Her Ideal nº 18 Outubro 2013

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Ă?ndice


directora “Paris! Je t’aime” cliché intemporal mas que este mês nos fez trazer-lhe um especial sobre a cidade do amor, do romance, da arquitectura, dos doces, das luzes...tanto há para dizer. A minha passagem por Paris foi memorável. Marcou um momento especial, de tal forma, que não consegui deixar de partilhar. Temos para si um grande roteiro, nem a receita ou a cosmética ficaram de fora. Mas há muito mais para ler na her ideal de Outubro. Entramos no Outono com muito romance e glamour. Artigos de opinião. Sugestões de moda. Uma reflexão sobre maquilhagem. Fazemos subir a temperatura com a sugestão da HER, sobre sexo. A nossa PT de Outubro escreve sobre exercício na gravidez. Descubra como é possível manter-se em forma. Temos entrevistas a figuras pública da rádio e televisão onde lhe mostramos um pouco mais sobre a sua personalidade e carreira. Mais uma vez a parceria com a a agência “DXL” proporciona-nos um editorial de reconhecida qualidade. Razões não faltam para percorrer as próximas páginas. Boa leitura!

Inês Pereira


EDITORIAL DE MODA EXCLUSIVO PARA A her ideal by DXL Models


Ana Isabel Arroja

Fotografias cedidas por Ana Isabel Arroja

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por Helena Rocha (TEXTO)

A conhecida radialista, dj, blogger e agora tambĂŠm autora de um livro, revela Ă Her Ideal um pouco mais de si.

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ecordas-te de ti em menina? Como era a Ana criança? Não me recordo de mim em criança mas oiço muito os meus pais falarem. Era uma santa, mesmo! Raramente estava doente, não fazia birras, era muito educada e sossegada. Mas tornei-me muito ciumenta quando nasceu o meu irmão. Quais as tuas maiores referencias dessa altura? Os meus pais, óbvio. Mas a minha família no geral. Tive uma infância muito feliz, nunca me faltou nada. Lembro-me de brincar na quinta da minha avó com os animais, no campo. De andar de bicicleta livremente, de fazermos piqueniques... e ouvirmos muita música. Os meus pais sempre foram grandes consumidores de música.

(relacionamento, maternidade e postura profissional)? Acho que a mulher portuguesa está a transformar-se. Vejo isso pelas minhas amigas. São cada vez mais independentes, casam-se e têm filhos cada vez mais tarde (eu fui uma excepção à regra) e importam-se cada vez menos com o que os outros dizem. E cuidam cada vez mais de si próprias. Acho sinceramente que a mulher portuguesa está cada vez mais apaixonada por si própria, o que é óptimo! E tu como te enquadras nesta condição? Eu não consigo descrever-me... não quero correr esse risco. Pelo que os meus amigos dizem sou: divertida, boa amiga, irreverente e despachada. Pelo que a minha família diz sou: teimosa, atrasada e com mau-feitio. Digamos que os meus amigos me enchem o ego e a minha família me mantém os pés bem assentes na terra!! (risos)

Que tipo de adolescente eras? Quando entrei na adolescência tornei-me um bocadinho mais rebelde mas nunca nada fora de controle. Tinha horas para chegar a casa e, nisso, o meu pai era muito rígido. Sempre foi muito brincalhão e carinhoso mas em relação às horas... se me atrasava 2 minutos que fosse tinha de ouvir! Por isso é que acho que agora me custa muito cumprir horários, não sou nada pontual. Sempre fui uma pinga-amor e sempre sofri imenso com as minhas paixões mas atenção... os namoricos naquela altura não eram como agora, era tudo muito platónico. Uns beijinhos e pronto! Quando e como descobriste a tua vocação (profissional)? Descobri por acaso aos 16 anos na escola secundária e dura até hoje. Tu és um exemplo de irreverencia e modernidade. Como descreves a mulher portuguesa no que diz respeito ao comportamento

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Nós mulheres sofremos todo o tipo de pressões: temos que ser excelentes profissionais (competentes), mães (dedicadas), amantes (fantásticas) amigas (para todas as ocasiões). Como é para ti gerir tudo isto? Permites-te a falhar? Permito. Porque acho que as nossas falhas nos ajudam a crescer. Peço ajuda quando percebo que não consigo fazer tudo sozinha e não me martirizo mas eu tenho uma visão muito própria do Mundo e da vida. Há quem diga que sou demasiado sonhadora mas eu acho que só assim conseguimos viver a vida ao máximo, com o bom e com o mau, porque faz parte. Não sou perfeita nem tento ser perfeita. Sei que sou uma boa Mãe mas não sei se serei a melhor. Há-de haver com certeza melhor do que eu. Porque é que haveria de ser a melhor?? Tento ser a melhor, dentro do possível, mas não vivo obcecada com isso. A ideia que temos da Ana é a de um mulher sempre bem disposta. Na tua própria profissão esta é uma condição quase obrigatória. Qual é o teu maior desafio quando não te sentes assim? Fazer das tripas coração, fechar os problemas numa caixinha e só abri-la quando saio do trabalho. Quem está a ouvir-nos não tem culpa de estarmos num dia mau ou numa fase má. Não é fácil mas aprende-se a lidar com isso da melhor forma. Acaba por ser um bom exercício de auto-controle. Agora num registo menos serio, sabemos que adoras caveiras explica-nos o porque desse fascínio? Perguntam-me isso tantas vezes... não sei. Sinceramente que não sei, não consigo mesmo explicar. Sou atraída por elas, há um íman entre nós. Tenho centenas de caveiras e coisas com caveiras, são as minhas Fifis. Pode ter a ver com o meu estilo de música preferido, com o rock... gosto e pronto! Não há uma explicação. Quanto às tuas tatuagens podemos saber quando fizeste a pri-

meira e o porque? E as outras? Desde adolescente que queria fazer uma tatuagem e sempre disse que seria só uma mesmo... mal sabia eu no que estava a meter-me! Só que os meus pais nunca me deixaram fazer. Nem houve aquela história de já ser maior de idade nem nada. Sempre me disseram que enquanto vivesse com eles tinha de aguentar as regras lá de casa e uma delas era: nada de tatuagens ou piercings. A primeira fiz 3 semanas antes de casar, assim como assim ia sair de casa. (risos) E os meus pais já não podiam fazer nada. Todas as minhas tatuagens têm um significado e têm a ver comigo, não é uma moda passageira. A primeira foi o símbolo do capricórnio (o meu signo) em roxo (a minha cor preferida). Os teus pais lidaram bem com essa tua irreverencia? O meu pai sim. Quer dizer, não achava muita graça mas também não se chateou com isso. Já a minha mãe achou imensa graça à primeira, na segunda franziu o nariz e à terceira ficou de cama! Já vou na sétima e é para continuar. Não acham muita piada mas acabaram por resignar-se. O meu pai hoje brinca comigo e diz que tem uma filha “toda riscada”, (gargalhada). Sabemos que és uma “super mama” como é a relação com a tua filha? Não me considero uma Super Mãe nem nada com que se pareça. Acho até que tenho muitas falhas. Tento ser Mãe, acima de tudo, sem pensar no “Super”. Tento dar-lhe miminhos ao máximo, educação, brincar com ela, estar presente sempre que possível e acompanhar ao máximo o crescimento da Nô. Não sou nada Mãe galinha nem daquelas Mães que ao mínimo espirro vão a correr para o hospital. Sou muito descontraída, aliás, segundo a minha Mãe, até sou descontraída demais! Mas sou assim e tento com que ela seja uma boa pessoa acima de tudo. Não estou a criá-la à minha imagem, estamos a dar-lhe toda a liberdade para que ela se

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expresse e seja quem quiser ser, com as suas escolhas e opiniões. A nossa prioridade é que seja feliz e livre. e ela diz que sou a melhor Mãe do Mundo. Isso chega-me. Como surgiu a ideia do livro “Pérolas Mini Arrojadas”? Desde que engravidei da Nô que escrevo a vida dela. Mesmo antes de engravidar pensei que quando tivesse um filho gostaria de escrever toda a experiência para mais tarde recordar. E assim fiz. Assim que engravidei desatei a escrever. Quando ela começou a falar foi inevitável apontar tudo e partilhar, porque já havia facebook. Mas sempre com o intuito de ficar para nós família, nunca pensando em editar para fora. Só que o feedback foi de tal forma positivo que não deu para fugir... Enquanto mulher e mãe qual é o teu maior desafio? Dar aquilo que as pessoas esperam de mim e esse é, na minha opinião, o maior desafio de qualquer pessoa, de qualquer mulher: estar à altura daquilo que esperam de nós e não desiludir ninguém. Acho que me tenho safado mais ou menos bem até agora. Em relação a crise que estamos a viver e que de certa forma nos atinge a todos, qual é a tua mensagem para os teus ouvintes e para os nossos leitores? Não desanimem, tudo passa, mesmo quando achamos que não podíamos cair mais fundo acabamos por encontrar a força necessária para renascermos, para nos voltarmos a levantar. Nada é para sempre e há que ter pensamento positivo, pelo menos, tento. Fala-vos alguém que já passou por uma depressão bem grande, que ainda tem (ocasionalmente) ataques de pânico e que também tem os seus problemas. A minha vida não é perfeita, nenhuma vida é perfeita e o que não nos mata torna-nos mesmo mais fortes. É preciso acreditar e aproveitar o que a vida nos dá. Sempre com um sorriso nos lábios :)


opinião

UMA VERDADEIRA CALDEIRADA Peripécias de uma família pouco convencional CRÓNICA de ANDREIA RODRIGUES

Há já muito tempo que não vivia um episódio tão caricato, daqueles que nos fazem pensar se estamos mesmo na Terra ou se porventura aterrámos num outro planeta, onde o comportamento humano em nada tem a ver com o nosso. Ora, estava eu animadíssima por ir jantar a um dos restaurantes mais recomendados da zona e finalmente provar a famosa caldeirada de peixe e marisco, pela qual já me andava a salivar há alguns meses. O restaurante parecia ótimo, bem decorado e com uma ementa típica da localidade. Entrámos. Depois de acomodados, recebemos as ementas, aprontámo-nos a confirmar o prato que já trazíamos escolhido desde o Algarve e esperámos. Embora a espera tenha sido longa, o vinho acabou por chegar. O garçon apressa-se a colocar a garrafa em cima da mesa e desaparece a mil à hora. Mal lhe pusemos a vista em cima, quanto mais esperar que nos servisse ou que nos desse o vinho a provar. Ri-me e pensei: - “Self-service num restaurante Xpto é algo inédito!”. Servimo-nos e esperámos pelo frapé que, como já seria de prever, nunca chegou. Voltámos a interromper o empregado, sempre atarefadíssimo, mais parecia o Bip Bip a fugir do Coiote… Lá nos resolveu o problema e “raspa-te, que aí vai ele”!

ASSESSORA DE IMPRENSA

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alcunha e me resolva o problema em segundos. Rapidez não lhe faltou, mas quando abri o pacote, deparei-me com uma toalhita com cheirinho a limão que usamos para limpar as mãos depois da refeição…salta-me logo um “santíssimo sacramento” e penso que, depois disto tudo, a situação já não pode ficar pior…ainda bem que vendo otimismo aos molhos, caso contrário teria tido um ataque de nervos e a bendita caldeirada seria dada a provar a metade do restaurante no mesmo instante em que o empregado mais velho da casa dirige-se à nossa mesa e debita: - “A menina é muito descuidada, para a próxima trago-lhe uma daquelas coisas que se dão aos bebés”.

hegou o prato principal: a dita caldeirada! Uma velha panela de cozinha, cheia de amolgadelas, mas muito bem recheada. A comida estava deliciosa. Depois de nos servirmos, reparámos que a tampa da panela tinha desaparecido e que os talheres eram de carne. Apesar de não representar um drama, até porque não sou esquisita nem cheia de nove horas, também não gosto que me vendam gato por lebre. Se vou à tasca, prontifico-me a beber da garrafa e a comer da panela; mas se escolho um sítio “chique” com preços “chiques” quero ser tratada como “chique”. É o mínimo exigível. Um de nós levanta-se para pedir que trocassem Em segundos, passou-me uma lista negra de paas facas. Pedido aceite. Chegaram os talheres, lavrões pela cabeça. Foi como se ingerisse um mas vieram com legenda: - “Já agora, sabem milhão de malaguetas que, em vez de me roque também existem garfos de peixe?”- quesborizar as faces, transformou-se num sorriso tiona o empregado num tom irónico a roçar o mais alaranjado que o molho da caldeirada: sarcasmo. O que eu não sabia era se havia de “Não se preocupe que não haverá uma próxima rir ou chorar… entreolhámo-nos e acenámos vez. Mas caso houvesse, iria certamente seguir afirmativamente como robots em processameno seu conselho que, desde já, agradeço. Pediria to de informação. A sério? A nossa cara de espanto uma chucha emprestada ao meu filho para me immotivou o senhor a repetir a pergunta (note-se que pedir de proferir algumas verdades inconvenientes, já poderíamos estar confusos por não percebermos a língua que o babete a que acabou de se referir deixaria de fazer ou o dialeto…). falta se este estabelecimento fosse um verdadeiro restaurante com guardanapos de pano que, de acordo com o livro de etiqueta onde Pronta para finalmente mergulhar na caldeirada e esquecer os con- o senhor aprendeu que existem garfos de peixe, devem ser colocatínuos incidentes, eis que à terceira garfada – já depois de ter sido dos no colo para evitar que os clientes se sujem”. alvejada com as cascas da sapateira da mesa ao lado – salpico-me com molho. – “Bolas” – penso, “ainda agora estamos a começar a E voilà, a experiência foi gratificante. Queria caldeirada, tive caldeinoite e já tenho duas medalhas de bom comportamento…”. Peço rada da cabeça aos pés. Metaforica e literalmente. Mais uma vez uma toalhita tira nódoas na esperança de que o Bip Bip faça jus à aprendi que é preciso ter cuidado com aquilo que se deseja!



Fashion victim! por fernanda hilário (TEXTO)

Alguns dos meus amigos e colegas chamam-me assim, eu vejo-me mais como uma coleccionadora, uma «passionné» (apaixonada)...

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doro e colecciono sapatos, roupas, sacos, etc... Portanto não me vejo como uma «fashion victim»,pois não sigo verdadeiramente a moda. Gosto simplesmente de saber o que está «in» e o que está «out», estar a par das novidades pois tenho o meu próprio estilo! Mas por vezes gosto de me inspirar e por isso sigo a moda de perto. Vivendo em França há 7anos e trabalhando na grande distribuição, mais concretamente no «rayon» (secção) homem, adquiri uma «paixão» ainda maior pela a moda e sobretudo pelos sapatos.

Os sapatos são a minha verdadeira paixão! Tenho mais ou menos 100 pares de sapatos, senão mais (exagero para uns, um prazer para mim)! Entre eles, botas e sapatos de saltos altos, algumas bailarinas e sapatilhas (mas estas duas ultimas não são o meu tipo de calçado preferido). O porque desta paixão? Seria o mesmo que perguntar a uma pessoa que colecciona e aprecia, por exemplo, selos ou cartas postais, o porque desta mesma paixão... Não se explica…Sente-se, vive–se! A minha mãe diz que já pequena era doida por sapatos. Todos os dias pedia uns novos, e com o tempo esta paixão foi crescendo cada vez mais e mais. Adoro quando compro um novo par… Adoro o seu cheiro a novo, o experimentar.

Para mim sapatos são mais que um acessório, pois além de embelezarem a nossa perna e “silhouette” dão- nos igualmente confiança, poder…. Sou incapaz de ir ao cinema, a um restaurante,ou café e não ter uns lindos sapatinhos nos pés...Claro que depois vem a «pochette» ou carteira, brinco ou colar que combinam e completam o look mas isso é uma outra história... Cada vez que tenho um novo par sinto- uma cinderela, alguém diferente… Algo difícil de explicar, mas faz parte de mim, da minha forma de viver e ser. Sou e serei sempre uma «coleccionadora» de sapatos ! Não uma “Fashion victime” mas sim uma “Shoes victim”!! Como todas sabemos, com as estações mudam também as colecções, e neste preciso momento a colecção Outono – Inverno “instala-se”nas lojas. Andei a “visitar” as minhas lojas preferidas, Zara, San Marina, Minelli e Mango (entre outras) e reparei num ponto que todas têm em comum: o estilo das botas e dos sapatos de salto alto! Este ano, uma vez mais, as lojas apresentam botas estilo militar com ou sem salto alto, assim como os famosos botins (que eu adoro usar com uns«leggings» e uma túnica ou com um vestido). Outro pormenor, o feitio dos saltos altos que este ano está na moda, (tanto nas botas como nos botins, o salto quadrado (block heels).

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Ao primeiro olhar achei, como dizer, estranho, mas quanto mais olho mais aprecio e posso afirmar que as celebridades adoram, usam e abusam! As cores este outono querem-se brancas, douradas ou prateadas assim como «nacrés».

do. A usar e abusar! Deixo-vos com este inicio de cheiro a Outono-Inverno… E com «pé sem sapatinho» para o próximo artigo!

As botas altas até ao joelho, cabe a si escolher o tipo de salto alto ( fino ou quadrado).

Uma dica: quando experimentarem sapatos não hesitem em calçar os dois e a dar uma volta na loja para terem a certeza que é o par perfeito! sejam “shoes victims” com todo o conforto que os pés merecem!!

E um dos «must» da colecção é igualmente o salto alto compensa-

E sobretudo ousem!


Editorial de moda

ANASTASYA SALAZAR SUN OF ALGARVE

Produção: José Ferreira Modelo by DXL Models

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ajude-se a si própria Tome alguns Riscos POR Ivo Dias de Sousa (TEXTO)

Os riscos fazem parte da nossa vida. A vida está cheia de riscos grandes e pequenos. De certa forma, não é possível escapar inteiramente a eles. Mesmo que nos tranquemos em casa, ela pode ser atingida por um terramoto ou outra catástrofe qualquer. ILUSTRAÇÕES herideal

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e certa forma, talvez o maior risco seja não tomar riscos e deixar a vida passar. Os riscos podem ser grandes ou pequenos. Escolher um novo restaurante é um pequeno risco (pode, por exemplo, não gostar da comida). Por sua vez, ter um filho ou escolher um novo emprego parecem-me entrar já na categoria de grandes riscos. Não sou eu que lhe vou dizer quais os riscos grandes ou pequenos que deve tomar. Cada um é como cada qual. Um determinado risco pode fazer sentido para uma pessoa e não fazer para outra. Mais, um risco faz sentido agora e passado um mês não. Porém, digo-lhe que tomar riscos é necessário nas nossas vidas. Porém, vou sugerir-lhe que tome um determinado tipo de riscos tal como é defendido pelo Doutor Richard Wiseman no seu livro “The Luck Factor”- Que tipo de riscos são esses? De uma forma simples, são os riscos que reúnem as seguintes características. Ou seja, está a pensar nele há algum tempo, custa pouco tomá-lo e se correr mal, não acontece nada de especial. Porque aconselha o Doutor Richard Wiseman a correr esses riscos?

(...) ter um filho ou escolher um novo emprego parecem-me entrar já na categoria de grandes riscos. Uma das razões é deixar de pensar nisso quer corra bem ou mal. Suponha, por exemplo, que escreveu um livro. Acha que o livro tem poucas ou nenhumas hipóteses de ser publicado por uma editora. No entanto, está sempre a pensar em enviá-lo para editoras. Custa relativamente pouco enviá-lo para editoras. Pelo menos, em comparação com escrevê-lo - imprimir, colocar em envelopes e comprar selos. Mesmo que tenha razão (as editoras não o quererem), não aconteceu nada de especial. Na prática, ficou numa situação equivalente a não ter enviado o livro com uma vantagem. Fez o que tinha pensado e agora pode focar a sua atenção noutra coisa. Porém, existe outra razão para enviar o livro. Nós, humanos (segundos estudos), somos maus, em geral, a avaliar as hipóteses de alcançar uma determinada coisa. Mais, outros estudos indicam que a maioria de nós é pessimista patológico. Ou seja, tendemos a colocar, quase sempre, as nossas hipóteses de alcançar algo muito abaixo do que são na realidade. Normalmente, as hipóteses de alcançar algo são superiores ao que pensamos ser.

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Claro que também existem optimistas patológicos. Ou seja, pessoas que colocam, por sistema, as suas hipóteses muito acima do que realmente são. São, por exemplo, as pessoas que vão ao casino sempre a pensar que vão ganhar. Porém, são as excepções que confirmam a regra: a maioria das pessoas tende a ver as suas chances menores do que realmente são – é provável que a leitora esteja neste grupo. Assim, se quer fazer algo que custa pouco fazer e, se correr mal, não acontece nada de especial, o melhor é fazer. Não digo que consiga atingir necessariamente o que quer. Porém, digo-lhe, à partida, que as hipóteses de concretizar o que quer seja são normalmente superiores ao que pensa. Se a coisa correr mal, aprenda o que tem a aprender. Porém, não fique a pensar muito no assunto. Tome outra iniciativa. Ajude os outros, mas comece por si. Richard Wiseman (nascido em 1966) é professor na Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido. Wiseman começou sua vida profissional como mágico, antes de se formar em Psicologia pela University College London (UCL) e obter um Ph.D. em Psicologia pela Universidade de Edimburgo.


MUST HAVE

MODA POR ALEXANDRA BRITO

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TENDÊNCIAS

Massimo Dutti

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Benetton

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Look bLUE

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Look OUTONO

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Look CASUAL

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Editorial de moda

Elisabeth

PH: JPortela Modelo: Elisabeth (DXL Agency) Styling: Nuno Pereira Hair & Makeup: Sara Nunes

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opinião

Comoventes angústias CRÓNICA de ANA AMORIM DIAS

Eu estava deitada na cama, com a atenção no iPad, quando ela entrou. Percebi de imediato que alguma coisa não estava bem. - O que tens?- Uma angústia... - Conta.- endireitei-me um pouco e dediquei toda a atenção a esta amiga de há tantos anos. Narrou-me que tinha acabado de ver uma pessoa com quem deixou de se dar e que a expressão corporal dessa pessoa tinha sido a de: “Estou aqui, pronta para falar contigo se tu falares comigo...” - E então?- quis eu saber. - Não consegui. Não fui falar com ela.- respondeu-me. - ...E agora sentes-te mal contigo mesma, é isso?-

ESCRITORA anaamorimdias.blogspot.pt

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ou uma eterna apaixonada pelo Ser Humano. As pessoas, de todos os credos, cores, géneros, idades, raças (e por aí fora) atraem-me os pensamentos, ativam-me a curiosidade e propulsionam-me os sentimentos. A necessidade de escrever transforma-se quase em compulsão quando entro no campo da infinitude de nuances da humanidade. E o que mais me atrai é a capacidade que o Homem tem de me comover e emocionar com milhares de intrigantes manifestações da sua complexa composição interior. - Sim, não fiquei bem comigo... Estou com uma angústia enorme.confessou-me. O meu sorriso condescendente e feliz confundiu-a. Apesar de mais nova, fui tão maternal e apaziguadora quanto sempre consigo ser quando as situações assim exigem. - Mas tu estás a rir-te de quê?

- Oh querida... Não percebes? A tua angústia é uma coisa maravilhosa: é a garantia de que estás pronta e que na próxima oportunidade serás capaz de falar com essa pessoa!- Sim. Vou falar, podes estar certa!Sou apaixonada pelo fabuloso Ser Humano. Serei sempre. Não pelas pessoas irrepreensíveis e imaculadamente corretas, mas por todas as que deixam fermentar em si as angústias que lhes permitem perdoar e evoluir. Não me sinto atraída por quem não tem dúvidas e cumpre todas as regras, mas não sei resistir a quem é espontâneo, impulsivo e vive a constante guerra interior de tentar ser melhor. Talvez a angústia da minha amiga se tenha esbatido. Mas querem saber a verdade? Espero que não. Espero que se tenha ativado ao ponto de procurar ela mesma a tal pessoa para tomarem um café e darem o mais carinhoso abraço. Publicidade


Fotografias cedidas por Sofia Nicholson

Sofia Nicholson ESTILO

ENTREVISTA de Helena Rocha

Nascida em Lisboa, começa a estudar teatro com 14 anos num curso de dois anos em Paris. Estuda “Drama” aquando do seu ano escolar em Lewis and Clark High School nos Estados Unidos e foi-se formando através de cursos e workshops na área de Representação, Voz e Corpo.

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Fotografias João Silveira Ramos

Pisa um palco de teatro pela 1ª vez em Paris, com 15 anos num texto de Francis Scott Fitzgerald. Antes já se estreara em televisão com participações especiais em novelas. Conta no seu curriculum participações em mais de 20 novelas ou séries destacando-se nas novelas Deixa que te Leve, Espírito Indomável e a última Doce Tentação. Em teatro fez recentemente Conversas depois de um Enterro de Yasmina Reza. E estreou-se em Junho no teatro musical com o sucesso da Broadway “Despertar da Primavera”, experiência segundo ela memorável. Constam também participações em cinema sobretudo em produções francesas, curtas- metragens, bem como dobragens, locuções e deu aulas no Centro Cultural de Benfica onde se estreou na encenação. Adora viajar, fala pelos cotovelos, tem uma gargalhada sonora e vê no filho a sua maior produção. Qual a peça de roupa que não pode faltar no roupeiro? Calças de ganga. Qual é o tipo de acessório que faz perder a cabeça? Relógios. Quanto tempo perde para escolher a toilette? Imenso, porque sou uma indecisa e nunca sei o que vestir, é dramático. Qual a cor preferida? Todos os tons de azul excepto o “bebé”. Saltos altos ou rasos? Gosto muito de saltos altos, de facto dão uma elegância que não se consegue com rasos sobretudo a baixinhas como eu. Infelizmente não os suporto mais de 15 min, sofro horrores, logo opto por rasos, mas repito não por opção, mas por conforto ( e praticabilidade também.)

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Calças ou saia? Calças. Como e onde faz as suas compras ? Um pouco por todo o lado, não ligo a marcas; vejo, gosto, acho que vai ficar bem, compro. Raramente experimento (e tenho muitas vezes surpresas desagradáveis). Maquilhagem todos os dias, ou só quando é mesmo obrigatório? Só mesmo quando é obrigatório. Há um estilo definido? Ou veste conforme se sente mais confortável? O meu estilo é “sem estilo”. É ao sabor do dia, sempre confortável e prático. Hoje em dia há cada vez mais adeptos do Shopping on line no seu caso qual é a sua preferência? Lá está, como não sou adepta do despe e veste, comprar on line tem a sua vantagem, mas existe sempre o risco de receber algo que não é bem o que a fotografia mostra. Mas esse risco já existia com os catálogos de venda à distancia dos quais já fui muito adepta. É influenciada pela moda, pelas tendências? Nada. Tenho peças de roupa há 20 anos no meu roupeiro que ainda uso. A mais velha? Umas jardineiras que comprei com 15 anos. Conselhos para as nossas leitoras na altura da escolha... Experimentem! E levem sempre uma boa amiga; temos todas nas nossas vidas uma entendida na matéria para nos orientar com objectividade. Mas sobretudo, sintam-se bem e bonitas.


PARIS DESTINO

POR inês pereira (texto) e Hugo Olivença (fotografias)

Calce uns sapatos bem confortáveis pois melhor forma de conhecer a cidade é a pé.

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Tente ficar alojada numa destas quatro zonas: “Madeleine”, “Ópera” ou “Etóille”. De qualquer uma destas pode partir à descoberta. Vamos fazer o percurso tento como alojamento um hotel na zona de “Etóille”, mesmo na parte de trás do Arco do Triunfo. Comece por descobrir todos os pormenores desta peça arquitectónica. Há muito para ver, muitos detalhes que não deve perder. De perto de de longe. Depois comece a descer os “Champs Elisée”, opte por uma das laterais, a outra veja na subia quando regressar ao final do dia. Perca-se pelas inúmeras lojas. Algumas têm espaços dedicados as exposições das respectivas marcas. Não se perca pelo labirinto de milhares de turistas que por ali passeiam. Pelo caminho faça uma pausa e prove os crepes, vendidos em pequenos quiosques. Ganhe aqui energia para descobrir, de seguida, os jardins do Louvre. Desfrute do espaço e sente-se numa das cadeiras de ferro, disponíveis à beira dos lagos. Pode optar por visitar o museu. Prepare-se para gastar aqui um dia inteiro, caso queira ver tudo com mais pormenor. Caso não queria dispensar assim tanto tempo, assinale as alas que não quer perder e as peças que tem mesmo de ver de perto. Mona Lisa, os apartamentos de Napoleão, Vénus, entre outras. Se tiver sorte até nem terá de passar horas nas filas. Ainda perto do Louvre a praça “Vendôme”, onde vai encontrar inúmeras lojas, às quais não ficará indiferente. Veja também os jardins do Palácio Real, toda a arquitectura que por aqui se ergue. Termine o dia com um passeio/jantar pelo Sena, a bordo de uns dos barcos. Se optar pelo horário ao final da tarde, não terá de se vestir a rigor, como é exigido, na hora do jantar. Daqui conseguirá vislumbrar a Torre Eiffel e toda a beleza das margens.

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Num outro percurso recomendamos um passeio pela “Ópera” onde terá de visitar as Galerias “Lafayette” (idênticas ao “El Corte Inglês”) emblemáticas em Paris. Por aqui visite também “Palais Garnier”. Siga depois para a “Madeleine”, onde terá a Igreja para visitar . Vá também até à “Prace de La Concorde”, local histórico onde foram guilhotinadas mais de mil pessoas na revolução francesa, incluindo Luis XVI e Maria Antonieta. Apanhe o metro e não deixe de subir até ao “Sacre Coeur” a vista é magnífica. Depois percorra as ruas de “Montmatre”, pare para ver os artistas em pleno processo de criação. Desça para o “Moulin Rouge” e aproveite para espreitar as inúmeras sex-shops da zona. Regresse de metro, é mais seguro e menos cansativo. “Torre Eiffel” emblemática e sempre rodeada por milhares de turistas. Aliás, Paris em qualquer lugar, tem turistas. Não deixe também de visitar o Centro Pompidou, com uma grande colecção de arte moderna e contemporânea, e o “Musée d’Orsay”. Não perca o Panthéon a “Notre-Dame”. O bairro de “Saint Michel” é paragem obrigatória. Ruas estreitas repletas de restaurantes, “bistrôs”, pastelarias. Difícil de resistir a tanto cheiro e sabor. Uma vez que aqui está aproveite, para ajudar a digestão, e caminhe até à ponte Alexandre III, sem antes colocar numa outra ponte emblemática o seu cadeado do amor. São milhões de cadeados presos à estrutura com juras de amor eterno. Deite a chave ao Sena. Pelo caminho descubra os tesouros literários que os alfarrabistas vendem por ali. Um outro ponto a visitar, mas para aqui terá de ir de metro, é “La Defense”, uma outra Paris. Moderna, de arranha-céus envidraçados. Local onde ficam os escritórios de grandes empresas.

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Vai encontrar um Arco que está impressionantemente alinhado com o do Triunfo. Muito mais há para ver em Paris. Este é apenas um pequeno roteiro. Aventure-se e descubra as ruas menos turísticas. Nessas encontrará restaurantes muito típicos com ementas que nunca mais irá esquecer. O que comer: A lista é interminável. Deve provar as baguetes, os macarrons, os crepes, os bolos das pastelarias. Nos restaurantes há de tudo, os “escargot” dão uma óptima entrada, os patês ou as “terrinas” também. Depois deixe-se conquistar pelos mais variados pratos da cozinha francesa. Atenção que pode acontecer o nome do prato parecer que dali sairá algo deslumbrante e na verdade não. Pergunte sempre como é confeccionado. Onde ficar: Há hotéis para todos os gostos e carteiras. Sugerimos os mais típicos, são pequenos mas muito acolhedores. Prepara-se para preços elevados.

Fonte: Google Maps

Nota: Paris é uma cidade cara, no entanto se conseguir organizar bem toda a sua viagem verá que vale a pena visitar. Repita alguns dos percursos durante a noite, afinal de contas Paris é a cidade das luzes.


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Paris “Gourmet” Por inês pereira (texto) e hugo olivença (Fotografias)

Paris fascina por toda a sua arquitectura, mas também pelo romantismo das suas lojas. Qualquer que seja o produto que se vende todos os espaços têm características únicas. Decoração das montras, do interior da loja, tudo é pensado a preceito e até podemos nem estar com vontade de comprar, mas há algo ali que nos faz mudar de ideias. Um novo mundo “Gourmet” para explorar.

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as mais carismáticas, apresentamos a mítica e doce “Ladurée”, onde se produzem e vendem os melhores “macarons” de Paris. Criada em 1862 por Louis Ernest Ladurée que, aos 16 anos, decidiu abrir uma padaria nos “Champs Elysée”. No entanto, um fatídico incêndio destruiu por completo o espaço e, quando voltou a ser erguida, a “Ladurée”, abriu como uma “patisserie”. Em 1930, quando criaram os “macrons”, a empresa teve o seu apogeu, que mantém até hoje. É dos espaços mais procurados em Paris, é sinónimo de requinte e luxo. Ninguém fica indiferente à decoração das lojas, às embalagens com um toque muito romântico e, claro está, ao sabor dos seus produtos. Em Paris existem cinco lojas “Ladurée”, todoas diferentes. A “Ladurée Royale”, a primogénita do grupo. “Ladurée Bonaparte” onde existe um espaço onde é possível adquirir produtos de beleza, velas e acessórios. “Ladurée Versailles”, uma loja que parece mais um palácio. Há ainda a loja situada no interior dos grandes armazéns Printemps e por fim “Ladurée Champs Elysée”, criada em 1997. Um espaço requintado, luxuoso e, ao mesmo tempo, inovador, com diferentes salas e dedicado por completo à gastronomia. Não se consegue resistir a tamanho glamour e na hora de partir, tem um pequeno quiosque no aeroporto, diferente de todos os outros espaços, onde pode comprar os seus “macarons”. Talvez consiga resistir aos seus diversos sabores e guardar para comer em casa, enquanto recorda a sua viagem. Ainda na secção de “patisserie” não podíamos deixar de falar em

“Fauchon”. Até a história começa de forma romântica, um sonho tornado realidade. Uma história de família que foi crescendo ao longo dos anos, transformando-se numa das marcas mais conceituadas. Em 1880 Auguste Fauchon vendia, numa “charret”, na zona de “Madeleine”, frutos e vegetais frescos. Seis anos depois abre a sua primeira loja. Já em 1895 o negócio cresce e é a vez de dar vida à pastelaria/padaria. 1900 fica marcado como ano em que “Fauchon” torna realidade as caves, onde vendia os melhores vinhos de reserva. O fundador morre no ano de 1945 e o negócio passa para as mãos dos filhos. Quase uma década depois, a empresa é vendida a Joseph Pilosoff quem tal como o fundador, tinha um espírito muiot empreendedor e inovador. Decide então importar produtos exóticos para Paris e consegue assim ter, por exemplo, morangos no Natal, entre outros produtos que eram oferecidos aos clientes habituais. Em 1960 são criados os primeiros chás com sabor a frutos e flores. Já no ano de 1998 “Fauchon” é novamente vendida a Michel Ducros, que até aos dias de hoje mantém a marca como uma das mais conhecidas do mundo gourmet internacional, não só pela sua pastelaria, onde encontra autênticas obras de arte feitas com bolos, cremes e frutas, mas também por todos os outros produtos, como os chás, as compotas, os chocolates, biscoitos, vinhos, patês...a lista é interminável. Os produtos estão à venda em alguns espaços em Portugal e um pouco por todo o planeta. Uma das marcas mais antigas de França e a “Maille”. Fundada em 1747 por Antoine Maille, conta com mais de 260 anos de história sendo uma das mais reconhecidas e respeitadas do mundo. As motardas Dijon da “Maille” são únicas.

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P Já no século XVIII, foi considerada como a maior fabricante de mostarda e vinagre. Arrecadou vários prémios e tornou-se fornecedora oficial das principais Cortes Reais da Europa.

O sucesso é explicado pela presença dos “Maître Moutardiers” (mestres na confecção de mostarda), na elaboração e escolha dos ingredientes de cada produto e o uso de sementes de mostarda de alta qualidade. Além disso, a Maille tem um processo de produção único, no qual as sementes são cortadas, e não esmagadas, proporcionando uma textura única: suave e cremosa. São mais de 30 sabores de mostarda de Dijon à escolha. Todos os anos são lançadas edições limitadas de sabores diferentes sabores exclusivos. Na loja podemos provar todos e no final escolher os que mais apreciamos. A marca não se limita a vender apenas as mostardas. Há todo um leque de produtos (acessórios de cozinha) que complementam um cenário de requinte.

No site da “Maille” também pode tirar ideias de receitas onde aplicar os diferentes sabores. Há misturas de frutos, que conquistam aqueles que não dispensam um sabor agridoce nos seus pratos. Há outros que só aqueles que têm um paladar mais resistente conseguem ingerir. Sabores fortes, outros mais suaves. Doces ou amargos, há para todos os gostos e, com 30 produtos diferentes, a imaginação não terá limites na hora de confeccionar um prato. A loja tem uma decoração muito tradicional e o atendimento, se assim desejar, pode ser personalizado, como numa pequena mercearia de bairro, mas em plena zona “Madeleine” em Paris. Para terminar este roteiro, que já a deve ter deixado de água na boca, não poderíamos esquecer uma referência a tantas outras lojas situadas em zonas residenciais. Durante o dia pode passear pe-

las ruas e nem precisa entrar nas lojas. Os proprietários montam bancas à porta onde é possível comprar tudo. Como num filme de cinema rodado em Paris, pode comprar flores, frutas que estão acomodadas em delicadas embalagens, pão (as famosas baguetes), vegetais e até mesmo escolher carne, peixe ou marisco do lado de fora. Misture-se na rotina dos parisienses e alugue uma bicicleta onde poderá transportar as suas compras num cesto. Haverá cenário mais romântico que este? Sim, poderá haver, mas este é sem dúvida um dos mais carismáticos de Paris.


Écrin de 25 chocolats 32,00 € na Fauchon

MUST HAVE

délices

Champagne FAUCHON rosé 75cl 40,00 € na Fauchon

Confiture Fraise - Pétale de Rose 7,80 € na Fauchon

MOUTARDE CRÈME DE FRAMBOISE DE BOURGOGNE 5,50 € na Maille

boîte de 8 Macarons 17,30 € na Ladurée


E

a flor da pele

Outubro quente traz o diabo no ventre sugestões de emme (TEXTO)

Que venha quente!

Porque as férias este ano não coincidiram com o verão… E eu ainda tenho os meus dias de descanso pela frente.

Confesso que gosto de ter férias em contra mão. ILUSTRAÇÕES herideal

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V

iajar sem filas. Poder aproveitar os lugares sem ter de os imaginar sem os milhares de turistas que estão por lá. E sobretudo poder viajar sem ter de pagar o “imposto veraneante” que deve ser a razão dos preços tão elevados em Agosto… (ou isso ou uma coisa que me lembro vagamente dos bancos de escola: a velhinha regra da oferta - procura… enfim…) Enfim sós! Eu e as minhas férias. Eu e os lugares que quero conhecer. E a lista dos que quero conhecer rivaliza sempre com os sítios onde quero voltar. Entro na página de uma conhecida companhia de baixo custo e percorro os destinos.

O bom gosto dos parisienses dilui-se nas ruas, com as roupas de lojas de marcas internacionais que ditam que a moda é agora igual aqui e do outro lado do mundo. O glamour perde-se quando um imigrante clandestino passa por nós a correr , a fugir à policia… com um saco de pequenas miniaturas de torre Eiffel às costas. Mas há qualquer coisa da cidade que permanece. Que resiste a isso tudo. E Paris continua a ser Paris. Sente-se na pele. Na nossa, que ficamos apaixonados. E na das parisienses, que me deixam a morrer de inveja. Perfeita. Sem imperfeições. Não consigo perceber se por culpa de boa cosmética ou de boa maquilhagem.

Pondero várias cidades. Esta mais a norte onde ainda não estive… talvez seja bom aproveitar os preços baratos de outono para ir àquela outra que quero tanto visitar… Mas de repente tropeço numa paixão antiga, e todos os meus planos para o desconhecido ficam adiados.

Por aqui repetem-se as perfumarias. Os gabinetes de estética. Os SPA’s citadinos. E as farmácias, algumas centenárias, que nos permitem descobrir um mundo novo de cheiros e texturas.

Paris!

Algumas das farmácias de Paris constam até de guias turísticos como atracção. Algumas são verdadeiras relíquias. E encontramos por lá pequenas maravilhas.

A Paris volta-se sempre. Mesmo sabendo que Paris já não é bem Paris. O cenário perfeito dos filmes românticos tem milhares de turistas mais preocupados em filmar do que em viver o momento.

A ultima descoberta que fiz faz parte dessa categoria. Um tubinho branco e tosco. Com letras azuis de design pouco pretensioso, que ao primeiro olhar parece mais uma pomada medicamentosa que um hidratante que ande por aí nas bocas do mundo… Mas anda!

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O Embryolisse é um leite créme (nnhammmi) hidratante que por pouco mais de 12 euros, prova-nos que o que é simples pode ser bom. Nos bastidores da moda parece que se encontra em quase todas as malas dos maquilhadores de topo. Pudera! Ele hidratata. Prepara a pele. Pode ser primer e pode ser desmaquilhante, tudo num só!!!!! Confusas? Pois é! O Embryolisse, justamente pela composição simples que tem, é um excelente multifunções. E tanto é usado como creme hidratante (garantem-me que funciona tão bem quanto os maiores investimentos do momento) como enquanto cicatrizante da pele mais sensível ou até para retirar os quilos de maquilhagem e voltar a maquilhar, sem ofender a barreira cutânea. Tem manteiga de karité, cera de abelha, aloé vera e soja. É um créme branco, denso ao inicio, mas muito fácil de espalhar no rosto. E tem um cheiro tão suave que lembra sabonete. Confesso que quando experimentei pela primeira vez não ía muito confiante. Que isto de fazer bem a tudo desconfia-se. Mas depois de experimentar percebi o porquê do alarido. Por meia dúzia de euros não podemos esperar mais. Hidrata, sim! Recupera, sim! E acima de tudo, quase não faz estragos na carteira. As peles oleosas devem usa-lo com moderação. Mas mesmo de dia, antes da maquilhagem, dá um aspecto luminoso à pele. Como desmaquilhante também funciona, sobretudo ao final do dia, se precisarmos de desmaquilhar para voltar a maquilhar logo de seguida.

Misturado com a base, faz um efeito de creme com cor de acabamento natural e acetinado. E à custa disto tornou-se um produto de culto, daqueles que se possível, deve andar na mala para todo o lado. Em Paris encontra-se nas farmácias, sobretudo nas mais antigas. Tão antigas quanto a própria fórmula do créme que data de 1950. Mais de 60 anos de história que não deixam este “leite creme” envergonhado face à dura concorrência das grandes marcas, sempre a inventar novas fórmulas e novos antídotos contra a idade. Para mim, o Embryolisse ganhou um estatuto de diferença. Anda comigo na mala. Serve para hidratar as mãos ou os lábios nos dias frios que por aí chegam. Aplico nas maças do rosto para dar conforto quando ao final do dia a pele se ressente do cansaço. Serve para tudo, ainda que nunca o use em exclusivo para nada... Se é tão bom, porque não o adopto então a tempo inteiro, perguntam-me vocês? A verdade é que não sei responder… Acho que ando sempre à procura de algo melhor, mais recente, mais elaborado, e o Embryolisse fica por lá, no fundo da mala, como SOS, mas sem direito a lugar de destaque na prateleira da cosmética lá de casa. Uso-o de vez em quando. Quando me lembro. Quando me farto da mais recente novidade que me prometeu uma pele renovada e apenas me deixou umas quantas borbulhas, novas é certo! No fundo o Embryolisse é como Paris… não há como não voltar a ele. Por isso este Outubro vou fazer a mala, mais uma vez vou ignorar a máxima que diz que não devemos voltar onde fomos felizes, e vou! Paris aqui vou eu! E sim, levo o Embryolisse na mala.


opinião

Mudar de vida

Ao longe uma coluna de fumo eleva -se no céu, tingindo de um intenso escarlate o sol, que lentamente, desaparece por detrás da serra do Marão. A parca luz, permite ver agora a extensão do tempestuoso incêndio, que insaciável, avança sobre o casario da aldeia próxima.

CRÓNICA de LUÍS PINTO DA SILVA

O vento, traz o alarme dos sinos que repicam incessantemente e o cheiro a fumo que torna irrespirável, o já abafado ar das noites de verão.

ADVOGADO

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A

no após ano, o cenário repete-se, deixando a paisagem mergulhada num luto profundo, marca quase indelével do período pirómano em que vivemos, que o tempo e a natureza demoram a reparar. Talvez sejam estas as únicas perturbações, que o homem, ao longo dos séculos, tem conseguido produzir nesta região que tem resistido ao progresso, mantendo-se quase imaculada . O tempo no Douro corre devagar, medem-se as prioridades com outro compasso, bastando um olhar sobre a magnitude do horizonte, para que se compreenda a insignificância dos nossos problemas e a pequenez da nossa existência . Perante esta paisagem, a mesma que muitas gerações viram antes de mim, fui percorrendo com o olhar cada um dos povoados, transformando-me num observador casual, na busca da quota de segredos humanos que se esconderiam em cada casa, procurando adivinhar o que se passaria no seu interior, que vida e rotina estaria por detrás dela, simultaneamente, encantado e reprimido por um mundo que não me pertencia. Por vezes é bom exercitar a imaginação e supor quem seriamos se tivéssemos vivido naquele lugar, personificando a vida de um dos seus habitantes. Num mundo fútil que se alimenta cada vez mais de ostentação, todos deveríamos ser obrigados a viver esta experiência, para percebermos porque razão uma simples mudança de indumentária conduz de imediato à perda de estatuto. Basta vestir por umas horas a

pele de um mendigo, para sentirmos logo os efeitos de uma nova realidade, na qual todos sem excepção, repudiam com desconfiança a nossa proximidade ou demonstram indiferença perante qualquer pedido que possamos fazer. A nova roupagem parece ser mais relevante do que a condição humana. Conforme se pretenda uma experiência mais ou menos intensa, são muitos os papeis que poderemos vivenciar, desde os mais extremos aos mais conservadores. Para estreantes, sugiro um ensaio “light”, que se inicia com o aluguer de um furgão, já que este meio de transporte transforma de imediato o condutor, no amigo, sócio ou colega, de todos aqueles com quem se cruza. Se quiser, poderá incrementar a embalagem com alguns extras, percebendo que está no bom caminho, quando receber o consagrado tratamento de chefe. Os rótulos ajustam-se sempre ao papel que se desempenha, e à roupagem que se escolhe, sendo indispensável um relativo talento teatral. Tal como uma viagem, mudar de vida, - mesmo que por umas horas - é um desafio que nos abre um novo mundo e uma aprendizagem, que nos transforma em seres humanos melhores.


César mourão

Fotografias cedidas por César Mourão

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POR helena rocha (TEXTO)

Conhecido pelo seu sentido de humor e personagens cómicos, o talentoso César Mourão, trocou o curso de desporto, antes de o terminar, pelo de Teatro. Formou-se no Chapitô e também no Rio de Janeiro, em teatro, cinema e televisão. Na sua vida agitada teve tempo para responder a uma entrevista rápida em que revela um pouco de si.

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Quando é que começaste a tua carreira? Comecei como amador desde os meus 14/15 anos e tornei-me profissional em 1999. Como descobriste a tua vocação? Não descobri. Descobriram-na, encenadores e professores foram-me dizendo que faria bem se seguisse a área e aí acabei por despertar o bichinho que já tinha. 
 Onde vais buscar inspiração para os teus personagens? No dia-a-dia, no que vejo, sou muito observador. 
 Para além da televisão que outros projectos profissionais tens? Creio que o meu grande projecto é fazer comédia de improvisação. Há 12 anos que o faço. O que gostarias de fazer ou arriscar profissionalmente que ainda não tenhas feito? Gostava muito de fazer Cinema. Quais são as maiores dificuldades da tua área? Os “timings” de produção, pouco tempo, pouco dinheiro e temos que fazer milagres. Na esfera privada, quem é o homem por de detrásdo profissional? Na minha profissão não se separa muito, dilui-se um pouco. Tens algumapreocupaçãocom a tua imagem? A natural que toda a gente tem. Vestes a primeira coisa que vês no armário ou isso requer alguma

reflexão? Requer reflexão, sou um pouco vaidoso. Sentes curiosidade pelas revistas femininas? Gostas de Ler? Não tenho muito tempo e quando leio acabo por optar por outras coisas. Agora no verão, na praia, acabo por espreitar e são uma inspiração. (risos) O teu coração esta ocupado? Queremos saber tudo. Por sangue, veias, artérias, aurículas. (risos) Em jeito de despedida uma mensagem para as nossas leitoras. Para as que tiveram a coragem de chegar até a esta altura da entrevista. Um beijo enorme!


Fotografias cedidas por BSpa

CASA DO PLATANO Lifestyle

POR inês pereira (texto)

Num Alentejo que está cada vez mais desperto para as potencialidades do turismo, surge uma casa de família, recuperada para alojar aqueles que começam agora a descobrir as belezas das planícies douradas, das habitações caiadas de branco. No centro de Arraiolos, a Casa do Plátano, é muito mais do que uma “guesthouse”.

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omo surgiu a ideia de recuperar uma casa de família e torná-la numa Guesthouse? Sendo um “fã“ do nosso país, foram diversas as “Guesthouses“ que conheci por este país juntamente com a minha mulher, até que um dia, se colocou essa hipótese, reconverter esta antiga casa de familia numa “Guesthouse“, e num espaço de 2 anos foi possivel erguê-la . A Casa do Plátano tem um acolhimento muito familiar, com a formalidade que é característica da hotelaria, mas informal no que toca ao atendimento. É este ponto que difere de tantos outros? A Casa do Plátano, tem como proposíto porpocionar a quem a vista um espaço acolhedor, tranquilo e aonde a Harmonia impera. Sendo os suas apostas diferenciadoras, o serviço e o acolhimento prestado por todas as pessoas que aqui trabalham, assente numa informalidade, disponibilidade e humildade sempre presente para quem nos visita. Descontração, calma, serenidade, termos que poderiam ser usados para descrever a envolvente da Casa do Plátano, transportam-nos também para o vosso conceito de ioga. A vosso filosofia é memso esta, do relaxamento total? Recuperar energias, recarregar as energias num espaço repleto de tranquilidade, longe dos centros urbanos? A nossa filosofia / conceito advêm dos principios fundamentais do REIKI :

Só por hoje... Não me irrito, Não me preocupo, Sou grato,

Trabalho arduamente, E sou bondoso para todos os seres Em que cada quarto é alusivo a um Chakra - centros de energia básico. Na Casa do Plátano também disponibilizamos Yoga , Shiatsu , Sesssões de Reiki , aliando à Paz e Tranquilidade do nosso Alentejo O Alentejo está a ficar na “moda”. A ocupação turística está a aumentar de ano para ano. Arraiolos, é uma das localidades que tem conquistado visitantes de todas as nacionalidades, para além do mercado interno. Na vosso opinião, como responsáveis hoteleiros, qual é a principal razão para esta conquista? É verdade o Alentejo e neste caso concreto Arraiolos, têm vindo a aumentar o número de visitantes de outras nacionalidades, pela sua beleza, história e acima de tudo pelas suas “gentes“ que recebem e acolhem de uma forma extraordinária quem nos visita, contudo é a região do Pais que apresenta um dos menores nº de visitantes, sendo importante que o associativismo entre os diversos interessados (Empresas, Câmaras, Região de Turismo), de forma, a podermos potenciar externamente tudo o que de bom têm, uma das mais bonitas regiões de Portugal.


MUST HAVE

PETS

Coleira LOUIS VUITTON (Preço sob consulta)

COMEDOURO HERMÉS (Preço sob consulta)

Coleira botega venneta (Preço sob consulta)

CAPA BURBERRY (Preço sob consulta)

SACO GUCCI

(Preço sob consulta)


opinião

Summer Não é a Mulher dos teus Sonhos CRÓNICA de adriano cerqueira

Blogger, escritor, realizador, mas, acima de tudo, sonhador Blogue nosenseofreason

Some people believe holding on and hanging in there are signs of great strength. However, there are times when it takes much more strength to know when to let go and then do it. Ann Landers Summer Finn. É o nome da personagem imortalizada por Zooey Deschanel no filme (500) Days of Summer. É também o primeiro contacto que muitos de nós tivemos com uma Manic Pixie Dream Girl. A típica girl next door, bela, simples, excêntrica, infantil. Alguém capaz de reunir uma multidão à sua volta com não mais que um pequeno sorriso. Alienada no seu próprio Mundo, ingénua, sonhadora, mas decisiva. Ao longo da hora e meia de filme, apaixonámo-nos por Summer, odiámo-la, e aceitámos a inevitabilidade de algo que não estava destinado a resultar. Nem todos nos revemos em Tom, afinal de contas, ele não é um típico rapaz. Como eu, não existe nada de vulgar nele. Não segue a norma do estereotípico jovem nos seus loucos anos vinte. Nem todos nos revemos em Tom. Não todos, mas eu sim. Não é fácil crescer com uma imagem idílica de Amor. Não é fácil acreditar em destino. Na tal. Em apaixonados romances que surgem naturalmente após uma intrincada rede de fortuitas coincidências. Em encontros, e desencontros. Não é fácil aceitar que o controlo da nossa própria vida se resume a um pedaço de pequenas decisões que, de uma forma, ou de outra, nos levam em direcção ao mesmo lugar. Não é fácil acreditar no Amor. Não é fácil arriscar. Não é fácil sofrer. Não é fácil amar. Não é fácil.

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onhamos com a rapariga ideal. Descrevemo-la. Cada pormenor desse sonho, cada traço da sua personalidade. Pedaços genéricos de alguém irreal. Desenhamos o seu rosto na nossa mente. Procuramo-lo por entre a multidão, sem sucesso, nem sorte. Acabamos por ceder. Tentamos encaixar o rosto de outra nesta imagem. Tentamos. Mas não conseguimos. As Manic Pixie Dream Girls são giras. Usam muita maquilhagem. Ouvem a mesma música que tu ouves. Gostam de coisas alternativas e obscuras que apenas tu e mais ninguém conhece. Percebem as tuas referências, as tuas piadas, os teus devaneios pela cultura popular que consumiste ao longo da tua ainda curta vida. As Manic Pixie Dream Girls parecem ser perfeitas. São as raparigas ideais. As parceiras com quem todos sonhamos. São desejos transformados em realidade. São desejos. Nada mais. Personagens irreais. Produtos de uma popularização da cultura vintage. Do alternativo. Previsíveis objectos vazios de personalidades estereotipadas. Aborrecidos sonhos que, quando reais, desiludem. Desencantam. Decepcionam. Destroem as esperanças de qualquer pobre coitado que se apaixone por uma. Todas elas são a Summer. Toda a Summer é uma Manic Pixie Dream Girl. Magoados pela desilusão

de um sonho trocado por real, vemos crescer um eterno e momentâneo cinismo. Esquecemos o Amor. Desistimos do Romance. Desacreditamos tudo aquilo que faz de nós quem hoje somos. Desistimos de coração partido, até aquele dia. Aquele dia em que despertamos, e algo está diferente. O luto é ultrapassado. A desilusão perde-se nos confins do pensamento, e a mágoa não passa de uma fugaz lembrança de um passado, agora distante. Seguimos em frente. Reaprendemos a Amar. Aceitamos Summer. Quem ela foi. Quem ela é. Quem fomos nós. Quem somos nós. Aceitamos Summer, e encontramos Autumn, Winter, ou Spring. No fim, não desejamos nenhuma delas, mas sim alguém capaz de viver connosco todas as Estações. Todos os nossos Verões. E todos os nossos Invernos. Amamos, odiamos e aceitamos Summer. Summer e todas as Manic Pixie Dream Girls que se cruzam no nosso caminho. Desejamos a girl next door, mas apenas somos capazes de amar, de verdadeiramente amar, aquela com quem em tempos sonhámos e que, naquele mesmo dia, atravessou, por aparente acaso, o seu destino com o nosso. Um dia perguntaram-me se o romance estava morto. Se o Amor tinha dado lugar a um apático cinismo hiperrealista. Não, o romance vive. Tão forte como sempre. Alguns apenas ainda não têm maturidade para o compreender. Outros, não passam de cínicos pontuais. Cínicos que ainda fazem o luto pela perda da Summer. Até ao dia em que também eles, vão acordar, para um Mundo mais alegre, mais sereno. Diferente. Repleto de expectativas. Com uma nova oportunidade mesmo ao virar da esquina.


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Tiago Nené a poesia como “repouso activo”

por Susana Helena de sousa (texto)

É um poeta e tradutor português com 31 anos. Já publicou três livros de poesia - «Versos Nus», «Polishop» e «Relevo Móbil Num Coração de Tempo», traduziu inúmeros poetas e integrou diversas antologias de poesia. Recentemente foi distinguido no prémio nacional de poesia da Vila de Fânzeres. Co-fundador de movimentos culturais defende uma intervenção dos artistas para manter a vida cultural à «tona de água».

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dvogado de profissão olha para a poesia, no seu dia-a-dia, como “uma espécie de repouso activo”. E em homenagem a António Ramos Rosa, recentemente falecido escreveu o poema «O BOM POETA» Advogado e com muitas outras ocupações profissionais, e uma paixão forte traduzida em poesia. Qual o papel que a poesia tem na sua vida? O papel da poesia na minha vida tem sido variável. Quando era mais jovem e estava sem emprego a poesia era um modo de vida. Era aquele tipo que andava de caderninho para todo o lado e que até escrevia versos no telemóvel. Neste momento, e uma vez que sou uma pessoa muito ocupada, encontro na poesia uma espécie de repouso activo. Deixo-me ir e tento reproduzir o silêncio em algumas palavras com harmonia. Já publicou três livros e integrou várias antologias. O que o motiva escrever? Não costumo pensar muito em motivações. Em mim a escrita é algo natural, que surge quando tem de surgir. Pode surgir no meio do caos ou num momento de silêncio absoluto. Também posso passar meses sem escrever e numa noite escrever um livro inteiro. Não faço planos nem tento perceber motivações.

Como gostaria de descrever a sua poesia? Uma vez que tem uma base experimental forte, é difícil descrevê-la. Posso dizer no entanto que me agrada explorar ideias diferentes e relacioná-las. O poema pode ser uma espécie de ponte entre ideias. Também em termos de linguagem agrada-me dar uso ao léxico e à maneira de formar frases. Não sou nada convencional nesse aspecto.

“Era aquele tipo que andava de caderninho para todo o lado e que até escrevia versos no telemóvel” Como funciona o seu processo criativo? Por momentos ou ambientes inspiradores ou por uma disciplina de escrita mais rígida? Creio que, havendo alguma disposição para o acto poético, é um pouco de ambos. Sou capaz de levar horas sobre um poema, experimentando todas as palavras e as variações possíveis. Muitas vezes, no meio dessas variações, posso ter outra ideia e abandonar todo o poema e começar um outro. Por vezes um poema pode ser apenas um meio para atingir um outro poema, um poema maior. Como começou o seu percurso na escrita? Como surgiu essa apetência? Surgiu depois de ler muita poesia e muitos poetas bons. Actualmente, o que está a produzir na esfera poética? Vou escrevendo muito lentamente uma obra. É trabalho de fim-de-semana (risos). Que poetas mais admira? António Ramos Rosa, Herberto Helder, Al Berto, entre muitos outros. Cá próximo de mim há outros de grande qualidade: Fernando Esteves Pinto, José Carlos Barros, Luís Ene, entre outros. Gosto de ler os contemporâneos.

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Recentemente recebeu uma menção honrosa do Prémio Nacional da Poesia da Vila de Fânzeres. O que significa para si esta distinção? É mais um reconhecimento. E é sempre bom vermos o nosso trabalho reconhecido. Se calhar vou ganhar mais dois ou três leitores (risos). Como encontra o mercado editorial? Mal, muito mal. E se falamos de poesia, está péssimo. Os livros não se vendem e as editoras não têm dinheiro. Também já co-fundou iniciativas ligas à cultura. Qual a importância destes actos? Continuo a participar no que posso. É importante darmos um contributo na cultura. Se os escritores e artistas em geral não saírem de casa para fazer alguma coisa nada sobrevive. E se nada sobreviver, perdemos identidade. Estou empenhado em contribuir para a criação e manutenção de uma identidade na região algarvia. Como encara o panorama da poesia contemporânea, tanto ao nível dos escritores como de leitores? Leitores há muitos mas não compram livros, preferem ler na internet. Quanto a poetas, vai havendo gente de qualidade um pouco por todo o lado. Gosto muito da Alice Macedo Campos, por exemplo. No Algarve a poesia move muitas pessoas? Não, poucas. Mas é reconhecida em todo o país. E que oportunidades tem de promover a sua obra?

Sou muito preguiçoso nesse aspecto. Mas não deixo de apresentar um novo livro ao público, inclusive, indo a Lisboa. Gostaria que o seu futuro passasse exclusivamente pela poesia? Sim, quando me reformar (risos). A poesia na literatura é o fado na música ou nada disso? Pode ser ou não. No meu caso, uma vez que sou um experimentalista, não me vejo como um fadista da literatura. Mas penso que se olharmos para a poesia numa base mais clássica essa ideia faz todo o sentido. É também tradutor. Porque decidiu seguir essa área? A tradução de poesia, que é a única que faço, é encarada por mim como um dever para com a cultura em geral. Uma vez que também sou um poeta traduzido, gosto de transpor para a língua portuguesa alguns poetas que admiro, sobretudo de língua espanhola. O que aprende enquanto tradutor de poesia? Entro no esqueleto do poema e por vezes encontro alguns espíritos (risos). Mais a sério, a tradução de poesia acaba por ser algo que não anda longe da escrita de um poema. É uma reescrita, uma vez que é impossível fazer uma tradução directa de um poema. As minhas traduções são quase sempre traduções livres ou versões. A literatura está a ganhar cada vez mais espaço na sua vida? Tento fazer com que a literatura, seja na forma de leitura ou de criação, esteja presente. Gosto de ser influenciado por personagens, frases, versos, diálogos, etc. É bom quando vivemos com inspiração. E a literatura pode dar-nos isso.


No dia em que lhe faço esta entrevista recebemos a notícia da morte de António Ramos Rosa. Para si qual a importância deste reconhecido escritor, sobretudo na área da poesia, tendo em conta que teve oportunidade de o conhecer? É uma perda muito grande para todos nós. Ramos Rosa não era apenas um poeta do Algarve ou de Portugal. Era um poeta do mundo, que muito contribuiu para a evolução e modernização da poesia portuguesa. Deixa uma obra extensa que merece ser divulgada. Conheci-o em 2012, mas sei que ele leu o meu livro “Polishop” em 2010. Resta-nos aceitar e manter a sua obra viva.

O BOM POETA a António Ramos Rosa o poeta inventa um leitor abstracto, a sua extensão lível. o poeta não consegue ler os seus poemas, o bom poeta apenas escreve os seus poemas; escrever poemas sem ler os poemas que se escreve é perfeitamente possível se o poeta estiver demasiado perto de cada palavra. o grande poeta dorme dentro de cada palavra, e eu não me conheço quando escrevo isto. dentro de que palavra estarei? que sílaba servirá de travesseiro aos meus sonhos? creio que as primeiras palavras que escrevi diziam que o poeta inventa um leitor abstracto, não me lembro da versificação certa. não importa. apenas exponho permissões em cada sentimento, e é isto o poema: um grande sentimento amplificando a inconfundível prosa de toda a vida. Tiago Nené in “Relevo Móbil Num Coração de Tempo” Lua De Marfim Editora, 2012


Vol au vent de Dourada com legumes e Champagne gourmet POR Chefe pedro arranca chefe e proprietรกrio do restaurante flor de sal E DINA SILVA (FOTOGRAFIAS)

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Será com toda a certeza um dos destinos românticos mais requisitados desde sempre, esta cidade de luz reinventa-se e atrai, consequentemente, os corações que se deixaram embeber por forte paixão. Em 2008 nasceu assim um novo ritual, um novo brinde ao amor, um selar de sentimentos entre juras e promessas confinadas num cadeado cheio de significado. Criou-se assim um novo monumento, milhares de pessoas vão comprometer-se todos os dias frente ao rio Senna fechando um cadeado na ponte que une o Louvre ao palácio das artes. Tornou-se esta ponte num monumento ao amor, perdendo-se eternamente no Senna a chave de um amor que se sente também, este, eterno. Pensa-se que se começou esta tradição numa ponte de Roma, mas ganhou toda a sua expressão em Paris. Convido todos a visitarem Paris, que observem a cidade do cimo das escadarias do Sagrado coração de Jesus em Montmartre e que dediquem esse momento a quem mais amam, se entreguem nesta alquimia de sensações e façam um brinde ao amor. Vou-lhes mostrar como preparar uma receita de influência Francesa, Vol au vent de Dourada com legumes e Champagne, uma romântica iguaria para, quem sabe, degustar enquanto marca a sua viagem a Paris levando consigo o seu cadeado! Bom Apetite!

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Ingredientes • 200gr Massa Folhada • 1 Dourada grande • 2 clh sopa Manteiga • 1 clh sopa Farinha • 3 Cogumelos champignons de Paris • 1 brócolo pequeno • 4 espargos • 1,5 dcl natas • 1 copo champagne • 1/2 cebola pequena • 1 ramo Estragão • 1 Estrela de Anis Vinagre, alho, sal e pimenta q.b Preparação 1• Retire os filetes à Dourada e remova todas as espinhas e corte os legumes em pequenos pedaços. 2• Deixe a massa folhada repousar em temperatura ambiente por quinze minutos, pincele com ovo e tempere com Flor de Sal e pimenta, com uma faca trace na massa um rectângulo, pois será esse traço que desenhará a tampa da caixa de massa folhada, leve ao forno por quinze minutos a 200º.

3• Preparar um caldo com cerca de 3 dcl de água, o copo de champagne, o alho e o Estragão. Tempere de sal e pimenta, coza ligeiramente os filetes e os legumes. 4• Num tacho refogue a cebola picada na manteiga com a estrela de aniz, junte a manteiga e deixe cozinhar por cinco minutos, junte um pouco de vinagre, adicione a nata e um pouco do caldo do peixe, deixe cozinhar mais quinze minutos até ter um molho bastante cremoso, rectifique os temperos, quando pronto volte a adicionar o peixe e os legumes, abra com o auxilio de uma faca a tampa e sirva o seu fricassé no vol au vent, sirva de imediato e ...bom apetite!


A Gravidez e o Exercício Físico WORKOUT

POR DORA PINTO (texto)

Existem muitas mulheres que desejam um dia vir a ser mães, contudo as mudanças do corpo a que estão sujeitas durante e após a gravidez são uma preocupação constante. www.personaltrainers.com.pt

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“P

oderei fazer exercício físico durante a gravidez?” “Que tipo de exercício é o mais aconselhado?” São algumas das perguntas que muitas vezes nos colocamos. Durante muitos anos, as mulheres eram aconselhadas a ficar de pé o mínimo tempo possível e a uma vida basicamente sedentária. Felizmente que esta ideia, hoje em dia, está completamente ultrapassada. Desde que seja autorizada pelo seu médico pode fazer exercício físico, devendo este ser realizado de forma segura. Os benefícios do exercício são hoje uma realidade: melhoria da condição física global, melhor adaptação cardiovascular à nova situação hemodinâmica, prevenção do excesso de peso, prevenção da diabetes gestacional, facilitação do trabalho de parto, recuperação mais fácil do trabalho de parto, redução no inchaço, alívio e desconforto intestinais incluindo a obstipação, diminuição das cãibras nas pernas, contribuição para uma postura correta durante a gravidez, prevenção de lombalgias e melhoria do humor e confiança. Se nunca fez exercício, deve começar no início do segundo trimestre, pois a possibilidade de hipertermia (é o termo associado à elevação e/ou manutenção das temperaturas do corpo humano) do corpo é mais preocupante durante o primeiro trimestre. Quando é que o exercício é contra-indicado nas grávidas? Causas médicas – cardiovasculares, respiratórias, anemias graves, infeções; historial obstétrico carregado – gravidezes anteriores com atrasos de crescimento intra-uterino, prematuridade, abortos de repetição; por causas da gravidez atual – nomeadamente hipertensão, ameaça de aborto ou de parto prematuro, rotura de membranas.

No que diz respeito ao plano de treino, este deve obedecer a todas as fases. No aquecimento, deve caminhar ou pedalar sem grandes esforço mas de modo a preparar o corpo para a parte principal, sempre feito de uma forma segura. Na parte principal deverão constar exercícios de fortalecimento muscular, ombros e braços, costas, pernas e músculos do soalho pélvico. Por último, nos alongamentos durante a gravidez é especialmente importante alongar de maneira lenta e suave e concentrando-se na respiração, porque as articulações estão mais soltas com o aumento das hormonas. Quando passamos para a prescrição dos exercícios devemos ter em atenção as seguintes normas: a primeira de todas é a que o bom senso deve prevalecer. Na prática, a grávida deve manter o nível de exercícios a que estava habituada e treinar pelo menos 3 vezes por semana; realizar exercícios que não necessitam de suportar o peso corporal, pois são os que vão causar menos impacto no períneo e causar menos tendência a uma eventual expulsão precoce; deve-se optar por atividades de baixo impacto; não fazer exercícios deitada de costas após o primeiro trimestre pois pode colocar pressão na veia cava inferior, a veia que devolve o sangue das pernas e tronco ao coração; em termos de intensidade não há regras pré-definidas; a educação da grávida deve complementar os parâmetros, objetivos que normalmente se seguem para dosear a intensidade do exercício; todo o exercício de elevada intensidade e/ou muito fatigante deve ser posto de parte por completo, sendo isto de especial importância no primeiro trimestre, altura de maior risco teratogénico (malformações no útero). Toda a progressão da atividade física deve ser muito gradual, sobretudo se se tratar de mulheres previamente sedentárias; as condições ambientais adversas devem ser evitadas, quer em termos de temperatura, quer de humidade, quer de stress; é particularmente

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importante uma correta nutrição e hidratação para minimizar os riscos de hipoglicémia e desidratação durante a atividade física; sempre que a mulher se sinta cansada, mesmo sem razão aparente, deve interromper a atividade ou não fazer o exercício previsto para esse dia. Alguns sinais que a grávida deve ter em conta quando faz exercício físico: sangramento vaginal, dor no abdómen ou no peito, dor de cabeça forte e persistente, redução percetível dos movimentos fetais, náuseas ou vómitos persistentes, palpitações no coração e sensação de falta de ar. Se sentir algum destes sinais deve parar imediatamente o exercício e consultar o seu médico. Finalmente, há que considerar outras cargas de esforço que normalmente se esquecem e que são, potencialmente, mais prejudiciais para uma mulher grávida: o trabalho, com longos períodos em posições fixas ou carregando pesos, em ambientes com poluição sonora e química, as viagens casa-emprego, os transportes, o “stress” do tempo perdido, o trabalho de casa árduo, o marido e os filhos, o stress da competição profissional e a falta de descanso físico e emocional. “Todo o exercício físico tem, como complemento essencial, o repouso. E na sociedade atual os problemas possíveis na gravidez são certamente devido mais à falta de descanso do que ao excesso de exercício.” (1997, Themudo Barata) A Personal Trainers Algarve concorda totalmente com esta afirmação, sendo que não deverá prescindir de um acompanhamento de um profissional competente para a orientar de forma segura, aumentando-lhe a qualidade de vida e evitando riscos desnecessários neste período tão especial da sua vida.


opinião

a rua 80 CRÓNICA de nuno silva

“Jurei ser eu/o teu luar/brilhar só eu/no teu olhar”. Não precisarei de escrever muito mais para que saibam de quem vos vou falar a seguir, neste espaço dedicado à música dos anos 80. Cada vez que ouvimos estes versos, consumamos a nossa paixão pela banda portuguesa, Heróis do Mar. Com raízes em dois projetos experimentais intitulados Faíscas e Corpo Diplomático, nos finais da década de 70, é no ano de 1981, que induzidos pela leitura da <<História de Portugal>> de Oliveira Martins e pela primeira frase do nosso hino, que os então intitulados Heróis do Mar penetram numa sociedade portuguesa pouco preparada para algo tão diferente.

sentirescrever.blogspot.com

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sua rápida aceitação por parte de António Pinho, à data representante da Polygram e com o Rock Rendez-Vous, recinto de eleição na alturas, esgotadíssimo nas duas noites de apresentação da banda, eram sinais fortes de que chegava algo que despertava a atenção. Os Heróis do Mar queriam ser inconfundíveis. E foram-no, apesar de um olhar desconfiado de uma certa sociedade que os colava ao antigo regime, tanto pela evocação das suas palavras, como pelas roupas que envergavam e adereços cenográficos que utilizavam nos seus concertos. Eram os anos de ouro do rock português e os Heróis do Mar cabiam na perfeição nessa nova vaga, utilizando, como ninguém, a televisão para difundir o seu projeto. O seu som propagava uma batida acutilante, como são exemplos as músicas Paixão ou Amor. Mas não só. Em todos os álbuns éramos confrontados com outras faixas que nos transportavam para um Portugal imenso ou para os casos do coração, com letras curtas mas incisivas.

Os desentendimentos, as diferenças, os projetos a solo e o definhar desta nova vaga, ao seu tempo e na sua medida, contribuíram para o fim deste projecto que durou 9 anos, até 1990. Cabem neste período, entre singles e coletâneas, os LP’s, Heróis do Mar, 1981; Mãe, 1983; O Rapto (Mini-LP,1984); A Lenda dos Heróis do Mar (1981-1984) (Compilação, 1985); Macau (1986) e Heróis do Mar IV (1988). Tal como o D. Sebastião, os Heróis do Mar, sempre tiveram uma áurea de um possível regresso que nunca se consumou. Nem na Expo 98, nem em 2007, aquando do filme <<Brava Dança>>, nem tão pouco, em 2012, num desencontro tipicamente português, quando já se festejava o seu regresso após 23 anos. Ficam as pistas de dança para irmos cumprindo essa homenagem.


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O Número Mágico por HER (TEXTO)

Quando falamos dele os olhares tornam-se cúmplices e não contemos uns grandes e demorados sorrisos. Falamos do famoso número “69” que não é nada mais, nada menos, do que a junção de dois corpos que se dão prazer mutuamente.

ILUSTRAÇÕES herideal

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N

o chamado “Sessenta e Nove” o casal sente a curiosa experiência da dupla penetração à medida que o corpo se inflama excitado. O sexo oral quando é compartilhado muda radicalmente as sensações e uma posição específica permite ao casal uma satisfação mútua e simultânea.

Para ajudar nesta prática destacamos alguns artigos da Loja Cupido Erótico.

O nome 69, surge porque ambos os amantes adoptam uma posição invertida para alcançar os genitais do companheiro, fazendo relembrar assim, este número. O sessenta e nove pode executar-se basicamente de duas maneiras:

Intimate Kisses - Óleo Afrodisíaco de Chocolate Óleo de massagem afrodisíaco feito com ingredientes 100 % naturais, com aroma e sabor a chocolate. Intensifica e prolonga a sensação de prazer. Sugestão- Aplique algumas gotas deste óleo na pele e proporcione uma massagem erótica, depois sopre ou dê beijos sensuais na zona massajada o que irá provocar uma agradável sensação de calor. Deve ser usado em todo o corpo, incluindo nas zonas íntimas. Comestível. By Shunga

na primeira forma um dos membros do casal deita-se de costas com a boca para cima e o outro coloca-se-lhe por cima de forma invertida, ficando ambas as caras à altura dos genitais do outro. O que está em cima apoia-se nos seus joelhos para se equilibrar e melhor libertar as mãos para ajudar à prática oral.

Intimate Kisses - Óleo Afrodisíaco de Espumante e Morango Óleo de massagem afrodisíaco feito com ingredientes 100 % naturais, com aroma e sabor a espumante e morango que intensifica e prolonga a sensação de prazer. Comestível. By Shunga

A segunda variante pode realizar-se com ambos os membros do casal apoiados sobre um dos lados das costas, de frente um para o outro e invertidos, exactamente como se os seus corpos desenhassem esse número mágico, 69, sobre a cama ou sobre a superfície escolhida para apreciar o sexo. Para muitos casais este é um jogo primordial e prévio de preparação para o coito. O homem consegue a sua maior erecção e a mulher uma vagina devidamente lubrificada e dilatada tornando o acto sexual ainda mais intenso.

French Kiss – Lubrificante com sabor Lubrificante à base de água com vários sabores e aromas. Existe Framboesa, Limão e Morango. Basta aplicar e provar. Hum… apetitoso. E é 100 % comestível. By Joydivision Loja Online http://www.cupidoerotico.com/comestiveis-1.html https://www.facebook.com/cupido.erotico Aproveite as nossas dicas pecaminosamente deliciosas e faça do sexo oral uma experiência ainda mais agradável e emocionante!


Volkswagen golf variant

Fotografias da marca

A “mini” Passat

1.6 tdi confortline TEXTO de HUGO OLIVENÇA

Potência máxima Caixa Consumos (misto) Emissões de CO2

90 cv Manual de 5 velocidades 3,9 l/100 Km 101 g/km

PREÇO TOTAL 28.250,20 €

A Volkswagen lançou em Setembro a nova geração do Golf Variant, baseado no Golf VII. Mais comprida, mais larga, mais baixa e com maior distancia entre eixos em relação à anterior geração, esta nova carrinha consegue ainda uma redução no peso de 105 kg, mais 100 litros de espaço de carga, motores mais económicos e proporções mais atractivas. Disponível em quatro níveis de equipamento, Trendline, Confortline, Sportline e Highline, tem um dos seus maiores trunfos no volume de carga de 605 litros.

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Fotografias da marca

Volkswagem Golf Variant 1.6 TDI Confortline

Vocação Familiar Disponível com cinco motorizações a diesel (TDI) e a gasolina (TSI), com potências entre 90 CV e 150 CV e caixas manuais e automáticas DSG de dupla embraiagem, opcional em quatro dos cinco motores. A gama inicia-se na versão Golf Variant 1.2 TSI 105cv Trendline que custa 24.140,71 euros. A versão aqui retratada equipada com o motor de 90 CV Confortline e pintura Branco “Pure” custa 28.250,20 euros.


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