Uma história triangular

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Uma história triangular…

Num país muito longínquo, chamada Geometra, viviam os triângulos. Os triângulos equiláteros eram extremamente vaidosos, visto acharem-se muito perfeitos. O triângulo equilátero Nº 5 estava constantemente a criticar os seus vizinhos, o Escaleno e o Isósceles. — Olha-me para eles, todos defeituosos! Que figura, que tortos! Só eu é que sou perfeito porque tenho os lados e os ângulos todos iguais! — Não te armes em esperto só por te julgares melhor que nós. Nós somos tão triângulos quanto tu. Também somos úteis para a Geometria… – protestou o Isósceles. — Eu tenho os lados todos diferentes, mas muitas vezes precisam de mim! Quando precisares da minha ajuda, vais-te arrepender… — Eu, precisar de vós? – gracejou o Equilátero – duvido! – E foi-se embora. Até que um dia, o Nº 5 adoeceu e ficou com um dos três lados diferente. Com vergonha, permaneceu vários dias em casa. Passado algum tempo, o Isósceles e o Escaleno tiveram pena dele e foram visitá-lo. Assim que ambos chegaram a casa do Equilátero, logo ele lhes pediu desculpa. Estava muito arrependido. Os novos amigos prometeram ajudá-lo. Foram a correr chamar o Sr. Transferidor e a D. Régua e pediram-lhes auxílio. — Sr. Transferidor! D. Régua! O Equilátero precisa de ajuda! – gritaram eles. — O que aconteceu? – perguntaram ambos. — Foi o Equilátero número 5, que adoeceu e ficou com um dos lados diferente! – replicaram. – Venham! Venham rápido, por favor! O Sr. Transferidor e a sua amiga de longa data correram para casa do Equilátero e começaram logo a redesenhá-lo. O Sr. Transferidor abriu o lado doente até aos 60º e a D. Régua marcou 5 cm. O triângulo voltou assim a ficar Equilátero. Desde então, todos os equiláteros passaram a ser muito amigos de todos os outros triângulos e nunca mais fizeram troça de ninguém. Andreia Gomes, 7º A


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