Jornal FEESP Ed. Nov. e Dez. 2017

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Manaus, Boa Vista, Santarém, Rio Branco, Ji-Paraná e Macapá / Via Aérea

13ª Festa Kardec em edição inédita realizada em 5 dias

CORAL FEESP

Apresentação do CORAL FEESP emociona público em sua estreia. Pág. 17

TEATRO FEESP

apresenta espetáculo com humor e espiritismo Pág. 16

BIBLIOTECA HUMBERTO DE CAMPOS é reinaugurada em seus 45 anos de existência Pág. 21

APOCALIPSE

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Novembro/Dezembro de 2017 - Nº 456 - Ano XLI - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL

www.feesp.org.br e-mail: redacao@feesp.org.br

LANÇAMENTOS DE LIVROS Martha Gallego Thomaz

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velações, das sobre o e está ade.

FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936

Martha Gallego Thom

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Jornal Espírita ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO

APOCALIPSE s da Doutrina Espírita

Revelações comparada

az Martha Gallego Thom Fonseca

Maria Anita Conceição

Batista

DO ESTADO FEDERAÇÃO ESPÍRITA

DE SÃO PAULO

de Nasceu aos 24 de março s 1915, na cidade de Petrópoli Madeiro – RJ, flha de Carlota Gallego. Gallego e Rodesindo Iris Reis Casou-se com o Sr. lhos: Mafi 5 Tiveram Thomaz. a, Iris e ris, Magali, Marthinh iniciou Gilberto. Em Atibaia, carentes, o trabalho às mães que frecom ajuda dos jovens o no lar quentavam o Evangelh fazia que ela costumeiramente a. Em residênci própria em sua a FederaSão Paulo, conheceu de São ção Espírita do Estado o conheceu Paulo e em 1956, Armond, Comandante Edgard os esque a encaminhou para es tudos na escola de Aprendiz Ali FEESP. da o do Evangelh servinela seguiu por 40 anos, a, do como médium, samaritan Após, assecretária e dirigente. médiuns sumiu o colegiado de em 03 até 2001. Desencarnou de setembro de 2014.

Confirma as novas obras das Edições FEESP que foram lançadas nas últimas semanas. Págs. 18 e 19 16/11/2017 15:28:16


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Editorial

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13ª Festa Típica Francesa em Homenagem a Allan Kardec superou as expectativas dos colaboradores da FEESP e do grande público

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evento em homenagem a Allan Kardec, foi realizado este ano em 5 dias dentro do prédio da sede central Maria Paula. Nos dias 7 e 8 de Outubro a homenagem se deu através das 14 bandas e excelentes artistas que abrilhantaram a festa e que puderam ser vistas e ouvidas em 3 praças de alimentação montadas no mezanino, saguão e jardim. Comidas típicas deliciosas foram servi-

das nos dois dias. A pintura mediúnica feita nos livros ao vivo e as telas mediúnicas causaram emoção àqueles que nos brindaram com suas presenças. O bazar não podendo ser montado no mezanino ficou no corredor ao lado mesmo. A noite do dia 08 o teatro FEESP, de responsabilidade da Área de Divulgação apresentou o espetáculo: “O mistério na Mansão Winston” que também emocionou a quem assistiu. Vários convites foram sorteados ao

público presente. Nos dias 21, 22 e 23 de outubro o bazar foi organizado no Mezanino para satisfazer o grande público que está acostumado a comprar seus presentes de Natal e produtos importados. A Área de Ensino colaborou com sanduiches de carne, petit gateau e quiches deliciosas. A Área de Divulgação com a venda e o lançamento do livro sobre as vidas passadas de Eurípedes Barsanulfo. Agradecemos a todos os colabo-

Silvia Cristina Puglia Diretora da Área de Divulgação

radores da FEESP que se desdobraram para que o 13º evento acontecesse. Agradecemos também ao público que nos ajudou na conquista dos objetivos traçados para esse evento que já se tornou, bastante conhecido dos paulistanos, afinal 15 milhões de atendimentos anuais dados pela FEESP precisam do resultado financeiro desse evento. Não podemos esquecer também de agradecer a Jesus e aos Benfeitores que nos deram coragem para essa realização, onde os resultados foram bastante satisfatórios e não deixamos de divulgar a Doutrina Espírita e homenagear o Codificador Allan Kardec.


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Agradecimentos

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Agradecemos imensamente a colaboração de todos os apoiadores e doadores da 13ª Festa Típica Francesa em homenagem a Allan Kardec

Ana Maria Santos - Celisa Maria Germano - Jerônimo Rocha - Moacyr Veiga

EXPEDIENTE FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936

Conselho Editorial Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia Fátima Luisa Giro Paulo de Oliveira Editor: Altamirando D. de Assis Carneiro (MTb 13.704) e-mail: redacao@feesp.org.br As opiniões manifestadas em artigos assinados, bem como nos livros anunciados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, obrigatoriamente, o pensamento do Jornal Espírita, de seu Conselho Editorial ou da FEESP. Redação O Jornal Espírita é uma publicação bimestral sobre o movimento Espírita. Rua Maria Paula, 140, 3º Andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3115-5544 ramal 224 Fundado em 1º de Julho de 1975 pelo Núcleo Espírita Caminheiro do Bem, registro nº 2.413, livro 33 de Matrículas de Oficinas Impressoras, Jornais, Revistas e outros periódi-

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cos, do 1º Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, conforme despacho do Juiz de Direito da 2ª Vara de Registro. Transferido para a Federação Espírita do Estado de São Paulo em 16 de maio de 1990. Certificado de Registro na marca na classe 11.10 processo nº 815.511.973 publicada na “Revista da Propriedade Industrial” nº 1103, de 21/1/92, página 16.

Fax.: (11) 3107-5544 Portal: www.feesp.org.br Email: feesp@feesp.org.br

Distribuição para assinantes e Centros Espíritas: Livrarias e Editora Espírita Humberto de Campos da FEESP.

Vice-Presidente João Baptista do Valle vicepresidente@feesp.org.br

Diagramação: TUTTO

Diretora da Área de Assistência Social Ivanira dos Santos Julio social@feesp.org.br Diretora Área de Ensino Fátima Luisa Giro ensino@feesp.org.br Diretora Área Espiritual Vera Cristina Marques de Oliveira Millano espiritual@feesp.org.br Diretora Área de Divulgação Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia divulgacao@feesp.org.br

Impressão: Marmar - 2468-3384 FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO CNPJ 61.669.966/0014-25 Rua Maria Paula, 140, Bela Vista, CEP 01319000, São Paulo - SP Tel.: (11) 3106-1619, 3106-5964, 3106-1200, 3106-5579, 3107-5279, 3107-1276, 31055879, 3115-5544

Diretoria Executiva: Presidente Zulmira da Conceição Chaves Hassesian presidente@feesp.org.br

Diretora Área Infância, Juventude e Mocidade Vera Lúcia Leite infanciamocidade@feesp.org.br Diretora Área Financeira Guiomar Cisotto Bonfanti financeiro@feesp.org.br Diretora Área Federativa Regina Helena Tuma Carlim federativa@feesp.org.br Assistência Social da FEESP Casa Transitória Fabiano de Cristo CNPJ: 61.669.966/0002-91 Av. Condessa Elizabeth de Robiano, 454, Belenzinho, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2797-2999 Sede Santo Amaro: Rua Santo Amaro, 370, Bela Vista, São Paulo – SP, Tel.: (11) 3107-2023 Casa do Caminho, Av. Moisés Maimonides, 40, Vila Progresso, Itaquera, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2052-5711 Centro de Convívio Infanto-Juvenil D. Maria Francisca Marcondes Guimarães – Rua Franca, 145, B. Bosque dos Eucaliptos, São José dos Campos – SP (12) 3916-3981


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Palestras Públicas na FEESP

Diariamente, a Federação Espírita do Estado de São Paulo abre suas portas, acolhendo aqueles que precisam de sentido ou consolo para suas vidas, bem como os que buscam conhecer o Espiritismo, através dos seus diversos cursos. Aos domingos, sempre às 10:00, é aberto um espaço especialmente destinado à realização de palestras sobre temas atuais, à luz do Espiritismo, que são muito esclarecedoras no sentido de entendermos melhor a problemática social em que vivemos. Os temas são abordados de forma a apoiar o fortalecimento da fé, para enfrentar os desafios cotidianos. Para

ajudar-nos a refletir sobre esses diversos temas, contamos com oradores e palestrantes de alto gabarito, e conhecedores da doutrina espírita, que compartilham sua visão e experiência com o público presente. Nesses encontros alegres, contamos também com musicistas que se revezam, a cada semana, no palco do Auditório Dr. Bezerra de Menezes, em apresentações que elevam e harmonizam. Participe e divulgue. É sempre um prazer receber a todos! Confira, a seguir, as sinopses das palestras realizadas aqui na Federação Espírita do Estado de São Paulo.

Educação X Tecnologia

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uando resolvemos abordar este tema “Educação X Tecnologia”, convidamos o leitor a fazer uma reflexão sobre as Leis Morais, onde duas leis, Lei do Trabalho e Lei do Progresso, registradas por Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, nos alertam sobre a caminhada espiritual e material. Na questão 614 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos Superiores nos informa que a Lei Divina ou Natural, é uma lei de Deus, a única necessária à felicidade do homem, ela indica o que ele deve ou não fazer e só se torna infeliz porque dela se afasta. Ainda complementam dizendo que é imutável como o próprio Deus e está escrita na consciência de cada um de nós. Para que tivéssemos maior compreensão da Lei Divina ou Natural, foi dividida em dez partes, para que abrangesse todas as situações da nossa vida. Duas delas iremos abordar neste texto, pois elas estão interligadas: Lei do Trabalho e a Lei do Progresso. Comecemos pela Lei do Trabalho a que todos nós estamos sub-

Celisa Maria Germano metidos e que constitui uma necessidade e, ao mesmo tempo, como meio para aperfeiçoar nossa inteligência. Ainda nos ensinam os Espíritos que tudo na Natureza trabalha e que a natureza do trabalho é relativa às necessidades materiais. Lembram-nos de que a ociosidade, na eternidade, seria um martírio ao invés de um benefício. Através do trabalho, o homem desenvolve as faculdades morais e intelectuais, ligadas ao seu caráter e personalidade que vão se manifestando através das várias etapas da vida. Por isso, é fundamental que desde o berço a criança tenha na família o alicerce fundamental onde caráter e personalidade irão ser formados. Educar faz parte da Lei do Trabalho, pois quanto melhor for a educação recebida, baseada em valores éticos e morais, melhor será a sua visão de mundo e do mundo, pois não basta fazer homens instruídos, mas homens de bem.

A Lei do Trabalho está interligada à Lei do Progresso e para tanto o Ser tem que estar bem amparado em seus valores espirituais, morais e intelectuais de modo que, através dos seus atos possa fazer frente às mais diferentes situações que o mundo proporciona. Na marcha para o progresso, nem todos progridem ao mesmo tempo, pois com o desenvolvimento da inteligência, aumenta a responsabilidade dos nossos atos. A Lei de Progresso é uma con-

dição da natureza humana e para ilustrarmos melhor essas duas leis, dentro do contexto da vida, pegaremos como exemplo as descobertas tecnológicas e científicas do século XX. O que deveria nos trazer mais tranquilidade e conforto nos causou mais turbulência. Numa equação matemática: Educação + Leis de Deus = Progresso. Progresso + Prática do bem = Caminho da perfeição. Mas nem tudo é tão simplista, pois em nosso caminho, onde imperfeições e virtudes se mesclam, há o livre-arbítrio. Recordemos o grande avanço tecnológico e científico do século XX. França, Paris, 12 de dezembro de 1906, o brasileiro Albert Santos Dumont deslumbra o mundo ao demonstrar seu primeiro voo: o 14 bis. Outras descobertas se seguem, como a da penicilina pelo médico Alexander Fleming. A televisão em 1923, a bomba atômica, o fax, o primeiro computador que curiosamente pesava 30 toneladas, sem falar nos eletrodomésticos propiciando maior facilidade no dia a dia. Apesar do grande avanço científi-


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co e tecnológico, continuamos estranhamente incapazes de integrar a ciência e a tecnologia em favor de uma existência mais plena e solidária. Paradoxalmente, apesar dos avanços do século XX até os dias de hoje, assistimos milhões de pessoas com fome, doentes, desabrigadas, desempregadas. O homem pousou na Lua e não tem tempo para pousar o olhar ao seu redor. Enquanto muitos trabalham em prol do progresso para todos, outros tantos utilizam desse mesmo progresso para subjugar, dominar. Daí o trabalho conjunto em prol de uma educação no sentido global. Aquela que vai além da escola, a que reúne valores éticos e morais da família, pois educando os jovens, consolidaremos o caminho para a regeneração planetária. Insisto na tarefa educar, pois somente pela educação é que se transformará o homem. O grande desafio das famílias é a busca de ter; esquecem-se de serem pais, de serem mães, de serem presentes. Estamos rodeados de tecnologia para facilitar nossa vida, no entanto, não temos mais tempo para nada. Sempre ocupados em trocar aparelhos por outros mais modernos. Por falta de tempo, colocamos nossos filhos ainda bebês na escola, para que ele tenha tudo de melhor.

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Nossos sentimentos são confundidos no consumismo diário e a riqueza maior de ouvir a primeira palavra, de amparar o primeiro passo, de descobrir o primeiro dentinho se perde na falta de tempo, e o tempo é implacável, não volta. Deixamos de correr no parque, jogar bola, ensinar a andar de bicicleta, mas nossos filhos têm o tênis de marca, o melhor computador, o smartphone da última geração. Num toque conectado com o mundo virtual e o mundo real vazio, solitário, pois não estávamos ao seu lado para diferenciar e vivenciar o real do virtual. Tudo na vida tem dois lados: positivo e negativo. Uns usam para o bem outros para o mal. Fiquemos em alerta quanto ao nosso comportamento e dos nossos

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filhos. Substituamos a conversa virtual pela real, o ícone do beijo por um de verdade; não será a quantidade de nossas ações, mas a qualidade delas, que será a marca registrada do amor, da confiança, da autoestima dos nossos filhos. Ser presente é um presente. Verdadeiramente, real! Por tudo isso, o avanço tecnológico e científico apresenta os dois lados e o lado ruim é que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 11,5 milhões de pessoas sofrem de depressão entre crianças, jovens, adultos e idosos, fora os que têm a doença mas não sabem, não foram diagnosticados. Outro alerta é para a Nomofobia, doença caracterizada pelo medo de ficar sem o celular. Os jovens apresentam sintomas de depressão precocemente, são pressionados a

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estarem sempre disponíveis e conectados. Hoje várias doenças atingem o ser humano, mas a sensação de não ser amado, de não ser aceito, é a pior delas. O mundo real está cada vez mais solitário e árduo. Adultos e jovens buscam na internet uma forma de suprir emoções, diminuir a ansiedade, melhorar a baixa autoestima, fugir da tristeza, sentir-se querido. Muita coisa pode mudar em um país em 20 anos e a tecnologia está embutida nesse ritmo de transformação. Nos tempo de hoje, a vida moderna transforma os seres em obras ansiosas e desprovidas de afeto, o remédio mais eficaz para todos os males é o Amor. Por mais que a família seja pobre, o exemplo é a maior riqueza para deixar para o filho. No Evangelho aprendemos que Deus não condena os gozos terrenos, porém, em tudo que fazemos e temos o equilíbrio, a medida certa é a melhor opção. Educação X Tecnologia não é uma questão de escolha, mas sim de equilíbrio. Deus nos concedeu a riqueza do livre-arbítrio. O comportamento a ser adotado é escolha nossa, pois todos responderemos pelo mal que fizermos e pelo bem que deixarmos de fazer.


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Gravidez ante o espiritismo

finalidade de encarnamos neste mundo é para que possamos caminhar em busca da perfeição, pois somos seres perfectíveis. Para alguns é uma expiação, para outros uma missão, porém todos fomos criados simples e ignorantes e, através das dificuldades e alegrias encontradas em nossas lutas diárias da vida corporal, vamos evoluindo e crescendo. Somos seres únicos e formados de corpo físico, Espírito e períspirito. Através do corpo físico nós existimos neste mundo, o Espírito é o ser incorpóreo que vive independente do corpo e o períspirito é o involucro semimaterial, ou seja, um laço que liga nosso Espírito ao corpo. Para que possamos encarnar neste mundo somos submetidos a um processo complexo que conhecemos pelo nome de gravidez; e todos os seres orgânicos vivenciam essa perfeita criação divina. Tornar-se mãe é o sonho de muitas mulheres, apesar de que para algumas, a gravidez poderá ocorrer de forma inesperada, mas de um jeito ou de outro, a futura mamãe muda sua vida nesse processo que envolve gestação, nascimento, desenvolvimento e criação de um filho. No período da concepção, ou seja, na gestação, a mulher passa por diversas mudanças, de caráter emocional, física, psicológica e hormonal, e isto faz com que seu corpo se prepare para conceber uma nova vida neste mundo, seu organismo se modifica, e ela sente sonolência, tontura, queda da pressão arterial, enjoo, vômitos, secura na boca e salivação. Essa situação segue uma lei natural, tendo em

Carlos Cesar dos Anjos vista que tudo no universo caminha, sempre, na mais elevada perfeição. Nesse processo, o corpo feminino deposita um óvulo no útero, que é fecundado pelo espermatozóide ,e juntos formam uma célula do tamanho de um grão de sal que no decorrer das semanas irá se multiplicar, a fim de formar, a cada dia, um novo corpo humano. O abdome da mulher aumenta, porque se dilata para acomodar a criança em franco desenvolvimento dentro do útero, até que finalmente ocorre o parto e a mãe tem em seus braços um ser gerado no próprio ventre, que dependerá, por um bom tempo, de seus cuidados e amor. Entre mãe e filho sempre há sintonia positiva ou negativa que fará com que ambos se interrelacionem e lucrem no que concerne ao processo evolutivo, com todas as suas variações possíveis. Os Espíritos, na erraticidade, pressentem a época em que vão reencarnar. Alguns se apressam, outros recuam diante dela temendo as provas pelas quais vão passar, porém quando sentem a necessidade de progredir, avançam sem medo. O Espírito pode escolher o corpo em que vai reencarnar e as imperfeições que este apresentará serão provas e/ou expiação que lhe auxiliarão o progresso. Ocorre, ,porém que às vezes não lhe é permitido a escolha, mas de qualquer forma sempre haverá amigos espirituais que auxiliarão na sua reencarnação, e que lhe acompanha-

rão durante toda a sua vida terrena. “A união da alma e do corpo começa na concepção e se completa na ocasião do nascimento. O Espírito fica ligado ao corpo por um laço fluídico, que cada vez mais vai se apertando até o instante em que a criança vê a luz” (questão 344 de O Livro dos Espíritos). Nesse intervalo entre a concepção e o nascimento, o Espírito goza de suas faculdades, às vezes mais ou às vezes menos, conforme o ponto em que se encontre, “porque está apenas ligado ao corpo em formação, assim seu estado é como de um Espírito encarnado durante o sono do corpo. À medida que ocorre o desenvolvimento do feto o laço que os une vai se encurtando e o períspirito que possui propriedades da matéria se une molécula a molécula, ao corpo em formação. O Espírito dessa forma entra em estado de perturbação que vai aumentando à medida que o laço se aperta.” (questão 351 – O Livro dos Espíritos). Ele vai perdendo gradativamente a consciência de si

próprio, por isso o Espírito jamais presencia o próprio nascimento. Para que o feto se desenvolva da melhor forma possível é importante e gratificante demonstrar amor e respeito a ele. Ser pai e mãe é um compromisso que se assume perante as Leis de Deus. A Natureza deu à mãe o amor pelos filhos, no interesse de sua conservação; na Natureza o amor filial é limitado às necessidades materiais, no homem, ele persiste por toda vida e comporta um devotamento e uma abnegação que constituem virtudes; sobrevive mesmo à própria morte, pois compreende-se que existe além dos laços físicos, um elo poderoso de ligação entre mães e filhos, por esse motivo o amor materno é realmente capaz de ultrapassar barreiras. (questão 890 – O Livro dos Espíritos) Ser mãe é ter a possibilidade de exercitar o amor incondicional, a um EspíritoEspírito que nasce no papel de filho, mas que pode ser um amigo, alguém que veio cobrar dividas do passado e com quem devemos nos reconciliar. O Espiritismo nos esclarece a importância de gerar um filho, porque isso nos acarreta um importante compromisso perante as leis divinas, permite dar oportunidade a um Espírito de continuar prosseguindo em suas conquistas evolutivas e cabe aos genitores dar o amparo que for preciso para que essa jornada de aprendizagem seja o mais proveitosa possível. Todos nós nascemos neste mundo com um objetivo e, sendo queridos ou não por nossos pais, a reencarnação obedece a Lei de Progresso, criada por Deus. Na reencarnação,


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há um planejamento que define e organiza como será nossa estadia neste planeta, nossa convivência como nossos semelhantes, como será o corpo físico que nos servirá de instrumento, qual será o ambiente onde viveremos e quem serão nossos pais e familiares. É definido o sexo, o qual dependerá das provas ou expiações pelas quais deveremos passar, qual será o tipo de reencarnação (compulsória, de livre escolha, provacional, expiatória, sacrificial ou missionaria) e a partir daí executaremos o plano que envolve os futuros genitores e demais familiares. O Espírito, normalmente, tem o livre arbítrio para escolher e se preparar para o reencarne, mas às vezes existe uma necessidade maior, não por ter errado, mas às vezes por necessidade evolutiva. Pode ser, também, que por desequilíbrio ou irresponsabilidade ele não tenha condições de auxiliar o próprio reencarne, por isso nem toda reencarnação é planejada, as vezes poder seguir a Lei de Ação, Reação e Atração. Não existe regra para situações que envolvam questões espirituais, mas engravidar segue uma lei física, relacionada à perpetuação da espécie, como ocorre com todos os animais da Natureza e o Espírito reencarnante seguirá a lei de atração, com a energia que o sintonize com os pais e que se afine com a situação destes, seja por amor ou por ódio. Deus é justo e age como um bom médico que nos dá um remédio amargo, mas que cura. Não somos castigados por Deus, ,porém somos julgados por tudo aquilo que fizermos ou deixarmos de fazer, mas o Juíz de cada um de nós é nossa própria consciência, e por mais que tentemos fugir, ela nos acompanha e ajuda a definir nossos compromissos, provas e expiações, advindo a dor como resultado da Lei de Causa e

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Efeito. Às vezes, apesar de querer muito, o casal não pode ter filhos. Isso pode ocorrer por infinitos motivos, inclusive porque talvez os desígnios para essa encarnação sejam outros, mas Jesus mesmo disse: “...quem é minha mãe, quem são meus irmãos..” (Mt. cap. 12: 48), nesses insondáveis desígnios de Deus sabemos que em sua infinita bondade e justiça ele só quer o nosso bem, por isso com certeza não estamos sendo castigados, mas vivenciando situações necessárias à nossa ascensão evolutiva. Se olharmos para o lado veremos netos, sobrinhos e uma quantidade imensa de pequeninos seres que precisam de nosso amor, carinho e ajuda e, por muitas das vezes, esse pequenino pode ser aquele filhinho que por infinitos motivos não nasceu de nosso ventre, não recebeu nossa célula mater, mas que espiritualmente é nosso familiar, é nosso ente amado, que está ali, porque precisa de nosso amparo, de nosso apoio e principalmente de nosso amor. Devemos respeitar toda e qualquer tipo de criação de Deus, e o espiritismo, em especial o Espírita, é sempre a favor da vida. Em nosso mundo, pela logica, percebemos que a partir da concepção do embrião já há vida, mas o espírita vai mais além disso, porque sabemos que já na erraticidade, antes da concepção física,

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contrários a qualquer tipo de interrupção arbitrária da gravidez. A questão 358 de O Livro dos Espíritos é bem clara nesse sentido: “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando“. Mas Deus nos ensina o caminho da reparação, por isso o que fizemos em um momento de desespero ou de ignorância pode ser reparado, pois o “bem que fazemos anula o mal que fizemos” (Divaldo) e” o amor cobre uma multidão de pecados” (I Pedro 4:8). já há um planejamento, na maioria esmagadora dos casos, e uma preparação para o reencarne, por isso não há qualquer dúvida quanto a sermos

Carlos Cesar dos Anjos Advogado, Educador, Expositor Espírita cacean@gmail.com


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Premonições e Predições do Futuro

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uitos de nós já tivemos a oportunidade de ter sensações agradáveis ou desagradáveis, quando adentramos a um ambiente ou quando nos aproximamos de alguém. , ou mesmo quando nosso pensamento, aliado à sensação, nos conduz a buscarmos a compreensão daquilo que estamos sentindo. Daí, podemos começar a entender algumas dessas sensações, como sendo um pressentimento que invade nossa alma, nos conduzindo a uma advertência, um aviso, um presságio,. Assim também definimos a premonição ou sonhos premonitórios, onde essas possíveis ocorrências estão frequentemente associadas a fatos calamitosos. A própria palavra, originada do latim, nos indica que (prae=antes e monere=avisar), ou seja, avisos de algo que poderá acontecer no futuro. “Foi dessa maneira que Amanda teve logo ao deitar um sonho, ela acordou às 2:30h. da madrugada com um pesadelo. Sonhara que um grande lustre, pendurado sobre a cama do seu bebê, que dormia tranquilamente no quarto ao lado, havia caído no berço e esmagado a criança. No sonho, enquanto ela e o marido se viam entre os destroços, Amanda observou que um relógio na cômoda do bebê mostrava 4:35h. No sonho, o climado lado de fora era tempestuoso, a chuva martelava na janela e o vento vinha em rajadas. O sonho era tão aterrorizante que ela acordou o marido e lhe contou o que sonhara. Ele riu e disse que o sonho era bobo e pediu a ela para voltar a dormir. Mas o sonho deixou Amanda tão

Miriam Ofir Barbosa assustada que ela foi ao quarto do bebê e levou a criança para dormir com o casal. Ela notou que o tempo lá fora estava calmo, e não tempestuoso como no sonho. Amanda se sentiu tola – até que, cerca de duas horas mais tarde, ela e o marido foram acordados por um estrondo. Eles correram para o quarto do bebê e encontraram o berço demolido pelo lustre, que havia caído diretamente sobre ele. Amanda observou que o relógio na cômoda mostrava 4:35h. e que o tempo havia mudado, agora o vento uivava e a chuva era intensa. Dessa vez o marido não estava rindo!” Tais sentimentos podem surgir quando estamos despertos, durante repouso, ou durante o sono; estando ligados não somente ao que sentimos, mas também ao que vemos e ouvimos, e que não pertence ao mundo dos encarnados, ou seja, daqueles que como nós se utilizam de um corpo físico, como Espíritos imortais, para se expressarem, mas sim ao dos Espíritos desencarnados, que tentam se comunicar conosco, através dos nossos sentidos, formando assim um circuito mediúnico. Por outro lado, a mente humana possui capacidades que ainda desconhecemos, sabemos, porém, que está repleta de informações armazenadas ao longo das experiências vividas. , . Assim, as premonições nos dão a sensação de que temos uma liberdade que vai além da nossa

capacidade íntima de compreendermos, amplia nossos sentidos para as coisas que conhecemos e para as situações que vivemos. Isso é tão factível que existem muitos relatos de premonições na História da humanidade, um deles, que se tornou conhecido como “O sonho profético ou premonitório” de Abraham Lincoln, que poucas horas antes do seu assassinato, relatou à esposa e ao seu guarda-costas, como seria sua própria morte e enterro, de acordo com o sonho que tivera naquela noite. Quando da ocorrência do desastre com o navio Titanic, algumas pessoas relataram que tiveram sonhos ruins, que lhes passavam a sensação de que algo ruim iria acontecer durante a viagem. O grupo Mamonas Assassinas, desaparecido de forma trágica, em um acidente aéreo, há o relato de um dos componentes do grupo, que deixou uma gravação, dez horas antes do acidente, relatando um sonho que um avião em que eles viaja-

riam sofreria um acidente, o que de fato ocorreu horas depois. Há também os relatos bíblicos sobre profecias, transmitidas pelos Profetas que afirmavam prever o futuro., Faz-se necessário considerar que os profetas, inspirados por Deus, como afirmavam, traziam as profecias de forma figurada, para que muitas delas não fossem compreendidas naquela época. Diversas outras religiões também as têm, e consequentemente interpretam essas mensagens, cada qual, à sua maneira de ver. Consideremos também a posição dos céticos, que as veem como sendo apenas coincidências, sendo que o resultado será sempre alterado pelos desejos e apegos daquele que as comunica e daqueles que as ouvem. No campo da ciência, mais especificamente da Psicologia, a premonição se liga diretamente aos nossos medos e sentimentos reais. Por outro lado, existem experiências reais de premonição que demonstram que a capacidade das nossas mentes pode transcender os limites do espaço e do tempo que conhecemos. A Teoria da Relatividade, trazida por Albert Einstein, o genial físico alemão, afirma que “O tempo e o espaço são relativos e estão profundamente entrelaçados”. Ampliamos por assim dizer, a nossa compreensão no campo das premonições, onde percebemos que nos ligamos mentalmente, uns aos outros, e passamos a vislumbrar o todo existencial. “Cada indivíduo envolve algo do espírito do outro em sua consciência.” (David Bohm – Físico).


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Diferenciemos, porém, premonição de predição. Uma premonição pode apontar diretamente para a previsão de algo que irá ou está para acontecer, porém, as previsões por si só podem ser feitas por estudos em diversas áreas, onde, através de cálculos e estudos dirigidos conseguimos chegar ao que podemos, de maneira simplista definir como a projeção de um futuro, como por exemplo: se o aquecimento global seguir no atual ritmo, dentro de determinado tempo o descongelamento dos polos se acelerarão a ponto de causar a elevação do nível do mar que consequentemente invadirá continentes etc. As premonições não ocorrem somente nos sonhos, elas podem ocorrer também em estado de plena consciência. Alguns de nós funcionamos como antenas, que captam além do que vemos com nossos olhos corporais. Esta visão vai além e é o que chamamos de dupla-vista. Alguns podem ver como se fosse uma fotografia estampada ou como um filme que passa rapidamente, por vezes entrecortados e sem nitidez plena, também podemos receber mentalmente informações, ouvir descrever e escrever. Alguns podem sentir calafrios, suor intenso, dor em alguma região específica do corpo, aperto no coração etc. Por vezes sentem uma vontade de repentinamente se deslocar até determinado lugar, sem motivo aparente, como se alguém precisasse da sua ajuda. “Certo dia, uma pessoaantes mesmo de dormir, já em postura de relaxamento, teve uma sensação

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estranha no corpo e se viu em um carro, sobre uma espécie de ponte, sendo que estebatia contra a proteção e caía de uma altura bastante considerável.Comentou o sonho com seu marido e, com o passar do tempo, o sonho foi esquecido até que certo dia ambos se dirigiam por uma estrada.O tempo era chuvoso e imediatamente veio à sua mente como numa tela de cinema,

do por sua clarividência, e o acerto de diversas profecias realizadas por ele, como a ascensão de Napoleão Bonaparte, o surgimento de Hitler, os ataques ao World Trade Center, conforme aqueles que se dedicam à sua interpretação. Ele mesmo demonstra que nem tudo que é predito ocorre, quando uma de suas previsões com relação à Rainha da França Catarina de Médici, de que,

aquela mesma imagem do sonho, elaficou aflita, quando o carro, em uma curva acentuada, começou a girar e ela viu à sua frente a mesma imagem de uma pequena proteção que conduzia ao vazio pois estavam no alto da serra. O carro parou, quando bateu na proteção, e ela então agradeceu aos protetores espirituais por terem atendido suas preces, pois desde que começou a ter aquelas sensações, quando adentraram na estrada, começou a pedir em prece que nenhum mal lhes acontecesse e assim sucedeu. Michael Nostradamus, médico e alquimista francês, ficou conheci-

caso seu filho, futuro rei se casasse com a Rainha da Escócia, seria assassinado, e com essa informação ou predição, a rainha impede esse casamento. Nostradamus, porém, tempos depois, tem a visão um pouco mais definida e arrependido informa a ela que a premonição tinha outra interpretação e que o desenrolar das coisas não seria da maneira como ele havia descrito e faz então nova revelação. Chico Xavier, reconhecido como sendo o maior médium que já viveu no Brasil, também fez previsões do futuro, no livro “O Espiritismo e as Grandes Transições” Emmanuel, o

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autor espiritual da obra, , previu a viagem do homem à lua, o que se concretizou anos após. Ficou famoso o relato sobre o futuro feito a Geraldo Lemos, em que Chico informa que Jesus deu um prazo de 50 anos a contar de 1969, e que acabará em 2019, para que a Terra pudesse sobreviver sem guerras. O grande estopim seria a Terceira Guerra Mundial, quando deveria ocorrer uma intervenção da Natureza por meio de maremotos, tsunamis, vulcões etc. Prediz também a ascensão do Brasil, como sendo o principal alvo das imigrações que tomariam as diversas regiões do país.. Porém, caso não ocorra a Terceira Guerra Mundial, o Brasil também se desenvolverá e será uma grande referência para outros países. Daí, nos perguntamos: - Então, o que fazer com todas as premonições e predições do futuro? Primeiramente lembrar que está assegurado sempre o nosso livre-arbítrio, conforme nos ensinam os Espíritos que através das obras codificadas por Allan Kardec, dentre elas “A Gênese”, cap. XVI e XVII, “O Livro dos Espíritos”, cap. X e “O Livro dos Médiuns”, cap. XXVI, nos orientam e esclarecem a respeito desses “avisos”. Além desses esclarecimentos, temos no “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Jesus nos indicando que o caminho para sermos “Bem-aventurados”, está aberto para todos os que buscam conhecer e praticar o seu Evangelho. Na Lei de Causa e Efeito, vemos que aquilo a que dermos causa, surtirá efeito já no futuro próximo, e também em longo prazo, seja nesta ou


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em outras existências. Que tudo aquilo que plantamos colheremos e que a cada ação haverá uma reação. Que na nossa livre vontade de escolha, entre o acreditar e o agir é necessário ter cautela, sem com tudo desprezar os avisos, porém, permitindo que através de nossas ações no bem, o futuro possa se abrir para novos rumos, sem dor e sem aflições. Quando alguém é consultado sobre “como será o amanhã de alguém” , que tenha a ciência de que estará sendo corresponsável pelo amanhã daquele consulente, pois adentra no emaranhado de seus sentimentos e pensamentos, interferindo, diretamente ou indiretamente no seu modo de agir. Lembremos, no entanto, que muitas das chamadas predições, não acontecem. Kardec define assim o futuro: “Em princípio o conhecimento do

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futuro é velado ao homem por uma lei muito sábia da Providência. Se é revelado algumas vezes, é apenas em circunstâncias excepcionais e, porque esse conhecimento pode servir ao cumprimento de certos acontecimentos. Sob esse aspecto os bons Espíritos são muito circunspectos e nunca se prestam a satisfazer a curiosidade. Aliás, eles próprios nem sempre o conhecem: só Deus o conhece. Os Espíritos maus ou levianos anunciam tudo o que se quer. Dessa forma é preciso desconfiar daqueles que fazem predições, pois é quase sempre para se divertir às custas da credulidade. Querer se servir do espiritismo como meio de adivinhação seria falseá-lo em seu princípio e desviá-lo da sua finalidade; seria, ainda por cima, expor-se voluntariamente a ser mistificado”. À parte do intercâmbio mediúnico, lembremos que o fenômeno, que é natural e nada tem de sobrenatural, da precognição está fundado nas propriedades da alma e nas leis divinas que regem o inter-

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câmbio entre o plano material e o espiritual. Não é dado ao homem saber de tudo, para que possamos trabalhar para a nossa evolução e progresso, finalidade que nos trouxe a este planeta. Se nos imaginarmos no alto de uma colina, dela podendo avistar caminhos distantes, nossa visão se amplia e conseguiremos inclusive perceber que um homem caminha sozinho por uma via e bem distante e na direção dele segue um veículo em alta velocidade. O homem não tem como prever o que está por acontecer, porém nós, que estamos no topo da colina, poderemos supor que o veículo irá colidir com o homem, pois se aproxima rapidamente dele, que não terá chance de escapar ao choque, de repente o homem para e se desloca para a lateral da estrada a fim de observar uma bela flor e o carro passa a toda, sem al-

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vejá-lo. Assim ocorre com o nosso futuro, é incerto, pois dependerá das nossas atitudes. É certo que na condição de vermos além dos nossos horizontes que nos prendem à matéria, nos estados de emancipação relativa da alma e da dupla vista, os acontecimentos passados ou futuros, também precisamos aprender a decodificar essas informações, pois um lado do nosso cérebro as recebe e o outro lado irá decodificar e transmitir , e esse caminho ainda não está alinhado a tal ponto que nos permita transmitir de forma clara tudo aquilo que poderíamos. Temos ainda muito que aprender e que desenvolver nesse campo. Os fatos que chegam até nós, narrados ou descritos como predições para o futuro, eles servem apenas como alertas, para que através desse desvendar, possamos fazer algo em prol de nos afastarmos da iminência dessas ocorrências, se forem, dentro do nosso próprio discernimento definidas como ruins, se por outro lado, definirmos como sendo boas as revelações, que entendamos também a condição da livre vontade de escolha dos nossos semelhantes, como queremos que respeitem a nossa livre vontade de escolha. Quando acreditamos em Deus, acreditamos nos seus desígnios, ampliamos e fortalecemos a fé, e nas preces que fazemos colocamos a vontade do Pai acima dos nossos desejos, para que se cumpram não as profecias e predições, mas a nossa proposta reencarnatória, que nas vidas sucessivas nos fortalece quando nos aproximamos do bem, do amor e desenvolvemos a pratica da caridade, pois conforme nos afirma Jesus, sem ela não há salvação. Miriam Ofir Barbosa miriamofir11@gmail.com


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O Maior Mandamento da Lei

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s primeiros registros que encontramos em torno das leis humanas datam de aproximadamente 2400 a.C. Foram encontrados, na Mesopotâmia, pequenos fragmentos de pedra em péssimo estado de conservação, onde estava escrito um código de leis chamado de código de Urukagina. Esse nome Urukagina é o nome de um rei que reinou naquela região entre os anos de 2.380 a.C e 2.360 a.C. Mas quando se fala a respeito de código de leis, o grande achado aconteceu em 1901, quando uma expedição francesa encontrou na mesma região da Mesopotâmia, que hoje compreende a Síria, o Iraque e a Turquia, uma rocha de 2,25 m de altura com uma circunferência na base de 1,90 e no alto de 1,50 toda talhada em escrita cuneiforme acádica, que era a língua utilizada na época, um código composto por 282 leis, datada de aproximadamente 1.700 anos a.C., o qual recebeu o nome de Código de Hamurabi que era o rei naquela época, e que continha o famoso “olho por olho, dente por dente.” Moises o grande legislador hebreu que viveu nos anos de 1582-1452 a.C. muito provavelmente foi influenciado por esse código de Hamurabi para criar as leis para o povo hebreu, pois existe certa semelhança entre esses dois códigos. Paralelamente a esses legisladores existiram os profetas, homens e mulheres que tiveram a missão de trazer conhecimento espiritual para o seu povo, neste caso Moises foi tanto legislador quanto profeta. No velho testamento encontramos

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Marcelo Novack entre homens e mulheres cerca de quarenta e dois profetas entre os anos de 3382 a 386 a. C., porém somente dezesseis deixaram algo escrito. Nasce nesse universo de leis e profecias Jesus de Nazaré. A relação que Jesus tinha com os Escribas e com os Doutores das leis não era muito amistosa, havia uma perseguição constante destes contra Jesus. O Mestre sempre se posicionava como seguidor das leis divinas e não das leis humanas, mas essas leis divinas e humanas se misturavam no código mosaico e gerava então a ira dos fariseus contra Jesus, embora Jesus sempre se tenha dado ao trabalho de orientar e esclarecer a todos sobre as verdades que Ele trazia ao nosso mundo. E numa dessas situações em que fora confrontado pelos Saduceus, que eram materialistas e não acreditavam da vida após a morte, Jesus esclarece de tal forma que os deixa sem argumentos, levantando ainda mais a ira destes para com o Mestre. Então, os fariseus se reuniram e um Doutor da lei, para testá-lo lhe perguntou: “- Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? E Jesus então responde: “- Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas.” (Lucas 10:27). Muitos

pensam que essas frases são de Jesus, mas na verdade elas foram registradas por Moisés. A primeira está em Deuteronômio 6:5 e a segunda em Levítico 19:18, ambos livros que constam do Antigo Testamento. O grande ensinamento de Jesus foi juntar essas duas frases e dizer para nós que todas as leis e os profetas estariam nesse maior mandamento, ou seja, tudo o que poderíamos evoluir em leis sociais e tudo que nós poderíamos compreender sobre leis divinas estava em praticar o amor a Deus de todo a nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento e o amor ao próximo como a nós mesmos. Quando Jesus classifica essas leis como o maior mandamento, significa dizer que nada é mais grandioso, nada é mais perfeito, nada é mais importante que cumprir o maior mandamento, então esse mandamento se torna para nós uma meta a ser atingida, um alvo a ser conquistado, o objetivo mais importante de nossas vidas.

Nós encontramos no maior mandamento um sentimento em destaque. O sentimento do Amor. No maior mandamento está o Amor a Deus, o amor ao próximo, e o amor a nós mesmos. O amor é aquele sentimento íntimo, pessoal, de carinho, proteção, bem estar que nutrimos por uma pessoa, sem que esse sentimento se confunda com posse, pois o amor é um sentimento libertador. Apesar de esse sentimento ser de difícil compreensão e definição intelectual, o fato é que amar é muito bom para nós, não importando até se estamos sendo amados. Amar faz bem para a alma, faz bem para o corpo, faz bem para o Espírito. O amor realça a nossa beleza, o amor cura enfermidades, o amor combate a depressão, o amor nos afasta da tristeza, o amor agrega amigos, o amor facilita a nossa vida. Então todo esforço que se faça nesse sentido é vantajoso para nós. O maior mandamento começa a nos convidar a amar a Deus. Mas onde está Deus? O Deus Bíblico é onipotente, onipresente e onisciente, pode tudo, está presente em todos os lugares, e conhece tudo. A primeira pergunta de O Livro dos Espíritos trata exatamente sobre o que é Deus, cuja resposta dos Espíritos é: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.” Então, encontramos a ação criativa de Deus em todo o Universo, no que vemos e no que não conseguimos ainda ver, sendo, portanto possível dizer, simbolicamente, que temos a presença do nosso Criador nas


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estrelas, nos planetas, nos mares e rios, nos animais, nas flores e vegetais etc. Portanto, amamos a Deus quando amamos sua obra. Nós também somos criação de Deus, por isso nós amamos a Deus amando ao nosso próximo e a nós mesmos. Por incrível que pareça essa é uma das nossas maiores dificuldades. Amar o nosso próximo e nos amarmos também. Geralmente temos o costume de condicionar o amor e achar que só podemos amar as pessoas que se assemelham à nossa forma de ser. Então eu amo se ele/ela me ama, amo se ele/ela faz tudo que eu gosto, amo se ele/ela concorda com a minha opinião, amo se ele/ela tem o meu jeito de ser. Assim, ou deixamos de amar porque não é sempre que somos amados ou deixamos de amar porque não é sempre que nos relacionamos com pessoas que pensam como nós, que tenham os mesmos gostos que o nosso, que compartilham com os nossos pensamentos. Quem perde com isso? Nós mesmos. Outra grande dificuldade é nos amarmos. Geralmente pensamos que amar a nós mesmos seria um “pecado”, ou uma demonstração de egoísmo e orgulho. Tanto no Antigo como no Novo Testamento não há proibição de nos amarmos, pelo contrário, existe até um incentivo para isso. O próprio Maior Mandamento coloca em pé de igualdade o mérito em amar a Deus, amar o próximo e amar a nós mesmos. Ser egoísta significa querer tudo para si, tem a ver com egocentrismo tanto é que se combate o egoísmo desenvolvendo-se o sentimento de altruísmo. O orgulho significa se achar superior aos outros, tanto é que combatemos o orgulho com a humildade que

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significa ser igual, nem pior e nem melhor que ninguém. Amar-se é aceitar a forma de como se é sem haver nenhum tipo de sentimento de autodesvalorização, autodepreciação ou baixa autoestima; é ter a consciência de que somos Espíritos em evolução e necessitamos melhorarmos para o nosso próprio bem. Uma dica muito interessante para reconhecer se estamos mesmo nos amando é perguntarmos a nós mesmos se aquele pensamento, sentimento ou ação estão sendo bons para nós. Um pensamento negativo, pessimista, destrutivo é bom para nós? Um sentimento de raiva, mágoa, tristeza, revolta, impaciência é bom para nós? Temos certeza que a resposta para essas questões é não! Então se nos esforçamos em dominar esses sentimentos procurando conter os nossos pensamentos negativos e os sentimentos de raiva, de ressentimentos de impaciência, de revolta, buscando constantemente a felicidade isso é prova de amor a nós mesmos. Temos muitas dúvidas também em torno do amor ao nosso próximo. Geralmente nós pensamos que o nosso próximo é aquele que está próximo do nosso coração, na maioria das vezes amigos, parentes que nos damos bem, pessoas que nos amam. Mas Jesus não estipula se essa proximidade pertence somente a tal categoria de convivência. O que sabemos é que Ele nos convida a amar também os inimigos, orando por aqueles que nos perseguem. Então tudo nos leva a crer que esse próximo a que Jesus se referiu no Maior Mandamento é o que está fisicamente junto de nós, sendo próximo do coração ou não. Há também que considerar que como

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somos todos irmãos em Deus, nosso próximo também é aquele que não está fisicamente ao nosso lado, mas que, por alguma razão, estamos em sintonia mental e fluídica, cujas ações recíprocas impactam e causam reações. Devemos atentar aí para o “Vigiai e orai” que Jesus nos ensinou e não criarmos teias vibratórias negativas que corresponderiam a verdadeiras prisões, dificultando o nosso crescimento espiritual. A maior carência do mundo por incrível que pareça, não está na fome, não está na miséria, não está na dor física, nas guerras; isso são apenas consequências do não cumprimento da Lei maior. A maior carência do ser humano está na própria relação da sociedade. Mal se dá um bom dia, um sorriso, um obrigado, ou se cede o assento no transporte público. O cumprimento do Maior Mandamento não está somente nas grandes ações de caridade, aliás essas ações são pontuais e nem sempre temos condições de as exercitar. O cumprimento da Lei maior está nas pequenas ações desinteressadas do dia-dia. É o sorriso pela manhã, é o bom dia para o vizinho, para o porteiro, para motorista do ônibus; é a palavra educada com os nossos interlocutores; é não agir com preconceitos; é não se posicionar nem acima e nem abaixo dos outros por causa de uma condição social intelectual ou moral

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mais elevada; é entender e acolher qualquer tipo de carência e necessidade que o nosso próximo esteja precisando, enfim o amor ao próximo é muito mais acessível em nosso dia a dia do que imaginamos, e nenhum ensinamento de Jesus retrata isso tão bem em nossas vidas, quanto a parábola do bom samaritano. Na parábola, o samaritano vinha por uma estrada, a qual podemos entender como sendo a estrada da vida, e encontrou, no meio dessa estrada, um homem necessitando de ajuda. Nós sabemos que esse homem tinha sido assaltado e espancado quase até à morte. Mas o samaritano não sabia o que tinha acontecido com aquele homem, mesmo assim ele parou sua caminhada e se compadeceu daquela pessoa que ele nem conhecia. Naquele momento todos os seus compromissos, todas as suas obrigações, todos os seus interesses pessoais ficaram em segundo plano. É quase que um esquecimento de si mesmo no seu sentido mais nobre. Ele não sabia quem era aquela pessoa, se ela era rica ou pobre, se ele tinha alguma religião, se era espiritualmente evoluído ou se tinha moral duvidosa. Ele não se interessou por isso! O amor falou mais alto, o sentimento de compaixão o dominou naquele momento, e então o atendeu em suas necessidades sem esperar nada em troca, simplesmente ajudando até que estivesse em condições de seguir a sua própria viagem. Este é o exemplo que Jesus nos deixou daquele que cumpriu o Maior Mandamento da Lei. Marcelo Novack marcelo-novack@hotmail.com


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Torna-te o que és

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abemos que os gregos da Antiguidade são reconhecidos pelo seu profundo saber: é deles a célebre máxima ‘Conhece-te a ti mesmo’, que estava inscrita no pórtico do oráculo de Delfos. Assim, para a elaboração do presente artigo fomos buscar a inspiração numa outra máxima expressa pelo poeta grego Píndaro (518-438 a.C.), que diz: ‘Homem, torna-te o que és’. À primeira vista, essa frase nos causa uma certa estranheza, pois a ideia de tornar-se implica em ser algo diferente do que sou hoje e, no entanto, ela me aconselha a ser exatamente o que sou, o que parece bastante contraditório. Porém, para entender a máxima é necessária uma análise mais acurada do que ela está a nos dizer. Em primeiro lugar, a expressão tornar-se tem nela implícita a ideia de futuro e, portanto, nos conduz à reflexão de como nós lidamos com o tempo. Em segundo lugar, a expressão o que és não se refere ao que aparentamos ser, mas a algo mais profundo em nós, o que nos conduz à reflexão sobre nossa natureza,

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Roberto Watanabe isto é, nossa essência como ser humano que somos. E, em terceiro lugar, expressar nossa natureza implica em tomarmos consciência dela e agirmos de acordo com o que ela é. Vemos, portanto, que uma breve análise da máxima de Píndaro nos conduz à reflexão sobre três temas fundamentais acerca do que realmente somos, e esses temas são: o tempo, a natureza e a consciência. Iniciemos pelo tempo. A noção ordinária do tempo é de que ele flui do passado para o presente e deste para o futuro, e é nesse sentido que dizemos que o passado já se foi, o presente é agora e o futuro ainda está por vir. Porém, o que pensadores como o alemão Martin Heidegger (1889-1976) nos mostram é que, para nós, humanos, o tempo flui do futuro para o presente e deste para o passado, e a razão disso é que estamos sempre mirando o futuro, o que podemos constatar ao voltar nosso olhar para as distintas

fases da vida. É verdade que, logo ao nascer, não temos nenhuma noção de tempo, mas isso ocorre porque nossa psique ainda não está formada e, por isso, não temos sequer consciência de nós mesmos. A partir da infância, porém, somos induzidos a voltar nosso olhar para o futuro quando, por exemplo, os adultos nos perguntam: O que você quer ser quando crescer? É

evidente que nossa resposta será reflexo da noção de um mundo ainda restrito e permeado pela fantasia. Na adolescência e juventude, sente-se a necessidade da independência e autoafirmação e aí também somos confrontados com questões do tipo: O que esperam de mim? Que carreira seguir? Depois, chegamos à fase adulta, em que atingimos a nossa autonomia e aí novamente somos confrontados com questões que apontam para o futuro, tais como: Quais são os meus planos? Com quem construirei um lar? E na fase da maturidade, nos vemos frente à crise da meia idade, quando nos sentimos frustrados pelos planos não realizados ou quando, mesmo tendo realizado esses planos, sentimos um vazio interior ao perceber que dedicamos muito esforço aos valores materiais em detrimento dos espirituais. E a crise se instala porque, estando mais próximo do fim da vida, já não dispomos de muito tempo para a correção de rumos. E, finalmente, ao chegar à fase da terceira idade nos pomos a questionar: O que esperar ainda da vida? Existirá algo além desta existência? Somos, portanto, sempre determinados pelo


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futuro e é por isso que as incertezas da vida nos causam angústia, preocupação e desassossego. O pensador francês Jean Paul Sartre (1905-1980) dizia que o homem nada mais é do que um projeto. Um projeto designa algo que se pretende realizar e se o homem, como vimos, está constantemente a realizar algo que diz respeito a si mesmo, podemos então dizer que ele é um projeto em vias de realização. E na realização desse projeto que é ele mesmo, cada indivíduo é único, pois suas escolhas face às múltiplas oportunidades e possibilidades que se lhe defrontam, assim como, suas experiências singulares de vida, determinarão essa individualidade única, que se acentuará ao longo das diversas reencarnações. Mas será que serei diferente de todos os demais para sempre? A resposta é sim na aparência, mas não na essência, pois em essência

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somos todos iguais. Nesse sentido, ao perguntar se todos os homens são iguais, Kardec recebe a seguinte resposta: ‘Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez as suas leis para todos’ (O Livro dos Espíritos, questão no 803). E qual é esse fim mencionado na resposta recebida por Kardec? Para saber isso, é preciso observar que Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento (O Livros dos Espíritos, questão no 114) e lhes impôs a necessidade da encarnação com o fim de levá-los à perfeição (Idem, questão no 132). Portanto, o fim de todo Espírito é a perfeição, entendida aqui no sentido de perfeição relativa (conforme O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XVII, item 2), pois a perfeição absoluta é atributo exclusivo de Deus. Para nos ajudar a esclarecer melhor aquilo de que tratamos, vamos recorrer ao pensador grego Aristó-

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teles (384-322 a.C.), que formulou as noções simples, mas geniais, de potência e ato. Potência, na acepção do filósofo, designa aquilo que não é pleno, completo, mas que contém em germe a possibilidade de atingir tal plenitude, enquanto que ato designa aquilo que é pleno, completo, que já atingiu sua plenitude. Tomemos, por exemplo, a semente de uma laranjeira: ela não é mais do que uma simples semente, porém, se for lançada ao solo e devidamente regada e nutrida, tornar-se-á uma bela árvore a nos prover os seus frutos. Dizemos, neste caso, que a semente é a árvore em potência, enquanto que a laranjeira é a árvore em ato. De maneira análoga, temos em nós a potência para atingir a perfeição relativa e, quando fizermos, como o fez Jesus, possuiremos então a perfeição relativa em ato. Expressar a perfeição relativa é o mesmo que expressar a

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nossa essência e esta, como vimos, é a mesma para todos. E isso nos conduz para o próximo tema, que é o da nossa natureza. Em três ocasiões distintas dos Evangelhos, Jesus nos indica que a nossa natureza é divina: na primeira ocasião, os judeus queriam apedrejar Jesus sob a acusação de que ele, sendo homem, se fazia de Deus, ao que ele então lhes replica: ‘Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: Vós sois deuses? (João 10, 34). Numa segunda ocasião, os fariseus perguntavam a Jesus quando viria o reino de Deus, ao que ele lhes responde: ‘O reino de Deus não virá de um modo ostensivo. Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou: ei-lo ali. Pois o reino de Deus já está dentro de vós’ (Lucas 17:21). E na terceira ocasião, Jesus modifica a ordem antiga: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’ para a nova ordem: ‘Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e vos maltratam’, e

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complementa o ensino dizendo: ‘Sede logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito’ (Mateus 5:43-48). E no contexto da Doutrina Espírita, Kardec nos esclarece que ‘o homem possui, como sua particularidade, a alma ou Espírito, centelha divina que lhe dá o senso moral e um alcance intelectual que os animais não possuem’ (O Livro dos Espíritos, questão no 613). Ora, se nossa natureza é divina, é necessário então que ajamos de acordo com tal natureza, e isso nos conduz ao terceiro e último tema que é o da consciência. Ao perguntar onde está escrita a lei de Deus, Kardec recebe a seguinte resposta: Na consciência (O Livro dos Espíritos, questão no 621). A lei divina em nós é o fundamento da consciência moral, ou seja, da noção que temos do bem e do mal, e

isso implica na responsabilidade que devemos assumir por nós mesmos e por aqueles que de nós dependem ou conosco convivem. Ela implica também no que eminentes autores espíritas denominam de tribunal da consciência (ex.: André Luiz em ‘Ação e reação’, Cap. 14), que nada mais é do que a lei de causa e efeito atuando de forma justa em nosso íntimo, determinando a paz decorrente das boas ações ou a dor decorrente das nossas ações equivocadas. É nesse sentido que dizemos que, em nossas vidas, podemos trilhar o caminho do amor ou da dor. E é fundamentalmente desta forma que devemos explicar as atribulações que enfrentamos sob a forma de enfermidades e outros reveses, e jamais a uma suposta causa exterior, qualquer que seja ela.

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Mas todos os caminhos, cedo (pelo amor) ou tarde (pela dor), levam a Deus e a pergunta que fica é: Por que escolher o caminho tortuoso? Não seria bem melhor escolher o caminho reto? Isso nos leva à reflexão a respeito do que importa realmente em nossas vidas, o que nos remete ao homem de bem de que nos fala Kardec, que se pauta pelas seguintes diretrizes: ter fé em Deus e no futuro, pôr os bens espirituais acima dos materiais, aceitar as vicissitudes da vida, estudar as próprias imperfeições e ser bom e humano para com todos. E aí finalmente entenderemos o dito de Píndaro: ‘Homem, torna-te o que és’. Tornar no que somos é expressar a nossa essência ou natureza divina, é atingirmos a perfeição relativa. Enquanto não o fazemos,

permanecemos presas da angústia e do desconforto, conforme bem atesta Santo Agostinho: ‘Fizeste-nos para ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto enquanto não repousar em ti’ (Confissões, Livro I, 1). Assim, se sabemos que a perfeição relativa ainda demandará o concurso de incontáveis encarnações, podemos pelo menos decidir nos pautar pelas diretrizes do homem de bem, que Jesus, ao ser questionado por um fariseu a respeito do maior mandamento, sintetizou da seguinte forma: ‘Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo’ (Mateus 22:37-40). Roberto Watanabe rowata@uol.com.br

Codificação Espírita biofísicos ALLAN KA soviéticos OBRAS DO , do chama RDEC AUTOR PA corpo bioplá do RA ESTUDO CIENTÍFIC OS E RELIG S FIL smico do homem , que IOSO DA DO sobrevive OSÓFICOS, I - O LIVRO UTRINàAmo DOS ESPÍRITO rte doITA ESPÍR corpo físico. II - REVISTA S ........................ ESPÍRITA ................A........ con cep ........................ III - REVISTA ção ................ ........................ esp........ ESPÍRITA ........ ................ írita da IV - REVISTA ........................ ........................ 1857 Gênese, ESPÍRITA ........ ........................................expost V - O LIVR ................a........ nes 1858 ........................ te ........ O DOS MÉD livr........ ........ o é,... 1859 ........................ IUNS portanto, da VI - REVISTA ........................ ESPÍRITA ........ ........................................mais........ ......... 1860 ele VII - REVISTA ................ vad ........................ a ........ ........ imp........ ........ ESPÍRITA........ ........................ ort VIII - REV . ânc 1861ia cie ........ ........................ fica................................. ISTA ESPÍRITA ntí........................ ......... 1861 Ale........ IX - O EVA gam NGELHO SEG ........................................ ........alg uns ........ ........................ ........ 1862 críticos que X - REVISTA UND ........................ ESPÍRITA........ O O ESPIRITISMO este livr ........................ ...... 1863 XI - O CÉU o ........ ........................ est........ á ultr EO apa ........ XII - REVISTA INFERNO ........................ ........................................ .... ssa ........................ 1864 do, pois já ........ ........................ ESPÍRITA........ tem XIII - REV qua ... 1864 ........ se ........ ........................ ISTA 15........ ................ 0 ano ........................ ......s1865 XIV - REVISTA ESPÍRITA ........................ de sua prime........ ........................ ................ 1865 ira........ edi........ XV - REVISTA ESPÍRITA ........................ ção........ e de ........ ........................ ........ ........que ...... 1866 XVI - A GÊN ESPÍRITA........................ as Ciências ........................ ESE ................ ........................ evo ...................... luír am XVII - REV ........................ ........ 1867 ........ mu ........ ISTA ESPÍRITA ito........no........dec ........................ ........ XVIII - INIC ........................ ........ 1868 urs ........ o des........ IAÇÃO ESPÍ se ........ ........................ ....................... tem........ XIX - OBR po......... 1868 Ou........ AS PÓSTUM RITA ................................ tros........ crit.....ica ........ AS ................ m por não 1869 ........................ ........................ hav........ .............. 1869 er ........ ................ sup........ era........ do os ........con ...... 1890 hec ime ntos científicos da época. Mas a ver dade é que esse livro, como veremos, repres enta um ma rco histórico no cam po científi co, abrind perspectiv o as da Ciênci a para a Era Cósmica. Os dados espíritas dão uma nova dimensão e um nov sentido à con o cepção da gênese.

ALLAN KARDEC Todo homem OBRAS DO AUTOR PARA ESTUDOS FILOSÓFICOS, CIENTÍFICOS E RELIGIOSO DA DOUTRINA cessid ESPÍRITA

sente neade de viver, de usuI - O LIVRO DOS ESPÍRITOS ........................................................................................ 1857 fruir a vida, de1858 II - REVISTA ESPÍRITA .................................................................................................. amar, de ser III - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. 1859 feliz. Experim 1860 IV - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. ent e diz er a V - O LIVRO DOS MÉDIUNS ......................................................................................... 1861 quem está par 1861 VI - REVISTA ESPÍRITA ................................................................................................. a mo VII - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1862 rrer que ele ainda vai 1863 VIII - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. viv IX - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.................................................... 1864er muito, que sua hora foi1864 X - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................... retardada; XI - O CÉU E O INFERNO .............................................................................................. 1865 diga principal 1865 XII - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ mente que ele XIII - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. 1866 será feliz com 1867 XIV - REVISTA ESPÍRITA .............................................................................................. o nun XV - REVISTA ESPÍRITA................................................................................................ 1868 ca foi e sentiremos 1868 XVI - A GÊNESE ............................................................................................................... seu1869coração XVII - REVISTA ESPÍRITA............................................................................................. pular de alegri 1869 XVIII - INICIAÇÃO ESPÍRITA ...................................................................................... a. Ma XIX - OBRAS PÓSTUMAS .............................................................................................. 1890 s, pelo contrário, de que vai adiantar essa esp erança de feli cidade, se tud o pode sumir de repente?” Allan Kardec (Capítulo I – O Futuro e o Nada)

RDEC ICOS, ALLAN KA S FILOSÓF RA ESTUDO RINA ESPÍRITA AUTOR PA O DA DOUT OBRAS DO IOS LIG 1857 RE OS E ........................ ........................ CIENTÍFIC .......... 1858 ........ ........ ........ ................ ................

OS ........ ................ ................. 1859 DOS ESPÍRIT ........................................ ........................ . 1860 I - O LIVRO ........ ........................ ........................ ESPÍRITA ........................ . 1861 ........................ II - REVISTA ESPÍRITA ........ ........................................ ........................ . 1861 ........................ III - REVISTA ESPÍRITA ........ ........................................ ........................ ........................ IV - REVISTA IUNS ........ ................ 1862 MÉD ........ ........ DOS O ................ ........................ 1863 V - O LIVR ÍRITA ........ ........................ ...................... ESP ........ ........ ........ ISTA ........ ........ ........ .... 1864 VI - REV ESPÍRITA........ ........................ ........................ 1864 ........ ........ ... VII - REVISTA ESPÍRITA ........................ ........ IRITISMO ........................ 1865 ISTA UNDO O ESP VIII - REV ........................ ...... NGELHO SEG ........................................ ........................................ IX - O EVA ........ 1865 ........ A........ ........ ........ ÍRIT ........ ........ ESP ................ 1866 X - REVISTA INFERNO ........................ ........................ ...................... EO ........................ 1867 ........................ XI - O CÉU ...................... ESPÍRITA........ ........................ 1868 ........................ XII - REVISTA ESPÍRITA ........................ ........................ ........................ ISTA ........................ ........................ XIII - REV ............... 1868 ESPÍRITA ........................ ........................ XIV - REVISTAESPÍRITA........................ ............. 1869 ........................ ........ ........ ........ ISTA ........ 1869 ................ ................ XV - REV ...................... ........................ ESE ................ ........ ........ GÊN ........ ........ A ........ A........ XVI ...... 1890 ........ ISTA ESPÍRIT ........................ ........................ XVII - REV ÍRITA ........ ........................ IAÇÃO ESP ........................ XVIII - INIC AS ................ AS PÓSTUM XIX - OBR

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A Codifica ção Karde ciana, embasame nto à Doutr cujas obras básicas perfeitame ina Espírita dã nte, como , se encaixa o nu onde cada m uma delas m grande quebra ca beça, desvenda então cham e es ados ‘mist clarece, os érios’ da vid até quanto em a, tanto ne outras mo sta, A Gênese, radas os Espiritismo Milagres e as Prediçõ . (1868) co es Segund Gênese, os ntem o pa oo pel da Ciê sistemas do ncia na esboço ge ológico da mundo, antigos e mo Terra, teoria dernos, o s sobre a Terra, etc.

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“Nós vivemos, nós pensamos, nós agimos, eis o que existe de cer to e positivo; havem os de morre r, isso é o mais cer to e positivo ainda. Ma s, ao deixar este planeta, para onde iremos? Em qu e iremos no s transformar? Seremos me lhores ou pio res? Seremos nós mesmos ou não? Ser ou não ser, essa é a alte rnativa; será para sempre ou para nun ca mais – é tudo ou nad a? Viveremo s eternamente ou tudo se acabou, não tem mais vol ta. Vale muito a pena pensar nisso.

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Com capas novas e totalmente revisados.

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Cultura

Novembro/Dezembro de 2017

Coral FEESP

o último dia 12/11 sob-responsabilidade da Área de Divulgação e regência do expositor Paulo Oliveira, composto por 27 integrantes, tivemos a estreia do Coral FEESP. Iniciado em 23/05/2016, vem desde então se preparando para atender ao seu compromisso que é de levar música a todos aqueles que não podem sair para ouvir música, como pessoas internadas em hospitais, asilos, orfanatos etc. Também o Coral Feesp atenderá aos convites para cantar em eventos e momentos especiais da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Os ensaios acontecem às 2as. feiras – das 18:30 às 21:00, no 3º. andar da sede Maria Paula – ao lado da Biblioteca Humberto de Campos. Não é necessária experiência em canto ou conhecimentos musicais, pois há um treinamento para incluir todo aquele que chega ao nosso grupo. Venha nos conhecer e traga sua voz, mas principalmente o seu coração, pois cantar é uma grande emoção. E como diz nosso querido Santo Agostinho: “Quem canta, ora duas vezes.”

Área de Divulgação

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“Jamais vos sintais sozinhos na luta. Estamos convosco e seguiremos ao vosso lado. Invisibilidade não significa ausência.” Eurípedes Barsanulfo

Ao longo da História há de se destacar aqueles personagens que realmente fizeram a diferença. Nesta obra o leitor terá a oportunidade de se deparar com um deles na figura livre de Eurípedes Barsanulfo, cujas obras superam todas as expectativas. Os projetos, as propostas, as adversidades estão caracterizadas desde as primeiras páginas desta excelente obra histórica, revivida por Pascoal De Marco, acerca da vida desse que é um dos pilares do Espiritismo no Brasil. Acreditamos que Dr. Bezerra de Menezes, Maria Santíssima e o próprio mestre Jesus abençoam esse momento, deixando ao público estas sublimes páginas que irão reverter-se em bênçãos de luz a quem puder desfrutá-las.

RDEC ICOS, ALLAN KA TUDOS FILOSÓF PÍRITA RA ES RINA ES AUTOR PA DA DOUT 7 .......... 185 OBRAS DO E RELIGIOSO ...... ...... .. 1858 .................. ICOS .................. .................. ...... ...... 9 ...... ...... CIENTÍF ............ ............. 185 ..................

...... ...... .................. ESPÍRITOS .............................. . 1860 .................. RO DOS .................. 1 .................. TA ............ I - O LIV .................. ........... 186 A ESPÍRI .................. .................. .................. ....... 1861 II - REVIST A ESPÍRITA ............ .................. .................. ...... IST .................. .................. .............................. III - REV ÍRITA ...... ...... 1862 .................. ...... ISTA ESP .................. DIUNS ...... .............................. ...... IV - REV MÉ 1863 ...... S .... ............ ...... RO DO ............ V - O LIV A ESPÍRITA ............ .................................... .............................. 1864 .... ...... ...... ...... IST ...... VI - REV .................. .................. ÍRITA...... 1864 ISTA ESP ............... .................. .................. ÍRITA ...... O ESPIRITISMO VII - REV .................. .......... 1865 ISTA ESP O .................. ...... 5 SEGUND .................. .............................. VIII - REV ............ 186 NGELHO .................. ...... .................. IX - O EVA ESPÍRITA............ .............................. 1866 .................. A ...... ................ X - REVIST E O INFERNO ...... .................................... .............................. .... 1867 ...... ...... ...... ...... XI - O CÉU A ESPÍRITA...... .................. .................. 1868 IST .................. .................. .............................. ...... ...... REV TA ...... ÍRI XII ...... 1868 ...... ISTA ESP ............... .................. .................. XIII - REV ÍRITA ...... .............................. .................. 1869 ISTA ESP .................. ............... ...... .................. XIV - REV A ESPÍRITA...... .................. ........ 1869 .................. .................. IST .................. .... 1890 .................. XV - REV ESE ........................ .................. ...... .................. .................. .............................. XVI - A GÊN A ESPÍRITA...... .................. IST ÍRITA ...... .................................... ESP XVII - REV ...... CIAÇÃO AS ............ XVIII - INI AS PÓSTUM XIX - OBR

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“Com a publicação desta obra, oferecemos uma singela homenagem à Dona Martha, em nome da nossa gratidão pelo aprendizado e por sua dedicação à Doutrina Espírita e a todos nós. Guardaremos para sempre seu exemplo de fiel discípula de Jesus.” Maria Anita Conceição de Batista Fonseca

maz

Mar tha Gallego Tho APOCALIPSE

E S P I L A C APO das Revelações compara

da Doutrina Espírita

Thomaz Martha Gallego tis ta Fonseca

Maria Anita Conceição

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ITA DO ESTADO DE FEDERAÇÃO ESPÍR

Esta obra apresenta ao leitor, de modo bastante simplificado, as revelações comparadas na visão espírita do livro az Martha Gallego Thom bíblico “O Apocalipse”. rço de Nasceu aos 24 de ma Petrópolis na cidade dede 1915, Fruto vasta experiência da autora Madeiro ta rlo Ca de ha fl – RJ, do Gallego. desin llego e Roà Ga junto doutrina espírita, e de grandioso Sr. Iris Reis o Casou-se com lhos: Ma Thomaz. Tiveram 5 fitrabalho de pesquisa. a, Iris e inh rth Ma i, gal Ma ris, u cio ini ia, iba rto. Em At Gilbe Entenda as as revelações, tes, carensimbologias, o trabalho às mães fre e s qu com ajuda dos joven o que dizem ho no lar as escrituras sagradas gel an Ev o am tav en qu nte fazia me ira que ela costume Em ia. estaria nc sobre o que por vir, e o que está idê res a pri em sua pró deraFe a u ece nh co , ulo São Pa Estado de São acontecendo na atualidade. ção Espírita do u o nhece Paulo e em 1956, co Ar mond, d gar Ed te an Comand ra os esque a encaminhou pa rendizes Ap de tudos na escola P. Ali ES FE da ho do Evangel ser vinela seguiu por 40 anos, tana, ari sam do como médium, asós, Ap . nte ige secretária e dir ns diu mé de o iad leg sumiu o co 03 em u até 2001. Desencarno . 14 de setembro de 20

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Concessão Novembro/Dezembro de 2017

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Palavras do Governador Geraldo Alckmin

“Estamos aqui com a Zulmira Hassesian, a diretoria da Federação Espirita do Estado de São Paulo, os nossos vereadores: Dr. Calvo, representado pelas suas filhas, Vereador Mario Covas Neto, Vereador Quito Formiga e o Secretário Floriano Pesaro também aqui representado por Ramalho. Estamos assinando um projeto de lei e enviando a Assembleia Legislativa, fazendo a sessão por mais 60 anos de uma área no Belenzinho, onde é feito pela Federação Espírita do Estado de São Paulo, na Casa Transitória Fabiano de Cristo um trabalho maravilhoso com as crianças, com jovens, com as famílias, com os idosos e com todos aqueles que necessitam. “Os espíritas são exemplo para todos nós, de amor ao próximo.”

Governador de São Paulo Geraldo Alckmin e a diretoria da FEESP

Geraldo Alckmin recebeu diretoria da FEESP

Evento ocorrido no Palácio do Governo do Estado de São Paulo


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Biblioteca Humberto de Campos 45 anos divulgando a Doutrina Espírita

A

Biblioteca Humberto de Campos iniciou as suas atividades em 30 de outubro de 1972 e, em 2017, completou 45 anos de trabalho na divulgação da Doutrina Espírita, propiciando o acesso aos livros com conteúdo doutrinário espírita e de literatura espírita. Seu acervo atual, composto por mais de 30.000 títulos especializados no estudo do espiritismo, sem dúvida, está entre os maiores do mundo. Nesses últimos anos temos testemunhado um grande avanço tecnológico que possibilitou o aparecimento de novos suportes para a leitura de livros, agora apresentados em formato digital, porém, em nosso país onde o livro e a leitura não são acessíveis à grande parte da população, a tarefa da Biblioteca Humberto de Campos se faz sumamente necessária na Feesp, pois colabora para o atendimento de uma das orientações principais de Allan Kardec quando conclamou os espíritas ao estudo. O nome da biblioteca, escolhido a partir de um concurso realizado na década de 80, homenageia o cronista, crítico e jornalista Humberto de Campos, desencarnado em 1934, membro da Academia Brasileira de Letras, leitor voraz e autodidata, possuía grande erudição. Como Espírito, por intermédio da psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, ditou obras como Crônicas de além-túmulo, Cartas e crônicas, Boa nova, e muitas outras, usando o pseudônimo Irmão X. A biblioteca faz parte da Área de Divulgação, área esta que exer-

ce a função de divulgar o espiritismo através dos seguintes veículos de comunicação e informação: acervo bibliográfico, editora, livraria, Jornal Espírita, O Semeador Internacional, rádio (Programa Consciência Espírita na Rádio Boa Nova), televisão (programa Um Sentido para a Vida), artes (Departamento de Artes Cênicas e Corais), palestras públicas (Depto. de Expansão Doutrinária), entre outros. Todo o trabalho de organização, manutenção do acervo, atendimento ao público leitor, como em quase todas as áreas da Feesp, é efetuado por voluntários selecionados entre os alunos dos diversos cursos oferecidos pela Área de Ensino. Como tudo em nossa vida passa por reavaliação, visando novos ru-

mos e renovação, no mês de julho de 2017 deu-se início a um processo de ordenação e reestruturação da Biblioteca, iniciado com uma ação para combater algumas pragas, mais precisamente brocas, que haviam sido detectadas nos livros, sendo necessário o seu fechamento temporário. A partir desse fato, seguiu-se o convite a todos os voluntários para participação em um treinamento, no qual foram abordados temas como: a conscientização ética e de cidadania, a qualidade do atendimento, os

cuidados com o manuseio dos livros, o relacionamento interpessoal e assuntos afins para a melhoria do trabalho desenvolvido na área. Paralelamente, nossa diretoria da Área de Divulgação promoveu uma significativa mudança no layout da sala de leitura, as unidades de leitura individuais foram substituídas por mesas, tornando-a mais propícia à convivência, as paredes receberam uma nova pintura, com um suave tom de verde, e belos quadros pintados pelos médiuns da Psicopictografia. O espaço agora conta com vasos com lindas plantas que colaboram para um clima aconchegante e acolhedor. No aspecto administrativo, que engloba a organização do acervo e os serviços de atendimento ao leitor, há melhorias em andamento. Com o auxílio de um grupo de bibliotecárias voluntárias, todo o acervo histórico está sendo mapeado e passará por uma avaliação especializada. Objetivando o aprimoramento dos controles do acervo e da rotina de empréstimos e consulta, um novo sistema de gerenciamento de biblioteca, com o conceito de open source, ou seja um software livre, está em testes para futura migração de dados. Portanto, aguardem que mais novidades serão apresentadas em 2018. Convidamos a todos a visitarem e tornarem-se frequentadores da Biblioteca Humberto de Campos.


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Especial Novembro/Dezembro de 2017

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13ª Festa Típica Francesa em Homenagem a Allan Kardec superou as expectativas dos colaboradores da FEESP e do grande público

Público

Apresentadores: Paulo Oliveira, Lidia Maria, Vera Braga e Fabio Ribeiro

Pascoal de Marco e Zulmira Hassesian, Presidente da FEESP

Bazar

Fátima Giro, Silvia Puglia e Hideo

Zulmira Hassesian e Camila Hassesian


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Equipe do Petit Gateau Equipe da Baguete com Linguiça

Equipe do Crepe Equipe dos Bolos e Tortas

Equipe do Petit Gateau

Crepe de Frango

Equipe do Cassoulet Dannilu e equipe do macarrão

Regina Carlin

Cassoulet Equipe dos Bolos e Tortas

Petit Gateau

Equipe dos Refrigerantes

Equipe FEESP


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Ivanira de Julio

Elvis By Helder e Silvia Puglia

Festa Kardec

Roberto Vilmar Quaresma, Miriam Ofir e Paschoal de Marco

Lidia Maria

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Equipe Médica Elizethe Rosa

Equipe da Livraria

Equipe de Filmagem


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Izzy Gordon Banda Soul da Paz

Mágico de Nóz

Thobias da Vai Vai

Dannilu

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Roberto Sá e Mano Ritto

Graça Cunha

Gê de Lima

Antonio F Band

Mágico de Nóz

Fernando Gabriel

Leonardo Mateus e Tainá Leitão

Bazar


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Divulgando o Espiritismo

Elvis By Helder e Ivanira Julio

Elvis By Helder

Danilu

Cibelle Hespanhol

Mágico de Nóz

Adryana Ribeiro

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Gê de Lima

Mágico de Nóz

Trio Paulistano

Público


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Lourdes Bassalo Bazar Pintura Mediúnica

Bazar

Pintura em Livros

Bazar

Bazar

Trabalhadoras da Área Espiritual

Isabel Falon

Pintura Mediúnica

Equipes dos Crepes, Cassoulet e Macarrão

Equipe do Café


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Festa Kardec

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Pintura Mediúnica

Pintura Mediúnica Teatro FEESP

Público do Teatro

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Teatro

Teatro FEESP


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Palestras Novembro/Dezembro de 2017

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O Ã Ç S N E E AD T A ID V O N

Agora, 2 programas diferentes em 4 horários

Um sentido para sua vida Apresentação Silvia Cristina Puglia

* Entrevistas, Pinturas Mediúnicas, Palestras, Depoimentos Sextas-feiras às 14h e Reprise aos Domingos às 16h

* Aulas de Doutrina Espírita Sábados às 8h Reprise às quartas-feiras às 23h

Nos canais 09 da NET/ 36 da CLAROTV/ 186 da VIVOTV e 08 VIVO Fibra Os programas já apresentados encontram-se no Portal da FEESP. www.feesp.org.br


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