 3,7% projectados. No entanto, os dois impostos estão a ter desempenhos diferentes. O que está a sustentar a evolução positiva das receitas é o crescimento da cobrança do IVA, já que os valores arrecadados em sede de IRS continuam abaixo do previsto. Para os cofres do Estado entraram 8235,1 milhões de euros em IRS, praticamente o mesmo valor conseguido até ao mesmo período de 2014. A diferença é de apenas 0,1% face ao período homólogo. Porém, a expectativa do Governo era de haver um crescimento de 2,4% em todo o ano. Quanto ao IVA, a tendência é a contrária, com as receitas a crescerem bem acima do previsto. Mais de 60% do crescimento de toda a receita fiscal deve-se ao IVA. Em vez de

um aumento de 4,9%, a variação até Agosto é de 8,9%. São 10.051,2 milhões, mais 819 milhões do que no período homólogo. Um factor que está a impulsionar este desempenho é a grande diminuição dos reembolsos, que caíram 7,9%. Este ano estão em vigor novas regras para a sua atribuição, o que tem levado o fisco a indeferir devoluções às empresas, quando detecta divergências nas facturas comunicadas e nos casos de incumprimento das obrigações de IRC e IVA. Nos meses anteriores, a forte queda dos reembolsos levou a Unidade Técnica de Apoio Orçamental — e também o FMI — a alertar para o facto de a receita líquida poder estar a ser superior à receita bruta, empolando a leitura dos números. O Ministério das Finanças diz, porém, ser expectável que os reembolsos continuem a ser inferiores aos níveis dos anos anteriores, por causa das novas medidas de controlo, inspecção e correcção fiscal. Até Agosto, a receita total com os impostos passou a crescer acima do previsto. A cobrança atingiu os 25.072,4 milhões, mais 5,5% do que no período homólogo. Para o conjunto do ano, a projecção é de um crescimento de 5,1%. O IRC apresenta um crescimento de 12,4%, superando a previsão (3,8%). Também neste caso os reembolsos apresentam uma forte descida, de 18%. Em queda, e ao contrário da previsão do Governo, estão as receitas do imposto sobre o tabaco, que recuam 9,2% e garantem menos 68,1 milhões aos cofres do Estado face ao mesmo período de 2014.

Estado arrecada 18.200 milhões em IVA e IRS Em milhões de euros Var. total

Receita fiscal total

3,7%

26.661,6

27.658,8

5,5% 4,7% 17.473,2

23.773,3

25.072,4

18.286,2

IVA

IRS

Final 2014

Objectivo 2015

Até Agosto Até Agosto de 2014 de 2015

Até Agosto Até Agosto de 2014 de 2015

Fonte: Direcção-Geral do Orçamento

PÚBLICO

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LEGISLATIVAS 2015

Costa e Passos deslocam-se com as comitivas. Costa “vive” num Lancia e Passos não pode abdicar da segurança de primeiro-ministro

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PAULO PIMENTA

O challenger e o resiliente à conquista do país pela TV As ruas são o palco para as campanhas encenarem mensagens e atitudes de vitória. Os dois candidatos a primeiro-ministro jogam tudo por tudo calcorreando o país na procura de votos São José Almeida

C

omo sempre na política, trata-se de uma questão de poder, como se ganha, como se conserva e como se perde. Neste caso, de quem o tem e o quer manter e de quem não o tem e o quer conquistar. Esta é a diferença básica entre Passos Coelho e António Costa na campanha e a atitude de ambos é determinada por esta realidade e a ela se molda. Como é próprio da posição de que parte, é Costa quem mais arrisca. É ele que desafia Passos. É ele o challenger. Uma atitude de desafio facilitada pela sua capacidade de se mostrar à-vontade, como peixe na água entre pessoas, cordial e afectivo a falar com elas, assumindo proximidade e capacidade de ouvir e de se interessar pelas histórias de vida. Numa palavra, popular. Diferente de Passos, que defende o seu lugar de primeiro-ministro, uma posição de partida que acentua a sua distância, a sua sobriedade, a sua imagem de aparente frieza, de quem não exibe emoções, nem alterações de humor ou de temperamento em circunstância alguma. Mas que sabe demonstrar simpatia. E, cerebral, insiste em explicar a quem o interpela das razões e da bondade da sua acção como governante. Uma diferença que ressalta quando ambos saem em campanha no Montijo, num percurso que tem como palco principal a Praça da República e

a Rua Direita. Costa faz o percurso dia 18 de manhã, durante mais de uma hora, passeando-se pelo bairro central. Já Passos faz os 500 metros que distam da esquina da Rua Bulhão Pato à Praça da República, em meia hora, na tarde de dia 22.

Aposta na moldura A busca da vitória é escancarada na vontade de Costa em falar com mais pessoas, na ânsia com que procura furar a barreira mediática e vai ziguezagueando, do lado direito para o esquerdo. Fugindo aos militantes que o cercam em apoio, interpela as pessoas que olham à distância, tenta quebrar a desconfiança, demora-se na conversa, quer levá-los a votar. Já o passo estugado de Passos obriga a comitiva de militantes da JSD, candidatos da coligação e jornalistas a avançar rápido. Mas não o impede de entrar em várias lojas e numa pastelaria onde bebe café e conversa com apoiantes. É certo que ambos fazem campanha no Montijo em horário laboral, logo com pouca gente nas ruas. É um facto também que Costa ganha mais apoios e é mais interpelado, assim como é uma realidade que Passos é mal recebido por alguns transeuntes que lhe manifestam acrimónia e até o insultam — menos no Montijo do que noutros locais como Tomar ou o Cadaval. Longe de outras campanhas em que o entusiasmo popular com os candidatos enchia ruas e quando é manifesto que a desconfiança das populações para com as forças polí-

ticas em concurso é uma constante à passagem das caravanas eleitorais — indiciando, quem sabe, elevados índices de abstenção —, a verdade é que as acções de campanha no Montijo cumpriram o seu objectivo: garantir um bom “vivo” para os telejornais. E nesse capítulo ambas as máquinas partidárias são imparáveis e quem vê em casa praticamente nem se apercebe do contraste em relação à pacatez do Montijo e a quantidade de gente que Costa consegue em Lisboa ou em Queluz no sábado, dia 19, de manhã, ou que Passos encontra em Arcos de Valdevez, na manhã do dia 23. A ideia de que as acções de rua têm de produzir a imagem e a mensagem que se quer passar aos eleitores é um dado adquirido em qualquer manual de campanha. E é para isso que as máquinas partidárias trabalham. Para que na TV passe a imagem de triunfo e de vitória. Mesmo que na rua não haja gente ou que a que há não se entusiasme e aproxime, o efeito cénico da moldura humana está garantido pelo profissionalismo das comitivas nacionais quer da coligação, quer do PS, bem como pela presença dos militantes convocados pelas concelhias em cada terra onde os líderes passam.

Profissionais de serviço A “máquina” do PSD está oleada como de costume e não deixa os seus tradicionais méritos por mãos alheias. Desta vez, é o vice-presidente do partido Marco António Costa que se responsabiliza pela organização da campanha do líder. Candidato núme-

ro dois pelo Porto, é a sombra de Passos. Sempre na retaguarda, a conduzir a acção e o batalhão de assessores. Mesmo quando fora de cena, como em Sintra, no dia 21, de manhã, em que nunca saiu do Hotel Tivoli, onde a coligação montou quartel-general e de onde Passos saiu para dar o corpo às câmaras. Com algum atraso em relação à hora da agenda, acompanhado de Paulo Portas, Paula Teixeira da Cruz, Marques Guedes e Barreto Xavier, o líder do PSD é cercado pela infernal e profissional “laranja mecânica”, onde se destaca a “Jota”. Uma comitiva de jovens acompanha Passos pelo país, com camisolas onde se lê “Somos Mais” e bandeiras da coligação Portugal à Frente, treinados em palavras de ordem como “Portugal, Portugal” ou “Passos vai em frente/ tens aqui a tua gente”. Passos é transportado dentro da concha protectora formada pelos jovens, que avança a alta velocidade em direcção à escadaria do Palácio da Vila, do outro lado da rua. O escudo formado pela “Jota” é completado pela parafernália mediática. E se quartafeira, em Arcos de Valdevez, Passos tenta furar a bolha em que se desloca, na manhã sintrense de domingo obedece ao esquema previamente montado e que, para além dos jovens com bandeiras, contém a bastante discreta segurança própria de um homem que é também primeiro-ministro, dirigida por um profissionalíssimo “chefe Ferreira”. A surpresa desta campanha, em

termos de comitiva, é o profissionalismo com que o PS se apresenta nas ruas. Os socialistas apresentamse com uma “máquina” organizada e oleada, longe do estilo do “porreirismo de esquerda”, que é dirigida por Duarte Cordeiro e por Francisco César, duas revelações em matéria de organização. Às bandeiras do PS e da JS a máquina socialista junta rosas que são distribuídas pelo líder, mas também panfletos de propaganda, canetas, réguas, blocos, distribuídos pelas ruas por jovens que vão à frente da comitiva e que amiúde puxam palavras de ordem: “Costa amigo/ o povo está contigo” e “PS/PS”. Costa avança acompanhado dos candidatos do círculo, de dirigente do partido cercado pela massa de jovens, numa formação em escudo que é, também ela, encimada pela comunicação social. É precisamente por entre os jornalistas que Costa se esgueira para furar e ir à procura do povo reservado que olha de longe.

Casa às costas Mas se o PS se aproxima da organização da “laranja mecânica”, distantes entre si ficam as duas campanhas em matéria de logística. Ou seja, Passos desloca-se pelo país num Volkswagen Passat preto do PSD, com uma comitiva de alguns carros para assessores e segurança, além, claro, do automóvel que transporta Paulo Portas. O líder do PSD tem ao longo do percurso uma rede de pontos de apoio e descanso em hotéis, onde ele

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Tracking poll O PÚBLICO, a TVI e a Intercampus divulgam, ao longo da campanha, uma sondagem diária que irá mostrar a evolução da tendência de voto. www.publico.pt/legislativas2015 MIGUEL MANSO

Grandes partidos descem, CDU e Bloco sobem

N

e Paulo Portas se reúnem com os respectivos assessores e outros dirigentes e podem mesmo mudar de camisa e tomar duche entre acções. Já Costa viaja pelo país, também com a casa às costas, mas em versão mais amadora: meia-dúzia de carros entre os quais segue a sua secretária pessoal, Conceição Ribeiro. Ao seu dispor Costa tem dois carros monovolume, um Volkswagen Sharan cinzento e um Lancia, ambos de seis lugares, que divide com directores da campanha (Duarte Cordeiro e Francisco César), assessores de imprensa (Maria Rui Jorge e David Damião) e a mulher (Fernanda Tadeu) ou o filho (Pedro). Pessoalmente, o líder do PS prefere o Lancia porque é melhor para dormir, confessa. É também no carro que lava a cara e as mãos com toalhetes e se hidrata com creme depois de cada acção de rua. E é ai que se reúne com os assessores e os responsáveis de campanha, que prepara cada acção e que ajusta a campanha nacional. Por exemplo, sexta-feira, dia 18, a caminho do Montijo depois da entrevista na RDP, coordenou-se com Mário Centeno por telemóvel, enquanto combinou com Francisco César e Maria Rui Jorge a sua agenda. E é aí que tira notas num pequeno papel sobre números e outras indicações, que usa nos discursos que faz a cada comício, a cada almoço de campanha. Foi o que aconteceu entre o Montijo e o Seixal, já com a mulher, Fernanda Tadeu, ao seu lado, a caminho do almoço da Igualdade. É talvez no à-vontade com que impro-

visam discursos que Passos e Costa mais se assemelham. Ambos atacam o púlpito dos palcos sem papel, falando sem hesitações e assumindo cada um a sua convicção nas propostas do seu partido perante salas cheias de ouvintes já convencidos na bondade do que dizem, mas que a cada sala de refeição sentados a mesas ou enchendo recintos de comícios, agitam bandeiras e gritam palavras de ordem em manifestações de força mais uma vez encenadas para passarem nos telejornais. Refeições com militantes que pagam para ali estar, no que é uma forma recorrente de financiamento das campanhas, embora na coligação já tenha havido refeições oferecidas pelos partidos.

Contos de crianças É muitas vezes em estilo de aperitivo para o repasto que Passos e Costa apresentam a sua versão de futuro, com o mesmo tom definitivo e tremendista, a raiar a caricatura, como todo o discurso de campanha eleitoral. Pintado com tintas escuras e dramatizando os cenários que se colocam à frente dos eleitores no caso de votarem no outro candidato. Nesta campanha, a Passos tem cabido apresentar uma espécie de conto da cigarra e da formiga, em que ele e o seu Governo fizeram obra enquanto os outros cantaram e gastaram. Um conto de crianças que concorre com o apresentado por Costa, um tipo de história dos três porquinhos que estão em risco de ficar sem cabana se não se abrigarem na casa de

pedra do PS, perante a investida do lobo mau encarnado nas políticas de austeridade da coligação. História de crianças à medida das campanhas eleitorais em que os dois principais contendores se aplicam em demonstrar que o seu adversário tem o nariz a crescer como o do Pinóquio. Curiosamente, é nos palcos dos comícios que ambos mais se igualam. E se Costa é um orador exímio, capaz de desenvolver longas intervenções com ritmo e prendendo a assistência, tendo até já lançado alguns sound bites facilmente usados em título de notícias, como a recuperação “do partido da mãozinha”, a alusão a “rifas”, “quermesses” e “discos riscados”, o líder do PSD não lhe fica atrás. É, aliás, no palco de um comício que Passos cresce. É a discursar que ele como que se transfigura e deixa sair a emoção da sua convicção. Como quando no domingo, na Malveira, debaixo de um calor infernal, terminou a transpirar em bica, mas com a adrenalina a níveis ainda mais altos do que os mais de 35 graus que se sofriam dentro da tenda do almoço com militantes de Mafra. É nesses momentos em que vibra que se percebe quanto o resiliente Passos não está disposto a largar com facilidade o poder e irá procurar resistir o quanto puder ao challanger Costa. Ou como o próprio assumiu na primeira pessoa no Barreiro: “Como se costuma dizer, já que sou de apelido Coelho, não se esfola um coelho antes de o caçar e há muita gente que, às vezes, pensa que sim.”

a quinta entrega do inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF, cujo trabalho de campo decorreu entre 21 e 24 de Setembro, os grandes partidos e as duas principais forças candidatas à vitória nas eleições legislativas de 4 de Outubro próximo desceram nas preferências dos 1024 inquiridos telefonicamente. Em contrapartida, a Coligação Democrática Unitária (CDU), do PCP com Os Verdes, e o Bloco de Esquerda subiram. A maior descida corresponde à coligação PSD/CDS-PP, Portugal à Frente (PaF), que baixa 0,9 pontos e fica em 37% na projecção com distribuição de indecisos. É o pior resultado obtido pela proposta de Passos Coelho e Paulo Portas desde o início desta série de inquéritos diários. Também o PS tem um novo recuo, de 0,6 pontos, obtendo 32,3%. A diferença entre a PaF e os socialistas passa a ser de 4,7 pontos, quando na véspera era de cinco, a maior registada até agora. A CDU obtém 9,2%, o seu melhor resultado, com uma subida de 2,1

pontos. Também o BE aumenta para 6,1%, num incremento de uma décima. Mais significativa é a subida da rubrica “outros partidos”, que passam a ter a preferência de 5,4% dos inquiridos, com um aumento de 0,9 pontos. Entre as forças sem representação parlamentar, o Partido Democrático e Republicano (PDR) de Marinho e Pinto destaca-se com 1,1%, seguido do PCTP/MRPP de Garcia Pereira com 0,9% e da coligação do Partido Trabalhista Português com o Agir (0,7%). Contudo, são resultados pouco significativos. A título de exemplo: o PDR, que lidera entre estes partidos, obtém o apoio de 11 dos 1024 inquiridos. Por fim, uma descida de 0,8 pontos coloca os brancos e nulos em 10,1%. Na distribuição dos votos por idades, o PaF lidera em todas as faixas etárias. Já por regiões, a coligação de Passos e Portas aparece à frente no Norte, Centro e Lisboa. No Alentejo, como desde o início da série, lidera o PS, que, pela primeira vez, está à frente no Algarve. Nuno Ribeiro

Tracking poll diária As intenções de voto Mês de Setembro (percentagem) 50

PSD/CDS-PP

PS

CDU

BE

Outros partidos

Brancos/Nulos

FICHA TÉCNICA

40

37,0 32,3

30

20

10,1

10

9,2 6,1 5,4 0 21

22

23

24

25

Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1024 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 21 e 24 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 59,5%.

Fonte: Intercampus

PÚBLICO

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Coligação PSD/CDS quer reconquistar eleitorado tradicional com “afecto” na recta final MIGUEL MANSO

Sofia Rodrigues

C

om uma agenda mais light na segunda semana de campanha oficial, Passos Coelho e Paulo Portas vão procurar conquistar os abstencionistas — considerado um adversário maior do que o próprio PS — com um discurso para os seus eleitores tradicionais que estão “zangados” com os partidos do Governo. Por estes dias, a coligação PSD/CDS vai andar em terreno favorável e à boleia dos indicadores económicos. Em muitos discursos ao almoço ou ao jantar, Passos e Portas têmse dirigido aos eleitores que se sentem defraudados com as medidas tomadas pelo Governo. Abundam as explicações e as justificações para tentar convencer esses eleitores da inevitabilidade da dose de austeridade aplicada. Será com “afecto” e não por uma “ordem militar” — segundo uma fonte da comitiva — que Passos e Portas tentarão chegar ao coração desse seu eleitorado. Depois do agravamento do défice de 2014 — com contabilização pelo INE do empréstimo ao Novo Banco e que a coligação bem tinha dispensado durante a campanha eleitoral —, os números da execução orçamental até Agosto vieram dar um alento à campanha. É que esses dados permitirão anunciar boas notícias na devolução da sobretaxa do IRS, ou seja, deixar uma mensagem de esperança. É no futuro que a coligação se quer concentrar na segunda semana da campanha para conquistar os abstencionistas. Depois de passada a fase da emergência, Passos Coelho quer virar-se mais para o desenvolvimento. Neste ponto são fundamentais os fundos comunitários do Portugal 2020. O tom da mensagem será de tranquilidade e de defesa de estabilidade. Aliás, foi no final desta primeira semana, na zona de Trás-os-Montes, terra natal de Passos Coelho, que o líder da coligação disse abertamente estar disponível para dialogar com

A arruada de Espinho foi ensombrada por um incidente com um cidadão revoltado “todos os partidos” em nome de uma futura estabilidade governativa. Um tom de moderação que se quer contrastar com a “radicalização” do PS. É no medo dessa “esquerdização” —

o PCP quer sair do euro, o BE é contra a NATO — que a coligação aposta para trazer o voto para a direita. Animada pelas sondagens diárias que dão desvantagem ao PS, a

aliança PSD/CDS vai ainda fazer sobressair o que considera a falta de preparação técnica do líder do PS para questões económicas complexas como as da Segurança Social.

Nos próximos dias, a caravana vai passar em distritos favoráveis como Braga e Viseu. “Há um clima crescente de adesão e este fim-de-semana vai ser o ponto alto da campanha”, afirmou ao PÚBLICO Marco António Costa, vicepresidente do PSD que tem acompanhado os dois líderes da coligação na estrada. Porto e Braga — os círculos por onde a coligação vai passar hoje e amanhã — são o terreno fértil para boa parte da classe média e de muitos dos que ainda não perdoaram ao Governo. É aí que a coligação insiste, ao mesmo tempo que vai desvalorizando os insultos que se vão ouvindo na rua. A dupla Passos/Portas tenta a todo o custo articular-se na rua e mesmo nos discursos, apesar de assumirem estilos bem diferentes de fazer campanha. O líder do CDS é muito mais enérgico no terreno e tenta cumprimentar o maior número de pessoas numa acção de campanha. O líder do PSD e primeiroministro manteve muito do estilo de 2011 e não se importa de se demorar a debater com um único eleitor por mais de dez minutos. A campanha pode esperar.

CONTA KM

Agressões e insultos na arruada em Espinho

2182 km Partida: Aveiro

U

m homem envolveu-se em desacatos, na tarde de ontem, em Espinho, agredindo e sendo agredido por vários elementos da coligação Portugal à Frente, quando a comitiva aguardava a chegada de Passos Coelho para começar uma arruada. Pouco passava das 17h quando o homem chegou e, depois de arrancar várias bandeiras colocadas em postes, começou a agredir várias pessoas da comitiva e a gritar insultos. Foi também agredido por elementos da campanha e afastado por vários membros da comitiva, incluindo o director da campanha, Matos Rosa, que

tentou apartar as duas partes. O homem acabou por se afastar do local onde se encontravam os militantes de PSD e do CDS. Viveu-se um momento de muita tensão entre todos, enquanto esperavam por Passos e Nuno Melo, que ontem à tarde rendeu Paulo Portas na campanha. Pouco depois dos confrontos, começou a voar um drone por cima dos apoiantes, o que despertou a desconfiança dos seguranças do primeiro-ministro, que tentaram perceber de quem era o drone e avisaram que “não podia ir por cima da cabeça do primeiro”. Afinal, as filmagens estavam por conta da distrital do PSD de Aveiro, que produz

vídeos de campanha para o site. A arruada – “contacto com a população”, como diz o programa da campanha – começou com a chegada de Passos Coelho. Ao lado dos candidatos pelo distrito – encabeçados por Luís Montenegro – apoiantes, elementos das “jotas” e jornalistas, o líder da coligação é envolto numa bolha que quase não lhe permite cumprimentar ninguém, tão-só acenar para as varandas. Assim caminhou pela rua central vedada ao trânsito mas sem multidão atrás de si, como era esperado em Espinho. A organização justificou a fraca mobilização com o megajantar da noite, em Santa Maria da Feira.

Acontecimento do dia: Arruada em Espinho teve menos mobilização do que o esperado e começou com confrontos físicos. A expectativa estava virada para um megajantar em Santa Maria da Feira

Chegada: Santa Maria da Feira

2296km Página 77


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Comício Público Um blogue feito por dez políticos que vivem e acompanham por dentro o dia-a-dia da campanha eleitoral. Entre também e contribua para o debate de ideias! www.publico.pt/legislativas2015

Festa grisalha nem esperou por Costa

Uma arruada a cada sete horas na recta final da campanha MIGUEL MADEIRA

Nuno Sá Lourenço

S

egunda-feira, António Costa sentar-se-á numa cervejaria em Lisboa com actores, músicos e outros artistas para mais uma acção de campanha. Para lá do apoio do universo artístico, é outra a mensagem política que a campanha socialista vai tentar passar. Na Portugália estarão, estarão os actores Nicolau Breyner e Maria do Céu Guerra. A particularidade destes dois nomes tem que ver com o campo político de onde vêem. Breyner já foi candidato pelo CDS. Guerra andou pela esquerda mais extrema. Assim, quer-se mostrar Costa como a última hipótese para a “larga maioria que não quer mais a coligação de direita”, explica o director de campanha, Duarte Cordeiro. Ao longo da próxima semana, o PS vai apostar quase tudo na “concentração do voto no PS”. Através de iniciativas como esta, mas não só. Os socialistas tencionam ir juntando à campanha nomes de personalidades de outros campos políticos. “Vamos querer mostrar que não é apenas o PS que está aqui”, resumiu o vereador em Lisboa. Essa será uma novidade para a caravana socialista. Na primeira semana da campanha, António Costa esforçou-se por mostrar um PS unido. Muitos ilustres apoiantes da anterior direcção subiram aos palcos da caravana pelo país: Brilhante Dias, Manuel Machado, Álvaro Beleza. Não significa isso que o PS não recorra aos seus pesos pesados. Jorge Sampaio está confirmado para o tradicional almoço na Trindade. O ex-comissário europeu António Vitorino, o ex-ministro Jorge Coelho e o ex-candidato à liderança interna Francisco Assis também entram na campanha. Ao mesmo tempo, o PS tenciona aumentar significativamente o número de arruadas. Só neste fim-desemana que começa, realizarão sete pelo Norte. O que resulta numa frenética média de uma acção de rua a cada sete horas. É precisamente com estes dois ingredientes que o PS tenciona captar os indecisos e abstencionistas. “A bipolarização é

António Costa vai andar ainda mais na rua na próxima semana determinante, é importante a concentração de votos no PS”, resume Cordeiro. Esse esforço será feito, entretanto, “nos distritos com maior peso eleitoral” e onde o PS antecipa “um potencial de ganho enorme”. Depois de ter passado pelo interior e Alentejo, Costa vai andar esta semana por Lisboa, Porto, Setúbal e Braga. Um empenho que Cordeiro antecipa que venha ter, por exemplo, em Braga, como resultado, a eleição de “mais dois deputados”.

CONTA KM

2141 km Partida: Leiria

Acontecimento do dia: O momento em que o cantor Jorge Magalhães improvisa uma nova versão, socialista, da conhecida canção Apita o Comboio

2437 km Chegada: Almeirim

A tracking poll do PÚBLICO indicia que o PS pode ter muito terreno a recuperar. Partindo da simulação por regiões, apenas no Alentejo os socialistas surgem à frente da Coligação PSD/CDS nas intenções de voto. A historicamente esquerdista cintura vermelha de Lisboa será outra aposta de final de campanha socialista. O último comício da campanha, na sexta-feira à noite, realizar-se-á em Almada. Será aí que vai culminar o aumento dos decibéis da campanha. O tom dos discursos de Costa vai subir com a certeza do apelo ao voto útil para garantir a derrota do Governo de direita. “O discurso vai ser mais firme no que diz respeito ao combate”, vaticina Cordeiro. Os temas, garante, serão os mesmos. Costa continuará a denunciar o risco da emigração dos jovens e a garantia das pensões para os idosos. Mas, a julgar pela tracking poll do PÚBLICO, parece que vai ter de fazer qualquer coisa de diferente, especialmente para a faixa etária com mais de 55 anos. Pelo meio, os socialistas tentam ignorar sondagens e barómetros com números pouco favoráveis. Dirigentes socialistas como João Galamba ou Pedro Nuno Santos recorrem ao mesmo chavão: “Não é isso que diz o terreno.” Mas reconhecem que “nunca é positivo estar atrás nas sondagens”. E esperam pelas simulações de voto em urna, que acreditam serem mais “fidedignas” da intenção de voto dos portugueses.

Tempo de metáforas

A

inda António Costa não havia chegado e já o encontro com “seniores” parecia um sucesso. No pavilhão municipal da Amadora, a concelhia local e a distrital de Lisboa do PS tinham juntado cerca de 700 idosos para escutarem ontem o secretário-geral. Enquanto esperavam pelo candidato — que se atrasou no almoço em Loures com apenas 200 apoiantes — estourou a festa grisalha no recinto coberto. Cantaram-se os clássicos populares portugueses, fizeram-se comboios e desfraldaram-se até bandeiras da JS. Os jotas pulavam com os veteranos, no momento em que o cantor Jorge Magalhães se atirou ao sucesso Apita o comboio. Ao ritmo do sucesso dos Zimbro, alterou a letra para cantar “Apita o comboio/do que a gente gosta/ tá quase a chegar/ traz o António Costa”. O público repetia o novo refrão enquanto camionetas da Rodoviária Nacional de idosos continuavam a chegar. “Viemos de lá do Casal de São Braz”, explicou um dos idosos. Não sabia bem o que o trazia ali, mas veio por não ter mais nada para fazer. Quando Costa chegou já a farra amainavar. “A coligação de direita está muito preocupada com a estabilidade, porque, para eles, estabilidade é saber quanto tempo continuam nos cargos que estão a exercer. Mas a estabilidade mais importante é a estabilidade na vida de cada família, de cada empresa, a tranquilidade e a segurança com que cada um de vós tem de acordar sem estar com medo de ligar a rádio e ouvir que vai ver um novo corte nas pensões, um novo aumento nas taxas moderadoras, ou um novo aumento de impostos.” O candidato colheu o fruto da linguagem mais simples com muitas palmas no pavilhão. E lá se foi para um encontro com pessoas com deficiência ou incapacidade.

Câmara oculta Nuno Ribeiro

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ma campanha eleitoral é terreno de discurso directo. Mensagem simples, ideias claras e argumentos sem mácula. Idealmente assim é. Mas nem sempre acontece. Não é conhecida de ciência certa a razão por que no burgo as palavras ganham vários significados. Só a riqueza da língua portuguesa pode justificar as derivas. Algumas poéticas. “A verdade é como o azeite num copo de água, vem sempre ao de cima”, disse António Costa, em Leiria, no testemunho do 24 Horas da RTP Informação de dia 24. O alvo eram as metas do défice para 2015 e podia ter dito que o Governo falha, mente ou, eufemismo desta última classificação muito usada, falta à verdade. “Sempre que o homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança”. Esta citação do poema de António Gedeão consta do tempo de antena do Pessoas, Animais e Natureza, o PAN. Expediente para mobilizar que poderia ser substituído por uns directos “ouse, arrisque ou aposte”. Ao estilo do espaço de divulgação legalmente protegido e passado na televisão pública do Partido da Terra. O MPT, que se define como humanista, ecologista e liberal faz uma proposta directa aos eleitores: “Vamos fazer diferente”. Não é o comum. Até a palavra de ordem “morte aos traidores” do PCTP/MRR foi entendida pela Comissão Nacional de Eleições como uma imagem. Vivemos, definitivamente, num tempo de metáforas.

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Isso está no programa? O PÚBLICO comparou os programas eleitorais e seleccionou algumas medidas que interessam a 10 perfis diferentes de eleitores

Doentes PSD/CDS Alargar ADSE a mais trabalhadores; garantir médico de família a todos os portugueses até final de 2017.

PS Criar 100 novas unidades de saúde familiar até 2017, assegurando médico de família a mais de 500 mil habitantes.

CDU Revogar as taxas moderadoras; garantir médico de família a todos os utentes até 2017; medicamentos gratuitos para os doentes crónicos; reversão para o Estado das parcerias público-privadas no SNS (Braga, Vila Franca de Xira, Loures, Cascais e Linha Saúde 24).

BE Eliminar as taxas moderadoras e introduzir uma taxa extraordinária de apoio à inovação cobrada anualmente sobre as vendas dos fabricantes.

Livre/ Tempo de Avançar Eliminação das taxas moderadoras.

PAN Equiparar a taxa de IVA aplicada a serviços médicos a serviços médico-veterinários. Paulo Pena

Levar o protesto até ao voto para dar “banhada” ao Governo NUNO FERREIRA SANTOS

Maria Lopes

A

lavancado pelas recentes tracking polls que, depois de um início de semana com maus resultados, têm dado uma recuperação da CDU, Jerónimo de Sousa vai jogar pelo seguro na última semana de campanha. O líder da CDU terá um caminho amaciado nos distritos de Évora, Porto e Braga e sobretudo Lisboa e Setúbal — é aqui que se joga a carta grande esta semana e o encerramento, além da descida do Chiado, é um comício na rua, no Seixal. O Porto é de boa memória, onde há uma semana Jerónimo teve um autêntico banho de multidão numa arruada que o levou da Batalha até São Bento — a estação de comboios da Invicta, não a residência do primeiroministro, em Lisboa. Mais notada foi a sua ausência da marcha de Lisboa, entre a Praça da Figueira e o Coliseu dos Recreios, na qual foi substituído por Rita Rato e Heloísa Apolónia — esta última terá uma participação mais activa na campanha. Os desacatos envolvendo skinheads e apoiantes da CDU depois do comício na Baixa lisboeta e ainda o rescaldo dos casos de alegadas agressões na Festa do Avante! surgiram numa má altura para a campanha. A marcha de hoje a partir do Alfeite também não contará com Jerónimo, sem que tenha sido dada nenhum explicação para a ausência nesta acção emblemática de campanha. Em comparação com eleições anteriores, a agenda do líder da CDU está mais reduzida e concentrada na tarde e noite. São poucas as arruadas — mas nas que faz continua a ter calorosa recepção — e a coligação PCP-Verdes prefere comícios em locais fechados, embora sempre cheios. Só na última semana de campanha o ritmo aumenta, com uma média de três eventos por dia. Anteontem à noite, Jerónimo delineou a estratégia em Serpa: “’É preciso dar força, dinâmica, participação, contacto, nos dias que faltam.” Na campanha, o Alentejo, antigo bastião comunista, foi pouco visitado: um dia no distrito de

Jerónimo de Sousa pede “dinâmica” para o que resta da campanha Beja, domingo vai a Évora, mas Portalegre foi deixado para Os Verdes. Mais do que as críticas à coligação de direita, o PS tem sido o grande alvo de Jerónimo, que desconstrói as propostas socialistas para mostrar que as diferenças em relação a PSD e CDS são mínimas. Embora goste de recusar a ideia de dar a mão ao PS, Jerónimo também deixa a porta aberta, dizendo que tudo depende do que os socialistas estiverem dispostos a abdicar — na renegociação

CONTA KM

2021 km Partida: Serpa

Acontecimento do dia: O líder comunista conta que tem dito “muitas vezes” ao PS que a disponibilidade para o diálogo “é sã”. Porém, “a troco de lugares, ir para lá de coração ao alto e o compromisso com o povo é posto à borda do prato? Nem pensar” Chegada: Faro

2376km

da dívida, na Segurança Social e na regulação do mercado de trabalho. Ou seja, há uma porta entreaberta porque Jerónimo sabe que pode vir a ter uma palavra decisiva consoante os resultados de dia 4. Beja foi o melhor exemplo do público-alvo da CDU na semana que passou: colocou nas mãos dos reformados e pensionistas a responsabilidade de derrotar o Governo pelo voto. A esta faixa etária tem feito um forte apelo ao voto alicerçado nas críticas demolidoras às propostas que PSD/CDS e PS apresentam de manter o congelamento de pensões. As sondagens “não são indiferentes” à CDU, mas são olhadas como um “ruído” e desvalorizadas, por darem resultados opostos. Vasco Cardoso, da comissão política nacional, afirma que o eixo estratégico da campanha tem sido mantido: abordar os problemas do país e das pessoas de forma directa. Na semana que agora entra, o discurso estará mais virado para a salvaguarda da produção nacional, a renegociação da dívida, a recuperação de salários e direitos dos trabalhadores. Serão os últimos cartuchos para confirmar a “profunda convicção” que existe na máquina da campanha da CDU de que o Governo vai ter uma “pesada derrota e ficará em minoria” no Parlamento. “Vai levar uma banhada”, diz Vasco Cardoso. Falta saber se PCP e Verdes ajudarão a limpar a água do chão na noite de dia 4.

A tocar a concertina CDU e BE cruzam-se

E

ao sexto dia encontraramse. Desde as 17h30 que os comunistas olhavam, da esquina do edifício dos CTT, no centro de Olhão, para a outra ponta da Avenida da República. Ali estava, barulhenta, a comitiva do BE liderada por Catarina Martins. À frente, um grupo de jovens tocava bombos. Iam a compasso, mas apressados para passarem pelos militantes da CDU e partir na sua frente para a Baixa da cidade. Os comunistas ainda esperavam por Jerónimo de Sousa, que só chegou às 18h15 e logo arrancou em passo estugado, de dedos presos no cós das calças e peito feito, para as ruelas de comércio tradicional. Cumprimentou lojistas à porta de ourivesarias, beijocou mulheres nas esplanadas das pastelarias, e chegou à beira-ria escassos 15 minutos depois. Um curto passeio e curtas palavras, para criticar as demolições das casas de mariscadores e pescadores e as restrições de ali pescar ou mariscar quando há “milhares de algarvios a ganhar aqui a vida”. De manhã, a meio da arruada em Lagos, um homem desabafou para Jerónimo num sotaque cerrado: “A esquerda vai ter mais votos mas não vai governar. É sempre a mesma coisa… que raio de país é este?” E queria uma aliança dos comunistas com o PS? “Não sei, eu queira era que houvesse um governo de esquerda e que a esquerda se entendesse. Mas a esquerda está toda dividida.” O que falta então? “É a esquerda ser de esquerda”, diz o líder comunista, assertivo, ao lado do candidato Paulo Sá e de Heloísa Apolónia, dos Verdes. “Para um governo de esquerda tem que haver forças de esquerda com políticas de esquerda e este é que é o problema, o desentendimento.” M.L.

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26-09-2015

Uma pergunta por dia A comunicação social deixa transparecer alguma orientação partidária?

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ara se falar de isenção dos media face aos partidos políticos, convém assentar num pressuposto: a isenção total, 100% pura, não existe. Qualquer trabalho jornalístico contém a marca deixada pela subjectividade com que o seu autor olha a realidade. O que existe são princípios de aproximação à isenção, a tentativa permanente de ser o mais imparcial e equilibrado possível (em contraposição com o chamado jornalismo de causas, no qual o jornalista assume claramente as suas opções e relata em função delas). Esse esforço de isenção faz parte do estatuto editorial da esmagadora maioria dos media portugueses, pelo que devemos presumir que está em vigor (o mesmo já não direi de alguns dos seus jornalistas). Os nossos órgãos de informação nem sequer tomam posição editorial a favor de uma das candidaturas a eleições, ao contrário do que acontece em muitas outras democracias. Querem assim convencernos de que a independência é mesmo um dos seus apanágios. Uma análise mais fina e detalhada talvez permitisse outras conclusões (acredito, por exemplo, pelo que analisei na altura, que num outro diário de referência existiu mesmo uma “secção laranja”, havendo nela quem depois fosse recompensado com confortáveis cargos no aparelho de Estado, tal como já antes tinha verificado a passagem directa de jornalistas para assessores de políticos eleitos cujas campanhas tinham acabado de cobrir). Mas o que quero aqui demonstrar é que, na realidade, essa independência não existe. Os media preocupam-se sobretudo em perpetuar o

statu quo político e estão pouco ou nada abertos à alternativa e à mudança. E perpetuar o statu quo significa dar predominância aos dois partidos que têm assegurado a alternância: PSD e PS (o centrão). A prova é que as televisões (e de certo modo também as rádios) entenderam, do alto da sua potestade, que apenas os líderes desses partidos tinham direito a debate em canais generalistas, os únicos a que toda a população tem acesso, ficando o resto, a existir, para o cabo, visto sobretudo pela classe média, mas só entre partidos com assento na legislatura cessante, sem inclusão sequer daqueles que as sondagens — tão acarinhadas pelos media — anunciam que entram no próximo parlamento. Dizem que o critério é “jornalístico”, porque só um daqueles dois líderes pode vir a chefiar o Governo. Ora, isso é uma perversão do acto eleitoral e da própria democracia. Do acto eleitoral, porque as eleições não são para primeiro-ministro, são sim para deputados. Da democracia, porque se deve considerar que, em qualquer eleição democrática, à partida tudo está em aberto. A prova? O actual primeiro-ministro dinamarquês não é o líder de um dos dois partidos mais votados nas eleições de junho passado, mas sim do que ficou em terceiro lugar. Pelo critério dos media portugueses, ele não teria participado em nenhum debate pré-eleitoral para toda a audiência. Joaquim Vieira, presidente do Observatório de Imprensa

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Mensagem contra austeridade vai além do eleitorado habitual do BE Maria João Lopes

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BE tinha garantido que a principal mensagem que levaria para a campanha seria contra a austeridade. E está a cumprir, o que lhe tem permitido chegar a mais pessoas, além do tradicional eleitorado, mais jovem e dos grandes centros urbanos. Sem qualquer juventude partidária a encher as acções, o único ajuste que o director de campanha Ricardo Moreira pondera fazer é “aprimorar” ainda mais o contacto dos candidatos com diferentes sectores da população. A ideia é chegar ao maior número possível de pessoas e de todas as idades. Por isso, tanto fazem uma arruada pelos bares do Porto à noite, distribuindo postais sobre a legalização da cannabis, como visitam um mercado em Miranda do Corvo. A austeridade e os casos da banca aproximaram o BE de pessoas de diferentes faixas etárias e daquelas com quem se cruza nas feiras. O estilo descontraído, sem fato ou gravata, do Bloco já não afasta o eleitorado mais velho. Pelo contrário: quando participa nas arruadas, a cabeça de lista por Lisboa, Mariana Mortágua, colhe elogios por ter enfrentado as elites do país na comissão de inquérito do BES. “Estivemos com uma cooperativa de agricultores em Moimenta da Beira, da mesma forma que fizemos uma arruada na noite do Porto, sobre a necessidade de desenvolver a legislação da cannabis”, diz Ricardo Moreira, para quem já não existe qualquer “hiato” entre o BE e as pessoas mais velhas ou que vivem fora dos grandes centros urbanos. “As pessoas preocupam-se com a sua pensão, com a sua vida no futuro, e compreendem que o BE tem uma proposta forte e clara sobre essas matérias. Por isso, é natural que hoje consigamos falar com muito mais pessoas do que aquilo que era o tradicional eleitorado do BE”, reconhece. Ao longo da campanha, os ataques políticos que os bloquistas têm desferido não se dirigem só à coligação Portugal à Frente, incluem também o

PS, partido com o qual estão disponíveis para soluções de Governo desde que este ceda em questões como pensões, trabalho ou Segurança Social. “Estamos aqui, porque achamos que não se pode cortar mais em pensões, não se pode tornar ainda mais baratos os despedimentos, não se pode continuar a desvalorizar o trabalho. Os nossos adversários na campanha não são siglas, são políticas concretas”, diz Catarina Martins ao PÚBLICO, acrescentando que “o que interessa são as soluções” para o país. “A política não são clubes de futebol, não são as siglas que valem.” Não há, assim, comício em que o BE não tente desmontar o apelo ao voto útil. A ideia é a de que votar nos partidos da austeridade, nos quais incluem o PS, é que é inútil. Ao longo da semana, Catarina Martins escusou-se sempre a comentar as sondagens que foram saindo. Argumenta que são falíveis e que valoriza “muito mais o contacto com as pessoas”. Nas ruas, é a porta-voz quem mais se tem destacado, embora tenha surgido acompanhada de vários rostos do BE, como Mariana Mortágua, Pedro Filipe Soares, Joana Mortágua, José Pureza, Jorge Costa ou a ex-eurodeputada Marisa Matias.

CONTA KM

1423 km Partida: Setúbal

Acontecimento do dia: Em Olhão e Faro, Catarina Martins viajou de barco e passeou pelas ruas. Registou o exemplo de sucesso de um projecto de aquacultura offshore, mas também as angústias de um pescador

1695 km Chegada: Olhão

Um mar de histórias em Olhão

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omé Caiado tem 56 anos e é pescador. Nos últimos tempos, ele e a mulher, que não trabalha, nem dinheiro para a mercearia ou para irem ao médico têm. A porta-voz do BE, Catarina Martins, encontra-os numa alameda de Olhão, onde se cruzou com muitos idosos. Ex-jogador do Olhanense, Alexandre Fernandes, de 72 anos, diz-lhe: “Quando está na Assembleia da República, gosto muito de a ouvir falar sobre o povo.” De manhã, a porta-voz viajou de barco e visitou a Companhia de Pescarias do Algarve, que se dedica à aquacultura offshore de mexilhão e de ostras. Para Catarina Martins, o projecto é exemplar: alia preocupações ambientais e cria emprego e valor que também fica no país. A dirigente do Bloco também ouviu queixas acerca da burocracia e da falta de transparência de alguns organismos do sector. À margem da visita, afirmou que a disponibilidade manifestada pelo líder do PSD para compromissos com todos os partidos depois das eleições não deve ser levada a sério. Vêm de alguém que “também disse que não ia cortar o subsídio de Natal” e, depois, “foi a primeira medida” que tomou, justificou.

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BARÓMETRO NOTÍCIAS DA SEMANA 19 A 25 DE SETEMBRO DE 2015

Até ao lavar dos cestos é vindima

Top 10 Pos.

Comentário Susana Tavares Esta semana as aulas começaram. Lembro-me bem deste início quando era pequena. Nas primeiras páginas dos manuais havia histórias sobre as vindimas, às quais se seguiam textos sobre a cor das folhas do Outono. Tal como na vindima, na Grécia, Tsipras colhe os frutos da sua estratégia de demonstração de que não tem medo das decisões do povo. Por cá, os ecos desta eleição na campanha foram parcos. No poema Vindima, fala-se de “um fermentar de forças e cansaços” e da “doçura quente em corações azedos” e terminase dizendo: Rasgam-se os véus do sonho e da desgraça / Ergue-se em cheio a taça / À própria confusão da natureza. Em tempos de vindima, a

campanha eleitoral em muito se assemelha a esta descrição que Torga dela faz. Depois de basear a sua narrativa num ataque ao passado socialista, Passos mudou de estratégia e centra-se no futuro. Diz que os próximos anos serão de “desenvolvimento social e não de emergência social”, de “autonomia, crescimento e liberdade”. Afinal, mesmo sem cartazes redentores, também PaF apela a todo um mundo novo, mais luminoso e sorridente, rasgando os véus da desgraça. A coligação ergue a taça e concentra-se nas propostas de programa do PS, explorando os números que supostamente não batem certo ou cuja explicação é menos clara. Mas esta semana Passos revelou, uma vez mais, ter ele próprio problemas com os seus números. Anunciou um pagamento antecipado ao FMI que, afinal, era um pagamento de obrigações do Tesouro. E ainda soubemos que a decisão do adiamento da venda do Novo Banco fez disparar o défice orçamental, agora semelhante

ao de 2011. Afinal, as medidas de austeridade não equilibraram as contas públicas. E, afinal, a resolução do BES vai ter custos para os contribuintes. Mas Passos não está preocupado porque isso “é apenas estatística” e “até é bom porque o dinheiro está a render juros…”. Ergue-se em cheio a taça à própria confusão da natureza. A derrapagem do défice tonificou Costa, que centrou o seu discurso nos incumprimentos das promessas do actual Governo e na impossibilidade de confiar na sua futura acção governativa. A estratégia do PS tem passado também por uma dramatização das consequências da estratégia liberal que PaF propõe e das suas consequências nefastas para o SNS, para a educação ou para a segurança social. O BE combate o voto útil e a CDU procura apoio nos reformados e desempregados. A uma semana das eleições, podemos dizer que até ao lavar dos cestos é vindima. Psicóloga organizacional da ISCTE-IUL Business School

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h Desce g Sobe N Nova entrada R Regresso ao Top 10 = Mantém posição * Os dados publicados na versão impressa do Barómetro não incluem a análise dos jornais televisivos de sexta-feira (véspera da publicação do artigo)

Não foi notícia

Insondáveis

Falta de educação

Amanhã há eleições gerais na Catalunha. O resultado é importante porque iremos saber se as sondagens deles, tal como as britânicas e as gregas, falham. As eleições opõem os partidos a favor e contra a independência da Catalunha e dão todas a vitória ao “sim”. Se as sondagens falharem, se o “sim” tiver ainda mais votos ou o “não” ganhar, será a terceira vez que as sondagens eleitorais na Europa falham. A votação amanhã, mesmo ganhando o sim, não assegura que haverá a breve trecho mais um país na península, mas é um passo nesse sentido. Certo parece ser que toda a gente em Portugal anda cheia de dúvidas sobre se as sondagens são fiáveis para todos ou apenas para os que nelas vencem. G.C.

A campanha eleitoral está focada na troca de acusações relacionadas com grandes escândalos económicofinanceiros. Mas, perante um acto de cidadania democrática, é chocante como não se discute a defesa dos cidadãos. Não se fala do desequilíbrio entre poder público e (falta de) poder do cidadão, na sua relação com a máquina fiscal, Segurança Social ou sistema nacional de saúde. Também não se fala do papel do Estado na regulação dos sectoreschave da economia (energia, banca, telecomunicações), em que as corporações decidem arbitrariamente sem que o consumidor possa defender-se ou tenha quem o defenda. Como se o cidadão fosse apenas um voto. M.C.

Em tempo de eleições, a educação é tabu

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Outras notícias (assuntos dispersos): 11%

Tema emergente

Grécia entrará na campanha

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Refugiados migrantes na Europa Campanha eleitoral (acções da coligação PaF) g (7.º) Campanha eleitoral (acções do PS) Eleições na Grécia R Legislativas: sondagens N Caso Sócrates R Campanha eleitoral (acções da CDU) N Visita oficial do Papa Francisco a Cuba e EUA N h (8.º) Futebol: quinta jornada da I Liga Campanha eleitoral (acções do BE) N = =

Ficha técnica Análise de conteúdo realizada a partir de uma amostra de 402 notícias destacadas nos últimos sete dias em 16 órgãos de comunicação social generalistas difundidas nas primeiras páginas dos jornais impressos, abertura de noticiários na rádio e TV e destaques dos jornais online. Saiba mais em https://www.facebook.com/ LaboratorioDeCienciasDaComunicacao.

Barómetro de Notícias O Barómetro de Notícias é desenvolvido pelo Laboratório de Ciências de Comunicação do ISCTEIUL no âmbito do projecto Jornalismo e Sociedade e do Observatório Europeu do Jornalismo. É coordenado por Gustavo Cardoso, Décio Telo, Miguel Crespo, Susana Santos, Ana Pinto Martinho e Tiago Lapa. Comentários dos investigadores Gustavo Cardoso, Susana Tavares, Sandro Mendonça e Guya Accornero. Apoios: PÚBLICO, IPPS-IUL, Jornalismo@ ISCTE-IUL, Marktest, fundações Gulbenkian, FLAD e EDP, Mestrado Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação, Lusa e OberCom.

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ID: 61134888

26-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 11

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 10 de 11

Veja os resultados em www.publico.pt/legislativas2015 Próxima avaliação na sexta, 2 de Outubro

AVALIAÇÃO DOS LÍDERES Pedimos a quatro especialistas, dois das universidades e dois do marketing, para avaliarem o comportamento dos líderes dos partidos com assento parlamentar. Felisbela Lopes, professora de Jornalismo da Universidade do Minho; Marina Costa Lobo, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; Carlos Coelho, especialista em criação e gestão de marcas e presidente da Ivity Brand Corp; e Ricardo Monteiro, presidente global da Havas Worldwide fazem a sua avaliação, traduzida em notas de 1 a 10, atribuídas segundo cinco critérios: imagem, empatia, mensagem, eficácia e autenticidade.

António Costa

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Pedro Passos Coelho

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Felisbela Lopes

Esta foi a semana em que a coligação PaF ganhou outro fôlego. Porque as sondagens alavancaram o entusiasmo. Porque o PS não galvanizou multidões. Porque Passos Coelho se envolveu mais com as pessoas. Mas nada está decidido. É verdade que nem tudo correu bem para o PaF. Por estes dias, Passos teve de reconhecer um lapso seu sobre o FMI e foi chamado a explicar a derrapagem do défice público. Momentos que poderiam ser pontos de travagem a fundo em qualquer candidatura. Não foi assim. A direita tem uma estratégia de comunicação bem planeada, capaz de neutralizar todos os imprevistos. E a esquerda tem sido incapaz de se constituir como uma espécie de megafone co-

lectivo que lhe permita fazer vingar com músculo as suas posições. Nos próximos dias, em círculos mais favoráveis, o PS tem de ganhar uma renovada vida. Outra vez. Para isso, António Costa necessita de um partido mais unido e mobilizado. Catarina Martins continua a fazer (bem) uma campanha de proximidade, misturando-se, o mais possível, com as pessoas em ambientes populares. Por seu lado, Jerónimo de Sousa tem perdido algum fulgor, mas as sondagens não o têm penalizado. Até dia 4, os candidatos podem ainda surpreender (muito) e os media podem também baralhar tudo, se produzirem uma imprevisível noticiabilidade.

Marina Costa Lobo

O cenário político complicou-se tanto para Passos Coelho como para Costa. As sondagens não mostram nem desempate técnico, nem voto útil, embora indiquem uma tendência de subida da coligação. Além disso, o cenário económico piorou. A notícia do défice de 7,2% para 2015 descredibiliza sobretudo Passos Coelho. Mas também dificulta a vida a António Costa, que precisa de folga orçamental para implementar a sua agenda política. Passados os debates, na televisão sobram notícias anódinas sobre os comícios e as entrevistas de Ricardo Araújo Pereira. Estas são ocasiões para todos brilharem — tanto favorecem Paulo Portas como Jerónimo de Sousa. Com uma excepção: Passos Coelho, que recu-

sou participar. Os líderes estão agora sobretudo no terreno. Apagaram-se as luzes das televisões e foram encontrar-se com um país onde o entusiasmo é pequeno, a disposição para festas mínima. Os líderes do Governo têm de ter cuidado por onde passam. Mas, de um modo geral, os ecos que nos chegam dos líderes no país real são o reflexo da forma como os partidos se entendem neste momento com o país: são suportados, mas não são amados. Sem o controle do formato mediático, que os favorece, com sondagens em catadupa que mostram indecisão, os líderes com pouca ligação ao terreno esforçam-se por animar uma festa onde os convivas parecem pouco inclinados a divertir-se.

Em semana de prestação de contas, o saldo contabilístico foi negativo para a direita. Pedro Passos Coelho entre lapsos e desculpas mostrou o seu lado humano, mas acabou por voltar a “plafonar” o seu discurso em contabilizações estatísticas e perdeu eficácia. Paulo Portas arregaçou as mangas e cumpriu o seu papel de número 2, lugar que cria muita sombra na sua marca, mas que lhe provoca calores que o levaram a ter que tomar um banho frio e a perder pontos. Jerónimo de Sousa fez-se “fashion” vestido de preto para as artes em Coimbra, mas logo voltou à imagem carregada, jurássica e cinzelada pelas promessas de pedra, que parecem tomar conta do seu rosto e o fazem perder em empatia. Catarina Martins,

discreta no vestir, pausada nas palavras e sempre de olhos bem abertos para as câmaras, deu esta semana mais uma prova da sua marca política ao ir a Paris lembrar a dimensão multiterritorial do povo português. António Costa, que continua a valer um “poucochinho” mais que o seu partido, resolveu bem o embaraço dos números da sua “pastinha”, afirmando com honestidade a sua vocação humanista e não economicista. Contudo, o grande conciliador da política nacional mostrou as suas garras e diz-se não conciliador do orçamento, atitude que enfraquece a sua marca junto dos indecisos, mas que lhe pode valer muito votos à esquerda. Ganha pontos em empatia, mensagem e eficácia e ultrapassa PPC.

Realidade: défice de 2104 atinge 7,2%. Ficção: o dinheiro está a render. Realidade: o FMI pede “cautela” na reversão das medidas para garantir défice 2015. Défice ao dia de hoje, 4,7%. Ficção: a Comissão Europeia afirma que o objectivo do défice de 2015 “ainda” pode ser atingido. O objectivo é de 2,7%. Realidade: o Syriza ganhou as eleições. Ficção: as sondagens apontavam a um empate com a Nova Democracia. Realidade: a receita de impostos da câmara de Lisboa cresceu em 30% sobre o ano passado. Ficção: será possível resolver o problema da Segurança Social sem recurso a novos cortes. Realidade: Tsipras vergou à vontade dos credores e ignora referendo. Ficção: a vitória do

Syriza é uma esperança para a Europa. Realidade: Corbyn é o novo líder dos trabalhistas. As sondagens na Europa não acertam uma, de há um ano a esta parte. Ficção: com 250 pessoas na amostra, é possível projectar os resultados das próximas eleições em Portugal. Realidade: o Governo português, seja ele qual for, terá que manter as políticas actuais. Ficção: a mudança de partido trará mudança. Como aqui se vê, realidade e ficção são irmãs gémeas na política hoje. E não há político a quem interesse a distinção.

Carlos Coelho

Ricardo Monteiro

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ID: 61134888

26-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 5,02 x 14,30 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 11 de 11

LEGISLATIVAS 2015 INQUÉRITO DIÁRIO PaF 37% PS 32,3% CDU 9,2% BE 6,1% RECEITA FISCAL AJUDA GOVERNO, MAS DESPESA COMPLICA DOIS LÍDERES À CONQUISTA DO PAÍS PELA TV CANDIDATOS AVALIADOS EM 5 TÓPICOS POR ESPECIALISTAS

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Tempo de metáforas

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

26-09-2015

Meio:

Público Online

Autores:

Nuno Ribeiro

URL:http://www.publico.pt/politica/noticia/tempo-de-metaforas-1709033

Crónica Por Nuno Ribeiro 26/09/2015 - 10:26 Há palavras na campanha com derivas poéticas. Uma campanha eleitoral, senhores, é terreno de discurso directo. Mensagem simples, ideias claras e argumentos sem mácula. Idealmente assim é. Mas nem sempre acontece. Não é conhecida de ciência certa a razão por que no burgo as palavras ganham vários significados. Só a riqueza da língua portuguesa pode justificar as derivas. Algumas poéticas. "A verdade é como o azeite num copo de água, vem sempre ao de cima", disse António Costa, em Leiria, no testemunho do 24 Horas da RTP Informação de 24 de Setembro. O alvo eram as metas do défice orçamental para 2015 e podia ter dito que o Governo falha, mente ou, eufemismo desta última classificação muito usada, falta à verdade. "Sempre que o homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança". Esta citação do poema de António Gedeão consta do tempo de antena do Pessoas, Animais e Natureza, o PAN. Expediente para mobilizar que poderia ser substituído por uns directos "ouse, arrisque ou aposte". Ao estilo do espaço de divulgação legalmente protegido e passado na televisão pública do Partido da Terra. O MPT, que se define como humanista, ecologista e liberal faz uma proposta directa aos eleitores: "Vamos fazer diferente". Não é o comum. Até a palavra de ordem "morte aos traidores" do PCTP/MRR foi entendida pela Comissão Nacional de Eleições como uma imagem. Vivemos, definitivamente, num tempo de metáforas. 26/09/2015 - 10:26 Nuno Ribeiro

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Inquérito diário: Coligação mantém vantagem de 4,7 pontos sobre o PS

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

26-09-2015

Meio:

Público Online

Autores:

Nuno Ribeiro

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=d4fc397b

Por Nuno Ribeiro 26/09/2015 - 20:01 Passos e Portas lideram no Norte, Centro e Lisboa. A coligação Portugal à Frente (PaF), integrada pelo PSD e CDS-PP, mantém uma vantagem de 4,7 pontos percentuais sobre os socialistas. Esta é a principal conclusão do inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF, cujo trabalho de campo decorreu entre 22 e 25 de Setembro num total de 1025 entrevistas telefónicas. A coligação de Passos Coelho e Paulo Portas obtém 37,5% e o PS de António Costa 32,8%, estando separados por uma diferença superior à margem de erro, que é de 3,1%. Assim, as duas principais forças concorrentes às eleições legislativas de 4 de Outubro tiveram uma subida de 0,5 pontos face ao inquérito da véspera. Veja a evolução desta tracking poll Por seu lado, a Coligação Democrática Unitária (CDU), constituída pelo PCP e Os Verdes, alcança 8,9%, o que traduz uma diminuição de 0,3 pontos. Em contrapartida, o Bloco de Esquerda consegue 6,7%, uma subida de 0,6 pontos, e o seu melhor resultado desde o início deste estudo. A projecção, com distribuição de indecisos, para os outros partidos, reserva-lhes 4,5%, uma queda de 0,9 pontos. Também os votos brancos e nulos têm uma descida de meio ponto, situando-se em 9,6%. Por faixa etária, o PS está ligeiramente à frente na dos indivíduos entre os 35 e 54 anos com 24,9% e 0,6 pontos de vantagem sobre o PaF. Nos outros dois segmentos considerados - 18 a 34 e 55 e mais anos -, a coligação governamental lidera. Por regiões, o inquérito não tem novidades em relação ao estudo anterior. Passos e Portas são preferidos no Norte, Centro e Lisboa, enquanto as propostas de Costa são as mais bem avaliadas no Alentejo e no Algarve. Deste modo, a bacia do Tejo constituiu-se em fronteira na divisão da direita e esquerda. Entre as forças sem representação parlamentar, o Partido Democrático Renovador (PDR) de Marinho e Pinto continua à frente com 1,1%, obtendo o seu melhor score na faixa etária dos 18 aos 34 anos. É seguido pelo PCTP/MRPP, do também advogado Garcia Pereira, e pelo "Pessoas, Animais e Natureza" (PAN), ambos com 0,5%. A coligação Partido Trabalhista Português/Agir obtém 0,4%, enquanto o Livre/Tempo de Avançar de Rui Tavares consegue 0,3%. Ficha técnica Sondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 22 e 25 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 59,5%. Notícia alterada às 12h53 26/09/2015 - 20:01 Nuno Ribeiro

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Radio Portalegre - Legislativas/Portalegre: PAN quer ligação ferroviária entre as cidades do Alentejo

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Rádio Portalegre Online

Data Publicação:

26-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=fffe0125

Radio Portalegre - Legislativas/Portalegre: PAN quer ligação ferroviária entre as cidades do Alentejo Legislativas/Portalegre: PAN quer ligação ferroviária entre as cidades do Alentejo Detalhes Publicado em 26-09-2015 A cabeça de lista do PAN (Pessoas, Animais e Natureza) às legislativas de 4 de outubro pelo círculo eleitoral de Portalegre, Paula Elias, criticou a falta de linhas de comunicação entre as cidades do Alentejo, assumindo esta lacuna como uma questão de topo que o partido pretende solucionar. Paula Elias, que falava a esta estação emissora, sábado, depois de uma ação de campanha na Biblioteca Municipal, disse ainda que é ambição do partido apoiar a agricultura biológica e as energias alternativas no distrito de Portalegre. A falta de tempo de convivência entre pais e filhos é outra preocupação do PAN, que defende a diminuição do período de trabalho dos pais, para que tenham mais disponibilidade para a família. O PAN-Pessoas, Animais, Natureza, nasceu em 2009 com a pretensão de promover uma alteração profunda na forma como o homem se relaciona com o meio ambiente.

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Duração: 00:01:06

RTP Madeira Telejornal Madeira ID: 61160927

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OCS: RTP Madeira - Telejornal Madeira

25-09-2015 09:27

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PDR defende que as reformas mínimas devem situar-se nos 500 euros http://www.pt.cision.com/s/?l=b48ff5dc

O PDR defende que as reformas mínimas devem situar-se nos 500 euros. O candidato do partido diz que os idosos foram os mais prejudicados com a austeridade. Declarações de José Freitas, PAN.

Repetições: RTP Madeira - Telejornal Madeira , 2015-09-25 23:55

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Duração: 00:02:00

TVI - Jornal da Uma ID: 61126473

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OCS: TVI - Jornal da Uma

25-09-2015 01:09

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PAN visita Barragem do Foz Tua http://www.pt.cision.com/s/?l=5683399d

O PAN visitou em campanha a Barragem do Foz Tua. Para além de contestar a obra salientou a vontade de eleger dois deputados para defenderem as causas sociais em que acredita. Declarações de André Silva, PAN; João de Melo, Plataforma Salvar Tua.

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Duração: 00:02:01

TVI 24 - Diário da Manhã ID: 61123200

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OCS: TVI 24 - Diário da Manhã

25-09-2015 09:22

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PAN visitou a Barragem do Foz Tua http://www.pt.cision.com/s/?l=a6912c4b

O PAN visitou em campanha a Barragem do Foz Tua. Para além de contestar a obra salientou a vontade de eleger dois deputados para defenderem as causas sociais em que acredita. Declarações de André Silva, PAN; João de Melo, Plataforma Salvar Tua.

Repetições: TVI TVI 24 - Notícias TVI 24 - Notícias TVI 24 - Notícias TVI 24 - Notícias TVI 24 - Notícias

Diário da Manhã , 2015-09-25 09:22 , 2015-09-25 11:15 , 2015-09-25 12:17 , 2015-09-25 14:10 , 2015-09-25 16:12 , 2015-09-25 17:10

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ID: 61199464

25-09-2015

Tiragem: 3500

Pág: 9

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Quinzenal

Área: 25,90 x 12,79 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

> DIstRItO DE BEjA tEm 15 cAnDIDAtuRAs nAs LEGIsLAtIvAs 2015

Os outros candidatos > legislativas. Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, é a mais conhecida e com maior experiência política. E há mais quatro mulheres cabeças-de-lista.  As opções para o voto dos eleitores do distrito de Beja no próximo dia 4 de Outubro não se limitarão a PS, CDU ou a coligação “Portugal à Frente”, que junta PSD e CDS-PP. Na região há mais 11 candidaturas, umas mais activas no terreno que outras e todas com a ambição de um bom resultado eleitoral. Entre estas, o maior destaque vai para o Bloco de Esquerda, que após a “hecatombe” de 2011 (onde perdeu perto de 5.000 votos no distrito, mais de metade da votação obtida em 2009) aposta este ano em Mariana Aiveca, 61 anos, natural do Penedo Gordo e nome bem conhecido da política nacional,

Mariana Aiveca lidera a lista do Bloco.  DR

que leva 10 anos de Assembleia da República como deputada eleita pelo círculo de Setúbal. Já o Livre/ Tempo de Avançar, dos ex-bloquistas Ana Drago e Rui Tavares, candidata

em Beja a médica Ana Matos Pires, enquanto José Jorge Cameira é o cabeça-de-lista do Agir/ PTP/ MAS, que tem como grande figura outra ex-bloquista: a psicóloga Joana Amaral Dias. Os partidos Juntos Pelo Povo e Nós, Cidadãos! candidatam em Beja dois professores: Teresa Lança e Joaquim Palma Pinto, respectivamente. Já o Partido da Terra tem como cabeça-de-lista a engenheira do ambiente Licínia Santos, ao passo que o PCTP-MRPP aposta de novo no agricultor João Preguiça e o PURP – Partido Unido dos Reformados Portugueses em Mário Feliciano, fundador e dirigente da Associação de Reformados de Idosos de Vila Nova de Milfontes. E Ana Mendes Lavado é a escolha de Marinho e Pinto para liderar a candidatura do Partido Democrático Republicano no distrito. São ainda candidatos pelo círculo eleitoral de Beja Francisco Faria (PNR), Miguel Santos (Pessoas – Animais – Natureza) e Gabriel Pato (Partido Popular Monárquico).

> E AInDA...

CaNDiDatOs eM DeBate Nas RÁDiOs PaX e CastReNse

 Os candidatos Pedro do Carmo (PS), João Ramos (CDU), Nilza de Sena (PSD/ CDS-PP) e Mariana Aiveca (Bloco de Esquerda) participam esta sexta-feira, 25, num debate que será transmitido pelas rádios Pax (Beja) e Castrense (Castro Verde). O debate é aberto ao público e vai decorrer a partir das 18h00 no auditório da Escola Superior de Educação de Beja.

livRe/ teMPO De avaNçaR aPReseNtOu MaNifestO

 A candidata Ana Matos Pires, cabeça-delista do Livre/ Tempo de Avançar em Beja, apresentou esta semana o seu manifesto eleitoral para a região. A iniciativa teve por cenário o aeroporto de Beja.

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ID: 61117758

25-09-2015

Tiragem: 164213

Pág: 24

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 32,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 5

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ID: 61117758

25-09-2015

Tiragem: 164213

Pág: 25

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 32,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 2 de 5

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ID: 61117758

25-09-2015

Tiragem: 164213

Pág: 26

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 32,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

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ID: 61117758

25-09-2015

Tiragem: 164213

Pág: 27

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,70 x 32,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 4 de 5

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ID: 61117758

25-09-2015

Tiragem: 164213

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 14,51 x 1,50 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 5 de 5

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A101

ID: 61118423

25-09-2015

Tiragem: 12000

Pág: 4

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 8,72 x 25,60 cm²

Âmbito: Regional

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agenda de campanha RPàF As ações começam às 07H40 com uma viagem de comboio entre a Figueira da Foz e Coimbra. Condeixaa-Nova e Oliveira do Hospital são os outros locais visitados da parte da manhã. À tarde, os candidatos irão realizar uma iniciativa denominada “Cultura e Património, um desígnio para Coimbra”. Pelas 18H15, realiza-se um café temático “Cultura e Património, um desígnio para Coimbra”, no Café Santa Cruz. RNC Os candidatos do Nós Cidadãos! irão hoje reunir, pelas 14H30, com a Associação dos Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!). A comitiva será recebida pela presidente, Maria do Rosário Gama. RBE O concelho da Lousã irá receber hoje, a partir das 11H30, os candidatos do Bloco de Esquerda. Depois de uma visita à Unidade de Saúde Familiar (USF) Serra da Lousã, irão promover uma ação junto da ex-Estação Ferroviária da Lousã, seguido da distribuição de material de campanha pelas ruas da vila. RL/TA Às 18H30, prossegue o ciclo “Conversas na Sede” promovidas pela candidatura do Livre/Tempo de Avançar. O convidado é João Malva, coordenador do consórcio Ageing@ Coimbra.

RPAN Os candidatos do Pessoas, Animais e Natureza dos círculos eleitorais de Coimbra, Viseu, Castelo Branco e Santarém irão realizar uma arruada em Coimbra. O ponto de encontro é às 15H00 no Largo da Portagem. RPS Cantanhede e Coimbra são os concelhos a visitar hoje. Olhos de Fervença, Hospital de Cantanhede e jantar concelhio no Restaurante Farinha de Milho são algumas das iniciativas em Cantanhede. Mercado D. Pedro V, Escola José Falcão e sindicatos da UGT são as propostas conimbricenses. RPCTP/MRPP Às 11H00, tem lugar uma reunião com a Comissão de Trabalhadores da Soporcel. Após o almoço, os candidatos irão estar nos concelhos de Mira e Cantanhede para falar do encerramento de parte da linha da Beira Alta (Figueira da Foz - Pampilhosa). RCDU Contactos com os trabalhadores da Lusimate, população do Mercado de Condeixa-a-Nova, visita e reunião na Casa de Saúde Rainha Santa Isabel, em Condeixaa-Nova, Conimbriga e Cooperativa de Cerâmica em Condeixa-a-Nova. Estão ainda previstos contactos com trabalhadores da Lactogal, estruturas representativas de trabalhadores Soporcel e trabalhadores em Oliveira do Hospital.

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ID: 61121021

25-09-2015

Tiragem: 11063

Pág: 16

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 22,84 x 7,58 cm²

Âmbito: Regional

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ID: 61181030

25-09-2015

Tiragem: 28000

Pág: 12

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Semanal

Área: 26,00 x 33,86 cm²

Âmbito: Outros Assuntos

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ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2015

Perguntas e respostas para quem vai votar... A 04 de outubro, 9.682.369 pessoas - incluindo eleitores residentes em território nacional e inscritos nos círculos da Europa e Fora da Europa - poderão votar nas eleições Legislativas, segundo a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI). Esse é o número de eleitores que estavam recenseados a 01 de setembro. Mas quantos são os partidos políticos concorrentes, quantos deputados são eleitos por cada círculo eleitoral, onde votar, como exercem o direito de voto aqueles que residem no estrangeiro? Ficam aqui respostas a estar e outras perguntas relacionadas com a próxima eleição, que dará ao país um novo Governo…

Quantas são as forças políticas que vão disputar as legislativas? São 16 as forças políticas a ir a votos no próximo dia 04 de outubro, três das quais coligações e as restantes 13 partidos. Nas coligações, contam-se a Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e PEV, a coligação Portugal à Frente, com PSD e CDS-PP e a coligação Agir, que alia o MAS ao PTP. Os partidos políticos são: PS, BE, Livre/Tempo de Avançar, JPP, Nós, Cidadãos!, PPV/CDC, MPT, PDR, PCTP/MRPP, PNR, PURP, PPM e PAN. Os maiores boletins de voto estarão nos círculos de Aveiro, Braga e Viana do Castelo, com 16 forças partidárias, enquanto os círculos de Lisboa e Porto contam com 15 forças políticas cada um. Quantos deputados são eleitos em cada círculo? O círculo eleitoral de Lisboa é aquele onde são eleitos mais deputados, 47, seguindo-se o Porto, que elege 39. É a seguinte a distribuição dos deputados pelos 22 círculos: 16 por Aveiro, três por Beja, 19 por Braga, três por Bragança, quatro por Castelo Branco, nove por Coimbra, três por Évora, nove por Faro, quatro pela Guarda, 10 por Leiria, 47 por Lisboa, dois por Portalegre, 39 pelo Porto, nove por Santarém, 18 por Setúbal, seis por Viana do Castelo, cinco por Vila Real, nove por Viseu, cinco pelos Açores, seis pela Madeira, dois pela Europa e dois por Fora da Europa, num total de 230 deputados. Em relação à distribuição de mandatos de 2011, o círculo eleitoral de Santarém vai eleger menos um deputado nas legislativas de outubro, ganhando Setúbal mais um lugar no parlamento, de acordo com o mapa aprovado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Quando se realiza a campanha eleitoral? A campanha eleitoral termina no dia 02 de outubro, sendo 03 de outubro o dia de reflexão. Quantos eleitores estão recenseados? Segundo a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), a 01 de setembro estavam recenseadas 9.682.369 de pessoas, incluindo eleitores residentes em território nacional e inscritos nos círculos da Europa e Fora da Europa. Estes números poderão “sofrer pequenas alterações decorrentes de reclamações que se encontrem pendentes de decisão”, refere a SGMAI. Os cadernos eleitorais ficaram fechados no sábado, mas ainda não estão disponíveis.

Em que horário estão abertas as urnas? Será possível votar entre as 08:00 e as 19:00. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) alerta que “depois desta hora, só podem votar os eleitores que se encontrem dentro da assembleia de voto”.

A quem é permitido votar? Só podem votar os cidadãos de nacionalidade portuguesa, maiores de 18 anos, e os cidadãos de nacionalidade brasileira residentes e recenseados no território nacional, que possuam o estatuto de igualdade de direitos políticos, informa a CNE na sua página da internet.

Que documentos são necessários para votar? Por forma a exercer o seu direito de voto, cada eleitor deve apresentar à mesa de voto o seu documento identificativo (bilhete de identidade, cartão de cidadão, ou à falta destes, o passaporte ou carta de condução), assim como indicar o seu número de eleitor. A CNE acrescenta que atualmente o cartão de eleitor não é necessário para votar, tendo este documento deixado de ser emitido.

Como é possível saber onde votar? “A inscrição no recenseamento é automática para todos os cidadãos portugueses residentes no território nacional e maiores de 17 anos”, informa a CNE. Os jovens que completem 18 anos no dia 04 de outubro também poderão exercer o seu direito de voto. Caso não saiba onde está recenseado, assim como o número de eleitor, pode obter essa informação na junta de freguesia do seu local de residência, através da página da internet www.recenseamento.mai.gov.pt ou enviando uma mensagem escrita (SMS) para o número 3838, com a mensagem “RE (espaço) número de CC/BI (espaço) data de nascimento=aaaammdd”.

Um eleitor pode votar acompanhado? “O voto acompanhado só é possível caso o eleitor se encontre doente ou quando seja portador de deficiência física notória que o impeça de exercer o direito de voto sozinho”, informa a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna, que acrescenta que nestes casos o eleitor vota acompanhado de outro eleitor por si escolhido que fica obrigado a sigilo absoluto.

Quem pode votar antecipadamente? É permitido o voto antecipado a eleitores, militares, bombeiros, agentes de segurança ou membros de uma seleção nacional que se encontrem em território nacional, mas que não tenham possibilidades de deslocar-se à sua assembleia de voto por motivos profissionais e de serviço. É permitido ainda a estudantes que frequentem uma instituição de ensino fora da sua área de residência, cidadãos que estejam presos ou internados num estabelecimento hospitalar.

A cada cidadão português recenseado a residir no estrangeiro, irá chegar o boletim de voto e dois envelopes, um verde e outro branco. Após preencher o boletim com a opção de voto, o cidadão deve dobrar o boletim em quatro, colocá-lo dentro do envelope de cor verde e fechar o envelope. O envelope verde deve ser colocado dentro do envelope branco, juntamente com uma cópia do cartão de eleitor, a certidão de eleitor ou uma impressão de consulta do ‘site’ do Ministério de Administração Interna.

Como é exercido o voto antecipado? Os eleitores que não poderão deslocar-se à sua assembleia de voto no dia 04 de outubro devem dirigir-se ao presidente da Câmara Municipal onde estão recenseados, entre o 10.º e o quinto dia antes da eleição. Devem fazer-se acompanhar do cartão, certidão ou ficha de eleitor, do documento de identificação e de um documento comprovativo do impedimento, emitido pelo superior hierárquico ou entidade patronal, ou outro documento que comprove o impedimento. Quem estiver fora de Portugal na data da eleição, mas não for emigrante, pode votar? Sim, segundo a Administração Eleitoral, pode votar antecipadamente quem estiver ausente de Portugal por motivos profissionais, em missão humanitária, quem for investigador ou bolseiro numa instituição universitária ou equiparada no estrangeiro, quem for estudante numa instituição de ensino no estrangeiro estando, ou não, ao abrigo de um programa de intercâmbio ou quem se encontrar fora do país no dia da eleição devido a um tratamento de saúde. Neste caso também o acompanhante do doente tem direito ao voto antecipado. Como se processa o voto nestas situações? Quem estiver deslocado no estrangeiro, entre o 12.º e o 10.º dia anteriores à eleição pode votar junto das representações diplomáticas ou consulares, assim como nas delegações externas dos ministérios e instituições públicas portuguesas definidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Para votar, o eleitor deve apresentar: cartão de eleitor, certidão ou ficha de eleitor, cartão de cidadão ou bilhete de identidade (ou outro documento identificativo como a carta de condução ou o passaporte) ou um documento comprovativo do impedimento. A Comissão nacional de Eleições (CNE) disponibilizou no seu site, a lista dos locais definidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros para o voto antecipado dos eleitores deslocados no estrangeiro: http://www.cne.pt/sites/default/files/dl/va-locais_de_voto-estrangeiro_ar2015.pdf Os portugueses residentes no estrangeiro podem votar nas eleições legislativas? Sim, de acordo com a Comissão Nacional de Eleições os cidadãos portugueses re-

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25-09-2015 sidentes no estrangeiro podem exercer o seu direito de voto para as eleições legislativas desde que voluntariamente se inscrevam no caderno eleitoral existente no consulado de carreira ou secção consular a que pertence a localidade onde reside.

Tiragem: 28000

Pág: 13

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Semanal

Área: 13,40 x 32,98 cm²

Âmbito: Outros Assuntos

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Como se processa a votação dos emigrantes? O voto processa-se por via postal. O Ministério da Administração Interna envia o boletim de voto, sob registo, para a morada indicada no caderno de recenseamento. A cada cidadão irá chegar o boletim de voto e dois envelopes, um verde e outro branco. Após preencher o boletim com a opção de voto, o cidadão deve dobrar o boletim em quatro, colocá-lo dentro do envelope de cor verde e

Quanto tempo demora o Governo a tomar posse? O primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais. Os restantes membros do Governo são nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do primeiro-ministro. Até cerca de duas semanas depois das eleições, não é possível o Governo tomar posse, porque ainda é preciso apurar os votos dos emigrantes, o que será feito no 10.º dia depois do sufrágio. Os resultados são publicados em Diário da República no máximo 20 dias depois, embora esse prazo normalmente não seja esgo-

fechar o envelope. O envelope verde deve ser colocado dentro do envelope branco, junto com uma cópia do cartão de eleitor, a certidão de eleitor ou uma impressão de consulta do ‘site’ do Ministério de Administração Interna. O envelope branco já terá impresso o destinatário e o remetente, devendo o cidadão preencher o espaço para o número de eleitor, informação que poderá pedir junto da embaixada ou consulado do local de residência ou através da internet, no ‘site’ www.recenseamento.mai.gov.pt. O envelope branco é fechado, colocado o selo postal e enviado pelo correio o mais tardar até ao dia da eleição.

tado. Quando a Comissão Nacional de Eleições publica os resultados, três dias depois a Assembleia da República toma posse. O processo, porém, de empossar o Governo pode ser mais demorado, dependendo dos resultados eleitorais, das diligências do Presidente da República, e sem que haja um prazo fixo. Como não se prevê, pelo menos de acordo com as sondagens até agora publicadas, uma maioria para nenhum dos partidos, o Presidente da República poderá demorar mais tempo até dar posse ao novo Governo, tendo em perspetiva a procura de um entendimento e maioria estável.

Candidatos pela Emigração defendem mudança do sistema de voto A grande abstenção traduz a necessidade de se alterar o processo eleitoral para incentivar o voto entre os emigrantes, defende candidatos a deputados pelos círculos da Emigração. Os dois círculos eleitorais representativos da diáspora elegem quatro deputados -dois pela Europa e dois por Fora da Europa - e a abstenção nas legislativas de 2011, por exemplo, foi de 83,06%. O que significa que, do total de 195.109 recenseados, apenas votaram 33.059 eleitores. Carlos Gonçalves, cabeça de lista do PSD pelo círculo da Europa, alertou que na votação por correio o problema reside sobretudo na atualização das moradas dos eleitores. “As pessoas têm de se deslocar aos consulados para fazer as alterações das moradas, também o recenseamento, o que é impeditivo para muitas pessoas que têm de se deslocar centenas, milhares de quilómetros para tal”, disse. Para Paulo Pisco, cabeça de lista do PS pelo círculo da Europa, “o sistema de voto para a Assembleia da República tem algumas imperfeições, que importaria de alguma maneira corrigir, mas ainda assim é o que permite uma maior participação eleitoral”. O deputado alertou, no entanto, que qualquer alteração a este sistema implica “um consenso alargado entre os partidos políticos”. Teresa Soares, que lidera a lista da CDU (coligação PCP/PEV) pelo círculo da Europa lamentou “a grande abstenção”, acrescentando que “é muito difícil votar no estrangeiro”. “Os processos são muito complicados, muito morosos e tiram a vontade das pessoas de votar (…). O voto tem de ser facilitado”, afirmou a candidata, que admite a opção do voto eletrónico. Nas eleições legislativas, os emigrantes votam por correspondência e no último escrutínio foram eleitos três deputados da coligação PSD/CDS (Carlos Gonçalves/Europa e Maria João Ávila e Carlos Páscoa Gonçalves/ambos Fora da Europa) e um deputado do PS (Paulo Pisco/Europa).

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ID: 61181030

25-09-2015

Tiragem: 28000

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Semanal

Área: 8,83 x 1,77 cm²

Âmbito: Outros Assuntos

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ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

Perguntas e respostas para quem vai votar nas legislativas de 4 de outubro

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ID: 61120690

25-09-2015

Tiragem: 8500

Pág: 9

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 5,26 x 11,36 cm²

Âmbito: Regional

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PAN

Mais subsídios para amadoras «As modalidades amadoras deveriam ser mais subsidiadas». A afirmação é de José Freitas que criticou o facto destas terem sofrido «uma quebra na atribuição de subsídios, em 2004». O porta-voz do PAN exige que haja uma «mudança de paradigma na atribuição de subsídios ao desporto», tendo-se mostrado contra os subsídios que o GR dá ao futebol profissional.

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ID: 61117316

25-09-2015

Tiragem: 81956

Pág: 11

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,50 x 15,56 cm²

Âmbito: Informação Geral

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25-09-2015

Tiragem: 81956

Pág: 12

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

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ID: 61117316

25-09-2015

Tiragem: 81956

Pág: 14

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

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ID: 61255142

25-09-2015

Tiragem: 6000

Pág: 15

País: Portugal

Cores: Preto e Branco

Period.: Semanal

Área: 26,00 x 31,73 cm²

Âmbito: Regional

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Eleições para a Assembleia da República a 4 de Outubro O Círculo eleitoral de Lisboa, no qual se inclui Sintra, vai escolher no próximo dia 4 de Outubro os deputados que representarão os portugueses na Assembleia da República até 2019. A campanha eleitoral termina no dia 2, sexta-feira pelas 24 horas. Apresentam-se a sufrágio 15 partidos/coligações no círculo de Lisboa. O leitor terá conhecimento, nos mapas juntos dos nomes, aqueles que vão ser sufrajados assim como o seu contacto. Participantes políticos nas eleições de 4 de Outubro pelo círculo eleitoral de Lisboa e contactos das suas sedes de candidatura PDR – Partido Democrático Republicano

926 789 589

partido.pdr@gmail.com

PCP – Partido Comunista Português PEV – Partido Ecologista "Os Verdes"

217 813 800 213 960 308

pcp@pcp.pt pev@osverdes.pt

PPD/PSD – Partido Social Democrata CDS-PP – CDS-Partido Popular

213 918 500 218 814 700

psd@psd.pt cds-pp@cds.pt

MPT – Partido da Terra

211 341 068

mpt@mpt.pt

L/TDA – LIVRE/Tempo de Avançar

913 458 571

info@livrept.net

PAN – Pessoas - Animais - Natureza

213 426 226

geral@pan.com.pt

Agir – PTP-MAS PTP – Partido Trabalhista Português MAS – Movimento Alternativa Socialista

968 060 197 geral.trabalhista@gmail.com 218 203 611 mas@mas.org.pt

JPP – Juntos Pelo Povo

961609735

juntospelopovo@sapo.pt

PNR – Partido Nacional Renovador

964378225

geral@pnr.pt

PPM – Partido Popular Monárquico

292 596 222

ppm.geral@gmail.com

NC – Nós, Cidadãos!

216 006 293

info@noscidadaos.pt

PCTP/MRPP – Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses

218 880 780

pctp@pctpmrpp.org

PS – Partido Socialista

213 822 000

portal@ps.pt

B.E. – Bloco de Esquerda

213 510 510

bloco.esquerda@bloco.org

PURP – Partido Unido dos Reformados e Pensionistas

961 708 447

purpgeral@sapo.p

imagem: site cne

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ID: 61154344

25-09-2015

Tiragem: 5300

Pág: 21

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Semanal

Área: 20,40 x 12,24 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

RITA PIRES – CABEÇA DE LISTA DO PAN / PESSOAS ANIMAIS E NATUREZA

“Queremos promover o bem de todos, humanos e não-humanos, e não apenas de alguns”

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utricionista de 27 anos, vem de Seia a Viseu para defender o bem estar de todos e contrariar as políticas de enriquecimento só para alguns. Acredita que a sua formação académica ajuda a defender as ideias de um partido preocupado com a natureza e que não não é de esquerda ou de direita

Como surge a sua candidatura no PAN? Resultou da vontade em querer fazer parte de um movimento de cidadãos que, tal como eu, se preocupam e querem lutar pelo bem-estar das pessoas, dos animais e da natureza. Porque é que quer ser deputada? Para dar voz a todos e lutar para não deixar esquecer que cada ser vivo conta. Reside em Seia. Como é que vem ser candidata no distrito de Viseu? O partido desafiou-me a ter um papel mais ativo, num distrito onde o PAN se encontra ainda pouco representado.

procurando consensos e responsabilidades partilhadas a nível nacional, regional e local. Quando olha para os deputados que estão hoje no parlamento o que pensa? Perdem-se em debates centrados numa visão economicista com o benefício sobretudo para as antigas e novas classes dominantes. Porque é necessário um partido que se identifique claramente com os animais? O PAN assume-se como um partido inteiro, que visa promover o bem de todos, humanos e não-humanos, e não apenas de alguns.

Vai ser uma deputada da nação ou do O que é que mais a preocupa no distridistrito de Viseu? Da nação, dando voz aos problemas e to de Viseu? às preocupações do distrito de Viseu, Por onde começar?

O PAN não se revê na categorização de esquerda e direita

Entre tantas outras que me preocupam, posso destacar: a falta de incentivos à agricultura (refiro-me, claro, à agricultura biológica); a poluição do rio Paiva; a falta de incentivos para fazer desenvolver o comércio tradicional e o desenfreado crescimento de centros comerciais e hipermercados; a falta de condições que estão a criar o abandono das aldeias; a falta de incentivos à formação de organizações não lucrativas que possam recolher, alimentar e tratar os animais abandonados; a inexistência de comércio justo; a falta de apoio à população idosa; a diferença marcante entre ricos e pobres, que cada vez mais se acentua. Quem são os adversários do PAN? O PAN é um partido que não se revê na categorização de esquerda e direita.

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ID: 61219122

25-09-2015

Tiragem: 3100

Pág: 6

País: Portugal

Cores: Preto e Branco

Period.: Mensal

Área: 9,25 x 20,10 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

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Duração: 00:01:18

RTP Madeira Telejornal Madeira ID: 61127553

OCS: RTP Madeira - Telejornal Madeira

24-09-2015 09:25

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Legislativas: Campanha do PAN http://www.pt.cision.com/s/?l=12a59a6

O PAN defende mais apoios públicos ao desporto amador e menos dinheiro para o futebol profissional. Declarações de José Freitas.

Repetições: RTP Madeira - Telejornal Madeira , 2015-09-24 00:00

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Duração: 00:01:57

TVI - Jornal das 8 ID: 61114922

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OCS: TVI - Jornal das 8

24-09-2015 08:47

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PAN visitou, em campanha, a Barragem do Foz Tua http://www.pt.cision.com/s/?l=cd0cb610

O PAN visitou, em campanha, a Barragem do Foz Tua. Para além de contestar a obra salientou a vontade de eleger dois deputados para defenderem as causas sociais em que acredita. Declarações de André Silva, PAN.

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Duração: 00:04:39

Antena 1 - Notícias ID: 61112300

OCS: Antena 1 - Notícias

24-09-2015 04:06

Roteiro da Campanha http://www.pt.cision.com/s/?l=a3f1062c

Jerónimo de Sousa acusou o Governo de tratar os reformados e pensionistas como um peso. O PAN anda no Tua.

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Duração: 00:01:45

SIC Notícias - Edição da OCS: SIC Notícias - Edição da Manhã Manhã ID: 61104237

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24-09-2015 09:12

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Campanha do PCTP/MRPP, Agir e PAN http://www.pt.cision.com/s/?l=533dfe78

O candidato do PCTP/MRPP voltou ontem a defender a saída do euro. A coligação Agir andou em ações de esclarecimento nas ruas do Porto. O PAN escolheu o último dia do verão, altura de maior abandono de animais de estimação, para defender o fim dos canis de abate.

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Duração: 00:02:26

TSF - Notícias ID: 61104303

OCS: TSF - Notícias

24-09-2015 09:12

PAN em campanha http://www.pt.cision.com/s/?l=52d8df53

O PAN reclama uma liderança num outro tipo das sondagens tradicionais.

Repetições: TSF - Notícias , 2015-09-24 10:06

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Duração: 00:01:58

TVI 24 - 25ª Hora ID: 61120936

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OCS: TVI 24 - 25ª Hora

24-09-2015 12:32

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PAN visitou a Barragem do Foz Tua http://www.pt.cision.com/s/?l=267b1fbc

O PAN visitou em campanha a Barragem do Foz Tua. Para além de contestar a obra salientou a vontade de eleger dois deputados para defenderem as causas sociais em que acredita. Declarações de André Silva, PAN.

Repetições: TVI 24 - 25ª Hora , 2015-09-24 05:05

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ID: 61103666

24-09-2015

Tiragem: 8000

Pág: 21

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 15,44 x 6,77 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

§campanha PAN

Cabeça de lista por Braga em acção no Tua Albano Pires, cabeça de lista do Partido dos Animais e da Natureza (PAN) por Braga, participa hoje numa das maiores acções da campanha nacionais do partido. Na acção conjunta com a Plataforma Salvar o Tua, cinco cabeças de lista — entre os quais André Silva (Lisboa) e Bebiana Cunha (Porto) — viajam até ao Tua com o objectivo de

“alertar para o atentado ambiental e social que tem vindo a ser praticado junto das comunidades e ecossistemas desta região, seja pela construção da Barragem do Tua e do Tâmega, seja pelo fecho e desmantelamento da linha de comboio”. Para além de querer reconhecer direitos à Natureza, uma das propostas do programa do PAN é a de dar início a um programa de desmantelamento criterioso de barragens e recuperação dos sistemas fluviais e costeiros. Para além disso, o partido pretende expandir e tornar economicamente acessível a rede de transportes públicos colectivos.

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ID: 61100967

24-09-2015

Tiragem: 11063

Pág: 13

País: Portugal

Cores: Preto e Branco

Period.: Diária

Área: 22,87 x 7,04 cm²

Âmbito: Regional

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Eleições: Caravanas dividem-se entre norte, centro e sul, no dia em que Rio entra na campanha

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Diário Digital Online

Data Publicação:

24-09-2015

URL:http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=791371

HOJE às 07:22 O quinto dia de campanha terá como novidade do lado do PSD/CDS-PP a participação de Rui Rio, no Porto ao lado de Aguiar-Branco, enquanto Passos Coelho e Paulo Portas fazem campanha em Bragança e Vila Real. Por seu lado, o PS desloca-se ao centro do país, com paragens nos distritos de Coimbra e Leiria, e o BE e PCP estarão no sul. O ex-autarca do Porto Rui Rio, que remeteu para depois das legislativas o esclarecimento se é ou não candidato presidencial, percorre, à tarde, a Rua de Santa Catarina ao lado de José Pedro AguiarBranco, ministro da Defesa e cabeça de lista da coligação pelo círculo eleitoral do Porto. Já os líderes da coligação PSD/CDS, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas vão começar a agenda no distrito de Bragança, com visitas ao Instituto Politécnico da região e à Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros. Pela tarde, Pedro Passos Coelho desloca-se ao distrito de Vila Real onde terá contactos com a população, um encontro com dirigentes associativos e empresários. Paulo Portas, por seu lado, vai ao distrito de Braga, juntando-se novamente ao líder social-democrata no comício da noite em Vila Real. Já o secretário-geral do PS, António Costa, visita de manhã uma empresa de conservas em Mira, o Centro de Inovação e Biotecnologia BIOCANT em Cantanhede e almoça, na Figueira da Foz, com autarcas socialistas. António Costa desloca-se depois ao Centro de Alto Rendimento de Montemor-oVelho. Antes de encerrar o dia com um comício em Leiria, o líder socialista visita a Associação Académica de Coimbra, pelas 18:00. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, vai andar hoje pelo distrito de Beja, onde almoça com reformados e à tarde encontra-se com a população de Moura. Termina o dia num jantar-comício em Serpa com a participação da dirigente do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), Heloísa Apolónia. A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, visita de manhã a Maternidade Alfredo da Costa (Lisboa). À tarde, a cabeça de lista por Lisboa, Mariana Mortágua, junta-se à campanha para realizarem contactos com a população na Rua Morais Soares e para, posteriormente, se reunirem com a Associação Portuguesa de Surdos. O BE termina o dia em Setúbal num comício ao ar livre com a participação de Catarina Martins, Joana Mortágua e António Chora. Também em Lisboa está o cabeça de lista pelo distrito do Livre/Tempo de Avançar, Rui Tavares, que

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participa na sessão "Resgataram os bancos, resgatem as pessoas", em frente à sede do Novo Banco. Marinho e Pinto, líder do Partido Democrático Republicano, fará de manha uma travessia fluvial entre a Praça do Comércio (Lisboa) e o Barreiro, continuando depois as ações de campanha pelo distrito de Setúbal. O líder do PCTP/MRPP, Garcia Pereira, dedica hoje as suas ações de campanha ao distrito de Castelo Branco onde, às 12:00, participa num convívio com os estudantes da Faculdade de Ciências e Engenharias Universidade da Beira Interior, na Covilhã. O partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN) está hoje em Bragança em visita ao vale do Tua, enquanto o Junto Pelos Povo visita a feira de Carcavelos (Cascais). Diário Digital com Lusa

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24-09-2015

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Âmbito: Regional

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A MADEIRA E OS AÇORES JÁ SEGUEM ESTA REGRA

© Albino Encarnação

Fim do OGM a nível nacional CAMPANHA Petra Teixeira pteixeira@jm-madeira.pt

Partido dos Animais e da Natureza (PAN) considera que o cultivo comercial de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) devia ser proibido a nível nacional, tal como já acontece na Madeira e nos Açores. O PAN esteve ontem presente no Mercadinho da Liga, no Largo da Restauração, a mostrar apoio ao evento e ao tipo de produção agrícola existente no mercado biológico. Segundo o candidato do PAN, Nelson Almeida, “ao proibir o cultivo comercial de OGM”, a sociedade vai promover “a biodiversidade vegetal e animal” e a “segurança alimentar”. Nesse sentido, acrescenta que o sistema atual de produção de alimentos não é capaz de alimentar a população e depende de energias menos saudáveis como “de energia proveniente de combustíveis fósseis,

O

O PAN esteve ontem em campanha no Largo da Restauração.

de químicos, de transportes de longa distância e de mão-deobra barata”. Nesse sentido, o PAN defende também o uso livre das sementes pois é “ direito milenar de todos os povos da Terra” e é a base

para a continuidade da biodiversidade. “Todos os agricultores têm o direito de produzir, guardar, preservar, trocar e vender sementes”, continuou. Por fim, o candidato crítica a indústria agropecuária por ser

“a principal emissora de gases com efeito de estufa” e por promover “alterações nos ecossistemas” como “a perda de biodiversidade, desflorestação, erosão do solo, contaminação química e escassez de água”. JM

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24-09-2015

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Âmbito: Regional

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Cabeças-de-lista por Leiria: e quais as suas prioridades Legislativas A melhoria do acesso aos cuidados de saúde, a transformação do Politécnico em universid Lis e com a requalificação da Linha do Oeste são algumas das prioridades de 12 dos 15 cabeças-de-lista qu candidatos do Agir e, do Juntos pelo Povo não responderam ao inquérito

Filipe Mil-Homens, Livre/Tempo de Avançar 25 anos, estudante universitário

Teresa Morais, coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) 56 anos, jurista e docente universitária

André Charters d' Azevedo, PAN (Pessoas Animais Natureza) 40 anos, analista de sistemas de informação

Ana Rita Carvalhais, CDU 62 anos, professora

João Caldeira, PURP (Partido Unido dos Reformados e Pensionistas) 66 anos, aposentado (técnico no IMTT)

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

Na área social a prioridade é ocombate ao desemprego e ao emprego precário, com que se confrontam muitos dos nossos concidadãos, e a redução dos apoios sociais que atira muitas famílias para lá do limiar da pobreza. Na saúde defendemos uma rede de cuidados primários de qualidade e médico de família para todos e a recuperação das valências perdidas dos hospitais (Nazaré, Caldas ou Peniche). Outra prioridade é a revitalização da ferrovia, como motor de desenvolvimento económico, como investimento de futuro na defesa do ambiente e como um importante factor de mobilidade. No ambiente, há a protecção da orla costeira, da biodiversidade, e dos múltiplos ecossistemas e a despoluição da bacia hidrográfica do Lis. Na educação, a redução das verbas para o ensino artístico, que o põe em causa, os ataques à escola pública, através da municipalização do ensino, são algumas das nossas preocupações.

A coligação Portugal à Frente tem para Leiria um programa de crescimento sólido. Para além da conclusão de projectos já iniciados no ambiente e nas infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias, estão entre as nossas prioridades: a criação de postos de trabalho, através do apoio às empresas, da promoção do empreendedorismo e do aproveitamento dos fundos comunitários disponíveis no Portugal 2020; a garantia de um melhor acesso aos cuidados de saúde, em particular nos concelhos que carecem de melhoramentos em equipamentos e são mais afectados pela falta de médicos; o reforço do combate às desigualdades sociais, apoiando mais as instituições de solidariedade social e as pessoas mais vulneráveis; a aposta na educação e qualificação, estreitando a ligação entre o ensino superior e o meio empresarial; a afirmação da agricultura, da economia do mar e do turismo como motores de desenvolvimento económico.

Uma das grandes prioridades do PAN trata-se da qualidade de vida das pessoas, que deve ser analisada numa perspectiva mais abrangente do que as habituais ópticas económicas e financeiras. A questão ambiental é encarada pelo PAN como fundamental, uma vez que os sérios problemas ambientais continuam a fustigar o distrito, onde se destacam a poluição com origem nas produções suinícolas, os incêndios, erosão dos solos e a falta de um sistema de mobilidade eficiente, nomeadamente, ao nível da ferrovia. O PAN defende uma maior fiscalidade ao nível das explorações agro-pecuárias, um incentivo às produções agrícolas biológicas e uma maior tributação à produção agro-química e pecuária intensiva, sendo este tema uma das grandes prioridades presente no programa eleitoral do PAN. O PAN considera muito relevante a exis-tência de um provedor do ambiente para o distrito, para que possa mitigar, conjuntamente com os cidadãos, as questões ambientais existentes.

Dar atenção aos problemas sociais, nomeadamente, à valorização do trabalho e dos trabalhadores através de medidas de promoção do emprego com direitos; lutar pela reposição imediata e integral dos rendimentos retirados, incluindo aos reformados; lutar por mais investimento para Leiria e por apoios à valorização da economia regional; dar atenção ao desenvolvimento dos serviços públicos regionais, nomeadamente, na área da saúde, ao reforço dos médicos de família nos centros de saúde, à qualificação da rede hospitalar e à construção do Hospital Oeste-Norte; à defesa da escola pública e à criação da universidade pública; lutar por uma urgente despoluição das bacias hidrográficas, particularmente da bacia do Lis, e pela valorização do património e da cultura regionais; defesa da modernização da Linha do Oeste.

MENSAGEM AOS ELEITORES

MENSAGEM AOS ELEITORES

Queremos um futuro diferente! Um futuro baseado na mobilização das nossas capacidades, na dignidade e justa remuneração do trabalho e na redistribuição do rendimento por via salarial e fiscal, reparando injustiças cometidas contra os pensionistas. O voto na nossa candidatura é um voto na unidade da esquerda.

Estas eleições chamam os leirienses a uma escolha clara: continuar um caminho de credibilidade e crescimento responsável, para o distrito e para o País, ou voltar a entregar o nosso destino colectivo a quem nos conduziu ao desastre económico e social. Não aceitem voltar para trás! Votem Portugal à Frente!

Defenderemos na Assembleia da República como prioridades para o distrito a passagem do Instituto Politécnico de Leiria a Universidade de Leiria; a construção do Hospital do Oeste Norte; a recuperação das valências médicas anteriormente existentes no Hospital de Peniche e o aumento das quotas de pesca da sardinha para os pescadores dos portos de Peniche e Nazaré. Entre nas prioridades do PURP para o distrito de Leiria está ainda a requalificação do IC2, nomeadamente a passagem a duas faixas, sempre que possível, colocação de separador central em toda a sua extensão e criação de bermas com guardas para peões. Defenderemos um maior índice de empregabilidade no distrito, através de um maior investimento, nomeadamente, nas áreas do turismo e hotelaria. Pugnaremos também pelo aumento significativo do número de médicos de família de forma a que todos os cidadãos lhes tenham acesso. Iremos também defender a melhoria da rede de transportes públicos, nomeadamente, no que concerne às ligações entre os vários concelhos e particularmente a rede de transportes escolares.

MENSAGEM AOS ELEITORES

A CDU apresenta-se a estas eleições com uma lista de gente séria, conhecedora dos problemas MENSAGEM AOS ELEITORES O PAN propõe semear ideias para os regionais, que quer ser expressão das aspirações das populações e próximos quatro anos que visam contribuir para a solução dos alterar consciências e contribuir problemas do desenvolvimento para a transformação da sociedade, regional. Leiria precisa de depude acordo com valores éticos e ecológicos fundamentais.Esta é uma tados para agir e com propostas. É possível eleger deputados CDU e ter candidatura progressista, uma voz activa do distrito na irreverente, sem demagogia, e que Assembleia da República com o seu traz uma nova dimensão ética e de apoio e o seu voto. avanço civilizacional a Portugal.

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António Costa hoje em Leiria O secretário-geral do PS, António Costa, estará hoje, dia 24, em Leiria para participar num comício a realizar no Mercado de Sant' Ana, com início marcado para as 21 horas. Durante o dia, os candidatos do partido pelo distrito irão estar no mercado da Maceira e visitar a empresa LN Moldes.

quem são para o distrito dade e as velhas questões relacionadas com a despoluição do ue concorrem pelo distrito às eleições de 4 de Outubro. Os

Margarida Marques, PS 61 anos, funcionária Comissão Europeia

João Pais do Amaral, PNR (Partido Nacional Renovador) 40 anos, empresário/formador

José Cardoso da Silva, Nós Cidadãos 59 anos, engenheiro civil

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

Nas prioridades do PS para o distrito estão a valorização da inovação, transferência tecnológica e investimento para fortalecer a economia e criar emprego; a aposta em novos sectores estratégicos, como o mar, o turismo e a agricultura; o reforço da coesão social e da competitividade em especial dos concelhos mais desfavorecidos. Defenderemos ainda a garantia do acesso a médico de família, a cuidados hospitalares de qualidade e o alargamento da rede de cuidados continuados e a aposta na excelência da escola pública, do ensino artístico e profissional e da formação de adultos. Será também prioritário a resposta às carências sociais e reposição dos apoios aos mais carenciados.

Atendendo ao processo de globalização em curso, as políticas para o distrito de Leiria, para serem eficazes, eficientes e duradouras, deverão estar enquadradas numa lógica e numa estratégia nacional, a qual tenha uma visão de futuro. Pescas, agricultura, turismo, desertificação do interior, indústria, emigração/imigração, demografia e emprego são alguns dos temas que merecem a nossa preocupação e pelos quais iremos lutar, mas num âmbito nacional. A questão da centralização em curso de muitos serviços básicos em áreas como a saúde, justiça e ensino, também estará entre as nossas preocupações. Somos totalmente contra essas políticas de centralização, visto que prejudicam a população e sua qualidade de vida. Consideramos que a resolução para estes e muitos outros problemas só é possível mas num âmbito de estratégia nacional.

As mesmas que para o País. Uma reforma administrativa que liberte a sociedade civil, tradicionalmente pujante no distrito, do espartilho de um Estado licencioso e corrupto que se auto-justifica na indústria de pareceres, condenando a maioria das iniciativas dos cidadãos ao fra-casso e as famílias à miséria, indiferente aos tempos de qualquer plano de negócios, aos custos financeiros e de oportunidade, ao sofrimento humano de quem tantas vezes, projecta numa qualquer actividade económica um novo modo de vida. É fundamental que o Estado adopte procedimentos administrativos, de modo a que a actividade de todos os agentes se possa desenvolver e crescer, refor-çando a nossa competitividade social, económica. A sociedade civil deve sempre ser vista como parceira. Quanto mais forte for, mais forte será o Estado, mais forte será Portugal.

MENSAGEM AOS ELEITORES Orgulho-me de encabeçar a lista do PS por Leiria. Este PS renovado, sob a liderança de António Costa, vai ter políticas rigorosas, dinâmicas e socialmente responsáveis para com as nossas gentes. Com as gentes do distrito de Leiria. Assumimos 20 compromissos por um distrito forte, dinâmico, coeso e com futuro. Temos uma lista com forte representatividade regional, formada por pessoas empenhadas em que o distrito tenha a dimensão que merece na economia e na vida politica nacional. É este o nosso compromisso. É tempo de mudar e não há que ter medo da mudança!

MENSAGEM AOS ELEITORES Basta mais dos mesmos. Hoje mais do que nunca, é necessário uma representação nacionalista no Parlamento, para fazer face aos demais partidos internacionalistas. Para o PNR, Portugal e os portugueses estarão sempre em primeiro lugar!

MENSAGEM AOS ELEITORES Não há esperança para um país que tem um governo que, em vez de reformas de Estado, faz dumping económico e social! Não há esperança para um país que tem na alternância socialista, 22 cabeças-delista com 19 quadros do Estado e 3 homens da sociedade civil! A esperança de evolução económica e social para Portugal é levar a sociedade civil ao comando político do Estado e reformá-lo! NÓS, Cidadãos somos esse movimento da sociedade civil. >>>

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Âmbito: Regional

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Fernando Gonçalves, PDR (Partido Democrático Republicano) 52 anos, inspector Superior do Trabalho

Pedro Pimenta, MPT (Partido Terra) 39 anos, psicólogo e empresário

Carlos Arsénio Campos Heitor de Sousa PCTP/MRPP (Partido Unido dos Bloco de Esquerda Reformados e Pensionistas) 52 anos, economista 61 anos, operador de máquinas no desemprego

Mariana Geraldes Tomaz PPM (Partido Popular Monárquico) 25 anos, técnica de informática

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

Entre as prioridades do PDR para o distrito está a modernização da linha do Oeste, a conclusão do troço do IC9 entre Porto de Mós e Alcobaça e a construção de infra-estrutura aeroportuária para servir o eixo turístico Fátima /mosteiros /praias. É preciso agir rapidamente devido à inércia e incompetência política do presidente da Câmara da Batalha que nada fez para salvar o mosteiro, talvez por se ocupar demasiado com a propaganda, quase diária, nos jornais (só igualado pelo presidente da Câmara de Ansião). Durante os anos em que foi deputado nada fez para salvar o monumento e hoje, que é presidente da câmara da Batalha, congratula-se com a charada política que é o Projecto de Resolução n.º 1100 /XII/3ª apresentado pelo PSD e que recomenda ao Governo que diligencie os maiores esforços para finalizar os projectos necessários à concretização de medidas que minimizem os impactos ambientais do ruído, trepidação e gases poluentes gerados pelo excesso de trânsito no troço do IC2 sobre o mosteiro. Conversa e mais conversa! Para o PDR a solução passará sempre pela isenção de portagens na A19 na área de abrangência do Mosteiro.

Leiria tem sido sistematicamente relegada para segundo plano em termos de investimento. Pelo que nos é fácil concluir que o real investimento do Estado tem sido superficial ou mesmo nulo, não se verificando qualquer projecto de relevo estrutural no distrito. Sendo Leiria líder na indústria metalomecânica, uma referência nas áreas dos vidros, plásticos, agro-indústria, tendo no turismo uma projecção única a nível mundial (Santuário de Fátima, dezenas de praias das quais muitas praticamente selvagens, castelos e mosteiros e termas), faz com que se torne impreterível um forte investimento quer no apoio à população assim como a quem visita a região. A abertura da aviação civil na BA5, requalificação da linha ferroviária, protecção da nossa costa, requalificação do serviço de saúde, requalificação dos portos da Nazaré e Peniche e a reestruturação do poder administrativo são algumas das nossas prioridades para o distrito de Leiria.

As políticas que defendemos são para o País, mas alguns sectores do distrito necessitam de particular atenção. Nos transportes, a modernização da Linha do Oeste é urgente e indispensável para tornar mais competitivo o transporte de mercadorias e passageiros. A política de saúde do actual Governo degradou o Serviço Nacional de Saúde e transferiu para o sector privado, pessoal e serviços nesta área. É necessário dotar o hospital das Caldas da Rainha das infra-estruturas e dos meios indispensáveis para o regular funcionamento destes serviços. A política de pescas imposta pela UE, através das quotas, está a levar à liquidação da pesca do cerco, especialmente na apanha da sardinha. É urgente renegociar estas imposições.

MENSAGEM AOS ELEITORES A única forma de correr com estes politicozinhos de pacotilha, acabar com a corrupção e defender Portugal, é votar no PDR, o partido das três estrelas liderado por um homem sem medo chamado Marinho e Pinto.

MENSAGEM AOS ELEITORES A todos os leirienses uma mensagem de esperança, de que a 4 de Outubro temos uma voz, o poder de mudar e de dizer basta. A lista do MPT por Leiria é composta 100 % por pessoas naturais ou residente no distrito, pelo que sabemos e sentimos que é possível fazer diferente, porque somos diferentes. Leiria merece mais, Leiria merece melhor.

PRIORIDADES PARA O DISTRITO

Uma das prioridades do BE passa porrecuperar o emprego e vencer a precariedade. Uma empresa que dê lucro não deve poder despedir e tem de se acabar com a discriminação salarial. Na saúde, para que próximo signifique menos tempo, defendemos um novo hospital no Sul do distrito, a requalificação dos Hospitais de Peniche e Alcobaça, do Centro de Saúde da Nazaré e mais médicos e enfermeiros no Centro Hospitalar de Leiria. É preciso recuperar o ensino e o direito à escola pública, que deve estar próxima dos jovens e ser capaz de integrar os ensinos artístico e especial. Defendemos a criação da Universidade Politécnica de Leiria, com mais apoios para investigação em áreas como as ciências do mar, pescas, biomecânica, a floresta, agricultura, energias renováveis. Devem ser repostos os apoios às famílias, para que todos possamos viver dignamente e que todas as crianças MENSAGEM AOS ELEITORES possam frequentar uma creche e um Os leirienses devem votar contra esta política que tem endividado o infantário público. Sucedem-se os exemplos de impunidade de País, que tem empobrecido um número crescente de portugueses, descargas poluentes na Ribeira dos que tem obrigado à emigração um Milagres e nos rios Arunca, Alcoa, grande número de jovens que não Baça e Nabão. Lutamos pela despoluição da bacia hidrográfica do encontram trabalho, que tem Lis e pela requalificação da Lagoa de vendido o País a retalho, Óbidos. Queremos voltar a ter a Linha entregando os sectores estratégicos entre os quais o nosso do Oeste, com a sua electrificação, a automatização da sinalização e o mar, à voragem dos grandes interesses económicos. Votem pela aumento dos troços de linha em via dupla. independência nacional, pelo emprego, pelo desenvolvimento MENSAGEM AOS ELEITORES económico e pela igualdade social! Desde 2011, que não se vê uma voz Nós defendemos a saída do euro e que lute pela resolução dos problemas o novo escudo. Votem no mais prementes do distrito. Resgatar a PCTP/MRPP. eleição de um deputado por Leiria é voltar a ter no Parlamento alguém próximo dos cidadãos.

O PPM considera que os interesses de Leiria tem estado muito mal salvaguardados na Assembleia da República. Estamos demasiados próximos do distrito de Lisboa para nos afirmarmos como pólo territorial autónomo. Por outro lado, estamos demasiado distantes para que nos seja possível beneficiar plenamente da presença da capacidade económica e de decisão política instalada em Lisboa. Assim, o PPM tem como prioridade política afirmar o distrito como pólo de desenvolvimento aglutinador de toda a região Centro. Isto implica densificar a nossa ligação, em termos de infraestruturas e ligações rodoviárias e ferroviárias a todo o território adjacente. O PPM pretende também lançar um programa de recuperação do potencial industrial do distrito, promover a uma escala muito superior a actividade turística - uma área na âmbito da qual temos, também, um imenso potencial - e modernizar o nosso sector agrícola.

MENSAGEM AOS ELEITORES A mensagem que quero deixar é que o velho PPM necessita, nas actuais circunstâncias, de ser preservado. Somos uma voz que representa o patriotismo humanista com o qual se identificam muitos portugueses. Defendemos a independência nacional como dogma e finalidade suprema. O PPM faz falta. A nossa sobrevivência depende do apoio dos portugueses. Preserve um Partido com 41 anos de história, sempre ao serviço de Portugal. Vote Portugal! Vote PPM.

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24-09-2015 | JA Magazine

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legislativas

jornal E

23 abr 2015

União de freguesias do Ameixial (Estremoz):

Afinal onde é que vou votar? x Hugo Silva

Há um problema relacionado com os eleitores da nova união de freguesias de Ameixial (Estremoz), que está a deixar os habitantes de S. Bento e Santa Vitória indignados. O motivo é que nas duas freguesias, aparentemente sem justificação, há várias pessoas cujo local de votação foi alterado. Nas últimas eleições, Nídia Capitão, moradora em S. Bento do Ameixial, dirigiu-se à junta

B

Santa Vit ória do Ameixial São Bent o do Ameixial

de freguesia onde mora para votar, mas foi impedida de o fazer. Disseram-lhe que teria que votar em Santa Vitória do Ameixial. A jovem teve que percorrer cerca de 15 quilómetros, para exercer o seu direito de voto. Não foi possível apurar se foi caso único, mas volvidos dois anos o problema ganhou novos contornos, pois entretanto dezenas de eleitores descobriram que não constam do caderno eleitoral da freguesia onde residem e onde sempre votaram.

A MB

Mãe e pai votam em Santa Vitória e a filha tem que ir votar a S. Bento António José Rebeca é um deles e não cala a revolta que lhe vai dentro: “Depois das eleições renovei o cartão de cidadão e enviaram-me um cartão de eleitor com um número novo. Antes era o A361 e enviaram-me um cartão com o número B976. Fiz uma carta para o Ministério da Administração Interna a perguntar qual era o cartão que devia utilizar. Eles responderam que devia utilizar o B976, mas nunca pensei que tivesse que ir votar para S. Bento. Pelo que tenho percebido todos os casos em que renovaram o cartão de cidadão ou alteraram a morada passaram todos para a letra B e têm que ir votar a S. Bento. Existe aqui uma família em que a mãe e o pai votam em Santa Vitória e a filha tem que ir votar a S. Bento porque entretanto já renovou o cartão de cidadão. Dizem que S. Bento angariou cerca de 50 eleitores… Devem ser estas pessoas de Santa Vitória”.

Alteração da sede terá sido comunicada? A confusão entre a letra A e B que precede o número de eleitor e a renovação do cartão de cidadão parecem estar a “empurrar” os eleitores para a “outra” freguesia. A Direção Ge-

ral da Autarquias Locais (DGAL), contactada pelo ‘E’, garante que a atribuição das letras decorre da lei. A letra “A” é atribuída à sede da união de freguesias e a “B” à outra freguesia que integra a união. Ora acontece que, no caso da união de freguesias do Ameixial, o presidente recém-eleito apresentou uma proposta para que a sede fosse transferida para S. Bento do Ameixial, o que alterou igualmente os “A” e “B”. A lei consagra que “no prazo de 90 dias após a instalação dos órgãos que resultem das eleições gerais das autarquias locais, a assembleia de freguesia delibera a localização da sede” e que deve “comunicar a localização da sede da freguesia à Direção -Geral das Autarquias Locais, para todos os efeitos administrativos relevantes”.

Quantas são as forças políticas que vão disputar as legislativas? São 16 as forças políticas a ir a votos no próximo dia 04 de outubro, três das quais coligações e as restantes 13 partidos. Nas coligações, contam-se a Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e PEV, a coligação Portugal à Frente, com PSD e CDS-PP e a coligação Agir, que alia o MAS ao PTP. Os partidos políticos são: PS, BE, Livre/Tempo de Avançar, JPP, Nós, Cidadãos!, PPV/CDC, MPT, PDR, PCTP/MRPP, PNR, PURP, PPM e PAN.

As pessoas é que têm que dar os dados concretos

Contactado pelo ‘E’, José Filipe Duarte, presidente da autarquia, referiu que tem conhecimento da situação, mas desconhece quantos casos existem, pois na sua opinião “os cadernos eleitorais ainda não saíram…” Confrontado com o número de eleitores alegadamente “transferidos” para o posto de S. Bento, o autarca não confirmou os dados e sobre a origem do problema remeteu-nos para outra entidade: “Isso tem que ligar à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que eles esclarecem-lhe melhor sobre isso”. Na CNE ninguém fala sobre o

Quantos deputados são eleitos em cada círculo? É a seguinte a distribuição dos deputados pelos 22 círculos: Vila Real – 5 Aveiro – 16 Viseu – 9 Beja – 3 Açores – 5 Braga – 19 Madeira – 6 Bragança – 3 Castelo Branco – 4 Europa – 2 Fora da Europa – 2 Coimbra – 9 Total – 230 Évora – 3 Faro – 9 Guarda – 4 Leiria – 10 Lisboa – 47 Portalegre – 2 Porto – 39 Santarém – 9 Setúbal – 18 Viana do Castelo – 6

assunto em concreto. De resto é sabido que os cadernos eleitorais estão fechados e que as alterações aos mesmos só podem ser requeridas 60 dias antes dos atos eleitorais, o que torna impossível qualquer alteração. Conformado, José Filipe Duarte disse à reportagem do ‘E’ que “para este ato eleitoral as pessoas têm que ir votar onde estiverem indicadas” e que se alguns não votam nos locais de residências “se calhar é porque alguns dados não foram dados concretamente”. Sobre as eventuais medidas para minorar a situação, o presidente da união de freguesia refere que “as pessoas é que têm que dar os dados concretos quanto aos passos a dar”.

Privaram-me de exercer o meu direito de voto

António José Rebeca é que não concorda e garante que “não vou votar e no meu café nunca mais entra ninguém com propaganda eleitoral. Privaram-me de exercer o meu direito de voto. Tenho 59 anos e sempre votei na minha terra, era só o que faltava ter que ir votar a S. Bento. Estou muito indignado por me terem privado ao direito de voto. Existem pessoas já de idade que vêm votar ao centro de Santa Vitória com a sua bengala. Para elas isso já é um sacrifício, mas fazem-no porque querem votar. Agora como é que elas vão votar a S. Bento? Vão fazer 15 Km para lá e 15 Km para cá? Acaba por não ir ninguém votar e depois dizem

Onde devo ir votar? Pode obter esta informação na semana anterior ao acto eleitoral ou referendo, junto da Comissão Recenseadora que funciona na junta de freguesia da sua área de residência. Esta informação pode ser também obtida junto das Câmaras Municipais (CM). A informação sobre o seu número de eleitor pode ser obtida através da Internet emwww.recenseamento.mai. gov.pt ou enviando SMS grátis para 3838 (escrevendo RE espaço nº de BI ou CC espaço Data de Nascimento no molde AAAAMMDD).

que houve uma grande abstenção aqui e na verdade as pessoas não foram porque as privaram ao direito de votar. Se esta situação se mantiver, daqui para a frente só ficam aqui as pessoas que tiveram os cartões de cidadão vitalícios. É a primeira vez que isto acontece e ainda ninguém apresentou uma solução para resolver a situação. Marco Festas, que integra a assembleia da união de freguesias é mais cauteloso. “Sempre achei que a ideia de alterar a sede da união de freguesias nos podia trazer problemas. Acho que é muito desagradável as pessoas morarem ao pé da junta e terem que fazer quinze quilómetros para votar. Já liguei várias vezes para a DGAL a informar-me como se pode resolver este assunto e espero que tudo se resolva a bem”. 23 abr 2015 E

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ID: 61235352

24-09-2015

Afinal onde é que vou votar? x Na nova união de freguesias de Ameixial (Estremoz) há pessoas cujo local de votação foi alterado. Dezenas de eleitores, aparentemente sem justificação, descobriram que não constam do caderno eleitoral da freguesia onde residem e onde sempre votaram.

Tiragem: 3500

Pág: 1

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Quinzenal

Área: 23,28 x 13,93 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 2 de 2

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Caravanas dividem-se entre norte, centro e sul e Rio entra em campanha

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

24-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=76fa3851

O quinto dia de campanha terá como novidade do lado do PSD/CDS-PP a participação de Rui Rio, no Porto, ao lado de Aguiar-Branco, enquanto Passos Coelho e Paulo Portas fazem campanha em Bragança e Vila Real. Por seu lado, o PS desloca-se ao centro do país, com paragens nos distritos de Coimbra e Leiria, e o BE e PCP estarão no sul. O ex-autarca do Porto Rui Rio, que remeteu para depois das legislativas o esclarecimento se é ou não candidato presidencial, percorre, à tarde, a Rua de Santa Catarina ao lado de José Pedro Aguiar-Branco, ministro da Defesa e cabeça de lista da coligação pelo círculo eleitoral do Porto. Já os líderes da coligação PSD/CDS, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas vão começar a agenda no distrito de Bragança, com visitas ao Instituto Politécnico da região e à Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros. Pela tarde, Pedro Passos Coelho desloca-se ao distrito de Vila Real onde terá contactos com a população, um encontro com dirigentes associativos e empresários. Paulo Portas, por seu lado, vai ao distrito de Braga, juntando-se novamente ao líder social-democrata no comício da noite em Vila Real. Já o secretário-geral do PS, António Costa, visita de manhã uma empresa de conservas em Mira, o Centro de Inovação e Biotecnologia BIOCANT em Cantanhede e almoça, na Figueira da Foz, com autarcas socialistas. António Costa desloca-se depois ao Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho. Antes de encerrar o dia com um comício em Leiria, o líder socialista visita a Associação Académica de Coimbra, pelas 18:00. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, vai andar hoje pelo distrito de Beja, onde almoça com reformados e à tarde encontra-se com a população de Moura. Termina o dia num jantar-comício em Serpa com a participação da dirigente do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), Heloísa Apolónia. A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, visita de manhã a Maternidade Alfredo da Costa (Lisboa). À tarde, a cabeça de lista por Lisboa, Mariana Mortágua, junta-se à campanha para realizarem contactos com a população na Rua Morais Soares e para, posteriormente, se reunirem com a Associação Portuguesa de Surdos. O BE termina o dia em Setúbal num comício ao ar livre com a participação de Catarina Martins, Joana Mortágua e António Chora. Também em Lisboa está o cabeça de lista pelo distrito do Livre/Tempo de Avançar, Rui Tavares, que participa na sessão "Resgataram os bancos, resgatem as pessoas", em frente à sede do Novo Banco. Marinho e Pinto, líder do Partido Democrático Republicano, fará de manha uma travessia fluvial entre a Praça do Comércio (Lisboa) e o Barreiro, continuando depois as ações de campanha pelo distrito de Setúbal. O líder do PCTP/MRPP, Garcia Pereira, dedica hoje as suas ações de campanha ao distrito de Castelo Branco onde, às 12:00, participa num convívio com os estudantes da Faculdade de Ciências e Engenharias Universidade da Beira Interior, na Covilhã. O partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN) está hoje em Bragança em visita ao vale do Tua, enquanto o Junto Pelos Povo visita a feira de Carcavelos (Cascais).

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PAN foi ao Tua alertar para "crime" causado pela construção de barragem

Tipo Meio:

Internet

Meio:

Notícias ao Minuto Online

Data Publicação:

24-09-2015

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=43d5517f

O partido Pessoas Animais Natureza (PAN) alertou hoje para o "crime" que é a construção da barragem de Foz Tua, entre Alijó e Carrazeda de Ansiães, durante uma ação de campanha pelo Vale do Tua para alertar. A comitiva do PAN chegou de comboio à estação do Tua, em Carrazeda de Ansiães, e seguiu a pé até à zona de obra, onde observou o paredão de betão que está a ser construído no rio, todo o estaleiro que se estende pelas encostas, bem como a linha férrea que foi desativada em consequência desta construção. "Ver isto é, de facto, negativamente emocionante. Já cá tinha vindo há muitos anos e entristece percebermos que todo este vale vai ficar inundado", afirmou André Silva, porta-voz do partido e cabeça de lista por Lisboa. O responsável sublinhou que o PAN resolveu simbolicamente dedicar o dia de hoje à barragem do Tua, que classificou como "um crime". "O que está aqui em causa é de facto todo um património cultural, ecológico, social e económico. Esta barragem não deveria existir, tal como outras que estão ser construídas no [no âmbito do] Plano Nacional de Barragens", frisou. Por isso mesmo, se o partido conseguir cumprir o objetivo de eleger dois deputados, André Silva frisou que uma das suas primeiras medidas será "propor a suspensão da barragem e o seu desmantelamento". "Este projeto ainda é reversível. Este projeto tem várias ilegalidades e nós acreditamos que se o Estado português recorrer das ilegalidades de que esta obra sofre, os custos serão reduzidos ou serão de praticamente zero", acrescentou. André Silva sustentou que "será mais barato para os bolsos dos contribuintes não terminar esta barragem e desmantelar esta barragem do que construi-la e pagá-la durante as próximas dezenas de anos em faturas e impostos". "Estamos a falar de 650 euros por cada família portuguesa. Estamos a falar de muitos milhões de euros. Há alternativas muito mais baratas e muito mais sustentáveis, nomeadamente o aumento de potência de barragens que já existem ou o investimento na eficiência energética", frisou. A esta solução, acrescentou, "os sucessivos governos do PS e PSD taparam os olhos e os ouvidos". Em causa no vale do Tua está, na sua opinião, um dos patrimónios mais selvagens que ainda existem em Portugal, serão ainda afetadas espécies em vias de extinção e o turismo, bem como serão destruídos "imensos terrenos agrícolas". A barragem de Foz Tua está em construção entre os concelhos de Alijó, distrito de Vila Real, e Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança. Neste momento, trabalham na obra cerca de mil trabalhadores. A concessionária EDP aponta "o enchimento da albufeira e entrada em serviço para 2016". A visita do PAN à barragem resultou de um convite feito pela Plataforma Salvar o Tua a todos os partidos. Um dos responsáveis por esta plataforma, João Joanaz de Melo, referiu que, até agora, o único partido que aceitou o desafio foi o PAN e que o objetivo é chamar a atenção para um "caso emblemático do que não se deve fazer em matéria de política energética". "Esta barragem é paradigmática de tudo o que funciona mal na sociedade portuguesa. E estamos aqui em vias de destruir um património que é único", afirmou.

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ID: 61100604

24-09-2015

Tiragem: 35268

Pág: 19

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 10,54 x 30,26 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 1

Já se conhece a lista dos candidatos ao OP de Lisboa Orçamento participativo Marisa Soares Lista provisória pode ser consultada até sábado e no dia 5 de Outubro abrem as votações. Este ano vão a votos 481 propostas As dúvidas e reclamações sobre as 481 propostas seleccionadas para ir a votos no Orçamento Participativo (OP) de Lisboa 2015/2016 devem ser enviadas à câmara municipal até ao final de sábado. Depois disso, os lisboetas podem preparar-se para votar, a partir de 5 de Outubro e até 15 de Novembro, nos projectos que querem ver concretizados. Estão reservados 2,5 milhões de euros. A lista disponível no site da câmara, ainda provisória (pode sofrer alterações consoante as reclamações apresentadas), é dominada por projectos na área de espaço público e espaços verdes, infra-estruturas viárias, educação, juventude e desporto. Nestas, e noutras áreas, há ideias para todos os gostos: desde propostas mais tecnológicas a outras que apelam mais à sensibilidade dos votantes. Na edição deste ano propõe-se, por exemplo, a realização de um “filme de humor sobre Lisboa”, que mostre a capital “através do olhar de humoristas portugueses”, guardando para isso 250 mil euros. Ou a criação do Videotube Lisbon Space, um “espaço criativo e tecnológico de produção audiovisual e multimédia aberto a todos os munícipes”, um investimento de 460 mil euros. Outra ideia, cuja concretização custaria 90 mil euros, é a colocação de QR codes (espécie de código de barras utilizado nos smartphones) nos passeios das ruas do antigo Sítio de Alvalade (que seria uma zona piloto), através dos quais os utilizadores dos telemóveis poderiam ter acesso à informação histórica e biográfica de cada topónimo. Também há quem proponha campanhas de sensibilização nas escolas para a “importância de uma educação para a empatia e a felicidade”, com um custo de 150 mil euros. O mesmo valor é proposto para a instalação de um queimador de velas na Igreja de Santo António, além da realização de obras de beneficiação no Largo de Santo António da Sé. Outros projectos correspondem a reivindicações já antigas dos munícipes. É o caso da proposta de substituição de dois elevadores na passa-

gem superior no Bairro de Santos ao Rego, na freguesia das Avenidas Novas, com um custo estimado de 150 mil euros. Ou da criação de uma rede de casas de banho públicas, que sirva, nomeadamente, os taxistas da cidade, actualmente sem solução para esta necessidade. Da lista consta também o desenvolvimento de campanhas de sensibilização para a problemática dos pombos, ou mesmo a criação de um pombal contraceptivo — uma solução proposta recentemente pelos deputados municipais do partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN). As 481 propostas incidem ainda sobre a criação de parques de estacionamento, a requalificação de ruas e de jardins, a criação de espaços de coworking, a recuperação de escolas, a instalação de sanitários públicos, de passadeiras acessíveis e até de quiosques de sumos naturais ou de chocolate quente. Após o período de apresentação de propostas, de 7 de Abril a 7 de Junho, a autarquia fez uma primeira triagem dos projectos que se enquadram nas regras do OP, tendo seleccionado 481 propostas e rejeitado 478. A 5 de Outubro será publicada a lista final e fica aberto o período de votações, que têm aumentado de ano para ano, desde a primeira edição em 2008. No ano passado foram a votos cerca de 660 projectos e mais de 36 mil pessoas votaram no OP. Entre os vencedores estavam, por exemplo, a promoção do património da Igreja de São Cristóvão, com vista à sua reabilitação, e a criação da Academia do Código, uma iniciativa visa formar jovens licenciados e desempregados na área da programação.

Estão a votos ideias para todos os gostos

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Já se conhece a lista de candidatos ao Orçamento Participativo de Lisboa

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

24-09-2015

Meio:

Público Online

Autores:

Marisa Soares

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=cd801444

Por Marisa Soares 24/09/2015 - 09:40 Lista provisória pode ser consultada até este sábado e no dia 5 de Outubro abrem as votações. Este ano vão a votos 481 propostas. Enric Vives-Rubio Lisboa Câmara de Lisboa As dúvidas e reclamações sobre as 481 propostas seleccionadas para ir a votos no Orçamento Participativo (OP) de Lisboa 2015/2016 devem ser enviadas à câmara municipal até ao final de sábado. Depois disso, os lisboetas podem preparar-se para votar, a partir de 5 de Outubro e até 15 de Novembro, nos projectos que querem ver concretizados. Estão reservados 2,5 milhões de euros. A lista disponível no site Lisboa Participa, ainda provisória (pode sofrer alterações consoante as reclamações apresentadas), é dominada por projectos na área de espaço público e espaços verdes, infra-estruturas viárias, educação, juventude e desporto. Nestas, e noutras áreas, há ideias para todos os gostos: desde propostas mais tecnológicas a outras que apelam mais à sensibilidade dos votantes. Na edição deste ano propõe-se, por exemplo, a realização de um "filme de humor sobre Lisboa", que mostre a capital "através do olhar de humoristas portugueses", guardando para isso 250 mil euros. Ou a criação do Videotube Lisbon Space, um "espaço criativo e tecnológico de produção audiovisual e multimédia aberto a todos os munícipes", um investimento de 460 mil euros. Outra ideia, cuja concretização custaria 90 mil euros, é a colocação de QR codes (espécie de código de barras utilizado nos smartphones) nos passeios das ruas do antigo Sítio de Alvalade (que seria uma zona piloto), através dos quais os utilizadores dos telemóveis poderiam ter acesso à informação histórica e biográfica de cada topónimo. Também há quem proponha campanhas de sensibilização nas escolas para a "importância de uma educação para a empatia e a felicidade", com um custo de 150 mil euros. O mesmo valor é proposto para a instalação de um queimador de velas na Igreja de Santo António, além da realização de obras de beneficiação no Largo de Santo António da Sé. Outros projectos correspondem a reivindicações já antigas dos munícipes. É o caso da proposta de substituição de dois elevadores na passagem superior no Bairro de Santos ao Rego, na freguesia das Avenidas Novas, com um custo estimado de 150 mil euros. Ou da criação de uma rede de casas de banho públicas, que sirva nomeadamente os taxistas da cidade, actualmente sem solução para esta necessidade. Da lista consta também o desenvolvimento de campanhas de sensibilização para a problemática dos pombos, ou mesmo a criação de um pombal contraceptivo - uma solução proposta recentemente pelos deputados municipais do partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN). As 481 propostas incidem ainda sobre a criação de parques de estacionamento, a requalificação de ruas e de jardins, a criação de espaços de coworking, a recuperação de escolas, a instalação de sanitários públicos, de passadeiras acessíveis e até de quiosques de sumos naturais ou de chocolate quente. Após o período de apresentação de propostas, de 7 de Abril a 7 de Junho, a autarquia fez uma primeira triagem dos projectos que se enquadram nas regras do OP, tendo seleccionado 481 propostas e rejeitado 478. A 5 de Outubro será publicada a lista final e fica aberto o período de votações, que têm aumentado de ano para ano, desde a primeira edição em 2008. No ano passado foram a votos cerca de 660 projectos e mais de 36 mil pessoas votaram no OP. Entre os vencedores estavam, por exemplo, a promoção do património da Igreja de São Cristóvão, com vista à sua reabilitação, e a criação da Academia do Código, uma iniciativa visa formar jovens licenciados e desempregados na área da programação. 24/09/2015 - 09:40

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Marisa Soares

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Bloco traz poesia e mais desconfiança sobre PS para a campanha

Tipo Meio:

Internet

Data Publicação:

24-09-2015

Meio:

Público Online

Autores:

Paulo Pena

URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=7aa6f3e7

Programas Eleitorais Por Paulo Pena O PÚBLICO comparou os programas eleitorais e seleccionou algumas medidas que interessam a 10 perfis diferentes de eleitores Pub Outros perfis PaF (PSD/CDS) Alinhar a oferta de cursos com a sua empregabilidade Avaliar os mecanismos de promoção da habitação jovem Promover a utilização do Cartão Jovem, aumentando o número de utilizadores Desenvolver o cheque-formação, enquanto via para introduzir maior responsabilidade PS Reforçar os conteúdos de artes e humanidades nos programas curriculares Retomar o projeto INOVArtes para a criação de estágios internacionais e nacionais para profissionais da área da cultura. CDU Revogação do Estatuto do Bolseiro de Investigação e a sua substituição por contratos de trabalho com valorização salarial BE Novo estatuto do investigador científico, com contrato de trabalho e proteção social IVA a 6% para conteúdos culturais em qualquer plataforma, espetáculos e obras de conservação e restauro. PDR Conclamar os jovens a que não emigrem e a que lutem aqui. PAN Criação de uma disciplina autónoma que tenha como objectivo a educação para a cidadania Livre/Tempo de Avançar Combater o recurso abusivo ao estatuto de bolseiro Agir! Direito de voto aos 16 anos. PaF (PSD/CDS) Os trabalhadores, beneficiários de prestações de desemprego, que iniciem uma relação de trabalho, beneficiarão de um "Prémio de Ativação" PS "Contrato-geração", um apoio a reformas a tempo parcial e incentivos à contratação pelas empresas de jovens desempregados ou à procura do primeiro emprego. CDU Alargamento dos critérios de acesso e prolongamento do período de atribuição do subsídio de desemprego e do subsidio social de desemprego. BE Acesso ao subsídio social de desemprego a todas as pessoas em situação de desemprego e em situação de carência económica; Proibição dos despedimentos coletivos em empresas com resultados positivos. PDR Lançar políticas dinâmicas de apoio às empresas privadas, já que são estas o verdadeiro motor da criação de empregos. PAN Criação de um Rendimento Básico Incondicional (RBI) atribuindo a cada pessoa jovem ou adulta - um valor mensal incondicional a qualquer contrapartida. Livre/Tempo de Avançar Empregar jovens desempregados, ou desempregados de longa duração, em escolas, hospitais, segurança social e outros serviços públicos carenciados. Agir! Recuperação dos postos de trabalho perdidos no sector da construção, através da recuperação do parque habitacional degradado e da requalificação urbanística PaF (PSD/CDS) Prosseguir com a redução da taxa geral de IRC dos atuais 21% para 20% em 2016 para em 2019 se fixar em 17% Criar o "Portal do Empreendedorismo", com informação centralizada sobre os apoios disponíveis ao nível das políticas públicas PS Lançar o programa "Declaração Única", suprimindo obrigações e comunicações obrigatórias com o Estado Criar uma linha de adiantamento financeiro por conta de crédito fiscal para aumentar a liquidez das microempresas. CDU Prioridade no acesso aos dinheiros do Portugal 2020 para as PME, fixando um volume garantido de fundos (50%) Taxa de IRC de 12,5% para lucros inferiores a 15 mil euros e para micro, pequenas e médias empresas em regime de interioridade e nas regiões autónomas. BE Isenção para as PME da taxa de 0,75% sobre o valor acrescentado das empresas, destinada a financiar a Segurança Social Proibição de contratação pública com empresas que tenham ligações ou integrem na sua estrutura corporativa empresas sediadas offshore ou com esquemas de planeamento fiscal agressivo PDR Libertar os empresários das corveias da corrupção que muitas vezes lhes são impostas por inescrupulosos decisores públicos. PAN Atribuir benefícios fiscais às empresas que cumpram as suas obrigações tributárias. Livre/Tempo de Avançar Melhorar as condições de acesso das PME ao financiamento, através do Banco de Fomento Qualificar os empresários, através de programas com as

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Universidades; Conta-corrente entre as empresas e o Estado para a regularização das devoluções do IVA Eliminação do Pagamento Especial por Conta para as microempresas. Agir! Apoios financeiros associados ao programa Portugal 2020 e outros incentivos fiscais dirigidos a empresas que promovam a inovação tecno- lógica e gerem emprego qualificado e permanente. PaF (PSD/CDS) Continuar a aumentar a cobertura na rede de creches, nomeadamente através da rede social e solidária Adoptar medidas de discriminação positiva em favor dos agregados familiares com mais filhos nos programas de apoio à habitação, renda apoiada e habitação social Reforço do regime fiscal aplicável às famílias que acolhem os seus ascendentes idosos. PS Aumentar os montantes do abono de família e pré-natal Repor o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos; Aprofundamento do princípio da "Escola a Tempo Inteiro", alargando-a a todo o ensino básico Garantir, até ao final da legislatura, a universalidade da oferta da educação pré-escolar a todas as crianças dos três aos cinco anos Eliminar a discriminação no acesso à adoção e no apadrinhamento civil por casais do mesmo sexo CDU Gratuitidade de todo o ensino público a atingir de forma progressiva, num prazo máximo de seis anos, com a distribuição gratuita dos manuais escolares no ensino obrigatório Reposição da universalidade do abono de família para crianças e jovens BE Gratuitidade da escolaridade obrigatória, na matrícula, alimentação, manuais e material escolar Revogação dos programas de português e de matemática, aplicados pelo atual Governo, e regresso aos programas anteriores Reposição do abono de família e do Complemento Solidário para Idosos. PDR Criação de um Ministério da Mulher e da Família. PAN A licença de parentalidade deverá passar dos actuais 4 meses com pagamento de 100% do ordenado ou dos 5 meses com pagamento a 80%, para uma licença de 12 meses, com pagamento de 100% do ordenado Incluir os animais no agregado familiar. Livre/Tempo de Avançar Abolição dos exames do 4º e 6º anos Reduzir os custos dos materiais escolares solicitados pelas escolas - para os pais e para a ação social escolar - de forma a nunca superar os 75 euros por estudante e reduzir/repensar o uso dos manuais escolares. Agir! As primeiras habitações das famílias, até ao valor patrimonial de 100 mil euros, são isentas de IMI. MPT Criação de um Fundo de Emergência Social, com contributos voluntários de 50 euros/pessoa para ajudar famílias com dificuldades, crianças, idosos e doentes. PaF (PSD/CDS) Para as empresas, reforçar a utilização de mecanismos de troca de dívida por capitais próprios. PS Proibir as execuções fiscais de casas de residência familiar relativas a dívidas de valor inferior ao do bem executado e suspender a penhora da casa de morada de família nos restantes casos Reduzir a dependência de crédito bancário das empresas, reforçando o papel do mercado de capitais no financiamento das PME Instituição de um Banco Ético para minorar a situação de sobreendividamento das famílias, apoiando a renegociação estruturada com os credores CDU Política de resgates para as famílias e micro, pequenas e médias empresas altamente endividadas. BE Renegociação das dívidas privadas (spreads e maturidades), com um plano de carência até dois anos, sempre que a taxa de esforço para o cuprimento seja superior a 50% do rendimento disponível nas famílias pobres ou com desempregados. PDR "Reestruturar" as vidas de muitas famílias libertando-as dos grilhões de dívidas. PAN Proceder a um perdão parcial ou total sempre que se verificar que há uma impossibilidade de pagamento devido a um efeito de espiral de dívida. Livre/Tempo de Avançar Constituir um fundo de resgate para indivíduos, famílias e PME; Reduzir taxas de juro de mora e do crédito pessoal; Resolver dívidas de crédito à habitação Solucionar endividamento ao Fisco e Segurança Social. Agir! A primeira habitação familiar não pode ser penhorada pelos bancos, nem autoridades tributarias. PaF (PSD/CDS) Introduzir o plafonamento para os novos contratos: Compromisso de aumentar as pensões mínimas, rurais e sociais. PS Garantir que não serão alteradas as regras de cálculo das prestações já atribuídas a título definitivo Novas fontes de financiamento para a Segurança Social e baixa de 4% nas contribuições dos trabalhadores CDU Reposição da idade legal de reforma aos 65 anos; Revogar a contribuição extraordinária de solidariedade Desontos de 50% nos transportes públicos para cidadãos com mais de 65 anos. BE Idade legal da reforma aos 65 anos, ou com 40 anos de descontos efectivos Promover a convergência das pensões mais baixas com Salário Mínimo Nacional PDR Garantir que todos os portugueses tenham um fim de vida com dignidade. Livre/Tempo de Avançar Carta de Direitos do Cidadão Sénior que previna qualquer tipo de discriminação social e institucional ou abandono. Agir! Fim dos cortes e reposição do dinheiro tirado. PaF (PSD/CDS) Alargamento da ADSE a outros trabalhadres da Administração Pública Garantir que cada português tenha um médico de família até final de 2017 PS Até final da legislatura, criar 100 novas unidades de saúde familiar, assegurando médico de família a mais de 500 mil habitantes. CDU Revogação das taxas moderadoras; Garantia de médico de família para todos os utentes num período

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de dois anos; Dispensa gratuita de medicamentos para os doentes crónicos Reversão para o Estado das Parcerias Público-Privadas no SNS (Braga, Vila Franca de Xira, Loures, Cascais e Linha Saúde 24). BE Eliminar as taxas moderadoras e introduzir uma taxa extraordinária de apoio à inovação cobrada anualmente sobre as vendas dos fabricantes. PDR O Estado garantirá a todos os portugueses - de acordo com as suas necessidades efectivas - o acesso a cuidados de saúde. PAN Equiparar a taxa de IVA aplicada a serviços médicos a serviços médico-veterinários. Livre/Tempo de Avançar Eliminação das taxas moderadoras. PaF (PSD/CDS) Redução gradual, em quatro anos, da sobretaxa do IRS até à sua eliminação. PS Fim da sobretaxa do IRS em dois anos; Reanálise da estrutura dos escalões para aumentar a progessividade do imposto; Imposto sucessório para financiar a Segurança Social IVA da restauração a 13%; redução progressiva e temporária da TSU dos trabalhadores CDU Revogação da sobretaxa do IRS e introdução de 10 escalões de rendimento;Redução da taxa normal de IVA para 21%, da taxa sobre a restauração para 13% e da taxa sobre eletricidade e gás para os 6% Imposto sobre os depósitos acima dos 100.000 euros. BE Eliminação da sobretaxa do IRS e reposição de oito escalões Diminuir o IVA da restauração para 13% e da eletricidade e gás para os 6%, bem como a redução à taxa mínima dos bens de primeira necessidade; Imposto sobre grandes fortunas. PDR Estudar a possibilidade de uma conta-corrente entre a Autoridade Tributária e os contribuintes para abater créditos às dívidas fiscais. PAN Aumentar o número de escalões do IRS para 9. Livre/Tempo de Avançar Revogação da sobretaxa e revisão (aumento) do número de escalões. Agir! Descida generalizada do IVA e aplicação de taxa reduzida às actividades de restauração Maior progressividade nos impostos directos sobre o rendimento e criação de imposto especial sobre as grandes fortunas MPT Abolição do IMI. PaF (PSD/CDS) Plano global de evolução dos recusrsos humanos Se estiver provada a efectiva redução de pessoal, equacionar um "recrutamento selectivo" de recém-licenciados Continuar a aproximação entre o regime público e privado. Reversão dos cortes salariais em quatro anos PS Acabar, até 2017, com os cortes extraordinários de salários; regresso ao regime das 35 horas semanais. CDU Fim dos cortes salariais e a reposição integral dos salários, subsídios e pensões retirados na Administração Pública, descongelamento das progressões salariais e profissionais Reposição do horário de 35 horas semanais BE Devolução dos salários cortados. Livre/Tempo de Avançar Reposição dos salários e dos horários de trabalho. Agir! Fim dos cortes e reposição do dinheiro tirado. PaF (PSD/CDS) Privilegiar a promoção de emprego permanente e de qualidade, valorizando-o através de discriminação positiva e majorações dos apoios prestados pelas políticas públicas. PS Limitação do regime de contrato com termo; Agravar a contribuição para a Segurança Social das empresas que revelem excesso de rotatividade dos seus quadros Avaliar o regime de proteção no desemprego para trabalhadores independentes Limitar o uso pelo Estado de trabalho precário; Criação do Estatuto do Artista Criar um complemento salarial anual, que constitui um crédito fiscal ("imposto negativo"), aplicável a todos os que durante um ano declarem rendimentos do trabalho à Segurança Social CDU Revogação da norma do Código do Trabalho que discrimina os jovens à procura do primeiro emprego e os desempregados de longa duração, ao admitir que possam ser contratados a prazo para postos de trabalho permanentes Criação de um Programa Nacional de Combate à Precariedade e ao Trabalho Ilegal BE Proibição das empresas de trabalho temporário Vinculação dos trabalhadores precários no Estado Duração máxima de um ano para os contratos a prazo, não renovável. PAN Imediata passagem ao quadro, com a assinatura de um contrato com vínculo permanente, de todos os trabalhadores com vínculos precários na Administração Pública. Livre/Tempo de Avançar Criação de um estatuto de protecção para os trabalhadores independentes; Os estágios profissionais e contratos de emprego-inserção não podem ser utilizados pelas empresas e pela Administração Pública para satisfazer necessidades efectivas de emprego. Agir! Fiscalização sistemática das condições de trabalho, nomeadamente para prevenir abusos Paulo Pena

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ID: 61234569

24-09-2015

Tiragem: 12000

Pág: 17

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Semanal

Área: 10,78 x 10,70 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 1

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ID: 61123815

24-09-2015

Tiragem: 15100

Pág: 8

País: Portugal

Cores: Preto e Branco

Period.: Semanal

Área: 22,60 x 31,43 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 1 de 3

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ID: 61123815

24-09-2015

Tiragem: 15100

Pág: 9

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Semanal

Área: 22,60 x 31,26 cm²

Âmbito: Regional

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24-09-2015

Tiragem: 15100

Pág: 10

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Semanal

Área: 22,60 x 25,58 cm²

Âmbito: Regional

Corte: 3 de 3

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"Esta barragem não deveria existir"

Tipo Meio:

Internet

Meio:

TVI 24 Online

Data Publicação:

24-09-2015

URL:http://www.tvi24.iol.pt/politica/pan/esta-barragem-nao-deveria-existir

PAN foi ao Tua alertar para "crime" causado pela construção de barragem O partido Pessoas Animais Natureza (PAN) alertou hoje para o "crime" que é a construção da barragem de Foz Tua, entre Alijó e Carrazeda de Ansiães, durante uma ação de campanha pelo Vale do Tua para alertar. A comitiva do PAN chegou de comboio à estação do Tua, em Carrazeda de Ansiães, e seguiu a pé até à zona de obra, onde observou o paredão de betão que está a ser construído no rio, todo o estaleiro que se estende pelas encostas, bem como a linha férrea que foi desativada em consequência desta construção. "Ver isto é, de facto, negativamente emocionante. Já cá tinha vindo há muitos anos e entristece percebermos que todo este vale vai ficar inundado", afirmou André Silva, porta-voz do partido e cabeça de lista por Lisboa. O responsável sublinhou que o PAN resolveu simbolicamente dedicar o dia de hoje à barragem do Tua, que classificou como "um crime". "O que está aqui em causa é de facto todo um património cultural, ecológico, social e económico. Esta barragem não deveria existir, tal como outras que estão ser construídas no [no âmbito do] Plano Nacional de Barragens", frisou. Por isso mesmo, se o partido conseguir cumprir o objetivo de eleger dois deputados, André Silva frisou que uma das suas primeiras medidas será "propor a suspensão da barragem e o seu desmantelamento". "Este projeto ainda é reversível. Este projeto tem várias ilegalidades e nós acreditamos que se o Estado português recorrer das ilegalidades de que esta obra sofre, os custos serão reduzidos ou serão de praticamente zero", acrescentou. André Silva sustentou que "será mais barato para os bolsos dos contribuintes não terminar esta barragem e desmantelar esta barragem do que construi-la e pagá-la durante as próximas dezenas de anos em faturas e impostos". "Estamos a falar de 650 euros por cada família portuguesa. Estamos a falar de muitos milhões de euros. Há alternativas muito mais baratas e muito mais sustentáveis, nomeadamente o aumento de potência de barragens que já existem ou o investimento na eficiência energética", frisou. A esta solução, acrescentou, "os sucessivos governos do PS e PSD taparam os olhos e os ouvidos" . Em causa no vale do Tua está, na sua opinião, um dos patrimónios mais selvagens que ainda existem em Portugal, serão ainda afetadas espécies em vias de extinção e o turismo, bem como serão destruídos "imensos terrenos agrícolas". A barragem de Foz Tua está em construção entre os concelhos de Alijó, distrito de Vila Real, e Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança. Neste momento, trabalham na obra cerca de mil trabalhadores. A concessionária EDP aponta "o enchimento da albufeira e entrada em serviço para 2016". A visita do PAN à barragem resultou de um convite feito pela Plataforma Salvar o Tua a todos os partidos. Um dos responsáveis por esta plataforma, João Joanaz de Melo, referiu que, até agora, o único partido que aceitou o desafio foi o PAN e que o objetivo é chamar a atenção para um "caso emblemático do que não se deve fazer em matéria de política energética". "Esta barragem é paradigmática de tudo o que funciona mal na sociedade portuguesa. E estamos aqui em vias de destruir um património que é único", afirmou. 2015-09-24T16:18:00.000+01:00

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ELEIÇÕES

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GRANDES BANDEIRAS

DOS PEQUENOS PARTIDOS Quem são, quem os representa e ao que vêm os 12 partidos ou coligações sem assento parlamentar POR SARA RODRIGUES

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odos somados, têm menos de metade do orçamento de campanha do que os chamados partidos do arco da governação – Coligação, €2,8 milhões; PS, €2,6 milhões. Querem reformar o sistema político, reestruturar a dívida, criar um índice de felicidade interna, baixar o IVA dos produtos biológicos ou limitar o número de deputados a 180. Saiba quais são as principais bandeiras destes partidos e as caras mais conhecidas:

PPM – PARTIDO POPULAR MONÁRQUICO Tem como objetivo eleger um deputado pelo círculo de Lisboa e o fadista Gonçalo da Câmara Pereira, 63 anos, é esse candidato. Defendem a saída «lenta» de Portugal do euro, a renegociação da dívida pública e a descida de impostos como o IRS, IRC e Imposto Municipal sobre Imóveis. Propõem, também, que a Caixa Geral de Depósitos passe a assegurar o financiamento da Segurança Social e da Saúde através da gestão de fundos de sustentação criados para o efeito. ORÇAMENTO DE CAMPANHA €10 500

PCTP/MRPP Garcia Pereira, 62 anos, é o rosto mais visível do partido de extrema-esquerda. Defende a saída do euro, o não pagamento da dívida, a nacionalização da banca e um governo de unidade democrática. Pretendem revogar as alterações à lei laboral e devolver, de imediato, todos os cortes feitos nos salários e nas pensões. ORÇAMENTO DE CAMPANHA €85 mil

LIVRE /TEMPO DE AVANÇAR O Livre, fundado, em 2014, pelo ex-eurodeputado Rui Tavares, 43 anos, juntou-se à associação Fórum Manifesto (dos ex-bloquistas Ana Drago e Daniel Oliveira) e à Renovação Comunista para concorrerem às legislativas. Tavares e Drago concorrem por Lisboa e, por exemplo, o advogado Ricardo Sá Fernandes é cabeça de lista pelo Porto. Defendem, entre outras ideias, a reestruturação da dívida pública, os referendos para novos tratados europeus ou alterações aos existentes, a regionalização (que deve ser sujeita a novo referendo), a constituição de um fundo de resgate para indivíduos, famílias e pequenas empresas ou o regresso do Ministério da Cultura com uma dotação orçamental de 1% até 2019.

JPP – JUNTOS PELO POVO O partido que nasceu numa pequena aldeia da Madeira, em 2013, conquistou os insulares e elegeu cinco deputados para a Assembleia Legislativa local. Agora, querem ocupar, também, as cadeiras de São Bento. Nuno Moreira, 40 anos, foi o primeiro cabeça de lista do partido «dos irmãos Sousa» (numa alusão aos seus fundadores e dirigentes Filipe e Élio) a ser indicado e concorre por Lisboa. Querem estimular a criação de sistemas privados de pensões; manutenção da TSU; diminuição do IVA da restauração para 13%; diminuição, em 50%, do IVA dos produtos biológicos; regime de exclusividade para os deputados; abolição dos regimes de regalias para ex-políticos. ORÇAMENTO DE CAMPANHA €355 mil

PPV/CDC – PARTIDO CIDADANIA E DEMOCRACIA CRISTÃ Formado há seis anos, foi sempre visto como o partido antiaborto. Agora, mudaram de nome e querem ter uma intervenção política mais abrangente. Mantêm a matriz de «direito à vida e à família», apoiando as famílias e combatendo o aborto. Propõem, também, o fim do offshore da Madeira, a redução «drástica» de fundações e institutos, acabar com os almoços subsidiados na Assembleia da República ou a indexação da idade e montante da reforma ao número de filhos. O líder, Sérgio Cales, é o nome mais conhecido do partido. ORÇAMENTO DE CAMPANHA €1 500

ORÇAMENTO DE CAMPANHA €215 140

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MPT – PARTIDO DA TERRA Ex-deputado do PS e ex-membro do PDR – de onde saiu com estrondo em divergência com Marinho Pinto, a quem chamou de «falso profeta» –, Eurico Figueiredo, 76 anos, é o cabeça de lista pelo Porto. Define-se como um partido humanista, ecologista e liberal. Tem como bandeiras a gestão dos recursos naturais, o bem-estar e a saúde e defendem uma reforma do sistema político. Querem introduzir, em Portugal, o indicador de «Felicidade Interna Bruta», alcançar o 15.º lugar do ranking no «Índice de Desempenho Ambiental» e o 35.º no de «Competitividade Global». ORÇAMENTO DE CAMPANHA €57 mil

AGIR (PTP – PARTIDO TRABALHISTA PORTUGUÊS, MAS – MOVIMENTO ALTERNATIVA SOCIALISTA E OUTROS MOVIMENTOS) A ex-bloquista Joana Amaral Dias, 42 anos, é a candidata que tem dado mais nas vistas – até porque se despiu duas vezes para capas de revistas, atitude que o líder do MAS, Gil Garcia, também ex-bloquista, criticou

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ELEIÇÕES

2015 por «falta de articulação com a coligação». Uma das primeiras ações públicas do Agir foi a colocação de uma faixa, na varanda da Assembleia da República, com a palavra «vendido». O programa eleitoral tem como eixos centrais o combate à corrupção, a reforma do sistema político e uma maior participação popular na democracia. ORÇAMENTO DE CAMPANHA €12 000

NÓS, CIDADÃOS O presidente do partido, Mendo Henriques, 61 anos – também presidente do Instituto Democracia Portuguesa –, é o cabeça de lista por Lisboa. O partido, que se legalizou em junho, definiu «quatro pontos cardeais» para se apresentar às eleições: promoção do emprego resgate do sobre-endividamento, através de, por exemplo, uma reforma do sistema fiscal e da criação de um «provedor do Endividado»; combate à corrupção com «responsabilização civil, criminal ou disciplinar do titular de qualquer cargo político» e a inibição temporária do exercício de cargos políticos; reforma do sistema político e eleitoral, com a possibilidade de haver candidaturas de grupos independentes de cidadãos ao parlamento; promoção de uma nova estratégia nacional através de uma reforma que abolisse, por exemplo, os distritos como entidade administrativa e «incentivando a agremiação facultativa de freguesias». Contam com o apoio do juiz Rui Rangel e do cantor José Cid.

PAN – PESSOAS, ANIMAIS, NATUREZA

PNR – PARTIDO NACIONAL RENOVADOR

Líder do partido e cabeça de lista por Lisboa, André Silva, 39 anos, defende o voto útil no seu partido. Pretendem criar o estatuto jurídico do animal, abolir espetáculos e exibição de animais (como circos, zoos ou touradas), criminalizar a zoofilia (atos sexuais com animais), proibir o cultivo de organismos geneticamente modificados, diminuir o horário de trabalho para 30 horas semanais ou aumentar o salário mínimo para €600. Querem que Portugal adote novos indicadores, como a Felicidade Interna Bruta e o Indicador do Progresso Genuíno.

O dirigente e candidato do partido que fundou há 15 anos, José Pinto Coelho, 54 anos, defende que Portugal não deve receber refugiados e que os que entrarem devem ser repatriados para os países de origem, assim como todos os imigrantes ilegais que «já cá estão». Propõe a revogação do Tratado de Schengen (reposição de fronteiras) assim como a das leis que permitem a interrupção voluntária da gravidez e o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a nacionalização de empresas como a Galp, a EDP ou a Brisa.

ORÇAMENTO DE CAMPANHA €30 mil

ORÇAMENTO DE CAMPANHA €2 000

PURP – PARTIDO UNIDO DOS REFORMADOS E PENSIONISTAS

PDR – PARTIDO DEMOCRÁTICO REPUBLICANO

O dirigente e cabeça de lista por Lisboa, António Mateus, é reformado da empresa ANA

Depois de ser eleito eurodeputado, Marinho e Pinto, 64 anos, rompeu com o ante-

– Aeroportos de Portugal. O partido propõe uma auditoria à dívida soberana, um valor de reforma mínima igual ao salário mínimo nacional, isenção da sobretaxa sobre pensões abaixo de €3000 e diminuição progressiva nas restantes reformas ou a redução do número de deputados para 180 e limitação a dois mandatos. Defendem, também a redução progressiva das taxas moderadoras, como desígnio Constitucional.

rior partido e fundou este, em fevereiro. Algumas das suas bandeiras são o combate à corrupção, a revisão das PPP, o ensino público para todos, a proteção dos contribuintes contra o terrorismo fiscal ou a reforma da Justiça. ORÇAMENTO DE CAMPANHA €207 910

ORÇAMENTO DE CAMPANHA €8 000

ORÇAMENTO DE CAMPANHA €36 mil

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Comentário

José Carlos de Vasconcelos

Uma campanha ‘decisiva’

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A tendência referida, foi invertida com o debate televisivo entre PPC e António Costa (AC), que este venceu de forma clara, ao encontrar a indispensável complementaridade entre a denúncia do passado recente e as propostas para o futuro próximo. Esse debate deu força às hostes socialistas e tirou-a às da coligação. E a expectativa, ou previsão, era que o segundo debate confirmasse tal vitória e inversão de tendência. Não foi, porém, o que aconteceu, por razões que me escapam. Além do mais, AC dispõe de uma série de factos e argumentos (relacionados até com o que PPC garantiu faria se eleito, tendo feito o contrário) que bem usados permitiriam ganhar qualquer debate. E não os usou. Assim, cessou aquela inversão de tendência e persiste o empate técnico entre PàF e PS, até com ligeira vantagem para a coligação. Ou seja, continua tudo dependente dos indecisos, cuja decisão depende não se sabe de quê, e da amplitude do «voto útil» de esquerda que possa confluir para o PS.

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Neste domínio há que distinguir os círculos em que a esquerda (não PS) tem e aqueles em que não tem possibilidade de eleger deputados. De facto, só tem nos quatro ou cinco maiores – mais, o PCP, no Alentejo e talvez em algum círculo intermédio. Ora, nessa maioria de círculos em que não tem, poderão potenciais votantes de forças de esquerda, que não pensam que PàF e PS são «iguais», votar no PS e mudar neles a distribuição de mandatos? Disto pode depender o vencedor das eleições.

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Em matéria de campanha, três sublinhados: a) A grande revelação dos debates foi Catarina Martins (CM): pela preparação, argumentação, vivacidade, frescura, simpatia. De par com Mariana Mortágua ela deu uma nova alma e um novo ímpeto a um Bloco de Esquerda que muitos diziam «moribundo», e que desta forma pode, ou pelo

menos merece, manter, se não aumentar, a sua representação no Parlamento; b) O PCP, com a CDU, continua igual a si mesmo. Como o próprio Jerónimo de Sousa, que, porém, tem (a)parecido cansado e sem chama. «Gente séria», como dizem os seus cartazes, e com uma óbvia preocupação de lançar gente nova – o que é pena não se refletir mais ao nível do discurso e da prática. Tinha-se como certo que a CDU iria crescer, o que julgo acontecerá – mas não graças à campanha; c) Afastados dos debates e das entrevistas nas televisões, com reduzida cobertura das suas campanhas, não se consegue avaliar o que se passa com outras forças políticas, em particular as novas. Algumas inexistem, outras quase, mas outras ainda deviam aparecer muito mais, pondo em evidência a necessidade de garantir que isso aconteça. Estão nestes casos sobretudo o Livre/ Tempo de Avançar [com hipótese de eleger deputado(s) em Lisboa, Porto ou Setúbal?], o PDR, de Marinho Pinto, que suponho ficará longe das expectativas iniciais, e o Nós Cidadãos, de Mendo Henriques; sem esquecer o PAN.

O vencedor das eleições pode depender do ‘voto útil’ no PS de potenciais votantes de forças de esquerda nos círculos em que não têm qualquer possibilidade de eleger deputados

5 NUNO BOTELHO

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Não sei o que valem as sondagens, como se viu agora na Grécia. Mas creio real a tendência por elas assinalada nos últimos meses de subida das intenções de voto na coligação PàF e de estagnação do PS. O que a meu ver resulta de: a) a eficácia da propaganda da PàF, com base numa estratégia e num timing que representam o contrário do que Pedro Passos Coelho (PPC) disse ao proclamar: «que se lixem as eleições»; b) a ineficácia do PS na desmontagem dessa propaganda, mostrando as inverdades e falácias dos seus pressupostos, a partir daí apresentando as suas propostas, com estudos sérios a fundamentá-las – como fez –, mas sem esquecer a sua dimensão política e circunstância eleitoral.

Um tema estranhamente ausente da campanha é o da renegociação da dívida. Percebo que o PS o omita, com medo das simplificações mentirosas, demagógicas, que contra ele seriam utilizadas. A verdade, porém, é que por todos os motivos se impõe tentar renegociá-la, nos termos do importante documento subscrito por 70 destacadas personalidades de vários setores da vida nacional. Não há nada de errado e muito menos perigoso em fazê-lo, pelo contrário. O que seria errado e perigoso era dar a renegociação como conseguida, quando ela depende de um acordo com os credores, e nisso assentar qualquer programa ou projeto.

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