Edição Digital do Jornal Atmosfera - 29-10-16

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Sábado, 29 de outubro de 2016

Opinião

Virtualidades viscerais: a relação entre o homem e a web Alexandra Vieira de Almeida, escritora e doutora em Literatura Comparada (UERJ) No mundo contemporâneo, um clique vale mais do que um abraço. O afeto se revela como uma neurose para muitos, pois o normal seria o olho biônico da internet. Lembrando-me de um dos heterônimos do poeta português Fernando Pessoa, em que a máquina devora o homem numa relação erotizada, o amor se transforma na aparência metálica do tecnológico. A essência deixou de ser essencial para se fragmentar nos múltiplos hipertextos da internet, que deixando a profundidade do sonho, navega numa realidade mais que costumeira, banal e sem muita riqueza vocabular. A redução de nossa memória, pela memória dos bits do computador tira o homem de sua busca pela utopia de suas noites insones pelo sonambulismo artificial da virtualidade. Esta se alimenta da energia do homem, vampirizando-o a tal ponto que horas e horas que poderiam ser usadas para o processo criativo acabam levando a uma repetição incessante. Como se ruídos fossem da noite mais sombria. Porém, há o outro lado. Com a tecnologia, podemos ver que não

só de noites tempestuosas vive o homem, pois a velocidade da internet se traduz na diferença e na repetição. A partir dela, o ser humano também pode criar, imagi-

conhecimento que não pode durar nas redes, mas que perdura nos corações dos seres em comunhão internética. Os sonâmbulos da internet se afinam com uma outra maneira de se inventar, despertam para a aurora movente da tecnologia não fabricada, mas criada pelos sonhos mais criativos. O sonambulismo se reinventa e desaparece, deixando em seu rastro o despertar de uma manhã nascente que costura novos jogos computacionais de maneira lúdica. Navegar na web se torna uma necessidade visceral, não uma obrigação. A rede leva as pessoas para outros horizontes, em que as linhas se tocam e os abraços não se partem, criando-se uma afinidade virtual. Essa mágica técnica faz de todos uns artistas cheios destas virtualidades viscerais com o contato das palavras. Porém, a mão da máquina se torna uma extensão de nossos pensamentos mais imaginativos. A tela do computador se torna um quadro da arte mais bela, em que as ideias se costuram entre si criando um mosaico caleidoscópico.

Na web se produz arte, a ideia se cria pelo dom e pela inspiração de mentes nar e “navegar” no mar do novo, com descobertas no desconhecido laço que nos une, não pelos afetos carnais, mas pelas afinidades intuitivas de uma tecla, que em poucos minutos pode produzir uma rede de fraternidade digital. No universo cibernético, as pessoas reproduzem textos e ideias com perguntas, respostas, répli-

Navegar na web se torna uma necessidade visceral, não uma obrigação

EXPEDIENTE PÁG. 2

cas e tréplicas. A consequência é a “produção” de conhecimento, um

Diretores Cleonice Dariva Fogolari Everson Fogolari Edson Machado Mauri Moro

Editor Edson Castro Endereço Av. Tiradentes, 150 - segundo andar, Centro - Erechim - RS

Portanto, a mão do homem toca a tecla, sua amante não tão distante. A máquina não devora o homem, como diria Pessoa, mas tanto o ser quanto o computador se tocam suavemente para a criação dos pensamentos mais infinitos em que como espirais se expandem no leito desta navegação artística. Na web se produz arte, a ideia se cria pelo dom e pela inspiração de mentes tocadas pelo artificialismo e o ser humano se deita nestas águas plenas ao navegar no mar desconhecido do belo reproduzido em múltiplas formas.

GRUPO ATMOSFERA Barão Comunicação e Eventos Ltda www.atmosferaonline.com.br

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Pedalando

Associação quer bicicletas como modal de transporte em Erechim Ciclovia interligando centro com Distrito Industrial e outros bairros é defendinda por quem pedala no dia a dia

A necessidade de uma vida mais saudável tem mudado o hábito de algumas pessoas e a bicicleta tem se tornado um aliado importante para quem busca mobilidade, saúde e bem estar. As bicicletas que já ganharam as grandes metrópoles a mais tempo têm sido apontadas como alternativa para o caos no trânsito aliando ainda os benefícios da prática de PÁG. 4

um esporte saudável e lazer. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de bicicletas, ficando atrás apenas da China e da Índia. Além disso, é o quinto maior mercado consumidor de bicicletas do mundo.

Com a chegada do verão a tendência é que o número de ciclistas aumente. Em Erechim, as bicicletas ganharam pela primeira vez um espaço exclusivo destinado aos ciclistas com a implantação da ciclo faixa no entorno do Parque Longines Malinowski. Para o Presidente da Associação Ciclística Pé no Pedal, Ademir Wenczenovicz, a ciclo faixa é

uma alternativa para as famílias que buscam iniciar no mundo das bicicletas. “Ciclistas não utilizam a ciclo faixa. As pedaladas para os adeptos do ciclismo são de percursos entre 20 e 60 km no mínimo”. Além da utilização urbana, grupos de ciclistas se organizam para pedaladas aos finais de semana. Rodovias próximas a Erechim receberam sinalização de advertênatmosferaonline.com.br


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preciso uma ciclovia que interligue o centro ao distrito industrial e aos bairros da cidade, só assim o uso da bicicleta irá aumentar” cita Ademir. Ademir Wenczenovicz comentou também sobre a segurança do ciclista e deu dicas para quem pretende pedalar. “Capacete e luvas são itens fundamentais ao ciclista

cia. “A Associação fez o pedido e a Prefeitura implantou a sinalização que adverte para a presença dos ciclistas nas vias” destaca Ademir. O Código de Trânsito Brasileiro prevê regramento específico para circulação de ciclistas e determina a preferência sobre os veículos automotores. Wenczenovicz destaca que a briga por espaço no trânsito atmosferaonline.com.br

envolvendo ciclistas é semelhante a q ue se dá em relação aos motociclistas. “O trânsito carece de educação e é preciso também formar melhores ciclistas” alerta. Uma das principais reivindicações da Associação Ciclística Pé no Pedal é transformar a bicicleta em um modal de transporte em Erechim. “Para que isso aconteça é

em qualquer situação. Para quem vai pedalar a noite é necessário farol e sinalização catadrióptica”. Ademir destaca também a necessidade de se alimentar durante a prática do ciclismo. “É importante comer a cada hora e também é necessário se hidratar constantemente” finaliza.

Presidente da Associação Ciclística Pé no Pedal, Ademir Wenczenovicz, PÁG. 5


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Painel

O PMDB e a orquestra do Titanic José Adelar Ody Em 8 de fevereiro de 2011 publiquei uma reflexão sobre a relação do PMDB com o PT confrontando à mesma com uma suposta analogia com a atitude inacreditável da orquestra do Titanic na hora “H” – que manteve-se tocando enquanto o maior navio do mundo descia ao fundo do oceano engolindo consigo todos que ficaram. Lembremos o último parágrafo: “E se lá mais adiante, depois que o tempo estiver ficando sem tempo – e as coisas não se alterarem substancialmente, embora ainda haja tempo; o que fará o PMDB? Manterá sua dignidade, resignadamente, e tocará o violino enquanto a água gelada for subindo-lhe às canelas, à cintura, ao pescoço até engoli-lo, como a orquestra do Titanic, ou...? Seria, sem dúvidas, uma atitude honrada – fosse o PMDB tripulação do Titanic. Mas o PMDB não opera num navio – mas, ao que se sabe até os dias de hoje, opera o PMDB, ainda, na política. Logo...! Recordo esta coluna porque a maioria viu nela um exagero, um “fora da casinha”, um intento que objetivava jogar um contra o outro para desfazer “a solidez de uma aliança que mostrava-se, aparentemente, imbatível”. O maior equívoco do PMDB foi não só subir ao palanque abraçado ao PT - mas permitir que sua candidata Ana Lúcia Oliveira, corresse o risco e, PÁG. 6

em correndo o risco, objetivamente, perder a eleição. Desde o início quando os candidatos foram dados a conhecer duas grandes verdades, maiores que o Titanic, se impuseram no processo sucessório de Campo Pequeno E, as duas corriam tão aceitas em todos os endereços da cidade que tornaram-se questões acima da eleição, indiscutíveis, vencidas. Uma delas é que nenhum dos três nomes, empolgava arrancando um “ahhhh – mas este ou esta...”. Não. Os três foram tratados pelo eleitor como uma espécie de “é o que temos para o momento”, e isto não retira nenhuma credencial ou virtude de nenhum deles. Mas era assim – rigorosamente assim, não sejamos hipócritas com a verdade; que os “sem partido”, os “sem cargo” ou os “sem paixão por um ou outro” via o trio oferecido. E em sendo assim – teríamos quase um empate, com um prejuízo maior a quem sua vida político/eleitoral estava iniciando, como foi o caso de Flávio Tirello. No caso de nenhum empolgar - optou-se entre os mais “cascudos” por assim dizer, embora, diante de tamanha “desempolgação” (?), havia quem apostasse no “já que é assim, então vamos no novo”. Vai daí a surpreendente (não a mim) votação de Flávio.

A outra verdade inquestionável, irrefutável e que só foi ganhando corpo à medida que os dias passavam - foi a causa da derrota de Ana Lúcia Oliveira. A decepção, a desilusão, a traição provocada pelo PT em nível nacional. Transformou-se em rejeição, e até em raiva junto ao eleitorado desapegado – e flagrantemente majoritário.

e a história teria sido outra. Esta eleição histórica de 2016 trouxe consigo uma lição – que já devia ser da prática dos partidos há anos, há muitas eleições: as alianças devem ser construídas com um único objetivo: ganhar. Vencer. Ganhar. E não, nunca, jamais para agradar ou, pior, para compensar.

O PMDB não soube, não quis, ou faltou-lhe coragem, de colocar na mesa da aliança o estrago que o PT provocou nas famílias do Brasil. E muito provavelmente pegando para si a máxima de Jandir Cantele dos anos 1980/90 “aqui a crise chega mais tarde, quando chega”, abraçou-se ao violino lulopetista renegado no país inteiro eTocando e entoando “Nearer, My God, To Thee” (Mais perto, meu Deus, de ti). desceu ao fundo do oceano. O capitão do Titanic, Ah – mas não bem assim. A diferença foi aquela que quem Edward Smith foi alertado antes de viagem, perdeu mas não sobre icebergs. não quer nem falar. Operadores de rádio (plantonistas) É – mas foi. também teriam desprezado alertas. Não fosse oferecer garupa ao PT e a conversa seria outra. Em Campo Pequeno, Foi como o ar envenenado o PMDB também foi. das sete pragas do Egito, Em 2011 não dava para que no caso doméstico ver ainda só poupou os visceralmente com clareza apaixonados pelo PT que o tamanho do risco, pintaram com tinta vermelha mas que o Lulopetismo, a porta de suas casas. com seu rastro de estragos Todos os demais – foram estava no caminho dizimados pelo ar do Pai – estava. Que revoltou-se contra o rei Assim como os icebergs na rota lulopetista por prometer Titanic. o céu na terra ao povo e entregar-lhe a escravidão do teto Quando viram – era tarde. de endividamento familiar, E o preço foi alto. uma espécie de “dívida família”. E esse sentimento correu livre, leve e solto como um potro xucro pelas planícies de Campo Pequeno. Sem licença e indomável afugentou empresários e trabalhadores/desempregados, religiosos e ateus, ricos e pobres, brancos e afro-descendentes, cultos e ignorantes, professores e alunos, filhos, pais e avós, presentes e ausentes em tudo.

Tivessem tido PMDB e PT visão e grandeza de se separar em chapa com, digamos, um Walmir Badalotti de vice ao lado de Ana Lúcia, o PT com seu apoio branco,

Uma noite de domingo que, nas águas geladas do Atlântico, como no abafamento insuportável da contagem dos votos e suas circunstâncias em Campo Pequeno, jamais será esquecida. atmosferaonline.com.br


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Cozinhando

Se você quer garantir uma janta de sucesso com os amigos e agradar a todos, que tal preparar uma noite de petiscos, regada a boa bebida e pessoas especiais?! A dica de receita que preparamos para você é uma deliciosa costelinha suína com molho especial e batatas rústicas. Para que ninguém fique de fora dessa grande festa, você pode preparar espetinhos de mini sanduíches para aqueles que não comem carne, feitos com pão fatiado, tomate picado, pepino e queijo picado. Esta receita rende 8 porções e o tempo de preparo é de 1h30.

Ingredientes: 2 kg costelinhas de porco, sem capa de gordura. Ingredientes - molho: 1 colher (sopa) óleo 2 colheres (sopa) cebola picada 1/2 xícara (chá) açúcar mascavo 1/2 xícara (chá) vinagre branco 2 colheres (sopa) molho inglês 2 xícaras (chá) catchup 1 folha de louro 1 colher (sopa) chilli em pó 1/2 xícara (chá) água Sal e pimenta do reino a gosto

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Costelinha suína temperada e acompanhada de batatas rústicas Modo de Preparo: 1.Espalhe sal por toda a carne e coloque para ferver por 10 minutos em um panela com bastante água quente. 2.Escorra a água, arrume as costelinhas em uma assadeira, cubra com papel alumínio e leve ao forno baixo ( 180º) por 40 minutos. 3.Em uma panela, refogue a cebola no óleo, acrescente o açúcar mascavo e o vinagre e deixe o açúcar dissolver. 4.Acrescente o molho inglês, o catchup, o louro, o chilli em pó e a água e cozinhe por 30 minutos em fogo baixo ou até o molho engrossar. Tempere com sal e pimenta-do -reino, coe e reserve. 5.Após os 40 minutos retire as costelinhas do forno, retire o papel alumínio e pincele com o molho. 6.Aumente a temperatura do forno, asse as costelinhas por mais 10 minutos, pincele novamente com o molho, asse mais 5 minutos e repita mais uma vez esta operação. Sirva com mais molho à parte.

Batatas Rústicas Ingredientes: 8 batatas 1 cabeça de alho 1 ramo de alecrim sal grosso a gosto pimenta a gosto páprica doce a gosto (opcional) Azeite (+- ¼ xícara) Modo de Preparo: 1.Lave as batatas. Corte ao em oito. Assim: Primeiro ao meio, depois cada metade ao meio de novo, e depois cada pedaço ao meio. Lembre de deixá-las com casca. 2.Cozinhe as batatas em água com sal por cerca de 8 minutos. 3.Disponha as batatas na assadeira. Adicione os dentes de alho, o ramo de alecrim. Adicione o sal, a pimenta e a páprica. Regue com azeite e misture bem e cubra a assadeira com papel alumínio. 2.Asse em forno pré-aquecido por 180ºC por aproximadamente 40 minutos, até que as batatas estejam macias. Retire o papel alumínio e retorne ao forno por mais 15 minutos ou até que as batatas fiquem douradas. 3.Retire do forno e servir como acompanhamento. PÁG. 7


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Queda livre

Erechim tem déficit de 6,4 mil vagas de emprego nos últimos três anos Dados do Ministério do Trabalho apontam forte queda na geração de emprego nos últimos anos, após um longo período de números positivos Isadora Guazzelli O tempo de fartura parece ter chegado ao fim. Erechim viveu um longo período de números positivos na geração de emprego. Desde 2002, segundo levantamento efetuado pelo Ministério do Trabalho, a cidade só teve um registro negativo, em 2005, e até 2013, comemorou o bom momento para o trabalhador e também para o empregador. Mas os postos de trabalho estão sumindo. Nos últimos três anos, mais de 6,4 mil pessoas que ficaram sem emprego. A geração de emprego foi positiva em 11 dos últimos 15 anos. O maior pico ficou em 2007 quando foram gerados mais de 4,6 mil postos de trabalho no município. A curva ascendente que começou em 2002, segundo dados do Ministério do Trabalho, até 2013, só teve uma queda em 2005, quando foram extinguidos três pontos no acumulado do ano. PÁG. 8

No entanto, após 2014, as quedas tem sido sucessivas. No primeiro ano de forte queda, foram extintos mais de 2,8 mil postos de trabalho no município.

No ano seguinte, mais 1,9 mil Neste último ano, a indústria foi postos foram extinguidos e em responsável por boa parte da extin2016, de janeiro até setembro, fo- ção dos postos de trabalho. ram mais 1,7 mil postos de trabalhos que deixaram de existir. Dados do Sine

confirmam queda

A fila que procura vagas de emprego cresce cada vez mais em Erechim e região. E as vagas para suprir a demanda diminuem no mesmo ritmo. Com um cenário complicado de crise política e financeira o trabalhador brasileiro sofre as consequências na busca por oportunidades. Em entrevista ao jornal Atmosfera, no início de outubro, o coordenador do Sine de Erechim, Gabriel Jevinski, salientou que a falta de dinheiro e a pouca circulação de dinheiro nas empresas afeta as venda e consequentemente trás um maior número de demissões. “Atualmente são 2000 atendimentos por atmosferaonline.com.br


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mês para 120 vagas. Atendemos média 150 trabalhadores por dia”, disse. Segundo ele, são mais de 850 funcionários por mês que procuram o Sine para encaminhar o Seguro Desemprego, somando os últimos seis meses dariam cerca de 5 mil trabalhadores. “Se formos considerar 100 vagas abertas por mês neste período, ainda ficariam 4.440 desempregados”, enfatiza. Segundo Jevinski, o cenário é

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de pelo menos um desempregado queda de 60% em alguns setores por família, o que representa uma do mercado econômico. “A situação é grave em todos os setores, industrial, imobiliário, comercial, empresarial, enfim, todas as áreas estão segurando e reduzindo em tudo que podem. Mas o pior é que tende a se agravar, pois mais de 900 trabalhadores estão saindo e ainda não ingressaram com o seguro de-

semprego e não temos sinal de aumento”, disse. Ainda segundo o coordenador, a indústria hoje é o setor mais afetado pelo desemprego. “Cargos que antes eram os que mais tínhamos disponíveis hoje trabalhamos com uma vaga/mês e ainda com necessidade de experiência, o que dificulta muito”, salienta.

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Melhor idade

Erechim tem quase 3 mil idosos com 80 anos ou mais Na projeção para 2016, o país contabiliza 3.458.279 idosos com mais de 80, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Isadora Guazzelli

A grande questão é que quando se fala em crise econômica pensamos somente em emprego, renda e queda de valores no mercado, mas muito mais do que isso a atual situação financeira de muitas famílias vem atingindo também e este desde muito tempo, a quantidade de filhos nos lares. Fator que aumentou consideravelmente o número da população idosa no País, Estado e Município. O número de idosos com 80 anos ou mais pode passar de 19 milhões em 2060, um crescimento de mais de 27 vezes em relação a 1980, quando o Brasil tinha menos de 1 milhão de pessoas nessa faixa etária (684.789 pessoas). Na projeção para 2016, o país contabiliza 3.458.279 idosos com mais de 80, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Erechim foram contabilizados pelo IBGE mais de 2.242 idosos PÁG. 10

com 80 anos ou mais, na contrapartida de 1350 crianças de dois anos e 1441 jovens de 19 anos. Segundo a Presidente do Conselho de Idosos de Erechim, Líbera Bresolin os números estão relacionados também a atual qualidade de vida dos idosos que hoje tem a faixa etária próxima ou superior aos 80 anos. “Estamos vivendo mais e melhor então a ideia talvez não esteja relacionada a ter ou não mais filhos, mas sim a ter mais qualidade de vida, saúde e proporções para se viver mais e melhor”, disse. Na outra ponta da pirâmide etária, o grupo de crianças de até 4 anos em 2060 deve representar praticamente a metade do estimado na década de 80 (16.942.583). A previsão é que esse número mantenha a queda iniciada no fim daquela década e chegue a 8.935.080 em 2060. Atualmente, segundo projeções do órgão, o país

tem 14.545.488 crianças de 0 a 4 anos (2016). A diferença no número de crianças é reflexo de outro dado demográfico que vem caindo: o número de filhos por mulher. Em 1980, a média era de 4,12 filhos por mulher, taxa que já tinha diminuído para 2,39 em 2000 e deve chegar a 1,50 em 2060. De acordo com Libera, o aumen-

to do número de idosos também tem sido acompanhado por um acréscimo significativo nos anos de vida da população brasileira. A expectativa de vida do brasileiro aumentou em 25,4 anos de 1960 a 2010, ao passar de uma média de 48 anos para 73,4 anos. No Rio Grande do Sul, em torno de 76 anos. Segundo ela, esta mudança acontece pela melhora da educação da atmosferaonline.com.br


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população, do acesso aos exames e medicamentos, especialmente cardiológicos, e pelo desenvolvimento da medicina no diagnóstico e tratamento. Conforme anunciou, o envelhecimento da população tende a ser cada vez mais comum. Libera também enfatizou a qualidade de vida, destacando que, para a Organização Mundial de Saúde - OMS -, a qualidade de vida atmosferaonline.com.br

na terceira idade pode ser definida como a manutenção da saúde em seu maior nível possível, em todos os aspectos de vida humana, físico, social, psíquico e espiritual. “Para viver cada vez mais e melhor, em primeiro lugar é preciso querer viver. E, para que esse objetivo seja alcançado é necessário que mesmo depois dos 60 anos as pessoas se sintam úteis, pratiquem ativi-

dades físicas, mantenham o cérebro ativo, tenham amigos e sintam-se felizes. “Para ter uma maturidade sadia e ativa é preciso abandonar os maus hábitos, dormir bem, consumir produtos saudáveis e bastante água”, assegurou, complementando que manter uma vida fisicamente ativa aumenta a disposição e evita a obesidade, além de prevenir contra diversas outras doenças”. PÁG. 11


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Social

A moda contagia Erechim Entre os dias 24 e 25 de outubro ocorreu mais uma edição do maior evento de moda do Norte do Rio Grande do Sul. O Erechim Moda Show chegou a sua sexta edição e buscou informar e capacitar de forma competitiva a cadeia têxtil com a divulgação de novas tecnologias e inovações através do tema principal “Sustentabilidade”. O público presente foi formado por empresários e profissionais da indústria e varejo da moda, estudantes e professores de cursos técnicos, graduação e extensão de vestuário, moda, design, áreas afins e interessados em geral. Além do ciclo de palestras, no dia 25, o evento promoveu a apresentação e premiação dos Looks Finalistas da 3ª edição do Concurso Novos Designers da Moda. Depois de todas as etapas classificatórias seis looks finalistas foram apresentados à Comissão Avaliadora: Chailana Mariussi, do IFRS Campus de Erechim; Bhianca Machado de Oliveira, da Feevale de Novo Hambugo; Alexandra Maria Stein Hayashi, da Universidade Tuiuti PR; Kelen Carvalho Machado, da Unifra de Santa Maria; Ana Paula Santana Moreira, da Universidade Tuiuti PR e Luana Hartmann, da Universidade Tuiuti do Paraná.

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Terceiro lugar no Concurso Novos Designers foi para Ana Paula Santana Moreira (segunda a direita)

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Comissão organizadora do Erechim Moda Show 2016

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Comissão julgadora do Erechim Moda Show 2016

Palestrante Luciana Parisi (c) foi homenageada

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Novos dias

Maizena, da retorno: lág

Goleiro do Atlântico volta ano afastado das quadras conta sua rotina desde a aos jogos A terça-feira, 25 de outubro ficará marcada na vida do goleiro Sidnei Schabarum, ou podem chamar de Maizena. Neste dia ele defendeu o Atlântico Erechim no segundo tempo do jogo diante do América, pela segunda fase do Campeonato Gaúcho de Futsal. E ao final do jogo, não conteve as lágrimas. Ele estava voltando a jogar quase um ano depois de fazer sua primeira cirurgia e ficar um longo tempo afastado das quadras, se recuperando. Após aquele jogo, Maizena conversou com a reportagem do jornal Atmosfera e conta na entrevista à seguir, os momentos desde a notícia de sua lesão, o processo cirúrgico, a segunda cirurgia e a recuperação até à volta às quadras. Confira a seguir os principais trechos da entrevista. A notícia da lesão Maizena conta que em julho de 2015 começou a sentir os primeiros desconfortos no joelho esquerdo. “Fiz uma primeira ressonância magnética para analisar a gravidade. O resultado apontou um estiramento no neoligamento cruzado do joelho esquerdo. Nesse momento o Departamento Médico optou por fazer um tratamento de quatro semana de fisioterapia e fortalecimento para tentar voltar sem dores e conseguir dar sequência no ano,

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s

a superação ao grimas de felicidade

a jogar após quase um s e na entrevista a seguir cirurgia até o retorno

jogando o Gauchão e Mundial”, diz. “Voltei a jogar e consegui ajudar a equipe a ganhar o título mais importante da história do Clube, e claro, da minha carreira também que foi o Mundial. Depois demos sequência ao Estadual e na última partida da fase classificatória, no começo de outubro, joguei o segundo tempo todo normal, mas no domingo não conseguia caminhar direito. O joelho travou e estava muito inchado”, conta o goleiro. “No dia seguinte fui consultar, tive que realizar outra ressonância

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onde o resultado foi mais ou menos o mesmo da primeira. Foi então que tive a notícia de que realmente teria que fazer uma cirurgia para reconstruir o Ligamento Cruzado Anterior e que o tempo de recuperação seria de aproximadamente seis meses”, explica Maizena. E com a notícia veio o primeiro baque. “Não queria acreditar, veio o desânimo, a tristeza toma conta, mas creio que Deus sempre tem um propósito na vida da gente. Dai em diante só pensava em fazer a cirurgia para logo começar o processo

de recuperação, que sem duvidas tratamento muitas vezes sozinho, é difícil, pois é muito tempo longe ou então na companhia dos fisiodas quadras sem fazer o que você terapeutas. Mas felizmente passou”. gosta que é jogar”, aponta.

A segunda cirurgia “Acho que o momento mais difícil foi saber que tinha de realizar a segunda cirurgia, já em abril deste ano. Naquele momento estava quase completando os seis meses da primeira, o que significava a volta as quadras. Ai sim foi chocante, saber que teria que passar por tudo novamente, mesmo sendo mais simples. Sem duvidas nenhuma foi o momento de me superar novamente e vencer na vida, mostrar que era somente mais um obstáculo na minha vida”, frisa Maizena.

A superação “Sem duvidas minha família, minha noiva e os amigos de verdade, além da a fé que tenho em Deus, foram fatores que ajudaram a superar cada momento vivido longe das quadras”, pontua o goleiro. “Foi difícil, pois eu via todo mundo fazendo o que gosta e eu lá fazendo

Volta às quadras “Já fazia algum tempo que estava treinando normalmente e ficando a disposição da equipe, mas o jogo em Tapera vai ficar marcado para sempre na minha vida. Foi uma partida especial, pois, depois de um longo período, pude voltar a jogar em alto nível e ajudar ajudar a equipe com a vitória e a classificação para as semifinais do Gauchão. Graças a Deus deu tudo certo e só tenho a agradecer pela oportunidade que tive no jogo”, amplia Maizena.

O futuro “Eu estou me sentindo muito bem, mas sei que estamos em um momento de decisões, tanto na Liga, quanto no Gauchão. Entao tenho que estar muito bem preparado para que se a oportunidade aparecer, eu esteja pronto para ajudar a equipe a buscar os objetivos traçados”, completa Maizena.

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