Her Ideal nº 25 Maio 2014

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ÍNDICE 3 - carta da directora

70 - Ingira mais ómega-3

4 - THE HOFF

74 - Hidroginástica para grávidas

10 - UM AMOR MAIOR QUE O CÉU

78 - CELEBRATE DE 80’S & THE 90’S: EU ESTIVE LÁ!

12 - EDITORIAL JUST SMILE 26 - just smile 32 - Nada é permanente, salvo a mudança 34 - Três Chefs e um sonho

80 - TRUFAS 82 - GADGETS 84 - CITROEN C4 CACTUS 87 - FICHA TÉCNICA

38 - Colecionar Recordações 40 - INTERIORES: AS NOVAS CORES DA ESTAÇÃO 48 - Um bom trabalho 50 - Atlantik Fish 54 - SENTIR ORGULHO NO QUE PISAMOS TODOS OS DIAS? 58 - O que nos liga é… Neptuno 60 - MODA 66 - ser “shoes victim” não é um exclusivo feminino... 68 - Já cheira a verão! As fotografias, com excepção dos editoriais, cuja propriedade pertence aos seus autores, são propriedade do autor identificado ou, quando não identificado, da Her Ideal. Na eventualidade de qualquer lapso ou omissão, apresentamos as nossas desculpas


Carta da Diretora “Coração cheio” uma expressão que significa tanto e que as palavras quase não conseguem explicar. De “coração cheio” foi como me senti no final do dia 9 de Abril depois de ver um sonho realizado. Posso afirmar que estava mesmo cheio este meu coração, de tal forma que quase não cabia cá dentro. A emoção sentida foi tamanha que nem as lágrimas consegui conter. Chorei, chorei muito no final deste dia, mas de alegria, de contentamento de um misto de emoções e sentimentos. Sorri no fim pois senti que um sonho mudou a vida de algumas dezenas de pessoas e a minha também. Sei que naquele dia a vida de seis mulheres mudou. Foram transformadas por fora, mas o que sei que mais ganhou foi o seu interior, a sua autoestima, a sua confiança. Sei que a Vera, a Helena, a Virgínia, a Ermelinda, a Adelaide e a Ana ganharam muito naquele dia. Quem com elas partilhou este dia também sentiu que o

melhor da vida é a partilha. A partilha de um abraço, de um sorriso e de uma lágrima até. Mas acima de tudo a partilha de uma experiência que servirá de alerta para todos. Ajuntaraestasfotosquepublicamosnestaediçãoseráainda divulgado um vídeo que gostaríamos de ver partilhado por milhões. Nele estas mulheres apresentam os 7 sinais de alerta para a prevenção do cancro. Sinais que muitos de nós ignoramos ou até desconhecemos e que, se tomados em consideração, podem ajudar a salvar vidas. O nosso projeto Her Ideal atingiu com esta edição uma maturidade há muito desejada. Estamos aqui para FAZER ACONTECER! Boa leitura!

Inês Pereira


THE HOFF

David Hasselhoff em Portugal a celebrar os anos 80 e 90

texto de inês pereira fotografias hugo olivença

Os portugueses são supersimpáticos, não me incomodam, não sei se têm medo de mim ou se é porque são educados. Para mim é uma experiência nova, pois estou habituado a andar sempre cercado para onde quer que vá”. A frase é de David Michael Hasselhoff, também conhecido como The Hoff, que nasceu em Baltimore a 17 de Julho de 1952 e ficou conhecido pelos personagens Mitch Buchannon na série Baywatch (Marés Vivas) e Michael Knight na série Knight Rider (O Justiceiro). O ator, cantor, produtor e empresário americano visitou Portugal, desta vez com o espetáculo Celebrate the 80’s and 90’s, inserido no evento Acceleration 2014, que conjugou música e corridas de automóveis no Autódromo Internacional do Algarve. The Hoff referiu que “os anos 80 e 90 têm as melhores músicas, ainda hoje os jovens, os grupos novos, estão a regravar os sucessos dessas época. São músicas que fazem parte do nosso pas-

sado, mas que estão muito atuais hoje em dia”. Bem disposto, sempre com um sorriso e a espalhar simpatia o ator começou no Algarve uma tour que vai percorrer vários países da Europa. O conceito do evento leva a palco, não só David Hasselhoff, como também Sabrina, Samantha Fox, 2Unlimeted, Haddaway entre outros. O concerto teve uma audiência que deixou um pouco a desejar, devido às grandes expectativas da organização, mas os que marcaram presença não deixaram de recordar momentos de infância ou adolescência ao som dos grandes êxitos. Houve quem tivesse levado toda a família, pais acompanhados pelos filhos ainda crianças de tenra idade a quem querem mostrar ao som do que se dançava naquelas duas décadas. Os artistas, continuam a dar tudo em palco, em alguns casos mal se nota a passagem dos anos. Hasselhoff foi o anfitrião, abriu o espetáculo e apresentou cada um dos artistas.




Aos sessenta e dois anos continua com garra e a defender a grande carreira que teve e que começou bem cedo. Aos sete anos já tinha lições de dança e de interpretação. Aos dezoito conseguiu arranjar um pequeno papel numa peça da Broadway e depressa chegou a diretor de coreografia. Impressionou as audiências femininas com um papel de médico na telenovela The Young and the Restless, transmitida de 1975 a 1982. Foi com o papel de combaten-

te do crime Michael Knight, em Knight Rider (1982) que Hasselhoff se tornou uma estrela mundial. Em 1988, conheceu Jack White, produtor discográfico alemão que o convenceu a gravar um álbum Looking for Freedom que vendeu centenas de milhares de cópias por toda a Europa. Foi o single de maior sucesso, uma vez que chegou a editar 10 álbuns. Após esta apoteose foi convidado para protagonizar, nos EUA, a série Baywatch (19892000) que permaneceu em exibição durante onze temporadas. A partir daí, continuou

a ser presença constante em séries televisivas e telefilmes, enquanto travava uma batalha paralela contra o alcoolismo, tendo sido internado em clínicas de desintoxicação em 2006, 2009 e 2010. Em 2006 fez uma participação especial no filme animado Bob Esponja e o filme Click. Em 2008 participou em Anaconda 3. De 2006 a 2009 foi jurado do programa americano America’s Got Talent. Há alguns anos que anda em digressão pelo mundo com o Celebrate the 80’s and 90’s.




OPINIÃO

UM AMOR MAIOR QUE O CÉU Peripécias de uma família pouco convencional CRÓNICA de ANDREIA RODRIGUES

T “Entre nós há um amor maior que o céu… adivinha o quanto, adivinha o quanto eu gosto de ti, eu gosto de ti…”

odas as manhãs, lá estávamos nós a cantarolar esta melodia, de olhos nos olhos e sorriso rasgado. Era como se cada nota musical fosse feita de energia e, em minutos, recarregássemos as baterias para mais um dia afastados um do outro. Eu no trabalho e o Gonçalo na escola.

A música, que fez parte da banda sonora dos desenhos animados “As Aventuras do Lebrinha Cor de Mel”, uma série baseada nos livros do autor inglês Sam McBratney, ficou gravada nos nossos corações. Sempre que queremos expressar o nosso amor, utilizamos muitas das frases que nos entravam casa adentro e nos faziam sorrir. - “Amo-te assim deste tamanho”- diz o Gonçalo com os


braços esticados o mais possível. - “E eu amo-te ainda mais, desde a ponta dos cabelos até à ponta dos pés”, respondo-lhe. - “Mas eu gosto de ti até à lua e da lua até aqui”- remata ele deixando-me derretida. E por saber o quão bom é ter alguém que nos ama incondicionalmente e em doses extra, não poderia deixar de te dedicar esta crónica. Porque foste tu que me ensinaste a amar, que me educaste para amar. Há quase 30 anos que te escrevo cartas no Dia da Mãe. Tens sido realmente incrível! O teu sexto sentido é inexplicável e a tua perspicácia livrou-me de muitos sarilhos. Mas é essa tua dedicação, esse teu amor infinito e quase cego que faz com que sejas única e especial. A verdade é que não sei viver sem ti. Nunca cortámos o nosso cordão umbilical. Nunca equacionei sequer afastar-me de ti. Não seria capaz de estar dias e dias sem te ver, sem te abraçar, sem te ter junto a mim. Precisaríamos de muitas mais vidas para viver este amor. És uma parte de mim. A maior delas todas. Quando recordo a minha infância, vejo-me sempre a teu lado. Vestidas a condizer uma com a outra, de mão dada, lá íamos nós a desfilar rua abaixo. Eu com os ganchos de cabelo e chuchas a fazer pendant e tu com as malas e os sapatos sempre a combinar.

Sempre me senti segura perto de ti. A tua simpatia e beleza escondem um caráter forte que só revelas a quem te é íntimo. Tens vencido grandes batalhas e sempre de salto alto. Nem sabes o quanto te admiro. Por detrás dessa maquilhagem estão rugas lindas, que contam a nossa história. Contam as noites em que adormecias a meio das histórias e eu ficava desolada sem saber o que havia acontecido à princesa; contam as vezes em que partia os teus bibelôs preferidos e tu corrias atrás de mim com o chinelo em riste; contam as gargalhadas que me proporcionavas com as festas de aniversário na garagem de contraplacado do pai; contam as viagens que fazíamos no nosso mini cor-de-rosa metálico a ouvir as cassetes com as gravações dos nossos ‘discos pedidos’. Hoje, que também sou mãe, ainda te admiro mais. Pela confiança que sempre depositaste em mim, mas sem nunca, nem por um segundo, descurares o meu dia-a-dia. Nada te escapava. Soubeste sempre de tudo, mesmo sem te contar nada. Muitas vezes cheguei a acreditar que tinhas poderes sobrenaturais. E de facto, as verdadeiras mães têm poderes fora de série, guiados por um amor inesgotável e à prova de bala. Neste teu dia quero relembrar-te que continuo a ser a tua menina que, embora tenha a sua dose de rebeldia, nunca deixou de olhar para ti com orgulho, com admiração e com um amor maior que o céu. Feliz dia da Mãe!


Fotografia: Carlos Vidigal Jr. Styling: AN - Adelaide Nunes e GLOVE “Attitude & Style” Hair Styling: MATRIX Makeup: Lancôme




ADELAIDE COSTA CORREIA Vestido Azul Claro - loja INNOCENZA - CºPequeno Sapatos Azuis e Brancos ELENCO da empresa de Comunicação - CRUZETA TORCIDA Colar GriffeFCA



ANA CRUZ Vestido Branco/Nude INNOCENZA - Cº Pequeno Sapatos CLARKS (nude e laranja) Colar Laranja e Rosa Fucsia da marca @NãoSóRoupa AMBOS empresa de Comunicação Triângulo das Bermudas



VIRGINIA JOSÉ CANÁRIO Sapatos Retro CLARKS (pretos E fita Vermelha) - Empresa de ComunicaçãoTriângulo das Bermudas Vestido Retro Laranja pastel Couréges



HELENA ASCENÇÃO Vestido Púrpura de Rui Humberto - www.boutiquetereza.com Colar e Pulseira Pérolas de GriffeFCA



ERMELINDA SANTOS Vestido Verde -- loja INNOCENZA- CºPequeno Brincos Verdes de da marca @NãoSóRoupa AMBOS- empresa de Comunicação Triângulo das Bermudas Sapatos Azuis/ verde lima ELENCO-empresa Comunicação - CRUZETA TORCIDA



VERA RODRIGUES Vestido Verde água/Azulão/Rosa/Preto de RELISH -empresa Comunicação -CRUZETA TORCIDA Sapatos Rosa e brancos da ELENCO -empresa Comunicação -CRUZETA TORCIDA


JUST SMILE

TEXTO de inês pereira e fotografias de carlos vidigal jr.

À

s 6h da manhã ainda nem o sol tinha acordado e já começam a chegar à porta da sede da Associação Oncológica do Algarve as protagonistas de um dia que se previa de emoções fortes. Alguns rostos ainda ensonados, pela hora madrugadora, mas também pela ansiedade do que estava para acontecer. Pouco ou quase nada foi revelado às seis mulheres. Sabiam apenas que iriam ser os rostos de uma campanha de luta contra o cancro e que iriam, de alguma forma, sofrer uma transformação. A viagem até Lisboa fez-se sem percalços. Transportadas em viatura de luxo, com direito a motorista privado da Ultimate Lux Tours. Antes de atravessar a Ponte 25 de Abril, tempo para conhecer a equipa de reportagem da Olho Azul, que esteve responsável pela elaboração do vídeo da campanha Just Smile. A meio da manhã dava-se a chegada ao destino: Sede da L’Oreal Portugal. A equipa da Matrix composta por várias colaboradoras freelancers, entre elas Sónia Sousa, que se deslocaram de várias partes do país para ajudar a transformar na parte do cabelo, Pedro Fernandes director da marca acompanhado pela equipa de marketing, Carla Carvalho responsável pela área da formação. Paula Silva e Sónia Camacho as maquilhadoras de serviço da Lancôme. Adelaide Nunes e Sandrina Francisco da GLOVE e Alexandra Lopes consultora de moda, que estiveram responsáveis pelo guarda-roupa. Idília Gonçalves que tratou de toda a estética das mãos. Carlos Vidigal o fotógrafo que, com a sua equipa, teve a responsabilidade de captar todos os grandes momentos do dia. A equipa Empower You, liderada por Ângela Martins, que ajudou na organização do evento



e conseguiu vários dos parceiros e patrocinadores. Uma equipa de catering liderada pelo Chef Bruno Rocha e ainda Lénia Maria e Lurdes Pereira as representantes da Associação Oncológica do Algarve, aguardavam as seis “princesas”. Uma vasta equipa, que chegou a juntar no mesmo espaço meia centena de profissionais, todos com um único propósito: marcar a vida destas seis mulheres e de todos a quem esta campanha chegar. Pouco depois da recepção as seis protagonistas começaram a ser preparadas. Vera Rodrigues, 33 anos, militar na GNR, teve cancro da

mama. Ermelinda Santos, 51 anos , técnica da ação educativa, teve cancro da mama. Ana Cruz, 28 anos, vendedora de telecomunicações, teve linfoma. Maria Adelaide Correia, 57 anos, sociologa, sofreu de cancro do pulmão. Virginia José, 67 anos, enfermeira especialista em saúde materna–obstetra, teve cancro na bexiga. Helena Ascenção, 55 anos, cabeleireira, teve cancro no colo do útero. Idades, profissões e até o local de residência separavam estas mulheres, mas a doença e o apoio que encontraram na Associação Oncológica do Algarve uniram-as.

Nas horas que se seguiram, entre colorações, penteados, maquilhagem, prova de roupa, nenhuma viu o que estava a ser feito. Uma aventura às “escuras” que decidiram aceitar logo na primeira abordagem. Quando a primeira das protagonistas vê o resultado final, após o clik da máquina fotográfica ouviram-se suspiros, viram-se sorrisos, lágrimas de emoção e por fim escutaram-se aplausos. Um misto de sentimentos que poucos conseguiam descrever. A transformação é total e para melhor. Uma a uma foram vendo o resultado. As reações multiplicaram-se entre o espanto, o


choro compulsivo, um sorriso, uma gargalhada e até mesmo a surpresa total que não permitiu nada mais do que um engolir em seco, tal o nó na garganta de tanta emoção e comoção. Entre a sessão fotográfica houve ainda tempo para dar entrevistas às equipas de reportagem dos vários órgãos de comunicação social que por ali passaram para reportar este evento inédito em Portugal. Experiências novas que muitas desejaram repetir. À medida que o dia foi passando, a sala onde toda a transformação aconteceu, acabou também por ser transformada para mais um momento alto neste dia 9 de Abril. Começavam a cegar os embaixadores do evento Just Smile. Figuras públicas nacionais que aceitaram dar a cara por esta campanha solidária. António Sala, Ana Guiomar, Cláudia Borges, Joana Telles, Isabel Figueira, Mia Rose, Laura Figueiredo, Lara Afonso e ainda os D.A.M.A O dia Just Smile só terminou depois de um concerto intimista oferecido pelos D.A.M.A. Abraços apertados, sorrisos e claro está “corações muito cheios” fizeram deste dia um momento único na vida de quem presenciou a cada minuto um desenrolar de emoções.

Foi um dia em que se trabalhou a auto-estima destas seis doentes oncológicas. O objectivo final foi conseguido pois cada uma revelou sentir-se mais bonita, mais sensual e com a certeza de que independentemente da doença ou condição é possível brilhar e sorrir. A sessão fotográfica será posteriormente compilada num livro, os lucros reverterão a favor da Associação Oncológica do Algarve, nomeadamente, para a construção da “Casa Flor das Dunas”. Para além do livro será partilhado o vídeo da campanha onde são evidenciados os 7 sinais de alerta para a prevenção do cancro. Este evento juntou marcas e muitos profissionais que durante quase 12 horas trabalharam pró-bono por uma causa. SOBRE A ASSOCIAÇÃO ONCOLÓGICA DO ALGARVE É uma IPSS, sem fins lucrativos, de Utilidade Pública e com fins de saúde. Fundada em 1994 trabalha desde então na luta contra o cancro e o apoio ao doente oncológico. Neste momento a AOA está a angariar fundos para a

construção da “Casa Flor das Dunas”, uma residência de apoio ao doente oncológico, em tratamentos na Unidade de Radioterapia do Algarve. Esta unidade situada em Faro está inserida no Sistema Nacional de Saúde, dando resposta não apenas ao território Algarvio, mas a todo o território Nacional, tornando-se ainda mais importante a construção desta obra, que irá melhor a qualidade de vida do doente oncológico. O nome “Casa Flor das Dunas” provém de uma flor selvagem, que se encontra na orla marítima e falésias do Algarve, denominada “Armeria”, apesar da sua aparente fragilidade resiste às intempéries, foi a opção escolhida pelo seu simbolismo como o emblema desta casa tão especial. OS SETE SINAIS DE ALERTA NA LUTA CONTRA O CANCRO - Se tem perda anormal de sangue ou outros líquidos - Se tem tosse ou rouquidão permanente - Se tem dificuldade em engolir, ou má digestão permanente - Se tem um nódulo ou dureza anormal no corpo - Se tem cicatrização difícil de uma ferida - Se tem alterações nos hábitos digestivos ou urinários - Se tem um sinal ou verruga que se modifica Consulte o seu médico.




OPINIÃO

Nada é permanente, salvo a mudança CRÓNICA de luís pinto da silva

A

quele foi o ultimo Verão da minha infância.

Quando os meus pais decidiram mudar de cidade, usei o tempo que tive para me despedir dos amigos, mas não dos locais onde tinha sido feliz. Enquanto crianças, mantemos a ilusão de que a nossa casa nunca mudará. Acreditamos piamente que a realidade que conhecemos ficará para sempre disponível e intocada pelo tempo. Talvez por isso, os anos foram correndo, levando-me neles à deriva, absolutamente convencido de que poderia a qualquer momento, recomeçar o que tinha sido interrompido. Não há como regressar a um local que se mantém inalterado, para nos apercebermos o quanto mudámos.


Quando voltei a descer a minha rua, fi-lo na companhia das crianças que saíam da velha escola, cujas conversas e planos, poderiam ser os meus, não fossem os quarenta anos que nos separavam. Não é possível explicar uma coisa a partir dela própria como demonstrou matematicamente Godel. Por isso não pude decifrar todo aquele turbilhão de emoções, tão incapaz estava de compreender as razões daquilo que me inquietava. As mudanças nunca ocorrem sem inconvenientes, até mesmo do pior para o melhor. Na vida nada é seguro ou permanente; tudo cede o seu lugar e desaparece, vivemos sob o risco da incerteza, com sucessivas passagens de um estado para o outro, num mundo em que só sobrevivem aqueles que se conseguem adaptar. Quando não mudamos, mudam as circunstâncias, pois cada momento da vida tem o seu tempo próprio, que esgotado, se torna irrepetível. Não é por entrarmos uma segunda vez na corrente de um rio, que voltamos a encontrar a água do tempo que deixamos passar. Quando revemos um local, nem sempre deparamos com a realidade que gostaríamos de encontrar, porque regressar não significa retroceder no tempo nem anular os efeitos do seu

decurso. É bom que saibamos que as memórias se adulteram quando recolhemos novas impressões, pelo que nem sempre é bom revisitar certos lugares ou reencontrar velhos amigos, para que transformações não ponham termo a tudo o que nos identificava. Talvez por isso, quando cheguei à casa em que vivi, deixei de querer vê-la e preferi apenas recordá-la. A vantagem das recordações é essa mesma, darem-nos uma perspectiva exclusiva de um local, com imagens que só são perceptíveis para quem o viveu e partilhou. É por isso que uma casa, nunca deixa de fazer parte do nosso património afectivo e não perde nunca a sua identidade. Podemos sempre fechar os olhos e viajar até ela, percorrer todas as suas divisões, recordar o cheiro que a caracterizava, sentir o conforto e a luz que tinha, reviver cada um dos momentos que nela passamos. É para isso que servem as recordações. Para podermos viajar no tempo, regressar ao nosso porto de abrigo, voltar na pele de quem éramos, reviver sem renovar todas as memórias dos locais onde fomos felizes.


Texto de INês pereira e fotografias de carlos vidigal jr.

L

Três Chefs e um sonho

ouis Anjos, o Chef executivo do Suites Alba, no Algarve e também vencedor, em 2012, do título Chef do Ano, organiza jantares no seu restaurante para os quais convida amigos cozinheiros. Encontros em que todos os profissionais trocam ideias, partilham conhecimentos e fortalecem laços. No final de Abril, um desses eventos poderia ter-se resumido a apenas estas linhas anteriores, mas foi mais do que isso pois


Louis Anjos, na companhia de Bruno Rocha, Chef executivo do Tivoli Vitória e Ricardo Simões, Chef do Sheraton Lisboa Hotel e Spa, tiveram a oportunidade de ajudar a realizar um sonho. O sonho do Cláudio Martins, um jovem com 19 anos, portador de Síndrome de Down ou Trissomia do cromossoma 21, que quer ser um grande cozinheiro. Cláudio é frequentador assíduo dos Workshops de Culinária Down Cooking. Um projeto

dinamizado por Orquídea Silva, diretora da HIG/ Prochef, que é dirigido a crianças e jovens com Síndrome de Down e que abrange todo o país. O jantar acabou por ser dedicado à concretização do sonho do Cláudio que é detentor de uma vocação que já tem sido largamente demonstrada. Cláudio ajudou a preparar os sete pratos da ementa. Cada um dos três Chefs apresentou duas criações suas e a mão deste sonha-

dor ajudou na preparação, confecção e empratamento de cada um. Natural de Setúbal disse que o seu ingrediente preferido é o peixe e o empratamento a fase que mais gosta em todas as etapas da cozinha. Com um talento natural para cozinhar só falta ao Cláudio um espaço onde possa dar continuidade a este sonho e evoluir como cozinheiro.




CRÓNICA

Colecionar Recordações CRÓNICA de adriano cerqueira

He was still too young to know that the heart’s memory eliminates the bad and magnifies the good, and that thanks to this artifice we manage to endure the burden of the past. Gabriel García Márquez

C

ada objeto conta uma história. Do processo de fabrico, à origem do material, das mãos que por ele passam, até ao momento em que é comprado. Cada objeto tem a sua história, mas é também ele uma personagem nas vidas dos seus donos. Um narrador omnisciente de breves instantes. Um ícone de um certo local. Uma recordação de um momento. Objetos que povoam as nossas casas, os nossos quartos, os nossos bolsos, e os nossos corpos. Que retemos, guardamos, exibimos e partilhamos. Há sempre um espaço reservado apenas para eles. Quando desenhamos o interior da nossa casa, temos uma certa tendência para seguir os padrões que os nossos gostos pessoais, e as modas do momento definem como


paradigma. Há certas regras de design de interior que até o mais comum dos leigos procura manter. Jogar bem com as cores, deixar espaço para os objetos e a própria sala respirarem, controlar as entradas de luz, e investir no mais simples dos confortos.

Amesterdão, o peluche oferecido por aquela pessoa, o poema que encontraste na praia, o fóssil que te ofereceram quando visitaste aquele cabo, o último livro que leste no comboio, ou aquela moeda de duzentos escudos que encontraste numa velha carteira.

Ir mais além destas bases, já depende da imaginação, e da visão de cada um. Cada casa é diferente. Mesmo entre duas casas idênticas, a decoração interior pode espelhar duas realidades opostas. Por mais regras que existam, não seguimos nenhum padrão, pois, tal como nós, o nosso lar tem também ele personalidade.

Cada um deles banal. Cada um deles de valor incalculável. Pedaços de ti. Pedaços da tua, e de incontáveis histórias que, em silêncio, as imortalizam, sem prazo de validade.

A série How I Met Your Mother faz uso de objetos mundanos, aparentemente aleatórios, como instrumentos narrativos que impulsionam a história para seguir em frente. Um episódio gira em volta de uma miniatura de um autocarro amarelo que pertencia à misteriosa mãe, cuja identidade ainda estava para ser revelada. Esse autocarro, à primeira vista, não passa de um objecto decorativo, que algumas pessoas seriam até capazes de deitar fora em um piscar de olhos. Contudo, para os personagens desta série, as histórias que ele transporta consigo oferecem-lhe um valor incalculável. Para a mãe era uma recordação carinhosa, para o Ted, relembra-lhe o momento em que esteve mais próximo de conhecer a sua futura esposa. Os nossos quartos estão cheios de objetos de igual valor. Aquela caneca que compraste em

São esses objetos que, embora pareçam fora de sítio, dão personalidade às nossas casas. São eles que tornam o nosso ambiente único e inimitável. São eles que dão cor aos padrões cinzentos. São eles que fazem de uma casa, um lar. Cada objecto conta uma história. A sua, e a do seu dono. Cada objecto tem um valor. O material, e o que cada um lhe dá. Cada objecto é único. Quando é nosso. Quando vive. Quando fala. Quando nos faz recordar. Desliguem a Televisão, fechem os vossos computadores, telemóveis e tablets. Deem uma volta pelo vosso quarto. Olhem ao vosso redor. Que histórias conta aquele quadro? E aquela fotografia? Conseguem ouvir aquele boneco? Fechem os olhos. Toquem. Sintam-nos. Ouçam o que eles têm para dizer. Cada objeto conta uma história. Partilhem aquela que acabaram de ouvir.


PUBLI-REPORTAGEM

INTERIORES AS NOVAS CORES DA ESTAÇÃO POR Ambientes & Detalhes Fotografias de sérgio paulino


Fortes, Intuitivas e Cheias de Energia. São estas as cores que pintam os ambientes da nova estação


Detalhes de Luxo A Magia dos Espelhos- aumentam o espaรงo e a sua luminosidade



A fabulosa coleção da Designers Guild em papéis , almofadas e tecidos em destaque na Ambientes & Detalhes As madeiras naturais são cada vez mais uma tendência Mesa de apoio em Teca natural



Contrastes e Combinações A brilhante conjugação de uma peça clássica em talha dourada com peças contemporâneas , neste caso uma consola de vidro claro

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opinião

Um bom trabalho

CRÓNICA de ana amorim dias

S

entei-me ao seu lado por acaso. Ela batia imenso com um dos calcanhares no chão, naquele movimento típico do nervoso miudinho.

Foi há dois anos. Éramos ambas oradoras numa das edições do Ignite Algarve. “Coitada da miúda...não deve perceber nada disto”, pensei enquanto a via a falar quase em surdina, de olhos postos nos apontamentos. Chegou a sua vez. Levantou-se, subiu ao palco e foi absolutamente brilhante; de um profissionalismo e calma a toda a prova. Soube nesse momento que ela é repórter da TVI e que estava a acabar de iniciar o projeto HER IDEAL, uma consistente revista online de elevada qualidade.


- Precisa de cronistas?- perguntei-lhe assim que retomou o seu lugar ao meu lado. - Sim! E o “negócio” ficou fechado ali mesmo, entre uma intervenção e outra. 8 de Abril, Estratégias que Marcam II A senhora que estava sentada atrás de nós perguntou como lidamos com os nervos. - No dia em que, antes de entrar em ação, eu não sentir as pernas a tremer um pouco, mudo de profissão!- disse a Inês- Porque isso significa que me tornei irresponsável e não estarei a fazer um bom trabalho.

ponsabilidade e sim como uma fraqueza. Mas comparei esta demonstração de profissionalismo da Inês ao que sinto perante cada folha em branco... Desconfio que o derradeiro mal dos artistas é o tédio, essa sombra monstruosa do zero emocional. Das três vertigens artísticas, apenas conheço duas: a compulsão criativa e o pânico ao tédio. O vazio nunca vivi. Jamais, perante a página em branco, me senti a confrontar os fantasmas da mente muda ou da calada alma.

Ela riu-se. Já está habituada.

A página em branco é a próxima aventura que me falta viver; é a quimera que concretizo acordada; são as asas de um voo mais livre que a morte. A página em branco é o nada onde o tudo pode caber; é a alegoria dos dias que me restam viver. É o portal que, ao passar, me liberta do tédio e me permite entrar na mais épica dimensão da existência.

Eu adoro falar em público e embora concorde em confessar que tenho um certo nervoso miudinho, não gosto de deixar que ele transpareça aos demais. Não o vejo com uma prova de res-

Como te entendo, Inês! É que no dia em que a folha em branco deixar de ser tudo isto para mim, também eu pararei pois já não estarei a saber fazer bem o meu trabalho.

- Wow, Inês! Vou escrever sobre isso!


Atlantik Fish

Empresário investe 3 milhões de euros em aquacultura, combinando natureza com tecnologia de ponta Texto e FOTOGRAFIAS de susana helena de sousa

A

proveitando salinas com história a empresa algarvia Atlantik Fish está a desenvolver um projeto inovador em plena Reserva Natural de Castro Marim e Vila Real de Santo António. Ali desenvolve aquacultura para a produção de pescado e bivalves. 2014 é ano de novo teste, desta vez no escoamento do primeiro meio milhão de ostras. São 35 hectares e 3 milhões de euros. André Lima Cabrita, diretor da Atlantik Fish, diz-nos que aqui privilegiam-


se soluções ecológicas, sendo que tanto o peixe como os bivalves são criados num sistema que tenta aproveitar o melhor de dois mundos: a natureza em estado puro e a aquacultura. Nos esteiros da Lezíria e Carrasqueira, pleno rio Guadiana, são pescados, diariamente, cerca de 600 quilos de peixe. Entre robalo e dourada há uma produção constante, sete dias por semana, e com escoamento assegurado.

maior instalação aquícola semi -intensiva em Portugal, diz-nos que atualmente “a produção está em 60% da sua capacidade” e que o grande objetivo “é ter uma média de 300 mil toneladas/ano”. Os clientes deste pescado produzido num sistema que tenta conciliar o melhor do ambiente natural e da criação em aquacultura estão no Algarve, Lisboa e Matosinhos. A vizinha Espanha importa cerca de 20% do peixe ali produzido.

O diretor da Atlantik Fish, a

Quando iniciaram o projeto,

em 2008, a produção fixava –se nos 10% apenas e desde aí que tem vindo a aumentar. Para o responsável “ a aquacultura é o futuro da pesca”. O projeto começou em 2008, mas em 2009 e até há bem pouco tempo tiveram lugar obras de modernização da instalação e na reconversão dos tanques para trabalharem com a energia das marés. Houve também necessidade de criação de uma sala de embalamento, tendo sido essa a primeira obra neste local. “Contámos com o apoio do PROMAR, pois de outro



modo não teria sido possível”, conta-nos André L. Cabrita. No total são 20 tanques para a produção de peixe e três para a produção de bivalves. Para já a única espécie de bivalves em produção é a ostra e durante a primavera haverá a primeira exportação de meio milhão de ostras, sendo o seu destino França. Para o pescado estão em vista outros mercados para além de Espanha, como é o caso de França, Itália e Bélgica. “Há muitas ideias para o futuro, mas sem dúvida que temos de avançar com cautela”, sublinha André L. Cabrita. 3 milhões de investimento O investimento principal permitiu o aprofundamento dos tanques de produção de peixes para a cota zero hidrográfico, reconversão de zonas não produtivas para tanques de produção de ostras, na construção de passagens de entrada e saída de água e na cons-

trução de uma rede em vala aberta para permitir a circulação de água entre os tanques. O objetivo foi permitir que a circulação da água se faça apenas com o ciclo das marés, o que permite encher e vazar os tanques duas vezes por dia, resultando na renovação completa da água dos tanques de pelo menos uma vez por dia. “Esta abordagem é inovadora, uma vez que recorre unicamente à força das marés para a renovação da água, elimina a necessidade de bombas e permite poupanças substanciais na utilização de oxigénio, resultando desta forma numa redução significativa nos custos de produção. Numa altura em que existe uma aposta nas energias renováveis, acreditamos que este modelo de produção pode ser uma solução ecológica e económica para o futuro das aquaculturas semi -intensivas em Portugal, numa época altamente concorrencial em que o controlo de custos é crítico para o sucesso do sec-

tor”, diz-nos André L. Cabrita. Com as obras de requalificação concluídas a empresa assegura que “houve uma melhoria efetiva na qualidade do peixe, na redução dos custos e no tempo de produção, bem como uma excelente taxa de crescimento das ostras”. Questionado sobre a diferença entre o peixe aqui produzido e o desenvolvido em ambiente natural André L. Cabrita é peremptório ao afirmar que “o pescado tem um aspeto e sabor semelhantes ao criado ao selvagem já que o sistema de marés permite a entrada de alimentação como algas, outro peixe e marisco”. Quanto ao transporte até ao consumidor final é feito em 24 horas. “A maior parte do pescado de aquacultura que temos disponível no mercado vem da Grécia e é produzido em off shore. Só em transporte são cinco dias de viagem e são vendidos como frescos”, recorda o empresário.


CRÓNICA

SENTIR ORGULHO NO QUE PISAMOS TODOS OS DIAS? CRÓNICA de belmira antunes

S

im! Conhecer as preciosidades que temos no nosso Portugal, que nos passam ao lado, seja quando nos deslocamos para o trabalho, quando passeamos no próprio local onde habitamos ou quando viajamos dentro do nosso país, eis o objetivo! Ir ao encontro do mais escondido, enigmático, genuíno e surpreendente e contribuirmos assim para alargar a nossa visão estética, sensorial e cognitiva do mundo que nos rodeia! Portugal e o Algarve possibilitam isso! Vamos À DESCOBERTA! Sentir orgulho no que pisamos! E o que pisamos? Pisamos obras de arte feitas debaixo dos nossos pés e nem sabemos se é assim em todo o mundo. Não é! É “chão”


genuinamente nosso, inventado por nós e levado por nós a tantos cantos do mundo! Estamos a falar da CALÇADA PORTUGUESA.

produto local, potenciador de emprego, para além do seu efeito decorativo e de elemento de atração turística.

Numa época de controvérsia sobre a calçada portuguesa, devido ao Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, em que é recomendado mante-la somente em 30 áreas consideradas estratégicas, a voz do povo, a voz de alguns intelectuais, a voz de turistas, a voz de muitos, uns a favor e outros contra levantou-se! A calçada surge hoje na ribalta do conhecimento ou do reconhecimento!

Os pacotes de AÇUCAR DELTA, a COW PARADE, o AZEITE GALLO associaram-se à imagem da calçada portuguesa, designers a expõem, colocam calçada feita em tricot- o “PROJECTO FOFO”, DESFILES DE MODA e QRC´s (usado nos smartphones) feitos pela 1.ª vez em calçada em Lisboa e depois em Barcelona, são exemplos de um valor identitário e simbólico de algo genuinamente português.

Da próxima vez que pisar o chão, pare um pouco e aprecie, reflita, fotografe e veja como em cubinhos de pedra, tipo peças de um puzzle, se podem fazer pássaros, peixes, flores, estrelas, caras de reis e rainhas: a Rainha Santa Isabel, em Coimbra e gente singular do nosso povo: Amália Rodrigues em Ericeira, bem como motivos geométricos ou abstratos, exemplos de bordados e rendas.

No Algarve, praticamente, em todas as cidades existem obras desta arte debaixo dos nossos pés. Descubram-nas! É o desafio!

Portugal, país das invenções mil, foi o país que, em Lisboa de 1842, no Castelo de São Jorge, pela mente do General Eusébio Furtado e pelas mãos dos prisioneiros, pavimentou a terra batida, em forma de zig zag com pedrinhas de calcário de cor preta e branca. O sucesso foi tal que espalhou-se pelo Rossio e mais tarde pelas nossas ex- colónias e por dezenas de países. Quando forem viajar fora do nosso país vejam se a encontram, ela lá estará!

E o que se passa em FARO? Na “MISTERIOSA” RUA DE SANTO ANTÓNIO?

Fora os problemas que a calçada apresenta - a falta da sua manutenção, as vantagens da sua utilização são muito maiores: tem um potencial enorme como durabilidade, regulador térmico,

Em OLHÃO, por estes dias, está a ser retirada calçada, se puderem apreciem a que fica, pois muitos moradores, nomeadamente estrangeiros discordam desta opção, tal como moradores e turistas em Lisboa.

Na capital algarvia existe uma calçada com uma carga enigmática enorme a conhecer e valorizar. Dentro das Flores de Liz existem outros desenhos, que segundo alguns investigadores na matéria, pressupõem serem símbolos maçónicos ligados à Carbonária: cruzes, esferas, estrelas de 6 pontas e pentagramas. Num olhar mais atento, da próxima vez que pisar esta rua vai ficar deslumbrado com o nosso “chão”. Tenho a certeza que vai sentir-se orgulhoso de o pisar!


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OPINIÃO

O que nos liga é… Neptuno

Os astros explicam

Texto de Raquel Fialho Astróloga, escritora e formadora Raquelfialho.com

D

izem que nas épocas de crise as pessoas mostram o seu melhor e o seu pior. A recente iniciativa “Just Smile”, que deu a várias doentes oncológicas a oportunidade de brilharem num dia muito especial, fez-me pensar no quão solidários se têm mostrado os portugueses nestes últimos anos. Para além da ansiedade mal controlada e da indignação indisfarçada, parece que estamos cada vez mais sensíveis ao sofrimento alheio. A Antropologia ensina que na base do altruísmo está o egoísmo: ajudamos para sermos ajudados quando estivermos na mó de baixo. Mas em Astrologia estes fenómenos de partilha colectiva têm outro tipo de explicação, e surgem associados ao planeta Neptuno. No horóscopo natal de cada pessoa, Neptuno assinala a parte de nós que anseia por ligar-se a qualquer coisa maior. Em maior ou menor grau, todo o ser humano se

ressente da sua condição individualizada. Para além da solidão concreta de não termos por perto aqueles que amamos, sentimos também uma solidão existencial, mais ou menos consciente. É essa solidão que nos faz sonhar, criar ilusões, fugir da “vida real” para mergulhar num universo onde não mais nos sentimos isolados mas antes em comunhão emocional e espiritual completa com tudo o resto que existe. Muitas pessoas procuram essa “fuga” através do álcool, das drogas, das fantasias que nos vendem a TV e o cinema. Outras pessoas deixam-se levar de boa vontade pelas promessas de um amor perfeito, de uma vida sem problemas. E há ainda quem, reconhecendo neste anseio o chamamento espiritual que ele na verdade é, procurem “religar-se” ao poder divino através da oração, da meditação, dos rituais.


Mas uma das expressões mais construtivas de Neptuno é o desejo de nos ligarmos às outras pessoas, não só aquelas com quem temos relacionamentos pessoais, mas TODAS as outras pessoas. Da cidade, do país, do mundo inteiro. Porque são seres humanos, como nós. Porque sofrem e choram e sonham como nós. Abraçar o nosso Neptuno interior é, no seu melhor, viver em empatia com todos e cada um. Mas a fusão emocional prometida por Neptuno não acontece sem que uma parte de nós seja sacrificada. Importa por isso termos consciência de quem somos individualmen-

te, para perceber que partes de nós nos mantêm artificialmente isolados, e que partes de nós são essenciais à nossa evolução. Afinal, depois de asseguradas as minhas necessidades essenciais, que tempo e energia tenho para dar aos outros? Que preconceitos e egoísmos devo sacrificar pelo bem comum? Quem pode beneficiar das minhas ideias, das minhas capacidades, da minha dedicação? Ser solidário é muito mais do que contribuir para peditórios, ou parar 5 minutos para refletir sobre os males do mundo. Ser solidário é ter a coragem e a generosidade de tomar uma atitude consciente, efi-

caz e atempada. É perceber que, por detrás de todas as ilusões a que nos entregamos nas nossas vidas pessoais, está um tremendo desejo de participar numa união colectiva. Uma união de sentimentos, de intenções e de ações. Ser solidário é sacrificar um pouco do que nos é valioso para receber em troca um presente inestimável: a dádiva de nos sentirmos profundamente ligados a qualquer coisa maior do que nós. Obs.- Este artigo vai para a nossa diretora Inês Pereira e para todas as pessoas que, com ela, fizeram da iniciativa Just Smile um sonho neptuniano tornado realidade.


mODA por alexandra brito


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Tendências

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ser “shoes victim” não é um exclusivo feminino... SHOES VICTIM

por fernanda hilário (OPINIÃO)


E

ste artigo é dedicado aos homens, que tal como nós, são “shoes victims” e que gostam de estar a par das novas tendências.. Que sapatos masculinos escolher para esta primavera verão? Deixo-vos aqui alguns exemplos das criações de algumas marcas.

Faguo, muito mais do que sapatos.. 5 anos depois a sua criação, a marca soube impor-se no mundo da moda e isto continuando fiel à sua filosofia ecológica. Para esta primavera/ verão propõe novos modelos, originais,” stylés” e muito confortáveis, num estilo casual e” trendy”. A estrela da coleção são os “oak” geométricos, brancos com várias linhas pretas. Sapatos originais que se adaptam facilmente a diferentes tipos de roupas: um jean, um short ou uns bermudas! Levi’s Solvang: Como fazer de uma garrafa de plástico um sapato de moda? A coleção 2014 foi criada a partir de plásticos reciclados e as novas sapatilhas apresentam um look descontraído e desportivo. São Ligeiras e flexíveis com pespontos duráveis e estéticos. Ideais para o escritório ou para uma saída de fim semana. E se juntar a estas uns atacadores coloridos e umas solas recicladas de colores eléctricas obterá um cocktail explosivo! Um outro “must”: Os sapatos Havaianas!! Originais e coloridas são necessárias para um verão de sucesso. Este ano a marca surpreende com uma coleção camu-

flado militar! E aposta igualmente numa coleção de “espadrilles” igualmente camufladas. Deite um olho nas tongues Top e Slim e as Espadrilles Origine. Mas não esqueça, igualmente, as tongues de tiras fluo para se fazer “ver” na praia. Sapatos Sperry Top-Sider: Os famosos “bateaux” primaveris! A nova coleção apresenta uns sapatos clássicos que foram atualizados graças a um “renouvellement” do tecido e das cores. Podem ser utilizados na cidade ou no campo mas são sobretudo criados para os apaixonadas do mar. Os modelos adaptam-se a todas as gerações, e com os anos a marca americana foi escolhida por celebridades como, Paul Newman, Pharrel Williams, Kanye West e até pela família kennedy. Estes sapatos “bateaux” (sapatos de vela) são fabricados com um “savoir-faire” artesanal próprio da marca e conservam um estilo original. São robustos e resistem às diferentes condições climáticas. A coleção 2014 é feita em couro ou em tecido, mas mais orientados para cores primaveris. Os sapatos da marca Azzaro apresentam tacões invisíveis ou quase... Os sapatos para homem com tacão nunca foram bem vistos mas a nova coleção Azzaro ajuda a ganhar alguns centímetros com estilo. A marca apresenta dois modelos de cidade para homem equipados de tacões indetetáveis à primeira vista : os Cerni e os César, sapatos elegantes e distintos. Podemos escolher entre os botins montantes ou

os “derbies” baixos, fabricados em couro castanho de qualidade superior e foram pré-lavados e escovados para que os acabamentos sejam perfeitos. São dotados de um tacão interior discreto, tão discreto que é preciso ser muito matreiro para se dar conta que lá está um. Para quem quer ganhar alguns centímetros, ou ter mais confiança em si mesmo, estes sapatos são o ideal. Os Cerni são botins montantes confortáveis e agradáveis tanto no inverno como no verão, ideais para usar com um fato.Os César são “derbies” baixos que aportam todo o conforto necessário para o andar. A marca francesa Sixth June aposta nos sneakers estilizados e urbanos a preços razoáveis. A nova coleção batizada Parisiennes são em couro. Podemos escolher entre um” look biker” ou motivos” bandana”. A aliança entre o couro e as diferentes matérias tem tudo para agradar. A originalidade encontra-se nos detalhes, com fechos éclair ou as linguetas de pressão ao nível do tornozelo fechados em forma de botins. Com a nova coleção temos a prova que podemos conjugar conforto, look desportivo e elegância urbana. E senhores não se esqueçam que os mais importante é encontrar o estilo que vos convém e com o qual se sentem à vontade. Cada vez mais a moda abre as suas portas ao homens, aproveitem! E sejam audaciosos, experimentem, ousem!


Já cheira a verão! A FLOR DA PELE

Texto de EMME (opinião)

E

verão cheira a praia. E praia cheira a coco. Pelo menos para mim.

Quando eu era miúda, na praia só havia espaço para dois cheiros: o velhinho protetor solar da nívea, inconfundível ainda hoje... E o cheiro a óleo de coco. E entre estes dois mundos se dividiam as pessoas no areal. De um lado as crianças e a maioria dos adultos, cinzentões. Do outro os jovens


cheios de estilo, de corpos dourados com ar de estrela de cinema. É claro que já perceberam que o meu lado era o mais desinteressante. E olhava para o outro lado desse muro “ social” com enorme inveja!!! Para a minha mãe era impensável deixar-me ir para o sol sem um protetor solar 40, que naquele tempo era branco, pastoso, e autocolante. Quando jogava à bola com o meu irmão acabávamos sempre dois croquetes .... Cheios de areia da cabeça aos pés... E claro, ao menos com o pretexto ideal para nos atirarmos à água!!!! Quando a minha prima mais velha, apareceu um dia na praia de óculos Rayban e a cheirar a óleo de coco, bem tentei convencer a minha mãe a deixar-me experimentar também... Mas a única coisa que consegui foi um raspanete, um monólogo maternal sobre os perigos do sol, e com isso a lembrança de que estava na hora de voltar a barrar-me com o nívea!!!!

Desde esses verões que me ficou essa nostalgia pelo cheiro a coco... Quase como se fosse uma promessa de felicidade completa. E ainda hoje quando me cheira a coco, há uma parte de mim que regressa ao areal da fonte da telha... Ao meu fato de banho cor de rosa com um enorme, e hoje foleiro, laço. Há umas semanas, procurava um creme de corpo, e quase por acaso tropecei num creme da Lavera que cheira a baunilha e (claro) CÔCO!!!! A Lavera é uma marca alemã de cosmética orgânica, que não usa conservantes nem parabenos e que não testa em animais. Confesso que não conhecia, mas fiz uma pesquisa rápida na net, e descobri que a marca é até bem conhecida e por bons motivos. Sobretudo para quem tem pele sensível. O creme de corpo que comprei conquistou-me pelo cheiro. Mas à parte disso, a verdade

é que por 8 euros e pouco - e sim, o preço também chama a atenção - é sem duvida um dos melhores hidratantes que já usei. Quando se aplica desliza na pele mas não é nada oleoso. É mais como uma manteiga mas de textura mais seca. E a pele fica hidratada o dia inteiro. Os meus joelhos são sempre um bom teste... (Sempre muito secos) mas o Lavera passou sem dificuldades. O Lavera coconut dream vende-se online ou em mercearias biológicas. E a linha tem também gel de banho com o mesmo aroma e um óleo de corpo, mas confessovos que só conheço ainda a body lotion. A mistura do coco com a baunilha nota-se uns minutos depois de aplicar. Na pele o cheiro fica mais doce e abaunilhado. Mas quando abrimos a embalagem o perfume que impera é o coco!!! E lá vou eu, de toalha com palmeiras e fato de banho foleiro, até à fonte da telha... Outra vez.


Algumas Estratégias para ir para Cima

Ingira mais ómega-3 ajude-se a si própria

Texto de ivo dias de sousa professor universitário e autor do livro “Um Coelho Cheio de Sorte”

P

ense em ingerir mais ómega-3 em alimentos ricos (como os peixes e os crustáceos), e/ou na forma de suplemento (por exemplo, o óleo de peixe). Ómega-3 é um tipo de gordura que tem diversos benefícios que falarei mais adiante.

Existem gorduras e gorduras. A gordura ómega-3 é necessária para os nossos corpos realizaram funções importantes e tem um papel importante quer na prevenção como tratamento de diversas doenças (ver, por exemplo, a página http://www.siberiantigernaturals.com/omega3.htm). Porém, os nossos corpos não fazem ómega-3. Assim, temos de o ingerir na nossa alimentação e/ou como suplemento. A gordura ómega-3 pode ajudar-nos, nomeadamente, a: - prevenir tromboses; - aliviar a hipertensão; - diminuir problemas circulatórios; - tratar perturbações de humor como a depressão – com falta de ómega-3 nós temos tendência, por exemplo, a ficar mais ansiosos e a entrar em pânico mais facilmente; - diminuir a hostilidade em adolescentes. Infelizmente, a alimentação moderna é pobre em ómega-3. Esta alimentação é uma das principais razões porque muitas mães ficam com depressão pós-parto. O bebé consome ómega-3 da mãe antes e após o seu nascimento através do leite materno, o que esgota as suas reservas. Isto é ainda mais verdade se a alimentação da mãe é pobre em ómega-3. Assim, corre mais riscos de depressão devido à falta de ómega-3. Em países, como o Japão, onde o consumo de crustáceos e peixes é mais elevado, a depressão pós-parto tem menor incidência.


A nossa espécie (Homo Sapiens) surgiu em África num ambiente onde a alimentação era rica em ómega-3. Os nossos antepassados viviam à volta de grandes lagos. Naturalmente, consumiam peixes e crustáceos ricos em gordura ómega3. Porque é que a alimentação em muitos países modernos não é tão rica em ómega-3 como deveria ser? Não posso dar uma resposta completa. Porém, posso salientar dois pontos. Primeiro, comemos muito mais carne (pobre em Omega-3) e menos peixe e crustáceos do que os nossos antepassados em África. Segundo, os peixes, crustáceos e carne que consumimos agora têm menos ómega-3 que no passado. Muito do peixe, crustáceos (por exemplo, caranguejos e camarões) e mamíferos (como as vacas) e aves (como as galinhas) que consumimos são alimentados em viveiro com rações. Isso leva a que tenham menos gordura ómega-3 do que acontecia no passado. A carne de uma vaca sempre teve menos ómega-3 do que um peixe. Porém, quando uma vaca é alimentada num pasto tem mais ómega-3 do que quando é alimentada com ração. O mesmo acontece com os peixes. Um peixe alimentado com rações num viveiro

tem menos ómega-3 do que outro da mesma espécie apanhado no mar. Com mais ou menos ómega-3, faz, normalmente, mais sentido consumir mais peixe e crustáceos e menos carne. Isto levará a consumir, necessariamente, mais ómega-3. Faz mais sentido consumir peixes pequenos do que grandes. Os peixes pequenos estão, normalmente, mais abaixo da cadeia alimentar. Assim, tendem a alimentar-se mais de algas e de plâncton que são as maiores fontes de ómega-3. Faz sentido comer mais algas como acontece em países asiáticos como o Japão. Infelizmente, em Portugal é um alimento pouco vulgar. Como já foi dito, as algas são ricas em ómega-3 e não são os únicos vegetais onde tal acontece - existem outros vegetais particularmente ricos em ómega-3 como folhas de beldroega e os espinafres. Pessoalmente, para consumir mais ómega-3 optei por duas vias. Por um lado, comer mais peixe e crustáceos e menos carne. No entanto, digo, infelizmente, essa alteração não está a ser tão grande como poderia ser. Mudei e não tanto como poderia ser. Por outro lado, estou a ingerir ómega3 como suplemento alimentar na forma de óleo de peixe.

A ingestão de óleo de peixe com ómega-3 como suplemento alimentar é considerada segura de acordo com todas as fontes que consultei. Isto desde que não ultrapasse a dose diária recomendada de 3 gramas. É um suplemento alimentar e não um medicamento que necessita de receita de um médico. Porém, deixe-me dizer que nem tudo são “rosas” no “reino” do óleo de peixe com ómega-3. A ingestão de óleo de peixe pode ter alguns pequenos efeitos secundários um pouco incómodos como: - hálito a peixe; - aumento do número de arrotos; - aumento do número de peidos; - náuseas. A minha experiência com o óleo confirma todos esses efeitos secundários. Confesso que a questão dos arrotos e peidos incomoda-me um pouco uma vez que oconsumo de óleo de peixe levou ao seu grande aumento originando momentos desagradáveis e embaraçosos em algumas situações sociais. Lembro-me, em particular, de uma reunião em que fiz uma pequena “sinfonia”. Era do óleo porque também tinha a boca a saber a peixe. Felizmente, que


Fotografia iStock


os peidos eram pouco sonoros e não tinham aquele cheiro horrível que se nota à distância. Já os arrotos notavamse mesmo muito. No entanto, esta questão dos efeitos secundários passou-se, sobretudo, nos primeiros dias em que comecei a tomar o óleo. Depois, os efeitos secundários quase que desapareceram. Creio que estou a beneficiar do consumo do óleo de peixe e em comer mais peixe e crustáceos. Em relação a estar mais ou menos deprimido não noto diferença. Também não estava deprimido na altura em que comecei a ingerir mais ómega3. Julgo que melhorou a minha capacidade de pensar e racionar. Mesmo assim, sugiro que considere ingerir mais ómega3. Os potenciais benefícios são demasiado grandes para serem ignorados. Julgo que o ideal é modificar a sua alimentação para uma alimentação mais rica em ómega3. No entanto, julgo que isso exige uma significativa mudança de estilo de vida. Eu passei a comer mais peixe e crustáceos e não está a ser tão fácil como

pensava inicialmente. Outra via é ingerir ómega-3 como suplemento alimentar através de óleo alimentar. Na minha experiência é muito mais fácil. Bastou gastar algum dinheiro e consumir cápsulas de óleo de peixe ao longo do dia. Claro que não há “bela” sem senão. De acordo com a minha experiência, existem mesmo alguns efeitos secundários “engraçados” no consumo de óleo. Pessoalmente, preferia que não existissem. Uma outra alternativa para ingerir mais ómega-são as sementes de chia (ver http:// pt.wikipedia.org/wiki/Salvia_ hispanica ou http://en.wikipedia.org/wiki/Salvia_hispanica) - são uma forma boa e barata de ingerir mais ómega-3. Não encontrei qualquer efeito secundário desde que se evite comer quantidades exageradas. Para além de ómega-3, as sementes de chia contêm, nomeadamente, antioxidantes e fibras. É provável que encontre sementes de chia num qualquer supermercado ou hipermercado perto de si.

Em relação às sementes de chia tenho outra sugestão. Pessoalmente, não gosto das sementes chia no seu estado natural – é comida de “pássaro”. Por acaso, uma amiga minha gosta muito dessa comida de “pássaro”. No entanto, ela também consome sementes de chia como uma espécie de substituto do açúcar. Ou seja, inclui uma ou outra colher de sementes de chia quando, por exemplo, bebe um café ou come uma papa de aveia. Experimentei comer sementes de chia como “açúcar”. Gostei dos resultados. Por um lado, gosto do sabor das sementes enquanto “açúcar”. Por outro lado, passou a fazer parte da minha rotina muito facilmente. Cara leitora, talvez faça sentido imitar a minha amiga tal como eu. De uma forma ou de outra, considere ingerir mais ómega3. Ajude os outros, mas comece por si.


PUBLI-REPORTAGEM

Hidroginástica para grávidas Rita Bernardo (Personal Trainer) www.personaltrainers.com.pt

D

urante a gravidez, as alterações morfológicas e fisiológicas sofridas pelo organismo materno são grandes e multissistémicas. Desta forma, o exercício físico nesta fase ocasiona efeitos benéficos, incluindo a melhoria da disposição física, o melhor controlo do peso corporal e o aumento da força e resistência sem comprometer o desenvolvimento fetal e, ainda, facilitar a recuperação pós-parto.




Durante o período da gravidez, o exercício físico é indicado tanto para mulheres ativas como inativas, devendo fazer parte do programa de treino exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular. A atividade física neste período deve promover prazer e bem-estar para a futura mamã. A hidroginástica para grávidas é uma alternativa mais lógica e mais estruturada. Estes exercícios são menos difundidos, no entanto, o simples estar dentro de água permite que a ação da gravidade atue de forma bem menos intensa, fazendo com que o peso corporal seja aliviado e melhor suportado (MIRANDA, ABRANHES 2003). A hidroginástica é um programa de preparação física desenvolvido na água que inclui exercícios aeróbicos para a melhoria da capacidade cardiorrespiratória, exercícios para o desenvolvimento da resistência muscular localizada e de flexibilidade, além de proporcionar a sensação de bem-estar. Esta modalidade, na gravidez, apresenta diversas vantagens em relação aos exercícios realizados em superfície terrestre, como o menor stresse articular, o baixo impacto articular, o aumento do retorno venoso devido à pressão hidrostática, menores valores de frequên-

cia cardíaca e pressão arterial; permite, ainda, a facilidade para suportar o peso corporal e a melhoria da mobilidade articular (FINKELSTEIN - 2005). Por meio da prática da hidroginástica, a grávida poderá diminuir as diversas dores de origem músculo esquelética em razão do fortalecimento de músculos fracos e encurtados, levando à adoção de uma postura corporal mais adequada, contribuindo para o aumento do gasto energético, sendo coadjuvante no controle do peso corporal evitando uma maior sobrecarga articular em virtude de um peso excessivo. Algumas recomendações importantes no trabalho com grávidas: - evitar alto impacto, mudanças bruscas de direção e exercícios de duração muito longa; -trabalhar o alongamento sem chegar ao limite máximo da resistência. -trabalhar o equilíbrio na água de forma lenta e gradual. - evitar elevações da perna à frente e ao lado muito repetitivamente (em função do encurtamento da musculatura do quadríceps). -evitar flexões e extensões articulares (laxidez ligamentar). - verificar o pulso da grávida regularmente durante a atividade cardiovascular. - ensinar a forma correta de entrar e sair da água (sempre

utilizando a escada). - evitar exercícios com muita amplitude articular (respeitar o limite individual). As sessões de hidroginástica devem ser realizadas pelo menos duas vezes por semana, com a duração de 45 a 60 minutos. Os benefícios de um programa de atividade física bem conduzida podem ser facilmente percebidos pelas nossas futuras e já mamãs, que nos relatam: mais energia, maior disposição para as tarefas do dia -a-dia, sensação de bem-estar, diminuição dos problemas de ordem circulatória, tais como inchaços nas pernas e varizes, incluindo a melhoria da disposição física, o melhor controlo do peso corporal, diminuição das dores no parto e o aumento de força e resistência sem comprometer o desenvolvimento do bebé. Desta forma, a Personal Trainers Algarve recomenda a toda esta população que seja ou se mantenha ativa por todos os benefícios que isso acarreta e poderá fazê-lo, de forma ainda mais segura, ao ser acompanhada por um profissional qualificado. Já pensou em ter um Personal Trainer na sua piscina?


OPINIÃO

CELEBRATE DE 80’S & THE 90’S: EU ESTIVE LÁ! CRÓNICA de nuno silva

I

Quem produz programas de rádio, nomeadamente como é o meu caso, com um sobre os anos 80, tem vários sonhos.

Um deles, é conhecer, se possível até privar um pouco e ver ao vivo os artistas que fizeram aquele tempo, e que de alguma forma, são responsáveis por este percurso e paixão musical. Não sou exceção, como deverão calcular. Por isso, ao saber que o evento Acceleration 2014, que decorreu no mês passado, no Autódromo Internacional do Algarve, teria numa das suas componentes, uma noite dedicada a duas décadas de referência, anos 80 e 90, fiquei extasiado. Era a situação perfeita para transformar em real, as horas e


fotografias HUGO OLIVENÇA

horas de audição e visualização dos artistas. As expectativas eram altas e à boa maneira do teenager desses tempos, os dias foram contados.

nho era o deslumbramento de quem absorvia todos os pormenores. Tudo o resto interessava muito pouco.

O gesto fazia até lembrar aqueles crimes disfarçados de recortes que cometíamos aos calendários. Para os mais novos, convém lembrar que a massificação do telemóvel ainda estava muito longe...

Sim, fizeram algum playback e sim, o tempo também passou por eles e todos sabemos, já não estamos naquele tempo. Mas... 2 Unlimited, 
Haddaway, 
Samantha Fox, 
Turbo B / Snap!, 
Twenty 4 Seven e o anfitrião David Hasselhoff, tiveram um condão raramente usado de uma forma tão real...

Chegando ao local, as primeiras impressões levavam a crer que não estaria muita gente, talvez pela noite com um clima muito pouco algarvio ou por outras razões que não interessa aqui adivinhar. Seja como for, se querem uma verdade politicamente incorreta, o palco era só para mim, tama-

Por momentos, fomos repetidamente novos ao som de cada artista. Em idade e espírito, fomos livres. E, por falar nisso, porque tudo aconteceu no quadragésimo aniversário do 25 de abril, aquela foi uma bela maneira de comemorarmos a liberdade.


Ingredientes: 2 un Tornedós 200g 100g Brócolos 5 un Túberas 2 un Cogumelo Ostra 3 clh sopa Vinho Madeira 2 clh sobr. Manteiga 1 Ramo de Tomilho Azeite, alho, Flor de Sal e pimenta q.b

1

Aqueça uma frigideira com um pouco de azeite, salteie as Túberas, e os cogumelos acrescente a manteiga um pouco de alho picado e tempere de sal e pimenta, no fim acrescente os bróculos previamente aquecido e as folhas do tomilho.

2

Noutra frigideira bem quente com azeite, sele os seus Tornedós e tempere-os com Flor de Sal e pimenta, deixe-os cozinhar a seu gosto, no fim retire a carne acrescente um pouco de alho picado, refresque com o vinho madeira e ligue este “jus” com um pouco de manteiga.

3

Sirva os Tornedós com o acompanhamento preparado previamente.


TRUFAS Chef Pedro Arranca proprietário do restaurante flor de sal

As Túberas são Trufas que se encontram no Alentejo, podemos as encontrar de Março a Maio, esta preciosa iguaria passa despercebida á maioria das pessoas e mesmo aos entendidos de cozinha, devo dizer, que são um diamante nas terras Alentejanas. Quanto á sua apanha, tal tarefa não se encontra facilitada, pois esse conhecimento é transmitido de pais para filhos que tendem a guardar segredo de como se extrai tal preciosidade que torna os nossos cozinhados únicos! Estas Trufas são portanto cogumelos, que se encontram enterrados a alguns centímetros de profundidade, o seu sabor é incomparável, como tal os grandes Chefes têm um orgulho especial em deter em suas cozinhas este gourmet ingrediente, este pode atingir valores muito elevados, consoante a intensidade do seu sabor. Este ano tive o privilégio de ter á minha mesa e á dos meus clientes, Túberas Alentejanas, cortesia do Sr.Carlos António que as colheu em Lavre, no alto Alentejo, e as fez chegar até mim, vila rica em costumes e do melhor que da terra se “Arranca”, que muito mais é que uma forma do verbo arrancar!!!


GADGETS

1

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Apple MacBook Air 11’’ Computador portátil com processador i5, 4 GB memória e disco SSD 128 GB 929,00 €

3

Nokia X Dual SIM Smartphone com ecrã 4“, memória 4 GB e processador Qualcomm 149,90 €

4

TomTom Runner Cardio GPS Relógio de desporto com impermeabilização 50m/165 pés (5 ATM) 269,95 €


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CITROEN CACTUS

SHINE EDITION 1.6 E-HDI 90

Fotografias da marca

Texto de hUGO OLIVENÇA

Potência máxima 92 cv Caixa manual pilotada de 6 velocidades Consumos (misto) 3,5 l/100 Km Emissões de CO2 92 g/km PREÇO TOTAL 24.564,26 €

crossover acessível


citroen C4 Cactus 1.6 e-Hdi 90 Aird ETG6 Shine Ed Moonligh

I

Inspirado no protótipo C-Cactus revelado no salão de Frankfurt de 2007, a Citroen disponibiliza o seu mais recente crossover. Assente na plataforma “esticada” do C3 com 4,157m e 2,595m entre eixos, este novo SUV compacto consegue pesar menos do que o C4 que lhe dá nome. Estão disponíveis uma motorização a gasolina, 1.2 VTi de 82 cv, e duas diesel, ambas 1.6, uma com 92 cv e outra com 100 cv. Com ópticas dianteira que

lembram o C4 Picasso, este Cactus distingue-se de todos os outros automóveis pelos airbumps. Pequenas bolsas de ar que servem para proteger a carroçaria numa utilização do dia-a-dia. Os airbumps estão disponºiveis em quatro cores. Na fase de lançamento estão disponíveis duas séries especiais: Feel Edition e Shine Edition. Os preços começam nos 16.716,75 €. A versão aqui retratada é a Shine 1.6 e-HDi com 90 cv.


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