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DICA DO ESPECIALISTA MODELAGEM

SONIA DUARTE Pesquisadora, professora e autora do livro MIB – Modelagem Industrial Brasileira

Sempre Ela Pensar em modelagem industrial brasileira é pensar no corpo da mulher brasileira e suas características, afirma a profissional

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hega e encanta o nosso ego de ser e poder fazer, de construir e modificar, é tudo que a vida nos dá nessa área inimaginável. O grande segredo para uma pessoa que está entrando nessa área, é ter a visão espacial, e ter essa visão não são todos que têm. Por outro lado, milhões de pessoas correm atras desse trabalho maravilhoso com peças e tecidos. O processo de modelagem industrial – desde as suas medidas padronizadas ao corte preciso – segue paralelamente atualizado às informações sobre o tecido e suas possibilidades (composição, caimento, elasticidade e reações à lavagem e à secagem); as formas que se deseja obter, aos detalhes (atualmente, a roupa muda é nos detalhes), a estampa e a silhueta proposta pelas tendências da moda contemporânea e os seus revivals. Pensar em modelagem industrial brasileira é pensar no corpo da mulher brasileira e suas características, afirma a profissional. Na indústria nacional cada fabricante possui a sua tabela de medidas

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O CONFECCIONISTA JUL/AGO/SET 2022

padronizadas que não incluem as costuras e folgas. Os acréscimos de costura variam de indústria para indústria e as folgas variam de acordo com o modelo e o efeito desejado. O que determina uma tabela é a altura do tronco e as verticais, o biotipo de cada país possui a sua tabela de me-

didas. As italianas por exemplo, possuem o torso longo, já as americanas o torço mais curto e o peito alto. Sobre o mercado de moda, o modelista no Brasil precisa ser mais bem remunerado, pois definitivamente a modelagem é a alma de uma roupa. “Quando chego perto de uma roupa


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