Jornal FEESP - Ed. Março e Abril de 2017

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Jornal Espírita ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO

FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936

R$ 4,50

Março/Abril de 2017 - Nº 455 - Ano XLI - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL

www.feesp.org.br e-mail: redacao@feesp.org.br

Manaus, Boa Vista, Santarém, Rio Branco, Ji-Paraná e Macapá / Via Aérea

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Congresso Espírita FEESP 2017 CÓDIGO DE BARRAS

O Grão de Mostarda Bem Viver

Bem Viver

Lançamentos no Congresso

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entando a esses Jesus, onde ponidades de reco-

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O Grão de Mostarda

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SÃO PAULO

Roberto Vilmar Quaresma

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Simplesmente Espírita

dissolutamente. sobreveio àqueDepois de ter consumido tudo, começou a passar le país uma grande fome, e ele

necessidade. um dos cidadãos Então, ele foi e se agregou a para os campos a daquela terra, e este o mandou guardar os porcos. alfarrobas que os Ali desejava ele fartar-se das lhe dava nada. porcos comiam, mas ninguém Quantos trabaEntão, caindo em si, disse: com fartura, e eu lhadores de meu pai têm pão

aqui morro de fome! meu pai e lhe diLevantar-me-ei e irei ter com e contra ti; rei: - Pai, pequei contra o céu o teu filho; traJá não sou digno de ser chamad adores. ta-me como um dos teus trabalh pai. Vinha ele E, levantando-se, foi para seu o avistou e, compaainda longe, quando o seu pai e beijou. abraçou o o, corrend dele, decido contra o céu E o filho lhe disse: - Pai, pequei de ser chamado e diante de ti. Já não sou digno

atividades.

modo a não preju-

gura e firme para s irmãos a Deus,

Estudo e Prática de piritual Assistênciada Es e Atualizada

ESTADO DE ESPÍRITA DO

Roberto Vilmar Quaresma

O mais moço “Certo homem tinha dois filhos. a parte que me (Espíritos deles disse ao pai: - Pai, dá-me cabe dos bens. . E ele lhes repartiu os haveres filho mais moço, Passados não muitos dias, o partiu para uma terajuntando tudo o que era seu, bens, vivendo seus os todos dissipou ra distante, e lá

Simplesmente Espírita

de Jesus esta

solo aos coraência do erro.

Congresso Espírita FEESP 2017

do Estado de São ção, a Federação Espírita Em suas décadas de funda qualificado na fravez mais, um atendimento Paulo, busca oferecer, cada volveu neste pedesen itual Espir a tênci de Assis as para probleternidade e amor. A Área especialmente direcionad s ência assist de série ríodo uma er os que chegam à rando assim melhor atend a Espiritual. máticas específicas, procu tênci Assis da os nas dinâmicas adas hoje pela procura de auxílio, como verem todas as assistências prest Este livro procura descrever FEESP. res do Cristo: Eda três grandes trabalhado Fizemos uma homenagem zes, que muito fizeur e Dr. Bezerra de Mene Paste Louis nd, Armo gard e pelo Espiritismo. a Espiritual, pela FEESP ram pela Área de Assistênci lembrar que é nosso já realizado, é imperioso lho traba belo do ar Apes de nossas atividades dade e o aprimoramento dever sempre buscar a quali de servir. tarefa ada honr da o es e necesdentr livro visam pontos important Os objetivos principais deste a FEESP realiza, e de ao grande trabalho que nuida conti dar para sários que são: facilite o conheico, simples e objetivo, que • Levar um material didát aos diversos Cendas atividades hoje realizadas ior; cimento e a implantação exter no sive inclu s, orientaçõe de Assistência tros Espíritas que buscam a Áreaento dimentos o elem proceada compara al deocin fé raci • Fornecer umA manu unidades; adea-. Hum a hoje realiz sanid Espiritual em todas as maç para única al mor e as práticas medi sfor passe deicartran mentar oão e funda • Expl ita; que para s sário das à luz da Doutrina Espír neces básicos doutrinários e • Levar os fundamentos cada etapa de suas cientemente atuar em o colaborador possa cons

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FEDERAÇÃO

de Cássia Anselmo Coordenação de Maria ina M. O. Millano Atualização - Vera Crist 17/03/2017 19:55:58

... nas horas da vida... o outro somos nós...

teu filho. - trazei deO pai, porém, disse aos seus servos: ponde-lhe um anel pressa a melhor roupa, vesti-o, no dedo e sandálias nos pés.

Federação Espírita do

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Editorial

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C

aro congressista, com sua inscrição você estará colaborando com a infraestrutura necessária à esse Evento Doutrinário de grande porte. Você terá muitas alegrias ao participar: • Assistir a conferencia de Divaldo Franco em qualquer sala que esteja instalado; • Assistir as conferencias que escolher e interagir com perguntas durante os três dias restantes; • Participar das oficinas de capacitação que serão realizadas pelos diretores da FEESP e suas equipes (pintura mediúnica, psicografia literária, dirigentes de prática mediúnica, drogas, depressão, etc.) • Assistir ao espetáculo teatral com Renato Prieto (o André Luiz de Nosso Lar) apresentação inédita; • Desconto de 30% a 60% em livros no Grande Feirão realizado no evento; • Compra dos cinco livros lançados no

evento em pacote exclusivo para os congressistas; • Ao apresentar o comprovante de inscrição receberá crachá, pulseira e bolsa com material do Congresso; • Todos receberão brindes ao longo do evento; • Sorteios de pintura mediúnica e livros; • Almoço com refeições completas a preços populares (com suco e sobremesa inclusos); • Serviço de café, doces e salgados no andar térreo; • Estacionamento com preço fixo (serão aceitos os selinhos para os que já os possuem). Também serão vendidos selinhos no Congresso; • Plantão de passes no andar S1; • Serviço de médicos e ambulância no local; • Segurança de portaria por empresa contratada: Total Cleaning;

Silvia Cristina Puglia Diretora da Área de Divulgação


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Orientações para os Congressistas 1 – A inscrição para o Congresso é pessoal e intransferível; 2 – Todos deverão apresentar na entrada do Congresso seu documento de identidade junto com o comprovante de inscrição; 3 – Os portões serão abertos na Rua Maria Paula, 140 – Bela Vista – SP, na sexta feira dia 28 de abril às 15h; 4 – Às 17h o eminente espírita Divaldo Franco estará autografando seus livros que estarão à venda no feirão da Mansão do Caminho no piso térreo; 5 – Às 19h teremos abertura do evento com Orquestra e Coral Carlos Gomes da FEESP;

EXPEDIENTE FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936

Conselho Editorial Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia Fátima Luisa Giro Paulo de Oliveira Editor: Altamirando D. de Assis Carneiro (MTb 13.704) e-mail: redacao@feesp.org.br As opiniões manifestadas em artigos assinados, bem como nos livros anunciados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, obrigatoriamente, o pensamento do Jornal Espírita, de seu Conselho Editorial ou da FEESP. Redação O Jornal Espírita é uma publicação bimestral sobre o movimento Espírita. Rua Maria Paula, 140, 3º Andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3115-5544 ramal 224 Fundado em 1º de Julho de 1975 pelo Núcleo Espírita Caminheiro do Bem, registro nº 2.413, livro 33 de Matrículas de Oficinas Impressoras, Jornais, Revistas e outros periódi-

6 – Às 19h30 apresentação do excelente cantor Allan Vilches; 7 – Às 20h conferencia de Divaldo Franco. Dia 29 de Abril Sábado Início às 8h Encerramento 19h • 12 conferencistas; • 4 oficinas de capacitação das Áreas da FEESP; • Grande Feirão de livros – Lançamentos de livros dos conferencistas; Dia 30 de Abril Domingo Inicio às 8h Encerramento às 18h30

• 12 conferencistas; • Teatro com Renato Prieto (espetáculo inédito) “A morte é uma piada” parte 2; • Feirão com os livros dos conferencistas e lançamentos inéditos. 1° de Maio Segunda feira (feriado) Início às 8h Encerramento às 16h30 • 4 conferencias • Conferencia de encerramento com José Carlos De Lucca • Retrospectiva do Congresso com Silvia Puglia • Entrega de brindes aos presentes

Jornal Espírita Fax.: (11) 3107-5544 Portal: www.feesp.org.br Email: feesp@feesp.org.br

Distribuição para assinantes e Centros Espíritas: Livrarias e Editora Espírita Humberto de Campos da FEESP.

Vice-Presidente João Baptista do Valle vicepresidente@feesp.org.br

Diagramação: TUTTO

Diretora da Área de Assistência Social Ivanira dos Santos Julio social@feesp.org.br Diretora Área de Ensino Fátima Luisa Giro ensino@feesp.org.br Diretora Área Espiritual Vera Cristina Marques de Oliveira Millano espiritual@feesp.org.br Diretora Área de Divulgação Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia divulgacao@feesp.org.br

FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO CNPJ 61.669.966/0014-25 Rua Maria Paula, 140, Bela Vista, CEP 01319000, São Paulo - SP Tel.: (11) 3106-1619, 3106-5964, 3106-1200, 3106-5579, 3107-5279, 3107-1276, 31055879, 3115-5544

“Vagas limitadas” Não deixe para a última hora. Ficaremos felizes com a sua participação! Dúvidas (11) 3107-5544 ou (11) 3115-5544 ramais 204 ou 224 Ou ainda em www.feesp.org.br Inscrições congresso@feesp.org.br Atenciosamente Silvia Cristina Puglia Diretora da Área de Divulgação

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cos, do 1º Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, conforme despacho do Juiz de Direito da 2ª Vara de Registro. Transferido para a Federação Espírita do Estado de São Paulo em 16 de maio de 1990. Certificado de Registro na marca na classe 11.10 processo nº 815.511.973 publicada na “Revista da Propriedade Industrial” nº 1103, de 21/1/92, página 16.

Impressão: Marmar - 2468-3384

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Diretoria Executiva: Presidente Zulmira da Conceição Chaves Hassesian presidente@feesp.org.br

Diretora Área Infância, Juventude e Mocidade Vera Lúcia Leite infanciamocidade@feesp.org.br Diretora Área Financeira Guiomar Cisotto Bonfanti financeiro@feesp.org.br Diretora Área Federativa Regina Helena Tuma Carlim federativa@feesp.org.br Assistência Social da FEESP Casa Transitória Fabiano de Cristo CNPJ: 61.669.966/0002-91 Av. Condessa Elizabeth de Robiano, 454, Belenzinho, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2797-2999 Sede Santo Amaro: Rua Santo Amaro, 370, Bela Vista, São Paulo – SP, Tel.: (11) 3107-2023 Casa do Caminho, Av. Moisés Maimonides, 40, Vila Progresso, Itaquera, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2052-5711 Centro de Convívio Infanto-Juvenil D. Maria Francisca Marcondes Guimarães – Rua Franca, 145, B. Bosque dos Eucaliptos, São José dos Campos – SP (12) 3916-3981


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Palestra Março/Abril de 2017

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Palestras Públicas na FEESP

Diariamente, a Federação Espírita do Estado de São Paulo abre suas portas, acolhendo aqueles que precisam de sentido ou consolo para suas vidas, bem como os que buscam conhecer o Espiritismo, através dos seus diversos cursos. Aos domingos, sempre às 10:00, é aberto um espaço especialmente destinado à realização de palestras sobre temas atuais, à luz do Espiritismo, que são muito esclarecedoras no sentido de entendermos melhor a problemática social em que vivemos. Os temas são abordados de forma a apoiar o fortalecimento da fé, para enfrentar os desafios cotidianos. Para

ajudar-nos a refletir sobre esses diversos temas, contamos com oradores e palestrantes de alto gabarito, e conhecedores da doutrina espírita, que compartilham sua visão e experiência com o público presente. Nesses encontros alegres, contamos também com musicistas que se revezam, a cada semana, no palco do Auditório Dr. Bezerra de Menezes, em apresentações que elevam e harmonizam. Participe e divulgue. É sempre um prazer receber a todos! Confira, a seguir, as sinopses das palestras realizadas aqui na Federação Espírita do Estado de São Paulo.

No campo do afeto Carlos dos Anjos

O

“Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” – Paulo (Gálatas, 6:7)

que é afeto? Afeto é uma palavra que etimologicamente vem do latim effectus e se reflete em um sentimento de grande e imenso carinho que se tem por alguém ou por algum animal; é amizade, amor, apego, devotamento e fraternidade; é o contrário ao desprezo e à repulsão. O afeto demonstra nossa emoção e pode se manifestar das mais variadas formas e de muitos modos, seja com palavras, com gestos, com atitudes, com o olhar. O beijo é uma demonstração carinhosa de afeto por alguém. Paulo de Tarso, o apostolo dos gentios, de perseguidor de Jesus e seus seguidores, se converteu em um fervoroso cristão e com a mesma determinação e entusiasmo com a qual era opositor ao cristianismo, passou a ser um dos seus mais influentes apóstolos. Ele escreveu 13 dos 27 livros que compõem o Novo Testamento, na forma de cartas às igrejas, e a alguns indivíduos,

exortando a necessidade de reforma intima e consequente transformação dos cristãos recém-convertidos. Os gálatas eram um povo indo-europeu de origem celta, da Gália, e fazia parte da província romana da Galácia, a qual Paulo visitou em sua primeira viagem missionária com a finalidade de fundar comunidades cristãs. Ele deixou líderes, os quais quando tinham dúvidas a respeito da prática dos ensinamentos da Boa Nova, trazida por Jesus, escreviam a Paulo, pedindo orientações. Em Gálatas, capítulo 6, Paulo responde a indagações e faz uma exortação a respeito da necessidade de deixarmos de ser egoístas e invejosos. Salienta que devemos levar os fardos uns dos outros, ajudando-nos mutuamente e que toda boa ação de um cristão, que se exprime em amor, diz respeito ao outro. Em nosso cotidiano quase sempre queremos ter por parte daqueles que nos rodeiam um tra-

tamento diferenciado, queremos ser bem tratados e respeitados. Desejamos que todos nos entendam, compreendam e mantenham as mesmas afeições conosco não importando o que façamos a elas ou a outras pessoas, bem como que relevem nossas faltas e nos deem o máximo de carinho. A nossa vontade é que nos encorajem e sustentem nos dias tristes e tenebrosos e que compartilhem conosco os bons e alegres momentos de nossa vida. Não queremos tribulações em nosso cotidiano e que os problemas e dificuldades passem longe de nós.

A nossa vontade é de encontrar a amizade e o amor perfeitos e que sejamos entendidos integralmente por todos que nos rodeiam. Isso tudo seria muito bom, é o nosso maior desejo e, com certeza, será o prelúdio para construirmos a nossa felicidade, mas não é isso o que ocorre. Frequentemente sofremos as mais diversas intempéries e reveses em nossa vida, seja no trabalho, seja em casa, seja no convívio com as mais diversas pessoas, porque queremos receber dos outros aquilo que, supomos, nos fará felizes. Queremos muito ter a felicidade a qualquer preço; achamos que para sermos felizes temos que ser ricos, ter um corpo perfeito, boa saúde, um ótimo emprego, mas vemos todos os dias que existem pessoas que têm tudo isso e ainda assim são infelizes, sofrem e continuam procurando a felicidade, estão cercadas de muitas pessoas mas nenhuma delas lhe dá o que gostariam, em especial no campo do afeto. Aristóteles foi um filósofo gre-


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go que viveu entre 384 e 322 a.C. Discípulo de Platão, foi o primeiro a fazer um estudo científico sobre a Ética, estudo este que até hoje é de grande importância. Segundo ele, a Ética tem como objetivo levar o homem à felicidade, sendo este o caminho para o supremo bem e à felicidade; uma sintonia perfeita entre o finito e o infinito. Ser ético é agir direito, proceder bem, não prejudicar ninguém, ser honesto em qualquer situação, ser tolerante, flexível e humilde. Pensa se faz bem ou mal ao outro, e procura sempre ajudar o próximo naquilo que puder. O bem é o fim último das coisas, ou seja, da ação humana, e o supremo bem é a felicidade que se almeja. O espírita, dentro da Ética Espírita, entende que além de fazer o bem, ele tem que também exemplificar, em si mesmo, uma via laboriosa. Desta forma, percebe-se que a felicidade verdadeira não está fora de nós, ela está dentro de nós e a melhor forma de construirmos uma felicidade forte e duradoura é procurando interiorizar os ensinamentos de Jesus e, praticando nossa mudança interior, buscar fazer aos outros o que quereríamos que nos fizessem, conforme nos ensina Jesus e que Paulo de Tarso enfatiza. Se quisermos receber daqueles que nos rodeiam amor e paciência, temos que distribuir amor e sermos pacientes. Rece-

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bemos aquilo que distribuímos. Se quisermos que as pessoas de nosso convívio tenham por nós virtudes e valores que nos agradam, temos que começar a fazer isso por eles, partilhando nossos bons sentimentos com todos, durante essa nossa caminhada terrena. Toda bondade atrai e forma bondade. Paulo complementa o capitulo 6 com o versículo 9, dizendo-nos o seguinte: “Não desanimemos na prática do bem, pois, se não desfalecermos, a seu tempo colheremos.” Não podemos desanimar! Temos que ser persistentes. Comecemos a praticar afeto com aquelas pessoas que estão mais próximas a nós, que nos são mais caras, e que fazem parte de nossa família terrena, pois estas precisam muito de nossa atenção, carinho e respeito. Às vezes nos preocupamos muito com coisas e situações que acontecem em várias partes do mundo e nos esquecemos que aquela pessoa que esta alí ao nosso lado, convivendo conosco no seio familiar, pode estar vivenciando terríveis tormentos, passando por dores que ela pode não estar conseguindo vencer sozinha e que podem ser dores da alma ou do corpo. Por isso devemos estar atentos, observemos, nos aproximemos e expressemos nossos sentimentos com muito vigor e energia. Pois não adianta apenas

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sentir amor, carinho, ou qualquer sentimento nobre. Temos que manifestar o que sentimos, pois todos nós precisamos disso, ou seja, saber o que os outros sentem por nós, através daquilo que expressam esse sentimento. Nós amamos as pessoas, mas elas precisam ouvir de nossos lábios, de nossas atitudes, com todo o vigor que pudermos dar a expressão desse sentimento, ou qualquer outro que tenhamos. Nós passamos pela vida e não sabemos quando vamos partir, e toda vez que deixamos para amanhã alguma coisa que poderia ser feita hoje poderemos estar perdendo uma grande oportunidade nesta vida, pois alguém pode ir embora de repente, a qualquer momento. A oportunidade de nos reconciliarmos, de nos expressarmos e de demonstrar nosso sentimento é agora. É neste momento. Não percamos a oportunidade de praticar o amor e todas as demais virtudes que a acompanham. O amor por mais imenso que seja não ocupa espaço, e quanto mais amor tivermos, mais espaço vai haver para armazená-lo. O amor é força inexaurível; renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo aquele que dá e aquele que recebe. Todo o poder da alma se resume em querer, que é o objetivo e o foco, e saber, que é o estudo, mas o amor complementa tudo. E

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é através do amor que vencemos o nosso orgulho e nosso egoísmo. É através do amor que vencemos barreiras e criamos muros sólidos de paz, fraternidade, harmonia e principalmente felicidade. O amor é direcionado por nossa vontade, e a vontade é conduzida pelos nossos pensamentos, o pensamento dissipa as sombras do caminho, resolve enigmas da vida e traça o caminho da humanidade, é a sua chama que aquece as almas e ilumina os desertos da existência. Cada alma pode criar com seus pensamentos uma atmosfera espiritual tão bela, tão resplandecente, como as paisagens mais encantadoras. Então utilizemos isso a nosso favor. Bondade gera bondade, abnegação gera abnegação, afeto gera afeto, e transformam nossa vida e nos fazem vislumbrar a grande riqueza espiritual que é a construção da felicidade que almejamos com a nova visão que Jesus nos fornece através da prática inconteste de seu amor. Pois “tudo o que o homem semear, isto também colherá”, e poderemos, assim como Paulo de Tarso, ao partirmos desta vida, sentir que “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.. “ Paulo (II Timóteo 4:7,8) Carlos Cesar dos Anjos Expositor da FEESP cacean@gmail.com


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Conquistando a saúde integral

odos nós prezamos e buscamos manter ou ter saúde. Definir a saúde prescinde ampliar nossa visão sobre esse estado, ou seja, o de ter saúde. Seria o estado de ter saúde, possível, ou o de ser saudável estaria mais próximo da nossa realidade? Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS: “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.” O Espiritismo traz a possibilidade de ampliarmos essa definição, nos ensinando que: “saúde é o estado de completo bem-estar biopsicossocioespiritual”. Levamos assim em consideração diversos fatores, como os: biológicos, psicológicos, sociais e espirituais que nos influenciam direta ou indiretamente. Na tentativa de compreendermos o estado de saúde, há que se considerar quais os fatores que criam os problemas de saúde, ou seja, as doenças. Verifiquemos que para obtermos a saúde, os aspectos externos influenciam de modo relevante. A condição onde cada população se encontra, os costumes, a biologia humana, os recursos naturais e o meio ambiente, as políticas internas e externas de melhoria da saúde e de saneamento básico, as bases econômicas da população, as etnias, dentre outros. Podemos salientar que um dos fatores ambientes que afetam a saúde está na qualidade da água, principalmente aquela utilizada por lactentes e crianças. Outro fa-

Miriam Ofir tor relevante que depende de políticas públicas diz respeito à necessidade de ampliar os espaços para o lazer, pois os espaços reduzidos, hoje vividos nos países mais desenvolvidos, conduzem a população desses locais a níveis mais baixos de satisfação e consequentemente níveis mais altos de obesidade, ou seja, bem-estar social em baixa. São considerados como fatores mais importantes na classificação do estado de saúde de cada um de nós: a água e o ar limpos, moradia, comunidades e estradas seguras. A condição de uma melhor renda per capta, atrelados a altos níveis educacionais, estão diretamente relacionados a um melhor padrão de vida, pois sofremos menos com o stress. A OMS – Organização Mundial da Saúde reconhece que cada unidade monetária, seja dólar, real, euro e outras, despendida em saneamento, traz uma economia de quatro a cinco unidades em sistemas de saúde. A falta de água potável é responsável pela grande maioria das doenças mundiais. O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nos demostra as principais doenças que atingem a população brasileira, sendo predominantes as doenças crônicas. Indica que aproximadamente 59,5 milhões de brasileiros, o equivalente a 31,3% da população, estão com algum tipo de doença crônica, como a hipertensão e o diabetes. Aponta as patologias que mais afetam a população brasileira: . obesidade: 43,3% dos brasilei-

ros com mais de 18 anos apresentam sobrepeso ou obesidade, doença que traz riscos de problemas cardiovasculares; . câncer: aumento considerável, com estimativa do Instituto Nacional do Câncer, de 2 em cada mil brasileiros terão a doença; . AIDS: 475 mil casos, aproximadamente, no período de 1980 a 2007, sendo esta uma doença preocupante no Brasil. Prevenir é o melhor: sexo seguro; . Diabetes: 3,6% da população, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 11% da população brasileira tem diabetes e 60% destes não sabem que tem a doença; . Tabagismo: causa mais de 200 mil mortes por ano. De 12,5 a 25,2% da população é fumante. . Dengue: doença transmitida pelo mosquito Aedes, pode causar febre hemorrágica e outros sintomas graves, vivemos epidemias em diversas regiões. Prevenção: retirar água parada; . Hepatite C: atinge mais de 3 milhões de brasileiros. Pode provocar lesões no fígado e câncer. Infecta até 5 vezes mais que a AIDS. . Hipertensão: A doença atinge

cerca de 47% dos brasileiros que estão acima dos 50 anos de idade, sendo fator de risco para outras doenças, como o AVC e outras. Podemos ainda identificar doenças de ordem psiquiátrica, como altos índices de depressão, síndromes e outras. À luz da Doutrina Espírita, os fatores que fazem nosso corpo adoecer, estão diretamente ligados à Lei de Causa e Efeito, onde cada ação ocasionará uma reação. André Luiz, no livro “Ação e Reação”, nos revela a condição do “carma”, como uma espécie de “conta do destino criada por nós mesmos”, diferente do que muitas crenças apregoam, como sendo algo determinado por uma Divindade e que não pode ser mudado. Damos como exemplo uma frase que costumeiramente utilizamos: A pessoa tal é meu carma; Passar por tal coisa é meu carma. Como sendo algo que temos que aceitar e pronto. Seria essa uma maneira muito simplista de colocar em Deus, a culpa pelos sofrimentos que nos acometem, além de provocar a inércia, pois estaríamos tolhidos de modificar nossas ações para uma colheita profícua. O mal seria imposto, o que vai na contramão de todos os ensinamentos divinos, que nos conduz ao amor, à bondade e à Sua justiça. Somos um conjunto complexo, sendo o corpo físico apenas uma das partes de sua composição, temos ainda a alma, corpo sutil – períspirito que é o nosso envoltório semimaterial. A alma que anima o nosso corpo é assim a que merece de nós o


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maior cuidado, pois, sendo o ser humano o Espírito encarnado, ou a alma, é a condição dela que determinará a nossa vida futura e consequentemente a manutenção da nossa saúde. Podemos até não exteriorizar doenças durante uma determinada fase da nossa existência, nem por isso podemos considerar que estamos saudáveis. É no períspirito que as marcas indeléveis da doença estão e que eclodirá em algum momento da nossa existência. Como nascemos no local necessário à nossa evolução, com aqueles que nos propiciarão a condição do aprendizado, os fatores, indicados pelas organizações responsáveis que mencionamos, estarão presentes nas nossas vidas, daí a nascer neste ou naquele país, nesta ou em outra condição, nesta família e não em outra. O processo das sucessivas existências nos permite efetuar a nossa proposta reencarnatória, nas condições adequadas. Deus na sua infinita bondade nos dá a oportunidade da vida, nos empresta as condições materiais que temos, nos dota de inteligência, nos propicia o tempo, as afeições, os títulos e também o corpo físico, tudo para que nos aperfeiçoemos espiritualmente. O bom aproveitamento dessas benesses depende tão e somente do nosso empenho, a fim de conquistarmos o amor e a sabedoria. Estando as Leis Divinas, gravadas nas nossas consciências. Tendo a quase totalidade de nossas enfermidades origem no psiquismo, qual seria o remédio para alcançarmos a saúde plena, integral? Será possível obtê-la? O lenitivo para as nossas dores

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e aflições, encontra-se disponíveis para todos, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, nos traz diversos ensinos de Jesus que nos indicam os caminhos que podemos tomar. Allan Kardec, seu Codificador, nos esclarece as lições, na sua forma mais simples e pura, os Espíritos também se manifestam, nos conduzindo às reflexões sobre as lições, propiciando a nós uma visão prática e simples de através desses ensinamentos, conseguirmos melhorar a nossa condição atual de saúde. Para bem aproveitarmos desses ensinamentos, há que conhecê-los, pois não há como tomarmos atitudes, sem sabermos o porquê delas. Seria como querer impor a fé, sem desenvolvê-la pelo crivo da razão, simplesmente querendo que as pessoas a tenham e se percam na fé, por falta dessa compreensão, desse entendimento. São muitas as viciações causadoras de doenças, que vão além das que conduzem a humanidade às dependências químicas, falamos aqui das viciações da alma ou morais, tais como: a maledicência; a raiva;

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a ansiedade; a falta de indulgência; a rebeldia; o imediatismo; o orgulho; a vaidade; o egoísmo; a preguiça. Essas e outras do mesmo gênero geram perturbações e doenças no nosso envoltório – períspirito e consequentemente, no corpo físico. No livro “Missionário da Luz”, André Luiz traz exemplos de como essas viciações da alma acometem o nosso corpo físico: Segismundo, em vida passada, por causa de Raquel, tirou a vida de Adelino com um tiro, que atingiu a vítima na altura do coração. Na atual existência, Segismundo renasceu como filho de Adelino e Raquel e trouxe, já na formação do seu corpo físico, o problema cardíaco que só se manifestará mais tarde, como doença do tônus elétrico do coração, após os 40 anos de idade. Nosso períspirito vinca as ações por nós praticadas, e o nosso corpo físico recebe esses impulsos, que nele são refletidos, tornando-se um verdadeiro filtro de impurezas. As ações, cujas origens muitas vezes encontramos nas vidas passadas, precisam ser consideradas, para avaliarmos a questão da do-

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ença e da saúde, para que o ser seja observado como um todo, que vai além da vida atual. Verifiquemos que se o nosso corpo físico acaba por exercer a importante função de filtro das impurezas, da forma moral como nos portamos, ao sentirmos nele uma dor, podemos compreender que elas surgem como importante alerta. O alerta nos é dado em O Evangelho Segundo o Espiritismo, quando os Espíritos nos pedem que busquemos a plena harmonia da alma, nos indicando o caminho para reconhecermos Deus por suas leis, e para isso, que passemos a vivenciar essas leis, que são de justiça e amor, que são imutáveis e irrevogáveis. Essas leis estão gravadas em nossas consciências, e quando devido à nossa rebeldia teimamos em não segui-las, surgem as doenças. Uma das doenças que podemos mencionar como fruto da rebeldia é a depressão, um dos maiores males que acometem a humanidade nos tempos atuais. É como se nós reagíssemos de maneira a repelirmos a vida que temos, dizendo: “Deus, se você não me dá a vida que quero, então eu não quero mais essa vida.” Óbvio é que existem remédios que buscam a cura dos males do corpo ou a repressão de suas dores e que devemos bem utilizar deles, mediante a recomendação médica, porém, o único remédio que trará no curto ou no longo prazos a cura das nossas dores e mazelas, é o que trata das dores da nossa alma. O médico Dr. Inácio Ferreira, em seu livro “Novos Rumos à Medicina II” – Edições FEESP, nos traz diversos casos de enfermos com


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diagnóstico médico de “loucura”, ocorridos no Sanatório Espírita de Uberaba, onde foi diretor durante cinquenta e cinco anos. Um desses casos, resumidamente, nos descreve um jovem com 25 anos de idade, que foi levado até o Sanatório. Até então, ele era um jovem muito trabalhador e disposto, acostumado mesmo com os serviços rudes da lavoura. Jamais teve uma doença qualquer que o retivesse no leito ou o afastasse do trabalho. Sem vícios de espécie alguma e com hereditariedade boa, ele começara a se sentir indisposto, sem nenhuma causa plausível. Tinha dores nas pernas, calafrios, cefalalgias e uma dor esquisita na garganta. Começou a emagrecer e a família o levou ao médico, em cujo tratamento não obteve resultado. Continuava com noites insones e forte anorexia. Procuraram uma curandeira bem conhecida, porém, o re-

sultado foi o mesmo, após algum tempo retornava ao quadro inicial ainda piorado devido ao tempo. Finalmente chegou ao Sanatório e foi então que, após o atendimento e diagnóstico, foi medicado apesar de os exames nada haver constatado de anomalia orgânica. Dr. Ignácio consultou, então, segundo o que ele chama de “uma sombra amiga”, que lhe informou: “o enfermo sofria de irradiações maléficas e inconscientes, de uma entidade recém-desencarnada, vítima de uma tuberculose pulmonar! Transmitindo a ele seus sentimentos e dores, atraído pelo fluido medianímico do encarnado, transmite a ele sentimentos e dores, a intoxicação de seu períspirito, toda mágoa e desesperança, fazendo assim o desencarnado verdadeiro papel de sanguessuga. É o que chamamos de intoxicação psíquica.” Com o tempo a intoxicação a princípio

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psíquica, acometeria todo o corpo físico do jovem, com os bacilos de Kock, que também vitimara o desencanado. O rapaz foi internado e após foi assistido espiritualmente, através da doutrinação direta, após 15 dias, foi assistido pela equipe de médiuns e uma delas, médium dotada de vidência, pode ver e ouvir o relato do espírito que estava causando o problema. Ele após receber toda a assistência médica e espiritual, necessárias para o restabelecimento, foi retirado do Sanatório pela família.” Nesse momento recordemos os ensinamentos de Jesus, em Mateus, Capítulo VII, versículo 12: “Portanto, tudo aquilo que quereis que os homens vos façam a vós, fazei-o vós mesmos a eles; esta é a Lei e os Profetas.” Quantos relacionamentos que assolam a sociedade, que podemos chamar de “relacionamentos

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infelizes”, ocorrem devido ao não cumprimento desta Lei. Tantas mágoas resultantes das nossas decepções, por acreditarmos que fomos feridos pelo outro, essas energias que geramos com esse tipo de sentimento, passa então a incomodar não ao agente, ou aquele que nos causou a mágoa, mas sim a nós. Mais uma vez, os sábios ensinamentos do Cristo, nos vem esclarecer sobre qual o remédio para este e para tantos outros males, que passam a permear nossos pensamentos e que destroem a vida de muitos, começando conosco. Ele nos conduz ao aprendizado e nos pede que perdoemos aquele que nos ofende, ou os que consideramos nossos inimigos, enquanto estamos com ele no caminho. A grande dificuldade que temos de bem interpretar esses ensinamentos, ainda nos levam aos erros, muitos de nós acreditamos que para perdoar, é necessário es-

Codificação Espírita ALLAN KARDEC OBRAS DO AUTOR PARA ESTUDOS FILOSÓFICOS, CIENTÍFICOS E RELIGIOSO DA DOUTRINA ESPÍRITA

ALLAN KARDEC OBRAS DO AUTOR PARA ESTUDOS FILOSÓFICOS, CIENTÍFICOS E RELIGIOSO DA DOUTRINA ESPÍRITA I - O LIVRO DOS ESPÍRITOS ........................................................................................ 1857 II - REVISTA ESPÍRITA .................................................................................................. 1858 III - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1859 IV - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1860 V - O LIVRO DOS MÉDIUNS ......................................................................................... 1861 VI - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1861 VII - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1862 VIII - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. 1863 IX - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.................................................... 1864 X - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................... 1864 XI - O CÉU E O INFERNO .............................................................................................. 1865 XII - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1865 XIII - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. 1866 XIV - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. 1867 XV - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1868 XVI - A GÊNESE ............................................................................................................... 1868 XVII - REVISTA ESPÍRITA............................................................................................. 1869 XVIII - INICIAÇÃO ESPÍRITA ...................................................................................... 1869 XIX - OBRAS PÓSTUMAS .............................................................................................. 1890

I - O LIVRO DOS ESPÍRITOS ........................................................................................ 1857 II - REVISTA ESPÍRITA .................................................................................................. 1858 III - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1859 IV - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1860 V - O LIVRO DOS MÉDIUNS ......................................................................................... 1861 VI - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1861 VII - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1862 VIII - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. 1863 IX - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.................................................... 1864 X - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................... 1864 XI - O CÉU E O INFERNO .............................................................................................. 1865 XII - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1865 XIII - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. 1866 XIV - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. 1867 XV - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1868 XVI - A GÊNESE ............................................................................................................... 1868 XVII - REVISTA ESPÍRITA............................................................................................. 1869 XVIII - INICIAÇÃO ESPÍRITA ...................................................................................... 1869 XIX - OBRAS PÓSTUMAS .............................................................................................. 1890

Todo homem sente necessidade de viver, de usufruir a vida, de amar, de ser feliz. Experimente dizer a quem está para morrer que ele ainda vai viver muito, que sua hora foi retardada; diga principalmente que ele será feliz como nunca foi e sentiremos seu coração pular de alegria. Mas, pelo contrário, de que vai adiantar essa esperança de felicidade, se tudo pode sumir de repente?” Allan Kardec (Capítulo I – O Futuro e o Nada)

ALLAN KARDEC OBRAS DO AUTOR PARA ESTUDOS FILOSÓFICOS, biofísicos soviéticos, do chamado CIENTÍFICOS E RELIGIOSO DA DOUTRINA ESPÍRITA corpo bioplásmico do homem, que

I - O LIVRO DOS ESPÍRITOS ........................................................................................ 1857 II - REVISTA ESPÍRITA .................................................................................................. 1858 físico. sobrevive à morte do corpo III - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1859 IV - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1860Gênese, A concepção espírita da V - O LIVRO DOS MÉDIUNS ......................................................................................... 1861 VI - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1861 exposta neste livro é, portanto, da VII - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1862 VIII - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. 1863 cientímais elevada importância IX - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.................................................... 1864 X - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................... 1864 fica. Alegam alguns críticos que XI - O CÉU E O INFERNO .............................................................................................. 1865 XII - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1865 este livro está ultrapassado, pois XIII - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. 1866 XIV - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. já tem quase 150 anos1867 de sua priXV - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1868 XVI - A GÊNESE ............................................................................................................... 1868Ciências meira edição e de que as XVII - REVISTA ESPÍRITA............................................................................................. 1869 XVIII - INICIAÇÃO ESPÍRITA ...................................................................................... 1869 evoluíram muito no decurso desXIX - OBRAS PÓSTUMAS .............................................................................................. 1890

se tempo. Outros criticam por não

haver superado os conhecimentos científicos da época. Mas a verdade é que esse livro, como veremos, representa um marco histórico no campo científico, abrindo perspectivas da Ciência para a Era Cósmica. Os dados espíritas dão uma nova dimensão e um novo sentido à concepção da gênese.

A Codificação Kardeciana, cujas obras básicas dão embasamento à Doutrina Espírita, se encaixam perfeitamente, como num grande quebra cabeça, onde cada uma delas desvenda e esclarece, os até então chamados ‘mistérios’ da vida, tanto nesta, quanto em outras moradas. A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (1868) contem o papel da Ciência na Gênese, os sistemas do mundo, antigos e modernos, o esboço geológico da Terra, teorias sobre a Terra, etc.

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“Nós vivemos, nós pensamos, nós agimos, eis o que existe de certo e positivo; havemos de morrer, isso é o mais certo e positivo ainda. Mas, ao deixar este planeta, para onde iremos? Em que iremos nos transformar? Seremos melhores ou piores? Seremos nós mesmos ou não? Ser ou não ser, essa é a alternativa; será para sempre ou para nunca mais – é tudo ou nada? Viveremos eternamente ou tudo se acabou, não tem mais volta. Vale muito a pena pensar nisso.

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tar junto com aquele que nos ofendeu ou que nos causou o prejuízo, mas na realidade, quando nos dispomos a perdoar alguém, não precisamos encontrar nunca mais com o ofensor, mas sim que a ação do perdão se faça em nossas consciências e atitudes. Quem sabe um dia poderemos nos capacitar a amar o nosso inimigo, respeitando-o como um ser que falha, como nós mesmos falhamos e que divide a mesma escola de aprendizado conosco. As viciações são de diversas ordens, aquelas de cunho material, como o alcoolismo, tabagismo e tóxicos, porém, todas elas são advindas de viciações morais. Podemos citar a maledicência, como uma das viciações morais. Será que alguém dentre nós poderia afirmar que está livre dela? Para alcançarmos a resposta, poderíamos igualmente nos perguntar se já nos dispomos a dizer “eu te amo”, “você é uma pessoa muito especial para mim!” Que tal utilizarmos desse “novo” vocabulário, ao invés de destilarmos palavras inúteis, que desarmonizam e são como farpas que atingem a nós e ao que as recebem. Combater a raiva deveria ser meta diária, porém, quando vemos as pessoas com raiva de um personagem de novela ou de um filme, de situações vividas por outras pessoas, temos a nítida impressão de que gostam disso, e a ciência nos mostra o porquê de nós gostarmos ainda de sentir raiva, inclusive com situações que não nos dizem respeito, é porque ela nos dá a falsa sensação de “sermos fortes”. Quando nos deixamos conduzir pela raiva, ela se instala em nós, certo? Estando ela em nós, significa que está dominando o nosso pensamento e conduzindo, consequentemente nossas atitudes.

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Deixamos muitas vezes de fazer coisas agradáveis, só porque estamos raivosos. Se fôssemos animais irracionais, provavelmente seríamos sacrificados, mas como somos detentores de inteligência e não vamos sair por aí mordendo

combater as nossas aflições, ele nos fala sobre que atitudes tomar para enfrentar as preocupações: “Não vos preocupeis por vossa vida, com o que comereis, nem por vosso corpo, com o que vestireis. A vida não é mais do que o

os outros, estamos livres do sacrifício, porém, o corpo padecerá, pois, além de deixarmos de fazer algo prazeroso, como um passeio, uma caminhada, uma visita a um amigo, ficamos destilando o fel da raiva, que após se instalar no nosso campo mental e espiritual, passa a agredir o fígado e outros órgãos, que acabarão por adoecer. E se auscultarmos os nossos corações, com os olhos do Espírito, vamos ver que a ansiedade também está ali, pronta para entrar em ação. Você se considera uma pessoa ansiosa? É chegado o momento de combatermos mais este mal que aflige a tantos. Sendo a ansiedade uma doença da preocupação que temos com aquilo que virá e que muitas vezes nem podemos nos certificar se será possível efetivar, vivemos assim preocupados com horários, com possibilidades de chegadas de partidas, se teremos ou não isso ou aquilo. Mais uma vez O Evangelho do Cristo se faz presente, como remédio para

alimento, e o corpo, mais do que a roupa?”(Mt. 6:25) Quando nos descontrolamos, através da preocupação, da ansiedade e tantos outros sentimentos angustiantes e nada fazemos para combatê-los em nós, colheremos mais algumas doenças que se instalarão em nosso corpo físico,

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como consequência. O tempo urge, e Jesus nos pede que apliquemos os ensinamentos Divinos em nossas vidas, para termos uma dilatada vida sobre a Terra, para sermos os Bem-Aventurados, os felizes no hoje e no amanhã, “Procurai primeiro o Reino e a justiça de Deus e tudo isso vos será dado por acréscimo”(Mt. 6:33). Pede-nos que o tomemos como guia e modelo e que pratiquemos o amor, que tenhamos fé e pureza de coração. Ajuda-te e o Céu te Ajudará! Para o verdadeiro homem de bem, tudo é possível, pois sabe do seu dever e o cumpre até os últimos dias. Que saibamos bem aproveitar desses e de todo o conteúdo do Evangelho do Cristo, pois só o exercício dele pode nos curar a alma e consequentemente o corpo. Tenhamos fé e esperança, agindo no bem, amor e caridade para termos uma dilatada vida na Terra. Afinal, tudo passa e só o verdadeiro amor não passará! Miriam Ofir Advogada e expositora da FEESP miriamofir@hotmail.com


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Motivação e vontade - um caminho para a saúde

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uitos de nós reclamamos e até achamos difícil conseguir a saúde física, emocional e espiritual. É trabalhoso e difícil, sendo necessário investir muito tempo em reflexão sobre os próprios pensamentos, comportamentos, emoções, hábitos, etc. Achamos que não vale à pena ter tanto trabalho, uma vez que se pode ter uma vida mais “light”, como diz a canção do Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar, vida leva eu”. Reflitamos a respeito dessa forma de pensar. Sabemos que reencarnamos no Planeta Terra para aprendermos a amar, com a necessidade de refazermos nossas “lições”, que outrora nos equivocamos em nossas escolhas, portanto, viemos para o trabalho e não há como fugir dele, mesmo nas situações prazerosas, como por exemplo, saborear uma comida preferida. Humm... Uma delícia, não? Mas para que você a prepare, para a hora marcada, muito antes, inicia-se o trabalho, como por exemplo, fazer as compras dos ingredientes necessários e depois prepará-los. Porém, você poderá dizer: Pedirei para alguém fazer ou irei a um bom restaurante. Mas alguém terá o trabalho de fazê-la. Apenas a título de exemplo, lembramos que existem diversas atividades diárias, que nos tomam muito tempo. Umas são prazerosas, outras não muito. Não obstante, ninguém questiona a necessidade delas, e a não realização das mesmas acarretam

Lindalva Melo consequências. Voltando à comida favorita, que mencionamos anteriormente, vamos observar que para nos alimentar precisamos trabalhar, exercitando os músculos faciais na mastigação, ao engolir, para posterior digestão. Você poderá dizer que não dá trabalho nenhum comer a comida preferida. Realmente, aquilo que nos dá prazer, não achamos que dê trabalho, mesmo que o seja. Reflitamos no caso da nossa saúde espiritual. Para sermos felizes e termos prazer, necessitamos de harmonia, tranquilidade, alegria de viver, paz, equilíbrio emocional etc. O problema é que muitas criaturas querem ter tudo isso sem nenhum empenho da parte delas. Querem ter verdadeiras joias raras, sem pagar o preço que elas valem. Isso não acontece. Da mesma maneira que para manter um hálito saudável, dentes e gengivas com saúde, é necessário várias escovações dos dentes, passar o fio dental, ir ao dentista regularmente, entre outros esmeros; da mesma maneira a saúde espiritual só é possível, com muito trabalho e esforço da nossa parte, mesmo que no começo, achemos cansativo. Precisamos investir em prece, reflexões, ajuda ao próximo etc., para alcançarmos o nosso objetivo maior que é a conquista da felicidade. Para se realizar uma ação útil de uma forma satisfatória é imprescindível que haja motivação e vontade, especialmente no desenvolvimento da saúde espiritual. As pessoas automotivadas de-

finem claramente os resultados desejados, em cada atividade, com inabalável vontade. Motivar-se quer dizer usar toda a nossa capacidade emocional, no sentido de efetivar os nossos objetivos. Caso tenhamos como objetivo ter saúde, não será só o desejo que irá efetivá-la, mas um investimento incessante para realizá-la passo a passo, em nós. Vamos então estudar algumas formas no nosso comportamento trabalhando a motivação e a vontade. A pessoa tem uma necessidade, porém não pensa no resultado que ela vai obter, mas em todo o trabalho que terá para conseguir o resultado. O seu foco principal é no problema e na sua suposta incapacidade em resolvê-lo. Suposta, porque não é real, pois se acredita incapaz. No entanto, na verdade, ela apenas não quer fazer o esforço necessário para efetuar a ação. Sabemos que toda realização exige esforço e que, viemos ao planeta para nos melhorarmos, para refazer aquelas lições

que outrora nos equivocamos como comentamos anteriormente. Todos nós temos uma programação reencarnatória, ou seja, na maior parte das vezes quando estamos para reencarnar na Terra, pedimos para trabalharmos determinados pontos, como a paciência com determinadas pessoas, a fé etc. E quando não realizamos o bem que nos cabe diante da vida, sendo úteis a nós e aos outros, entramos em sofrimento, devido a essa negligência. A acomodação na inércia acabará gerando incômodos à criatura, ou seja, o nosso Espírito reclama. Como ninguém gosta de sofrer, após iniciar as consequências de sua negligência, a criatura se motiva em sair da inércia, porque ela quer se afastar dessas consequências. Então entra num sentimento de ansiedade, que gera um movimento de forçar a realização do objetivo, do que ela deveria ter feito até aquele momento e não o fez. Esse é um padrão de crença limitadora: “Eu tenho que fazer isto, mas é tão difícil” ou “Eu preciso realizar tal coisa, mas não sou capaz”, “Eu preciso fazer isso, mas não consigo”. Isso implica numa obrigação, e não em uma conscientização de uma suposta incapacidade e impossibilidade. Já nas situações em que inicialmente nos obrigamos a realizar alguma tarefa, uma vez que tememos as consequências em não realizá-la, essa motivação é fruto da obrigação, logo, entraremos na desmotivação e aí voltaremos ao


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padrão inercial do início, até que as necessidades, devido a não realização do objetivo, voltem e tudo recomece – a criatura se obriga a motivar-se,gerando um círculo vicioso de motivação/desmotivação. Ex.: questões de saúde quando algumas pessoas largam o tratamento na melhora inicial dos sintomas. Outras pessoas buscam se aproximar daquilo que desejam, focando na solução do problema e não medem empenhos para realizá-la. São pessoas cheias de entusiasmo; pensam sempre no resultado que vão ter e não no trabalho para obtê-lo. Por exemplo, na saúde que obterão, e não no esforço para alcançá-la. Neste caso, o indivíduo se aproxima das coisas que lhe são importantes, objetivos que lhe geram recompensa e prazer. Vão à busca do que desejam sem vacilar. São pessoas que aproveitam por antecipação, a realização de um objetivo traçado, logo, se enchem de entusiasmo, se motivando sempre, para conseguirem o que almejam. Quando estabelecemos relações de satisfação com o que fazemos, nos tornamos proativos em todas as circunstâncias e, em cada um dos nossos atos, deixamos a nossa impressão pessoal estendendo-se de nós para as outras pessoas. Então: “É dando que se recebe” como nos diz Francisco de Assis, o Santo. As relações efetuadas por prazer, logo, filhas do amor, são de profunda efetividade e afetividade seja com o trabalho, a família, a sociedade, isto é, as atividades não pesam, uma vez que existe alegria e felicidade ao realizá-las. Coloca-se o amor acima de todas as dificuldades. É o que fala Jesus: “O fardo é leve e o jugo é suave”. Todo esforço envolve a idealização, a vontade de realizar e a realização em si. Por isso Jesus sempre nos conclamou a uma vida proativa,

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na qual devemos buscar pelo nosso próprio esforço, aquilo que nos compete realizar. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição.”(Mateus 7:7-8 e 13). Precisamos da vontade para realizar toda e qualquer mudança para melhor. E finalmente, pontuemos os atributos essenciais para que a ação da vontade se manifeste plenamente: A força de vontade é a base da

mais perfeitos. O Mestre de Nazaré, várias vezes se referiu a essas necessidades, como condição para superarmos as nossas dificuldades. Lembremo-nos quando Jesus coloca o pequeno “grão de mostarda”, a menor de todas as sementes, como exemplo da quantidade de fé que devemos ter, pois, para superarmos a inércia da acomodação, precisamos apenas acreditar que podemos vencer as montanhas de dificuldades criadas por nós mesmos, pelo egoísmo que ainda existe dentro de nós.

própria ação da vontade. Toda mudança requer um movimento na direção daquilo que se deseja. A força de vontade é o exercício do poder, que todo ser humano possui, de mudar a própria vida para melhor. São poucos os que se dispõem a passar pela “porta estreita”. Dizem: “Eu quero ser mais calmo, mas é muito difícil, quando vejo, já estou superansioso.” Essas pessoas estão desistindo do poder que possuem de modificar a própria vida. Para isso é preciso desenvolver a fé em Deus e em nossa capacidade de mudança para tornarmo-nos seres

Para mudarmos de uma maneira tranquila e suave, se faz necessário agregar à força de vontade, a competência, a fim de que o esforço seja menor. Da mesma forma, se tivermos a semente de uma flor e quisermos aquela flor para enfeitar o nosso jardim, precisaremos colocá-la numa terra fértil, regá-la e ter múltiplos cuidados de jardinagem diária, até florir. Serão necessários muitos esforços continuado, muita paciência e perseverança. Para mudarmos, necessário se faz seguir o exemplo da natureza, fazer a mudança suavemente, cultivar em

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nossa intimidade, o esforço continuado, paciente e perseverante, para tanto, é essencial exercitar diariamente a prece, o Evangelho e o autoamor. É o autoamor que fortalece a ação da vontade, dando-lhe a direção adequada, para que a criatura exercite a melhor escolha para si. Sem o amor por si mesmo ninguém consegue perseverar na mudança. O autoamor estará reforçando em nós a perseverança, a paciência e a necessidade do esforço continuado, que nos ajudará a desenvolver o poder amoroso, transformador da nossa vida para melhor. Enfim, a busca da felicidade, é o que proporciona sentido para a vida humana. A felicidade nós não ganhamos, mas a obtemos com os nossos próprios méritos. É uma conquista do Espírito através da nossa mudança interior, saindo da atitude inercial de acomodação às próprias limitações. É o estado de plenitude. Quem se ama busca a felicidade e partilha a felicidade com os outros. Deus não nos dá a felicidade pronta, mas nos oferece todos os meios para conquistá-la por nós mesmos, aguardando o nosso tempo, uma vez que todos nós fomos criados para a felicidade, trabalhando em nós a força, o autoamor, a competência da vontade. Quando nos esforçamos para melhorar um pensamento, um sentimento, ou mudar o comportamento negativo, na realidade, estamos trabalhando para sermos saudáveis, para tanto, aproveitemos as oportunidades de cada dia, nos motivando, através da nossa boa vontade para então alcançarmos a verdadeira felicidade. Que Jesus nos fortaleça no Seu Amor! Muita paz! Lindalva Melo Expositora da FEESP lindemelo1@gmail.com


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odos queremos a paz e esperamos ansiosamente a mudança para melhor do que está ao nosso redor. Mas, enquanto buscarmos a paz fora de nós,não iremos encontrá-la. Vivemos num mundo agitado onde valorizamos muito o “ter” e esquecemos de “ser”, não percebendo mais os nossos próprios sentimentos. Será dentro de nós mesmos, na nossa alma, que encontraremos a paz verdadeira. Uma das referências mais importantes é aquela na qual Jesus, diante de seus discípulos, diz: ¨Deixo-vos minha paz; a minha paz vos dou. Não vô-la dou como o mundo dá.” (João 14:27). Ter a paz de Jesus é diferente de ter a paz de que falam os políticos. Emmanuel, o querido benfeito espiritual, nos alerta que é indispensável não confundir a paz do mundo com a paz do Cristo. A paz no mundo nos ilude com a satisfação dos nossos próprios caprichos, mas nos faz sentir ainda um vazio espiritual em nosso coração.A serenidade junto a Jesus significa que estamos trabalhando ativamente em direção à Luz Imortal, em direção a Deus. A paz de Jesus é o serviço do bem eterno e nossa permanente evolução. É a que sabe tirar proveito das dificuldades materiais e sociais, sem a elas acomodar-se, lutando com firmeza para vencer as provas. A paz de Cristo nos permite enfrentarmos todos os desafios, sem proposta de fuga, porque compreendemos a nossa necessidade de aprendizado que aquela situação nos oferece. Jesus nos dá a sua paz através do seu Evangelho que nos conduz com

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Rumo à paz interior Ana Maria Chaguri Lopes segurança ao caminho a seguir. É indispensável o termos como nosso exemplo e modelo de cada dia. O evangelista Lucas (17:21), traz a mensagem de Jesus nos alertando que o ¨Reino de Deus está dentro de nós¨. Com esta frase nos posicionamos como verdadeiras criaturas do Criador e a paz interior é fruto desta nossa conexão com Deus. Somos regidos pelas Leis de Deus e são elas que indicam o que devemos ou não fazer, através da nossa consciência, e nos tornamos infelizes quando delas nos afastamos (O Livro dos Espíritos, questão 614). As Leis de Deus estão escritas na nossa consciência, como a marca de um artista está impressa em sua obra. (O Livro dos Espíritos, questão 621). Vivemos num Universo que vigora as Leis Imutáveis do Criador, podemos alterar o rumo através do nosso livre-arbítrio, mas não mudamos o ponto de chegada, que é atingirmos a perfeição relativa. Os que melhor compreendem estas Leis são os homens de bem, pois quando nos desarmonizamos com estas Leis, nos desequilibramos e comprometemos a nossa paz interior. Desse modo o Reino de Deus é uma construção interior, baseado em princípios divinos. Somente depois de despertarmos para estas leis é que realmente nos sentiremos filhos de Deus, com disposição ao amor,vivendo essa filiação no coração. A construção do Reino Divino foi iniciada a milhões de anos. No início a inconsciência, o instinto. O Espírito criado simples e ignorante percorre, através das suas

experiências, caminhos tortuosos, aumentando a sua consciência, despertando os sentimentos. Ainda em aprendizado, na nossa imperfeição, pelas Leis Divinas que nos regem, nos sentimos atraídos por uma força que nos impulsiona à conquista de nossa paz interior, pois esta força vai modelando o Espírito para a plenitude. Daí a oportunidade Divina de renascermos muitas vezes até obtermos as condições necessárias para esta plenitude. Jesus nos espera e precisamos estar comprometidos com a busca da paz interior. Que empreguemos bem esta hora que nos resta. Chegamos a um período de transformação, de crescimento moral. (A Gênese-cap. XVIII- 14). O grau de maturidade que nos encontramos requer uma nova pedagogia para nossas necessidades. O Consolador prometido por Jesus, vem neste momento, nos lembrar de tudo o que Jesus tem nos dito,nos trazendo a orientação para nossa evolução, através da consolação da fé no futuro,na confiança na

justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI). Nesta busca pelo progresso espiritual, faz-se necessário, para construirmos a paz dentro de nós ,conhecermo-nos melhor. Kardec nos traz no Evangelho Segundo o Espiritismo, a instrução de Santo Agostinho, que nos diz que para nos melhorarmos temos que lembrar a instrução já repetida por Sócrates na antiguidade quando dizia: “Conhece-te a ti mesmo”. Se interrogássemos mais frequentemente a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem disso percebermos. (O Livro dos Espíritos, questão 919). Para julgar devemos nos colocar no lugar do outro e perguntar como reagiríamos se aquela ação que praticamos nos fosse feita por outra pessoa. Aquele que tem vontade de se melhorar explore a sua consciência e faça o balanço da sua jornada moral. Por nosso orgulho, muitas vezes não permitimos uma autoanálise honesta. A paz interior reflete quem pode observar com tranquilidade os próprios atos. Sabemos no nosso íntimo se agimos bem ou não, pela nossa consciência. Construímos esta paz dentro do coração, através do dever retamente cumprido diante de nós mesmos, da nossa família, do nosso trabalho e do mundo que nos abriga. Kardec nos traz em O Evangelho Segundo


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o Espiritismo (cap. XVII-7) que ¨o dever é obrigação moral diante de si mesmo primeiro e dos outros em seguida¨. O homem deve amar o dever, porque ele transmite à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento. O caminho da paz significa ter paciência (A ciência da paz), principalmente com aquelas pessoas difíceis que temos no nosso convívio. Contribuiremos muito mais para a paz no mundo, se perdoarmos mais, tolerarmos mais. É necessário entendermo-nos, conhecermo-nos, tratar as oportunidades das dores e dos obstáculos como instrumentos preparados para corrigir-nos. Se alguém do nosso convívio nos aborrece, este alguém foi colocado ali como instrumento para capacitar-nos a desenvolver a calma, a paciência, a tolerância e outras virtudes semelhantes. Kardec nos traz que é indispensável nos esforçarmos para nossa transformação

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moral, combatendo nossas más inclinações de forma constante e procurando substituí-las por ações no bem. A Doutrina Espírita nos liberta, nos incentiva a nos olharmos e nos transformarmos. Jesus disse: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. Nos liberta do que? Dos sentimentos nocivos, das nossas más tendências que nos aprisionam e nos afastam do senti-

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mento de paz porque não condizem com a nossa natureza divina. Onde começar? Nas mínimas tarefas que nos compete na vida, fazendo- as com amor, com carinho, porque todas as tarefas são importantes. É assim que sentiremos paz quando praticarmos o bem. É necessário educarmos a nossa visão, a nossa audição, o nosso gosto para construirmos em nós essa

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paz. Geralmente, vemos e sentimos conforme nossas inclinações e não segundo a realidade. Que procuremos ver a realidade pelo Espírito, através da alma. Emmanuel novamente nos esclarece que: “Olhos otimistas saberão extrair motivos sublimes de ensinamento, nas mais diversas situações do caminho em que prosseguem. O homem cristianizado e prudente sabe contemplar os problemas de si mesmo, contudo, nunca enxerga o mal onde o mal ainda não existe.” ( Livro Pão Nosso- lição169, Emmanuel/ Francisco Cândido Xavier). Quando temos paz passamos a ver o mundo por outras lentes. Jesus nos ensina em OEvangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, itens 4 e 5:¨ Quem tiver olhos para ver que veja. Quem tiver ouvidos para ouvir que ouça. Jesus nos convida assim, a observarmos com mais carinho as circunstâncias ao nosso

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“A prestar quase 12 milhões de atendimentos anuais” Faça seu depósito no Banco Bradesco Agência: 0449-9 Conta Corrente: 200.008-3 CNPJ: 61.669.966/0001-00 Rua Maria Paula, 140 - Bela Vista - CEP 01319-000 - Fone 11 3115-5544 - Fax 11 3104-5245 - São Paulo - SP Reconhecida de Utilidade Pública pelo Governos: Federal Decreto nº 70881/72 - Estadual Lei nº 4518/57 - Municipal nº 7661/68 CNPJ: 61.699.966/0001-00 - Inscrição Estadual isenta Certificados do CEAS, COMAS e CMDCA


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redor, as oportunidades que a vida nos oferece, nos percebendo como criaturas de Deus, observando as Suas Leis nos regendo, mostrando nossa espiritualidade nos pequenos gestos do nosso dia a dia, onde o servir passa a ser alegria, ser generoso passa a ser elemento de saúde psíquica. Aprender a olharmos ao nosso redor e perceber quantas oportunidades de praticar o bem existe ao nosso dispor. Na prática do Bem, e em conexão com Deus ,vivemos intimamente um estado de felicidade por mais que a situação exterior nos mostre ao contrário. As mensagens que Jesus nos deixou é uma exortação para a construção de um futuro de paz, de amor. Já recebemos muitos conhecimentos para nos fazer felizes. Agora, é a hora de fazer! O agora na nossa vida é muito importante para os momentos seguintes. Aproveitemos todas as oportunidades que a vida nos dá para realizarmos o bem. Aproveitemos o nosso tempo para o nosso aprendizado. Através da Lei de Ação e Reação trazemos para o ”agora¨ da nossa caminhada evolutiva, as consequências das oportunidades que tivemos anteriormente e soubemos ou não aproveitá-las.Cuidemos, pois, de fazer, sem delonga, o quanto deve ser feito a benefício de nossa própria felicidade, porque o amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que se aperfeiçoa, valorosamente, nas abençoadas horas do hoje. Emmanuel afirma que “o agora é o momento decisivo para fazer o bem. Amanhã, provavelmente... O amigo terá desaparecido, a dificuldade estará maior”. (Livro Fonte Viva – mensagem 119). Se agirmos na direção do bem no dia de hoje, amanhã a paz nos envolverá. Jesus nos disse: ¨Vigiai e orai.” Um sintoma claro de que as Leis de Deus

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estão em nós é que quando temos mágoa, ódio, adoecemos. A paz nos traz saúde física e espiritual. A doença adquirida geralmente é provocada pelo mau uso de três fatores decisivos em nosso destino: a palavra pensada, a palavra falada e a expressão de nosso rosto. Devemos falar bem, pensar bem, agir bem. Viver em paz. Devemos nos aceitar, nos valorizar, respeitando a nós mesmos, nos autoperdoar. Saber que devemos colocar um tijolinho de cada vez nesta construção interior que estamos fazendo. Entender que a nossa boa vontade, perante os fatos da vida, é que nos impulsionará para a vitória

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das nossas conquistas. Valorizemos a prece como um recurso precioso no nosso caminhar. Ela nos conecta com Deus e muda a nossa maneira de ver as coisas. Na época de Jesus, quando os seus discípulos iam começar a pregar a Boa Nova, ou seja o Evangelho, receberam a orientação de que ao entrar nas casa das pessoas dissessem: “A paz esteja nesta casa.” Se quisermos realmente construir a paz interior, devemos trazer este evangelho para o nosso lar. A doutrina Espírita nos convida a realizarmos o Evangelho no Lar uma vez por semana, com o objetivo de nos

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melhorarmos e a todos aqueles que conosco convivem. Na passagem evangélica da mulher samaritana, Jesus fala: “Quem tiver sede que venha a mim e beba.” Esta água é o Evangelho de Jesus compreendido. Não algo escrito, mas o encontro com a nossa essência, com aquilo que nos dá a verdadeira razão de vivermos. O esclarecimento que o Evangelho nos dá, trazendo a compreensão de Deus e de nós mesmos. Entendendo, raciocinamos e assim compreendemos porque acreditamos. Tudo passa a ter sentido e encontramos a verdadeira paz interior. Quando, pois, observamos as Leis Divinas que estão gravadas na nossa consciência, como Espíritos imortais, no conhecimento do Evangelho de Jesus, nos mostrando o roteiro que devemos ter, aprendemos a nos conhecer melhor. Esforçandonos em nos harmonizar com estas Leis através da nossa transformação interior, percebemos que amar é gostoso, nos faz felizes. Que fazer a caridade alivia aquele que a recebe, e a nós também, fazendo-nos perceber que fazer o bem é bom. Assim, vamos sendo impulsionados por esta força interior, chamada de fé, que é Divina e também humana, percebendo assim a nossa conexão com Deus, aprendendo a ver as montanhas que chamamos de dificuldades ao nosso redor como oportunidades de servir e amar. Com a consciência mais tranquila, através das nossas ações no bem e cumprindo com nossos deveres, vamos caminhando em direção à nossa paz interior que ninguém nos tirará, porque ela está sendo construída e fortalecida dentro de nós. Esta é a proposta de paz que Jesus nos ensina a obter! Ana Maria Chaguri Lopes Expositora da FEESP anaortodontia@gmail.com


Congresso Espírita FEESP 2017 28 de Abril a 1° de Maio

Tema:

Abertura com Divaldo Franco

Encerramento com José Carlos De Lucca

Salvador - BA

São Paulo - SP

O Grão de Mostarda


Eminentes Espíritas confirmados p

Divaldo Franco Salvador - BA Educador/ Fundador da Mansão do Caminho/ Embaixador da PAZ pela UNESCO

Ademar José Gevaerd Curitiba - PR Ufólogo/ Diretor da Revista UFO

Alberto Almeida Belém - PA Médico Clínico Geral/ Homeopata

Alejandro Vera São Paulo - SP Médico Psiquiatra

Américo Canhoto São Bernardo - SP Médico de família/ Clínico Geral/ Homeopata

André Trigueiro Rio de Janeiro - RJ Jornalista da Rede Globo/ Professor da PUC-RJ

Carlos Baccelli Uberaba - MG Jornalista/Cirurgião Dentista

Edelso Junior São Paulo - SP Pesquisador/ Documentarista e Historiador

Eduardo Miyashiro São Paulo - SP Diretor Geral da Aliança Evangélica Espírita

Geraldo Lemos Belo Horizonte - MG Pesquisador/Escritor e Editor Espírita

Heloisa Pires São Paulo - SP Educadora

Irvênia Prada São Paulo - SP Médica Veterinária

J. Demétrio Loricchio São Paulo - SP Escritor/Articulista/ Delegado

Jether Jacomini Guarulhos - SP Administrador/ Radialista

João Lourenço Navajas São Paulo - SP Médico Psiquiatra


para o Congresso Espírita FEESP 2017

Joel Beraldo São Paulo - SP Médico Clínico Geral/ Homeopata

José Damião São Paulo - SP Locutor da Rádio Boa Nova/âncora do programa Nova Era

Manolo Quesada São Paulo - SP Professor de história

Marcel Souto Maior Rio de Janeiro - RJ Jornalista/ Escritor/ Diretor roteirista da Rede Globo

Mario Pietro Peres São Paulo - SP Médico Psiquiatra da AME

Miguel Sardano Santo André - SP Professor e Advogado

Paulo Pio São Paulo - SP Publicitário, especialista em Dependência química pelo GREA da USP.

Paulo Wedderhoff Curitiba - PR Administrador de Empresas especializado em Metodologia

Renato Costa Rio de Janeiro - RJ Engenheiro - Gerente de Pesquisa

Richard Simonetti Bauru - SP Bancário / escritor

Roberto V. Quaresma Rio de Janeiro - RJ Engenheiro e Articulista Espírita

Sebastião Camargo Três Lagoas - MS Escritor

Umberto Fabbri Flórida - EUA Administrador de empresas

Vilson Disposti Araçatuba - SP Delegado/ Fundador do Centro de Reabilitação Ave Cristo

José Carlos De Lucca São Paulo - SP Juíz de Direito


Congresso Espírita FEESP 2017 Inscrições para o Congresso Espírita FEESP 2017, a partir de 1° de Dezembro de 2016 Local de inscrição: Secretaria da Área de Divulgação Sede Central Rua Maria Paula, 140 no 3° andar (para pagamentos em dinheiro ou cartão) Por e-mail: congresso@feesp.org.br Mediante a comprovante de depósito escaneado na conta: Banco Bradesco Ag: 0449-9 Conta Corrente: 4451-2 CNPJ: 61.669.966/0001-00 Informações: (11) 3107-5544 ou 3115-5544 ramais 204 ou 224 divulgacao@feesp.org.br feesp.com.br/inscricao-congresso-feesp-2017 Não deixe para última hora e aproveite os descontos VAGAS LIMITADAS

Março 2017 R$ 250,00 Dinheiro ou débito R$ 330,00 em 3x no cartão de crédito

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Palestra

A perfeição Cristã segundo Santo Agostinho

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tema para nossa reflexão de hoje é um roteiro seguro para a perfeição. Roteiro esse que nos foi dado pelo Mestre Jesus, e que o eminente Agostinho de Hipona, (Aurelius Augustinus), conhecido universalmente como Santo Agostinho, que foi um dos mais importantes teólogos e filósofos dos primeiros anos do cristianismo, simplesmente denominou-o como A REGRA PERFEITA DA VIDA CRISTÃ. Santo Agostinho, nasceu em 13/11/354 d.C., na cidade de Tagaste, um importante porto do império romano, situada na Argélia, África. Desencarnou 28/08/430 d.C., aos 75 anos, em Hipona, também na Argélia, cidade na qual assumiu e dirigiu o bispado da igreja católica ainda nascente, razão pela qual ele também é conhecido pelo nome de Agostinho de Hipona. Santo Agostinho viveu em um período muito instável e de muitas revoltas, no qual o tão poderoso império romano já se aproximava de sua queda, em razão de séculos de flagrantes erros cometidos e do desregramento moral, social e político de então. Sendo o principal representante da filosofia cristã formulada pelos PAIS DA IGREJA (Patrística), movimento religioso que prevaleceu nos cinco primeiro séculos depois de Cristo, na construção da igreja

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Paulo Oliveira católica, “buscava na razão a justificativa para a fé”, contrariamente aos seus antecessores que defendiam que o fundamento e a essência da vida deveriam ser a fé cristã. Explorou a questão da liberdade humana, na forma do livre-arbítrio, defendendo que a graça divina seria o elemento garantidor da liberdade. Vale lembrar também que Santo Agostinho compôs a equipe do Espírito de Verdade, tendo sido muito presente com suas colaborações para a elaboração da Codificação do Espiritismo, por Allan Kardec, especialmente nas questões 919 e 919ª de O Livro dos Espíritos, onde nos fala sobre como atingir o autoconhecimento e fazer a própria reforma interior. Pois bem, falávamos há pouco que Santo Agostinho tratou de analisar e interpretar aquilo que ele definiu como o roteiro para a perfeição cristã. Qual roteiro seria esse? No ano de 394, após três anos de sua ordenação, o então Aurelius Augustinus publica um livro denominado “Sobre do Sermão do Senhor na Montanha”, no qual faz uma análise profunda desse sermão maravilhoso feito por Jesus, e que muito pouco ainda o conhecemos e praticamos. Esse livro foi lançado em uma época, como mencionamos, de grande turbulência política e religiosa, em meio às invasões bárbaras e a decadência moral, material, cultural do império romano.

Creio, não seja à toa que esse mesmo livro foi novamente publicado no ano de 2016, pois temos vivido também graves períodos de desregramentos, do domínio da vulgaridade, bem como do material sobre o espiritual. Atravessamos uma crise ética sem proporções, tornando-se esse livro, portanto, uma das leituras mais recomendáveis para vivermos com paz e segurança nestes dias que antecedem a transição da Terra a um patamar superior, o conhecido e mencionado mundo de regeneração. Entende Santo Agostinho que somente em “Cristo Jesus pode a virtude humana não se corromper neste mundo, e atingir a vida feliz de que o Sermão da Montanha é anuncio e prenúncio. Anuncia o caminho da perfeição moral com as armas da fé e prenuncia a felicidade perfeita que os bem-aventurados terão no céu. O sermão da

montanha pode ser contemplado como a porta estreita que conduz à felicidade eterna.” A moral de Agostinho não se funda na obrigação, mas sim na felicidade; não se funda em um conjunto de imperativos categóricos, mas na bondade divina objetivamente considerada; não em regras exteriores, mas nos bens interiores da alma – reflexos do sumo bem que é Deus. Como sabemos o Sermão da Montanha foi o primeiro discurso público de Jesus, proferido no início de sua missão terrena. Jesus já era, de algum modo, conhecido por aqueles que presenciaram ou ouviram falar das curas e feitos notáveis, que ficaram registrados na história e nos cânones religiosos como “milagres”, embora de extraordinário, na verdade, não eram os fatos em si, mas sim o alvo que Jesus buscava que era mostrar as possibilidades que o Reino de Deus apresentava à humanidade, como verdadeira realidade. Na interpretação de Santo Agostinho, todos os fatos ocorridos e palavras proferidas durante o Sermão têm um significado maior e mais profundo. Diz ele que Jesus quando queria demonstrar que os ensinamentos que trazia eram superiores ao que tinha sido revelado aos profetas, subia em uma elevação ou se colocava na condição de Mestre, sentando-se para ensinar com toda a propriedade e dignidade desse título.


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O monte ou a montanha representa, portanto, simbolicamente, os preceitos maiores da justiça divina, que Ele trazia ao povo de então, e a todos nós ainda hoje. Os discípulos aproximaram-se de Jesus, isto é, proximidade física para escutá-lo, porém ao cumprir seus preceitos proferidos, também se aproximavam dele em espírito. “Todo aquele, pois que ouve estas minhas palavras, e as observa, será semelhante ao homem sábio que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mateus 7:24) Este sermão é perfeito no que toca aos preceitos reguladores da vida cristã, o que se tem de tratar, no devido lugar, com mais detença, com base na análise e conclusões de Santo Agostinho: Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus (Mateus 5,3) Todo aquele que é presunçoso ou orgulhoso, que normalmente é chamado de “espírito forte”, na verdade apresenta a soberba. Aos soberbos são chamados de “inflados”, como se estivessem inchados. Os pobres em espírito, no entanto, são os humildes, ou seja, os que não têm o espírito inchado. “O princípio de todo pecado é a soberba” (Eclesiastes 10,15). Afirma Santo Agostinho: “Amem e desejem os soberbos os reinos da terra; mas sejam bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus.” Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. (Mateus 5,4) Quem são os mansos? “São mansos os que cedem diante da maldade não resistem ao malvado, senão que vencem o mal com o bem.” Paulo de Tarso (Romanos 12,21).

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Todo aquele que tem uma herança tem solidez e estabilidade, pois receberá essa herança em determinado tempo que garantirá a sua situação neste mundo. Os mansos que herdarão a Terra são aqueles que eliminaram todo sentimento de animosidade e contenda, garantindo assim receber a herança perpétua da virtude e do afeto. Vemos com bastante propriedade essa análise de Santo Agostinho, especialmente neste momento de transição para um mundo de regeneração, como já citado, em que Espíritos contendores que buscam os bens terrenos em detrimento da paz e da felicidade alheias, serão degredados para um mundo inferior onde reiniciarão o seu processo de aprendizado e desenvolvimento. “Lutem portanto entre si, pelejem os faltos de mansidão; mas sejam bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra, da qual não poderão ser expulsos” Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. (Mateus 5,5) Por que choramos? Na maioria das vezes, pela perda. Perda de bens, de situação financeira, de pessoas queridas. Pranto expressa a tristeza pela perda de coisas e pessoas queridas. Mas, se choramos

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essa perda, significa, segundo Santo Agostinho, que estamos mais ligados à materialidade do que a Deus. “Os que se convertem a Deus de fato, desmaterializam-se. Perdem essas coisas queridas que os prendiam a este mundo, pois que já não se deleitam com aquilo com que antes se deleitavam; e, “enquanto não se produzir neles o amor das coisas eternas, são trabalhados por alguma tristeza.” A Doutrina Espírita, que vem a seu tempo cumprir a promessa do Cristo, é este Consolador que nos esclarece a importância da vida material, mas que esta é apenas uma etapa do caminhar dos Espíritos rumo à perfeição. Por isso, a consolação que a noção de vida futura e eterna junto de Deus, fruto do esforço individual e não simplesmente pela graça divina. “Por esta razão se chama Paráclito, ou seja, CONSOLADOR – a fim de que os que perdem a alegria temporal gozem a eterna.” Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. (Mateus 5,6) Jesus refere-se aqui aos amantes do bem imutável e verdadeiro. Serão saciados com a comida que o próprio Senhor nos diz: “A minha comida é fazer a vontade daquele

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que me enviou.” (João 4,34), e com relação a água, que Ele próprio afirma “mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.” (João 4, 14). Santo Agostinho faz referência à prece dominical, dizendo que Jesus coloca na sentença “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”, a significação não só do pão material cotidiano, mas também do pão espiritual que fortalece a alma e sacia a fome daquele que clama pela justiça divina. Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia (Mateus 5,7) “Diz o Senhor que são bem-aventurados os que socorrem os miseráveis, porque têm por recompensa o libertar-se da miséria.” A Misericórdia de Deus é constante em nossas vidas, mas não a assimilamos quando não somos misericordiosos. Não sentimos o sabor doce da liberdade pelo perdão, e nos mantemos no amargor da raiva e do sentimento de vingança. Não há como receber a misericórdia nesse estado de coisas. Quando somos misericordiosos sentimos imediatamente o coração mais leve: essa é a Misericórdia Divina que nos atinge e nos repleta! Lei de ação e reação expressa nas palavras de Jesus no “Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos os nossos devedores.” Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. (Mateus 5,8) Santo Agostinho refere como tolos aqueles que buscam a Deus com os olhos exteriores, pois que a Ele somente se consegue ver com o coração, ou seja, com o sentimen-


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Deus, a suprema inteligência do Universo e Criador de tudo e todos, não pode ser percebido se não pelo sentimento, ou seja, pelo que vai no interior de todos nós. Por isso, Jesus coloca como sendo o coração o canal para vermos a Deus. “Coração limpo é o mesmo que coração simples, e assim como a luz não pode ser vista senão por olhos limpos, tampouco podemos ver a Deus se não está limpo aquilo com que O podemos ver.” Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus (Mateus 5,9) A perfeição reside na paz, na qual

não há resistência nenhuma. São pacíficos os filhos de Deus, porque em Deus nada resiste, e os filhos devem ser semelhantes ao pai. “São pacíficos consigo mesmos – aqueles que ordenando os movimentos da alma e submetendo-se à razão, têm domado as concupiscências da carne, transformando-se em Reino de Deus, onde tudo está ordenado, de modo que o que é principal e excelente no homem seja o que domine.” E não pode mandar nos inferiores o que não se submete ao superior. E é esta a paz que se dá na

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terra aos homens de boa vontade. (Lucas 2,14) Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. (Mateus 5,10) Composta interiormente e consolidada aquela paz, por mais perseguições que trame o mundo, ou seja, o exterior, não fará senão aumentar a glória que está em conformidade com Deus. Quando realizarmos a nossa reforma interior, teremos atingido a perfeição e não nos importarão quaisquer ameaças ou perseguições que recebamos,

POR AMOR DA JUSTIÇA. Nada conseguirá malograr o edifício construído dentro de cada coração, e ficará “patenteado a grandíssima firmeza que há lá dentro.” Este é um pequeno resumo das ideias de Santo Agostinho ao analisar o Sermão do Senhor na Montanha, referência máxima para todo cristão que realmente deseja transformar-se para o bem, para paz e para o amor eterno. Paulo Oliveira Expositor da FEESP psdo2010@gmail.com

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A FEESP tem atendimento gratuito todos os dias! A Sede Central na Rua Maria Paula, 140 está aberta de Segunda a Sexta 8h30 às 20h Sábado 8h30 às 17h Domingo 8h30 às 17h Procure o DEPOE (Departamento de Orientação e Encaminhamento) Segunda a Sexta 8h30 às 18h30 Sábado 11h às 16h30 Domingo 13h às 16h30


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m abril de 1857, Allan Kardec inaugurava, por assim dizer, a Era dos Espíritos na Terra, com a publicação de O Livro dos Espíritos. Em seguida publicaria O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo o Espiritismo. Estava estabelecida de forma clara a base filosófica, científica e moral da Doutrina Espírita. Como doutrina que unia as visões científica e religiosa, o Espiritismo vinha lançar luz sobre diversas questões fundamentais da humanidade, e oferecia explicações racionais e esclarecimentos que traziam entendimento e, ao mesmo tempo, consolo para os homens de boa fé. Ganhava assim adeptos de forma acelerada, mas também encontrava resistências. Resistências essas que estavam em polos opostos. De um lado estavam os materialistas que se denominavam cientistas e que entendiam que a Ciência era algo totalmente dissociado da Religião, e portanto combatiam qualquer ideia religiosa, enquanto do outro lado a Igreja dominante, que não podia permitir que seus dogmas fossem questionados, e que como já fizera em épocas anteriores, combatia de forma irracional toda nova ideia, perdendo a oportunidade de se aliar a uma nova corrente de ideias, que não se patenteava como uma religião por si, mas como uma doutrina com caráter filosófico, científico e religioso, que poderia ser abraçada por qualquer religião. Diante destes dois tipos de opositores, Kardec lança o quarto livro da Codificação Espírita,

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O Céu e o Inferno Ricardo Turci denominado O Céu e o Inferno, dando resposta a estes contraditores materialistas e religiosos, enriquecendo a Doutrina com acréscimos significativos de novas análises e referências. Ele faz a abertura do livro, trazendo referência à famosa frase de William Shakespeare, (‘ser ou não ser, eis a questão!’), abordando as dúvidas fundamentais do homem a respeito de seu futuro. Sendo a morte uma certeza, um fato positivo, colocam-se as questões: haverá um futuro? Seremos algo? Existiremos? Em caso afirmativo, para onde iremos e como nos encontraremos após a morte, e como será a passagem no momento da morte do corpo físico? Kardec destacará neste livro, de forma uníssona com os anteriores, o caráter científico do Espiritismo, e que a doutrina ali apresentada não era fruto de sua própria criação ou de uma crença pessoal, mas que seguia estritamente um caráter de observação com a orientação e revisão dos Espíritos, podendo ser considerada uma obra conduzida pela Espiritualidade Superior. Sem trazer nenhuma ideia preconcebida a respeito das elaborações que faria, cuidara de observar casos e mais casos de comunicações de Espíritos desencarnados, de analisá-los e classificá-los de forma a constituir uma doutrina com base na observação dos fatos, na aplicação da lógica e no chamado

‘controle universal dos Espíritos’, pelo qual não se deveria aceitar algo que não fosse comunicado de forma generalizada. Se algo vier de uma única fonte, ou seja, de um único Espírito ou médium, não se pode aceitar este algo como verdadeiro, até ser corroborado por outras fontes que coincidam sobre o mesmo ponto. Ao lançar o livro “O Céu e o Inferno” em 1865, Kardec traz uma seleção de numerosos depoimentos de Espíritos que desencarnaram, relatando sobre o momento da passagem para o plano espiritual, o que sentiram nesse processo e como se encontravam do outro lado da vida. Foi a partir destes e de outros incontáveis depoimentos, que Kardec organiza e propõe uma classificação de Espíritos segundo o estado em que se encontram na espiritualidade, elaborando o entendimento, segundo o Espiritismo, sobre qual é o código da justiça divina. Assim como nós

temos o nosso código civil e criminal, o livro traz o entendimento do que se chamou de ‘código penal da vida futura’. A obra se divide em duas partes, contendo na primeira uma análise comparada das doutrinas sobre o assunto, dando-se resposta aos detratores materialistas e religiosos, esclarecendo a origem das ideias sobre a justiça divina que foram transmitidas e adaptadas desde as mais antigas religiões e crenças até os dias recentes. Kardec mostra as consequências negativas do materialismo e de alguns sistemas espiritualistas que são contrários à ideia da individualidade da alma após a morte. Também examinará na história o surgimento dos conceitos de céu e inferno, das punições e recompensas após a morte, ideias de alguma forma presentes nas mais diversas religiões desde a antiguidade, e que correspondem à condição de uma Humanidade em estágio infantil das almas. Assim, tendo as almas evoluído, necessário se faz evoluir em todos os aspectos e compreensão também, sendo inadmissíveis atualmente os conceitos de penas eternas, diabo, anjos caídos e também de céu e inferno como locais físicos delimitados no espaço. Constrói-se um entendimento claro da origem destes conceitos através da análise da história, e entendem-se suas limitações e inadequações com base no raciocínio lógico amparado por conceitos já apresentados em O Livro dos Espíritos. A Humanidade, que já não se encontra mais em sua infância, percebe que as imagens


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criadas anteriormente correspondiam à intuição da vida futura, e já continham muitos elementos verdadeiros, embora não claramente compreendidos. Assim, mais amadurecidos, passamos a entender que o céu e o inferno são estados da alma que vivemos em função de nossas escolhas, e que submetidos às leis de causa e consequência, teremos em nossa vida futura as alegrias ou tristezas que resultem das nossas decisões e ações presentes. Somos esclarecidos de que para cada virtude conquistada teremos alegrias decorrentes desta virtude, e para cada imperfeição ainda presente teremos a correspondente infelicidade. E sendo infinitas as combinações de virtudes e imperfeições, teremos cada um a nossa combinação pessoal e intrasferível de felicidades e infelicidades que resultam de nós mesmos. Para os amantes da matemática, Kardec nos traz, por assim dizer, a seguinte “fórmula da felicidade”: ‘a soma das infelicidades é proporcional à soma das imperfeições, enquanto a soma das felicidades resultará da soma das boas qualidades’. Ou seja, toda e qualquer qualidade que tenhamos nos trará alguma felicidade, assim como toda e qualquer imperfeição que tenhamos nos trará alguma consequência infeliz, até que a eliminemos. Conquistar o céu, a tão almejada felicidade, é uma questão de continuamente cultivar qualidades e reduzir imperfeições. “Sans cesse!” (Sem parar!) A segunda parte do livro, que representa quase dois terços de seu conteúdo, nos traz uma seleção e classificação de inúmeras comunicações de Espíritos desencarnados, nas mais diversas condições, cada um relatando sobre a sua experiência de passagem

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no momento da morte e sobre o seu estado mais ou menos feliz no mundo espiritual. Nos chama a atenção a variedade, riqueza e diversidade de relatos, mostrando que há semelhanças, mas também que não há duas experiências iguais, que tudo fica relativizado segundo a condição individual de cada pessoa. Por exemplo, entre os suicidas, o relato comum a todos é que se encontram em situação muitíssimo pior no mundo espiritual, como consequência de seu ato, do que se encontravam antes com seus problemas e sofrimentos enquanto encarnados. Todos se mostravam arrependidos pelo seu ato, pois afrontaram a justiça divina. Entretanto, há condições atenuantes, que modificam grandemente o sofrimento, mostrando que nunca devemos fazer um juízo das coisas sem

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conhecimento de causa. Relata diferentes classes de estado dos Espíritos, segundo a sua situação após o desencarne, classificando-os (aqui apresentamos do pior para o melhor): endurecidos, criminosos arrependidos, sofredores, de condição mediana e felizes. Sem adentrarmos em cada grupo, comentaremos um pouco sobre os de condição mediana, a título de exemplo. Convidaremos o leitor à leitura da obra, nos capítulos de sua preferência, para inteirar-se em mais detalhes das comunicações selecionadas e das observações derivadas de sua análise. O que seria então um Espírito em condição de mediana felicidade? São aqueles que na Terra muitas vezes são considerados como pessoas respeitáveis, ‘fiéis cumpridores de seus deveres’, ‘cumpridores

SÁBADOS, ÀS 16 H. RÁDIO BOA NOVA 1450 AM COM ALEXANDRA STRAMA

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da lei e dos costumes’. Mas isso é ser mediano? Não deveria ser um Espírito feliz? Não, porque eles só são cumpridores no sentido da lei dos homens, mas não interiorizaram os conceitos e a prática das leis de Deus. Ainda lhes falta o perdoar ao próximo, o amar incondicionalmente. Não conseguiram ir além da visão humana, demasiado humana que vivemos no dia a dia da sociedade. Daí já podemos depreender que aqueles em condições felizes são os que cumprem não só as leis humanas, mas sobretudo as leis de Deus, e que se esforçam por incorporar em seu dia a dia, progressivamente, a lição inigualável de amor que recebemos há dois mil anos. Ricardo Turci Expositor da FEESP rturci@uol.com.br


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Mediunidade e suas nuances

ediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. Não é um poder oculto que se possa desenvolver através das práticas rituais ou pelo poder misterioso de um iniciado ou de um guru. A mediunidade pertence ao campo da comunicação. Desenvolve-se nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca e nos afeta com as vibrações psíquicas e afetivas. Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, a mediunidade se desenvolve no processo de relação. Geralmente o seu desenvolvimento é cíclico, ou seja, processa-se por etapas sucessivas. A potencialidade mediúnica nunca permanece letárgica. Pelo contrário, ela se atualiza com mais frequência de que supomos, passa de potência a ato em diversos momentos da vida.” (J.Herculano Pires –Mediunidade –Vida e Comunicação) Esclarece-nos ainda Herculano Pires na obra acima mencionada: ”Ao abordarmos o tema mediunidade, é sempre muito importante estarmos atentos de que como médiuns, durante o ato mediúnico tanto se manifesta o espírito do

Sonia Cabral médium com um espírito ao qual ele atende e serve. Os problemas mediúnicos consistem, portanto, simplesmente na disciplinação das relações espírito-corpo.” Sabemos que a mediunidade é um tema complexo no que se refere às suas manifestações e natureza, podendo por isso, ser encarada sob vários pontos de vista. “Em sua trajetória evolutiva, o Espírito, se purifica, se aperfeiçoa, aumenta sua sensibilidade e adquire cada vez maiores, mais altas e mais amplas faculdades psíquicas.”(Edgard Armond-Mediunidade) Na questão 159, de O Livro dos Médiuns, Kardec nos aponta que: “a faculdade mediúnica não se revela em todos da mesma maneira. Os médiuns têm, geralmente, aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos, e os divide em tantas variedades quantas são as espécies de manifestações. As principais são: médiuns de efeitos físicos, médiuns sensitivos ou impressionáveis, auditivos, falantes, videntes, sonambúlicos, curadores, pneumatógrafos, escreventes ou psicógrafos.” “Todas essas variedades medi-

únicas apresentam uma infinidade de graus de intensidade. Há muitos que não constituem mais do que simples nuanças, mas resultam de aptidões especiais. Compreende-se que só muito raramente a faculdade mediúnica de um médium esteja rigorosamente circunscrita a um gênero. Um médium pode ter numerosas aptidões, mas haverá a predominância de uma, e essa é a que ele deve tratar de cultivar, se for útil. É um erro grave querer forçar qualquer maneira o desenvolvimento das faculdades que não se possui. (grifo nosso) É necessário cultivar todas as que possua em germe, mas buscar outras é, em primeiro lugar, perda de tempo, e em segundo lugar pode ser enfraquecimento das que existem.” (O Livro dos

Médiuns – item 198) A mediunidade apresenta infinitas variedades que constituem os chamados médiuns especiais, dotados de aptidões particulares ainda não definidas, abstraindo-se as qualidades próprias e os conhecimentos do Espírito Manifestante. A natureza das comunicações está sempre relacionada com a natureza do Espírito e traz o cunho da sua elevação ou da sua inferioridade, do seu saber ou da sua ignorância. Mas, apesar da semelhança de grau, no tocante à hierarquia, há sempre entre eles uma tendência maior para este ou aquele campo.”(O Livro dos Médiuns – item 185) Cabe lembrarmos, sobre a influência moral do médium em seu exercício mediúnico. O desenvolvimento da mediunidade não se processa na razão do desenvolvimento moral do médium. A faculdade propriamente dita é orgânica e, portanto, independente da moral. “Mas já não acontece o mesmo com o seu uso que pode ser bom ou mau, segundo as qualidades do médium.” (O Livro dos Médiuns-item 226). “Todas as faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há criaturas que não as possuem. Podias perguntar por


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que Deus concede boa visão a malfeitores, destreza aos larápios, eloquência aos que a utilizam para o mal. Acontece o mesmo com a mediunidade. Criaturas indignas a possuem porque dela necessitam mais do que as outras, para se melhorarem. Pensas que Deus recusa os meios de salvação aos culpados? Ele os multiplica nos seus passos, coloca-nos nas suas próprias mãos. Cabe a eles aproveitá-los. Judas, o traidor, não fez milagres e não curou os doentes, como apóstolo? Deus lhe permitiu esse dom para que mais odiosa lhe parecesse a traição. Os médiuns que empregam mal as suas faculdades, que não utilizam para o bem ou que não as aproveita, para

a sua própria instrução, perdem a oportunidade de aproveitar um meio a mais de se esclarecerem.” ( O Livro dos Médiuns, item 226) “Todas as imperfeições morais são portas abertas aos Espíritos maus, mas a que eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é essa a que menos a gente confessa a si mesmo. O orgulho tem posto a perder numerosos médiuns dotados das mais belas faculdades que, sem ele, seriam instrumentos excelentes e muito úteis. Tornando-se presa de Espíritos mentirosos, suas faculdades foram primeiramente pervertidas, depois aniquiladas, e diversos se viram humilhados pelas mais amargas decepções.

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O orgulho se manifesta, nos médiuns, por sinais inequívocos, para os quais é necessário chamar a atenção, porque é ele um dos elementos que mais devem despertar a desconfiança sobre a veracidade das suas comunicações.” (O Livro dos Médiuns, item 228) Emmanuel, na obra: O Consolador, pergunta 382, afirma que: ”A mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra.” O orientador espiritual continua: “ A missão mediúnica, se tem seus percalços e as suas lutas dolorosas, é uma das mais belas oportunidades

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de progresso e de redenção concedidas por Deus aos seus filhos misérrimos. Sendo a luz que brilha na carne, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua trajetória pela face do mundo.” Mediunidade é gloriosa luz, oferecida aos homens, e é ainda ela que ressurge no Espiritismo cristão, como alma imortal do Cristianismo redivivo. Sonia Cabral Expositora da FEESP sonia1911@bol.com.br


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Aconteceu

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AIJM - 17º Encontro de Educadores e Pais - 2017

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“Conhece-te a Ti Mesmo”

17ª edição do Encontro de Educadores da FEESP, realizado nos dias 25 e 26 de fevereiro pela Área de Infância, Juventude e Mocidade (AIJM), trouxe este ano a inovação de convidar também os pais para o evento, afinal são eles os primeiros educadores das crianças. O tema central, motivador e filosófico, foi “Autoconhecimento”, com base no célebre aforismo “Conhecete a ti mesmo”, resposta da questão 919 de O Livro dos Espíritos, dada pelas entidades venerandas a Allan Kardec, quando ele questionou qual é o meio mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal. O tema, selecionado pela admirável sintonia espiritual da diretora da Área de Infância, Juventude e Mocidade, Vera Lucia Leite, foi inspirado pela comemoração dos 160 anos de O Livro dos Espíritos e por uma mensagem psicofônica, recebida em novembro/2016, durante o preparo dos educadores

para as atividades da educação espírita, que acontece aos sábados, ocasião em que o mentor presente naquela manhã, lembrou à equipe sobre a importância não só da questão 919 em si, mas principalmente da recomendação de Santo Agostinho, para que coloquemos em prática nossa própria transfor-

mação moral, a fim de educarmos a infância e a juventude pelo exemplo prático e não apenas através da teoria. A programação do Encontro, tanto para o sábado, quanto para o domingo, foi preparada a fim de oferecer aos participantes um ambiente acolhedor, pautado na

orientação doutrinária, com atividades dinâmicas e interativas. Os encontristas foram recebidos carinhosamente por uma equipe de recepção devidamente preparada, no saguão da sede central da FEESP, decorado com um grande banner com informações sobre O Livro dos Espíritos, com a participação da Mocidade da FEESP, cantando para alegrar e harmonizar o ambiente. Nos dois dias, no período da manhã, ocorreram no Salão Bezerra de Menezes, três palestras e a apresentação de uma oficina de música, realizada pelo músico e colaborador Fábio Ribeiro, a fim de estimular que os educadores espíritas utilizem com segurança,


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esse recurso pedagógico tão eficaz, que é a música, em suas aulas para a educação espírita. As palestras, reforçaram e esclareceram a recomendação “Conhece-te a ti mesmo”, trazendo ao público presente, a história de “Santo Agostinho e o Autoconhecimento como mecanismo de Educação”, com Cristhine Almeida; a importância do cuidado e manutenção do “Pensamento e Vontade”, com Fernanda Amaral e a belíssima proposta da Unesco em consonância com a Doutrina Espírita, sobre “Os quatro Pilares da Educação e o Processo Evolutivo”, com Ligia Feitosa. Já no período da tarde, foram oferecidas aos educadores, oficinas práticas, equivalentes a aulas completas de educação espírita para as diversas faixas etárias da Infância e Juventude, além de reflexão e vivências para os Pais, que trabalharam sob a coordenação de Vera Lucia Leite e Telma Craide, as propostas “Brincando e Convivendo com meu filho” e “Família: uma excursão entre Amigos”. As oficinas de pais, foram muito elogiadas pelos participantes

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que ficaram felizes com a iniciativa e os conteúdos apresentados, pois perceberam a importância do “brincar” e se emocionaram com a responsabilidade que têm em manter a convivência harmoniosa e oferecer educação espírita aos espíritos reencarnantes que chegam aos seus lares, sedentos de orientação e amor, mas também trazendo em suas bagagens espirituais muito a

ensinar. Por isso, vale ressaltar que o convite feito aos pais, agregou grande valor ao Encontro, pois com eles vieram outros familiares e pessoas interessadas em aprimorar seus conhecimentos para educar e conviver melhor com as crianças de seu círculo familiar e social. Nas oficinas para os educadores, da FEESP e de diversas Casas Espíritas de diferentes cidades do Brasil, foram apresentadas aulas

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demonstrativas e em seguida os participantes foram orientados a reproduzirem suas próprias aulas, utilizando os livros das Edições FEESP para a infância e juventude, assessorados pelas equipes de educadores e coordenadoras da AIJM, que ensinaram o passo a passo para desenvolver um plano de ano completo e eficiente, bem como a melhor forma de aplicá-lo, através de atividades lúdicas, motivadoras e práticas. A programação ofereceu ainda, ao público presente, a oportunidade de conhecer o filme “O Começo da Vida”, analisado sob a ótica espírita, assistir vídeos especialmente preparados para ilustrar e fixar o tema do Encontro, compreender o papel conjunto da família e do centro espírita na educação das crianças e jovens, além de acesso à livraria da FEESP, sorteios de livros e almoço servido no restaurante do mezanino, promovendo assim uma grande integração entre todos. Enfim, através da união de esforços dos educadores e coordenadores da AIJM, sob direção da diretora Vera Lucia Leite, o Encontro atingiu o objetivo geral de instrumentalizar os participantes,

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através de metodologia e estratégias específicas para a preparação e aplicação de aulas de educação espírita, ressaltando a importância e a seriedade de educar os espíritos que chegam à Terra, à luz da doutrina espírita, com comprometimento e seriedade, pois realizando essa tarefa, desde cedo, estaremos contribuindo com a tão almejada regeneração do planeta, que só acontecerá quando a verdadeira educação for pautada nos valores morais e espirituais para a formação integral do ser. Não nos resta dúvida, que durante esse momento social tão atribulado que é o carnaval, a Federação Espírita do Estado de São Paulo, através da Área de Infância, Juventude e Mocidade, desempenhou mais uma vez, papel de suma importância, contribuindo tanto com aqueles que vieram buscar conhecimento, capacitação e reciclagem, quanto com a emissão de vibrações espirituais equilibradas e benéficas, que certamente foram direcionadas aos locais mais necessitados. E, acima de tudo, pudemos ainda, sentir a verdadeira alegria de sermos espíritas, amparados pela equipe espiritual de Meimei, mentora da AIJM, conectados com os objetivos de estudar, trabalhar em prol de um mundo melhor, auxiliar o próximo e estarmos em sintonia com o plano maior em elevada festividade espiritual e na plenitude da vida.

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