201607 Jornal da Golpilheira 229 - Julho de 2016

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Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 229 | Julho de 2016

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P. 4| Dança e ginástica

P. 13 | Animação juntou população na associação

Gymdance trouxe noite fantástica

CRG festejou 47 anos

P. 6 | Acagrup em Aveiro

Escuteiros da Batalha restauram o planeta terra P. 7 | Página infantil

Jardim faz festa de fim-de-ano P. 9 e 12 | Dengaz, José Cid, The Gift e Xutos & Pontapés

Município em festa em Agosto P. 24 | 30 Julho - 1 Agosto

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. abertura . história .

.editorial.

Jornal da Golpilheira Julho de 2016

.história.

Um projecto para Portugal servir-se, das regras que devem presidir ao seu funcionamento. Por isso é necessário, é um imperativo, que o Estado, através das Escolas, lhe forneça esses ensinamentos e lhe crie o hábito da organização em grupo e lhe dê a conhecer os deveres que terá de cumprir, sobretudo o de saber subordinar interesses particulares ao interesse geral. E, evidentemente, também os seus direitos. E uma forma de associativismo que pode promover uma verdadeira reforma económica e social – o Cooperativismo – deve merecer o especial empenho do Estado, divulgando-o e ensinando-o nas Escolas. São estranhos o silêncio que pesa sobre o Cooperativismo e o seu pouco desenvolvimento no presente, sobretudo quando o regime se proclama arauto da liberdade e da reforma do sistema económico e social, o que só é possível com a intervenção e o protagonismo populares.

Luís Miguel Ferraz Director

Pároco celebra 50 anos de padre Cá estamos com as festas à porta, literalmente, no tempo e no espaço. Sobre elas, pouco mais há a dizer do que a data, o programa e o convite a celebrar nelas a comunidade que somos. Está tudo aí dentro. Mas há uma festa que não está nas notícias e merece vir para o editorial. O padre José Ferreira Gonçalves vai comemorar as Bodas de Ouro da sua ordenação sacerdotal no próximo dia 15 de Agosto. A Missa das 11h00, no Mosteiro, será a ocasião propícia para nos juntarmos a ele na acção de graças a Deus pelo dom da vocação e da fidelidade ao serviço da Igreja e do Povo de Deus. Está também a ser preparado um almoço em Santo Antão, para o qual os interessados deverão fazer a inscrição prévia. Recordamos que o padre José foi nomeado para a Batalha no dia de Natal de 1980, pelo que os últimos 35 anos do seu sacerdócio foram vividos ao serviço desta nossa paróquia. A ele, os nossos parabéns! divulgação/apoio

Capa de uma das obras sobre o Cooperativismo do Professor Raul Tamagnini Barbosa

12 Não falta ao Povo Português capacidade para se associar, mas falta-lhe frequentemente conhecimento da orgânica associativa, dos meios e dos métodos de que as associações devem

13 O Reino Unido (vulgarmente: a Inglaterra) deu mais uma prova de que a sua Democracia se mantém saudável, ao realizar o referendo sobre a continuidade ou a saída da União Europeia, acabando o Povo Britânico por escolher a saída. Em Portugal, onde os referendos não agradam

Manuel Carreira Rito Director Adjunto

Golpilheira em festa contínua Estamos em pleno Verão. A nossa freguesia, apesar de pequena, tem gente muito voluntariosa e trabalhadora. Em pouco mais de um mês, consegue organizar três festas. A primeira, já realizada, consistiu na comemoração do 47.º aniversário do Centro Recreativo da Golpilheira. A segunda vai decorrer no próximo fim-de-semana, na Igreja da Golpilheira, organizada por uma comissão constituída pelos jovens nascidos em 1976, em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. A terceira realiza-se no último fim-de-semana de Agosto, na Igreja de São Bento, organizada

aos detentores do Poder, nunca se perguntou ao Povo a sua opinião sobre a adesão, ou a forma como devia ter sido feita, à Europa burocrática e envernizada que se instalou em Bruxelas. Sem referendos nenhuma Democracia é completa e, por mais voltas que se dêem, nenhuma justificação explicará a sua quase ausência da nossa prática política.

14 Durante anos e anos de despesismo e de más administrações, delapidámos o que tínhamos e passámos a gastar o que a União Europeia nos emprestou. Tudo sem peso nem medida. E como quem pede emprestado tem, mais tarde ou mais cedo, de pagar o que deve e de ficar sujeito às condições dos credores, vivemos numa situação aflitiva e que, não obstante as manobras políticas que não mais do que tentativas de empatar o irremediável e de nos atirar areia aos olhos, está muito longe de ter solução, a não ser que, por milagre, nos seja perdoada a dívida. Uma dívida monstruosa. Entretanto, o País estagna e a governação cada vez se assemelha mais à gestão duma sociedade falida que só pela caridade dos credores ainda dá sinais de vida. José Travaços Santos

por uma comissão constituída pelos jovens nascidos em 1981, em honra de Nossa Senhora da Esperança. Todas estas festas, neste momento, se justificam. Como sabem, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, da Comunidade Cristã da Golpilheira, teve uma profunda remodelação recentemente, cujos custos rondaram os 300 mil euros, e que foi reinaugurada no dia 29 de Maio passado. Apesar dos grandes esforços por parte da nossa comunidade, ainda existe uma dívida de elevado valor. Os resultados positivos destas festas da Igreja vêm como “pão para a boca”, para amortizar esta dívida. Os resultados dos festejos do 47.º aniversário do CRG também vão servir para amortizar empréstimos contraídos no início do século, com aquisição de terrenos e construção do Restaurante Etnográfico. O reparo que vou fazer é baseado nas festas dos anos anteriores e, com certeza, este ano também não fugirá à regra. Enquanto nas festas de Igreja se verifica uma grande mobilização das nossas gentes, a do CRG

continua a ter uma participação muito diminuta dos golpilheirenses. Continuo a não perceber o divórcio que existe da população em relação à nossa associação. Não podem, nem devem esquecer que a nossa colectividade tem sido, nestes últimos 50 anos, a locomotiva que mais promoveu e divulgou a nossa freguesia e o nosso concelho. Tem sido nas actividades culturais, recreativas e desportivas em que mais se tem destacado. Tem ajudado a crescer muitos jovens, que hoje são homens e mulheres graças aos ensinamentos e disciplinas que lhes foram incutidos pelos seus animadores e professores. Para constatar tudo isto, basta fazer uma pequena retrospectiva. A nossa associação merece mais dedicação dos seus sócios, em particular, e do resto da população, em geral. Era consensual que o empenho dos golpilheirenses viesse a equilibrar-se. Brevemente vai haver oportunidade para isso, uma vez que vai haver uma assembleia geral. Entre os pontos da ordem de trabalhos, estará a eleição dos novos corpos directivos para o próximo biénio.


Jornal da Golpilheira

. campanha .

Julho de 2016

Uma “telha dupla”

Agora que a obra está pronta...

Emigrantes de Londres ofereceram 2.000 euros

O seu donativo é mais CAMPANHA 200 telhas! necessário do que nunca Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Ainda precisamos de cerca de 90 mil euros. Temos telhas que sairam do velho telhado por donativos de 1.000 euros. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha. Como é óbvio, além desta campanha, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda será bem-vinda!

Um grupo de emigrantes naturais da Golpilheira a residir em Londres, na Inglaterra, entregou este mês à Comissão da Igreja da Golpilheira um donativo de 2.000 euros para as obras da igreja. Embora longe da sua terra natal, não esquecem as suas raízes e têm acompanhado com interesse as obras efectuadas na Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Quiseram também associar-se à angariação de fundos e organizaram uma venda de rifas e um pequeno convívio onde se recolheram donativos. Como estão de visita para as suas férias, entregaram em mão este donativo, que muito agradecemos. Na Missa da festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, no próximo domingo 31 de Julho, a Comissão irá fazer a entrega de uma telha em nome colectivo a este grupo de emigrantes golpilheirenses. De acordo com a vontade que manifestaram, a telha ficará exposta no salão de festas da Igreja da Golpilheira.

Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros)

Donativos

NOME

Campanha Telhas

OUTROS

Saldo 2015 Saldo Janeiro 2016 Saldo Fevereiro 2016 Saldo Março 2016 Saldo Abril 2016 Saldo Maio 2016 Saldo Junho 2016 Maria da Conceição Amado Eurobóia Anónimos Grupo de Emigrantes da Golpilheira em Londres

24.000,00 €

885,00 €

2.000,00 € 2.000,00 € 2.000,00 € 4.000,00 € 3.000,00 € 3.000,00 €

6.347,87 € 285,00 € 1.180,00 € 24.080,00 € 13.570,00 € 22.266,10 € 50,00 € 200,00 € 120,00 €

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Encerramento do ano pastoral

Sardinhada com futebol nos Santos Populares

As equipas de eventos da Comunidade Cristã da Golpilheira organizaram uma sardinhada dos Santos Populares, no passado dia 25 de Junho, com a participação de várias dezenas de pessoas. Além do petisco e da animação musical, também o futebol ajudou a fazer a festa, já que se assistiu em ecrã gigante à vitória de Portugal sobre a Croácia, nos oitavos de final da competição. Foi um prenúncio da festas que se seguiriam nos quartos de final, nas meias finais e na final, com Portugal a sagrar-se campeão europeu de futebol. Este vento marcou, assim, o encerramento das actividades deste ano pastoral de 2015-2016, tendo resultado na angariação de 334,34 euros, a reverter para as obras da Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Foi também o mote para a energia com que queremos regressar após as férias de Verão. A festa de início do ano pastoral de 2019-2017 será no segundo domingo de Outubro, dia 9.


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. actualidade .

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Jornal da Golpilheira Julho de 2016

Espectáculo de dança e ginástica

Gymdance trouxe noite fantástica à Golpilheira Foi uma noite fantástica a que se viveu no pavilhão desportivo da Golpilheira, no passado dia 24 de Junho. “Gymdance” foi o nome que se deu a este espectáculo que conciliou dança com ginástica acrobática e cujos fundos reverteram para as obras da Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Quanto à dança, além dos grupos locais Dali Crew e Upgrade Crew, ambos do Centro Recreativo da Golpilheira, o hip-hop foi servido, também, pelo grupo Urban Dance Fusion, de Leiria. Com outros estilos, a variar entre o ballet, o jazz e as danças de salão, juntou-se o Rans Studio de Dança, da Gândara dos Olivais. Os aplausos não se fizeram rogados, por parte das cerca de 300 pessoas presentes. Quanto à ginástica acrobática, em trampolim e em tapete, alguns atletas medalhados do Ateneu Desportivo de Leiria e do GCAL – Ginásio Clube Acrotumb de Leiria deram uma cor diferente ao recinto e ajudaram a fazer vibrar o público, até porque são demonstrações desportivas e artísticas que não é frequente vermos por cá. O público não poupou elogios aos dançarinos e atletas, e estes também apreciaram a deslocação à Golpilheira, tanto que prometeram regressar no próximo ano, caso volte a realizar-se o evento, o que esperamos venha a suceder. Agradecemos à Ondina Mendes a iniciativa que teve em promover o evento e convi-

dar estes grupos, bem como a todos os elementos das equipas de eventos da Comunidade Cristã da Golpilheira que colaboraram para a sua realização. Agradecemos também aos artistas e atletas e respectivos professores, treinadores e clubes, que foram a alma do espectáculo, bem como à professora Liliana Ramos, que preparou a coreografia final. Um obrigado especial à Câmara Municipal da Batalha pela cedência do pavilhão e do sistema de som, sem os quais não teria sido possível concretizar o projecto. Quanto ao saldo, cifrou-se em 641 euros, fruto da venda de fitas que todas as pessoas presen-

tes usaram na coreografia festiva de encerramento e de alguns petiscos vendidos à saída. É mais um importante contributo para as obras da nossa Igreja. Comissão da Igreja Fotos: LMFerraz


Jornal da Golpilheira

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. entrevista . sociedade . cultura. .

Julho de 2016

Música e dança do CRG

Rancho folclórico do CRG

“As Lavadeiras do Vale do Lena”

Fim de ano em festa

Nelson Gomes

O rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do Centro Recreativo da Golpilheira, já efectuou diversas actuações no corrente ano. Em todas elas, representou com dignidade o folclore da nossa região da Alta Estremadura. Passamos a indicar as actuações já efectuadas e as que se seguirão: 05-06 – FIABA – Batalha. 02-07 – Festival de Folclore de Constância. 09-07 – Festival de Folclore de Abrantes. 23-07 – Festival de Folclore de Valongo – Porto. Actuações a realizar: 06-08 – Festival de Folclore de Santa Maria da Feira 18-09 – Mercado do Século XIX, na Batalha 01-10 – Festival da Golpilheira MCR

professores e directores. Para alimentar o desejo de regresso e novas inscri-

ções no próximo ano, ficam algumas imagens. Fotos: LMFerraz

Uma zona a desfrutar

Parque de merendas do Vale do Lena Este parque de merendas, localizado perto da ponte do Casal de Mil Homens, foi reaberto para a nova época de petiscos, no passado dia 19 de Julho. A ementa não podia ter sido melhor. A sua confecção, a cargo dos cozinheiros José Rebelo e Henrique Bento, resultou numa excelente “sopa de Aroeira”. Os presentes, apesar de serem muitos, não conseguiram descobrir o fundo ao tacho. Aliás, os cozinheiros estavam preparados com o “plano b”, para se algum imprevisto acontecesse, bastava acrescentar mais água e massa, para que a sopa nunca faltasse. O pão e a broa caseiros também marcaram presença, assim como o vinho (muito), que seduziu todos os “glutões”. Também não fal-

MCR

A Escola de Música de Dança do Centro Recreativo da Golpilheira festejou no dia 30 de Junho o final de mais um ano lectivo. Em palco, os alunos cantaram, tocaram e dançaram. No salão, uma enchente de pais e amigos aplaudiram os artistas. A mensagem principal foi a não-discriminação, união de todos e vida em alegria e amizade, uma boa imagem do que acontece ao longo do ano entre as quase duas centenas de alunos e seus

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tou a boa fruta, com o melão à cabeça, até porque “em cima de melão vinho de tostão”. O local é espectacular. Água límpida no rio Lena mesmo ali encostado, com patos, galinhas de água e até coelhos a nadar. Peixes e lagostins de diversos tamanhos, são aos montes. Para completar este cenário, corre um cano com água, permanentemente, com um caudal de cerca de cinco polegadas. Quem não acredita, pode vir e observar esta paisagem paradisíaca. Este parque tem entrada livre. Quem primeiro chegar, tem direito a reservar as mesas, até porque são apenas três. Faça por lá uma visita, “mas leve a bucha”... e não se arrependerá. MCR


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. sociedade . eclesial .

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Jornal da Golpilheira Julho de 2016

Patrono da Arma de Cavalaria Teve lugar no passado dia 21 de Julho mais uma homenagem ao batalhense Joaquim Mouzinho de Albuquerque, nascido na Quinta da Várzea. As cerimónias tiveram lugar na praça com o seu nome, junto ao Mosteiro da Batalha. De entre o numeroso público presente, destacavam-se muitas crianças do ensino pré-escolar e ensino básico. Participaram nesta cerimónias diversas entidades civis e militares, destacando-se o presidente do Município, Paulo Batista, e altas patentes da Arma de Cavalaria. Depois da Cavalaria devidamente organizada na praça e as entidades oficiais acomodadas na tribuna de honra, deu-se início às cerimónias propriamen-

te ditas. Foram colocadas duas coroas de flores junto à estátua do homenageado, com as respectivas honras militares. Não foram esquecidos todos os militares portugueses que tombaram em combate. Houve diversas intervenções, sendo realçado em todas elas a nobreza, valentia e justiça do militar e cidadão Mouzinho de Albuquerque. Foi destacada a sua heroicidade e dos seus comandados, nas Batalhas que travou em Moçambique. Foi recordado que esta homenagem se realiza desde 1978, portanto há 38 anos, estando presente nesta cerimónia de hoje um militar que participou em todas elas. Antes do desfile da cavalaria, passando em

MCR

Homenagem a Mouzinho na Batalha

O Município da Batalha, desde o seu início, tem tido um papel preponderante, sem o qual não teria sido possível organizar estas homenagens. Tomamos a liberdade de transcrever parte da intervenção do presidente do Município

frente à estátua do seu patrono, foi descerrado um brasão com as Armas da Cavalaria. O desfile, como de costume, decorreu numa forma rigorosa e ordeira, com os cavalos e cavaleiros em perfeita sintonia.

da Batalha, Paulo Batista, na evocação a Mouzinho de Albuquerque: “Joaquim Mouzinho de Albuquerque foi um dos portugueses mais notáveis do Século XIX, tanto pelo seu patriotismo, como pela brilhante inteligência e capacidade governativa, de

que deu bastantes provas em Moçambique, e pela lealdade, honestidade, coragem, espírito de sacrifício e noção de serviço público, qualidades raras que o destacaram dentre os homens da sua geração. Bem sabemos que para muitos as honras militares e a evocação heroica daqueles que serviram a nossa Pátria, é «coisa» do passado, gera despesa e muito provavelmente é um tema que não surge nas primeiras páginas da imprensa nacional. Para o Município da Batalha acolher a Cerimónia Militar de Homenagem ao Patrono da Arma de Cavalaria, é uma iniciativa que muito nos honra e prestigia o Estado e a Instituição Militar.” Manuel Carreira Rito

Catequese da Golpilheira

Festa da Esperança

LMFerraz

Os meninos e meninas do 5.º ano da catequese fizeram a sua Festa da Esperança, no domingo 26 de Junho. Na celebração da Missa, apresentaram um resumo da caminhada feita ao longo do ano: “Fomos olhando para vários momentos da história da hu-

Acagrup em Aveiro

manidade e descobrimos que Deus aparece nela, em todos os momentos, a acompanhar todos os seus passos. Deus está lá a ajudar os homens e mulheres a caminhar, a dar-lhes vida e a indicar-lhes o caminho para chegar à felicidade. Podemos dizer que Deus

O Agrupamento 194 Batalha do Corpo Nacional de Escutas esteve em actividade intensa no passados dias 20 a 24 de Julho, no Acagrup 2016, no Parque Escutista de São Jacinto, em Aveiro. Durante todo o ano, a encíclica do Papa Francisco “Laudato Si”, sobre a ecologia, esteve no centro da reflexão e das actividades do Agrupamento. Nes-

te acampamento, que juntou quase todos os membros da várias secções da Batalha, fez-se uma última incursão no imaginário da defesa do ambiente. Com os recursos naturais em colapso e a terra em risco de desaparecer, o Esquadrão DMA (Defesa do Meio Ambiente) foi a equipa especializada de serviço à salvação do planeta. A missão foi descobrir as

fontes de energia dos diversos elementos naturais e restaurar a sua harmonia original. A lição foi apreendida e o ecossistema ganhou algumas dezenas de jovens mais conscientes e preocupados em defendê-lo. Para esta missão, muito contribuiu o local “paradisíaco” escolhido, em plena reserva natural da Ria de Aveiro.

LMFerraz

Escuteiros da Batalha “restauram” o planeta

nos oferece, de modo permanente, a salvação”. Com participação activa na celebração, recordaram com toda a comunidade alguns passos dessa história de salvação e ajudaram a tornar mais festiva a Missa dominical.


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Olá a todos!

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. página infantil .

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Jardim-de-Infância da Golpilheira

Fotos: LMFerraz

Já estamos todos em férias! Mas quisemos ainda deixar-vos na memória a nossa festa bonita de fim-de-ano. Alguns de nós estaremos de regresso em Setembro, outros – os finalistas – já estarão da escola primária, a aprender coisas importantes, como gente grande! E, claro, cá esperamos mais um grupo de meninos novos, que também virão depois mostrar-vos as suas habilidades nesta nossa página do costume. Então, boas férias a todos!!!

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Exposição no Mosteiro

Ceramista Elsa Rebelo

DR

Está patente até 12 de Setembro, no Mosteiro da Batalha, uma exposição da ceramista Elsa Rebelo, directora artística da Fábrica Bordallo Pinheiro, uma mostra que conta com o apoio do Museu da Cerâmica das Caldas da Rainha e respectiva autarquia. O espaço expositivo é o átrio de entrada do Centro de Interpretação, utilizado pela primeira vez para este fim. “Nem de propósito, aparecem as taças de ‘Graal’ na Adega dos Frades do Mosteiro da Batalha”, comenta o director do monumento, Joaquim Ruivo, que sublinha o objectivo de “reforçar a ligação essencial do espaço com a criação artística contemporânea”.

Teve lugar no passado dia 21 de Julho um espectacular concerto pela Orquestra Juvenil do Conservatório Winterthurer, da Suíça, tendo como cenário as Capelas Imperfeitas do majestoso Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha. Esta orquestra é composta por cerca de 50 músicos, com idades compreendidas entre os 14 e os 24 anos, oriundos de diversos países. A sua direcção está a cargo de Simon Wenger. Foi um excelente concerto, muito aplaudido e apreciado pelo numeroso público presente. Tivemos o privilégio de assistir a uma magistral interpretação a solo, em oboé, pela jovem portuguesa Cláudia Carneiro (foto ao lado), que a todos deslumbrou e maravilhou. Mostrou dominar este instrumento de olhos fechados, com uma harmonia e destreza fabulosas. Está

aqui um talento a não perder de vista, demonstrando que o nosso país, apesar de pequeno, também tem talentos neste mundo musical, tão exigente. Foi ovacionada de pé, exigindo o público o seu regresso ao palco, para mais e merecidos aplausos. Foi um espectáculo dig-

no de se ver, memorável para todos os que tiveram a felicidade de o presenciar. Está de parabéns o Município da Batalha em ter aderido ao “Lisbon Music Fest 2016”. São espectáculos com este nível que não podemos desperdiçar a oportunidade de assistir. Manuel Carreira Rito

MCR

No dia 31 de julho, acontecerá o concerto de encerramento do 13.º Estágio Internacional de Orquestra do Orfeão de Leiria – Conservatório de Artes, às 18h30, nas Capelas Imperfeitas, sob a direcção do consagrado Maestro Jean-Sebastien Béreau (foto acima).

Orquestra Juvenil de Winterthurer

MCR

DR

Tal como anunciámos na edição passado, o programa musical promovido pelo Mosteiro da Batalha, com apoio do Município, está a ser especialmente rico este mês. Destacamos os três concertos já realizados no âmbito do consagrado “Lisbon Music Fest”, um dos festivais mais emblemáticos do país que reúne orquestras internacionais, coros e ensembles de música de câmara, reunindo jovens de todo o mundo. Para o final do mês, outro consagrado certame, o “Festival Zêzere Arts” inclui também o Mosteiro como cenário. No dia 27 de Julho, quarta-feira, às 22h00, apresentará o espectáculo “”, com os alunos de masterclass de cordas, num modelo de concerto intimista que terminará nas Capelas Imperfeitas.

Concerto no Mosteiro

40 anos de poder local

Ex-autarcas da Batalha reunidos Para celebrar os 40 anos do poder local, estiveram reunidos no passado dia 21 de junho, num restaurante local, os eleitos do Concelho da Batalha nas primeiras eleições autárquicas livres realizadas em 1976, nas listas do PPD/PSD. Designadamente, o ex-presidente da Câmara Francisco Coutinho, o ex-presidente da Junta de Freguesia da Batalha João

DR

Música em Julho no Mosteiro

Gomes, o ex-presidente da Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal Raul Santos e o ex-presidente da Junta de Freguesia de

São Mamede José Vieira de Oliveira (ainda não existia a Junta de Freguesia da Golpilheira, fundada apenas em 1984).

Em nota enviada ao Jornal da Golpilheira, Francisco Coutinho refere que, além do reencontro de amigos, este almoço visou “o reconhecimento do contributo que aqueles eleitos deram para o progresso do concelho da Batalha em períodos tão conturbados, onde foram vividos momentos inesquecíveis”.

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Julho de 2016

Dengaz, José Cid, The Gift e Xutos & Pontapés

Rosas do Lena organiza

31.ª Gala Internacional de Folclore da Batalha

Município em festa em Agosto ao lado). É na sexta-feira 12 de Agosto, com Dengaz como cabeça de cartaz, que abre o cartaz dos serões musicais, com entrada gratuita, no antigo campo de futebol António Gomes Vieira. Nos três dias seguintes, o palco será de José Cid, The Gift e Xutos & Pontapés,

Mais um feriado municipal de 14 de Agosto vai trazer à Batalha festa rija pelos dias ali à volta. Como “aperitivo”, logo no dia 6, a partir das 21h30, no Largo do Condestável, a 31.ª Gala internacional de Folclore, organizada pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria (ver

da Mostra de Actividades Económicas. E, claro, as cerimónias civis e militares do dia do município, 14 de Agosto. Ao fecho desta edição ainda não tinha sido divulgado o cartaz oficial, mas deverá estar disponível entretanto no sítio cmbatalha.pt.

Em 6 de Agosto, às 21h30, no largo do Condestável, na Batalha, o Rancho Folclórico Rosas do Lena, com o patrocínio da Câmara Municipal, realiza a 31.ª edição das Galas Internacionais de Folclore. Como habitualmente, o pano de fundo é a estátua de D. Nuno Álvares Pereira e o próprio Mosteiro. O programa será o seguinte: 18h30 - Recepção nos Paços do Concelho da Batalha, presidida pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Batista dos Santos. 19h00 - Jantar doa agrupamentos na sede do Rancho Rosas do Lena 21h30 - Início do festival, com a participação dos seguintes agrupamentos: “ Gaitilena” – Gaiteiros da Batalha; Rancho Folclórico Rosas do Lena – Alta Estremadura; Grupo Etnográfico Rusga de Joane, Vila Nova de Famalicão – Baixo Minho; Grupo Folclórico “ A Rusga de Arcozelo”, Vila Nova de Gaia – Douro Litoral; Grupo Folclórico e Cultural da Boavista, Portalegre – Alto Alentejo; Grupo “Modeno” da Ilha do Príncipe – República de São Tomé e Príncipe; Grupo da Roménia; e Grupo da Turquia.

Beleza feminina e pirotecnia

José Cid

Dengaz

The Gift

“Miss” Portugal na Batalha A Batalha vai acolher a eleição da mais bela mulher de Portugal, que representará o nosso país no prestigiado concurso “Miss Mundo”. A festa será no sábado 30 de Julho, às 21h00, no Largo do Condestável, junto ao Mosteiro. A vencedora será eleita entre 16 candidatas, resultado de um processo valorativo que agrega provas de desporto, talento, elegância e fotogenia. Para além da gala, que contará com as participações da consagrada dupla de bailarinos internacionais Hanna Karttunen e Victor da Silva, em estreia absoluta no nosso país, estão ainda confirmadas as participações de Micaela Abreu, vencedora do “Got Talent Portugal 2016” e do finalista do concurso “The Voice Portugal”, Guilherme Azevedo, e ainda Yolanda Soares. Após a coroação da vencedora, realizar-se-á um magnífico espectáculo piro-musical, atendendo à forte implantação desta arte no concelho da Batalha.

Xutos & Pontapés

Rosas do Lena organizou

Festibatalha com futebol

peão europeu, mas houve muitas centenas de pesso-

as que ainda apreciaram o desfile de marchas que

encerrou a noite, no largo do Condestável.

CM Elvas

O Rancho Rosas do Lena organizou mais uma Festibatalha, evento que junta artesanato, gastronomia, folclore, bailarico e marchas populares. A festa teve algumas alterações de figurino, pois o dia 10 de Julho coincidiu com a final do Euro 2016 e o ecrã gigante a transmitir o jogo tomou conta do palco durante toda a noite. Houve festa rija, pois Portugal sagrou-se cam-

LMF

Fotos: DR

respectivamente. As três primeiras noites contarão, ainda, com uma animada tenda de dança com os DJ Ride (12), Eddie Ferrer (13) e Pedro Tabuada (14). Mas nem só de música se fazem as festas, com várias provas de desporto, gastronomia nas tasquinhas e a IX edição

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. educação .

Jornal da Golpilheira Julho de 2016

Com 3 aplicações entre as 10 melhores

Alunos da Batalha em destaque na “APPS for Good”

equipas, sendo uma oportunidade única para os alunos contactarem com o mundo das empresas e trocarem ideias e opiniões relativamente aos seus projectos.

Foram então seleccionados 22 projectos para a fase de defesa pública de 3 minutos, tendo os 4 do AEB passado a esta fase. Finalmente, foram escolhidas pelo júri as 10 Apps que estarão presentes no evento final, em Setembro, juntamente outras 10 seleccionadas na zona Norte. E foram 3 as Apps do AEB que integraram o “top 10”: FireTracker, DriveSafe e Intelligent Elderly. “Esta distinção constitui um motivo de orgulho para o Agrupamento, mas sobretudo de enorme satisfação para os alunos que, depois de um dia cheio de fortes emoções e em que demonstraram a qualidade

do que fazem e a coragem de participar e defender o seu trabalho publicamente, viram as suas Apps seleccionadas”, refere o agrupamento em comunicado. E adianta que “a eles se deve reconhecer todo o empenho, trabalho e dedicação que lhes permitiram obter este resultado”. O AEB considera ainda que “esta é mais uma prova do acerto da aposta no envolvimento dos alunos em projectos/iniciativas (nacionais e internacionais) em que eles se sentem motivados e sentem que podem colocar em prática todas as suas capacidades e competências”.

importância que o Município atribui à Educação, consistindo num exercício

que avalia e premeia diferentes componentes consideradas fundamentais para

o êxito escolar dos nossos jovens”.

DR

No passado dia 27 de junho, o Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB) participou e destacouse no evento regional (Centro-Sul) da iniciativa “Apps For Good”, organizada pelo CDI Portugal em parceria com a Direcção Geral de Educação. Este evento teve como objectivo seleccionar 10 aplicações para dispositivos móveis (APP) que estarão na fase final desta iniciativa no início do próximo ano lectivo. Foram 34 equipas de escolas das zonas Centro e Sul do País a apresentar os seus projectos, 4 delas constituídas por duplas de alunos de Informática do AEB.

Os alunos participantes foram Miguel Figueiredo, António Joaquim, Rodrigo Cerejo, Rodrigo Bagagem, Luís Bento, Luís Monteiro, Bruno Adão e Carlos Fonseca, acompanhados pelos

professores Marco Neves e Paulo Reis. Numa primeira fase, todos os projectos estiveram expostos num espaço comum, onde o júri questionou e interagiu com as

Agrupamento de Escolas da Batalha A turma do 12.ª A – Curso Científico Humanísticas do Agrupamento de Escolas da Batalha foi a vencedora do concurso “A Turma Mais”, iniciativa promovida pelo Município da Batalha no decurso deste ano lectivo, em colaboração com o Agrupamento. Como prémio, os alunos e três dos seus do-

centes viajaram até Roma, de 5 a 8 de Julho, onde tiveram a oportunidade conhecer uma das cidades mais fascinantes da Europa, os seus museus e os principais equipamentos culturais. O objectivo deste concurso é “premiar a turma que mais se destaca quanto aos resultados académicos

obtidos e em que são avaliados, em paralelo, parâmetros como a disciplina na sala de aula, o esforço de melhoria ao longo dos três períodos lectivos e o desenvolvimento de aprendizagens formais e não formais”. Como explica Paulo Batista Santos, presidente da autarquia, este concurso mostra “a

DR

Melhor turma foi a Roma

Colégio de São Mamede

DR

Gala de Finalistas No passado dia 1 de Julho, reuniram-se alunos, pais e colaboradores do Colégio de São Mamede, numa festa de Gala para comemorar o final de mais uma etapa para os alunos do 9.º ano de escolaridade. A festa começou com a

recepção aos convidados, no jardim de um restaurante de Santo Antão, na Batalha. No final do jantar, Manuela Santos, em nome da direcção do Colégio, felicitou os alunos pelo final de mais uma etapa das suas vidas e desejou-lhes um

futuro risonho e brilhante. De seguida, os alunos receberam os diplomas das mãos dos respectivos directores de turma e tudo terminou com um pezinho de dança.

Consulte o arquivo das edições do Jornal da Golpilheira em www. jornaldagolpilheira.pt


Jornal da Golpilheira

. sociedade. economia .

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Julho de 2016

Município apoia com 30 mil euros

INE publica estudo demográfico

Decorre desde 1 de Julho e até 30 de Setembro a fase “Charlie”, considerada a época mais crítica do combate a incêndios florestais. O dispositivo operacional na Batalha fez um aumento no efectivo de intervenção permanente, nomeadamente através de uma equipa de cinco bombeiros operacional 24 horas por dia, além da garantia de prontidão de resposta por parte de toda a corporação, na Batalhe e em São Mamede, e da colaboração dos meios da protecção civil municipal. No dia de arranque deste dispositivo, o presidente da Câmara da Batalha e o comandante operacional municipal visitaram o quartel dos Voluntários da Batalha e anunciaram o

De acordo com um estudo demográfico do INE publicado este mês, o concelho da Batalha foi o único do distrito de Leiria que aumentou de população, na comparação de dados relativos ao período entre 2011 e 2015. O referido estudo mostra que a população residente em Portugal reduziu em 33,5 mil pessoas neste período de quatro anos, sendo mais de 8 mil delas no distrito de Leiria, onde o concelho da Batalha é a única excepção. Outra estatística apresentada pelo INE foi sobre a percentagem de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), onde o concelho da Batalha surge também com boa “nota”, com o valor mais reduzido da região, de cerca de oito beneficiários por cada mil habitantes. É um valor bastante abaixo do que regista a região de Leiria, de 19 por mil, o a zona Centro, com 22 por mil. Sobre estes dados, a autarquia emitiu um comunicado onde realça as “políticas activas de apoio às famílias” como causa para a “actração populacional que a Batalha regista”. Quanto ao reduzido número de beneficiários do RSI, serão as “medidas implementadas de apoio às empresas” o que leva ao “desagravamento fiscal” e à consequente “criação de emprego” por parte dos empresários.

Batalha foi o único concelho do Distrito que aumentou a população

DR

Bombeiros adquirem nova viatura de combate a incêndios

apoio de 30 mil euros por parte do Município, para a “aquisição de uma nova viatura de comunicações e operações tácticas, totalmente preparada para as exigências actuais e com equipamento tecnologicamente avançado”, investimento considerando

prioritário pela direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha. Com palavras de estímulo dirigidas aos bombeiros, o autarca recordou “a importância da sua missão na protecção das populações e da floresta”, tendo

acrescentado que deposita “a maior confiança nos homens e mulheres que servem os bombeiros da Batalha, pela sua adequada preparação técnica e equipamentos disponíveis, factores fundamentais para assegurar uma resposta eficaz em situação de risco”.

Promoção do comércio tradicional

Exploração de pedra ornamental na Torre

“Shop On” animou a Batalha

petente para determinar as providências quando existe um risco grave para o ambiente ou a violação do cumprimento das normas legais em vigor para a pesquisa e exploração de

massas minerais. No quadro das suas competências, “a Câmara da Batalha já determinou o embargo aos trabalhos de remodelação de terrenos sem a competente licença

No sábado 9 de Julho, a vila da Batalha esteve especialmente animada com o evento “Shop On”, organizado em parceria pela ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós e o Município da Batalha. Com mais de 50 lojas aderentes, a iniciativa visou promover e estimular o comércio tradicional, através do prolongamento do horário das lojas e de um vasto programa de animação em diversos espaços públicos, aliados às promoções e ofertas das próprias lojas.

municipal, designadamente, ao nível da abertura de caminho para acesso a parcela para desenvolvimento de trabalhos de pesquisa de pedra, seguindo-se o competente processo contraordenacional previsto na lei e susceptível de coima a graduar de 1.500 até 450.000 euros, no caso de pessoa colectiva”. Segundo o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, “o Município da Batalha estimula e acolhe novos investimentos, inclusive no sector das pedras naturais e ornamentais, área exportadora e bastante relevante para a região, mas num compromisso de responsabilidade empresarial e de escrupuloso respeito pelas regras ambientais em vigor”. DR

“A ausência de documentação e o desenvolvimento de trabalhos sem a competente autorização administrativa” são os motivos invocados pela Câmara Municipal da Batalha para a solicitação de esclarecimentos à Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), relativos à exploração de inertes em Casal do Gaio, Torre, Batalha, exigindo daquela entidade uma urgente “actuação em conformidade de acordo com o disposto legalmente”. Segundo nota da autarquia, foram também solicitada a aplicação de medidas cautelares, nos termos da Lei das Pedreiras, nomeadamente, junto da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), entidade com-

DR / Foto apenas ilustrativa

Município actua contra pedreira ilegal


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Jornal da Golpilheira

. pub .

Julho de 2016

Adelino Bastos

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Jornal da Golpilheira

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Julho de 2016

Animação juntou população na associação

CRG festejou 47 anos

Arranque para a corrida

Participantes no Rodas d’ Aço

O Centro Recreativo da Golpilheira assinalou em festa o seu 47.º aniversário, no passado fimde-semana de 16 a 18 de Julho. A direcção contou com a colaboração de um grupo de jovens para apresentar um cartaz recheado de boas propostas. A abrir, regressou a festa da espuma, iniciada no ano passado. Animada por DJ da Golpilheira, animou gente de todas as idades. Também o sábado foi animado. Apesar do calor tórrido, cerca de 30 atletas fizeram-se ao caminho, pelas 19h00, para a novidade de um trial de 10 ou 5 quilómetros pelos campos e matas das redondezas. Pouco mais fresco estava quando muitos outros pularam ao ritmo da zumba, ao início da noite, acompanhando a enérgica Liliana Ramos. E a festa continuou pela noite, com a Banda Mov. No domingo, o calor regressou em força e afastou candidatos ao passeio depois de Missa. Apenas meia dúzia cumpriu o ritual da caminhada. Mas, pelas 16h00, não houve calor que afastasse as centenas de pessoas que chegaram para apreciar mais uma corrida de carros de rolamentos “Rodas de Aço”. Já é tradição e a diversão é sempre garantida, apesar de um ou outro esfarrapão menos esperado. Passou de uma centena de inscritos e de 70 veículos, a demonstrar perícia pelas três ladeiras da freguesia, enquanto levavam com pó colorido em cima e ajudavam a despejar vários barris de imperial. E foi assim até final do dia, quando o recinto começava a encher-se para a sempre apreciada actuação da conhecida Banda Kroll, onde o baixista é o golpilheirense Adelino Rito. Menos conhecida, para também já apreciada e com um baixista golpilheirense, Carlos Menezes (genro do outro), foi a banda D?Out a fechar o cartaz, na segunda-feira, com muita qualidade musical. Deixamos algumas fotos, para mais tarde recordar... Texto e fotos: LMF

Restaurante funcionou em pleno

Meninas no banho

Café da avó é um dos locais de eleição

Banda MOV trouxe êxitos históricos

O bar tem sempre clientes Banda Kroll em mais uma grande noite

Banda D’Out contagiou alegria

Muita gente jovem presente

. entrevista . . reportagem

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. desporto .

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Jornal da Golpilheira Julho de 2016

XIII Torneio de Futsal do Município da Batalha

Demó foi justo vencedor

Série A

24-06 – Casa do Benfica da Batalha – 1/C. R. da Golpilheira – 6 27-06 – C. R. da Golpilheira – 0/C. R. J. Demó – 1 Com estes resultados a nossa equipa, apurou-se para os quartos-de-final, cujo resultado foi o seguinte: S. R. Relvense – 3/C. R. Golpilheira – 0. Com base neste resultado fomos disputar o apuramento para o 5.º, 6.º, 7.º e 8.º lugares. No resultado do último jogo, foinos atribuída a vitória por 3-0, por falta de comparência da equipa da Alcaidaria. Com este resultado, a equipa do C. R. da Golpilheira classificou-se num honroso sexto lugar.

Série – B

23-06 – F.I.P.B. São Bento – 1/S. R. Relvense – 8 25-06 – A. C. D. R. C. São Mamede – 3/F. I. P. B. São Bento – 1 28-06 – F. I. P. B. São Bento – 0/A. R. Batalhense – 10 30-06 – C. C. R. Quinta do Sobrado – 8/F. I. P. B. São Bento – 1 Com estes resultados, a equipa de São Bento, não se apurou para os quartos-de-final. Classificou-se em 14.º lugar. Venceu também a tão cobiçada Taça de Disciplina.

Resultados da Fase final Quartos-de-final 04-07 – S. R. Relvense – 3/C. R. da Golpilheira – 0 04-07 – A. R. Batalhense – 1/R. F. Penedo – 3 05-07- C. R. J. Demó – 2/A. C. D. R. C. São Mamede – 1 05-07 – A. R. Amarense – 5/A. R. C. Alcaidaria – 3 Meias-Finais 06-07 – S. R. Relvense – 5/A. R. Amarense – 4 06-07 – R. F. Penedo – 1/C. R. J. Demó – 3 Apuramento 3.º e 4.º lugares 08 – 07 – A. R. Amarense – 1/R. F. Penedo – 2 Final 08-07 – S. R. Relvense – 0/C. R. J. Demó – 3

Quartos-de-final

S. R. Relvense – 3 C. R. da Golpilheira – 0 Encontro disputado no dia 4 de Julho. Havia nas nossas hostes boas expectativas para este jogo. Os nossos jogadores estavam bastante confiantes para a obtenção dum bom resultado. No entanto, as coisas não nos correram bem e podemos informar que este resultado é um tanto ou quanto enganador. Foi um desafio muito equilibrado, de grande intensidade, já que as equipas eram recheadas de atletas bastante jovens. Neste encontro imperou a correcção entre todos os intervenientes e a equipa de arbitragem também esteve à altura dos acontecimentos. A equipa do Casal do Relvas beneficiou e soube tirar partido da maior experiência de alguns dos seus atletas, que disputam alguns campeonatos distritais e nacionais. As equipas foram dignas uma da outra e fomos para intervalo com o Relvense a vencer pela margem mínima. No segundo tempo, fomos à procura do empate. Este teve mesmo ali à

Alexandre Batista

Guarda-redes da Demó foi o melhor jogador do torneio Como referimos no texto acima, foi o guarda-redes menos batido e também considerado o melhor jogador deste torneio de futsal. Dotado de excelente agilidade, reflexos, leitura dos lances, tanto defensivos como ofensivos, e também bom jogador com os pés, o que é muito importante no futsal. Não há dúvida que um atleta com estas qualidades, e na sua posição, inspira e transmite muita confiança à sua equipa. Parabéns.

MCR

Decorreu entre os dias 13 de Junho e 8 de Julho, o XIII Torneio de Futsal do Município da Batalha, disputado entre várias equipas das associações do nosso concelho. Este torneio de futsal disputou-se no pavilhão da vila. Resultados das equipas da nossa freguesia, a partir do dia 23 de Junho:

Equipa vencedora

mercê, mas não aproveitámos a marcação duma grande penalidade. Como se diz na gíria, “quem não marca sofre”, e esta profecia concretizou-se. Aproveitou esta fase de ansiedade a equipa do Casal do Relvas, que em duas jogadas felizes marcou mais dois golos. Por aquilo que os nossos atletas fizeram, não mereciam ter perdido por mais de uma bola de diferença.

Grande final

S. R. Relvense – 0 C. R. J. Demó – 3 Mais uma final entre duas equipas que têm marcado presença assídua na disputa dos lugares cimeiros deste torneio anual. Previa-se um jogo equilibrado, o que na realidade veio a acontecer, apesar do resultado tão desnivelado. A equipa da Demó soube gerir melhor o plantel, liderado por um guarda-redes fantástico. Foram para intervalo com o resultado em branco. Este tempo de descanso foi bem aproveitado pela equipa da Demó, já que após o reinício da partida obteve o seu primeiro golo. O Casal do Relvas reagiu bem e lançou-se à procura do empate. Com esta estratégia, desguarneceu um pouco mais a retaguarda, permitindo assim à Demó, beneficiando da

astúcia dos seus atletas, a obtenção de mais dois golos. A equipa do Relvense bem tentou, até ao apito final, marcar pelo menos o tento de honra. Não o conseguiu, porque a baliza da Demó estava blindada pelo valoroso guarda-redes Alexandre Batista. Bom jogo, bem disputado, com lealdade e correcção, tendo a festa sido fita pelos atletas, directores e apoiantes da Demó, que estiveram em grande número a apoiar a sua equipa, numa perfeita harmonia e felicidade.

Balanço geral Foi mais um torneio de futsal, este ano organizado pela A. R. Amarense, com o apoio indispensável do Município da Batalha. Foi um mês de muito e bom futsal, que proporcionou excelentes partidas, golos espectaculares e defesas incríveis. Movimentou muita gente, com o pavilhão quase sempre cheio em todos os dias de jogos. Proporcionou também grandes e salutares convívios no bar, nas imediações do gimnodesportivo. Quanto ao desfecho final, analisando o historial de todos os resultados, disputaram esta final as duas melhores equipas deste torneio, pois foram as duas vencedores das suas séries: A S. R. Relvense teve o melhor

marcador – Xavier Cabral “Xavi” e a C. R. J. Demó teve o guarda-redes menos batido e o melhor jogador do torneio, Alexandre Batista. A entrega dos prémios foi liderada pelo presidente do Município da Batalha, Paulo Batista, com a colaboração de alguns dos seus vereadores, do presidente da Junta de Freguesia da Batalha, Germano Pragosa, e de alguns dirigentes da A. R. Amarense. Paulo Batista, na sua alocução, mostrou-se bastante satisfeito pela forma como decorreu mais este evento, em todos os aspectos. Realçou a forma como a A. R. Amarense o organizou. De seguida passouse à entrega dos prémios. O mais aplaudido e festejado foi o prémio do primeiro lugar, brilhantemente conquistado pela equipa da Demó. João Gonçalves, capitão da equipa vencedora, foi quem o recebeu, acompanhado por todos os seus colegas e com os apoiantes da Demó em delírio. Esta vitória vai ter pelo menos dois custos para o próximo ano: a organização do XIV Torneio de Futsal do Município da Batalha e, em paralelo, a missão da renovação do título agora conquistado. Parabéns. Manuel Carreira Rito


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Jornal da Golpilheira

. entrevista desporto .

Julho de 2016

Prova de rali

Veteranos do CRG

“Calor, muito público e grande empenho das equipas concorrentes” é o resumo da organização da Especial de Regularidade Sport que decorreu na vila de São Mamede, no passado domingo 17 de Julho. Organizada pelo Núcleo de Desportos Motorizados de Leiria (NDML), a pedido do Planalto Motor Clube, a prova contou com “um traçado sinuoso e difícil, a percorrer grande parte dos arruamentos e periferia da localidade”, contando com 36 equipas concorrentes, grande parte das redondezas, o que conferiu “uma originalidade interessante a esta segunda edição da prova”. De facto, foram as equipas locais do Planalto Motor Clube a dominar, tanto em Clássicos como nos Desportivos, arreba-

Teve lugar no passado dia 26 de Junho a tradicional festa de encerramento da época desportiva da equipa de Veteranos do CRG. Realizou-se no parque de merendas das Paredes, com a participação de alguns veteranos e respectivas famílias. Foi uma tarde muito agradável, onde não faltaram as

Sardinhada encerrou a época

NDML

Especial São Mamede 2016

sardinhas, as febras, as tirinhas, a broa e o pão caseiro, acompanhados de muita e boa bebida. A fruta e os doces estiveram a cargo de cada veterano e a mesa esteve bastante composta. Apesar do vento, o convívio prolongou-se pela tarde dentro, testando principalmente a máquina da imperial.

Foi a última acção da época 2015/2016. A próxima terá início no dia 17 de Setembro deste ano, no torneio organizado pelo Alqueidão da Serra, com a participação da equipa da casa, a nossa e o Fátima. Até lá, boas férias. MCR

Muito público encheu as ruas

em BMW 325 IS, e no terceiro lugar Pedro Rito, em Peugeot 106 GTI. Nos protótipos, classificaram-se em primeiro Marco Ferreira, em Semog Bravo, seguido por António Reis, em Renault, e Mario Pedrosa/Carlos Batista, em Saxo Proto. Os resultados e as classificações totais, bem como várias fotos, estão publicados em www.ndml.pt.

Famílias participaram no convívio

MCR

tando o troféu por equipas e a geral. Rui Rito/José Luís Reis, em Toyota Starlet, ganharam em Clássicos, seguidos por Diogo Gomes/Mariana Moço, em Ford Escort, e Diogo Rosa, em Peugeot 205. Tal como no ano transacto, nos Desportivos voltou a vencer Flávio Almeida, em Mitsubishi Colt EVO, conquistando o segundo posto o leiriense Pedro Santiago,

A festa saiu à rua

Futsal juvenil masculino

Batalha foi campeã europeia!

Jantar de final de época Realizou-se no passado dia 2 de Julho, no Restaurante Etnográfico do CR Golpilheira, a festa de encerramento da época 2015-2016 do futsal

juvenil masculino da colectividade. Presentes a maioria dos atletas, directores e treinadores, foram momentos de são convívio, que a todos agra-

daram. No final, foram distribuídas lembranças a todos os atletas, directores e treinadores. Boas férias para todos. MCR

Apito final...

Portugal é o campeão europeu de futebol dos próximos quatro anos. Mas isso já toda a gente sabe. Aliás, na Batalha, foram várias centenas os que souberam no exacto

momento do apito final, festejando juntos este importante feito desportivo nacional. Depois de verem o jogo em ecrã gigante, foi a festa, com a rotunda em frente à igreja matriz

a servir de palco. Para aí confluíram muitos outros batalhenses, vindos de vários pontos do Concelho, numa longa caravana de ruidosas viaturas e eufóricas pessoas (ver pág. 23).

JG

LMF

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Jornal da Golpilheira

. sociedade .

Julho de 2016

Município apresenta propostas de actividades

Férias de Verão mais dinâmicas Desporto, oficinas de teatro e de expressão plástica, visitas à praia, ao Oceanário de Lisboa e aos museus da região são algumas das actividades que integram os programas de ocupação de férias de Verão que a autarquia da Batalha, através do Museu da Comunidade Concelhia e da Biblioteca Municipal oferecerem aos participantes. Promovido pelo Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, o primeiro programa decorreu de 5 a 15 de Julho, destinado a crianças entre os 6 os 12 anos, onde as propostas variaram entre oficinas de expressão artística e educativas, desporto, e visitas guiadas às Grutas da Mo-

a formação cívica e a protecção do património, a actividade física ou a importância da natureza e a biodiversidade”, refere Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha.

eda, aos Mosteiros da Batalha e de Alcobaça e ao Museu do Vinho. Um segundo programa, promovido pela Biblioteca Municipal, iniciou a 15 de Julho e decorre até 31 de Agosto, propndo “uma resposta válida à ocupação

saudável e divertida dos tempos livres dos jovens com idades entre os 9 e os 15 anos”. Com diversas saídas agendadas, o programa inclui refeições, transportes, sessões de karting, actividade física, visita ao Oceanário de Lisboa e ofi-

cinas temáticas sobre agricultura biológica. O objectivo é “proporcionar às famílias um apoio válido numa época sempre complicada como é o período de férias escolares, cruzando áreas de aprendizagem fundamentais como

Voluntariado social Em parceria com as instituições sociais locais e os Bombeiros Voluntários da Batalha, o Município está também a promover um programa de voluntariado, no período das férias escolares, com o objectivo de proporcionar aos jovens residentes no concelho uma experiência de participação cívica em diferentes projectos. O programa destina-se a jovens com idades com-

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preendidas entre os 14 e os 25 anos e poderá ser realizado em turnos seleccionados, entre os meses de Julho e Setembro, em qualquer freguesia do concelho. Os voluntários poderão optar por áreas como apoio a idosos e crianças, saúde, biblioteca, cultura/património, loja social, etc., conforme as várias entidades parceiras disponíveis. Todos os voluntários terão cobertura de seguro de acidentes pessoais e um certificado de participação emitido pelo Município da Batalha. Os programas e as condições de acesso podem ser consultados na autarquia (244 769 110).


Jornal da Golpilheira

. entrevista . editoria .

Julho de 2016

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Ainda o diferendo com os CTT. Moral da história...

Jornais de Janeiro “evaporaram-se” Na edição de Fevereiro deste ano, demos conta do extravio de dezenas ou centenas de jornais da edição de Janeiro e contámos a história. Em resumo, temos a factura da gráfica com a quantidade certa e temos a avença e a factura dos CTT com a quantidade certa. Pagámos esses serviços, mas o certo é que foram muitas dezenas de assinantes a não receber o jornal, tanto na Golpilheira como por todo o País e no estrangeiro. Os serviços locais dos CTT também nos confirmaram que a quantidade em circulação foi visivelmente menor do que o costume. Fizemos a exposição ao serviço de reclamações e ao provedor do cliente dos CT T. A novela que contámos nessa altura continuou pelos meses seguintes. Várias averiguações e várias respostas por email, envolvendo diversos responsáveis dos CT T, de serviços nem sempre fáceis de identificar, iam dando conta de ninguém saber o que terá acontecido. Tivemos, então, de fazer uma segunda impressão e distribuição do calendário que era oferecido nessa edição “perdida”, mas não pudemos fazer segunda edição do jornal, por nos ser economicamente ruinoso e não sabermos ao certo que não tinha recebido. E estávamos a aguardar uma resposta definitiva e eventual indemnização dos Correios.

Novela continua Passamos a contar a história que se seguiu: A 3 de Março, recebemos a seguinte mensagem do serviço de Apoio a Clientes e Negócio: ”Face à questão apresentada, informamos que, de acordo com o responsável operacional, os jornais indicados como estando em falta não deram entrada no centro de distribuição, pelo que com o objetivo de tentar perceber a origem desta inconformidade, será feito um controlo na próxima edição do Jornal, nomeadamente, ao numero de objetos rececionados e, em particular, aos destinados às

moradas já identificadas”. O controlo foi feito e tudo correu bem nesse mês. Continuámos a reclamar solução relativa a Janeiro. A 4 de Abril, novo email de outra pessoa do Apoio a Clientes e Negócio: ”Na sequência das averiguações efetuadas, junto dos responsáveis pela aceitação e distribuição, não foi possível apurar a divergência na quantidade de objetos recebidos e distribuídos. Nesse contexto, apenas é possível articular medidas relativas a futuras expedições e que no ato de aceitação, nos permitam detetar divergências relativas ao peso de cada objeto e à quantidade de objetos aceites face à quantidade declarada na guia de aceitação. Apesar disso, agradecemos que o vosso preparador, quando entrega os objetos para expedição, tenha em conta a necessidade do preenchimento obrigatório da guia multiprodutos em conformidade com os valores que indica. O nosso compromisso é que desde do vosso relato que estamos excecionalmente atentos e em contínua supervisão na aceitação até à distribuição, sendo que estamos a alterar procedimentos que garantam a conferência e controlo desde a origem até à chegada. Gratos pela melhor compreensão para os nossos esclarecimentos, apresentamos o nosso pedido de desculpa (...)”. No dia 7, respondemos: “Compreendo que um serviço possa falhar e parece-me bem que intensifiquem procedimentos de controlo para o evitar. No entanto, um pedido de desculpas é manifestamente insuficiente como resposta neste caso. Alerto ainda para o “título” da V/ mensagem: não se tratou de “atraso na entrega”, mas sim de “não entrega”. Desconheço onde terá estado o erro, mas o facto objectivo é que tenho guias preenchidas e facturas emitidas relativas a quantidades que comprovadamente não foram entregues. Portanto, há um serviço não prestado que foi indevidamente facturado.

Paralelamente, houve despesas adicionais a que esta situação nos forçou. Assim, proponho que cheguemos a um acordo, para evitar outras complicações. Parece-me que, em termos de ressarcimento de prejuízos, o mínimo será: A anulação de, pelo menos, metade dos custos de envio processado em Janeiro (factura em anexo); o pagamento de, pelo menos, metade da edição extraviada (factura em anexo); o pagamento integral da reimpressão do Calendário que seguia como anexo e que tivemos de reenviar em Fevereiro a todos os assinantes, pois foi impossível averiguar os que não tinham recebido (factura em anexo); o pagamento do correspondente a um excesso de 17 gr de peso por exemplar no jornal de Fevereiro, motivado pela re-inclusão do referido encarte.” No dia seguinte recebemos mensagem de nova pessoa do mesmo serviço: “Nas averiguações efetuadas, não foram identificados problemas ou constrangimentos que possam originar a não entrega dos jornais a que V. Exa faz referencia. Assim, e porque só o correio registado, pelas suas características e serviço contratado com os respetivos expedidores, é alvo de um tratamento ao qual é associado um número de objeto (código de barras) que nos permite: a confirmação de entrada das correspondências na rede CTT; o controlo ao longo do seu

percurso; a entrega ou devolução. Não podemos atender ao pedido de indemnização que nos apresenta (…).” Respondemos no mesmo dia: “Peço desculpa pela insistência, mas a resposta não me satisfaz. Em primeiro lugar, por não é verdade que “não foram identificados problemas ou constrangimentos que possam originar a não entrega dos jornais”. Apresentei várias provas de queixas de clientes (embora a maioria o tenha feito verbalmente) que não receberam os jornais. E tenho provas de guias preenchidas e facturas emitidas pelos CTT com as quantidades regulares habituais do jornal. Também não percebo a afirmação “o vosso preparador, quando entrega os objetos para expedição, tenha em conta a necessidade do preenchimento obrigatório da guia Multiprodutos em conformidade com os valores que indica”, pois há anos que recebemos mensalmente as referidas guias, correctamente preenchidas e por vós certificadas e posteriormente facturadas. Se alega que terão sido expedidos menos objectos dos que os que estão na guia, então agradeço que me diga quantos e os retire da factura emitida e que pagámos antecipadamente. Como disse, posso identificar-lhe algumas dezenas de casos comprovados. Compreendo que a resposta oficial seja sempre a de evitar custos, mas assumir os erros tam-

Em defesa dos serviços locais Na exposição que fizemos em Fevereiro, falámos de prazos de entrega de 3 a 5 dias úteis, que nos parecem desadequados aos jornais mensais, e do facto de ter havido atrasos nas entregas. Terá havido quem concluísse que a culpa poderia ser dos serviços locais, nomeadamente, dos carteiros. Temos a esclarecer que não era nossa intenção atribuir culpas a estes serviços, mas sim à legislação em vigor para o sector e ao modo de proceder da empresa. Aliás, só temos bem a dizer dos serviços locais, nomeadamente do nosso gestor comercial, do centro de distribuição de Porto de Mós, do balcão da Batalha e dos respectivos funcionários, que pela sua proximidade são normalmente o rosto humano da empresa e estão sempre dispostos a colaborar na solução dos nossos problemas e na melhor resposta às nossas solicitações. Fica a ressalva.

bém deve fazer parte do código de ética e de bons procedimentos de uma empresa, para mais no caso de uma como os CTT, com a dimensão e prestígio que fazem questão de apregoar. E parece-me por demais evidente que houve aqui erro, seja no processo de aceitação e facturação de quantidades indevidas, seja na circulação de mercadorias, seja na sua distribuição. Caso seja na aceitação e facturação, o mínimo exigível será emitir nota de crédito relativa ao que não entrou nos serviços, caso seja na circulação e distribuição, será de esperar ressarcimento da correspondência extraviada. Para qualquer dos casos, pereceu-me razoável o pedido (não de indemnização, mas) de ressarcimento que anteriormente vos propus para um acordo de solução deste problema, que se arrasta desde o passado dia 29 de Janeiro.” Veio de imediato a resposta: “Em resposta às questões que nos coloca, salientamos que além do já exposto nada temos a acrescentar.”

Sem solução Enviámos, então, um dossier completo com este assunto para a DECO – Associação de Defesa do Consumidor e para a Anacom, entidade reguladora do sector. A DECO não presta serviço a empresas, pelo que não pôde fazer nada. A Anacom comunicou que estará atenta, mas não tem competência para interferir em diferendos entre empresas e clientes, sugerindo o recuso a um Julgado de Paz. Enviámos ao Julgado de Paz mais próximo, em Coimbra, mas estes só funcionam para os concelhos que têm o serviço, o que não é o caso da Batalha. Restava, portanto, o recurso ao tribunal. Como não temos meios para tal e podemos até adivinhar o desfecho do assunto, demos por concluído o processo e temos de nos conformar à ideia de que o jornal se “evaporou” e não há nada a fazer. O director

ESTATUTO EDITORIAL O Jornal da Golpilheira é um órgão de comunicação social local, de periodicidade mensal, que visa oferecer informação, formação e divertimento aos seus leitores, em especial, à população da freguesia da Golpilheira. O Jornal da Golpilheira é autónomo face aos poderes políticos, confessionais ou outros, orientando a sua conduta no espírito da liberdade de informação, de pensamento e de expressão. Não obstante, assume pautar-se pelos princípios de inspiração cristã. O Jornal da Golpilheira, consciente da importância do passado para a leitura do presente, aposta na recolha e investigação das raízes e vivências desta freguesia e constitui ele mesmo um legado às gerações futuras, como repositório dos seus elementos históricos, culturais, etnográficos e sociais em geral. O Jornal da Golpilheira, comprometido na realidade presente como forma de preparar seriamente o futuro, assume-se como tribuna e voz dos anseios das populações, tendendo ao progresso das suas condições de vida, num desenvolvimento integrado de todas as suas forças vivas. Procurando a selecção criteriosa da informação, defende uma linha editorial positiva e construtiva, tendo sempre presente a salvaguarda do interesse colectivo. Não descurando o profissionalismo do trabalho apresentado, promoverá a real participação das gentes da terra na elaboração dos seus conteúdos, incluindo as pessoas mais simples, como expressão da riqueza e diversidade do seu viver, pensar e sentir. O Jornal da Golpilheira compromete-se a respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação.


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Jornal da Golpilheira

. temas .

Julho de 2016

. museu de todos.

.carta do Brasil.

Ana Moderno e Emilie Baptista

Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Brexit

Peça do mês: Aljubarrota

CMB

No próximo ano estarei aí

No mês em que se comemora a Batalha que ditou a independência de Portugal no século XIV, parecenos pertinente voltar a evocar a pintura que ocupa grande parte de uma parede do 1.º piso do Museu. “Aljubarrota (2009)” intitula o enorme quadro de dois metros por dois metros, da autoria do pintor Mário Rita. Inserir esta obra contemporânea, que alude a um conflito medieval, é apelar à reflexão e à interpretação artística de um dos acontecimentos mais marcantes na história nacional. A pintura interpela o discurso expositivo do Museu, impondo-se através da dimensão, da forma, do traço e da cor. Está lá tudo - ou quase tudo - sobre a Batalha de Aljubarrota. O quadro é grande, imponente. Assim foi esta Batalha e o desejo de independência dos portugueses, liderados por D. João I. A forma do quadrado apela à inesquecível táctica militar utilizada pelo Condestável D. Nuno Álvares Pereira. Os traços são expressionistas, em linha com a linguagem artística de Mário Rita. Das suas pinceladas revelam-se os referidos protagonistas D. João I e D. Nuno Álvares Pereira.

. combatentes .

Anuncia ainda os corpos humanos, os cavalos, a bandeira portuguesa e a independência nacional. Tudo se complementa e ganha reforçada expressão com a cor. O amarelo sol do rei, o vermelho sangue das vidas que se perderam neste conflito bélico. O quadro leva o visitante do Museu até ao 2.º piso, numa narrativa do cumprimento da promessa real através da construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Procurando garantir a fruição desta peça às pessoas com deficiência visual, o Museu, com apoio técnico da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, produziu uma réplica táctil, cujos relevos elucidam as traços fundamentais das figuras do quadro. Paralelamente, a descrição que qualquer visitante pode ouvir pelo áudio guia, é uma esclarecedora peça poética sobre esta obra de arte. O Município da Batalha, através do MCCB, apela à visita a todos os munícipes, bem como aos emigrantes oriundos do concelho a visitar o nosso Museu, neste mês de comemorações, e a usufruir, em especial desta pintura.

Olá a todos! Chegou agora mesmo o nosso jornal. Está lindo. Parabéns. Vi que o nosso Bispo já fez a inauguração da Igreja. As fotos que eu recebi dão uma ideia bastante clara como ela ficou bonita e mais prática para a celebração da Eucaristia e ouras celebrações. Vi também que tem por aí muitos campeões. Parabéns. Muita e boa propaganda da Batalha e da Golpilheira. Parabéns à professora Cândida. Eu também me associo, mesmo sem a conhecer. Parabéns às catequistas, como essas do 6.º ano que celebrou a Comunhão Solene. Pelos falecidos, Maria das Dores Santos e Manuel Rodrigues Vieira, eu rezo pelas famílias e apresento os meus pêsames. Que o nosso bom Deus pela paixão de Jesus os tenha na sua glória. No próximo ano estarei aí, certamente, a partir de Julho, para celebrar os meus 50 de sacerdote e 80 de vida. Espero que o Senhor Deus me dê essa graça. Um abraço amigo e até sempre,

P. João da Felícia, missionário no Brasil

Durante quase todo o mês de Junho fomos confrontados com a “palavra” BREXIT, que resumirá, em inglês, a união das duas primeiras letras da palavra Britain (Grã-Bretanha) e a palavra exit (saída) e constituiu o principal chavão que os britânicos utilizaram na realização do referendo de 16 de Junho que, pelos seus resultados, os irá levar à saída da União Europeia (UE). Recordemos que a Grã-Bretanha e a Irlanda são as duas maiores das mais de 6.000 ilhas que constituem o arquipélago comummente designado por “ilhas britânicas” ou Reino Unido; arquipélago localizado ao largo da costa noroeste do continente europeu, de que faz parte. Lembremos também que a Grã-Bretanha (a maior ilha) é composta por três países: Inglaterra (130,400 km2), Escócia (78,750 Km2) e Gales (20,800 km2); enquanto a Irlanda, a segunda maior ilha do arquipélago, separada da Grã-Bretanha pelo conhecido Mar da Irlanda, está dividida em dois territórios: o maior (70,270 km2) constitui a República da Irlanda ou Eire, enquanto o mais pequeno (13.840 km2) é designado de Irlanda do Norte, estando este sob a dependência, quase total, da soberania inglesa. Aliás, a Escócia e o País de Gales também não usufruem de soberania plena, quer em termos administrativos, quer especialmente políticos, estando igualmente sob o domínio da Inglaterra. Em súmula, o referendo do dia 16 de Junho, realizado no Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) irá resultar na sua saída da UE mas, sejamos realistas, este Reino Unido que a maioria conhecerá como Inglaterra, verdadeiramente, desde que entrou na UE, esteve sempre com um pé dentro e outro fora, como é exemplo o facto de nunca ter aderido à moeda única, o euro, ou seja, nunca abdicou da sua própria moeda, a libra esterlina. Entretanto, os resultados deste referendo, cujo impacto estamos ainda muito longe de lhe sentir os efeitos, positivos e/ou negativos, tanto na UE como no Reino Unido, têm, contudo, revelado pormenores interessantes, que valerá a pena anotar. Em primeiro lugar, será de referir que, tanto na Escócia como na Irlanda do

Norte, os seus resultados foram amplamente favoráveis à continuidade na UE e isto pode vir a causar grandes “dores de cabeça” aos ingleses, pois se na Escócia já se fala num outro referendo, mas com o objectivo de, finalmente, se separarem da soberania do Reino Unido, designadamente, para se poderem manter na UE, já na Irlanda do Norte vai-se aventando a possibilidade de se virem a unir à República da Irlanda. Ora, se estes dois propósitos forem avante, no presente dificilmente a Inglaterra os conseguirá travar e, se vierem a ter êxito, o que ainda resta daquele que foi o maior império do mundo sofrerá o seu “golpe de misericórdia”, ou quase. Outro aspecto interessante que este referendo nos mostrou é que, pelo que vamos sabendo, o grosso do povo inglês não será tão culto e/ou tão educado politicamente como imaginaríamos, na medida em que, logo na manhã seguinte a serem conhecidos os seus resultados, uma percentagem de eleitores, que já terá chegado aos 7% dos votantes, mostrou arrependimento por ter votado na saída da UE. E, pasme-se, na continuidade desse arrependimento, toca a fazerem abaixo assinados a pedirem novo referendo que, entretanto, já terá ultrapassado os 5 milhões de assinaturas! Caramba, se isto não é puro surrealismo, o que será?! – Até porque o argumento que invocam para terem votado “não”, quando esperavam que o resultado fosse “sim”, revela uma imaturidade verdadeiramente confrangedora, que nos parece não ter paralelo com o que se passará com os eleitores de outros países, incluindo o nosso que, designadamente pelos ingleses, quase que ainda nos considera meros trogloditas! Como quer que seja, há uma consequência que o resultado deste referendo já nos está a mostrar: que os ingleses serão, provavelmente, os maiores xenófobos do planeta, algo que começam a não disfarçar, dadas as atitudes que já vêm tomando, relativamente aos imigrantes, incluindo os portugueses, que ali labutam arduamente para ganharem a vida, mas também em prol da economia e prosperidade inglesas. Continuaremos a acompanhar este processo e talvez voltemos a ele, mais tarde.

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. temas .

Julho de 2016

.saúde.

José Carlos Malato apoia segurança rodoviária

Este grupo de profissionais é um dos pilares que mantém a saúde mental dos indivíduos e da comunidade. Com vários campos de actuação, os psicólogos são os responsáveis por estudar os comportamentos e a mente, englobando todos os aspectos do consciente e do inconsciente. Estes profissionais são licenciados / mestres em psicologia e podem direccionar a sua instrução em algumas áreas como a psicologia clínica, organizacional, escolares, hospitalares, comunitárias e jurídicas. Podem assim trabalhar em clínicas particulares, hospitais, centros de saúde, escolas, empresas e em muitos outros locais. O psicólogo está preparado, não só para ouvir, mas também para ajudar o utente a aprender a acolher suas emoções, agradáveis e desagradáveis. Também irá ajudar a desvendar alguns aspectos de si mesmo que seriam difíceis de descobrir sozinho, dado que o auto-conhecimento é um prérequisito para a saúde mental. O psicólogo clínico traba-

. suspiros .

lha na área da saúde mental. A sua formação permite-lhe realizar avaliações psicológicas e acompanhamento psicológico. Ao ter formação complementar em psicoterapia poderá ser psicoterapeuta e seguir determinadas abordagens teóricas, como a psicanálise. O campo de actuação da psicologia clínica inclui a saúde mental da criança, do adulto e da terceira idade, problemas de aprendizagem, distúrbios emocionais, abuso de álcool e drogas, psicologia da saúde mental entre outras. Os psicólogos educacionais desenvolvem o seu trabalho ao lado dos educadores, de forma a tornar o processo de aprendizagem mais efectivo e significativo para a criança / adolescente, principalmente no que diz respeito à motivação e às dificuldades de aprendizagem. Focam o seu trabalho, não apenas nas necessidades da criança na escola, como em outras áreas onde as experiências escolares têm impacto. Alguns psicólogos escolares centram o seu trabalho no desenvolvimento das capacidades e necessidades das crianças com dificuldades de aprendizagem, como no caso da desordem por défice de atenção com hiperactivida-

de, problemas emocionais ou problemas comportamentais. Psicologia criminal é um ramo da psicologia que trata de analisar racionalmente e empiricamente o comportamento criminoso. Para isso podem ser usados estudos de personalidade, estrutura mental e outras características. A psicologia criminal explora a variabilidade das condutas criminosas, variáveis preditoras, variáveis causais/funcionais e a correlação entre crimes, criminosos e as variáveis significativas envolvidas. Também estuda o desenvolvimento do criminoso do ponto de vista psicodinâmico, social e sistémico. O psicólogo é o profissional formado e preparado para lidar com questões relativas ao comportamento humano nas suas diferentes dimensões. Está também preparado para lidar com questões afectivas e subjectivas que envolvam as pessoas que precisam da ajuda de um profissional. Aqui foram apresentados algumas das áreas de actuação deste grupo profissional. Em alguns centros de saúde estão disponíveis consultas de psicologia, o médico de família pode referenciar para o acompanhamento psicológico.

Por Luísa M. Monteiro

Indo a caminho, observando os vales, o rio ao fundo, ali um pássaro, um menino com a bola, umas mulheres, uns homens à beira da estrada, um cão, pergunto-me, o que terá dado às abelhas para virem morrer a meus pés, e isto é mesmo verdade, chega a noite, a minha varanda enche-se de abelhas cansadas de viver, hoje contei nove, ou dez, é uma questão que me incomoda. Ainda a noite vai no início.

O lançamento da campanha de segurança rodoviária “Sécur’été 2016”, organizada pela associação de emigrantes luso-descendentes Cap Magellan, decorreu na tarde de 1 de Julho, no Consulado de Portugal em Paris, com a presença dos parceiros, da imprensa, dos voluntários no terreno e de José Carlos Malato, o famoso apresentador de televisão e padrinho fiel da campanha “Sécur’été” desde 2012. Nessa mesma noite, todos rumaram à discoteca parisiense Le Mikado, onde se desenvolveu a primeira grande acção de sensibilização do ano, com cerca de 300 participantes. Assim que os jovens chegavam, eram convidados pelos voluntários a levar a já conhecida “pulseira bom condutor” da campanha. O objectivo é designar, num grupo, pelo menos uma pessoa que se compromete a respeitar o compromisso de não ultrapassar o limite de álcool legal no sangue. Era colocada, então, uma “pulseira Sécur’été” a essa pessoa para comprovar a sua motivação e o seu compromisso e, na saída do grupo da discoteca, as pessoas com a pulseira sopravam no “balão”. À saída, entre as 02h30 e as 6h00, os portadores da pulseira foram submetidos ao teste de álcool, que é fiável graças aos três dispositivos electrónicos oferecidos por um parceiro da campanha. Alguns jovens respeitaram o

DR

Arrancou mais uma campanha “Sécur’été”

Ana Maria Henriques Médica Interna

Psicólogos

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seu compromisso e outros não, sendo estes convencidos a não levar o carro e os colegas a não deixarem que ele os conduzisse. A aposta foi sempre ganha! Os grupos que respeitaram o compromisso regressaram a casa com um kit de prevenção e segurança com materiais oferecidos pelos patrocinadores e o imprescindível “Guia de Verão em Portugal 2016”, com todas as dicas para as férias que estão a chegar. Este Verão, mais uma vez, a Cap Magellan acompanha os emigrantes na estrada e desenvolve outras acções de sensibilização em várias discotecas, assim como em diferentes postos de fronteira em Portugal. Além disso, procura voluntários para as seguintes acções: - em França, se for de carro para Portugal em Julho ou princípio de Agosto - na área de serviço de Bordeaux-Cestas, nos

sábados 9 e 16 de Julho - na RCEA (Route Centre Europe Atlantique), nos dias 16 e 17 de Julho - nas fronteiras de Vilar Formoso, Vila Verde da Raia e Valença em Portugal, no fim-de-semana de 30 e 31 de Julho - em algumas discotecas da zona Norte e Centro, nas duas primeiras semanas de Agosto - no concerto “Leiria Dancefloor”, no dia 13 de Agosto, no estádio de Leiria - nas praias e lugares turísticos, até dia 15 de Agosto. Se quer fazer parte dos 150 voluntários, não hesite em contactar info@ capmagellan.org ou o tel. 0033179351100. Embora sem possibilidade de acompanhar esta acção no terreno, o Jornal da Golpilheira é parceiro na divulgação desta campanha, desde há vários anos. pub

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Jornal da Golpilheira

. livros .

Julho de 2016

Livros Amarelos da Guerra e Paz Editores

Os textos falam uns com os outros. Amam-se, negam-se, tocam-se uns aos outros. livros amarelos é o paparazzo da história da literatura e do pensamento: revela as relações comprometedoras de textos célebres.

O Banqueiro Anarquista ./. A Alma do Homem Sob a Égide do Socialismo

Pessimismo Nacional ./. Portugal, um Povo Suicída

Fernando Pessoa . / . Oscar Wilde

Miguel de Unamuno, pensador e escritor espanhol, espantava-se com a vocação suicida dos portugueses: Antero de Quental suicidara-se, Camilo e Soares dos Reis suicidaram-se. Num só ano suicidaram-se mais três portugueses seus amigos. Outro, Manuel Laranjeira, escreveu-lhe uma carta desesperada: «Neste malfadado país, tudo o que é nobre suicida-se; tudo o que é canalha triunfa!» Três meses depois, Manuel Laranjeira suicidava-se com um tiro na sua cabeça portuguesa. Este livro é o dramático diálogo entre o pessimismo português e o espanto espanhol. Ajudanos a conhecer o nosso passado recente e acaba com todas as ilusões: «Ou nos salvamos nós, ou ninguém nos salva.»

Um livro atravessado por duas ideias de anarquismo. No conto de Fernando Pessoa, o anarquismo é o espantalho que um banqueiro atira ao ar e volta a apanhar. No manifesto de Oscar Wilde, o anarquismo é a nuvem de harmonia que conduz ao Individualismo no qual o homem atinge a perfeição. O Banqueiro Anarquista de Pessoa é um prodígio de ironia, A Alma do Homem sob a Égide do Socialismo é a exaltação da Beleza.

Manuel Laranjeira . / . Miguel De Unamuno

Não se diz tudo aos homens

Dom Casmurro

Amor de Perdição

Machado de Assis

Camilo Castelo Branco

Dicionário de Palavras Supimpas

Andreia Onofre

Guerra e Paz Editores

Guerra e Paz Editores

José Alfredo Neto

Guerra e Paz | Clube do Livro SIC

Dom Casmurro é a alcunha de Bento Santiago, que, velho e só, desvela as suas memórias. Uma promessa da mãe, D. Glória, traça-lhe o destino como padre, mas Bento Santiago (Bentinho), apaixonado por Capitu, abandona o seminário. Estuda Direito e casa-se com o seu grande amor, mas o ciúme e a desconfiança adensam-se. Suspeita que não é o pai biológico do filho do casal, Ezequiel, mas sim o seu grande amigo Escobar… A dúvida de uma traição é o grande mistério de Dom Casmurro, um clássico da literatura de língua portuguesa publicado pela primeira vez em 1899, e se, nas primeiras décadas após a edição, o adultério parecia óbvio para os leitores, hoje muitos duvidam da infidelidade de Capitu. «Era impossível em história de um adultério levar mais longe a arte de apenas insinuar, advertir o fato sem jamais indicá-lo», escreveu José Veríssimo, um dos principais críticos literários da época, na História da Literatura Brasileira

A mais popular novela sentimental do Romantismo português foi escrita por Camilo Castelo Branco em 1861, altura em que o escritor esteve preso na Cadeia da Relação do Porto, acusado de adultério, e publicada no ano seguinte. Inspirada na vida de Simão Botelho, tio de Camilo, a história é, no entanto, livremente ficcionada, levando o amor, o ódio e a vingança às últimas consequências. A trama gira em volta do romance proibido de Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, filhos de famílias inimigas, que preferem a morte a viverem separados. Mariana nutre um amor não correspondido por Simão, formando um triângulo amoroso com um final trágico. Face às exigências sociais do século xix, a obra é vista como um apelo à liberdade do amor, recordando Romeu e Julieta e sugerindo uma inspiração na própria vida do autor, também ele envolto num amor proibido, hoje eternizado por uma estátua de Francisco Simões no Largo Amor de Perdição, em frente ao edifício da antiga Cadeia da Relação.

Guerra e Paz Editores

Carolina tem um plano romanesco para conquistar António, o joalheiro que ela decidiu querer para futuro, legal e legítimo marido. Ele não sabe ainda, mas ela engendrou um original jogo de sedução para que ele a descubra. Carolina nunca diz tudo aos homens, acredita que basta orientá-los, sobretudo aos portugueses, que se habituaram a descobrir tantos caminhos marítimos. E como descendente de navegadores lusos, António vai, de certeza, descobri-la. Carolina é também protagonista na descoberta de um pormenor que mudará para sempre a existência de Kal, outra personagem de Não se Diz Tudo aos Homens. Kal, que é incapaz de se envolver num só conflito, acaba por se apaixonar pelo «homem mais bonito do mundo». Duas mulheres, um joalheiro e o homem mais bonito do mundo: um romance em filigrana. Para mulheres originais, que gostam de se reinventar a cada novo dia. E para os homens fascinados por elas.

Num dicionário convencional, entre sulipampa e surripiar surgem páginas inteiras de palavras como suor ou superveniência. Neste, a única que aparece é supimpa. As outras, há que reconhecê-lo, não são supimpas. Logo, não existem neste dicionário. Isto tornao muito mais elegante, naturalmente, mas também muito mais útil. Porquê? Porque no dia-a-dia, em casa, no trabalho, na escola, no transporte público, na rede social, a vida só tem a ganhar com um uso mais liberal da palavra supimpa. Seja pela sonoridade, pelo significado ou pela contradição entre ambos, a palavra supimpa é aquela que abrilhanta o discurso de quem a usa e que alivia, mesmo que temporariamente, o ouvido de quem a escuta ou os olhos de quem a lê.

Padre Américo

- Páginas Escolhidas e Documentário Fotográfico

As Falas da Face

- Processo Casa Pia: aplicação e análise da expressão à luz do Direito Penal Português

Água – uma novela rural João Paulo Borges Coelho Caminho Ryo e Laama passam metade do tempo a sondar as entranhas da natureza, a outra metade a discutir a interpretação dos resultados. A ciência é uma esforçada leitura paralela, as coisas seguem o seu curso cego, imunes às interpelações. A natureza é um misterioso veículo em movimento deixando sacerdotes e cientistas em terra, ocupados ainda assim na tentativa de determinar o rumo da viagem! Volúvel até mais não, Ryo é a favor da deriva (concluída uma interpretação, apresta-se a abraçar uma outra). Isso exaspera Laama, mais consistente na obsessão de desnudar os fumos primordiais. ‘Não é no princípio que está o segredo!’, diz Ryo. ‘Tãopouco no crescimento ou na viagem!’, responde Laama, para quem os dados desde há muito estão lançados. ‘Para ti o homem sábio repete o que dizia quando era criança!’, resmunga Ryo. ‘Para ti o homem sábio é uma criança!’, retorque Laama. Discutem, hoje, a água. Ou melhor, a falta dela, que aquilo que outrora era um pesado e líquido cordão não passa hoje de um tortuoso arabesco, um ralo e frágil cabelo de velho. No fundo, repetem sempre a mesma discussão.

Promessa de Casamento

Ana Coelho-Moreira

Jennifer Probst

O Processo Casa Pia (PrCP) teve um impacto avassalador na sociedade portuguesa, escrutinando publicamente as instituições estatais que acolhiam crianças. As repercussões foram de tal forma intensas que não só foram alteradas as metodologias e as concepções de protecção do Estado a crianças desfavorecidas como o próprio código penal foi alterado como consequência directa das suas implicações. A emoção e a sua expressão facial desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do indivíduo e da sua interacção com a sociedade. O estudo da expressão facial da emoção de alguns dos intervenientes do PrCP procurou encontrar respostas sobre a manifestação e a exibição na face da culpa e sobre o seu processamento ao nível neuropsicológico. O conceito de culpa no âmbito da expressão facial da emoção, ainda que hoje objecto de aceso debate no seio da comunidade científico é, à luz do direito penal, um dos principais instrumentos utilizados para apurar a censurabilidade dos agentes e das suas ações. (…) Desta feita, o presente estudo poderá representar o início de um necessária colaboração entre a aplicação da análise da expressão facial da emoção e a aplicação do direito em todas as suas vertentes e instituições uma vez que reforça a aplicação do princípio da culpa e, por consequência, as suas dimensões jurídico-penal e ética. - in Introdução.

Quinta Essência Michael Conte, italiano e bilionário, deve resolver uma emergência familiar. Segundo a tradição, tem de ser o primeiro a casar, mas a irmã quer caminhar até ao altar em breve. Para tornar possível esse enlace, Michael tem urgentemente de arranjar uma mulher e apresentála à sua encantadora família durante uma viagem a Itália. A escolhida para representar o papel da sua cara-metade é Maggie Ryan, fotógrafa, independente e perfeccionista. Quando lhe fazem a proposta, Maggie, habituada a proteger-se dos laços emocionais desde que o primeiro namorado lhe destroçou o coração, aceita mediante certas condições. Encontra-se convencida de que Michael está apaixonado pela sua amiga e cunhada Alexa e considera-o um perigo para a estabilidade emocional do seu irmão; então pede-lhe que, em troca, deixe a sua amiga em paz. Aparentemente, ambos saem a ganhar do acordo, excepto por um pormenor: os dois têm muito claro que não casariam um com o outro nem que estivessem sozinhos no universo, mas não contavam com um inconveniente importante, a tensão sexual arrebatadora que surgem entre eles.

Editorial Novembro

Padre Américo

A gravitação do amor Sara Stridsberg Bertrand Editora Este romance, vencedor do Prémio Selma Lagerlöf Literary Award 2016 e do Prémio Literário da União Europeia, conta a história da aproximação de Jackie ao seu pai, Jimmie, quando este é internado num hospital psiquiátrico. Jackie começa a passar cada vez mais tempo na instituição, até ela se tornar o seu mundo. «Ao fim do dia, saem do hospital. Quando os portões elétricos se afastam para os deixar passar, abrem a primeira garrafa, no banco traseiro, sempre champanhe que ficou a refrescar na cave durante o dia. Edvard atravessa as pontes, a caminho da cidade, e percorre as ruas de bairros de moradias adormecidos. Às vezes há uma rapariga do hospital, outras vezes é Sabina que vai no banco de trás, outras vezes é outra pessoa, frequentemente meio adormecida pelos medicamentos. Os troncos das bétulas brilham no crepúsculo, um céu de tinta com manchas de rosa e dourado, ténues nuvens dispersas, aves, um desenho tosco dos céus. Edvard tem a convicção de que é bom para os pacientes saírem de vez em quando.» Segundo o jornal dinamarquês Politiken, “É difícil encontrar palavras para descrever a prosa de Stridsberg. Como posso dar-vos a entender, caros leitores, a maneira fantástica como as trevas e a luz se fundem tão completamente na sua escrita, sem que a sua intenção seja consolar, nem criar um mero contraste? Não consigo descrevê-lo, terão de experimentar por vós próprios, é puro êxtase.»

Modo de Ler

A Segurança Social: Passado, Presente e Futuro AA.VV. Bertrand Editora Coordenado por Francisco Louçã, José Luís Albuquerque, Vítor Junqueira e João Ramos de Almeida, esta obra nasceu dos trabalhos das Oficinas sobre Políticas Alternativas e conta com o contributo de outros investigadores em políticas sociais, Manuel Pires, Maria Clara Murteira, Nuno Serra e Ricardo Antunes. Considerando as existentes pressões internacionais sobre o Estado português, e sendo este um dos debates actuais mais intensos, «A Segurança Social: Passado, Presente e Futuro», responde a esta discussão com base em informação estatística e documentos de referência, apresentando a possibilidade de construção de um sistema sólido de segurança social. Fruto de uma forte investigação sobre as políticas sociais, «A Segurança Social: Passado, Presente e Futuro» levanta variadas questões sobre regras sociais e sugere respostas, apresentando as diferentes perspectivas dos autores que, em conjunto, procuram responder a uma preocupação comum: a de que os sistemas de protecção social são formas essenciais da democracia.

Um homem bom, visceralmente bom. Um servidor dos outros. Um sacerdote cumpridor das exigências de pobreza, desprendimento, dedicação aos mais sofredores e indefesos, e, dentro deles, às crianças da rua. Um obreiro incansável contra a miséria num País tão marcado por atrasos e desigualdades. (...) Cinquenta anos depois, mudou certamente muita coisa nas escolas educativas, nas visões pedagógicas, nos meios, na ciência e na técnica, na formação e na organização. Mas todas essas mudanças só fazem avultar o carácter precursor do Padre Américo. Como cidadão atento aos dramas da infância excluída ou em exclusão num Portugal a converter-se de rural em urbano e metropolitano. Como educador empenhado na primazia da afirmação da criança. Como cristão e sacerdote devotado na concretização das Bem-Aventuranças, na vivência de uma Igreja serva e pobre, na antecipação do que viria a ser o Concílio Vaticano II. Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa. “Se quiser saber, ou saber mais sobre a Casa do Gaiato e o Calvário, que são talvez a obra mais importante realizada no âmbito da Igreja Católica em Portugal no Século XX, e que continua nos dias de hoje, leia o livro Padre Américo – Páginas Escolhidas e Documentário Fotográfico –, a edição mais bela que publiquei nos mais de 50 anos que conto como editor”. - José da Cruz Santos. Se desejar receber esta obra, bastará contactar a Casa do Gaiato – 4560373 Paço de Sousa, podendo fazer um donativo que entenda em troca.


Jornal da Golpilheira

. história .

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Julho de 2016

.história. Miguel Portela Investigador

A restauração do concelho de Pedrógão Grande em 1898

Nos finais do século XIX, sucedeu-se um conjunto de mudanças do mapa administrativo no norte do distrito de Leiria. Tanto se extinguiram concelhos como, anos volvidos, foram restabelecidos, mudando-se freguesias entre eles ou criando-se mesmo novos municípios, como sucedeu com Castanheira de Pera, em 1914. Desses acontecimentos dão conta os jornais da época, a partir de cuja leitura se denota claramente o aumento do peso político dos republicanos no norte do distrito de Leiria, sobretudo na região de Pedrógão Grande. A 7 de setembro de 1895, a comarca e o concelho de Pedrógão Grande foram extintos, transferindo-se a sede da comarca para o concelho de Figueiró dos Vinhos. A imprensa regional, sobretudo o periódico Correio de Leiria, na sua edição de 19 de setembro de 1895, noticiava a nova divisão administrativa do distrito de Leiria nos seguintes termos: «Divisão de Concelhos - No districto de Leiria é classificado como concelho de 1.ª ordem o concelho de Leiria; são classificados como concelhos de 2.ª ordem os de Alcobaça, Ancião, Caldas da Rainha, Figueiró dos Vinhos, Obidos e Pombal, e é classificado como concelho de 3.ª ordem o de Peniche, que fica agrupado ao das Caldas da Rainha e elegerá dois vereadores para a camara municipal da sede da respectiva comarca. (…) É supprimido o concelho de Pedrogão Grande, sendo as sua freguezias annexadas ao de Figueiró dos Vinhos (…) São annexadas ao concelho de Ancião as freguezias de Avellar, Chão de Couce, Maçãs de Dona Maria e Pousa Flores, que actualmente pertencem ao concelho de Figueiró dos Vinhos (…) Divisão de Comarcas - É transferida para a villa de Figueiró dos Vinhos a séde da comarca de Pedrogão Grande, e á mesma comarca ficam pertencendo as freguezias de Aguda e Arega do concelho de Figueiró dos Vinhos» (Arquivo Distrital de Leiria [ADL], Correio de Leiria, Dep. VIII-56-B, ano 1.º, edição n.º 33, de 19 de setembro de 1895). Porém, a 13 de janeiro de 1898, o concelho de Pedrógão Grande seria restaurado. A imprensa regional, nomeadamente o jornal Correio de Leiria, no dia 20 de janeiro desse ano, noticiava que o concelho de Pedrogão estava constituído pelas freguesias de Castanheira, Coentral, Graça, Pedrógão e Vila Facaia, deixando de fazer parte, nesse ano, do concelho de Figueiró dos Vinhos. De igual modo, a imprensa nacional relatava nessa mesma data um dos episódios mais conturbados resultante da aprovação e aplicação da nova reforma administrativa - o caso específico de Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos, assim como de toda a região norte do distrito de Leiria (Ibidem, ano 3.º, edição n.º 154, de 20 de janeiro de 1898). Reconhecemos no jornal Folha do Povo, na sua edição de 21 de janeiro de 1898, um desses exemplos, do qual citamos um pequeno excerto de uma notícia: «Reforma Concelhia - Figueiró dos Vinhos, 18. - Para se avaliar o que é e a que principios obedeceu a reforma concelhia, bastará narrar o seguinte: O concelho de Figueiró dos Vinhos, antes da reforma concelhia de 1895, sancionada por carta de lei de 21 de maio de 1896, era composto de oito freguezias, a saber: Pousaflores, Chão de Couce, Avellar, Maçãs de D. Maria, Arega, Aguda, Campello e Figueiró dos Vinhos. Por virtude d’esta reforma passaram a fazer parte do concelho d’Ancião as quatro primeiras freguezias acima mencionadas, e as restantes, com as cinco do concelho de Pedrogam Grande, que então foi extincto, constituiam ultimamente o concelho de Figueiró dos Vinhos. Deve-se notar que tres das cinco freguezias de que aquelle concelho se compunha, estão

incontestavelmente, melhor para a villa de Figueiró dos Vinhos, não só por estarem com ella ligados por estradas macadamisadas, o que lhes não acontece com Pedrogam, mas pela maior proximidade pelas suas tendencias e relações, accrescendo a que, sendo a Villa de Figueiró séde na comarca, grandes vantagens d’ahi resultam pela economia de tempo. E não se imagine que o concelho, como ultimamente estava com as nove freguezias era grande e rico, pois a Camara Municipal, para occorrer ás despezas indispensáveis, via-se na necessidade de lançar sobre as contribuições do estado a maxima percentagem que a lei lhe faculta. Não discutiremos agora a conveniencia da restauração do concelho de Pedrogam Grande e Alvaiazere, mas, se o governo êntendesse ser de justiça a sua restauração, de justiça era tambem que restituísse a Figueiró, as quatro freguezias que tinham passado para Ancião. Não o fez, porém, não porque as aludidas freguezias não desejassem voltar para o seu antigo concelho, mas porque, tendo ameaçado Figueiró de lhe reduzirem o concelho e comarca, caso voltasse ao candidato regenerador, e de á sua custa emgrandecerem os concelhos de Pedrogam e Alvaiazere, e, tendo elle resistido a estas e outras veniagas eleitoares, quis vingarse, convertendo a ameaça em realidade, e de facto o fez, reduzindo-o a quatro freguezias sem meios de poder satisfazer as suas despezas obrigatorias» (Folha do Povo, edição n.º 5409, de 21 de janeiro de 1898). Através do periódico Districto de Leiria de 22 de janeiro de 1898, reconhecemos que o concelho de Figueiró dos Vinhos protestava contra o que considerava ser uma tremenda injustiça - a desanexação de um conjunto de freguesias que lhe haviam sido retiradas para os concelhos vizinhos, mormente para os concelhos de Ansião e Pedrógão Grande. Citamos um excerto de uma notícia desse periódico, que elucida o que referimos: «Pedrogam foi egualmente restaurado, sendo licito acreditar que tambem seria augmentado se mais alguma freguezia houvesse entre aquella villa e a de Figueiró dos Vinhos. Só a esta é que não foi restituida nenhuma das freguesias que pela reforma de 1895 tinham passado para Ancião, sendo lhe aliás tiradas todas as que lhe tinham sido aggregadas; e todavia algumas d’ellas, como, por exemplo. Castanheira de Pera e Maças de D. Maria, mais uma vez tem representado em favor da sua annexação a Figueiró dos Vinhos. É que esta villa tinha contra si uma enorme culpa, um d’estes peccados que na egreja progressista não teem remissão: na ultima lucta eleitoral foi Figueiró dos Vinhos pela sua quasi unanimidade e a das freguesias limitrophes que decidiu a eleição em favor do candidato regenerador. Ahi tem agora a paga; que do partido progressista a nobreza é esta» (Distrito de Leiria, edição n.º 826, de

22 de janeiro de 1898). Dias depois, a imprensa nacional, sobretudo O Paiz, de 30 de janeiro de 1898, referia, em relação à restruturação de concelhos nesta região: «Foi finalmente cumprida a promessa da restauração dos concelhos, sem que para tão dificil e monstruoso parto fosse necessario o emprego do fórceps ou a operação cesariana. Prometteu o sr. José Luciano de Castro que tornaria tudo ao estado antigo attendendo ás reclamações dos povos, para afinal nem uma nem outra coisa fazer. Como filho de Figueiró dos Vinhos, e como cidadão no pleno uso dos meus direitos, cometteria um crime indescupavel se não tornasse publico o meu solemne protesto contra o procedimento inqualificavel do governo que o procedimento inqualificavel do governo que desgraçadamente gere os negocios d’este malfadado paiz. Figueiró dos Vinhos foi, certamente, o concelho visado por s. ex.ª e pelos seus amigos para bode expiatório do seu rancor. E senão vejamos: Este concelho, desde 1855 até setembro de 1895, era composto de oito freguesias, ficando pela refórma d’este ultimo anno composto do supprimido concelho de Pedrogram Grande e quatro das suas antigas freguezias. Mas como Figueiró, acorrentado durante vinte anos ao partido progressista, que lhe promettia a restituição da comarca como um acto justo, pois que esta lhe havia sido arrebatada em 1875 por ter trabalhado demodadamente na eleição a favor do fallecido Carlos Ribeiro, deputado progressista, e vendo que este partido faltou descaradamente ás suas promessas, não obstante as razões imperiosas para tão justificado desejo da parte de Figueiró, resolveu de vez abandonar tal gente e procurar no partido regenerador a realização de tão ardente desejo de justiça» (O Paiz, edição n.º 815, de 30 de janeiro de 1898). Com a nova divisão administrativa, os festejos sucederam-se no concelho de Pedrógão Grande. O periódico Correio de Leiria, na sua edição de 24 de fevereiro de 1898, noticiava-os, assim como relatava a mudança dos arquivos que se encontravam no concelho de Figueiró dos Vinhos para o concelho de Pedrógão Grande. Relatava esse periódico: «Pedrogam Grande. 10 de fevereiro de 1898. É com o maior jubilo que registamos n’esta epocha tenebroza que vae passando, a ingerencia do partido progressista, nos negócios do nosso paiz. E visto que nos temos referido á restauração d’este concelho, vamos relactar o que se passou na mudança dos archivos, de Figueiró para esta villa; Deram entrada n’esta villa no dia 3 do corrente mez os archivos e alguma mobília da camara e administração do concelho. Durante aquelles dias 3, 4 e 5, fizeram-se festejos n’esta villa, que causaram assombro e admiração a todos os visitantes. No dia 3 de madrugada apresentaram-se em Figueiró dos Vinhos 10 carros com

Paços do Concelho de Pedrógão Grande. Fotografia de 1909. Coleção Miguel Portela.

os seus conductores e 12 operarios. Estavam aguardando a chegada os empregados que receberam os archivos e mobília. Em menos de 2 horas fez-se o transporte para os carros e em seguida rodaram para esta villa. Não foi preciso tropa nem policia. A melhor arma é a razão e a justiça» (ADL, Correio de Leiria, Dep. VIII-56-B, ano 4.º, edição n.º 159, de 24 de fevereiro de 1898). O jornal Correio de Leiria, na sua edição de 10 de março de 1898, dava conta, ainda, do episódio da mudança dos arquivos de Figueiró dos Vinhos para o restaurado concelho de Pedrógão Grande: «Foi extincto este concelho em setembro de 1895 e tal foi o zêlo do funccionario que assistiu ao despejo dos archivos e mobília que não poupou um barril de barro e um pacote de assucar que um empregado tinha na sua repartição para refrescos! Só ficaram as paredes! Note os leitores que o decreto de 7 de setembro de 1895, não auctorisou o desvio da mobília da séde dos concelhos extinctos, e muitas camaras, mais generosas, como foi a da Alcobaça, Certã e outras, não retiraram a mobília dos edificios das camaras extinctas. Foi restaurado o concelho por decreto de 13 de janeiro ultimo, e no dito dia 3 de fevereiro ordenou-se o transporte dos archivos e mobília, conforme determina o n.º 1 e seguinte artigo 5.º do mesmo decreto. Os empregados respectivos receberam os archivos e não fizeram reclamação alguma, visto que isso não competia, mas reconheceram logo a falta de objectos, cuja entrega lhes foi negada, com o pretexto de estarem em serviço em varias repartições. (…) Os leitores vão vêr cousa estupenda: De mobília, a camara de Figueiró, restituiu á d’esta villa pequena porção de cadeiras, as quaes não serviam por se acharem partidas, quatro secretarias, duas mezas e uma estante envidraçada. Escolheram 18 cadeiras que custaram 2:000 rs. Cada, e collocaram-as no tribunal judicial; uma bôa meza de nogueira tambem se acha no tribunal; a cadeira que era da presidência da comarca custou 8:000 réis, é occupada pelo juiz sobre o estrado da presidência (estes moveis eram da salla das sessões da actual camara); uma secretaria que pertencia á administração do concelho e 18 cadeiras da mesma repartição! Alem d’estes objectos, tambem foram negados 80 cobertores de lã, lenções, quatro jogos de cordas que eram dos sinos das torres d’esta villa, dois pares de algemas, um bom diccionario, etc. E querem os leitores saber o destino que têem os ditos moveis? Parte d’elles emprestados a indivíduos particulares e outros para espectáculos. Ainda o que nós julgamos mais notavel é existir nos orçamentos da camara de Figueiró do anno de 1896 e 1897, duas verbas importantes, sendo uma de 300:000 réis com applicação a mobília para o tribunal e outra de réis 500:000 para obras do mesmo tribunal: e parecendonos esta somma mais que suficiente para occorrer aos reparos da sála do dito tribunal, fomos examinar o que ali existia e qual foi a nossa surpresa quando vamos encontrar ali a mobília da sála das sessões d’esta camara e a invejada cadeira occupada! Encontramos somente, feita de novo, uma bancada para os individuos que assistem aos differentes actos do tribunal. Não nos parece que houvesse necessidade de occultar a mobília que a camara de Figueiró deve ter adquirido com aquellas verbas e servirem-se com os moveis que lhes não pertencem. Se o inspirador da camara de Figueiró fosse realmente o que aparenta, deveria attender sem a menor relutância á letra do decreto, não forjar evasivas, e attender ainda a que este concelho foi esbulhado de tudo quanto possuia e ainda entregou o saldo em dinheiro de 3:410$151 réis; por isso, não devia regatear-lhe o que é só d’elle. Alem do que fica expendido, inda temos documentos á vista por onde se mostra que a camara de Figueiró distribuiu nos seus orçamentos de 1896 a 1897, para obras só dentro da villa réis 8:216$000, em quanto que na área d’este concelho distri-

buiu 371$200 réis» (A.D.L., Correio de Leiria, Dep. VIII-56-B, edição n.º 161, ano 4.º, de 10 de março de 1898, p. 2). A 19 de maio de 1898, o supracitado periódico narrava o sucedido na primeira reunião do executivo camarário do restaurado concelho de Pedrógão Grande. Pela sua importância como fonte documental, transcrevemos esta notícia na íntegra: «A camara municipal d’este concelho, manifestando o seu unanime sentimento de gratidão pela restauração da sua autonomia concelhia, resolveu na sua primeira sessão depois de eleita, em 21 d’abril ultimo, patentear o seu agradecimento ao Ex.mo Conselheiro José Luciano de Castro, ao Ex.mo Governador Civil d’este Districto Barão do Salgueiro e ao nosso respeitável amigo Ex.mo Doutor Francisco Ferreira Gaspar. Ninguem poderá contestar que a restauração d’este concelho como a de muitos outros, foi um acto de justiça que immortalisou o partido progressista, cujos membros governam os destinos d’este paiz. A nossa admiração é tanto maior quanto vemos que ainda há homens que sabem respeitar as regalias de um povo extremamente trabalhador e obediente, cumprindo integralmente as suas promessas, embora impelido para caminho diverso pelos inspiradores do anterior governo opressor. Distinguindo-se pelas acções e não só pelo nome, procedem os nobres ministros que occupam o poder. Vamos transcrever parte do resumo da acta que nos referimos, para melhor identificação dos leitores: A camara municipal do concelho de Pedrogam Grande, na primeira sessão ordinaria que celebra, depois de eleita, compenetra dos sentimentos dos seus munícipes, faltaria a um sacratíssimo dever se não consignasse na respectiva acta um voto de profundo reconhecimento ao Ex.mo Conselheiro Doutor José Luciano de Castro, pela nobre intenção e intemarato espirito de justiça com que se dignou attender as legitimas reclamações dos povos do antigo concelho de Pedrogam Grande, restaurando-o e dando-lhe autonomia de que injustamente tinha sido privado. Egualmete esta camara, no cumprimento do indiclimavel dever que lhe incumbe, em nome dos povos d’esta circunscripção administrativa, protesta ao Ex.mo Sr. Barão do Salgueiro, dignissimo Governador Civil de Leiria, a sua indelével e eterna gratidão pelos inextimaveis serviços que com tão rara dedicação e tão desvelado empenho, S. Ex.ª prestou á causa da restauração do antigo concelho de Pedrogam Grande, e para perdurável recordação dos benefícios feitos por S. Ex.as a este concelho determinar que o Largo da Deveza d’esta villa passe a ser denominado - «Largo do Conselheiro José Luciano de Castro» - e o do Adro - «Largo do Barão do Salgueiro» - e finalmente, que ao Ex.mo Doutor Francisco Ferreira Gaspar, dignissiimo facultativo do partido municipal d’esta villa, se patentei a mais eterna gratidão, por se haver mostrado até á evidencia que foi elle quasi o único que n’este concelho trabalhou com verdadeiro afinco para se conseguir a mencionada restauração d’este concelho» (Ibidem, edição n.º 171, de 19 de maio de 1898). Apesar de todos os protestos movidos pelos Figueiroenses contra a nova divisão administrativa de 1898, não foram atendidas as suas aspirações de continuarem a ser um concelho composto por oito freguesias, ficando reduzidos a apenas quatro, nomeadamente Campelo, Arega, Aguda e Figueiró dos Vinhos. Pedrógão Grande conquistava assim, nesse ano, a sua autonomia concelhia, sendo constituído pelas freguesias de Castanheira, Coentral, Graça, Vila Facaia e Pedrógão Grande. Todavia, anos mais tarde, e por questões de desforra política, o concelho de Figueiró dos Vinhos viria a ser um apoiante incondicional da autonomia de Castanheira de Pera, que viria em 1914, a ascender a concelho, desanexando-se do então concelho de Pedrógão Grande.


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Jornal da Golpilheira

. poesia . obituário .

Julho de 2016

.poesia.

Caminho da perfeição Teresa, Santa Doutora Pensamentos puros e limpos Trajectória reformadora Actos intrépidos

Ao que podemos chegar Foi ali num canto, Que algo me chocou A situação era de pranto Por quem a ignorou. Pois ali caída no chão, E bastante combalida E ninguém de coração Lhe perguntava se estava ferida. Ia chorando e gritando, Alertando a sua ajuda E apenas ia exclamando Com tristeza e amargura. É grande pobreza ser velhinha, Já sem forças para se levantar Foi riqueza as forças que tinha E as dores a faziam chorar. Depois de tanto tempo, Apareceu alguém sem poder Uma velhinha do seu tempo Que a ajudou a aliviar o seu sofrer. A vida dá-nos surpresas, Que nos aumenta o desgosto É a luta dos anos com tristeza Que vai sendo sentida no nosso rosto. Será isto ao que vamos chegar, Ou podemos dizer não! Gostaria de tal nem pensar A vida tem por companhia a solidão. José António Carreira Santos

Agradecimento

Depois do sofrimento veio a glória Onze guerreiros nesse campo Onze milhões a sofrer Golo de Éder pirilampo Na face lágrimas a escorrer Noite de santos Fernando escolhido por Deus Momentos sacrossantos Glória a norte dos Pirenéus Paris rendida Ao teu querer Toda a Gália vencida Ser ou não ser Dez de Julho marcou Dois mil e dezasseis Nossas emoções estancou Imortalizada como fósseis Apito final soou Campeões de Cabo da Roca aos Urais Vitória lusitana coroou Esforços supra-naturais Vaz Pessoa

Venerada por Igrejas diversas Católica, Anglicana e Luterana «Aguerrida» em situações adversas Na oração e sofrimento soberana Diante do quadro da Paixão Cristo em crucifixo ensanguentado Em plena contemplação Decretou acto sacramentado Conversa e amizade Supérflua ou inútil Não lhe dava acuidade A parlatório fútil São Pedro de Alcântara Seu grande confessor Quantas lágrimas enxaguará Nos momentos de sua dor Mosteiros e conventos Religiosas Carmelitas Descalças Da oração fez eventos Das desgraças transformou graças Oração mental ou de silêncio Devoção de união ou êxtase Sua vida foi prenúncio Caminho da perfeição deste ênfase Vaz Pessoa

Lee Jun Fan Kung Fu perito Jeet kune do fundador No destino estava escrito Actor marcial precursor Felino, ágil, determinante Lutador genial Infalível e anti-vacilante Poli mata marcial Derrubou preconceitos Enfrentava o desconhecido Alterava conceitos Nunca se dava por vencido Vida intensa, precoce meteorito Meu querido Bruce Lee Dominavas qualquer atrito Como tu, Lee, jamais eu vi Nota : faz este Julho 43 anos do teu falecimento terreno. No entanto, nunca partiste Sensei Lee Dar Ger. Vaz Pessoa

.obituário. . prosa .

Peão do saber

Maria Guerra Ferreira Fernandes N. 19–10–1944 F. 29–06–2016

Seu marido, Manuel Vieira Fernandes, filhas, Célia Regina e Ilídia Maria Ferreira Fernandes, genros, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à sua última morada, esperando que descanse em Paz. A todo um muito obrigado.

A vida é um xadrez. Xadrez: cultural, social, emocional, intelectual e espiritual. No tabuleiro da vida, temos casas a percorrer, a vencer; postos a alcançar, cedências, derrotas, vitórias e sacrifícios com intuitos maiores. Somos meros peões, nesse tabuleiro que podemos alcançar o maior grau, excepto o de rei. Alguns são bispos, mas serão sempre bispos; ora em casas brancas ora em casas negras. Objectivos diagonais. As torres, sempre torres, mas nunca com horizontes ilimitados; partilhando as mesmas vistas horizontais ou verticais. Nunca diagonais, são vistas lineares! Para isso há cavalos, numa dança ilimitada dentro do seu limites. Só a rainha tende a ser ilimitada, em horizontes de trindade. Mas porque nunca será totalmente ilimitada. Porque não existe a liberdade do cavalo. O rei é rei!!! O que seria de ti, ó rei, sem rainha, cavalos, torres, bispos e peões. Tu que nunca te rendes, mas que te dás a render. Todos ambicionam ser o rei. Mas no fundo o melhor que alcançamos é ser peão de rei. Vaz Pessoa

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Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS

FÚNEBRES

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Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.


Jornal da Golpilheira

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. a fechar .

Julho de 2016

Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

Então não é que o meu querido netinho me andou a espezinhar o quintal e me deu cabo da horta toda!!! Diz que queria andar a apanhar “Pó Camões”!...

Então e apanhou alguma coisa?!

Apanhou pois! ...uma cachaporrada pelo focinho abaixo!

Pó Camões .fotos do mês.

LMF

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

A festa dos campeões europeus 2016 também se fez na Batalha...

Recordar é viver…

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Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

Esta fotografia é de finais do ano de 1976 ou princípio de 1977. À custa de muito trabalho, voluntário e gratuito, associado ao esforço da população da nossa terra, começava a tomar forma a construção da sede do Centro Recreativo da Golpilheira, com enchimento da primeira placa, com betão preparado pela nossa “rapaziada”, em diversas betoneiras. Naquele tempo, o entusiasmo era total, tal a simbiose que existia entre as direcções da nossa associação e o nosso povo. Apesar do trabalho ser muito duro, os voluntários abundavam. Que saudades tenho daqueles tempos… | MCR


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. divulgação .

Jornal da Golpilheira Julho de 2016

A Comunidade Cristã da Golpilheira estará em festa nos próximos dias 30 e 31 de Julho e 1 de Agosto, celebrando o seu Padroeiro, o Senhor Bom Jesus dos Aflitos. A Comissão de Festas, constituída pelos naturais e residentes nascidos em 1976, preparou um cartaz religioso e de arraial que, com certeza, trará até à Golpilheira muitas centenas de pessoas para bons momentos de celebração e de convívio. A Missa da festa será no domingo, às 12h00, seguida de procissão, antecedida pela recolha de andores, a partir das 11h00, com acompanhamento da banda “Os Clássicos de Pataias”. A banda fará animação após o almoço e acompanhará a saudação ao Padroeiro, pelas 17h00. Haverá também Missa, pelas intenções dos que colaboram nos festejos, na segunda-feira, às 18h30. O arraial abre no sábado, com o habitual serviço de restaurante, café da avó, bares, quermesse e outras animações, bem como a música de Zé Café e Guida. Na tarde de domingo haverá actuação do rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena”, pelas 18h00, e, à noite, espectáculo com o duo Vítor e Gaby e a banda Apartirtudo. Cabe à Dualband animar o último serão, na segunda-feira. Destaque, no último dia, para a corrida de frangos e quebra de panelas, às 19h00, e a já famosa corrida de cântaros, às 23h00, seguida da transmissão da bandeira. O fogode-artifício final está marcado para as 24h00.


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