Jornal FEESP - Julho e Agosto

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Jornal Espírita ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO

FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936

R$ 4,50

Julho|Agosto de 2016 - Nº 453 - Ano XLI - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL

www.feesp.org.br e-mail: redacao@feesp.org.br

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“Um Farol a Iluminar a Humanidade” Sede Central Rua Maria Paula

Casa Transitória Fabiano de Cristo

Sede Santo Amaro

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Editorial

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“Fazei o bem ao que vos odeia, e orai pelos que vos perseguem e caluniam” - Jesus

Silvia Cristina Puglia Diretora da Área de Divulgação

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uando analisamos esse ensinamento sentimos sua importância para a extinção do mal na face da Terra. É comum julgar-se alguém pelo mal que pratica, como se o mal fosse intrínseco à essa pessoa. Na verdade, o mal não faz parte da natureza íntima do individuo e sim constitui-se de uma enfermidade. Comparemos um corpo doente e as variedades de doenças que podem acometê-lo. Essas doenças se instalam no corpo por um tempo. A medicina procura eliminar essas doenças com re-

médios, mas nunca extirpa o mal eliminando os enfermos... Antigamente, os doentes de moléstias das quais as curas não eram conhecidas, eram mal tratados e até mortos. Da mesma forma os que cometiam crime eram enforcados, jogados em masmorras e muito judiados. Os profundos ensinamentos de Jesus vieram para iluminar, clarear, o entendimento para educação do ser de forma a sanear moralmente o planeta Terra. Compreendamos que somos todos irmãos, e da mesma forma que as doenças têm cura através dos tratamentos médicos, a mal-

dade tem cura através da educação moral Cristã. A educação espírita previne e vence o mal porque é essencialmente Cristã alicerçada na moral exemplificada pelo Cristo. Às vezes nos decepcionamos com irmãos que estudam a Doutrina e cometem muitos erros, mas é preciso entender que a educação moral é um processo não só de conhecimento teórico, mas da prática, uma verdadeira reformulação interior, vivenciando o profundo conteúdo de caridade e amor ao próximo. Lembremos que Jesus escolheu seus discípulos e teve experiên-

cias lastimáveis com eles. Chegou a ser traído. Por isso nos trouxe um importante ensinamento “Amai os vossos inimigos; fazei o bem ao que vos odeia.” E mais: “Perdoa porque não sabem o que fazem”. Nós espiritas chamamos de “imaturidade espiritual” para eventuais desmandos de comportamento, porque cada indivíduo compreende e pratica o bem no seu ritmo de crescimento espiritual, através das vidas sucessivas. Portanto não confundamos o mal com a criatura que a pratica porque o mesmo pode ser retirado ao longo das vivencias muitas vezes sofridas, mas regeneradoras para o Espírito. Procurando dar um sentido para sua vida, conheçamos e pratiquemos os ensinos de Jesus, do verdadeiro amor, profundamente educativos que estão contidos na Doutrina Espírita. Silvia Cristiana Puglia


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amília Espiritual é o compromisso moral e/ou afetivo estabelecido no ontem, no hoje e para o amanhã; são os laços do passado, ligando o presente com vínculos no futuro. A família terá grande importância e responsabilidade ao receber o espírito para a oportunidade da reencarnação. São espíritos que assumem acordos uns com os outros para os reajustes do passado. Nessa tarefa, lembremos que o papel dos pais é fornecer-lhes um corpo, pois o espírito já existia antes da formação do corpo. A família tem como trabalho o desenvolvimento intelectual e moral desse ser, para ajudá-lo na sua evolução espiritual. Os pais transmitem aos filhos

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Famílias Espirituais Celisa Maria Germano as semelhanças físicas, não as morais, pois são espíritos diferentes, trazendo cada um em sua bagagem ações positivas e/ou negativas, porém, “é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”, já dizia Coelho Neto. (Henrique Maximiano Coelho Neto, 1864/1934, professor e escritor). A cada nova existência, o espírito traz consigo um planejamento reencarnatório próprio, para ascender ao maior número de degraus na escala do progresso. É importante lembrarmos que os espíritos reencarnantes traçam um perfil das suas tarefas a serem executadas na nova encarnação,

comprometem-se a desempenhar os itens elaborados, e estes, estão de acordo com suas capacidades, não assumindo tarefas além da suas condições éticas e morais, ou seja, o fardo é de acordo com suas forças. À família por sua vez, cabe o apoio e a sustentação intelectual, moral e ética estabelecidos entre eles na espiritualidade. Não importa a condição do espírito; rebelde ou amoroso, a responsabilidade será sempre da família. Cora Coralina (1889/1985, poetisa e contista) dizia, “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Há duas espécies de família: as famílias unidas pelos laços espirituais e as famílias unidas pelos laços corporais. A primeira são espíritos simpáticos, unidos por relacionamentos anteriores, se fortalecem pela depuração. A segunda, mais frágil, parecem estranhos uns aos outros, divididos por antipatias igualmente anteriores que lhes servem de provas e se extinguem com o tempo. Não raro, presenciamos pais que odeiam os filhos e vice-versa, chegando mesmo a atitudes extremas.

São espíritos inimigos que se comprometem para virem juntos, numa mesma família, para sanarem os acertos do passado, através dos laços de família, onde compreensão, tolerância, paciência são fortalecidos pelo amor. Outros ainda, são completamente diferentes, parecem seres estranhos, que estão na família errada, o que popularmente se diz: você é a ovelha negra da família. É o grande desafio para ambas as partes, pois os ensinamentos começam no útero, onde são passados os primeiros sentimentos: de rejeição ou de amor. Portanto, os verdadeiros laços de família não são os da consanguinidade, mas os da simpatia, da comunhão de pensamentos que os unem antes, durante e após a reencarnação. Ninguém reencarna para desenvolver atos perversos, imorais, mas para a lapidação do seu adiantamento espiritual. Os pais exercem grande influência sobre os filhos e devem concorrer para o seu progresso intelecto-moral e esse trabalho é recíproco, um ajudando o outro nas suas tarefas, ou seja, os compromissos assumidos na espiritualidade. No entanto, a tarefa não é tão fácil como pensamos. Somos todos espíritos comprometidos, cada qual com suas tendências, e estas tendências estão nos caminhos traçados, nos atos, nas escolhas, para o bem ou para o mal; fica a critério de cada um. Quando nos afastamos do trajeto por nós mesmos traçado, nossos passos ficam inseguros, incertos. A grande maioria das famílias caminha sem se dar conta das


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influências materiais e espirituais que podem afastá-las do seu objetivo. O materialismo, o grande vilão das famílias, pois desperta o egoísmo, o orgulho e a vaidade, desafia pais e filhos a alcançarem os objetivos propostos: o aprimoramento espiritual necessário e imprescindível para a escala do progresso. Precisamos ser honestos e fiéis com os nossos propósitos e não nos deixarmos envolver pelos mantos da fantasia e das luzes da ilusão, pois, quando isso acontece, fraudamos o planejamento reencarnatório e desprezamos a ajuda dos benfeitores espirituais e dos que estão ao nosso lado, ora como pais, ora como irmãos, ora como irmãos, ora como pais. A cada reencarnação, novos desafios surgem para testar nosso aprendizado e provar nossa necessidade de superação. Emmanuel sugere uma nova divisão entre os conceitos de “família” e “parentela”. O primeiro, os laços de amor, o segundo significaria o cadinho de lutas. A família não seria parentela, mas a parentela, mais tarde, seria família. Nos dias de hoje, os laços familiares se diversificaram. Há várias configurações e formas de família que constituem o lar. Pais e mães separados cada qual com seus filhos, se casam novamente, família com duas mães, família com dois pais onde os desafios para o espírito reencarnante irá exigir evolução intelectual, moral, ética e, para as novas famílias, o exercício do amor e da caridade. Nos ensinamentos de Jesus, vemos como são atemporais suas lições, ao responder ao chamado de

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seus irmãos: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? E olhando àqueles que estavam ao seu redor disse: “Eis minha mãe e meus irmãos; porque todo aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Mais de dois mil anos são passados e suas palavras ecoam em nossos corações como um alerta. Somos todos parte de uma grande Família Espiritual, destinados ao aprimoramento, e como viajantes do Universo, nos ligamos à grande Família Universal, estagiando nesses dois planos, acertando os débitos a serem resgatados; e o Pai Celestial, amorosamente, espera que nos auxiliemos uns aos outros. Não vamos repetir chavões como: tal pai, tal filho, como está difícil a convivência entre mim e meu filho; acho que nasci na família errada, temos que nos esforçar para cumprirmos a tarefa que nos foi confiada. Embora os caminhos sejam diferentes, todos seguiremos para a mesma direção, em busca do aprimoramento. Relembrando um dos ensinamentos do nosso irmão Chico Xavier, vemos que tudo está ligado à Lei

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Causa e Efeito: Nascemos no lar de que precisamos. Vestimos o corpo físico que merecemos. Moramos de acordo com nosso adiantamento. Possuímos os recursos financei-

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ros coerentes às nossas necessidades, nem mais nem menos, o que precisamos para nossa luta e crescimento. Parentes, amigos são almas que atraímos pela lei de afinidade. Como vemos, não há casualidade, mas o que escolhemos de acordo com as nossas necessidades e merecimentos. Portanto, tivemos, temos e teremos as nossas escolhas, não somos vítimas; somos consequências dos nossos atos e por eles responderemos. Nos compromissos assumidos pelo amor em servir ou pela dor, temos em nosso irmão Jesus, uma receita infalível, cuja fórmula permanece imutável: “amai-vos uns aos outros”. A escolha é nossa! As consequências também! Celisa Maria Germano Educadora e expositora da FEESP celisagermano@gmail.com

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O Poder do Pensamento

pesar dos grandes avanços tecnológicos e científicos, e de séculos de discussões filosóficas, ainda hoje não se chegou a uma unanimidade sobre o que seria a mente e todas as suas potencialidades. A maioria dos neurologistas considera que ela é apenas uma construção de neurônios e elaborada pelo cérebro. Não considerando o Espírito a ciência está ainda longe de entender os mecanismos da mente. Segundo Edgard Armond, no livro Psiquismo, a mente é a área espiritual na qual o Espírito lança as suas ideias, pensamentos, ordens, decisões e impulsos do livre-arbítrio e da vontade e por ela recebe tudo quanto lhe vem do corpo físico e do mundo exterior pelos sentidos físicos. É a sede da consciência. Fisicamente está localizada no Diencéfalo e é delimitada pelo corpo mental. Por meio da mente exteriorizamos o pensamento. Ele não é um fenômeno etéreo, mas sim energia que procede da alma e cria uma psicosfera em torno do emitente estabelecendo sintonia com Espíritos que se afinam com o teor da energia emitida. A questão 89-a de O Livro dos Espíritos nos revela que a Alma está, onde está nosso pensamento e que este é um atributo seu. Importante ressaltar que o pensamento é uma conquista do Espírito, na verdade ele é desenvolvido, com a evolução do princípio inteligente nos reinos mineral, vegetal, animal e hominal. Ele é força motriz, energia, criado pelo Espírito, e se qualifica no

Umberto Fabbri teor de nossos sentimentos, bons ou maus, e atua primeiramente nos corpos que constituem o homem encarnado, sendo eles: corpo mental, corpo espiritual ou perispírito, duplo etérico e corpo físico. Para relembrar as definições: Espírito – Ser individualizado e inteligente da Criação. Corpo mental – É o revestimento mais sutil do Espírito, e onde se processa o raciocínio puro, elaborador, e de onde procede igualmente a formação dos outros corpos inferiores, através dos quais se manifesta o Espírito no mundo das formas. Para ilustrar de forma mais clara, encontramos uma passagem no livro Nosso Lar, quando André Luiz visita sua mãe. Os dois estavam no plano espiritual, mas em dimensões diferentes. Ela em uma dimensão superior a dele. André Luiz adormece, seu Espírito se desprende de seu corpo espiritual ou perispírito, e revestido do seu corpo mental vai à dimensão em que se encontra sua mãe. Corpo espiritual ou perispírito – Corpo semimaterial, envoltório do Espírito, mais sutil que o corpo físico e mais grosseiro que o corpo mental. Possibilita a ligação do corpo espiritual e o corpo físico. Duplo etérico – Duplicata energética que reveste o corpo físico do homem encarnado. Corpo físico – Corpo material, mais denso e grosseiro que permite a atuação do espírito no mundo material. Quando emitimos um pensamen-

to ele atua em toda esta estrutura, influenciando nossa organização fisiológica. Sob a orientação da mente, as células que compõem os tecidos e órgãos, funcionam com um todo invisível ativando e comandando o sistema nervoso e nosso organismo de modo já automatizado pelas conquistas do ser. Como usinas geradoras de força, nossas mentes influenciam diretamente em nossa saúde física. Quando emitimos pensamentos negativos, colocando para fora o nosso desequilíbrio, prejudicamos o funcionamento de nosso corpo físico, podendo gerar doenças e enfermidades, pois sobrecarregamos de energias ruins nossas células. Entretanto, quando pensamos de forma positiva, quando nossos sentimentos estão em consonância com o Amor de Deus nosso Pai, nosso corpo se beneficia e fortalece, podendo inclusive se tornar mais saudável. Quando pensamos, agimos de maneira a interferir no Fluido Cósmico ou Universal, matéria prima básica de todo o Universo. Funcionando como condutor do pensamento o Fluido Cósmico, é

captado, modificado e transformado em material mental. Por esta razão os Espíritos podem ver o que pensamos. Nossos pensamentos mais constantes e intensos se transformam em matéria mental, plasmando ao nosso redor nossas criações mentais, que duram de acordo com a forma que as alimentamos. Tantos os mentores quanto os obsessores podem perceber e analisar nossas criações mentais. Os primeiros tentarão nos auxiliar, mas os segundos, delas se utilizarão para saber quais nossos pontos fracos e como nos prejudicar de modo mais eficiente. Nossos pensamentos, emitidos em ondas, como as da televisão, onde temos uma antena emissora e uma receptora do sinal televisivo, nos colocam em sintonia com Espíritos que pensam e se afinam como nossos desejos, que possuem pensamentos semelhantes, formando assim uma rede de energias mentais que se cruzam e estimulam, de acordo com seu teor. Quando pensamos com ódio, amargura, rancor, tristeza ou outra forma qualquer de negatividade, nos unimos com mentes que emitem pensamentos semelhantes e estes se intensificam aumentando ainda mais nosso sofrimento. O contrário também é verdadeiro, quando pensamos no bem, e emitimos ondas elevadas nascidas dos sentimentos nobres tais como o amor, o perdão, a fraternidade, a ternura e a caridade, nos ligamos aos Espíritos superiores e estes sentimentos são intensificados por estas mentes bondosas. Entramos em uma atmosfera mental mais harmoniosa. Por isto o ensi-


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namento de Jesus quanto ao “Orar e Vigiar”. É indispensável educar nossos pensamentos pelo diapasão do Bem e do Amor. Por meio dos nossos pensamentos e da matéria mental emitida, imantamos os locais que frequentamos com nossas energias. Podemos perceber isto nos ambientes que frequentamos. Quando visitamos uma maternidade, por exemplo, onde as energias mentais emitidas geralmente são de esperança, renovação, vida e amor podemos sentir um clima agradável, terno, ao contrário de um pronto-socorro, onde as energias emitidas, são de dor, medo e sofrimento. É possível sentir a diferença dos lares onde se nutrem brigas e desavenças e dos que cultivam o entendimento, compreensão e amizade. Além de auxiliar em nosso processo de transformação moral, por meio do estudo dos ensinamentos de Jesus, o Evangelho no Lar também

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atua na produção, reciclagem e imantação das energias salutares em nosso ambiente doméstico. A Doutrina Espírita nos conscientiza de nossa responsabilidade de cocriadores do Universo, pois por meio de nossas criações mentais podemos influenciar outras mentes, afetando diretamente suas vidas. Que esta influência possa sempre ser positiva, nascida na legítima caridade. Lembremos que somente pensamentos nobres e justos nos imunizam do mal de mentes primitivas e doentias. Somente o amor bem aplicado pode quebrar as estruturas das trevas. Pensar bem e no bem é característica do homem verdadeiramente inteligente, que se esforça na manutenção de sua saúde física e espiritual.

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Umberto Fabbri Administrador de empresa, orador e escritor espírita da FEESP umberto.fabbri@uol.com.br

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ITOS .............................. II - REVISTA ESPÍR ........................................ ITA .............................. .................. 1857 ........................................ III - REVISTA ESPÍR ............................ 1858 ITA .............................. ........................................ IV - REVISTA ESPÍR ........................... 1859 ITA .............................. ........................................ V - O LIVRO DOS MÉDIUNS .................... ........................... 1860 ........................................ VI - REVISTA ESPÍR ............................. 1861 ITA .............................. ........................................ VII - REVISTA ESPÍR ........................... 1861 ITA VIII - REVISTA ESPÍR ...................................................................... .......................... 1862 ITA .............................. ........................................ IX - O EVANGELH O SEGUNDO O ESPIR ........................ 1863 ITISMO.................... X - REVISTA ESPÍR ................................ 1864 ITA.............................. ........................................ XI - O CÉU E O INFE ............................. 1864 RNO .............................. ........................................ XII - REVISTA ESPÍR ITA ........................ 1865 XIII - REVISTA ESPÍR ...................................................................... .......................... 1865 ITA .............................. ........................................ XIV - REVISTA ESPÍR ........................ 1866 ITA .............................. ........................................ XV - REVISTA ESPÍR ITA ........................ 1867 XVI - A GÊNESE .......... ...................................................................... .......................... 1868 ........................................ XVII - REVISTA ESPÍR ........................................ ITA.............................. ..................... 1868 XVIII - INICIAÇÃO ........................................ ESPÍRITA .................... ....................... 1869 ........................................ XIX - OBRAS PÓST UMAS .............................. .......................... 1869 ........................................ ........................ 1890

.................................... 1857 .................................................... I - O LIVRO DOS ESPÍRITOS ................................. 1858 .................................................... ................................ 1859 II - REVISTA ESPÍRITA ............. .................................................... ................................ 1860 III - REVISTA ESPÍRITA ............. ............. ............. .......................... ........................ 1861 IV - REVISTA ESPÍRITA ............. ............. ............. NS ....................................... ................................ 1861 V - O LIVRO DOS MÉDIU ............. ....................................... VI - REVISTA ESPÍRITA ............. ............................................ 1862 .................................................... TA ESPÍRI A ................ 1863 REVIST ............. VII ............. .................................................... VIII - REVISTA ESPÍRITA ....................................... 1864 DO O ESPIRITISMO............. ........ 1864 IX - O EVANGELHO SEGUN .................................................... ............. ............. ............. TA X - REVISTA ESPÍRI .......................................... 1865 .................................................... XI - O CÉU E O INFERNO ............................................ 1865 ............. ............. ............. ............. XII - REVISTA ESPÍRITA .......................................... 1866 .................................................... XIII - REVISTA ESPÍRITA .......................................... 1867 .................................................... XIV - REVISTA ESPÍRITA ............................................ 1868 .................................................... XV - REVISTA ESPÍRITA ................................. 1868 ............. ............. .......................... XVI - A GÊNESE .......................... ......................................... 1869 ............. ....................................... XVII - REVISTA ESPÍRITA .................................. 1869 TA .................................................... XVIII - INICIAÇÃO ESPÍRI .......................................... 1890 .................................................... XIX - OBRAS PÓSTUMAS

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Paulo de Tarso - inimigo dos Cristãos?

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aulo foi um gigante na compreensão dos ensinamentos de Jesus. Veio preparado para a grande missão: divulgar a Verdade libertadora que construiria o mundo novo apresentado nas varias profecias. Filho amado de uma família que ensinou ao menino o oficio de tecelão, futuro rabino escolhido para substituir o grande rabino, e professor de Paulo, Gamaliel, começou a perseguir e torturar cristãos porque não admitia que homenageassem Deus diferente dos costumes judeus. Moisés conseguira, pela primeira vez na história, que todo um povo acreditasse no Deus Único. Paulo amava o Deus apresentado por sua religião e odiava a ideia de que seu Deus enviara ao povo judeu um Messias fracassado que morrera na cruz. Paulo, orador brilhante na Sinagoga e no Sinédrio convenceu seus amigos e colegas a permitirem o apedrejamento e morte de um jovem orador cristão chamado Estevão. Só quando Estevão estava quase morto a noiva de Paulo chega e descobre que ele apedrejara seu irmão Jeziel, que havia sido preso e enviado para a escravidão. Embora os irmãos perdoassem Paulo ele não se perdoou. Terminou o noivado e partiu para Damasco no desejo de prender Ananias, o cristão que julgava ter convertido sua noiva Abigail. Quando estava chegando em Damasco enxergou Jesus de Nazaré todo iluminado; lembrou que conhecera o Mestre no plano espiritual e reconheceu-o como o Messias prometido que libertaria os judeus da prisão a incompreensão da finalidade da vida na Terra. Ini-

Heloísa Pires cia, aconselhado por Gamaliel, que também se tornara cristão, o estudo dos ensinamentos de Jesus e passa a viver para exemplificar e divulgar os ensinamentos do Mestre de Nazaré. Uma nova vida se inicia... O orador brilhante, o futuro rabino, o filho amado larga tudo e vai para o deserto ainda orientado por seu ex-professor para estudar, refletir sobre os novos ensinamentos. O complexo de culpa o acompanha mas não impede um excelente trabalho na divulgação do Mestre. Sente culpa pela morte de Estevão,de Abigail (que morre quando ele a abandonara envergonhado por ter matado seu irmão) e de tantas outras mortes, prisões dos seus irmãos judeus que se tornaram cristãos. Para os menos avisados havia enlouquecido. Enfrentou problemas terríveis, foi desprezado, perseguido, apedrejado. No início tentou falar nas Sinagogas mas era ridicularizado, denunciado, açoitado e compreendeu que precisava reiniciar nas células cristãs. Tentou falar em Atenas crendo que o compreenderiam mas só encontrou ironia, incompreensão. Diz certa vez que pregando enfrentara muitas dificuldades mas que seria pior se não fizesse as palestras sobre os ensinamentos do Mestre de Nazaré; diz: “Ai de mim se não pregasse o Evangelho...” Depois que Jesus aparentemente deixou o trabalho na Terra, compreendeu a Caridade. Entre os judeus, gregos, romanos, o conceito de Caridade não era bem compreendido.

Paulo compreende e fala: -Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse caridade seria como o metal que soa ou como o sino que tine. Ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e tivesse toda a fé a ponto de transportar montanhas se não tivesse caridade nada seria. E se eu entregasse todo o meu dinheiro aos pobres e meu corpo para ser queimado se não tivesse caridade nada me aproveitaria. A Caridade é sofredora, é benevolente, não inveja, não se ensoberbece, não se irrita, não suspeita mal... A Doutrina Espirita que é ressurreição do Cristianismo apresenta a Caridade como a chave da evolução espiritual. Como Jesus ensinou, é indispensável amarmos o próximo como a nós mesmos... E para nos amarmos precisamos caminhar “na Luz”, mesmo porque como Jesus dizia “somos deuses e somos luzes “ e “somos o sal da Terra”. Explica que devemos ter Fé porque em “Deus estamos e em Deus

nos movemos” Que Deus nos ama, ama não só aos judeus mas a todos aos gregos, aos romanos. Quando Paulo diz que estamos e nos movemos em Deus lembramos um ítem esclarecedor do livro :”A Gênese” , no ítem “Uranografia” que explica que Deus é O Criador, criou tudo que existe, e através das suas Leis age sobre a energia cósmica Universal, na qual estamos mergulhados como peixes no oceano André Luiz nos explica no livro: “Evolução em dois mundos” que estamos mergulhados no pensamento de Deus. Queiramos ou não estamos amparados pela Inteligência Suprema do Universo, Causa Primária de todas as coisas... Compreendemos nossas possibilidades mediúnicas e telepáticas. Comunicamo-nos uns com os outros, revestidos ou não de corpo físico, como a parapsicóloga não espírita Luisa Rhine diz, através das nossas ligações mentais, da conexão que estabelecemos com encarnados ou desencarnados que pensam de forma semelhante; ligamo-nos com aqueles com os quais nos assemelhamos; precisamos melhorar espiritualmente para estabelecermos ligações com nossos irmãos mais esclarecidos. Lembrar do “orai e vigiar” apresentado por Jesus. Lembrar de frequentarmos reuniões que reforcem o nosso desejo de evolução; encontramos na perseverança e nos recursos da Casa Espírita o que necessitamos para nos fortificarmos no bem... Heloísa Pires Educadora e palestrante espírita heloisapires@uol.com.br


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ntre o céu e a Terra há muito mais do que qualquer um de nós pode imaginar. É certo que nos perguntamos: De onde viemos? Para onde vamos? São questionamentos que nos conduzem ao desenvolvimento da ciência e à busca pela origem do ser, bem como, a buscarmos desvendar a vida futura. A fim de alcançarmos o nosso objetivo, enviamos sondas ao espaço para nos indicar o que há. Sob a ótica da ciência ainda estamos restritos aos instrumentos que dispomos, que com o tempo aperfeiçoamos, e com eles novas descobertas sobre o espaço surgem, enfim, buscamos conhecer, mais e mais, sob a pequena perspectiva que temos e que pode nos parecer grande. Por outro lado, os Espíritos que se encontram em estágio superior ao nosso, mais evoluídos e depurados, penetram e vislumbram o espaço e nos ampliam o conhecimento, afirmando o que Jesus nos disse: “Há muitas moradas na casa do meu Pai”(João, 14:2). O espiritismo, por sua vez, mediante suas obras básicas, codificadas por Allan Kardec, nos informa que existem mundos habitados e que entre a Terra e outros mundos, existe um espaço que não está vazio, que se encontra habitado também por colônias espirituais e Espíritos, que se encontram em estado de erraticidade, ou seja, de adaptação para a prospecção de uma nova encarnação, mediante proposta reencarnatória própria, sendo esse espaço composto de

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Entre o Céu e a Terra Miriam Ofir Barbosa matéria bem mais sutil do que a que conhecemos aqui na Terra. Informam-nos que há a existência de dois elementos gerais do universo o Espírito e a Matéria, e acima de tudo e de todos o criador DEUS. É através do Fluido Cósmico Universal ou apenas Fluido Universal, visto que a ideia de Cosmos para nós é a mesma de Universo, que há a modificação e a transformação dos inumeráveis corpos da natureza, sendo ele a matéria elementar primitiva, imponderável e eterizado, de materialização ou de ponderabilidade. Sendo a “materialização” pertencente aos fenômenos estudados pela ciência e a “eterização” pertencente aos fenômenos espirituais ou psíquicos. A famosa frase do escritor inglês William Shakespeare “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”, nos reporta à existência dos Espíritos e do mundo espiritual, sendo essa ideia aceita de forma bastante natural por nós, pois intimamente reconhecemos que somos centelha Divina, trazemos assim inata a certeza de que a vida do espírito ou alma não termina com a morte do corpo físico. O que modifica é a condição que diversas religiões apregoam com relação ao que ocorre com a alma após a morte. O desenvolvimento da inteligência humana já não pode mais acreditar que ao morrer, ou desencarnar, nossa alma morre também, ou que passa a viver em um espaço circunscrito, que é chamado de “céu” para os bons ou de “inferno” para

os maus, se assim ainda entendêssemos, corresponderia a dizer que Deus é injusto e punitivo. Desde a época mais remota, sempre existiram as comunicações entre o mundo espiritual e o nosso, podemos nos referir, como exemplo ao recebimento da “Tábua dos Dez Mandamentos” por Moisés, onde aí esteve presente a mediunidade de psicografia, outro exemplo à época do Cristo, com o “Pentecostes”, presente aqui a mediunidade de psicofonia, mais especificamente a xenoglossia, ou seja, a transmissão de mensagens por idioma diverso daquele que o medianeiro utiliza, o que dizemos: falar em outras línguas, mediante processo mediúnico. Hoje conhecemos melhor o mundo dos Espíritos graças ao advento do Espiritismo, não bastassem os fatos, que ocorrem em todos os lugares, lares e mesmo dentro das instituições religiosas, que vêm confirmar que existe uma interação constante entre o plano espiritual e o físico. Além do mais, em “O Livro dos Espíritos”, quando Kardec questiona: “Os Espíritos influem em nossos pensamentos e em nossas

ações? (Q. 459) Eles respondem que sim, “Nesse sentido, a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem”. Há assim um intercâmbio constante entre o mundo espiritual “céu” e o mundo terreno ‘Terra’ e os seres nela encarnados, somos assim, compostos por espírito, corpo e perispírito que é composto de matéria sutil, quintenssenciada, ainda a caminho de ser desvendado pela ciência . Basta observarmos melhor ao nosso redor e em nós mesmos, e imaginar: quem de nós não percebe muitas vezes um pensamento que parece não ser seu, ou seja, diferente do que conhecemos e divergente de nossas tendências? Eis aí uma comunicação que chamamos de inspiração. O sono também propicia o desprendimento relativo do espírito, quando nosso corpo fica em repouso e nosso espírito fica ligado a ele por um laço fluídico sutil, nos propiciando o desprendimento parcial da matéria mais densa que é o nosso corpo físico e vamos para onde o nosso pensamento nos conduzir, tendo assim um contato mais amplo com o plano espiritual. Afinal, todos somos médiuns, o que resta é sabermos qual a aptidão de cada um de nós nessa seara. André Luiz, médico que foi enquanto encarnado na Terra, após o desencarne, através da psicografia de F. C. Xavier, nos enviou farta orientação de como ocorre esse intercâmbio, em sua obra “Entre a Terra e o Céu” que nos fala sobre a relação de amor e ódio entre três Espíritos, ele nos mostra a apli-


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cação prática daquilo que a Doutrina Espírita nos ensina, que se trata da oportunidade que temos de uma nova vida após esta existência, mediante a reencarnação, cujo processo se dá naturalmente. No livro “Instituto de Confraternização Universal e as Fraternidades do Espaço” escrito por Martha Gallego Thomaz, temos a oportunidade de compreender que o espaço está repleto de fraternidades, onde Espíritos desencarnados buscam a convivência em torno dos ideais comuns, procurando a própria evolução e ajudando o Planeta Terra, que é a pátria comum. A melhor maneira de aproveitarmos a presente encarnação é procurando nos melhorar interiormente, através do conhecimento dos ensinamentos de Jesus, praticando-os. Cuidando do nosso corpo e também do nosso espírito. Combatendo o orgulho, perdoando os nossos ofensores libertando-nos assim das amarras que nos atam a eles, deixando que cada qual utilize do livre arbítrio, escolhendo assim, cada qual a sua conduta na Terra. Vejamos que o tempo passa e nosso espírito vai pouco a pouco aprendendo, ampliando a compreensão, verificando o que pode ser feito para sermos felizes “Bem-Aventurados”. Se observarmos os acontecimentos na Terra, vemos milhares de mortes, antes provocadas entre Nações, 1ª e 2ª Guerra Mundial, por exemplo. Hoje essas guerras entre Nações já não ocorrem dessa maneira, porém, a mortandade é muito maior entre os civis hoje, do que aquelas decorrentes daquelas guerras, cerca de 20% dos civis

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perdiam a vida, esse número aumentou na atualidade para 60% e 80%, decorrentes dos conflitos internos. Exemplo do que vemos hoje na Síria, significando que ainda seguimos necessitados de repararmos nossa maneira de ser e de agir perante os nossos semelhantes, pois esse aumento se dá devido à ação do próprio ser humano, que conflita com seus semelhantes, querendo se impor, devido ao orgulho exacerbado, falta à humanidade compreender que todos somos irmãos, filhos de um mesmo Pai e que estamos aqui para desenvolvermos o amor ao próximo, a nós e a Deus, sobre todas as coisas, conforme nos ensina nosso Mestre Jesus. Os tempos chegaram, disse Jesus que haveria esse tempo, em que irmão se levantaria contra seu irmão; pai com seus filhos; filhos com seus pais. Já nos perguntamos o por que de tudo isso?

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Falta a aceitação do que nos vem do “céu”, daí a compreensão que precisamos desenvolver sobre o tema “Entre o Céu e a Terra”, pois não há comando maior acima de nós do que aquele que nos dirige em espírito, Deus e se seus atributos são: justiça, amor e bondade, e por sermos “centelha divina” temos igualmente esses atributos em nós, porém, tais atributos se encontram ainda por serem explorados e postos em ação, dentro de cada um de nós. Cada acontecimento na Terra está sob a égide de Deus, mesmo que pensemos que as aflições não fazem parte desse contexto, elas são necessárias para o nosso aprendizado, infelizmente ainda necessitamos do aprendizado pela dor, até que o amor se torne luz em nosso ambiente. Se pegarmos como exemplo o telefone, a ligação não se dá daqui “Terra” para lá e sim de lá “Céu” para cá.

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Podemos tentar a comunicação com os espíritos desencarnados sim, nem precisaríamos ter essa dúvida, pois essa comunicação é natural, porém, quando utilizamos das aptidões medianímicas, todo cuidado é pouco, pois a sintonia, a ligação, se completará, de acordo com a afinidade. Para boas comunicações é necessário alto padrão vibratório e mesmo assim não podemos garantir o resultado, pois existem muitos espíritos, de diversas categorias, inclusive os brincalhões, conforme nos ensina “O Livro dos Médiuns”, e basta uma só mente distraída em uma sessão mediúnica, para que se dê ouvidos aos brincalhões e não aos espíritos sérios que possam se manifestar. Os Espíritos nos reconhecem, pelo pensamento, se quisermos ser reconhecidos como verdadeiros cristãos, ou seja, pessoas bem intencionadas, que necessitam de ajuda para algo de


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bom que pretendam, saibamos que seremos reconhecidos por nossas obras, ou seja, pela ação que viermos a desenvolver daquilo de bom que pensamos, reconheceremos aí a prática da caridade, que é o amor em ação, a que nos chama a Espiritualidade Maior, que exercitemos a todo instante. Como ainda necessitamos de ajuda para esse fim, devido às nossas fraquezas, utilizemos do recurso da prece que nos liga aos bons espíritos, que estão sempre ávidos por nos ajudar, proteger e amparar. O nosso padrão mental, a nossa conduta moral, tudo o que pensamos, mesmo que não haja uma ação decorrente desse pensamento, nos conduz a ligações mentais semelhantes. Essas formas de pensamento, se afinizam com formas semelhantes, criando uma perfeita harmonia entre essas formas, quando nossos pensamentos são infelizes, negativos, de rancor, de

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raiva e tantos outros, a afinidade será com os iguais, que darão mais força àquele tipo de pensamento desastroso. Pensamentos fixos, dessa natureza precisam ser evitados e, caso ocorram, o que é bastante natural, pois ainda nos encontramos em estado de aprendizado na esfera terrena, nos é indicado: ter fé; acreditar que momentos de atribulações passam, mediante o nosso esforço para mudança de nossos padrões mentais; buscarmos a prodigalidade da natureza, tendo mais contado com ela; ter hábitos saudáveis, afastarmo-nos das viciações; aceitar a ajuda médica se necessário; buscar ajuda espiritual, aqui na Federação Espírita ou em

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uma casa espírita séria; vigiar os próprio pensamentos e ações e orar; exercício constante no bem. Nosso planeta está se transformando e com ele tudo o que faz parte dele. Jesus veio fazer cumprir as Leis Divinas, aqui, nesta morada cabe aos homens o cumprimento das leis humanas. O mundo não está perdido como muitos afirmam, ao contrário, tudo está de acordo com o planejado pelo Plano Maior. No Brasil, a partir de 18 de março de 2016, o Novo Código de Processo Civil, entrou em vigor e com ele novidades, que não por acaso, vêm nos fazer refletir sobre as Leis Divinas, de acordo com os ensinamentos do Cristo. Jesus nos disse: “Concilia-te depressa com teu adversário, enquanto estás a caminho com ele...” (Mt., 5). O Novo Código de Processo Civil traz a conciliação e a mediação, como norma obrigatória de procedimento dentro da justiça dos homens, visando a que se conciliem, não só pelo que representa a redução dos custos para o judiciário, o “desafogar” dos Cartórios, com a redução do número de processos, bem como visando à celeridade desses, mas também, buscando que nós, que cada um de nós, consiga

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cortar o mal pela raiz, que através da conciliação, as lides se resolvam de maneira amigável, com ponderação, com equilíbrio, para que as relações sociais não se findem após um conflito de interesses, mas que se perpetuem, visando o bem-estar de todos, que filhos menores possam se sentir mais seguros, pais e mães que queiram se separar, possam continuar a dar o suporte necessário aos filhos, pois seguirão sendo amigos ou ao menos pessoas que podem conversar e se ajudar. Que pequenos conflitos que surgem nos condomínios, pela inadimplência, na transação de imóveis, entre empresas e consumidores, nas ruas, nos acidentes com indenização, nas sociedades, enfim, para todos estes e muitos mais que vemos acontecer no dia a dia das pessoas, e no nosso também, que tiram o sono, a tranquilidade na convivência, no trabalho, trazendo prejuízos como dizemos muitas vezes “incomensuráveis”. Eis aí a nova Lei, vindo ao encontro do que Jesus já nos disse há aproximadamente 2.000 anos, ”Concilia-te”. É disso, é exatamente disso que o mundo precisa para se melhorar, precisamos nos conciliar, nos reconciliar, adentrarmos ao caminho da paz que é aqui representado pelo “Céu”, pois na Terra já sabemos o que temos a fazer, nos transformar em pessoas melhores, para formarmos cidadãos melhores, para termos uma vida melhor, para que a paz do Cristo esteja presente em nossas casas, pois já estará em nossos corações. Miriam Ofir Advogada e expositora da FEESP miriamofir@hotmail.com


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Palestra Julho|Agosto de 2016

Perdoar os inimigos?

D

eus na Sua Infinita Bondade e Misericórdia nos concede inúmeras oportunidades reencarnatórias para que possamos evoluir espiritualmente. Para tanto, nos envia Jesus, o nosso governador planetário, o Espírito mais evoluído que já encarnou na Terra que vivencia os Seus ensinamentos deixandonos a trilhar roteiro seguro quando seguido perfeitamente. O Mestre de Nazaré nos diz que o Maior Mandamento é: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Assim também vós deveis amarvos uns aos outros como”. (João 13,34). Esta, a virtude maior a ser alcançada. Allan Kardec e os Espíritos da Codificação destinam a obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo” ao estudo dos desdobramentos desta máxima, como por exemplo no capítulo XI - “Amar o próximo como a si mesmo”, capítulo X- “Bem-aventurados os que são misericordiosos” e no capítulo XII – “Amar os inimigos”, tal a importância de aprendermos a amar. Esse aprendizado esbarra, contudo, em nossa capacidade ainda pequena de assimilação completa do significado do amor. Jesus nos instrui a todo momento através das experiências pessoais e nos concede instrutores, escolhidos entre nós mesmos para nos ajudar na compreensão desse ou daquele aspecto. Ele vem nos dizer que para obter o Amor Universal é necessário aprender a perdoar, iniciando por nós mesmos, prosseguindo para os mais próximos, em seguida para a humanidade, citando numerosos

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Lindalva Melo exemplos com os quais nos identificamos à proporção que seguimos suas ponderações, ora serias, ora gracejadas, como é a vida. No estágio evolutivo em que nos encontramos atualmente, amar a si e ao próximo como a nós mesmos, são práticas difíceis, complexas, contudo libertadoras. Vale à pena tentar pois os resultados são extraordinários. Para conceituar o perdão temos que considerar a justiça de Deus e a Sua infinita misericórdia, por isso o Pai criador tem a capacidade de discernir os limites de cada um de nós, atuando assim, com misericórdia. Tal misericórdia será maior, segundo a ignorância daquele que comete o equívoco. Portanto perdão, é uma necessidade comum a todos nós, com maior ou menor intensidade. Jesus no Evangelho de Marcos, (2:17), explica para que veio: ”Não são os sãos que necessitam de médico, mas os doentes. Não vim chamar os justos, mas os pecadores” e em (Mat.9: 10 - 12). – “E aconteceu que estando Jesus sentado à mesa numa casa, eis que, vindo muitos publicanos e pecadores, se assentaram a comer com Ele e com os Seus discípulos. E vendo isto os fariseus, diziam aos Seus discípulos: “Por que come o vosso mestre com os

publicanos e pecadores?”Mas, ouvindo-os Jesus disse: “Os sãos não têm necessidade de médico, mas os que estão doentes Na verdade, Jesus com essa expressão um chamamento aos enganados que somos todos nós, que cometemos equívocos nessa e em outras existências, mesmo quando buscamos diferente, porém nem sempre conseguimos. Em se tratando da justiça dos homens encarnados no planeta Terra, nem sempre somos justos. Em diversas circunstâncias, já ouvimos falar da dualidade do senso de justiça. Que justiça é essa que só nos beneficia? Quando a lei for aplicada com relação a uma falta que eu cometi, desejo ser tratado com brandura. Apesar disso, quando a leitura é destinada ao outro, exijo

uma justiça com todos os rigores da lei. O que transforma a justiça praticamente em vingança. Existe uma frase, cuja autoria é controversa, que diz: “Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a Lei” (dá-se um jeitinho para os amigos). Quão distante ainda estamos dos padrões evangélicos ensinados e vivenciados por Jesus!!! Emmanuel através da psicografia de Francisco Cândido Xavier assevera que “A justiça sem amor é como terra sem água”, não sobrevive. Assim, é o amor que outorga à justiça a conotação de ela poder se tornar misericordiosa, levando em conta os nossos limites. “André Luiz comenta em seus relatos que com amor são tratados os Espíritos viciosos, criminosos e com desvelo eles são acompanhados às novas experiências terrestres”. Quão amorosa é essa perspectiva! No livro “Missionários da Luz”, no capítulo 3, o mentor Alexandre, fala para André Luiz sobre os trabalhadores de uma reunião mediúnica, de uma forma integral como ele nos enxerga, reconhecendo e descrevendo os muitos limites que temos, as diversas deficiências que possuímos, as várias justificativas que apresentamos para o recuo no trabalho do bem, porém que com certeza um dia alcançaremos a perfeição relativa, ou seja, seremos luzes. O apóstolo Paulo em I Coríntios5: “O objetivo não é destruir o pecador, mas o pecado. Isso não é destruir quem erra, mas o erro”. É, portanto, o grande objetivo da correção em Cristo: precaver através da


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educação do Evangelho do Mestre Jesus, que o indivíduo cometa desacertos. Reencarnamos na terra para aprendermos a não reincidir nos nossos equívocos anteriores, através do estudo e, sobretudo da prática do Seu Evangelho. Ou seja: para aprendermos a amar. Em todos os lugares e em diversas situações somos levados a vivenciar a experiência do ressentimento, gerando em nós a posterior necessidade do perdão. Sabemos que é no lar onde somos mais empenhados, instigados, forçados, por que não dizer, obrigados a perdoar. É no nosso lar que vamos aprimorar aquilatar a dificuldade ou não de perdoar. Certamente, lá, é o lugar de aprendizagem por excelência, onde nos preparamos para perdoar as outras criaturas que nos cercarão nas demais experiências da vida como: escola, trabalho, casamento e outras. Kardec no Livro dos Espíritos, pergunta na Questão 775 “Qual seria para a sociedade o resultado do relaxamento dos laços de família” Onde responde: “Uma recrudescência do egoísmo”, ou seja, existiria um aumento do egoísmo na terra, uma vez que é na família que aprendermos a nos tolerarmos mutuamente, ou seja, aprendermos a nos amarmos. No Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo XI – Amar ao próximo como a si mesmo: “Ao ouvirem dizer que Jesus havia deixado os saduceus sem resposta, os fariseus se reuniram. Um deles, perito da lei O pôs à prova com esta pergunta: Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Respondeulhes Jesus “ Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu

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entendimento. Este é o primeiro e o maior mandamento. E aqui tendes o segundo mandamento que é semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. – “Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos”. (Mateus: XXII 34 a 40). Essa é a grande proposta universal, para um projeto de futuro para nos amarmos uns aos outros. Sejamos bem sinceros: estamos longe de amar ao próximo como a nós mesmos, porque muitos de nós ainda não aprendemos a nos amar. Paulo na carta aos Colossenses 3:13: “Suportem-se uns aos outros

é provocar o mal a nós mesmos. Portanto, o perdão tem por objetivo nos libertar do episódio ocorrido, porque ele em si é traumático, a partir do momento em que acontece. Alguém nos humilhou ou sofremos algum tipo de abuso? Sabemos que tais circunstâncias são um mal com o qual é preciso lidar, mas guardar lixo emocional é ampliar o tempo durante o qual este mal nos afetará. Reagir às ofensas é algo que depende de nós, sendo uma escolha pessoal. Contudo, permanecer magoados ou ressentidos (sentindo novamente), é uma escolha que nos compete, não permitindo que

e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou”. Sendo o perdão um processo, não é algo pronto, e a primeira etapa do perdão é não revidar a ofensa recebida. Nesse sentido, se você se coíbe de provocar no outro o mal que sofreu então você já iniciou um procedimento de perdão, detendo um clima de antagonismo antes existente com relação ao seu desafeto. O Mestre Jesus sugeriu que avancemos no nosso aprimoramento pessoal. Logo, além de não revidar, entram em cena outras etapas, às quais são do nosso interesse. Enquanto, revidar é provocar o mal ao outro, manter o ressentimento

aquele mal-estar ocorrido no passado se eternize no nosso coração. A mágoa que alguém nos causa não é o que conta, mas sim, como reagimos a ela. Logo, perdoar é libertar-se do mal. Perdoar aos amigos é dar prova de amizade. Perdoar as ofensas é mostrar que se melhorou. “Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio”. “Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência? (E.S.E. – capítulo X, item 15 – Apóstolo Paulo).

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Todavia, nem sempre perdoar significa alcançar o perdão do outro, uma vez que o perdão é unilateral. Devemos fazer a nossa parte. Compreendemos que nem sempre a experiência familiar é simples, sendo às vezes o nosso lar o lugar mais difícil. Devemos nos lembrar que nossos pais e familiares são almas carentes de Deus, como nós, e que estão conosco no mesmo lar por uma grande oportunidade de aprendermos a nos amarmos, quando não o fazemos. Jesus diz que aquilo que fazem conosco, às vezes não pode ser evitado. Sabemos que faz parte do nosso aprendizado, podendo ser um ressarcimento devido às escolhas errôneas que fizemos, causando o mal ao outro, nesta, ou noutras reencarnações ou ainda, uma maneira de evolução, no caso de provações. A capacidade de perdoar a nós mesmos é a condição sem a qual a paz íntima jamais será experimentada, porém, não podemos confundir o autoperdão com a aceitação do equívoco, deixando de assumir a responsabilidade sobre nossas escolhas. Todos nós necessitamos perdoar e sermos perdoados ao longo da reencarnação, se desejarmos sair da solidão. Se Deus, nosso Pai Criador, que é perfeito, justo, bom e infinitamente misericordioso, nos ama e nos perdoa, por que nós não devemos aprender a perdoar as nossas falhas, dos nossos amigos e até dos nossos inimigos? E qual o caminho? Seguir Jesus, através do Seu Evangelho de Amor. Lindalva Melo Médica e expositora da FEESP lindemelo1@gmail.com


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Congresso Espírita FEESP 2017 28 de Abril a 1° de Maio Abertura de Divaldo Franco Tema:

O Grão de Mostarda


EVENTOS ESPÍRITAS

Congresso mundial – O Conselho Espírita Internacional (CEI) e a Federação Espírita Portuguesa realizarão de 7 a 9 de Outubro de 2016 o 8° Congresso Espírita

Encontro de Jovens 2016 AIJM/FEESP

Evento gratuito

Mundial, em Lisboa. O tema central “... em defesa da vida.” Já são confirmadas as presenças de Divaldo Pereira Franco e Raul Teixeira. Info: www.8cem.com

O curso se propõe a uma ampla abordagem da questão da saúde, levando em conta não só a Ciên-

cia mas também a Espiritualidade, como caminhos para desfrutarmos de uma vida plena e saudável.

Local: Salão Bezerra de Menezes Rua Dona Maria Paula, 140 Data: 28/08/2016 Horário: 9:00 – 14:00 Proposta: Oficina de Teatro, musica, dança e desenho. Palestra, vivência e oficinas com abordagem no dia-a-dia do jovem, enfatizando o estudo e a prática do Bem para que sejamos instrumentos mais afinados com o propósito maior ensinado por Jesus.



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Aconteceu Julho|Agosto de 2016

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Super brechó e bazar da FEESP Vera Millano

N

os dias 09, 10 e 11 de junho de 2016, realizamos um super brechó e bazar na Sede Maria Paula, organizado pelos Diretores de Departamentos da Área de Assistência Espiritual da FEESP, coordenado pelas Diretoras Maria de Souza Alves, do Departamento de Eventos e Manutenção, Mabel Alcântara e Silva, do Departamento dos Samaritanos II e Ieda Porfirio de Moraes, do Departamento das

Assistências Espirituais P3E e P3M, com o objetivo de arrecadar verba para a manutenção mensal desta casa que amamos, que nos oferece tantas oportunidades de aprendizado e trabalho no bem e que ampara milhões de pessoas anualmente. Sabemos que somente a união promove grandes realizações e queremos agradecer a parceria de amor com a nossa querida Área de Ensino, que nos apoiou de forma intensa. Agradecemos as doações,

gentilmente trazidas por colaboradores, alunos e frequentadores, que foram fundamentais para o sucesso do evento, que inclusive, superou as nossas expectativas. Somos imensamente gratos a todos que passaram por lá, fizeram alguma compra ou mesmo aqueles que não compraram, mas deixaram uma vibração de carinho e paz, colaborando para a harmonia do nosso ambiente naquele local. A tudo isso acrescentamos a

alegria, o empenho e a fraternidade demonstrada por todos os colaboradores que trabalharam, não somente nos três dias, mas durante toda a semana, organizando o bazar e vivenciando o prazer de servir em mais esta tarefa em nome do bem. Que Jesus sempre nos encontre semeando a paz e a união. Com carinho, Vera Cristina Marques de Oliveira Millano Diretora da Área de Assistência Espiritual


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Vera Milano (Diretora da Área da Assistência Espiritual) e Maria Luiza (Gerente do Bazar)


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Feira Cultural Julho|Agosto de 2016

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155 anos de O Livro dos Médiuns Ligia Feitosa

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ste ano, comemoramos os 155 anos de publicação de O Livro dos Médiuns. Por esta razão, a Área de Infância, Juventude e Mocidade escolheu a Mediunidade como tema de todos os seus eventos, inclusive da Feira Cultural, que aconteceu no último dia 04 de junho. Segundo volume da Codificação Espírita, O Livro dos Médiuns é uma obra de caráter experimental

e científico, e foi elaborado com a finalidade de organizar a parte prática da Doutrina, constituindose um roteiro seguro para Médiuns, Doutrinadores, Dirigentes e todas as demais pessoas envolvidas no trabalho de intercâmbio com os Espíritos. Nesse sentido, Kardec diz: “Aumenta todos os dias, ao lado dos médiuns, o número de pessoas que se dedica a manifestações espíritas. Orientá-las nas suas ob-

servações, apontar-lhes as dificuldades que certamente encontrarão, ensinar-lhes a maneira de se comunicarem com os Espíritos, obtendo boas comunicações, é o que também devemos fazer para completar o nosso trabalho. Ninguém estranhe, pois, se encontrar ensinamentos que poderão parecer descabidos. A experiência mostrará que são úteis.” (LM, Introdução) Mesmo após 155 anos, a orien-

tação de Kardec permanece atual e esclarecedora. Se já temos mais facilidade de aceitar a existência do mundo espiritual, talvez o desafio esteja em manter o pensamento elevado e conectar-se com os Espíritos Benfeitores. Assim, o estudo de O Livro dos Médiuns mostra-se fundamental não só para o conhecimento da Doutrina Espírita, mas, principalmente, para a nossa transformação moral.


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moral. E a Feira Cultural deste ano teve como objetivo principal incentivar Educadores e Educandos a estudar esta obra tão importante, organizando um evento que despertasse o interesse dos visitantes por conhecê-la mais profundamente. Cada sala recebeu um tema e dedicou cerca de dois meses ao seu estudo e discussão, preparando uma exposição bastante lúdica, criativa e descontraída, como somente crianças e jovens conseguem fazer. Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco e Yvonne do Amaral Pereira, que desde tenra idade mostraram afinidade com a Espiritualidade Superior, receberam homenagem especial. Além disso, os principais temas do livro foram abordados. Quem teve a oportunidade de ver e ouvir os alunos falando sobre comunicação com o mundo invisível, manifestações inteligentes, ação dos Espíritos sobre a matéria, locais assombrados, obsessão, etc., com toda certeza motivou-se a estudar a mediunidade. Os

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aquele foi o primeiro contato com a Área, surpreendendo-se com o desempenho dos alunos. Considerando que, durante a infância, o Espírito é mais acessível às impressões recebidas1, eventos como a

três andares que receberam a Feira estavam lotados. Todos fizeram questão de prestigiar o trabalho: pais, alunos da Área de Ensino, colaboradores da Casa, assistidos e visitantes. Para alguns,

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Feira Cultural mostram que crianças e jovens estão prontos não só para receber os ensinamentos do Cristo, mas também para transmiti-los, cabendo a nós estimulá-los a perseverar no caminho do Bem, tal como assinalado por Santo Agostinho: “Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes.” (ESE, Cap. XIV, item 9) Que todos possamos colaborar com a Espiritualidade, cuidando de nossas crianças e nossos jovens, aproximando-os de Deus, para que a Terra se consolide como um planeta de regeneração. Ligia Feitosa Coach, educadora e colaboradora da FEESP ligiafei@terra.com.br 1 - v. questão 383 de O Livro dos Espíritos.


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