Ed. 02 Maio 2014 - O Mirante

Page 1

Maio- 2014


Editorial Dizem as boas e as más línguas que cães e gatos são inimigos naturais. Eu não sei disso não. Convivi com um boxer que adotou um filhote de gato. Um era solitário e o outro abandonado nas ruas – aliança entre seres que constroem um espaço de convivência com ganhos mútuos, contrariando as leis da natureza e do instinto puramente animal. Surpresos, nós humanos nos encantamos e sorrimos enternecidos.

Também nas organizações podemos ter um olhar mais generoso sobre o outro e fazermos a nossa parte em busca de relacionamentos saudáveis. São muitas as reclamações que ouvimos sobre o quanto está difícil “com-viver” dentro das empresas – grandes, médias ou pequenas. Por isso uma edição sobre ALIANÇAS, inspirada pelo mês das noivas! Parece que todo mundo reconhece que fazer parceria é importante, mas fazê-lo corretamente assegura bons resultados. Nossa cliente Luciana Domagala nos dá um depoimento sobre como isto é possível por meio de um RH que seja de fato estratégico. Carlos Carvalho, que tem se destacado pelas parcerias com gestores e RH’s, nos fala sobre os frutos do esforço compartilhado para medir os resultados gerados pelo treinamento. E como toda aliança sólida deve ser estabelecida a partir da construção de relações de confiança, nosso consultor Ismael Almeida traz uma reflexão a respeito da tríade “confiança, perdão e aliança”. Responda ao final à nossa enquete de como você lida com situações de conflito no dia a dia. Ah, e a partir de agora estamos de casa nova. Agende um café conosco na Rua Sales Jr, 496 – Alto da Lapa. Até breve.

Boa leitura e escreva-nos. omirante@dorseyrocha.com

01


02


Avaliação dos Resultados Um esforço compartilhado!

É

possível medir o resultado de um treinamento ou você não sente necessidade disso? Que tal um olhar mais estratégico e próximo da alta direção antes de definir o próximo evento?

Parceria entre RH, consultoria e gestores é a chave para obter esta efetividade e trazer a aplicação prática dos conteúdos de um treinamento às atividades diárias dos gestores. Para isso teremos que estabelecer indicadores para cada módulo de um programa. O primeiro ponto relevante é saber se os gestores têm clareza dos resultados pelos quais são e serão cobrados. Quais entregas fazem realmente diferença na estratégia da empresa e quais são as atitudes e comportamentos que geram uma boa avaliação da área.

Olhe à sua volta e responda: •

O que a empresa está tentando alcançar?

Quais as metas e iniciativas principais dos líderes?

• Quais são as ameaças competitivas? Quais são os cenários desvantajosos? •

O que mantém a equipe acordada de preocupação à noite?

• Quais são as causas dos problemas de desempenho atual que a educação pode ajudar a resolver? • Quais as ineficiências e inconsistências que desperdiçam tempo e dinheiro? • Como um programa de educação continuada (T&D) pode reduzir o risco e melhorar a probabilidade ou tamanho do sucesso?

Suas respostas são o início da parceria entre RH com os gestores. A investigação conjunta sobre as reais necessidades possibilita que sejam atendidas, mensuradas em comportamentos e evidências e os resultados atinjam melhores índices. 03


“O esforço inicial e o acompanhamento contínuo no dia a dia _darão a base e a consistência para um treinamento eficaz.” A busca dos “gaps” de desempenho da equipe a ser treinada é fruto de um bate-papo com os gestores. Isto possibilita incorporar os pensamentos deles e seus interesses alavancando assim o processo de mudanças e aumentando o comprometimento dos mesmos frente ao acompanhamento dos resultados de sua equipe.

Procure obter respostas para perguntas do tipo: •

Alguém da área precisa ser capacitado ou desenvolver alguma habilidade para atingir as metas? •

Qual habilidade se aprimorada ajudaria a área a superar os objetivos desejados? •

Existem novas iniciativas, oportunidades ou estratégias que irão necessitar de um novo conhecimento ou habilidade para sua equipe executar? Quais?

Uau!!! Viu como isso dá trabalho? Suas conclusões serão os índices de mensuração. Após o treinamento, é o gestor que precisa acompanhar o resultado e registrar as evidências do que foi obtido. A participação ativa dos gestores constroem as bases do comprometimento, aumentando a proximidade e aliança entre o RH, seus gestores e a consultoria. O esforço inicial e o acompanhamento contínuo no dia a dia darão a base e a consistência para um treinamento eficaz, seja ele um único módulo ou um processo de educação continuada.

Um grande abraço e mãos à obra! Carlos Carvalho

Consultor da Dorsey Rocha & Associados


H

á muito se fala da importância das redes de relacionamento dentro e fora das empresas, mas na vida real, nem sempre utilizamos essa ferramenta para potencializar os resultados organizacionais.

Por mais que busquemos ter equipes qualificadas, fortes e multifuncionais, na prática não conseguimos ter todas as competências necessárias instaladas em nossos times e por consequência, na organização. Nesse caso é muito importante nos utilizarmos de alianças, sejam internas ou externas à empresa, que permitam acelerar a busca por resultados. Nessas situações, é fundamental que tenhamos uma boa análise de cenário a fim de sabermos exatamente o que precisamos e ter clareza do parceiro ideal, que não só tenha as competências necessárias para alavancar resultados, mas que também seja aderente à cultura da organização. Estamos o tempo todo falando da importância do RH estratégico. Aquele RH que entende o negócio e acha soluções com seus clientes internos. Nos processos de transformação organizacional essa parceria é fundamental! Por meio dela conseguimos fazer uma boa análise de impacto das mudanças, assim como ter visão sistêmica do problema. A partir das alianças internas conseguimos encontrar caminhos e trabalhar com influência, minimizando impactos negativos e garantindo que a mudança aconteça com maior fluidez no dia a dia da empresa.

Em minha opinião, para que consigamos estabelecer alianças produtivas, pautadas em parceria e troca, é fundamental que saibamos desenvolver relações de confiança - que passa pela condição de ouvir e ser ouvido, adaptar soluções à cultura da empresa, flexibilizar antigos conceitos e dar espaço para o novo. Tenho trabalhado em muitos processos de mudança em toda minha carreira, seja em situações de turnaround, start ups, internacionalização de empresas ou M&A e, invariavelmente, consegui acelerar resultados por meio dos relacionamentos que construí ao longo de cada jornada. O apoio de parceiros permitiu-me influenciar a organização e transpor resistências muitas vezes veladas. À medida que identifiquei os experts em assuntos específicos e, a partir daí estabeleci parcerias com relações de confiança, foi que as mudanças efetivamente aconteceram. Por isso, acredito fortemente que a projeção estratégica do RH é evidente quando conseguimos assumir uma conduta proativa e contributiva para a companhia, entendamos a relevância do nosso papel em identificar gaps de competências organizacionais e tenhamos habilidade em conduzir a empresa a fazer o mesmo, servindo como catalizador para o desenvolvimento de competências necessárias à estratégia do negócio e nos utilizando das alianças como meio para suprir lacunas e ampliar resultados.

VP de Gente e Gestão da PDG

05



Confianรงa, Perdรฃo e Alianรงas

07


N

o mundo corporativo o mantra é “fazer mais com menos”. A ideia de que “sozinho é mais difícil” é cada vez mais real. Isso nos impele para a criação de vínculos baseados na confiança, a criação de alianças.

O que é exigido de nós para a criação de alianças? É mister que tenhamos confiança em nós mesmos. Se nossa autoestima é alta, teremos facilidade em dizer o que pensamos, discordar, confrontar, dar apoio, dizer sim quando é preciso dizer sim, dizer não quando é preciso dizer não. É uma escolha nossa, embora as raízes da autoestima possam ser profundas e difíceis de lidar. Ser identificado como um indivíduo assertivo aproxima as pessoas de mim, me torna mais atraente. Pessoas agressivas ou passivas geram distanciamento, aversão. É também importante que nos perguntemos se temos credibilidade, do ponto de vista dos outros. Segundo Stephen M. R. Covey, em seu livro “A Velocidade da Confiança”, a credibilidade é função de 4 elementos: • Integridade: agimos de acordo com os valores que professamos? Somos exemplo de valores éticos e morais que afirmamos serem importantes?

“...como geradores de confiança ele enfatiza a necessidade de perdoar, e perdoar rápido.”

• Intenção: buscamos contribuir para o bem comum? Somos transparentes quanto ao que pretendemos? Agimos sem segundas intenções? • Capacitações: somos relevantes para a organização na qual trabalhamos? • Resultados: afinal, temos realizações claras e importantes para mostrar? Ou ficamos apenas no quase? Na tentativa sem conclusão positiva? Se temos credibilidade do ponto de vista dos outros, isso funcionará como um ímã a atrair a atenção e o interesse das pessoas às nossas ideias, aos nossos comentários, aos nossos projetos. No mesmo livro, Covey alerta para a necessidade de verificar se nossos comportamentos constroem confiança. Ao agir do jeito que agimos o que provocamos nos outros? Construímos confiança nos relacionamentos? Em um dos comportamentos sugeridos por Covey como geradores de confiança ele enfatiza a necessidade de perdoar, e perdoar rápido. Parece-me inevitável que ao trabalhar com alguém com profundidade, discutindo ideias, concordando e discordando, apareçam conflitos, alguns deles de difícil solução. Erros podem ser cometidos pelos envolvidos. A dificuldade de perdoar, muitas vezes, nos impede de prosseguir no relacionamento, de trabalhar de forma produtiva em conjunto. Ouvi, certa vez, uma frase que me deixou muito intrigado: “a raiva é um veneno que tomamos achando que vai fazer mal para o outro”. Ela nos deixa paralisados, consome nossas vísceras e nossa alma! Nós não precisamos ser amigos uns dos outros nas empresas, mas devemos ser capazes de construir relações que sejam baseadas na confiança e, ao mesmo tempo, sejam eficientes. Sozinho é mais difícil. Fazer mais com menos é possível. Só depende de você. Só depende de nós. Ismael B. Almeida

Consultor Dorsey Rocha & Associados

08


Indica

Quem indica: Paulo Couto / Consultor da Dorsey Rocha & Associados Por que indica: quem já viveu, ou vai viver, um processo de fusão/aquisição bem como quem lida com choque cultural, poderá se deliciar com este filme e tirar muitas dicas sobre a importância do interesse real pelo outro para contornar situações difíceis e construir alianças. Sinopse: o filme trata do encontro de duas culturas totalmente diferentes, a princípio, antagônicas. O interesse e a curiosidade de ambos permitem encontrar situações de convergência e criar uma nova cultura, beneficiando os dois lados.


ENQUETE! É comum ouvirmos as pessoas reclamarem de fatos ruins que saem na mídia ou comentarem de como é difícil o dia a dia nas organizações em função da falta de transparência nas relações interpessoais. Queremos saber o quanto você faz da parte que lhe cabe para mudar isto na sua empresa. Participe da nossa enquete. Qual a afirmação combina mais com você ao lidar com os conflitos no dia a dia? 1-

Manda quem pode e obedece quem tem juízo.

2-

Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

3-

Seja como o sândalo que perfuma o machado que o fere.

4-

Mais vale uma boa briga que um mau acordo.

5-

Em boca fechada não entra mosca.

RESPONDA AQUI

AVALIAÇÃO DA PESQUISA EDIÇÃO ANTERIOR - ABRIL (período abril/maio) SIM E ALGUMAS MUDANÇAS JÁ SÃO VISÍVEIS. SIM, EMBORA AS MUDANÇAS NÃO SEJAM VISÍVEIS. NÃO, PORQUE OUTRAS COISAS MUDARAM O MEU FOCO. NÃO, POIS FALTOU-ME DISCIPLINA.

32% 23% 9% 36%

Por que adiamos algumas decisões? Talvez porque elas nos lancem a uma zona de desconforto e de incertezas. Mas será que temos mesmo segurança, certeza e conforto do jeito que está? Provavelmente não. Planejar e realizar exigem disciplina, determinação e mudança de hábito. Parabéns para quem respondeu SIM à enquete de abril. Ânimo para quem disse NÃO. De qualquer forma, estamos torcendo por você!


O MIRANTE É UM PROJETO DORSEY ROCHA & ASSOCIADOS

Conselho Editorial: Rodolpho Rocha Marta Castilho Ádrice Fernanda Marketing: Janaíra França Conecte-se conosco: WWW.DORSEYROCHA.COM


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.