JG_269 Setembro / Outubro de 2021

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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXVI | Edição 269 | Setembro / Outubro de 2021

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JG celebra Bodas de Prata

25 ANOS

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Além da evocação da efeméride nesta edição, teremos festa no dia 7, no Almoço dos Amigos do CRG, e estamos a preparar algumas surpresas para os próximos meses. P. 2-4

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Novembro Cultural anima a Golpilheira • P. 5 e 36 Regresso às aulas • P. 8-9 BTMI vence autárquicas e já tomou posse • P. 10-13 FIRE UP vão dançar da Golpilheira até França • P. 7

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • WWW.CREDITOAGRICOLA.PT

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abertura / / 25 anos

. caderno mensal .

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

.editorial. José Travaços Santos Etnógrafo e investigador

Luís Miguel Ferraz Director

Batalha Cidade por mercê de el-Rei D. João que lavrou, singularmente, sua carta de privilégio em pedra, concedendo-lhe tal esplendor, tal expressão, tal grandeza, que não há outra cidade portuguesa de igual condição.

Batalha, cidade?

DR

Trata-se apenas de uma liberdade poética, mas creio que num futuro, que não será longínquo, a nossa vila, sede do concelho e da paróquia a que pertence a Golpilheira, ascenderá à categoria de cidade. E além dos motivos que a Lei invoca a, a razão principal é de albergar o monumento português em que “mais pátria há”, como disse o Poeta Afonso Lopes Vieira. Aquele monumento que lhe confere, pela vontade de el-Rei D. João I, uma verdadeira dimensão que, inclusivamente, muitas cidades não têm. Há anos disse-me um estrangeiro, aliás pessoa viajada, que NOS visitava pela primeira vez: “este mosteiro é em si uma cidade pela história, pela arte, pela originalidade, por tudo aquilo que deve tocar profundamente o Povo Português”. Lutemos pois para que se possam acrescentar em breve, a esta primeira e decisiva razão, todas as outras que a Lei exige.

Capela de N.ª Sr.ª do Caminho A ilustração deste número dos Cadernos Mensais destaca a Capela de Nossa Senhora do Caminho, erguida, tudo leva a crer, pelos Dominicanos, possivelmente no século XVIII, no velho caminho por onde vinham à vila os habitantes da parte Norte e Nordeste da freguesia batalhense, tanto para os actos religiosos (era então a Batalha a sede de todos os serviços da paróquia) como para se abastecerem nos mercados e nas lojas da vila, para tratarem de assuntos oficiais nas repartições públicas ou para consultarem o médico e aviar as receitas na farmácia. Quantas pessoas da Golpilheira e da Rebolaria e dos casais anexos faziam este trajecto e paravam em frente da Capelinha para uma breve oração ou para uma promessa? Quantas fizeram promessas à Santíssima Virgem, ali figurada na sua invocação da Consolação, mas que o povo rebaptizou do Caminho? Lembro-me de ver, já lá vai um ror de anos, habitantes daquela hoje populosa zona, ali postados em oração. Ora, o pequeno, mas expressivo templo de estilo barroco rural, lá estão os vasos flamejantes a atestá-lo, já restaurado em 1906 pelo Comendador Dr. Joaquim Vicente da Silva Freire, que pertencia a uma velha família batalhense, voltou agora, passados cento e quinze anos, a beneficiar de outro restauro, que o preservou da ruína que começava a ameaçá-lo. Pertença de descendentes da família Sampaio, já existente na Batalha no século XVII e que em tempos recuados teve de solar e capela no Picoto, desta freguesia da Golpilheira, creio que é desejável um entendimento com a paróquia da Batalha para se renovar ali o culto e a devoção pela Santíssima Virgem. De qualquer forma, o restauro de que o templo beneficiou agora merece-nos todo o agrado e os maiores encómios.

Já com 25 anos completos Ainda me lembro bem da “loucura” que foi fundar um jornal na Golpilheira. Só mesmo a irreverência (e inexperiência) dos 25 anos de idade podem explicar tal decisão. Na altura com outro jovem, o Adélio Amaro, que queria fazer o mesmo pela Barreira, decidimos unir esforços e nasceu, em Setembro (n.º 0) e Outubro (n.º 1) de 1996, o “Das Duasuma” (muitos dos actuais leitores ainda se lembrarão disso). E ainda me lembro de quem tenha avisado que a “loucura” ia durar pouco tempo, que era coisa para dar muito trabalho e pouca (ou nenhuma) compensação. Em parte, era verdade. Ainda me lembro bem da “loucura” que foi decidir tornar o projecto independente, só para a nossa freguesia. Já não era tão jovem (e já mais experiente), em Janeiro de 2001, quando saiu a primeira edição do “Jornal da Golpilheira”. E ainda me lembro de ter voltado a ouvir o aviso de que a “loucura” ia durar pouco tempo, que a freguesia era pequena demais para isso (até em termos de leitores e financiadores), que iam faltar acontecimentos que o justificassem, que ia dar muito trabalho e pouca (ou nenhuma) compensação. Em parte, voltava a ser verdade. A parte da verdade é que, de facto, a compensação, comparada ao trabalho que dá, é menos do que nenhuma. Ao fim de 25 anos, estamos praticamente com o mesmo dinheiro com que começámos: nenhum. Mas vão-se pagando as contas. A compensação verdadeira, essa, vem apenas do carinho e do incentivo dos assinantes e anunciantes que nunca desistiram de apoiar a causa. E só por isso vale a pena. Mas não era verdade que a freguesia fosse pequena ou não acontecem coisas suficientes… o difícil, sempre, é arranjar espaço para tudo o que queríamos publicar. Porque a Golpilheira é “grande”, cheia de vida, e não apenas no seu espaço territorial, já que os golpilheirenses participam da vida social, cultural, desportiva e humana de todo o concelho, do país e até pelo mundo fora. Também não era verdade que “ia durar pouco tempo”. Ao fim de 25 anos completos, cá estamos. Já não só no papel, mas com uma presença cada vez mais activa no digital, seja no sítio jornaldagolpilheira. pt, seja nas redes socias como Facebook, Twitter e Instagram. Não sabemos se o futuro passará por ficarmos só por aí, que o papel dá o dobro do trabalho e quase toda a despesa… mas, por enquanto, cá estamos, ao fim de 25 anos completos. Este ano de caminhada para as “Bodas de Prata” deveria ter sido de festa. A

pandemia e outros condicionantes não deixaram. O falecimento precoce do nosso director-adjunto, o saudoso Manuel Rito, em Junho do ano passado, foi um dos que mais nos abalou, nos desmotivou e nos tirou a vontade de festejar… Mas nunca é tarde para celebrar e é isso que contamos fazer durante este próximo ano, já com os 25 completos. O Almoço dos Amigos do CRG, no próximo dia 7 de Novembro, será a primeira ocasião festiva, também e sobretudo por via da homenagem ao Manuel Rito. Mas haveremos de o recordar mais vezes, estando a preparar uma iniciativa cultural para o aniversário da sua morte, em Junho de 2022. Para essa data contamos ter também pronto um livro sobre a história da Golpilheira, onde não faltarão textos por ele escritos, entre autores como o historiador Saul Gomes e o investigador Joaquim Santos. Nesta edição e nas próximas iremos, ainda, apresentar algumas rubricas de regresso ao passado, que nos ajudarão a recordar a história e o caminho feito pelo Jornal e, principalmente, pela Golpilheira. Quem nos segue no site e nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter), também verá algumas surpresas, como ofertas (“giveaway”), prémios e outras surpresas com alguns parceiros e amigos. A principal festa, no entanto, será a que cada um dos nossos leitores possa fazer ao receber cada edição do jornal em sua casa. Só essa interessa. E só quando essa acabar – ou quando nos faltar a força ou o engenho – poderemos dar por terminada esta nossa história, já com 25 anos completos. A si, que está de jornal na mão, o nosso brinde!

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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Mensagem de aniversário

Um quarto de século a divulgar a Golpilheira e o Concelho da Batalha

O Jornal da Golpilheira está de parabéns. Assinala-se nesta edição comemorativa um quarto de século desde a fundação deste título informativo. É uma efeméride importante e que ressalva a importância da imprensa local. Recordo-me bem das primeiras edições deste projecto editorial que aglutinava então duas freguesias vizinhas dos concelhos da Batalha e de Leiria. Um projecto pioneiro

no seu tempo que já colocava a tónica na agregação de esforços na prossecução de um bem maior: o da informação. Passaram 25 anos e o Jornal da Golpilheira emancipou-se, como tantas vezes sucede nos projectos editoriais mantendo a sua matriz identitária e assumindo-se como um parceiro activo na senda do desenvolvimento do Concelho da Batalha, com especial destaque na Freguesia da Golpilheira. Para além dos leitores residentes no Concelho da Batalha, o Jornal da Golpilheira é um importante porta-voz da nossa terra em geografias distantes, cumprindo um dos principais papéis confiados aos órgãos de comunicação social locais e regionais. Para além de esbater as fronteiras físicas, o Jornal da Golpilheira ajuda a

Mensagem de aniversário

É um privilégio dizer a toda a gente que a nossa Freguesia tem um Jornal!

Os meus sinceros parabéns a todos os que colaboram com o Jornal da Golpilheira, aos patrocinadores e, em especial, ao Dr. Luís Miguel Ferraz, pelo seu trabalho, profissionalismo, persistência, esforço e dedicação, que possibilitou manter o Jornal da Golpilheira até hoje, pois sei que não é, nem tem sido, tarefa fácil. O Jornal da Golpilheira assumiu-se nos últimos 25 anos como um forte elo de ligação entre todos nós, instruindo, noticiando e registando tudo o que, de maior ou menor importância, bom ou mau, foi acontecendo na nossa comunidade. Projectou a nossa freguesia pelos concelhos vizinhos e muito mais além, constituindo um arquivo histórico de incalculável valor para a nossa freguesia. Durante 25 anos, mês após mês e, mais recentemente, de dois em dois meses, aguardamos com expectativa a chegada de

mais uma edição do nosso Jornal e, quando chega com atraso, já todos se questionam sobre o que se estará a passar… Possibilitou também que os Golpilheirenses espalhados por esse mundo fora recebessem sempre o seu jornal com as notícias da sua terra, mantendo-os sempre atentos e envolvidos na comunidade. Em 25 anos, a Golpilheira cresceu muito e estou certo de que o Jornal fez parte e contribuiu também para este desenvolvimento. Assim, é meu desejo que o Jornal da Golpilheira continue connosco por muitos mais anos, para continuar a levar a voz da nossa terra às regiões vizinhas. Continuará com toda a certeza a ser uma referência e um orgulho para todos nós. Enquanto Presidente da Junta de Freguesia, espero que o Jornal da Golpilheira continue o seu percurso e apoiarei a sua actividade na medida do possível. Apelo também à colaboração e ajuda de todos, para que o nosso Jornal continue a ser uma presença assídua em nossas casas. José Carlos Ferraz Presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira

encurtar as distâncias e permite que os nossos emigrantes acompanhem o que de mais relevante se passa na sua freguesia e no seu concelho. Este é um trabalho meritório, que me merece a mais profunda consideração, e que contribui para que os laços umbilicais sejam mantidos junto da nossa comunidade emigrante. Mas aos media locais e regionais estão confiados diversos desafios, atendendo à nova realidade dos leitores mais jovens que procuram no online e muito raramente nas páginas impressas notícias e outros conteúdos. Se é certo que para este público mais jovem, o audiovisual e a “leitura do mundo” acontece na generalidade através de um ecrã numa tendência que se consolidará nos próximos anos, não é menos verdade que os órgãos de comunicação

social não poderão esquecer os leitores mais tradicionais para quem o papel continuará a ser a única opção possível. Faço votos para que o Jornal da Golpilheira continue, independentemente dos suportes, a desempenhar o seu papel relevante enquanto órgão de comunicação social, contribuindo para uma sociedade mais plural e esclarecida. Ao seu director e a todos os colaboradores, formulo os meus sinceros votos de sucesso, com uma palavra de reconhecimento pelo importante trabalho de divulgação da Golpilheira e das suas gentes, mas também das instituições desta freguesia. Raul Miguel Castro Presidente da Câmara Municipal da Batalha

Mensagem de aniversário

Ao longo de 25 anos, o Jornal da Golpilheira tem tido um papel fulcral

É com grande satisfação que em meu nome e em nome da Junta de Freguesia da Batalha congratulo o Jornal da Golpilheira pelos seus 25 anos de fundação. A imprensa regional em geral e o Jornal da Golpilheira em particular, tem desempenhado um importante papel na comunidade. A proximidade à população da Golpilheira e do concelho da Batalha tem possibilitado a difusão de informação de relevância local, que de outra forma não teria voz na sociedade. Isto permite divulgar e promover a actividade da comunidade local, nas dimensões cultural, social, religioso ou político. Deste modo, ao longo de 25 anos, o Jornal da Golpilheira tem tido um papel fulcral no reforço da identidade dos cidadãos e na construção da memória

futura, alavancando o desenvolvimento local, o que fomentou e consolidou a democracia. O sucesso do Jornal da Golpilheira também se deve ao seu permanente esforço de adaptação, com uma presença na internet e redes sociais, acompanhando as novas tendências da comunicação, estando atento a novas formas de difusão dos seus conteúdos. A materialização do jornal não seria possível sem o contributo dos trabalhadores, dirigentes, colaboradores e parceiros a quem deixo aqui uma palavra de apreço pelo trabalho e dedicação desenvolvidos. Faço votos que o Jornal da Golpilheira tenha o maior sucesso no futuro. Parabéns ao Jornal da Golpilheira! Fernando Oliveira Presidente da Junta de Freguesia da Batalha

Pagamento de assinaturas Caro assinante, com a continuidade da pandemia, não podemos fazer a cobrança de assinaturas porta a porta, como era hábito. Assim, apelamos ao pagamento por outros meios. Poderá consultar o último ano pago na sua folha de endereço. Por cada ano são 10 euros (15 Europa; 20 outros países). Sugerimos 4 opções: • No bar do CRG, diariamente, das 07h30 às 24h00. • Por Mbway, para o número 910 280 820 (identificar nome do assinante na descrição). • Por transferência bancária para o IBAN PT50 0045 5080 4017 1174 2866 5 (enviar e-mail com a confirmação (nome do assinante e NIF) para geral@jornaldagolpilheira.pt). • Por cheque, para: Jornal da Golpilheira - Est. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA. Muito gratos pela colaboração, a direcção do Jornal da Golpilheira!


Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

25 anos

HÁ 25 ANOS

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Saudamos os leitores, assinantes, anunciantes e todos os que fizeram e contribuíram para a existência e manutenção do “nosso” JORNAL DA GOLPILHEIRA.

Muitos parabéns pelas suas Bodas de Prata!

Junta de Freguesia da Golpilheira


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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

CRG volta à vida

“Novembro Cultural” na Golpilheira Depois de quase dois anos de estagnação social devida à pandemia, bem podemos dizer que este mês de Novembro vai significar o “regresso à vida” na freguesia e no Centro Recreativo da Golpilheira, em particular. A habitual “Semana Cultural”, que teria a sua 26.ª edição no ano passado, também não se realizou, pelo mesmo motivo. Este ano, regressa com um formato alargado a todo o mês, assumindo a designação de “mês cultural”. Na verdade, já em edições anteriores tinha abrangido dias superiores a uma semana e com intervalos entre si, mas agora assume-se esta modalidade em definitivo. Esta nova distribuição das datas vai permitir diversificar os eventos e deixar de fora os dias da semana de trabalho em que se torna mais complicado sair à noite, evitando também o cansaço de o fazer consecutivamente. Espera-se, sobretudo, dar oportunidade aos interessados de aproveitarem toda a oferta cultural, formativa e de convívio que será organizada. Assim, a abertura vai ser em grande festa, no domingo dia 7, com o “Almoço dos Amigos do CRG”, a partir das 12h30. Um almoço muito especial, já que vai servir de homenagem ao Manuel Carreira Rito, um rosto desta colectividade que nos deixou em Junho de 2020. Será também ocasião para comemorar o 25.º aniversário do Jornal da Golpilheira, de que o ilustre homenageado foi director-adjunto e um dos maiores promotores. Os bilhetes para o almoço poderão ser comprados no bar da associação ao preço de 14 € (entradas, sopa, bacalhau, lombo de porco, sobremesa

e bebidas). Na sexta-feira, dia 12, a partir das 20h30, voltará a festa com o tradicional magusto e arraial popular, animado pelo rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do CRG. Não faltarão castanhas, grelhados, vinho e água-pé, convidando-se os produtores locais a trazerem a sua safra para partilha das provas. No dia seguinte, sábado 13, às 18h00, haverá no Restaurante Etnográfico uma oficina prática de alimentação saudável, orientada pela nutricionista Diana Ferreira. Na quinta-feira seguinte, dia 18, às 21h00, também no Restaurante, uma equipa médica multidisciplinar virá orientar um debate sobre “Saúde mental: efeitos da pandemia”, tema que, com certeza, a muitos de nós interessará pelas consequências que temos sofrido nos últimos tempos. Na sexta-feira, dia 19, o mesmo espaço receberá cerca de uma dezena de autores locais e não só para uma “Conversa sobre escritos e escritores”, estando prometidas muitas histórias à volta dos livros e das ideias e sonhos que os fazem surgir… No sábado, dia 20, a partir das 21h00, a moda será rainha, com o habitual desfile das criações e propostas de Fátima Cruz e Melissa Cruz, com actuação do grupo de hip hop “FIRE UP crew”, do CRG, não faltando café da avó e filhós e outros doces para ajudar a aquecer a noite. Na sexta-feira, dia 26, haverá sessão dupla de cinema, primeiro às 21h00, com filme de animação para as crianças, e depois às 23h00, com cinema

português para os mais adultos. No sábado, dia 27, a partir das 22h00, a noite será para os amantes de música electrónica e de dança, com animação do golpilheirense DJ MERKO, sendo a entrada a 2 € com direito a 1 imperial. No domingo 28, o “Dia da Freguesia” trará ao largo da Junta (ou ao CRG, caso chova) as forças vivas da freguesia (Junta, CRG, escolas, comissões de igreja…) para uma feirinha popular, com almoço de porco no espeto, bebidas, sobremesas, venda de produtos agrícolas, artesanato, etc. A manhã começará pelas 10h30, com uma caminhada pelo Vale do Lena, e a tarde terminará às 17h30, com Missa, Ofício de Defuntos e romagem ao cemitério, lembrando também os familiares e amigos nossos conterrâneos que já partiram. Por, no último dia do mês, terça-feira 30, véspera de feriado, virá ao salão do CRG, às 21h30, a revista à portuguesa “Volt’a Portugal em Revista”, com António Calvário e Natalina José. Os bilhetes custarão 12,5€, à venda no CRG, mas valerão bem a pena, como bem sabe quem já veio assistir a outras revistas que nos visitaram… Escusado será dizer que o esforço dos que estão a trabalhar para todo este programa só será recompensado com a vinda de público e participantes aos diversos eventos. Os golpilheirenses serão os principais convidados, mas todos os que queiram aparecer serão bem-vindos! Vamos fazer deste “Novembro Cultural” um mês histórico do regresso à normalidade possível nesta altura… LMF

Programa Bairro Feliz até 2 de Novembro

Escola da Golpilheira concorre para ter uma horta pedagógica Uma “Horta Pedagógica” no recreio da Escola do Paço é um dos dois projectos em votação na loja Pingo Doce da Batalha, no âmbito do programa “Bairro Feliz” que esta cadeia de supermercados está a promover por todo o País. A ideia é conseguir ganhar o prémio, que consistirá na “construção de uma casinha de madeira para guardar as ferramentas, vários recipientes para encher com terra e fazer a horta, alfaias, plantas”, explica Ana Margarida Rito, uma das proponentes desta candidatura. “Ver com os próprios olhos uma horta a crescer é uma grande aula para

a vida”, considera esta golpilheirense, formada em Biologia. O programa “Bairro Feliz” é promovido pelo Pingo Doce em mais de 400 lojas, 20 das quais no distrito de Leiria. Cada uma apresenta dois projectos a concurso, nos quais os clientes podem votar, até 2 de Novembro, colocando na respectiva caixa uma “Moeda Bairro Feliz” que recebem por cada 10 euros de compras efectuadas. As votações para este projecto da Golpilheira só podem fazer-se no Pingo Doce da Batalha, colocando a moedinha na caixa “A”.

Centro Recreativo da Golpilheira

Convocatória

Assembleia Geral Ordinária No dia 25 de Novembro de 2021, pelas 20h30, reúne-se a Assembleia Geral Ordinária, pelo que convoco todos os sócios a assistirem à reunião com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Relatório da Direcção, Contas do Exercício de 2020 e Parecer do Conselho Fiscal; 2. Outros assuntos de interesse para a Colectividade. Nos termos dos estatutos, não comparecendo a maioria dos associados à hora marcada, será a reunião efectuada às 21h30 do mesmo dia, com qualquer número de sócios, não podendo os restantes discordar daquilo que foi deliberado. Dada a importância da reunião, agradecemos a comparência de V/ Ex.as. O Presidente da Mesa da Assembleia Carlos Agostinho Costa Monteiro


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reportagem / / agenda

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Ainda com bastantes limitações

Não foi ainda um festejo à altura das tradicionais festas de Agosto, na Batalha, mas o Dia do Município não deixou de ser assinalado a 14 Agosto deste ano. A opção da Câmara foi “manter todo o simbolismo da efeméride e aproveitar a ocasião para prestar testemunho da importância do processo de descentralização e boa articulação entre as administrações Central e Local, bem assim evocando a importância dos fundos estruturais no desenvolvimento regional”, para o que convidou o secretário de Estado adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel. Assim, a meio da manhã, após o hastear das bandeiras junto aos Paços do Concelho, uma comitiva de cerca de uma centena de pessoas prestou homenagem a D. João I, na Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha, onde foi deposta uma coroa de flores. Depois, seguiram para a sessão solene, no Parque de Santa Maria da

LMF

Dia do Município foi celebrado

Concerto dos Resistência foi “cheirinho” de regresso aos grandes serões batalhenses...

Vitória, que contou com apontamentos de música clássica. Na sua intervenção, o presidente do Município, Paulo Batista Santos, sublinhou “a necessidade de confiança nas instituições, nas empresas e nas autoridades, num tempo ainda incerto quanto à evolução da pandemia da Covid-19, mas também ao nível das medidas de apoio para a recuperação e relançamento das actividades económicas”.

Agenda cultural

Nesse contexto, enalteceu o papel de todos os profissionais e entidades que diariamente estão a apoiar o Município na mitigação das consequências da pandemia, expressando a maior determinação da autarquia em “continuar a garantir todo o apoio à famílias e empresas locais, nomeadamente os sectores que mais sofreram”. Já o secretário de Estado frisou a elevada taxa de exe-

cução de fundos europeus pela Câmara da Batalha, em cerca de 67% (8,2 milhões de euros), valor bastante acima da média nacional e da região centro, bem como o desempenho empresarial deste concelho “que tem conseguido fixar novos investimentos privados, cujo desempenho ao nível de candidaturas ao Programa Operacional do Centro – Centro 2020 coloca a Batalha na 2.ª posição em termos de capacidade de

investimento ‘per capita’, imediatamente a seguir ao concelho da Marinha Grande”. Na sessão solene foram homenageadas várias personalidades locais, empresas e associações que se distinguiram no último ano. Foram agraciados com a Medalha de Mérito Municipal – Grau Prata: os comandantes dos Bombeiros Voluntários da Batalha Hugo Borges e Fernando Bastos; o 1.º sargento Pedro Sousa, comandante do Posto Territorial da Batalha da GNR; o coordenador e médico da Unidade de Saúde Familiar Condestável, João Paulo Simões; a ex-directora do Centro Distrital da Segurança Social, Maria do Céu Mendes; as empresas Águas do Lena e Suma. Receberam a Medalha Municipal Cultura e Mérito Desportivo – Grau Prata: a atleta golpilheirense Joana Bagagem, campeã nacional nos 3.000 metros obstáculos no Campeonato Nacional de Juniores 2021 em representação do Atlético Clube da Batalha; e a Associação Recreativa Amarense, pela conquista desportiva na 1.ª divisão do Campeonato Nacional de Futsal, na época 2020/2021. O secretário de Estado Carlos Miguel foi também distinguido com louvor municipal “pelo apoio ao desenvolvimento e coesão territorial e pelo contributo no processo de descentralização, destacando-se o efeito positivo que estas apresentam na qualidade dos serviços e numa resposta mais eficaz aos cidadãos”. À noite houve serão musical, pelo grupo local “O Gato Maltês” e o grupo nacional “Resistência”, a que puderam assistir cerca de mil pessoas, salvaguardadas as devidas condições de segurança da saúde. Também no domingo, dia 15, houve algumas iniciativas desportivas e culturais, com destaque para uma manhã infantil animada pela apresentadora e cantora Sónia Araújo, bem como para novo serão musical com o artista local Tiago Pinho e o artista nacional Fernando Daniel. Luís Miguel Ferraz


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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Da Golpilheira até Agen, em França

O hip hop, enquanto cultura urbana, surgiu em 1970 nas comunidades periféricas de Nova York, como forma de manifestação cultural através da dança, música e arte urbana. Esta modalidade foi ganhando cada vez mais expressão ao longo dos anos e expandiu-se para o mundo inteiro. Hoje em dia, o hip hop é um género popular e abrangente, com diversas vertentes e escolas, é mais diverso, inovador e experimental. Nos contornos da sua acção colectiva, e não fugindo à regra “mainstream”, o Centro Recreativo da Golpilheira tem vindo a dinamizar esta actividade recreativa, na modalidade da dança, já desde há alguns anos, dando lugar à congregação de turmas ou grupos de jovens praticantes. “FIRE UP crew” é, precisamente, um destes grupos. Actualmente, é constituído por cerca de 8 elementos, jovens bailarinas entre os 16 e os 18 anos, que praticam a modalidade de dança desportiva/ recreativa de hip hop desde, sensivelmente, 2010, algumas destas meninas um pouco antes. São actualmente coreografadas pela professora Alexandra Almeida, mas faça-se também menção, pela importância que representam a título pessoal, tanto à professora Liliana Ramos quanto ao professor David Brás, mentores fundamentais neste projecto local desportivo e recreativo, que durante muitos anos partilharam com elas esta aventura desportiva. Mas se há bem pouco tempo tinham apenas 6, 7 e 8 anos de idade, 10 anos volvidos, estas jovens bailarinas podem olhar para trás orgulhosas dum percurso que se pauta por participações em diversos torneios, encontros de dança e inúmeras apresentações, não só no distrito, mas também muito fora dele. Um percurso que é sobretudo marcado pelo espírito de equipa, de união e resiliência, que foi, sem sombra de dúvidas, conformando a sua identidade pessoal e social, e que é, igualmente, um bom pretexto para a convivência saudável também entre pais. É por isso a prática de uma modalidade que ainda vai sendo possível conciliar com a carreira de estudantes, algumas já universitárias,

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“FIRE UP crew” – hip hop & love

Bailarinas (da esquerda para a direita): Júlia Bastos, Bruna Henriques, Matilde Brito, Inês Cruz, Carina Almeida, Cristiana Pedroso, Lara Ferreira, Matilde Prior.

mas que, como é normal, é também um ciclo que se aproxima do seu término.

Hip Hop World Championhips 2021

No âmbito de mais uma participação deste grupo numa competição, desta feita, no “Hip Hop Unite Portugal”, cuja missão instiga à competição saudável, justa e profissional da comunidade da dança na modalidade/estilo hip hop, que decorreu na Sociedade Filarmónica 1.º de Maio, no Montijo, no dia 6 de Junho deste ano, resultou o apuramento do grupo “FIRE UP Crew” para a fase seguinte do campeonato. Desta forma, irão representar Portugal, o município da Batalha, a freguesia da Golpilheira e o próprio CRG, na categoria de “Juniors”, no “Hip Hop Unite World Championships 2021”, que irá decorrer em Agen, França, de 25 a 27 de Novembro deste ano.

Iniciativas

Por forma a angariar fundos para esta participação, as “FIRE UP crew”, dinamizaram já algumas iniciativas

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como a venda de rifas de cabaz (sorteado no passado dia 26 de Setembro no CRG, rifa sorteada n.º 165), venda de rifas de prémio (a sortear no dia 30 de Outubro, no CRG) e vendas do “Bolo da Festa”, nas imediações da igreja da Golpilheira. A expectativa é a de que estas iniciativas de angariação prossigam, sobretudo aqui na freguesia, contando com o apoio e com a receptividade dos familiares e da população local em geral. Culminará com um evento deslumbrante e surpreendente de moda, dança, música e festa, no dia 20 de Novembro, integrado no desfile de moda de Fátima Cruz, no programa do Mês Cultural do CRG, para o qual, desde já, se convida a população.

E no fim de contas…

Há um inevitável “friozinho na barriga” transversal a todas as jovens do grupo, seja pela responsabilidade de representar condignamente Portugal, o município da Batalha, a freguesia da Golpilheira e o CRG, seja pela expectativa duma experiência que já é, e que se adivinha ainda mais, humanamente

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enriquecedora. O clima no grupo é de nervosismo, mas é também de esforço salutar em ultimar detalhes coreográficos com a professora Alexandra, em angariar fundos suficientes que possibilitem a equidade entre os elementos da comitiva de viagem, e todos os outros pormenores implícitos. Na realidade, carregar o nome da Golpilheira além-fronteiras para uma final mundial é um contributo sólido na expressão daquilo que aqui se faz de bom e de bem, mas cujo esforço não é, muitas vezes, evidente. O que esperam estas jovens? As “FIRE UP crew” esperam estar à altura do desafio e que este feito possa servir de inspiração a tantas outras demandas futuras. É que, quando “o sonho comanda a vida”, a superação acontece e chega-se a algo melhor do que aquilo que se conhece. E parabéns ao Jornal da Golpilheira, a celebrar os 25 anos, por também sonhar assim e apoiar a divulgação desta iniciativa! A. Portugal

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8•

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

educação

Visita às escolas da Golpilheira

Aulas com (mais ou menos) normalidade Mais um ano lectivo começou, em Setembro, e podemos dizer que, depois de um ano atípico, com muitas interrupções, aulas em casa e outras peripécias, está de regresso a normalidade. Não será ainda totalmente, pois as nossas crianças ainda são obrigadas a cuidados especiais de higiene das mãos, partilha de objectos, proximidade ou uso de máscara nalguns contextos. Acontecem também casos de confinamento, como registámos no dia em que fizemos a reportagem, com meia dúzia de crianças ausentes, pelo que tivemos de voltar dias depois. Como habitual, publicamos as fotos das várias turmas do Jardim-de-Infância e da Escola do Paço (1.º ciclo) da freguesia da Golpilheira, bem como os números de meninos de

meninas que as frequentam. Podemos, ainda, fazer uma comparação da evolução da composição dos vários anos, que nos permite aferir, grosso modo, como está curva da taxa de natalidade e do número de crianças na nossa aldeia (sabemos que algumas de cá andam noutras escolas e que algumas aqui presentes vêm de fora). Este ano mantemos números semelhantes ao ano de 2020. Para uma noção mais global da realidade concelhia, publicamos alguns números de alunos, professores e outros profissionais, que nos foram gentilmente facultados pela direcção do Agrupamento de Escolas da Batalha. Ainda quanto à Golpilheira, as educadoras do Jardim-de-Infância são Isabel Pinheiro e Sandra Silva, ajudadas pelas

auxiliares de acção educativa Célia Sousa e Isabel Dinis. As professoras do primeiro ciclo são Marta Santos (1.º e 3.º anos), Ana Rita Melo (2.º ano) e Fátima Ribeiro (4.º ano). Além destes, há ainda um conjunto de profissionais que participam no processo lectivo das crianças: Lina Coimbra, professora do Apoio Educativo; Tânia Rodrigues, professora de Educação Especial; Fernando Faísca, professor de Informática; Sílvia Ferreira, professora de Inglês; Fernando Major, Patrícia Santos, João Fernandes e Bruno Pereira, professores das AEC; Cátia Rego, psicóloga; Marta Lopes e Márcia Marques, terapeutas da fala; Graciete Silva, auxiliar de acção educativa. Não esquecemos, por fim, a colaboração prestada às nossas

crianças nos dois centros de Actividades de Tempos Livres que funcionam na Golpilheira, as assistentes técnicas Estela Borges (ATL 1.º ciclo) e Susana Ferreira (ATL do Jardim), ajudadas, respectivamente, pelas auxiliares de acção educativa

Total crianças - 2021 / 22 Ano

Masc. Fem.

Total

Sónia Costa e Sónia Santos. A todos – alunos, professores, auxiliares e encarregados de educação – desejamos um ano proveitoso e cheio de felicidade! Luís Miguel Ferraz

Números/ano

Total alunos

Ano

1.º CEB.

Jardim

1999

67

25*

92

2005

62

46

108

2006

63

35

98

2007

60

40

100

1.º ano

5

5

10

2.º ano

10

11

21

3.º ano

6

5

11

4.º ano

11

5

16

Total 1.º ciclo

32

26

58

Pré-escolar

25

11

36

2008

66

34

100

Total geral

57

37

94

2009

59

34

93

2010

46

31

77

Distribuição/salas - 2021 / 22

2011

54

30

84

Escola do 1.º ciclo

2012

45

39

84

Professor Ano Masc. Fem. Total Sala

2013

47

38

85

2014

49

41

90

2015

50

36

86

2016

52

39

91

2017

49

42

91

2018

50

39

89

2019

45

38

83

2020

59

33

92

2021

58

36

94

Marta Santos

1.º 3.º

5 6

5 5

10 11

21

Ana Rita Melo

2.º

10

11

21

21

Fátima Ribeiro

3.º

11

5

16

16

Jardim-de-Infância Educadora

Masc. Fem.

Sala

Isabel Pinheiro

7

10

17

Sandra Silva

15

4

19

* só havia uma sala de Jardim

LMF

Total do Agrupamento de Escolas da Batalha

Sala A

Nível de Ensino Alunos Pré-escolar 236 1.º Ciclo 553 2.º Ciclo 297 3.º Ciclo 438 Ensino Secundário Regular 255 Ensino Profissional 115 TOTAL DO AGRUPAMENTO 1894

Distribuição por escolas ESCOLA Sede Centro Escolar (Inclui o Pré-escolar) Esc. Básica da Quinta do Sobrado (Inclui o Pré-escolar) Esc. Básica dos Casais dos Ledos (Inclui o Pré-escolar) Escola Básica da Rebolaria (Inclui o Pré-escolar) Centro Escolar do Reguengo do Fetal (Inclui o Pré-escolar da Torre) Escola Básica da Faniqueira (Inclui o Pré-escolar) Escola Básica das Brancas Jardim de Infância da Golpilheira Escola Básica da Golpilheira Centro Escolar de S. Mamede (Inclui o Pré-escolar)

Alunos 1213 171 65 63 56 53+10 59 5 36 58 105

LMF

Pessoal docente em exercício de funções

Sala B

Pré-escolar 1.º Ciclo (Professores dispersos pelas escolas da periferia e sede + apoios) +2 Prof. de Inglês Professores do 2.º Ciclo/ 3.º Ciclo e Secundário Total

16 40+2 144 202


educação • 9

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Regresso às aulas em segurança

LMF

GNR prepara comunidade escolar

Como forma de assinalar o regresso às aulas, a Guarda Nacional Republicana (GNR) realizou um conjunto de acções de sensibilização em cerca de 5.000 comunidades escolares, dirigidas a professores, alunos e encarregados de educação. Esta iniciativa pretendeu transmitir conselhos de segurança na rua, em casa e na estrada, contribuindo “para uma maior consciencialização dos encarregados de educação para a importância da segurança escolar dos jovens alunos e para uma melhor preparação das crianças e jovens para os desafios que irão encontrar no regresso às aulas, aumentando o sentimento de segurança da comunidade escolar”. “O fluxo de trânsito aumenta devido ao transporte dos alunos para a escola, sendo importante alertar os condutores para a utilização dos cintos de segurança e dos sistemas de retenção para crianças”, lê-se ainda num comunicado enviado pela GNR à imprensa.

1.º e 3.º anos

Conselhos úteis

LMF

Aos jovens:

• No deslocamento de e para a escola, circula sempre que possível acompanhado ou em grupo e evita passar em locais isolados ou com pouca luz; • Nem sempre o caminho mais perto é o mais seguro; • Memoriza no telemóvel o número do Posto da GNR local, num dos números de marcação rápida; • Espera pelos teus pais, por algum familiar ou amigo, dentro da escola. • Na internet: - escolhe bem os conteúdos que publicas; - não deixes as palavras-passe acessíveis, não as mostres a amigos, altera-as e usa diferentes para vários serviços; - se te sentires ameaçado, pede ajuda a outra pessoa; - não acredites em tudo o que te dizem ou mostram; - não te isoles e, se te acontecer algo perturbador online, denuncia; • Sempre que tiveres um problema, informa os teus pais ou encarregados de educação ou pede ajuda a um professor ou a um auxiliar da escola.

2.º ano

Aos pais:

LMF

• Acompanhe o desenvolvimento escolar e as suas rotinas do seu filho; • Ensine o seu filho a colocar o número do Posto da GNR local, num número de marcação rápida; • Sempre que tiver conhecimento ou suspeita de que o seu filho ou colegas estejam a ser vítimas de ameaças, agressões ou outro tipo de crime, informe de imediato a GNR. A nossa ajuda poderá ser decisiva!

4.º ano

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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

política

“Batalha é de Todos” conquista Câmara, Assembleia Municipal e 3 das 4 freguesias

Eleições autárquicas ditam mudança de rumo O “Batalha é de Todos” – Movimento Independente (BTMI) foi o grande vencer das eleições no concelho, ao conquistar a Câmara Municipal por maioria absoluta (46,48% e 4.070 votos), com 4 vereadores: Raul Castro, Carlos Agostinho Monteiro, Mónica Cardoso e Maribela Vieira. O PSD (35,53% e 3.111 votos) elegeu 3 vereadores: Paulo Batista dos Santos, André Loureiro e Ana Rita Calmeiro.

Participação exemplar na Golpilheira Na freguesia da Golpilheira, a taxa de votação foi das mais altas de sempre, com 943 dos 1.319 eleitores a virem às urnas (71.49%). Basta lembrar que nas autárquicas de 2017 votaram 881 de 1.335 eleitores (65,99%) e nas de 2013 votaram 862 de 1.350 eleitores (63,85%). São valores de participação que nos orgulham, superiores aos das outras 3 freguesias do concelho (61,49% na Batalha, 62,53% no Reguengo e 61,59% em São Mamede), bem acima da média concelhia (62,60%) e mais ainda à media distrital (cerca de 53,45%) e à média nacional (a rondar os 54%).

Percentagem de votantes

Também na Assembleia Municipal a vitória sorriu ao BTMI, com 10 deputados eleitos (44,12% e 3.864 votos). O PSD elegeu 8 deputados (35,53% e 3.112 votos) e mais três partidos elegeram um deputado cada: CDS (5.29% e 463 votos), Chega (4,83% e 423 votos) e Iniciativa Liberal (4,25% e 372 votos). O BTMI conquistou, ainda, 3 das 4 freguesias do concelho: - Na Golpilheira, elegeu 5 autarcas (50.16% e 473 votos), com o PSD a eleger 4 (38.81% e 366 votos). O novo presidente é José Carlos Ferraz. - Na Batalha, elegeu 7 candidatos (41,42% e 1.919 votos), com o PSD a eleger 6 (38,98% e 1.806 votos). O novo presidente é Fernando Oliveira. - No Reguengo, elegeu 5 autarcas (49.11% e 581 votos), com o PSD a eleger 3 (35.33% e 418 votos) e o CDS a eleger 1 (10.23% e 121 votos). O novo presidente é Fernando Lucas.

Votos na Batalha

Para a Assembelia de Freguesia

O PSD conseguiu vencer e manter a maioria em São Mamede, elegendo 7 candidatos (63.06% e 1.260 votos), com o BTMI a eleger 2 (24,27% e 485 votos). O presidente reeleito é Marco Vieira.

Totais do Concelho da Batalha Para a Câmara Municipal

Outros votos na Golpilheira

A Golpilheira ofereceu a vitória ao BTMI também nos outros dois boletins: Câmara, Assembleia Municipal. A mais expressiva foi a votação para a Câmara Municipal, com 506 eleitores (53,66%) a votarem BTMI e 292 (30,97%) a votarem PSD. O CDS foi terceiro com 47 votos (4,98%), seguindo-se o Chega com 34 votos (3,61%), a Iniciativa Liberal com 22 votos (2,33%) e o PCP-PEV com 5 votos (0,53%). Para a Assembleia Municipal, a Golpilheira deu 490 votos (51,96%) ao BTMI, 297 votos (31,50%) ao PSD, 49 votos (5,20%) ao CDS, 36 votos (3,82%) ao Chega, 25 votos

Para a Assembleia Municipal

(2,65%) à Iniciativa Liberal e 9 votos (0,95%) ao PCP-PEV.

Movimento vencedor

Com estes resultados, o leitorado determinou uma clara mudança de rumo na con-

Votos na Golpilheira

Para a Assembelia de Freguesia

Para a Câmara Municipal

Para a Câmara Municipal

Para a Assembleia Municipal

Para a Assembleia Municipal

Nacional Distrital

Concelhia Na Batalha Em São Mamede No Reguengo Na Golpilheira

dução da maioria dos órgãos autárquicos, dando um voto de confiança ao movimento independente que se formou, pela primeira vez, neste concelho. “Batalha é de Todos”, com apoio do PS, fez uma cam-


política • 11

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Tomada de posse na Golpilheira

Decorreu na sexta-feira 15 de Outubro a tomada de posse dos eleitos no passado dia 26 de Setembro para os órgãos autárquicos da Golpilheira. Nesse acto, cada um dos eleitos jura “cumprir com lealdade” o mandato para o qual foi eleito e procede-se à eleição dos que irão constituir a Junta de Freguesia e presidir à Mesa da Assembleia. Recordamos que só o presidente da Junta é eleito directamente nas urnas, sendo o primeiro da lista mais votada, neste caso, José Carlos Reis Ferraz, do “Batalha é de Todos” – Movimento Independente (BTMI). A eleição dos restantes elementos da Junta,

LMF

Nova Junta e Assembleia de Freguesia

LMF

panha apostada no regresso de alguns autarcas históricos com a promessa de mais proximidade e transparência na relação com os munícipes, maior atenção e celeridade na resposta aos seus anseios e participação mais alargada de pessoas e instituições na gestão autárquica. O PSD perdeu o apoio da maioria, apesar de ter defendido os resultados dos últimos dois mandatos, que afirma pautados pela eficácia na solução de problemas, pela gestão criteriosa dos fundos públicos e pela resposta às necessidades efectivas das pessoas como primeira prioridade. O CDS defendeu uma posição de coerência e fidelidade aos seus princípios, como força de oposição construtiva e atenta, mas não conseguiu manter o vereador que tinha no executivo e passou de três para um deputado na Assembleia Municipal. A CDU não elegeu qualquer vereador ou deputado municipal. Já os dois novos partidos nesta corrida autárquica, Chega e Iniciativa Liberal, conseguiram a eleição de um deputado cada para a Assembleia Municipal. Luís Miguel Ferraz

Presentes na sessão aplaudem discurso de despedida do presidente da Assembleia cessante

feita nesta sessão, por voto secreto, sufragou por maioria absoluta a única lista apresentada e determinou a ocupação do cargo de secretária por Sandra Alves e o cargo de tesoureira por Célia Capitão, ambas do BTMI.

Novos elementos da Junta

Votos no Reguengo do Fetal

Votos em São Mamede

Para a Câmara Municipal

Para a Câmara Municipal

Para a Assembleia Municipal

Para a Assembleia Municipal

Para a Assembelia de Freguesia

Para a Assembelia de Freguesia

Após a composição da Junta por estes três eleitos, tomaram posse os três novos elementos que os substituem na Assembleia de Freguesia. Este órgão ficou, então, constituído por cinco deputados do BTMI – José Ferreira, Ana Ferreira, Adelino Rito, Nídia Rama e Rui Nazário – e por quatro do PSD – Cesário Santos, Albertina Silva, António Matos e Vitor Cruz. Por fim, foi eleita a Mesa da Assembleia, também por voto secreto e em lista, ficando como presidente José Ferreira e como secretários Ana Ferreira e Rui Nazário. O

presidente agradeceu o voto de confiança dos golpilheirenses na lista vencedora e dos colegas deputados para o cargo, que prometeu desempenhar “em prol do bem-estar e desenvolvimento de todos os habitantes da freguesia, sem excepções”.

Mudança de rumo

O presidente da Assembleia cessante, José Guerra, aproveitou para agradecer a colaboração de todos no seu mandato e sublinhou que os novos autarcas têm todas as condições para um “bom desempenho das suas funções”, dada a “mudança de rumo que foi ditada pelos eleitores” também em relação à Câmara Municipal, esperando que “se retomem os princípios do diálogo entre as autarquias e de colaboração com igualdade de tratamento em relação a todas as freguesias do Concelho”. O ex-autarca, que havia sido eleito nas listas do PSD, considerou que “nada se fez nos últimos quatro anos devido a essa falta de colaboração” e aproveitou a presença do novo presidente eleito do Município, Raul Castro, para pedir que “olhe para as muitas necessidades que a Golpilheira tem sentido”. Na mesma linha interveio o anterior presidente da Junta eleito pelo PS, José Filipe, acusando o anterior executivo municipal de falta de apoio para qualquer projecto apresentado por esta freguesia. O novo presidente, José Carlos Ferraz, apontou ao futuro e garantiu que “estamos prontos para cumprir o nosso dever”, certo de que “desta vez vamos ter ajuda”. LMF


12 •

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

política

Junta e Assembleia de Freguesia da Batalha

A tomada de posse dos eleitos para a Assembleia de Freguesia da Batalha decorreu no passado dia 14 de Outubro. Ao novo presidente da Junta de Freguesia, Fernando Oliveira, eleito directamente como cabeça da lista mais votada, pelo “Batalha é de Todos” – Movimento Independente (BTMI), juntaram-se neste órgão executivo os elegidos nesta sessão em lista única, todos do mesmo movimento: como secretária Leonor Faustino, como tesoureira Lenita Ferreira, como vogais Albertino Conceição e David Leal. Reposto o número total de membros da Assembleia com a tomada de posse dos eleitos seguintes pelo BTMI, este órgão deliberativo ficou

DR

Novo presidente promete “portas abertas”

Alguns dos autarcas que tomaram posse na freguesia da Batalha

constituído por sete membros do movimento vencedor (Cília Ribeiro, Nuno Paulo, Maria Teresa Ribeiro, Jorge Reis, Anabela Pragosa, Gonçalo Almeida e Armanda Moreira) e seis eleitos pelo PSD (Patrícia Monteiro, David Faria, Joana Cunha, Gonçalo Matos, Joaquim Ruivo e Sónia Cerejo). A Mesa da Assembleia foi eleita

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de seguida, também em lista única, ficando como presidente Nuno Paulo, como primeira secretária Cília Ribeiro e como segunda secretária Armanda Moreira. Na ocasião, o novo presidente da Junta agradeceu o trabalho desenvolvido pela equipa da sua antecessora, Rosa Abraul, bem como o

“profissionalismo, competência e simpatia com que tem colaborado na transferência dos processos em curso”. Considerando este mandato como “um voto de confiança e em simultâneo de elevada responsabilidade” por parte dos eleitores, prometeu “dedicar todos os nossos conhecimentos, capacidades, dedicação,

empenho e esforço em prol da melhoria da qualidade de vida dos nossos concidadãos”. Para tal, apontou a Câmara Municipal como parceiro “para trabalharmos em conjunto, em sintonia, de forma a optimizarmos meios e recursos” e definiu como prioridade dar resposta às necessidades dos “mais desprotegidos”, bem como “a disponibilidade constante e permanente para as pessoas”. “Teremos uma Junta de portas abertas e total e permanente disponibilidade, para ouvir, para ver e para identificar as preocupações dos nossos fregueses e para contribuir para a resolução das mesmas”, garantiu.

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política • 13

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Câmara e Assembleia Municipal iniciam trabalhos

LMF

Raul Castro quer “falar menos e fazer mais”

Presidente do Município quer “contar com todos”

Já estão empossados e em funções os eleitos no passado dia 26 de Setembro para a Câmara e a Assembleia Municipal da Batalha. A sessão de tomada de posse aconteceu na manhã de sábado 16 de Outubro, num auditório municipal repleto de autarcas e outros munícipes.

Palavras de despedida

Na ocasião, o presidente da Assembleia cessante, Júlio Órfão, considerou ter desempenhado essa função com “muita honra” e agradeceu a todos os que para isso o ajudaram. Defendendo que este órgão deveria ter um poder mais efectivo na condução das políticas municipais, afirmou ter feito “o melhor que sabia para o dignificar e pelo bem do Concelho”, desejando profícuo trabalho aos que agora iniciam o mandato. Outra intervenção foi a do ex-presidente de Câmara, Paulo Batista Santos, que começou por desejar os “maiores sucessos” aos novos autarcas, pedir desculpa pelas “falhas” e agradecer “a honra que os batalhenses me deram em partilhar convosco o desiderato de construirmos um Município mais forte e credível”. Defendendo que “só a história julgará com a objectividade e a distância temporal indispensáveis a acção de cada um de nós enquanto agente político”, disse não querer “fazer balanços” e destacou

apenas algumas das frentes em que se empenhou, com destaque para a resposta “aos legítimos anseios das populações” na situação de pandemia que vivemos nos últimos dois anos. Refutando as “críticas” e “julgamento negativo” de que foi alvo, afirmou ter tido como única motivação “servir o Concelho” e desejar agora “iniciar uma nova etapa”, pelo que, embora “disponível para colaborar”, irá “dar lugar aos outros, através suspensão do mandato em articulação com os demais vereadores eleitos, por forma que todos possam contribuir para a gestão municipal”.

Novo ciclo de “proximidade”

A palavra final coube ao novo presidente de Câmara, Raul Castro, que recebeu uma entusiástica ovação do auditório ao pronunciar a primeira frase: “queremos falar menos e fazer mais”. Essa foi uma das tónicas do seu discurso, apontando o desejo de trabalhar para um “atendimento mais célere” na autarquia e para a resposta eficaz aos anseios da população e das instituições, “tendo como única bandeira a Batalha” e o “bem-estar de todos” os seus cidadãos. Para tal, conta, em primeiro lugar, com a ajuda e o empenho dos funcionários da autarquia, que quer “estimar” e valorizar: “quero acreditar que todos vão

conseguir ir mais além”. Outra tónica foi a da “proximidade e colaboração”, na linha do surgimento do movimento independente “Batalha é de Todos”, que “veio de baixo para cima, das pessoas, empresas e instituições da comunidade”. Certo de que “sozinhos não vamos chegar a lado nenhum”, defendeu uma política de “parcerias com todos os sectores, das pessoas às associações e às empresas”. Com “disponibilidade para acolher, contamos com a colaboração de todos”, disse. “Sem prometer muito, prometemos dar o melhor de nós”, concluiu Raul Castro, pedindo alguma “tolerância

de tempo” para realizar as mudanças “que não se fazem de um dia para o outro”.

Os novos autarcas

O executivo municipal é formado pelo presidente (Raul Castro) e mais três vereadores do “Batalha é de Todos” – Movimento Independente (BTMI) (Carlos Agostinho Monteiro, Mónica Cardoso e Maribela Vieira) e três vereadores do PSD (André Loureiro, Ana Rita Calmeiro e Paulo Batista Santos, que irá pedir suspensão de mandato e ser substituído por outro elemento da sua lista). A Assembleia Municipal é composta por 10 membros do BTMI (Joaquim Ruivo, Ar-

mando Rosa, Célia Cadima, José Filipe, Elsa Libânio, Octávio Vilaça, Telmo Ferreira, Lina Oliveira, Valter Cardoso e Arlindo Marques), 8 membros do PSD (Alfredo Matos, Sónia Costa, Germano Pragosa, Nuno Santos, Catarina Bagagem, Fernando Marques, Carlos Santos e Elodie Zeferino), um membro do CDS (Francisco Coutinho), um elemento do Chega (Eduardo Veiga) e um elemento da Iniciativa Liberal (Ricardo Vala). A estes juntam-se os 4 presidentes de Junta: Fernando Oliveira (Batalha/BTMI), António Lucas (Reguengo do Fetal/BTMI), Marco Vieira (São Mamede/PSD) e José Carlos Ferraz (Golpilheira/ BTMI). Na primeira sessão da Assembleia Municipal, realizada logo após a tomada de posse, foi eleita a Mesa, com aprovação da única lista apresentada por 16 votos a favor e 8 em branco. A Mesa da Assembleia será presidida por Joaquim Ruivo, com Elsa Libânio como primeira secretária e Germano Pragosa como segundo secretário. O novo presidente desejou a todos um bom mandato e fez votos de que esta “casa da democracia” municipal se torne uma “força de intervenção em prol do desenvolvimento do Concelho e do bem-estar de todos os munícipes”. LMF

Vereadores com pelouros atribuídos

Presidente já estruturou o executivo Raul Castro, presidente da Câmara Municipal da Batalha, já anunciou a atribuição de pelouros à equipa de vereadores eleitos nas últimas eleições autárquicas pelo “Batalha é de Todos” – Movimento Independente. Assim, o próprio presidente assumirá as obras municipais, o ordenamento do território, a protecção civil, a auditoria e controlo de gestão, a saúde, a protecção de saúde animal, a intervenção sanitária, o ambiente e a comunicação. A área financeira e da contratação pública, os fundos

comunitários, os recursos humanos, a educação e o apoio às empresas são os pelouros assumidos pelo vice-presidente, Carlos Monteiro. À vereadora Mónica Cardoso estão confiadas as áreas da cultura, biblioteca e museu, arquivo histórico, a defesa do consumidor, o apoio jurídico, o desporto e os tempos livres. As áreas da acção e desenvolvimento social, a rede social, a juventude, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens serão para a vereadora Maribela Vieira, que exercerá o mandato em regime de meio tempo.

Na distribuição de pelouros efectuada, o presidente enfatizou que esta equipa “merece total confiança e está fortemente empenhada em contribuir para alterar o paradigma da governação da Câmara Municipal”. Em nota à imprensa, Raul Castro destaca que “a proximidade e a disponibilidade para com os munícipes serão os princípios que nortearão a postura deste executivo” e refere “uma forte ambição em concretizar a estratégia de desenvolvimento para o Concelho da Batalha com que nos apresentámos aos eleitores”.


Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

sociedade

Assembleia declara “carácter estratégico”

Batalha recebe duas novas empresas A Assembleia Municipal da Batalha, na última sessão do anterior mandato, reconheceu a dois novos investimentos empresariais o “carácter estratégico com importante impacto territorial, económico e social e que, pela sua essência, constituem um interesse público para o Concelho”. Um deles é um projecto de grande dimensão do Grupo GLN - Engineering, Molding And Plastics, S. A., dedicada à fabricação, reparação e manutenção de moldes e a injecção plástica. A nova unidade da empresa, que emprega 300 pessoas

e exporta cerca de 75% da sua produção, será localizado na zona industrial da Batalha. O outro, a localizar em São Mamede, pertence à sociedade Auto Moeda, Lda. e será uma ampliação da actual estrutura, com modernização tecnológica e reforço de trabalhadores. Em virtude desta decisão, estes investimentos, num valor total previsto de 7 milhões de euros e criadores de cerca de 150 novos postos de trabalho, poderão beneficiar de condições mais favoráveis quanto aos parâmetros urbanísticos e às taxas fiscais em vigor.

Bombeiros foram chamados a aumentar caudal

Falta de água no Lena é preocupante “O caudal do rio Lena está transformado num pequeno fio de água em várias zonas do seu trajecto, sendo a seca e os açudes privados os principais motivos deste cenário”, afirma a Câmara em comunicado, referindo que tal “já motivou algumas acções de emergência de reposição de água, para evitar mais um desastre ambiental numa linha água já bastante fustigada por descargas PUB

ilegais”. Foi feito, ainda, um pedido de “intervenção urgente” ao Ministério do Ambiente, “no sentido de verificar os títulos de utilização emitidos para o rio Lena e determinar que os utilizadores se abstenham de prática de actos ou actividades que causem a degradação do estado das massas de águas e gerem outros impactos ambientais negativos”.

Hugo Borges sucede a Fernando Bastos

Bombeiros têm novo comandante Decorreu no passado dia 20 de Agosto, no quartel dos Bombeiros Voluntários da Batalha, a tomada de posse do novo comandante, Hugo Manuel Moreira Borges. Com 38 anos de idade, o novo comandante dedica-se a esta causa nos bombeiros desde os 15 anos, tendo-a assumido como é profissional nesta associação, onde tem desempenhado diversos cargos. Nos últimos 5 anos, exerceu a função de 2.º comandante e estava a assegurar o comando

em regime de substituição nos últimos meses, desde a vacatura do cargo por saída de Fernando Bastos. Na tomada de posse estiveram presentes vários colegas profissionais e voluntários dos Bombeiros da Batalha e representantes dos seus órgãos sociais, bem como outros comandantes e entidades convidadas externas, o presidente da Câmara da Batalha e o comandante distrital das Operações de Socorro de Leiria.

DR

14 •

O novo comandante

Projecto vencedor do Orçamento Participativo

Escola vai ter “casa para todos” O projecto inclusivo “Uma casa para todos”, apresentado pelo Agrupamento de Escolas da Batalha – Departamento de Educação Especial, foi o mais votado da edição de 2021 do Orçamento Participativo promovido pelo Município da Batalha, a desenvolver na Escola Sede do Agrupamento. Este projecto consiste na criação de um espaço integrado em contexto escolar, que disponha de condições físicas e materiais essenciais para o desenvolvimento integral dos alunos com medidas adicio-

nais. A “Casa Vitral” – Vontades, Inovação, Trabalho, Responsabilidade, Aprendizagens e Lideranças – seria um espaço constituído por uma casa modelar de tipologia 2 que disponha de cozinha, quarto de casal, quarto de solteiro, sala e casa de banho. Este projecto surge em complemento do “ProjetArte”, apresentando-se como um contínuo de estratégias diferenciadoras que permitirão desenvolver competências promotoras de qualidade de vida nas suas diversas dimensões. Este espaço,

dotado de recursos que permitem aprenderem contexto real e significativo, permitirá desenvolver práticas que envolvem o cozinhar, arrumar, organizar, limpar, fazer toda a gestão doméstica e o planeamento financeiro, para além de promover as relações interpessoais e o trabalho colaborativo. O projecto teve 241 votos de um total de 465, adianta o município, esclarecendo que tem “um valor máximo atribuído de 30 mil euros”.

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sociedade • 15

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Novo pavilhão protocolado

Espaço onde se pretende o novo pavilhão

melhorando significativamente um espaço existente degradado, num compromisso financeiro de execução moderado, equilibrado e proporcional”, refere nota enviada pelo CRDT. O documento assume um investimento de cerca de 500 mil euros pelo Município e 50 mil da Junta, bem como de fundos europeus a candidatar, para a conclusão de uma obra iniciada há vários

anos. Segundo a Associação, “este projecto é estruturante e catapulta o desenvolvimento local, estando alinhado com a dinâmica interventiva da freguesia do Reguengo do Fetal e do lugar da Torre, que tem conhecido nos últimos tempos uma forte oposição da população local relativamente às explorações de pedra ornamental”, bem como “novos projectos e iniciativas onde se destacam a ‘Aldeia Pintada’

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e os percursos pedestres de âmbito sustentável”. Esta sessão coincidiu com a celebração dos 40 anos de história após a fundação “oficial” do CRDT, tendo sido agraciados os 17 sócios fundadores e apresentadas algumas das actividades e modalidades desportivas dinamizadas pela colectividade. Um dos exemplos mais recentes e mediáticos foi a “Aldeia Pintada”, um projecto cultural de recolha de usos e costumes e da sua expressão em arte urbana pelas paredes e muros do lugar. Além da cultura e do desporto, a dinâmica do CRDT estende-se a actividades de natureza lúdica, como passeios pedestres ou provas de BTT pelas pedreiras históricas da génese do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, as provas de carrinhos de rolamentos e torneios diversos.

DR

Realizou-se no passado dia 15 de Agosto, no Centro Recreativo e Desportivo da Torre (CRDT), uma cerimónia protocolar entre esta associação, a Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal e a Câmara Municipal da Batalha para a construção, exploração e dinamização do “Pavilhão da Magueixa”, um equipamento desportivo já com projecto aprovado para aquela localidade. Na presença de vários dirigentes associativos, autarcas e cerca de duas centenas de pessoas, apresentou-se o conteúdo do protocolo, visando “o reforço da cooperação institucional entre os parceiros intervenientes” para “a promoção e o desenvolvimento do desporto e cultura, integrando igualmente uma importante componente da reabilitação urbana”, ao dotar o local “uma centralidade e um arranjo paisagístico integrado,

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Associação da Torre celebra 40 anos

Investimento de 49 mil euros

Centro de Saúde de São Mamede A Câmara da Batalha concluiu a empreitada para a realização de obras de beneficiação do Centro de Saúde de São Mamede, num valor de cerca de 49 mil euros. Esta estrutura integra a USF Condestável e apresentava vários problemas de conservação no exterior e no interior.


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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

sociedade

Últimas deliberações do anterior executivo... Indicamos algumas das deliberações comunicadas pelo anterior executivo municipal, antes do dia 16 de Outubro, em que tomaram posse os autarcas eleitos a 26 de Setembro.

450 mil euros em refeições escolares

O município da Batalha vai dar continuidade aos protocolos de fornecimento de refeições escolares com as associações e IPSS locais, num montante de 450 mil euros. Em causa estão as refeições servidas a partir do mês de Setembro de 2021 para os alunos das escolas do pré-escolar e primeiro ciclo. A Escola Básica e Secundária da Batalha, por sua vez, será o único estabelecimento de ensino a manter o fornecimento das suas refeições escolares no decurso do próximo ano lectivo. O presidente da câmara, Paulo Batista Santos, defendeu que “pese embora o custo de refeição para os alunos junto das instituições locais seja quase o dobro do preço praticado pelas empresas de ‘catering’, a qualidade das refeições é superior e estamos a apoiar a economia local”. Também os transportes escolares irão continuar a ser gratuitos para todos os alunos e a rede de oferta será alargada, para continuar a assegurar a adequada segurança nas viaturas.

Desactivado Plano Municipal de Emergência O Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil da Batalha foi desactivado, no dia 1 de Outubro, por despacho do presidente da Câmara Municipal, Paulo Batista Santos. Como argumentos para a decisão, refere a situação epidemiológica no território nacional continental e particularmente no concelho da Batalha e concelhos limítrofes, a taxa de vacinação municipal com 91% de população com o esquema iniciado e 85% concluído, a passagem à situação de alerta decretado pelo Governo e o facto de à data não se verificar nenhum dos pressupostos epidemiológicos ou a necessidade de medidas excepcionais de protecção civil que motivaram a activação do plano em 18 de Março de 2020.

Batalha quer acolher refugiados afegãos

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Pedido de apoio à UE para combate à Covid-19

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A Câmara da Batalha submeteu uma candidatura ao Fundo de Solidariedade da União Europeia – Emergência de Saúde Pública da COVID-19, com o intuito de ver financiada uma parte das despesas suportadas no combate à pandemia entre 14 de Março e 30 de Setembro de 2020. O valor da despesa submetida na candidatura ascende aos 239 mil euros, enquadrada em aquisição de materiais e equipamentos, fornecimento de refeições, testagem da população, dispositivos médicos, acções de comunicação e protecção da população mais vulnerável. Segundo a autarquia, esta é apenas uma pequena parcela do custo deste serviço à população desde o início da pandemia, que será já superior a 1 milhão de euros.

A Câmara da Batalha, em parceria com empresas locais, manifestou junto do Governo a sua disponibilidade para colaborar no apoio ao povo afegão. Em ofício de 23 de Agosto ao Ministro da Administração Interna, o presidente da autarquia recorda que a “Batalha teve a honra de acolher desde 2016 algumas famílias de refugiados oriundas do Iraque, sendo um processo de integração de sucesso e reconhecido Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados”. Na mesma linha, em relação aos cerca de 50 refugiados do Afeganistão que deverão chegar a Portugal, “a autarquia conta com o apoio de IPSS e empresas locais que oferecem condições de integração e de emprego, para além do alojamento temporário e apoio clínico, condições essenciais no acolhimento de urgência, tendo no momento capacidade para receber até duas famílias ou um grupo máximo de 8/10 pessoas”.

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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Inscrições abertas para a oferta

DR

Valorlis dá compostores a quem os pedir

O presidente e os vereadores do mandato 2017/2021

Última reunião do mandato aprova contas Decorreu no dia 7 de Outubro a última reunião de Câmara do mandato de 2017-2021. O ainda presidente Paulo Santos “agradeceu a disponibilidade, espírito de missão e dedicação de todos os membros do executivo, bem assim enalteceu a colaboração dos funcionários municipais”, refere comunicado enviado à imprensa. Nesta reunião, foi apresentada a informação sobre a situação económica e financeira da autarquia à data de 30 de Setembro, “globalmente equilibrada, com a garantia do cumprimento dos limites legais”, com 1,2 milhões de saldo positivo e com endividamento bancário a médio e longo prazo de 1,8 milhões (11% do limite máximo legal), valor equivalente às disponibilidades financeiras imediatas.

Presidente cessante solicita auditoria financeira

Paulo Santos, presidente cessante da Câmara Municipal da Batalha, tomou a iniciativa de requerer à Inspecção-Geral de Finanças a realização de uma auditoria financeira, com carácter extraordinário, relativa ao período compreendido pelos Quadriénios 2013-2017 e 2017-2021, correspondente aos seus dois mandatos na presidência da autarquia. O ex-presidente considera que “esta decisão é um sinal de total transparência e de responsabilidade relativamente à sua gestão municipal, criando também as condições para que o novo executivo, eleito no passado dia 26 de Setembro, possa exercer com total liberdade o seu mandato”. PUB

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José Guerra da Silva CANALIZAÇÕES • AQUECIMENTOS BOMBAS • SISTEMAS SOLARES ASPIRAÇÃO CENTRAL

A Valorlis vai alargar o seu programa de compostagem doméstica, através da distribuição de 4.500 compostores, que serão oferecidos à população da sua área de intervenção, em 2022, mediante a presença numa acção de sensibilização. O alargamento do programa surge com o objectivo de contribuir para o desvio de resíduos urbanos biodegradáveis de aterro sanitário, assim como responder aos pedidos e manifestação de interesse dos munícipes, e será dinamizado em estreita parceria com os Municípios e Juntas de Freguesia. Poderão participar neste programa todas as famílias que possuam um pequeno espaço exterior na sua habitação (jardim, quintal ou horta) residentes nos concelhos da Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal, Porto de Mós e Ourém e que tenham um agregado familiar igual ou superior a 2 pessoas. Os interessados devem inscrever-se em www.valorlis. pt até 30 de Novembro de 2021, sendo depois convocados para os levantar numa sessão de formação. O projecto de compostagem doméstica lançado em 2007 pela Valorlis marcou uma nova e significativa etapa no esforço pela redução de resíduos depositados em aterro, tendo possibilitado a valorização de 19.590 toneladas de resíduos, através da utilização de 8.836 compostores, que foram distribuídos gratuitamente nas 205 acções de formação realizadas em 62 freguesias dos 6 municípios.

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sociedade eclesial 18 • entrevista

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

. palavra dopároco . P. Armindo Castelão Ferreira Batalha e Reguengo do Fetal

Jornadas Mundiais da Juventude: grande fim-de-semana para as paróquias da Batalha e do Reguengo do Fetal

DR

Sendo participado só por jovens, no entanto, teremos de envolver todas as nossas comunidades: rezar pelo bom êxito, acolher jovens que virão até nós, criar condições nas comunidades e famílias para que os seus efeitos venham a fortalecer a fé nos nossos jovens, nas nossas famílias e nas nossas comunidades. Os grupos das nossas catequeses do 8.º ,9.º e 10.º anos estão já a preparar-se com o “Say Yes”. De igual modo, os que já fizeram o 10.º no ano passado e os que irão ainda ser crismados em Novembro e Dezembro nestas paróquias estão a preparar-se. Também gostaríamos que outros jovens que já tenham terminado a catequese há mais tempo e outros, mesmo que não tenham tido oportunidade de catequese, viessem a integrar grupos que queiram preparar-se para participar nestas jornadas. Serão oportunidades que não podemos desperdiçar: acolher a graça de Deus que vem até nós. Esperamos milhões de jovens de todo o mundo! Muitos dos nossos jovens fizeram sacrifícios enormes para irem às jornadas mundiais: Polónia, Espanha, Brasil… e agora temo-las “ao pé da porta”. Ainda há dias veio visitar-me uma portuguesa que foi catequista por cá. Agora casada com um alemão, vive em Berlim, onde colabora activamente na sua paróquia. Dizia-me que de Berlim esperavam trazer às jornadas entre quinhentos a oitocentos jovens… E nós… vamos ficar a dormir “na forma”? Não, não podemos…

Grupos “Say Yes” que colheram o logótipo no Mosteiro

DR

Depois de tanto tempo com as nossas assembleias dominicais com participação tão reduzida, finalmente tivemos a alegria de ver as nossas igrejas cheias. E, sobretudo, a oportunidade de viver a nova alegria do encontro com jovens, crianças e adolescentes. Nas missas paroquiais, tiveram lugar de destaque os nossos jovens que se preparam para as Jornadas Mundiais da Juventude. No sábado, dia 9 de Outubro, os jovens de Aljubarrota levaram e, no início da celebração, entregaram à comunidade paroquial do Reguengo do Fetal o “Logo” das Jornadas Mundiais. No domingo, dia 10, os jovens do Reguengo do Fetal, por sua vez, levaram-no e entregaram-no à comunidade paroquial da Batalha. Assim, estas duas paróquias foram sensibilizadas para esse acontecimento que irá decorrer em Lisboa de 1 a 6 de Agosto de 2023. No domingo, dia 17, os jovens da Batalha foram entregá-lo à comunidade das Pedreiras e do Juncal. No domingo seguinte, dia 23, os jovens da vigararia saíram em “peregrinação a pé” da Batalha até Porto de Mós, passando este testemunho a essa vigararia. Assim, de paróquia em paróquia e de vigararia em vigararia, o “Logo” percorrerá toda a Diocese. Os animadores paroquiais e vicariais têm sido de um entusiasmo admirável e o seu engenho em criar dinamismos tem sido extraordinário. Força… Deus não vos faltará!

Caminhada para entrega do logótipo a Porto de Mós

LMF

armindo.ferreira3@gmail.com

Missa onde se apresentaram os três novos acólitos da Golpilheira

Na Batalha e na Golpilheira

Seis novos acólitos ao serviço do altar Todos os serviços que se prestam na celebração litúrgica contribuem para a sua beleza, dignidade e riqueza, como meios de ajuda a que seja mais participada e vivida por todos os fiéis. Desde o que preside até aos acólitos, aos cantores e instrumentistas, aos leitores e, também, aos que fazem o acolhimento inicial, aos que ajudam no ofertório e peditório, aos que levam as velas e a cruz na procissão de entrada, aos que preparam os livros e as alfaias sagradas (chamam-se assim todos os objectos que serve no altar, como os cálices, píxides, galhetas, etc.), aos que limpam e ornamentam a igreja, etc. Para todos estes serviços é necessária disponibilidade, dedicação e amor a Deus e à comunidade. Mas também a formação, de modo a saberem como cumprir devidamente as suas tarefas, por mais simples que sejam. É bom fazer com boa vontade, mas também fazer bem feito, para que seja de facto uma ajuda e não um motivo de distracção ou de desconforto para os participantes na liturgia. Uma homilia mal preparada, um cântico desafinado, uma leitura que não se percebe, uma limpeza ou ornamentação descuidada, um desrespeito à chegada… podem ser causa de empobrecimento da celebração. Embora todos os serviços sejam importantes e, cada um a seu modo, fundamentais, há alguns de maior responsabilidade e que exigem uma formação mais cuidada. Hoje, falamos dos acólitos, um serviço que pode ser bem desempenhado por adolescentes e jovens ou adultos e que, na nossa comunidade tem, por vezes, falta de voluntários ou de pessoas com uma formação completa sobre esta missão de serviço ao altar. Tínhamos um grupinho de jovens regular antes da pandemia, que foi desaparecendo quase por completo, também porque alguns foram estudar ou trabalhar para

longe, ou foram perdendo motivação. O Grupo de Acólitos São Nuno, da paróquia da Batalha, é bastante numeroso e faz frequentes acções de formação. Então, numa dessas formações ocorrida no Verão passado, participaram mais 6 candidatos a este grupo, dos quais 3 da Golpilheira. Apresentaram-se todos à paróquia, no domingo 19 de Setembro, na Missa do Mosteiro, e os “nossos” apresentaram-se ao serviço na Golpilheira, no domingo seguinte, 26 de Setembro. A nossa celebração ganhou outra vida e outra dignidade. Com acompanhamento de alguns mais experientes do grupo paroquial, têm vindo a aperfeiçoar-se, incluindo em serviços mais complexos, como o “serviço ao livro”, a solenização da leitura do Evangelho, etc. Outros a eles poderão juntar-se, sendo de preferência a partir do 6.º ano de catequese. Basta contactarem o catequista, o pároco, ou alguns acólitos já existentes.

Novo microfone oferecido

Esta melhoria da celebração permite que se melhorem alguns pormenores, como o facto de o sacerdote falar do sítio próprio em cada momento: da cadeira no início, no final e nos momentos em que não está no ambão (só para leitura do Evangelho e, quando muito, a homilia) ou no altar (só para a liturgia eucarística). Para tal, a Comissão da Igreja teve de adquirir mais um microfone, no valor de 400 euros, e alguns acessórios para a sua ligação e instalação, que custaram outro tanto. Os tempos não estão fáceis, sobretudo pela falta de festas que financiam as nossas contas. Feito o apelo numa das missas, desde logo surgiram duas ofertas generosas para custear estas despesas. Toda a comunidade fica grata. Também este é um serviço à liturgia!


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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Honra a Nossa Senhora da Esperança

Campanha decorre até final de Novembro

O último fim-de-semana de Agosto seria de festa rija em São Bento, marcando o encerramento da temporada de arraias cá pela freguesia. Mas, tal como aconteceu com as outras, devido à pandemia que ainda obrigava a fortes restrições por esta altura, não pôde acontecer. Ainda assim, não deixámos de assinalar a data, com a missa dominical da comunidade a deslocar-se no dia 29 para o adro daquela pequena ermida. Foi, assim, celebrada em honra de Nossa Senhora da Esperança, com participação de numerosos fiéis. Espera-se, no próximo Verão, tudo volte a ser como era…

LMF

Missa de festa em São Bento

Cáritas de Leiria recolhe e distribui alimentos

Muitos fiéis marcaram presença

Festa do Senhor dos Aflitos 2021

Apresentação de contas

Não houve festa do Padroeiro com arraial, por causa da pandemia, mas os nascidos em 1981 não quiseram deixar a data por assinalar, como referimos na última edição. No primeiro domingo de Agosto, houve missa em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, por eles participada, houve venda de bolos no final e houve o apelo aos donativos da população para este fim. No dia 26 de Setembro, vieram de novo apresentar

o saldo. Com esta modesta organização, dentro do possível, angariaram, ainda assim, a bela quantia de 3.160 euros! Já dará para pagar o vidro da clarabóia que se partiu com o forte granizo que caiu no passado dia 12 de Junho. Estão de parabéns pela coragem e empenho e o Senhor dos Aflitos os recompensará com a sua bênção.

Início de ano pastoral

Catequistas fazem compromisso No sábado 2 de Outubro, iniciou a catequese na nossa paróquia, também na Comunidade Cristã da Golpilheira. Após uma breve celebração com o pároco e o vigário paroquial, reuniram-se os catequistas, os pais e as crianças e adolescentes, para combinarem as sessões e outros pormenores. No dia seguinte, domingo 3, todos os catequistas participaram na Missa da comunidade, onde fizerem o seu compromisso e pediram a ajuda de Deus e de Nossa Senhora para que este seja um ano proveitoso para todos, sobretudo para as nossas crianças e jovens crescerem na fé, na esperança e no amor de Deus e dos irmãos. PUB

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Nascidos em 1981 dão 3.160 euros

No passado dia 16 de Outubro foi assinalado o Dia Mundial da Alimentação. Esta data é celebrada desde 1981 e actualmente é comemorada em mais de 150 países, visando consciencializar a opinião pública para as questões relativas à importância da nutrição. A resposta em relação à alimentação tem sido de grande importância para a Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima, que tem procurado solucionar os pedidos apresentados pelas famílias. O impacto da pandemia do Covid-19 veio aumentar as dificuldades em muitos agregados que viram os seus recursos económicos cada vez mais reduzidos, em virtude da perda de rendimentos. No serviço de atendimento social da Cáritas de Leiria, no ano de 2020, registou-se um apoio directo em bens alimentares a 184 famílias, correspondendo a 508 pessoas. Em 2021, no período entre Janeiro a Junho, foram já apoiadas a nível alimentar 98 famílias, num total de 214 pessoas. Desta forma, a Cáritas lança uma campanha, até final de Novembro, que pretende recolher bens alimentares não perecíveis para serem oferecidos às famílias acompanhadas pela instituição. Todos os que, a título pessoal ou empresarial, queiram associar-se a esta iniciativa poderão entregar os bens alimentares na sede da Cáritas Diocesana (Rua Francisco Pereira da Silva), durante o horário de funcionamento, todos os dias úteis, das 09h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30. Com um pequeno gesto poderemos fazer a diferença junto de muitas famílias!

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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

eclesial

194 Batalha inicia mais um ano de actividade

No passado dia 4 de Outubro, o Agrupamento 194 Batalha do Corpo Nacional de Escutas regressou à actividade para mais um ano pastoral após a típica pausa de Verão para a maioria. Houve apresentações, encontros e reencontros, conversas com pais e chefes, regressos e primeiros contactos, com sabor especial a menores restrições depois de quase dois anos marca dos pela pandemia. E houve uma celebração eucarística a

LMF

Escuteiros da Batalha em marcha

Uns chegam, outros partem...

encher o Mosteiro, com momentos especiais como o da

partida de cinco caminheiros que terminavam a sua cami-

nhada e seguiam agora rumo ao testemunho e à missão da “vida adulta”. Quanto aos outros, nas várias secções, clãs e patrulhas, retomaram a partir daí as suas actividades regulares, sobretudo aos sábados à tarde, e outras aventuras preparadas para a vivência do ideal e do ambiente escuta a longo do ano. Uma dela aconteceu para os exploradores, um acantonamento na Casa do Peregrino

do Reguengo do Fetal, nos dias 23 e 24 de Outubro, com o imaginário de “Charlie e a Fábrica de Chocolate” a marcar o ritmo dos acontecimentos. Foi uma iniciativa para integração de todos e cumpriu plenamente o objectivo, tal era a alegria dos testemunhos à chegada. Mal podem esperar pela “Aventura de Natal” que está já agendada para os dias 17 a 19 de Dezembro.

Projecto Rafiki

O “Rafiki” é um projecto da Região de Leiria-Fátima do Corpo Nacional de Escutas, composto por escuteiros entre os 18 e os 22 anos de diferentes agrupamentos, cujo principal objectivo é combater o isolamento social. Nesta 7.ª edição, realizada de 20 a 27 de Agosto de 2021, deslocámo-nos até uma das aldeias mais isoladas do distrito de Leiria, o Casal de Santo António, também conhecida como Azelha, no concelho de Porto de Mós. Ali montámos as tendas e convivemos com os cerca de 20 habitantes. Ali cozemos pão, ordenhámos cabras e fizemos queijo fresco, organizámos uma noite de cinema ao ar livre, desenhámos árvores genealógicas e demos uma nova cara à capelinha da aldeia. Para celebrar a nossa passagem, ainda celebrámos uma Eucaristia campal com a população das aldeias vizinhas, seguida de um pequeno arraial popular.

Mas, o mais importante é o sentimento que vivemos e que partilhámos no dia da despedida com os residentes. Ao longo destes dias levámos a nossa alegria às casas destes habitantes, aprendemos-lhes os nomes, conhecemos-lhes as feições, as dores, os hábitos e as manias; criámos laços, partilhámos histórias e sorrisos; entrámos sorrateiramente nas vidas deles e, agora, uma semana depois, na hora da despedida, sentimos que deixámos lá uma parte de nós. Custa partir... Aqui percebemos que somos todos iguais, que ansiamos todos pelo mesmo: reconhecimento, intimidade e carinho. E, numa aldeia onde a velhice se faz sentir, este anseio é claro. Partimos de coração cheio, com a certeza de que aqui fizemos Rafiki e marcámos estas pessoas, porque elas também nos marcaram a nós. Estamos muito agradeci-

Fotos: DR

Escuteiros levam alegrias a ambientes de solidão

dos por esta oportunidade, por tudo o que vivemos nesta 7.ª edição do projecto e por esta equipa, que deu tanto de si!. Queremos deixar um agradecimento especial à Junta de

Freguesia de São Bento, por todo o apoio prestado durante a actividade, na obtenção de materiais e em questões de logística, foram imprescindíveis!

Muito obrigado a todos os que participaram de alguma forma e que fizeram Rafiki connosco! Patrícia Ferraz

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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

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Jardim-de-Infância da Golpilheira Cá estamos de regresso a mais um ano de aventuras e muitas diabruras! É tempo de dar as boas-vindas aos meninos que chegaram... de certeza que também eles vão fazer sucesso com as suas obras de arte no nosso querido Jornal da Golpilheira!


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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

eclesial cultura

. museudetodos .

Manuscritos dos séculos XIV e XV estão online

Mosteiro apresenta fontes

Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

DR

Vitória Alada de Collippo A recolha de objectos para um museu não é feita s e m s u rp re s a s . A qualquer momento, pode surgir uma peça de raro valor que n o s faz repensar a exposição. Foi o que aconteceu com a Vitória Alada. Terminava já a recolha de peças do museu e estava o projecto expositivo quase concluído, quando o Município da Batalha recebeu esta escultura. A peça passou a integrar a exposição, num espaço concebido exclusivamente para a acolher. A escultura representa e sintetiza o espírito de partilha deste museu. Com cerca de 80 cm, esta obra de arte é proveniente da cidade romana de Collippo. É produzida em mármore branco, representando um rosto de mulher. De rara beleza escultórica, reveste-se de particular valor por ser uma peça datada do século I, graças ao cabelo que emoldura o rosto, formando uma trança, que contorna a testa da figura. De cabeça levantada, busto firme e traços delicados, a Vitória Alada faz lembrar o mascarão de uma proa de um navio, de olhos postos

mais além. Na mitologia romana, Vitória (do latim Victoria) era uma deusa adorada pelos generais na sequência da vitória nas guerras. A sua correspondente grega era deusa Nice (em grego Νίκη, Níkē ou Niké), sendo representada por uma mulher alada, personificando a vitória, a força e a velocidade. No Museu do Louvre, exibe-se aquela que é talvez a mais famosa das representações da Vitória: a Vitória de Samotrácia ou Nice de Samotrácia, descoberta nos finais do século XIX nas ruínas do Santuário dos grandes deuses de Samotrácia. A Vitória Alada de Collippo vem complementar e enriquecer o acervo dedicado à época Romana, num período que representa para a Batalha o primeiro espaço de evolução na construção de uma ideia de cidadania e de direito. Para além da Vitória, merece menção a estátua de mármore do Magistrado Municipal encontrado durante uma das campanhas de escavação arqueológica em S. Sebastião do Freixo. Representado com a tradicional toga, estaria no fórum de Collippo como símbolo da importância e prosperidade da cidade. Refira-se que a Vitória Alada serviu de inspiração para a edição de um livro ilustrado, lançado em 2016, onde a personagem principal – a Vitória – guia os leitores numa aventura pela cidade romana de Collippo, onde se destacam as construções, os hábitos alimentares, a agricultura, o artesanato, entre outros. O livro está disponível para venda no MCCB. Conheça este belo exemplar escultórico no MCCB e ouça a sua audiodescrição. Recordamos que o Museu abre de quarta-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

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O Mosteiro da Batalha colocou à disposição do público informação sistematizada sobre as fontes manuscritas dos séculos XIV e XV relativas a esse monumento classificado como Património Mundial da UNESCO. “Consiste em listas de documentos escritos, guardados maioritariamente em arquivos nacionais, que acabaram de ser disponibilizadas no sítio ‘web’ do Mosteiro da Batalha, sob a forma de ficheiros em formato PDF”, explicou à agência Lusa Pedro Redol, conservador no Mosteiro da Batalha. Segundo este res-

ponsável, “estas listas contêm as coordenadas espaciotemporais de cada documento, um resumo do seu conteúdo, a cota do arquivo em que se guarda, indicação de transcrições, no caso de existirem – e existem muitas –, e hiperligação para a digitalização do documento, sempre que o arquivo a tenha disponibilizado ‘online’”. E adiantou que, por resultar de um levantamento exaustivo, feito previamente, “este tipo de informação permite fazer uma ideia rápida da documentação que existe, bem como do seu conteúdo, sem ter que

375 anos da Coroação

Congresso da Padroeira em Fátima O Congresso Internacional “Mulher, Mãe e Rainha”, que visa assinalar os 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal, terá lugar nos dias 24, 25 e 26 de Março de 2022, no Centro Pastoral de Paulo VI, no Santuário de Fátima. Inicialmente agen-

dado para o corrente ano, em Vila Viçosa, a organização teve necessidade de o adiar, graças à pandemia que limitou este e outros tipos de eventos. Embora as condições já sejam menos restritivas, optou-se por esta mudança de local por questões de ordem logística e operacional,

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se ler cada documento integralmente”. “A leitura de documentos medievais e pós-medievais requer consideráveis conhecimentos de paleografia, o que nem todos os potenciais leitores da documentação, incluindo vários historiadores, possuem”, realçou. Assim, “as listas também fornecem indicações sobre a publicação de boas transcrições de muitos dos documentos, o que os torna acessíveis a todos”, adiantou, referindo que existem, para o século XV, cerca de 170 registos de documentação relativa ao monumento.

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cultura • 23

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Casa do Mimo apresentou mais um livro

A Associação Casa do Mimo, que dinamiza o centro lúdico e ocupacional para crianças e jovens com necessidades específicas, na Rua dos Bombeiros, na Batalha, viveu uma tarde especial no domingo 10 de Outubro. Cerca de centena e meia de pessoas deram vida ao jardim daquele espaço, devidamente ornamentado para um imaginário de histórias e outras artes de encantar. O pretexto foi a apresentação do segundo livro que a associação deu à estampa, “Contos pequenos p’ra gente grande”, com texto de Cidália Silva e ilustrações de Eduardo Malé, João Roberto, Margarida Oliveira, Rui Pedro Lourenço e Sónia Pais. Trata-se de um conjunto de pequenas histórias, como indica o título, destinadas a todos os públicos, mas, especialmente, às crianças. E com o pensamento posto naquelas

LMF

Uma tarde (muito) especial

As histórias ganharam vida fora do livro

crianças e jovens especiais que frequentam a instituição. “Gente grande”, como frisou a autora do livro, “não só porque têm um grande coração, mas porque são grandes na sua dimensão humana, devendo ser tratados como tal, como pessoas que são em pleno, sem os diminutivos que tantas vezes aplicamos às crianças como infantilização da sua

capacidade ou entendimento”. João Delicado, que assina o prefácio da obra, resumiria os seus conteúdos como “contos que nos correm diante dos olhos, entram pelos ouvidos e despertam o nosso coração”. Sim, correram diante dos olhos, com a representação cénica de “Pó de estrelas…” feita pelas habitantes da casa e suas animadoras. E com a

exposição dos desenhos originais dos ilustradores numa mini-galeria. Sim, entraram pelos ouvidos, com a declamação de “A princesa que comia mentiras”, “Bruchinha… ou talvez não!” e “Um conto sem ponto”, pelos contadores de histórias Liliana Gonçalves e Luís Mourão. E também pelo sons melodiosos da música com que o saxofone de Diana

Catarino ia intervalando as palavras. E sim, despertaram o coração de todos os presentes, nos calorosos aplausos aos autores e artistas que animavam a tarde soalheira e em sincera gratidão aos voluntários que dão corpo a esta Casa do Mimo, na aquisição de livros que saíam como pãezinhos quentes… e também de deliciosos bolinhos secos feitos pelas próprias crianças e jovens que são a razão de ser de tudo o que ali se faz. Todas as receitas reverteram, na sua totalidade, para financiar a continuidade desta resposta social no concelho da Batalha, que acolhe também pessoas de concelhos vizinhos. No final, o maior pagamento foi feito com sorrisos entre todos, sendo os mais brilhantes os vindos dos anfitriões e daqueles que com eles ali partilham jogos, aprendizagens e a vida em geral. Luís Miguel Ferraz

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Junta de Freguesia da Batalha Associamo-nos ao 25.º aniversário do Jornal da Golpilheira, celebrado neste mês de Outubro, com uma saudação aos seus leitores e os parabéns pela já longa vida ao serviço da informação no nosso concelho.

Venha desfrutar das belezas naturais e artísticas

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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

desporto

Duas vitórias nos nacionais de Todo-o-Terreno

Batalha foi palco da grande final

Cesário Santos lidera Taça de Portugal

A grande final do torneio nacional de futebol de rua deste ano realizou-se na vila da Batalha, entre os dias 8 e 12 de Setembro, com competições entre 26 equipas representando vários distritos/ regiões autónomas do território nacional, envolvendo mais de 300 jovens participantes. O projecto “Futebol de Rua” é promovido pela Associação CAIS, em parceria com entidades públicas e privadas, com o intuito de promover a prática desportiva e utilizá-la como estratégia de intervenção na inclusão social. Assim, além de oferecer acesso ao desporto, qualifica participantes e profissionais e promove a participação em actividades culturais e recreativas, criando uma consciência social para as problemáticas sociais. A grande final contou com a parceria da Câmara Municipal da Batalha e da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), que trouxe árbitros de primeira linha nacionais e internacionais a esta competição amadora.

O Campeonato Nacional Todo-o-Terreno voltou ao activo com a 3.ª prova deste ano a decorrer em Reguengos de Monsaraz, nos dias 1 a 3 de Outubro. O piloto golpilheirense Cesário Santos, com Alexandre Gomes, após ter ganho a 1.ª prova em Beja e, na 2.ª, em Loulé, ter um azar mecânico que o obrigou a desistir, voltou a conseguir novamente o 1.º lugar na categoria que está a disputar com outros quatro participantes, o Campeonato da Taça de Portugal. A sua Nissan Pick-up andou sempre

Fotos: DR

Festa do futebol de rua

na frente. Na prova seguinte, nos dias 15 a 17 de Outubro, a Baja do Oeste, em Torres Vedras, voltou a ser 1.º, apesar de um percalço com o capot da viatura a abrir-se em plena corrida, o que o deixou em 2.º durante algum tempo, mas foi atempadamente resolvido. Falta a última prova, a Baja de Portalegre, nos dias 29 a 31 de Outubro, que poderá ditar a conquista de campeão nacional da Taça de Portugal para este nosso conterrâneo.

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desporto • 25

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

Futsal do CRG Seniores femininos com início difícil

o Benfica, que mostrou a sua supremacia na quadra, tendo ganho bem, embora por números demasiado dilatados (0-13). Saiu tudo mal às nossas atletas. Na 3.ª jornada, em deslocação até Penafiel, defrontámos a equipa de Águias Santa Marta. Este foi um jogo onde não estivemos ao nosso nível e a equipa local aproveitou bem essa falta de inspiração para vencer por 9-1. A caminhada continua… de regresso ao Pavilhão da Golpilheira para a 4.ª jornada, a 9 de Outubro, recebemos

os Arneiros. Mais uma vez, as “Golpilhas” não foram felizes, perdendo por 2-4. As duas equipas deram um bom espectáculo de futsal a todos os presentes, onde o equilíbrio foi a nota dominante. Pelo que trabalharam, as nossas atletas mereciam mais, contudo a equipa adversária foi mais feliz na forma como obteve os golos e isso ditou o resultado. O campeonato nacional tem uma paragem até dia 30 de Outubro, para compromissos da selecção nacional. A 5.ª jornada será nesse dia, com deslocação do CRG a Tebosa, Braga. Na 6.ª jornada, recebemos no Pavilhão da Golpilheira o Sporting, no dia 6 de Novembro, às 18h30. Desejamos às “Golpilhas” melhor sorte para os próximos encontros. Aos adeptos, fica o convite a virem apoiar!

Outubro, o CRG deslocou-se a Évora de Alcobaça, perdendo,

também, por 3-1. Mas este resultado é enganador, pois não traduz o que realmente se passou na quadra. A nossa equipa dominou e rematou muito mais do que o adversário, perdendo apenas na eficácia. Para quem trabalha desta forma, certamente os resultados irão aparecer! Joaquim Ferraz

JF

A bola já rola no campeonato nacional de seniores de futsal feminino. Esta época de 2021\22 teve o seu início algo atribulado, com muitas incertezas e indefinições. Após algumas reuniões no nosso clube, lá se avançou para a preparação da nova época, com um considerável atraso. Toda a estrutura do futsal feminino do CRG é nova, pois, como é público desde Agosto, toda a equipa técnica anterior saiu, indo em busca de novos projectos. Aproveito para agradecer a todos eles e desejar-lhes a melhor sorte do mundo para os novos desafios. Avançámos, então, para nova equipa técnica, apresentada a 14 de Agosto, após reunião com as atletas, que foram também apresentadas uma a uma, já em Setembro, no facebook do CRG. Definida

a equipa técnica e o plantel, foram então iniciados os trabalhos de preparação da temporada que está logo aí. Começámos os treinos a 18 de Agosto, no Pavilhão Municipal da Batalha, tendo mudado para o Pavilhão da Golpilheira no início de Setembro. Após um mês de trabalho, era chegada a hora das nossas “Golpilhas” iniciarem o campeonato nacional da 1.ª divisão de futsal feminino. A primeira jornada, a 19 de Setembro, foi em deslocação a Carcavelos, para jogar com a equipa local,

a Quinta dos Lombos. Foi um jogo de estreia com desfecho final amargo e inglório, que perdemos por 6-5, pois as nossas “Golpilhas” entraram bem, tendo estado em vantagem no marcador por largo tempo e com três golos de vantagem. Mas os últimos minutos foram fatais; a nossa equipa quebrou fisicamente e as adversárias exploraram isso bem, tendo marcado o golo da vitória a 16 segundos do apito final. Na 2.ª jornada, dia 25 de Setembro, recebemos em casa o actual campeão nacional,

A equipa de futsal de seniores masculinos do CRG está a disputar o campeonato distrital de Leiria na 1.ª divisão / Série B. A época de 2021/22 começou no dia 9 de Outubro, recebendo no Pavilhão da Golpilheira o Moitense, com quem perdeu por 3-4. Jogo equilibrado, bom espectáculo de futsal, decidido nas bolas

JF

Seniores masculinos à espera dos bons resultados

paradas, pois três dos quatro golos da equipa da Moita foram

assim obtidos. Na 2.ª jornada, a 16 de PUB

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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

temas

. crónicasdeviagem.6 João Miguel Silva / JoMi • instagram.com/joaombbsilva • Youtube: JoMi Silver

De mochila às costas pela Ásia: Camboja

somos tratados bastante bem, sempre com grandes sorrisos e curiosidade. Tudo é barato, da comida à bebida, e rapidamente anoitece e procura-se um local para jantar. A gastronomia no Camboja é idêntica à do Laos, mas com maior porção de carne. Boa carne de frango e porco, arroz com ananás, vegetais salteados, soja e picante. As noites chegam e com ela o barulho, confusão, crocodilos no espeto, tudo a vender comida, bebida ou presentes, música no ar e discotecas prontas para nos pôr a mexer… e aí vamos nós para mais uma noite de loucuras que é melhor não detalhar aqui! Após o grande choque cultural em Siem Reap, apanho o autocarro para Battambang, uma cidade mais na periferia do país e menos turística, a fim de perceber mais sobre o verdadeiro povo cambojano, e as diferenças eram abismais! Battambang revelou ser uma cidade cheia de tradição e espírito, com mercados de rua onde se encontram pessoas a matar galinhas ao lado de cabeleireiros, peixes a serem escamados ao lado de cães a brincar com crianças, lojas de telefones junto de pilhas de lixo a arder, uma delícia para os meus olhos! Continuo a experimentar todas as comidas, os melhores insectos fritos de sempre, muito café cheio de leite condensado, uma segurança enorme pelas ruas e felicidade nos olhos. Canto karaoke no meio da rua com o chefe da polícia, visito grutas com milhões de morcegos, faço viagens em carros construídos para andar em linhas de comboio, fujo de macacos, assisto a uns combates de Muay Thai e

volto a sentar-me para provar mais comida. Foram apenas 16 dias no Camboja, mas muito aprendi (e algumas coisas preferia não ter descoberto), especialmente sobre o Khmer Vermelho, um genocídio quase tão grande como o cometido pelos nazis na Europa, mas pouco falado. Durante 5 anos do poder do ditador, morreu cerca de 20% da população (cerca de 7 milhões de pessoas), com o intuito de criar uma nova sociedade mais pura e isenta de “impurezas”. Com isso, destruiu toda a arte do país, desde os livros, instrumentos musicais, conhecimento, músicas e matou todas as pessoas directa ou indirectamente relacionadas com arte ou estudos. Sem artistas, cantores, advogados, médicos, engenheiros e deixando apenas os agricultores e pessoas menos instruídas para mais facilmente conseguir controlar e manipular a população. É um país “sem cultura histórica”, sem grandes raízes, sem ligações a nada. Uma história muito triste, que se reflecte na imensa prostituição nas ruas e aproveitamento do dinheiro do turista, mas ao mesmo tempo um povo tão respeitador, bondoso e que vive sem ódio do passado e tenta fazer com que cada dia seja melhor do que o anterior. É bom viajar, por tudo o que aprendemos, torna-nos mais conscientes e respeitadores das diferenças à nossa volta. O Camboja não foi de todo o meu país favorito, mas fico feliz por ter ido e de tudo o que absorvi durante os 16 dias que por lá passei. Após me despedir de Phnom Penh e do meu grande companheiro Brent, sigo agora para o próximo país...

luzes de néon por todo o lado, muito “cocktail”, “rooftops”, festa e álcool até de madrugada. Começando com a cidade em ruínas de Ankgor Wat, antiga capital do Império Khmer, ficamos inevitavelmente deslumbrados com a imensidão e complexidade das construções. Desde a arquitectura e detalhe no trabalho em pedra, aos avanços tecnológicos em captação de águas, climatização das salas e protecção anti-ataque. É difícil descrever e muito menos mostrar em fotos, só mesmo estando lá é possível perceber a razão por ser a maior atracção do Camboja; recomendo de verdade a visita. Após explorar Angkor Wat num “tuktuk” alugado a meias para essa manhã (por cerca de 20 euros, divididos por mim e pelo meu grande amigo Brent que conheci no Laos), voltamos a Siem Reap ainda a acordar e exploramos a cidade. Os mercados começam a abrir, a variedade é bastante, mas sente-se que o foco turístico é enorme e a autenticidade da cidade já desaparecera há alguns anos. Sentamo-nos a tomar umas cervejas,

Monge no templo

Aqui vou eu... explorando os templos de Ankgor Wat

Mais de 50 galinhas penduradas na mota para vender no mercado

Mercados tradicionais em Battambang

Mercados tradicionais em Battambang

Noites em Diem Reap

Fotos do autor

Mais uma fronteira atravessada, ainda com lama nos pés, saio da paz do Sul do Laos e, dentro do autocarro, já durante a noite, começo a ver imensas luzes ao longe. Vejo edifícios grandes, “resorts”, auto-estradas, publicidades e muita confusão nas ruas. Um ritmo ao qual já não estava habituado e que ao mesmo tempo me despertava a curiosidade e assustava. O Camboja será talvez um dos países mais famosos do Sudeste Asiático, particularmente em Siem Reap (primeira cidade onde cheguei), devido aos seus templos incríveis que nos transportam para cenários de filmes, mistérios e segredos sobre a origem e ruína de antigas civilizações, no fundo, um mundo para descobrir. Mas a maior surpresa não foram os templos, construções, histórias e ruínas, mas sim a agitação e loucura nas ruas do centro da cidade. Siem Reap é uma espécie de “cidade discoteca”, onde de dia pouco acontece, pois todos dormem e/ou visitam os templos e à noite centenas de bares e discotecas abrem, a confusão é extrema nas ruas largas mas apertadas de pessoas,

Passeio na linha de comboio abandonada


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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

.rumos&andanças.

.templosda nossaterra.

Márcio Lopes • Docente do IPLeiria marcio.c.lopes@ipleiria.pt

José Eusébio Médico veterinário

Eucaliptização e a Mata da Curvachia

Foto do autor

Esta igreja foi construída no ano de 1585. É uma capela muito pequenina, situada junto ao cemitério, do lado direito da subida, tendo em frente a casa de velar, no lugar do Reguengo do Fetal. Por ser de dimensão tão pequena e estar sempre fechada, quase não nos damos conta da sua presença e de que aquele pequeno edifício se trata de uma capela, passando quase despercebido. É a Igreja de Nossa Senhora da Consolação, ou também chamada Capela da Memória. Celebra-se Nossa Senhora da Consolação no dia 8 de Dezembro.

os actuais 36%. Do ponto de vista da Ecologia, o processo evolutivo da Terra dá origem a sucessões ecológicas, i.e., alterações contínuas e graduais no tempo e no espaço que congregam agrupamentos de vegetais e animais em equilíbrio entre si e com o ambiente e que ocorrem por evolução e adaptação. Este é o princípio basilar da biodiversidade dos ecossistemas e que tem sido menosprezado pelo ordenamento florestal português. Apesar do Decreto-Lei n.º 148/2017 de 5/10 salientar que a reflorestação com eucaliptos só pode ser feita em áreas que já eram

de eucaliptos, a realidade é que, desde a sua entrada em Portugal, o processo de eucaliptização tem sido imparável, representando 26% da floresta ao nível nacional e com um crescimento de 59% de 2005 a 2015. Na região de Leiria, o eucalipto ocupa 39% da floresta e foi a espécie que mais cresceu entre 2005 e 2015 (14,4%). Esta maciça eucaliptização é relegar as diversas funções da floresta apenas para a sua esfera económica. Por exemplo, em 2019, Portugal foi o terceiro maior produtor europeu de pasta de papel, o que representa um consumo de eucalipto de cerca de 8 milhões de m3. Quase dentro da malha urbana da cidade de Leiria, existe uma preciosidade vegetal que é a Mata da Curvachia. Trata-se de uma propriedade privada com cerca de 220 hectares e cuja história remonta aos finais do século XIX. A Mata da Curvachia está inserida no Vale das Chitas e abrange as freguesias do Arrabal e dos Pousos. Na sua parte baixa, a Mata é cortada, de Leste a Oeste, pela Ribeira das Chitas que é um afluente do rio Lis. A Mata da Curvachia é rica em biodiversidade no seu coberto vegetal com a predominância das espécies autóctones, tais como: carvalho-cerquinho, medronheiro, sobreiro, avelaneira, loureiro-do-campo,

amieiro, choupo-negro, pinheiro-bravo e manso, nogueira, lentisco e o tradicional mato-mediterrânico português feito de silvado, tojo-molar e bravo, torga (urze-rosa), carrasco, pilriteiro, entre outras espécies. A questão pungente actual sobre a Mata da Curvachia é exactamente o seu acentuado processo de eucaliptização. Do ponto de vista da fisionomia vegetal, é como se houvesse duas Matas: uma autóctone e rica em biodiversidade, orientada a Noroeste para a zona da “cascatinha” e do carvalhal; e outra mais voltada para o Oeste, com os eucaliptos e a sua exploração económica. Seria de fundamental importância que a Câmara Municipal de Leiria, em parceria com os proprietários da Mata, gizasse um plano de conservação da Curvachia.

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Fotos do autor

O eucalipto (espécie Eucalyptus globulus Labill.), de origem australiana, entrou em Portugal na segunda metade do século XIX e o seu primeiro destino para fins comerciais foi para as travessas de caminho-de-ferro. Aliás, as primeiras plantações com essa finalidade foram feitas em 1870 pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses. No entanto, a introdução e expansão do eucalipto em Portugal não é da responsabilidade do Estado nem das tutelas florestais, mas sim dos particulares para fins ornamentais em apreço ao exotismo desta nova espécie. Vale ainda referir que, devido ao aumento da população, da construção civil, da necessidade de combustíveis lenhosos, dos espaços para a agricultura e pastorícia e da construção naval, em meados do século XIX, o solo português estava largamente desarborizado. Ou seja, a entrada do eucalipto em Portugal não veio concorrer com as espécies autóctones, mas sim dar início ao reflorestamento do solo nacional. Nos últimos 120 anos, e de acordo com o ICNF, o coberto florestal do País duplicou de 18% para

Igreja de Nossa Senhora da Consolação


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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

temas

.combatentes.

.política.

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Dália Silva Especialista de Exportação e simpatizante da Iniciativa Liberal

Celebremos o momento de viragem Caros concidadãos, pela primeira vez, a Batalha tem um deputado municipal Liberal e é a vocês que tal se deve. Este foi um momento de viragem! Com a vossa participação, Portugal pode ser um país para se viver, em vez de um onde se tenta sobreviver. O desafio era hercúleo. Perante dois políticos profissionais, o voto útil era utilizado como principal argumento contra a proposta da Iniciativa Liberal. Mas o nosso estímulo era exactamente proporcionar uma escolha diferente ao eleitorado. Esta foi uma candidatura de pessoas “normais”, sem experiência política, com empregos a tempo inteiro, mas que estão cansados que nos digam que temos de nos contentar com “poucochinho”. Com uma abstenção de 37%, abaixo da média nacional, os batalhenses manifestaram o seu desejo de mudança, mas sobretudo mostraram acreditar na democracia e na importância que cada voto tem no resultado final. O objectivo último da Iniciativa Liberal é a promoção do aumento da qualidade de vida de todos os que residem

no concelho. E para atingir este objectivo, consideramos essencial a redução drástica dos impostos e taxas locais, o foco na resolução do problema da poluição do rio Lena e uma estratégia para o turismo que conduza ao aumento de pernoitas, tendo a transparência e o rigor como pano de fundo de toda a governação. Sim, acreditamos ser possível uma “Batalha mais Liberal”, em que o Município saia da frente de quem quer mais e não deixe para trás quem também precisa. Ajudar os mais necessitados e frágeis é imprescindível, mas não menos importante é permitir que as pessoas sejam livres de cumprir os seus projectos de vida, não colocando obstáculos, apenas porque sempre foi assim que se fez. Sim, acreditamos ser possível uma “Batalha mais Liberal”, onde o Município não tenha como principal foco a contratação de obras públicas. Obra feita não é apenas betão e alcatrão, é também a redução da despesa do Município e a devolução de dinheiro ao bolso dos cidadãos. Como? – Perguntarão vocês. Reduzindo

a burocracia e a estrutura da concelhia, reduzindo o número de infra-estruturas que são contruídas ou renovadas sem qualquer aproveitamento, a título de exemplo. Sim, acreditamos ser possível uma “Batalha mais Liberal”, onde o Município crie as condições favoráveis para o desenvolvimento económico do concelho. É imperativo atrair investimento para o concelho, gerando mais emprego e emprego de qualidade. E isso só é possível apresentando melhores condições aos investidores do que os outros concelhos. E, sim, acreditamos ser possível uma “Batalha mais Liberal”, onde o Município seja transparente e mantenha os cidadãos informados sobre todos os aspectos da governação. A nossa forma de agradecimento pela confiança depositada é de, nos próximos 4 anos, ser a oposição que nunca existiu no Município da Batalha, é ser o ponto de ligação entre as decisões tomadas nos órgãos municipais e a população, lutando sempre pela transparência, tantas vezes esquecida.

.JuntaInforma. Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira

Caros amigos Golpilheirenses, O mandato que agora terminou foi repleto de desafios e queremos, por isso mesmo, agradecer a todos os que colaboraram connosco nestes quatro anos. Apesar de todos os constrangimentos, sentimos que cumprimos o nosso dever.

Aproveitamos ainda para desejar a toda a comunidade escolar da nossa freguesia: alunos, professores, educadores, auxiliares e encarregados de educação, um excelente ano lectivo, coroado de sucessos. O Executivo da Junta de Freguesia

.impressões. Por Luísa M. Monteiro Passa um homem, um homem simples (e o que é um homem simples), jovem ainda, que me cumprimenta sem me conhecer com um efusivo: — Boa tarde. Fiquei a pensar. A estranhar talvez a gentileza daquele homem. Não deveria afinal ser normal essa atitude?, pensei, sermos cordiais entre nós, os passantes?, sorrirmo-nos? dizermos algo de aprazível quando nos cruzamos na rua, mesmo que nunca nos tenhamos visto? Não nos sentiríamos porventura menos sós se o fizéssemos? Ele passou e eu nada lhe disse.

Ventos de mudança? Por norma, este espaço, que o Jornal da Golpilheira concede ao NCB, é prioritariamente utilizado para divulgação de temas que mais directamente dizem respeito aos combatentes. Porém, de quando em vez, fazemos incursões por outras áreas, designadamente a da política. Ora, considerando que as eleições autárquicas do dia 26 de Setembro, na Batalha, provocaram uma espécie de terramoto político na governança do concelho, naturalmente que tal acontecimento não nos poderia passar ao lado, dada a importância que tem para todos os munícipes batalhenses, nos quais se inclui a maioria dos associados do nosso Núcleo, sejam combatentes ou não. Até ao dia 26 de Setembro, a Batalha pertencia a um grupo, cada vez mais restrito, de municípios que, desde a restauração da democracia em Portugal, em 1974, sempre tinha sido governado por uma determinada corrente política, no caso partidos ditos conservadores ou de direita, em concreto, o PPD/PSD e CDS/PP, embora, estatutariamente, o PSD se auto designe de social-democrata. Como sabemos, foi o PSD quem iniciou essa saga, ainda antes das primeiras eleições autárquicas livres, ocorridas em 1976. Depois de cerca de uma quinzena de anos no poder, Francisco Coutinho foi vencido, em 1989 (salvo erro) pelo “independente” Raul Castro, em representação do CDS e com o apoio oficioso do PS. Após 2 mandatos (8 anos), não se recandidatou, mas o seu “braço direito”, António Lucas, dá continuidade à “dinastia” CDS por mais 4 anos, findos os quais aceitou o convite do PSD e, por este Partido, cumpriu mais 4 mandatos, atingindo o limite possível. Em 2013 sucedeu, naturalmente, a António Lucas, o militante e presidente da concelhia do PSD, Paulo Batista dos Santos que, subitamente, acaba de ver interrompido o seu percurso, ao ser batido nas urnas por alguém de quem este partido só deve ter más recordações: Raul Miguel Castro! Como acima escrevemos, em 1989 Raul Castro ganhou as eleições a Francisco Coutinho e assume a presidência da Câmara da Batalha. Dois mandatos depois, ambicionou voos mais altos e, de novo como independente, mas então em representação do PS, avançou para Leiria, onde governava o PSD, que não seria fácil de vencer, porque o concelho de Leiria

também era bastante conservador, como os resultados eleitorais vinham revelando, desde o “25 de Abril”. De facto, o “osso” foi duríssimo de “roer”, pois só em 2009 o objectivo foi alcançado. Mas Raul Castro persistiu e conseguiu e, como na Batalha, a “vítima” voltou a ser o PSD. Quando, em 2019, Raul Castro deixou a Câmara de Leiria para ir ocupar o lugar de deputado na Assembleia da República, não nos espantaria se os responsáveis do PSD houvessem respirado de alívio, deduzindo que, finalmente, se viam livres deste temível adversário. Mas eis que, inesperadamente, no início deste ano, o “cavalheiro” vai “cirandando” pela Batalha, deixando passar a ideia de que estava de volta para tecer novo combate, tendo em vista a “reconquista” do “bastião batalhense”, agora à frente de um movimento de cidadãos independentes! Calculamos que, devido aos antecedentes, o PSD não terá, minimamente, menosprezado o adversário e se preparou devidamente para não voltar a ser vencido por ele! O (re)candidato do Partido era batalhense e um político experimentadíssimo e, desta vez, não haveria fragilidades nem “rabos de palha” a ensombrar o caminho, como, de certo modo, acontecera com Francisco Coutinho e Isabel Damasceno. Não haveria uma 3.ª vitória para Raul Castro. E, de facto, nunca a Batalha assistiu a umas eleições autárquicas tão renhidas, sendo também sabido que, normalmente, quem está no poder parte em vantagem, pois dispõe de recursos que os adversários não têm. De facto, o PSD e os seus candidatos terão utilizado todas as “armas” de que dispunham no “combate”, quiçá até tendo “driblado” uma ou outra “convenção genebriana”, segundo queixa à CNE, feita pelos adversários. O problema é que do outro estava Raul Castro, um combatente (literalmente, pois foi-o na Guiné), persistente, tenaz e destemido e, no final, voltou a ganhar mais este épico combate, o terceiro contra o PSD! Caramba, é obra! Mas em democracia é mesmo assim: a “voz” do povo é soberana. Mas se este não é um “case study” não sabemos que outro fenómeno o poderá ser! Parabéns aos vencedores e honra aos vencidos. Viva a Batalha, os batalhenses e os combatentes!


temas • 29

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

.saúde.

.opinião.

Ana Maria Henriques Médica Interna

Tu merecias, Manel!...

Fui bastante amigo do Manuel Rito, tendo trilhado com ele um percurso da sua vida bastante significativo, em que o acompanhei mais de perto, convivendo com ele e com a sua esposa, durante o último período da sua vida terrena. Em consequência dessa vivência que fizemos em comum, acompanhando-o e partilhando muitos “segredos” comuns, eu sabia e sentia as suas dores, os seus anseios e as suas angústias, assim como o quanto ele amava a sua família, o seu CRG, a sua Golpilheira, e até a Batalha e as suas gentes. Ele vivia “demais” para o seu CRG e para a sua Golpilheira,

por lhes querer tanto. A “sua” Golpilheira havia-o “ferido” de morte, faz cerca de 28 anos, também por altura de umas eleições autárquicas. A ferida do Manel não mais “sarou”, mas havia conseguido estancar o sangue, tendo acabado por sarar no fim do Verão de 2019. Vivendo demais o seu CRG e a sua Golpilheira, o Manel sofria por ver e sentir como a sua terra estava a ser “marginalizada”, posta de parte e “tratada” pela autarquia, apenas por ser dirigida por pessoa de “cor partidária” diferente da do presidente da mesma. Como era possível estar a acontecer no concelho da Batalha, passados quase 50 anos do 25 de Abril, a Batalha que havia sido a terra onde os portugueses se tinham libertado dos castelhanos, estava a ser a terra onde imperava uma pessoa que “obrigava” os batalhenses a andarem com medo, até de falar. Os batalhenses compareceram nas urnas, no dia 26 de Setembro, dispostos a pôr fim à

situação que se estava a viver, dando um grande exemplo de humildade. A humildade derrotou a arrogância, e a Golpilheira, freguesia que sofreu e sentia na pele essa mesma arrogância, deu um grande exemplo, comparecendo em massa nas mesas de voto, votando. A Golpilheira foi um exemplo para todo o País, na percentagem de votação. O Manel merecia este desfecho e este resultado com que a Golpilheira lhe quis retribuir. De certeza que, onde está, ficou feliz e rejubilou com o tributo que sãomamedenses, reguenguenses, batalhenses e os “seus” golpilheirenses, enfim todos os “batalhenses”, lhe quiseram prestar, volvido pouco mais de um ano após a sua morte. Bem-hajas, Manel, pela ajuda que deste a todos os batalhenses, daí, desde o Céu, onde passaste a morar, após o dia 12 de Junho de 2020. Dr. José Eusébio

Tempo de ecrã Já todos sabemos que não devemos estar muito tempo ao telemóvel, no tablet ou a ver televisão, mas passamos muitos meses a trabalhar ou assistir a aulas desta forma. É difícil um equilíbrio saudável no que toca a tempo de ecrã, parece que já não sabemos fazer nada sem o telemóvel na mão. Será que ainda temos rádios em casa? E aquele monopólio com peças em falta? O tempo em família deve ser aproveitado para conversas, é uma arma contra o desânimo e a tristeza. Segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde, as crianças com 2 anos não devem ser expostas a ecrãs. Entre os 2 e os 5 anos, esta exposição não deve ultrapassar uma hora diária. Se para as crianças é difícil não exceder este tempo, o que dizer dos adultos? Estas recomendações existem porque sabemos que o excesso de exposição a ecrãs pode afectar o sono, os resultados escolares e a saúde (sedentarismo e obesidade). Para os adultos, o excessivo número de horas em interacção com dispositivos electrónicos também está associado a um menor envolvimento noutras actividades (desporto, lazer, educação). Sendo uma tarefa difícil para qualquer adulto ou criança o exemplo e o hábito são alguns dos factores mais importantes. Por mais explicações que sejam dadas, se estiver sempre ao telemóvel ou a televisão estiver sempre ligada, é praticamente impossível ter sucesso na redução do uso de dispositivos electrónicos por parte dos mais novos. Definir espaços livres de tecnologia pode ser uma ajuda para miúdos e graúdos. A mesa de refeições deve ser livre de distracções electrónicas, de forma a

.agricultura.

DR

José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário

A multiplicação de oliveiras em Portugal Nos últimos 30 anos, a investigação científica em Portugal, que era tutelada pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária (INIA), com sede em Oeiras, na Quinta do Marquês, deixou de apostar na multiplicação de oliveiras, nomeadamente, na estação de melhoramento de Elvas, que tinha óptimas condições para tal. Chegámos a visitar este importante centro de melhoramento de plantas, aquando do nosso estágio académico na Estação Agronómica Nacional (EAN), no departamento de genética, na preparação da defesa da tese em citogenética do centeio, cevada e triticale, em 1978. Na altura, o responsável pelo departamento da olivicultura da EAN, o eng. Almeida, que já não se encontra entre os vivos, proporcionou-nos uma visita técnica e ficámos realmente bem impressionados com o trabalho ali desenvolvido. Agora, está pura e simplesmente abandonado o projecto de multiplicação de oliveiras. Como também em Santarém, a quinta do Estado, “Soidos”, deixou de multiplicá-las… Temos conhecimento de que particulares espalhados pelo País fazem algumas multiplicações, nas variedades portuguesas, galega tradicional, cobrançosa (autóctone de Trás-os-montes), verdeal e san-

tulhana (autóctone de uma zona muito delimitada de Macedo de Cavaleiros, Bragança, Mogadouro, que dá um azeite com características alimentares muito saudáveis). Estes multiplicadores têm mais predominância na zona de Mirandela e Macedo de Cavaleiros. Aqui na Batalha (Brancas) existe um multiplicador só para a oliveira galega tradicional ou comum. Em suma, de uma forma geral, em todo o País há pequenos viveiristas que as multiplicam para autoconsumo e que também vendem o excesso a outros que queiram instalar olivais. O nosso país vizinho tem aproveitado bem o nosso desprezo científico, pois a maioria das plantas de oliveiras que se vendem em Portugal são lá feitas, nomeadamente, as variedades portuguesas. Colhem o material vegetativo, estacas semilenhosas fáceis de obter, que posteriormente multiplicam utilizando hormonas de enraizamento, que favorecem o aparecimento de raízes, melhorando a qualidade das jovens plantas, dando no futuro boas oliveiras adultas. As estacas têm de ser tratadas com uma calda fungicida para o combate de doenças. É uma técnica com poucos anos, mas que resulta. Além de as colocarem no mercado português, também é verdade que instalam olivais das nossas

castas em Espanha. É a globalização. A oliveira é uma cultura da europa mediterrânica, tendo uma grande importância económica, social e ecológica. A europa comunitária continua a ser o maior produtor mundial de azeite e também o maior consumidor, sendo os maiores produtores Espanha, Itália, Grécia e Portugal. Por cá, cultiva-se a oliveira do Minho ao Algarve e seria bom que a ciência nacional não descurasse a investigação, visto não haver em Portugal empresas privadas a investigar. Há várias técnicas de multiplicação de oliveira. Já falamos da das estacas semilenhosas, mas também se faz “in vitro” ou por micropropagação. Com esta técnica mais recente, consegue-se que um maior n.º de plantas cresça em ambiente controlado, mais rapidamente e no menor espaço possível. Usam-se reguladores, como as auxinas ou citocinas, para se obter a divisão celular e o sucesso da multiplicação. Não somos especialista na matéria, mas apenas chamamos a atenção do País, para não descurar a investigação científica. Estamos atentos, também, devido à nossa presença no mercado, nomeadamente, no desenvolvimento da olivicultura.

permitir conversas e alimentação pensada e adequada. O quarto de dormir não deve ter televisão e os outros aparelhos devem ficar fora ou pelo menos serem desligados. Crianças e adultos adormecem mais tarde e têm pior qualidade de sono se forem expostos a ecrãs nas últimas horas antes de adormecer. Estabelecer horários também é uma estratégia que pode ser utilizada, com um limite diário e escolhendo horas que não prejudiquem a relação familiar e as actividades do adulto/criança. Ao fim de semana, devem manter-se estes períodos e, idealmente, acrescentar outros, que devem ser preenchidos com actividades previamente programadas entre todos. De forma a controlar o tempo e os conteúdos da utilização, o controlo parental é uma arma que pode ser utilizada. Podem ser bloqueados conteúdos inapropriados à idade e os tempos de utilização também podem ser controlados, incluindo avisos sobre tempos aumentados. O limite de tempo ao acesso a dispositivos electrónicos será sempre alvo de objecção e resistência. Porém, as restrições poderão ser aceites mais facilmente se forem explicados os riscos associados à exposição em excesso dos mesmos. Falar sobre temas como a exposição da privacidade nas redes sociais e “cyberbullying” pode fazer com o adultos e crianças se exponham menos e corram menos riscos. Após estes meses em que a tecnologia foi o nosso escape é difícil redefinir as prioridades. Chegou o tempo de reorganizar o nosso dia-a-dia e explorar os benefícios da tecnologia com conta, peso e medida. Os benefícios para a saúde são enormes.

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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

temas

. história .

Saul António Gomes Historiador

Golpilheira em documentos antigos DOCUMENTOS1 Doc. 1

1596 ABRIL, 3, Leiria – Procuração feita por Gregório Lopes, conteiro, e Paula Antónia, sua mulher, moradores na Golpilheira, a Francisco Peres, do Vale do Horto, para os representar nas partilhas da fazenda que ficara por morte, na vila de Abrantes, de um Francisco, tio dos constituintes. Arquivo Distrital de Leiria - Notariais de Leiria: V-59-D-5, fls. 117v-120. Saybam quantos esta pubryquo instromento de procuraçam virem que no anno do nacimento de Nosso Senhor Jhesu Christo de mill he quynhentos he noventa he seus annos aos tres dias do mes d’abril do dito anno nesta cidade de Leiria nas casas da morada de mym taballiam ao diante nomeado, ahi eram presentes Gregoryo Lopez conteiro he Paulla Antonia sua molher moradores no lugar da Golpelheira, termo desta cidade, e logo per elles foi dito perante mym taballiam e testemunhas a diante nomeadas que elles faziam como de feito loguo fezeram bastante e em todo avondoso procurador com toda sua lyvre e geral admynistração ha Francisco Perez morador no Valle do Orto termo outrossim desta cidade, ho mostrador da presente, pera que elle por elles e em nome d’ambos posa fazer e faça partilhas da fazenda que ficou por morte he fallecimento de Francisco que depois se chamou Joam filho naturall d’Alcogulhe de Bayxo termo desta cidade, que falleceo na villa de Abrantes ha outo ou nove anos ou ho que se achar na verdade de que elles sam herdeiros por elle dito Francisco ser seu tio irmão de seu pay he sogro delles costetuintes e que se possa elle dito seu procurador louvar e louve pera as ditas partilhas he o que por rezam dellas lhe couber e acontecer, elle seu procurador dito2 podera tomar pose he meter marquos sendo lhe melhoria e devydi-lo da mais fazenda dipois de tomado delle posse podera todo vender, trocar, escaimbar e fazer della como de cousa sua propia porquanto pera todo disseram que ho faziam seu procurador em causa propia e das dytas vendas e rendamentos he tudo ho mais que elle seu procurador quyser fazer escrituras pubryquas com todas as seguranças e clausullas, condiçois, penas he obrygasois que pellas partes ou partilha for requerydo pera sua segurança he receber hos ditos preços sendo-lhe as partes [Fl. 118] ou parte tentes ou embargantes elle seu procurador as podera mandar citar e demanda-los ordinariamente e todo ho que fezer e seguir ate mor allçada he finall semtença he os por elles dados receber delles e estar por ellas e faze-las tirar do proceso e da-las a sua devida execuçam he a sua mão haver o principal he custas he que se faça pera todo louvar e louve e jure em a alma delles costitointes juramento de callunia e quallquer outro que com direito lhe for demandado he faze-lo dar as partes contrairas se comprir e deixa-lo em sua allma sendo necessario e que posa por sospeiçois e sospeita as pessoas que sospeitas lhe parecerem e em outros de novo se louvar he os louvamentos aseitar he todo o sobredito com poder de poder sostaballecer outro he muitos procuradores e dos seos revogar quada vez que quiser fiquando-lhe sempre esta em si boa e firme da maneira que se nella contem aos quais seos sostaballecidos diseram que davam todos os poderes que pellos sostaballecimentos lhe forem outorgados pello dito seo procurador he todo o por elle feyto, dito, procurado, negociado, vendido, preço recebido he todo ho mais pro meteram he se hobrygaram de o aver por bom, firme he vallioso deste dia pera todo sempre e todo so obrigaçam de todos seus bens moves e de rãyz avidos e por aver que pera isso loguo obrygaram. He assim outorgaram e de todo mandaram fazer este estromento de procuraçam nesta nota e della dar ho trellado ao dito seo procurador he todos os que lhe comprirem deste teor. Testemunhas que foram presentes que com elles costetointes assinarão Antonio Fernandez molleiro morador nos Moinhos da Barosa em termo desta cidade e Joam de Olliveira morador na cidade de Leyria que assinou pella costetointe a seu rogo por não saber assinar, Antonio meu cryado morador em esta cidade. Joam Rabello o escrevi e soescrevi (?) por verdade. (Assinaturas) Joam d’Oliveira. - Gregorio + Lopez. - Antonio + Fernandez. - Antonio + ...

1 Na transcrição destes documentos, para maior inteligibilidade e compreensão do teor textual pelo leitor comum, normalizou-se alguma ortografia, nomeadamente, maiúsculas, rr e ss com valor de duplos e hifenação nas formas verbais pronominais, introduzindo-se, ainda, alguma pontuação. 2 No documento: ditoto.

Doc. 2

1602 JULHO, 5, Leiria – Agostinho Carreira declara perdoar a Pêro Lopes, trabalhador, morador nos Andreus, a ferida que lhe fizera quando o tentara apartar de uma briga em que se envolvera com um João Lopes, do mesmo lugar. Arquivo Distrital de Leiria - Notariais de Leiria: V-59-D-6, fls. 15v-16. Saybam quantos este pubryco instromento de perdam he amygavell composisam deste dia pera todo sempre vyrem que no anno do nacimento de Nosso Senhor Jhesu Christo de mill e seiscentos e dous anos aos cinquo dias do mes de julho do dito ano nesta cidade de Leiria nas casas da morada de mym taballiam ao diante nomeado ahi era presente Pero Lopez trabalhador he morador nos Andreos termo desta cidade e loguo per elle foi dito perante mym tabaliam he testemunhas ao diante nomeadas que he verdade que no prymeiro dia da oitava da Pascoa frollida proxima passada estando no dito logar do Soberall anda[n]do elle a braços com Joam Lopez morador no mesmo lugar dos Andreos acodira h[i] Agostinho Carreira carpenteiro morador no Soverall, pera o apartar. E andando assim elles ferira com a sua mesma espada no rosto junto da sobrancelha direita na qoall feryda [e] ferimento elle Agostinho Carreyra nam tinha nem tirara cullpa allguma nem avia pera que porquanto heram vezinhos he amyguos e antre elles nunqua ouvera duvidas nem deferenças pello que entendya que se acodira a dita bryga fora apartar e não a ofendelo. Mas porem podia soceder dar-se-lhe allguma cullpa na cerella3 que del dera disse que por este pubryquo instromento lhe perdoava lyvremente e de feyto loguo perdoou toda e quallquer cullpa que nella tinha e posa ter por de rezam do dito fe [Fl. 16] rimento porque todo lhe perdoamos de propiapia [sic] e livre vontade d’oje pera todo sempre e pedia as justiças del rei nosso senhor ho nam acusassem pello dyto caso porque delle nam queria nada posto que delle tinha crellado e denunciado. E sendo caso que elle Pero Lopez seya condenado em allgumas custas per quallquer ora he maneira que seja elle Agostinho Carreira as pagaria porque com essa condyçam lhe fazia este perdam e elle ho aceitou. Ho quall perdam elle Pero Lopez se obrygou comprir e nam ir contra elle em parte nem em todo mas antes sempre ser autor e defensor delle pera assi comprir disse que obrygava sua pessoa, bens moves e de raiz, avydos e por aver que pera isso loguo obrygou e assim o outorgou de todo e mandou fazer este estormento de perdam nesta nota e della dar hum trellado a elle Agostinho Careira he todos os que lhe comprir deste teor. Ho quall perdam eu taballyam como pessoa pubryqua estipulante e aceitante aceitei e estepullei em nome da pessoa ou pessoas a que deva ser aceitada aqui auzentes. Testemunhas que foram presentes que com elles partes assynaram Costodio Velho e Manoell Pereira çapateiro moradores nesta cidade. Joam Rabello escrevi. (Assinaturas) Custodio Velho de Leiria. Manoel Pereira. Pero + Lopez. - Agostinho + Careira.

Doc. 3

1605 NOVEMBRO, 28, Leiria – Contrato a retro que fizeram Paulo Gonçalves, lavrador, e Eva Lopes, sua mulher, moradores no Casal da Cortiça, com Manuel Dias Banco, pelo qual lhe vendia 7,5 alqueires de trigo, mourisco ou tremês, por sete mil e quinhentos réis em cada ano. Como garantia deram um casal, junto ao dito lugar do Casal da Cortiça, cujas terras de semeadura levariam 30 alqueires de trigo. ADLRIA - Notariais de Leiria: V-59-D-7, fls. 153-155 Retro de Manoel Dias Banquo. Saibam quantos este pubriquo instromento he carta de venda he imposissam de foro virem que no anno do nacimento de Nosso Senhor Jehsu Christo de mill he seiscentos he cinquo anos aos vinte he oyto dias do mes de novembro do dyto anno nesta cidade de Leiria nas casas da morada de mim tabaliam ao diante nomeado ahi eram persentes Paullo Gonçallvez lavrador e Eva Lopez sua molher moradores no Casall da Cortisa termo desta cidade e logo per elles ambos juntamente e por cada hum delles foi dyto perante mim taballiam e testemunhas ao diante nomeadas que he verdade que elles presentes he outorgantes de suas propias e livres vontades e sem costrangimento de pessoa allguma diseram que vendiam como de feyto logo venderam deste dia pera todo sempre a Manoell Dias Banquo morador nesta cidade pera elle e pera todos seus herdeyros he socessores e pessoas que depois elle vierem convem a saber disseram que lhe vendiam sete allqueyres he meio de tryguo de

3 Sic; por querela.

ADLRA - (PT-ADLRA-NOT-CNLRA1-001-001-0005_m0235_derivada)

Apresentamos ao leitor três antigos documentos que elucidam fragmentos do passado da Golpilheira e de alguns lugares circunvizinhos, tais como Vale do Horto, Alcogulhe de Baixo, Andreus, Sobral e Casal da Cortiça. Em 1596, Gregório Lopes, conteiro, e sua mulher, Paula Antónia, da Golpilheira, nomeiam seu procurador Francisco Peres, do Vale do Horto, para os representar em partilhas de uma herança que havia ficado por morte de um seu familiar residente em Abrantes. Conteiros eram os fabricantes de contas e outros objetos feitos a partir de azeviche, matéria-prima que muito se explorava no entorno da Batalha nesse tempo. Não é frequente, na documentação desses séculos, encontrar-se o nome Paula, posto que seja o caso da referida Paula Antónia; Paula era, também, o nome da irmã do Poeta Francisco Rodrigues Lobo, residente em Leiria por essa mesma época. O segundo documento, do ano de 1602, é uma declaração, registada em notário, pela qual Agostinho Carreira perdoou a um Pêro Lopes, trabalhador, morador nos Andreus, a ferida que lhe fizera quando o tentara apartar numa briga em que se envolvera com um João Lopes, do mesmo lugar. As questões de honra e de parentesco eram, naqueles tempos, particularmente sensíveis nas sociedades rurais, cujas economias e redes de trabalho, em habitats por norma isolados (sítios, casais, aldeias) e com condições naturais geralmente desafiadoras da própria sobrevivência dos camponeses e demais habitantes desses lugares, dependiam significativamente da força das solidariedades vicinais. Finalmente, pelo terceiro documento, de 1605, testemunha-se um contrato a retro aberto (este tipo de contratos legais permitiam a compra, por antecipação e a preço garantido, com algum risco para os vendedores, aliás, de determinadas produções agrícolas especialmente de cereais ou azeite) feito por Paulo Gonçalves, lavrador, e Eva Lopes, sua mulher, moradores no Casal da Cortiça, com Manuel Dias Banco, pelo qual lhe vendiam 7,5 alqueires de trigo, mourisco ou tremês, a mil réis o alqueire, em cada ano. Como garantia, os vendedores deram um casal, situado junto ao dito lugar do Casal da Cortiça, cujas terras de semeadura levariam 30 alqueires de trigo. Tratava-se, como se entrevê, pela significativa área de semeadura disponível, nas terras hipotecadas ao cumprimento do contrato, de um casal de lavradores relativamente abastado. Efetivamente, pela maior parte, este tipo de contratos a retro refere-se a terras com áreas de semeadura invariável e significativamente abaixo da meia dúzia de alqueires.

Detalhe do doc. 1

renda e retro aberto mourisquo ou tremes bom e de receber, limpo de paa e vassoura, posto he medido nesta cidade em casa delle comprador e de seus herdeiros ate dia de Nossa Senhora d’Agosto de cada hum anno e a primeira pagua começaram logo a fazer esta Nossa Senhora d’Agosto que vem do anno de seiscentos he seis no qual dia e tempo [Fl. 153v] nam pagaram mais que o que se montar da feitura desta ate ho dyto dia de Nossa Senhora pro rata he dahi em diante todos os anos os ditos sete allqueires he meio de trigo por inteyro com tal condiçam que nom hos pagando ou deyxando de lho pagar allgum ano allguma cousa delles que elle comprador e seos herdeyros o posam mandar comprar nesta cidade ou na praça della da terra ou de fora della e todo o que custar he custos que se nisso fezerem se aja e posa aver pella fazenda delles ditos vendedores e de seus herdeyros honde quer que lhe for achada porquanto pera isso disseram que avyam por obrigada. Os quais sete allqueyres de trigo pagos como dito he disseram elles ditos vendedores que os punham e costetoiam nas propiadades siguintes que pera isso logo obrygaram e fizeram foreyras, digo: hum casall que elles tem junto ao dito Casall da Cortyça que sam cacasas [sic] terras e matos que diseram que levaryam has terras feitas trynta allqueires de semeadura assim e da maneira que lhe pertence he erdarão de Domingos Pirez seu pai e sogro e comprou a seos cunhados he como lhe pertence e milhor sendo possivell e querendo elles ditos vendedores ou pessoa que no dito casall soceder em allgum tempo vende-lo, troqualo, enalhea-lo seram obrygados a faze-lo a saber a elle comprador e a seos herdeiros per ver se o querem pello tanto quanto lhe outrem der. He nam o querendo antam o venderam a quem quiserem contanto que não seja a pessoa das defesas em direito mas a pessoa de sua condiçam e de que se espere bom pagamento. E a pessoa que o comprar sera obrigado a comprir todas as condiçois desta escretura e pagar o foro nelle declarado e todo o sobredyto na forma do moto do Santo Padre Pio quinto que falla acerqua dos retros ao quall como filhos obedientes se sometem de maneyra que sendo caso que nes [Fl. 154] nesta sua escretura ou aleguar clausulla ou cllausulas contra os do dito moto ou doutro quallquer feyto sobre os retros que em tall caso sejam nullas e de nenhum vigor nem força mas contodo em todo o mais desta escretura se compra assim e da maneyra que se nella contem sem fallta allguma. E o dito casall andara sempre junto he encorporado na mesma pessoa que pague o dito foro e não poderam ser a maris. Os quais sete allqueyres he meio de trigo pagos como dito he diseram elles dytos vendedores que os poderia elle comprador por elle e por todos seos herdeyros he socesores por preço certo logo nomerado de sete mil he quynhentos réis branquos desta moeda ora corrente de seis ceytis o reall em paz e em sallvo da sisa he mais custas pera elles ditos vendedores, os quais sete mil he quinhentos réis preço desta venda elles dytos vendedores logo ao fazer desta escretura receberam e contaram da mão delle comprador todos em dinheyro de contado sem lhe falltar hum so reall o que assim receberam e contaram perante mim taballiam e testemunhas ao diante nomeadas e disso damos nossa fe pello que loguo se ouveram por bem pagos he satisfeytos de todo o dito preço diseram que davam como de feyto logo deram ao dyto comprador e a todos seos herdeyros por quites e lyvres do dito preço d’oje pera todo sempre pera em nenhum tempo lho poder tornar a pedir por sim nem por outrem. E derão loguo poder e autoridade a ele comprador e a seos herdeyros para

que elle tome logo pose dos ditos sete allqueyres he meio no dito casall e entretanto que assim a nam tomarem disseram que se costitoiam por seos simpllesis collonos e incllinos de da dyta porçam em seu nome delle comprador e de seus herdeyros obrigando-se logo elles ditos vendedores por sim todos seus beens moves e de raiz avidos e por aver ha fazerem o dito preço de paz a elle comprador pera elle e pera todos seus herdeyros he socessores e pessoas que depois elle vyerem assim em juizo como fora delle so pena de lhe tornarem o preço em dobro he custas em tresdobro. A quall venda assim disseram elles ditos vendedores que a faziam a elle comprador pera elle e pera todos [Fl. 154v] seus herdeyros he socessores a condiçam de retro aberto de maneyra que todas as custas que elles ditos vendedores ou seus herdeyros tornaram a elle comprador ou a seos herdeyros os ditos sete mill e quinhentos réis preço desta venda e se for quazo para pagar mais custos he o que esta carta custar conforme ho solldo e livre ate ho tempo que lhe tornarem e esta venda fique desfeita de nenhum vygor nem força para ho que bastara somente hum conhecimento nas costas da espretura que desta nota faram que digua elle comprador ou seos herdeyros que estão pagos de todo sobredyto sem se nelle fazer outra escretura nem destrato somente ho dyto conhecymento que vallera como escretura pubryqua sem embargo da ordenação he assim o outorgarão e de todo mãodarão fazer esta carta de venda a retro nesta nota e dela dar hum trellado a elle comprador e todo os que lhe comprirem deste tior. E pello comprador a esto presente dise que aceitava e logo apresentou huma certidam como tinha pagua a sisa desta compra da quall o trellado he o seguinte: O Licenciado Simão Fallquan juiz de fora com allçada por el rey nosso senhor nesta cidade de Leiria e seu termo e presidente na repartiçam das sisas em ella, faço saber aos que esta certidam virem que he verdade que Manoel Dyaz Banquo morador nesta cidade comprou a Paollo Gonçalvez morador no Casall da Cortyça termo desta cydade sete allqueires he meio de tryguo de renda a retro aberto he obrigua a elles hum seu casall que tem junto ao Casall da Cortyça que parte com Isabell Jeira dona veuva por preço de sete mill e quinhentos réis de que pagou de sisa a Gaspar Fernandez depositairo das sisas dos bens de rãiz desta cidade e seu termo setecentos he cinquoenta réis que he sisa direita, os quais fiquam carregados sobre elle depositairo [Fl. 155] no livro dos deposytos dos ditos bens as filhas noventa e quatro onde se fez termo que elle depositairo comygo juiz e o escrivam das sisas assinaram conforme ao regimento e por de todo me ser pedido esta lhe mandei paçar a presente per mim assinada e pello escrivam e depositairo. Feita em Leiria aos vinte he oito dias do mes de novembro. Manoell Rabello que ora sirvo de escrivam das sisas por ell rei noso senhor nesta cidade e em seu termo a fiz, anno de mill he seiscentos he cinquo annos. Pagou desta do temo do livro vinte e oito réos e d’assinar quatro. Fallquao. Rebello. Gaspar Fernandez Preto. Testemunhas que foram presentes que com elles vendedores e comprador assinaram Pero Mendez mallagueiro e Francisco Dias curador e Simão Gomes barbeyro todos moradores nesta cidade. Assinou pella outorgante o dito Simão Gomes. João Rabello. (Assinaturas) Assino pela sobredita a seu rogo - Simão Gomes. Manoel Dias. - Paullo + Gonçalvez. - Francisco (sinal) Dias.


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Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

. notíciasdamissão.1 P. João Monteiro da Felícia Missionário da Golpilheira no Brasil

Origens do Bairro da Pedra Branca Caros amigos da Golpilheira, como contava na última edição do nosso Jornal, celebrei em Outubro os 60 anos de vida consagrada nos Missionários da Consolata. Agradeço os que me cumprimentaram e todos os que se lembram e rezam por mim. Aqui, também nunca me esqueço de vocês, leio o jornal todinho e vou acompanhando o grupo da Golpilheira no facebook para saber novidades. Fico feliz com as vossas alegrias, rezo por todos, especialmente pelos que sofrem e pelos que vão morrendo. Espero em breve poder visitar-vos e encontrar os familiares e amigos pessoalmente… Entretanto, pensei em contar-vos um pouco da história desta comunidade em que estou, Pedra Branca. Espero em cada edição ir mandando um artigo para partilhar com os leitores. Começo por apresentar a origem da presença humana por aqui. Segundo planta de 1893, o bairro da Pedra Branca originou-se do Sítio da Pedra Branca, pertencente a Pedro António Borges, com 9 alqueires, 2.266.000 metros quadrados, situado ao pé da serra da Cantareira, onde havia muitos córregos, tendo como vizinhos a fazenda do seminário PUB

Episcopal, a reserva florestal e o Sítio da Chapada. O local no início produzia café com a mão de obra barata dos escravos, a exemplo das demais propriedades agrícolas de São Paulo. No local havia muita pedra e aqui foi instalada uma pedreira, onde trabalharam os primeiros moradores vindos de fora, António Voccio, Celestino Gonçalves e outros. Por aqui passava o caminho de ferro para transportar os materiais para construção e levar a produção para o porto de Santos. O novo bairro nasceu a partir da urbanização do sítio da Pedra Branca em 1896, com a passagem de um ramal do caminho de ferro facilitando o transporte de pessoas, produtos da agricultura e a exploração da pedreira e de animais. A pedra começou a ser usada também nas calçadas da vila e onde eram preciso. A vila ficou muito bonita. No início de século XX, o sítio e a pedreira foram comprados por Joaquim Ferreira. Foi nesta época que começou o grande desenvolvimento da vila da Pedra Branca. O parque florestal desapropriou uma parte do sítio para o parque florestal do horto e uma parcela foi vendida para

os pioneiros. Em 1922, o sítio foi dividido pelos seus herdeiros, a esposa, dois filhos e duas filhas. Fazendo uma pesquisa junto dos moradores mais antigos, soubemos que no início do século chegaram aqui italianos. Os primeiros imigrantes eram encaminhados para o interior do estado de São Paulo e inseridos no cultivo do café. Alguns anos depois, a primeira família italiana, Sebastião Voccio e a esposa Maria Ambrósia, vieram para o Sítio Pedra, onde compraram muitas terras e construíram a primeira casa do bairro, onde moraram e onde colocaram o seu comércio e construíram as primeiras casas. Foi assim que se deu o início do bairro Pedra Branca. Esta primeira casa ainda existe hoje, onde moram os seus descendentes e outras casas da família que foram construindo. A dona Ambrósia Voccio fazia muita caridade e assistia as mães no parto das crianças que iam nascendo, era a parteira do sítio da Pedra Branca. Esta família se multiplicou e foram ajudando o bairro a crescer organizando clubes, festas sociais e religiosas e o trenzinho da Cantareira (mata) e autocarro para os habitantes do

Jardim Peri, que foi a primeira paróquia, dedicada a Nossa Senhora da Penha, que por sua vez deu origem à paróquia de São Marcos Evangelista na Pedra Branca, vila de Santos. Os espanhóis chegaram ao Bairro em 1916 e juntos foram ajudando no desenvolvimento da Padra Branca. Também os portugueses chegaram ao bairro em 1925, como João Andrade Júnior e esposa Guilhermina Vieira, e também estas famílias se juntaram às italianas e espanholas e foram construindo um bairro sempre mais desenvolvido. Depois chegaram mais familiares dos portugueses que ocuparam aos poucos quase todas estas terras. O elemento religioso trazido pelos portugueses deu uma tonalidade peculiar à Pedra Branca, de que falaremos no próximo capítulo.

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sugestões de leitura

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

À venda em www.quetzaleditores.pt

Quetzal Milagrário Pessoal José Eduardo Agualusa.

«E se a nossa língua fosse subitamente invadida por palavras novas, inventadas ou reinventadas, emprestadas por idiomas misteriosos?». A pergunta dá o mote para Milagrário Pessoal, o romance de José Eduardo Agualusa que, onze anos depois da primeira edição, a Quetzal faz regressar às livrarias. Iara é uma jovem linguista; o seu trabalho é recolher as palavras novas que aparecem todos os dias e incluí-las no dicionário. Uma tarefa nem sempre gratificante – até porque, na maior parte das vezes, se trata de neologismos de pouco interesse, em geral oriundos do inglês. Mas um dia faz uma descoberta incrível: alguém, ou alguma coisa, está a subverter a nossa língua de forma insidiosa, avassaladora e irremediável. Maravilhada, perplexa e assustada, a jovem procura a ajuda de um professor, um velho anarquista angolano, com um passado misterioso – e os dois iniciam a busca de uma colecção de misteriosas palavras, que, a acreditar num documento do século XVII, teriam sido roubadas à «língua dos pássaros». Mágico, envolvente e absolutamente original.

O Esplendor dos Brunhoff Yseult Williams

Cativante saga familiar e apaixonante incursão pelo mundo das artes, da política e da História da Europa do século XX. Certas famílias excepcionais passam por entre as malhas da História, embora, no seu tempo, tenham sido incontornáveis. Os Brunhoff pertencem a esta categoria. Durante a Belle Époque, em Montparnasse, dançavam já em cima do vulcão. Nos anos 20 incarnavam o Tout-Paris, o mesmo que dizer, o centro do mundo. A imprensa, a edição, a moda, a fotografia, a arte moderna: os Brunhoff estavam implicados em cada um destes domínios. Inovadores nas artes, eles foram também os postos avançados da luta contra o fascismo e estiveram estreitamente ligados ao movimento pacifista. Esta dinastia de origem báltica e germânica assistiu de perto à tragédia da Europa: da guerra franco-prussiana à Segunda Guerra Mundial, a família (…) atravessou as tempestades com o panache dos grandes exploradores do nosso tempo.

À venda em www.editorarh.pt

Eneida de Virgílio

- Adaptada para Jovens Carlos Ascenso André

Ser Feliz no Trabalho

O professor Carlos Ascenso André, tradutor da Eneida, preparou a versão para jovens do grande clássico de Virgílio, com o ritmo de livro de aventuras reclamado pela saga de Eneias pelo Mediterrâneo, depois da Guerra de Troia — em prosa, com linguagem simples e acessível a todos, e mantendo a notável e maravilhosa galeria de personagens que faz da Eneida um dos livros fundamentais da nossa civilização. A primeira parte da Eneida dá-nos a ler uma espécie de poema de migração: barcos cheios de refugiados em pleno Mediterrâneo, ansiosos por chegar a Itália – podíamos estar em 2021 d.C., mas estamos no século XII a.C.. Na segunda parte, os migrantes são colonizadores: a identidade de refugiados vulneráveis, que fora a dos Troianos sobreviventes, transforma-se na dos colonizadores que dizimam a população de Itália. O livro conta com ilustrações originais de Daniel Silvestre da Silva.

As Inseparáveis Simone de Beauvoir

Simone de Beauvoir tinha nove anos quando conheceu Zaza, Élisabeth Lacoin. Da intensa amizade que nasceu desse encontro, e que apenas a morte trágica de Zaza, aos 21 anos, terminou, nasce o livro As Inseparáveis, uma pequena preciosidade literária que a Quetzal publica pela primeira em Portugal. Esta é a história de duas amigas inseparáveis, da infância à idade adulta, um livro de grande valor literário e documental e uma peça importante no conhecimento da vida e obra da autora. Escrito em 1954, As Inseparáveis narra, em registo ficcional, a história das duas raparigas rebeldes, ao longo da sua educação sexual e intelectual, personificadas em Andrée (Zara) e Sylvie (Simone). Quando Andrée começa a frequentar a escola de Sylvie, esta fica imediatamente fascinada com a nova colega: tão inteligente, elegante, sensível e autoconfiante como uma adulta. Ficaram logo amigas, conversavam e faziam planos durante horas a fio. Mas Andrée escondia algumas feridas e sofria uma educação demasiado exigente e repressora…

À Flor das Águas

O Livro dos Seres Imaginários

Intriga e crime no inexplorado território da Gronelândia e o regresso do carismático detective David Maratse. Ele só quer levar uma vida calma e simples, longe de tudo, mas parece que todas as complicações o procuram - e encontram. Quando um dia parte para a caça de trenó, com os seus cães, depara-se com uma embarcação atracada num fiorde remoto. Não há sinal de pessoas e ninguém responde quando chama ao subir a bordo. Uma vez dentro do barco, encontra cinco pessoas, duas mortas e três inconscientes. Enquanto isso, algures numa cabana de montanha, o sexto tripulante do Ophelia (nome da embarcação) procura desesperadamente os diários desaparecidos da expedição do famoso meteorologista alemão Alfred Wegener a Svartenhuk. Quando regressa a casa, Maratse será surpreendido pela presença de uma jovem mulher desconhecida, por um telefonema de um estranho e por uma misteriosa incumbência.

Esta é uma das obras mais originais e fascinantes deste autor argentino, uma reinvenção do mundo construída a partir de um bestiário moderno. Aqui reeditada pela Quetzal, é um extraordinário catálogo de 116 seres fantásticos que povoaram a mitologia e a religião desde o início dos tempos. Alguns, como o golem, a esfinge e o centauro, são filhos da metafísica ou da literatura; outros, como gnomos e fadas, são o resultado da invenção humana. Produto da vasta cultura e da assombrosa erudição de Jorge Luis Borges, este livro é uma espécie de bestiário moderno em que se reúne uma grande parte dos estranhos seres que, ao longo dos tempos, foram engendrados pela fantasia dos homens. Seguindo as evocações dos clássicos, as revelações dos místicos e os sonhos de escritores e poetas, Borges dá vida a histórias esquecidas e mostra que esses estranhos seres procedem da mesma imaginação humana, de desejos e medos semelhantes – e ainda hoje nos assombram ou inquietam.

Christoffer Petersen

rh editora

Jorge Luis Borges

– Uma Viagem Científica, Humana e Criativa pelo Bem-estar Social Reinaldo Sousa Santos Um livro sobre tudo o que precisa de saber sobre a felicidade no trabalho. Conheça porque o tema da felicidade é central no discurso e planos de vida e de carreira das pessoas e como a promoção do bem-estar no trabalho se tornou um dever ético das organizações. A dimensão social da felicidade no trabalho tem merecido pouca atenção da investigação científica e da gestão de recursos humanos. O autor apresenta uma caracterização do triângulo do bem-estar social, composto por três vértices: oportunidades de relacionamento, apoio social e valores sociais. Uma escrita fluida e criativa, que pode ser lida num fôlego do início ao fim ou saltitando entre capítulos de acordo com o interesse e a disposição do leitor. É um livro sobre a sua felicidade e a felicidade das pessoas que trabalham consigo. Inclua a leitura deste livro nas suas experiências de prazer e recolha informação relevante para dar sentido à sua vida e à sua carreira. Não deixe de embarcar nesta viagem. Vai valer a pena. Seja feliz, também no trabalho!

Aprender Importa

– A Formação na Prática das Empresas em Portugal Nélia Vicente e Paulo Cópio (coord.) O que é isto de formação? O que esperam as empresas aprender? Muitas vezes pode parecer que é perda de tempo estar a frequentar uma acção de formação que depois não nos vais servir de nada. Há também empregadores que acham que estão a desperdiçar recursos financeiros e a proporcionar tempo de “lazer” aos funcionários, quando podiam estar a produzir. Este é um livro que nos conta as experiências, vivências e emoções de liderar projectos de formação e desenvolvimento. Aqui poderá encontrar vários testemunhos do mundo organizacional português, que partilham e nos fazem pensar no conceito «vivo» de formação. São casos de sucesso, desafios e aprendizagens contados na primeira pessoa, que nos levam a acreditar que «Aprender Importa»! São casos práticos e bem reais em empresas de referência nacional e internacional: Clínica Santa Madalena | Enkrott | Hovione | Infraestruturas de Portugal | Jaba Recordati | Konica Minolta | Media Capital | Real Vida.

Transição entre o Mundo Académico e o Mundo Laboral – Um Mundo de Oportunidades Paulo Leitão (coord.)

Na actual economia do conhecimento, o conceito de capital humano tornou-se tão importante quanto o conceito de capital económico. De facto, vivemos uma época em que o verdadeiro «talento» acaba por ser, muitas vezes, mais escasso do que o capital monetário. Para lidar com tal escassez, muitas empresas viram-se para o potencial dos jovens recém-diplomados. No entanto, e apesar dos seus elevados conhecimentos, muitos apresentam lacunas ao nível de competências comportamentais, factor que prolonga as suas curvas de aprendizagem e que exige um maior investimento por parte dos seus futuros empregadores, os quais procuram um retorno quase imediato. Mas será possível diminuir essas lacunas? Poderão os estudantes universitários obter uma componente «extra» que os distinga dos demais? É na resposta a esta questão que se dedica a presente obra.

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Pergaminho O Método Lázaro

Filosofia para Crianças

Todos vamos viver mais – ou, pelo menos, mais do que pensamos. Segundo estimativas da OMS, em 2050 seremos mais de dois mil milhões de pessoas acima dos 60 anos; e, entre elas, 434 milhões acima dos 80. Seremos muitos, mas… se não nos prepararmos, o mais provável é começarmos a sofrer de doenças crónicas a partir dos 60 anos, ficando dependentes de medicação não curativa (que apenas alivia sintomas) e de cuidados médicos cada vez mais prolongados. Tudo isto se pode prevenir – basta saber envelhecer bem. O Dr. Norman Lazarus é médico especialista na fisiologia do envelhecimento e sabe bem do que fala: aos 84 anos, vive sem medicação e pratica corrida e ciclismo. Viver melhor até mais tarde não tem segredo – mas tem ciência. É essa ciência que revela, ao longo destas páginas, com indicações práticas sobre escolhas acertadas de estilo de vida, sem curas «milagrosas» mas com muito bom senso, Este é um guia prático e informativo para manter a saúde física e mental a longo prazo – um verdadeiro investimento em si mesmo.

As crianças têm um dom inato para o espanto e uma curiosidade sem limites, duas características que as convertem em pequenas grandes filósofas. Filosofia para Crianças é uma ferramenta para, tanto em casa como na escola, potenciar o pensamento crítico e a inteligência filosófica das crianças, permitindo fazer delas cidadãs activas e comprometidas. O autor é professor de Filosofia e Ciências Sociais e director do departamento de Humanidades da escola Sadako, em Barcelona, considerada um dos projectos educativos mais inovadores do país. Este livro está organizado em duas partes: a primeira explana a história da Filosofia para crianças e os benefícios da educação filosófica para o desenvolvimento intelectual, pessoal e social das crianças. A segunda parte é constituída por 12 perguntas-chave, cada uma delas ligada a uma área da Filosofia e a um filósofo, que é explorada e dinamizada através de um conto e exercícios, jogos de escrita, debate e expressão plástica. Este livro fantástico é, assim, indicado tanto para pais como para professores.

Dr. Norman Lazarus

Jordi Nomen


sugestões de leitura • 33

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

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Guerra & Paz Editores A Escrava Isaura Bernardo Guimarães

De Coração Arrancado do Peito

Resistência e desejo de liberdade e progresso. A Escrava Isaura, romance do escritor Bernardo Guimarães, publicado em 1875, representa um símbolo na luta pelo fim da escravatura no Brasil, ao mostrar, em plena campanha abolicionista, «quanto é vã e ridícula toda a distinção que provém do nascimento e da riqueza». O livro conta-nos a história de uma escrava, filha de uma negra e de um feitor português, que é criada como uma dama da corte pela mulher do comendador Almeida, numa magnífica fazenda do século XIX no interior do Rio de Janeiro. A sua beleza desperta múltiplas paixões e desejos libidinosos, aos quais Isaura resiste estoicamente. O maior desafio da jovem será suportar os abusos de Leôncio, o filho do comendador que odeia ser contrariado e desenvolve uma obsessão pela escrava. Esperam-lhe fugas, desafios e amores, sempre em busca da tão desejada liberdade. Terá Isaura conseguido alcançar o bem mais precioso? Só a leitura poderá esclarecer.

De Coração Arrancado do Peito levou para a Roménia a história de Pedro e Inês, pelas mãos de Radu Paraschivescu, o escritor best-seller romeno que, numa visita a Coimbra, não resistiu a «um dos maiores e mais românticos casais da história da humanidade, a par de Romeu e Julieta ou de Tristão e Isolda». Agora, o autor devolve-nos esta história repleta de deliciosos pormenores de um tempo sem tempo em que amar uma aia galega poderia destruir as relações entre países, abalar uma corte, apartar uma família e arrancar corações, através da belíssima tradução de Corneliu Popa. Num «romance em que cada palavra está no seu lugar», Paraschivescu dá nova vida a este enredo real (de reis e de gente de carne e osso) recontando brilhantemente uma velha história de uma corte portuguesa do século xiv, onde a riqueza, a luxúria, o grotesco e a intriga palaciana nos fazem o retrato de como se vivia e de como se amava perdidamente, «como se alguém me tivesse arrancado o coração».

O Solilóquio do Rei Leopoldo Mark Twain

Abjecto, megalómano e genocida. O regime de terror das sociedades comerciais do rei Leopoldo II da Bélgica, no Congo, na viragem do século XIX para o século XX, causou milhões de mortos e deixa uma marca indelével na História como uma das páginas mais negras do colonialismo. A barbárie «civilizadora» despertou a revolta do escritor norte-americano Mark Twain, que, em 1905, publica “O Solilóquio do Rei Leopoldo”, uma preciosa sátira política, na qual o autor se coloca no papel de Leopoldo II e, através de palavras ácidas e de vitimização, condena veementemente o rei e senhor do «Estado Livre do Congo». Uma área setenta vezes superior à da Bélgica, concedida ao monarca, pela Conferência de Berlim, como propriedade pessoal, com o pretexto de «civilizar» e evangelizar o povo congolês, mas da qual só retirou riqueza e proveito próprio, através da produção de borracha, sob trabalho forçado. A obra é agora publicada pela Guerra e Paz, na colecção Livros Negros, que soma qualidade literária a um pendor de controvérsia ou de escândalo.

Atlas Histórico do Médio Oriente Florian Louis

Se queremos compreender a mais escaldante região geográfica de conflitos do mundo contemporâneo, talvez seja melhor recuarmos no tempo e ler este Atlas Histórico do Médio Oriente. Conta-nos tudo sobre um dos berços da nossa civilização, o Médio Oriente, palco de criações humanas que viriam a universalizar‑se, da agricultura à escrita, passando pelo monoteísmo. Conheça a história desta região de grandes impérios, cidades-estado, disputas religiosas e territoriais no Atlas Histórico do Médio Oriente. Um livro brilhante que resulta do rigoroso trabalho do historiador francês Florian Louis em colaboração com o cartógrafo e geógrafo Fabrice Le Goff e que reúne mais de cem mapas e documentos que sublinham as realidades plurais deste centro nevrálgico da geoestratégia mundial desde 12 000 a. C. até à actualidade. Este é o terceiro livro de uma colecção que a Guerra e Paz iniciou com a publicação do Atlas Histórico de África e do Atlas do Império Romano. Para breve, a Guerra e Paz prevê a edição do Atlas Histórico dos Estados Unidos da América.

Pequenas e Grandes Invenções

Sabia que a penicilina e os raios X foram descobertos por mero acaso? Ou que o post-it foi uma invenção fracassada? E que o vibrador e o Viagra foram criados com outros fins? Estas e outras curiosidades sobre as engenhocas que mudaram o mundo estão reunidas no livro Pequenas e Grandes Invenções, criado pela equipa editorial da Guerra e Paz para homenagear os prodigiosos feitos que a imaginação humana tem vindo a alcançar nos objectos do dia-a-dia, nos transportes, na medicina, na comunicação, nos electrodomésticos ou na alimentação, e que não param de revolucionar as nossas vidas. Já imaginou como seriam as nossas vidas sem automóveis nem aviões, sem telemóveis nem livros? Esse mundo já existiu e, se hoje podemos desfrutar destas magníficas invenções, devemo-lo à imaginação e perseverança dos seus criadores. Inventores de todos os tempos e de várias proveniências e géneros são recordados ou dados a conhecer neste livro que descreve a origem de mais de 100 invenções.

Radu Paraschivescu

Dom Casmurro

Moby-Dick

Herman Melville Um louco e a sua vingança. No centro do mais experimental dos romances, Herman Melville conta-nos a história do capitão Ahab, um marinheiro que jura vingar-se de Moby-Dick, uma gigantesca baleia branca que o mutilou no passado. Ignorando todos os prenúncios de desgraça, Ahab instala um poder tirânico no seu navio, batizado de Pequod, com o único propósito de abater o monstro dos mares, que lhe roubou uma perna. Naquela embarcação, vemos representada pelo autor, toda a humanidade. A beleza e a tragédia do ser humano, cercado por um impiedoso oceano e dominado pelo turbilhão de uma vingança sem sentido. A luta do homem contra o homem, a luta do homem contra a natureza que o levará a uma inevitável derrota. Um livro que se tornou um mito e que imortalizou o génio de Herman Melville, cujo valor só foi reconhecido após a sua morte. Uma obra que nos leva a uma reflexão sobre a existência e que, à aventura, junta um aprofundado estudo biológico e teológico.

Machado de Assis

O Retrato de Dorian Gray

Uma promessa da mãe, D. Glória, traça-lhe o destino como padre, mas Bento Santiago (Bentinho) apaixona-se em tenra idade por Capitu e abandona o seminário. Estuda Direito e casa-se com o seu grande amor, mas o ciúme e a desconfiança adensam-se. Suspeita que não é o pai biológico do filho do casal, Ezequiel, mas, sim, o seu grande amigo Escobar. Perpétua, a dúvida da traição de Capitu assume-se como o grande mistério de Dom Casmurro. Clássico sacramental de Machado de Assis, escritor maior da literatura brasileira e da língua portuguesa, este romance revela as memórias do velho, e só, Bento Santiago, conhecido por Dom Casmurro, que vive atormentado por esta incerteza: terá havido traição de Capitu? As opiniões dos leitores têm vindo a dividir-se desde a primeira edição da obra, em 1899. Agora, esse infindável debate é relançado com a nova edição de Dom Casmurro, publicada pela Guerra e Paz e que, além da obra integral, reúne uma cronologia histórica, uma lista de personagens e uma biobibliografia.

Considerada pela crítica a melhor obra do escritor irlandês Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray foi censurado aquando da sua publicação, mas, apenas um ano depois, foi transformado num manifesto filosófico que eleva a beleza aos píncaros da existência humana. Este romance foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos da América, em Julho de 1890, na revista mensal Lippincott’s. Na época, o editor, temendo as acusações de atentado à moral, censurou o texto, cortando as palavras e passagens que considerava ofensivas e chocantes. Mas apenas um ano depois, Oscar Wilde tornaria a publicar o romance, agora na forma de livro, revisto e aumentado. O clássico conta a história de Dorian Gray, um jovem belíssimo que, após ver a sua imagem retratada pelo pintor Basil Hallard, se apaixona perdidamente e deseja que esses traços imutáveis de beleza fiquem para sempre no seu rosto e que seja o retrato a envelhecer. É este o “parti pris” narcisista, ou fáustico, do romance de Oscar Wilde.

Oscar Wilde

Terna É a Noite F. Scott Fitzgerald

Terna É a Noite, romance psicológico com um toque de suspense, foi o filho favorito de Scott Fitzgerald, ao qual dedicou vários anos da sua vida. Por essa razão, e por ser um romance (semi)autobiográfico em que a realidade e a ficção se confundem, torna-se «sempre melhor e melhor.», sendo «o melhor dos seus livros», diz-nos Ernest Hemingway. O título diz-nos que a noite é terna, será o dia duro e cruel? Esta narrativa encantatória explora, camada por camada, significados profundos como a origem e a evolução da personalidade, pela perspectiva dos abusos – externos e auto-infligidos – e, ao mesmo tempo, estabelece um contraste e uma ligação entre a classe alta americana e europeia do início do século xx. Tudo dito numa escrita fluida, de ouvido. Uma escrita que levou António Lobo Antunes a dizer: «quando estou perante Terna É a Noite, esqueço que estou a ler. Gosto de ter a sensação de que não estou a ler.»

O Estranho Caso de Benjamin Button F. Scott Fitzgerald

O Estranho Caso de Benjamin Button é um irónico e admirável exercício de imaginação literária que nos apresenta como seria a vida de trás para a frente. Esta novela foi escrita em resposta à celebre frase de Twain: «É uma pena que a melhor parte da vida venha no início e a pior parte no fim.» O livro conta-nos a história de Benjamin Button, um bebé que fuma charutos, anda de bengala e detesta leite quente. Tudo porque nasceu com 70 anos e, ao contrário de toda a humanidade, fica cada dia mais novo. Das mais curtas e fascinantes ficções de Fitzgerald, esta novela de um absurdo kafkiano relança as questões, ainda hoje actuais, da juventude e da velhice, das convenções e das máscaras sociais. A obra tornou-se ainda mais célebre em 2008, com a adaptação ao cinema de David Fincher, protagonizada por Brad Pitt e Cate Blanchett, e chega agora numa edição da Guerra e Paz que inclui uma provocatória nota introdutória e um texto sobre a actualidade da questão do Outro que é diferente e da idade, das aprendizagens e da beleza.

Bertrand Editora

À venda em www.bertrandeditora.pt

Israel

– Um Guia sobre o Conflito IsraeloPalestiniano para os Curiosos, os Confusos e os Indecisos Daniel Sokatch «Podes explicar-me a situação de Israel em dez minutos ou menos?». Daniel Sokatch – judeu, especialista no conflito israelo-palestiniano e defensor da igualdade de direitos para todos os israelitas (incluindo os árabes) – vê-se perante esta pergunta quase diariamente. Este livro é a história desse conflito e uma tentativa de partilhar os factos de uma disputa centenária entre dois povos, na qual ambos os lados se vêem como vítimas (e de facto são-no). É ainda uma tentativa de explicar porque é que as pessoas têm emoções tão fortes acerca deste tema, mesmo quando sabem pouco sobre ele. Com ilustrações de Christopher Noxon, é um livro acutilante, de leitura acessível, sobre a história e os contornos políticos, religiosos e humanitários de uma das mais complexas disputas do mundo. Escrito por um perito que compreende os dois lados do conflito, este é um guia moderno (com ecos do clássico “Guia dos Perplexos”, de Maimónides) sobre Israel e a questão israelo-palestiniana.

fala, e u q o d u m m u é ro « O liv nde, um surdo que reuspeoguia, P. António Vieira, um cego q Teólogo/Escritor (1608-1697) » um morto que vive


poesia/ /diversas

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

. Poesia .

D. Nuno, como te entendo

Mantenha o civismo Momento de respeito é dia de Todos os Santos a saudade pode estar no peito ou em qualquer dos cantos. É dia de Finados dos nossos entes queridos deverão ser recordados e nunca esquecidos. Moram num jardim florido flores e mais flores de tanto coração ferido saudades são eternas dores. Saudades de se ter perdido pedaços de um grande amor de alguém que nos foi muito querido momento de oferecer uma flor.

O pão Já dizem que o pão engorda e apelam p’ra não comer; Eu comi tanta açorda, vou ser magro até morrer. Quando era grande a miséria e outro comer não havia, a fome era coisa séria e era o pão que nos valia.

Numa saudade que resta da vida, cada defunto deve ser recordado a missão nunca está cumprida num dia tão reservado.

Agora com a fartura, tudo se come sem noção, há excessos de gordura e querem culpar o pão.

Com uma flor e uma oração, num sentimento de vida reservada é esta a homenagem feita de coração que ao longo dos anos foi respeitada.

É injusto ser grosseiro com este alimento nobre, ele será sempre o primeiro na mesa de todo o pobre.

Dedico o meu perdão, com muita humildade rezo uma oração e choro eterna saudade. José António Carreira Santos Finados 2012

Pode ser grande o desejo de o ver assim maltratado, mas aqui no Alentejo ele será sempre... sagrado! Eliseu Mestrinho

AGRADECIMENTO

Capelas imperfeitas Quem te deixou? Porque nunca acabaste? Serão as tuas imperfeições Serei eu, nada perfeitas Quais soluções? Batalha, que me dou Para onde viro? Retiro Obedeço Pereço Que me tragaste Que me consomes Quanto desse cavalo Dessa espada Desse cavaleiro Quanto estalo Quanto desdém rotineiro Quanta maçada A uma vitória aliada Na esperança De algo de bonança Neste reconhecimento Neste vencimento De um dia vencer No doer Como complementar Essas capelas A céu aberto Na minha poesia Na minha alegria De amar Discreto Nas velas Nesta Batalha Que talha O meu sofrimento Vaz Pessoa

AGRADECIMENTO

José Vieira da Silva

N. 06-07-1928 • F. 24-08-2021 Seus filhos, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigados. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda… Descansa em paz!

DesenhodaMelita

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AGRADECIMENTO

Maria Vieira Patrício

Maria do Carmo Jesus Carvalho Ferreira

Natural da Golpilheira Residente em Casal da Amieira N. 13-01-2021 • F. 17-10-2021

N. 29-06-1936 • F. 18-09-2021

Sua filha, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido. Apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado!

. obituário .

Seus filhos, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigados. As lembranças permanecerão vivas nos nossos corações!

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OBITUÁRIO

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

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a fechar • 35

Jornal da Golpilheira • Setembro / Outubro de 2021

. Tintol & Traçadinho .

. telefones úteis . 112

Número europeu de emergência Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Correios (CTT) - Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas) SUMA - Levantamento de “monos”

244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 766 744 244 767 178 244 769 290 244 769 101 244 765 497 244 764 080 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506 244 766 007

O que achas dessa cena das alterações climáticas e do aquecimento e tal?... Será mesmo grave?...

Carlos Meneses | LMF

Ainda queres mais provas da gravidade?! Ainda há pouco tempo houve aqui uma tempestade...

...nem sei se foi avalanche, tsunami, terramoto, onda gigante ou vulcão... mas que fez mossa grossa, fez!

Climeições

.fotodestaque. LMF

. ficha técnica Registo ERC . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about Director . Composição . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Equipa JG . Adelino Rito, Ana Margarida Rito, Ângela Susano, Cristina Agostinho, Diogo Alves, Isabel Costa, Miguel Santos. Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Eusébio, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Márcio Lopes, Saul António Gomes. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10). NIF . 501101829. Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede proprietário/editor/redacção . Centro Recreativo da Golpilheira - Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 910 280 820 / 965 022 333. Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 900 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira E-mail: geral@jornaldagolpilheira.pt

BTMI

A noite eleitoral de 26 de Setembro de 2021 ficará para a história do Concelho da Batalha como a primeira em que um movimento independente concorreu à Câmara... e ganhou. Alguns apoiantes do “Batalha é de Todos” – Movimento Independente vieram fazer a festa da vitória na praça Mouzinho de Albuquerque, no centro da Vila.

. recordar é viver .

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Foi há 25 anos, a 20 de Outubro de 1996, na 3.ª edição da Semana Cultural do CRG. No programa foi incluída uma homenagem a António Grosso, também conhecido por “António Antigo” ou “António Mendrico”, ou simplesmente “Mestre”, por ter sido o grande alfabetizador da nossa aldeia nos anos 50 e 60 do século passado. Nasceu a 13-02-1907 e faleceu a 29-06-1981. Na foto, o presidente do CRG de então, José Ribeiro Ferraz, profere algumas palavras sobre o homenageado. Em fundo, os padres José Baptista e José Augusto Rodrigues, que vieram presidir à missa que antecedeu esta romagem ao cemitário, pelas 12h00. Está tudo contado nas edições n.º 1 e n.º 2 do “Das Duasuma”. Quem as guardou... poderá ir recordar. | LMF

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de Joaquim Vieira


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divulgação

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