Her Ideal nº 27 Julho 2014

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ÍNDICE XXX 3 - carta da directora

80 - CHEGAR AO FIM

4 -Praia Verde Boutique Hotel

84 - Ter um Animal de Estimação

10 - Sónia Sousa

86 - WORKOUT - A OSTEOPOROSE

14 - Columbus Bar

90 - Billy Ocean

16 - delights of summer

92 -camarão de quarteira com abacate

26 - Sorte ou azar? 30 - «Cenas na Rua» 32 - wasteland 40 - Máscaras Virtuais

94 - Revista Nova Águia 96 - Mobilidade e Transportes 98 - Conselho Mundial José Martí

42 - Cinema Português

100 - Troféu Português do Voluntariado 2014

44 - Versátil & Sofisticada

102 - ktm duke 125

52 - Levado à letra

104 - SUNRISE SUMMER SPOT

54 - Manuel Neto dos Santos

106 - etic

56 - A DIETA MEDITERRÂNICA

108Delights - FICHA TÉCNICA

62 - stone by stone 70 - Astrologia de um Verão inesquecível 72 - moda 78 - O verão já chegou. Finalmente! As fotografias, com excepção dos editoriais, cuja propriedade pertence aos seus autores, são propriedade do autor identificado ou, quando não identificado, da Her Ideal. Na eventualidade de qualquer lapso ou omissão, apresentamos as nossas desculpas


Carta da Diretora O verão tardou mas parece que agora é que o calor chegou e para ficar. Com os meses de férias sugerimos novos conceitos. Alternativas aos seus habituais programas de descanso, ou mesmo uma nova forma de passar uns dias de descanso.

Verão também é sinónimo de mudança e por isso sugerimos que enquanto passa uns dias a recuperar as “baterias” aproveite muito bem o seu tempo, quer seja em família ou com amigos e mude os seus hábitos. Deixe de lado o stress e relaxe.

Para quem procura uma nova experiência, ambientes mais exclusivos e menos massificados, publicamos nesta edição alguns artigos que revelam novos conceitos que estão a ser lançados.

Os editoriais “Wasteland” e “Stone by Stone” são dois trabalhos feitos no âmbito de um dos cursos lecionados pela ETIC Algarve. Aproveite ao máximo e desfrute. Boa leitura!

Inês Pereira


PraiaVerde BoutiqueHotel

Vá de férias mas sinta-se em casa

texto de inês pereira fotografias Cedidas

O

edifico já existe há alguns anos, mudou, pelo menos, duas vezes de gerência até que se transformou, em Abril, no mais recente boutique hotel do Algarve. É mesmo um espaço protótipo do grupo Discovery Hotel Management. O conceito é muito diferente do que a maioria das pessoas que frequentam hotéis estão habituadas. Mário Morais é o diretor e é ele quem muitas vezes recebe os próprios clientes. Explica que neste espaço o que se quer é que “as pessoas descansem e fiquem bem nos seus dias cá”. O novo conceito hoteleiro de lobby market integra várias funções. “A nossa zona pública tornou-se a zona principal do hotel, na receção, no restaurante nos andares, toda esta zona convive entre si”. Quem entra no hotel não é recebido pela recepção, mas sim por uma mercearia com vários produtos gourmet, típicos do sul do país. O espaço comum tem várias valências: receção, bar, mercearia, local de trabalho e lazer, restaurante, espaço para crianças e ainda a mesa de trabalho do diretor.

O que diferencia o Praia Verde Boutique Hotel dos demais é “a exaustão do detalhe. O nosso trabalho é de detalhe, detalhe, detalhe e isso é sentirmos na pele e testarmos. Testamos com a equipa, com a nossa administração, com a equipa de decoração, para saber se funciona ou não. É normal vermos a equipa a participar no desenho de um pires de café, de uma base de café, da chávena ou a ver nos quartos pormenores para as crianças. Coisas que nós diríamos - Era assim que eu me sentiria bem no meu quarto em casa, no sítio onde eu gostava de estar! É esse o detalhe completo que nós fazemos no dia-a-dia aqui. Tudo passa por uma boa equipa de administração que acredita que de fato, em Portugal, se pode fazer muito melhor em termos de hospitalidade. Este é um hotel protótipo,emserviço,emdaraosoutros.Istoéumnegócio de pessoas para pessoas”, adianta Mário Morais. A equipa é composta por diversos especialistas “nas suas áreas de trabalho, mas também em hobbies. Se quiser falar sobre vinhos indicamos o Gustavo, se for para falar de futebol a Ângela. Há um trabalho de interação na equipa em que




todos somos igualmente importantes e todos nos ajudamos uns aos outros”, assegura o diretor. Na receção dizem-nos não se vendem quartos mas “emoções”. Há diversas atividades para fazer. Desde visitas ao sapal de Castro Marim, até a caminhadas em praias paradisíacas, visitas às salinas e pesca entre tantas outras. “É isto que queremos dar às pessoas. Queremos sair um pouco da hotelaria formal, dizer aos nossos clientes que descansem, que nos digam o que lhes apetece. A proximidade é o nosso dia-a-dia, nós acompanhamos os clientes desde o telefonema a fazer a marcação, até ao dia de chegada. Não há horas para nada. Não

precisam de chegar a horas fixas, atendemos aos pedidos das pessoas de forma natural. É como se estivéssemos a receber amigos em nossa casa. Façam a viagem com calma que estamos aqui a tratar de tudo” é a mensagem que este espaço e a sua equipa deixa a quem aqui quer passar algum tempo de descanso.

daqui: genuíno” refere Mário Morais para depois acrescentar que “para se fazer uma ementa diferente só assim. Temos até uma horta onde o nosso Chef vai buscar as ervas aromáticas. Temos um elo com a economia local e isso é ser facilitador pela forma como trabalhamos”.

O restaurante, “À Terra” é outra surpresa. Há um forno típico, onde são confecionados pratos tradicionais. Não há pratos individuais. A comida é colocada no centro da mesa e o objetivo é o de que exista partilha e todos possam provar. Os produtos são todos da zona. “Nada disto seria possível se não fossem os parceiros locais. Desde a flor de sal, aos produtos agrícolas, até aos iogurtes naturais. Tem de ser tudo

No Praia Verde Boutique Hotel há 40 quartos, que são como suites ou pequenos apartamentos, onde é possível cozinhar. As áreas comuns, tanto na parte superior, como na envolvente da piscina convidam a desligar o telefone e desligar-se de tudo para apenas desfrutar de uns dias de férias, fora de casa, mas onde se vai sentir em sua casa.




Sónia Sousa

O sucesso do hairstyling

Texto de inês pereira fotografias de carlos vidigal jr.

J

á nasceu assim, desde pequena que Sónia Sousa sonhava em ser cabeleireira. “O meu pai e as minhas bonecas foram os meus primeiros clientes. 




Comecei aos 13 anos a trabalhar nas férias de Verão, contra a vontade da minha mãe, mas era o que eu queria e apaixonei- me pela profissão logo no momento.




 Aos 18 anos acabei a escolaridade obrigatória e comecei a trabalhar a full time num salão conceituado na baixa de Faro”, referiu. Aos 20 anos Sónia já era ja responsável por um dos espaços e


da vida.





 



 As cores e os cortes retratam isso mesmo, temos cores mais sóbrias e cortes mais longos e harmoniosos. Temos uma evolução depois na cor e corte, onde as cores se tornam mais fortes e cortes geometricamente mais vincados e franjas densas.

rapidamente surgiu a ideia de trabalhar por conta própria. “Para me lançar como empresária, o meu pilar de apoio foi sempre o meu pai. Foi também o meu grande conselheiro. Assim, aos 20 anos abri o meu primeiro salão. Dez anos depois já tinha dois espaços meus”. Para além desta “aventura” por conta própria a hairstylist é também formadora da marca Matrix e já passou por uma experiência internacional onde participou num concurso de Novos Talentos em Paris.

Recentemente lançou o evento “Devil inside Angel” com o qual apresenta uma vasta coleção de penteados e colorações no masculino e feminino. “Foi um desafio para mim não só como profissional mas também a nível pessoal”, acrescentou.









 “A criação deve-se ao que nós somos. Uma evolução do ser humano como espírito. Temos a nossa parte ingénua e depois a nossa evolução espiritual enquanto crescemos, as situações que a vida nos cria onde nos tornamos menos anjos e mais demónios pelas consequências

O que quero é criar um conceito onde as pessoas possam, não só desfrutar de um bom serviço e um bom aconselhamento, como também possam o ter a vontade de escolherem e serem diferentes para vincarem a sua personalidade”, explicou.




 O grande objetivo de vida é ser feliz. Faz aquilo que sempre sonhou, tem o espaço próprio, dá formação a colegas e ainda forma novos profissionais na escola ABC Loulé. Em breve irá inaugurar um novo salão em Faro. Vai mudar de morada mas garante que será uma evolução pois será uma espaço maior que irá ajudar a aumentar a qualidade do atendimento.




Columbus Bar

10 anos de história na baixa de Faro

Texto de INÊS PEREIRA fotografias cedidas

E

m plena baixa da capital algarvia, inserido num edifício histórico está um espaço diferente que, há 10 anos, contribuiu para a história da animação noturna e diurna de Faro.

O Columbus, Cocktail & Wine Bar tem um conceito diferente, convida à descontração e ao lazer. Logo à chegada é-nos entregue um jornal que nada mais é do que o menu. De acordo com a direção “o Columbus orgulha-se em servir com paixão, tem o cuidado constante em selecionar os melhores ingredientes,


com baixo teor de álcool, sem adição de açúcar apenas com produtos naturais.

bebidas premium e os mais avançados métodos e técnicas de bar. Desidratamos frutas, ervas, vegetais. Criamos os nossos purés, xaropes e amargos, assim como envelhecimento e estágio de cocktails exclusivos”. “Todos os dias preparamos a nossa “mise en place” com fruta fresca, sumos naturais manualmente espremidos com a fruta rigorosamente selecionada da nossa região, para conseguir uma maior frescura e qualidade apresentada aos nossos clientes”.

O Columbus aposta também “nas pessoas e forma equipas, defendendo o lema de confeccionar cada bebida com o mesmo gosto e carinho com que faríamos para nós próprios”. Todas as semanas os staff faz provas dos produtos “para saber aconselhar, termos a liberdade de ser criativos, focados sempre na satisfação dos nossos clientes”.

Há cocktails para todos os gostos, alcoólicos, não alcoólicos e

A música não muito alta convida à conversa com quem

nos acompanha ou até com o vizinho da mesa ao lado. Residentes e turistas convivem num ambiente cosmopolita num final de tarde ou noite fora. Os eventos aqui não têm cartaz a preencher todos os dias do calendário. São esporádicos e selecionados de forma a ser uma alternativa às muitas festas de verão que acontecem por todo o Algarve. Nas noites quentes de verão a esplanada é a mais procurada para além das mesas colocadas nos claustros do edifício histórico.












OPINIÃO

Sorte ou azar?

CRÓNICA de luís pinto da silva

Nunca mais lhes pões a vista em cima… ameaçou o pai peremptório, recusando a entrega do filho à mãe.

O

s portugueses só aparentemente são um povo conformado. Perante qualquer injustiça, entre reclamar ou conservar efervescente a razão da sua queixa, preferem a ultima. Não há melhor estado de graça do que poder manter o papel de vítima e permanecer in-justiçado. Manter no horizonte um conjunto alargado de problemas, é ter sempre à disposição matéria prima, para despertar a atenção dos outros e garantir um futuro promissor, forrado de compaixão. Basta perguntar a alguém como lhe corre a vida, para ouvirmos um inevitável chorrilho de maleitas e lamúrias. Este queixume permanente, está-nos na massa do san-


gue e faz parte da nossa condição genética. Ganhamos familiaridade com certos problemas, tornamo-los nossos, na esperança de que enquanto andarmos ocupados e distraídos com eles, evitamos que outros apareçam. Na perspectiva de um portuga, ser optimista, traduz insensatez, significa viver sem queixas e sem equilíbrio. É uma condição que se deve a todo custo evitar, pois o vazio de preocupação, pode conduzir a circunstâncias bem piores. No entanto ás vezes um golpe de sorte modifica-nos os planos. Certa manhã, enquanto tomava um café e desfolhava o jornal, José Manuel deteve-se na página dos anúncios para apreciar um Bentley Continental GT, que lhe chamou a atenção. Estava a ser vendido por um preço miserável, muito abaixo do valor de mercado. Convencido que se tratava de um engano, resolveu telefonar para o número anunciado, mais para sossegar a sua curiosidade do que para fazer qualquer negócio. No entanto quando desligou, mal conseguiu disfarçar o entusiasmo que sentia. Ao que parece, o carro, pertencia ao ilustre comendador Jorge Albano Fonseca, dono de uma das maiores fortunas do País, que em testamento, tinha imposto o legado de entregar o produto da venda do automóvel a uma velha amiga.

A viuva do comendador, que desconhecia a existência de tal amizade, suspeitando da sua natureza, deixou-se tomar por um legítimo ciúme e resolveu vender o carro ao desbarato, para que a liberalidade entregue fosse a menor possível. Quando nessa noite José Manuel regressou a casa, fê-lo já sentado ao volante do sumptuoso Bentley, ainda incrédulo e boquiaberto com sorte que tinha tido, ao adquiri-lo por tuta-emeia. Na vida, basta um momento para que tudo se modifique e um breve instante para que tudo se volte a alterar por completo. E assim foi neste caso. Ainda hoje o Zé Manel se recrimina pela decisão que tomou. Era um funcionário exemplar e muito respeitado na fabrica onde trabalhava, mas quando pela manhã estacionou no parque, percebeu que o seu novo transporte tinha despertado a atenção de todos e sobretudo do patrão. Alguns dias depois, recebeu em casa carta registada contendo uma nota de culpa, pela qual era acusado de estar envolvido em todos os furtos que tinham ocorrido na fábrica.


Nunca pensou que após vinte e dois anos de empenho e dedicação, pudessem deixar recair sobre ele tal insidiosa suspeita.

- Dá Deus nozes a quem não tem dentes,

Ainda se estava a recompor, quando recebeu nova carta, desta vez enviada pelo fisco que punha em causa a veracidade da sua declaração do IRS, pois não tinha rendimentos que lhe permitissem a aquisição de um automóvel de luxo. A mulher, convenceu-se que o carro era o presente de uma amante rica e pediu o divórcio.

Todos sem exceção o achavam um felizardo.

Os amigos, julgavam que ele tinha uma fortuna e passavam a vida a pedir-lhe dinheiro emprestado.

O carro estava amaldiçoado, era um rótulo do qual não se conseguia libertar, um problema grave mas que ninguém reconhecia. No fundo o que lhe doía era o facto de não se poder queixar, pois nesta matéria como todos sabem:

Tudo lhe corria mal, mas não havia motivo legitimo para se queixar. Ninguém estava disposto a ouvir os seus lamentos, sempre que tentava um desabafo, acabava invariavelmente por ouvir frases do tipo:

- Só queria metade da tua sorte.

Desesperado pôs o carro à venda. Não queria nem mais um cêntimo do que tinha pago. O pior é que ninguém lhe pegava, o preço era tão baixo que afastava todos os potenciais interessados, receosos de cair numa vigarice.

“Queixam-se muitos de pouco dinheiro, outros de pouca sorte, alguns de pouca memória, nenhum de pouco juízo”


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«Cenas na Rua» animam Verão em Tavira

Texto de Susana Helena de Sousa (fotografias cedidas)

D

ecorre até 13 de Julho, sempre pelas 22 horas, a décima Edição do Festival Internacional de Teatro e Artes na Rua – “Cenas na Rua”.

Aqui deixamos este roteiro de uma iniciativa que promete atrair milhares ao sotavento do Algarve. Hombre que perdía los botones | Circ Panic [Espanha] 07 de julho Praça da República


Zanetto | Teatro ao Largo [Portugal] 09 de julho Pátio frente ao Palácio da Galeria ‘Zanetto’ é uma farsa animada, escrita, em 1747, pelo mestre italiano Carlo Goldoni, sob o título ‘Il Due Gemelli Veneziani’. A peça segue as aventuras de dois gémeos idênticos que chegam a Verona para negociações matrimoniais, sem o conhecimento um do outro. A confusão resultante, os enganos de identidade e o caos doméstico são a base desta agradável e divertida comédia.

O homem em busca do seu caminho, da sua orientação… Anyway | Max Calaf [Reino Unido] 08 de julho Praça da República Anyday encontra o nome na rotina diária da personagem e da sua mascote, um pássaro. Os dois vivem momentos do mais absurdo e cómico, passando, por outros, mais entranháveis e poéticos. Uma peça de novo circo que usa elementos de clown, teatro físico e manipulação de objetos.

Músicas no Ar [Portugal] 10 de julho Jardim do Coreto Um projeto inédito. Cinco músicos interpretam música tradicional / ligeira portuguesa suspensa sobre os espectadores a 5 metros de altura. O público pode circular em redor e por baixo da estrutura, tendo a possibilidade de assistir a um espetáculo musical de uma forma completamente fora do convencional. A Taberna do Vale…| Ao Luar Teatro [Portugal] 11 de julho Pátio frente ao Palácio da Galeria Este nobre estabelecimento ficou também conhecido como a taberna do degrau, devido

à épica luta levada a cabo por Cândido, na passagem do domínio público para o domínio privado, dos oitenta por trinta e cinco centímetros, exatamente a parcela reclamada pelo proprietário. Utiliza recorrentemente a frase: “quando se vive no campo, a terra nunca é muita”. Cândido, o último dos três irmãos, o mais rezingão de todos, afirma seriamente: “o segredo do negócio é nunca estar mal disposto atrás do balcão”. Assim corre a vida na lanterna dos esquecidos, no farol dos perdidos, no centro cultural da aldeia, na casa do povo dos bailes, tribuna de assuntos públicos, balcão da má-língua, o mundo visto de uma taberna de aldeia por figuras comuns e de assinalável particularidade. Uma comédia de costumes do mundo rural com banda sonora original e música ao vivo. Num cantinho do mundo da Lua | Armação do Artista [Portugal] 12 e 13 de julho Biblioteca Municipal Álvaro de Campos Tudo se passa no quarto de um jovem rapaz, que fugindo aos deveres escolares, refugia-se no seu armário, que o leva através dos seus mágicos poderes, a viagens ao mundo da fantasia e vê tudo à sua volta se transformar.


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CRÓNICA

Máscaras Virtuais CRÓNICA de adriano cerqueira

Máscaras, todos as usamos. Faces feridas encobertas, Desgostos, disfarçados de sorrisos. Mentiras, perdidas em desenhos. Carnavais das nossas vidas, Dias extras que não vivemos, Tudo escondido por detrás, De todo um emaranhado que se desfaz. XIV, Adriano Cerqueira

T

odos usamos máscaras. Escudos que nos protegem das adversidades do dia-a-dia. Do chefe inconsequente que não valoriza a nossa opinião, do cliente mal educado que pensa ter sempre razão. Do empregado que se engana no nosso pedido, da vizinha pronta a encontrar o mínimo motivo de coscuvilhice. Daqueles que nos magoam, que nos irritam, ou que nos maltratam. Todos usamos máscaras. Mecanismos de defesa que, com alguma astúcia podem jogar a nosso favor. Usamos máscaras para esconder a dor, a indignação, o ódio, o irracional. Mas também as usamos para reconstruir quem somos para os outros. Para conquistar a confiança de alguém, para esconder os nossos defeitos, para ganhar respeito entre os nossos pares, para seduzir quem desejamos. Todos usamos máscaras.

A ascensão das redes sociais, a ténue linha dúbia que mistura


o público com o privado, veio acentuar esta necessidade de alimentação das diversas máscaras que possuímos. Recentemente encontrei o vídeo “What’s on your mind?”, realizado por Shaun Higton. Durante dois minutos e meio somos transportados para a dicotomia real/virtual de Scott Thomson, alguém não muito diferente de cada um de nós. Neste vídeo vemos o contraste da sua vida real, com a máscara de positivismo que ele alimenta no seu perfil do facebook. Da comida pré-congelada, a uma relação fria condenada ao fracasso, ao emprego cinzento que o faz ser despedido. Da depressão que o assola, até à sua profunda solidão. Scott usa as redes sociais para transmitir a imagem oposta, em busca da aprovação dos seus amigos virtuais. Contudo, por mais likes que as suas publicações recebam, a realidade mantém-se inalterada, ele está, e assim continua, só. Os últimos tempos têm sido férteis em campanhas com um simples objectivo: desligar. Desliguem o telemóvel. Desliguem o facebook. Olhem à vossa volta. Falem com um estranho. Não percam as oportunidades que desvanecem sempre que o nosso olhar fica colocado a um pequeno, ou a um grande ecrã. Mensagens fortes. Mensagens úteis. Mensagens necessárias. Ignoradas tão rapidamente como qualquer outro vídeo viral. A cada dia que passa cresce o culto da aprovação virtual. Tudo o que fazemos é exposto, partilhado, identificado, visto e gostado. Procuramos chegar ao máximo de pessoas possíveis, com o prato acabado de cozinhar, a tarde passada na praia, a festa que visitámos, a viagem que fizemos. Fazemo-lo para nós, para os outros, para registo, para reconhecimento. Fazemo-lo porque sim. Porque o botão “finalizar”, confunde-se com o botão “partilhar”. Fazemo-lo porque já não sabemos ter experiências que não possamos partilhar com a nossa rede de contactos. Contactos

que muitas vezes não passam de desconhecidos com quem nunca trocámos uma única palavra. E mesmo assim continuamos a fazê-lo. Não porque nos satisfaz, mas sim por não querermos ser ignorados, por não querermos ser apenas mais um numa longa linha do tempo repleta de futilidade. Queremos ser a excepção. Queremos ser o destaque. Queremos a popularidade, a fama. Queremos ser diferentes. Mas também não queremos ficar para trás. Queremos visitar, fazer, e ter tudo aquilo que é cool, tudo aquilo que é moda, tudo aquilo que é partilhável. Tudo aquilo que os outros partilham virtualmente. Queremos viver nesse Universo, onde todas as pessoas estão a sorrir nas fotos, onde todas as refeições parecem pratos gourmet, onde a vida de todos é alegre, sem discussões, sem dificuldades, e onde todos os seus sonhos lhes são oferecidos de bandeja. Queremos viver nesse mundo de ilusões e de máscaras. Construímos a nossa própria máscara para nos sentirmos integrados, para fazermos parte do grupo. Para que “gostem” de nós. Contudo, nós não somos essa máscara. Nós somos o Scott. Temos momentos altos, e baixos. Dias alegres, e tristes. Somos felizes, discutimos. Sofremos de depressão, e euforia. Temos amigos, estamos sós. Somos únicos, temos defeitos. Somos iguais a nós próprios, e não às máscaras que nos tentam impingir. Desliguem. Encerrem a sessão. Desliguem. Bloqueiem a vossa conta. Desliguem. Sejam livres. Desliguem. Sejam únicos. Desliguem. Não há foto mais bela, que aquela tirada sem intenção. Não há momento mais belo, que aquele que não precisamos de partilhar. Não há pessoa mais bela, que aquela que não tem medo de ser igual a si mesma. Não há máscara mais bela, que aquela que não precisamos usar.


Cinema Português

em Movimento traz filmes ao ar livre a Vila Real de Santo António

Texto de Susana Helena de Sousa (fotografias cedidas)

D

esta vez Vila Real de Santo António vai integrar a II edição do ciclo Cinema Português em Movimento. Trata-se de uma iniciativa promovida pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) que irá levar um conjunto de películas às três freguesias do concelho, em locais não abrangidos por salas de cinema. Em Vila Real de Santo António as sessões vão ter lugar entre os dias 4 e 7 de setembro, sempre às 21h30, em zonas ao ar livre como o Parque de Caravanas (zona ribeirinha de VRSA), o


documentário «pt.es», de Pedro Sena Nunes. Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, a «adesão de VRSA a este projeto insere-se na política de descentralização cultural levada a cabo pela autarquia e constitui uma oferta cultural destinada a todos os públicos».

Parque de Campismo e a Avenida Marginal de Monte Gordo ou Vila Nova de Cacela. A mostra contempla unicamente filmes portugueses e as projeções contarão, sempre que possível, com a presença dos realizadores e dos produtores, contribuindo assim para o enriquecimento cultural das populações. Em cartaz estão filmes como «A Bela e o Paparazzo», de AntónioPedro Vasconcelos; «Amália – O filme», de Carlos Coelho da Silva; «Fados», de Carlos Saura; «dot. com», de Luís Galvão Teles; e o

Além de VRSA, esta 2ª edição contempla outros dez municípios, nomeadamente Alfândega da Fé, Aljezur, Arganil, Arronches, Borga, Idanha-a-Nova, Meda, Oleiros, Penamacor, Sabugal. No total, serão exibidas projeções em cerca de 40 localidades. O ciclo integra-se nas comemorações oficiais dos 40 anos do 25 de Abril, incluindo por isso uma curta-metragem de animação alusiva ao Dia da Liberdade, que precederá as sessões. Assinala igualmente os 40 anos de atividade do ICA. Com o intuito de alargar a sua atividade de promoção e divulgação do cinema português, o ICA

conta com a colaboração, para esta 2ª edição, da RTP (media partner), da Escola Superior de Comunicação Social, da Monstra – Festival de Animação de Lisboa, dos municípios aderentes e das produtoras e realizadores envolvidos. Cinema Português em movimento Sessões em Vila Real de Santo António Data: 4 > 7 setembro Hora: 21h30 Parque de Caravanas VRSA «pt.es» | «Fados» Data: 4 setembro Parque de Campismo Monte Gordo «dot.com» Data: 5 setembro Monte Gordo «A Bela e o Paparazzo» Data: 6 setembro Vila Nova de Cacela «Amália – O filme» Data: 7 setembro


PUBLI-REPORTAGEM

Versátil & Sofisticada POR Ambientes & Detalhes Fotografias de sérgio paulino


Concebida com o propósito de paz e relax, esta moradia familiar situada na periferia de Faro, respira grandes doses de serenidade e conforto em todas as suas divisões. Detalhes: Toda a sala foi forrada a papel de parede a imitar linho num tom branco/cinza que permite dar conforto a todo o ambiente e na lareira as decoradoras optaram por a destacar em mica chumbo e fazer assim a ligação com todo o pavimento que se enconta no mesmo tom. - Almofadas com temas descontraídos e cores vivas - Móvel tv suspenso lacado preto alto brilho com base em aço inox polido



Ambientes: Todo o mobiliário de estofo já existente foi re-estofado com tecidos da recente colecção da Aldeco e da Pedroso & Osório, nomeadamente da última colecçaõ da designer Guild. No sofá, modelo tipicamente inglês, foi utilizado um tecido com textura alinhada na côr chumbo e foram aplicadas tachas em côr prata que lhe deram um ar super actual. As bérgeres em decapé, e porque as decoradoras adoram misturar diversas texturas, foram re-estofadas em veludo branco e chenille amarelo ( designer Guild ). Na janela, o varão de ferro outrora existente foi substituido por uma calha fixa ao tecto de parede a parede que permite ampliar visualmente toda a divisão, além de conferir um ar mais moderno.



Detalhes: - Papel de parede amarelo a convidar a entrar o verão - Tapete preto pele de vaca (imitação) Tudo na ambientes & detalhes em Faro


Detalhes: - No corredor de acesso à cozinha e casa de jantar, telas deA autor receber as visitas, Passadeira adquiridas pelo proprietário Veluto em viscose, tela de grandes dimensões e aplique de paNo hall, feito à imagem dos proprietários, com mobiliario, rede canem latão oxidado - tudo na deeiros e espelhos já existentes, as decoradoras concluiram ambientes todo & detalhes. o ambiente.


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Ambientes & Detalhes Tlf: 289 090 678 Rua Ferreira Neto, nยบ5 8000-342 Faro


opinião

Levado à letra

CRÓNICA de ana amorim dias

E

u ia ter com ela a Lisboa no dia seguinte e estávamos a trocar mensagens para combinar tudo. Quando me perguntou quais eram os meus planos para esses dias, eu, que estava a trabalhar na Quinta, respondi-lhe: “Estou só a acabar um casamento, já falamos!” No dia seguinte, ao ver-me, comentou a rir: - Tens que ter mais cuidado! A frase que escreveste ficou um bocado estranha... Dei cordinha à memória e lembrei-me. - Credo, Isabel!! Tens razão, parece outra coisa! Estar a terminar a prestação de um serviço de Copo D’água,


dito daquela maneira, deixava mesmo espaço aberto a outras interpretações. Ontem, em conversa, ouvi-me a discursar sobre o matrimónio: “O casamento é o derradeiro dos desafios humanos: ou se fina em divórcio ou falece no marasmo e no desamor. Mas há casos (sim, há mesmo) em que dois seres descobrem a fórmula para viver o e do amor, sem se anularem nem caírem na monotonia dos dias sempre iguais.” O Homem enfrenta muitos desafios, mas realmente o casamento funcional, vitalício e sentido, é uma das maiores provas. Podia continuar a discursar, por páginas e páginas, com dicas que considero importantes na conquista de um casamento feliz (sim, porque é uma conquista diária) mas limitar-me-ei a opinar resumidamente. Espaço: o espaço vital alheio é o altar da comu-

nhão entre dois seres. Respeito: não tentar mudar o outro é a maior prova de que se ama de facto quem partilha a vida connosco. Surpresa: ou somos eternamente surpreendentes e nos contruímos pela vida fora, ou deixamos de ter forma de nos presentear ao outro de sedutoras maneiras. Resistência: por pura preguiça e orgulho, muitos desistem do fabuloso mar de um relacionamento potencialmente feliz ao aparecimento das primeiras ligeiras ondas. Os casamentos felizes não se vivem sempre em mar calmo, nascem da sobrevivência às mais mortíferas tempestades. Amor: sem amor por nós mesmos não existe amor ao outro. Sim. Afinal é assim tão simples!! É o casamento levado à letra.


Manuel Neto dos Santos

poeta com 25 anos de carreira no Algarve

Texto susana helena de sousa fotografias cedidas

M

anuel Neto dos Santos é um poeta do Algarve a comemorar 25 anos de carreira. Tal como diria José Bívar, outra figura incontornável da história e cultura do Algarve, Manuel N. dos Santos é “autor, investigador e poeta da cultura do Garb Al Andaluz, um cultor indefectível das nossas extraordinárias raízes regionais e nacionais. Canta Ary dos Santos e Natália Correia, como só ele sabe fazer, pelo transporte afectivo e encantatório. É assim quando um Poeta da nudez, do Corpo franzino mas inteiro, solta o seu gigante para um público


devoto que o bebe em veneração e gratidão, pela memória e evocação de alguns dos nossos mais queridos valores”. Falámos com este poeta de Alcantarilha, Silves, que nos conta o que mais o marcou ao longo dos últimos 25 anos de carreira e que nos diz como surgiu o «Corpo como Nudez»; uma autêntica dedicatória ao seu companheiro de outros tantos anos de vida. É um artista das letras, da canção e do teatro. Com 25 anos de carreira o que gostaria de destacar do seu percurso? A expressão artística, mais do que qualquer outra, se levada a sério como matriz da nossa essência, requer persistência. Comemoro, de facto, este ano 25 anos sobre a edição de «O FOGO, A LUZ E A VOZ»; o meu primeiro livro de versos. Mal sabia eu que a minha entrega teria de ser incondicional à Mátria Língua...16 livros depois... E aqui estou, recebendo os últimos textos para “ 25 anos, 25 amigos, 25 testemunhos” , que darão a O VIANDANTE DAS PALAVRAS -(biofotografia) que sairá dia do meu município de Silves, a 3 de setembro pela

minha editora ARANDIS. É o fecho lógico para que entendam que tipo de homem a poesia fez de mim... Ao sul, um poeta solitário, abnegado e pragmático, perante tudo e todos. Eis que de repente, o país se dá conta de que eu existo! Sempre existi, mas tive, creio, a sensatez de saber que o reconhecimento deve ser feito sobre “ obra feita” e não conhecimentos que tenhamos nas áreas de decisão... O seu mais recente livro de poesia intitula-se «O Corpo como Nudez». Dedicado ao seu companheiro. É um livro de amor? O que lhe disse e nos quer dizer com esta obra. Sendo que será interessante que explique o processo de criação e publicação deste livro...! O CORPO COMO NUDEZ, que a nudez levada ao extremo se espelha no corpo em si mesmo. Obra que dedico ao meu companheiro de vida, com a frontalidade que me é conhecida... num país onde os “paninhos quentes da moral hipócrita” nunca me aqueceram. Um poeta por inteiro, cantando o amor no masculino. Irmão do António Botto mas já sem ter de ser, felizmente, achin-

calhado por estudantes universitários, escorraçado para o Brasil pela moral de um país provincianamente tacanho. O corpo do Homem cantado com os cinco sentidos; na busca da sensualidade da própria Língua, no gosto das palavras, na forma de amar quem amo... sem pedir licença ninguém. Canta Ary dos Santos, declama Bocage, Natália Correia e outros. O que procura em todas as suas vertentes artísticas. E o que quer dar ao público com a sua arte? POESIA, POR LIBERDADE-uma das tragédias existenciais deste povo é o pudor de valorizar quem de facto tem valor; o complexo de inferioridade visceral impede tanta gente de expressar o elogio. Eu, não. A alguém a que me tenha “ ajudado “ a crescer como pessoa, estética ou eticamente, devo, por uma questão de civilidade, expressar o genuíno agradecimento. José Carlos Ary dos Santos e Natália Correia, pela liberdade, não podem, nem devem, ser encarcerados nos compêndios de literatura portuguesa; têm de voltar , de viva voz, à voz da liberdade que nos ajudaram


CRÓNICA

A DIETA MEDITERRÂNICA O “REGRESSO” DE UMA PRÁTICA DE 3 MIL ANOS!

CRÓNICA de belmira antunes Fotografias cedidas pela Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, núcleo de Faro

E

stamos a falar apenas de comida? De restrições alimentares? Não! Estamos a falar de um MODELO ALIMENTAR DE EXCELÊNCIA (que existe há 3 mil anos), considerado exemplar pela Organização Mundial de Saúde e de um PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE, classificado pela UNESCO. AZEITE, VINHO, PÃO, FRUTAS E LEGUMES DA ÉPOCA, ERVAS AROMÁTICAS, LATICÍNIOS, MEL, PEIXE, ÁGUA E INFUSÕES DE ERVAS! Ingredientes simples, mas associados a uma CONFEÇÃO ESPECIAL: como sopas, cozidos, ensopados e caldeiradas. Uma culinária plena de condimentos aromáticos que a tornam extremamente rica e saudável.


Mas também estamos a falar: DO CICLO PRODUTIVO E DE COLHEITA, DAS FESTIVIDADES ASSOCIADAS, DO EXERCÍCIO FÍSICO, DO DESCANSAR, DO SENTAR À MESA E DEGUSTAR, DA PARTILHA DE SABERES E SABORES E DO CONVÍVIO À MESA ENTRE FAMILIA, AMIGOS E FORASTEIROS! Ou seja, quando se ouve falar (e cada vez mais se irá ouvir falar) na “Dieta Mediterrânica” não se deve pensar na terminologia “dieta” encarada vulgarmente como um regime restritivo, uma penitência que alguém tem de passar para emagrecer ou tratar uma doença. Saborosa, diversificada, colorida, aromática e saudável e de partilha: eis como se apresenta a

Dieta mediterrânica! Bem longe do martírio de uma comidinha sem prazer! Não estamos a falar numa gastronomia para comer em pé, de enlatados, congelados ou produtos processados, uma fast food, mas sim, numa slow food, em algo que nos caracteriza enquanto povo atlântico, mas com traços mediterrânicos: o clima, a geografia, a agricultura, a economia e as tradições. Estas características, em Portugal, estão presentes em maior parte no Algarve. O QUE É ? De uma forma simples, a Dieta Mediterrânica é um conjunto das várias dietas mediterrânicas



ancestrais, agrupadas numa filosofia própria das suas gentes, englobando características especificas desde o “nascer” do alimento até ao seu consumo. A produção, a colheita, a confecção e o que daí está associado : rituais, tradições, ou seja a transmissão de valores culturais comuns deste território. COMO SURGIU E QUE BENEFÍCIOS TEM? Este padrão alimentar que se convencionou designar por dieta mediterrânica foi “descoberto” por um médico americano : Ancel Keys nos anos 50, que verificou que nos 7 países estudados: Itália, Grécia, ex-Jugoslávia, Holanda, Finlândia, Estados Unidos e Japão, os povos dos países mediterrânicos apresentavam um padrão alimentar associado a menores doenças, nomeadamente cardiovasculares, maior longevidade, menor risco de cancro, diabetes, tensão arterial, obesidade e doenças como Parkinson ou Alzheimer. Estudos posteriores confirmam as vantagens desta prática alimentar. A Universidade de Coimbra, em 8 anos de estudo verificou também as vantagens desta prática na redução da incidência de vários tipos de cancro. Os benefícios da dieta mediterrânica ultrapassam no entanto a saúde, sendo transversais na economia local, regional e nacional e nomeadamente no turismo. Portugal é auto-suficiente em vinho, azeite, hortícolas e leite, exportando muitos destes produtos agrícolas e favorecendo assim a economia. O vinho é também reconhecido pela sua qualidade internacionalmente e o azeite está bem presente pela quantidade e pela qualidade, sendo Portugal é um dos maiores produtores mundiais. Todos têm a ganhar com a dieta mediterrânica,

desde quem usufrui dela - o consumidor, aos nossos produtores bem como a quem nos visita. A dieta mediterrânica pode ser ainda um factor diferenciador no nosso turismo. Na Europa a procura primária, ou seja: quando o turista se desloca exclusivamente pelo objectivo gastronómico, representa cerca de 600 mil viagens/ ano e a procura secundária é estimada em cerca de 20 milhões/ano. Cada vez mais a gastronomia tornou-se um motivo de viagem e estadia para conhecer a cultura de um país. Por isto mesmo, a dieta mediterrânica incorpora os valores que cada vez mais cativam os turistas, cativam todos nós: a autenticidade, o estilo de vida saudável, a sustentabilidade e a partilha de experiências. EXISTE UMA DIETA MEDITERRÂNICA ALGARVIA? Sim, existem peculiaridades dadas pelas próprias características endógenas do Algarve, nomeadamente as naturais cujas gentes algarvias traduziram-nas em pratos como: a “Muxama de atum”, a “Salada de cenoura à algarvia”, o “Xarém”, o “Gaspacho”, o “Arroz de lingueirão”, os “Chicharos com carne de porco”, os “Dom Rodrigos”, os “Bolos de maçapão” e a “ Torta de alfarroba”. Pode encontrar estas iguarias mediterrânicas do nosso sul português nos restaurantes típicos, bem como, cada vez mais, em restaurantes de cadeias hoteleiras que estão aderindo a esta prática. A DIETA MEDITERRÂNICA E TAVIRA Portugal é hoje um dos 7 países (desde o ano passado), a par de Espanha, Itália, Grécia, Chipre, Croácia e Marrocos, que fazem parte de comunidade representativa da Dieta Mediterrânica. Portugal escolheu Tavira para o representar, devido às suas características mediterrânicas


ainda “vivas”. Tavira, tem assumido desde há muito tempo a salvaguarda das suas tradições, incluindo as gastronómicas. Existem várias iniciativas em curso, outras já realizadas, como é o caso da inauguração em Junho, de uma MERCEARIA DA DIETA MEDITERRÂNICA, na Praia do Barril (Tavira) – para promoção e venda (física e online – facebook) de produtos mediterrânicos. Está patente também até Dezembro, uma excelente EXPOSIÇÃO SOBRE A DIETA MEDITERRÂNICA, no Palácio da Galeria, em Tavira, prestando bastante informação sobre várias temáticas como a candidatura à UNESCO, a história da alimentação mediterrânica, os produtos e alimentos e as paisagens mediterrânicas. Realizam-se neste espaço, visitas pedagógicas e workshops existindo, uma cozinha dentro desta exposição onde se pode aprender a preparar refeições mediterrânicas. A par desta iniciativa, em Setembro deste ano, nos dias 5, 6 e 7, no centro de Tavira, vai-se realizar a “2.ª FEIRA DA DIETA MEDITERRÂNICA”,

onde se podem comprar produtos de tradição mediterrânica, participar em provas gastronómicas, oficinas de culinária, ateliers, jogos, conferências, worshops, bem como, passeios pelo património natural e cultural de Tavira. Uma semana antes desta feira vai ocorrer no mesmo local, a “SEMANA DA DIETA MEDITERRÂNICA” (início a 30 de Agosto), onde estarão à disposição do público diversas actividades relacionadas com a Dieta Mediterrânica e onde a restauração tavirense andará de mãos dadas com esta iniciativa e terão pratos mediterrânicos a apresentar aos visitantes. Tavira, o Algarve e Portugal, na sua mediterraneidade, estão prontos a acolher todos os que queiram experienciar cheiros e sabores desta nossa identidade comum. Valorize este nosso património cultural, adotando hábitos mais saudáveis e disfrutando da vida de uma forma mais genuína. Prove os pratos que aqui lhe sugerimos e comprove que estar nesta “dieta” é bom!



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OPINIÃO

Astrologia de um Verão inesquecível

Os astros explicam Texto de Raquel Fialho

Astróloga, escritora e formadora Raquelfialho.com

A

h, o Verão… Quem não gosta desta época? O tempo que passa mais devagar, o calor despertando os prazeres sensuais, descanso e diversão junto de quem mais amamos… É altura para relaxar, esquecer dificuldades e aproveitar as coisas simples: um banho de mar, uma bebida refrescante, um passeio na praia. O Verão cumpre no nosso calendário interior um papel fundamental para o equilíbrio mental, emocional e espiritual, que vai muito para além de esquecer temporariamente o trabalho, ou buscar novas oportunidades para a paixão acontecer.

A partir do solstício de Junho (por volta do dia 21), o Sol atravessa três signos do Zodíaco até à chegada do Outono. Cada um desses signos representa uma fase diferente do nosso desenvolvimento pessoal, um pedaço do nosso “guião de vida” que é experienciado de uma forma diferente por cada pessoa, de acordo com o significado particular que cada um desses signos tem na sua vida.

O signo que inicia o Verão é Caranguejo, trazendo o anseio pelo mar, pelos pequenos rituais que na nossa infância preenchiam as “férias grandes” e dos quais guardamos a melhor das nostalgias. Aqui nos sentimos crianças de novo, procurando o aconchego da família e o mimo das refeições em grande: churrascos, piqueniques, ou até um retorno à aldeia onde teimam em resistir as nossas raízes. O desejo de mergulhar nas águas, em praias fluviais ou costeiras, vai de encontro a muito mais do que tentar escapar ao calor. É uma forma de regressar inconscientemente à vida antes da vida, às águas do ventre materno e à sensação de união perfeita e plena com tudo o que existe. Se há quem diga que o sal ajuda a purificar, então os banhos de mar são ainda mais regeneradores, fornecendo uma espécie de “pequeno renascimento” para quem, sendo hoje um adulto independente, retém ainda uma semente de inocência e de saudade do aconchego maternal. O auge do Verão acontece sob o signo de Leão, quando o Sol está na sua máxima intensidade


e parece convidar ao disfrute de todo o tipo de experiências prazerosas. Leão simboliza a criança que, ultrapassando as fronteiras da família de origem, se aventura no mundo para satisfazer os seus desejos individuais. Nesta etapa, importa aproveitar cada dia ao máximo (carpe diem!), viver grandes e pequenas paixões, rir e dançar pela noite fora. Somos como fogueiras na noite, animando quem nos rodeia com a nossa alegria, sentindo o coração bater mais depressa sempre que outra pessoa ateia as nossas chamas e nos faz sentir especiais apenas por estarmos vivos. Longe do trabalho e até, muitas vezes, de casa, esquecemos os deveres e permitimo-nos ser egoístas, saudavelmente egoístas.

Dormir até tarde, comer até rebentar, não fazer nadica de nada… somos reis do tempo, e o tempo avança ao ritmo da nossa chama criativa. No final de Verão, o Sol entra no signo de Virgem e chega a hora de regressar. À rotina, à responsabilidade, ao “mundo real”. Começam as colheitas agrícolas, e é preciso separar o trigo do joio, analisando em jeito de balanço para reter apenas o essencial e descartar o desnecessário. Não é por acaso que o período escolar começa nesta altura do ano, pois Virgem é o signo do trabalho constante, dedicado e atento, do esforço de auto -aperfeiçoamento e aprendizagem concreta que não pode ser descurado. Passada a nos-

talgia dos dias de Caranguejo, e a exuberância dos dias de Leão, preparamo-nos mentalmente para a chuva e para o frio, para o despertador que toca inclemente às 6 da manhã e para todas as tarefas que dependem de nós. Esta é a melhor altura para fazer um check-up médico, para levar o carro à oficina, para rever a situação financeira ou para preparar a casa para os rigores do Inverno. Animados por um Verão bem preenchido, deixamos para trás a criança que voltámos a ser para vestir a pele do pai, do profissional, do adulto, e reentrar com mais energia, empenho e serenidade na vida de todos os dias.


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O verão já chegou. Finalmente! SHOES VICTIM

por fernanda hilário (OPINIÃO)


A

grande questão que nós colocamos é: qual o melhor sapato para ir para a praia, para passear, para sair? Neste artigo deixo-vos algumas ideias dos modelos que estão in, que eu gosto e vou usar. Mas, antes de passarmos aos modelos de sapatos, deixo uma dica muito importante. Ter uns lindos sapatos é super mas ter uns pés bonitos e bem tratados ainda mais! Por isso toca a ir fazer uma visita à pedicura, tratar dos nossos pés e colocar uma cor nas unhas. Depois de feita esta etapa toca a por os famosos sapatinhos que tanto ansiamos estrear. Este verão as tendências são: - A sapatilha compensada, tendência sapatos primavera-verão 2014: Num artigo anterior já tinha falado deste tipo de sapato e volto a repetir porque as sapatilhas compensadas são “o” sapato a ter para este verão. Democratizadas pela Isabel Marant, as sapatilhas compensadas, são o “must have” dos sapatos citadinos. - As sandálias abertas, sejam elas com ou sem salto, são igualmente uma tendência para este verão: No verão, se existe um tipo de sapatos a usar, são exatamente as sandálias abertas. São sapatos que deixam os nossos dedinhos dos

pés ao ar livre e que nós podemos “vestir” com elegância. • Em “plástico” chique Este tipo de sapato, faz definitivamente a sua entrada nesta estação. Seja em versão chinelo, sandálias ou com fivela no tornozelo e é uma boa noticia visto que o plástico, contrariamente ao que se possa pensar, é muito confortável! Os meus preferidos: San Marina Bocage Alizée Cannes • Tudo em “franjas” Até agora só as víamos nas botas e hoje, é nas sandálias que elas fazem a sua aparição. Uma vez que tudo se prende ao detalhe, saiba que as “franjas” nas sandálias dão um efeito chique garantido. Os meus preferidos: Essentiel Bérénice • Baixinhas, baixinhas (sem salto) Adeus aos sapatos altos (apenas para passear, ir à praia ou para um “look” descontraído). Podemos igualmente usar um pouco compensadas, mas apenas um pouco! As minhas preferidas: San Marina Eram • A fivela no tornozelo Podemos igualmente optar por sandálias com bride de tornozelo.

O “must”? Que a fivela seja decorada por um pequeno acessório. Os meus preferidos: Jonak La Halle Primark Mark&Spencer - As “espadrilles” As “espadrilles” são os sapatos deste verão. Confortáveis e bonitas, elas fazem “sombra” aos chinelos de piscina e de praia, elas instalaram-se no podium das tendências verão 2014. A “espadrille” será igualmente a nova “star” deste verão. A “espadrille” é o novo chique. Adoro o modelo Chanel! Mas temos outra opção: “espadrilles” bonitas e a pequenos preços. Mais fácil do que usar os chinelos e mais prático para a praia. Devemos usar e abusar! Todas as marcas adotaram: Zara, Asos, Oysho, H&M entre outras. - Sandálias compensadas Ideais para sair à noite, para ir dançar ou somente para um pequeno passeio à beira mar, ficam bem com todo o tipo de roupas: vestidos, saias, calças. São confortáveis, práticas e fazem um lindo pé. São um “must have” deste verão. Há coloridas, com riscas, com acessórios... Sobretudo aproveite o sol, a praia e divirta-se com a moda!


CHEGAR AO FIM

A FLOR DA PELE

Texto de EMME (opinião)

Q

uantas vezes conseguimos terminar as tarefas que começamos? A minha resposta? Quase nunca. Defeito de fábrica, na certa.

Não é defeito é feitio! Posso sempre tentar este argumento, mas sem fugir à realidade e, olhando de fora, o caso é grave! Começo 50 coisas ao mesmo tempo e vou andando de uma para outra e muitas vezes deixo tudo a meio. Imaginem um gato no meio de um campo cheio de flores e borbo-


letas. Olha para uma papoila ao vento, começa a correr na direção da flor, nisto aparece uma pequena borboleta no ar e ainda não chegou perto de uma e já está a saltar, de olho noutra. Consequências? Ui! Todas!!!! Ponho o almoço ao lume. Vou arrumar o quarto. Cheira-me a queimado. Largo a cama que estava a começar a fazer. Corro para a cozinha. Tento salvar o almoço. Olho para o relógio. Tenho de sair para trabalhar. Saio sem almoçar e, quando chego a casa à noite, percebo que a cama, afinal, ainda está por fazer. Como é que sobrevivi até aos 36 anos de idade? Vendo bem é um mistério!!!! Não sei se fui sempre assim, ou se comecei a ser assim porque hoje a vida obriga-nos a andar a uma velocidade diferente. Tudo é rápido. Tudo está a acontecer. Somos bombardeados com informação ao Segundo e às vezes tenho a sensação de que somos todos acrobatas a tentar equilibrar, a custo, os novos pratos que nos vão atirando para as mãos. O que é novo chega-nos ao minuto. Na ânsia de tudo experimentar, algo tem de ficar para trás. As prateleiras de uma perfumaria também são uma boa metá-

fora. Invadidas por novos produtos quase todos os dias, escolher é praticamente impossível. E é tão tentador estar sempre à procura de algo melhor que os antigos produtos que temos lá em casa, depressa ficam escondidos no fundo da gaveta. Volto por isso à pergunta do inicio: Chegar ao fim? Quase nunca. A maioria dos cremes que compro, ficam quase sempre com um pedaço no fundo da embalagem. Às vezes porque não são nada do que eu esperava. Muitas vezes porque me distraio com uma nova “borboleta” e dou por mim a experimentar outra coisa. Embalagens vazias que tenha deitado fora? Poucas. Mas se pensar bem nisso, há produtos a que sou fiel e que por essa resistência merecem destaque. O leite de limpeza da PAI é um dos raros exemplos. O “Camelia e Rose Gentle Hydrating Cleanser” é uma espécie de creme, que se aplica para limpar o rosto, para desmaquilhar, e que pode mesmo ser usado como desmaquilhante de olhos, por ser suave. Aplica-se no rosto húmido. Massaja-se e retira-se com um pano de linho humedecido em água morna. Complicado? Nada disso! O pano vem incluído na compra do leite de lim-

peza. É produzido pela PAI já dessa forma. E a mistura do pano ligeiramente rugoso com o leite extremamente suave, permite limpar a pele em profundidade, sem a agredir. Quando me desmaquilho com este leite, na primeira passagem do pano no rosto, o linho fica quase sempre com um aspecto muito sujo. E isso é bom, perguntam vocês? SIM!!!!! é um claro sinal de que está de facto a retirar da pele tudo o que ela tem, e de que não precisa: maquilhagem, oleosidade, poluição… O resultado é sobretudo visível. Quando limpo o rosto desta forma fica claramente melhor. Por estes dias os Bálsamos de limpeza estão na berra. São uma espécie de creme oleoso e denso que prometem limpar a pele em profundidade. Mas este leite, na minha opinião, consegue o mesmo efeito, sem agredir tanto a pele. Já aqui vos falei de outros produtos da PAI. Uma marca inglesa, feita de raiz a pensar nas peles sensíveis. E até agora, quase tudo o que experimentei, fiquei fã. Mas este é de longe um dos produtos favoritos. E um dos poucos casos em que cheguei ao fim da embalagem e mais do que isso: voltei a comprar.


Como todos os produtos da PAI, é um produto biológico, não testado em animais, e que respeita as exigências do cliente Vegan. O “Camelia e Rose Gentle Hydrating Cleanser” pode ser usado de manhã e à noite. Pode ser seguido de produtos de outras marcas (coisa que já fiz e não notei qualquer incompatibilidade) e garanto-vos que

por mais maquilhagem que tenham, ela vai sair sem grande dificuldade, e até de forma prazerosa. Uma dica: Depois de retirar o leite com o pano morno e húmido, no final , experimentem cobrir o rosto com o pano molhado em água quente e bem escorrido, e ganhem alguns segundos de descontração garantida!

O leite de limpeza da PAI é simples e eficaz. E pensando bem, talvez seja por isso que tão bem resiste na minha lista de produtos favoritos. A simplicidade talvez seja o segredo para melhor resistir à voracidade dos dias de hoje. E vendo bem, não foi sempre assim?


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Algumas Estratégias para ir para Cima

Ter um Animal de Estimação

ajude-se a si própria

Texto de ivo dias de sousa professor universitário e autor do livro “Um Coelho Cheio de Sorte”

T

ome contas das relações com as pessoas. No entanto, cuide também das relações com animais. :) Por exemplo, ter e cuidar de um animal de estimação é uma forma possível de melhorar o nosso bem-estar e, mesmo, tratar uma depressão. Se gosta de animais e tem um estilo de vida adequado, porque não? Porém, tenha em atenção que é a via sugerida mais exigente em termos de tempo.

Por sistema, experimento o que sugiro. Ainda considerei ter um animal de estimação para escrever este ponto. No entanto, acabei por “acobardar-me”. Do meu ponto de vista, ter um animal de estimação como um cão ou um gato é uma grande responsabilidade. Não faz sentido ter um animal de estimação com tempo limitado. Um animal não é um objeto que possamos deitar fora sem problemas. Cuidei de animais de estimação de amigos. Gostei da experiência. Acho que foi positivo para mim mas não é a mesma coisa do que ter um animal de estimação a tempo inteiro. :) Pessoalmente, o animal que eu gostava mesmo de ter seria um papagaio – são adoráveis. Todavia, está ainda mais fora de questão do que ter um cão ou um gato. Porquê? Um papagaio necessita de mais atenção do que um cão ou um gato. Alguns familiares meus têm ou tiverem papagaios e é, mais ou menos, como ter uma criança de dois ou três anos em casa. Um papagaio necessita mesmo de bastante atenção para se sentir bem. Não é só dar-lhe água e comida. Um papagaio deprimido é triste de se ver. Avançando.


Bem, não. Antes de avançar vou contar-lhe uma pequena história de um papagaio que conheci. Esse papagaio reparou que o cão saía de casa para o jardim a ladrar quando ouvia um som particular de um determinado carro a passar – só com o som de um carro específico o cão saía. O papagaio, de vez enquanto, imitava o som do carro e o cão lá saía a correr para ladrar ao automóvel imaginário. Depois do cão sair da casa, o papagaio baixava e levantava a cabeça com um ar muito contente. Não só percebia que tinha enganado o cão como se divertia muito com isso. Os papagaios são muito mais inteligentes do que a maioria de nós pensa. Avançando mesmo. Não digo que as relações com animais possam substituir as relações com as pessoas. Nós somos humanos e necessitamos do contato com pessoas a muitos níveis. Um dos mais óbvios é para conversar. Não é a mesma coisa com animais. É diferente e também pode ser bom para nós e para os animais. É verdade que comunicamos com animais. Isso já me aconteceu com mais do que um. ;) E digo que com papagaios

a comunicação até pode ter alguma sofisticação. Pronto, confesso que tenho uma certa fixação por papagaios. Uma vez tive uma experiência muito agradável com um papagaio pequeno. Ele subiu até à minha cabeça e catoume durante alguns minutos. Os papagaios podem ser perigosos com as suas garras e, sobretudo, o bico. Porém, podem ser extremamente cuidadosos e simpáticos. Foi o que aconteceu com aquele papagaio. Depois de me catar desceu até um dos meus braços. Colocouse de costas durante alguns segundos – não fiz nada. Voltou-se e olhou para mim. Percebi que ele queria dizerme qualquer coisa e não percebi o quê. Colocou-se outra vez de costas e mexeu-se um pouco. Desta vez o pescoço e a cabeça. Finalmente, percebi o que ele queria dizer: “Catei-te a cabeça, agora retribui!”. Com um dedo, lá estive a mexer nas penas dele por alguns minutos. O contato com animais (sobretudo mamíferos e algumas aves) pode ser muito agradável e afetuoso. Um exemplo comum são os cães retribuírem festas com lambidelas. Mesmo

os gatos também retribuem as festas. Claro que, sendo gatos, são, normalmente, muito mais “discretos” que os cães. Por si só, o contato com animais é bom. Porém, ter um animal de estimação tem outra vantagem relacionada com o seu principal custo - ocupar tempo. Quando se tem, por exemplo, um cão é necessário levá-lo a passear várias vezes ao dia. De certa forma, isso dá-nos uma sensação de propósito – somos úteis a alguém (neste caso, um animal). Faça o que não faço e considere ter um animal de estimação. Do meu ponto de vista, o ideal são mamíferos (como o cão e o gato) e aves (como o papagaio). Se são demasiado exigentes para si, pode ter um peixe. Se não quer ter um animal de estimação, pode ter uma ou mais plantas. Se for mesmo comodista, comece por ter um cato. Exigem muito pouco esforço. Pouco esforço não é nenhum. Se o cato tiver dentro de casa, tem de, pelo menos, dar-lhe alguma água no espaço de meses. Ajude os outros, mas comece por si.


PUBLI-REPORTAGEM

A OSTEOPOROSE

E O EXERCÍCIO FÍSICO NAS MULHERES

dora pinto (Personal Trainer) www.personaltrainers.com.pt

E

ste tema surgiu-nos porque, durante vários anos da nossa experiência profissional, temos lidado com bastante público feminino e esta é uma patologia muito comum nas mulheres a partir dos 50 anos. Com um estudo mais aprofundado de como podemos prevenir ou agir perante alguém com osteoporose e qual o melhor exercício, pretendemos, pois, esclarecer-vos melhor sobre esta patologia e, acima de tudo, incentivar todas as pessoas a praticarem exercício físico pela vossa saúde.



O termo Osteoporose provém das palavras gregas osteon, que designa osso, e porose, que significa poro. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Osteoporose é definida patologicamente como uma excessiva diminuição da massa óssea e desestruturação da sua micro-arquitetura, levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumatismos mínimos. É uma condição comum, especialmente entre as mulheres idosas, sendo um importante fator de risco para fraturas que ocorrem mais comummente no pulso, coluna vertebral e anca (Johnell, 2006). Com base em dados da OMS, a Osteoporose significa perda de 25 por cento da massa óssea em comparação com o adulto jovem. Segundo a OMS, a densidade mineral óssea (DMO) é considerada normal quando o seu valor se encontra, no máximo, dentro de um desvio-padrão abaixo da DMO encontrado em mulheres adultas jovens. Já se considera Osteopenia quando o valor da DMO se encontra entre 1 e 2,5 desvios-padrão da normalidade. Assim, diagnostica-se a Osteoporose quando o valor da DMO está abaixo de 2,5 desvios-padrão da normalidade. Por fim, a Osteoporose estabelecida ou grave verifica-se quando o valor da DMO está abaixo de 2,5 desvios-padrão na presença de uma ou mais fraturas por fragilidade óssea. O aparecimento desta patologia está ligado aos níveis de estrógeno do organismo. O estrógeno - hormônio feminino, também presente nos homens, mas em menor quantidade — ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. As mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrógeno caem bruscamente. Com isso, os ossos passam a incorporar menos cálcio (fundamental na formação do osso), tornando-se mais frágeis. Para cada quatro mulheres, somente um homem desenvolve esta patologia. Na meno-


pausa, as mulheres sofrem uma acelerada perda óssea mas, posteriormente, tanto as mulheres como os homens podem perder gradualmente a massa óssea (Lane, 2000). Os fármacos podem reduzir a reabsorção óssea e estimular a reconstituição dos ossos, mas o melhor tratamento é a prevenção, sendo fundamental uma vida sã pautada, por exemplo, por uma alimentação equilibrada e um bom programa de exercício físico (Renfro, 1998), visto ser uma doença que não tem cura. O exercício físico tem um papel crucial na prevenção ou tratamento da Osteoporose. O tecido ósseo é afetado positivamente pela atividade, enquanto a redução da carga que sobre ele se deve exercer tem uma influência negativa. A quantidade e qualidade da atividade física vaise reduzindo com a progressão da idade, resultando daqui uma diminuição da massa muscular e, assim, da massa óssea que com ela se relaciona diretamente. O peso de um músculo reflete a força exercida sobre os ossos, pelo que este é um fator determinante da massa óssea (Barata, 1997). O American College of Sports Medicine (ACSM) (2005) sugere as seguintes recomendações para prescrever o exercício físico para doentes com Osteoporose: no caso de o paciente não ter dores, recomenda-se atividades aeróbicas com carga (quatro dias por semana) e treino de resistência (dois a três dias por semana); exercícios específicos incidindo no equilíbrio e modificação das atividades diárias;

exercícios que melhorem a força muscular; exercícios cardiovasculares (exercícios em meios aquáticos, caminhadas, ciclismo) desde 40 a 70 por cento do VO2R; exercícios de resistência (pesos livres, máquinas, calistenias, bandas elásticas) com carga direcionada para o osso (duas vezes por semana, para oito a dez repetições a uma submáxima intensidade), evitando exercícios de flexão da coluna e realizar todos os exercícios com uma postura correta e realizando exercícios de flexibilidade (cinco a sete dias por semana) e exercícios funcionais (exercícios com cadeira, sentar e levantar, caminhar vigorosamente, pelo menos, dois a cinco dias por semana). As atividades contra-indicadas incluem movimentos explosivos e de alto impacto para o esqueleto, como saltar e correr. Acresce que exercícios de abdominais, movimentos de torção e a excessiva flexão do tronco podem ser perigosos para pacientes com Osteoporose. Para a prevenção desta patologia é recomendada a prática de atividade física regular, e parece que na infância/adolescência desempenha um papel importante para a prevenção primária da Osteoporose. É claro que existem algumas variáveis como componentes genéticas, étnicas, nutricionais e hormonais, as quais podem ser consideradas de grande influência. A Personal Trainers Algarve deixa aqui quatro recomendações gerais nos exercícios de prevenção da fragilidade óssea: privilegiar a inten-

sidade do exercício em relação ao volume, privilegiar as atividades locomotoras na posição de pé (influência gravitacional), encorajar a prática de atividades que aumentem a massa e força muscular e evitar a imobilização. Por outro lado, nos tratamentos de indivíduos com altos índices de Osteoporose, e consequentemente onde o risco de fraturas é elevado, deve-se evitar carga excessiva nos ossos em risco, privilegiando o exercício onde a probabilidade de queda seja ínfima e onde as diferentes capacidades físicas sejam trabalhadas, visto que o objetivo primordial é o combate à perda óssea e a diminuição do risco de queda. A Personal Trainers Algarve alerta, ainda, para a prevenção da Osteoporose, que é um processo contínuo e que depende tanto da medicina, quanto da nutrição e do exercício físico, uma vez que uma boa alimentação rica em cálcio, níveis hormonais adequados e a prática de exercício físicos adequados devem atuar em uníssono na promoção, manutenção e, até, incrementação da DMO. O acompanhamento por um profissional de exercício e saúde tornase indispensável, pois a prescrição de exercícios físicos, principalmente quando dirigidos ao público portador de Osteoporose, deve ser feita de maneira diferenciada e específica para cada indivíduo.


OPINIÃO

Billy Ocean, um senhor da música

CRÓNICA de nuno silva

N

o mês passado, tal como aqui escrevi, tive a oportunidade de assistir à terceira edição do ERP Remember Cascais.

A Meca dos festivais dos anos 80, trouxe aos entusiastas como eu, uma vez mais, a possibilidade de fazermos um rewind no tempo. E, para essa viagem, um dos convidados foi Billy Ocean, a quem pude entrevistar para o meu programa de rádio, Rua 80. Muito acessível e do alto dos seus atuais 64 anos, Leslie Sebastian Charles no seu nome de batismo, não disfarçou o seu amor pela música, desde os tempos em que era criança em Fyzabad, no distante país de Trindade e Tobago. Após a sua mudança, aos oito anos, para Romford, Essex,


Inglaterra, Billy Ocean, fortemente influenciado pelo seu pai que era músico, cedo entendeu que o seu caminho seria semelhante ao do seu progenitor. Em 1972, com 22 anos, lança o seu primeiro single sob o nome de Les Charles. Não passaram mais do que quatro anos para se afirmar definitivamente no panorama musical. O tema foi Love Really Hurts Without You. Entre 1984 e 1988, Billy Ocean atinge o píncaro da fama com três álbuns fantásticos: Suddenly, Love Zone e Tear Down These Walls. Neles residiam sucessos como Caribbean Queen (No More Love On The Run), música que lhe permitiu vencer um Grammy para a melhor voz de R&B em 1985, Loverboy, When the Going Gets Tough, the Tough Get Going e Get Outta My Dreams, Get into My Car. Por uma carreira que, entre outras coisas,

conta com 11 álbuns de estúdio, milhões de discos vendidos e milhares de concertos, a Universidade de Westminster, em Londres, atribui-lhe o doutoramento honoris causa em música. No seu curriculum conta também com um prémio carreira MOBO (Music Of Black Origin) e com uma distinção do Liverpool Institute for Performing Arts. Tive a oportunidade de questionar Billy Ocean sobre a importância dos anos 80 e ele foi peremptório na resposta. Tratou-se de um período em que se fez música. Creio que está tudo dito. Já agora, um segredo para o final. Suddenly, a balada mais famosa deste artista, é a música que mais gosta de cantar em palco.


Ingredientes: 4 unid. Camarão de Quarteira 1 unid. Pera Abacate 1clh sopa de cebola picada 1 ramo de Estragão 1 unid. Limão Sal, pimenta, azeite, alho e Tabasco q.b

1

Coza em água abundante e temperada de sal e pimenta, metade dos camarões. Deixe arrefecer e remova a casca.

2

Descasque os outros camarões e retire a tripa que se encontra no dorso, pique-os finamente, junte também o abacate cortado em cubos e a cebola, tempere com o sumo de meio limão, sal, pimenta, duas gotas de Tabasco, uma pequena lâmina de dente de alho, o Estragão e um fio de azeite, reserve no frigorífico por quarenta minutos.

3

Sirva o preparado anterior com tostinhas e acompanhe com o camarão cozido e a outra parte do Abacate, regados com umas gotas de sumo de limão..


camarão

de quarteira com abacate

Chef Pedro Arranca proprietário do restaurante flor de sal

Quarteira tornou-se um “spot” turístico para milhares de famílias. Com esta escolha foram descobrindo os excelentes prazeres que advêm desta terra, com praias formidáveis e organizadas que já contam com 2km de areia dourada com bandeira azul. Este diamante à beira mar plantado revela, dia após dia um pouco mais do seu potencial. Quarteira promove e premeia eventos desportivos regularmente, onde predomina o mar como pano de fundo tal como todo o tipo de eventos recreativos. É assim, uma terra viva que acolhe de braços abertos quem a visita, mostrando que se tem muito mais para oferecer que apenas banhos de sol. Na parte gastronómica também está em consonância pois é um prazer visitar o mercado de Quarteira, onde chega todos os dias peixe e marisco de sabor único. Proponho a todos vós que visitem e provem o camarão de Quarteira, de sabor inconfundível, nunca mais o esquecerão e muito menos esta terra que fará de si um feliz turista! Boas férias e bom apetite.


Revista Nova Águia

tem Vice-Directora algarvia que é também coordenadora Regional do Movimento Internacional Lusófono Texto de Susana Helena de Sousa (fotografias cedidas)

A

Revista Águia foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal, em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da Cultura Portuguesa, como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Leonardo Coimbra, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva. A Nova Águia pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procurando recriar o seu “espírito”, adaptado ao século XXI, com participação dos mais


lidade, que geram bons debates e naturalmente dá-se a conhecer o melhor da nossa cultura. A mais recente apresentação decorreu em Junho na Biblioteca Municipal de Faro onde Maria Luísa Francisco deu destaque à vida e obra de António Ramos Rosa, Biblioteca que tem o seu nome. O actual número da Revista Nova Águia tem um Dossier dedicado ao poeta António Ramos Rosa e tem como tema principal os 40 anos do 25 de Abril e os 20 anos da morte de Agostinho da Silva.

importantes nomes da cultura portuguesa contemporânea. O Conselho de Direcção da Revista Nova Águia conta com nomes como Adriano Moreira, Guilherme d’Oliveira Martins, Gentil Martins, António Cândido Franco, Baptista Bastos, Eduardo Lourenço, Mendo Castro Henriques, Roberto Carneiro e Manuel Ferreira Patrício. Maria Luísa Francisco tem apresentado a Revista Nova Águia nas Bibliotecas do Algarve e Alentejo e considera que têm sido momentos culturais de qua-

Em 2008 quando a Revista surgiu havia quem a associasse a um clube futebolístico, pensando que “nova águia” era a mais recente aquisição do Benfica, refere o Director da Revista, Prof. Doutor Renato Epifânio, que é ao mesmo tempo Presidente do Movimento Internacional Lusófono (MIL). Assim como a Revista Águia estava associada ao Movimento da Renascença Portuguesa, a Revista Nova Águia está associada ao Movimento Internacional Lusófono (MIL). Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da sociedade civil portuguesa, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente em Outubro de 2010, que conta já com mais de 20 milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os

órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por 100 pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defende o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade. O MIL tem a sua sede no Palácio da Independência em Lisboa e tem um Conselho de Coordenadores Regionais sendo constituído por um coordenador no Norte: Joaquim Paulo Silva, um coordenador nos Açores: Eduardo Ferraz da Rosa, um Coordenador na Madeira: José Eduardo Franco e uma coordenadora no Sul: Maria Luísa Francisco. A coordenadora refere que se identifica com este projecto por isso aceitou o convite. A Nova Águia é uma Revista de ensaio e poesia com muito conteúdo. Refere que a formação académica em Relações Internacionais e em Sociologia da Cultura tem sido útil no âmbito do contribuito que dá ao MIL e à Revista Nova Águia. Faz parte desde o início tendo integrado anteriormente da Direcção do MIL e o Conselho Redactorial da Revista Nova Águia.


MobilidadeeTransportes

Relatório Anual 2013 apresenta recuperação na Mobilidade e Transportes na Região do Algarve Texto de

susana helena de sousa (fotografias cedidas)

O

De acordo com um comunicado da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR) a observação dos dados do Ano de 2013 da Mobilidade e Transportes no Algarve “permite abordar, de uma forma temporalmente mais abrangente e integrada, as variações ocorridas nos fluxos e nos tráfegos regionais. A análise das variações observadas no ano anterior (2012) e nos últimos quatro anos (desde 2009) vem demonstrar um melhor enquadramento, perspectivas e entendimentos de carácter


mais estrutural sobre os fluxos e os tráfegos na Região do Algarve. O relatório mostra que existem algumas alterações significativas no que respeita à situação verificada no final de 2012. Destacamse, as recuperações no movimento de passageiros no Longo Curso ferroviário e no sistema ferroviário regional, bem como nos Tráfegos Médios Diários na A2. Por outro lado, a acentuada e

prolongada diminuição do tráfego na A22 (notória sobretudo desde finais de 2011) apresenta sinais de inversão, visíveis nos valores positivos para os dois últimos trimestres de 2013. Ao contrário dos valores para o movimento de passageiros no transporte colectivo rodoviário intra-regional. “Como nota positiva, registe-se que o movimento de passageiros nas ligações inter-regionais (os

expressos), apesar de apresentar valores ligeiramente inferiores aos de 2012, é ainda assim superior ao que se registava em 2009”, remata a CCDR em comunicado. O Relatório Anual 2013 de Mobilidade e Transportes na Região do Algarve está disponível em: www.ccdr-alg.pt


José Martí

Conselho Mundial defende reformulação do projeto político Europeu

Texto de Susana Helena de Sousa (fotografias cedidas)

A

defesa dos valores da liberdade, as fragilidades do sistema capitalista e a necessidade de repensar o projeto Europeu dominaram a agenda de trabalhos da IX Reunião do Conselho Mundial do Projeto José Martí para a Solidariedade Internacional, evento que, pela primeira vez na sua história, teve lugar na Europa, particularmente em VRSA e que decorreu entre os dias 3 e 5 de junho. Nas jornadas, que reuniram alguns dos mais influentes pensadores e académicos mundiais, Luís Gomes, presidente da Câmara


Gomes. Entre os convidados esteve igualmente Francisco Zaragoza, ex-diretor geral da Unesco, que defendeu que a melhor forma de perpetuar os valores de José Martí está na «participação pública e na liberdade de expressão», colocando uma tónica crítica «no paradigma exclusivamente económico desenvolvido a partir dos anos 80».

Mundial de VRSA, foi homenageado pelo Conselho Mundial José Martí, tendo sido evocada «a vertente humanista e progressista do município» como razão para a atribuição do distintivo.

As jornadas contaram igualmente com a presença de Frei Betto, que analisou o atual contexto da sociedade brasileira e criticou as mais recentes opções políticas, nomeadamente as despesas com as infraestruturas do Mundial 2016. «Estão a tomar-se opções erradas onde a acumulação privada do capital está a dominar as decisões políticas», notou.

«Hoje a Europa está exclusivamente centrada na economia, mas necessita de voltar à política das pessoas, do humanismo, da cultura e da liberdade de pensamento, reativando o conceito de estado social. Estas são apenas algumas das razões por que necessitamos da autocrítica e de repensar as correntes de pensamento vigentes», disse Luís

Ex-assessor de Lula da Silva e um dos coordenadores do movimento «fome zero», Frei Betto centrou a sua intervenção numa crítica ao modelo neoliberalista que, considera, ser o responsável pela descontextualização histórica do tempo. «Fomos educados com a noção de que o tempo é história, mas a arma do neoliberalismo é precisamente essa descontextua-

lização», notou. O Conselho Mundial José Martí tem como missão coordenar todos os eventos que se destinem a homenagear o influente pensador, poeta, político e filósofo cubano José Martí, nascido há 160 anos, a 28 de janeiro de 1853. De recordar que o presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, integrou o Conselho Mundial do Projeto José Martí de Solidariedade Internacional em 2013. Sobre José Julián Martí Pérez Político, pensador, jornalista, filósofo, poeta, criador do Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895, ou Guerra Necessária. O seu pensamento transcendeu as fronteiras da sua Cuba natal para adquirir um caráter universal. Ficou também conhecido como «El apóstol». José Martí foi o grande mártir da Independência de Cuba, em relação à Espanha. Além de poeta e pensador fecundo, demonstrou, desde jovem, inquietude cívica e simpatia pelas ideias revolucionárias que existiam entre os cubanos.


Troféu Português do Voluntariado 2014 TEXTO de susana helena de sousa e fotografias cedidas

A

Confederação Portuguesa do Voluntariado lançou a 6ª edição do Troféu Português do Voluntariado. Este prémio é atribuído, anualmente, pela Confederação Portuguesa do Voluntariado e tem como finalidades homenagear o trabalho dos voluntários e incentivar a prática do voluntariado. As candidaturas decorrem até dia 15 de Agosto de 2014, devendo todos os interessados submeter as suas inscrições através da ficha de candidatura, disponível no site www.convoluntariado.pt. Podem candidatar-se organizações de voluntariado ou promotoras de voluntariado, com projectos nas seguintes áreas: Acção Cívica ou Social, Ciência e Cultura, Cooperação para o Desenvolvimento, Defesa do Consumidor, Defesa do Património e do Ambiente, Desenvolvimento da Vida Associativa e da Economia Social, Direitos Humanos, Educação, Emprego e Formação Profissional, Protecção Civil, Reinserção Social e Saúde. Entre os objectivos do Troféu Português do Voluntariado destacam-se: -Beneficiar pessoas que se encontrem em situação ou risco de pobreza e apresentem dificuldades de cobertura das suas necessidades básicas ou se encontrem em situação ou risco de exclusão social; -Apoiar e incentivar actividades artesanais que estejam em vias de desaparecimento; -Promover a defesa do meio ambiente; -Promover actividades educacionais para crianças e jovens; -Propiciar a divulgação das boas práticas no voluntariado, a nível nacional e internacional, na expectativa de que os projectos apresentados e seleccionados possam ser replicados ou constituir incentivo para novos projectos em áreas afins.


O prémio consta de um troféu, consubstanciado numa peça de cristal, acompanhado de um certificado emitido no nome do vencedor. A organização proponente receberá também um certificado, mencionando o nome do projecto associado ao vencedor. Para mais informações: Confederação Portuguesa do Voluntariado Escritório operacional: Av. Júlio Dinis, n.º 23, 1.º Esq.- 1050130 Lisboa www.convoluntariado.pt | informacpv@gmail.com

Confederação Portuguesa de Voluntariado A Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV) foi constituída a 19 de Janeiro de 2007. Tem como finalidade representar os voluntários de Portugal e as respectivas organizações, quaisquer que sejam os seus domínios de actividade e contribuir para a defesa dos respetivos direitos e interesses. São objectivos específicos da CPV: Representar os voluntários de Portugal | Preservar

e actualizar a identidade do Voluntariado | Cooperar com as organizações federadas, actuar na cooperação entre as organizações de voluntariado e entre estas e outras entidades | Intensificar o papel do voluntariado na sociedade portuguesa. A CPV congrega actualmente 22 organizações de voluntariado e promotoras de voluntariado, associações singulares, federações e confederações com variados objectos de actuação, de âmbito nacional. A CPV tem âmbito nacional e está sedeada em Lisboa.


KTM DUKE

125

Fotografias da marca

Texto de hUGO OLIVENÇA

Potência máxima 15 cv Caixa manual de 6 velocidades Consumos (misto) n/a Emissões de CO2 n/a PREÇO TOTAL 4.396,00 €

NAKED BIKE


KTM DUKE 125

P

ela primeira vez desde que a Her Ideal foi lançada que este espaço não é ocupado por um automóvel. E a razão é simples. É verão. Apetece andar ao ar livre. E os tempos são de contenção. Então o que é melhor do que uma moto? Ainda por cima com motor de 125 cc que pode ser conduzida por condutores com carta de automóvel. Escolhemos a nova KTM Duke 125 porque é uma

mota que segue uma linha que atualmente está muito em voga, as “naked bikes”. Além disso, é a primeira 125 com ABS de série, equipamento de segurança muito útil. Disponível em laranja e branco, o preço inicia-se nos 4.396 euros e pode aumentar com alguns dos extras disponíveis para personalização da mota, como a máscara de farol, decalques, escape AKRAPOVIC, protetores de mão entre outros.


SUNRISE SUMMER SPOT Texto de INĂŞs pereira (fotografias cedidas)


P

ara os que gostam de aproveitar as férias ao máximo, chega ao Algarve, um novo conceito. O Sunrise, ou seja, “uma nova atitude para celebrar o nascer de todos os dias”, como refere a mentora deste conceito, Ângela Martins, CEO da Empower You. O que vai acontecer entre 15 de Julho e 31 de Agosto, no terraço do restaurante Lendário, em

Quarteira, serão “manhãs com sol, energia, alimentação saudável à base de frutas e legumes, ao som de boa música, num ambiente divertido, descontraído e com uma vista fantástica para o mar”. Para aqueles que gostam do pôr do sol, das festas Sunset e noite fora, será uma boa forma de começar mais um dia de férias, e de uma forma muito saudável.

“Esta é a implementação de um conceito de “Day Lifestyle”, que convida a um início de dia saudável, descontraído, único e inovador”. Sumos detox, sumos naturais, snacks saudáveis, aulas de yoga, massagens e muitas outras surpresas é o que se promete para este novo “summer spot”.


ETIC

FARO SERá NOVA MORADA

Texto de INês pereira (fotografias cedidas)


duziram a que a ETIC_Algarve - se reposicionasse geograficamente para uma zona mais central, dando uma mais eficaz resposta ao seu público em termos de espaço, acessibilidade e proximidade”.

E

m Setembro a Escola de Tecnologias Inovação e Criação do Algarve vai abrir portas num novo espaço. As instalações serão no Mercado Municipal de Faro. A mudança de morada prende-se com a necessidade da instituição estar mais próxima. Localizar a escolar em Faro vai permitir uma centralização e com isso a captação de mais alunos. Estão disponíveis 19 cursos distribuídos em 6 áreas de formação como Comunicação, Design, Fotografia, Som, Vídeo e Web. Destes, 3 cursos têm 2 anos de

duração e 3 são de formação avançada, todos os outros têm um ano de duração. De acordo com Nuno Ribeiro, diretor da escola o “ espírito pioneiro da ETIC, baseado no “saber fazer praticando”, levou à abertura de portas desta escola a sul do país, na cidade de Portimão, em resposta a uma já grande procura de formação de qualidade nas áreas das indústrias criativas nesta região. Passados 4 anos de uma gratificante experiência na cidade barlaventina, as solicitações da comunidade de estudantes con-

Nas instalações com cerca de 600m2 estará um estúdio de fotografia, estúdio de vídeo, uma régie, uma sala de edição, três salas de computadores com 16 postos de trabalho cada, uma sala teórica, espaço lounge, espaço biblioteca e um centro de recursos. “Esta importante mudança estratégica não significou, ainda assim, o abandono da cidade de Portimão, uma vez que o espaço «Bold, ponto criativo» mantém a oferta de cursos da ETIC_Algarve, funcionando como polo de formação para os alunos desta cidade e dos concelhos limítrofes”. A ETIC_Algarve é certificada pela DGERT – Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.


ESTATUTO EDITORIAL 1- A Her Ideal é uma publicação online generalista cujo objetivo visa oferecer uma informação geral, completa e atualizada através de texto e imagem, garantindo a sua difusão através da internet. 2- A Her Ideal pretende ser um meio para contribuir para a divulgação do que de melhor se faz no país, com maior enfoque para a região do Algarve, em áreas diversificadas. 3- A Her Ideal obtém a informação gerada em comunidade, escolas, universidades, unidades de investigação, indústria, agências de comunicação, entidades públicas e privadas e dará cobertura a notícias com vista a assegurar a todos os leitores o direito à informação. 4- A Her Ideal distingue, criteriosamente, as notícias de conteúdo opinativo e publicitário. 5- A Her Ideal rege-se por critérios jornalísticos de rigor e isenção, respeitando todas as opiniões ou crenças. 6- A Her Ideal é uma publicação independente e defende a liberdade de expressão e a liberdade de informar, bem como repudia qualquer forma de censura ou pressão, seja ela legislativa, administrativa, política, económica, religiosa ou cultural. Defendendo esse espírito de independência também em relação aos seus próprios anunciantes. 7- A Her Ideal assume o direito de emitir opinião própria sobre todas as noticias, em editorial, sempre no respeito integral da lei em vigor. 8- A Her Ideal compromete-se a respeitar o sigilo das suas fontes de informação, não admitindo a quebra desse princípio. 9- A Her Ideal rege-se pelos princípios do Código Deontológico dos Jornalistas e da ética profissional e da mesma forma respeita a Constituição da República Portuguesa e todas as demais leis, como as que se enquadram nos direitos, obrigações e deveres da Lei de Imprensa.


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