MATERIALCOMPLEMENTAR_PORTUGAL_CPIMASIDE_2011

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Floresta laurissilva da Madeira

Centro hist贸rico de Evora


Centro hist贸rico do Porto

Centro hist贸rico de Guimar茫es


José Sócrates

Aníbal Cavaco Silva

Portugal é uma República. Quem é que eles são?


Pingacho Por beilar l pingacho, dórun-m'un rial Por beilar l pingacho, dórun-m'un rial beila-lo, beila-lo picorcito beila-lo, que te quiero un pouquito beila-lo, beila-lo de lhado de l outro ancostado i de delantreira tamien de traseira ora si que te quiero morena ora si que te quiero salada Por beilar l pingacho, dórun-me dieç reis beila-se de quatro i tamien de seis

Em Portugal fala-se mais do que português. Existe uma língua, o mirandês, com estatuto de língua oficial desde 1999. O mirandês é falado por umas 15000 pessoas en Trás-osMontes, nos concelhos de Miranda do Douro e Vimioso. A sua influència estende-se a aldeias doutros concelhos. À esquerda, a letra do Pingacho, em mirandês. Músicos, como Galandum Galundaina, têm vindo a gravar discos nesta lingua.

Mirandês


Bo e di meu cretcheu Bô ê di meu cretcheu Lá na ceu Ca bô dixam' pa mô djam crebo Tão tcheu Bô ê di meu nha amôr Ca bô dixam que'ess dôr Qui tenem' ta sofrê Bô bai bo dixam' ta tchorá Ta tchorá sodade sô di bô Pa mô bô bai sem dia Sem dia di bem Quê pa bô bem ser nha noiva

Cesária Evora usa um crioulo de base lexical portuguesa. Repara, na fotografia, no uso de português e crioulo em Cabo Verde

(Cesária Évora, também conhecida como «a diva dos pés descalços», é a cantora cabo-verdiana de maior reconhecimento internacional de toda história da música popular. O gênero musical com o qual ela é majoritariamente relacionada é a "morna", por isso também recebe o apelido de "Rainha da morna")

Crioulo


Fala do Homem Nascido Adriano Correia de Oliveira Venho da terra assombrada Do ventre da minha mãe. Não pretendo roubar nada Nem fazer mal a ninguém.

Minha barca aparelhada Solta o pano rumo ao Norte. Meu desejo é passaporte Para a fronteira fechada.

Só quero o que me é devido Por me trazerem aqui. Que eu nem sequer fui ouvido No acto de que nasci.

Não há ventos que não prestem Nem marés que não convenham. Nem forças que me molestem Correntes que me detenham.

Trago boca pra comer E olhos pra desejar. Tenho pressa de viver Que a vida é água a correr.

Quero eu e a natureza Que a natureza sou eu. E as forças da natureza Nunca ninguém as venceu.

Tenho pressa de viver Que a vida é água a correr. Venho do fundo do tempo Não tenho tempo a perder.

Com licença! Com licença! Que a barca se fez ao mar. Não há poder que me vença Mesmo morto hei-de passar.

Não há poder que me vença Mesmo morto hei-de passar. Com licença! Com licença! Com rumo à estrela polar. Venho da terra assombrada Do ventre da minha mãe. Não pretendo roubar nada Nem fazer mal a ninguém. Só quero o que me é devido por me trazerem aqui. Que eu nem sequer fui ouvido No acto de que nasci.


A morte saiu à rua José Afonso A morte saiu à rua num dia assim Naquele lugar sem nome pra qualquer fim Uma gota rubra sobre a calçada cai E um rio de sangue dum peito aberto sai O vento que dá nas canas do canavial E a foice duma ceifeira de Portugal E o som da bigorna como um clarim do céu Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual Só olho por olho e dente por dente vale À lei assassina à morte que te matou Teu corpo pertence à terra que te abraçou Aqui te afirmamos dente por dente assim Que um dia rirá melhor quem rirá por fim Na curva da estrada há covas feitas no chão E em todas florirão rosas duma nação

Que força é essa Sérgio Godinho Vi-te a trabalhar o dia inteiro construir as cidades pr'ós outros carregar pedras, desperdiçar muita força pra pouco dinheiro Vi-te a trabalhar o dia inteiro Muita força pra pouco dinheiro Que força é essa [bis] que trazes nos braços que só te serve para obedecer que só te manda obedecer Que força é essa, amigo [bis] que te põe de bem com outros e de mal contigo Que força é essa, amigo [bis 3]

Não me digas que não me compr'endes quando os dias se tornam azedos não me digas que nunca sentiste uma força a crescer-te nos dedos e uma raiva a nascer-te nos dentes Não me digas que não me compr'endes (Que força...) (Vi-te a trabalhar...) Que força é essa [bis] que trazes nos braços que só te serve para obedecer que só te manda obedecer Que força é essa, amigo [bis] que te põe de bem com outros e de mal contigo Que força é essa, amigo [bis 10]


Biografia de José Afonso José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de Agosto de 1929 - Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987), mais conhecido por_______________, foi um compositor e cantor português. Escreveu, entre outras coisas, música de crítica à ___________ ___________ que vigorou em Portugal desde 1933 até 1974. Foi criado pela tia Gegé e pelo tio Xico, numa casa situada na Fonte das Sete Bicas, até aos 3 anos (1932), altura em que foi viver com os pais e irmãos, que estavam em Angola havia 2 anos. O que lhe causou uma profunda ligação ao continente ______________ que se irá notar pela sua vida fora. Em 1937, volta para Aveiro onde é recebido por tias do lado materno, mas parte no mesmo ano para Moçambique, onde se reencontra com os pais e irmãos em Lourenço Marques (agora Maputo), com quem viverá pela última vez até 1938, data em que vai viver com o tio Filomeno, em Belmonte. Lá, completou a escola primária e viveu o ambiente mais profundo do Salazarismo, de que seu tio era admirador. "Foi o ano mais desgraçado da minha vida", disse um dia o Zeca. Vai para Coimbra em 1940 e começa a _____________por volta do quinto ano no Liceu D. João III. Aí começa a cantar o fado de Coimbra. Mas, atento ao que se passava à sua volta, José Afonso começa a tentar outras formas musicais em que pudesse mostrar as suas preocupações. Os meios sociais miseráveis do Porto, no Bairro do Barredo, inspiraram-lhe a sua canção «Menino do Bairro Negro». Em 1958, José Afonso grava o seu ______________ __________"Baladas de Coimbra ". Grava também, mais tarde, "Os Vampiros " que, juntamente com "Trova do Vento que Passa" (um poema de Manuel Alegre, cantado por Adriano Correia de Oliveira) se torna um dos______________ de resistência antifascista da época. Foi neste período (1958-1959) professor de Francês e de História na Escola Comercial e Industrial de Alcobaça. Em 1964, parte novamente para Moçambique, onde foi professor de Liceu, desenvolvendo uma intensa actividade anti- -colonialista o que lhe começa a causar problemas com a polícia política pela qual será, mais tarde, ____________várias vezes. Quando regressa a Portugal, é colocado como professor em Setúbal, mas, por ser contra o regime, é expulso do ensino e, para ______________, dá explicações e grava o seu primeiro álbum, "Baladas e Canções". Entre 1967 e 1970, Zeca Afonso torna-se um símbolo da resistência democrática. Continua a cantar e participa, em 1969 no 1º Encontro da "Chanson Portugaise de Combat", em Paris e grava o LP "Cantares do Andarilho", recebendo o prémio da Casa da Imprensa pelo melhor_________ ___ ______, e o prémio da melhor interpretação. Zeca Afonso passa a ser tratado nos jornais pelo anagrama Esoj Osnofa em virtude de ser alvo de censura. Em 1971, edita "Cantigas do Maio", no qual surge "Grândola Vila Morena", que será mais tarde imortalizada como um dos símbolos da ____________ ___ _______. Zeca participa em vários festivais, sendo também publicado um livro sobre ele e lança o LP "Eu vou ser como a toupeira". Em 1973 grava o álbum "Venham mais cinco". Após a Revolução dos Cravos continua a cantar, grava o LP "Coro dos tribunais". O seu último espectáculo aconteceu no Coliseu de Lisboa, em 1983, quando Zeca Afonso já se encontrava ____________. No final deste ano, é-lhe atribuída a Ordem da Liberdade, mas José Afonso recusa (mais tarde, em 1994, é feita nova tentativa a título póstumo, mas a sua mulher recusa, dizendo que, se o marido a não tinha aceitado em vida, não seria depois de morto que a iria receber). Em 1985 é editado o seu __________ ___________ de originais, "Galinhas do mato", em que, devido ao avançado estado da doença, José Afonso não conseque cantar a totalidade das canções. José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica. Será certamente recordado como um _____________ que conseguiu trazer a palavra de protesto antifascista para a música popular portuguesa e também pela riqueza de todas as suas outras músicas, nunca esquecendo o seu lado de ______________ preocupado e lutador por um mundo _____________. Palavras a usar Zeca Afonso | último álbum | ditadura fascista | resistente | disco do ano | cantar | sobreviver | melhor / primeiro disco | africano | detido | símbolos | revolução de Abril | doente / cidadão

Associação José Afonso ©


CARTAZES BREVE RETRATO DE PORTUGAL Escolhe uma fotografia e localiza no mapa onde está esse lugar. Busca na net mais imagens de Portugal e envia aquela da que mais gostes (indicando qual é esse local) a: mollatecoalingua@gmail.com ● Não esqueças enviar o assunto (fotografia Portugal) e o teu nome e turma. As melhores fotografias serão colocadas no blogue e/ou exposição Escreve quem é o Presidente e quem é, agora em funções, Primeiro Ministro LUSOFONIA Escreve o nome dos paises em que o português é língua oficial. Ouve en mollatecoalingua o Pingacho e Cesária Evora. Faz um comentário no blogue (indica nome e turma) CANÇÕES DE LUTA E LIBERDADE Ouve em mollatecoalingua as músicas de José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Sérgio Godinho e faz um comentário (indica nome e turma) Busca as letras de alguma das canções referenciadas e envia pelo e-mail a mollatecoalingua@gmail.com. A seguir colaremos algumas na exposição ZECA AFONSO Escreve as palavras correctas na biografia de Zeca Afonso. Portugal tem estado, infelizmente, muito de actualidade por causa da situação económica. Busca notícias em jornais de actualidade portuguesa e guarda-as no teu caderno. Devem estar escritas em galego ou português (podes consultar jornais digitais portugueses- Diário de Notícias, Público, Expresso...A seguir colaremos algumas na exposição. LITERATURA Na biblioteca há algúns livros de literatura portuguesa. Quando os vires todos, escolle aquele do que mais gostes e escreve o título e autor num papel para o acrescentar à exposição. Também podes escolher um trecho de uma obra e acrescentá-lo à exposição. Escreve tambén o teu nome nesse papel. SARAMAGO Busca frases nos seus livros e entrevistas, escreve-as num papel, indicando a onde pertencem e o teu nome. Colaremo-las na exposição. Escreve num papel o nome de uma obra de Saramago e cola-a no cartaz. (também podes desenhar a capa do livro) Escreve tambén o teu nome. Olha que não esteja repetida. Busca reaccões à morte de Saramago em jornais. Tens jornais dessa altura na biblioteca. Escreve uma num papel... Escreve um comentário em mollatecoalingua para o artigo A maior flor do mundo


BIBLIOTECA Busca nos métodos de língua alguma palavra portuguesa que desconhecesses. Busca no dicionário o seu significado. Escreve no caderno a palavra, o nome do livro em que a viste e o seu significado. Que será isso do acordo ortográfico? Busca uma loja, museu ou qualquer lugar de interesse em Lisboa. Que liña de metro tens de apanhar para lá chegares? Escolhe um autor ou autora portuguesa e busca no dicionário de autores onde nasceu e quando. Escreve o nome e a nacionalidade de um escritor ou escritora de qualquer pais lusóno que non seja Portugal. Busca textos relacionados com o 25 de Abril na biblioteca. Escreve o título de um deles no caderno. Escolhe frases dos livros de Saramago e reaccoes à sua morte para colocar nos cartaces de fóra. A Galiza: Em que trabalhavam os galegos que emigraram a Portugal. Quem era Bordalo Pinheiro? Qual é o nome do álbum em que os galegos são protagonistas? Na exposição há algum livro mais antigo. Sabes que é um alfarrabista?

Fiquei a saber: Escreve num papel algo que ficasses a saber de Portugal graças às actividades destas xornadas e envia a informação a mollatecoalingua. Depois colaremos os papeis na exposição


GRÂNDOLA VILA MORENA Grândola, vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade

Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada rosto igualdade O povo é quem mais ordena

Dentro de ti, ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola, vila morena

À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade

Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade Grândola, vila morena Terra da fraternidade

Grândola a tua vontade Jurei ter por companheira À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade


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