Revista - O Semeador Internacional - Ed. Setembro

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9ª Festa Típica Francesa O SEMEADOR Internacional Homenagem a

FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936

FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO A Festa de Rua que ÓRGÃO já faz DA parte SETEMBRO FUNDADO EM 1º DE MARÇO DE 1944 da agenda dos paulistanos DE 2014 www.feesp.org.br

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Nº 905

10ª Festa Típica Francesa

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Sumário

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Editorial

Mediunidade, ferramenta divina Programação de Palestras Públicas

Palestras públicas na FEESP Américo Marques Canhoto

A prática do Evangelho no lar e a qualidade do ambiente doméstico

8 Olhai as aves do céu 10 Jesus e a ciência tradicional 12 Convite a ética Espírita 15 Não violência 17 Espiritismo e Mediunidade 19 Educação - Qual será o efeito Elza Basile

Heloísa Pires

João Baptista do Valle

Paulo Pio

Umberto Fabbri Valdete Zorate

em um futuro próximo?

21 O porquê das mortes coletivas? 23 ‘Encontros Impossíveis’ 25 Prece João Demétrio Loricchio

Teatro

Tradução

EXPEDIENTE Revista bimestral Assinatura anual: R$ 36,00 Fundado em 1º de março de 1944, por Marta Cajado de Oliveira (Diretora Responsável 1896/1989); Pedro Camargo “Vinícius” (Diretor Gerente - 1878/1966) e Cmte. Edgard Armond (Diretor Secretário - 1894/1982). Conselho Editorial Julieta Ignez Pacheco de Souza, presidente da FEESP, Maria Elizabete Baptista, vice presidente, Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia, diretora da Área de Divulgação, e demais membros da Diretoria Executiva da FEESP Editor: Altamirando Dantas de Assis Carneiro (MTb 13.704) E-mail: divulgacao@feesp.org.br As opiniões manifestadas em artigos assinados, bem como nos livros anunciados são de responsabilidade de seus autores e editores, não refletindo, obrigatoriamente, o pensamento da Revista O Semeador Internacional, de seu Conselho Editorial ou da FEESP. Redação: Rua Maria Paula, 140, Edifício Allan Kardec, 3º Andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3115-5544 Ramal 224 Administração: Rua Maria Paula, 140 – Edifício Allan Kardec, 8º Andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3115-5544 – Fax.: (11) 3104-2344. Portal: www.feesp.org.br E-mail: divulgacao@feesp.org.br Registrado de acordo com os artigos 136131 do Decreto Federal 4.853 de 1939. CNPJ 61.669.966/0014-25 – Inscrição Estadual: 114.816.133.117 Assistência Social da FEESP: Casa Transitória Fabiano de Cristo, Av. Condessa Elizabeth de Robiano, 454, Belenzinho, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2797-2990 Casa do Caminho, Av. Moisés Maimonides, 40, Vila Progresso, Itaquera, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2052-5711 Sede Santo Amaro: Rua Santo Amaro, 370, Bela Vista, São Paulo – SP, Tel.: 3107-2023 Centro de Convívio Infanto-Juvenil D. Maria Francisca Marcondes Guimarães – Rua França, 145, B. Bosque dos Eucaliptos, São José dos Campos – SP Diretoria Executiva: Presidente: Julieta Ignez Pacheco de Souza Vice Presidente: Maria Elizabete Baptista Diretor da Área de Assistência e Serviço Social: Eli de Andrade Diretora da Área de Ensino: Zulmira Hassesian Diretora da Área de Assistência Espiritual: Maria de Cássia Anselmo Diretora da Área de Divulgação: Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia Diretora da Área de Infância, Juventude e Mocidade: Vera Lúcia Leite Diretora da Área Financeira: Sonia Puggina Diretora da Área Federativa: Nancy César Campos Raymundo Presidente do Conselho Deliberativo: Afonso Moreira Junior Editoração: TUTTO (11) 2468-3384 Impressão: Gráfica Brasil (11) 3266-4554


Editorial

“Mediunidade Ferramenta Divina”

E

Esse texto foi retirado do livro “Mediunidade Ferramenta Divina, o qual recomendamos a leitura. Esse livro é de autoria de Umberto Fabbri, das Edições FEESP. Abaixo o capítulo 15 contido no livro. Caridade Tenhamos absoluta certeza: com a caridade, transformaremos o mundo. Porque ela é o amor em movimento, exercício supremo da criatura em benefício dela mesma e do seu semelhante. Muito se fala sobre a prática da caridade, quando o resultado, por vezes, é de extremo assistencialismo. Não queremos dizer aqui que o necessitado da matéria não precise de atendimento imediato, seja lá qual for a sua aflição. Caridade não atende somente pessoas carentes do pão, do agasalho e do teto; pode ser material, mas é também moral. É para todos, ricos ou pobres, porque caridade é postura constante, em todos os setores da vida. Somos Espíritos em evolução, alunos na escola da vida, onde os momentos repetidos dão consistência para aquele que os repetem, alterando padrões comportamentais e modificando pensamento e vibração. Porém, a caridade é mais do que o momento do pão e do agasalho, da palavra amiga ou do silêncio, da colaboração dentro da casa em que nos voluntariamos. Consiste em esforço constante, principalmente quando vai contra nossos interesses mais imediatos e pessoais. Não será a assistência pura e simples, como já o dissemos, e aqui não podemos descartar o socorro urgente. Lembramo-nos de Emmanuel que nos ensina, através da pena abençoada de Francisco Cândido Xavier, “não se deve falar de Evangelho para quem tem o estômago vazio”. Claro está que temos que dar o pão, seja ele material ou na palavra que conforta primeiro, para então iniciarmos o verdadeiro processo caritativo, que é o da educação através dos ensinos do Cristo. Nesse sentido, encontramos passagem significativa em João (8,1–11), quando Jesus, depois de retirar das mãos daqueles que se postavam como algozes, a mulher que havia sido apanhada em adultério, usa de misericórdia para com ela, quando pergunta: - Mulher, onde estão aqueles que te condenavam? - Todos se foram, Senhor!

- Portanto, nem eu te condeno, vai e não erres mais. Lição imorredoura, de natureza divina, é o exemplo máximo do atendimento imediato à assistência quando retira a jovem senhora da humilhação e da morte. Mas a verdadeira caridade é aplicada na sua essência quando ele dá a diretriz educativa, usando ainda de suprema misericórdia para com ela e, apesar da grandeza de seu caráter, não condenando, dando o novo roteiro para que a vida da moça seja digna e fora dos tropeços da ilusão. “Vai e não erres mais”, diz o Cristo em total consonância com as leis de Deus, que são de misericórdia, perdão e amor. Recordemo-nos de uma lição do grande libertador da Índia, Mohandas Karamchand Gandhi, o Mahatma Gandhi, que certa vez disse: “Orar não é pedir, orar é a respiração da alma”. Parafraseando o iluminado Gandhi, podemos afirmar que a caridade não será constituída de momentos específicos, mas será, um dia, a respiração da alma. Fica claro para todos nós que esta é a atitude que deve pautar nossa vida de relacionamento, não sendo o exercício do bem reservado para determinados momentos do nosso voluntariado. Caridade sempre, com os encarnados e desencarnados. Diante das nossas responsabilidades específicas nas reuniões mediúnicas, procuremos observar que a aplicação da caridade é para todos, com o dirigente, com os dirigidos, colegas e também com os amigos espirituais. Por falsa análise, por vezes os obsessores são tratados como verdadeiros vilões, criminosos; pois nos esquecemos de que, tanto obsessor como o obsidiado, são enfermos com patologia semelhante: um é enfermo da O SEMEADOR 3 Internacional


Ferramenta Divina

Umberto Fabbri

Mediunidade

Ferramenta Divina

Mediunidade - Ferramenta Div ina

vingança, que busca justiça pelas próprias mãos, o ouFederação tro, que se mostra vítima, é o enfermo da culpa. A mediunudade é um dos assu ntos mais complexos dentro São Paulo estudoisso, Por séria, tendo Jesusdo como da Douatrinmediunidade a Espírita, e também um dos que mais despertam tem ativia curiosidade de todos. O que é a dispensa mediunidade? e Mestre, não oQua estudo constante, l a sua verd r na Área Orientador adeira importância? Quais são as regras básicas para o desenvo Área Fe- a reformulação íntima, mas, acima de tudo, o lvim usoen-conto da mesma? Per guntas como estas são con stantes não somente as Áreas nos Cen tros Espírita tínuo do amor, ques com compreende, assiste, ampara e dá o também fora dele s. Umberto Fabbri ual e Inconsegue, neste seu novo livro , pen etra r no norte para as criaturas, estejam elas na dimensão que se universo das dúvidas ocidade. mais frequentes sobre o assu nto e, de forma didática e sim ro Espíri- encontrem. ples, responder a todas elas. Usando de referências históricas, pass to Cezar, ando pela teor ia dou trin ária dode Espiriti Lembremo-nos Jesus: uns aos outros, smo e“Amai-vos, enfocando pontos vel pela essenciais do comportamento humano, ele con segu e dem onst rar a impde Espírita como vos amei”. Esta é a melhor noção ortâcaridade ncia cruceu ial da mediunidade dentro do prog resso individual. O leitor se MG, faz ite no decoter queperm podemos em nossa vida. rrer da leitura, despertar em si mesmo, sua força, a a gesequilíbrio e capacidade de deseesforcemo-nos nvolvimento, reconhecend Uma vez conscientes, parao assi que não . m a mediunidade como ferrame nta básica e ao mesmo tempo divina. fique só na intenção, mas que possamos materializar isso em nós e refletir no semelhanteMaua rorealidade de um Faria dos Santos mundo melhor e transformado para o bem. Voltamos a salientar: com a caridade, transformaremos o mundo.

Umberto Fabbri

Mediunidade

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Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia Diretora da Área de Divulgação da FEESP

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FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO

ESTADO DE SÃO PAULO

Umb estado trador 35 anos em gra cionais. Atua desde os critor, a revistas, trabalha instutiçõ e semin como no Ao lon já profer tras púb ser acessa www.divu bem com cuja a re instituiçõe


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SETEMBRO / 2014 07/09 10h SEMINÁRIO: TRANSTORNOS MENTAIS. 14/09 “AS ALEGRIAS E AS DORES DA ALMA” TEMA: A SAÚDE NA TRANSIÇÃO PLANETÁRIA PALESTRANTE: Américo Canhoto ATRAÇÃO MUSICAL: Grupo Portal do Som

8h às COORDENAÇÃO: Maria de Cássia Anselmo 17h

TRABALHADOR NA VINHA DO SENHOR 21/09 TEMA: PALESTRANTE: Vera Regina Braga 10h ATRAÇÃO MUSICAL: Denize Manzo e Leandro Gomes - CINEMA NA FEESP 27/09 SÁBADO FILME: BEZERRA DE MENEZES. O diário de um Espírito 18h COMENTÁRIOS E DEBATES APÓS O FILME: Celisa Maria Germano TEMA: O PODER DO PENSAMENTO 28/09 PALESTRANTE: Reinaldo Gonçalves de Toledo 10h ATRAÇÃO MUSICAL: Coral e Orquestra Carlos Gomes


A PRÁTICA DO EVANGELHO no lar e a qualidade do ambiente doméstico

O O

Américo Marques Canhoto

que é ambiente doméstico? - Viver debaixo do mesmo teto!... - Uma moradia. - Um lugar onde se convive e onde vive uma família!... Não se pode caracterizar um ambiente doméstico sem pessoas que o habitem em convivência, interagindo. Primeiro é preciso definir o que seja um lar. Um lar não é apenas uma habitação, para nosso estudo envolve o conceito figurado de família que é o conjunto de indivíduos que tem a mesma origem e interesses comuns. Num determinado lugar pode habitar um conjunto de pessoas que tem a mesma origem, mas são apenas parentes, pois não tem interesses humanos comuns. Usando conceitos mais atuais pode-se dizer que o ambiente doméstico constitui-se de uma parte física e outra parte extrafísica que formam uma unidade que não deve ser quebrada. Uma parte concreta e outra abstrata, interdependentes. Uma não existe sem a outra. A maioria das pessoas vive e fixa apenas as sensações geradas pela parte concreta da vida sem observá-las, sem analisá-las, comportando-se como o animal que é capaz de experimentar sensações, mas que ainda é incapaz de criar mudanças ativas e significativas no seu destino e no meio em que vive. Para quem pensa em reestruturar a sua família é necessário analisar as interações em todos os planos da vida, sejam físicos ou extrafísicos. O estudo do ambiente físico abrange as condições da moradia e do habitat em que se situa, além do estudo das características humanas das pessoas que compõe o grupo familiar. A forma como interagem entre si e com o meio ambiente. Mesmo em se tratando de algo concreto como o ambiente físico, definir para ele um padrão de qualidade é algo relativo e até subjetivo, pois depende de valores sociais, pessoais e da formação cultural.

um “porto seguro”, para onde retornamos para nos refazer após as tarefas do dia a dia. Um local agradável onde cada um da família alimenta o outro de energias carinhosas e que gratificam através do pensamento sem esperar retribuição. Um tipo de expectativa que frustra e infelicita.

Porque investir na qualidade do ambiente doméstico, físico e espiritual? Na reestruturação da família para evitar a sua falência é preciso investir na qualidade do ambiente doméstico. O que seria um ambiente doméstico de boa qualidade? O conceito de qualidade ambiental no lar é subjetivo, então não pode ser padronizado. As sensações que percebemos quando estamos nele é o que ser torna o referencial capaz de nos estimular a melhorá-lo na aparência e na qualidade das energias que o compõe. A parte física é construída segundo valores e fatores que nem sempre dependem da vontade de seus componentes. Mais ou menos posses podem determinar a qualidade em alguns aspectos noutros não. Pobreza não é sinônimo de mau gosto nem de sujeira. Ostentação e suntuosidade; não indica sempre bom gosto. E o ambiente subjetivo depende da qualidade evolutiva de seus integrantes, sempre. O ambiente extrafísico de um lar é construído segundo o padrão vibratório dos que o integram, pensamento a pensamento, sentimento a sentimento, frase a frase, gesto a gesto. E sua boa ou má qualidade reflete sempre as qualidades do caráter dos que ali moram. Estudandose uma habitação nos seus aspectos físicos e extrafísicos pode-se deduzir a qualidade íntima de seus integrantes, com boa margem de acerto (vale lembrar sempre que estudar não é julgar criticamente, quem assim o faz, corre o risco de julgar-se superior ou inferior com todas as consequências que isso traz). Em muitas famílias predominam indivíduos que nunComo avaliar a qualidade do ambiente domés- ca dão nada de seu e com nada contribuem para metico? lhorar o ambiente do lar. Nem no que diz respeito ao Não precisamos de consultoria para avaliar nosso am- ambiente físico; se ganham ou compram algo deixam biente doméstico. Qualquer pessoa pode analisá-lo pela bem claro para o resto da família que aquele objeto ou forma de sentir-se bem ou mal, feliz ou infeliz quando aparelho é seu quem quiser fazer uso dele terá que pedir se encontra no mesmo. Um lar deve ser um refúgio, permissão, muitas vezes negada. Nada a esperar dessas 6


pessoas quanto aos cuidados com o padrão vibratório do ambiente. Alguns fatores capazes de estimular a busca da melhoria do ambiente doméstico: 1) A saúde física. A qualidade do ambiente vai interferir de forma poderosa na qualidade da saúde dos que a habitam. Uma casa mal ventilada, que recebe pouco sol, com as paredes úmidas será sempre um criadouro de fungos. Cheia de enfeites e objetos capazes de acumular pó como bichinhos de pelúcia, carpetes ou tapetes, alojam bilhões de ácaros. Nas famílias de fumantes que deixam cinzeiros e “bitucas” de cigarro em todo canto as doenças respiratórias são uma constante. O excesso de ruídos e de sons possibilita o aparecimento de doenças da audição. Excesso de perfumes, odores de chulé..., são capazes de afetar a saúde dos outros. Nem sempre é possível reformar ou adequar a habitação, mas descuidar do ambiente quanto à limpeza, ao fumo e ao respeito ao familiar, indica desleixo, egoísmo e preguiça, que são indicadores de má qualidade pessoal que pode ser capaz de afetar a saúde do resto dos familiares. Esses são alguns fatores que podem somar-se a outros para desencadear graves doenças respiratórias como asma, bronquite, rinite, sinusite, crises de enxaquecas etc. A qualidade do ambiente extrafí-

sico também pode interferir intensamente na saúde física das pessoas. Principalmente na energia liberada nas relações entre os membros da família, quando interagem com raiva, impaciência, intolerância... 2) A saúde mental/emocional. Ambientes físicos feios e mal cuidados podem contribuir para agravar quadros clínicos de insônia, depressão, tristeza, desalento, etc. A má qualidade do ambiente energético de um lar onde as pessoas não se respeitam pode reforçar tendências doentias e funcionar como fator capaz de desencadear doenças mentais como neuroses e psicoses. 3) A qualidade de vida. A melhora da qualidade do ambiente em todos os seus aspectos vai repercutir na qualidade de vida da família ajudando cada um a sentir-se mais feliz e realizado. Além de despertar sentimento como a esperança, a fé na vida, o amor a si mesmo e ao próximo. O simples fato de sabermos que irradiamos o que somos em todos os lugares onde nos encontramos já seria o suficiente para que buscássemos melhorar continuamente o ambiente familiar. A prática do Evangelho no lar investe na saúde espiritual de seus componentes – e sem ela não pode haver as outras; pois somos espíritos; apenas estamos hoje reencarnados.

Américo Marques Canhoto foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2014. É expositor, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.

O SEMEADOR Internacional

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OLHAI AS

aves do céu

A A

Elza Basile

s aves, os peixes, as árvores, enfim, os seres da natureza, estão felizes e satisfeitos em serem exatamente o que são. Diz-nos o escritor Rubem Alves, em sua sabedoria, que as aves não querem ser peixes nem peixes querem ser aves ou um pé de manga nunca pensou em produzir maçãs, simplesmente porque são perfeitos naquilo que são. Alguém poderia argumentar que afinal de contas, árvores não pensam. Quem sabe? Os pensamentos das plantas são suas flores, seus frutos e benefícios que produzem ao meio-ambiente, o perfume, a sombra e o frescor que emanam onde estiverem. Se observássemos um bosque, uma floresta, um campo, uma montanha, veríamos a perfeição de cada ser em seu lugar: cada animal, planta, riacho, árvore ou rocha está feliz em ser o que é; o único ser “pensante” e que se considera superior aos demais é o homem, que nunca está satisfeito com o que tem ou é. Se não vejamos: se é alto, reclama do tamanho das coisas, se é baixo, queria ter crescido mais, se é gordo, quer emagrecer, se é feio, quer ser mais bonito, se é inteligente, se acha superior aos demais, se, se, se... É essa estupidez, essa vaidade esse egocentrismo humano que faz com que deturpemos tudo ao nosso redor, praticamente destruímos a natureza, acabamos literalmente, com os recursos do planeta e depois ficamos infelizes e doentes; no entanto a natureza na sua tranquilidade está constantemente nos ensinando o que não queremos enxergar. Jesus, que conhece nossas fraquezas e sabe de nossas ansieda-

des pede que observemos as aves e flores do campo e as tomemos como exemplo porque estas vivem tranquilas e felizes, apesar de não semearem ou colherem, nem nunca se ouviu dizer que os pássaros possuam celeiros abarrotados, no entanto Deus as provê do necessário. Nós, seres humanos, que temos tanto conhecimento, vivemos preocupados e angustiados pelo dia de amanhã, queremos saber o que haveremos de comer ou que haveremos de vestir (de preferência uma roupa que esteja na moda). Ora, as aves em seu instinto, confiam nas forças da natureza e Deus que é um pai amoroso, cuida, através dos diversos meios de que dispõe, de sustentá -las nas suas necessidades. Se nós, enquanto Espíritos, superiores aos animais do planeta nos entregássemos confiantes ao amor e aos cuidados de Deus, com certeza viveríamos muito mais felizes, harmonizados e saudáveis. Isto não quer dizer que devemos viver ociosos e inúteis, aguardando a providência Divina, até porque, diz-nos os Espíritos Superiores: “Deus criou o homem sem roupa e sem abrigo, mas deu-lhe a inteligência para fabricá-los.” O que não podemos é dedicar tanto tempo, tentando obter coisas, amontoando supérfluos a pretexto de sermos previdentes, porque na verdade só estaremos sendo ambiciosos em demasia e viveremos preocupados e inseguros, temendo pelo nosso legado material, perdendo às vezes o sono e a saúde no apego a bens transitórios. O que realmente precisamos, não é “ter” tantas coisas, mas “sermos” pessoas melhores, sem tan-

Lançamento

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Nos Tempos de Jesus

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Livraria Humberto de Campos Autor: Umberto Fabbri Rua Maria Paula, 140 (Térreo) - Bela Vista - São Paulo Editora: Edições FEESP stastadodo culi culi é arti silsilé arti bra Nobra No o,o, tern tern Fra o Fra o rrei rrei Co Co al 11 3107-3967 / 3115-5544 - ramal 204 al Jorn Jorn ISBN: 978-85-7366-183-5 orore e ead ead Sem istaSem ista , rev , rev írita írita esp alalesp Jorn ee ent Jorn ent ond ond resp resp cor i. i.É Écor aqu aqu Vid Vid ista ista rev www.feesp.org.br rev ioio 142 Páginas rád a a arád par alalpar cion cion rna rna inte inte ioio e rád silsile rád bra e nobra e no idad idad tern tern Fra Fra s. s. ido ido s Un s Un vendas@feesp.org.br ou divulgacao@feesp.org.br ado ado est 14x21cm , nosest , nos line line on on erra erra bez bez “Nos tempos de Jesus” é uma emocionante e surpreendente história de um personagem que demonstra a importância de suas escolhas e suas consequências.

07 29/07/2014 13:56:


ta ansiedade e nervosismo, usando nossa inteligência para ajudar no progresso geral e prosperar em todos os aspectos da vida. O alerta que Jesus nos deixou, foi no sentido de nos mirarmos nas aves que são seres ativos, que seguem com o ciclo natural da vida mas são leves e voam tranquilas. Nós também devemos cuidar para que tenhamos sempre o necessário para o conforto e bem estar nosso e de nossos filhos, mas, não deixemos que tais preocupações materiais tornem pesados os nossos Espíritos, impedindo que alcemos voos mais altos em busca da evolução que é a meta de todos nós.

Elza Basile foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2014. É expositora, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.

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JESUS E A CIÊNCIA

tradicional

O

Heloísa Pires

O

s ensinamentos do nosso irmão mais velho Jesus, apresentam afirmações hoje confirmadas pela Ciência do século XX e XXI. Na época, mais imaturos ainda, não conseguimos muitas vezes entendê-lo... Jesus disse: - Sois deuses, sois luzes. Como podemos ser deuses e luzes? As experiências realizadas por pesquisadores russos na Universidade de Kirov provou que Jesus falara corretamente. Fotografias feitas com as câmeras Kirlian, mostram que o nosso corpo bioplásmico, como dizem os russos, os parapsicólogos em geral; o nosso corpo de energias que chamamos de períspirito, realmente fica iluminado quando nos expressamos com pensamentos melhores. Viram ainda que do períspirito irradiam raios de luzes que permitem a ação de mentes físicas ou extrafísicas, sobre o mundo à nossa volta... José Herculano Pires, meu pai, dá essas informações no seu livro: “Relação espírito corpo”. Mas as encontramos em vários livros não espíritas, como no: “Experiências Psíquicas além da cortina de ferro”. Duas americanas narram as experiências realizadas por biólogos, parapsicólogos e outros pesquisadores. Luisa e Joseph Rhine confirmam as pesquisas e as informações. Rhine diz ainda que a mente não é física, mas extrafísica. Outra afirmação do Mestre Jesus: “Se alguém olhar para uma mulher cobiçando-a já cori

Umberto Fabb

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Umberto Fabb

meteu adultério”. Como? O simples fato de pensar age como se o fato fosse realizado? No livro: “O cérebro que se transforma”, não espírita, que traz pesquisas de um grupo de neurocientistas e uma educadora, livro coordenado pelo doutor Normam Doidge com o auxílio do Dr. Marzerik e outros doutores professores. Uma das experiências apresentadas é a realizada com um grupo de pianistas. Na primeira, o grupo toca literalmente uma música mostrada através de aparelhos especiais que a região responsável pela música se expande em luzes e outras regiões acompanham. Uma semana depois a experiência é reorganizada, mas os pianistas são convidados a cruzar os braços, fechar os olhos e pensar que estão tocando a música. A pesquisa revela que a força do pensamento dos pianistas age com a intensidade semelhante à que ocorre quando o ato foi realizado. Outra pesquisa que confirma os ensinamentos do Mestre de Nazaré: Um campeão de xadrez russo foi preso por discordar do governo. Ficou sozinho em uma cela fria durante vários meses. Os amigos pensavam que a vida do campeão havia acabado. Mas convidado a participar de um concurso ele ganha novamente jogando de forma mais brilhante do que antes. Jornalistas de várias partes do mundo foram entrevistá -lo. Ele explicou que mesmo se nenhum objeto que lhe permitisse jogar, ele se imaginava jogando e descobriu

SÃO PAULO

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18/07/2014

14:54:43


no isolamento soluções incríveis. O grande campeão demonstra a força do nosso pensamento. Não podemos esquecer o livro “Psicopedagogia” de Roger Daudime que confirma Jesus e as experiências atuais. Roger narra pesquisas feitas com ratos. Os animais foram distribuídos aleatoriamente entre dois grupos de pesquisadores. Um grupo foi avisado que receberia os ratinhos mais inteligentes; o outro grupo foi convencido de que seus ratinhos nada aprenderiam. O grupo considerado incapaz não foi estimulado e os pesquisadores só os alimentavam. O grupo considerado especial havia se tornado super inteligente. Sabiam apertar botões para conseguirem água e comida, realizavam exercícios nas rodinhas gigantes e nos outros brinquedinhos estimuladores e eram tratados com amor e

confiança pelos pesquisadores que conseguiram torná-los especiais. A mesma experiência realizada com crianças bolivianas revelou igual resultado. Imaginemos pais ou educadores indiferentes aos filhos ou educandos ou ainda convencendo-os de que não conseguirão vencer dificuldades... Eles dificilmente vencerão a barreira criada pelo pensamento destrutivo dos que deveriam auxiliá-lo... Precisamos refletir sobre as lições de Jesus lendo os livros de pesquisa cientifica de não espíritas, para verificar como o sábio de Nazaré sempre teve razão.

Heloísa Pires foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2014. É expositora, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.

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CONVITE A Ética Espírita

O O

João Baptista do Valle

espiritismo entende ética como sendo os Entretanto a renovação exige sacrifícios e renúncias, valores morais e os princípios ideais da a intelectualização deverá estar atrelada a moralização. conduta humana. O próprio Jesus foi étiA eliminação de vícios e defeitos se torna prioritária co, quando recomendou “Sede vós, pois em nossa vida e nossa bandeira deverá ser Jesus. perfeitos como perfeito é o Vosso Pai...” (MT. 5:48) Aonde quer que esteja o verdadeiro espírita aí também estará a doutrina dos Espíritos a ser dignificada Não estamos presos a escolhas negativas. por atitudes nobres e fraternas. “O verdadeiro espíriMesmo que a maioria de nós tenha feito escolhas ta se conhece pela sua transformação moral” já dizia o negativas no passado, não estamos presos a elas. Po- mestre Kardec. demos sempre voltar a escolher e fazer escolhas difeA prática da caridade se torna imprescindível e só rentes. Se observarmos as opções e crenças que não será possível se, em primeiro lugar ter o sentimento de funcionaram para nós poderemos fazer outras escolhas. Se acreditarmos por muito tempo que não éramos “bons o bastante” e por isso nos tratarmos, podemos fazer uma mudança. Podemos procurar a origem dessa crença e descobrir que geralmente a causa, foi um dos nossos pais ou uma pessoa importante na nossa infância. De nossa perspectiva adulta atual, podemos decidir que esta opinião era problema da outra pessoa e não tem nada a ver conosco. Ao descobrir em nosso processo educativo a doutrina espírita com todo o seu código de moral, rompemos barreiras sombrias do passado e assim nos tornamos “homem novo”.

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caridade despertado, em seguida o conhecimento e em terceiro o discernimento. O verdadeiro espírita não poderá desconhecer as obras básicas da doutrina, porém o estudo deverá estimular a prática, ou seja, deverá ter o conhecimento operante e não egocêntrico. A ética espírita deverá ter como base o amor ao próximo, mas também o auto amor na construção do bem e na superação do mal. Em consonância de tudo que foi dito, vale lembrar palavras sábias do espírito Emmanuel em sua oração por entendimento: “Senhor Jesus! Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que, so-

mente assim, as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência. Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo que nos felicitam a vida. E ajuda-nos Oh! Divino mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em ti, tanto quanto permanecemos em nós, agora e sempre. Assim seja.”

“a prestar quase 9 milhões de atendimentos anuais”

CNPJ 61.669.966/0001-00

João Baptista do Valle, é expositor e palestrante da FEESP.


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NÃO VIOLÊNCIA Paulo Pio

“Olho por olho e o mundo acabará cego” Gandhi.

A A

a outra face”, “andar a segunda légua”, “vencer o mal com o amor”, são ensinamentos eternos que continuam sendo uma receita segura para a humanidade. Ele também nos falava de um sonho pessoal, onde vislumbrava todos os homens vivendo em harmonia sem diferenças de raça ou cor.

humanidade caminha a passos lentos para sua destinação gloriosa. Habitaremos em um futuro próximo um mundo de regeneração onde o bem irá predominar sobre o mal, porém, o tempo que irá levar para chegarmos a este patamar evolutivo vai depender de uma decisão em conjunto adotada por todos os habitantes do planeta terra. Nosso futuro depende do agora, do hoje, ou pacificamos a sociedade no presente ou continuaremos sofrendo as conseqüências funestas da violência acentuada que permeia nossas vidas. Mahatma Gandhi nos disse que: “Não existem caminhos para a paz, a paz é o caminho”.

Para praticar a não violência em nossas vidas não basta apenas não fazer o mal, não brigar, não matar, é imperativo que façamos o bem onde quer que a oportunidade apareça. Como nos asseverou o grande Bezerra de Menezes: “O mal prepondera sobre a terra porque os bons são tímidos e tíbios”. Somos responsáveis pela coletividade e pela realidade que nos rodeia e mudá-las depende do nosso comportamento ético e honesto e de nossas ações efetivas no bem.

“Eu temo pela minha espécie quando penso que Deus é justo”. Thomas Jéferson.

“Não é a violência de poucos que me assusta, Dentro deste contexto, a prática da não violência co- mas o silêncio de muitos”. Martin Luther King. loca-se como uma das alternativas mais seguras para o crescimento espiritual e moral do ser humano. Aprendamos a ser mais compassivos e misericorMartin Luther King dizia que um seguidor do Cristo diosos com os outros e com nós mesmos, procuremos deveria viver uma vida de amor e carregar a sua cruz. exercer a não violência ativa no dia a dia: • Cuide melhor de si mesmo. Se aceite, utilize os reEle enxergava a cruz como “o poder de Deus para a salvação individual e social”. “Amar o inimigo”, “dar cursos do auto perdão e esforce-se para não cair nova-

Dr. Bezerra de

e Menezes Dr. Bezerra d e Menezes Dr. Bezerra d

Menezes A casa asso

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SÃO ESTADO DE ESPÍRITA DO

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A Casa assombrada Livraria Humberto de Campos Autor: Dr Bezerra de Menezes Rua Maria Paula, 140 (Térreo) - Bela Vista - São Paulo Editora: Edições FEESP 11 - 3107-3967 / 3115-5544 - ramal 204 ISBN: 978-85-7366-186-6 www.feesp.org.br 344 Páginas vendas@feesp.org.br ou divulgacao@feesp.org.br 14x21cm

de Menezes Adolfo Bezerra ceu em 29 de Cavalcanti nas em uma cidade 1, 183 de sto ago Riacho de Sando Ceará, antiga ama. gue, hoje Jaguaret rária, enconlite a obr Em sua como A loucura tramos títulos Valioso Autóma, pris o nov sob Filosóficos, e os grafo e Estudos la Negra”, “O romances “A Péro uro”, “Lázaro, o Evangelho do Fut ”, “Viagem dido leproso”, “O Ban , “Os Carneiros através dos séculos” assombracasa “A de Panúrgio”, da”, de 1888. o de Max, nim udô pse o Sob sobre Espiritisescreveu artigos al O País (1866mo para o jorn 1893). Rio de JaDesencarnou no abril de 1900. neiro em 11 de

Descubra os mistérios sobre “A casa assombrada” à luz da doutrina espírita. Muitos fenômenos são desvendados. Surpreenda-se!!!

PAULO 11/08/2014

12:17:29

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mente nos mesmos erros. • Caminhe sempre nas estradas da simplicidade e da cortesia. Gestos simples são um convite à pacificação. • Mude a maneira de enxergar seus possíveis desafetos, procure se concentrar nas coisas que você mais aprecia na pessoa que você menos gosta. Thich Nhat Hann diz: “Quando você compreende, não há como não amar”... • Pacifique o coração. Não deixe o sol se por sobre a sua ira. Faça as pazes hoje, peça desculpa com sinceridade de intenções. • Ouça com atenção, procure estar “presente” em qualquer diálogo proferido durante o seu dia. • Não use linguagem grosseira ou ofensiva em suas palavras. Usemos o verbo para pacificar corações e almas. Não participe de conversas desrespeitosas ou racistas. • Mude sua maneira de enxergar a vida. Procure divisar a luz divina que existe em cada ser, mesmo os mais rudes e ignorantes possuem algo de bom a realçar. • Pratique a cidadania. Recolha o lixo das ruas, zele pelas praças públicas, seja um exemplo do bem em sua comunidade. • Destine um tempo do seu dia

para a prática da oração. Reverencie o criador da vida, agradeça suas bênçãos e peça paz e harmonia para toda humanidade. • Seja um embaixador da paz e do bem onde estiver. Sempre existe uma maneira de ofertar o bom exemplo. Um homem acompanhava um amigo pela manhã até uma banca de jornais. “O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, aquele amigo sorriu polidamente e desejou um bom final de semana ao jornaleiro. Quando os dois desciam pela rua, o homem perguntou: -- Ele sempre trata você com tanta grosseria? -- Sim, infelizmente sempre foi assim... -- E você é sempre tão polido e amigável com ele? -- Sim, procuro ser. -- Porque você é tão educado, já que ele é sempre tão rude e ignorante? -- Porque não quero que ele decida como eu devo agir!”

“SÓ PODEMOS VENCER O ADVERSÁRIO COM O AMOR, NUNCA COM O ÓDIO”. Gandhi. 16

Paulo Pio foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2011 e 2014. É expositor, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.


ESPIRITISMO E Mediunidade

O O

Umberto Fabbri

s que desconhecem a Doutrina dos Espíritos acreditam que a mediunidade seja uma exclusividade do Espiritismo e que com ele tenha nascido. O próprio Espiritismo não tem uma criação específica, mas uma codificação realizada por Allan Kardec, sendo a Doutrina dos Espíritos o Cristianismo redivivo, em toda a sua grandeza e brilho. O Espiritismo está para a nossa vida, como o ar para os nossos pulmões Não obviamente como religião constituída ou aparamentada, mas como ligação com a nossa realidade espiritual e com nosso Criador. Portanto não tratamos o Espiritismo como a religião do futuro, mas, sem sombra de dúvida, como o futuro das religiões, como nos ensinou o sábio francês de Tours, Léon Denis. Futuro este como Cristianismo puro, na sua essência verdadeira, lastreado nos ensinos objetivos e transparentes do Cristo, sintetizando mandamentos, leis e profetas, em “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. O Espírito é imortal. Para conquistar sua evolução, se utiliza da reencarnação. Neste processo, habitará a materialidade e a espiritualidade. A linguagem universal do Espírito é o pensamento, para o qual não existem barreiras, nem mesmo existências em dimensões diferentes. O médium intermedia a comunicação da espiritualidade para a materialidade. Este processo sempre existiu, embora tenha recebido nomes diferentes, como por exemplo, as profecias. Os profetas eram verdadeiros médiuns, mas, por falta de terminologia específica para defini -los, receberam o nome de “profetas”. Mediunidade é uma ferramenta que acompanha o ser em qualquer plano da Criação, e se faz presente em nosso

planeta desde as eras mais remotas, onde a criatura ainda rudimentar comunicava-se com os chamados “mortos”, que continuavam mais vivos do que nunca através de metodologia comum, visando atender suas necessidades mais prementes de acordo com a sua evolução. Os sacerdotes, os profetas, os pajés, as pitonisas e oráculos, eram consultados e tidos como seres privilegiados, detentores de poderes divinos. Na história das civilizações antigas como Egito, Grécia e Roma, entre outras, a mediunidade recebeu citações importantes. Estes médiuns tidos como semideuses influenciaram a história do mundo, decidindo guerras, comandando exércitos e orientando governantes crédulos e temerosos. Temos ainda na Bíblia várias passagens que citam anjos e demônios, seres que nada mais eram do que Espíritos desencarnados se comunicando conforme suas possibilidades e entendimento. Com Jesus, a mediunidade ganha novas cores e aplicações. “Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; deem também de graça.” - Mateus 10:8, pede ele aos seus discípulos. Tempos depois, na Idade Média, vemos uma grande perseguição aos que possuíam a mediunidade. A falta de conhecimento, o fanatismo e os interesses escusos promoveram injustiças e dores, deixando os ensinamentos


do Cristo de lado. Por volta de 1.848, os fenômenos de Hydesville deram início a uma invasão organizada dos Espíritos para o estudo e codificação da Doutrina Espírita. As mesas girantes chamaram a atenção de Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), que se dedicou ao estudo sério e profundo da vida espiritual. O Espiritismo na figura de Allan Kardec e de todos os Espíritos envolvidos na elaboração da codificação espírita traz grandes revelações sobre a mediunidade e sua aplicação. Retirando seu viés sensacionalista e

sobrenatural. À luz do Espiritismo, a mediunidade se alicerça na razão e na caridade, e nos mostra os propósitos elevados da fraternidade necessária entre os mundos espirituais e materiais. A mediunidade nunca foi, não é, e nunca será exclusividade de quem quer que seja. Ela nos tira do vale do desconhecimento, livrando-nos de consequências desastrosas através das oportunidades de aprendizado com as experiências daqueles que nos sucederam, auxiliando o ser a sair do círculo vicioso do eu.

Umberto Fabbri foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2011 e 2014. É expositor, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.

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EDUCAÇÃO - QUAL SERÁ

o efeito em um futuro próximo?

N

cidos pela falta de interesse das crianças na integração com a família. Esses jovens e essas crianças estão ótimos em questões das habilidades digitais. Parecem que nasceram sabendo como funciona um tablet, um smartphone, um computador. Contudo, como estarão na habilidade de “leitura” dos sinais não verbais. Quantos adultos já não perceberam a total falta de constrangimento que um jovem demonstra, ao usar um celular em uma reunião familiar, isentando-se de participar do diálogo. Já existem, em alguns países, clínicas para tratamento de “desintoxicação da internet”. Há adolescentes (e alguns adultos), que precisam verificar e-mails a todo instante. A ansiedade de verificar postagens no facebook e ficar em comunicação com os “amigos” virtuais faz

Lançamento ceu na França, Léon Denis nas ia Tours, numa alde nos arredores de 1º de janeiro de chamada Foug, em de 12 em rs, Tou 1846, e faleceu em 81 anos. abril de 1927, aos , desde cedo De família humilde essidade, os nec por conheceu, e os pesados trabalhos manuais ília. encargos de fam o aliado preTinha o tempo com içava um minucioso, não desperd rações banais. to sequer com dist instruir o mais Procurava se s sérias para obra o lend l, possíve rio desenvolver com esforço próp ando-se, astorn , ncia sua inteligê ta competente. sim, um autodida s, ao visitar ano 18 Um dia, aos o era seu háuma livraria, com desper tada foi bito, sua atenção título: “O Livro por uma obra de n Alla Kardec. dos Espíritos” de entregou à leitu Com avidez se ler disse: ra, e depois de a solução cla“Nele encontrei lógica, acerca do ra, completa e l. A minha conersa problema univ firme. A teoria vicção tornou-se minha indifea espírita dissipou dúvidas.” rença e as minhas

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de Espíritos ção de estudo os tempos

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o final de semana decidi ir ao cinema. Ainda é cedo para a sessão, vou tomar um café. Observo jovens em grupos. Estão juntos, fisicamente. Cada um está em seu celular, dedinho vai, dedinho vêm, rostos iluminados. Nem quando mordem os sanduíches “desgrudam” dos celulares. Saíram em grupo? Por quê? Não há a menor interação do grupo, pois o desenvolvimento digital requisita tempo de envolvimento pessoal. Observo grupos familiares, quase a mesma situação. Se há crianças com tablets estão com os pais, porém imersas em seus joguinhos. Uma ou outra vez constato a intervenção da mãe ou do pai quanto ao que estão fazendo: se alimentando. Entretanto, os pais, são ven-

Léon Denis

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Valdete Zorate

írita do Estado

Federação Esp

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Autor: Léon Denis Editora: Edições FEESP ISBN: 978-85-7366-185-9 14x21cm

Livraria Humberto de Campos Rua Maria Paula, 140 (Térreo) - Bela Vista - São Paulo 11 - 3107-3967 / 3115-5544 - ramal 204 www.feesp.org.br vendas@feesp.org.br ou divulgacao@feesp.org.br

Incorporações e materializações de Espíritos; Métodos de experimentação; Formação e direção de grupos; Identidade dos Espíritos; A mediunidade através dos tempos.

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Roberto Vilmar

tua

Roberto Vilmar

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ndos inferiores. es individuais melhor, o que istar a vitória

te.

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familiares, mais do que palavras, temos que dar o exemplo. Como? Quando vamos à casa de nossos parentes, demonstramos alegria? Nossos filhos percebem nossa satisfação? Levamos nossos celulares também? Ou percebem que ali estamos apenas por uma obrigação social? Quando nossos filhos tentam conversar conosco, damos atenção? Em nossas atribulações do dia a dia, abrimos espaço para eles? Recebemos amigos em casa com satisfação, ou apenas cumprimos algumas normais sociais por interesses escusos. Quais os exemplos que damos? Estamos também mais conectados a máquinas do que em pessoas? Crianças aprendem quando conseguem ter um foco de interesse, formando circuitos neuronais, e as experiências no âmbito familiar e social, auxiliam nessas conexões. Essa prática familiar refletirá em sua vida adulta como habilidades e como inteligência emocional, hoje em dia mais valorizada em empresas, do que o simples quociente de inteligência.

Valdete Zorate foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2014. É expositora, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.

Quaresma

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Roberto Vilma

undamentais entos atuais do e atitudes que antes, a fim de erem bagagem na Nova Era, a ase Transição,

com que fiquem isolados dos ambientes sociais reais. Encontramos, em sites de psicologia, relatos de pessoas que permaneceram conectadas por dias seguidos, não saindo da frente do computador para se alimentar, nem para higiene pessoal. O excesso de uso de mídias sociais (Facebook, twitter, etc.) onde há o limite de 140 caracteres para a mensagem, também está reduzindo o poder de comunicação e de leitura dos jovens. Qualquer texto mais extenso ou mesmo a sugestão de leitura de um livro, não é mais atrativo. Há algumas exceções: seus filhos leem livros de Harry Potter? A saga Crepúsculo? Que bom! Importante é que leiam livros. E de quem será cobrado a responsabilidade de limitar o uso de mídias? Certamente dos responsáveis por essa criança. Somos nós, pais, tios, avós, e tutores que temos que negociar o quanto e quando poderão usar as mídias. Não usando só de repressão ou punição, mas com o diálogo. Devemos demonstrar a importância dos relacionamentos

Quaresma

nkatua pelo Espírito Ala

Lançamento

ral da Quaresma é natu Roberto Vilmar em 19 de Janeiro; nasceu cidade do Rio de engenharia em o uad grad abril de 1943; ração o em administ e pós-graduad @ig.com.br). (quaresmaroberto nto iniciou ime nasc o e Espírita desd idades (1957) suas ativ ainda jovem ografia); cofonia e psic mediúnicas (psi prestado sua tem s ano dos ao longo ões, tanto várias instituiç colaboração a ários, iúnicos, doutrin nos trabalhos med ocionais, quanto prom e iais assistenc administrativos. a de lizado particip Palestrante atua gressos, ontros e con seminários, enc articulista o com SP; como o da FEE ritas, ais e revistas espí escreve para jorn ional - Revista Internac al dentre elas: RIE Clarim), Jorn (O smo de Espiriti eador Sem O Revista O Clarim, ESP). (FE l iona rnac da Inte autoria: “Coisas Livros de sua pela Espírita” lançado Vida na Visão Estrada Clarim e “Na Casa Editora O ração” inho da Regene com Jesus a cam FEESP. publicado pela Léon írita Esp tro O CELD - Cen Janeiro LO Ribeiro, Rio de DE SÃO PAU Denis, em Bento ia e local DO ESTADO rênc A refe ÍRIT de ESP – RJ, é sua casa ica FEDERAÇÃO iunicamente, prát de em que atua med a Social Antônio SÃO PAULO exercida na Obr ESTADO DE Espiritual. DO nto A ame ÍRIT Trat ESP Aquino, no FEDERAÇÃO

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O Tempo Terra Livraria Humberto de Campos Autor: Roberto Vilmar Quaresma Rua Maria Paula, 140 (Térreo) - Bela Vista - São Paulo Editora: Edições FEESP 11 - 3107-3967 / 3115-5544 - ramal 204 ISBN: 978-85-7366-184-2 www.feesp.org.br 142 Páginas vendas@feesp.org.br ou divulgacao@feesp.org.br 14x21cm Nesta obra são tratados os momentos atuais do planeta Terra, e os comportamentos e atitudes que devem ser tomados pelos seus habitantes, a fim de se promoverem espiritualmente para serem hospedados na Nova Era, a etapa Regeneração, após cessar a fase Transição. 23/07/2014

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O PORQUÊ

das mortes coletivas

A A

João Demétrio Loricchio

s grandes comoções que ocorrem na nossa sociedade material trazem sempre enormes indagações e dúvidas por parte de pessoas que ainda não adquiriram conhecimentos das verdades evangélicas a respeito da Lei de Causa e Efeito e das vidas sucessivas. Segundo ainda ensinamentos Evangélicos, “não caí uma só folha da árvore sem que Deus saiba” e, com toda certeza, as “mortes coletivas” não foram obras do acaso, mas sim, todas estavam cadastradas nos anais da espiritualidade para participarem dessas desencarnações coletivas. Muitos desses fatos são consequências de Leis Naturais, ou juridicamente chamadas de “casos fortuitos”, como maremotos, terremotos, erupções de vulcões, etc., porém, outros ocorrem por acidentes ou desastres, que são provocados pelo próprio Homem, como por exemplo, acidentes aéreos, marítimos, ferroviários e, hoje em dia, até por ato terrorista. Ora esses fatos acontecem sem serem provocados por Deus, mas, em ambos os tipos de ocorrências, há a influência do ser humano, direta ou indiretamente. No primeiro caso, apesar de ser um fato natural, físico, corrobora a influência inferior da Humanidade. No segundo caso, pela imprudência do próprio homem. Essas ocorrências, chamadas catastróficas, que ocorrem em grupos de pessoas, em família inteira, em toda uma cidade ou até em uma nação, não são determinismo de Deus, por ter infringido Suas Leis, o que tornaria assim, em fatalismo. Não. Na realidade são determinismos assumidos na espiritualidade, pelos próprios Espíritos, antes de reencarnar, com o propósito de resgatar velhos débitos e conquistar uma maior ascensão espiritual. O Espírito André Luiz, no livro Ação e Reação, afirma esses fatos: “nós mesmos é que criamos o carma e este gera o determinismo”. São ações praticadas no pretérito longínquo, muito graves, e por várias encarnações vamos adiando a expiação necessária e imprescindível para retirada dessa carga do Espírito, com o fim de galgar voos mais altos. Assim, chega o momento para muitos, por não haver mais condições de protelar tal decisão, e terão que colocar a termo a etapa final da redenção pretendida perante as Leis Divinas. Dessa complexidade de fatos é que geram

as chamadas “mortes coletivas”. Os Espíritos Superiores possuem todo conhecimento prévio desses fatos supervenientes, tendo em vista as próprias determinações assumidas pelos Espíritos emaranhados na teia de suas construções infelizes, aí, providenciam equipes de socorros altamente treinadas para a assistência a esses Espíritos que darão entrada no plano espiritual. Mesmo que o desencarne coletivo ocorra identicamente para todos, a situação dos traumas e do despertar dependerá, individualmente, da evolução de cada um. Estes fatos, mais uma vez André Luiz confirma: “se os desastres são os mesmos para todos, a “morte” é diferente para cada um”. Assim, a Previdência Divina, com sua pré-ciência, aparelha circunstâncias de hora, dia e local, para congregar aqueles que assumiram tais resgates aflitivos, e, por outro lado, os que não vão fazer parte desse processo coletivo, por um motivo ou outro, não estarão presentes. No livro Tempo de Transição, do escritor Juvanir Borges de Souza, tiramos os seguintes ensinamentos referentes a este assunto: “...o mesmo princípio aplicável a cada indivíduo estende-se às coletividades; uma família, uma nação ou uma raça formam as individualidades coletivas; “...entidades coletivas contraem responsabilidades agindo como individualidades coletivas, respondendo seus por seus atos e pelas consequências deles; “...as expiações coletivas são os resgates de ações anteriores praticadas em conjunto pelo grupo envolvido; “... os grupos se reúnem na Terra para tarefas ou missões comuns, assim com são reunidos, para purgar faltas cometidas em conjunto, solidariamente, assim, o inocente de hoje pode estar respondendo por seus atos de ontem; “...a Providência Divina tem meios e formas para determinar os reencontros, o reinício das tarefas, os resgates, tanto no plano individual quanto no coletivo, em processos complexos que nos escapam à percepção”. Em seguida, o preclaro escritor traz exemplos significativos, lembrando da escravatura negra no Brasil que, durante três séculos foi uma instituição oficial, uma mancha social da qual resultam efeitos morais e espirituais até em nossos dias. Recorda ainda, a Guerra do Paraguai, país de menores recursos humanos e materiais, arcou com sofrimentos e dificuldades pesadas. 21 O SEMEADOR Internacional


tretanto, passados mais de um século desse triste acontecimento, os governos uniram-se em tratado de honra e os dois povos construíram a maior usina hidroelétrica do mundo, que proporciona enorme progresso às populações de ambos os países, com considerável vantagem para o Paraguai, uma vez que o empreendimento foi custeado na sua quase totalidade pelo povo brasileiro. Entende-se como uma espécie de ressarcimento de débito do passado, sob a forma de compreensão, cooperação e realizações positivas e justas. Existem ainda, “mortes coletivas”, provenientes de seguidores de pessoas com alto grau de persuasão, mas de baixo senso moral, que conseguem anular sentimentos e raciocínios de pessoas despreparadas e com tendência ao materialismo, inculcando ensinamentos de salvação através de atos externos, apregoando os suicídios coletivos. Mais uma vez, recorremos das palavras sábias do escritor Amilcar Del Chiaro Filho: “Quando a pessoa se fanatiza por alguma coisa, especialmente pelas idéias religiosas, o desequilíbrio se apresenta, e o que é distorcido, desatinado, parece reto, equilibrado. Existe alguma relação com obsessores? Sim, existe. Espíritos obsessores se aproveitam das disposições dos encarnados para dominar-lhes a mente e impor-lhes a própria vontade”. Transcrevermos ainda, palavras do Profº Waldo Lima de Valle, retiradas do seu livro, Morrer e Depois!: “mortes coletivas são provações muito dolorosas para os que ficam e também para os que partem, mas integram programas redentores do Espírito endividado perante a Lei e condição para que possam usufruir, merecidamente, as glórias da Vida Eterna (...) a dor coletiva corrige falhas mútuas, dos que partem e, também, dos que ficam”. O Meigo Nazareno, como não 22

poderia deixar de ser, ensina em suas “Boas Novas” a respeito dessas vítimas: “Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas cousas? Não eram, eu vo-lo afirmo: se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. Ou cuidais que aqueles dezoito, sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” - Lucas 13.15. Isso significa que os que padecem desse drama no desencarne não são mais culpados do que outros, também habitantes deste planeta ainda inferior, pois carregamos todas dívidas e imperfeições de Espíritos que faz jus reencarnar aqui na Terra. O que precisa é o arrepender que Jesus ensina, ou seja, não mais praticarmos o mal contra nosso irmão, e praticarmos sim, a caridade para compensar o mal já efetivado em vidas passadas, para termos oportunidade de escaparmos dessas aparentes tragédias. Para encerrarmos este assunto completamos com outra parábola de Jesus que demonstra materialmente essa verdade: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não acho; pode cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”. Lucas 13.6-9. Fica assim comprovado que Deus espera de nós os frutos que devemos dar pela oportunidade da reencarnação, no sentido de melhorarmos moral e espiritualmente, para não termos que expiarmos, drasticamente, nossas faltas pretéritas.

João Demétrio Loricchio foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2014. É expositor, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.


Silvia Puglia entrevista o grande ator espírita Renato Prieto sobre a estreia do espetáculo “Encontros Impossíveis” em São Paulo Silvia Puglia - Como surgiu a ideia de montar ENCONTROS (IM)POSSÍVEIS? Renato Prieto: O espetáculo é o resultado de uma inquietação minha como artista, eu queria fazer um novo desafio assim como foi o filme Nosso Lar, e também gostaria de fazer um espetáculo que ainda não tivesse sido feito dentro do cenário artístico brasileiro, com uma boa história que fizesse as pessoas refletirem e ao mesmo emocionar falando de espiritualidade. Acho que conseguimos, pois, estamos há mais de 15 meses em cartaz no Rio de Janeiro e com muito sucesso. Silvia - O que te levou a seguir em frente com a ideia e montar esse espetáculo? Renato - Conversei muito com o autor do texto e respeitado critico de cinema Rodrigo Fonseca e também contei com a corajosa e talentosa direção de Gustavo Gelmini.A partir das nossas conversas, sempre com Xodó minha produtora por perto, fomos vendo que era possível realizar esta empreitada....Posso dizer que sempre contei com a orientação dos amigos espirituais, desde a primeiras conversa até a estreia passou-se mais de uma ano. Silvia - Qual foi a maior dificuldade para montar “Encontros Impossíveis? Renato - Com certeza ajustar meu tempo de ator com a tecnologia de ponta usada no espetáculo. Precisei ensaiar muitas vezes até ficar absolutamente natural. Não foi fácil, ensaiei muito, muito mesmo para entender como era contracenar com importantes vultos da nossa história. Hoje o espetáculo corre tranquilo, mas, ainda faço questão de sempre dar uma passada antes de cada apresentação.

Silvia - Você está em cartaz no teatro Jaraguá. Quais os dias e horários do espetáculo? Até quando você ficará em cartaz? Renato - Então ficamos no teatro Jaraguá até novembro devendo continuar até a semana anterior ao carnaval. As pessoas vão assistindo, uma passando para outra e sempre retornamos ou esticamos nossa temporada devido ao sucesso. Encontros (im)Possíveis pode ser visto sempre aos sábados as 19h e domingo as 17h. E quem quiser pode ligar para o teatro para outras informações (11) 3255-4380. Silvia- Você está sempre trazendo um espetáculo com a temática espírita. Ao todos, já são quantos espe-


táculos e quantos anos de carreira? Renato - Ao todo são 14 espetáculos diferentes, sempre com uma nova e boa história, assistidos por mais de 6 milhões de pessoas em todos o Brasil. Na verdade estamos próximos de 7 milhões, e com parte da renda já ajudamos mais de 2.000 instituições em todo o país. Silvia - Qual é a maior diferença q você vê do tempo que começou a apresentar os espetáculos espíritas para os dias de hoje? Renato - As coisas eram bem difíceis, o público demorou a compreender nossa proposta e intenções. DIVULGAR NOSSA BELA DOUTRINA EM LARGA ESCALA, PRINCIPALMENTE, FORA DO MEIO ESPÍRITA. HOJE já fizemos um grande número de amigos em todo o país que sempre acompanha cada novo espetáculo. Silvia- Você tem ideia de quantas pessoas já o assistiram no teatro, nos inúmeros palcos que já se apresentou? Renato - Em nosso Brasil só não fui ao Amapá, não por falta de convite, mas ainda não acertamos nossas agendas. Fora o Amapá, rodamos todas as Capitais por várias vezes e seus principais municípios chegando, portanto aos números acima referidos, sem contar o público do filme Nosso Lar. Silvia - Nos espetáculos anteriores que você montou parte da renda foi revertida para instituições bene24

Renato - As infor mações que tenho é sim, virá Nosso Lar 2 ou Nosso Lar, os mensageiros. O diretor Wagner de Assis também está na luta com o projeto embaixo do braço correndo de um lado para o outro para conseguir os necessários patrocinadores. E, Sei que ele vai conseguir, pois, ele é muito parecido comigo... NÃO DESISTE!

ficentes. Com esse espetáculo também é assim? Renato - Quando estamos num teatro particular, como é o caso do Teatro Jaraguá, os gastos são muitos e altos, mas sim, sempre entregamos uma parte dos ingressos para instituições a um preço bem em conta. Daí eles vendem nas suas reuniõese Silvia - Qual a importância da uma parte fica para eles. doutrina espírita na sua vida? Renato - Ela é a bússola da minha Silvia - Você é espírita e não es- existência e sou muito grato por tê conde isso de ninguém. O fato de -la conhecido ainda muito jovem. assumir sua doutrina alguma vez te atrapalhou? Alguma porta já se feSilvia - Quais são seus planos chou por conta disso? para o futuro? Renato - Sou espírita por conta do Renato - Acabei de filmar em Salmeu contato com os espíritos e pela vador uma bela história sobre a Irmã bela doutrina de Kardec, não por Dulce. Devo filmar entre agosto e conta de pessoas preconceituosas setembro uma história sobre crianou separatistas. Agora fechar a porta ças índigos. Tenho ainda a peça que comigo não adianta, porque eu vou , está em cartaz em “Sampa” e depois batalho, luto, ganho na humildade a vou a alguns estados do Brasil que pessoa ou as pessoas que fecharam as ainda não fomos com este novo esportas e... Sigo em frente. Portanto petáculo. não adianta fechar a porta ou querer me atrapalhar. Sigo minha história, Silvia - Qual mensagem você contando sempre com a orientação gostaria de deixar para os leitores da dos amigos encarnados e desencana- revista? dos e mantendo o foco. Vou à luta! Renato - Acreditem em você, em Diz um velho ditado: “cobra que suas ideias, projetos e boas intennão anda não engole sapo”. Saio da ções. Vá em frente porque tem genzona de conforto e vou à luta sem- te que quer ouvir o que se tem para pre pelo bem do projeto. dizer. Não tenha medo de errar... O erro nos leva ao acerto e mais experiSilvia - Você protagonizou o fil- ência para acertar mais e mais. E por me Nosso Lar. Já tem uma data pre- último, obrigado por me apoiar nos vista para o novo filme? Será Nosso projetos que faço com tanto amor e Lar 2 ? dedicação. OBRIGADO SEMPRE.


Tradução

Do livro: “Coletanea do além” – Edições FEESP Psicografado por Francisco Candido Xavier. Poesia ditada pelo Espírito de Bittencourt Sampaio

Prayer From your throne of eternal glory Shed, my Jesus, the divine light, Generous and sweet Light that offers Life and consolation to the poor sinners. Before those who seek your workers, Assist our tiny soul, Give them the elevated and peregrine belief, You, the love of all loves! In this assembly there is sad disillusionment, Bitter human hearts, Lost in disbelief and evil. Give us the faith that overcomes the skepticism. May your love transpose the great chasm, Saving us from the shadow of impiety.

Prece Do teu trono de eternos esplendores Derrama, meu Jesus, a luz divina, Luz generosa e doce que propina Vida e consolo aos pobres pecadores. Ante os que buscam teus trabalhadores, Auxilia a nossa alma pequenina, Dá-lhes a crença excelsa e peregrina, Tu que és o amor de todos os amores! Nesta assembleia há tristes desenganos, Amargurados corações humanos, Perdidos na descrença e na maldade... Dá-nos a fé que vence o ceticismo! Que o teu amor transponha o grande abismo, Salvando-nos da sombra e da impiedade. 25 O SEMEADOR Internacional


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