3 minute read

Chevrolet Monza faz aniversário

Chevrolet Monza Chevrolet Monza comemora 40 anos comemora 40 anos

Sempre existiram os motoristas fiéis a marcas, daquele tipo que trocavam seus carros quase novos por outro igual, a ponto de os vizinhos às vezes nem perceberem a troca. Eu tinha um tio que trocava de Volkswagen Parati todos os anos, religiosamente. Seu filho herdou uma dessas peruas e se tornou o segundo paratimaníaco da família. A marca VW deve ter sido a que mais conquistou seguidores, desde o tempo dos fusquinhas. A Chevrolet, no entanto, nunca ficou muito atrás, desde 1969, com o lançamento do primeiro Opala. Foi esse modelo, inclusive que mais colecionou fiéis, em toda a sua longa vida. Ou seria o Monza? Este ano o Chevrolet Monza completa 40 anos desde o seu lançamento e os colecionadores estão comemorando. O carro tem, sim, uma boa posição na história. Sua chegada, em 1982, foi muito celebrada, por várias razões. Foi o primeiro modelo mundial a ser produzido no Brasil, igual ao similar que já existia na Europa e que havia sido reestilizado, para sua terceira geração, apenas seis meses antes de ser lançado aqui.

Advertisement

A versão de três volumes e quatro portas fez o Monza ser líder por três anos seguidos Outra razão foi a sua modernidade, com linhas, detalhes e soluções técnicas inovadoras, como o motor dianteiro transversal, antes visto apenas no Fiat 147, que era um carro compacto e popular. O Monza mostrou que essa configuração era viável também em carros maiores. O primeiro Chevrolet Monza veio com carroceria hatch de duas portas, um formato já não muito desejado no mundo, mas ainda usual no Brasil. Apesar disso, e também do fraco motor 1.6 e do câmbio de apenas quatro marchas, imediatamente o Monza se tornou o ícone do status, naquela época fortemente representado pelo automóvel que cada um possuía. Mesmo assim, ele precisava melhorar, e isso aconteceu em muito pouco tempo após o lançamento.

Chevrolet Monza 500 EF, uma homenagem à vitória de Emerson Fittipaldi nas 500 Milhas de Indianápolis

A reestilização de 1991 deu uma sobrevida ao Chevrolet Monza

No ano seguinte, o Chevrolet Monza ganhou motor 1.8 e a bela carroceria de três volumes (como a chamávamos, naquela época), inicialmente de quatro portas e depois com duas portas. O hatch sobreviveu até 1986. A fórmula do sucesso estava feita: carro bonito, confortável, espaçoso e com bom desempenho, que se tornou líder de vendas por três anos consecutivos. A versão esportiva S/R do Monza veio em 1985, apenas na carroceria hatch, com grande apelo visual e detalhes exclusivos, como as rodas e os bancos Recaro, e uma pitada de mais desempenho, com carburador de corpo duplo e câmbio de cinco marchas de relações mais curtas. Antes de passar por uma profunda reestilização, o Monza ganhou em 1987 motor 2.0 e, em 1988, foi apresentado o 500 EF, o primeiro Monza com injeção de combustível. Era uma homenagem ao piloto Emerson Fittipaldi, que tinha acabado de vencer as 500 Milhas de Indianápolis. O Chevrolet Monza totalmente reestilizado chegou em 1991 e foi apelidado de Tubarão (um apelido comum a vários modelos, como o Chevette e o Puma). O novo Monza não era só diferente, mas também mais aerodinâmico, o que lhe rendeu uma pequena sobrevida. O último Monza foi produzido em 1996. l