Revista - O Semeador Internacional - Ed. Julho

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FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936

JULHO DE 2015 Nº 910

O SEMEADOR Internacional ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO FUNDADO EM 1º DE MARÇO DE 1944

www.feesp.org.br

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R$ 6,50

“ Divino amigo. Quero ser um ramo produtivo de sua videira. Quero dar uvas doces e suculentas aos irmãos do caminho, sobretudo àqueles que só têm experimentado amargor em sua vida. Mas que eu não esqueça, Jesus, a minha condição de simples ramo, ramo que somente pode dar bons frutos se estiver unido a você.” José Carlos De Lucca

De Lucca o orador dos 79 anos da FEESP. 11/07/2015


Sumário

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Editorial

Américo Montagnini Programação de Palestras Públicas

Palestras públicas na FEESP Alceu Nunes

Curiosidade do mês de Julho Albertina Veigas

Filosofia da mente Umberto Fabbri

Norteando caminhos Roberto Vilmar Quaresma

Sem máscaras Roberto Watanabe

A força do destino Paulo Oliveira

A nova geração: você está pronto para ela?

18 Medo da morte 22 Psicografias

João Demétrio Loricchio

Especial 79 anos da FEESP

EXPEDIENTE Revista bimestral Assinatura anual: R$ 36,00 Fundado em 1º de março de 1944, por Marta Cajado de Oliveira (Diretora Responsável 1896/1989); Pedro Camargo “Vinícius” (Diretor Gerente - 1878/1966) e Cmte. Edgard Armond (Diretor Secretário - 1894/1982). Conselho Editorial Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia, Antônio Bartolomeu Cruzera, Fátima Luisa Giro, Paulo Sergio de Oliveira. Editor: Altamirando Dantas de Assis Carneiro (MTb 13.704) Diretor Geral de redação: Antônio Bartolomeu Cruzera E-mail: redacao@feesp.org.br As opiniões manifestadas em artigos assinados, bem como nos livros anunciados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, obrigatoriamente, o pensamento da Revista O Semeador Internacional, de seu Conselho Editorial ou da FEESP. Redação: Rua Maria Paula, 140, 3º Andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3115-5544 - Ramal 224 Administração: Rua Maria Paula, 140 – Edifício Allan Kardec, 8º Andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3115-5544 – Fax.: (11) 3104-2344. Portal: www.feesp.org.br E-mail: redacao@feesp.org.br Registrado de acordo com os artigos 136131 do Decreto Federal 4.853 de 1939. CNPJ 61.669.966/0014-25 – Inscrição Estadual: 114.816.133.117 Assistência Social da FEESP: Casa Transitória Fabiano de Cristo, Av. Condessa Elizabeth de Robiano, 454, Belenzinho, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2797-2990 Casa do Caminho, Av. Moisés Maimonides, 40, Vila Progresso, Itaquera, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2052-5711 Sede Santo Amaro: Rua Santo Amaro, 370, Bela Vista, São Paulo – SP, Tel.: 3107-2023 Centro de Convívio Infanto-Juvenil D. Maria Francisca Marcondes Guimarães – Rua França, 145, B. Bosque dos Eucaliptos, São José dos Campos – SP Diretoria Executiva: Presidente: Julieta Ignez Pacheco de Souza Vice Presidente: Maria Elizabete Baptista Diretor da Área de Assistência e Serviço Social: Eli de Andrade Diretora da Área de Ensino: Zulmira Hassesian Diretora da Área de Assistência Espiritual: Maria de Cássia Anselmo Diretora da Área de Divulgação: Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia Diretora da Área de Infância, Juventude e Mocidade: Vera Lúcia Leite Diretora da Área Financeira: Guiomar Cisotto Bonfanti Diretora da Área Federativa: Nancy César Campos Raymundo Presidente do Conselho Deliberativo: Afonso Moreira Junior Editoração: TUTTO (11) 2468-3384 Impressão: Gráfica Brasil (11) 3266-4554


Editorial

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Américo Montagnini

ememorando o notável presidente Américo Montagnini afloram nossos sentimentos da mais pura gratidão pelo imenso amor que ele dedicou à FEESP e à causa Espírita. Foi presidente da tradicional Associação Espírita São Pedro e São Paulo, uma instituição que prestou inestimáveis serviços ao espiritismo, numa época quando ele era mal compreendido. Essa associação teve a sua sede na Rua Barão de Paranapiacaba, n° 07 na capital de São Paulo, tendo passado por ela grandes vultos espíritas dentre eles Augusto Militão Pacheco e Pedro Lameira de Andrade. Silvia Cristina Puglia Pertencendo ao quadro diretivo dessa famosa enDiretora da Área de Divulgação tidade espírita, Montagnini foi um dos elementos que mais propugnaram para que tanto a Associação Espírita São Pedro e São Paulo como a Sociedade o grande “farol a iluminar a humanidade”. Montagnini, por sua humildade e amor ao espiMetapsiquica de São Paulo se extinguissem, fundindo-se numa nova instituição: A Federação Espírita ritismo, homem dotado de notável senso de responsabilidade, leal, de invejável indo Estado de São Paulo com um protegridade moral, tornou-se um dos grama mais vasto e arrojado. baluartes no campo da divulgação do Desta forma no dia 12 de Julho de espiritismo no Estado de São Paulo. 1936, com a fundação da Federação, O jornal O Semeador surgiu em Montagnini passou a lhe dar toda a 1944 como órgão oficial da Fedeatenção possível. Com a renuncia, em ração. Seus dirigentes: Pedro de Ca10 de Dezembro de 1939 do presidenmargo (Vinicius), Marta Cajado de te João Batista Pereira, Américo MonOliveira e Edgard Armond. Esse tagnini assumiu a presidência como 3° Jornal tornou-se o que é hoje a Represidente. Foi durante sua gestão que o coman- Nascido na cidade de São vista “O Semeador Internacional”. Américo Montagnini era médium dante Edgard Armond foi para a FE- João da Boa Vista, Estado ESP. A sede fora inaugurada, porém de São Paulo, no dia 1° de nas tarefas de esclarecimento dos nada estava organizado. Os grupos se Maio de 1897, e desencar- que precisavam de consoladores enreuniam, mas não havia um comando nado em São Paulo, no dia sinamentos da doutrina. Sua participação no movimento unificado, nem a presença, durante o 29 de novembro de 1966. espírita serve de exemplo aos diridia, dos dirigentes responsáveis, pois a gentes de Centros Espíritas, pois maioria ainda estava assoberbada por seus trabalhos profissionais. A casa precisava de al- com seu desapego não teve medo de fundir o patriguém que tivesse tempo e visão geral da administra- mônio do centro que dirigia a outro centro espírita para que houvesse o progresso do Espiritismo. ção tanto no campo técnico como da doutrina. Em 1939, já reformado pela Força Pública, o CoParabéns e obrigada Professor Américo Montagnini! mandante Armond foi convidado por Montagnini a colaborar com a então chamada Casa dos Espíritas do Silvia Cristina Puglia Brasil, que mais tarde chamou-se FEESP. Já em 1940, Diretora da Área de Divulgação tornou-se secretário geral da Instituição para torná-la O SEMEADOR Internacional

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Codificação Espírita Com capas novas e conteúdos totalmente revisados.

ALLAN KARD EC OBRAS DO AU TOR PARA ES TUDOS FILOSÓ CIENTÍFICOS FICOS, E RELIGIOSO DA DOUTRINA I - O LIVRO DO ESPÍRITA S ES

PÍRITOS .......... II - REVISTA ES .............................. PÍRITA ............... .............................. .............................. III - REVISTA .................. 1857 ESPÍRITA .......... .............................. .............................. ....................... 185 IV - REVISTA .............................. ESPÍRITA .......... 8 ..... ..... ..... .............................. V - O LIVRO DO ................. 1859 .............................. S MÉDIUNS ..... .............................. ...................... 186 VI - REVISTA ESPÍRITA .......... 0 .............................. .............................. ........................ 186 VII - REVISTA .............................. 1 ESPÍRITA.......... ........................... .............................. VIII - REVISTA 1861 .............................. ESPÍRITA .......... .......................... .............................. IX - O EVANGE 1862 .............................. LHO SEGUND O O ESPIRITI ........................ 186 X - REVISTA ES SMO.................... 3 PÍRITA............... .............................. .............................. XI - O CÉU E O .. 1864 .............................. INFERNO .......... ........................ 186 .............................. XII - REVISTA 4 .............................. ESPÍRITA.......... .............................. ........................ 186 XIII - REVISTA .............................. 5 ESPÍRITA .......... .......................... .............................. XIV - REVISTA 1865 .............................. ESPÍRITA .......... ........................ 186 .............................. XV - REVISTA 6 .............................. ESPÍRITA.......... .............................. ........................ 186 XVI - A GÊNESE .............................. 7 .............................. .......................... XVII - REVISTA .............................. 1868 .............................. ESPÍRITA.......... .............................. ..................... 186 XVIII - INICIA 8 ÇÃO ESPÍRITA .............................. .............................. ....................... 186 XIX - OBRAS PÓ .............................. 9 STUMAS .......... .......................... .............................. 1869 .............................. ........................ 189 0

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PALESTRAS PÚBLICAS E EVENTOS FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ENTIDADE FEDERATIVA E ORIENTADORA DO ESPIRITISMO ESTADUAL

JULHO / 2015 04/07 TEATRO FEESP - ÁREA DE DIVULGAÇÃO 18h30 ESPETÁCULO TEATRAL “O FILHO PRÓDIGO” sábado Elenco: Alunos da Área de Ensino Direção: Diego Di Paiva 05/07 10h

TEMA: PROGRESSO PELA REENCARNAÇÃO PALESTRANTE: Celisa Maria Germano ATRAÇÃO MUSICAL: Denise Perez Manzo e Isis Biazioli

11/07 18h

Comemoração do aniversário de 79 anos da FEESP TEMA: “O AMIGO JESUS” PALESTRANTE: José Carlos De Lucca

12/07 10h

TEMA: O CONSOLADOR PROMETIDO PALESTRANTE: Lucia Vilela ATRAÇÃO MUSICAL: Orquestra e Coral Carlos Gomes

19/07 10h

TEMA: CURA DE UM COXO PALESTRANTE: Evangelina Muniz Silva ATRAÇÃO MUSICAL: Marcos A. Silva e Silvia R. Orfão

26/07 10h

TEMA: COMO SUPERAR A DEPRESSÃO E SER FELIZ PALESTRANTE: Denise Zéglio Agresta ATRAÇÃO MUSICAL: Grupo Portal do Som

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CURIOSIDADES DO MÊS DE JULHO Antoine Caron

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Massacre da noite de São Bartolomeu

a Revista Espírita, do mês de Julho, Allan Kardec selecionou notícias e cartas que nos permitem entrever mais detalhes a respeito do Espiritismo, úteis para nosso aprendizado da Doutrina. Aliás, ele considerava a Revista Espírita como um meio de divulgação da Codificação, para seu melhor entendimento. Escolhemos, entre alguns temas, uma carta enviada a um amigo por um dos assinantes da Revista a respeito da chacina da Noite de São Bartolomeu. Antes, porém, vamos explicar que o episódio citado da Noite de São Bartolomeu foi um assassinato em massa de protestantes planejado em Paris durante o mês de julho e executado no dia 24 de agosto de 1572 por ordem dos reis franceses. Esse episódio pertence à História Religiosa da França e é descrito por alguns livros da seguinte maneira: Não foi o primeiro nem o último ataque em massa contra os protestantes franceses, outros ataques ocorreriam. Embora não tenha sido o único ataque em massa, foi o pior dos massacres religiosos do século e, por toda a Europa. Sublinhamos algumas linhas que nos trazem maiores esclarecimentos a respeito do Espiritismo em geral. 6

Eis alguns trechos dos casos da Revista Espírita: 1° Caso (Carta enviada a Kardec) Incrível lembrança de uma vida anterior “Meu amigo, correndo o risco de parecer ridículo, declaro estar absolutamente certo de que fui assassinado durante os massacres da Noite de São Bartolomeu. Eu era bem criança quando pensei nisso pela primeira vez. Mas tarde, quando li a respeito dessa tragédia, veio a sensação de conhecer muitos detalhes do ocorrido e acredito que, se fosse possível reconstruir as ruas e as casas daquela época, eu encontraria aquela alameda sombria onde senti o frio de três golpes de punhal pelas costas. Por que eu teria a certeza de que tudo ocorreu exatamente na Noite de São Bartolomeu? E prossegue: Às vezes, parece surgir uma luz em meu pensamento e eu tenho uma lembrança de coisas passadas em outra vida. Creio com toda convicção na correlação entre as almas, em sua capacidade de se comunicarem, mesmo distantes, mesmo após a morte. (...) Será que eu sou louco?” Allan Kardec conta que tentou evocar o Espírito do jovem, mas seu anjo-da-guarda disse que ele não podia


comparecer pessoalmente por estar ocupado e moralmente inquieto, mas que iria responder por ele a algumas perguntas porque sua alma sempre fora confiada aos seus cuidados. Disse também que as intuições do rapaz eram muito reais, pois tinha vivido naquela época, ressaltando que esse tipo de lembrança é muito raro e depende do gênero de morte; que só raramente Deus permite que se manifeste de modo tão claro. O rapaz tinha mais ou menos trinta anos quando “morreu” na Noite de São Bartolomeu, mas seu nome não ficou conhecido na História por ser apenas um soldado. Chamavase Gaston Vincent. Comentário de Kardec: “Os descrentes mais brincalhões podem comentar que Gaston Vincent estava mal protegido e perguntar por que seu anjo da guarda não desviou a mão do sujeito que o matou”. Em primeiro lugar, vamos dizer que a morte faz parte das leis da natureza e não pode ser alterada por nenhum anjo da guarda porque esse destino tem de ser cumprido. Além disso, os Espíritos encaram a morte de maneira diferente da nossa: a vida verdadeira é a espiritual e as muitas existências corporais que temos são apenas episódios dessas vidas e o corpo é somente um revestimento que o Espírito pode abandonar como uma roupa usada ou rasgada. O Espírito deixa o corpo como um prisioneiro sai de uma prisão temporária para ter a liberdade eterna. O fim trágico de Gaston Vincent pode ter sido útil para ele como Espírito e o seu anjo da guarda entendia isso bem, mas pensava em termos de futuros. ”1* *

2° Caso Além desse fato, Kardec nos conta os fatos mais interessantes, explicando que os laços de amizade que formamos durante a vida na Terra não se partem com a morte. É o que vem provar as conversas com um dos assinantes da Revista Espírita. Ele narra as conversas que teve com um amigo desencarnado recentemente. Na primeira carta foi recebida a seguinte mensagem desse Espírito: Primeira conversa Espírito de Jules, a vítima da Noite de São Bartolomeu: “Quero lhe dizer primeiramente, amigo, o quanto os sofrimentos que tive na Terra foram úteis para o meu adiantamento! Apesar de ainda estar sem destino no espaço, me sinto muito entusiasmado com as obras de Deus e com minha esperança de reencarnação num mundo superior. Pode estar certo que ainda voltarei para fazer que você avance nesse caminho, em que ambos iremos nos reencontrar. Hoje estou bem mais feliz, porque não existe mais tédio ou tristeza, nem sofrimentos físicos ou morais. Basta que tenhamos um coração para amar e humildade para nos elevarmos mais alto do que se pode esperar. Até breve”.

Segunda conversa Espírito de Jules: A matéria não é nada, meu amigo, pode tratá-la com dureza: o Espírito é tudo, somente ele é imortal e jamais deixará de seguir os caminhos traçados por Deus. Existe grandiosidade nas vontades celestes, grandiosidade que os humanos nem podem calcular. Para nós, é difícil até utilizar a linguagem humana por não haver palavras suficientes que expliquem as coisas mais difíceis. O Evangelho, meu amigo, te fará entender muitas coisas que não sei explicar e você encontrará todo o consolo necessário ao seu coração. Procure sempre elevar o pensamento, e o seu coração dará a interpretação correta. Atualmente, entendo mais os ensinamento valiosos que o Divino Mestre Jesus deixou para todos e lamento não ter descoberto tantos recursos que deixei escapar quando vivia na Terra. Adeus, caro amigo. * 3° Caso Para terminar, temos outro tipo de acontecimento aparentemente “milagroso”, mas perfeitamente explicado pelo Espiritismo. Em 1828 um navio viajava de Liverpool a New Brunswick. O imediato, chamado Robert Bruce, estava calculando a rota numa pequena lousa. Precisando do capitão, foi procurá-lo e encontrou outro homem sentado no lugar dele. Foi correndo avisar o capitão e, os dois voltaram à cabine do capitão e viram o estranho olhando-os interrogativamente e, de repente, desaparecer. Numa lousa, descobriram uma frase: Dirijam-se para noroeste. Pesquisando, não encontraram ninguém com aquela descrição, nem que escrevesse com aquela letra. O capitão decidiu então,

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por via das dúvidas, mudar de direção e navegaram para noroeste, como estava escrito na lousa. Depararam com um navio quase destruído, quase afundando, e com os passageiros esfomeados. Enviaram barcos salvavidas e recolheram todos e, quando foram recebidos a bordo, o Sr. Robert Bruce reconheceu, no meio dos náufragos, o passageiro que viram na cabine do capitão. Pediram-lhe que escrevesse numa lousa a frase “Dirijam-se para noroeste”, e a caligrafia era a mesma. Mais tarde, o capitão, a respeito desse passageiro, contou que, pouco antes do meio-dia, o vira cair em sono profundo, contando com vários detalhes, ao acordar, que sonhara estar a bordo de um navio que naufragava, garantindo que seriam salvos. No final, todos concordaram que aquela aparição na cabine do capitão fora um “fantasma” salvador do outro navio. A notícia foi publicada em vários jornais, mas

sem explicações. Observação de Allan Kardec Para o Espiritismo, esse fato nada tem de extraordinário e só pode parecer sobrenatural e maravilhoso para quem desconhece o Perispírito e a libertação da alma que, como sabemos, ocorre em nossos sonhos. Tudo aconteceu obedecendo às leis da natureza que regem as relações do Espírito com a matéria, pois o Espiritismo aceita com boa vontade tudo o que tem lógica, tudo o que podemos compreender inclusive o fenômeno da bi locação, da possibilidade que tem a alma de sair do corpo e realizar algo em outro lugar, voltando depois ao mesmo corpo. (Endnotes) 1 - * Nota da editora – 1 - Essa lembrança de outra vida é chamada de intuição; 2 – É possível um Espírito encarnado dar comunicação. Ivan Constantinovich Aivazovsky

Alceu Nunes foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP 2011. É expositor, escritor, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.

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FILOSOFIA

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Filosofia da Mente é estudada pela filosofia que investiga os fenômenos da mente. O dualismo mente e corpo surgiu período arcaico, na Grécia antiga, os corpos eram preparados e velados para serem cremados, havia um respeito e uma preocupação com a vida após a morte. A preparação para que a psique (alma) saísse do corpo, desta forma, ele era velado e preparado com respeito pelos seus familiares. Eles colocavam uma moeda para Caronte, o barqueiro de Hades, (deus do mundo inferior) para que o morto fosse conduzido para um bom lugar. Na Guerra de Tróia, A Ilíada de Homero, Príamo, o rei de Tróia, e pai de Heitor, pede o corpo de seu filho para Aquiles para ser velado e ter uma boa morte. Os corpos mutilados e deixados no campo de batalha significavam uma má morte para os gregos. Platão, no mito de Er relata o sofrimento e as alegrias das almas após a morte. O dualismo mente e corpo é um conceito antigo, não somente entre os gregos, mas também com outras civilizações, como os Hebreus, os egípcios, etc. A filosofia da mente estuda os fenômenos da mente e as pesquisas sobre a psique, a consciência e as condições mentais de forma geral. Ela aborda as questões psíquicas do ponto de vista filosófico, sempre relacionado aos temas como: a memória, a intenção da consciência, atitudes humanas, o conhecimento, a interação mente e corpo, a transcendência e a metafísica. A Filosofia da Mente foi um conceito proposto em 1949, pelo filósofo britânico Gilbert Ryle lança sua obra The Concept of Mind. A filosofia da mente estuda os fenômenos psicológicos

da mente e a natureza da mente e dos estados mentais. Ela aborda os estudos metafísicos do ser da mente e a natureza dos estados mentais e sobre a consciência. Estes estudos estão relacionados a estudos epistemológicos sobre como a mente conhece a si mesma e as relações mentais e os estados de coisa, a sua intencionalidade, percepção, aquisição de informações e os arquivos mentais, ou memória. A função da linguagem que está relacionada à mente e seus estados de introspecção relacionada à sua consciência e seu agir moral. Somente a mente é capaz de fazer juízos com respeito à ética, a liberdade dotada apenas pela função da alma ou espírito. A filosofia da mente é abordada por muitos estudiosos interessados na sua função, e estados mentais. A neurociência a estuda empiricamente os fenômenos mentais, desta forma, os grandes movimentos científicos são estudados pela filosofia da mente e a neurociência, como a descoberta da neuroimagem e inteligência artificial, atualmente ciência cognitiva. A inteligência artificial tratou de produzir máquinas pensantes, a neurociência fotografar a consciência. O filósofo, John Locke rejeitou a doutrina das ideias inatas. A mente percebe, lembra, e combina a ideias que lhe chegam do mundo exterior, e também ela deseja, delibera, e quer. A filosofia da mente de Locke, citado nas concepções modernas de identidade do “Eu”, ele foi o primeiro a definir o “si mesmo” através de uma continuidade de consciência. A mente era uma tabula rasa, ou folha em branco e todo conhecimento é determinado pela experiência derivada da percepção sensorial. A neurociência através do estudo do funcionamento cerebral favorece os monistas. A questão é criticada por muitos filósofos que buscam evidências capazes de refutá-los e defender a teoria do dualismo cartesiano. A filosofia da mente teve início com o filósofo René Descartes, (cogito ergo sum), penso, logo existo, não é o meu corpo que pensa, mas a minha alma. . A discussão filosófica para os que defendem a teoria de Descartes, que defendia que a mente ao contrário do cérebro,

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é por natureza indivisível. A filosofia da mente, como mais recente estudo incorporada à tradição filosófica, sua principal questão é relacionada com o problema mente/ corpo proposto por Descartes no século XVII, em sua obra Meditações Metafísicas. Descartes é chamado por Cottingham (1994) de primeiro filósofo da mente. O dualismo mente e matéria são duas substâncias diferentes, a mente é uma substância não material, seu atributo essencial é a consciência. A mente difere da matéria, substâncias distintas, pensante e extensa. No argumento do sonho, Descartes diz que: suas sensações quando está acordado são tão vivas, como aquelas quando está sonhando e como poderia distinguir o estado entre a vigília e o sonho, ou distinguir entre a realidade e o fato e o sonho abstrato do inconsciente. A dúvida introspectiva cria um paradoxo, a dúvida levada ao extremo, o corpo é diferente da alma. A teoria dos autômatos reforça o dualismo substancial, sustentando a impossibilidade de replicação mecânica das atividades mentais humanas. A natureza dos fenômenos mentais não pode ser investigada pelas ciências, pois não são de origem material e sim produzidos pela alma. A descoberta das células nervosas chamadas de neurônios, por Ramón Y Cajal, produziu uma revolução para a neurociência, desta forma, os cientistas passaram a investigar a função destas células e de suas reações químicas que produzem combinações e propiciam configurações e arranjos variados num número astronômico. O grande desafio da neurociência é a dificuldade de relacionar o que ocorre no cérebro com aquilo que ocorre na mente, e a dificuldade de precisar os sinais elétricos das células 10

cerebrais e aquilo que percebemos ou sentimos como sendo os pensamentos. Estas pesquisas não conseguem detectar o pensamento e nem mesmo os sentimentos ou sensações ocorridos pelo pensamento, que na teoria da Descartes se relaciona com a alma. Neste sentido, as investigações na área do cérebro começaram a ser um questionamento para os filósofos e outras áreas da filosofia e da ciência, como a filosofia da ciência, da linguagem e da psicologia. (neurociência e a inteligência artificial) É o cérebro que produz a consciência, ou ela é produto da alma? Os pensamentos surgem, sem que as investigações científicas consigam mapear os pensamentos, logo quem pensa é a alma, não o corpo. A grande questão fica entre embates das ciências materialistas acreditarem que o cérebro é que produz o pensamento, mas o que realmente acontece é uma falta de percepção a respeito da função da alma ou do espírito atuando no cérebro, porque é a alma que pensa, conforme Descartes, no seu dualismo. As pesquisas destes filósofos e cientistas não levam em consideração a alma, mas a estrutura orgânica em especial o cérebro e as questões vinculadas à ciência do conhecimento, à neurociência, à linguística e à inteligência artificial. A filosofia da mente investiga e procura desvendar, se a psique é o conjunto dos pensamentos, emoções pessoais, ou algo que transcende estes elementos; se a mente faz parte da natureza física; se a estrutura mental e a orgânica interagem entre si. Investigações da ciência estão comprovando a interação mente e corpo, A Dra.Danah Zohar, física e filósofa americana e seu marido, o psiquiatra Ian Marshall, no livro “A Inteligência Espiritual”, (QS = do

inglês Spiritual Quocient), demonstram o “Ponto de Deus” no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. Em suas pesquisas científicas descobriram que o ser humano tem uma área no cérebro, que o direciona a buscar valores nobres conhecidos como o “Ponto de Deus”, situado na região dos lóbulos temporais. Por um processo de escaneamento é possível verificar que essas áreas se iluminam, quando se discutem temas espirituais. (não está ligado a espíritos, mas a valores espirituais, o amor, a prece, o bem, a solidariedade, a fé...). O dualismo mente e corpo é proposto pela Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, e nos ensina que o espírito reencarna e traz sua bagagem de conquistas de outras existências. A inteligência e a moral estão relacionadas com a evolução espiritual de cada espírito. A Doutrina Espírita nos ensina que o espírito tem um corpo espiritual (perispírito) que é o intermediário entre o corpo físico e o espírito, portanto, não é o corpo que pensa, mas a alma.

Albertina Veigas Expositora e palestrante da FEESP


NORTEANDO

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estes momentos tão conturbados que vivemos hoje, um olhar desatento poderia supor que passamos por um fatídico final dos tempos, ou ainda, a vitória do mal, da violência, do egoísmo. Entretanto quando apuramos este olhar, no estudo da Codificação e principalmente nos ensinos de Jesus, percebemos um processo natural de crescimento, necessário em diversas linhas de aprendizado. O joio e o trigo crescem juntos dentro de nós, o bem e o mal travam uma luta em nossas consciências, que se intensifica quanto mais estudamos, aprendemos, amadurecemos, mas principalmente quanto mais somos tocados pelo amor dos que nos rodeiam. O mal é a ausência e desconhecimento do bem. Conforme Jesus sabiamente ensinou, pagando o mal com o bem contribuímos de forma efetiva na educação moral de nosso semelhante, demonstrando uma realidade mais feliz e promissora. No uso inadequado do livre-arbítrio, não raro, adentramos em um mundo de dor, de provações, de desalento e desesperança, e para dele sair necessitamos de ajuda, de amparo, de acolhimento. Como nenhuma ovelha se perderá, segundo ensinamento do mestre Nazareno, é fato que esta ajuda sempre virá, surgindo de corações maduros, fraternos e abnegados. Irmãos que já vivenciaram as mesmas dores, que se doam e dispõem em auxiliar os que desconhecem o caminho do bem. Emissários do alto e aprendizes do amor maior trabalham em equipe encaminhando, orientando e amparando os caídos, secando lágrimas, exemplificando o amor de Deus. Para muitos irmãos a jornada apenas começou... Como acertar o caminho sem ter a experiência necessária, não possuindo um mapa e sem suprimentos? Como atingir uma meta que não se possui? Observando a proposta pedagógica divina, nos lembramos do mestre Johann Heinrich Pestalozzi, professor de Kardec, que em sua experiência com os órfãos de Stans orienta que os mais velhos cuidariam dos mais novos, auxiliando-o em sua grande tarefa de educar aquelas almas. Quem sabe mais, ensina, orienta

caminhos

e esclarece os que sabem menos. Os mais fortes cuidam dos mais fracos. Assim Deus movimenta e sedimenta nossa evolução, os mais experientes se voltam pelo amor apreendido a nos auxiliar e encaminhar, com o objetivo maior da fraternidade, nos resgatando das dores criadas por nossas escolhas equivocadas e egoístas, tais como o egoísmo, orgulho, vaidade. Como anjos de Deus nos apresentam o céu dos bons sentimentos, da amizade e devotamento, nos levando para mais perto do Pai, mudando o cenário de nossa existência. Apresentam-nos a Deus por meio de seus exemplos de amor e fraternidade, demonstrando na prática Suas Leis de amor. Pelo amor somos resgatados dos labirintos que criamos e mantemos pela ignorância e imaturidade espiritual. E também por amor nos colocaremos a auxiliar os que sofrem, criando o circuito do bem e da esperança.

Umberto Fabbri foi conferencista dos Congressos Espíritas 2008, 2011 e 2014. É escritor, expositor, palestrante e articulista espírita de revistas e jornais.

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SEM MÁSCARAS

T T

odos reclamamos das perturbações e dos conflitos que se sucedem cotidianamente; direcionamos a atenção para inutilidades e nos queixamos dos efeitos recebidos. Será que apesar de desejarmos a paz, como se verifica no clamar das ruas, nossos comportamentos vibram coerentemente com esse propósito? Quais ações benfazejas estamos produzindo? Será que mascarando sentimentos enganamos a vida? Os mesmos deslizes ontem manifestados guardam vestígios claros e oportunos nos momentos ora vivenciados. Ainda assim, clamamos por dias melhores. Como esperá-los se continuamos os mesmos? Os Espíritos, cito os encarnados, deveriam se esclarecer um pouco mais para certificarem-se que todos os detalhes da existência presente de cada Ser, representam os tijolos das obras, agradáveis ou desagradáveis, produzidas pre-

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teritamente mescladas com as do agora. Impossível abraçar a paz se nos trâmites diários e constantes os pensamentos se constroem com sentimentos de menor valor, para não dizer impregnados das impurezas das invejas, dos ciúmes, das mágoas, das inimizades, dos orgulhos, dos egoísmos e outros tantos fatores de baixo teor vibratório. Como, então, alimentar o desejo de encontrar-se em ambientes onde a calma e o entendimento estejam vigorando? sejam o clima a ser respirado pelo coração? O homem, o Espírito, para localizar-se em situação acalentadora onde as concessões estejam espargindo envolvimentos benéficos, terá que, em primeiro plano, modificar-se à ponto de sedimentar em si sentimentos semelhantes, com as mesmas condições qualitativas àquilo almejado. Tal implica em dizer que não basta o desejo, é preciso à transformação interior, promovendo a elevação das vibrações irradiadas até se tornarem compatíveis com a ambientação pretendida. Este diagnóstico deixa claro não ser bastante saber ou conhecer. Há necessidade da aplicação do conhecimento, de forma generalizada, no comportamento, para demonstração de que realmente foi aferido um novo patamar na regeneração individual; para mostrar que o Espírito promoveu mudanças, abandonando hábitos inferiores que eram empecilhos para atingir o nível de amadurecimento propiciador para sentir a paz. Fica compreensível, diante do exposto, se tratar de um processo readquirir a paz. Ou seja, ela só será plena quando se fizer a individuação,


isto é, promovermos a fusão egoself, cumprirmos as Leis Universais, obedecermos ao Pai. O mundo atual exige de cada homem a confirmação da sua postura moral; reclama do Ser a sua condição espiritual, provocando-o para que assim ela se apresente. Esse processo se imprime através das facilidades apresentadas, colocando em prova o comportamento, principalmente diante de regalias estimuladoras do prazer mundano. Essas provas nada mais são do que apuradores da qualidade íntima espiritual; através delas se obtém a comprovação da real condição intelecto-moral do Espírito. É desta forma e com esses parâmetros colhidos que caminha, nos tempos ora vividos, a apuração do estado evolutivo de cada Espírito acolhido pela Escola Terra. Queiramos ou não, esses dados irão indicar onde cada indivíduo terá suas acomodações futuras. As máscaras vistas e utilizadas enganosamente pelos homens, não se espelham no corpo espiritual, no pe-

rispírito. Nele as marcas apresentam exatamente as energias que foram e são emanadas pelo Espírito. Então, obviamente, não há aquele que consiga liberar-se do que produziu à modo de ficar impune em tratandose de deslizes, e de gozar benéficos momentos quando cuidar-se de obras das virtudes. A consciência de cada um fará o transporte para as necessidades, ou seja, cada qual irá movimentar-se na teia da vida onde serão encontrados os motivos corretores, ou os enredos de paz relativa, tudo de acordo com a evolução espiritual conquistada. A Escola Terra já está selecionando para as suas próximas aulas aqueles sem máscaras; aqueles onde o Espírito sobrepuja o ego, e onde as máscaras estejam se desfazendo por não mais encontrarem abrigo nas ilusões; aqueles que se esforçam para se despojar das mentiras, das vantagens, das hipocrisias e assemelhados para, sem máscaras, imprimirem forças no compromisso com a verdade. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Jesus (João 8:32)

Roberto Vilmar Quaresma foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2011 e 2014. É expositor, palestrante e articulista espírita de revista e jornais

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A NOVA GERAÇÃO:

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você está pronto para ela?

om a perspectiva de renovação no terceiro milênio, já está acontecendo a “separação do joio e do trigo”, conforme nos disse Jesus, onde Espíritos recalcitrantes e endurecidos no mal estão sendo emigrados para outros mundos, planetas em estágios evolutivos inferiores ao da Terra, onde esses Espíritos atuarão como pontos de desenvolvimento e progresso, constituindo-se, fundamentalmente, em nova oportunidade para a melhoria de si mesmos. Juntamente com essa seleção natural, também está ocorrendo a vinda de Espíritos mais evoluídos, com melhores condições espirituais para a prática do amor, da paz e da caridade, cujo objetivo é fazer o bem e apoiar o processo de instalação do período de regeneração do nosso planeta. Essa transformação, ao contrário do que pensam os que defendem ideias catastróficas de destruição em massa de forma repentina, está acontecendo lentamente, como é explicado detalhadamente por Kardec e pelos esclarecimentos fornecidos pelos Espíritos Superiores, no livro A Gênese, capítulo XVIII.

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Desde o surgimento os séculos XVIII e XIX, novos ares já bafejavam o nosso planeta, com a reencarnação de diversos Espíritos, nos diversos setores da vida humana – ciência, arte, literatura, política etc. – que trouxeram novas ideias, modificando o ambiente terrestre para melhor. Mudanças nas leis e nos hábitos dos povos, iluminando a razão e elevando o Espírito para Deus. No século XX, vários emissários do plano maior vieram para assumir o trabalho de preparo das condições necessárias para o novo estágio em que o nosso planeta adentra. Dentre tantos, salientamos as figuras iluminadas de Ghandi, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, Martin Luter King, Nelson Mandela, este último desencarnado no final de 2013, principal representante do movimento antiapartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, e que foi tratado, pelo governo sul-africano de então, como um terrorista, tendo passado quase três décadas na prisão. Nota-se, portanto, o esforço do plano superior da vida no sentido de proporcionar, a todos nós encarnados em processo evolutivo, os exemplos de abnegação, persis-


tência e amor à causa humana. Kardec em A Gênese, também salienta esse fato, mencionando os caracteres da nova geração: • Inteligência e razão geralmente precoces • Sentimento inato para o bem • Crenças espiritualistas • Predispostos a assimilar ideias progressistas e aptos a auxiliar o movimento regenerador. Essa nova geração, que predominará cada vez mais na paisagem de nosso planeta terreno, no entanto, será composta não só por Espíritos originários de outros orbes, que sejam melhores dos que hoje habitam o nosso planeta, mas também por Espíritos que, mesmo sendo imperfeitos, já trazem o desejo de assimilar as ideias do bem e trabalhar para a regeneração do nosso globo. A partida de Espíritos endurecidos, de nosso planeta, visa à transformação mais rápida do espírito da massa, permitindo que esta se desembarace das más influências e dê maior ênfase às ideias novas. Em apoio a essa ideia, vamos encontrar no livro Amanhecer de uma nova era de Manuel Philomeno de Miranda pela psicografia de Divaldo Franco, a informação de que Espíritos vindos da estrela Alcíone, pertencente à constelação de Touro, que se prontificaram a encarnar na Terra, no intuito de contribuir para a instalação do período de regeneração do orbe terrestre, estão em preparo desde o século passado, em processo de adaptação, assimilando as energias necessárias para a composição de períspiritos adequados ao nosso planeta. Essa comunidade recebeu o

nome de “Santuário da Esperança”, de onde têm partido os construtores da Nova Era. Há também os Espíritos iluminados que habitam colônias espirituais superiores, que, em tarefa missionária, também reencarnarão para dar sua contribuição a esse momento de transição tão conturbado, pelo qual passamos. A encarnação desses Espíritos mais esclarecidos ocorrerá nos diversos campos do conhecimento, das artes, da filosofia, da música, da literatura etc., o que provocará uma evolução em todos esses setores. Alguns exemplos já podem ser percebidos, quando observamos crianças precoces que já estão cursando doutorado na idade treze ou quatorze anos, ou crianças de sete anos ou pouco mais, que já conseguem tocar instrumentos musicais ou compor obras de alta complexidade técnica e beleza, com habilidade e sensibilidade maduras, demonstrando que já estão preparados para essa nova missão que receberam. A Terra caminha conforme o planejado, para o novo ciclo onde o amor e a paz reinarão sobre o nosso planeta, quando então se cumprirão as palavras do Mestre Jesus: “Bem -aventurados os mansos, pois herdarão a Terra”.

Paulo Oliveira Articulista de jornais e revistas espíritas e trabalhador da FEESP

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MEDO DA MORTE

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“Estímulo Fobígeno”, ou causador do medo, teve sua raiz biológica do fenômeno emocional do medo na origem dos seres unicelulares primitivos, que em respostas ao impacto de um agente externo perturbador, inibia-se em seus movimentos rotineiros. Com o desenvolvimento do sistema nervoso na organização biológica, tais reações passaram a ser condicionadas e perceptíveis antes dos fatores depressores externos atacarem. Em outras palavras, antes de sofrer algo, ocorre à previsão do possível dano, assim, constituindo o que se chama medo. Destarte, as causas do medo são intrínsecas e pertencem à estrutura pessoal, visto provirem da reunião de vários processos surgidos no decorrer do prolongado curso da evolução biológica e psíquica do ser humano. Quanto aos motivos agravantes do temor descontrolado, estes estão relacionados com desagradáveis experiências vivenciadas no presente, ou mais acentuadamente, em vidas passadas. Para instruir este estudo, vamos acoplar nesta sequência os registros contidos no livro, Psicologia e Espiritismo, do nobre escritor e pesquisador, Carlos Toledo Rizzini, a respeito das modalidades de medo: Modo Instintivo = a forma de medo que se manifesta instintivamente, dos registros já existentes, de modo automático e idêntico em todos os seres, pois quando percebido, já emergiu a reação. Ex. o cavalo treme ao pressentir a cobra ou a onça; o raio desperta movimentos de temor no homem. Medo racional = condicionado na experiência e na razão. Ocorre quando se fala dele, sendo que no primeiro caso reação ante o dano; no segundo, reação ante o perigo. Medo Imaginário = ligado a uma cadeia de associações distorcidas em razão do absurdo e insensatez de que se reveste, mais conhecido por superstições. Continuando com suas lições: “A intensidade da invasão pelo medo percorre fases sucessivas: 1. Estado de Prudência – o sujeito torna-se modesto; autolimita-se. 2. Estado de Concentração – torna-se cauteloso; preocupado, ansioso. 18

3. Estado de Alarme – torna-se alarmado; desconfiado; inseguro. 4. Estado de Angústia – o sujeito está angustiado; aflito; surgem sinais de cólera. 5. Estado de Pânico – a conduta torna-se automática; descontrolada. 6. Estado de Terror – sobrevêm inércia; o indivíduo está “petrificado de terror”. Com raras exceções, a pessoa quando se torna vítima de qualquer gênero de crime, como por exemplo, vítima de violência, de acidente, de um golpe, de roubo ou furto de veículo, fixa em si, os momentos dessa ação maléfica, tornando-se um trauma, que poderá carregar por toda sua existência, quiçá em vidas futuras. Esse fato, denominamos de “síndrome de vítima”, pois terá em sua mente sempre a figura dos participantes da ação e da própria “res furtiva”, reconhecendo em tudo ou em todos que se assemelham com os fatos ocorridos. Explicamos: teve-se um veículo roubado e sempre quando cruzar com um outro parecido, identificará esse como sendo o seu roubado. Idêntico fato poderá ocorrer com pessoas que se aproximam da fisionomia dos seus algozes. São momentos terríveis que ficam registrados como um choque psíquico, abalando o complexo orgânico, podendo levar a vítima, até praticar uma injustiça com pessoas assemelhadas. Em geral, nosso atual nível evolutivo, ele (o medo) é um elemento perturbador ou mesmo destrutivo, porque pertence a um nível inferior, que já deveria estar superado. A luta contra ele está na ação confiante e inteligente, ou


dito de outro modo mais claro: em procurar o cumprimento de seus deveres, ainda que com medo deles, em esclarecer-se pelo estudo e espiritualizando-se. Não poderíamos deixar de registrar ensinamentos profundos, a respeito do medo, da veneranda Joanna de Ângelis que assim se pronuncia no livro, O Despertar do Espírito: “O instinto de conservação da vida induz o indivíduo a manter receios em torno de tudo quanto é desconhecido, que lhe apresenta como ameaçador. A necessidade de segurança, tendo em vista a própria e a sobrevivência da prole, induz ao medo das ocorrências imprevistas, que se podem apresentar de maneira desastrosa. Não obstante esse fenômeno se encontre ínsito na criatura humana como decorrência das experiências anteriormente vivenciadas, outros tipos de medo se apresentam como resultado de transtornos psicológicos, de atavismos ancestrais, de ansiedades mal contidas, de convivências perturbadoras”. Finalizando, colocamos as seguintes instruções da entidade: “...A libertação do controle inconsciente desses sentimentos perturbadores é de vital importância para a auto-realização”. Agora, as excelsas palavras do

Espírito Emmanuel com respeito ao medo, num estudo da passagem evangélica do Mestre Jesus: E tendo medo, escondi na terra o teu talento... (Mateus 25:25) que diz o seguinte: “Na parábola dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita. Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo. Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam, E recolhem-se à ociosidade, alegando o medo da ação. Se receberdes, pois, mais rude tarefa no mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada e que foste conduzido pelas circunstâncias, enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o medo não surgiu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor.” Por fim, passamos a trazer esclarecimentos de como ocorre no setor espiritual a ação do medo, de conformidade com a citação feita

pelo escritor Ricardo Magalhães no livro: O Poder Magnífico do Pensamento - “Todo pensamento cria uma série de vibrações na substância do “corpo mental”, correspondente à natureza do mesmo pensamento, e que se combinam em maravilhoso jogo de cores. O pensamento, preocupado com a resolução de um problema, produz filamentos espirais. A cólera, por exemplo, assemelha-se ao zigue-zague do raio, o medo provoca jactos de substância pardalenta, quais salpicos de lama”. Quanto ao medo da morte, existem muitas indagações íntimas: • Para os materialistas, atualmente, que ouvem falar da vida após a morte: a dúvida que leva ao medo; • Para os espiritualistas, que crêem na vida após a morte, indagam: se já vivemos na carne inúmeras vezes de conformidade com os princípios reencarnatórios e, em consequência, já morremos com o corpo físico, outras inúmeras vezes, por que persiste o medo da morte? Os Espíritos Superiores nos informam através da Codificação que: • O instinto de conservação nos 19 O SEMEADOR Internacional


• faz fugir o máximo da morte; • O esquecimento do passado, temporariamente, nos faz esquecer de outras existências; • O enraizamento na matéria, nos faz isolar da espiritualidade; • Ainda muitos desconhecem a Doutrina Espírita. Mas, por outro lado, há a possibilidade do Espírito trazer resquícios de lembranças de algum desencarne, talvez doloroso, resultando no medo da morte. Precisamos mudar os conceitos milenares de temor pela morte; precisamos conquistar o intercâmbio com a espiritualidade, através dos estudos e das meditações, para desvincularmos do medo da morte. Na época das perseguições aos cristãos pelos romanos, principalmente pelo imperador Nero, este ficava atônito ao presenciar, nos circos dos horrores, os cristãos cantando diante dos leões e tigres famintos. Eles não temiam a morte porque já haviam vencido a morte física com seus aprendizados e desprendimento. Paulo de Tarso, em suas epístolas,

afirmava já naqueles tempos: “O último inimigo a ser vencido é a morte”. Hoje, com toda certeza, podemos afirmar que o Espiritismo já venceu a morte. Allan Kardec, no O Livro dos Espíritos, na questão nº 961, assim indaga o Espírito de Verdade: - No momento da morte, qual o sentimento que domina a maioria dos Homens? A resposta é a seguinte: “A dúvida para os céticos que são descrentes de tudo; o medo - para os culpados e a esperança – para os Homens de bem. Em geral, o medo da morte advém do estado de ignorância referente ao processo transição do Espírito entre a matéria e a espiritualidade que lhe traz uma preocupação e até uma perturbação, em razão de alojar energias negativas em sua alma. O Mestre Galileu, asseverava: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Emmanuel, o grande instrutor da Doutrina Espírita, nos garante: “Da morte podemos escapar, muitas vezes, mas da vida, ninguém fugirá jamais”.

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“A prestar mais de 10 milhões de atendimentos anuais” Faça seu depósito no Banco Bradesco Agência: 0449-9 Conta Corrente: 200.008-3 CNPJ: 61.669.966/0001-00 Rua Maria Paula, 140 - Bela Vista - CEP 01319-000 - Fone 11 3115-5544 - Fax 11 3104-5245 - São Paulo - SP Reconhecida de Utilidade Pública pelo Governos: Federal Decreto nº 70881/72 - Estadual Lei nº 4518/57 - Municipal nº 7661/68 CNPJ: 61.699.966/0001-00 - Inscrição Estadual isenta Certificados do CEAS, COMAS e CMDCA

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João Demétrio Loricchio foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2014. É expositor, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.


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Mensagens do grupo de Psicografia Literária da FEESP em homenagem aos seus 79 anos de fundação com o tema:

“Um farol a iluminar a humanidade”

Título dado à FEESP por Dr. Bezerra de Menezes

T

udo começou de um jeito simples; como toda grande obra o começo é sempre singelo, às vezes até mesmo dificultoso. No entanto, solidificado com o cimento mais significativo: o amor. E assim o é até hoje. A Feesp é a realização mais plena do Plano Superior, já que foi idealizada para ajudar o próximo, sendo considerada uma espécie de farol, um farol que ilumina não só a navegação de grandes marinheiros, mas primordialmente, ilumina da humanidade de um jeito muito particular. Os que aqui se encontram como colaboradores da casa acolhedora, a qual denominamos de Federação Espírita do Estado de São Paulo, fazem desta Casa a luz mais vibrante da região, tão iluminada que sua potência alcança o mais remoto local necessitado, o mais carente ser que necessita desta grandiosa luz. Assim é a Feesp. Assim são seus componentes: seres de luz que se harmonizam com o todo que se configura na união divina entre seres de almas luminosas e espaços iluminados pela clareza do Cosmo. Todos em harmonia mantém o farol de intensa luminosidade que não deixa ninguém se perder. É só olhar para Ele que a luz fraterna auxilia na caminhada, orientando a todos amorosamente. A simplicidade que gerou a Feesp permanece na sua essência até os dias atuais. Os desafios são intensos. Mas a disposição é ainda maior nos momentos desafiadores da atualidade. A carência do agora é enorme. Mas a Feesp, de acordo com suas possibilidades e merecimento de cada um, supre as necessidades individuais e coletivas, gerando um grupo que assiste e é assistido da forma mais generosa como Jesus nos ensinou. A base de tudo é o amor. Que continuemos caminhando juntos rumo à evolução planetária, com todo o apoio incondicional do Plano Superior que ilumina a caminhada de todos que por aqui passam, e progridem com o auxílio das generosas reflexões do Evangelho diário divulgado na Feesp e com a prática da caridade exarcebada por cada integrante dessa grande confraria que junto edificamos. Somos todos trabalhadores de uma causa maior! A Feesp é mais uma pedra solidificada na Casa de Nosso Pai Maior, Nosso Deus Pai que nos ampara e incentiva a construirmos cada vez mais lares solidificados no amor. Feesp: a Casa do amor em Cristo. O farol de todos que a procuram! Com amor, Marthinha Médium: Katia Milene Lima da Conceição 22


E

xiste, neste, e em outros mundos, um ou vários faróis, que tem como objetivo de trazer luz, iluminar os caminhos. São grandes feixes de luz, que adentra em superfícies escuras, de luz, do saber, do conhecer, do entender, as mensagens trazidas pelo Mestre de amor, de paz. Jesus, com seus mensageiros do amor, executam juntos a todos, trabalhadores de boa vontade, a tarefa de servir, de guiar de orientar, a todos que se encontram “perdidos”, sem sentir, sem perceber, que somos assistidos onde quer que estejamos. Esta casa, FEESP, tem como tarefa prioritária o atendimento a todo o necessitado, independente de seita, de raça, de cor. É um farol que brilha que atinge a todos! Ilumina os caminhos, as estradas... Brilha, chega longe tocando os corações sofredores, aquecendo suas almas, elevando seus Espíritos. È através dos ensinamentos do Mestre, executado com toda a sabedoria, que é alavancado a divulgação da terceira revelação, o Consolador prometido, o Espiritismo. Esse trabalho maravilhoso, sério compromissado desta casa, é a direção necessária para ajudar a evolução do Planeta, pela assistência prestada, pelo estudo oferecido, pela comunicação feita para outras casas que prestam os mesmos serviços de fraternidade. Jesus disse aos seus discípulos, amai-vos uns aos outros, façais o bem que puder, não basta ser exemplo, é necessário, que todos se disponham ao trabalho redentor de salvar as almas. As almas adormecidas, as almas doentes que deverão ser consoladas e aliviadas. Vejam quanto trabalho, realiza esta entidade juntamente com os amigos espirituais, mas ela requer trabalhadores com disposição, fé, confiança para atender cada vez mais aqueles que a procuram. “Conhecerás a verdade e ela vos libertará” disse Jesus e esse é o trabalho de divulgação que esta casa deve fazer, desvendando os mistérios do amor e da caridade, amparando os sofredores, expandindo a propagação dos ensinos de Jesus trazidos a luz da razão, elevando a consciência da humanidade, através do conhecimento, do estudo e do trabalho. Médium: Maria José de Oliveira 23 O SEMEADOR Internacional


F

aith Faith in the world. In a good world. Biggest faith in God you can. Can you trust in God? Enviroment cause will be good for you and thousand an thousand of people. People who doesn’t eat. Who doesn’t work. Who doesn’t have good health. Do you best every day. You will better and better if you trust in God Humanity wants you trusting in a single way of curing spirits of losininess, people who want a smile, a pray, a way of going ahead. To hope for their future To hope for a home To put their kid in school and hospital To hope for a govern A country that develops With them Humanity goes on With you Congratulations to this People besides you Who wants charity Changes the world To direction of this Spiritual nort, our Message of going Ahead. Thanks Martin Luther King

Fé! Fé no mundo. Em um mundo bom. A maior fé em Deu s que você puder. Causas ambientais V oc ê po de co nfiar em Deus? serão boas para você e para milhares e m Pessoas que não com ilh ares de pessoas. em. Que não trabal ham. Que não tem boa saúde. Faça seu melhor a ca da dia. Você fará melhor e A humanidade quer melhor se confiar em você confiando na ún Deus. ica maneira de cura pobreza extrema, pe r os espíritos de ssoas que querem um sorriso, uma prece, um a maneira de Que tenha esperanç se gu ir em adiante. a no seu futuro. Que tenha esperança em um lar. Em colocar suas cria Que tenha esperanças nç as em es co la s e ho em um governo de um spitais. país que se desenvolva co m eles. A humanidade cont Congratulações para in ua co m você. essas pessoas, além de você, que querem carid Que mudam o mun ade. do em direção deste norte espiritual. Nossa mensagem de seguir adiante Obrigado. Médium - Silvia G oveia Tradução – Suzana Fugimoto 24


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ompanheiros, Quando os jesuítas vieram trazer a mensagem do amor para as terras de São Paulo, inauguraram no Planalto Paulista a pedra de fundação do Evangelho de Jesus. Nas pessoas dos grandes missionários, padre José de Anchieta e padre Manoel da Nóbrega, os primeiros alicerces do consolador foram importantes na terra do progresso. Grandes mensageiros dos planos espirituais facultaram a excelência do projeto de Jesus, alicerçando dos corações dos nobres missionários, justamente com o Espírito de Ismael, a coroa das bênçãos no consolador do Brasil. Auxiliada por dezenas de fraternidades, o corpo espiritual e material da escola do Mestre foi se constituindo. No local onde rezou junto de centenas de Espíritos de boa vontade a glorificação do cristianismo, hoje se encontra o prédio da nossa querida Federação Espírita do Estado de são Paulo. Os mesmos ideais, nascidos com os jesuítas, vigoram nos irmãos reencarnados que trabalham nos tempos de hoje. São eles muitos daqueles irmãos carinhosos, espíritos humildes, que rodeavam as fraternidades ouvindo as palavras de Ismael, com as plêiades de luzes, na fundação da Pedra angular da Escola Hospital da Federação, atendendo os desígnios de Jesus. Para que nas terras paulistas pudessem se expandir os valores do Bem, do amor, da fé, para todos os recintos do Brasil. A inaugurar nova Era de Luz, programa secular do Mestre amado, para a humanidade. Que possamos agradecer o esforço hercúleo desses espíritas, trabalhadores do amor, que sua missão de agigantar o bem no Brasil, se predispuseram, com humildade, a construir os caminhos do consolador Prometido em terras de São Paulo. Muita paz! Edgard Armond Médium Rosalino Pansica O SEMEADOR 25 Internacional


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