JG_272 Março / Abril de 2022

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BATALHA UCRANIANA P. 4-7

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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXVI | Edição 272 | Março / Abril de 2022

Dia do Combatente

A Páscoa voltou à rua Dois anos depois de a pandemia nos ter apanhado, também por altura da Páscoa, começámos a regressar, ainda com algumas cautelas, à vida normal. As manifestações de fé próprias da Semana Santa puderam voltar à rua, desde a bênção dos ramos até ao Tríduo Pascal, com nota especial para a tradicional procissão do “Enterro do Senhor” na Batalha. • P. 16

Presidente da República veio “lembrar, celebrar e agradecer”• P. 8-9 Sopas e “Anos 80”

Festeiros foram a Fátima a pé e estão em acção • P. 13 “Golpilhas” querem também o campeonato

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LMFerraz

Taça Distrital já cá canta • P. 21

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abertura

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

.editorial.

. cadernomensal . José Travaços Santos Etnógrafo e investigador

Luís Miguel Ferraz Director

Emoções fortes e contraditórias A Páscoa é uma celebração cheia de emoções fortes e contraditórias. Depois de quarenta dias de preparação, em espírito de recolhimento e purificação interior, chega uma Semana Santa, assim chamada por estar nela concentrada a derradeira acção de salvação oferecida por Deus aos homens. Começa por ser de alegria e cantos de vitória, com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, adivinhando-se que iria tomar o poder, libertar o povo da opressão romana e recuperar o reino prometido a Israel. Mas nesse mesmo Domingo de Ramos, o Evangelho da Paixão vem lembrar que o seu reino não é deste mundo e que o seu destino, afinal, seria uma vergonhosa morte na cruz. É o chamado “banho de água fria” para os seus seguidores. Depois, o centro dos acontecimentos num tríduo (três dias) vertiginoso. Na Quinta-Feira, um jantar em que Ele se despede dos amigos e, ao mesmo tempo, promete ficar sempre com eles. Diz que aquele pão e aquele vinho são a sua carne e o seu sangue. Devem ter pensado que enlouqueceu e fogem, assim que chega a confusão. Nessa noite e na Sexta-Feira seguinte, o caminho é de prisão, acusações, julgamento, açoites e morte. Sábado é dia de derrota consumada e de esperanças enterradas na rocha. Mas algo aconteceu nessa noite. Certo é que Ele não estava no túmulo no Domingo de manhã. Afinal, tinha prometido e cumpriu: ressuscitou para mostrar que a morte não é a última cena. Isto é o que celebram os cristãos. Para quem não tem fé, é apenas teatro, memória ou fantasia. É, sobretudo, o impossível. Agora, olhemos o mundo actual de pandemias, guerras, fomes, crises, catástrofes naturais, vidas difíceis para muitos e morte para alguns. Não é teatro nem fantasia, esta dura realidade. Sem fé, é um permanente sábado de túmulo. Mas, à luz da Páscoa, será oportunidade para encarnar as emoções fortes e contraditórias da dor, que não negamos, e da esperança vitoriosa, em que acreditamos. Afinal, só a Páscoa pode explicar o sentido da vida e dar saída ao caminho do calvário humano. Só ela nos salvará do desespero e da loucura a que esta sociedade parece condenada. Só nessa perspectiva poderemos ver a luz de domingo a que estamos destinados. Até lá, resta-nos viver o melhor que pudermos a travessia. Esse mesmo Cristo deixou o segredo, que é um só mandamento: amar. Convidamos a ler os temas fortes desta edição com essa lente: a Quaresma são 40 dias, mas a Páscoa são 50. Afinal, há mais tempo de vida do que de morte. A todos, até ao Pentecostes, em que virá o tal Espírito que Ele prometeu, votos de Santa Páscoa!

A Bárbara invasão da Ucrânia A agressão do poder instalado em Moscovo à Ucrânia fez-me lembrar, dos meus tempos de menino, a Segunda Guerra Mundial com todo o seu cortejo de horrores. Foram tempos dos mais trágicos para a humanidade, que se viu alvo dos actos de um louco, então senhor todo poderoso da Alemanha. Julgava eu, ingenuamente, que seria impossível a história repetir-se e, mais uma vez, uma nação ser massacrada por um vizinho sem escrúpulos, sem piedade e sem motivos, mas, de novo, os sinos dobram por um povo nesta situação e com o perigo de o conflito se expandir e de se transformar numa nova guerra mundial. Fazendo jus a ter sido o continente onde nasceu a democracia, que deu os primeiros passos na Grécia antiga, a Europa é hoje o alfobre, com duas lamentáveis excepções, onde os regimes democráticos têm vindo a consolidar-se e a aperfeiçoar-se. E é a democracia, em monarquia ou em república, o único sistema capaz de garantir a liberdade dos povos e dos países. Estará a Europa em condições de assumir a responsabilidade de guardiã do modelo democrático de governação? A invasão de um Estado soberano e democrático por um vizinho ditatorial, desumano e imperialista e a fraqueza da reacção europeia não auguram nada de bom, embora seja provável, no estado em que as coisas estão, só

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uma cautelosa diplomacia possa deitar água na fervura, pois não podemos deixar de ter presente que há outras ditaduras no mundo à espera de um passo errado ou desajeitado dos europeus e dos Estados Unidos da América para um assalto impiedoso ao Ocidente. Vivemos outra vez tempos trágicos e dolorosos para os países livres e pacíficos e extremamente difíceis para a humanidade, para o seu direito de ser livre e de usufruir plenamente dos bens terrenos que são de todos os povos e não apenas dos países imperialistas e dos seus tirânicos governantes.

O rio que corre nas freguesias da Batalha e da Golpilheira (II) Por lapso meu, saiu incompleta a resposta n.º 12 ao inquérito setecentista, realizado em todo o País para os governantes de então saberem o que se passara em 1755 por altura do violento e trágico terramoto, conhecido como o terramoto de Lisboa por ter sido a nossa capital a cidade mais atingida pelo tremendo cataclismo. Aliás, também o Algarve sofreu extensos estragos e a perda de muitas vidas. Eis porque a repito: “Hoje conserva o nome de Rio de Porto de Mós e nas enchentes do Inverno alguns lhe chamam o alcaide de Porto de Mós e passando esta vila lhe chamam o Rio da Batalha e antigamente apelidado de Lena”. 13.º - Vai entrar em outro rio, que atravessa Leiria, chamado o Lis e entra nele por baixo da ponte das mestras antes de chegar ao lugar da Barosa. 14.º - Não tem cachoeiras mas sim represas e açudes necessários para os engenhos.

15.º - Tem uma ponte pequena de cantaria dentro da vila por onde passa a água que vem dos ribeiros declarados no “item terceiro” e uma ponte grande de cantaria de dois arcos na saída desta vila e entra logo no termo de Leiria: por cima desta mesma vila uma ponte de pau serventia dos povos circunvizinhos, que ficam da parte do nascente. 16º - Tem moinhos e lagares de azeite como já disse, não só o dito rio mas também os ribeiros da Calvaria e da Fonte dos Vales, foreiros da Sereníssima Casa do Infantado, que estão no termo da vila e no termo da cidade de Leiria. 17.º - Não consta que em tempo algum do rio, ou dos ditos ribeiros se tirasse ouro das suas areias, mas sim no sítio do Furadouro está um ribeiro por um vale abaixo, que divide esta freguesia da Batalha da freguesia da Barreira, que corre de entre Sul e Nascente e se mete a Poente no rio que vai desta vila; tem algumas fontinhas aos lados, e por onde correm alguns brejos donde remeneça água, que no Verão seca e não corre água. E, no Inverno, dos outeiros do outro lado toma água com abundância e nas partes onde está esta represa se têm achado fagulhas e grãozinhos pequenos de ouro por muitas e repetidas vezes, a cuja de diligência vêm gandaeiros das partes da vila de Pombal. 18.º - Os povos usam livremente das águas para as suas culturas na forma da Lei, sem pagarem pensão alguma. 19.º - Desde o seu nascimento até findar este termo em que gasta légua e meia e só passa junto a Porto de Mós e desta vila da Batalha. 20.º - Não há outra coisa notável que se possa referir. (Batalha, 1.º de Março de 1758 – o Vigário Paulino da Silva Carvalho)

Fotografia tirada no adro da Igreja Matriz da Batalha por altura da celebração do Dia de Reis pela comunidade ucraniana que, segundo o calendário ortodoxo, ocorre uma semana após o católico.


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

HÁ 25 ANOS

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A Junta de Freguesia da Golpilheira envia a toda a população votos de um tempo pascal de esperança e alegria


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BATALHA UCRANIANA guerra e paz

Quando Vladimir Putin e a cúpula de poder que o apoia na Rússia decidiram invadir a Ucrânia, no passado dia 24 de Fevereiro, o mundo (quase) todo ficou em choque. Espanto, incompreensão, angústia, medo, revolta foram sentimentos mais ou menos comuns em todos os que viram pelas televisões ou redes sociais as primeiras imagens de uma guerra anunciada, mas que se esperava nunca vir a tornar-se real. Imaginemos, então, como ficaram aqueles que viram essas imagens nos seus telemóveis, enviadas por familiares e amigos que as estavam a gravar em directo nas suas cidades, nas suas ruas, nas suas casas… Natacha Kravets, residente na Maceira, Mariana Prodyvys, residente na Marinha Grande, e Mariana Iatskanych, residente na Caranguejeira, foram três dessas pessoas, a quem os sons da guerra que assolou a Pátria distante soaram bem perto do coração. O primeiro pensamento foi o de oferecerem a ajuda possível aos seus conterrâneos que, esses sim, estavam a sofrer directamente a ameaça da morte e as consequências que logo se alastraram, desde a necessidade de deixar tudo e fugir até à escassez de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais. Foram estes os três nomes que surgiram num primeiro apelo à ajuda humanitária para enviar ao seu povo, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais. Além da nacionalidade e da amizade, une-as o facto de pertencerem à mesma comunidade da Igreja Ortodoxa

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Ucraniana que celebra a sua fé na igreja matriz da Batalha, cedida pela paróquia católica. Foi a essa porta que bateram e que logo se abriu para disponibilizar um espaço onde recolher os donativos: o átrio do salão do Centro Paroquial.

Onda solidária

No sábado, dia 26, pelas 18h00, Natacha Kravets e Ivan Lazarenko, residente na Marinha Grande, foram os primeiros a entrar naquele espaço vazio. “Bastava uma sala mais pequena;

nunca vamos encher isto”, contam eles sobre o que sentiram naquele momento. Pouco depois, chegavam os primeiros sacos com roupas, depois alimentos, depois produtos de higiene, um pouco de tudo o que tinham pedido no apelo inicial. E o monte foi crescendo… No domingo, logo após a manifestação pela paz que esta comunidade organizou em frente ao Mosteiro da Batalha (ver caixa), quando o Jornal da Golpilheira visitou o local pela primeira

vez, o caos já estava instalado. Eram carros, carrinhas, camionetas a despejar caixotes e caixotes, sacos e sacos, fruto da solidariedade que vinha de toda a região desaguar ali, com destino à Ucrânia. “E agora, que vamos fazer?”, perguntaram. A resposta veio com a mão-de-obra voluntária que, entretanto, chegava às dezenas. Era preciso começar a separar as ofertas por categorias, e depressa aquele átrio ficou cheio só com alimentos e produtos de higiene. As roupas

Manifestação pela paz Na tarde de domingo 27 de Fevereiro, ao sol que no céu se mostrava, juntou-se a luz de alguma solidariedade para com aqueles que vêem cair sobre si o ar sombrio da guerra. Se todos temos experimentado a tristeza das imagens que vemos e a angústia de saber que a Europa volta a sofrer os horrores da guerra, muito mais forte as sentirão aqueles que têm na Ucrânia a sua terra e lá deixaram tantos familiares e amigos. A Comunidade Ortodoxa Ucraniana tem uma expressão muito forte na Batalha. Aqui residem e trabalham e aqui celebram a sua fé dezenas

de fiéis dessa proveniência, sobretudo aos domingos de manhã, na igreja matriz, que lhes é disponibilizada pela paróquia católica para o seu culto. A eles se juntam muitos outros conterrâneos espalhados pela região. No dia 24 de Fevereiro, viram o seu país, independente deste 1991, ser invadido pela Rússia; um cenário que já temiam, mas que esperavam não chegar a tornar-se real. O contacto com os familiares e amigos, quando conseguem fazê-lo, vai acalmando a ansiedade, mas traz também o relato de viva-voz do medo, do perigo de morte iminente, da


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Poderá já ter visto partes destes textos ou fotos noutros jornais ou nas redes sociais, sem indicação da fonte. Confirmamos que são todos materiais originais nossos e não copiados de outros, estando publicados há mais tempo em jornaldagolpilheira.pt.

passaram à triagem na longa varanda exterior do edifício e o palco do recinto transformou-se num verdadeiro cais de embalamento e carga. Valentim Zaits, residente na Golpilheira e dono da empresa de camionagem “Vitória V8”, tomou a seu cargo a logística dos transportes, ligando a colegas e conhecidos em empresas do sector, que imediatamente ofereceram os seus serviços. Nas fronteiras, sobretudo na Polónia e na Hungria, foram garantidos os pontos de entrega, para que os bens chegassem aos refugiados e, quando possível, entrassem na Ucrânia pelos corredores de ajuda humanitária, em especial, através da Cruz Vermelha, que está a operar no local.

Mega-operação

E é aqui que se torna impossível continuar a escrever os nomes dos envolvidos na operação. Mais de uma centena de ucranianos de toda a região e talvez duas vezes mais portugueses acorreram a oferecer ajuda, com especial envolvimento dos escuteiros

escassez de alimentos e outros bens que começam a rarear nas despensas e nos mercados. Ao mesmo tempo, para muitas mulheres, crianças e idosos, a fuga apressada pelas fronteiras, deixando para trás pais, maridos e filhos, os homens obrigados pelo governo e pelo coração a ficar na defesa da sua pátria. Nessa tarde de domingo, vieram ao largo do Mosteiro da Batalha manifestar a sua dor e o seu pedido de paz. Cantaram algumas canções da sua terra, deram vivas à Ucrânia e partilharam temores e esperanças que vivem em comum. A eles se juntaram algumas dezenas de batalhenses e alguns representantes de entidades civis e religiosas locais. Não eram

batalhenses e seus familiares. Os horários anunciados alargaram-se a quase tempo inteiro, de dia e de noite. A notícia de que aqui estava bem assegurada a logística, fez com que a Batalha se tornasse num centro de distribuição quase a nível nacional, para onde afluíram as entregas de outros locais de recolha, de localidades como Porto de Mós, Marinha Grande, Fátima, Ourém, Tomar, Abrantes, Torres Novas, Cartaxo, Alcanena, Entroncamento, Alcobaça, Torres Vedras, Coimbra, Aveiro ou Portalegre. (Em Leiria havia também um centro, mas com logística independente desta). Uma semana depois, os números já eram expressivos: cerca de 90 toneladas já tinham seguido em 6 camiões, dois deles de ucranianos que estavam de partida logo na segunda-feira, mais um da empresa Broliveira, um da empresa Luís & Filipe, um da empresa “Vitória V8” e outro da “Ligação Veloz”. Além disso, cerca de uma dezena de carrinhas viajavam a maior velocidade, com cerca de 3,5 toneladas de medicamentos e alimentos para bebés.

muitos, mas os que estiveram mostraram a sua solidariedade de sentimentos e a disponibilidade para “ajudar no que for preciso”.

Campanha solidária fez eco das palavras

As palavras são o primeiro apoio. Já no dia 25 de Fevereiro, a Assembleia Municipal da Batalha tinha aprovado por unanimidade uma moção de solidariedade para com este povo, vítima da guerra trazida para dentro das suas fronteiras pela vizinha Rússia (ou pela loucura assassina do seu presidente). Nesta pequena manifestação, a mesma voz foi amplificada pelos batalhenses presentes. Mas havia algo mais a fa-

Foram dessas as primeiras fotografias da entrega no destino. Os organizadores vão anotando muitas empresas e instituições solidárias, “ainda sem tempo para confirmar que não falta ninguém”, diz Natacha Kravets. Mas a gratidão exprime-se de lágrimas nos olhos, de dor pelas imagens que vai recebendo no telefone e de gratidão pela resposta de solidariedade que recebe do povo português. Cita de cor várias dessas entidades: Câmara da Batalha, Erofio, Reboques Sousa, Patrovitrans, Translégua, Panidor, Simplastic, Valdilisa, Justo, Leiriplás, várias farmácias. E a Creche Jardim Mouzinho de Albuquerque, da Paróquia da Batalha que, com a empresa IMB, enviou uma carrinha para ir buscar refugiados. De Portalegre chega uma mensagem a identificar instituições a enviar ajuda: a Misericórdia, o Agrupamento de Escolas, a Câmara e a Junta de Freguesia de Gavião, bem como as juntas de freguesia de Margem, Belver, Comenda e Atalaia.

O único desejo é a paz

Durante a nossa conversa, no início de Março, Natacha Kravets atendia mais de uma dezena de telefonemas. Era preciso responder a muitas solicitações, resolver emergências, agradecer ajudas, orientar operações em curso. Tem sido assim de dia e de noite, com poucas horas de sono nessa última

zer. Uma campanha solidária nasceu desde logo para recolha de roupas, bens alimentares enlatados ou de longa validade, produtos de higiene e saúde, bem como quaisquer outros que pudessem ser úteis a refugiados ou vítimas. Também aqui, a comunidade católica assume a parceria, disponibilizando o Centro Paroquial para centro de recolha e logística, além dos escuteiros e outros paroquianos que se voluntariaram para a logística. Muitos deles espalharam-se pelos supermercados da região, a recolher os bens alimentares doados. Natacha Kravets, ucraniana radicada na região, é um dos rostos da operação. Com a voz embargada por um misto

semana, movida pela adrenalina e pela ansiedade do que se passava lá longe e que sentia tão perto. Entretanto, recebe uma videochamada de Kiev (foto pequena). É uma prima que fala do medo, da destruição em redor, das bombas que vai ouvindo. Aproveitou um momento mais “calmo” para ligar. A meio, desliga as luzes de casa; diz que tem sido procedimento habitual ao chegar a noite, para que as habitações não sejam localizadas pela iluminação. Choram juntas, confortam-se mutuamente, confessam a esperança de que “o louco” desista ou seja afastado internamente. Porque vencê-lo sozinhos, não será fácil… Mas não é a única… enquanto ali estivemos, vários ucranianos vêm mostrar vídeos acabados de chegar aos seus telefones, imagens de pessoas em fuga ou de outras a resistir como podem, mas sobretudo bombardeamentos, destruição e morte. Chega o padre Juvenal, pastor desta comunidade. Traz alguma comida e inteira-se das novidades. Traz também roupa de trabalho; além das celebrações e orações, não deixa de integrar o grupo que separa materiais ou carrega caixotes. “Rezamos e confiamos em Deus, mas fazemos a nossa parte para minimizar a dor dos nossos compatriotas”, diz. Todos estão nesta sintonia. “Esperamos que acabe rápido, mas não vamos desistir do nosso país”, diz Natacha. Assim, “esta operação humanitária vai manter-se enquanto for necessária ajuda e houver oferta de bens e donativos, bem como de voluntariado, uma colaboração fantástica que não temos palavras para agradecer”. No entanto, o maior desejo – o único desejo – é claro: a paz.

de emoções – a principal é a tristeza pela guerra no seu país –, comenta ao Jornal da Golpilheira que a solidariedade que tem sentido dos portugueses a “conforta e comove”. Logo neste primeiro domingo, ainda a campanha não tinha arrancado, já o espaço do átrio do salão paroquial transbordava. “O primeiro camião deverá ser carregado ainda esta noite”, dizia, sublinhando a disponibilidade de transportes cedidos pelas empresas locais, onde trabalham muitas pessoas desta comunidade imigrante. “A operação vai manter-se enquanto durar o conflito e sentirmos a necessidade dos nossos conterrâneos, pelo que iremos enviar todos os camiões que conseguir-

mos”, diz esta responsável. Também o padre Yuvenalii Mulyarchuk (Juvenal, para os batalhenses) estava entre os manifestantes e, depois, juntou-se aos voluntários do embalamento. É o líder religioso desta comunidade ortodoxa, a residir numa casa cedida pela Ordem da Visitação, na Faniqueira. “Presido às celebrações dominicais, tenho dinamizado a oração diária online, pelas 20h00, com os compatriotas espalhados por Portugal, e procuro dedicar todo o tempo possível à oração pela paz”, confessa. Mas também despe o hábito para lançar mãos à obra no meio dos voluntários da campanha. Textos e fotos de Luís Miguel Ferraz


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guerra e paz

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Este movimento inesperado obrigou os organizadores a consolidar a estrutura. Apesar de quase todos os custos serem suportados pelas empresas envolvidas, há quem queira fazer donativos para ajudar noutras questões logísticas, como a alimentação dos voluntários que ali estão quase a tempo inteiro. E também para poderem dar resposta a algum pedido específico de ajuda financeira. Assim, foi constituída no dia 2 de Março a “Batimento Veloz – Associação Apoio ao Emigrante”, em referência ao bater rápido do coração, tanto pela ansiedade da guerra como pelo calor da solidariedade. Com sede na Golpilheira e quatro signatários, tem como fim principal: “promoção e desenvolvimento de acções de carácter humanitário e de solidariedade social, onde se incluem acções de intervenção social, cultural, recreativa, educativa e formativa, nomeadamente: a) apoiar os indivíduos e as famílias carenciadas a vários níveis, procurando intervir por via do encaminhamento social nessas carências e na sua prevenção; b) apoio a crianças e jovens; c) apoio à família; d) apoio à integração social e comunitária; e) protecção dos cidadãos na velhice e invalidez e em todas as situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de incapacidade para o trabalho; f) promover a realização de acções culturais e recreativas; g) educação e formação profissional dos cidadãos; apoio à criação de emprego e incentivo ao empreendedorismo”. Quem desejar oferecer a sua ajuda em dinheiro, já poderá fazê-lo por transferência bancária para o IBAN PT50 0045 5080 4035 3238 1039 4. Poderá também fazer-se sócio, procurando os contactos no Facebook (“Batimento Veloz”).

Foto: DR

Associação “Batimento Veloz”

Caravana humanitária

A Batalha organizou uma das muitas caravanas humanitárias que partiram de Portugal para resgatar fugitivos da guerra nas fonteiras ucranianas. No dia 8 de Março, partia mais um camião carregado de donativos, um autocarro e algumas viaturas ligeiras, acompanhados por equipas de apoio com motoristas, socorristas, médicos, tradutores e ex-militares para a segurança (foto acima). Antes da partida, falámos com o batalhense David Leal, da organização: “Estamos em contacto com a embaixada ucraniana em Portugal e iremos trazer os refugiados que conseguirmos transportar, alguns que pediram asilo a Portugal ou que têm cá familiares”. O estatuto de caravana humanitária dava cobertura à

acção, bem como o facto de o Estado Português ter declarado abertas as fronteiras para este efeito. “Temos também o acompanhamento da CPCJ e assessoria jurídica para tratar legalmente algum caso de menores que estejam sem familiares”, adiantava este responsável. Cerca de uma semana depois, chegava o autocarro e algumas carrinhas, com mais de meia centena de pessoas. “Nem tudo correu como previsto”, confessava David Leal, dando conta da dificuldade que teve em entrar em território ucraniano para trazer algumas das pessoas sinalizadas. Mas não deixaram de encher os veículos com outras, entre os milhares que se amontoavam em condições aflitivas em centros comunitários, an-

siosos por uma oportunidade para prosseguir viagem rumo a uma vida possível noutro país. “Viemos com a consciência tranquila por termos feito o nosso melhor, dentro do possível, para ajudar aquelas pessoas, mas viemos também com o coração desfeito pelo que vimos nas fronteiras e pela imensa necessidade de ajuda, sobretudo nos centros de acolhimento”, relatou ao Jornal da Golpilheira. Entretanto, na Batalha, todos os que chegaram foram acolhidos e alojados com familiares ou em unidades hoteleiras locais. Tem sido desenvolvido, depois disso, o trabalho de integração que passa por encontrar habitação estável, emprego e escolas para as crianças.

Cartaz da Associação

Ganhou especial relevo uma campanha surgida em Coimbra, quando Natacha contactou uma amiga que conheceu em férias, Ana Filipa Sousa, enfermeira do serviço de Especialidades Cirúrgicas II do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra. Com a sua chefe, enfermeira Dulce Helena Carvalho, lançaram o repto sobretudo entre os colegas e conseguiram o apoio da Escola Superior de Enfermagem, do clube de futebol Académica de Coimbra, da empresa Medicinália Cormédica e de várias farmácias locais, bem como de muitos particulares. Dentro dos muitos caixotes de roupas, alimentos, medicamentos e material médico que enviaram para a Batalha, rumo à Ucrânia, juntaram um “miminho” muito especial: desenhos de solidariedade, incentivo e carinho, feitos para as crianças ucranianas pelas crianças portuguesas do Jardim-de-Infância de A Previdência Portuguesa, do Colégio Rainha Santa Isabel e do Colégio de São José.

Paróquias da Batalha e do Reguengo do Fetal

Ofertórios para os irmãos ucranianos

As paróquias da Batalha e do Reguengo do Fetal entregaram o resultado dos ofertórios das Missas do primeiro fim de semana de Março para

Foto: DR

Campanha em Coimbra

Donativos chegam ao destino com os desenhos feitos pelas crianças de Coimbra

ajuda à comunidade ucraniana da Batalha no apoio aos refugiados. O resultado foi uma oferta de 2.352 euros, assim distri-

buídos: • Reguengo do Fetal - 400 • Batalha - 878 • Golpilheira - 894 • Casais dos Ledos - 180


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Ei-los que chegam! As duas primeiras famílias de refugiados da Ucrânia chegaram à Batalha no dia 11 de Março. Fomos recebê-las ao Centro Paroquial da Batalha, por volta das 22h00. Conversámos um pouco, com ajuda da tradução dos seus conterrâneos cá residentes, que têm feito um verdadeiro acampamento solidário no local. Aprendemos a dizer “laskavo prosymo” (bem-vindos) e eles aprenderam o “obrigado” (dyakuyu). Era quanto bastava para dizermos o essencial do que sentíamos. São um casal com dois filhos, uma menina e um menino, e dois irmãos, também com uma criança, todos trazidos por um compatriota cá residente que os foi buscar. Aceitam tirar uma fotografia para o Jornal da Golpilheira, como forma de mostrar gratidão por tudo o que sabem que estas comunidades portuguesas têm feito por eles. Estão felizes por terem chegado, mas ainda em choque pelo ambiente que viveram na última semana nas cidades de Tcherkássi e Vinnytsia, de onde partiram em fuga, ao som de bombas e

rajadas de tanques. “Até o som dos pneus da carrinha a pisar a faixa de aviso da auto-estrada nos assustava”, contam sobre a viagem. Têm cá familiares e amigos que os vão acolher, nos Andrinos e na Gândara. Ainda não sabem o que vão fazer, se vão querer voltar ou ficar… ainda é muito cedo para pensar nisso. “Queremos respirar, descansar e começar a viver um dia de cada vez”, dizem, enquanto sorriem de felicidade ao ver as crianças, pela primeira vez em vários dias, a correr e a brincar, perguntando aos adultos se querem “jogar às escondidas”. Mais pessoas chegaram no dia 11 de Março, das cidades de Kiev e Kharkiv, na carrinha do Jardim Mouzinho da Albuquerque, da paróquia da Batalha, já com acolhimento assegurado por familiares residentes em Leiria. O cenário repete-se. Vêm cansados da viagem e, sobretudo, abatidos e amargurados pelas circunstâncias que os obrigaram a partir. Viram a vida em perigo, fugiram por entre sons e imagens de guerra

e destruição, deixaram tudo o que tinham e, muitas vezes, alguns familiares e amigos que ficaram a tentar defender os seus bens e a liberdade da sua pátria. Ainda assim, sair da carrinha nesta terra desconhecida e encontrar rostos conhecidos ou, pelo menos, acolhedores, simpáticos e com um sorriso e uma refeição quente à sua espera já ajuda a restaurar um pouco da alegria perdida. Mais uma vez, dissemos o motivo da nossa presença: para mostrar à população local que a onda de solidariedade está a ter resultados e tem rostos concretos, pessoas que se tornam, agora, mais próximas de nós. Juntaram a família para a fotografia, para dizerem: “aqui estamos, agradecidos e felizes por tudo o que estão a fazer por nós”. O objectivo é apenas esse. Não se pretende a exploração de um sentimentalismo fútil, seja de pena pelos “coitadinhos”, seja de exibição de uma espécie de “troféus” da nossa boa acção. Antes pelo contrário, este primeiro contacto com a realidade deverá servir

Solidariedade permanente Quando surgem apelos de solidariedade, os primeiros momentos são os de resposta mais significativa, numerosa e visível. É fácil encher um saco com roupa que já não se usa, ou mesmo comprar alguns bens para partilhar, tal como oferecer umas horas de trabalho voluntário durante meia dúzia de dias. Mas aos poucos essa onda de entusiasmo esmorece e muitos dão a tarefa por concluída. E é aí que se torna necessária a verdadeira solidariedade, a que se preocupa em garantir condições para que as pessoas possam subsistir por si próprias. O centro de recolha de alimentos expandiu-se para uma loja junto à igreja matriz. Continua muita gente envolvida neste serviço. O trabalho concentra-se, agora, na recolha de alimentos,

medicamentos e produtos de higiene, a serem distribuídos para resposta às necessidades mais imediatas destas pessoas. Depois, há que pensar na habitação, nas possibilidades de trabalho, na integração escolar das crianças, na ajuda a ultrapassar a barreira da língua. Nem todos têm familiares cá e alguns desses vivem também com dificuldades. “Acabo de perder o emprego”, comentava uma residente acolhedora, cuja empresa já sentiu os efeitos do fecho das exportações para Leste e teve de dispensar algumas dezenas de funcionários com contratos a prazo. As autarquias estão a coordenar algum desse esforço com as escolas, IPSS, empresas e particulares que manifestam disponibi-

lidade em ajudar. Há uma plataforma regional onde podem ser registadas as ofertas de alojamento (ver ao lado). E há muito a fazer, sobretudo através das instituições sociais que irão fazer o acompanhamento regular desses situações, ou através de associações locais com o mesmo objectivo, como é o caso da “Batimento Veloz – Associação Apoio ao Emigrante”, que foi constituída na Batalha em consequência da operação aqui montada. O desafio dos próximos tempos será o de se manter essa solidariedade “a sério”, que ajude verdadeiramente os que chegam a sentirem-se em casa. Pelo menos, até que tenham condições para regressar à sua verdadeira casa, caso seja esse o seu desejo.

Padre Juvenal com as primeiras duas famílias que chegaram

Uma das famílias que chegaram a 11 de Março

para percebermos o muito que ainda está por fazer e que os desafios da verdadeira solidariedade ainda estão agora a começar. Adiantamos que praticamente todos os que chegaram

à Batalha já estão integrados em famílias ou alojados em habitações dignas, muitos deles já com trabalho assegurado e com as crianças nas escolas. Fotos (excepto as identificadas) e textos de Luís Miguel Ferraz

Plataforma regional para oferta de alojamento Para melhor articulr as disponibilidades de alojamento e garantir um apoio mais eficaz no acolhimento temporário em Portugal de cidadãos de nacionalidade ucraniana, a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria disponibiliza uma plataforma de recursos e de alojamentos nos 10 municípios desta CIM. Podem beneficiar desta protecção temporária os cidadãos nacionais da Ucrânia e seus familiares, que se encontrem deslocalizados por motivo do conflito militar. Esta resposta colectiva no acolhimento de cidadãos ucranianos, realizada pelos municípios que integram a Região de Leiria, irá ser reforçada com medidas de apoio na integração nas

áreas da saúde e da educação, para além do emprego e protecção social, em articulação com o Governo, organizações da sociedade civil, IPSS e também com a comunidade ucraniana em Portugal, no sentido de responder aquelas que são as necessidades fundamentais, que podem ser alojamento, mas também com uma aposta fundamental na dimensão da inclusão e emprego. Para informar a disp oni bi l i d a d e, ba s t a o preenchimento do formulário disponível em bit. ly/36hxAh8. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail sosucrania@cimregiaodeleiria.pt ou do telefone (+351) 244 811 133.


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reportagem

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Presidente da República no Dia do Combatente e 104.º aniversário da batalha de La Lys

“Lembrar, celebrar e agradecer” O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, veio à Batalha, uma vez mais, comemorar o Dia do Combatente, 9 de Abril, data da batalha de La Lys (1918), de trágica memória para o Corpo Expedicionário Português na I Guerra Mundial. Também presentes estiveram a ministra da Defesa, Maria Helena Carreiras, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo, o chefe do Estado-Maior do Exército, general José Nunes da Fonseca, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Joaquim Cartaxo Alves, o presidente da Liga dos Combatentes de Portugal, tenente-general Chito Rodrigues, entre outras individualidades militares e civis. A manhã começou com uma celebração eucarística pelos combatentes falecidos, na igreja do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, presidida pelo Bispo das Forças Armada, D. Rui Valério. Seguiu-se, na praça frontal do Mosteiro, a sessão militar, com as várias forças em parada, incluindo os porta-estandartes dos muitos núcleos da Liga dos Combatentes espalhados pelo País. Coube ao presidente desta instituição a primeira intervenção, em que sublinhou a importância desta memória histórica, mais premente ainda no contexto da actual guerra a acontecer na Europa. “Repudiamos toda a violência contra PUB

Do monumento do Combatente da Batalha avistava-se a parada militar e as muitas dezenas de pessoas que vieram assistir às cerimónias

Marcelo defendeu mais investimento nas Forças Armadas

os direitos humanos e o uso da força antes de esgotados os esforços no caminho da diplomacia”, defendeu Chito Rodrigues, repetindo frases como “que se evite a todo o custo o desastre da guerra e se promova a paz”, “odiamos a guerra” e “apostemos no apoio às vítimas”. Quanto à memória, citou vários testemunhos dados por nacionais e estrangeiros sobre a valentia do soldado português. Quanto ao presente, aproveitou a

presença da ministra da Defesa para defender o reforço da rede nacional de apoio aos ex-combatentes e a revisão, nesse sentido, da recente lei que consagra o seu estatuto. A ministra ouviu e prometeu acolher o pedido, frisando a consideração que tem pela Liga dos Combatentes, pelo papel que tem desenvolvido no apoio e defesa dos direitos dos militares e ex-militares e aproveitando para identificar algumas medidas do último PUB

Governo que considera irem ao encontro dessas pretensões. “Ainda há muito a fazer e o actual contexto exige um plano de acção reforçado na Defesa nacional, tendo em conta as especificidades das novas gerações de combatentes e dos novos cenários de conflito”, sem as tradicionais fronteiras físicas nacionais, considerou Helena Carreiras. “Adequar à nova realidade que decorre da guerra na Ucrânia”, “reforçar o investimento na Defesa, em equipamentos e pessoas”, “atrair os jovens para esta missão e melhorar a relação entre as Forças Armadas e a sociedade” serão algumas das medidas que pretende tomar e “a melhor homenagem que podemos fazer aos combatentes”. “Lembrar, celebrar e agradecer” foram os três verbos usados pelo Presidente da República para justificar a celebração anual desta efe-

méride de homenagem “a todos os que lutaram pela independência de Portugal ao longo de toda a história, desde sempre”. Dos vários cenários da defesa de fronteiras aos dois grandes conflitos mundiais e às guerras coloniais, passando pelos novos palcos internacionais no contexto da NATO, da ONU ou da EU, “continuamos a ter e a ser os melhores”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. E até em frentes como o combate aos incêndios ou o plano de vacinação para travar a pandemia. O actual contexto da invasão russa veio mostrar que “estava errada a ideia de que estávamos longe da guerra” e obriga-nos a “dar muito mais às Forças Armadas”. “É esse o sentido do dia de hoje”, disse o Presidente: clarificar a escolha de um país que se quer “solidário com quem sofre”, apostando em “Forças Armadas fortes”, que serão também garantia de menos guerras e mais construção de paz, bem como de mais crescimento económico e desenvolvimento social. “Só assim celebraremos o passado, conseguiremos um presente melhor e construiremos o futuro a que temos direito”. Após o desfile das forças em parada, o Presidente da República e demais entidades dirigiram-se à Sala do Capítulo para a tradicional e significativa deposição de coroas de flores no túmulo Soldado Desconhecido, o último acto das comemorações oficiais. Texto e fotos: Luís Miguel Ferraz


reportagem sociedade

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

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Candidaturas a mais de 4 milhões incluem Centro de Dia na Golpilheira

Concelho poderá ter mais respostas sociais Almoço juntou muitos sócios batalhenses e alguns convidados

Liga dos Combatentes na Batalha

Núcleo celebra 82 anos O Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes participou activamente nas comemorações deste Dia do Combatente e 104.º aniversário da Batalha de la Lys. Na tarde do mesmo dia, continuou em festa, assinalando a celebração do 82.º aniversário da sua fundação, com uma concentração junto do Memorial ao Combatente Batalhense, para minuto de silêncio e deposição de coroa de flores, seguida de almoço e sessão comemorativa no Centro Cultural e Recreativo da Quinta do Sobrado e Palmeiros. A iniciativa pretendeu relembrar, homenagear e agraciar todos os antigos combatentes pelo esforço prestado no cumprimento do serviço militar, informação realçada pelo vice-presidente da Câmara Municipal da Batalha, Carlos Monteiro, na ocasião: “Hoje nós conseguimos reconhecer a importância que têm os combatentes num contexto de instabilidade. A guerra na Ucrânia colocou-nos a todos

num estado de insegurança e justifica a necessidade de termos pessoas que, como vocês, deram a vida pela nação para assegurar a independência de um país. Obrigado pelo vosso sacrifício, obrigado por tudo o que fizeram pelas gerações vindouras’’. Na homenagem aos soldados, o Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes atribuiu “Testemunhos de Apreço” aos sócios que, nos últimos anos, completaram 25 e 50 anos de filiação, “dando assim o seu valioso contributo para os fins patrióticos e humanitários da Liga dos Combatentes, enquanto instituição”, conforme referiu António Evaristo, presidente do Núcleo da Batalha. Paulo Santos Batista, antigo presidente da Câmara Municipal da Batalha, recebeu o Diploma de Condecoração Mérito Ouro pela distinção feita, em 2021, à Liga dos Combatentes. Por deliberação da direcção central da Liga, o autarca recebeu esta distinção como “reconhecimento pela

permanente disponibilidade e pronto apoio dedicado pela Câmara Municipal à Instituição”. António Evaristo aproveitou o momento para “agradecer à Câmara pela sede da Liga dos Combatentes, pelo Memorial dos Combatentes Batalhenses e pela parceria”. Pela coragem, valentia e dedicação, foram ainda condecorados vários ex-combatentes com a medalha comemorativa das Campanhas de África. Na ocasião, o secretário-geral na Liga dos Combatentes de Portugal, Faustino Hilário, enalteceu “a motivação que nós temos por este tipo de convívios. pelo companheirismo que criámos, nós representamos uma geração cujo valores são a raiz e a razão destes convívios”. A tarde culminou com a partilha de um bolo de aniversário e espumante e com um momento musical pelo Coral Misto do Núcleo, encerrando com o Hino dos Combatentes. Texto e fotos de Ângela Susano

Parceria com IPLeiria

Já na componente de “alojamento estudantil a custos acessíveis”, o Município da Batalha apresentou candidatura ao PRR para a construção iniciada pelo anterior executivo de uma residência de estudantes do ensino superior junto à rotunda de acesso às Brancas, conhecida como “Casa da Obra”. Espera-se um apoio de 700 mil euros a fundo pedido, num orçamento a rondar um milhão e cem mil euros. Segundo a autarquia, “este equipamento será gerido pelo Politécnico de Leiria e implica a concretização de diversas contrapartidas para o concelho da Batalha, designadamente, a instalação de Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP) vocacionados para a formação de quadros qualificados em áreas deficitárias na região e no Concelho, bem como o apoio técnico, científico e pedagógico daquela instituição de ensino na dinamização de projectos de ‘coworking’ e em consórcios de investigação internacionais”.

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As instituições do concelho da Batalha ligadas ao sector social submeteram ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) candidaturas no valor de mais de 4 milhões de euros para requalificação e alargamento da rede de equipamentos e respostas sociais. Concretamente, os fundos servirão para a nova creche municipal, para o Centro de Dia a instalar na Golpilheira pela Misericórdia da Batalha, para o Centro de Actividades e Capacitação para a Inclusão da Casa do Mimo e para a Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas a construir pelo Centro Social e Paroquial de São Mamede. A comparticipação que o PRR prevê para este sector visa “reforçar, adaptar, requalificar e inovar, nos lugares intervencionados, ou a intervencionar, respostas sociais dirigidas às crianças, às pessoas idosas, às pessoas com deficiência e às famílias”, refere a Câmara em comunicado. Nesta linha, o objectivo destas candidaturas é aumentar respostas locais para “promoção da natalidade e do envelhecimento activo e saudável, mas também a inclusão e a promoção da autonomia e da conciliação entre a actividade profissional e a vida pessoal”, comenta o presidente da autarquia, Raul Castro.

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sociedade

Serviço alargado

Balcão do Prédio vem até às freguesias A Câmara da Batalha vai descentralizar o serviço do Balcão Único do Prédio (BUPi), alargando-o às quatro freguesias do Concelho, já a partir de 18 de Abril. Assim, além de se manter em permanência na Câmara, o atendimento para este assunto funcionará, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, nas juntas de freguesia, nos seguintes dias: Batalha às segundas e sextas-feiras, Golpilheira às terças-feiras, Reguengo do Fetal às quartas-feiras e São Mamede às quintas-feiras. O BUPi reúne informação sobre as propriedades e os seus proprietários, permitindo efectuar a georreferenciação e o registo dos terrenos. Sendo um serviço totalmente gratuito, esta informação cadastral protege e valoriza as propriedades através de um melhor planeamento e gestão sustentável do território.

Na área de intervenção da Valorlis

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Municípios da Região de Leiria decidem

Combate à escassez de água As alterações climáticas são já uma realidade inequívoca e, geralmente, aceites pela sociedade. A premência de um combate efectivo aos impactos das alterações climáticas faz com que as mais diversas instituições internacionais e académicas se foquem na compreensão desses impactos e perfis de mudança nos sistemas climáticos actuais. Com efeito, na primeira linha de preocupações está a diminuição da disponibilidade hídrica decorrente da redução da diminuição total, da preci-

de medidas de emergência em situações de escassez de água. Por fim, no âmbito das acções de sensibilização e enquadradas com o Programa de Educação, Sensibilização e Informação Pública sobre Alterações Climáticas da Região de Leiria (PESIPAC-RL), foi lançada a campanha de sensibilização sobre “Alterações Climáticas na Região de Leiria”, sob o lema “Juntos Vamos virar esta página!”, através da divulgação do vídeo de promoção, disponível na página cimregiaodeleiria.pt.

Nova linha de atendimento

Reciclagem a crescer

Valorlis próxima do cidadão

Em 2021, foram encaminhados para reciclagem um total de 14.625 toneladas de resíduos com origem na recolha selectiva promovida pela Valorlis. Deste total, 5.809 toneladas dizem respeito ao vidro (aumento de 11% face a 2020), 5.982 toneladas de papel/cartão (aumento de 2%), e 2.833 toneladas de embalagens de plástico e metal (aumento de 6%). O esforço de recolha selectiva nos concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós resultou na poupança de 89 mil árvores, metal que permite fabricar mais de 42 milhões de latas de 0,33 litros, plástico suficiente para produzir mais de 6,9 milhões de t-shirts XL e a quantidade de vidro que permite produzir cerca de 16,5 milhões de garrafas de 0,75 litros.

A Valorlis iniciou um serviço de contacto e apoio aos cidadãos da região – a Linha da Reciclagem, um serviço de atendimento público, gratuito e nacional, criado para dar respostas eficazes, nomeadamente, responder a dúvidas, pedidos de informação, sugestões, reclamações, elogios e pedidos de serviço relacionados com a recolha e tratamento de resíduos urbanos.

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Este novo serviço do Grupo EGF, do qual a Valorlis faz parte, dá resposta a 6 municípios: Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós. Para tal, podem usar-se os seguintes contactos gratuitos: - Telefone: 800 911 400 - Site: linhadareciclagem.pt - E-mail: atendimento@ linhadareciclagem.pt A linha de atendimento

funciona de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 20h00, e do outro lado da linha encontrará operadores experientes que o vão ajudar com todas as dúvidas e questões para as quais precise de ajuda. Também poderá utilizar o novo website com informações úteis e de contacto mais fácil e directo, que permitem resolver com eficácia as suas questões.

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pitação nos últimos meses e do número de dias com precipitação, com efeitos nefastos ao nível das reservas de água e escassez de recursos hídricos para a actividade agrícola. Assim, em complemento com as acções já desenvolvidas pelos municípios, a CIM da Região de Leiria, na sua reunião do dia 15 de Fevereiro, decidiu adoptar medidas comuns e de articulação entre os 10 municípios da Região de Leiria, consubstanciadas em definir um Plano Intermunicipal de Gestão de Recursos Hídricos e

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Câmara e Assembleia aprovam empresa municipal para substituir concessão privada

Em Assembleia Municipal extraordinária, no passado dia 31 de Março, foi aprovada a constituição de uma empresa municipal para gestão do serviço de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público do concelho da Batalha. Termina, assim, o contrato de concessão à empresa Águas do Lena, que vigorou nos últimos 25 anos, iniciada em 1996 quando Raul Castro era também presidente. A bancada do PSD absteve-se e a Concelhia deste partido já veio criticar a decisão, referindo que “resulta em mais custos com remunerações e de exploração, não tem suficiente fundamento técnico ou financeiro, e vai gerar inevitáveis aumentos no preço da água que é paga pelas famílias e empresas do concelho da Batalha”. Em comunicado, o PSD refere que o modelo existente “apresenta níveis elevados de qualidade de serviço, sem falhas no fornecimento e com 100% de garantia de água segura”, além de garantir “a água mais barata da região e sem quaisquer custos para o Município, motivo de alívio para os orçamentos das famílias, mas também para o equilíbrio das contas municipais”. O

comunicado aponta o exemplo da Tejo Ambiente, empresa intermunicipal que registou um saldo negativo de 2,2 milhões de euros no ano passado e refere que a municipalização do serviço “suscita as maiores dúvidas de transparência e que se traduzirá na duplicação de custos para o sistema de águas, com consequências no curto e médio prazo de aumento das tarifas”. Já o BTMI saiu em defesa do executivo e acusa o PSD de se demitir da decisão e de esconder que “a poucos meses das eleições autárquicas de 2021, o anterior presidente da Câmara preparou um modelo de serviços municipalizados, já com unidades orgânicas e serviços definidos, com o objectivo de internalizar no Município estes serviços”, num modelo que repartia entre Município e concessionária 50% dos custos de investimento necessário para a renovação da rede de condutas e que teve parecer negativo da ERSAR. O mesmo comunicado adianta ainda que o actual executivo avaliou esse parecer e elaborou “um estudo capaz de integrar os investimentos a realizar pela concessionária”, em que esta “teria obrigatoriamente de

repercutir no tarifário estes investimentos, orçados em mais de 5,2 milhões de euros”. Por outro lado, o actual programa comunitário POSEUR “apenas considera como elegíveis para apoios a fundo perdido as autarquias, empresas municipais, empresas intermunicipais e serviços municipalizados”. Assim, “o modelo proposto de internalização dos serviços de abastecimento de água do concelho apresentado na Assembleia Municipal enquadra a capacidade de financiamento comunitário para a execução destas intervenções, mitigando o eventual agravamento do tarifário a aplicar e contempla uma gestão mais ágil e eficiente”.

Ucrânia, Bispo e discussão política

Cerca de um mês antes, a 25 de Fevereiro, decorrera a Assembleia Municipal ordinária. Antes da ordem do dia, dois momentos importantes com aprovação por unanimidade de um voto de solidariedade com o povo da Ucrânia, invadido pela Rússia no dia anterior, e também de uma proposta de atribuição da Medalha de Honra do Município ao bispo emérito e cardeal D. António Marto

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Quanto à ordem do dia, a maioria refente a obras e programas municipais em curso, com destaque para aprovação de um empréstimo de 1 milhão de euros até final do ano, para resolver problemas de tesouraria. Em resumo, a discussão é sobretudo política: por um lado, a nova maioria BTMI a defender que há problemas financeiros a dificultar o curso dos trabalhos e vários projectos mal elaborados que obrigam a nova negociações, protocolos e candidaturas a investimento; por outro, a bancada do PSD a apontar sinais que evidenciam uma herança de saúde financeira e vários projectos que apenas precisam de avançar, apenas travados pelo “discurso de negação da realidade” por parte do executivo. Pelo meio, a única intervenção de ruptura vem do deputado da Iniciativa Liberal, que vai pedindo esclarecimentos sobre o uso de dinheiros públicos e contratos firmados pela autarquia e propondo medidas de menos peso da gestão camarária e menos impostos para pessoas e empresas. No final da sessão, houve ainda espaço para alguma tensão em torno da tomada de

DR

A dança das águas

posição dos vereadores do PSD e das reacções que se seguiram por parte do BTMI e da Junta da Golpilheira, em relação à entrega da antiga Extensão de Saúde da Golpilheira à Misericórdia da Batalha para instalação de um Centro de Dia nesta freguesia. De parte a parte, a acusação de falta de verdade e de ofensas que levaram ao uso da figura de “defesa da honra” por parte de alguns vereadores e a alguma dificuldade em manter aquilo a que se pudesse chamar “ordem na sala”. Talvez a revisão do regimento possa vir a clarificar no futuro o procedimento a adoptar para obviar estas situações. LMF

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Dar graças pelo regresso da festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos

Grupo, que integra nascidos em 1980, 1981 e 1982, naturais ou residentes na freguesia, participou na peregrinação diocesana a Fátima. Os festeiros de 2022 juntaram-se, no passado dia 3 de Abril, para cumprir a pé a peregrinação diocesana a Fátima, numa jornada que, além do seu sentido devocional, serviu também para estreitar os laços de amizade deste grupo de quarentões, que está a preparar o tão esperado regresso da Festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. O dia começou ainda antes do raiar do sol, com a partida do adro da igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Golpilheira, para um percurso feito pelo meio da natureza, no ambiente de boa disposição que tem caracterizado os encontros semanais deste grupo. À chegada a Fátima, e antes da entrada no recinto de oração do santuário, houve ainda tempo para repor energias, num pequeno-almoço onde se recordaram os percalços da viagem e se aproveitou para rever pormenores de alguns dos projectos já em marcha pelos festeiros de 2022, nomeadamente, o festival das sopas, a 30 de Abril, e uma festa que recordará, através da música, a década de 1980, a 14 de Maio.

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Fotos: DR

Festeiros de 2022 foram a pé a Fátima

Na escadaria da nossa igreja, prontos a partir

Durante a missa da peregrinação diocesana

A retemperar as forças e a planear eventos próximos...

Nem todos os festeiros puderam participar nesta actividade. Ao todo são cerca de 40, só na organização mais directa da festa.

Já no santuário, durante a Missa da peregrinação, o grupo deu graças pela alegria e dedicação que tem dado ânimo ao trabalho frutífero com vista ao regresso tão aguardado das festas religiosas

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à Golpilheira, num empenho que se tem estendido também a uma participação generosa da comunidade, em inúmeros contributos e doações. O grupo dos Festeiros de 2022 reúne-se semanalmente

no salão de festas da igreja. Além das dinâmicas referidas, têm-se vendido bolos e amêndoas, à saída da Missa de domingo e, no Domingo de Páscoa, foi sorteado um leitão assado entre rifas previamente

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vendidas. A Festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos realiza-se entre 30 de Julho e 1 de Agosto deste ano. Diogo Alves


eclesial

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

. palavra dopároco .

Vida cristã

P. Armindo Castelão Ferreira Batalha e Reguengo do Fetal

As festas da catequese vão sendo retomadas, à medida que a pandemia vai permitindo o regresso das habituais dinâmicas da comunidade cristã. No dia 6 de Março, o grupo do 5.º ano celebrou a sua Festa da Esperança. No dia 20, foi a vez do grupo do 7.º ano fazer a festa das Bem-Aventuranças. Todos estiveram, também, envolvidos na adoração eucarística das “24 horas para o Senhor”. O Santíssimo esteve exposto ininterruptamente na

Como se manifesta esta presença nas nossas vidas, nas nossas famílias, nas nossas comunidades? Páscoa – a reunião das famílias, os afilhados, os padrinhos, os folares, as amêndoas, a limpeza especial das casas, as flores e os jardins, a visita pascal… Quem não traz à memória estes momentos? São momentos importantes que nos fortalecem para a dificuldades do nosso dia-a-dia. Momentos ou eventos que nos levam a criar relações novas com os nossos familiares, vizinhos, colegas… Já por si isto é agradável a Deus. Tudo o que contribui para a nossa alegria, paz, felicidade, comunhão é agradável a Deus. Por isso não podemos deixar de cuidar de tudo isto conforme as nossas possibilidades. Mas, podendo ir mais longe, não fiquemos por aqui. Será que a Páscoa não poderá ser mais que isto? Páscoa é presença de Cristo Ressuscitado em todas as dimensões da nossa vida e das nossas famílias. Sinal desta presença é, sem dúvida, a tradicional “visita pascal”. A oração na casa que acolhe, presidida por um sacerdote, diácono, ministro da Comunhão ou por um outro leigo, acompanhada pela família, e por algumas outras pessoas enviadas em nome da comunidade paroquial, tornam Cristo Ressuscitado presente naquela “igreja doméstica”: “onde dois ou três se reunirem em Meu nome, Eu estarei no meio deles”. Esta visita é, com certeza, um momento alto da vivência da Páscoa quando acolhida e participada pelas pessoas que constituem a família. Não se faz para benzer as casas, mas antes para tornar Cristo presente na vida da família e de cada um dos seus membros. E com esta presença teremos todas as bênçãos. Mas este é somente um momento na vida da família, e Cristo Ressuscitado quer ser (e nós precisamos que seja) uma presença contínua em cada

família. E cada família precisa desta presença “como pão para a boca”. Como fazer? O Papa Francisco, na Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”, dedica dois números, o 317 e 318, a este tema. Intitula-os deste modo: “Unidos em oração à luz da Páscoa”. “Se a família se consegue concentrar em Cristo, Ele unifica e ilumina toda a vida familiar… Nos dias amargos da família, há uma união com Jesus abandonado, que pode evitar uma ruptura… Por outro lado, os momentos de alegria, o descanso ou a festa, e mesmo a sexualidade são sentidos como uma participação na vida plena da sua Ressurreição… A oração em família é um meio privilegiado para exprimir e reforçar esta fé pascal. Podem encontrar-se alguns minutos cada dia para estar unidos na presença do Senhor vivo, dizer-Lhe as coisas que os preocupam, rezar pelas necessidades familiares, orar por alguém que está a atravessar um momento difícil, pedir-Lhe ajuda para amar, dar-Lhe graças pela vida e as coisas boas, suplicar à Virgem que os proteja com o seu manto de Mãe. Com palavras simples, estes momentos podem fazer muito bem às famílias. (…) O caminho comunitário de oração atinge o seu ponto culminante ao participarem juntos na Eucaristia, sobretudo no contexto do descanso dominical. Jesus bate à porta da família para partilhar com ela a Ceia Eucarística”. E permitam-me que acrescente: Quando os membros da família aproveitam como família e como indivíduos a oportunidade de participar no sacramento da Confissão, recebem a graça para recomeçar, para se perdoarem mutuamente, para renovar a aliança de amor mútuo… Com Ele, Cristo Ressuscitado, cada um de nós e a nossa família encontrará sempre a luz para o caminho certo e a força para caminhar ultrapassando tudo o que se opõe à unidade, à paz e à comunhão. Feliz Páscoa hoje e cada dia da nossa vida!

LMF

Páscoa – Presença de Cristo Ressuscitado

5.º ano

DR

armindo.ferreira3@gmail.com

Catequese activa

24 horas para o Senhor

LMF

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7.º ano

igreja matriz da Batalha, das 19h00 de sexta-feira às 20h00 de sábado, e a comunidade da Golpilheira assegurou a presença em adoração e oração das 00h00 às 02h00. Durante o dia de sábado, o tempo foi distribuído pelas catequeses e também por ali passaram os vários grupos da Golpilheira, das 11h00 às 13h00. Também foi feita a caminhada da Quaresma proposta pelo Secretariado Diocesano da Catequese: a cada domingo um grupo esteve a apresentar

os símbolos que representavam o sínodo em curso e a circunstância especial de termos mudado de bispo. As festas da catequese continuam, com a Primeira Comunhão do 3.º ano no domingo 8 de Maio, a Festa do Pai-Nosso do 2.º ano no domingo 15 de Maio, a Comunhão Solene do 6.º ano no sábado 21 de Maio (será para todos no Mosteiro, às 16h00) e a Festa da Palavra do 4.º ano no domingo 5 de Junho.


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Encontro vicarial da catequese

Dois grupos do centro de catequese da Golpilheira participaram, na tarde de 12 de Março, numa actividade de âmbito vicarial que reuniu, na Batalha, mais de uma centena de jovens do 9.º e 10.º anos da catequese. “O que te enche o coração?” foi o tema que serviu de guia a este encontro onde, através de diversos testemunhos vocacionais, dinâmicas de grupo e momentos de oração, os adolescentes foram desafiados a reflectir sobre a vocação pessoal, na perspectiva do serviço à Igreja e à comunidade. Ao longo das várias salas e espaços do centro paroquial da Batalha, os participantes puderam conhecer e inspirar-se na vida de diversos santos da Igreja: Santa Teresa de Calcutá, São João Paulo II, São Francisco de Assis, São

Poucos fiéis a aproveitar a formação

Vigararia da Batalha com o cardeal D. António Marto

Cerca de centena e meia de fiéis das paróquias de Aljubarrota, Batalha, Calvaria, Juncal, Pedreiras e Reguengo do Fetal participaram num encontro vicarial com o, então, administrador apostólico diocesano, cardeal D. António Marto, no passado dia 4 de Março, no âmbito do triénio pastoral em curso, sobre a Eucaristia. O encontro, no salão do centro paroquial da Batalha, começou, precisamente, por um momento de adoração eucarística, uma celebração em que todas as paróquias se fizeram representar como comunidades de fé e receberam a bênção do Santíssimo. Depois, D. António Marto apresentou uma reflexão sobre o tema, começando por referir a “crise eucarística” que se sente no mundo actual, sobretudo pela “perda do verdadeiro sentido da Santa Missa”, muitas vezes vista como “mera oração”, como “rito religioso” de homenagem aos defuntos ou “cumprimento de um preceito”, como “hábito social” ou “solenização de um evento”, ou ainda como “sacrifício” que se oferece a Deus pelo simples facto de se esforçar por nela participar. Daqui advém, defendeu o Cardeal, uma “emergência eucarística”, uma necessidade de “limpar teias de aranha” que se exige, tanto a leigos como a clérigos. A esse propósito, recordou com um toque de humor alguns episódios da sua juventude de presbítero, em que não celebrou a Missa por sentir que “nada tinha a

oferecer a Deus naquele dia”, ou porque eram poucas as pessoas que tinha consigo para a celebração. “Aprendemos com a vida e com o testemunho de quem nos alerta para o verdadeiro sentido da Eucaristia”, continuou, frisando que “não vamos para oferecer, mas sim para receber o dom divino por excelência, a presença viva e real de Deus, na sua Palavra e no Corpo e Sangue – na Pessoa – de Jesus Cristo. “Somos convidados ao encontro com Ele”, em primeiro lugar, pela Palava que “não é história ou memória, mas sim com que nos fala hoje no concreto da nossa vida e da nossa história”. Por isso, a importância de preparar bem os leitores – proclamadores – da Palavra de Deus. E encontro, depois, com o mistério da sua morte e ressurreição, “da entrega total e definitiva para nos salvar”, mistério que se torna presente e real na comunhão que nos convida a fazer “física e espiritualmente” com Ele. Por fim, é a Missa que “nos torna corpo em comunhão” e “nos envia em missão”, pois “é no mundo que se concretiza o dom da Eucaristia que celebramos”. A pergunta a fazer, perante a plena compreensão deste dom maior que Jesus deixa à Igreja para que o ofereça ao mundo, é “como participamos”? Nenhuma resposta é válida se não for “activamente, com alegria, como oferta amorosa de vida, e na disponibilidade para acolher e

testemunhar o dom de Deus”. Só assim a Missa será a “fonte e força” de toda a vida cristão. No mesmo sentido, sublinhou a importância da adoração eucarística, “para a qual devemos reservar algum tempo, como acção de graças, louvor e presença contemplativa diante deste mistério do amor e da ternura de Deus”. Com despedida marcada para o domingo seguinte, o agora bispo emérito de Leiria-Fátima, aproveitou para agradecer o acolhimento, carinho e testemunho de fé que recebeu nesta diocese e, concretamente, destas comunidades da vigararia da Batalha. Manifestou-se disponível para continuar a servir esta Igreja e o Evangelho junto de nós, embora já não como pastor, múnus confiado ao bispo D. José Ornelas, que assumiu a 13 de Março, para quem pediu “o mesmo bom acolhimento e colaboração” que sentiu nos últimos 16 anos. Também estas paróquias quiseram agradecer a D. António Marto a sua dedicação e a “sábia e amorosa” partilha do seu episcopado, ofertando-lhe simbolicamente um vinho regional e um ramo de flores. Foi, ainda, lida uma mensagem de saudação e testemunho de “admiração e gratidão” do provedor da Misericórdia da Batalha, Carlos Monteiro, ausente por motivos de saúde. O serão ficou completo com um breve beberete de convívio informal. Luís Miguel Ferraz

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Adoração eucarística deu o mote para a reflexão

9.º ano

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LMF

Adolescentes da Golpilheira reflectiram sobre a sua vocação

10.º ano

João Maria Vianey, Santa Teresa do Menino Jesus e os Santos Francisco e Jacinta Marto, num conjunto de testemunhos que foram apresentados como motivação e convite para o dom de acolher e a pôr ao serviço uma resposta vocacional pessoal. A actividade, que foi organizada pela equipa vicarial da catequese da Batalha, em conjunto com o Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Leiria-Fátima e a ajuda do grupo de catequistas dos anos envolvidos, terminou com um breve plenário e a participação na Missa, celebrada no Mosteiro da Batalha, num momento que também serviu de partilha das reflexões que o dia proporcionou. Os catequistas Andreia e Diogo


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eclesial

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Semana Santa

Fé celebrada e vivida intensamente A Comunidade Cristã da Golpilheira voltou a reunir-se na sua igreja no Domingo de Páscoa, continuando a celebração da ressurreição em ambiente de festa e alegria pascal.

LMF

Visita Pascal

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Procissão do “Enterro do Senhor” na Batalha

com o acendimento do lume novo, no exterior do Mosteiro. Depois da celebração, de novo no exterior, muitos participaram num convívio, com alguns petiscos partilhados por alguns e preparados pelo Agrupamento de Escuteiros da Batalha.

Cova do Picoto. Não haverá visita casa a casa, mas apenas passagem pelas ruas principais, pelo que as famílias deverão juntar-se à porta de casa ou nas proximidades de onde vai passar o anúncio de Cristo ressuscitado. Luís Miguel Ferraz

Representantes de todas as comunidades no lava-pés

momento de adoração à cruz, foi seguida pela tradicional procissão do “Enterro do Senhor”, que desde há dois anos não se fazia, pelas ruas da vila. Várias centenas de fiéis seguiram ou ladearam pelo caminho o cortejo com os painéis dos mistérios do Rosário, a urna do Senhor Morto, a imagem de Nossa Senhora das Dores

e as três personagens vivas da Verónica, Maria Madalena e S. João Evangelista, com acompanhamento musical da Filarmónica da Maceira. O sermão, junto à porta lateral, foi proferido pelo padre Eduardo Caseiro. A grande Vigília Pascal foi uma verdadeira festa da ressurreição de Cristo, iniciada

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maioria das pessoas ficava de fora. Correu muito bem, com muitas crianças da catequese a levantar felizes os seus ramos e, depois do Evangelho que recordou a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, seguirem em procissão para a igreja de Nossa Senhora de Fátima, onde se celebrou a Missa. Também na Golpilheira e igualmente com a participação de muitas crianças da catequese, fez-se a Via-Sacra na igreja, na manhã de Sexta-Feira Santa, com as diversas estações distribuídas pelos vários grupos de catequese. O tríduo pascal celebrou-se na paróquia, iniciando-se na Quinta-Feira Santa com a Missa da Última Ceia e o momento de Lava-Pés, seguida de procissão eucarística dentro do Mosteiro, prolongada com a oração junto do sacrário. Na Sexta-feira Santa, a celebração da Paixão, com o

A Visita Pascal vai acontecer na paróquia em moldes semelhantes aos do ano passado. Na Golpilheira será no 3.º domingo de Páscoa, dia 1 de Maio, iniciando-se pelas 14h00 em Bico Sachos, seguindo por Hortas, Casal Benzedor, Carvalhal, centro da Golpilheira, S. Bento, Casal de Mil Homens, Salgueiral, Arieira, Picoto e

Bênção dos Ramos na Golpilheira

Via-Sacra na Golpilheira

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É a Semana Maior dos cristãos e a comunidade da Golpilheira viveu-a intensamente, sendo o tríduo pascal em conjunto com a paróquia da Batalha, este ano sob a presidência do vigário paroquial, padre Tiago Silva. Tudo começa no Domingo de Ramos, com o retomar da procissão que desde há dois anos não se realizava por causa da pandemia. Este ano, pela primeira vez, fez-se no largo da Junta, junto à igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, permitindo que todos pudessem participar na bênção dos ramos, já que a pequena igreja ficava sempre a abarrotar e a

Bênção da água do Baptismo com o Círio Pascal


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

LMF

Imagem de Nossa Senhora do Fetal é objecto de estudo, conservação e restauro

Toda a população colabora

Reguengo do Fetal

“Procissão dos Caracóis” quer ser Património Cultural Imaterial “Vamos ajudar a classificar a Procissão dos Caracóis como património cultural imaterial” é o mote da campanha que iniciou a candidatura da secular celebração das Festas de Nossa Senhora do Fetal à classificação como Património Cultural Imaterial de Portugal. Envolvendo a Paróquia e a Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal, a Câmara da Batalha e o Museu da Comunidade Concelhia, o processo é complexo e exige vários requisitos técnicos, estando a ser conduzido em articulação com a Direcção Geral de Cultura do Centro. Uma das condições para a classificação é que a tradição/ manifestação continue viva, o que acontece neste caso, já que a “Procissão dos Caracóis” é actualmente o evento de maior expressão popular

naquela freguesia, envolvendo todas as gerações, incluindo os emigrantes. Como sabemos, o centro da festa são as duas procissões nocturnas, a primeira, no último sábado de Setembro, com a descida da imagem de Nossa Senhora da sua ermida até à igreja paroquial, e a segunda, no sábado seguinte, com o regresso da imagem ao seu santuário. Esta tradição está documentada em milhares de fotografias, vídeos, artigos de jornal, livros, entre outros suportes, que a organização da campanha pretende reunir. Os interessados em colaborar deverão enviar contributos para o e-mail procissaodoscaracois@gmail.com. Está prevista para Dezembro uma exposição de alguns desses registos no Posto de Turismo da Batalha.

A Comissão da Fábrica da Igreja da paróquia da Nossa Senhora dos Remédios, do Reguengo do Fetal, tem em curso obras de restauro e conservação da imagem da Senhora do Fetal. Esta imagem é muito antiga, não sendo possível determinar com rigor em que ano foi mandada executar. É feita de pedra branca, com pintura policromada, e representa Senhora sentada, com o Menino sobre o joelho esquerdo, tendo a altura de 38 centímetros. O padre Jacinto dos Reis, no livro “Invocações de Nossa Senhora”, refere que “o culto da Senhora do Fetal vem de tempos imemoriais e existe referência de que «El-Rei D. Duarte (1433-1438) confirmou um privilégio que a confraria já tinha há muitos anos». A documentação existente indica que, por volta do ano de 1680, a imagem foi a encarnar de novo (pintura do ícone), trabalho realizado por um religioso Arrábido. Este trabalho foi mandado executar por Dom Frei José de Lencastre, Bispo de Leiria, de 1681 a 1694”. Ao longo dos anos, a pintura foi-se degradando, encontrando-se actualmente muito deteriorada, apresentando algumas lacunas e verificando-se falta de expressão no rosto da Senhora e do Menino. Foram contactados alguns especialistas no sentido de se perceber qual a hipótese de se proceder aos trabalhos de conservação e restauro da imagem e qual seria a melhor técnica e metodologia mais adequada para a realização deste trabalho. Depois do parecer da comissão técnica de acompanhamento, liderada por Marco Daniel Duarte, do Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima, foram solicitados orçamentos a três empresas da especialidade. Com a autorização do bispo de Leiria-Fátima, os trabalhos foram adjudicados e, em Outubro de 2021, a imagem foi enviada para o ateliê. No decorrer dos trabalhos, foi sugerido que esta escultura em pedra policromada

de Nossa Senhora de Fetal fosse objecto de um estudo científico. Este estudo terá como principal objectivo aprofundar um pouco mais o conhecimento desta obra (nunca antes realizado), através de métodos de exame e análise, que também irão auxiliar no tratamento da peça e na valorização perante a comunidade científica. O estudo científico é realizado por Vanessa Henriques Antunes, investigadora da Universidade de Letras de Lisboa. Este projecto contempla a análise estratigráfica e será utilizada a espectroscopia de Raman. No final, será escrito um artigo científico internacional que compilará o estudo e a intervenção desta escultura. Para o efeito foram recolhidas micro amostras da tinta que foram enviadas para laboratório e estão a ser estudadas. Espera-se que os trabalhos estejam concluídos em breve e que a imagem possa durar mais uns séculos sem que sejam necessárias outras intervenções. António Joaquim Neto

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cultura

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

CEPAE elege órgãos para 2022-2024

Rosas do Lena promove

Exposição de instrumentos tradicionais no turismo Inserida no tema genérico “O Museu Desceu à Vila”, o Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, tem patente, até ao dia 25 de Abril, no Posto de Turismo da Batalha, mais uma exposição, desta vez dos instrumentos musicais de uso popular, da colecção do Museu Etnográfico da Alta Estremadura/Casa da Madalena. “Instrumentos Musicais da Tradição da Alta Estremadura” exibe uma grande diversidade de instrumentos oriundos, na sua maioria, do Museu Etnográfico da Alta Estremadura, tutelado pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena. Dos instrumentos em exposição, destacam-se aqueles construídos a partir de materiais oriundos da natureza, como as madeiras, as canas, o barro e as peles de animais. Destes, são exemplo os pífaros, as ocarinas, os “sapos”, os “cartaxos”, os “cucos” e a gaita-de-foles. Também as cordas se revelam nesta exposição, merecendo a viola toeira uma relevância especial, já que há registos da utilização deste instrumento na Batalha. Mas há mais estrelas musicais nesta exposição. Os harmónios, adoptados no nosso país a partir do final do século XIX, tiveram um lugar de excelência nas manifestações populares estremenhas. Este instrumento, junto com as concertinas, ou as gaitas de beiços exibem-se nesta mostra que visa promover e perpetuar a cultura popular da Alta Estremadura. A exposição pode ser visitada, diariamente, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

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Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Valorizar o património regional No passado dia 30 de Março, decorreram as eleições para os órgãos sociais do Centro de Património da Estremadura (CEPAE) para os próximos os anos 2022-2024, reconduzindo Adélio Amaro como presidente da direcção, acompanhado por Luís Miguel Narciso (vice-presidente), Dulce Giró (secretária), André Camponês (tesoureiro) e Levi Bolacha (vogal). A Assembleia Geral é presidida pela Câmara da Batalha, secundada pelas câmaras da Marinha Grande (vice-presidente) e de Porto de Mós (secretária). O Conselho Fiscal tem a presidência do Município de Leiria, com as câmaras de Pombal e de Ourém como vogais. Em nota à comunicação social, Adélio Amaro refere a intenção de continuar o trabalho

que tem vindo a ser desenvolvido pela associação e, “mesmo com a instabilidade e incerteza que o mundo atravessa”, acredita que “seremos capazes de continuar a procurar novos caminhos para a defesa do património da nossa região, contribuindo para a valorização da sua identidade”. Para tal, conta com “a colaboração de todos os associados”, certo de que “a lista agora eleita e renovada tem uma visão de património alargada, global e aberta ao futuro, bem como uma visão cultural do património indissociável da sua componente turística, potenciadora do desenvolvimento da região, mas também das indústrias criativas e da inovação através do design”. Do “vasto e ambicioso plano de actividades” consta a come-

moração do 30.º aniversário do CEPAE (1993-2023), com a realização de um grande congresso em contínuo, a realizar em 7 concelhos, durante 7 dias, ao longo de um ano. O presidente reeleito pretende “reforçar as parcerias com outras associações e instituições de objectivos e características congéneres, de forma a rentabilizar recursos e obter uma maior projecção das acções”, bem como “dar primazia à investigação, uma marca inequívoca do CEPAE e distintiva face a outras associações” e que tem resultado na edição de diversas publicações. Esse será um dos objectivos a prosseguir, pois “para melhor preservar é necessário conhecer”.

Encontro na Quinta do Sobrado

Tocadores de instrumentos tradicionais O Rancho Folclórico do Penedo organizou, no dia 10 de Abril, o seu 18.º Encontro “Falando de Etnografia”, que incluiu a 2.ª edição do Encontro de Tocadores de Instrumentos Tradicionais. O evento, no Centro Cultural e Recreativo da Quinta do Sobrado e Palmeiros, começou com um almoço de convívio, seguindo-se

uma sessão moderada por João Cerejo Lameiro, com os oradores convidados Ana Rita Leitão, ex-presidente da Associação do Folclore da Região de Leiria e Alta Estremadura (tema: “Organizar eventos culturais”), Marco Tomas (tema: “Transposição de recolhas para pautas”) e Américo Magalhães (tema: “Transposição

do cancioneiro para pautas”). A animação, além do rancho anfitrião, contou com a participação de: Os amigos da Concertina, Grupo de Cantares de Alfândega da Fé, Grupo de Cavaquinhos da ASSV S. Jorge, Os Amigos do Cavaquinho, 3empipa e Grupo de Música Popular do Penedo.

Segredos e curiosidades sobre a História e o Património da Batalha • 2

De onde veio a inspiração para peculiares chaminés de São Mamede? Muitas são as razões para se escolher a localidade de São Mamede, no Concelho da Batalha, para uma jornada cultural ou um passeio pela Natureza. A paisagem serrana oferece formações geológicas naturais com milhões de anos, como grutas, algares e lapiás, e surpreende com construções humanas, como os moinhos ou os muros de pedra solta. Uma particularidade que não passa despercebida em São Mamede são as icónicas chaminés que se destacam nalguns telhados. Imponentes, estas chaminés altas e circulares, fazem adivinhar uma grande lareira no interior. Associamos este tipo de chaminé à região algarvia, cuja origem se crê associada à forte e prolongada presença árabe na zona sul do nosso país. A dimensão e a ornamentação deste tipo de chaminés sugeriam o prestígio e o poder família pertencente. Em São Mamede, desconhece-se, no entanto, a origem deste tipo de chaminé

que tanto se assemelha ao estilo algarvio. Contam os mais antigos que as primeiras casas decoradas com estas chaminés pertenciam a um morador abastado. Este terá ordenado que, na construção das casas

das filhas, os telhados se destacassem por imponentes chaminés. É possível que este gosto tenha bebido da influência das construções algarvias, mas não temos elementos que comprovem esta relação. O

certo é que foi ditada uma tendência e, ao longo dos tempos, os populares foram-na replicando por toda a freguesia. Uma fotografia, registada na Batalha, nos finais do século XIX, também revela uma chaminé redonda numa casa situada frente à fachada principal do mosteiro muito semelhante àquelas que ainda hoje prevalecem em São Mamede. Ficou curioso? Visite São Mamede e atente às diversas chaminés cilíndricas que decoram os telhados da freguesia. E visite também o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha para saber mais curiosidades sobre a nossa história e o nosso património. O museu abre de quarta-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Siga-nos através das redes sociais (Facebook: MCCB – O museu de todos) e acompanhe as nossas actividades.


cultura • 19

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Foi cultura

Agenda cultural • Leiria Cultura 2027

Poesia, o Diálogo e a Diversidade “Há Poesia na Batalha” foi uma iniciativa que animou a vila da Batalha no mês de Março, no contexto do Dia Mundial da Poesia, celebrado a 21. Encontros de declamação de poesia na Biblioteca Municipal, painéis com poemas a decorar algumas ruas, uma sessão temática com o escritor Carlos Silva e um concurso de poemas foram algumas das iniciativas promovidas, além da apresentação online de alguns livros infantis.

Candidatura de Leiria está fora De 8 a 10 de Março, no CCB, em Lisboa, as 12 cidades portuguesas candidatas a Capital Europeia da Cultura 2027 tiveram a oportunidade de apresentar e defender as suas candidaturas perante um painel de especialistas internacional. No dia 11 de Março, após deliberação, decorreu a conferência de imprensa em que Beatriz Garcia, presidente do referido painel, anunciou a lista das quatro cidades que passaram à fase final da competição: Aveiro, Braga, Évora e Ponta Delgada. Estas terão, agora, a oportunidade de acolher as recomendações do painel de especialistas e de reverem as suas candidaturas, com vista à selecção final, cujo anúncio deverá ocorrer no final do ano. Deste modo, a candidatura que tem Leiria como primeiro responsável não foi umas das escolhidas pelo júri. Ainda assim, “as equipas de trabalho constituídas manter-se-ão em actividade e a responsaPUB

bilidade assumida em 2019 não será afectada, devendo o compromisso da Rede Cultura 2027 ser ajustado”, referem os responsáveis. Sem a comparticipação dos fundos a que o título de Capital Europeia da Cultura daria acesso, o modelo de financiamento da Rede será revisto. Recorde-se que a candidatura de Leiria foi tornada pública em 2016. De então para cá, o município de Leiria empenhou-se em construir um projecto de raiz, sólido, susceptível de ganhar a adesão de um vasto território social e institucional e de mobilizar e densificar a sua capacidade criativa. Este esforço foi discutido e mereceu a adesão de 25 municípios distribuídos por 3 comunidades intermunicipais distintas (Leiria, Oeste, Médio Tejo), 2 politécnicos (Leiria e Tomar), uma associação empresarial (o NERLEI) e a Diocese de Leira-Fátima. Em princípios de 2019, estas entidades formaram a

Rede Cultura 2027, assinando um manifesto, constituindo o seu modelo de governação e realizando o seu primeiro Congresso no ano seguinte. Foi já neste enquadramento que se constituíram as equipas de trabalho que escutaram os agentes e criadores do território, estabeleceram plataformas de acção e desencadearam a formação de redes específicas, daí resultando o programa de candidatura que foi submetido ao júri internacional nomeado pela Comissão Europeia para deliberar sobre aquela que virá a ser indicada por Portugal. Esse documento tem como título “Cuidar do Comum”. Fonte: Rede Cultura 2027

Contos pequenos para gente grande

“Pó de estrelas”

O Jardim de Infância da Golpilheira recebeu a adorável visita dos utentes da Casa do Mimo, que presentearam as crianças com um lindo teatro de fantoches, com a história “Pó de Estrelas”, e actividades de expressão plástica alusiva. As crianças e adultos adoraram todas as componentes da actividade e estão desejosas de os visitar também. AEB

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Capital Europeia da Cultura 2027

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desporto

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Campeonato nacional de TT O Campeonato Nacional Todo-o-Terreno 2022 começou nos dias 18 a 20 de Fevereiro, com a 1.ª prova na Baja dos Montes Alentejanos, em Beja. Grandes novidades para o piloto golpilheirense Cesário Santos, após a sua conquista em 2021 na categoria da Taça de Portugal, dado que este ano abraçou um projecto mais ambicioso, aceitando uma proposta do chefe de equipa de mecânicos Nelson Falardo, da Fera Racing Competições, para ir para a categoria T8 com um carro totalmente diferente. A condição é que durante este campeonato ajude a desenvolver este carro, pois já há muito tempo que não tem rolado. A Fera Racing conta com a experiência de Cesário Santos para tornar o carro mais competitivo, fazendo dele como que um “piloto de testes” em 2022. “A prova de Beja correu particularmente bem, deu para perceber que o carro, com alguns

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Cesário com carro mais potente

melhoramentos e afinações, irá certamente andar nos lugares cimeiros, pois houve alturas da prova em que andou nesses lugares”, refere Cesário Santos. Na 2.ª prova, em Grândola, nos dias 18 a 20 Março, isso veio a confirmar-se. O piloto golpilheirense, na sua nova máquina já com algumas alterações, conseguiu terminar em 6.º lugar e assim amealhar os seus primeiros 10 pontos nas

contas do campeonato. “Foi uma prova basicamente toda realizada num traçado de areia, em que a experiência dos passeios feitos noutros tempos ajudou”, confessa Cesário Santos. Sentindo que “a máquina está a começar a querer andar”, o piloto afirma que vai “prova a prova tentar terminar e somar o máximo de pontos, pois este é um projecto a longo prazo”.

Com meta na Torre

Ultramaratona de BTT

O “Torneio da vila”, competição de futsal entre associações do Concelho, está de regresso depois de 2 anos de pandemia. A organização está a cargo do Núcleo SCP da Batalha, em colaboração com a Câmara Municipal. Ainda sem data definida, deverá iniciar-se na semana de 23 a 29 de Maio, com paragem na semana da FIABA.

Organizada pelo Centro Desportivo e Recreativo da Torre, terá lugar no próximo dia 21 de Maio a primeira edição da Ultramaratona BTT “Pão de Kilo”, num percurso de 180 km ao longo das magnificas paisagens das Serras de Aire e Candeeiros. Beneficiando das condições ímpares que a serra proporciona, a primeira edição desta Ultramaratona – pioneira na região e que visa colocar esta prova no calendário nacional – nasceu pela paixão dos muitos atletas da modalidade que, ao longo do tempo, definiram um percurso de treino que circunda o Parque Natural da Serra D´Aire e Candeeiros (PNSAC) e que comungam de elevada experiência através da participação em eventos parceiros. A prova oferece a possibilidade

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“Torneio da vila” está de regresso

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de participação em dupla ou a solo, apostando ainda na possibilidade de, para além do BTT, poder efectuar-se em Ebike e Gravel, em linha com as tendências actuais da modalidade. O percurso conta com passagem em vários pontos emblemáticos, entre os quais a Serra da Maunça, as Salinas de Rio-Maior, a Nascente do Alviela (Alcanena), o Castelo de Ourém e, por fim, a singular vila da Batalha, que terá destaque na prova e será o ponto de partida para o último folgo, até atingir a meta na aldeia da Torre, proporcionando um percurso diversificado, caracterizado pela beleza ímpar das paisagens do PNSAC e de alguns “ex-libris” da região. Será, também, um apelo à sustentabilidade e à preservação da natureza.

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Com cerca de 180 km e 2.800 de acumulado, ou em opção de 120 km e 1.550 de acumulado, o percurso preparado para BTT, Ebikes e bicicletas de Gravel terá certamente uma disputa renhida e de superação, em que os atletas combinam a velocidade, a gestão de esforço e a mecânica e onde o facto de atingir a meta constitui por si só uma vitória. Esta primeira edição da prova, com o apoio do Município da Batalha, da Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal e de vários patrocinadores, encontra-se limitada a 300 participantes, sendo já considerada um êxito pelas 200 pré-inscrições que rapidamente conquistou a nível nacional, registando também pedidos de participação internacional.

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desporto • 21

Jornal temasda Golpilheira • Março / Abril de 2022

“Golpilhas” no caminho certo para conquista do campeonato

Taça Distrital já cá canta (na Golpilheira) Foi um jogo emotivo, mas sempre com ascendente da nossa equipa. As adversárias ainda conseguiram o prolongamento, com 1-1 no final do tempo regulamentar. Mas as nossas “Golpilhas” demostraram toda a sua classe e venceram bem: CR Golpilheira 3 / AD Ribeira do Sirol 1. Parabéns às atletas e a toda a equipa técnica!

Campeonato

A equipa júnior do futsal feminino da Golpilheira conquistou com brilhantismo mais um troféu para a galeria

do CRG, a Taça Distrital de 2021-2022. O jogo das meias-finais foi no dia 13, com resultado de CR Golpilheira 6 /

Casa Benfica Pombal 0. A final realizou-se em campo neutro, nos Barreiros, no dia 15 de Abril, com a Ribeira do Sirol.

Futsal sénior masculino

Honroso 4.º lugar a fechar 1.ª fase A equipa masculina sénior da Golpilheira aproveitou bem a paragem do campeonato distrital para pôr em dia o calendário. Jornada 11 em atraso, CR Golpilheira 2 / CS Évora de Alcobaça 2. Partida equilibrada onde o resultado se ajusta. A 20 de Fevereiro, jogou-se a 16.ª jornada, CR Golpilheira 2 / GD Os Nazarenos 0. Vitória justa da equipa da casa. A 5 de Março, a 17.ª jorna-

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da AR Pederneirense 0 / CR Golpilheira 1. Vitória difícil, mas inteiramente justa. Com dedicatória especial para o CRG, que nesse dia fazia anos. No dia 13, a 18.ª e última jornada da primeira fase, CR Golpilheira 11 / UD Juncalense 1. A equipa do CRG terminava, assim, a primeira fase com distinção, em 4.º lugar da classificação geral.

A 2.ª fase do Grupo B / Série A começou dia 2 de Abril, com o CRG a folgar na 1.ª jornada. A 2.ª jornada em Santiago de Litém ditou Dino Clube 2 / Golpilheira 2. A 3.ª jornada, a 9 de Abril, CR Golpilheira 0 / AD Redinha 2, foi um jogo que podia ter caído para qualquer dos lados. A equipa de Pombal foi mais eficaz e levou os três pontos.

Quanto ao campeonato, no dia 9 de Março, a equipa júnior disputou o jogo em atraso da 3.ª jornada. Apesar de pela primeira vez terem conhecido o sabor da derrota, Ribeira Sirol 3 / CR Golpilheira 0, foi apenas um acidente de percurso, como se vê. No dia 19, na 6.ª jornada do campeonato distrital, CB Pombal 0 / CR Golpilheira 1.

Embora pela margem mínima, foi uma vitória sem contestação. No dia 3 de Abril, mais um acerto de calendário referente à 4.ª jornada, CR Golpilheira 8 / ARP Ribafria 1, vitória clara e importante rumo ao objectivo. No dia 10, a 8.ª jornada foi CR Golpilheira 4 / Ribeira do Sirol 0, uma importante vitória na consolidação do objectivo, em que ganhou a melhor equipa em campo. Faltam disputar apenas 2 jornadas para o final do torneio, dia 23 na Ribafria e depois em casa com o Sporting de Pombal, e tudo parece encaminhado para alcançar o objectivo mais desejado que é vencer o campeonato. Textos e fotos de Joaquim Ferraz

Campeonato Nacional Feminino

Despromoção à vista

A equipa sénior feminina de futsal do CRG deslocou-se a Lisboa, a 19 de Fevereiro, para jogar a 19.ª jornada com o Sporting CP 2 / CR Golpilheira 0. Foi um jogo equilibrado e bem disputado, cujo resultado final se decidiu nos detalhes. Aproveitando a paragem do campeonato, jogou-se 14.ª jornada em atraso, dia 26, CR Golpilheira 3 / Quinta dos Lombos 7. Foi um jogo pouco conseguido pelas “Golpilhas” e o resultado fala por si. No reinício do campeonato, após paragem para as selecções nacionais, deslocação a Chaves para jogar com a equipa local: GD Chaves 2 / CR Golpilheira 0. Era um jogo importante nas aspirações das “Golpilhas”, que lutaram por outro resultado, num jogo equilibrado com oportunidades para os dois lados, onde a equipa da casa aproveitou melhor as oportunidades fazendo dois golos. Na 21.ª jornada recebemos em casa a equipa de Vila Nova de Famalicão. As “Golpilhas” criaram muitas oportunidades, mas não conseguiram marcar. Essa foi a grande diferença. No aproveitar é que está o ganho e os três pontos foram para o FC Vermoim 5 / CR Golpilheira 0. A partir de agora faltam 5 jornadas para terminar o Campeonato Nacional Feminino. A próxima será em Fafe, dia 16 de Abril com o Nun’Álvares e a 23.ª jornada será na Golpilheira com o Leões de Porto Salvo, dia 23. Não será fácil garantir a continuidade nesta competição no próximo ano, o que acontecerá pela primeira vez desde que foi criada, em 2013-2014, época em que a nossa equipa ficou para a história como a primeira Campeã Nacional da modalidade. A próxima jornada será a 23 de Abril, no Louriçal, às 19h00.

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

UM CARNAVAL COMPLICADO Num belo dia de Carnaval, os alunos, os professores, as auxiliares e as educadoras da Golpilheira iam a uma Festa de Fantasias, ao pé do Mosteiro da Batalha. A esta festa iam todos os alunos das escolas da Batalha! Todos estavam muito animados! Logo pela manhã, os alunos começaram a chegar à escola e ao jardim, para se poderem vestir e maquilhar com as fantásticas fantasias que tinham elaborado com os materiais reciclados que foram trazendo para a escola. De repente, ouviu-se um grito na escola! Foi o Tiago que se apercebeu que os fatos de Carnaval não estavam no armário! A Graciete verificou que realmente não estava nenhum fato no armário e pediu a todos os meninos que fossem procurar nas

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outras salas e nos outros armários. Então, os alunos do 3.º e do 1.º ano tiveram uma brilhante ideia: fazer vários grupos e procurar na escola inteira, mas ninguém encontrou nada. Entretanto, a turma gritou ao mesmo tempo: “Vamos fazer novos fatos! Até podemos trabalhar na escola durante toda a noite!” Todos concordaram e pediram aos pais para trazer materiais reciclados que tivessem em casa para começar a construir novos fatos. É claro que a ajuda de todos era preciosa, para que o trabalho fosse mais rápido e menos cansativo e toda a escola e até os pais se mobilizaram rapidamente e puseram mãos à obra. Toda a gente colaborou e andavam todos muito apressados: uns cortavam, outros cosiam, pintavam…

e alguns incentivavam os mais distraídos. É que não havia tempo a perder! Finalmente, parecia estar tudo pronto. Quando foram verificar os fatos, faltava um! E já não havia materiais! “Só faltava isto!”, dizia a Estela. Alguns meninos do 4.º ano lembraram-se duma canção que vinha a propósito e começaram a cantarolar: “Tristeza não tem fim, felicidade, tem sim!”. Mas, rapidamente se lembraram de que havia sempre caixas nas salas, com materiais reciclados para usar quando é preciso. Enquanto uns foram às salas ver se conseguiam encontrar materiais, outros foram dar mais uma volta ao pátio do recreio para verificar melhor se encontravam vestígios dos fatos. É que não conseguiam entender como é que os fatos tinham desaparecido todos!

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Nisto, ouvem-se vozes alvoroçadas, vindas do recreio: - Encontrámos! Os fatos estão aqui! Todos se precipitaram lá para fora, alguns meninos até iam caindo das escadas com tanta pressa! Os fatos estavam pendurados numa corda, num cantinho mais escondido do recreio, do lado direito da escola! Nem queriam acreditar!! - Como é possível? Quem fez isto? – perguntavam alguns. Nisto, entra a Sónia que ao ver esta confusão, esclareceu tudo. Como ela é a última a sair da escola, no dia anterior, antes de fechar a porta, reparou que a cola ainda não tinha secado nalguns fatos. Então, lembrou-se de os pendurar lá fora ao ar, para secarem durante a noite. Só que esqueceu-se de avisar alguém da escola. - Peço imensa desculpa, mas foi o meu esquecimento que provocou isto tudo – disse a Sónia. - Viva a Sónia! - gritaram alguns – afinal ela só quis ajudar! - Vivam todos! Embora para o desfile! – disseram as professoras. Finalmente, foram todos preparar-se. Foi o desfile de Carnaval mais espectacular e ainda hoje se diz que os meninos da Golpilheira eram os mais alegres naquela Festa de Fantasias, ao pé do Mosteiro da Batalha!

Texto e ilustrações pelas três turmas da Escola da Golpilheira - Março de 2022

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Os cinco artistas

Golpilheira participa

“Crianças ao Palco” O “Crianças ao Palco” é um projecto criado por dois professores licenciados em Educação Musical, há 20 anos, e tem sido desenvolvido e apresentado com o apoio de diferentes autarquias da região centro do País. Este ano, pela primeira vez, é apoiado pelo Município da Batalha, com a participação do Agrupamento de Escolas da Batalha e tem como objectivo principal a possibilidade de, através da música, as crianças serem “artistas por um dia”, trabalhando com músicos profissionais e apresentarem os seus talentos vocais num espectáculo final a toda a comunidade. A aventura começou no passado dia 24 de Janeiro. O professor Paulo veio à nossa escola fazer uma audição, ou seja, veio ouvir-nos a cantar a música do “Atirei o pau PUB

ao gato”. Nós estávamos muito nervosos, mas, quando começámos a cantar, ficámos muito felizes. O João, o Miguel, o Tomás e a Maria Helena foram os escolhidos da nossa escola para irem ao primeiro casting. A Luísa foi escolhida como suplente. O casting foi no dia 27 de Fevereiro, no Auditório Municipal da Batalha, e contou com 40 crianças escolhidas de todas as escolas do concelho. Cada um dos alunos treinou duas músicas para cantar. O João escolheu “Voltas” e “Sem ti” do Fernando Daniel. O Miguel treinou “Juntos somos mais fortes” dos Amor Electro e “À minha maneira” dos Xutos e Pontapés. O Tomás cantou “Melodia da Saudade” e “Voltas” do Fernando Daniel. A Maria Helena preferiu a “Melodia da Saudade”

do Fernando Daniel e “Onde vais” da Bárbara Bandeira. Para o segundo casting, no dia 3 de Abril, foram seleccionadas 24 crianças do Agrupamento de Escolas da Batalha. Os nossos colegas foram escolhidos e treinaram mais três músicas para apresentar no auditório. O João e o Tomás, apesar de não terem passado esta fase, estiveram muito bem. Já a Maria Helena e o Miguel conseguiram ficar no lote dos 12 finalistas! Este projecto irá terminar com um enorme espectáculo, no dia 28 de Maio, no qual estes 12 alunos irão subir ao palco para vivenciar uma experiência única de participar num espectáculo profissional, aberto a toda a comunidade que queira assistir. Os alunos da Escola da Golpilheira


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infantil

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Jardim-de-Infância da Golpilheira Olá! Olhem Páscoa, Primavera, Pais e outras coisas mais...


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Apresentação às empresas

Um robot em acção

SF

No passado dia 13 de Abril, a Universal Robots (UR), com o distribuidor especialista Stockfer, veio à Batalha apresentar o tema da robótica colaborativa e casos práticos de aplicação de sucesso em todo o tipo de indústria. Com o objectivo de “criar um mundo para as pessoas trabalharem com os robôs e não para os robôs”, estes têm vindo a ser usados em todo o tipo de indústria, como aeroespacial, alimentar, mobiliário, electrónica, automóvel, entre outros. Perante algumas dezenas de empresários e interessados na área, foi demonstrado como os robôs colaborativos diferem dos típicos robôs industriais por serem mais fáceis de configurar, necessitarem de pouco espaço e terem instalações flexíveis.

“São a ferramenta ideal para trabalhos que exijam precisão, como o acabamento de superfícies, atendimento de máquinas ou soldadura”, afirmaram os especialistas. Estas são algumas das vantagens da robótica colaborativa, para aumentar a competitividade e manter a produção a nível local, com aplicação possível em empresas de todas as dimensões.

Alguns desses robots puderam ser vistos e experimentados no local, para uma avaliação mais prática das suas funcionalidades, software, tipos de instalação e exemplos práticos dos produtos da Universal Robots. Os interessados puderam, assim, avaliar a viabilidade de um projecto de robotização na sua empresa e obter aconselhamento

personalizado para essa automatização. Fundada em 1997, a Stockfer é uma PME dedicada ao desenvolvimento e comercialização de ferramentas e acessórios para a indústria metalomecânica e para a indústria em geral. É representante em Portugal de diversas marcas de referência a nível mundial na área da maquinação, englobando todas as variantes do processo de fabrico: fixação de peças e ferramentas, automação, ferramentas de corte, lubrificação e arrefecimento, verificação e medição. Uma delas é a Universal Robots, empresa dinamarquesa formada em 2005 por três universitários e que actualmente tem escritórios por todo o mundo. Samuel Ferraz

Centro De Nefrologia e Diálise de Leiria A Eurodial – Centro De Nefrologia e Diálise de Leiria, do grupo DaVita Portugal, assinalou, dia 24 de Março, o seu 40.º aniversário. A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Leiria, do fundador da Eurodial, bem como de presidentes, directores e representantes de ACES e Serviços de Nefrologia. “Apesar da clínica de Leiria fazer parte do Grupo DaVita apenas desde 2013, a verdade é que este espaço de referência nefrológico na zona Centro conta já com uma história de 40 anos, enquanto Eurodial. Não pode-

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Eurodial celebra 40 anos

mos deixar passar esta data em branco e aproveitamos o facto para festejar e para estarmos juntos presencialmente, algo que, por conta da pandemia, já não fazíamos há algum tempo”, afirma, em comunicado,

Paulo Dinis, director-geral da DaVita Portugal. Equipada com tecnologia inovadora, a clínica de Leiria conta com 54 postos de tratamento e capacidade para dar assistência a um total de 324 doentes por semana.

A doença renal crónica é provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Nas fases mais avançadas, as pessoas com esta doença necessitam de realizar regularmente um tratamento de substituição da função renal que poderá ser a hemodiálise, a diálise peritoneal ou o transplante renal.

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Primeiro médico português na Sociedade Americana de Cirurgiões David Ângelo, natural do distrito de Leiria, é o primeiro estomatologista português a pertencer ao grupo restrito de médicos da Sociedade Americana de Cirurgiões da Articulação Temporomandibular (ATM). O convite chegou ao director clínico do Instituto Português da Face – depois de ter sido referenciado por um médico norte americano e dois cirurgiões espanhóis – pelos vários trabalhos científicos que tem desenvolvido na área da Articulação Temporomandibular (ATM), nomeadamente sobre a regeneração do disco articular, técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e um protocolo único a nível mundial de recuperação pós-operatória destes doentes. O colégio de médicos especialistas da sociedade americana, após uma avaliação criteriosa ao seu percurso académico e profissional, aos seus artigos de investigação e às técnicas cirúrgicas aplicadas, reconheceu e elogiou o contributo científico que David Ângelo tem dado para a área da ATM. “Pertencer à sociedade americana de cirurgiões da ATM significa passar a poder a discutir directamente os casos clínicos mais complexos com o grupo de cirurgiões mais reconhecido internacionalmente, todos eles com longos anos de experiência no tratamento da disfunção”, afirma David Ângelo em comunicado.

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022 infantil

“Renature” na Mata Nacional de Leiria O projecto “Renature Leiria”, do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), já iniciou e vai plantar 650 mil árvores até 2025 na Mata Nacional de Leiria que foi consumida pelos incêndios de 2017, em quase 90%. “Nós estamos numa área paralela à história de Portugal, com quase 800 anos de história, que diz muito à maioria dos portugueses. Até 2025 vamos plantar cerca de 650 mil árvores”, afirmou ao Jornal da Golpilheira Miguel Jerónimo, membro do GEOTA e coordenador do projecto “Renature Leiria”. “Todos os materiais necessários ao projecto, assim como as árvores e as equipas de trabalho, são adquiridos/ contratados localmente, para que isso tenha um reflexo económico na área afectada”, acrescentou. Os trabalhos na Mata Nacional de Leiria iniciaram-se em Janeiro, mas no dia 26 de Março foi o lançamento simbólico da iniciativa de reflorestação, onde o Jornal da Golpilheira também esteve presente. “Ao longo deste projecto temos acções como esta, em que convidamos voluntários a fazer parte da iniciativa, para que se sintam parte integrante”, disse Miguel Jerónimo. Entre Outubro e Março, durante a época das chuvas, há uma equipa especializada de 8 elementos, entre eles arquitectos paisagistas e ecologistas, que trabalha todos os dias de forma a garantir o sucesso do projecto’.’ O projecto decorre até Abril PUB

Fotos: DR

GEOTA planta 650 mil árvores até 2025

A equipa no terreno

“A Floresta é de todos!” – Mónica Almeida, ICNF

O Matias tem 6 anos e veio, com a mãe, plantar pinheiros. “Quero que nasça aqui um grande pinhal, cheio de vida, animais e plantas”. Embora não se lembre do Pinhal de Leiria antes dos incêndios, sabe que “está tudo negro e sem árvores porque ardeu. Foi muito mau. As árvores morreram e agora precisam de uma ajuda e eu estou a ajudar”.

“Queremos ajudar a recuperar o planeta” – Karl McGrory

de 2025. Segundo Miguel Jerónimo, “de Março a Outubro fazemos acções de monitorização para perceber como está o estado das plantas e quais os resultados. Não há uma fórmula única, é tudo muito diverso. Podemos ter uma área de 20 hectares que sobreviveu na maioria e ter uma de 10 hectares em que a sobrevivência foi menor. São esses resultados que vamos estudar e adaptar a metodologia para que, na próxima época de plantação, o sucesso seja cada vez maior”. O coordenador explicou que os trabalhos são financiados por uma associação

norte-americana “One Tree Planted”, em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Karl McGrory, engenheiro florestal da associação “One Tree Planted”, atravessou o oceano e veio até Leiria acompanhar o início dos trabalhos.

“Já tínhamos feito um pequeno projecto em Portugal, com a GEOTA, então entrei em contacto para saber se poderíamos fazer mais, porque queremos plantar mais árvores e ajudar a recuperar o planeta”, esclareceu Karl McGrory. “Quando soubemos

dos incêndios florestais e da enorme devastação provocada em Leiria percebemos que era muito importante ajudar este projecto. Para evitar que o mar invada a terra é fundamental que existam estas barreiras naturais para proteger a comunidade local”. Miguel Jerónimo acrescenta que o objectivo é criar biodiversidade, de forma a ter uma floresta mais resiliente ao fogo. “A espécie principal da Mata Nacional de Leiria é o pinheiro bravo, no entanto, o novo modelo de gestão da mata, implementado pelo ICNF, prevê inserir um ‘mix’ de espécies, devidamente organizado, como medronheiro, pinheiro manso, sobreiro, e espécies de linhas de água”, assegurou o membro

da GEOTA. Falámos com Mónica Almeida, chefe de divisão de Gestão Florestal do Centro Litoral, do ICNF, acerca da parceria que desenvolvem com a GEOTA. “Esta parceria existe porque temos objectivos comuns em termos de gestão e de sustentabilidade dos territórios. O ICNF quer que a mata seja para a sociedade, por isso é que estamos a recuperar todos os equipamentos florestais de recreio (parques de merendas) e também beneficiamos de infra-estruturas, nomeadamente um trilho de natureza na Ribeira de São Pedro de Moel. O objectivo é que as pessoas venham para o terreno e valorizem a natureza”. Ângela Susano

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Colaboração entre o Museu e o Agrupamento de Escolas da Batalha “O Património e a Biodiversidade na Batalha em torno do Rio Lena – Conhecer para proteger” dá nome ao projecto educativo desenvolvido entre a parceria do MCCB / Município da Batalha e o AEB – Agrupamento de Escolas da Batalha. O arranque foi dado no dia 22 de Março, numa iniciativa assinalada com a plantação de três oliveiras, símbolo da paz, na sede do Agrupamento. Nesta acção simbólica, assinalaram-se os Dias Mundiais da Árvore e da Floresta, e da Poesia, tendo os alunos do 5.º ano do 2.º ciclo do AEB, a quem se destina o projecto, participado com momentos de poesia e música. O projecto decorrerá ao longo do ano lectivo, com diversas acções que envolvem a escola, o museu e a comunidade. As actividades são dirigidas aos referidos alunos, com a colaboração do Curso Profissional de Turismo do AEB, tendo por missão o

Fotos: DR

Rio Lena faz fluir mais um projecto de biodiversidade

conhecimento e a preservação da Biodiversidade e o Património Histórico em torno do Rio Lena. Assinalam-se, das iniciativas a desenvolver, os percursos ao longo do rio, onde os alunos vão identificar as espécies de fauna e flora ao longo deste, bem como o património construído, em particular as antigas estruturas

analisar em sala de aula. E é no espaço da escola que continua o projecto, relacionando as disciplinas de ciências da natureza, português e educação visual e tecnológicas. O programa culminará, no final do ano lectivo, com uma exposição de trabalhos artísticos inspirados no tema do projecto, a ter lugar no Posto de

Informação e Turismo da Batalha e com um percurso pedestre aberto à comunidade. Este projecto de parceria entre Escola e Museu procura, assim, sensibilizar os mais jovens para a valorização do Rio Lena e do património local, através de actividades que juntam práticas museológicas e educativas.

recentemente, na Batalha o poder político retirou a concessão das águas do privado para o regresso à gestão pública. Para além disso, ao longo do percurso desses dois rios há, infelizmente, despejos poluentes de actividades económicas, nomeadamente as suiniculturas. Há sistemas precários (com desperdícios) de regadios por parte dos agricultores e uma vasta extensão de margem que não é tratada e onde predominam os caniçais, o silvado e o lixo.

Portanto, no âmbito da BHL, o modelo de governança dos rios Lis e Lena não prevê uma gestão cuidada, participativa e integrada dos recursos hídricos. Convém relembrar que só 0,2% da água da Terra é destinada à sobrevivência humana directa. A água é um recurso vital e escasso. Por isso, agentes privados e públicos deveriam adoptar um modelo de governança da água que fosse promotor da sua preservação e do seu uso racional e inteligente.

dos frades dominicanos (moinho, adega, lagar), inseridas na antiga cerca conventual do Mosteiro. Identificarão também os açudes, com vista a reconhecer a importância da água para as populações. Nas saídas, os alunos levarão consigo um caderno de campo e recolherão amostras identificativas da flora para depois

.rumos&andanças. Márcio Lopes • Docente do IPLeiria marcio.c.lopes@ipleiria.pt

Segundo a Cosmologia, o “Big Bang”, o início do Universo ocorreu há cerca de 10 a 20 mil milhões de anos. Inicialmente, a gravidade fez a fusão nuclear do hidrogénio com o hélio, formando, assim, as primeiras estrelas. Depois de mortas, o material estelar deixado no espaço fez reagir o hidrogénio e o oxigénio, produzindo a água. Segundo o investigador de recursos naturais Giulio Boccaletti, a água entrou no planeta Terra (trazida, talvez, por asteróides) há cerca de 4 mil milhões de anos. É esta a idade aproximada da água na Terra. Desde então, a quantidade de água disponível no Planeta tem-se mantido inalterada e distribuída da seguinte forma: 97% está nos oceanos, pouco menos de 3% são as calotas polares e os lençóis freáticos e cerca de 0,2% são os lagos, rios e solos. Ora, se apenas 0,2% da água da Terra é responsável pela nossa sobrevivência, não seria racional e expectável que tratássemos melhor este bem comum? Na cimeira europeia sobre os rios que decorreu em Lisboa no final do ano passado (European

Rivers Summit) chegou-se à conclusão de que a actividade humana está a pôr em risco a sobrevivência dos rios europeus e os ecossistemas ribeirinhos. Uma das principais decisões para reverter as ameaças aos rios é o fim das barragens, para que os rios possam correr livremente, garantindo, assim, os movimentos migratórios dos peixes. Sob uma análise custo/benefício, a transição energética não deve contemplar a energia hídrica. Os rios são essenciais ao nosso bem-estar. No entanto, a intensificação das actividades humanas tem causado danos à qualidade da água e à biodiversidade. Segundo Catarina Miranda (Projecto Rios Livres do GEOTA), é estimado que haja em Portugal cerca de 8 mil barreiras fluviais, tais como a produção de energia, regadio, controlo de cheias e armazenamento de água. Portugal tem vulnerabilidades do seu recurso natural hídrico. O País tem oito bacias hidrográficas, sendo que quatro delas abrangem cinco rios que nascem em Espanha: Lima, Minho, Douro, Tejo e Guadiana. Grande parte da nossa água de superfície é partilhada

com a Espanha. No caso concreto do território que envolve três concelhos da CIM Leiria (Porto de Mós, Batalha e Leiria), existe a Bacia Hidrográfica do Lis (BHL) que abrange uma área cerca de 850 km2 que vai do PNSAC até ao limite norte da Bacia do Mondego em Monte Redondo. No âmbito da BHL, há dois rios de grande importância histórica, económica e identitária das gentes locais. São os rios Lis e Lena. O Lena recebe águas da exsurgência da Cova da Velha em Alcaria, do rio Alcaide e do rio Homem. O Lena atravessa o concelho da Batalha e vai juntar-se ao Lis poucos metros depois de atravessar a Ponte das Mestras. O Lis também brota de uma exsurgência no lugar das Fontes, nas Cortes, e percorre cerca de 42 km até desaguar na Praia da Vieira. Ao longo deste intrincado sistema de afluentes que compõe os rios Lis e Lena, não existe um modelo coerente de governança do bem comum que é a água. Em Leiria, há o SMAS, que é público, mas que compra a água à Águas do Centro Litoral; em Porto de Mós, há a Ecobrejo, que é uma SA; e,

Foto do autor

Os rios Lis e Lena – Modelos de Governança do Bem Comum


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temas

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

. crónicasdeviagem.9 João Miguel Silva / JoMi • instagram.com/joaombbsilva • Youtube: JoMi Silver

Fotos do autor

De mochila às costas pela Ásia: Taiwan por todo o lado e todas tão bonitas que dá vontade de entrar só para visitar como se fossem museus. Mais abaixo, em Tainan, onde garantem que o “bubble tea” foi inventado, bebi sumo de espargos, sopas de órgãos incríveis, muito Bao (petisco tradicional Taiwanês), onde servem uma carne de porco muito macia, cheia de coentros e outros temperos, envolvido num pão que parece espuma, difícil de descrever mas de causar água na boca só de pensar! Tive muita sorte e muitos momentos especiais em Taiwan. Passei o ano com um grupo de amigos num terraço com vista para o 101 Taipei (famoso edifício de 100 andares que já foi um dos maiores do mundo com 508 metros de altura, capaz de suportar ventos de 450 km/h e sismos de 7 graus) a assistir ao fogo de artifício, fiquei hospedado em casa de familiares de amigos que fiz quando vivia em Londres, comi muito bem e barato (refeições entre 3 a 6 euros), fiz amizades que permanecem, paisagens, templos, museus... visitem Taiwan e... não deixem de viajar nunca. Até ao próximo destino, Japão, o meu maior sonho a chegar...!

Baptizada pelos portugueses por volta do ano 1600, Taiwan (Ilha Formosa), a sudeste da China, entre o Japão e as Filipinas, é uma pérola no oceano com paisagens deslumbrantes, gastronomia influenciada por várias culturas, onde o café reina em cada esquina e onde o “bubble tea” foi inventado. É também conhecida como o país que não existe, não havendo um reconhecimento oficial por muitas entidades internacionais, devido às pressões da República da China, que tende em querer anexar e a não dar a independência a esta pequena ilha tão especial. Aterrei a meio de Dezembro e por lá passei o Natal e o Ano Novo. Taiwan tem um pouco de tudo o que procuro num país: pessoas muito simpáticas e prontas ajudar, onde a língua não é barreira e toda a gente sorri para ti, descontraídos, mente aberta, ansiosos de aprender mais sobre ti e dar a conhecer os costumes e hábitos. Sendo uma ilha, tem uma geografia muito montanhosa de extrema beleza, muitas águas termais (onde é normal ir ao spa semanalmente), florestas intocáveis, praias, lagos, grutas e mais montanhas.

Explorei a costa Oeste, Taiwan, Taichung e Tainan, não houve tempo para a zona Este, que dizem ser a mais bonita, mas onde precisaria de mais tempo e de uma mota para me perder por aquelas estradas mais remotas onde os acessos são mais difíceis. Um dia voltarei... Deslumbro-me diariamente ao ver pessoas dos 5 aos 95 anos pelas ruas e jardins a praticar Tai Chi, uma arte marcial que mais parece dança e meditação, onde os corpos se movem tão fluidamente e que é tão relaxante só de observar. Em Taipei, a capital, cheira a comida em todo o lado e, por mais que comamos, dá sempre vontade de petiscar mais qualquer coisa, pois tudo tem um aspecto delicioso e é mesmo delicioso! Passava os meus dias a perder-me pelos mercados de rua que funcionam 24 horas nesta cidade que não dorme, mas que ao mesmo tempo tem pouco de caótica, muito organizada, muito limpa (os camiões do lixo tocam Beethoven nas ruas enquanto as pessoas esperam à porta das suas casas para deixar o lixo e cumprimentar os trabalhadores). Falando em reciclagem, é o país mais limpo e ambientalmente consciente que

conheço. Não separam apenas o vidro, cartão e plástico: existem 3 tipos diferentes do plástico que é reciclado (que tem de ser previamente lavado para remover restos de comida e afins antes de ser deitado fora), diferentes tipos para papel e cartão e até para o vidro. Estão muito à nossa frente em responsabilidade ambiental, um respeito enorme pela natureza. Dos locais que mais gostei no distrito de Taipei foi claramente Jiufen, uma região mágica nas montanhas que parece retirada de um filme, cheia de candeeiros de papel vermelhos e mercadinhos de rua. O Palácio Nacional, o Memorial Chiang Kai Shek, Distrito de Wulai, a montanha de Jiandaoshishan, Treasure Hill e tanto mais que há para explorar na cidade, uma cidade que não cansa e onde eu gostaria muito de ter a oportunidade de viver durante uns anos… gostei muito, muito de Taipei, existe qualquer coisa ali especial! Durante os meus 27 dias em Taiwan, desci até à cidade de Taichung, onde comi pratos de peixe que nunca tinha visto, festivais de rua (com muito foguete a rebentar os ouvidos) e bebi muito café bom (em Taiwan existem milhares de “coffee shops”

Bao

Cultura Portuguesa em Taiwan

Cascatas e Natureza

Templos

Petiscar no topo da montanha

Distrito de Jiufen

Mercados de rua

A minha familia Taiwanesa


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

.política.

.saúde.

O exemplo vem de cima

Rastreio do Cancro da Mama

Pedro Marques Membro da Iniciativa Liberal

A propósito da eleição no parlamento para a vice-presidência da Assembleia da República, ficou mais uma vez bem patente que muitos dos maus exemplos da pequena política vêm muitas vezes bem lá de cima. É tradição em democracia e do regimento que os quatro lugares dos quatro vice-presidentes da assembleia da república sejam preenchidos por elementos das quatro maiores forças políticas eleitas para cada legislatura. Não é pelo poder, responsabilidade ou importância decisiva do cargo, é um cargo apenas simbólico. E simbolicamente ficou à vista de todos que, afinal, a forma de exercer a democracia nos dias de hoje, pode funcionar para impedir que esta seja, na verdade, realmente democrata e equilibrada. Nem na longínqua maioria de Cavaco Silva nos anos oitenta, que tanto foi criticada e usada como exemplo de algumas más práticas, se verificou tamanha oposição às mais elementares regras de convivência e pluralidade democrática. Recordamos que até nessa maioria, um dos lugares de vice-presidência foi ocupado por um deputado do PCP, na altura a representação mais radical e extremista no parlamento. Nestas eleições, o terceiro partido mais votado foi o de extrema-direita. Eu, pessoalmente, advogo e concordo que partidos que rejeitam os nossos valores democráticos não devam ser eleitos para o cargo de vice-presidente da Assembleia da República. No entanto, o quarto partido mais votado foi o recente partido

liberal, que já é reconhecido por muitos como um grande defensor da democracia liberal e da liberdade no nosso país. Portanto, a mobilização e posição tomada pelos partidos de esquerda e do PSD na rejeição do deputado liberal João Cotrim de Figueiredo para a vice-presidência da Assembleia da República é bem reveladora do aproveitamento desavergonhado de motivações ideológicas como forma de barramento à representação de eleitos democráticos legitimados pelo voto de largos milhares de portugueses. E devido a estes caprichos incompreensíveis, esta legislatura vai funcionar apenas com dois vice-presidentes. São estes exemplos do uso das curvas da lei para condicionar o bom senso e a convivência democrática (que implica a livre expressão de ideias e pontos de vista), que empurram para os extremos as acções e decisões dos cidadãos. Assim, não é de admirar que depois num plano mais local e na tomada de decisões que interferem de forma directa com a vida das pessoas, se assumam rumos e posições idênticas legitimadas e formatadas por quem deveria dar o exemplo, o bom exemplo. O nosso regime democrático não é perfeito, tal como nós também não o somos, mas fica muito menos perfeito quando acima dos valores democráticos se colocam os valores pessoais ou partidários. A democracia só existe quando se pratica e não apenas quando se aplica.

.impressões.

Este é um dos rastreios mais conhecidos e bem divulgados no nosso país, muito devido à Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). O cancro da mama é um dos tipos mais comuns de cancro na mulher, sendo anualmente detectados cerca de 7.000 novos casos em Portugal. Corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher, com cerca de 1800 mortes anuais. É também importante referir que o homem também pode ser afectado por esta doença, sendo que 1% de todos os cancros da mama são diagnosticados em homens. Este tipo de cancro é muito prevalente, mas o seu impacto vai muito além destes números, pois em cada sobrevivente existe uma mulher que tem de lidar com as alterações do seu corpo, num local tão simbólico e visível como é a mama. Esta doença deixa marcas físicas, mas também psicológicas e o adequado acompanhamento destas mulheres é fundamental. O rastreio do cancro da mama, em mulheres saudáveis, sem sintomas e sem história familiar relevante, deve ser realizado de 2 em 2 anos, dos 50 aos 69 anos. Na nossa região, as mulheres elegíveis recebem uma carta em casa com a data da marcação do exame, remetida pela LPCC. Infelizmente, muitas das moradas estão desactualizadas, assim, todas as mulheres que não recebam a convocatória devem ligar para o número da LPCC (239 487 490), para esclarecer a situação e eventualmente marcar o exame. O exame de rastreio consiste numa mamografia, semelhante a um RX, onde se detectam zonas alteradas e com necessidade de mais esclarecimento. Os

exames realizados no carro rastreio da LPCC são analisados por médicos do IPO de Coimbra e se for detectada alguma alteração com necessidade de esclarecimento é imediatamente marcada uma “Consulta de aferição”. A utente é convocada para esta consulta médica no IPO de Coimbra, onde é reavaliada e orientada a situação. Em alguns casos este exame deve ser acompanhado por uma ecografia mamária. Como forma de detectar uma doença no seu estado inicial, conhecer o nosso corpo é uma arma que deve ser utilizada principalmente contra o cancro. Olhar e tocar na mama é fundamental para a conhecer e poder detectar alterações quando estas são recentes. Estas alterações mamárias consistem em assimetrias, “caroços”, zonas vermelhas, mamilos diferentes, axila diferente, etc. O exame médico também pode detectar alterações e orientar para a realização de exames complementares de diagnóstico, sendo que nestes casos não são de rastreio. Se tem alguma dúvida em relação à mama ou se ainda não fez os exames de rastreio, fale com o seu médico de família. Se tem menos de 50 anos, mas tem alguns familiares com cancro da mama, esclareça a situação com o seu médico, pois pode ser necessário começar o rastreio mais cedo. Esta é uma doença que infelizmente surge na vida de muita gente (própria ou de familiares) e se tratada precocemente pode ter resultados excelentes e com necessidade de poucos tratamentos. Assim, deve ser uma rotina na vida de todas as mulheres e os homens também não o devem esquecer.

.JuntaInforma.

Por Luísa M. Monteiro Não gosto de sair de casa sem um livro. Como se um livro me desse sustento. Me acalmasse. Me fizesse sair de mim quando eu preciso de sair de mim. Preciso de um livro como o manco de uma bengala. Mesmo que não o abra, não fite os olhos nele durante o tempo da minha ausência, necessito sabê-lo lá. Muitas vezes faço-me acompanhar não de um mas de dois, de três até, dependendo do tempo que demoro, das pessoas que serei ao correr do dia. Ontem, muito tarde já, mais correcto dizer hoje, comecei a ler recostada na cama O Imoralista, de André Gide (que por razões colaterais veio à baila); não passei das duas páginas iniciais – era tarde, levantara-me cedo, teria de me levantar cedo hoje também, quase adormeci com o livro no colo. Esta manhã porém, lembrei-me ao levantar-me de Cristina Campo, eu hoje sou a pessoa que

Ana Maria Henriques Médica Especialista em Medicina Geral e Familiar

precisa de Cristina Campo, e fui de imediato ao fundo da prateleira colher Os Imperdoáveis, que tinha voltado a ver ontem ao procurar um outro título, e então logo ali, cedo, de pé e com fraca luz, li os primeiros parágrafos, do prefácio, que me apontava agora para o Livro dos Amigos, de Hugo von Hofmannsthal, e que por coincidência, apenas por coincidência, eu guardava a um livro de intervalo do de Cristina Campo, lá muito atrás dos outros livros todos. Retirei então também da estante o Livro dos Amigos. Serão ambos hoje a minha companhia. Guardarei Gide para outro momento; um momento em que mais me ajustarei a ele – talvez mais logo, à noite, ou amanhã.

Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira

Caros amigos Golpilheirenses, - A equipa da Junta de Freguesia e um grupo de voluntários do Movimento Independente Batalha é de Todos procederam à limpeza da Fonte do Casal Benzedor, ao longo das últimas semanas, com vista à requalificação do espaço. - No seguimento da reunião efectuada na Junta com o Presidente da Câmara Municipal da Batalha, Sr. Raul Castro e vários proprietários/confinantes com a Estrada Vale do Lena, iniciou-se a colocação de estacas nos terrenos para levantamento topográfico e elaboração de projecto a apresentar para futura reestruturação da mesma. A Junta de Freguesia agradece desde já a melhor

compreensão e colaboração de todos os proprietários para o bem comum e segurança de todos os utilizadores. - A Junta está a disponibilizar às terças-feiras o serviço do Balcão Único do Prédio (BUPi). Trata-se de um serviço totalmente gratuito, onde se reúne informação sobre as propriedades e os seus proprietários, permitindo efectuar a georreferenciação e o registo dos terrenos. Esta informação cadastral protege e valoriza as propriedades através de um melhor planeamento e gestão sustentável do território. A Junta de Freguesia da Golpilheira deseja a todos uma Santa Páscoa! O Executivo da Junta de Freguesia


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temas

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

. história .

Saul António Gomes Historiador

Obras na Ermida de São Jorge, do Campo da Batalha, em 1703 Documento

1703 fevereiro, 27, Leiria – Escritura de fiança a garantia, prestada por Manuel Monteiro, mestre-pedreiro, morador no Bairro de Santo Agostinho de Leiria, para efeito de execução da sobras de reparação da igreja de São Jorge do Campo da Batalha, ordenadas pelo Rei, por intermediação da Provedoria de Leiria. Arquivo Distrital de Leiria – Registos Notariais: V-59-E-27, fls. 12v-14. Escriptura de fianssa, obrigassam e abonassão que deu Manuel Monteiro, mestre pedreiro, morador nos Olivais de Santo Agostinho, desta cidade. Saibam quantos este publico instromento de carta de fiansa e obrigação e abonassão ou como em dereito milhor lugar haja e dizer se possa virem que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil e settessentos e três anos, aos vinte e sette dias do mês de fevereiro do dito anno, nesta cidade de Leiria e cazas de morada de mim tabeliam ao diante nomeado, ahy foy prezente Manuel Monteiro mestre pedreiro e morador nos Olivais do Bairro de Santo Augostinho, desta dita cidade, pessoa que eu tabeliam conheço, pelo qual foy dito em minha prezensa e das testemunhas ao diante [Fl. 13] ao diante nomeadas que era verdade que a elle se lhe avia feito arrematassam da obra da igreija de Sam Jorge, citta no Campo da Batalha, na forma dos apontamentos que pera o dito efeito se aviam feito, assim de paredes, telhados, forros, campanário e cazas a fundamento, tudo na forma dos ditos apontamentos. E porque andando a dita obra em pregam em prassa publica os dias para isso detriminados e por não aver outro lanso menor que se desse na dita obra senão a de Manuel Monteiro, mestre pedreiro e morador nos Olivais do Bairro de Santo Augostinho desta dita cidade, mandara o doutor provedor ao porteiro Manuel Rodriguez digo provedor desta comarqua, Joam da Silva Machado e Morais, ao porteiro Manuel Rodrigues, arrematasse a dita obra ao dito Manuel Monteiro, mestre pedreiro, na forma da provizam de Sua Magestade, que Deus guarde, em presso de duzentos e quarenta mil réis e trinta paos de pinheiros para a dita obra, como tudo milhor consta da dita provizam. A qual o dito mestre Manuel Monteiro disse se obrigava como de feito logo obrigou por sua pessoa e todos os seus bens, assim movens como de rais, de qualquer género e condissam que sejam e aonde quer que lhe forem achados, a fazê-la dentro deste prezente anno de mil e settesentos e três, dando-se-lhe a dita quantia dos ditos duzentos e quarenta mil réis com tempo para poder fazer a dita obra, tudo na forma da coppia dos apontamentos della e dando fiansa a tudo segura e abonada. E porque a dita obra lhe fora arrematada no dito presso e quantia de duzentos e quarenta mil réis e queria dar fianssa a ella na forma da arrematassam da dita obra pello que fizera huma sua petissam por escripto ao doutor prove-

Capela de S. Jorge, segundo a revista O Occidente, de 1889, e História de Portugal, dirigida por Pinheiro Chagas. dor desta comarqua, dizendo em ella que elle era mestre pedreiro das obras do Convento de Santo Augostinho desta cidade e lhe fora arrematada a obra dos concertos da igreja de Sam Jorge do Campo da Batalha, por ordem do dito doutor provedor, para que se fizesse escriptura da dita arrematação nomeava por fiador da quantia da dita obra e a feitura da mesma obra Antonio Luis, dos Balcõis da Prassa, pedindo em concluzam de sua petissam lhe mandasse fazer escriptura. E receberia merce. A qual petissam sendo assim apresentada ao dito doutor provedor e sendo por elle vista, em ella mandara pôr seu despacho que justificasse a abonassam do fiador. Em vertude do qual despacho justificara o dito suplicante o conteúdo em sua petissam por [Fl. 13v] por testemunhas que pello dito doutor procurador com o escrivam de seu cargo judicialmente lhe foram perguntadas. E o que disserão lhe fora na dita petissam feita com clareza. E sendo-lhe feita e levada com o auto e sendo por elle vista, em ella mandara por seu despacho que visto o que constava das testemunhas se continuasse a escriptura em que o suplicante hipotecasse seus bens na rematassam que tinha feito ficando por fiador e principal pagador o nomeado Antonio Luis e della se tirasse hum treslado que com os autos se ajuntaria aos da rematassam que se lhe faziam concluzos para poderem remeter a Sua Magestade, pello Concelho de Sua Fazenda. Em vertude do que dito hé, disse elle dito Manuel Monteiro, mestre pedreiro, que para maior segurança e validade desta dita escriptura apresentava ahy por seu fiador e principal pagador e fiel depositário da dita quantia dos ditos duzentos e quarenta mil réis ao dito Antonio Luis, morador nesta dita cidade, para que sendo cazo que elle não lhe fassa a dita obra e concertos, na forma dos apontamentos incertos nos ditos autos de arrematação, na forma que fica obrigado, para poder aver pella sua fazenda e bens a dita quantia. O qual,

sendo outrossim logo prezente e pessoa que eu tabeliam outrossim conheço, por elle foy dito que era verdade que elle era contente e lhe aprazia de ser fiador e principal pagador e fiel depositário do dito Manuel Monteiro, mestre pedreiro, em há dita quantia e emportancia desta escriptura de duzentos e quarenta mil réis, presso por que a dita obra for arrematada para que sendo cazo que o dito Mestre Manoel Monteiro nam dê inteira satisfassão na forma que fica obrigado para tudo o que faltar e que pella fazenda e bens do dito suplicante se não puder aver se haja e possa aver pella fazenda e bens delle fiador como devedor e principal pagador, porquanto a thudo disse os avia por obrigados e para tudo assim comprirem, pagarem e realmente satisfazerem disserão, assim elle suplicante com o fiador disseram se dezaforavam de juiz e juizes de seu foro e de todas as leis, liberdades, privilegios que por sy e em seu favor alegar possam. E que de nada queria usar nem chamar, mas antes a todo o conteudo nesta escriptura responderem perante o doutor provedor desta comarqua que hora hé e ao diante for. E de estarem por seus mandados e sentenças athe tudo realmente pagarem e satisfazerem e da quantia no cazo [Fl. 14] no cazo que elle suplicante e seu fiador vam morar a outra parte fora de sua jurisdissam. E se obrigavam a pagar via executiva e isto para a Fazenda

ADLRA

Em 1393, no local onde esteve o pendão do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, na «BATALHA QUE EL REY DE PORTUGAL OUVE COM EL REY DE CASTELA», levantou-se uma capela em honra de Santa Maria, orago que, durante muito tempo, foi o seu e só mais tarde seria mudado para o título de São Jorge. Esse acontecimento ficou gravado numa inscrição gótica comemorativa que o próprio D. Nuno Álvares Pereira, senhor de Porto de Mós, em cujo termo ficava o Campo da Batalha, aí mandou colocar justamente no referido ano. A pequena capela, de humilde arquitetura, mas nem por isso menos afirmativa no seu significado histórico e político, relativamente ao papel desempenhado pelo Santo Condestável na grande batalha decisiva dos destinos históricos portugueses, que o brilho do vizinho e grandiloquente Mosteiro de Santa Maria da Vitória, de algum modo, poderia ofuscar, manter-se-ia até à atualidade, tendo merecido, em diversos momentos, como bem se sabe, obras de ampliação e de consolidação. Foi certamente ampliada e enobrecida por finais do século XV ou inícios de Quinhentos. Seria alvo de novas intervenções arquitetónicas patrocinadas pela dinastia dos Braganças, nomeadamente por 1703, reinando D. Pedro II, que nela mandou executar obras de reparação e talvez de reforma. Documenta-se esta campanha de obras na velha ermida, agora chamada «igreja de Sam Jorge», por um instrumento notarial datado justamente de 27 de fevereiro de 1703, que aqui se publica. A empreitada, patrocinada pelo monarca reinante, foi entregue, por João da Silva Machado e Morais, provedor de Leiria, a Manuel Monteiro, um mestre-pedreiro, residente nesta referida cidade, responsável, ainda, por obras que, ao tempo, decorriam no Convento de Santo Agostinho. A empreitada abrangia paredes, telhados, forros, campanário e casas, «a fundamento», na forma dos apontamentos aprovados por Sua Majestade, para cuja execução Manuel Monteiro propusera o preço de 240 mil réis em dinheiro mais 30 paus de pinheiros. Foi seu fiador, e principal abonador, António Luís, dos «Balcões da Praça» de Leiria. Pouco mais se consegue saber sobre a vida deste ignorado mestre-pedreiro leiriense. A Capela de São Jorge viria a conhecer posteriormente, ainda, novas campanhas de obras. Dela nos chegou uma gravura, publicada na revista O Occidente, em 1883, que se reproduz; chegou a ser-lhe acrescentado um alpendre, o qual viria a ser desmontado nas campanhas de restauro a que o monumento foi sujeito em pleno século XX.

Real. E que sendo outrossim cazo que nam dem inteira satisfassão a dita obra, ha dita quantia dos ditos duzentos e quarenta mil réis e sendo por essa cauza demandados, pagariam a pessoa ou pessoas que andarem na recadassam da dita quantia a duzentos réis por dia que comessariam a contar do dia da citassam the real emtregua sem que possam alegar que sam mais custas pessoais que aquelas que a ordenassam dispõem. E em fee e testemunho de verdade assim o disseram e outorgaram e mandarão fazer este publico instromento de carta de obrigassam e de fiansa e abonassam nesta nota e della dar os treslados necessários que comprirem deste theor que aceitarão. E eu tabeliam como pessoa publica estipulante e aceitante aceitey e estipuley em nome da pessoa ou pessoas aqui abzentes quanto em dereito devo e posso. E foram testemunhas a todo presentes que com eles aqui assinaram Joam Nunes escrivam da executória desta cidade. E Jozeph de Azevedo do Bairro dos Anjos da mesma cidade de Leiria. E se assinou aos vinte e oito dias do dito mês e anno sem embargo de sua continuassão. Testemunhas as sobreditas. Joam Moreira da Fonseca publico tabeliam de notas que a escrevi. (Assinaturas) Jozeph de Azevedo. – Manoel Monteiro. – Antonio Luis. – João Nunez.

Detalhe das assinaturas da escritura de abonação de Manuel Monteiro, mestre pedreiro da obra de S. Jorge do Campo da Batalha.


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

.templosdanossaterra.

Esta Igreja foi construída no ano de 1976. A Padroeira das Alcanadas é Nossa Senhora do Ó e tem também como padroeiro São Mateus. A festa da Igreja, nas Alcanadas, normalmente, ocorre no último domingo de Agosto.

Igreja de Nossa Senhora do Ó – Alcanadas

Fotos do autor

José Eusébio Médico veterinário

2.º encontro da família Monteiro

A família Monteiro faz questão de que estes encontros passem a ser anuais e tenham sempre uma componente solidária. No ano passado contribuíram com a venda de um livro para a Casa do Mimo, este ano a causa escolhida foi a ajuda à comunidade ucraniana, com a recolha de uma apreciável quantidade de bens essenciais que lhe serão entregues. Este ano ainda houve algumas restrições devidas à pandemia, mas espera-se no futuro alargar o evento a toda a família e amigos, com o objectivo de dar conhecimento de todos os seus feitos solidários para com o seu próximo. Joaquim Monteiro

No dia 2 de Abril de 2022, ano em completaria 114 anos de idade Maria Bento de Jesus, a sua família realizou um 2.º encontro, depois de ter promovido a 25 de Julho de 2021 uma homenagem a esta sua “avó”, conhecida como a “Maria do Sinal” e também a “parteira do povo”. O evento começou com a colocação de um arranjo de flores junto à placa dessa homenagem, situada no Largo Rancho Lavadeiras do Vale do Lena, seguida de 1 minuto de silêncio. Depois, filhos, sobrinho, netos, bisnetos e trinetos de “Maria do sinal” participaram num almoço partilhado, com visualização de filmes alusivos a ela e à sua família.

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e dez a folhas cento e onze verso, do Livro Duzentos e Setenta e Sete - B, deste Cartório. Anacleto Pinheiro da Conceição, NIF 156 236 230 e mulher Maria Helena Raposa Duarte da Conceição, NIF 176 400 354, casados sob o regime da comunhão geral, naturais ele da freguesia de Seiça, concelho de Ourém, ela natural da freguesia de Sintra (São Pedro de Penaferrim), concelho de Sintra, residentes na Rua do Emigrante, nº10, Reguengo do Fetal, Batalha, declaram que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios, todos sitos na freguesia de REGUENGO DO FETAL, concelho da BATALHA: UM - prédio rústico, composto de terra de cultura e oliveiras, com a área de duzentos e oitenta e cinco metros quadrados, sito em Bufa, a confrontar de norte com José Constantino, de sul com José Carreira da Piedade, de nascente com Anacleto Pinheiro da Conceição e de poente com Manuel Poças das Neves, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 3714, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €114,50; DOIS - prédio rústico, composto de terra de cultura e oliveiras, com a área de quatrocentos e noventa metros quadrados, sito em Bufa, a confrontar de norte com Artur da Costa Santos, de sul e de nascente com Anacleto Pinheiro da Conceição e de poente com António de Oliveira Ferreira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 3715, com o valor atribuído de €200,00; TRÊS - prédio rústico, composto de pinhal, com a área de quatrocentos e setenta e sete virgula sessenta e cinco metros quadrados, sito em Andorinha, a confrontar de norte com José Gomes Semeão das Neves, de sul com Manuel Rodrigues Capela, de nascente com caminho e de poente com Olinda Correia Vieira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 7726, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €48,63; QUATRO - prédio rústico, composto de vinha, mato e oliveiras, com a área de mil setecentos e quarenta e sete virgula setenta e nove metros quadrados, sito em Moita Longa, a confrontar de norte com Joaquim de Jesus das Neves e outros, de sul com Joaquim Carreira da Rosa, de nascente com José Raimundo e de poente com ribeiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 3485, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €630,88; Que, os justificantes adquiriram a verba um no ano de mil novecentos e noventa e cinco, por compra verbal a Artur da Costa Santos e mulher Lucinda das Neves, residentes que foram em Reguengo do Fetal, Batalha; a verba dois, no ano de mil novecentos e noventa e seis, por compra verbal a José da Conceição Carvalho e mulher Alzira de Jesus Carreira, residentes que foram em, Reguengo do Fetal, Batalha; as verbas três e quatro, no ano de mil novecentos e cinquenta e cinco, por partilha verbal por óbito de Maria de Jesus Pinheiro, mãe do justificante marido, residente que foi em Reguengo do Fetal, Batalha não dispondo os justificantes de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência daquelas compras e partilha verbais, possuem os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram os prédios por usucapião. Batalha, quatro de março de dois mil e vinte e dois. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/8

DR

Jornal da Golpilheira, n.º 272, 6 de Abril de 2022

Família reunida junto ao monumento da sua antepassada

apoio/divulgação

Joaquim Costa celebrou 90 anos

Marcações, reservas e take-away:

DR

Apesar da situação de Covid, o anfitrião da família Costa celebrou 9 décadas no lar onde se encontra. No dia 8 de Fevereiro, juntaram-se os filhos, alguns netos e bisnetos para celebrar os 90 anos do carpinteiro Joaquim Costa para um pequeno lanche. Esperamos poder comemorar mais uns quantos e que sejam com toda a família reunida. / A família

Fotos no dia do aniversário

244 766 709 • 244 768 568


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sugestões de leitura

Presença

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

À venda em www.presenca.pt

Pergaminho

À venda em www.pergaminho.pt

Bertrand

À venda em www.bertrandeditora.pt

O Legado da Papisa

A Felicidade É Inútil

O Conto do Pedrito Coelho

Depois de “A Papisa Joana”, de Donna Woolfolk Cross, eis o romance de Helga Glaesener que continua esta saga, uma das histórias mais inspiradoras e empolgantes da idade das trevas. Quando Freya assiste à morte da sua mãe, sequestrada e assassinada por viquingues dinamarqueses, decide fugir para sul, procurando o avô, Geraldo. Depressa descobre que ele é agora patrono do Papa e, disfarçada, Freya chega à Cidade Santa. Estamos no ano 858. Mas, em Roma, o destino de Freya reserva-lhe novas e más surpresas. Durante uma procissão, testemunha o homicídio de Geraldo e do próprio Papa, que é, afinal… uma mulher: a extraordinária Joana. É então que a nossa jovem protagonista toma uma decisão que mudará a sua vida e o rumo da História para sempre. Freya quer descobrir quem está por detrás da morte da Papisa, mesmo que isso a obrigue a enfrentar inimigos e perigos que podem estar além das suas forças. Na Idade das Trevas, poderá a luz prevalecer?

Esqueçamos os eufemismos: a felicidade é inútil. Ser feliz não «serve» para nada; é um bem em si mesmo. Quem o diz é Clóvis de Barros Filho, um dos speakers de maior sucesso no Brasil, nesta obra onde explica também que não está a sugerir que não tenha valor, que seja negativa, que não valha a pena persegui-la ou compreender do que se trata. «Nada disso, pelo contrário, até. Porque, para nós, o inútil pode ser benéfico. Por outras palavras: não prestar para nada, ou não ter utilidade, pode indicar uma preciosidade. Um valor inestimável. O próprio bem supremo. Insuperável.» Se esta ideia lhe desperta inquietação, o autor desafia-o a ler A Felicidade É Inútil, em nome da reflexão. No prefácio do livro, a Monja Coen, monja zen budista, diz: «Felicidade inútil. Por não servir para nada especificamente, serve para tudo. Aprecie a mente do professor Clóvis, que fala alto, vê mais longe que uma águia e ouve melhor do que um cão (…). Ele revela o mais íntimo de cada um de nós, leitoras e leitores. Aceite o desafio. Pense, repense, conclua, duvide, reviva.»

Este ano celebram-se 120 anos desde que Beatrix Potter viu publicado pela primeira vez “O Conto do Pedrito Coelho”, cujo protagonista se tornou uma das personagens mais acarinhadas por todos os leitores um pouco por todo o mundo. É a história inspiradora dos quatro coelhinhos Flopsi, Mopsi, Rabinho-de-Algodão e Pedrito, que vivem com a mãe, a Senhora Coelha, num belo bosque mesmo ao lado da grande e recheada horta do Senhor Gregório. Mesmo sabendo que não devia, o Pedrito vai encher a barriga de todos os legumes que conseguir encontrar, mas o senhor Gregório avista-o e vai atrás dele para o apanhar! Metido num grande sarilho, será que o Pedrito consegue escapar? Poderá conferir nesta edição comemorativa dos 120 anos da obra, em grande formato e com toda a magia do texto e das ilustrações originais. Quando publicada pela primeira vez, em 1902, quase 40 anos depois de ter sido escrita, era inimaginável que passaria de geração em geração, inclusive como verdadeiro sucesso na televisão.

Helga Glaesener

A Menina dos Livros Oliver Jeffers Sam Winston

Uma menina atravessa um mar de palavras para chegar a casa de um menino. Ela convida-o para acompanhá-la numa aventura pelo mundo das histórias onde, com um pouco de imaginação, tudo pode acontecer. «Desde o início, sabíamos que queríamos criar um conto que celebrasse o nosso amor pela literatura clássica infantil com um toque moderno. Para nós, tratou-se de capturar alguma da magia que acontece quando alguém se perde ao ler uma história intemporal, mas de um modo que os leitores ainda não tinham visto.» – os autores, “A Menina dos Livros” é uma história com fantásticas ilustrações, vencedora do prestigiado prémio Bologna Ragazzi de 2017. Uma coisa está garantida: este é um livro diferente de todos os que já viu, onde as palavras podem ser meras ilustrações e as imagens podem falar como se de palavras se tratasse. E, de repente, uma celebração ao amor pela leitura, que poderá, quem sabe, despertar no coração dos leitores mais pequeninos…

Mais Net, Não! Josh Lawson Sofya Karmazina

«A Bia ficou verde de raiva e chorou até mais não poder. Sem o sinal da Internet, não sabia o que fazer.» Esta é uma história que devolve o poder da imaginação às crianças e lhes mostra o valor dos livros e da amizade. Quando a Internet se desliga, quantos mundos podemos descobrir? A Bia adorava os seus gadgets – adorava-os com paixão. Só queria telemóveis e tablets. Mas parar? Isso é que não. Até que um dia… Oh, não! O wi-fi deixou de funcionar! E agora, como é que a Bia vai ocupar os seus tempos livres? Mas, com a ajuda de um novo amigo e de um gatinho curioso, a Bia vai descobrir a magia dos livros e a melhor app de sempre… a imaginação. «E o sol ficou mais brilhante, a cada página lida. Porque quando desligas a Internet, o mundo cresce e ganha vida.»

Clóvis de Barros Filho

Beatrix Potter

O Livro do Amor

Pig, o Pug

Alexandra Solnado

Assinalando os “20 anos da conexão de Jesus Cristo com Alexandra Solnado”, a autora portuguesa de espiritualidade de maior sucesso no mundo lança este novo livro em que materializa um repositório de mensagens de amor e de esperança, que afirma serem transmitidas por Jesus, em forma de comentários sobre a situação, a pessoa ou o assunto sobre o qual pretende respostas. Tanto poderá usar um “Quadro de Símbolos”, como pensando apenas na sua questão e abrir o livro aleatoriamente. Nas palavras de Alexandra Solnado, este livro «foi criado por Jesus para ser uma ajuda às muitas dúvidas que todos temos nos nossos relacionamentos. Nos nossos vários relacionamentos. Talvez um dos mais importantes de todos, o relacionamento connosco próprios. A nossa essência, a nossa energia original – às vezes tão distanciada do nosso ego, dos nossos objectivos imediatos, não evolutivos. Sem dúvida o mais impactante de todos, o relacionamento com o céu, com o sagrado, com Jesus.»

Não Ponhas Um Ponto Final Onde Deus Pôs Uma Vírgula Shiva Ryu

Com a sua linguagem maravilhosamente poética, Shiva Ryu, poeta e viajante espiritual, leva-nos a um mundo povoado de beleza e sabedoria. “Não Ponhas Um Ponto Final Onde Deus Pôs Uma Vírgula” nasce das respostas que o autor obteve a uma pergunta fundamental: o que é que a vida me está a tentar dizer? Por vezes, a vida pode levar-nos por um caminho que não faz parte dos nossos planos, mas que é precisamente o caminho pelo qual o nosso coração anseia – mesmo que o nosso cérebro não o veja assim. Recorrendo a parábolas das mais diversas tradições espirituais, a alegorias filosóficas e a histórias da literatura mundial, Shiva Ryu leva-nos a deambular pela demanda do sentido e da beleza da existência, num desafio a reconhecer a riqueza sem limites do momento presente a da dimensão do espírito. «Quando o destino nos deita ao chão, é porque está na altura de iniciarmos uma vida nova. A perda e a despedida têm sempre um sentido – Deus escreve direito por linhas tortas», escreve o autor.

rh editora

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Aaron Blabey O Pig é um pug e o Tobias é um salsicha. Vivem os dois numa casa cheia de brinquedos. Mas o Pig quer tudo para ele e não partilha nada com o Tobias. Este, por seu lado, adora o Pig e quer ser o seu melhor amigo, sonhando com o dia em que finalmente vão brincar juntos. “Pig, o Pug”, um livro hilariante sobre a importância de partilhar e de ser honesto, é a mais recente novidade da Bertrand Editora, da autoria de Aaron Blabey, o aclamado autor australiano dos sucessos mundiais “Telma, o Unicórnio” e “Os Mauzões”. Com ilustrações extraordinárias, “Pig, o Pug” é absolutamente cativante ao primeiro olhar. Esta história, construída em rimas e com um humor extraordinário, é ideal para ser contada em voz alta por pais ou educadores de infância, proporcionando um momento inesquecível com os mais novos. Apesar de ser hilariante, “Pig, o Pug” assenta nos valores da partilha, da camaradagem, da amizade e da sinceridade. Este título é o primeiro de uma colecção com mais de 4 milhões de exemplares vendidos, em mais de 16 países.

O Livro Que NÃO Quer Ser Lido David Sundin

Esta original obra é uma produção do genial David Sundin, que oferece aos leitores um verdadeiro espectáculo de comédia e vai treinar a capacidade de improviso e a resiliência dos adultos. Só os mais fortes chegarão ao fim deste livro, que, em 2020, foi o mais vendido na Suécia, tendo sido publicado em 30 países. Em 2021 ganhou o Prémio Livro do Ano da Associação de Livreiros da Suécia. “O Livro Que NÃO Quer Ser Lido” é o livro mais teimoso que existe e vai encontrar as maneiras mais criativas para que ninguém chegue ao fim da história: as letras ficam gigantes, as palavras trocam a ordem e as letras de algumas palavras saem do sítio. Um livro – uma experiência! – que garante gargalhadas a todas as crianças que o lerem. Ideal para ser lido em voz alta, vai fascinar miúdos e graúdos com as ilustrações e com as coisas malucas que propõe. Com uma história indisciplinada e cheia de humor, este é um livro para ler antes de ir para a cama, mas não se admire se as gargalhadas atrasarem a hora de dormir…

Temas e Debates

Liderança no Feminino e Masculino

Esta Vida

Liderança no feminino ou liderança no masculino ou simplesmente liderança? Podemos falar em diferentes graus de eficácia ou de efectividade em função de cada estilo de liderança aplicado? Líderes femininos e líderes masculinos gerem de forma distinta a mudança? Qual o estilo de liderança que sofrerá uma maior resistência? Os autores quiseram, desta forma, abordar a liderança no feminino e masculino e as perspectivas diferenciadas sobre o impacto na gestão da mudança nas organizações, sendo um tema actual e, até, positivamente controverso da gestão das pessoas. O público-alvo são gestores, quadros superiores de empresas, investigadores, consultores, formadores, directores e técnicos de recursos humanos, psicólogos, empreendedores e estudantes do ensino superior nas áreas da psicologia, gestão, economia, comportamento organizacional e sociologia das organizações.

Num livro tão intenso e original como acessível, o filósofo Martin Hägglund desafia as noções estabelecidas de fé e liberdade. Ideal tanto para um público religioso como para um público secular, convida os mais religiosos a questionarem-se sobre a verdadeira motivação da sua entrega aos outros e encoraja todos os leitores – mesmo os não religiosos – a reconhecerem no compromisso com a vida finita a condição necessária da responsabilidade. Obra premiada, onde se considera que o mais importante é a maneira como nos tratamos uns aos outros, inspirando-se em grandes mestres de várias áreas, da filosofia à religião ou política à economia, tais como como Aristóteles, Hegel, Marx, Dante, Proust, Knausgaard, Santo Agostinho, Kierkegaard, Martin Luther King, Mill, Keynes ou Hayek. A sua crítica da religião conduz o leitor ao cerne do que significa chorar-se a perda de entes queridos, fazer-se compromissos ou pugnar-se por um mundo sustentável.

- Perspetivas Diferenciadas sobre o Impacto na Gestão da Mudança nas Organizações Catarina Ribeiro, Wander de Carvalho e Alexandre Silva

– Fé Secular e Liberdade Espiritual Martin Hägglund

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sugestões de leitura • 33

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

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Guerra & Paz Editores Imagens do Cuidar: O Centro Hospitalar

Universitário de Lisboa Central e a Covid-19 Profissionais e doentes do CHULC Fotos: Rodrigo Cabrita

Atlas da Guerra Fria – 1947-1990: Um Conflito Global e Multiforme

Sabine Dullin, Stanislas Jeannesson e Jérémie Tamiatto Cart.: Aurélie Boissière

Nietzsche – O Combate com o Demónio Stefan Zweig

«Nietzsche nunca quer, em nenhum caso, ser feliz, mas antes ser verdadeiro. Não busca o repouso (como a maior parte dos filósofos), mas, como servidor escravo do demónio, procura o superlativo de todas as excitações e de todos os movimentos.» Neste ensaio biográfico, Stefan Zweig, um dos maiores pensadores do século XX, revela o homem por trás da obra, concentrando-se nos hábitos, nas paixões e nas obsessões de Friedrich Nietzsche, em combate permanente com inquietações aflitivas e impulsos ingovernáveis, esse demónio interior. Numa escrita dramática e emotiva, que se lê como se de um romance se tratasse, a obra leva-nos a mergulhar na tragédia da existência do filósofo e no isolamento forçado em que vivia. Uma biografia fundamental, que se tornou referência para a compreensão do trágico do pensamento nietzschiano, mas também para a análise das tensões pessoais e filosóficas que marcaram o pensamento ocidental na passagem do século XIX para o século XX.

A pandemia da covid-19 mudou as nossas vidas de forma repentina e, até hoje, nada voltou a ser o mesmo. Quem viveu a pandemia por dentro, nos corredores ou nas camas dos hospitais, encontrou um cenário de desespero, sofrimento físico e vontade de desistir, tendo de, com resiliência, superar a incerteza, o medo e a ausência que, lá fora, afligiam a maioria da sociedade. Do dia zero da pandemia em Portugal até ao internamento dos primeiros casos graves passaram apenas 13 dias e ninguém estava preparado para esta nova e colossal ameaça. No CHULC viveu-se a angústia de não se saber o que faria falta e como é que se podia dar conforto (físico e psicólogo) aos doentes e aos profissionais. Dali à sobrelotação foi um passo e só a total entrega dos profissionais de saúde e dos gestores hospitalares minimizou danos e salvou vidas. Este livro é um documento histórico e uma homenagem a essas equipas, com mais de 150 fotografias que eternizam os seus testemunhos, rostos, gestos e emoções.

Num momento em que os desafios das relações internacionais mostram quanto a Guerra Fria foi decisiva para o quadro geopolítico actual, três historiadores franceses apresentam-nos esta obra histórica fundamental para responder a questões que ocupam os nossos dias: como chegámos aqui? Como é a que a Rússia, herdeira da gigante URSS, tem vindo a conviver com o seu desprestígio? Porque é que o Kremlin considera um acto de hostilidade a extensão da NATO à Europa Centro-Oriental? O livro está dividido em cinco principais períodos e conta com mais de 120 mapas e infografias da geógrafa e cartógrafa francesa Aurélie Boissière, os quais permitem uma maior inteligibilidade, dada a variedade dos terrenos e domínios da Guerra Fria e a complexidade das suas geografias: da Coreia a Cuba, do Afeganistão a Angola. É-nos ainda traçado um quadro actual e a prova de que ele não pode ser compreendido sem se ter em conta estes 45 anos de tensões e conflitos.

As Metamorfoses do Elefante

Festas Galantes

Angola, década de 1970, estamos na antecâmara da independência e Hermes Sussumuku prevê, nos sete sonhos que o atormentam, um futuro de horrores para o país. O seu irmão, empenhado na luta pela libertação do povo angolano e esperançoso de um futuro risonho, recusa-se a acreditar nas visões catastrofistas de Hermes. Mas as décadas seguintes vieram a dar razão aos sonhos premonitórios, e a independência de Angola não encerrou em si mesma a luz que todos buscavam. Além de uma longa e dolorosa guerra civil, que abriu portas a sucessivas crises políticas, sociais e económicas, os angolanos deparavam-se agora com uma estranha pandemia: um surto de riso a que as autoridades chamam surriso. A solução? Coser a boca dos infectados. Este é o mote para As Metamorfoses do Elefante, o novo romance de José Luís Mendonça, um dos principais autores angolanos contemporâneos, da denominada «Geração das Incertezas», que integra nomes como José Eduardo Agualusa, Lopito Feijoó ou Ana Paula Tavares.

A sedução, a frivolidade de pendor erótico e a ambiguidade dos sentimentos amorosos foram explorados como ninguém pelo poeta francês Paul Verlaine em Festas Galantes. Publicada pela primeira vez em 1869, a obra teve uma rara edição de bibliófilo em 1928, de apenas 25 exemplares numerados, com 23 ilustrações de George Barbier. Imbuído por uma beleza idealizada, o ilustrador não deixou de citar os aspectos mais libertinos e sedutores das personagens, bem como o excesso e o humor característicos da commedia dell’arte. Praticamente um século depois, essa edição é retomada em Portugal, com patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, detentora desse espólio. Inclui os 22 poemas originais em francês, uma tradução para português do poeta João Moita, uma reprodução das aguarelas originais, um texto do escritor austríaco Stefan Zweig sobre a obra e uma nota prévia de João Carvalho Dias.

Quem nunca tentou seguir uma dieta rigorosa, mas acabou por desistir e por recuperar todo o peso perdido? O que será que falha? Fazer pequenas, mas poderosas mudanças a longo prazo é o desafio proposto por Jeannette Hyde, uma das terapeutas nutricionais mais relevantes do Reino Unido. Quem adoptar este plano irá melhorar a qualidade de vida, gerir o peso, melhorar a saúde cardíaca, diminuir o risco de sofrer de diabetes e hipertensão, reforçar o sistema imunitário e controlar doenças inflamatórias – como asma, artrite, eczema e dermatite – com resultados satisfatórios após apenas três meses. Como? Concentrando as refeições diárias, sem deixar de comer o que gosta, em apenas 10 horas do dia, num processo de jejum intermitente de 14 horas, que pode ser adaptado aos horários de cada pessoa. Bastante acessível, o livro transforma a informação científica em conteúdo facilmente digerível, mas repleto de conhecimentos, dicas e mais de 25 receitas simples de preparar.

Frei Manuel de S. José, O Duende de Madrid

Esta Ferida Cheia de Peixes

José Barreto

Lorena Salazar Masso

Uma unidade altamente especializada, capaz de intervir rapidamente na evolução dos incidentes e realizar operações muito complexas com grande eficácia, o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia de Segurança Pública (PSP) celebra 40 anos de existência com a publicação desta obra: um livro que homenageia todos aqueles que serviram e continuam a servir o GOE, em nome da segurança pública. Uma edição bilingue, em português e inglês, organizada por Francisco Fonseca, que inclui mais de 200 fotografias e relatos que assinalam a efeméride. Na obra, ficamos a perceber o porquê do seu lema ser a «Última Razão» e os princípios que os regem. Estes são operacionais que podem passar meses sem serem chamados, mas, quando o alerta de terrorismo ou de criminalidade violenta soa, têm de estar preparados para fazerem o impossível: «correrem para [o local] de onde todos fogem» em cenários que fazem parte da realidade das acções de alta intensidade de polícia nas sociedades democráticas.

No segundo quartel do século XVII, um misterioso escritor satírico conseguiu, com um semanário manuscrito distribuído clandestinamente em Madrid, pôr durante seis meses o governo espanhol, no tempo do rei Filipe V e da rainha Isabel Farnésio, à beira de um ataque de nervos. O jornal El Duende, epíteto que virou pseudónimo do autor, atacava sem piedade as mais altas figuras da governação e o próprio monarca. Durante meses, tudo se tentou para o apanhar e, após uma denúncia de suspeita, verificaram com surpresa que poderia ser Frei Manuel de S. José, um frade carmelita português. Três séculos depois, o historiador e sociólogo José Barreto apresenta-nos a figura extraordinária do Duende de Madrid, alegadamente, um espião enviado para a capital espanhola pelo rei D. João V para tentar criar uma opinião pública de oposição ao rei espanhol vigente. O «agente» viria a ser ordenado frade em território espanhol e a escrever o seu nome na história como precursor do jornalismo satírico-político espanhol.

O que é uma mãe? Neste livro, é algo que dói, é ferida e cicatriz, é fingir que se vence o medo. Pungente, a obra de estreia de Lorena Salazar Masso convida-nos a acompanhar, numa prosa comunicativa e num lirismo que criam uma atmosfera viciante, a jornada de uma mãe que se prepara para apresentar a criança negra que criou à sua mãe biológica. Este é um livro que cheira a verdade, não só pelas apaixonantes descrições da selva colombiana, mas também pelas leituras políticas profundas. Um livro em que a violência e os conflitos sociais são contados do ponto de vista de quem os sofre. O confronto com a dificuldade de se ser mulher e mãe num mundo cheio de perigos em que ganham importância as relações de cumplicidade entre as mulheres nas comunidades rurais, assim como um confronto com a violência terrível da selva colombiana – grandemente inspirada no Massacre de Bojayá, de 2020, que vitimou dezena e meia de jovens, num acto de repressão descontrolada das autoridades locais.

O Labirinto Literário de Miguel Torga

Mãe Para Jantar

O Português à Descoberta do Brasileiro

Shalom Auslander

Fernando Venâncio

O património literário deixado por Miguel Torga é marcado pela pluralidade, pela polifonia, pela genialidade. Uma vasta obra que, tendo já sido estudada a espaços, não foi ainda objecto de uma análise profunda e global. Disposto a colmatar essa lacuna, Norberto Veiga, professor, cronista e estudioso da literatura transmontana, partiu para uma profunda reflexão em torno da prodigiosa bibliografia torguiana. Esse estudo intenso resulta agora neste livro de grande fôlego. Ler este “Labirinto Literário” é contactar com um saber realista, humanista, religioso, moral, social, político, filosófico e estético de um autor maior do que o seu tempo. E se dúvidas sobrarem, esta análise brilhante responde: Porquê ler a obra torguiana no século XXI? Porque a sua obra reflecte não só as convicções de natureza ética, antropológica e humanista do autor, como uma profunda missão histórica, social e política que não se esgotou em 1974.

Humor, escândalo e provocação: os temperos deste romance do mais provocador dos escritores judeus americanos, Shalom Auslander, que nos apresenta um olhar hilariante e cínico sobre o fardo da tradição que pesa sobre as minorias étnicas que tomam a opressão como identidade, através de uma premissa tão genial quanto grotesca: e se tivesse de comer a sua mãe para receber a sua herança? Podia muito bem ser um retrato de qualquer grupo étnico na América, com todos os cheiros, sons e paradoxos da Nova Iorque de hoje. Mas quando percebemos que os Seltzer são afinal uma família da canibal-americanos, o romance ganha contornos de uma grotesca comédia de família. O resultado é uma mistura de tragédia, comédia e sátira de «morrer a rir». O seu autor é um génio da literatura cómica judaica. Herdeiro de Philip Roth e Woody Allen, tem vindo a revelar-se uma voz verdadeiramente diferente – espirituosa e profana, filosófica e rítmica.

Depois do êxito de “Assim Nasceu Uma Língua”, que conta a história da língua portuguesa com paixão, elegância e um fino humor, este reputado linguista apresenta-nos agora este novo livro, que nos provoca, diverte e desafia a identificar e aceitar as diferenças entre os apelidados “português europeu” e “português do Brasil”. Um hino à liberdade e diversidade linguística, o ensaio opõe-se veementemente ao famigerado Acordo Ortográfico de 1990, «um produto mal‑enjorcado, elaborado em cima do joelho, rejeitado por todas as entidades então consultadas» e que só veio gerar ainda mais áreas de caos e desconforto, tentando caçar e amarrar o que se deseja que seja o português à solta. Opõe-se também à forma conservadora, autoritária ou condescendente como alguns portugueses olham para a semântica, a sintaxe e o léxico utilizados pelos brasileiros, tal como sorri perante a suposta ameaça que os brasileirismos representam para a língua portuguesa.

José Luís Mendonça

GOE - 40 Anos ao Serviço de Portugal Coord.: Francisco Fonseca

Norberto Veiga

Paul Verlaine

A Dieta das 10 Horas Jeannette Hyde


poesia/ /obituário

. Poesia . A vida é tão injusta Injusta feita de ilusão é uma passagem que perde o valor a vida é fria sujeita a ingratidão sem qualidade e sem amor. Custa assim o descrever, são tantos os momentos de ansiedade que nem sei por vezes o que dizer deste mundo de tanta maldade. Quando o duro sofrimento nos destrói a vida a mesma deixa de ter alimento e aos poucos vai sendo perdida. Tudo tem a sua hora o momento certo de reflexão e a tristeza da saudade devora e em nada se encontra solução.

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Eu poeta me confesso. Venho humildemente confessar-me...sou poeta. Venho humildemente pedir desculpa, estou possuído pela Poesia. Se isto é loucura, eu louco me confesso. Se isto é perdição...estou perdido pela poesia. Se isto é sofrer...não há Cruz melhor. Se isto é amar...amo-te poesia... Se escrever é amar a literatura...perdoa-me poesia que sou promíscuo. Ser poeta é dançar Tango com a poesia. Ser poeta é ter uma Valsa de Viena de Áustria com a prosa. Ser poeta é ouvir Mozart e nunca esquecer Vivaldi. Ser poeta é amar o que não vemos. Ser poeta é sentir, Deus dentro de nós. Ser poeta é ter vós ao pé de mim...sem nunca vos conhecer. Ser poeta é ter orgasmos de prazer...no escrever. Ser poeta é somente ser feliz, mas somente ser feliz... na infelicidade que poucos nos entende. ...........................ser poeta......................

Vaz Pessoa

Viver é uma ilusão e porquê! Porque nunca ninguém me explicou O tempo passa e a alegria não se vê e senti-la parece-me que acabou.

30 ANOS DE MUITA SAUDADE

É este o tempero que viver tanto custa e por vezes a vida injusta finaliza com desespero.

AGRADECIMENTO

José António Carreira Santos 15-01-2012

AGRADECIMENTO

António Vitorino Francisco Rodrigues

N. 01-08-1954 • F. 13-03-2022 Sua esposa, filhos, nora, genro, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

N. 15-05-1954 • F. 14-02-2022

N. 06-06-1935 • F. 14-04-1992 Sua esposa, filhos e restante família recordam-no com muita saudade. Morrer não é desaparecer. É estar ausente, mas sempre presente no coração daqueles que não o esquecem. Nesta data de aniversário, foi celebrada Missa pela sua alma. Que descanse em paz.

. obituário .

Manuel Cordeiro Filipe

Luís Bento Monteiro

É esta a saudade que o tempo nos dá força e fé na humildade a angústia e solidão vencerá.

AGRADECIMENTO

DesenhodaMelita

34 •

Sua mãe, irmãos, sobrinhos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

AGRADECIMENTO

Maria da Encarnação Pedro dos Santos

Manuel Carreira da Silva (“Coxo”)

N. 27-06-1939 • F. 16-03-2022

N. 13-10-1942 • F. 16-03-2022 Sua esposa, filhas, genro, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que os acarinharam neste momento de dor e tristeza ou de outra forma manifestaram o seu pesar. A família reconhecida agradece todas as demonstrações de solidariedade, pela perda do seu ente querido, especialmente à Academia Social e Cultural da Maceira pelo apoio e serviço prestado em vida. A todos, muito obrigado.

Seus filhos, nora, genro, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

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Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

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a fechar • 35

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

. telefones úteis .

Número europeu de emergência Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas) SUMA - Levantamento de “monos”

. Tintol & Traçadinho .

112 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 766 744 244 767 178 244 769 290 244 765 497 244 764 080 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506 244 766 007

Então o Manel foi a casa do Joaquim e deu-lhe uma carga de porrada!...

A culpa é do João, que não se dá com o Manel e anda sempre a dizer que quer ser amigo do Joaquim!

Carlos Meneses | LMF Ah! ‘tou a ver... Tem lógica, sim senhores!

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. ficha técnica Registo ERC . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about Director . Composição . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Equipa JG . Adelino Rito, Ana Margarida Rito, Ângela Susano, Cristina Agostinho, Diogo Alves, Isabel Costa, Miguel Santos. Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Eusébio, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Márcio Lopes, Saul António Gomes. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10). NIF . 501101829. Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede proprietário/editor/redacção . Centro Recreativo da Golpilheira - Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 910 280 820 / 965 022 333. Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 800 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira E-mail: geral@jornaldagolpilheira.pt

Sócios construtores

Tempos houve em que as colectividades nasciam e cresciam conforme a vontade e o empenho das populações. Também foi assim o Centro Recreativo da Golpilheira, onde trabalharam arduamente muitos dos nossos pais e avós. Depois veio a profissionalização da mão de obra contratada e o povo prefere dar dinheiro a dar tempo e suor. Dificilmente as coisas voltarão a ser como eram, mas é um exemplo curioso, a fazer lembrar esses velhos tempos, esta jornada de trabalho que a equipa de futsal decidiu fazer no novo bar em construção. É um bom treino e também uma forma de mostrar que o associativismo e o espírito de colaboração ainda não morreram completamente...

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LMF

de Joaquim Vieira

Esta foto, de Abril de 1997, retrata uma “Feirinha Popular” daquelas realizadas durante alguns anos pelo Sr. Mário Costa e o seu Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira. Era uma actividade em que as crianças e adolescentes eram envolvidos na organização, com responsabilidades distribuídas por todos. Até nisso, o Sr. Mário era um pedagogo pioneiro, audaz e cativador da criançada. O local é o espaço em frente ao CRG, onde viria a ser construída a Extenção de Saúde actualmente encerrada. | LMF


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2022

Solidez. Responsabilidade. Eficácia. Proximidade. Simpatia. Amizade. São apenas algumas das características do banco da (nossa) terra.

Com votos de FELIZ PÁSCOA para todos os nossos Clientes e Associados.

ITVM - Batalha

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HÁ 48 ANOS A CRIAR VALOR Pela qualidade e rigor do que construímos. Pela certeza da perfeição. Pela satisfação do cliente.


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