Her Ideal nº 20 Dezembro 2013

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ÍNDICE 3 - carta da directora 4 - SÉRGIO GODINHO 10 - SUPERMULHER? NÃO, OBRIGADA! 10 - DRESSED TO PARTY 18 - SABER ENVELHECER 20 - CONSULTA DE MODA 26 - ARTISTAS DA PALAVRA... 28 - no mundo da cozinha de luxo 32 - A Mais Bela das Artes 34 - SOFT VINTAGE 42 - REALITY SHOWS 44 - MODA 50 - “VAMOS À AZEITONA” 58 - Estar no Presente Meio-caminho para ser feliz 60 - COMO curar e evitar dores nas costas? 64 - BERLIM 70 - Acasos predestinados 72 - PERU DE NATAL

74 - GADGETS 76 - WHAM 78 - MAQUILHAGEM 80 - Get the London look 82 - Quem não pede, não ouve Deus 86 - VEDETAS DO FACEBOOK 88 - PORSCHE MACAN S DIESEL 90 - A LETRA “A” 92 - FICHA TÉCNICA


Carta da Directora Mais um ano que termina e quase nem dei por ele ter passado. Foi tão preenchido, tão marcante que passou num estalar de dedos. Já vamos na nossa vigésima edição. Estamos cada vez mais ricos, pois este percurso tem-nos permitido conhecer e contactar com pessoas fantásticas. Temos sido privilegiados por podermos dar a conhecer centenas de estórias. Este mês não é excepção. A par do editorial “Holydays” onde se pode inspirar para ter um lindo look nestas festividades, temos também sugestões para a sua maquilhagem, assim vai poder arrasar quer no Natal como na Passagem de Ano. Começamos nesta edição uma “viagem” pelo mundo da Moda. A nossa colaboradora Andreia

Roberto decidiu fazer uma “consulta” e mudar/ adaptar o seu guarda-roupa com a ajuda de uma profissional. Mostramos-lhe os bastidores de um dos mais conceituados eventos gastronómicos mundiais. O Festival Internacional Gourmet organizado pelo Vila Joya. Também falamos sobre o novo trabalho de Sérgio Godinho “Caríssimas Canções”. Para terminar, mas não sem antes referir que há muito mais para descobrir nesta edição, conversámos com alguns dos ex-participantes num reality show. Falamos deste formato de programa que mudou o panorama televisivo nacional. Não deixe de ler as crónicas de opinião, nem de se inspirar com a receita do Chef Pedro Arranca. Desejo que o seu balanço de final de ano seja tão positivo como o nosso. Feliz Natal e um Excelente 2014.

Inês Pereira


sérgio godinho

caríssimas canções

texto de Susana Helena de Sousa, Fotografias de Filipe Ferreira (UNIVERSAL Produções)

P

ara além de crónicas regulares num semanário nacional surgiu um livro que celebra 40 anos bem acompanhados pelo talento e inspiração de outros músicos. Mas depois surgiu também um espectáculo mágico e mais recentemente uma compilação de CD e DVD para guardar a sete chaves ou oferecer a quem é especial. São «Caríssimas Canções». Bob Dylan, Serge Gainsbourg, Jim Morrison, Caetano Veloso, Ray Davies, Chico Buarque, The Rolling Stones, The Beatles, Violeta Parra ou Zeca Afonso são nomes incontornáveis que têm acompanhado os 40 anos de carreira de Sérgio Godinho, também ele um músico incontornável. Sendo que uma das características de Sérgio Godinho é acompanhar a evolução musical; «Caríssimas Canções» apresenta-se-nos como um projecto arrojado que ganhou uma autonomia que o permitiu crescer verticalmente. Não se repercutiu apenas, mas sobretudo, multiplicou-se em formas distintas de chegar e fazer-se sentir imprescindível. Primeiro as crónicas no jornal semanário «Expresso», depois o livro “Caríssimas 40 Canções – Sérgio Godinho & As Canções dos Outros” com as crónicas seleccionadas a brindarem aos 40 fulgurantes anos de carreira de Godinho, num espaço de compilação que contou com a arte ilustrativa de Nuno Saraiva.



Depois no palco um espectáculo que chegou sem avisar da quantidade de emoções que trazia e do incomensurável talento. Não apenas Sérgio Godinho o preenche. Está rodeado de bons artistas do panorama musical português: Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves dos Clã e Nuno Rafael, este último é o director musical da banda do senhor do «brilhozinho nos olhos». Depois de espectáculos esgotados de norte a sul do país a 25 de Novembro chegou o

CD «Caríssimas Canções» com formato DVD incluído no pack irresistível e que contempla um registo ao vivo na estúdio/ sala de ensaios e depoimentos dos intervenientes. “Começa-se por ouvir uma canção e uma e outra vez e ela acorda-nos a meio da noite e não se desenrosca de nós. Pela manhã levantamo-nos esquecidos dela, até que um só dedo e um só click a traz de volta à nossa pele. Um só pêlo eriçado que treme pelo corpo inteiro, o nosso reportório pessoal tatuado e aumen-

tado na lembrança. Mais uma que nos pertence. Foi a partir dessas memórias sedimentadas e sempre remexidas que escrevi as crónicas semanais no Expresso, que chamei, adequadamente, “Caríssimas quarenta canções” porque companheiras de estrada dos meus outros tantos anos de canções próprias. Ali viajei para outros territórios que têm agora quartos comuns na minha vasta casa da memória”. Sérgio Godinho antecipou a chegada do livro e escolheu uma editora recente. “Sabia que elas iriam dar em livro,




e que Abysmo, a casa novinha em folha (e como esta palavra se adequa...) do João Paulo Cotrim seria a editora certa para elas ganharem vida nova, na continuada tarefa de se darem a conhecer”. O CCB fez o convite e o espectáculo musical aconteceu. “Faltava, no entanto, um elo de consequência, uma curva quase inevitável que levasse a viagem a novas horas compartilhadas”. Sérgio Godinho considera que o convite do CCB foi “mui afortunada oportunidade de corporizar estas canções e estes autores e intérpretes. Cantá-las, não todas, fazê-las viver num palco, era quase o seu destino natural, e o meu desejo e desafio. Sem fazer os chamados covers de bar, até porque uma versão tem que ser uma outra forma de acto criativo. Para isso, contei com

três seres eminentemente criativos e naturalmente musicais. O Rafa, o Helder e a Manuela, três seres que fazem com que sejamos todos, passado, presente futuro, desta forma de aventura. Cumprimos o CCB e a Casa da Música, e outras excelentes salas desde aí. Sim, estamos em Portugal. Há público que responde, sabemos desde há muito”. E agora, desde 25 de Novembro o CD+DVD que tal como diz Sérgio Godinho surge “para que se possa juntar a chama ao pavio”. Não está o concerto todo, “mas o que de melhor cabia. Ficaram algumas de fora, não interessa: o que aqui está é quanto vale. A sétima vida é o que cada um vai ouvir delas. Como um gato que se atira ao ar e cai de pé, e se enrosca e nos faz mui afortunada companhia”.


opinião

SUPERMULHER? NÃO, OBRIGADA! Peripécias de uma família pouco convencional CRÓNICA de ANDREIA RODRIGUES

T

oca o despertador. Começa a corrida contra o tempo: levantar, acordar as crianças, vesti-las, fazer o pequeno-almoço, levar os miúdos à escola, trabalhar oito ou mais horas, buscar os filhotes, levá-los às atividades, dar-lhes banho, fazer o jantar, limpar a cozinha, tratar da roupa, deitar os mais pequenos, verificar o email e cair na cama!

O cenário repete-se diariamente e, a cada dia que passa, a mãe, esposa, profissional e dona de casa vai evidenciando sinais de cansaço, de insatisfação e de frustração. Esta supermulher que acumula uma jornada tripla de trabalho (casa, família e profissão) esconde-se, muitas vezes, por detrás da sua capa e chora. Derrama lágrimas de fraqueza e de angústia, próprias de um ser humano.


Após longos anos de lutas e conquistas, a mulher herdou uma agenda atribulada e cheia de atividades. A sua saída de casa para o mercado de trabalho não significou o abandono das tarefas domésticas. Pelo contrário, passou a acumular responsabilidades, adotando um estilo de vida agitado e difícil. Embora a sociedade atual tenha vindo, aos poucos e poucos, a aceitar e a valorizar esta nova Mulher, ainda são criadas demasiadas expetativas em torno do que deve ser o comportamento feminino: espera-se que as mulheres sejam charmosas, mas não sexuais; assertivas, mas não arrogantes; que trabalhem fora de casa, mas não negligenciem a família. A verdade é que a ditadura do que é certo ou errado leva-nos a alimentar um sentimento de culpa por não conseguirmos realizar todos os afazeres na perfeição. Quando dedicamos mais tempo ao lado profissional, preocupamo-nos por não dar atenção ao lar e à família; se escolhemos ser donas de casa recriminamo-nos por não contribuir para pagar as despesas ou por renunciar a uma competência que tanto nos custou a conquistar. A somar a tudo isto, ainda é esperado que cumpramos todos estes papéis de salto alto e maquilhagem. Devemos estar sempre lindas, ter um corpo escultural e estampar um sorriso no rosto. E nesta batalha diária imaginamo-nos supermulheres. Interiorizamos que somos capazes de fazer tudo e de chegar a todo o lado. Esquecemo-nos de nós próprias, descuramos da saúde e adiamos o descanso. Até ao dia em que somos confrontadas com sinais de stresse físico e psicológico, que nos encostam à parede e denunciam a nossa fragilidade.

Ser supermulher está fora de moda. É essencial aceitarmos que a perfeição é para os seres divinos e não para os de carne e osso, como nós. Não precisamos de abraçar o mundo nem de obter nota máxima em tudo aquilo que nos foi delegado pela condição de sermos mulheres. Não temos de ser perfeitas como mães, donas de casa, esposas e profissionais. Devemos procurar o equilíbrio e saber, acima de tudo, que as escolhas também implicam renúncias. E que abrir mão de certas exigências é bem mais saudável do que tentar cumprir algo que nos foi imposto. Precisamos de perceber que podemos optar, que não existe uma fórmula certa do que é ser mulher. Alguns dos problemas mais comuns do universo feminino como distúrbios do sono, depressão, ansiedade, irritabilidade, oscilação do humor e aumento de peso são, muitas vezes, causados por esta corrida desenfreada para atingir a perfeição. Páre enquanto é tempo! Comece o novo ano a distribuir tarefas por toda a família. Além de evitar uma sobrecarga de trabalho, é uma ótima forma de cultivar o sentido de responsabilidade nos mais novos. Lembre-se de que a louça não precisa de ser lavada mal acaba o jantar, a roupa pode esperar pelo fim de semana e os seus filhos não precisam de estar matriculados em todas as atividades que existem para as crianças da sua idade. Faça o melhor que pode, sem exigir ser perfeita em tudo o que faz. Assumirmos as nossas fragilidades não é sinal de fraqueza, pelo contrário, demonstra bom senso e equilíbrio. Boas Festas e Feliz 2014!


DRESSED TO PARTY







opinião

Saber envelhecer

CRÓNICA de luís pinto da silva

N “A vida deixa de ter sentido a partir do momento em que perdes a ilusão de ser eterno” Jean Paul Sartre

a nossa curta existência, todas as coisas preciosas e brilhantes são voláteis, apagam-se depressa e não voltam.

Como numa viagem de comboio, com partida e regresso, a vida inicia-se plena de expectativas e ilusões, cuja novidade gera sempre uma bateria de estímulos e um incontido entusiasmo. Depois, surge o retorno, mudando a perspectiva do trajecto, agora percorrido em sentido inverso, onde nos entretemos a descobrir os pormenores que passaram despercebidos na primeira vez. Com a idade cresce o sentido crítico, ferramenta que nos permite valorizar um segundo patamar da nossa vida, elevando a qualidade em detrimento da quantidade e em que o lema, é sempre pouco mas bom.


Um homem é ele e a sua circunstância, escreveu Ortega y Gasset.

os poemas que não lemos, os filmes que nunca vimos, as canções que não cantamos.

Nada mais verdadeiro, pois é inegável que existe uma forte ligação, entre aquilo que consideramos essencial em cada momento e a nossa circunstância.

Como é óbvio, os sonhos nem sempre são ideias realizadas, servem apenas para equilibrar a mente, através de um mundo imaginário sem verdades limitadoras, que ditem o que é possível ou impossível fazer.

Ninguém no seu juízo perfeito está preparado para envelhecer. É um destino cruel ter de abandonar um sonho só porque já não há tempo para o realizar. Mas na vida mais do que lamentar o que se fez, chora-se aquilo que se deixou de fazer, quando apenas se sobreviveu sem força ou intensidade. Como no poema de Pedro Bandeira Freire, só posteriormente nos recriminamos por aquilo que tínhamos para dar e não demos, os copos que não bebemos, , os discos que não tocamos,

Não é a adversidade ou a nossa condição que nos limita, mas antes a incapacidade de reagir a uma mentalidade negativa, poluída e derrotista, avessa a qualquer mudança. Perante a dificuldade é sempre mais fácil culpar os outros e sucumbir ao pessimismo. Posto isto, lembre-se que realçar o passado e esquecer o presente é hipotecar no futuro a esperança de boas recordações.


consulta de moda

Quando a transformação do guarda-roupa, muda a sua vida! Texto e fotografias de andreia roberto

“Ajudar as pessoas a sentirem-se no seu melhor, acreditamos que a Consultoria de Imagem não é algo só para figuras públicas, passadeiras vermelhas, televisão, etc., é também para as pessoas comuns que tentam vingar no seu dia-a-dia, seja no seu local de trabalho ou na sua vida pessoal”

A

diferença está no real e não no ideal

A Love Your Style tem como missão ajudar a pessoa a sentir-se melhor com ela própria, conhecer a sua realidade quer em contexto pessoal, quer em contexto profissional, adaptando o seu estilo à sua realidade. “Algumas vezes quando vemos nos programas de televisão os makeovers e observamos o antes e o depois, a sensação que tenho como espetadora, é que no dia-a-dia a pessoa não vai conseguir manter aquele estilo, aquele corte de cabelo ou aquela maquilhagem, porque nada tem a ver consigo, com a sua personalidade


Quando olha para o seu guarda-roupa vê tanta roupa, mas não sabe o que vestir? Quer melhorar o seu estilo, mas sente-se perdida? Gosta do verde e do vermelho, do amarelo e do roxo, mas pensa que combinados ficam ridículo? Quer acrescentar aquele acessório que tanto adora, mas tem medo que não seja apropriado para usar em contexto de trabalho? Estas e outras questões suscitam na sua cabeça e fazem-na mergulhar no mar bravo da confusão. Para salvá-la dessa onda gigante, a Soraia e a Sofia desmitificam o “mas”.

ou com a sua realidade, ou seja aquele look que foi criado pode-lhe ficar muito bem mas não acredito que essa pessoa o vá manter por muito tempo.” E porque no poupar é que está o ganho: “As pessoas pedemnos para irmos ver o guarda-roupa, mas já dando como certo que logo a seguir temos de ir às compras, porque, assumem logo que não têm roupa em casa. E nós respondemos: Calma, vamos ver o guarda-

-roupa e depois se for necessário vamos, então, às compras, porque o objetivo não é fazer com que o cliente vá gastar dinheiro desnecessariamente, pelo contrário, o objetivo é fazer o cliente gastar o mínimo dinheiro possível, ajudá-lo a reciclar a roupa que já tem, olhar para o seu guarda-roupa de outra forma e ensiná-lo a comprar de forma consciente e inteligente”. “Para nós a pessoa é o

mais importante” Soraia Farinha, uma jovem ambiciosa, descobriu esta paixão quando ainda era adolescente. Apesar de ter estudado engenharia civil e ter trabalhado durante quatro anos na área em que se formou, é a melhorar o estilo das pessoas tornando-as mais seguras de si próprias que a faz sentir feliz e 100% realizada. Da ideia ao projecto, o sonho transformou-se em realidade e a con-



sultoria de imagem deixou de ser apenas um hobby com os amigos para passar a ser um trabalho exigente e dedicado. “Sinto-me bastante satisfeita e é isto que me dá realmente prazer. Não interessa se a pessoa usa ou não marcas, o que interessa é realmente conseguirmos ajudar a pessoa no seu dia-a-dia, desde o gestor à dona de casa. Objetivo? Ser feliz a fazer o que faço e ter feedback positivo dos clientes. O dinheiro não é o mais importante”. Graças aos blogs e à febre das redes sociais, os preconceitos associados à vaidade e à futilidade têm vindo a diminuir e não só as mulheres, mas também os homens preocupam-se com a aparência e com a primeira impressão causada pelo poder que a imagem reproduz. No entanto, o Algarve ainda sofre pela falta de informação, impedindo o crescimento desta área. “Aqui no Algarve as pessoas não sabem o que é a consultoria de imagem. A maioria das minhas clientes são mulheres entre os 25 e 35 anos, licenciadas, normal-

mente ligadas ao mundo das redes sociais, que procuram mais informações sobre este tipo de serviços.” Existem muitas dúvidas na cabeça das pessoas, nomeadamente o tabu da combinação de cores: “As pessoas têm muito medo de arriscar. Outra das dúvidas é saber o que é adequado para determinadas situações. Muitas vezes até se vestem muito aquém daquilo que era necessário para a ocasião pois têm medo de exagerar, no fundo o medo de arriscar e ser diferente é enorme.” Da teoria para a prática A Soraia descreve-se como uma consultora bastante liberal conseguindo criar à vontade com o cliente: conhecer a pessoa, os gostos, o corpo, o estilo, ouvir e saber interpretar a mensagem e depois adaptar as regras à pessoa e não o contrário. “As pessoas quando se vestem têm de se sentir elas próprias: esta sou eu, eu reconheço-me e eu gosto de ser assim”. A Her Ideal foi conhecer o

trabalho da Soraia, perceber como funciona uma consulta de imagem na primeira pessoa e levanta a pontinha do véu. Primeiro analisou-se o perfil, depois reciclou-se o guarda-roupa e no final criaram-se looks variados para diferentes ocasiões. Para já o resultado fica em segredo, mais pormenores na próxima edição. Dicas da Soraia: • Apostar em peças básicas, intemporais e de boa qualidade (blazer escuro, calças de ganga de bom corte e lavagem mais escura, um bom casaco de Inverno, camisa branca, sapatos pretos); • Acrescentar algumas peças tendência que marquem a diferença; • Brincar com os acessórios de forma a personalizar os looks; • Todas as peças do guarda-roupa devem ser do tamanho certo de modo a favorecer sempre o tipo de corpo e mais importante: deve adorá-las a todas; • Não ter medo de arriscar e de ser diferente.




Artistas da palavra

e outras artes reuniram-se em dia de efemérides fotografias de DORA DUARTE

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á datas assim. De efemérides. E há momentos singulares que são aproveitados para comemorar esses dias marcados no calendário para sempre. António Aleixo, Lutegarda Guimarães de Caires e José Saramago foram motivo. Prosa, poesia, pintura e escultura não sobraram, saciaram. No Algarve a 16 de Novembro, um conjunto de artistas uniu-se para mostrar a sua arte. Escritores e poetas cativaram muitos admiradores até ao campo para numa unidade de turismo rural, “Monte do Malhão”, na zona raiana de Castro Marim darem asas à sua inspiração e inspirarem outros. De uma ponta a outra do Algarve foram vários os amantes e os auto-


res da literatura e outras artes que marcaram presença em «Literatura no Monte». Num salão, que acolheu sem pensar duas vezes e com grande sede por cultura, estiveram mais de meia centena de pessoas que deram alma e tempo às palavras, mas não somente. Os ingredientes foram inúmeros numa tarde que reuniu não só algarvios que se encontraram num monte do Algarve. Fernando Pessanha, Vítor Cardeira, Fernando Esteves Pinto, José Bívar, Alexandre Castanheira, Pedro Santos, Carlos Luís Figueira e Carlos Brito na prosa. Tiago Nené, Miguel Godinho, Adão Contreiras, João Pereira, Diogo Francisco, António Cabrita, Manuel Palma e Pedro Tavares na poesia. O grupo ibérico «Poetas do Guadiana» escolheu este encontro para fazer a pré-apresentação da sua segunda antologia ibérica. Carlos Brito teve a seu cargo a pré-apresentação de «A Casa» de Carlos Luís Figueira; um livro que fala da clandestinidade no PCP na época do Estado Novo, sendo que o seu autor

viveu a circunstância na primeira pessoa. Vítor Cardeira apresentou «O Carteiro de Fernando Pessoa» de Fernando Esteves Pinto, que a esta hora já está em apresentações na capital, Lisboa. Para além de se apresentarem livros e os seus autores este «Literatura no Monte» reservou um lugar para conferências. Alexandre Castanheira falou de dramaturgia com uma das suas obras que dá pelo nome «Uma sereia chamada Ermelinda», da adaptação do «Cais do Ginjal» de Romeu Correia. O actor e encenador Pedro Santos fez fundamentadas considerações acerca de um fenómeno que aponta como real e que é a falta de escrita para o teatro. José Bívar preferiu fazer uma retrospectiva da cena literária e cultural do Algarve, evocando nomes de pessoas, cidades e lugares que nas últimas décadas do século XX pulsavam cultura na região mais a sul de Portugal. Lutegarda Guimarães de Caíres inspirou este encontro. Coube a Fernando Pessanha

falar sobre esta escritora e activista social contemporânea do século XIX, assinalando as comemorações dos 140 anos do seu nascimento. José Estevão Cruz homenageou o poeta António Aleixo que morreu em 16 de Novembro de 1949 e Assunção Constantino lembrou o Nobel José Saramago em dia de efeméride que assinalou a data do seu nascimento. Quanto às artes plásticas, Vicente Cardoso colocou em exposição e venda os seus quadros a óleo e técnicas mistas. Já o escultor Carlos de Oliveira Correia surpreendeu com dimensão colorida a partir do reaproveitamento de pneus que foram pintados numa parede de imenso branco. Foi uma tarde de cultura, cuja imagem do encontro teve a assinatura do designer Rui Rosa, num brinde à literatura e outras artes. Descentralizouse as manifestações artísticas, levando-as com intensidade para o Interior do Algarve.


no mundo da cozinha de luxo Texto de inês pereira e fotografias de vasco célio

A

pós sete anos o Festival Internacional Gourmet já é uma das maiores referências da gastronomia de luxo mundial. Este ano estiveram presentes mais de 37 master chefs. Entre todos estiveram reunidas 60 estrelas Michelin.


O preço, para quem quis degustar os pratos de alguns dos melhores cozinheiro mundiais, foi em média de 400€ e todas as noites a sala, do conceituado restaurante do Vila Joya, esteve cheia. Para que nada falhasse neste evento de alto luxo, onde foram servidos mais de mil pratos, foi preciso ter uma equipa composta por dezenas de pessoas, entre ajudantes de cozinha, chefs, empregados de mesa e tantos outros.

Foram quase 15 dias de evento, ou melhor, noites, pois o ponto alto do programa foi sempre ao jantar. Os mais requintados ingredientes, como trufa branca, e as mais variadas técnicas deixaram quem por ali passou em êxtase. Sabores exóticos, apresentações que transformaram os pratos em autênticas obras de arte, vinhos de excelência, entre tantos outros pormenores, marcaram o Festival. Mas não foram só os clien-

tes que ficaram com o palato mais rico. Também os Chefs participantes tiveram oportunidade de apreciar a gastronomia portuguesa. Amêijoas à Bulhão Pato, deixaram o Chef francês Pascoal Barbot, maravilhado. Já a equipa que veio da Holanda não dispensou uma ida a um restaurante para comer o conhecido “frango da Guia”, em Albufeira, e as sardinhas assadas na brasa, que os portugueses tão bem sabem fazer, também deixaram estasiados os paladores dos melhores cozinheiros. Este ano o evento saiu do Vila Joya. A primeira noite foi feita no restaurante “Gusto” do hotel Conrad, na Quinta do Lago e a Herdade da Malhadinha Nova, no Alentejo também acolheu um almoço brasileiro. As parcerias vão-se fazendo de forma a promover os produtos nacionais. Há casos de chefs que acabam por importar para as suas cozinhas vinho, peixe, especiarias e até carne como o porco preto.


A azáfama na cozinha Para quem entra pela primeira vez na cozinha do Vila Joya, durante o Festival, quase não consegue perceber como tudo corre na perfeição. São dezenas de pessoas que se movimentam naquele espaço. Mas tudo está coordenado. Há equipas que se dedicam apenas às entradas, outras que ajudam na confecção de pratos, outros há que só fazem empratamento. Há ainda quem esteja responsável por manter tudo limpo, desde os restos dos ingredientes, a um simples prato sujo. Há momentos de stress, mas são raros. Tudo decorre normalmente e quase sempre em silêncio. Não há gritos, não há conversas paralelas, todas as energias se concentram no serviço e apenas no final, depois de 5 horas seguidas de trabalho, conseguem descomprimir.


Os anfitriões Dieter Koshina e Matteo Ferrantino são os Chefs do Vila Joya, são eles os anfitriões do evento. Sempre presentes coordenam a cozinha, recebem e acolhem os chefs, apresentam a gastronomia portuguesa aos seus convidados. São o rosto de um evento reconhecido e acabam por, todos os anos, fazer novas amizades. O Festival Internacional Gourmet é também troca de experiência, partilha e aprendizagem. Todos aprendem com os conhecimentos dos outros. Até mesmo os mais conceituados. Em comum a grande paixão pela gastronomia, pela cozinha e pelos ingredientes.


opinião

A Mais Bela das Artes CRÓNICA de adriano cerqueira

“Music has always been a matter of Energy to me, a question of Fuel. Sentimental people call it Inspiration, but what they really mean is Fuel. I have always needed Fuel. I am a serious consumer. On some nights I still believe that a car with the gas needle on empty can run about fifty more miles if you have the right music very loud on the radio.” Hunter S. Thompson

A

música é uma constante. Define momentos. Alimenta a nostalgia. Afoga o silêncio. Enche o espaço. E recarrega a alma. Entretém-nos em longas viagens a sós. Inspira-nos. Apazigua uma manhã parada no trânsito. Dá cor a uma conversa. Liga-nos. Liberta-nos. Desbloqueia o preconceito. Desinibe o nosso corpo. Faz do sonho, realidade. Cada um de nós tem as suas histórias. As suas canções. “Há quanto tempo não ouvia isto”. Um simples acorde e somos levados para outro tempo, para outro lugar. Um refrão, e um sorriso toma conta da nossa face. Um excerto de uma letra, e os nossos olhos enchem-se de lágrimas. Cada melodia, uma reacção diferente. Distinta de ouvinte para ouvinte. Sempre pessoal, nunca indiferente.


Há diversos momentos que associo a uma música, a uma banda, ou a uma letra em particular. Muitos, demasiado pessoais para os poder partilhar. Alguns onde uma determinada música, ou um concerto por inteiro, são os principais protagonistas. E outros em que a letra de uma música transporta os meus pensamentos para outros universos, realidades distintas da nossa, ou simples recordações. Um desses momentos foi a primeira vez que ouvi a Untouchable dos Anathema ao vivo. Reservei a data do concerto no Hard Club do Porto com alguns meses de antecedência. Sempre presente na minha agenda, ficou esquecido nos recantos da minha memória. Por falta de tempo, e de pesquisa, ignorei o facto de os Anathema terem lançado um novo LP, o Weather Systems. O concerto ia ser o meu primeiro contacto com este álbum. Por entre músicas familiares, surgiu a Untouchable. Mesmo hoje, sou incapaz de descrever o que senti naquele momento. A energia que me envolveu. As emoções que trespassaram o meu coração, e ganharam vida naqueles segundos. Ouvi cada acorde, cada letra, com completa atenção. Fiquei paralisado com a beleza daquela melodia. Naquele instante, nada mais existia. Apenas o belo e sereno aroma de algo que, tão profundamente, toca na tua alma, e que se deixa envolver num terno abraço de compreensão e empatia. Uma surpresa agradável. Uma experiência irreplicável. A música também pode servir como uma escapatória. Um meio para libertar frustrações e limpar a tua mente de pensamentos negativos. Em 2011, por obra do acaso, o dia de defesa

da minha tese de mestrado coincidiu com a data do concerto dos Within Temptation no Coliseu do Porto. A prenda ideal, a celebração necessária para apagar toda e qualquer tensão que aquele dia podia revelar. E assim foi. Saí do concerto sem voz. Numa noite fria de Outubro, estava completamente suado da cabeça aos pés. Saí de lá sem energias, e com uma sede dos diabos. Mas sentia-me livre. Pronto para um novo começo. Foram vários os concertos marcantes a que já assisti. Do inigualável espectáculo dos Bon Jovi em 2008, até ao sonho tornado realidade de ver os New Order ao vivo, na sua última tour em 2005. Poder cantar todas as músicas daquela que é a minha banda de “todos os tempos”, tão próximo deles. Vê-los a corresponder ao meu pedido para que tocassem a Regret. Sentir de perto a melancolia da última despedida de uma banda com décadas de existência, e incrivelmente desconhecida pela grande maioria da minha geração. Incontáveis histórias. Entre concertos, festivais, álbuns, vinis e CDs. Incontáveis momentos. Vividos na companhia desta eterna constante da própria condição humana. Uma arte única. Um acto de criação que nos eleva mais próximos do divino. A eterna vitória sob o inóspito e silencioso desconhecido destino. Mesmo enquanto escrevo estas palavras, ouço atentamente à inspiradora melodia de Explosions in the Sky. Agarro-me a eles para apagarem o silêncio, para orientarem os meus pensamentos, e para guiarem os meus dedos, na construção desta sinfonia literária que, também ela, reflecte nos seus parágrafos cada nota, e cada composição, da mais bela das artes. A música.


soft vintage editorial

Fotografo: Mara Joana Lemos Modelos: Bé Guimarães e Davidson Lopes Local: Vintage Café - Fafe Maquilhagem: Paula Alexandra Agência: Be Exoctic Agency Roupa- Rosa Shop. Fafe Acessórios - Be Exoctic Extravagancia









O fenómeno doS

REALITY SHOWS

Testemunhos de ex-concorrentes. Texto de INÊS PEREIRA

S

ão líderes de audiência nas televisões de todo o mundo. Portugal não é excepção e há mais de uma década que os reality shows fazem parte da programação das estações nacionais. Novelas da vida real cujo conteúdo foi evoluindo com o passar do tempo. De um Big Brother, em que os concorrentes apenas tinham como objectivo chegar ao fim e vencer um chorudo prémio, passou-se para outros formatos com objectivos mais definidos. O Biggest Loser-Peso Pesado, por exemplo, em que se assistia à rotina de dietas e exercícios para vencer a luta contra a obesidade, teria no fundo a promoção de um estilo de vida saudável. Já o Secret Story- Casa dos Segredos escolhe participantes dispostos a tudo, até a desvendar o mais íntimo da vida privada. Tudo com mais do que um objectivo final: fama, dinheiro e um lugar no mundo das celebridades. Os concorrentes são escolhidos entre, cada vez mais, milhares de candidatos. Do lado de cá do ecrã milhões assistem diariamente, seguem ao minuto nas redes sociais, dispensam horas

durante o final de semana para assistir às grandes galas. Assume-se o “vouyerismo”. Aparecem fãs de, até ali, desconhecidos. Identificam-se com as diferentes personalidades. Tecem-se considerações. Gastam-se euros para expulsar quem não preenche as expectativas ou para manter em cena os preferidos. Os reality shows mudaram a forma como olhamos para a TV, como olhamos para a fama, para as celebridades. No mês em que está para terminar a 4º edição de mais um Secret Story- Casa dos Segredos, a mais concorrida de sempre, a Her Ideal falou com alguns ex-concorrentes. Rúben, participou e venceu a edição 3 do programa. Inscreveu-se por influência da namorada Tatiana. Faz um balanço positivo da participação, não mudava nada do que viveu na “casa mais vigiada do país”. Quando questionado sobre os benefícios da sua passagem pelo reality show afirma que “melhorou a nível financei-


ro e social”. Ricardo Azevedo, participou em dois formatos do programa Secret Story, entrou na segunda edição, onde passou 2 meses e meio. Depois foi um dos concorrentes do Desafio Final, ficando em segundo lugar, na final. Decidiu concorrer pois vive “perto da Venda do Pinheiro, logo nasci com isto dentro de mim, sempre gostei do formato do programa desde os Big Brothers. Acho engraçado a interacção das pessoas e o que conseguem fazer para triunfar e ganhar, é um jogo engraçado, que adorei jogar”. Jogou e afirma que foi uma aventura “muito positiva, fui eu!! Da segunda vez fui melhor compreendido por todos, público e produção e alguns participantes, por isso senti-me mais à vontade e gostei mais”. O preço do Mediatismo O mediatismo também tem um preço e a vida de quem participa nestes programas acaba por ser exposta e, algumas vezes deturpada. À questão se o preço a pagar de toda a exposição compensa Rubén afirma que “no meu caso sim, pois não tinha grandes “podres”. Já Ricardo tem uma postura mais descontraída “é ignorar e seguir em frente. Quem nos conhece sabe o que

somos e é a esses que temos de provar algo. Agora o que é dito é para esquecer. Mentiras e algumas verdades que não dão jeito aparecer. Temos de ser superiores e ignorar muita coisa”. Os benefícios Cece Diaz foi uma “não concorrente”. Modelo e organizadora de eventos em Inglaterra, “por questões profissionais”, decidiu concorrer ao programa em Portugal. Entrou na casa apenas no primeiro dia, desta 4ª edição. “Fizemos a apresentação da casa aos portugueses e depois fomos até ao confessionário onde a Voz nos informou que teríamos de sair”, contou. Com um curso de actriz resolveu participar para ter uma oportunidade de carreira “é o que quero seguir de momento. Tem-me aberto portas para conhecer pessoas que me têm dado contactos”. Já Ricardo Azevedo refere que “perdi muita coisa tal como ganhei. São mais os benefícios, sem dúvida. Sei que muitos colegas meus estão na miséria pois não souberam gerir a fama, mas no meu caso estou super bem. Na música evoluí muito depressa, consigo ganhar dinheiro com isso. Tenho um bar/restaurante, sou um jovem empresário que

faz música”. A fama É efémera para a maioria. Nem todos conseguem lidar com a popularidade repentina de igual forma, tal como não se ajustam bem ao regresso da vida anónima. Rúben diz que “já se deve ir preparado para este cenário quando se concorre a um programa do género”. Por seu lado Ricardo afirma que “o que tiver de acontecer acontece. Se tiver de ser esquecido, sou. Tive uma boa educação que me ajuda a lidar com a situação”. Para além disso, “tenho muitos amigos no meio que sempre me mantiveram os olhos bem abertos e disseram que, como tudo na vida, é efémero se não for bem gerido”. Já Cece Diaz refere que a popularidade “vem dos trabalhos como modelo, mais do que a Casa dos Segredos e é algo com que lido bem”. O que se segue Agora que está para terminar mais uma edição do Secret Story, anunciam-se programas virados para a gastronomia. A comida parece abrir cada vez mais o apetite dos telespectadores sem, no entanto, deixarem de seguir os concorrentes anónimos que em breve se tornarão “famosos”.


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“VAMOS À AZEITONA” Fotografia e Edição: Paulo Casaca Texto: Luis Noel Agradecimento: A.C.A.S.O. - Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão (www. ipss-acaso.org)







“Numa manhã amena e fresca, as pessoas de idade, jovens e monitoras socializamse na apanha de azeitona. Envolvidos na estratégia de combate aos efeitos irreversíveis causados pelo tempo e pela idade, momentos de convívio ajudam os seniores de Olhão a abstrair-se da irredutível rotina de isolamento social e autoexclusão que o tempo e a idade os legaram. A troca de conversas animadas entre os semelhantes permite reviver as reminiscências culturais dos tempos idos, que lhes aliviam das dores das memórias e fazem cultivar a auto-estima emocional. Participando em dinâmicas inter-relacionais protegem-se da iminente degenerescência das faculdades cognitivas, físicas e motoras. Uns apanham azeitonas e outros ficam a olhar por preguiça hesitante. Olhares de mil expressões, que denunciam a experiência de anos vividos, de histórias de vidas por contar, serenam e diluem na partilha de sorrisos silenciosos e risos cúmplices. Uma apanha feita com peso de histórias que se reconfortam com a recompensa de cargas de azeitonas recolhidas”


Estar no Presente Meio-caminho para ser feliz

ajude-se a si própria Texto de ivo dias de sousa

professor universitário e autor do livro “Um Coelho Cheio de Sorte”

E

star no presente é meio-caminho andado para ser feliz. Uma das principais razões porque não somos felizes como poderíamos ser, é as nossas mentes vaguearem em demasia pelo passado e pelo Futuro. Isto é, as nossas mentes estão demasiado ocupadas com o que aconteceu no passado e no que poderá suceder no futuro.

Não estou a dizer que pensar no passado ou no futuro seja algo a evitar a todo o custo. Por exemplo, tem de tomar medidas para o seu futuro seja melhor (por exemplo, conseguir um emprego melhor ou ter um filho) ou, pelo menos, situações incómodas não sucederem (por exemplo, uma doença) – para isso necessita pensar no futuro. Pensar no passado também pode ser útil. Por exemplo, aprender com ele ou ser inspirador para o presente e futuro. Devemos prestar alguma atenção ao futuro (afinal ele acaba por acontecer) e ao passado. Porém, existe uma grande diferença prestar alguma atenção ao futuro e ao passado e passar muito tempo no que aconteceu e no que pode suceder. Isto quer o que sucedeu ou venha a suceder seja bom ou mau. O presente é o momento de poder – é ai que podemos actuar. Se os nossos pensamentos se concentram sobretudo no passado e/ou no futuro, temos poucas hipóteses de apreciar o apreciar o presente e, sobretudo, actuar nele. De certa forma, “tudo” o que temos é o presente. Concentrar a nossa atenção no presente contribui não só para termos mais sucesso como sermos mais felizes. É no presente que temos poder - não é no passado que já passou nem no futuro que ainda há-de vir.


Penso que a maioria das leitoras concorda comigo: é no presente que a nossa atenção deve estar, no essencial, concentrada. No entanto, muitas vezes, isto é mais fácil de dizer do que fazer. Os nossos pensamentos divagam, frequentemente, para o passado e/ou o futuro. Por exemplo, poderá sofrer com algo que aconteceu. Repare, porém, que não o que aconteceu que a fará sofrer. O que a poderá fazer fazer sofrer é a história que conta repetidamente na sua cabeça – é um “filme” que poderá passar repetidamente no “cinema” da sua mente.

É fácil dizer que devemos estar no presente. Porém, é muito fácil o nosso pensamento ser desviado para o que temos que fazer amanhã ou algo que aconteceu no passado. Convenhamos que, na maioria dos casos, não é produtivo nem contribui para a nossa felicidade. Uma forma de voltar rapidamente ao presente é focarmos a atenção na nossa respiração – é algo que aprendi ao fazer ioga. Ou seja, notar o ar a entrar e a sair do nosso corpo – que parte afecta. O que notei é que isso pode ser feito quase em qualquer lugar.

Na minha experiência, não tão bem como numa aula de ioga, mas com bons resultados. Por exemplo, numa reunião é sempre possível fechar os olhos por uns momentos e acompanhar a respiração. Os resultados são bons para mim – talvez sejam bons para si. Não existe nada como experimentar estar no momento. Tente observar a sua respiração algumas vezes. Se gostar dos resultados, repita. Se não gostar, experimente outra coisa. Ajude os outros, mas comece por si.


COMO curar e evitar dores nas costas? joão martins (Personal Trainer) www.personaltrainers.com.pt

E

m primeiro lugar, vamos definir o que é dor lombar (lombalgia) para sabermos ao certo do que este artigo trata. Dor lombar é “a dor situada na região lombar que tanto pode ter uma evolução aguda como crónica. É extremamente comum e constitui uma das causas mais frequentes de consulta médica e de absentismo laboral.” Estudos epidemiológicos demonstram que cerca de 50% a 90% dos indivíduos adultos apresentam lombalgia em algum momento das suas vidas. Em países industrializados, a lombalgia é a principal causa de incapacidade em indivíduos com menos de 45 anos.




Diversos fatores estão envolvidos no surgimento do sintoma, tais como obesidade, má-postura, más condições de trabalho, alterações ortopédicas e acidentes. Mesmo sendo inúmeras as causas de dor na região lombar, a mais frequente é a falta de musculatura forte na zona lombar ou sua disfunção. O tratamento na fase aguda visa o alívio sintomático da dor e da inflamação e a orientação para a proteção das estruturas doridas, evitando-se posturas ou atividades que agravem a dor ou a inflamação devido à sobrecarga mecânica sobre a coluna lombar. O denominador comum destas abordagens é a sua natureza passiva que, embora possa provocar um alívio da dor, não promove a cura do problema através de adaptações fisiológicas positivas. A aplicação dessas terapias passivas é pouco eficiente no tratamento da dor crónica lombar. Em resposta à ineficiência dessas terapias passivas que são pouco eficientes aparece o exercício físico. A carência de flexibilidade, a fraqueza da musculatura abdominal e glútea, a tensão eleva-

da da musculatura das costas e flexora do quadril e o enfraquecimento dos músculos do CORE, estão associadas como sendo o maior risco para o surgimento de dores lombares, onde 80% das lombalgias são causada pelos níveis de flexibilidade articular reduzida. O exercício físico é uma ótima solução, pois através da manutenção de uma boa flexibilidade nas principais articulações verifica-se uma grande melhoria nas dores, pois quanto maior a flexibilidade, menor é o risco da incidência de dores musculares, principalmente na região dorsal e lombar. O fortalecimento muscular da musculatura abdominal e glúteos também contribui para o “tratamento” de lombalgias. Tem que se ter muito cuidado com este tipo de trabalho muscular, devendo evitar-se as cargas, pois muita carga pode gerar hérnias. Os exercícios de fortalecimento muscular devem ser realizados após a fase aguda da dor e só após essa fase devemos iniciar o fortalecimento muscular. Os exercícios físicos podem e devem ser utilizados na prevenção e no tratamento da lombalgia; no entanto, devem ser prescritos e orientados por

um profissional devidamente qualificado, pois a prescrição está diretamente ligada à causa da dor, o que pode permitir ou restringir certos movimentos. Neste sentido, a Personal Trainers Algarve aconselha a não prescindir de um acompanhamento de um profissional competente na área do exercício físico para o orientar de forma segura, passo a passo, sem ultrapassar as várias etapas da recuperação para que tenha uma recuperação segura e correta. Não esquecer que, ao escolher o exercício físico como prevenção, recuperação ou tratamento de lombalgia, vai ter inúmeros benefícios para si, para alem da prevenção e/ ou tratamento da lombalgia. Entre esses benefícios temos: a eficiência respiratória e do processo digestivo, equilíbrio postural, sustentação visceral, proteção contra diástases, prevenção contra traumatismos e às áreas abdominais sujeitas a hérnias e melhora também o rendimento desportivo. Portanto, se você se queixa de dores na lombar, mexa-se, pois o exercício físico é um poderoso aliado na redução dessa dor!


BERLIM

DESTINO

Texto E FOTOGRAFIAS de LUÍSA OLIVENÇA

Berlim é uma cidade muito grande. Nela, cabem Madrid e Barcelona. Para a dimensão tem pouca população. Daí o trânsito automóvel ser diminuto, mas também porque têm uma excelente rede de transportes públicos e ser usual a utilização de bicicletas. Há turistas por todo o lado, nomeadamente, espanhóis, italianos e alemães (de outras zonas do país). Porém, poucos asiáticos, ao contrário de outras cidades europeias. Cidade de muitos parques e lagos. Têm muita água no sub-solo. Toda a zona histórica é monumental e está na ex-RDA. Avenidas largas e arborizadas. Fazemos aqui um roteiro para 4 dias. Comece pela Alexanderplatz, (uma zona de referência no período comunista) onde se situa a torre da TV, para o bairro de San Nicolás. No percurso encontramos o Palácio Vermelho (assim chamado por ser de tijolo ver-

Como ir: Na Lufthansa, com escala, desde 232 € / px, ou na TAP, directo, desde 409 €. Pode conseguir um bilheto misto, ou seja, apenas com escala numa das viagens, por 276 €.


melho). Um bairro muito acolhedor, com esplanadas e lojas, que fica na margem de um rio. Recomenda-se a visita à Igreja de San Nicolás e ao Museu do Habitante (casa típica de uma família alemã). Na outra margem, estão as antigas cavalariças, actualmente, escola de música. Seguidamente, passamos à zona conhecida por Ilha dos Museus. No local onde

se situou o palácio Imperial, é, hoje, um campo verde. O palácio foi destruído, em parte, durante a II Guerra e, completamente arrasado pelos comunistas, que ali construiriam umas instalações, de arquitectura própria da época, destinadas às reuniões das elites comunistas. Após a reunificação, estas instalações foram desmanteladas (porque na sua construção tinha sido usado amianto) e encontra-se projectada a construção, até

Onde ficar: Berlim tem bons hotéis. Recomendamos o H2 Hotels, com uma decoração “clean”, com um bom pequeno almoço. Tem a particularidade de permitir a estadia de cães. Onde e o que comer: As refeições em Berlim são boas, sobretudo nas Cervejarias, onde os pratos de forno são muito bons, acompanhados por grandes canecas de cerveja e os funcionários vestidos com trajes típicos.


2018,de um novo edifício (em Berlim há obras de recuperação por todo o lado).

mães que viveram e arriscaram a vida para passar para o Ocidente.

Nesta ilha, recomenda-se a visita à Catedral dos Protestantes. Lindíssima, tanto no exterior com as abóbadas verdes, como na riqueza interior.

Está recriado o Checkpoint Charlie (americano), um local, igualmente, emocionante.

Passamos à Avenida Linden, conhecida por Avenida Imperial. Em linha recta vai até à praça de Paris, onde se situa a Porta de Brandemburgo, símbolo por excelência de Berlim. A Av. Imperial (onde se faziam as grandes paradas das tropas de Hitler) é, sem dúvida, imponente, com monumentos históricos de ambos os lados: Palácio dos Príncipes, Palácio das Princesas, Palácio das Armaduras (hoje de História Natural), Óperas, Museu da Vítima, Faculdades e alguns outros. Visite a Gendarmenmarkt, uma praça sofisticada e das mais bonitas de Berlim. De cada lado da praça estão as conhecidas Cúpulas Gémeas, porque são exactamente iguais, que foram Templos, um dos prussianos, outro dos franceses. Do muro de Berlim, visite uma parte ainda existente, os restos do Quartel General da Gestapo e, não vai deixar de se comover, ao pensar nos ale-

Admire a espectacular Potsdamer Platz, considerada, hoje, a Berlim do séc XXI, com edifícios modernistas. Daí vá até ao Memorial dos Judeus, constituído por vários paralelepípedos, de vários tamanhos, de cor cinza escuro, separados por corredores, e que simbolizam os judeus mortos pela perseguição nazi. Visite, ainda o Museu Judeu. É impressionante. No segundo dia escolha o Bairro Judeu, para passear. É um dos bairros mais carismáticos e querido dos berlinenses. Passe por locais de grande simbolismo, como o da primeira Sinagoga que, hoje, já não existe, ou o local onde as mulheres casadas com judeus fizeram uma manifestação/apelo para salvar os maridos. Por ter sido bem sucedida, ficou conhecida por “Milagre das mulheres de Rosenstrasse”. Fique a conhecer momentos importantes vividos pelos Judeus, que foram marcantes, como a “Noite dos Cristais partidos”. É como ficou conhecida a noite de 09 de Novembro de

1938, quando os nazis, numa acção em diversas cidades da Alemanha, atacaram e destruíram Sinagogas, lojas e estabelecimentos judeus. Tal, como a “Conferência de Wannsee”, realizada a 20 de Janeiro de 1942, por um grupo de oficiais nazis, onde foi discutida a “solução final da questão judaica” e que levaria ao Holocausto. Visite uma antiga oficina de escovas, de um judeu, que ajudou muitos outros, não obstante os riscos. Faço um passeio na Rua da Tolerância, assim chamada, porque existiu nela, no mesmo tempo, um cemitério e uma escola judaicos e um hospital católico e protestante. O Bairro Judeu, é um local de grande convivio, muito agradável para jantar ou, simplesmente, tomar uma bebida. Há imensos pátios, no interior dos edifícios (bem conservados), muito floridos, com comércio e restaurantes. É, também, um local de convívio de artistas, com várias galerias e lojas interessantes, que fogem ao vulgar das marcas. Existem, prédios degradados “grafitados”, porém, considerados manifestações de arte



e, portanto, preservados pelas autoridades. A Sinagoga, com uma cúpula lindíssima, é actualmente um Centro de Exposições”. Este passeio é uma “viagem” de simbolismo e recorda-nos a cada passo o peso da intolerância. Uma vez em Berlim, não deixe de visitar o Museu Pergamon, no terceiro dia. Reserve algum do seu tempo, cerca de 2/3 horas, e verá que não se arrepende. Não desista com o tamanho da fila. Desenvolve bem e, no final da visita, estará satisfeito com a


persistência. O Museu Pergamon é um dos cinco museus da Ilha dos Museus. Os projectistas do mesmo, inspiraram-se no Altar de Pérgamo para o planear. Famoso em todo o Mundo (é visitado por 850 mil pessoas/ ano), É uma das principais atracções de Berlim. O seu acervo tem peças fabulosas e guarda peças da Antiguidade de um grande valor cultural. Está organizado em 3 partes: 1 - colecção de arte da Antiguidade Clássica, com especial referência para o Altar de Pérgamo e as Portas do Mercado de Mileto; 2 - Museu do Antigo Oriente Próximo com uma excelente colecção de arte islâmica, com objectos provenientes de Antiga Babilónia e da Antiga Suméria, para além da Porta de Ishtar (1 dos 8 portões da muralha que cercava a Babilónia), uma verdadeira maravilha; 3 - Museu de Arte Islâmica, com relevância para a Fachada de Mshatta, um palácio do séc VII, descoberto na actual Jordânia. Aproveite o resto do dia para apreciar as várias zonas verdes ou descansar numa esplanada, bebendo uma agradável cerveja. Se é fã de lojas, pode aproveitar para compras. Se o tempo que destinou para

as suas férias o permitir, vá a Potsdam, a Cidade Imperial. Fica a 40 Km de Berlim, mas há comboio em diversos horários. Cidade de palácios e jardins, outrora habitados por Reis e Imperadores, foi residência de Verão dos mesmos. Frederico II, conhecido como Frederico “O Grande”, foi um grande amante da cultura e das artes e pôs um grande empenho em embelezar a cidade com palácios e jardins. Sanssouci, o palácio que mandou construir ao estilo Versalhes, tal como os jardins, é de grande beleza. Tem uma escadaria imponente e debaixo desta, umas sebes de vinha, protegidas das temperaturas por portas de vidro. Curiosidade, o vidro, então, era mais caro que o ouro. Frederico II, está aqui sepultado, em campa rasa, muito simples, sem adornos. Junto estão outras seis pequenas lápides, supostamente dos seus cães. Na campa não há flores. Em substituição, são deixadas batatas, pelas pessoas que ali vão, pois o uso deste tubérculo, entrou na gastronomia alemã, por iniciativas várias de Frederico II. Visite, o Bairro Holandês, simpático no seu estilo próprio, marco da colónia holandesa, que ali residiu.

Potsdam é, também, uma cidade carregada de história. Passe a ponte, onde a CIA e o KGB trocaram entre si espiões, durante a Guerra Fria. Vá também ao jardim do palácio onde Estaline se reuniu com Churchill e Truman para repartir a Alemanha. Este palácio, simples, de madeira e pedra (tipo inglês), escapou intacto à II Guerra e possuía aquecimento, telefone e luz, portanto, algum modernismo para a época. Talvez, por isto tudo, tenha sido escolhido para esse encontro. Este é um bonito passeio, desfrutando de um dia ao ar livre e descobrindo um pouco mais a cultura, história e tradições alemãs. Dependendo dos dias que, ainda, dispuser poderá visitar Sachsenhausen, um dos Campos de Concentração mais importantes. Estava destinado a ser um modelo a seguir. Mais de 200 mil passaram por este Campo e, pelo menos, 50 mil perderam nele a vida. Nota: Sugere-se que adira a um dos muitos “tours” personalizados, feitos a pé, com guia disponivél em várias linguas. Basta estar por volta das 9h30m na Alexanderplatz. Boas Férias!


opinião

Acasos predestinados CRÓNICA de ana amorim dias

F

oi mesmo assim! Olhei para a fotografia dele e fiquei fascinada. Depois investiguei um pouco a sua vida e decidi: “É ele! É sobre ele que eu quero escrever!” - Sabes? Quando for grande quero ser como tu!- disse-lhe, na primeira vez que falámos.

Desarmei-o logo aí. E depois, sem outro aviso, disse-lhe que queria escrever a sua biografia. E então foi a vez dele me desarmar a mim. Respondeu de imediato: - Parece-me uma excelente ideia, quando começamos?-


O Eric não soube, até aqui, viver uma vida comum, creio que nunca saberá. Este homem de negócios-fotógrafo-aventureiro-viajante-escritor, tem histórias para encher uma biblioteca inteira. Um dia, quando a sua vida estava aparentemente desfeita, montou-se numa Harley e foi dar a volta ao Mundo para se encantar de novo com tudo. O encantamento chegou nas páginas do “Road Angels”, o livro que escreveu para nos narrar a experiência. Mas o seu grande valor esconde-se atrás dos fortes paradoxos de pessoa forte e sensível; atrás de um carisma inigualável e de uma humanidade incrível, que sabe ver sempre o lado bom dos outros.

mesmo dia. Encantei-me com as suas histórias e o seu exemplo; viajei no tempo e no espaço, levada pelas narrativas contadas por uma voz doce; desesperei com o seu temperamento determinado, exigente e perfeccionista; inspirei-me a superar-me e descobri, ao longo de todo o processo, que há acasos predestinados. E acabámos por constatar juntos que este encontro nos evidenciou claramente a missão de ambos: fortalecer nos outros os seus próprios sonhos e a vontade de os conquistar.

Nunca antes tinha conhecido alguém com uma capacidade tão colossal para inspirar os demais.

Daqui em diante continua a missão: quem se descobre como potenciador de sonhos, nunca mais volta a descansar.

Começámos a trabalhar na biografia nesse

Por agora fica a obra: uma vida emocionante contada com emoção.


Ingredientes: Para 2 pessoas 2 Bifes de peru pequenos 1emb. Cupita de porco preto 2 batatas doces 1 molho de nabiças 100g pistácios 2 colh sopa Cebola picada Sal e pimenta q.b 1 raminho de tomilho

1

Coloque as batatas a assar no forno embrulhadas em folha de alumínio durante uma hora, retire a pele e com um garfo transforme em puré, esmague o miolo do pistácio e envolva com a batata.

2

Corte ao comprido, finamente, a Cupita, poderá pedir no seu talho que lhe cortem a Cupita caso não tenha uma fiambreira.

3

Bata o bife de peru dentro de um saco de plástico pois ajudará a que não se parta, até ficar fino. Numa frigideira, salteie num fio de azeite a cebola, as nabiças e tempere.

4


PERU DE NATAL Chefe Pedro Arranca proprietário do restaurante flor de sal

Peru um anti depressivo natural Este ano a nostalgia do Natal pode ser colmatada com carne de peru! Hidroxitriptofano ou seja 5-HTP é uma molécula que o nosso corpo usa na criação de serotonina, substância esta que provoca o aumento de bom humor. O peru também ajuda na perda de peso e melhora os seus níveis de colesterol, assim sendo já existem estudos que provam estes benefícios fazendo desta carne branca um poderoso aliado no combate a insónias, ansiedade e depressão.

5

Dispor Coloque uma película aderente na bancada e disponha as fatias de Cupita, agora o bife de peru e tempere de sal e pimenta e o tomilho, espalhe parte das nabiças e ao centro um pouco da batata doce com pistácio, enrole com

a ajuda da película até formar um cilindro, atar com fio de cozinha e levar a forno já pré-aquecido a 220º, por apenas 14 minutos. No prato coloque o puré e as nabiças que sobraram a fazer cama aos seus rolos de peru.

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Sabemos que o tradicional peru de natal requer uma família de alguma dimensão para que valha a pena cozinhar, afinal atravessamos tempos de crise que nos ensinam que não devemos desperdiçar. A receita que vos apresento é de fácil e rápida execução, de custo baixo e de apresentação muito requintada. Desejo a todos vós um Santo Natal!


1

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2

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3

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4

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opinião

WHAM!

CRÓNICA de nuno silva

P

or esta altura em que está a desfrutar da Her Ideal de Dezembro, garanto que já ouviu, pelo menos dez vezes, um dos grandes êxitos desta banda: Last Christmas. Mas os Wham!, com uma curta vida activa no período entre 1981 e 1986, onde venderam cerca de 25 milhões de discos por todo o mundo, não se pode resumir apenas a uma música.

Em 1979, George Michael (Georgios Kyriacos Panayiotou, nome de baptismo) e Andrew Ridgeley juntaram-se a três colegas de uma escola perto de Watford na Inglaterra, para formar a banda The Executive. Após o fim rápido desta, o duo Michael e Ridgeley assinaram contrato com algumas das melhores produtoras e começaram uma viagem no mundo Pop, acompanhados, mais tarde, por Pepsi Demacque, Shirlie Holliman e Dee C. Lee.


O primeiro tema gravado foi Wham_Rap! Enjoy What You Do e data de junho de 1982. Ainda hoje, é recordado como um dos primeiros trabalhos de bandas inglesas onde existiam traços de rap, algo inédito nessa altura. Com o lançamento do tema “Young Guns (Go for It!)”, quatro meses depois, a banda começa a acentuar um som muito virado para os adolescentes e, depois da sua actuação no programa Top of The Pops, consegue uma visibilidade enorme, sendo considerada como um fenómeno emergente. O ano de 1984 é perfeito para esta banda. Se hoje não existe uma festa dos anos 80 que não toque “Wake Me Up Before You Go-Go”, é porque este tema catapultou os Wham! para o estrelato mundial, tendo-lhes dado o seu primeiro número um no Reino Unido. Curiosamente George Michael, para escrever a letra, inspirou-se num bilhete de Andrew Ridgeley aos seus pais, onde este tinha escrito “don’t forget to wake me up up before you go go” . E assim nasceu um hit… O segundo álbum Make It Big, lançado em

Novembro desse ano, com músicas como “Careless Whisper” (uma balada que indiciava já um afastamento de Michael e que se viria a comprovar mais tarde), “Freedom” e “Everything She Wants”, é um autêntico hino ao Pop. Durante este período e graças à notoriedade dos Wham!, participam no Band Aid, com o tema “Do They Know It’s Christmas?”, fazem uma visita à China, onde gravam o videoclip do tema “Freedom” e gozam a fama à escala mundial. Por pouco tempo... A primavera de 1986 é sinónimo do anúncio do fim da banda. O best of “Final” e o último concerto em Junho desse ano, perante 72 mil pessoas, no Estádio de Wembley em Londres, consumam a separação. Embora parecesse estranho, o fim dos Wham! foi bastante previsível. George Michael queria uma direcção diferente na sua carreira e embora tenha, posteriormente, renegado muito do histórico deixado pela banda, os imensos boatos de uma provável reunião, são a prova de que essa herança, ficou bem viva entre os milhões de fãs.


MAQUILHAGEM

ÉPOCA DE FESTAS - NATAL E PASSAGEM DE ANO!

texto de Joana Paraizo

C

uidados com a Pele e preparação para a época de Festas

Uma vez que nos encontramos no Inverno, existem certos cuidados que devemos ter com a nossa pele, seja ela de que tipo for – mista, seca ou oleosa. Aconselha-se a quem tem uma pele seca, mais algum cuidado extra, precisamente pelo facto de este tipo de pele ter alguma tendência a uma descamação quando exposta a temperaturas mais frias. Há que ter sempre em conta estas 3 palavraschave para manter uma boa pele – até mesmo durante o resto do ano. São elas ‘’limpar’’, ‘’tonificar’’ e ‘’hidratar’’. É muito importante que, na escolha dos produtos que vai utilizar para limpar, tonificar e hidratar a pele, escolha os adequados ao seu tipo de pele. Pode e deve aconselhar-se com um profissional que esteja apto a dizer-lhe qual o seu tipo de pele e que produtos escolher, como um

maquilhador ou um colaborador na área da Cosmética. Poderá ser bem aconselhada sem ter necessariamente de recorrer a um dermatologista – a menos que a sua pele possua uma condição especial ou necessite de tratamento específico como por exemplo, para condições como a acne. Dados estes 3 passos, aí sim poderemos então começar pela escolha da base e dos correctores e/ou anti-cernes a utilizer. Os meus produtos de eleição para as Festas Para uma boa maquilhagem, é preciso em primeiro lugar, uma boa pele; Cuidada, hidratada, como referido anteriormente. É por isso necessário começarmos em primeiro lugar pela escolha da base; Aconselha-se uma base de longa-duração, como por exemplo a nova linha Pro Longwear da MAC. Esta base de longa-duração tem a cobertura perfeita para que a pele esteja impecável até 15 horas segundo a própria marca; Não deixa a pele seca e é perfeita para ocasiões especiais como estas.


A minha segunda escolha vai para 2 correctores: o primeiro corrector/anti-cerne chamase ‘Boing’ e é da Benefit. A sua cobertura é espectacular e pode até ser utilizado não só para esconder as olheiras ou os papos mas também para ser colocado na zona da pálpebra móvel, antes da aplicação das sombras – ajuda a fixação do pó e prolonga a maquilhagem também. O ‘Boing’ da Benefit pode ser encontrado em 3 tons. Em terceiro lugar e não menos importante: o Touche Éclat da YSL. Este é um dos produtos mais vendidos da Yves Saint Laurent e é também utilizado não só como anti-cerne mas também como um iluminador; Aconselha-se a que, caso este produto seja usado como iluminador da zona T (testa, nariz, por cima dos lábios e queixo), como por exemplo, os lábios – pode delinear suavemente à volta com o corrector e dará um efeito de volume instantâneo aos seus lábios. Olhos e Sobrancelhas: muito importante, talvez o mais importante e o que fará a diferença na sua maquilhagem de festa. Pessoalmente penso que não é de todo necessário que haja uma sobrecarga de maquilhagem, queremos evitar a todo custo um aspecto

pesado ou de quem vai para a discoteca quando ainda são seis da tarde! O famoso ‘smokey eye’ Podem fazer um smokey eye, como na imagem – para isso precisarão de sombras creme (cor do tom natural da sua pele), branca/prateada, cinzenta e preta, um eyeliner preto, máscara de pestanas e um lápis preto. Para quem tem alguma dificuldade na aplicação do eyeliner, eu aconselho sempre a utilizar um eyeliner tipo caneta (ARTDeco, aprox. 12€, à venda nas lojas Douglas; Maybelline Liner, aprox. 8€, à venda nas lojas Jumbo e Continente). Aqui vão algumas sugestões de produtos que vão ajudá-la a conseguir o look acima: M.A.C. Studio Fix Boldblack Lash; ARTDECO Long Lasting Liquid Liner na cor 03 (castanho) – o preto é o 01; Sombra Lancome Preto Brilhante; Khol&Control da Bourjois – lápis preto; Quanto a rosto e lábios, as tendências têm sido um pouco opostas. Pode optar por um look mais ‘’bold’’ e mais ousado, mais jovem também, e usar uma maquilhagem leve nos seus olhos e uns lábios irreverentes.

Conselhos Úteis Idealmente, use um tom que combine com o seu tom de cabelo e/ou tom de pele! Por exemplo, a actriz Emma Stone, na foto, tem um tom de pele claro, cabelo loiro e olhos azuis como podemos verificar, e, por esse motivo, terá uma maior versatilidade em tons muito vivos que condigam com o seu tom de pele e olhos. No entanto, a mesma cor de batom talvez não caísse tão bem se a actriz tivesse a pele mais escura e as outras características se mantivessem. Ainda que estes batons de tom vivo também fiquem bem a morenas, é preciso muito cuidado para que o contraste seja ainda que ‘’bold’’, harmonioso. No fim de contas, terá sempre uma variedade grande para ousar e experimentar. As lojas M.A.C têm várias colecções espectaculares e pode sempre ser auxiliada por um profissional em caso de dúvida. Se optar por investir nos olhos, experimente dourados e prateados que caem sempre bem na época de festas. O que interessa é experimentar e divertir-se! Tire um dia e vá com as amigas experimentar e brincar com a maquilhagem. Vai ver que não se vai arrepender! Boas Festas!


HERMÉS RICHELIEU LOUISE 660 €

“Get the London look” SHOES VICTIM

por fernanda hilário


A

Aproveitei as minhas férias em Londres para espreitar as lojas e ver o que por aqui se mete no pézinho. As montras são lindíssimas, inspiradas no espírito natalício, e umas mais originais que as outras. O tema festa, “glamour” e brilho são as principais fontes de inspiração.

O sapato de salto alto e compensado à frente está muito na moda e combina bem com jeans ou saias. As famosas UGG (botas de pêlo) estão em todo o lado, seja nos pés ou nas montras e, uma vez mais, podemos vestir com todo o tipo de roupa descontraída e permite ter os pés quentinhos, ideal para passeios (sem chuva). As lojas H&M apresentam lindos sapatos de salto alto nos tons pretos e dourados

ou prateados, ideal para as festas ou para uma saída. A Bershka apresenta-nos sapatos num espírito mais libertino e original, com botas abertas à frente que se usam com meias ou collants e sapatos de salto alto quadrado (o famoso block hells) transparentes,

azuis, bordeaux ou estampadas (o famoso leopardo). E quanto mais originais e ousados somos, mais “fashion” seremos. Em Londres compreendi que não devemos ter medo de ousar, nem nas cores nem no tipo de sapatos.

O mais importante é sentirse bem, gostar, assumir e simplesmente apreciar ser o cenClarks tro das atenções Kendra Accent com os seus lin119,95 € dos sapatinhos. Astúcia :

brancos ou pretos e brancos. Este Inverno os ingleses decidiram apostar nos famosos “Derbies” e “Richelieu” seja para homem ou mulher, assim como nos “mocassins” e sabrinas. As “Boots” e “ Bottines” (botim) querem-se em camurça e as cores nos tons

para preservar os sapatos ou botins de camurça pense em passar uma escova ( existem especiais para sapatos de camurça) depois de os utilizar de forma a eliminar o pó ou manchas (também pode utilizar uma borracha especial camurça). Pense igualmente em utilizar um spay impermeabilizante antes de os utilizar pela primeira vez.


Quem não pede, não ouve Deus A FLOR DA PELE

Texto de EMME

P

edir também é uma tradição de Natal.

Pede-se ao pai, à mãe. Tenta-se a tia de forma mais discreta... e aposta-se tudo na avó, que é um coração de manteiga e arranja sempre maneira de nos fazer felizes. Pedir no Natal é normal, temos desculpa.


Talvez porque somos todos um bocadinho mais criança por estes dias de luzes e enfeites coloridos. Agora, pedir ao longo dos restantes dias do ano, é normalmente para um adulto, um embrulho de orgulhos que às vezes nos fazem resistir ao admitir que precisamos de uma ajudinha. A história de uma orgulhosa, como eu, faz-se normalmente evitando esse verbo. Raramente peço o que quer que seja. Mesmo que fique a roer -me por dentro. Tenho uma técnica genial.... Espero que me ofereçam, de forma espontânea. Que me adivinhem. E quando não acontece, como qualquer criança, amuo por não terem acertado de forma exacta naquilo em que eu andava a pensar há séculos, mas não dizia a ninguém. Brilhante, não? Pois... NÃO! Pelo menos não em tudo. E sobretudo, não nos assuntos de pele... nos que se tratam com cosmética... e nos outros. O que é que isto tem a ver com a crónica habitual? Tudo. Porque o presente que vos deixo este Natal é : ensinar-vos a pedir!

Quando as minhas aventuras de pele começaram (como já aqui vos contei a minha pele é di-fi-cil) lembro-me que, quando finalmente, juntei dinheiro para entrar numa perfumaria decidida a comprar, saí de lá com a linha completa da Shiseido para pele jovem. Tive sorte. Correu bem. Mas podia ter sido um desastre.... e a linha completa já morava comigo. Quer eu gostasse dela, quer não. Como nestas coisas da cosmética há sempre novidades quase todos os dias, e como vivo na ilusão de que há sempre qualquer coisa melhor para vir, deixei a Shiseido e fui experimentar outras marcas. E aí, aos poucos, comecei a perceber que a minha sorte tinha sido de principiante. Durante muito tempo coleccionei, nas prateleiras lá de casa, cremes que ficavam nem a meio porque as borbulhas atacavam. Embalagens inteiras que ficavam para a minha mãe ( um “tanque” no que toca a questões de pele... pode usar tudo que fica sempre óptima..eu saí ao paizinho...) Boiões lindos e milagrosos que tudo o que prometiam, falhava em mim.

E a minha conta bancaria, a cada tentativa falhada, cada vez mais desidratada. Comecei a perceber que comprar cremes era quase como jogar no totoloto. Envolvia dinheiro e sorte. E foi aí que comecei a treinar o verbo Pedir. Reparava que sempre que comprava qualquer coisa, no fundo do saco, se a empregada fosse simpática, havia quase sempre uma amostrinha. A amostra serve para isso mesmo: para mostrar. Mas muitas vezes as empregadas das perfumarias preferem “mostra-las” lá em casa, aos seus, do que ajudar o cliente. Como a minha pele era sensível comecei a usar esse argumento quando ia à perfumaria ou à farmácia espreitar qualquer coisa. Explicava o que queria. Resistia às extraordinárias técnicas de venda. Deixava que me atendessem dando dicas e conselhos úteis. Mas, no final, em vez de comprar às cegas 50 mil cremes, comecei a dizer “parece-me bem mas quero experimentar”. Há uns anos isto soava estranho. Muitas vezes ouvia um “...ah... mas não temos amostras...”, misturado com uma expressão de sobrolho levantado, um ar desconfiado e mui-


tos juízos de valor em silêncio. Mas descobri numa perfumaria que existiam umas pequenas caixinhas milagrosas que permitiam contornar a falta de amostra: caixinhas para criar doses de ensaio do que se quiser, desde que haja tester na perfumaria, não há como falhar. Hoje já todas se renderam a esse pequeno amigo. Que ajuda, acredito, nas vendas (porque se o cliente gostar volta lá para comprar) e que ajuda, e muito, o cliente. Vivesse eu nos Estados Unidos onde o cliente tem sempre razão, não me importaria nada de comprar e depois logo se vê. Do outro lado do Atlântico, a defesa do consumidor, por vezes, é até um pouco excessiva, mas a verdade é que qualquer coisa que se compre e que se queira devolver é possível. E isso inclui- PASMEM-SEcremes e maquilhagem!!!!! Por cá, isso não existe. E por uma questão de higiene até acho bem. Mas se não temos a possibilidade de comprar e de nos arrependermos por não ser o ideal para nós (algo que só

sabemos depois de abrir o frasquinho) então deixem-nos experimentar primeiro antes de comprar, para ter a certeza de que não há enganos, e de que o que se promete no rótulo da embalagem é possível de acontecer. Escolham o que acham que serve o que procuram. Peçam aconselhamento. Mas sobretudo AMOSTRAS!

peçam

Percebam o poder que têm enquanto consumidores. Hoje as próprias lojas também sabem que se o cliente não for satisfeito e se não puder experimentar ali, irá à loja do lado. Por isso usem esse direito de escolha. Experimentem, durante uns dias ou até durante uma semana ou mais. Se for caso disso peçam mesmo mais do que uma amostra do mesmo produto. Vejam se vos causa reacções alérgicas. Testem se se ajusta a outros tratamentos que possam ainda ter em casa e com os quais queiram continuar. Por exemplo no caso da maquilhagem podem pedir amostras

de vários tons e de várias marcas até encontrarem (e que difícil é!) o vosso tom perfeito. E depois, já com alguma margem de erro, comprem com mais segurança. Hoje posso dizer-vos que raramente compro seja o que for, sem pedir primeiro uma amostra ou uma dose de ensaio para experimentar. E reduzi, e muito, o número de cremes que andavam por lá a mais em casa. A amostra tem ainda uma outra vantagem: Sempre que sai um produto novo, gostamos de saber se será esse o que nos vai deixar com a pele perfeita com que sempre sonhámos... Ora se PEDIREM... antes de comprar, podem experimentar quase tudo... nem que seja para concluir (muito triste) que o “príncipe encantado da cosmética” ainda não foi desta que chegou. BOM NATAL! E Peçam! Que Pedir... não custa!



vedetas do facebook Texto de inĂŞs pereira fotografias DXL AGENCY


T

em 18 anos, vive no Barreiro, chama-se Nair Martins e faz trabalhos como modelo na area da publicifdade. É uma das “vedetas do facebook”. Desconhecida do grande publico conta com quase 23 mil seguidores na sua página da rede social.

me apercebi eram milhares. Como faz para manter as pessoas interessadas na sua página? Limito-me a colocar fotos, tenho imensos elogios.

A Her Ideal quis saber um pouco mais sobre esta jovem.

Que oportunidades acha que esta popularidade lhe vai permitir ter? Não sei sinceramente, mas espero as melhores.

Como se tornou um “fenómeno” do facebook, com milhares de seguidores? Nem eu sei, os seguidores foram aparecendo sem eu mesma perceber, e quando

A popularidade virtual também se sente no mundo real? Já aconteceu alguém reconhecê-la na rua, numa festa? Sim acredite que sim. Vou a imensas discotecas e vejo

imensas pessoas que se dirigem a mim e perguntam se sou a Nair Martins. Tem algum episódio que a tenha marcado de alguma forma que queira partilhar? Dizem-me muitas vezes que não sou a rapariga das fotos, acho engraçado quando me dizem isso, as pessoas ficam confusas. Como lida com a popularidade? Bem, muito bem. Qual o seu sonho? Aparecer em imensas capas de revista.


PORSCHE

MACAN S DIESEL

Fotografias da marca

Texto de hUGO OLIVENÇA

Potência máxima Caixa Consumos (misto) Emissões de CO2

258 cv PDK de 7 velocidades 6,1 l/100 Km 164 g/km

PREÇO TOTAL 80.036,00 €

Baby Cayenne


PORSCHE MACAN S DIESEL

D

ecorrido exactamente um ano, voltamos a falar de um SUV da Porsche com motor diesel, desta vez, o novíssimo MACAN.

O Macan está para o Cayenne, como o Audi Q5 (que lhe empresta a plataforma) está para o Q7 e o facto de ser o mais pequeno da família, não lhe retira qualquer mérito, a exemplo do que sucedeu com a dupla Cayman / 911. Estão disponíveis com três motorizações, duas delas a gasolina. Para aqui apresentarmos, escolhemos a versão diesel..

Praticamente equiparada em preço com a versão S a gasolina, perde em potência, mas ganha em consumos. É verdade que são menos 82 cv, mas convenhamos que os 258 cv deste motor de seis cilíndros com 3.000 cc e binário máximo de 580 Nm, são mais do que suficientes para qualquer pai de família apressado. Para reduzir consumos em auto-estrada, tem de série a função de velejar. Nós já o pedimos ao Pai Natal!


A LETRA “A” por HER


M

uita tinta tem corrido sobre a temática do sexo anal e são muitas as dúvidas em relação ao mesmo. Se por um lado esta é uma prática apreciada por algumas mulheres, outras nem podem ouvir falar em tal coisa. E perguntam-se, qual será o fascínio dos homens por este “buraquinho” que espreita entre as nádegas? A verdade é que por norma para as mulheres a sua principal preocupação é a dor. E muitas vezes recusam-se a experimentar apenas por causa disso mesmo. A dor! Por sua vez, para os homens este é um jogo, em que o

ânus funciona nada mais, nada menos, como uma fechadura que é necessário abrir para alcançar o êxtase sublime e desconhecido, e do qual eles têm a chave. Ora bem, para quem quiser começar a experimentar esta prática pela primeira vez, o truque é ir passo a passo e sem precipitações. E existem uma série de passos prévios que é preciso ter em conta. Sendo que os preliminares têm um papel primordial nesta questão. Primeiramente é necessário os jogos de carícias e beijos para que a mulher relaxe e se deixe entregar. É fundamental que esta se sinta

segura. Comece então por uma massagem suave nas nádegas com óleos quentes para o efeito. De seguida aproveitando as circunstâncias que o óleo proporciona, faça investidas subtis na zona. O contacto desperta o desejo irreversível na mulher e dá-lhe a confiança definitiva. A ideia é desfrutar da massagem para depois se entregar ao prazer. Não tem que fazer logo na primeira tentativa. Iniciem primeiramente este tipo de jogos de sedução quase tântricos para, depois, mais tarde poderem ambos desfrutar, em pleno, desta prática que tanto estimula homens e mulheres.



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