201707 Jornal da Golpilheira 241 - Julho de 2017

Page 1

Agradecimento do CRG

PUB

A Direcção do Centro Recreativo da Golpilheira agradece a todas as pessoas, instituições e empresas que colaboraram nas comemorações do seu 48.º aniversário. A ajuda de todos contribuiu para a realização de um evento com grande sucesso. Formamos uma brilhante equipa e gostávamos de contar sempre com a vossa ajuda. Um bem-haja a todos. A Direcção

P

CAMP . 3 ANHA

2 0 telh 0 as

!

O Banco da (nossa) terra.

Email: geral@jornaldagolpilheira.pt | Preço: € 1,00 | Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XXI | Edição 241 | Julho de 2017

www.jornaldagolpilheira.pt

facebook.com/jgolpilheira

google.com/+JornaldaGolpilheira

twitter.com/jgolpilheira

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

flickr.com/photos/jgolpilheira

youtube.com/jgolpilheira

P. 5 e 12 • CRG e Escolas

Ano lectivo fecha em festa P. 9 • Mouzinho

Cavalaria evoca o seu patrono P. 11 • Festas da Batalha

Folclore a abrir, estreia de Calum Scott a fechar P. 14 e 15 • Torneios

Batalha foi rainha de futsal e futebol de rua

P. 6 a 8 • Festa do 48.º aniversário

CRG tornou-se romano para comemorar Collippo

Festa do Senhor dos Aflitos

LMF

P. 24 • 29 a 31 de Julho

PUB


2

. abertura .

Jornal da Golpilheira Julho de 2017

.editorial.

Luís Miguel Ferraz Director

.caderno mensal. Por José Travaços Santos

Avós num país a arder Escrevo este editorial no Dia dos Avós. Acabo de ler uma mensagem do Papa Francisco no Twiter: “Quanto são importantes os avós na vida da família para comunicar o património de humanidade e fé essencial para cada sociedade”. E pus-me a pensar no património recebido... Lembro-me da minha avó dizer para não brincar com o lume, que depois fazia xixi na cama. Era uma maneira simples de alertar para o perigo de vasculhar na fogueira e vir a sofrer alguma queimadura. Se dissesse o perigo assim, o mais provável era não surtir efeito, que os meninos não têm medo de nada. Mas a falsa ameaça de vir a acordar numa cama molhada resultava, porque era uma coisa concreta, real e muito incómoda. Olho os ecrãs em redor e vejo o meu país a arder. De repente, tive saudades da minha avó. Se ela fosse viva, poderia dizer de forma simples a um incendiário que não deve brincar com o fogo. Diria a um legislador e a um juiz que não deve brincar com quem brinca com o fogo. Diria a um governante que não deve brincar ao jogo do empurra perto do fogo, e muito menos jogar ao “um-dó-li-tá” com as suas responsabilidades antes do fogo. Diria às televisões que não devem brincar com as imagens do fogo como cenário de horas e horas de entretenimento noticioso. Diria às pessoas que vão “ver o fogo” para não andarem a atrapalhar o trabalho de quem o combate. Parece que estou a ouvi-la: “depois fazem xixi na cama”. Quem sabe se perceberiam, então, o perigo... Lembro-me de a minha avó me dizer que “mentir é feio”. Ouço militares confessar que lhes roubaram armas do paiol, vejo alguns serem demitidos e reconduzidos sem se saber nada do que aconteceu, um deles a assegurar que afinal era lixo que não funcionava e o mesmo a dizer depois que afinal havia lixo funcional. Sinto um governo igual a todos os outros governos que já senti, a dizer que sabe e que não sabe, que trabalha e que vai de férias, que resolve e que não há solução. Parece que ouço a minha avó a falar-lhes e eles a começarem a perceber que a verdade seria um bom começo para não ficarem feios na fotografia... Dizia a minha avó que “já dizia a minha avó”. E pergunto-me em que geração perdemos essa linha de transmissão de valores e nos pusemos a inventar “causas” sem qualquer interesse, enquanto o País arde e os soldados deixam que lhes roubem as pistolas. Às tantas, o segredo estará em ouvirmos mais as nossas avós... divulgação

Igreja Matriz da Batalha (e da Golpilheira) aberta em Julho e Agosto Frequentemente confunde-se a Igreja Matriz com a Igreja da Misericórdia, mas são dois templos distintos. A da Misericórdia, incrustada no edifício sede da Instituição, está por detrás da Matriz. Igreja da invocação da Santa Cruz, ou a paróquia não tivesse sido criada pelo Prior Mor do Convento de Santa Cruz de Coimbra que, até à fundação da Diocese de Leiria em 1545, detinha a jurisdição religiosa da nossa região, começou a ser construída em 1514, cerca de dois anos depois da criação da nossa paróquia. Terminaria a sua construção em 1532. A pedido da população, foi mandada erguer pelo Rei D. Manuel I. Possivelmente, foi seu primeiro arquitecto o célebre Mestre Mateus Fernandes, o único Mestre com sepultura certificada na igreja do Mosteiro, embora o notável historiador professor doutor Saul António Gomes tenha dúvidas sobre ser Mateus Fernandes o autor do templo. Comprovadamente, o autor do precioso pórtico manuelino foi Mestre Boitoca (Boytac) que inscreveu nas duas ombreiras a sua sigla, um “b” gótico. Templo muito harmonioso, além do artístico pórtico e da torre sineira que veio substituir, já no princípio do século XX, por iniciativa de uma figura assaz ilustre natural da Golpilheira, o padre Dr. Joaquim Coelho Pereira, que foi pároco inesquecível da Batalha (e da Golpilheira) de 1899 a 1929, o torreão e um campanário para três sinos. A nova torre, conjugando elementos do manuelino e do barroco, enquadrou-se perfeitamente no edifício, passando despercebido que tem menos 370 anos do que

o resto do conjunto. Ainda guarda no interior o magnífico retábulo renascentista, esculpido no calcário regional, que encimava o altar da Santíssima Trindade, pois era neste templo que residia a Confraria desta invocação. A capela mor mantém a belíssima abóbada que, ao contrário da nave, resistiu aos sismos de 1755 e de 1858. Nas grandes obras de restauro da década de 30 do século XX, enriqueceram o templo com azulejos setecentistas que vieram dum convento de Alcácer do Sal e ainda com o altar de mármores embutidos que para ali foi da capela de S. Miguel ou dos Sousas, do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, e com uma pia baptismal com proveniência, também, no Mosteiro. Ora, nos meses de Julho e Agosto, por feliz iniciativa da Junta da Freguesia da Batalha, o templo está patente ao público das 09h00 às 18h00, com um intervalo para o almoço. No adro da igreja e inclusivamente por onde hoje passa a estrada foi o cemitério da Vila, que sucedeu ao da Igreja da Santa Maria-a-Velha, aqui foram sepultados muitos naturais da Golpilheira, trasladada pelos meados do século XIX a sua função para o actual no Casal do Azemel. Na fotografia, reproduzida do Boletim n.º 13, de Setembro de 1938, da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, tirada logo no fim das obras de restauro ao interior do templo, vê-se à esquerda o artístico altar da Confraria da Santíssima Trindade.

Os Descobrimentos deviam ser matéria principal nas escolas O estudo pormenorizado, a investigação e a análise rigorosa dos

Descobrimentos Portugueses deviam ser matéria e função privilegiadas nas Escolas. Mais do que nunca, precisamos de conhecer e de estudar que forças e capacidades motivaram as extraordinárias realizações de então deste pequeno Povo, que na altura pouco mais tinha do que milhão e meio de seres humanos, o que nos permitiu atingir um nível científico e um desenvolvimento técnico nas artes de construir navios e de navegar que mais nenhum país europeu tinha e a extraordinária organização e manutenção por mais de século e meio dum empreendimento duma grandeza mundial que nunca mais foi igualada. Reli, há dias, o “Portugal Mensageiro do Mundo Renascentista”, obra cuidada e expressiva do Dr. Luís Filipe Barreto, edição de 1989 da Quetzal (Lisboa) e pensei, mais uma vez, que livros como este é que deviam ser divulgados e comentados nas nossas Escolas. Por o espaço ter de ser necessariamente curto, limito-me hoje a transcrever, não um excerto do autor, mas de Pedro Nunes, o nosso notabilíssimo matemático, que Luís Filipe Barreto reproduz: “Não há dúvida de que as navegações deste reino de cem anos a esta parte são as maiores, mais maravilhosas, de mais altas e de mais discretas conjecturas que as de nenhuma outra gente do mundo. Os Portugueses ousaram cometer o grande mar oceano. Entraram por ele sem nenhum receio. Descobriram novas ilhas, novas terras, novos mares, novos povos, e que mais é, novo céu e novas estrelas… Ora manifesto é que estes descobrimentos de costas, ilhas e terras firmes não se fizeram indo a acertar, mas partiam os nossos mareantes muito ensinados e providos de instrumentos de astrologia e geometria”. Para ler e meditar.


Jornal da Golpilheira

. campanha . sociedade .

Julho de 2017

3

Agora que a obra está pronta...

CAMPANHA Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Ainda precisamos de cerca de 90 mil euros. Temos telhas que sairam do velho telhado por donativos de 1.000 euros. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha.

Como é óbvio, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda será bem-vinda!

A melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!

Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros)

Donativos

NOME

Campanha Telhas

Saldo 2015

24.000,00 € 20.000,00 €

Saldo 2016 Saldo Janeiro de 2017 Saldo Fevereiro de 2017 Saldo Março de 2017 Saldo Abril de 2017 Saldo Maio de 2017 Saldo Junho 2017 Não houve donativos este mês

Segredo guardado durante um ano

Empréstimo 2.000,00 € 62.000,00 €

1.000,00 €

885,00 € 70.193,97 € 260,00 € zero zero 20,00 € 20,00 € 20,00 €

46.000,00 €

71.398,97 €

64.000,00 €

1.000,00 €

Totais

OUTROS

DR

O seu donativo é mais das telhas! necessário do que nunca Festeiros receberam “herança” no mastro A colocação do mastro, no Largo do Outeirinho, marca simbolicamente a preparação mais próxima das festas em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Os festeiros deste ano (foto acima), quarentões nascidos em 1977, lá foram cumprir a tradição, no passado dia 9 de Julho. E tiveram uma supresa... Ao destapar o buraco onde se coloca o mastro, encontraram uma garrafa, uma nota de cinco euros e uma mensagem dos quarentões do ano passado. Dizia o seguinte: “Os festeiros de 1976 desejam-vos um bom trabalho e uma excelente festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Despachem o mastro, a murta e depois vão comer uma bifana à feira de Pataias. A primeira garrafa de branco é por nossa conta! Abraços e beijos, festeiros de 1976 (os melhores de sempre), Agosto de 2016”. Com este gesto engraçado fica entregue a “herança”, cujo resultado poderá ser apreciados nos próximos dias 29 a 31 de Julho (ver cartaz na página 24).

Total Donativos 117.398,97 €

Contactos:

Colabore para a construção desta obra da Comunidade Cristã da Golpilheira!

Precisamos da sua ajuda!

igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2 (enviar comprovativo de transferência)

Faltam 4 telhas para chegarmos às 50! Quem quer ajudar a esse objectivo

no dia da festa?

Era uma boa “prenda” à nossa igreja... Voluntários da Batalha no combate aos incêndios

Assembleia Municipal “louva” Bombeiros vizinhos, no passado dia 17 de Junho”. O presidente da Assembleia Municipal, António Lucas, sublinhou “o importante trabalho realizado pelos Bombeiros Voluntários da Batalha naquele teatro de operações”, reconhecendo “a eficácia, o empenho e a dedicação da corpora-

ção de Bombeiros deste concelho”. O voto de louvor aprovado por todos os deputados é, ainda, extensível a “todos os que se empenharam no combate a este incêndio de proporções impressionantes, designadamente os autarcas locais”, refere nota enviada à imprensa. DR

A Assembleia Municipal da Batalha, reunida no passado dia 28 de Junho, deliberou por unanimidade atribuir um “Voto de Louvor” à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha, reconhecendo a “colaboração prestada no combate ao fogo que deflagrou em Pedrógão Grande e concelhos


4

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

. sociedade .

Jornal da Golpilheira Julho de 2017

Escuteiros da Batalha inauguram

Novo centro escutista em São Mamede rá ser requisitado também por associações e grupos de fora do escutismo.

Fotos: DR

A Casa Abrigo Barreira de Água (CABA), localizada na freguesia de São Mamede, é o mais recente centro escutista da Região de Leiria-Fátima, inaugurada no passado sábado, 15 de Julho, pelo Agrupamento 194 Batalha. A celebração de inauguração foi presidida pelo pároco da Batalha e assistente espiritual do agrupamento, padre José Gonçalves, e participada por cerca de uma centena de pessoas, entre escuteiros, familiares e pessoas que apoiaram com materiais e serviços a recuperação e equipamento do espaço, durante os últimos quatro anos. Presentes estiveram, ainda, os presidentes da Câmara Municipal e das juntas de freguesia da Batalha e de São Mamede, parceiro neste projecto. A este motivo de festa, os escuteiros da Batalha juntaram as

Os novos chefes Tiago e Marcelo

Celebração inaugural

promessas de dois novos dirigentes, Marcelo Silva e Tiago Vieira. “Uma semente que deu frutos”, referiu o presidente da celebração, a propósito da caminhada feita por estes dois escuteiros que agora assumem a missão de “colaborar na sementeira” junto dos mais novos. A imagem surgiu da parábola do semeador,

lida no Evangelho, e serviu para sublinhar o papel de formação humana e espiritual que deve ser marca de um agrupamento de escutismo. A CABA resulta da conversão de uma antiga escola primária cedida pelo Município da Batalha e conta com zonas para acampar e acantonar, cozinha,

balneário e aquecimento. Dado o seu enquadramento, é um bom ponto de partida para conhecer a região, nomeadamente a Aldeia da Pia do Urso (a cerca de 2 km), as Grutas da Moeda (com as quais tem uma parceria), a envolvência natural da Serra de Aire e o Santuário de Fátima (a cerca de 5 km). O espaço pode-

Prémios no Piarte Uns dias antes, o agrupamento 194 Batalha venceu os prémios de criatividade e de melhor técnica escutista (2.º e 3.º lugares) no Piarte – Concurso Regional de Construções Escutistas deste ano, que decorreu na Quinta do Escuteiro, de 29 de Junho a 2 de Julho. Esta 2.ª edição do concurso promovido pela Junta Regional de LeiriaFátima tinha como tema “tendas elevadas” e os 30 pioneiros batalhenses mostraram ser os mais originais e hábeis construtores. O 1.º lugar do concurso, para a melhor construção, foi para a equipa Charlie Chaplin, do Agrupamento 1112 Souto da Carpalhosa. LMF

Convívio dos nascidos em 1947 Realizou-se, no passado dia 9 de Julho, no salão de festas do CRG, o convívio do grupo de jovens nascidos em 1947, com alguns familiares, para comemorarem os 70 anos já vividos. Como gente católica praticante, integraram-se na Missa dominical, com uma participação digna dos seus 70 anos. No final desta cerimónia religiosa, deslocaram-se em romagem ao cemitério, para homenagear quatro companheiros que já partiram para o Pai, em cujas campas depositaram flores. Seguiu-se um almoço em que, durante cerca de duas horas, para além da refeição, houve tempo para colocar em dia várias histórias, algumas já repetidas noutros encontros e outras que nunca tinham sido contadas. Por volta das 17h00 foi servido um lanche, que a todos agradou. Os leitões, coitados, foram devorados enquanto o diabo esfregava um olho. As garrafas de espumante, idem. Os frangos é que

MCR

Grupo celebrou 70 anos em festa

apanharam uma decepção dos diabos. Devem ter ficado aborrecidos. É que quase nem para eles olharam. A festa continuou com boas e enriquecedoras conversas, com

a animação a cargo do humorista do costume, que é muito famoso cá no burgo. Por estas bandas, é mais conhecido pelo “Joaquim Vingadote”. Todos espalhavam na face um sorrido de felicidade,

dizendo uns para os outros que estava tudo muito bem. Nem se aperceberam de que o mestre de cerimónias, convidado para a festa, por algum imprevisto de última hora, não pode estar pre-

sente. Também não era o mais importante. O serviço foi feito por um “amadorzito” cá do sítio. Tão contentes que ficaram com este inolvidável convívio, decidiram quase por unanimidade que este devia ser feito com mais de assiduidade. Neste momento, de cinco em cinco anos é muito tempo, como disseram alguns dos participantes. É que falta menos tempo para irem “de férias”, ou seja, estão todos mais perto do fim do que do princípio, e por isso querem encontrar-se bastas vezes. O grupo organizador agradece a todos os que tiveram oportunidade de estar nesta grande festa, bem como à direcção da colectividade por ter colocado o salão de festas à disposição e a todo o pessoal do Restaurante Etnográfico da Golpilheira. O agradecimento é extensivo também ao Jornal da Golpilheira, por ter dado cobertura e informação desta iniciativa. Armindo Monteiro/Manuel Rito


Jornal da Golpilheira

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

entrevista . . cultura . .sociedade

Julho de 2017

5

Festa de encerramento do ano lectivo no CRG A festa de encerramento do ano lectivo das Escolas de Música e Dança do Centro Recreativo da Golpilheira realizou-se no salão de festas da colectividade, no dia 30 de Junho. Nela estiveram presentes os alunos, professores, directores da associação, familiares e amigos. Após cada ano, esta é cada vez melhor, dado o desempenho dos professores e alunos. É extraordinária evolução de todos os alunos de ano para ano. O que aqui acontece é fruto de muito trabalho, paciência, capacidade de ensino e aprendizagem, persistência e amor às nossas crianças e jovens. Este ano também par-

ticiparam as utentes da ginástica aeróbica e as mães dos alunos das Escolas de Música e Dança, que actuaram em bom nível, não ficando nada atrás dos seus filhos. Os professores João e Jorge, da Escola de Música, Liliana, David e Joca, da Escola de Dança, durante estes últimos anos (alguns há mais de dez) de dedicação à nossa associação, têm desempenhado um papel muito importante. No final, foram distribuídas lembranças a todos os alunos, assim como um ramo de flores a todos os professores. Não nos podemos esquecer de que podemos ter grandes e faustosas instalações, mas se

Fotos: MCR

Música e Dança no dinamismo da associação

Actuação da Escola de Música

não tivermos a essência para a qual foram criadas, as pessoas, elas estarão condenadas. Felizmente, que o CRG está rodeado

Turmas de dança

por excelentes colaboradores, na Música, na Dança, na Cultura em geral e no recreio. Não esquecemos que este trabalho só é possível com a presença de alunos, atletas, cantadores, dançarinos, etc., com a colaboração

As mães também mostraram talento

Na Quinta do Escuteiro

Grande convívio das escolas da Golpilheira

Fotos: LMF

A Quinta do Escuteiro, na Quinta do Sobrado, voltou a acolher o grande piquenique de alunos, pais, professores e colaboradores do Jardim-de-Infância e da Escola do 1.º Ciclo da Golpilheira, no domingo 24 de Junho. Muitas dezenas de miúdos e

Agradável zona de piquenique

graúdos partilharam a refeição e, sobretudo, a amizade, a alegria e a boa disposição, numa tarde soalheira muito agradável. Não faltou o divertido escorrega aquático improvisado, a que nem os adultos resistiram. A interacção entre os pais e as crianças foi o

salutar exemplo daquilo que mais ajuda a crescer as crianças com saúde física e emocional. Estão de parabéns a organização da Associação de Pais da Golpilheira e todos os que participaram neste convívio, que marcou o encerramento de mais um ano lectivo.

Pais e filhos na brincadeira

dos seus familiares, assentando numa direcção forte e coesa. Estas condições estão criadas, por isso vamos aproveitá-las. Agora, merecidas férias. Em Setembro começa o próximo ano lectivo. Manuel Carreira Rito


6

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

. reportagem .

Jornal da Golpilheira Julho de 2017

48.º aniversário da associação

CRG tornou-se romano para comemorar Collippo

Fotos: LMFerraz

Bem podemos dizer que foram grandiosos os festejos do 48.º aniversário do Centro Recreativo da Golpilheira, nos dias 14 a 17 de Julho. Para já porque foram 4 dias, depois porque tudo correu “à grande e à romana”. De facto, também pela primeira vez, a festa teve um enquadramento temático, tendo sido escolhido o ambiente romano que existiu

no passado da freguesia, na povoação desaparecida de Collippo. Assim, alguns dos membros da direcção e da quase meia centena de voluntários andaram vestidos à romana e criou-se um grupo para a preparação de algumas apresentações cénicas. Aconteceu teatro, aconteceu dança medieval e artística, com a especial colaboração da professora

batalhense Catherine Revel, aconteceram gigantones e arruadas de tambores, aconteceram passeios a cavalo e, claro, muita animação musical. Outra novidade foi a presença de tendas de mostra e venda de artesanato e doçarias, bem como de artesãos locais a trabalhar a cestaria em vime e as ferramentas e utensílios de madeira. Isto além do típico restaurante

onde o frango assado é rei, da quermesse e dos bares sempre muito concorridos. No campo da animação, que contou com o apoio da Câmara Municipal, passaram pelo palco ou pelo recinto Jonnhy & Friend, Ahkorda, Gaitilena, FV Music, Tocándar, Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, Elsa Gomes & Friends, LF Music, e David Antunes

& Midnight Band. Grandes concertos puderam ser apreciados por uma enchente de público que há muito não se registava neste evento. E alguns ficaram pelas madrugadas, a curtir a música de dança com os DJ Pete, Xau, Marisa e Andreia. Aconteceu também mais uma edição da corrida de carros de rolamentos “Rodas d’Aço”, cuja foto-

Grupo que apresentou teatro romano

Dança coreografou luta dos deuses

Grupo de teatro do segundo dia

Danças etnográficas ao som de Ahkorda

Restaurante encheu várias vezes

Harpa animou uma das refeições

reportagem pode ver na página 8. Nestas páginas mostramos algumas fotos destes vários momentos da festa, para memória futura. Os álbuns completos, com milhares de imagens, podem ser vistos nas galerias do sítio www.jornaldagolpilheira.pt. Luís Miguel Ferraz


Jornal da Golpilheira

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

Julho de 2017

David Antunes, Vanessa e companhia animaram a despedida

Mostra de trabalhos tradicionais

Rancho do CRG também marcou presença

MCR

FV Music tomou conta da noite de sábado

No domingo, Elsa Gomes contagiou energia

O último serão foi o mais concorrido

Registamos a passagem pelo arraial das festas do CRG do 2.º Passeio de Bicicletas Antigas organizado pela Junta de Freguesia da Batalha, na manhã de domingo. É uma iniciativa que recupera a memória de tempos antigos e se converte em solidariedade, este ano com a receita a reverter para a Casa Mimo. Enquanto os passeantes tomavam a merenda da manhã, puderam ser apreciadas algumas verdadeiras obras de arte feitas

no restauro destes antigos meios de locomoção a pedal. Na comitiva, também uma camioneta restaurada com primor e meia dúzia de lambretas de apoio completavam um quadro cénico digno de ser visto. Sem esquecer os próprios trajos que alguns participantes fazem questão de envergar à moda desses tempos dos nossos avós, bem como o transporte de ferramentas e utensílios da lavoura que já só em museu se poderão ver.

LMFerraz

Passeio de Bicicletas Antigas da Batalha

. entrevista . . reportagem

7


8

. reportagem .

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

Jornal da Golpilheira Julho de 2017

Na festa do 48.º aniversário do CRG

“Rodas d’Aço” em tarde escaldante

Fotos: LMFerraz

A corrida de carros de rolamentos “Rodas d’Aço” é já um “ex libris” da festa de aniversário do CRG. Este ano, c om cerca de meia centena de carros, centenas de corredores e milhares de assistentes, as três rampas da freguesia proporcionaram divertidos momentos de derrapagem,

com apenas dois ou três ligeiros incidentes de percurso a gerar alguma apreensão e exigir tratamento. Sublinha-se a criatividade de alguns concorrentes, com veículos que vão muito além de um simples carro de rolamentos para serem já verdadeiras obras de engenharia. Foi o caso

do “comboio”, um veículo de 11 lugares construído há mais de uma década e que voltou em grande a esta edição. Chegou a deslizar com duas dezenas de pessoas em cima, qualquer coisa como uma tonelada e meia de peso, sem ter qualquer problema de direcção ou travagem. Épico.

Como a cerveja é coisa mais antiga do que os próprios romanos, é provável que tenha existido na ementa dos povos de Collippo. Na Golpilheira, sim, bebeu-se em grande quantidade nesta tarde escaldante de convívio e festa... LMF

minaram com sinais bem evidentes da participação. Alguns assistentes dedicaram-se à solidariedade, lavando o pó que os coitados dos pilotos traziam no corpo. Só não ficaram bem lavados porque passavam muito rápido e não dava tempo para o gel de banho...

Cavaleiro romano

No final, o grupo em pose

Veículo loooooooooongo

Houve também obras de arte, como o carro cavalar apresentado e conduzido de pé por Joaquim Bagagem, a respeitar o tema da festa romana em curso. Continuando a tradição dos últimos dois anos, houve pó colorido para ajudar à decoração dos corredores, que ter-

Passagem pelo banho

Rolamentos de vários tamanhos...

pub

IC2 - Santo Antão 2440-053 BATALHA Tel. 244 765 523 / 244 767 754 Fax. 244 767 754 E-mail. cruzarte@gmail.com Email: geral.ccbatista@sapo.pt Tel. 244 765 404 / Telm. 962 343 232 Rua das Eiras, 245 - 2440-232 Golpilheira

Comércio Grossista de Flores e Artigos de Decoração Fabrico de Artigos em Vime


Jornal da Golpilheira

. sociedade .

Julho de 2017

9

Agrupamento de Escolas da Batalha

Militares em parada

Batalha recorda Joaquim Mouzinho de Albuquerque

Cavalaria evoca o seu patrono Realizou-se no dia 21 de Julho, na praça com o seu nome, junto ao majestoso Mosteiro da Batalha, mais uma homenagem ao Patrono da Arma de Cavalaria, Joaquim Mouzinho de Albuquerque. A iniciativa foi organizada pela Arma de Cavalaria do Exército, com o apoio incondicional da Autarquia. Contou com várias intervenções e um desfile de forças em parada, antecedida duma marcha a cavalo, que chegou à Batalha no dia 20. O desfile a cavalo começou no Largo Cónego Manuel Simões Inácio, até à praça com o seu nome, onde ficaram até ao final das cerimónias, fazendo depois o caminho inverso. Houve várias intervenções militares e civis, onde não faltou a homenagem aos nossos soldados caídos em combate na defesa da Pá-

tria. O capelão presente, com palavras pausadas, esclarecedoras e emocionadas, lembrou todos estes homens e mulheres que deram o melhor que temos ao serviço de Portugal. Após estas palavras, a Banda do Exército interpretou a música alusiva a este acto. Em todas as intervenções foi realçada a audácia, coragem, inteligência, abnegação, valentia e amor à Pátria deste ilustre batalhense. Paulo Baptista, presidente do Município, afirmou que o homenageado foi um militar decidido e empenhado, que sempre defendeu os valores da defesa da Pátria, a quem muito justamente foi atribuído o epíteto de Patrono da Arma de Cavalaria. Perto do final do seu discurso, informou que o Município da Batalha está em negociações com o Seminário

de Leiria para aquisição da Quinta da Várzea, para a recuperar e colocá-la no roteiro de visitas da região. Assistiram a estas comemorações muitas crianças, acompanhadas pelas suas responsáveis, assim como muitos cidadãos, incluindo estrangeiros.

fim de forma tão trágica, quanto misteriosa, no dia 8 de Janeiro de 1902. A versão oficial é que se suicidou, em frente ao Portão da Quinta das Laranjeiras. No entanto, a sua morte nunca chegou a ser investigada. A sua família e alguns notáveis da época contestaram esta tese, já que ninguém se suicida com dois tiros, ambos fatais. Está sepultado no cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Neste momento, o Mosteiro da Batalha é Panteão Nacional. Penso que era uma excelente ideia trasladar os seus restos mortais para o nosso querido monumento. Fica lançada a ideia, não sabendo eu se mais alguém já a teve. “Os Homens só morrem quando a Pátria se esquece deles...”. Manuel Carreira Rito

Biografia e memória J o a q u i m Au g u s t o Mouzinho de Albuquerque, de seu nome completo, nasceu na Quinta da Várzea, Batalha, no dia 12 de Novembro de 1855. Foi um distinto e valoroso militar português, cuja intervenção e sentido estratega ficou bem patente na Batalha de Macontene (antiga província ultramarina de Moçambique). Após uma vida recheada de grandes feitos, especialmente em Moçambique, mercê da sua coragem, não merecia ter um

Convívio popular e sardinhada no Paço Mantendo a tradição iniciada pela saudosa Elvira Patrício, realizou-se, no dia 30 de Junho, junto à melhor Escola Primária do País (a mítica “Escola do Paço”), mais uma sardinhada. Organizado pelos seus familiares e apoiados pelos vizinhos, esta confraternização foi mais um êxito. A comida e a bebida não faltaram.

O aperitivo foi chouriça assada, pão, broa e ainda salada de pepino e tomate. Escusado será dizer que o vinho (muito) foi rei, não faltando no entanto outras bebidas. Estava a ver que o assador das sardinhas não dava vazão aos insaciáveis glutões. Para além dos “Patrícios”, estiveram presentes quase toda a vizinhança e outros

convidados. Dado o marco histórico desta tradicional festa, deslocaram-se propositadamente dois casais de emigrantes, da França e da Suíça, respectivamente. Não é preciso dizer o filme todo. O convívio quase acabou no outro dia, com o pessoal muito sorridente e satisfeito. Claro que o vinho era muito bom. MCR

MCR

MCR

Melhor turma foi a Nice

Grelhador em acção

A turma do 11.º A do Agrupamento de Escolas da Batalha foi a vencedora do concurso “A Turma +”, iniciativa promovida pelo Município da Batalha no decurso do ano lectivo que agora findou. O concurso, realizado em colaboração estreita com o Agrupamento de Escolas da Batalha, premeia a turma que mais se destaca nos resultados académicos e em parâmetros como a disciplina, esforço de melhoria ao longo dos três períodos e desenvolvimento de aprendizagens formais e não formais. Os alunos em causa, acompanhados por três docentes e pelo presidente da autarquia, foram em passeio à cidade francesa de Nice, entre os dias 30 de Junho a 4 de Julho, onde aproveitaram para conhecer alguns dos equipamentos culturais e outros pontos de interesse locais. Segundo nota da autarquia, o concurso visa “suscitar junto dos alunos e de toda a comunidade educativa a relevância para os princípios do rigor, da exigência e da disciplina”. O presidente, Paulo Batista, considera que é mais uma forma de mostrar a “importância que a autarquia atribui à educação” e contribuir “para o êxito escolar dos nossos jovens”.

Projecto municipal aceita inscrições

Voluntariado jovem na Batalha O Município da Batalha, em parceria com as instituições sociais locais e os Bombeiros Voluntários da Batalha, está a promover um programa de voluntariado jovem no período das férias escolares, com o objectivo de proporcionar aos jovens residentes no concelho uma experiência de voluntariado e de participação cívica em diferentes projectos. Destinado a jovens com idades entre os 14 e os 25 anos, permite que optem por uma actividade voluntária durante um período seleccionado, nos meses de Julho, Agosto e Setembro, em áreas como apoio a idosos e crianças, saúde, biblioteca, cultura/património e loja social. E há oferta em várias freguesias do Concelho, conforme as entidades parceiras disponíveis. Todos os voluntários terão direito a seguro de acidentes pessoais e a um certificado de participação no final da sua actividade, emitido pelo Município da Batalha. Mais informações e inscrições estão disponíveis no Gabinete de Desenvolvimento Social do Município da Batalha (244769110).


10

Jornal da Golpilheira

. sociedade .

Julho de 2017

No Mosteiro

Comércio tradicional em festa

“Shop On” voltou à Batalha

A fachada poente do Mosteiro da Batalha vai receber, nos dias 28, 29 e 30 de Julho, um inovador espectáculo de “videomapping”, alusivo ao tema “A luz do Mosteiro”. Assente na história secular do monumento, o espectáculo será constituído por dezenas de formas e de elementos patrimoniais e arquitectónicos alusivos a esta construção majestosa, numa narrativa multimédia repleta de efeitos visuais, em que as gárgulas e os vitrais se assumirão como o fio condutor desta produção. Envolvendo um amplo conjunto de meios de projecção e de som, o espectáculo “A luz do Mosteiro” conta com a produção da conceituada empresa “O Cubo”, que reúne no seu portefólio alguns dos trabalhos de “videomapping” mais representativos realizados em Portugal e com uma ampla actividade no estrangeiro. As projecções, com entrada gratuita, decorrerão nos dias 28 (sexta-feira) e 30 (domingo) de Julho às 22h00 e no dia 29 (sábado) às 23h15. A realização deste evento está integrado no projecto “Lugares do Património da Humanidade”, financiado por fundos da União Europeia, com o apoio do Mosteiro da Batalha.

No passado dia 1 de julho, o comércio da vila da Batalha esteve aberto até às 24h00 e a zona recebeu um variado programa de animação, com demonstrações de ginástica, dança, concertos, insufláveis, desfile de bicicletas antigas, entre muitas outras atracções. Com o nome “Shop On”, esta foi a segunda edição da iniciativa, promovida em parceria pela ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós e o Município da Batalha, envolvendo mais de 60 espaços comerciais da vila. A intenção é “promover e estimular o comércio tradicional”, através do horário alargado, da animação e da possibilidade de descontos oferecidos pelas lojas aderentes.

DR

“Videomapping”

Desfiles de moda foram exemplo das iniciativas dos lojistas

pub

E.N. 1 - N.º 67 Santo Antão 2440-053 BATALHA Tel. 244 767 923 Fax 244 765 330 E-mail: geral@itvm.com.pt

Zelamos pela sua segurança!


Jornal da Golpilheira

. entrevista . sociedade . cultura .

Julho de 2017

Estreia do britânico Calum Scott em Portugal

Batalha em festa em Agosto O cantor britânico Calum Scott, intérprete do conhecido tema “Dancing on my own”, é o cabeça-de-cartaz da edição deste ano das Festas da Batalha. O artista, que venceu a edição de 2015 do programa televisivo inglês “Britain’s Got Talent”, estreia-se no nosso país com o concerto gratuito que dará a 15 de Agosto na Vila Heróica. Outras noites também de entrada gratuita prometem encher de público o recinto das festas, no antigo campo de futebol da Batalha, com a actuação de David Carreira no dia 11, dos GNR no dia 12, dos D.A.M.A. no dia 13 e da fadista Carminho no dia 14. Haverá ainda um concurso de talentos locais. Segundo a autarquia, o programa significa um investimento na ordem dos 140 mil euros.

Mas nem só de concertos se faz a festa que decorre anualmente à volta do Dia do Município, 14 de Agosto. Será nesta data a sessão solene, nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha, na qual é importante também a presença dos cidadãos. Além das habituais intervenções sobre a história, a sociedade e a política neste município formado no ano 1500, haverá atribuição de medalhas de mérito a diversas personalidades e instituições. Por proposta do executivo e aprovação unânime da Assembleia Municipal, será atribuída a Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro ao ex-presidente da autarquia António Lucas, bem como a Medalha de Mérito Municipal Grau Prata à ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós, ao Or-

feão de Leiria – Conservatório de Artes e à Delegação de Leiria da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias. Na categoria de Cultura e Mérito Desportivo, serão galardoadas com o Grau Prata a Associação Cultural e Desportiva da Lapa Furada, de São Mamede, o Centro Cultural e Recreativo da Quinta Sobrado e Palmeiros, o Centro Recreativo de Alcanadas, o Atlético Clube Batalha, a Associação Casa do Mimo, o Jornal da Golpilheira e o Jornal da Batalha. As festas da Batalha incluirão diversas outras iniciativas, como provas desportivas, mostra de produtos agrícolas e industriais, espaço de gastronomia e petiscos, zona de equipamentos recreativos, etc., cujo programa definitivo não tinha sido divulgado à data do fecho desta edição.

A abrir as festas de Agosto da Batalha

Gala Internacional de Folclore O rancho folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, vai organizar a 31.ª Gala Internacional de Folclore da Batalha, no próximo dia 5 de Agosto. O programa começa com a recepção dos grupos convidados, nos Paços do Concelho, em sessão presidida pelo presidente do

Município, Paulo Batista Santos, seguindo-se o jantar. O festival começará pelas 21h30, no largo do Condestável, tendo como cenário a estátua equestre de São Nuno Álvares Pereira. Além do Rosas do Lena, passarão pelo palco os seguintes agrupamentos: Grupo de Danças

Orientais (Comunidade Chinesa de Lisboa), Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (Ílhavo), Grupo Folclórico de Faro (Algarve), Grupo Folclórico “Svoboda Menges” (Eslovénia), Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo (Minho) e Grupo Folclórico “Dobczyce” (Polónia).

11

No Mosteiro da Batalha

Lisbon Music Fest O Mosteiro da Batalha volta a acolher alguns concertos do Lisbon Music Fest - Festival Internacional de Música Juvenil, que reúne algumas das mais conceituadas orquestras e coros de jovens de todo o mundo. Assim, serão dois os concertos marcados para as Capelas Imperfeitas: na quinta-feira 27 de Julho, às 21h30, actua a “Sutton Youth Orchestra”; na quinta-feira 3 de Agosto, também às 21h30, apresenta-se a “Essex Youth Orchestra”. A entrada é livre.

Eleição a 29 de Julho

Gala Miss Portuguesa na Batalha A Gala Miss Portuguesa 2017 vai decorrer na Batalha, no dia 29 de Julho, às 21h30, onde será eleita a mais prendada das 18 finalistas deste concurso nacional de beleza feminina. A cantora Wanda Stuart e o vencedor do “The Voice Portugal 2016”, Guilherme Azevedo, são alguns dos nomes confirmados para a animação do evento, que decorrerá no Largo Infante D. Henrique, tendo como cenário o Mosteiro.

Mosteiro da Batalha

Congresso sobre panteões O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, vai acolher o congresso internacional “Loci Sepulcralis - Panteões e outros lugares de memória e de sepultura na Idade Média”, entre os dias 21 e 23 de Setembro de 2017. Trata-se de uma organização conjunta do Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - NOVA FCSH, do Mosteiro da Batalha/Direcção-Geral do Património Cultural, do Município da Batalha e do CEPAE – Centro do Património da Estremadura. As inscrições estão abertas até ao dia 14 de Setembro. apoio/divulgação


12

. página infantil .

Jornal da Golpilheira Julho de 2017

Olá a todos!

Jardim-de-Infância da Golpilheira

Mais um ano que chegou ao fim e, como não podia deixar de ser, terminámos em festa! Um muito obrigada a todos os pais e mães que não param de nos surpreender, tornando as nossas crianças mais felizes. Desejamos a todos umas boas férias e... até Setembro.

pub

www.ferragensdolena.com

atelier Rua do Choupico, 129 • GOLPILHEIRA 244 765 498 • 965 170 426 • nelson.c.gomes@hotmail.com


Jornal da Golpilheira

. pub .

Julho de 2017

Serviços mecânicos de excelência! Agora com lavagem automática de pesados e furgões! Casal de Mil Homens 2440-231 Golpilheira Tel. 244 769 260 • 919 725 794 andreiauto@mail.telepac.pt

Adelino Bastos

Licença de Exploração Industrial N.º 50/2010 SEDE: TRV. DO AREEIRO, 225 • ZONA IND. JARDOEIRA • 2440-373BATALHA FILIAL: CASAL DE MIL HOMENS • 2440-231 GOLPILHEIRA TELS: 244 768 766 • 917 504 646

13


14

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

. desporto .

Jornal da Golpilheira Julho de 2017

Batalha recebeu competição

Torneio Nacional de Futebol de Rua

MCR

Apresentação Na apresentação da iniciativa, no passado dia 13, estiveram presentes alguns representantes destas entidades e patrocinadores. Joaquim Ruivo, director do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, anunciou o apoio do monumento, considerando que é uma causa nobre, que junta fins desportivos e sociais. Gonçalves Santos, coordenador deste projecto da CAIS, mostrou a sua satisfação com o percurso crescente do torneio e anunciou a participação das 16 equipas em representação de igual número de distritos, 1 da Região Autónoma da Madeira, 1 da Região Autónoma dos Açores, 1 da Cais e 1 convidada, de Inglaterra, bem como 3 femininas: Inglaterra, Évora e Aveiro. Até esta 14.ª edição, o projecto

Futebol com cenário de luxo

MCR

Realizou-se, entre os dias 19 e 23 de Julho, no Largo do Condestável, na Vila da Batalha, a fase final do Torneio Nacional de Futebol de Rua, organizado pela CAIS, Associação de Solidariedade Social fundada em 1994 com o objectivo de contribuir para a melhoria das condições de vida dos cidadãos em risco de exclusão social, pela dignificação humana, capacitação e empregabilidade. Contando com o apoio da UEFA, da FIFA e da Comissão Europeia, este ano o torneio teve a parceria da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) e da autarquia da Batalha.

Femininos 1.º Évora 2.º Aveiro 3.º Inglaterra Masculinos 1.º Porto 2.º Madeira 3.º Aveiro 4.º Setúbal 5.º Lisboa 6.º Beja 7.º Leiria 8.º Guarda 9.º Açores 10.º Coimbra 11.º Braga 12.º Faro 13.º Bragança 14.º Portalegre 15.º Inglaterra 16.º Castelo Branco 17.º Equipa CAIS 18.º Viana do Castelo 19.º Santarém 20.º Évora

Porto sagrou-se vencedor do torneio

envolveu cerca de 100 IPSS, com igual número de equipas, movimentando mais de 1000 praticantes, tendo já merecido a distinção da Federação Portuguesa de Futebol e da Fundação da UEFA, entre outras. Referiu ainda que neste torneio serão seleccionados os oito atletas que vão representar Portugal no Campeonato Mundial de Futebol de Rua, a realizar em Oslo, na Noruega, de 29 de Agosto a 5 de Setembro deste ano. O objectivo da CAIS não é apenas a prática do Futebol de Rua, mas também a agenda cultural e recreativa

Classificação

que proporciona, assim como cursos de arbitragem desta modalidade e, sobretudo, a inclusão social dos jovens participantes. O árbitro batalhense Luciano Gonçalves, presidente da APAF, afirmou estar “de alma e coração neste projecto, com o qual todos nos podemos orgulhar”. Paulo Amorim, em representação do patrocinador Montepio Geral, justificou também o apoio com a “promoção da integração e inclusão social dos mais desafortunados”. Também da CAIS, Conceição Cordeiro lançou o mote “que este seja um lugar

inspirador para o futuro” e sublinhou o papel importante desta projecto para a Associação. Por fim, o presidente Paulo Baptista reforçou o empenho da autarquia em “criar oportunidades para todos”, pelo que “se orgulha muito com o apoio a este evento” que “transmite uma mensagem positiva de justiça e inclusão social”. O torneio Lançadas estas premissas, os cerca de 200 atletas compareceram nos 19 e 23 para dar corpo a esta iniciativa inédita na Batalha. Os jogos decorreram com muita disciplina, respeito e “fair play” por parte de todos os intervenientes. Após dezenas de partidas realizadas, efectuou-se no domingo a grande final, que colocou frente a frente as equipas do Porto e da Madeira. Foi um jogo muito equilibrado, com o resultado incerto quase até ao fim. Foi mais feliz a equipa nortenha, que celebrou a vitória por 7-6 com o canto “o campeão voltou”. Foram distribuídos prémios a todas as equipas participantes, por representantes de várias entidades oficiais presentes. Destaque ainda para a equipa de Viana de Castelo, que recebeu o Troféu Fairplay, e a equipa de Portalegre, que recebeu o Troféu Cidadania.

Futebol de Rua O Projecto Futebol de Rua pretende estimular a capacitação de indivíduos em situação de fragilidade e exclusão social, nomeadamente em fragilidade habitacional, no desenvolvimento de competências pessoais e sociais por meio da prática desportiva. Desde 2004, a Associação CAIS é a embaixadora do Futebol de Rua em Portugal, uma prática de sucesso comprovado em todo o mundo, onde participam homens e mulheres com mais de 15 anos de idade e que vivem em situações de vulnerabilidade social. O Futebol de Rua é um instrumento de capacitação, no desenvolvimento de competências pessoais e sociais que, ao longo dos últimos anos tem crescido e reunido importantes apoios, caso do Programa “Football for Hope”. No ano de 2017, o Projecto foi galardoado na Gala Quinas de Ouro da Federação Portuguesa e foi distinguido pelo Conselho de Administração da “ UEFA Foundation for Children” como um dos 23 projectos europeus que mais se destacaram no desenvolvimento da inclusão social. MCR, com CAIS


Jornal da Golpilheira

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

. desporto .

Julho de 2017

XIV Torneio “Município da Batalha”

Uma festa do futsal concelhio

15

Equipas do CRG FUTSAL

Seniores Femininos - Apuramento Campeão 24-06 – Benfica – 11/Golpilheira – 0 O CRG classificou-se na 7.ª posição, com 9 pontos

Juniores Femininos - Taça Nacional Júnior - Final Four

MCR

MCR

23-06 – Golpilheira – 2/Restauradores de Avintes – 5 24-06 – Sporting – 3/Golpilheira – 2 25-06 – Nun’Álvares – 3/Golpilheira – 4

Equipas do Relvense festejam juntas, mas só a masculina foi vencedora

Esta maratona desportiva decorreu entre os dias 12 de Junho e 7 de Julho, pela primeira vez no Pavilhão Desportivo da Golpilheira. A iniciativa constituiu uma organização do Município da Batalha e do Centro Recreativo e Jardim Infantil da Demó (associação da freguesia de São Mamede), vencedora desta competição o ano passado. Participaram 16 equipas, distribuídas por duas séries de 8. Na sua globalidade, o torneio decorreu sem incidentes, presenciado sempre por numerosa assistência. Após os jogos da primeira fase, que apuraram as 4 primeiras equipas de cada série, passou-se à fase seguinte. A equipa do CR Golpilheira não conseguiu passar à 2.ª fase, apenas por pequenos detalhes. Os jogos da 2.ª fase emparceiraram as 8 equipas (ver resultados em caixa).

brilhantismo a este jogo. Estavam presentes as duas melhores equipas deste torneio, já que ambas tinham vencido a sua série. À partida, o Relvense era apontada como a equipa com mais possibilidades de vencer. A sua superioridade foi mais patente na primeira parte, na qual obtiveram dois golos contra um do Rancho do Penedo. No entanto, no segundo tempo, o Penedo reagiu muito bem e, com alguma justiça, chegou ao empate. O Relvense podia muito bem ter resolvido o jogo, logo na primeira parte do prolongamento, já que falharam três flagrantes oportunidades de golo. Não mataram o jogo e podiam ter morrido nas penalidades, já que se trata duma autêntica lotaria. Jogo bem disputado, com muita correcção, respeito e com uma excelente arbitragem.

Jogo da final Este jogo da final foi presenciado por largas centenas de apoiantes, quer na bancada dentro do pavilhão, quer junto à vidraça, perto do bar, cujo apoio deu ainda mais

Equipas femininas Este ano, o torneio foi aberto também a equipas de Futsal Feminino. Apenas participaram duas: Quinta do Sobrado e Relvense. Disputaram entre si dois jogos, um na

primeira fase e outro na final. Em ambos, venceram as meninas da Quinta do Sobrado, que assim ficaram em primeiro lugar. Prémios Após a final, foram distribuídos todos os troféus colectivos, assim como os individuais e medalhas (ver caixa). Foi um excelente torneio, bem organizado, apesar da distância que os directores da Demó tinham que fazer para preparar

toda a logística para que cada serão corresse bem. Não destaco aqui o nome de nenhum, porque apenas sei de dois, que foram dum empenhamento extraordinário. Muitos parabéns para eles, para os árbitros, para os apoiantes de cada equipa e, em especial, para o Município da Batalha, sem o apoio do qual não era possível realizar este torneio. Os interessados poderão ver as fotos em www. jornaldagolpilheira.pt. Manuel Carreira Rito

Resultados Dia 3/07 Relvense – 2 / Casal de São Mamede – 1 Amarense – 8 / Quinta do Sobrado – 1 Dia 4/04 Rancho do Penedo – 5/Brancas – 2 Demó – 2/A. R. Batalhense – 1 Dia 5/07 - Meias-finais Relvense – 3/Amarense – 2 Demó – 2/Rancho do Penedo – 2 (após prolongamento). No desempate com recurso às penalidades, foi mais feliz a equipa do Pendo, que venceu por 4-3 Dia 6/07 - Apuramento do 5.º, 6.º, 7.º e 8.º lugares Casal de São Mamede – 5/Quinta do Sobrado – 4 A. R. Batalhense – 5/Brancas – 1 Dia 7/07 - Terceiro e quarto lugares Demó – 5/Amarense – 0 Dia 7/07 – Final Relvense – 2/Rancho do Penedo – 2 (após prolongamento). No desempate com recurso às penalidades, foi mais eficaz a equipa do Relvense que venceu por 4-3

A nossa equipa teve um excelente desempenho nesta prova, onde estiveram as quatro melhores equipas nacionais. Com um pouco mais de felicidade podíamos ter vencido o segundo jogo, com o Sporting. Como primeira participação, o resultado foi muito bom. Classificámo-nos em 3.º lugar, após a disputa de três jogos, com uma vitória e duas derrotas, oito golos marcados e onze sofridos. Muitos parabéns a todas as atletas, treinadora, directores e apoiantes. Agora, merecidas férias para todos os atletas, treinadores e directores e restante pessoal, extensivo também a todos os nossos adeptos. MCR

Prémios Equipas Femininas 1.º - Quinta do Sobrado 2.º - Relvense - Melhor marcadora - Nicole Santos, da Quinta do Sobrado - Melhor defesa – Quinta do Sopbrado - Prémio Fair Play – Quinta do Sobrado - Melhor jogadora do torneio – Nicole Santos, da Quinta do Sobrado Equipas Masculinas 1.º - Relvense 2.º - Rancho do Penedo 3.º - Demó 4.º - Amarense 5.º - A. R. Batalhense 6.º - Casal de São Mamede 7.º - Quinta do Sobrado 8.º - Brancas 9.º - Pinheiros 10.º - Rebolaria 11.º – Golpilheira 12.º - Torre 13.º - Calvaria de Baixo 14.º - Casa do Benfica da Batalha 15.º - Casa do Povo do Reguengo do Fetal Nota: Apenas foram atribuídos prémios até este lugar, uma vez que a equipa de Santo Antão desistiu, depois de alguns jogos disputados. - Vencedor Série A – Relvense - Vencedor Série B - Rancho do Penedo - Fair play Série A - Casa do Povo do Reguengo do Fetal - Fair play Série B – Amarense - Melhor defesa Série A – Relvense - Melhor defesa Série B - Amarense - Melhor marcador Série A - João Gonçalves, da Demó - Melhor marcador Série B - Filipe Rodrigues, do Rancho do Penedo - Melhor jogador do torneio - Pedro Silva, do Relvense


16

Jornal da Golpilheira

. sociedade .

Julho de 2017

Prémio Acesso Cultura 2017

Maqueta do projecto

Antigo hospital da Misericórdia da Batalha entra em obra

“Espaço Jovem” vai nascer na vila

A Câmara Municipal da Batalha procedeu ao início da obra de reabilitação do edifício municipal designado como “Antigo Hospital da Misericórdia”, com o objectivo da instalação da futura “Unidade de Apoio à Rede Europeia de Conhecimento para a Juventude”, um espaço inovador vocacionado para o empreendedorismo jovem e de partilha de espaços e recursos (co-working), potenciando a qualificação e o emprego de jovens. Segundo a autarquia, “trata-se de um investimento global que ascende a 435 mil euros, co-financiado por fundos europeus”. A iniciativa terá uma forte ligação a projectos europeus nas áreas da juventude e do empreendedorismo, em estreita ligação com o Centro Europeu do Conhecimento para as Políticas de Juventude e a Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC). Para tal, inclui “um plano de parcerias que envolverá estabelecimentos de ensino superior da região, empresários e institutos na área do empreendedorismo, promovendo as iniciativas empresariais e a formação dos jovens que desejem beneficiar desta oportunidade”. Além deste objectivo, a obra permitirá a qualificação urbana e paisagística da vila, já que o edifício devoluto há vários anos se situa numa das entradas mais usadas por turista e outros visitantes. Por isso, “é um projecto de referência para o futuro do Concelho”, considera o presidente da autarquia Paulo Santos, “um passo em frente na modernização da Batalha e uma oportunidade de valorização de uma geração com enorme potencial”.

O projecto do Ecoparque Sensorial da Pia do Urso volta a merecer mais uma distinção para o Município da Batalha, com a atribuição de uma menção honrosa, no passado dia 21 de Junho, pelo Prémio Acesso Cultura 2017, na categoria de “Acessibilidade Física”. Já na sua 4.ª edição, os prémios Acesso Cultura visam distinguir, divulgar e promover entidades (privadas, públicas, cooperativas, associações e outras) e projectos que se diferenciam pelo desenvolvimento de políticas exemplares e de boas práticas na promoção da melhoria das condições de acesso – nomeadamente físico, social e intelectual – aos espaços culturais e à oferta cultural em Portugal. O júri considerou que a criação deste ecoparque, instalado na antiga aldeia serrana da freguesia de São Mamede, “destaca a relação entre o património, a sustentabilidade e o fomento do turismo, que inclui a grande diversidade de públicos, independentemente das suas características e necessidades”, aponta nota da autarquia.

DR

Menção honrosa para a Pia do Urso

Uma aldeia exemplar

Na fundamentação da atribuição do prémio, foi ainda destacado “o forte envolvimento no projecto dos princípios da inclusão física, com a presença de percursos acessíveis nos espaços exteriores, de trilhos tácteis, das plantas em relevo, informação em braille e inovadores áudioguias, elementos essenciais para todos os visitantes e imprescindíveis para pessoas com deficiência visual. Recorde-se que, em 2016, a Universidade do Minho atribui à Câmara Municipal da Batalha o prémio “Município do Ano” pela requalificação efectuada nesta

Aldeia da Pia do Urso. Segundo Paulo Santos, presidente do Município, esta nova distinção “volta a destacar o trabalho de qualidade encetado em torno da recuperação desta aldeia, bem como na instalação do EcoParque Sensorial que foi pioneiro no País em matéria de acessibilidade ao grande público”. O presidente destaca ainda os projectos em curso naquele espaço, como o recente Hostel da Pia do Urso, que “marcam a diferença na oferta turística e cultural do concelho e confirmam a aposta no turismo acessível e da natureza”.

Processo de classificação em curso

Trabalhadores convidados para a festa

Inauguração em convívio

Armazéns municipais ampliados Um novo armazém e parqueamento de viaturas do Município da Batalha foi inaugurado, no passado dia 26 de Junho, num convívio com os trabalhadores. Trata-se de edifício em estrutura metálica, com cerca de 15 por 60 metros, que servirá de parqueamento coberto para os veículos existentes e para gestão de ‘stocks’ da Câmara Municipal da Batalha. Este era “um projecto há muito ambicionado na melhoria das condições de funcionamento e de trabalho da importante Divisão de Manutenção e Exploração da Câmara Municipal”, refere nota da autarquia, adiantando tratar-se de “um investimento de 243 mil euros que irá garantir mais segurança aos equipamentos e adequada organização dos recursos municipais e de outras entidades que recorrem aos serviços da autarquia”. Incluem-se aqui os serviços de conservação dos espaços públicos, apoio às várias entidades locais e ainda a manutenção da Escola Básica e Secundária da Batalha.

Faz parte da nossa memória colectiva o grande anúncio da “Pan Am”, no meio da floresta acima do Reguengo do Fetal, em que os olhos batem no caminho entre a Batalha e Fátima. Faz também parte da memória patrimonial daquela extinta companhia aérea, que chegou a ser a maior dos Estados Unidos da América. A fundação que detém o seu nome fez saber, aliás, em 2015, que pretende promover a sua manutenção no local e preservação. O que muitos não saberão é que esse anúncio é um enorme painel composto por cerca de 4.000 azulejos, com uma área total de 92 m2. Trata-sem de facto, de um excelente exemplo da capacidade e da técnica criativa das empresas de azulejo portuguesas, conhecendo-se apenas um segundo exemplar com estas

DR

DR

Painel da “Pan Am” valorizado

Painel precisa de restauro

características no concelho de Aveiro, localizado na freguesia de Oliveirinha, cujos azulejos, à semelhança do painel da Batalha, foram produzidos pela conceituada e história “Aleluia Cerâmica”. Esta é a razão que levou a Câmara da Batalha a pedir à

Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) que ponderasse a sua classificação como monumento de interesse público. Em nota enviada pela autarquia à comunicação social, informase que esse processo foi formalmente aberto pela DGPC e está a decorrer.


Jornal da Golpilheira

entrevista . . .sociedade

Julho de 2017

17

Campanha rodoviária da Cap Magellan

Entidades parceiras da campanha junto da fronteira

velocidade, do mau estado dos veículos, do consumo de álcool ou drogas e, até, do desconhecimento das regras de trânsito de cada um dos países. Estas acções intensificam-se nas fronteiras, no último fim-de-semana deste mês, e em locais de diversão durante a primeira quinzena de Agosto. Encontro juvenil e festival Um dos momentos altos da campanha é o encontro de jovens “Portugueses de lá, Portugueses de cá”, organizado desde há 3 anos. Este ano será no dia 5 de Agosto e a cidade escolhida foi Leiria, por ser “uma região marcada pela diversidade: cidade, serra, mar, rio, pinhal, gastronomia, património edificado e natural” e por ser marcada pelo “espírito do empreendedorismo”, que será o tema deste ano. Aqui se localizam “muitas das indústrias nacionais, em diversos ramos (agro-alimentar, vidro, cerâmica, moldes...) e é uma região propícia ao turismo

empresarial e de negócios”, refere a organização. O encontro é destinado a jovens entre 18 e 35 anos e visa “favorecer o intercâmbio entre os portugueses residentes em Portugal e os de fora”. Com um programa curto e informal, promove-se o convívio e a troca de experiências e conhecimentos sobre a história, os costumes e as tradições dos respectivos países. Limitadas a 60 participantes, as inscrições fazem-se para raquel. andrade@capmagellan.org. Participarão oradores ligados a diversas áreas profissionais (cinema, sociologia, relações internacionais, associativismo), nomeadamente, o actor e cantor Ricardo Carriço, a cantora Sofia Lisboa ou o realizador e produtor de cinema Christophe Fonseca. A partir das 19h00, esperamse milhares de jovens a juntar-se à festa, no festival “Leiria Dancefloor”, que decorre nos dias 4 e 5, no estádio municipal de Leiria. LMF

Hospital de Dia de Psiquiatria

Marchas populares e sardinhada Após o desfile, houve uma sardinhada de convívio, que a todos agradou, abrilhantada com música ao vivo, com a colaboração de um músico regional, exímio executante na arte de tocar concertina. Foi mais um dia especial, que proporcionou momentos de rara felicidade para aqueles a quem a vida pregou uma grande partida. Parabéns a todos aqueles que proporcionaram este dia diferente e muito feliz. MCR JG

Após várias semanas de ensaios com utentes e equipa multidisciplinar do Hospital de Dia de Psiquiatria e UIDEPP dos Andrinos, teve lugar no dia 7 de Julho o desfile da Marcha Popular, no recinto calcetado desta valência hospitalar. Presenciou este desfile um público entusiasta, composto por utentes, funcionários e familiares. Os marchadores tiveram um desempenho imaculado, presenteado com uma grande salva de palmas dos numerosos assistentes.

Grupo das marchas

DR

A Cap Magellan, principal e maior associação de jovens lusodescendentes de França, organiza pelo 15.º ano consecutivo a campanha de segurança rodoviária intitulada “Sécur’été”. Dirigida aos portugueses e luso-descendentes residentes em França que se deslocam de carro a Portugal durante as férias de Verão, decorre em três países – França, Espanha e Portugal – e tem como principal objectivo a redução do número de acidentes durante os trajectos longos e depois das saídas nocturnas. O lançamento, em conferência de imprensa no Consulado Geral de Portugal em Paris, a 30 de Junho, contou com a presença de José Carlos Malato, que é padrinho da iniciativa há seis anos, bem como do campeão francês de Kart Júnior, Mickaël Mota, este ano adoptado como “afilhado”. O conhecido apresentador televisivo aproveitou para prestar homenagem às vítimas dos incêndios em Portugal e agradecer o apoio da comunidade franco-portuguesa, apelando também a uma maior vigilância. No dia seguinte, decorreu numa discoteca local a primeira acção de sensibilização, com a atribuição da “pulseira bom condutor” aos jovens que passavam no teste do álcool à saída do espaço. Na estrada, nas fronteiras, em espaços turísticos e recintos de diversão nocturna, os muitos voluntários da associação desdobram-se em conselhos e distribuição de informação sobre os perigos a evitar na condução. É o caso da fadiga, do excesso de

DR

Encontro de jovens será em Leiria

Estrada de Fátima mudou de sentido

Reforço da segurança rodoviária

Estradas requalificadas Muitos golpilheirenses já se terão apercebido de que alguns troços de curvas na estrada da Golpilheira para a Batalha e a rua que atravessa o Arneiro, no acesso Nascente à Batalha, foram recentemente alvo de repavimentação. Trata-se de um trabalho de requalificação de vias que está em curso por parte do município, justificado como “melhoria da segurança rodoviária”. Outras intervenções estão na mesma linha, como a alteração de sentido da Estrada de Fátima, no centro da vila da Batalha, que passa a permitir a saída a partir da rotunda da igreja matriz para a rotunda das Cancelas. Em consequência, a Rua Moinho da Vila passa a ter apenas um sentido de circulação automóvel, sendo mantido o sentido de circulação no Largo 14 de Agosto de 1385, e o estacionamento automóvel adaptou-se a estas novas condições. Ainda na freguesia da Batalha, a Rua do Castanheiro (Jardoeira), a Rua da Serrada (Palmeiros) e a Rua da Marialinha (Quinta do Sobrado) estão também a ser requalificadas. Já no Reguengo do Fetal, será repavimentada a Estrada de António Coelho, que apresenta acentuado desgaste no piso, recebendo ainda um reforço da sinalização vertical em toda a extensão, do lugar de Piqueiral até à Estrada Nacional 356-2, no lugar de Rio Seco.


18

Jornal da Golpilheira

. temas .

Julho de 2017

. Curiosidades do passado . #3

. combatentes .

Grandioso fogo de artifício nas Festas da Trindade em 1886

Outros combatentes e dez milhões de sabichões

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Por Joaquim Santos, jornalista e investigador

A população da Golpilheira e de outras terras à volta da vila da Batalha acorriam de forma regular aos festejos da Santíssima Trindade. Também os habitantes de Leiria participavam nas festividades, porque, para além da boa gente que na vila se encontrava, o espectáculo do fogo de artifício eram como poucos no distrito de Leiria. Vejamos esta notícia: “Teve logar no domingo ultimo a festa da S.S. Trindade na

villa da Batalha. Já o anno passado a descrevemos em folhetim, para o qual chammamos a atenção dos nossos estimados leitores, por isso que no presente anno se effectuaram os festejos de que se trata, com a mesma pompa e apparato do ano anterior. Há apenas uma differença: o fogo preso foi superior ao do anno passado, não obstante ser, como n’esse ano, preparado nas officinas do excelente pyrothechnico da Calvaria de Baixo, o sr. Manuel Carvalho,

que tambem no presente anno exerceu as nobilissimas funções de imperador. A concorrência a presenciar a festividade aludida, foi numerosissima, tanto d’esta cidade, como dos logares circunvizinhos; não havendo, o que é de louvar, o menor incidente que perturbasse o socego publico.” Autor desconhecido, (1886, 7 de Maio, nº167), Secção Noticiosa, O Districto de Leiria, p. 2

A arte representativa do Mosteiro da Batalha no século XIX Já no século XIX, a arte que representava o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, da Batalha, tinha destaque em notícia na imprensa leiriense. A miniatura de uma janela do mosteiro, feita com a mesma pedra calcária, foi uma obra de arte apreciada e valorizada. Vale a pena ler este texto sobre a peça encomendada por um admirador do Mosteiro: “Miniaturas do Monumento da Batalha – Tivemos há dias occasião de ver uma formosa miniatura de uma das janellas do claustro de D. João 1º, defronte da Casa do Capitulo, que

o sr. Eduardo Alves da Silveira, um admirador enthusiasta do mosteiro da Batalha, encomendou nesta villa. A obra, é trabalhada n’uma só peça da magnifica pedra branca dos Carvalhos, empregada nas reparações d’aquelle monumento, e constitue um verdadeiro primor, tanto pela sua fidelidade, como pela delicadeza e nitidez da execução. E’ seu auctor o mestre canteiro Joaquim Maria do Patrocinio, um artista distintíssimo, que empregou n’aquelle trabalho quarenta dias de serviço. Consta-nos que o sr. Alves da Silveira tenciona enviar

aquela explendida miniatura á exposição agricola e industrial, que há-de celebrar-se no Porto em 1894, por occasião do centenário do infante D. Henrique. Informam-nos que o sr. J. M. Abreu e Motta, digno director das obras publicas do districto, mandou fazer também com este destino, uma miniatura do tumulo do infante D. Henrique, existente n’aquelle monumento, a qual está sendo executada pelos operários ali empregados. Louvamos a lembrança.” Jornal “O Districto de Leiria”, 11 de Novembro de 1893

Gostas de cantar?

Sabes tocar um instrumento? Queres usar esses dons para louvar deus?

Junta-te a nós, no grupo coral da comunidade da Golpilheira! Telefona para o 965 022 333 ou manda um email para igrejagolpilheira@gmail.com

A maioria dos portugueses, e não só, terá ainda na memória e dificilmente esquecerá as horripilantes imagens, relatos e reportagens com que, praticamente todos os meios de comunicação social nacional, nos bombardearam, até à exaustão e à náusea, sobre os dramáticos acontecimentos ocorridos no dia 17 de Junho e seguintes, nos concelhos de Pedrógão Grande (aqui ainda mais tragicamente, pelas 64 vidas perdidas), Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Góis, Sertã, Pampilhosa da Serra… Ao que se sabe, todos os meios disponíveis foram canalizados para a região, mas, antes de mais, não podemos deixar de destacar a coragem e a abnegação dos milhares de bombeiros voluntários que, sem olharem aos perigos que corriam – e correram, conforme resultado final das operações: um morto e vários feridos com gravidade, alguns ainda hospitalizados – combatendo os fogos com todos os meios ao seu alcance, em defesa da segurança das populações, dos seus haveres e do património nacional. Estes homens e mulheres são, carinhosa e merecidamente, apelidados de “soldados da paz”. Não sabemos quem foi o autor deste epíteto, mas em feliz momento o atribuiu a quem mais dele é digno, para além de quaisquer outros considerandos. Portanto, os combatentes não são apenas aqueles homens (e, de há mais de duas décadas e meia, também mulheres), que foram mandados pelos políticos (e continuam a ser) fazer a guerra de armas na mão, sob o lema de irem defender “os superiores interesses” e a perenidade da Pátria. Mas, diferenças de meios utilizados e desígnios e objectivos à parte, os nossos bombeiros voluntários (sem, naturalmente,

queremos omitir a capacidade e os feitos dos sapadores e municipais, brigadas de emergência da GNR e outras, mas estes são profissionais), têm de merecer, sem a mais pequena sombra de dúvida, todo o respeito, carinho e reconhecimento dos portugueses. Contudo, não raro, aparecem por aí umas e uns “filhos da mãe”, que, no recato e segurança dos locais onde residem e com um teclado de computador à frente, têm o desplante, descaramento e pouca vergonha de pôr em causa o trabalho destes bravos! Como sabemos, não há ninguém perfeito e será naturalíssimo que os nossos bombeiros, como acontece com qualquer um de nós, quando no desempenho dos nossos cargos, também possam ter uma pequena hesitação ou falha, num ou outro momento. Contudo, também aqui não pode haver comparações, porque aqueles estão, em especial quando a combater incêndios, a actuar sob uma pressão e um perigo enormes e têm de tomar decisões em fracções de segundo, o que não acontece connosco. Mas, tão ou ainda mais vergonhoso, é a actuação de alguns órgãos de comunicação social, que não olham a meios para ganharem a “guerra das audiências”. Neste contexto, não têm quaisquer escrúpulos em mostrarem as cenas mais chocantes; entrevistarem gente a esmo que, perante um microfone e / ou uma câmara de televisão, não resiste a dar opiniões sobre o que quer que seja, como, infelizmente e mais uma vez, tivemos oportunidade de comprovar, durante e após a referida tragédia. Porém, a demagogia ainda não fica por aqui. Nos estúdios das rádios e televisões; em artigos opinativos nos jornais, etc., é ver, ouvir e ler as opiniões dos

ditos “experts” na matéria, que pelos vistos são às centenas ou milhares, mas raramente nos é dado ouvir duas opiniões coincidentes sobre o mesmo tema. Quem também não deixa os seus “créditos por mãos alheias” são os políticos. Para alguns, até parece que esta tragédia veio mesmo a calhar, porque as autárquicas estão “à porta” e não há qualquer pudor em tentar obter dividendos, mesmo que à custa da desgraça alheia. Como se mais de 80% deles, os pertencentes aos ditos partidos do “arco da governação” ou “bloco central” que, à vez, nos “governam” há mais de 40 anos, não tivessem todos telhados de vidro! Alguma vez haverá vergonha? Finalmente, há o grosso da população. É sabido que continuamos na cauda da Europa no que respeita a alfabetismo e cultura. A maioria pouco mais vai lendo do que as “gordas” dos jornais desportivos; na TV vê o futebol e umas telenovelas e, principalmente, discute bola, cada vez com mais fanatismo. Contudo, perante este ou qualquer outro acontecimento, em especial infeliz, toda a gente tem a solução para os problemas, enquanto rotulam os verdadeiros responsáveis pelas organizações intervenientes de uma cambada de irresponsáveis e incompetentes, que só ocupam o lugar que ocupam através de cunhas e compadrios políticos (infelizmente, nalguns casos são capazes de não andar longe da verdade…). Perante dez milhões de seres tão sapientes e inteligentes, só nos apetece perguntar: com quase toda uma população de craveira intelectual tão elevada, por que “carga de água” é que continuamos a não nos conseguir governar (alguns vão conseguindo, e de que maneira!...) com a dignidade a que todo o ser humano tem direito?

pub

Telm.: 915 015 268 Cortador de carnes frescas Assador de pernas de porco

Profissionais de Caixilharia

Rua do Depósito de Água Tojeira • 2460-619 ALJUBARROTA

Tel. 262 596 896 geral@caixifer.com www.caixifer.com

R. Leiria, 73 - Cividade 2440-231 GOLPILHEIRA Tel/Fax 244767839 Tlm. 919640326 reciklena@iol.pt

Joaquim Vieira Reciclagem e comercialização de consumíveis informáticos


Jornal da Golpilheira

. temas .

Julho de 2017

.saúde.

. impressões .

Por Luísa M. Monteiro

O Lixo

Ana Maria Henriques Médica Interna

Um grupo, de quinze ou vinte pessoas, abandona de ligeiro a praia, deixando atrás de si um rastro de frascos de iogurte, latas, papéis de gelado. Se tivessem levado o lixo... Eram ciganos; podiam não ser; e não sei se deva dizer o facto de o serem, tal como não disse que hoje um branco, na estrada, atirou uma garrafa pela janela do carro, eu olhei e disse apenas — olhem-me aquele tipo!

“Idade activa” Com a entrada no mercado de trabalho, a chamada “idade activa”, existem outras questões que devem ser abordadas e que são normalmente esquecidas nestas idades. A doença não está presente no pensamento e, quando surge, é sempre difícil de aceitar. É nesta fase de vida que os bons hábitos criados anteriormente se devem manter e as atitudes menos saudáveis devem ser questionadas e repensadas. No mundo laboral, os acidentes de trabalhos são cada vez menos frequentes, mas, mesmo assim, ainda existem e podem ser muito graves. Todos os empregadores são obrigados a ter um contrato com algum serviço de medicina do trabalho, onde podem ser detectadas algumas alterações atempadamente. No entanto, a prevenção é mesmo o melhor remédio. Cada actividade perigosa deve ser efectuada com todos os aparelhos de protecção predefinidos. O uso de óculos, botas, luvas são eficazes na protecção de acidentes com consequências imediatas. Mas existem outros problemas futuros que são preveníveis com uso de protecções agora, como por exemplos o uso de protectores para os ouvidos e as máscaras. A frequência e a gravidade de doenças da audição (surdez) e do sistema respiratório podem ser diminuídas com o uso destes protectores. A dificuldade em adaptar o dia-a-dia de trabalho com certos aparelhos menos cómodos é compensada pela eficácia na prevenção de doenças graves. Além do uso de dispositivos de protecção, os trabalhos que impliquem muitas horas sentado ao computador têm também consequências. O

19

uso de posturas inadequadas aumenta a frequência de dores na coluna, ombros, etc. A cadeira, teclado, rato e monitor devem estar adaptados à altura do trabalhador, para assim diminuir a probabilidade de desenvolver problemas dos ossos e dos músculos. Todos os funcionários das empresas devem ter formação para desempenhar as tarefas mais perigosas e todos os trabalhadores devem ter acesso a protecções e a um ambiente de trabalho adaptado. Nestas idades, o acesso às consultas de rotina é diminuído e as consultas de doenças agudas são a norma. No entanto, todos os adultos devem frequentar as consultas, pelo menos de 3 em 3 anos, para o médico de família fazer uma avaliação da saúde em geral, falar sobre os estilos de vida e especificar as alterações que seriam benéficas nesta altura de vida. As consultas de vigilância de saúde da mulher são mais frequentes e exigem alguns exames mais frequentes. Nesta altura da vida, muitos casais decidem ter filhos; assim, é muito importante a consulta pré-concepcional com os futuros pai e mãe, pois serão necessários exames ao sangue e outro tipo de exames decidido pelo médico de família. A vacinação é cada vez menos frequente, mas não pode ser descurada. A vacina do tétano pode necessitar de reforço, pelo que deve ser questionado o enfermeiro de família. Sempre que efectuar viagens, a consulta do viajante é obrigatória e a necessidade de efectuar novas vacinas uma grande possibilidade. Em alguns grupos profissionais, a vacina da gripe é adequada. A inactividade física é um problema que está muito pre-

sente nesta faixa etária. Com os horários de trabalho e a família, surge a dificuldade em organizar um dia-a-dia com tempo para a prática de exercício físico, mas a importância deste só aumenta com a idade. Pertencer a um clube ou grupo facilita a rotina e aumenta a adesão ao exercício, mas se não existe esta possibilidade, a prática de exercício físico deve ser integrada com as outras actividades. Caminhadas com a família (mesmo com os filhos nos braços), aulas de natação juntos, caminhadas ao almoço com colegas de trabalho, tudo é aceitável, desde que implique algum esforço físico e muita diversão. Fazer algo que não se gosta é meio caminho andando para desistir. A saúde psicológica é muitas vezes descurada nestas idades e a dificuldade em assumir que não estamos bem é um dos maiores entraves. Com grandes mudanças na vida, a nossa mente necessita de calma para se adaptar e no dia-a-dia essa calma nem sempre existe. Para além do trabalho e da família, as actividades extra-curriculares não são só para as crianças. Aprender coisas novas é um estímulo importantíssimo para a mente adulta, seja aprender a costurar, a nadar ou a jogar xadrez. O principal é que seja uma actividade com muito interesse e que estimule a criatividade. Uma idade activa produtiva exige muitas capacidades e, principalmente, muito controle das várias componentes do diaa-dia. A vida familiar, quer seja com os pais, companheiro ou filhos, deve ser nutrida e acarinhada todos os dias para que o lar seja uma zona de descanso e de harmonia.

. agrícola . José Jordão Cruz Engenheiro Téc. Agrário (Insc. 0755 O.E.T)

A oliveira Picual A oliveira Picual também a tenho no meu olival, na Rebolaria – Batalha. É uma variedade espanhola, dizem que é a cultivar de oliveiras mais importante do mundo. A Quintal também a vende. É muito usada em Espanha, na província autonómica da Andaluzia, em particular na região de Jaén, com cerca de 85% da área cultivada, sendo o restante em Granada, Málaga, Ciudad Real e Badajoz. A Picual é responsável por 50% da produção em Espanha. Usava-se muito em Portugal, em olivais, na percentagem de 30% Picual e 70% Cobrançosa. Dá um bom lote de azeite, embora seja mais picante do que o da Cobrançosa, que é mais adocicado. A Picual é uma oliveira de porte vigoroso, de fácil cultivo, de ramos curtos, ramificação com tendência de produzir brotos. A sua copa tende a ser cerrada, com bom desenvolvimento de folhas,

sendo a madeira jovem de cor verde acinzentada. Por isso, devemos fazer leves podas para abrir a sua copa, evitando assim o ataque de doenças. Trata-se de uma variedade precoce e altamente produtiva, mas não resiste a secas prolongadas e a terrenos calcários. Por outro lado, suporta bem a geada, adapta-se bem a diversas condições de clima e de solo. A Picual multiplica-se com facilidade. Tolera bem a tuberculose, mas propensa a cochonilha, a mosca da azeitona, e averticulosis. O tempo médio da maturação do fruto é de 41 dias. Em termos de plantações / venda desta oliveira em Portugal, houve uma fase de quebra, mas estamos a notar outra vez apetência para a sua plantação. Quem gosta de azeite picante, tem realmente aqui a sua oportunidade com a variedade Picual. Dá bons lotes com outras variedades, como a Cobrançosa.

Transcrevemos dados organoléticos da Picual: Peso da fruta - 3,2 g; Relação polpa/caroço – 5,6; Rendimento de gordura (%) - 22,1; Ácido oléico (%) - 78,4; Estabilidade do azeite (horas a 98,8 ºC) – 119,4. O azeite produzido desta variedade tem qualidade média, que por sua vez é compensada pelo elevado índice de estabilidade. A azeitona Picual tem como característica um longo processo de oxidação e de formação de ranço. Ou seja, o azeite é ligeiramente amargo, cujas substâncias responsáveis por este sabor tem maior poder antioxidante. Por isso, este azeite é muito usado para misturar com outras variedades que se oxidam com mais facilidade e rancificam em menos de nove meses. Sabor: fruto fresco, denso, com muito corpo, um pouco amargo e picante.

QUOTAS e ASSINATURAS

Caro Sócio do Centro Recreativo ou Assinante do Jornal da Golpilheira

Lembre-se de que poderá pagar as suas quotas ou assinaturas ao balcão do CRG.

Ajude a sua Associação!

pub

CLÍNICA DENTÁRIA E OSTEOPÁTICA DA BATALHA Direcção Clínica: Dr.ª ANA FREITAS

CONSTRUÇÕES

• Medicina Dentária Geral • Psicoterapia e Hipnose Clinica • Osteopatia • Psicologia de Crianças e Adolescentes • Terapia da Fala • Aulas de Preparação para o Parto • Acunpuntura Médica, Estética e Tratamento da Dor Acordos: SSCGD, SAMS, Multicare, Advance Care, Associados do Montepio, WDA e outros

Contactos: 911 089 187 • 964 108 979 R. dos Bombeiros Voluntários, Loja D - BATALHA

Consultas de Segunda-Feira a Sábado


20

Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura .

Julho de 2017

Paulus Editora . Espiritualidade . Bíblia Youcat - Bíblia para os jovens da Igreja Católica Esta é uma colectânea dos trechos bíblicos mais significativos para jovens. Cada livro bíblico é precedido por uma breve introdução, contextualizando o texto. Nas margens das páginas, o leitor pode encontrar frases de grandes santos e pensadores da Humanidade, que actuam como chaves de leitura do capítulo bíblico correspondente. Inclui ainda imagens da Terra Santa, fotos de algumas das paisagens bíblicas, indicações para o Catecismo da Igreja Católica e YOUCAT, as perguntas dos jovens e, claro, os famosos bonequinhos ‘stickman’! Este novo livro da Colecção YOUCAT foi preparado durante três anos, por uma equipa de biblistas, doutores em Sagradas Escrituras, membros da Comissão Teológica Internacional da Santa Sé e professores do Pontifício Instituto Bíblico de Roma. No prefácio, o Papa Francisco convida todos os jovens a perseverarem na leitura diária da Sagrada Escritura, para que ela não permaneça relegada a mero enfeite numa estante, e dá várias sugestões aos jovens em como usá-la.

Líbia - As Civilizações que o Saara Guarda Alexandre Costa

A Nova Inteligência Daniel H. Pink Gestãoplus

Textos: Serafim Lobato Âncora Editora

Esta obra dá a conhecer uma nova era para a sociedade global, onde o sucesso de cada indivíduo está assente nas capacidades emotivas e criativas que este revela. Para melhor preparar o leitor, Daniel Pink explica como a mudança de pensamento e o aumento das necessidades imateriais estão a levar à criação de um novo paradigma de inteligência. Baseando-se na própria estrutura humana, o autor desvenda quais os atributos que desenham um perfil vencedor, e revela diversos recursos para treinar o cérebro e adaptá-lo aos novos desafios. “O futuro pertence a um tipo muito diferente de pessoas, com um tipo muito diferente de inteligência: pertence a quem é capaz de criar, empatizar, reconhecer padrões ou gerar significado”, explica o autor na introdução do livro. “Contudo, as diferenças vincadas entre os dois hemisférios fornecem-nos uma metáfora poderosa para interpretarmos o presente e nos orientarmos no futuro.” A boa notícia é que todas as pessoas podem desenvolver as competências certas e aqui mostra-se como treinar para isso.

Percorrendo páginas de cor e história, impregnadas tanto nas imagens fotográficas como no relato de uma aventura vivida e contada por Alexandre Costa, com o apoio escrito de Serafim Lobato, dá-se a conhecer este país africano de culturas ancestrais. Trata-se, portanto, de relatos fotografados da viagem pelas principais cidades que compõem a Líbia, dando a conhecer alguns dos seus recantos e a sua realidade histórica. Estes relatos são apresentados ao leitor de forma desdobrada: nas duas línguas distintas que são o nosso português e o inglês, o que facilita a internacionalização desta transmissão de conhecimentos e vivências. Como tão bem resume Enrique Nuñes Mazzarelli na introdução, o artista “destaca as coordenadas essenciais para a compreensão de um povo e dos seus costumes e apresenta, como suporte das fotografias, dados históricos e estatísticos da realidade quotidiana da Líbia, com enfoque na sua geografia, aspectos sociais e culturais, entre outros”. Para além de dar a conhecer este local fantástico, o autor pretende ainda ajudar as causas humanitárias da ONG Médicos do Mundo, ao doar-lhes parte das verbas da venda deste livro.

Os dez mandamentos segundo o psicólogo Luciano Masi

Para além da Crença V.S. Naipaul Quetzal

O ser humano, quando se confronta com a psicopatologia, põe em evidência uma aguda nostalgia da autêntica existência, de um verdadeiro projecto de vida, do qual, por variadas razões, se afastou. Nesta dimensão, o indivíduo sofredor está mais próximo da substância antropológica do que as outras pessoas. Então, o caminho seguro que se deve escolher é feito de pensamentos simples, mas profundos, como se estivessem esculpidos na rocha: por exemplo, reconhecer a existência do Mistério que nos circunda; restituir dignidade e honra aos pais, com quem demasiado depressa entramos em conflito; cultivar a harmonia na nossa vida sexual e nas relações com os bens materiais; reencontrar o equilíbrio psíquico. Gradualmente, iremos perceber que as dez palavras reaparecem no nosso panorama mental e indicam-nos o caminho certo para a realização plena da nossa humanidade, pois os Dez Mandamentos habitam no coração humano.

Durante cinco meses, em 1995, o prémio Nobel da Literatura de 2001 viajou por alguns dos maiores países muçulmanos não-árabes: Indonésia, Irão, Paquistão e Malásia. Este é um guia dessa viagem e uma leitura da complexa relação que os convertidos ao Islão mantêm com as suas tradições indígenas. Trata-se de um importante documento, especialmente nesta época de agudização do choque cultural entre o mundo muçulmano e o Ocidente. Com uma visão acutilante, Naipaul não faz a apologia contra ou a favor do Islão, embora as suas posições sejam bastante claras, mas apresenta com grande sensibilidade os relatos mais íntimos dos entrevistados, conjugando-os e analisando as sociedades a que pertencem. Uma das teses encontradas é a de que o Islamismo é um imperialismo, não só em guerra com o capitalismo ocidental, mas sobretudo com as tradições espirituais da região, um conflito também interno entre a herança espiritual, a crença religiosa e a «realidade ímpia». Esta obra pode ser lida como um tratado sobre o fenómeno da globalização, ou como uma grande viagem humana. Uma leitura obrigatória para todos os que querem conhecer mais profundamente o campo das culturas islâmicas contemporâneas.

Dieta com Deus

- 30 dias para curar a ira, a maledicência, a inveja e o orgulho

George Kaitholil Fazer dieta com Deus é uma cura para as doenças ou as desordens espirituais que afectam as pessoas como resultado do excesso de qualidades negativas ou de padrões de comportamento indesejáveis. Uma doença espiritual é o hábito de ceder a comportamentos ou palavras injustos, imorais ou cruéis, egoísmo e orgulho excessivos, ódio alimentado, destruindo o bom-nome dos outros, tornando-se deliberadamente um obstáculo para os outros, insultando, magoando e humilhando os outros, etc. Fazemos dieta com Deus para nos tornarmos mais saudáveis na nossa vida espiritual e social, e para crescer mais como Deus em bondade, benevolência e atenção pelos outros. (Da Introdução)

Pilar - 83 reflexões em torno do amor José Luís Nunes Martins Dando seguimento a outras obras de grande sucesso, o autor publica agora mais este livro de crónicas. De maneira profunda e sensível, fala-nos da vida a fim de nos tirar da indiferença diante de temas fundamentais e questionadores. Todas as crónicas são ilustradas.

Portugal visto de fora Pierre Léglise-Costa Clube do Autor Este é um livro sobre o que os estrangeiros pensam que sabem sobre nós. Pierre Léglise-Costa, historiador de arte, linguista, tradutor e coordenador da colecção «Bibliothèque Portugaise» (editora Métailié), conhece bem Portugal e muitas das ideias feitas acerca do nosso país. Da História de Portugal à vida em sociedade, passando pela arte e cultura nacionais, muito desse conhecimento assenta em preconceitos e clichés passados de geração em geração. Ideias como estas: Portugal foi sempre dominado pela Espanha; os portugueses foram grandes colonizadores; o 25 de Abril acabou pacificamente com a ditadura; Portugal é um país de emigrantes; a saudade e o fado são as características da melancolia portuguesa; a língua portuguesa é pouco falada no mundo; Portugal é o país do preto e dos azulejos. Nesta obra, com tradução de José Manuel Barata-Feyo, veremos se são verdade...

O Assalto Daniel Silva 11x17 Um espião em desgraça. Uma obra de arte desaparecida. Uma missão arriscada. O lendário restaurador de arte e espião ocasional Gabriel Allon está em Veneza a restaurar um retábulo de Veronese quando recebe uma chamada urgente da polícia italiana. Julian Isherwood, o excêntrico negociante de arte londrino, deparou-se com o cenário de um homicídio brutal e agora é suspeito do crime. Para salvar o amigo, Gabriel tem não só de descobrir os verdadeiros assassinos, como também encontrar a mais famosa das obras de arte desaparecidas: a Natividade com São Francisco e São Lourenço, de Caravaggio. A sua missão levará Allon de Paris e Londres aos submundos do crime em Marselha e na Córsega e, finalmente, a um pequeno banco privado na Áustria, onde um homem perigoso guarda a fortuna suja de um cruel ditador. Ao seu lado, o espião tem uma jovem corajosa que sobreviveu a um dos piores massacres do século XX e que tem agora a possibilidade de se vingar da dinastia que lhe destruiu a família. Um livro elegante, sofisticado e de leitura compulsiva que deixará os fãs de Gabriel Allon cativados desde as primeiras páginas.

Bárbaros Canal de História Tradução de José Vala Roberto Clube do Autor Quem eram os povos bárbaros? Quais as suas principais figuras? Quais as batalhas mais determinantes? Qual a força da resistência do povo de Viriato? Como caiu o grande império do Ocidente? “Bárbaros” reúne as respostas a estas e a muitas outras questões, num relato épico sobre o período histórico que construiu a história moderna do mundo ocidental. Na Península Ibérica, a que os romanos chamavam Hispânia, as coisas estavam longe de correr bem. Apesar de as suas legiões já se encontrarem há mais de meio século em solo hispânico e de o Senado não ter restringido o envio de homens e recursos, as tribos autóctones conseguiam aquilo que os exércitos mais poderosos do mundo não tinham sido capazes: repelir a investida e resistir durante décadas às sucessivas tentativas romanas de submeter ao seu domínio as cobiçadas terras do Ocidente. Percorra essa história do Império Romano, contada através dos povos que ameaçaram o seu poder, nas quatro partes desta obra: Quem eram os Bárbaros?; Imperialismo e Resistência; Maior Inimigo, Maior Glória; Xeque.

O Céu que nos Protege Paul Bowles Quetzal Este é o grande romance e livro de estreia do inveterado viajante, compositor e escritor Paul Bowles. Uma ficção inaugural que lhe mereceu elogiosas críticas, escrita em grande parte no deserto do Sahara, onde a acção se desenrola. O autor demonstra o seu domínio sobre o território e, acima de tudo, sobre a aura que se inscreve naqueles lugares. A sua austeridade e paixão pela cultura tradicional fez dele um dos mais acutilantes observadores de civilizações estrangeiras. Publicado originalmente em 1949, conta a história de Kit e Port, um casal americano que se aventura nas profundidades do deserto até não haver sinais de influência europeia, encontrando um estado de pureza que acaba por ser a sua destruição. De referir que este romance viria a ser adaptado ao cinema, por Bernardo Bertolucci, num filme com John Malkovich e Debra Winger nos papéis principais. Esta reedição é mais um contributo da Quetzal para a descoberta deste autor, cuja obra tem vindo a publicar com grande sucesso.

Papa Francisco Texto: Rita Carvalho Ilustração: Ricardo Drumond AAA Editores Após a peregrinação do Papa Francisco a Fátima, no passado mês de maio, a AAA Editores surge agora com uma publicação, intitulada “Papa Francisco”, que apresenta como novidade a possibilidade, sem despesas extra para o leitor, do acesso a conteúdos de Realidade Aumentada, tecnologia que permite uma visão ampliada à leitura, com ilustrações, imagens, vídeos e áudio. A obra percorre a história de vida e de serviço à Igreja de Jorge Mário Bergoglio e, nas últimas páginas, retrata à presença do actual Papa em Portugal, a 12 e 13 de maio de 2017, no Centenário das Aparições de Fátima (1917-2017). O texto é da autoria de Rita Carvalho, antiga jornalista do Diário de Notícias e do semanário SOL que actualmente trabalha na área da Comunicação na Igreja Católica, e as ilustrações, em aguarela, são de Ricardo Drumond, com trabalho publicado em vários jornais, revistas e websites, na série de comic books “The Atoll” e para diversas marcas, como a NBA. A obra tem de inédito e inovador o possibilitar que a parte impressa ganhe uma nova leitura e impacto através dos recursos multimédia que a Realidade Aumentada proporciona. O processo não poderia ser mais simples: após a aquisição do livro – o pvp é de 12,50 euros – basta a instalação, gratuita, de uma aplicação no tablet ou no smartphone (Android ou IOS), e o leitor acede a um conjunto de conteúdos multimédia extra, nomeadamente ilustrações, fotos, vídeos e áudios. De momento, o livro “Papa Francisco” está disponível para venda nos idiomas Português, Espanhol, Inglês e Italiano, quer para a versão impressa quer para a funcionalidade da Realidade Aumentada. Um novo título da mesma colecção chegará às bancas no início de Agosto, assinado pelos mesmos autores e com as mesmas características: “Os Três Pastorinhos”, já com referência à canonização de Francisco e Jacinta Marto, a 13 de maio, no Santuário de Fátima. Outros estão a ser preparados, nomeadamente, “Papa João Paulo II”, “Papa Paulo VI” e “Papa Bento XVI”.


Jornal da Golpilheira

. entrevista . história .

21

Julho de 2017

.história. Miguel Portela Investigador

Artistas na região de Alcobaça nos séculos XVII e XVIII: contributo documental inédito Numa ampla investigação sobre fontes documentais medievais e modernas realizada pelo autor ao longo dos últimos anos sobre a região estremenha, foi possível recolher um grande número de documentos históricos com importância manifesta no contexto administrativo, económico, social e religioso, incidindo sobre pessoas e acontecimentos que protagonizaram a história local e regional. Alguns documentos têm sido por nós editados em coletâneas documentais e em estudos diversos, como ocorreu recentemente com a edição de uma obra concernente a Figueiró dos Vinhos (PORTELA, Miguel, Figueiró dos Vinhos - 8 Séculos de História: Passado. Presente. Futuro, Coleção Tempos & Vidas - 41, Figueiró dos Vinhos: União das Freguesias de Figueiró dos Vinhos e Bairradas e Textiverso, 2017). Muita desta documentação encontra-se arrolada em Livros Notariais existentes no Arquivo Distrital de Leiria, onde podemos resgatar e transcrever escrituras de dotes, compras, vendas, empréstimos, entre muitos outros registos. Desse vasto conjunto documental, e no que pertence à região de Óbidos e Alcobaça, colhemos como exemplo do que expusemos três documentos que aqui transcrevemos e que nos permitem constatar a presença de três indivíduos ligados a empreitadas artísticas neste território, nomeadamente o pintor Baltasar Gomes Figueira, o mestre de obras Manuel de Freitas Pedroso e o marceneiro Bernardino Gomes. No primeiro documento, lavrado em 2 de novembro de 1639, reconhecemos o pintor Baltasar Gomes Figueira, que em Alcobaça, surge numa declaração de venda de uma casa térrea a assinar a rogo de Isabel do Souto, esposa de António Alvares. No segundo documento, lavrado em 5 de maio de 1726, identificámos Manuel de Freitas Pedroso, mestre de obras e homem de negócios, morador na freguesia de S. Vicente de Fora em Lisboa, que na nobre vila de Óbidos havia “sido rendeiro do priorado da Igreja de Santa Maria desta ditta villa no anno de mil e settesenttos e vintte e quatro para o anno de mil e settesenttos e vintte e sinco em que foi socio o dito Diogo Dias Caldeirão e Manoel de Aguiar Queiros homem de negocio e morador na cidade de Lixboa na freguezia de São Vicentte de Fora”. No último documento, lavrado em Óbidos, em 25 de outubro de 1736, constatámos num arrendamento, por tempo de 16 anos, de uma vinha a presença do marceneiro Bernardino Gomes de Lisboa, assistente na Amoreira, que a alugou a João Henriques de Oliveira, mercador, morador em Óbidos. Estes documentos que aqui publicamos, são peças alicerçais que possibilitam novas investigações nas mais diversas temáticas, sobretudo no que respeita à História da Arte neste vasto território, permitindo novas abordagens, conjunções e atribuições por ausência de contratos de empreitadas artísticas.

Apêndice documental Documento 1

1639, novembro, 2, Alcobaça – Declaração de venda de uma casa térrea em Alcobaça, que fez António Alvares e sua mulher Isabel do Souto, moradores em Alcobaça, a António Gomes Cidadão e sua mulher Vicência Nogueira Gamboa. Figura nesta declaração o pintor Baltasar Gomes Figueira que assina a rogo de Isabel do Souto. Arquivo Distrital de Leiria [A.D.L.], Mosteiro de Alcobaça, Escrituras, Dep. VI-23-A-3, fl. 1 [Folha avulsa]. [fl. 1] 12 Maço Alcobaça n.º 20 64 32 106 Dizemos nós Antonio Alvarez e Isabel do Souto minha molher morador nesta villa de Alcobaça que he verdade que nos vendemos deste dia para todo sempre a Antonio Gomez Cidadão e a Vicencia Nogueira Gamboa sua molher huma caza terrea, que temos nesta villa de Alcobaça junto às nossas em que vivemos que compramos a João Fernandez que Deos tem, por preço e contia de tres mil, e novecentos reis forros para nos que ao fazer deste recebemos em dinheiro de contado e portanto os damos por quites e livres da dita contia e nos obrigamos a lhe fazer sempre boa de pas e salvo, para o que obrigamos nossas pessoas e bens e por verdade rogamos a Balthazar Gomes pintor morador na villa de Obidos que este por nos fizesse e assinasse por mi Isabel do Souto o que fis a seu rogo, sendo mais testemunhas Andre Fernandez e Francisco Luis morador nesta villa de Alcobaça que todos aqui assinarão com o vendedor Antonio Alvarez feito oje 2 de novembro de 1639 . silicet. (a) Por ella e a seu rogo Balthazar Gomes (a) De Antonio + Alvarez (a) Andre Fernandez (a) Francisco Luis (sinal)

Documento 2

1726, maio, 5, Óbidos – Escritura de ajuste de contas entre Diogo Dias Caldeirão de Óbidos e Manuel de Freitas Pedroso, mestre de obras e homem de negócios morador na freguesia de S. Vicente de Fora em Lisboa. A.D.L., Livro Notarial de Óbidos, Dep. V-93-D-32, fls. 101v-103v. [fl. 101v] Escriptura de ajuste de contas que fizerão Diogo Dias Caldeirão desta villa a Manoel de Freitas homem de negocio e morador na cidade de Lixboa á Fundição de Sima freguezia de São Vicente de Fora. Em nome de Deos Amen. Saybão quantos estte publico instromento // [fl. 102] Instromento de ajustte de conttas contratto e obrigação ou como milhor em direito se possa dizer e mais valler virem que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jezus Christto de mil e settesenttos e vintte seis annos aos sinco dias do mes de maio do dito anno em estta Nobre villa de Óbidos e cazas de morada de mim tabaliam ao diantte nomeado ahi parecerão prezenttes partes outtorganttes convem a saber de huma como obrigado Diogo Dias Caldeirão assistente nos Cazaes de Serra do Condal termo destta ditta villa e da outra como senhorio digo e da outra Manoel de Freitas Pedrozo mestre de obras e homem que vive de negocios e morador na cidade de Lixboa Orienttal a Fundição de Sima freguezia de São Vicentte de Fora pessoas de mim tabalião e das testemunhas ao diantte nomeadas e asignadas e por elle ditto Manoel de Freittas Pedrozo foi ditto a mim tabaliam perantte as dittas testemunhas que elle tinha sido rendeiro do priorado da Igreja de Santa Maria desta ditta villa no anno de mil e settesenttos e vintte e quatro para o anno de mil e settesenttos e vintte e sinco em que foi socio o dito Diogo Dias Caldeirão e Manoel de Aguiar Queiros homem de negocio e morador na cidade de Lixboa na freguezia de São Vicentte de Fora;

em o qual arendamento fora administrador dos fruttos do ditto priorado o ditto Diogo Dias Caldeirão; e que depois de findo o ditto arendamento e vencidos os fruttos do ditto priorado pello ditto administrador e fazendo suas contas o ditto administrador com o ditto rendeiro Manoel de Freittas Pedrozo; tanto a renda como, aos livros que depois foi servido darlhe; em que ficava devendo o ditto administrador; ao ditto rendeiro Manoel de Freittas Pedrozo duzenttos e vintte e nove mil e seissenttos reis; os quais elle ditto Diogo Dias Caldeirão confesou dever ao ditto rendeiro perantte mim tabaliam e as dittas testemunhas e se obrigou a pagarlhos asim digo a pagallos ao ditto rendeiro todas as vezes que por estte lhe forem pedidos; e sendo cazo que haja de ser citado ou demandado para pagar o ditto rendeiro Manoel de Freittas Pedrozo a ditta quantia asima declarada dos dittos duzenttos e vintte nove mil e seissenttos reis; e não esttando morador nesta villa ou no seu termo queria e hera conttentte o fose em seu nome o destribuidor do audittorio destta ditta villa ao qual fazia seu procurador // [fl. 102v] Procurador em cauza propria cuja provizão promesiapsão revogar; e que se obrigava a pagar e pesoa que andar na recadação e cobrança do ditto dinheiro a duzenttos reis por dia de dias pessoais que a tal pesoa comesara a vencer do dia da primeira citação e aução postta em juizo de real entrega sem que possa alegar que he maior salario de custas pessoais do que ordenação concede; e que por todo o ttocantte e em estta escritura se obrigava a responder perantte o doutor juis de fora destta ditta villa que hora he e ao tal sempre for onde quem seu cargo ficar e servir perantte o qualquer esttaratto [sic] de o cumprimento do direitto e justissa para o que renunciava de si o juis de seu foro e de terra e lugar donde viver e seu domicilio tiver e ttodos e sem previlegios leis e liberdades ferias geraes e especiais, que em seu favor seja e alegar possa a que dera de que via usar nem gozar; anttes em ttudo comprir e guardar estta escritura e suas clauzullas asim e de maneira a que nelle se conthem e declara; e que se obrigava em seu nome e de ttodos os seos herdeiros e sucesores a que nem e em nenhum tempo virião e outra esta escritura sem embargos alguns ainda que sejão de materia de engano aqui nestta escritura de ajuste de conttas e obrigação não havia; e avendo e nelles ou com alguma couza com que pertenda encontrar estta escritura e o seu real efeito e comprimento della não queria ser ouvido ou admitido em juizo nem fora sem primeiro com efeitto depozitar na mão e poder do ditto Manoel de Freitas Pedrozo ou de seos herdeiros ou de seu sertto e em todo bastante e a bondozo procurador asim o principal dos dittos duzenttos e vintte e nove mil e seissenttos como todas as custas que se fizerem; os quais dittos duzenttos e vintte e nove mil e seissenttos reis poderá cobrar e receber o ditto Manoel de Freittas Pedrozo ou seos herdeiros sem que para iso lhes seja necessario dar fiansa nem lhes ser pedida como couza sua propria que he // [fl. 103] he por conttas liquidas e ajustadas; a que para deixar de fazer o ditto depozito não alcançaria provisão real de Sua Magestade que Deos guarde ou de quem seu poder tiver e sendolhe estta concedida de motto proprio grasia merce poder real e absoluto della não queria usar nem gozar partte que na suplica della fasia deza tal provisão e propria e declarada menção e esta clauzulla depozitaria eu tabaliam pus aqui a pedimento e por consentimento destas partes pello pedirem e sem della conttenttes; e que para ttudo o que nestta escritura fica ditto de obrigação dos dittos duzenttos e vintte e nove mil e seissenttos reis obrigava aqui sua pesoa e ttodos os seos bens moveis e de rais havidos e por haver e o milhor pazado delles por hipoteca geral e que sendo cazo que nestta escritura de ajuste de conttas liquidas falte alguma palavra ou clauzulla das em direito necessarias para sua firmeza e vallidade aqui

as havia por posttas e expresas e declaradas como se dellas e de cada huma dellas fizece aqui expressa e declarada menção; e em fé e testemunho de verdade asim o outtorgarão pedirão e aseitarão e mandarão se fizece estta escritura nestta notta de mim tabaliam para della lhe ser dado o treslado ao dito Manoel de Freitas Pedrozo e os mais que deste thior lhe comprirem ttodos de hum thior em publica forma que pedirão e aseitarão o qual instromento eu tabaliam aseitei e estipullei em seos nomes prezentes e dos aubzentes a quem o efeitto delle toque e ttocar possa como pesoa publica estipullantte e aseitante que sou tanto quanto em direito o devo e posso fazer sendo a ttudo prezentes por testemunhas João Henriques lavrador e morador nos Cazais do Pinhal lemitte destta villa e Andre Dias deste lugar Dias Dias [sic] criado de mim tabaliam que ttodos aqui asignarão de seos signais que discerão costumavam fazer os quais eu tabaliam dou fé serem os proprios e estavam prezentes e eu Jozeph Leonardo e Seixas tabalião que o escrevy. Dis a entrelinha no principio da escritura aos sinco dias do mes de maio o sobreditto o escrevi. (a) Manoel de Freitas Pedorzo (a) Diogo Dias Caldeirão // [fl. 103v] (a) De João Henriques (a) Andre Dias

Documento 3

1736, outubro, 25, Óbidos – Escritura de arrendamento de uma vinha por tempo de 16 anos que fez Bernardino Gomes, marceneiro de Lisboa, assistente na Amoreira, a João Henriques de Oliveira, mercador, morador em Óbidos. A.D.L., Livro Notarial de Óbidos, Dep. V-93-C-28, fls. 65v-67. [fl. 65v] Escriptura de arendamento que faz Bernardino Gomes marcineyro e morador na cidade de Lixboa ora asistente no lugar da Amoreira, de huma vinha cita no limite desta villa a João Henriques de Oliveira mercador e morador em esta villa. Em nome de Deos Amen. Saybão quantos este publico instromento de arendamento por tempo de dezaseis annos perfeitos findos e acabados ou como milhor em direito se possa dizer e mais valor virem que sendo no anno do nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil e settecentos e trinta e seis annos em esta nobre villa de Óbidos e escriptorio de mim escrivão sendo aos vinte e sinco dias do mes de outubro do ditto anno ahi sendo prezentes partes convem a saber de huma parte como senhorio Bernardino Gomes mestre marcineyro e morador em a cidade de Lixboa a Sam Jozé e ora asistente no lugar da Amoreira termo desta villa e da outra parte como rendeiro João Henriques de Oliveyra mercador e morador em esta villa todos pessoas conhecidas de mim tabalião e das testemunhas ao diante nomeadas e no fim desta notta asignadas, e logo pello ditto senhorio me foi ditto a mim tabalião perante as mesmas testemunhas que entre os mais bens e propriedades e de rais que elle dito senhorio tem e de que está em pas e pacifica posse e são seus livres isentos e dezembargados bem assim he huma propriedade de vinha no lemite desta villa aonde chamão Coytada que parte da banda do Norte com fazenda do ditto Bernardino Gomes, e da parte do Sul com fazenda do Capitão Môr Antonio Pegado de Rezende e com todas as mais devidas e verdadeiras confrontacois e divizois com que de direito devão e hajão de partir e parte a ditta propriedade asim nomeada e confrontada a qual disse elle ditto Bernardino Gomes // [fl. 66] Gomes senhorio que elle estava avindo e contratado com o ditto rendeiro João Henriques de Oliveira para lhe haver de dar de arendamento por tempo de dezaseis annos com dezaseis novidades perfeitas findas e acabadas e isto por preço logo serto e nomeado de doze mil reis em cada hum

Interior da Igreja de Nossa Senhora de Aboboriz em Amoreira. anno pagos no fim do mes de dezembro de cada hum anno cujo arendamento terá seu principio em janeiro que embora vier do anno de mil e settecentos e trinta e sette; e dahi por diante por outros tais dias e tempos, com tal condição e obrigação que elle rendeiro será obrigado a trazer a dita vinha que aqui lhe arenda muito bem amanhada de tudo o que lhe for necessario á sua custa para que não por falta do ditto beneficio receba perda e fazendo o contrario será obrigado a pagar todas as perdas e damnos que por falta dos amanhos a ditta fazenda receber porem não fazendo elle ditto rendeiro bons pagamentos a seus tempos devidos e costumados os poderá lançar fora da ditta fazenda, e esta escriptura de nenhum vigor; porem fazendo elle rendeiro bons pagamentos a seus tempos aqui declarados ficará esta escriptura em sua forsa e vigor, e elle senhorio obrigado por sua pessoa e bens e de seus sucessores a fazer sempre bem este arendamento pellos dittos dezaseis annos e de lhe defender e livrar a ditta fazenda de qualquer pessoa que a ella alguma duvida ou embargos puzer ou quizer perdendose a tudo por autor e defensor em juizo e fora delle para que o ditto rendeiro em todo o ditto tempo a tenha logre e pessua [sic] sem contradição de pessoa alguma e outrosim disse elle ditto senhorio que sendo cazo que este arendamento se haja de quebrar em algum tempo por cauza delle rendeiro não pagar bem a ditta renda ou por se findar este arendamento, não será elle senhorio nem seus erdeiros obrigados a lhe pagarem bemfeitorias algumas que na ditta propriedade tiverem feito porque estas sempre ficão livres com as dittas fazendas para elle senhorio, e que com todas estas condiçois lhe fas este arendamento: e logo sendo prezente o ditto rendeiro João Henriques de Oliveira me foi ditto a mim tabalião perante as mesmas testemunhas que elle de sua boa e livre vontade e sem constrangimento de pessoa alguma aseitava este arendamento pellos // [fl. 66v] Pellos dittos dezaseis annos com outras tantas novidades, e em tudo se obrigava a cumprir e guardar as dittas clauzulas em ella contheuda escripta e declaradas, e a fazer os dittos pagamentos a seus tempos devidos e costumados; e que sendo cazo que faltando elle ditto rendeiro e que para isso haja de ser citado ou demandado, os seria perante o doutor juis de fora desta desta [sic] ditta villa ou perante quem seu nobre cargos servir perante quem queria estar a todo o direito e cumprimento de justissa para o que renunciava de sy o juis de seu foro terra e lugar donde viver e seu domicilio tiver, e todos os mais previlegios leis e liberdades fereas geraes e especiais que com seu favor sejão concedidas porque de nada queria usar nem gozar senão a tudo asim cumprir e guardar como nesta escriptura se conthem e suas clauzulas, e que havendo de ser citado ou demandado pella ditta renda ou perante qualquer cauza tocante a esta escriptura he contente o seja em seu nome o Destribuidor do Auditorio desta ditta villa que hoje he hao tal tempo fora o qual fazia seu procurador em cauza propria, e lhe dá porder para confessar a divida e pella tal

confissão ser condenado no pedido e por ella ser executado em seus bens e della não querem appellar nem agravar, antes he contente que tudo asim se cumpra e guarde como se fosse dada em rellação por juizes competentes sem que para execução venda e arrematação lhe seja necessario proceder a outra alguma citação porque para tudo se dava logo por citado na pessoa do ditto Destribuidor; e que havendo de ser citado por alguma couza da ditta renda he contente de dar e pagar á pessoa que andar na arecadação della do dia da primeira citaçam athe real entrega a duzentos reis por dia sem que possa allegar que he mayor sellario que o permitido pella ley, e não será ouvido com juizo nem fora delle sem primeiro depozitar na mão delle senhorio ou de seus herdeiros tudo aquillo que estiver a dever porque for // [fl. 67] for demandado e que para tudo poderem receber disse que desde agora para em todo havião por abonado e abona sem dar mais fiança alguma nem lhe ser pedido o tal depozito, e esta clauzula depozitaria eu tabalião pus aqui a pedimento delle ditto rendeiro, e disse della hera contente e entendia muito bem sem embargo da ley em contrario e publicada sobre os tais depozitos de que eu tabalião os adverti, e que sendo cazo que alcance alvará ou provisão de Sua Magestade que Deos guarde ou de quem seu poder tiver não queria usar della senão tudo asim cumprir e guardar della senão tudo asim cumprir e guardar inteiramente como nesta escriptura se conthem e devace agora para então renunciava como se havido não fosse ainda que na suplica della se fizesse expreça e declarada menção da ditta clauzula com tal condição que elle rendeiro no fim do ditto arendamento deixará a ditta vinha com mais aumento de que ella se acha ao prezente e para tudo asim cumprir e guardar obrigava a ella todos os demais seus bens moveis e de rais havidos e por haver e o melhor pazado delles e em testemunho de fé e verdade asim o outorgarão pedião e aseitarão e delle mandarão ser feito este instromento nesta notta de mim tabalião para della serem dados dous tresllados hum para o senhorio, e outro para o ditto rendeiro ambos á sua custa que pedirão e aseitarão e eu tabalião como pessoa estipulante e aseitante que sou o aseytei e estipulei em seus nomes prezentes e das mais pessoas a isto auzentes a que de feito delle toque e tocão possa tanto quanto em direito o devo e posso fazer sendo a tudo prezentes testemunhas e logo pello ditto rendeiro foi ditto que sem embargo que havia de fazer o pagamento em janeiro não tinha duvida a pagar a dita renda em o mes de setembro de cada anno; sendo prezentes por testemunhas Jozé Franco sapateiro, e Antonio de Almeida e Sexas ambos desta villa e Serafim Jozé Ribeiro da Quinta da Freyria deste termo dos quais eu tabaliam dou fé serem os proprios e estarem prezentes e antes de asignar foi lida as partes, e eu Ignacio Caetano Delgado o escrevy. (a) De Bernardino + Gomes senhorio (a) Serafim Jozeph Ribeiro (a) João Henriques de Oliveira (a) Antonio de Almeida Seixas (a) Jozeph Franco


22

Jornal da Golpilheira

. poesia . obituário .

Julho de 2017

.poesia.

Hoje

O que é educar? O que é educar? Extrair do interior da alma a preciosa essência que vai se descobrindo na raiz do amor? O que é educar? ensinar, disciplinar, instruir, aprimorar o bem? Educar é esculpir a rocha das vontades, fazer resplandecer o homem purificado, refinado, ser capaz de ajudar a construir alguém ? Educar é síntese de tudo isto harmonizado, dar o visto no advir, ser avalista, ajudar a prosseguir no caminho do bem. Ivone Boechat (Brasil)

Neste momento, Sei que acordei Leve o pensamento Amanhã já não sei Deixa-me caminhar Para a vida gozar. O tempo corre, Tão depressa A vida aos pouco morre A esperança é essa. Vivo com a minha natureza, Lutador a cada instante Gozando a vida com beleza Caminhando como emigrante. Hoje vivo a coragem, Que caminha comigo Mando esta mensagem A cada amigo. Hoje amanhã ou depois, A vida deixa de ser a dois É a opinião vivida em mim Porque hoje pode ser o fim. Hoje quero viver intensamente, Caminhar sorrir viver Enquanto a minha mente Lutar por esquecer. Hoje ainda sou eu, Do amanhã nada sei Do muito que já sonhei O bom da vida não me esqueceu. José António Carreira Santos

Louca cafeína

O brilho do sol (Linda Madeira) Beija a encosta, E é ver quem gosta Coisa tão bela Debruçado na minha janela Talvez sem valor igual Apreciei no Funchal. O tempo, Sem vento Madeira orgulhosa Toda ela maravilhosa Da mais bela natureza Quem lá passa aprecia a beleza. O sol a cada instante, Do mais natural brilhante Eu quero lá voltar E voltar a sobrevoar A linda natureza do rochedo Vive em cada canto em segredo.

O meu café Solução líquida A solidão ao pé Companheira retida Saber líquido Elixir de mente desperta Casamento sólido Amiga, amada, coberta Eterna amizade Parceira imperturbável Aldeia, vila, cidade Ternura amável Vaz Pessoa Nota: Presenteio com humildade o café do Centro Recreativo da Golpilheira com este poema.

Madeira cheia de magia, Que cada visitante dá alegria Em cada tela coisa bela Cor linda azul e amarela Deixa-me voar de felicidade Mas vai no meu peito saudade. José António Carreira Santos

Dia dos Avós açúcar. Dos que, curvados ou direitos, dão a mão aos netos para atravessar a estrada da vida. Sem eles, os pais teriam a vida muito dificultada. Eles que sabem desacelerar, para tomar atenção ao quanto os netos crescem e mudam todos os dias. Que têm rebuçados e mimos escondidos pela casa, uma moedinha para um gelado ou um conselho para todas as ocasiões. Desengane-se quem pensa que os avós são velhos! Têm alma de jovem, sobretudo quando estão com os netos! Aprenderam a lição da paciência e sabem fazer tempo. A APFN saúda todos os avós, simplesmente pela sua presença na vida dos filhos

CONSIGO DESDE 1980

SERVIÇO FUNERÁRIO PERMANENTE 244 765764 - 244 768685 96 7027733 - 96 6708993 R. Principal, 141 - Brancas • Est. Fátima, 10B - Batalha AGORA TAMBÉM EM PORTO DE MÓS - LOJA DOM FUAS

Largo do Rossio - 35C - Porto de Mós

Siga-nos no facebook

A desejada beleza, a esmagá-la Quando jovem, uma senhora alteza Avança o tempo, uma magala A idade destrói essa nobreza A verdadeira beleza Vive no seu interior Essa é a verdadeira nobreza Que a torna superior Vaz Pessoa

.obituário. António Matos Monteiro N. 08-11-1939 • F. 05-07-2017

Agradecimento

e dos netos. Pela gratuidade com que os assistem. Pelo amor incondicional e pelo papel incontornável que têm nas nossas vidas, não só como suporte emocional ou financeiro, mas sobretudo como educadores e como a rede familiar que falta a tantos. Juntos somos família. E precisamos cada vez mais de uma cultura de família, onde cada um tem o seu papel. Onde cada um é valorizado e

pub

Santos & Matias

Mulher bonita e airosa Sempre bela na sua mente Acredita que é uma rosa Rosa é ser diferente

Sua esposa, filhas, genros, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.

. mensagem . da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas Hoje é o dia deles. Que apesar das dores de costas levam os netos às cavalitas. Que os levam de carro à escola, à ginástica, à música, ao inglês e ao fim do mundo se for preciso. Que se preocupam se um casaco é suficiente para o frio que faz lá fora, ou se os pequenos estão a apanhar demasiado sol. É o dia deles, que se esquecem da chave ou da carteira, mas nunca do que prometem aos netos. É o dia de quem nunca nega colo, dia dos que inundam a cozinha de cheiros maravilhosos e nos enchem os pratos, mesmo quando não conseguimos comer mais (estás muito magrinho/a!). É dia dos avós! Dos pais com

Agradecimento

Rosa interior

Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

respeitado como é. E na hora da velhice, quando o cansaço já não permite correr atrás, saibamos desacelerar por eles também, dar-lhes a paciência que eles sempre tiveram connosco. Pois é dando que se recebe. E quem melhor que os avós para nos ensinar essa lição de vida! Bem-haja a todos os avós! Que seria de nós sem (a) vós?!

APFN, 26 de julho de 2017

José Manuel dos Santos da Silva

N. 20-06-1963 • F. 08-07-2017 Sua esposa, Luísa Jorge, filhos Fábio e Pedro e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu ente querido até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Permanecem vivos aqueles que deixam a sua marca naqueles que ficam… Descansa em paz.”


Jornal da Golpilheira

23

. a fechar .

Julho de 2017

Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

Andava eu à caça, quando vi um buraco numa cerca de rede, pelo qual entrei para um armazém sem guarda e cheio de armas todas jeitosas...

Trouxe umas poucas de granadas e metralhadoras, mas afinal estão todas obsoletas e não explodem nem disparam!

Nunca mais vou caçar para Tancos...

Caça

.foto do mês.

LMF

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rafael Silva, Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1200 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

A dança do candeeiro

As festas do 48.º aniversário do CRG apresentaram-se este ano cheias de novidades. Arruadas, teatro, dança e outros espectáculos paralelos rechearam vários momentos inesperados do programa. A professora de dança Catherine Revel foi uma das convidadas e mostrou em várias ocasiões a sensualidade dos ritmos orientais. Esta “dança do candeeiro” foi um desses bonitos momentos. Para bem da sua saúde e das florestas, não tente isto em casa...

Recordar é viver…

Assinatura anual

Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

Estamos no auge das festas populares na nossa freguesia. Primeiro foi o C. R. da Golpilheira a comemorar o seu 48.º aniversário, com grande êxito. No último fim-de-semana deste mês, realizam-se os festejos em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Este ciclo de festas termina em São Bento, com os festejos em honra de Nossa Senhora da Esperança, no primeiro fim-de-semana de Setembro. Esta foto recorda os trabalhos na cozinha improvisada, numa das festas do CRG, realizadas há alguns anos. A nossa aldeia, à qual muito me orgulho de pertencer, tem gente trabalhadora, voluntária, boa, generosa, etc., que é por vezes motivo de inveja por outros. O segredo é fazer como nós... trabalhar..| MCR


24

. divulgação .

Jornal da Golpilheira Julho de 2017

Festa em honra do senhor bom jesus dos aflitos A Comunidade Cristã da Golpilheira estará em festa nos próximos dias 29 a 31 de Julho, celebrando o seu Padroeiro, o Senhor Bom Jesus dos Aflitos. A Comissão de Festas, constituída pelos naturais e residentes nascidos em 1977, preparou um cartaz religioso e de arraial que, com certeza, trará até à Golpilheira muitas centenas de pessoas para bons momentos de celebração e de convívio. A Missa da festa será no domingo, às 12h00, seguida de procissão, antecedida pela recolha de andores, a partir das 11h00, com acompanhamento da banda “Os Clássicos de Pataias”. A banda fará animação após o almoço e acompanhará a saudação ao Padroeiro, pelas 17h00. Haverá também Missa, pelas intenções dos que colaboram nos festejos, na segundafeira, às 18h00. O arraial abre no sábado, com o habitual serviço de restaurante, café da avó, bares, quermesse e outras animações, bem como a música de Banda Kroll. Na tarde de domingo haverá actuação do rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena”, pelas 18h00, e, à noite, espectáculo com o grupo Kremlin. Cabe à banda Omega animar o último serão, na segunda-feira. Destaque, no último dia, para a corrida de frangos e quebra de panelas, às 19h00, e a já famosa corrida de cântaros, às 23h00, seguida da transmissão da Bandeira. O fogo-de-artifício final está marcado para as 24h00.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.