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ARTIGO TECNOLOGIA

RFID, a velha tecnologia na moderna era digital Tecnologia contribui para a aplicacao do conceito da indústria 4.0 ou da indústria digital nos negócios

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ostumamos sempre fazer comparativos de quase tudo em nossas vidas e em nossos negócios recentemente recebemos uma enchurrada de informações sobre a indústria 4.0, a revolução que irá mudar tudo nos negócios. E realmente vai mudar. Quem já leu o livro “A Arte da Guerra”, entende que a estratégia é fundamental para este período de mudança. Então vamos analisar a história. No ano de 1948, os então estudantes Joseph Woodland e Bernard Silver, iniciavam a codificação automática, que logo em seguida, por volta de 1952, se tornaria o atualmente conhecido código de Barras ou “BarCode” e aqui no Brasil esta tecnologia iniciou de forma ainda conservadora nos anos iniciais da década de 1980. Este conhecido código de barras de faixas pretas da década de 1940, evoluiu nos anos 1990 para o conhecido QRcode, um novo sistema para automatizar não somente a comunicação, mas também a possibilidade de interagir com a pessoa que está acessando este código cheio de quadradinhos que não retrata nenhuma imagem conhecida ao olho humano, graças a uma outra evolução tecnológica, que foram os smartphones. E certamente se você chegou até aqui na leitura, concorda que atualmente viver sem código de barra e QRcode é quase impossível. Estamos falando de uma tecnologia que nos foi apresentada a menos de 20 anos. Vamos pensar: a chegada do PIX, permitindo pagar com o QRCode via PIX, duas grandes tecnologia que, juntas, nos trouxeram 58

O CONFECCIONISTA JUL/AGO/SET 2022

grandes facilidades. A evolução de todas estas tecnologias, despertaram uma gigantesca necessidade de agilidade nos processos, e esta agilidade o Código de Barras e o QRcode sozinhos, não atenderiam. Os processos ágeis requerem leitura de diversos itens de uma vez só, sem precisar apontar algo para a etiqueta do produto, e sem a necessidade de uma pessoa operando o apontamento. Agilidade e eficiência em processos, controles, estoques, logística...O que quero dizer com isso? Precisamos conferir o conteúdo de um pallet, de uma caixa, sem ter que abrir e ler item a item, realizar a cada 10 segundos 10 metros quadrados de inventário. Preciso passar meus volumes em um determinado ponto de leitura, e em tempo real, saber quais são os produtos, quantas peças estão naquela caixa ou pallet. Uma resposta em milésimos de segundos, para uma operação que demoraria minutos e com uma taxa de assertividade exponencialmente maior. A tecnologia de RFID é antiga, ela é da época da segunda guerra mundial, no ano de 1973 e teve a primeira patente registrada por Mario Cardullo e Charles Walton. Na mesma época, recebia a patente de um transmissor de dados que fazia uso do RFID, nos anos 1990 uma gigante da tecnologia da época patenteou o RFID UHF que posteriormente foi vendida para outra empresa. Somente no ano de 1999, diversas empresas se uniram e criaram o auto-ID, que basicamente consiste em um número serial único, armazenado em um microchip na etiqueta, que é fixada nos produtos. Os dados associados à etiqueta ficam


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