Jornal FEESP - Abril de 2013

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ABRIL DE 2013

(Mt;XVIII: 1-5) “ Naquela ora, chegaram os seus discípulos, dizendo: Quem é o maior no Reino dos Céus. E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles, e disse: Na verdade vos digo que, se não vos fizer-

des como meninos, não entrareis no Reino dos Céus. Todo aquele, pois, que se humilhar e se fizer pequeno como este menino, esse será maior no Reino dos Céus...”. Jesus toma um menino como exemplo de humil-

dade e simplicidade de coração. A criança não tem pretensão de superioridade nem de infalibilidade. O objetivo de Jesus nesta passagem era mostrar que a revelação das verdades, provindas de

Deus, não guarda relação com as posições de maior ou menor destaque, exercidas pelos homens. Ensina-nos também que ninguém entrará no reino dos céus sem a humildade e simplicidade de coração.

Miriam Canhete Lobo e Margareth Águila

O Homem diante da Vida

N

o último domingo de janeiro, dia 27, a soprano Amélia Raymundo abriu o domingo para o público do auditório Bezerra de Menezes com sua encantadora performance, trazendo serenidade e alegria a todos os presentes. O palestrante Antonio Roberto dos Santos (Bob) brindou a plateia com o tema “O Homem Diante da Vida”. Acompanhe o resumo a seguir, enviado pelo palestrante ao Jornal Espírita.

nam longe. Marte está a 56.000.000 Km distante da Terra. Alongando as Pesquisas além do sistema do nosso sistema solar encontramos Sírius a estrela mais brilhante no céu. Diante da vida o homem se encontra a caminho da Luz. Não existe vácuo, a vida é patrimônio da gota d’água tanto quanto é a essência dos sistemas

mem não passa de um amontoado de órgãos que pensa. Mesmo conquistando sucesso nos negócios, êxito nos empreendimentos sofre uma fobia social, neuroses, psicoses, tédios, vive retraído e isolado. O homem vê a majestade nos céus e identifica em si uma pobreza infinita; tem o cérebro inflamado de glória e o coração invadido de sombra. Percebe a beleza do alto e padece a miséria de baixo. O homem vive uma angústia “O Homem ante a vida e diante da Vida ante a si mes(Baseado no mo. Diante disLivro: Roteiso, se faz nero – Francisco cessário resistir Cândido Xavier com energia as – Emmanuel) impressões que Quem somos? enfraquecem a De onde vievontade. Duranmos? te a vida na terra Para onde vacada qual tem a mos? sua provação. Uma missão, É necessário devotando-se à Amélia Raymundo em sua apresentação definir rumos. família ou cumna FEESP No Espiritismo prindo os diverencontramos a sos deveres darenovação mental pelo siderais. O homem con- dos por Deus. No desemconhecimento da imor- temporâneo reduzido ao penho das tarefa quando talidade do ser. A trans- agrupamento consanguí- surgirem as inquietações formação da nossa in- neo a que se ajusta, ou e os desgostos se preciteligência deve reerguer compondo a equipe de pitarem sobre a vida proo nosso coração com o interesses passageiros curar resistir, ser forte e aperfeiçoamento íntimo. sofre algumas inquieta- corajosos. Quanto maior Os princípios que abra- ções como o ciúme, a a dificuldade, maior será çamos devem nos fazer cobiças, o egoísmo, a o mérito daquele que pessoas melhores diante dor. Não sabe doar sem resistir com fé e espeda vida, diante da huma- receber. Não consegue rança no futuro. Isolado nidade. Estamos dirigin- ajudar sem reclamar; no corpo o Espírito está do-nos para a alvorada vive criando choques reduzido em suas perde novos milênios. Ob- para os outros e para cepções. A esfera senservando o mundo onde si mesmo, recolhe os sorial é uma câmara abavivemos reconhecemos a choques da discórdia, fadora: Visão, audição, estreiteza do círculo em da incompreensão e da olfato, paladar e tato; que respiramos. Diante violência. Como diz Jo- sofrem enormes restrido esplendor do Uni- anna D’Ângelis, através ções. Entretanto, na vida verso reconhecemos as psicografia de Divaldo espiritual encontraremos dimensões diminutas do Pereira Franco, o homem uma amplitude sensorial planeta em que nos de- contemporâneo vive que nos oferece o ensenvolvemos. Descobri- num aturdimento, numa tendimento necessário mos através da ciência a instabilidade emocional, diante da evolução. Pela grandeza do Universo. O numa insegurança pes- necessidade de sublisol que garante a vida na soal, sofrendo pressões mação de sentimento o Terra tem um volume de de várias espécies. A Espírito atravessa exten1.300.000 vezes maior conquista da ciência sos túneis de sombra na que ela. A lua satélite da apoiada na tecnologia terra. Para desenvolver Terra tem uma distância nem sempre consegue os seus potenciais cada de 380.00 quilômetros trazer a harmonia, mas qual sofre limitações, a do nosso planeta. Pla- a insatisfação. Em mui- fim de que possa impronetas vizinhos evolucio- tas circunstâncias o ho- visar novos meios para a subida aos cimos da luz. Torturado pele sede do infinito, o homem cresce com a dor que o repreende e com o trabalho que o santifica. Meditando e agindo no bem, pouco a pouco tece as asas do amor e da sabedoria, que possibilitarão os voos na direção da eternidade. Somos Espíritos imortais vivendo num Universo sem limites. Evolução é fruto do tempo infinito. Da sensação à

Bob e Amélia Raymundo

irritabilidade; da irritabilidade ao instinto, do instinto à inteligência; da inteligência ao discernimento; correram séculos. Os acontecimentos obedecem às nossas intenções. Cada dia proclamamos com as nossas ideias, atitudes, palavras e atos aquilo que desejamos. Diante do Universo quais são os nossos pensamentos? Jesus no Evangelho de Mateus, V ensina-nos: Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça e todas as outras Palestrante Antonio Roberto fala sobre o homem perante a vida ao público da FEESP coisas se vos darão. Não andeis, contramos aqueles que pois, inquietos pelo dia mentos. Conversamos as mes- se deixam dominar pelo de amanhã, porque a cada dia basta a sua afli- mas conversas desinte- materialismo; De uma maneira geral ção. Estamos diante do ressantes. Saímos do trabalho e somos insatisfeitos e beinfinito, à nossa frente o bom pastor. Confiemos voltamos ao lar buscando licosos; A meta de vida na maioe caminhemos para que as mesmas coisas: bar, encontremos a luz que televisão, jornal, namoro, ria das vezes resume-se nos garantirá a seguran- sexo e assim vamos até a em possuir, dominar e desfrutar por um moça e felicidade que tanto aposentadoria. Nesse ínterim, realiza- mento; desejamos. Com tantos conheciA miséria econômica e o mos férias programadas; Visitamos lugares desa- mentos científicos e tecagressivo abandono social nológicos mal termina fazem das nossas cidades gradáveis; Participamos de reuni- uma guerra e começa o palco do crime. outra. Há uma psicosfera de ões entediantes; Os Espíritos orientamUsamos o período de temor que nos asfixia. A criatura se desuma- repouso para nos arrastar nos que a vida é muito mais que isso; niza entregando-se ao pela inutilidade; Além dos horizontes Ao final somos vitipavor ou à violência. O homem contempo- mados por um ataque que o nosso olhar pode alcançar, outros mundos râneo estabelece poucas cardíaco. As conquistas da ciência e outras humanidades metas e acaba matando o apoiadas na tecnologia não trabalham no rumo da entusiasmo de viver. Não tem estímulos para conseguem harmonizar o perfeição. Somos Espíritos imorenfrentar novos desafios. homem dos nossos dias; Em todos os setores tais vivendo num UniverA frustração emocional entorpece os senti- das camadas sociais en- so sem limites.”


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