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Foto Luciana Sotelo

ANO XIV - Nº 177 - MARÇO/2017

A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte

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Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente

Um novo jeito de ir e vir entre Santos e São Vicente

Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br

E mais...

Diretor de Arte Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação

Ser sustentável

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Decoração

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Moda

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Flashes

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Destaque

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Alto Astral

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Celebridades em foco

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Giuliano Rodrigues giu@costanorte.com.br Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan ronaldozaidan@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Karlos Ferreira, Luci Cardia, Luciana Sotelo e Marcus Neves Fernandes Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica 57

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Foto Aline Pazin

Foto Fernanda Lopes

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O endereço certo para quem gosta de comer bem

Hambúrgueres artesanais ganham espaço

Capa Bruna Vieira

A espécie Didelphis aurita busca sobrevivência em áreas desmatadas Foto Valclei Lemos

Saruê

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Intermediação

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Incorporadora Mare SPE Bertioga Ltda. Rua Turiassú nº 390, cj. 55, Perdizes, São Paulo/SP, CEP 05005-000. Memorial de incorporação registrado na matrícula 81.781 do 1º C.R.I Santos. CRECI 18981-J.


meio ambiente

O gambá sem floresta

Acervo Ecofuturo

Saruê, sarigueia, mucura, ou timbu. Muitos nomes, um mesmo animal, que luta para conseguir alimento no meio urbano

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meio ambiente

Luciana Sotelo “Essa colheita foi saruê”. No Nordeste, este termo significa espiga de poucos grãos; Viagem a São Saruê é um cordel famoso, escrito por Manoel Camilo dos Santos. Tem também o personagem de Antônio Fagundes, em Velho Chico, o coronel Saruê, que trouxe esse nome estranho novamente para a vida das pessoas. Mas o saruê abordado nesta matéria é, na verdade, um “sem floresta”. Trata-se de um gambá que, na vida real, luta para conseguir alimento no meio urbano, por ser vítima do crescimento mal planejado do ser humano que, pouco a pouco, destrói o seu habitat. E nem sempre essa história tem um final feliz. Parente do canguru, o mamífero é conhecido por vários nomes. Na Bahia, o chamam de sarigueia; na Amazônia, é o mucura; e timbu, em Pernambuco. Já sua

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denominação científica é mais complicada: Didelphis Aurita, que significa gambá de orelha preta. Com peso médio de 1.800kg, e 65 a 95 centímetros de comprimento (da ponta da calda ao focinho), esse pequeno animal é envolto por mitos e curiosidades. Então, a partir de agora, vamos desvendar alguns desses mistérios. Quando se fala em gambá, a primeira coisa que vem à mente é o cheiro ruim que eles exalam, certo? Como nos desenhos animados, paira no ar aquela nuvenzinha indesejada. Mas, com o nosso personagem isso não ocorre. De acordo com o veterinário e biólogo Nereston Josias Camargo, médico veterinário do Centro de Triagem e Pesquisa de Animais Selvagens - o Ceptas Unimonte -, quem expele o líquido fétido é o cangambá, que ocorre no Serrado brasileiro. “O saruê, assim como outros animais selvagens, possui uma glândula de odor como uma característica de defesa. Ele a

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expele em situação de estresse ou quando se sente acuado. Mas o cheiro não é como o outro, é mais ameno”. Embora se pareça mais com um rato, você deve estar se perguntando o que o saruê tem em comum com o canguru. Esse parentesco, que parece pouco provável, decorre de ambos serem marsupiais, ou seja, são animais mamíferos que carregam e amamentam os filhotes em uma bolsa externa, situada na região abdominal. “A gestação da fêmea é curta, praticamente 13 dias e, consequentemente, os filhotes nascem mal formados. Por causa disso, passam alguns meses na bolsa da mãe para se desenvolver”, explica Camargo.

Ceptas

Ao perceber o perigo, o saruê torna-se agressivo e pode morder. O veterinário e biólogo Nereston Josias Camargo, do Ceptas Unimonte, orienta para que não se mexa no animal, porque a lesão por mordida pode infeccionar e trazer sérias consequências

A lei federal 9.605 diz que é proibido criar, matar, caçar, capturar e molestar animais silvestres

Imunidade que garante a vida Com paladar diversificado, os saruês são classificados como onívoros, alimentam-se tanto de vegetais como de animais, possuem organismo adaptado

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meio ambiente Mayumi Kitamura

Embora se pareça com um rato, o saruê é um marsupial, parente do canguru. Eles são animais mamíferos que carregam e amamentam os filhotes em uma bolsa externa, situada na região abdominal para digerir estes alimentos e, entre as iguarias que apreciam, estão as serpentes peçonhentas. Segundo Nereston, “a espécie possui uma proteína que imuniza o veneno, portanto, tem papel importante no ecossistema; os saruês são ótimos controladores de pragas”. Essa substância chama-se proteína LTNF (sigla em inglês para fator de neutralização de toxinas letais), que os torna imunes não apenas ao veneno de cobras como também de abelhas e escorpiões. E funciona como diz o nome: o veneno é detectado no corpo pela proteína, que o neutraliza. O gambá é imune não só às serpentes locais, mas até a serpentes de outros continentes, com as quais nunca teve contato. Infelizmente, nos dias atuais, os saruês são cada vez mais vistos aqui na Baixada Santista. E isso tem uma explicação. O grande vilão é o homem que desmata as florestas, incansavelmente. “Eles são atraídos para a nossa região, que é muito ar-

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borizada, por não terem alimento”, diz o médico veterinário. Com hábitos noturnos, eles descem das árvores em busca de comida ao cair da tarde, e é comum encontrá-los em churrasqueiras, lixeiras, telhados e outros atrativos urbanos, explica. E nessa hora, começa o drama do animal. Existem duas possibilidades, conta Nereston. Ou a pessoa maltrata o saruê logo que o vê, confundindo-o com um rato, ou ainda, tenta capturá-lo para criar. “Por se tratar de um animal selvagem, ao perceber o perigo, ele fica acuado e tenta investir, começa a rosnar, e se a pessoa mesmo assim insistir, ele se torna agressivo, pode morder. Ele possui caninos que vão machucar e, o pior, como são animais que comem carniça, a lesão pode infeccionar e trazer sérias consequências”. O aconselhável é acionar a Polícia Ambiental ou o Corpo de Bombeiros, explica o médico veterinário. “Esses órgãos estão aptos a fazer a captura de forma correta.

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Valclei Lemos

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meio ambiente

Das 1.500 ocorrências, entre aves, répteis e mamíferos, recebidas pelo Ceptas Unimonte, 95 foram com saruês

Ao se deparar com um saruê em sua casa, aconselha-se acionar a Polícia Ambiental ou o Corpo de Bombeiros. As cidades de Guarujá, Bertioga, Praia Grande e São Vicente contam com um pelotão especial da Guarda Municipal para resgatá-lo Em algumas cidades, casos de Guarujá, Bertioga, Praia Grande e São Vicente, existe ainda um pelotão especial da Guarda Municipal para executar o serviço”. É bom lembrar que, de acordo com a lei federal 9.605, é proibido criar, matar, caçar, capturar e molestar animais silvestres. A pessoa que o fizer é autuada por crimes ambientais. Nereston comenta que, quando a pessoa tenta pegar o saruê e é mordida, muitas vezes, ela bate ou joga o animal contra a parede. Outros atiram pedras, prendem o animal para o cachorro atacar, atropelam de propósito, entre outras crueldades. Mas o veterinário lembra: “Se ele está no território urbano, é porque foi acuado do seu habitat. Ele só quer se alimentar. Então, é só mantê-lo num local seguro,

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acionar um dos órgãos competentes que vão fazer a captura de forma correta, sem danos para o saruê”. Nem sempre é o que ocorre. Não por acaso, o Ceptas Unimonte, único centro habilitado na região para receber e cuidar de animais selvagens, tem um crescente número de atendimentos à espécie. Conforme suas estatísticas, das 1.500 ocorrências, entre aves, répteis e mamíferos, 95 delas foram com os saruês. “Entre os mamíferos, a maior ocorrência é com saruê. Geralmente, esses animais são encaminhados pelos órgãos competentes e aqui ficam para a reabilitação. Quando são filhotes, passam pelo menos 4 meses em tratamento”. E quando estão aptos a ganhar novamente a natureza como lar, finaliza o especialista, recebem um microchip para controle.

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Fotos: Luciana Sotelo

infraestrutura

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VLT agrada usuários Sistema moderno e rápido já oferece 15 estações ao longo de Santos e São Vicente

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infraestrutura Luciana Sotelo Ele chegou de mansinho como uma ideia nova, moderninha, em 2011. Aos poucos, ganhou espaço, abriu caminhos, subiu estruturas, recebeu trilhos, colocou muita gente para trabalhar. Após alguns anos e várias obras desafiadoras, o veículo leve sobre trilhos (VLT), finalmente, ganhou velocidade e se uniu ao Sistema Integrado Metropolitano da Baixada Santista. E mais, já conta com a aprovação e a simpatia dos usuários. Quem passa pelo entorno da linha, em qualquer das duas cidades beneficiadas, já se acostumou a ouvir o som do sino que anuncia sua chegada à estação. Com certeza, ele veio para ficar e mudou em definitivo a paisagem local. Até na praia ele aparece rapidamente, em dois trechos, na cidade vicentina. Em meio ao gramado, ele vai e vem. Consegue transportar até 400 pessoas por comboio. A novidade agradou em cheio a sergipana Raimunda Maria Carvalho que, há 45 anos, mora em Santos, bem próximo à estação Washington Luis. Ela é dona de casa, e ganha um extra com a venda de produtos em domicílio; por isso, o VLT veio a calhar. “Estou usando para entregar os produtos que vendo. Hoje, por exemplo, estou indo para o bairro do Macuco. Sei que daqui a 4 minutos estarei lá”, comenta a vendedora que, antes, levava pelo menos 30 minutos para chegar ao mesmo destino. A última estação inaugurada foi a Conselheiro Nébias, em fevereiro. Para abril, prevê-se o início da integração do VLT com as linhas municipais de ônibus de Santos. A família do militar Josedyl Barros de Souza ficou muito contente em conhecer esse tipo de transporte. Eles são de Teresina, capital do Piauí, e estão em férias. Josedyl comenta: “Acho que agora

O trecho Barreiros-Porto, que compreende 11,5 quilômetros entre São Vicente e Santos tem 15 estações; todas em pleno funcionamento e o percurso é feito em 40 minutos

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A média atual de pessoas transportadas é de 6 mil usuários/dia, segundo dados da EMTU/SP, mas a meta é chegar a 35 mil usuários

o que falta mesmo é a integração com os ônibus para ajudar mais ainda a população”. Sua mulher, a professora Maria do Perpétuo Socorro Travessa Barros e o filho, o estudante Jonatas Souza de Barros, também gostaram da estrutura oferecida. “Eles são confortáveis. Lá fora, tá um calor! Mas aqui o ambiente é climatizado, muito fresquinho”, diz ela. A operação do VLT, hoje, beneficia, direta ou indiretamente, quase dois milhões de moradores dos nove municípios que compõem a Baixada Santista, e que podem utilizar um transporte não poluente e rápido. E o quesito segurança também foi

lembrado por uma usuária. Dona Edinalra de Carvalho Martins, de 60 anos, mora próximo à estação Barreiros, em São Vicente, e utiliza frequentemente o VLT. “Aqui não tem balanço, brecada e nem problema com o trânsito. Sem falar que a estação me parece bem tranquila. Antes, para pegar o ônibus, tinha que ir a lugar perigoso, com vários casos de roubos. Agora, tô muito feliz, chego mais rápido às minhas consultas médicas em Santos”. Ainda segundo dados da EMTU/SP, a média atual de pessoas transportadas é de 6 mil usuários/dia, mas a meta é chegar a 35 mil usuários no primeiro trecho do

Como tudo aconteceu Gerenciado pela EMTU/SP, o primeiro trecho entre Santos e São Vicente foi entregue pelo governador Geraldo Alckmin este ano, no dia 31 de janeiro, e compreende 11,5 quilômetros entre as estações Barreiros (SV) e Porto (Santos). Mas, para chegar a esse momento tão aguardado, foi preciso levantar muita poeira. O trabalho de campo foi iniciado, oficialmente, em maio de 2013, com as obras do trecho Barreiros –Porto e a inauguração da Estação Modelo do VLT, na praia do Itararé, em São Vicente. No ano seguinte, começou o processo de colocação de trilhos e, em maio, o primeiro módulo, vindo da Espanha, desembarcou no porto de Santos. Em 2015, passou a vigorar a operação assistida, sem cobrança de tarifa, para usuários interessados em conhecer o transporte e percorrer as sete estações concluídas. Em 2016, passou a operar comercialmente, com início em São Vicente até a estação Bernardino de Campos. Também foram iniciadas integrações com 37 linhas de ônibus metropolitanos e próximo ao final deste mesmo ano foram entregues para operação mais três estações. Agora, em 2017, as 15 estações previstas no trecho Barreiros- Porto estão em plena operação. A ligação conta ainda com ciclovia, paraciclos (estrutura de metal na qual a bicicleta pode ser presa) e um bicicletário, no Terminal Barreiros, com capacidade para 80 bikes.

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Centro de controle operacional

Entregue no primeiro semestre de 2016, o prédio com três pavimentos possui 3.050m² de construção e conta com nove consoles infraestrutura para o controle da operação dos veículos, dos sistemas de energia, movimentação eletrônica dos passageiros (embarque e desembarque) e segurança das estações e vias, além de um painel sinóptico de 9,5 metros de comprimento por dois metros de altura para o controle da operação dos veículos e segurança das vias e estações. O tipo de operação do VLT é denominado marcha à vista. Todas as informações que regulam a movimentação do VLT, vindas do CCO até o console do veículo, são utilizadas pelo condutor, dependendo do cenário à sua frente. A comunicação do CCO com as estações é viabilizada por um sistema de fibra óptica e, com o VLT, via rádio; entre o veículo e a estação, o sistema é análogo à internet sem fio (wi-fi).

empreendimento. Para isso, conta com 10 máquinas de autoatendimento; o interessado pode adquirir o cartão unitário e recarregar todos os tipos de cartões BR Mobilidade utilizados no VLT e nas linhas intermunicipais. Com dez em funcionamento e uma média de intervalo entre eles de apenas 10 minutos, o VLT atrai também quem tem hora marcada para chegar. É o caso do Felipe Pereira de Almeida, estudante de administração de empresas. Além de virar adepto do transporte, ele consegue dormir um pouco mais antes de partir para os estudos. “Vou de Santos a São Vicente e gasto a metade do tempo que levaria num ônibus. Além disso, consigo me programar, toda hora tem um chegando. É um ambiente tranquilo, gostoso e muito mais silencioso, consigo até estudar. Sem comparação”. Aline Cristina Tavares Pereira, desempregada, também não pode perder nenhum minuto do dia, e, por isso, já virou fã do VLT. Ela utiliza o meio para se locomover de uma ponta a outra do sistema. “O que levaria 1 hora e 20 minutos, faço em, no máximo, 40 minutos. Isso é muito bom”.

A paisagem local ganhou mais um elemento, com o vai e vem do novo veículo de transporte popular

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gastronomia

Sabores e requinte em endereço privilegiado Marina Aguiar Renomado no interior de São Paulo, o restaurante Jangada chegou ao litoral paulista no dia 12 de janeiro e já conquistou o público da Riviera de São Lourenço e região. Administrada pela família Lopes, de Mogi Guaçu, a rede tem 50 anos de tradição e é especializada em pescados e frutos do mar. O jardim vertical composto por samambaias, o lago ornamental e a adega de seis metros de altura marcam a identidade do requintado restaurante. Os pratos para

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compartilhar convidam a família para um almoço ou jantar em ambientes diferenciados nos 1.250m², que comportam até 360 pessoas sentadas e mais 50 na espera. Outros atrativos são o acesso pela rodovia Rio-Santos, o custo-benefício e a variedade de pratos capaz de satisfazer a diferentes públicos. O carro-chefe é o Espeto à Moda da Casa, que vem a ser um lombo de pintado marinado em tempero especial, assado na churrasqueira, acompanhado de arroz à grega e farofa. Os pratos para duas pessoas variam entre R$ 90 e R$ 160. Além dos mais variados pescados e frutos

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Especializada em pescados e frutos do mar, a unidade do restaurante Jangada da Riviera de São Lourenço segue os padrões da rede, com ambiente familiar e pratos para compartilhar

do mar, a casa conta com opções de carnes, como filet mignon e bife de chorizo; e comida japonesa, que pode ser servida à la carte ou em rodízio, no valor de R$ 89,90. A decoração do espaço tem nome e sobrenome, as arquitetas Sandra Bernardi & Elisangela Ribeiro usaram elementos modernos para compor um ambiente despojado e aconchegante na transformação do primeiro restaurante, em Mogi Guaçu, em 2011. As outras unidades surgiram logo em seguida, em 2013 (Limeira) e 2015 (Campinas), e seguem o mesmo padrão de decoração, gastronomia e atendimento. A rede foi fundada há cinco décadas, mas há 28 anos é comandada por Antonio Lopes e sua família. “Meu pai está no ramo há cerca de 35 anos. Mas, 10 anos atrás meu pai ficou sozinho na sociedade; foi então que eu e meus irmãos entramos para administrar junto com ele. Nós reformamos o restaurante de Mogi Guaçu e tivemos um resultado muito rápido”, explica o filho mais novo Felipe Henrique Lopes, sócio-proprietário da rede e administrador do Jangada Riviera. A unidade fica no Centro Comercial Uptown Riviera de São Lourenço (rodovia Rio-Santos, km 212, Bertioga) e abre de terça-feira a domingo, a partir das 12 horas.

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decoração ser sustentável

Faça o que eu digo... Nos últimos anos, diversos conglomerados globais tentaram pegar carona em temas ambientais, mas por outro lado, boa parte deles manteve seus negócios nada amigáveis à preservação

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Marcus Neves Fernandes Atenção, leitor, para as declarações a seguir. Elas foram feitas há exatos 26 anos, em 1991, quando Fernando Collor era um presidente em queda livre, a Guerra do Golfo teve início, morria Fred Mercurye, Ayrton Senna ganhava o seu último título. - As mudanças climáticas provocarão “variações muito altas de temperatura, inundações, fome extrema”, atingindo o mundo inteiro caso se continue a utilizar energia fóssil. - É preciso “adotar medidas imediatas, porque, embora não se possa afirmar inequivocamente a existência do aquecimento da Terra, muitos acreditam que aguardar para comprová-lo pode ser uma atitude irresponsável”. - “As ilhas tropicais que, hoje (1991), mal aparecem na superfície da água, se tornarão inabitáveis, para depois serem cobertas pelas águas (...) os lençóis subterrâneos das terras litorâneas baixas do mundo, indispensáveis para a agricultura e o abastecimento urbano, serão contaminados”. Há 26 anos, essas e outras afirmações bem que poderiam ter sido feitas por um cientista, um ambientalista ou, quiçá, um ecochato. Mas, na verdade, essas frases fazem parte de um vídeo (VHS, lembram-se dele?) distribuído para escolas pela Shell!! Vídeo este que acaba de ser redescoberto por uma agência de notícias holandesa.

Parabéns! Visto em perspectiva, ele suscita, de imediato, duas reações. A primeira é de ‘parabéns!’. Parte das previsões já se concretizaram e as demais estão, digamos, bem encaminhadas. Já a segunda conclusão nós podemos resumir, recorrendo a um adágio muito popular: ‘Faça o que eu digo, não faça o que eu faço’. Nestes últimos anos, diversos conglomerados globais tentaram pegar carona em temas como aquecimento global, mudanças climáticas, extinção da fauna e flora, subida do nível dos oceanos, acidifica-

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ser sustentável ção do mar, recrudescimento de doenças, aumento nas ondas de calor, frio, episódios mais frequentes e intensos de chuvas torrenciais, secas prolongadas e, consequentemente, queda na qualidade de vida. Todavia, boa parte dessas empresas, ao longo desse último quarto de século, manteve o pé firme em seus negócios nada amigáveis ao meio ambiente. Continuaram acelerando novos investimentos e inaugurando unidades industriais tradicionais, baseadas em energias fósseis, enquanto apresentavam ações supostamente sustentáveis aqui e ali, alicerçadas e amplificadas com boa dose de marketing. Quer um exemplo? Há poucas semanas, o jornal The New York Times (EUA) divulgou uma reportagem sobre aumento no desmatamento da Amazônia. Entre outros, citou a Cargill. O texto informa que a empresa angariou simpatia mundial, entre cientistas e ambientalistas, ao assinar um compromisso de não mais adquirir soja oriunda de áreas de floresta desmatada. Mas, na prática, não tem sido bem assim. A reportagem concluiu, entrevistando agricultores na Bolívia e no Brasil, que, enquanto fazia tais promessas, a Cargill aumentava freneticamente as encomendas, inclusive em regiões recentemente desflorestadas. Um modus operandi já observado em 2006 pelo jornal The Guardian (Inglaterra), que apontou a empresa, ao lado das maiores redes de fastfood, como a principal indutora da supressão vegetal na Amazônia. Um detalhe: em 2015, pela primeira vez em quase dez anos, o desmatamento na Amazônia cresceu. Diante dessa realidade, a redescoberta do vídeo da petrolífera, agora sarcasticamente apelidado de ‘A Shell sabia’, é mais do que oportuna. É emblemática. Não significa simplesmente demonizar esta ou aquela empresa. Significa ter em mente que ainda há um enorme fosso entre discurso e prática. A Shell afirma que, ao longo dos últimos 26 anos, investiu em energias alternativas, como realmente o fez. Porém, no mesmo

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período, destinou mais de 20 milhões de euros para convencer ou pressionar (lobby) contra a adoção de políticas destinadas a frear a mudança climática, segundo pesquisa da ONG britânica InfluenceMap, publicada pelo jornal El País (Espanha). Uma vela pro santo outra... Não posso deixar de imaginar a cena em que executivos de grandes empresas riem após elucubrarem tais artimanhas. E no estilo Chapolim, lá da década de 90, pergunto: quem poderá nos salvar? Em primeiro lugar, o Estado. Justamente ele, que muitas correntes políticas querem que seja, cada vez mais, mínimo. Lembro, porém, que do ponto de vista da fiscalização, o Estado já é mínimo há muito tempo. Basta ver o que acontece no nosso dia a dia ou nas reservas e estações ambientais. Quer um exemplo? Há poucas semanas, uma equipe de biólogos do Aquário de Santos foi até a Laje, um arquipélago a 45 quilômetros do continente, para soltar cinco tartarugas. E, ao chegarem nesse parque estadual marinho, encontraram o quê? Pescadores e suas lanchas de final de semana, que passariam incólumes se pelo menos tivessem lido, nos jornais, que haveria tal soltura em um local em que é proibido pescar. Deram azar (sorte nossa). Outra tábua de salvação, além do Estado, é a imprensa, que hoje enfrenta a crise mais grave de toda a sua história. Acuado pelas mídias sociais, o jornalismo é quase uma criatura insepulta. Agoniza diante dos facebooks e dos twitters, e ainda é chamada de “inimiga do povo” por um Trump que torce, obviamente, pela sua completa dissolução. Imprensa e memória não interessam a essas pessoas. Por isso mesmo, a fita VHS da Shell chega em um momento oportuno. Ela nos lembra que não se deve acreditar em discursos fáceis, nem tampouco em soluções do tipo “ah, vamos lá construir um muro”. Mesmo porque, o muro de Berlim, também chamado de ‘Muro da Vergonha’, caiu em 1989, dois anos antes de a Shell ter resolvido alertar o mundo para o desequilíbrio ambiental. Vamos à boa luta.

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Fotos: Nelson Kon

decoração

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Traço de uma arquitetura genial O sonho de ter “uma casinha de Tarzan” proporcionou ao casal paulista uma das construções mais belas de Ubatuba Maria Helena Pugliesi Há cerca de 30 anos, o médico morador da capital deu de presente à mulher o terreno de 887,50 metros quadrados em frente ao mar verde-azulado da praia do Tenório. Depois de muito tempo sem uso, finalmente eles resolveram construir ali sua casa de veraneio. “Nosso refúgio de praia anterior foi engolido por edifícios. Aqui, minha

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mulher e eu poderíamos ter o oposto: ficar no alto, junto aos passarinhos”, revela o proprietário. Contagiado pelo entusiasmo dos clientes, o arquiteto Angelo Bucci propôs uma obra escultural e um tanto quanto audaciosa. O croqui rabiscado na lousa de seu escritório mostrava uma casa sustentada somente por três pilares de concreto, praticamente pendurada no ar, flutuando na copa das árvores, aberta para o oceano.

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decoração

A piscina na cobertura é a porta de entrada da casa. Pela escada o visitante alcança os demais ambientes, localizados abaixo. As fachadas de vidros temperados 10mm permitem a vista constante da praia. Repare na distância entre a laje e o solo: são 16m de altura livre

“Eles compraram a ideia no ato. Daí só tive que me cercar de profissionais de primeira linha para realizar o impressionante projeto”, conta Angelo. Distribuída em três blocos, cada um deles com dois andares, a casa mantém-se firme graças aos pilares, a tirantes metálicos que atravessam os volumes verticalmente e a vigas dispostas no topo da moradia. “Depois de pronta, um projetista suíço visitou a construção e ficou surpreso ao constatar que a estrutura não balançava, mesmo pulando lá dentro”, diverte-se o médico. Fugindo do convencional, a entrada principal, no nível da rua, é feita pela cobertura, onde fica a piscina. Por uma passarela, o visitante alcança a escada que conduz aos

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Paisagismo: Raul Pereira Luminárias: Reka Marcenaria: Móveis Baraúna Vidros: STW Paredes e pisos: pastilhas da Jatobá Brise: Oficina de Marcenaria

demais ambientes. Quem prefere chegar pela praia, tem que subir os 100 degraus escondidos pela vegetação. Abaixo da piscina ficam a churrasqueira e as dependências do caseiro. Um bloco intermediário sobrepõe cozinha e living aos três quartos de hóspedes. A suíte do casal fica voltada para o mar. Neste cômodo, um engenhoso brise de madeira freijó regula a claridade. A peça, de 3m x10 m, é presa por cabos de aço que passam acima da laje e se ligam com roldanas a um contrapeso. O mecanismo permite içar o brise, projetando a sombra no terraço logo acima, o que deixa o quarto aberto à vista. Se a intenção for escurecer o dormitório, o contrapeso sobe e o quebra-sol desce.

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O terreno, com 50% de aclive, 28 metros acima do nível da praia, tem sua encosta e a mata que o recobre protegidos pela legislação ambiental. A fim de preservar a beleza natural, para cada árvore retirada durante a obra, plantaram-se outras duas ou três. “A construção foi bastante trabalhosa, demorou e custou além do previsto... Mas, e o prazer de acordar e ter o mar assim, aos nossos pés?”, argumenta o proprietário. Apesar de espaço suficiente para receber os filhos e amigos, o casal costuma frequentar sozinho o litoral e não se arrepende um dia sequer da escolha do projeto. Afinal, vista por dentro ou por fora, a casa suspensa é uma belíssima obra-prima da arquitetura.

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Empresa voltada às necessidades de seus clientes, com modernização e eficiência e mão de obra altamente especializada. Faz a diferença por onde passa, pois torna realidade cada projeto, buscando o encantamento de seus clientes e sua fidelização com a HESE. Sua marca é focada no treinamento contínuo de seus profissionais, sempre com uma relação de transparência e crescimento.


Paisagismo e Jardinagem

Comprometida com o meio ambiente, a HESE atua nesse seguimento pois acredita que a preservação e educação ambiental é a garantia de futuro da humanidade e de nosso planeta. Atua de forma técnica no plantio de árvores, executando compensações ambientais.

Eletricidade de Baixa e Média Tensão

Poços Artesianos

Seja em instalações residenciais, comerciais ou industriais, possui larga experiência desde a entrada de energia, nos painéis, cabines primárias e secundárias, acompanhando as inovações tecnológicas. Atua na execução de projeto de luminotécnica, seja em vias públicas, parques ou quadras poliesportivas.

Nos momentos atuais de escassez hídrica, a Hese disponibiliza para seus clientes, estudos de geologia, viabilidade econômica e mesmo a execução de poços artesianos e semi-artesianos.

Terraplanagem e Pavimentação

Manutenção Eletromecânica

Uma de suas expertises, a Hese possui vasta experiência em terraplanagem, com transporte de terra ou aproveitamento interno do solo, atuando fortemente na área de pavimentação, seja com asfaltos, bloquetes, paralelepípedos e concreto, seja em ruas, avenidas ou ciclovias.

A Hese executa a manutenção corretiva, preventiva ou preditiva de suas instalações em indústrias, empresas de saneamento e condomínios.

Rua Voluntários da Pátria, 654 - Santana - Cep 02010-000 São Paulo/SP - Fone. 11 2539.4357


moda

Do quarto para a rua Sabe aquele vestido com cara de camisola charmosa? Pois ele promete ser um dos hits da temporada. Sensual e com toque acetinado, a peça combina com diversos estilos

Karlos Ferrera O slipdress ganhou as passarelas e as ruas com seu jeito despretensioso de camisola. Febre nos anos 1990, com a aparência de uma camisola e com tecidos leves e fluidos, eles chegam com alças bem finas, detalhes de renda ou tule, corpo de seda ou cetim: é fácil reconhecer esse modelo sensual ao avistá-lo por aí. Inspirado no estilo boudoir, aquele com referência nas lingeries e peças íntimas, ele é o toque de delicadeza que o seu look precisa. Combinados com as peças certas, estes vestidos têm o poder de compor visuais que vão do estilo romântico ao roqueiro. A forma como você montará o look depende do seu estilo. Podem estar no trabalho, na praia, no shopping, em jantares e até eventos formais. Como os tecidos são bem leves e formas soltas, é preciso cuidado para não mostrar “demais”. Para evitar isso, um ótimo tru-

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moda que é usar peças com aplicações de renda para cobrir fendas ou decotes grandes demais. Tanto para o dia, como para noite, o item pede complemento: jaqueta, blazer, tricô e moletom podem compor o look. Um slipdress que se preze tem que ser feito com tecidos nobres, sobretudo, cetim de seda. Detalhes de renda são permitidos, mas cuidado com a transparência em excesso. Cores neutras também ganham ponto. Branco + preto + nude: foque nessa trinca. A Calvin Klein, marca que conserva o espírito anos 90, fez praticamente uma ode ao modelo em seu último desfile na semana de moda de Nova York. Desde as tradicionalíssimas Burberry e Givenchy, passando pelo espírito esportivo da Victoria´s Secret e Narciso Rodriguez, diversas marcas apostam na ideia. E como sozinho já é sexy o suficiente, o vestido pede complementos cool. Rasteiras ou tênis são seus melhores amigos. E para situações mais formais, você pode e deve brincar com sobreposições. Quimonos de seda e trench-coats fininhos mantêm a aura boudoir do slipdress sem deixar pele demais à vista.

Sapatos Por ser extremamente fino, o slipdress combina perfeitamente com sapatos pesados - tênis e botas baixas são boas opções. Para quebrar o ar de “menininha”, vale amarrar uma camisa ou jaqueta jeans na cintura. No calor, troque por sandálias trançadas, com tiras finas ou em tom nude para alongar a silhueta. Se você é do tipo que gosta de salto alto, vale investir em botas de cano baixo ou até mesmo em superbotas.

Acessórios Alguns modelos podem ser usados até com calças ou por cima de camisetas; camisas amarradas na cintura dão o toque despojado na medida certa. Por deixar o decote à mostra, os modelos combinam bem com gargantilhas, colares finos e outros acessórios.

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Fechar até o último botãozinho Camisa é um assunto que sempre dá o que falar. Isso porque é um item clássico, mas que se reinventa a cada temporada, seja pela estamparia, modelagem de tecido ou qualquer truque de styling. Mas não pense que são produções formais e corporativas, com terno e gravata. O colarinho do momento aparece no visual casual e até fashionista, com referências do street. É um movimento de desconstrução da boa e velha camisa

Slide Mania

Não é de hoje que o conforto está em alta. E poucos acessórios cumprem melhor essa função do que os novos chinelos deluxe


gastronomia

Hora de fazer hambúrguer Foi-se o tempo em que o disco de carne moída, que ganhou popularidade na era industrial nos Estados Unidos, era algo sem gosto e fininho. Agora, ele tem gramatura de 140g a 200g e deve seguir vários passos importantes para um resultado, digamos, gourmet

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Fernanda Lopes Definitivamente, o hambúrguer artesanal caiu no gosto do consumidor. Preparado com misturas de carnes (geralmente guardadas a sete chaves) e modelado individualmente pouco antes de ir para a chapa, eles ficam suculentos e são a estrela das lanchonetes. O sanduíche – que surgiu da necessidade de ser prático para se alimentar, sem sujar as mãos, e de aproveitar carnes mais duras e baratas – foi reinventado. Transformou-se em prato principal, ganhando a atenção e o cuidado de chefs. A chef Carolina Amâncio explica que a procedência da carne é fundamental: “Escolha um bom açougue e vá testando blends (misturas), que podem ser de cortes dianteiros ou dianteiros com traseiros”. As hamburguerias não revelam os seus blends, mas, geralmente, usam a porcentagem de 20% a 25% de gordura. “Gosto de usar a própria gordura do peito moída. Isso dá sabor, personalidade e suculência.” Para o chef Felipe Cili, a carne pode ser variada. O que importa é que seja de qualidade e

tenha a porcentagem de 20 a 25% de gordura. Ele indica vários cortes para a mistura como acém, contrafilé, peito, as aparas da picanha ou filé de costela. As carnes suínas também rendem excelentes hambúrgueres. Mas, atenção, hambúrguer bom é feito só com carne e temperos. Nada de ovo ou sopa de cebola em pó. Além da carne, o conjunto da obra é importante no sanduíche. O pão deve ser de qualidade, firme, para não desmontar na hora da mordida, mas, ao mesmo tempo, macio para absorver o sabor da carne e dos molhos adicionados. O queijo é o parceiro certo. Escolha os que derretem melhor como cheddar inglês, gruyère, requeijão de corte etc. “Usar frutas grelhadas também fica muito bom. A acidez do abacaxi, por exemplo, corta a gordura da carne”, ensina Carolina. Basta usar a criatividade e o gosto pessoal para dar um toque personalizado a seu sanduíche. Veja as dicas e o passo a passo de como fazer o hambúrguer perfeito e chame amigos e a família para um festival caseiro de sanduíches.

DICAS A gordura da picanha é excelente, porém o sabor da carne deixa a desejar, assim como o filé mignon. Procure utilizar carnes mais saborosas como fraldinha, costela, acém e peito, que produzem bons hambúrgueres 100% bovinos. A carne pode ser moída ou triturada na ponta da faca. Peça para o seu açougueiro moer a carne mais “grossa”, assim a textura do hambúrguer ficará melhor. O segredo para a modelagem é a temperatura; o ideal é que a carne esteja bem gelada entre 1 a 5 graus. Utilizar uma tigela com gelo e outro com a carne ajuda a trabalhar. Não combinam com hambúrguer: pão, farinha de rosca, farinha de trigo, gema de ovo, sopa de cebola. Opte pela alface romana ou pela americana, que são mais crocantes e aguentam mais o calor. A cebola roxa é mais adocicada e mantém a crocância.

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gastronomia

Guia do hambúrguer perfeito Use carne de qualidade, de preferência de açougues de confiança em vez supermercado; Misture diferentes tipos de carne em seu hambúrguer, como acém com peito; acém com filé de costela; peito com picanha ou com contrafilé etc; Use de 20% a 25% de gordura da própria carne em seu hambúrguer. O peito e a costela, por exemplo, possuem gorduras saborosas; Peça ao açougueiro para limpar a carne, tirando nervos e pelancas, pesar a gordura e a carne separadamente. Assim não errará na proporção; Moa a carne duas vezes para ficar mais solta; Misture a carne moída para ficar homogênea, mas não manuseie muito. Faça isso sobre um recipiente com gelo para a carne não escurecer ou ficar com cheiro. Mão na massa Pese porções de 150g de carne e as deixe cobertas com um plástico sobre a tigela com gelo. Pode-se modelar até uma hora antes de grelhar. Modele com a ajuda de um aro de confeitaria número 10 e algum objeto que sirva de prensa (pode ser as costas de uma colher de sopa). Novamente, não manuseie muito e nem prense muito a carne para ela não ficar compactada. Separe os hambúrgueres com papel manteiga. Tempere com sal e pimenta-do-reino misturados em uma proporção de 70% de sal fino e 30% de pimenta moída. Pincele manteiga derretida e leve à chapa, grelha ou frigideira bem quente. Tempere o outro lado do hambúrguer com a mistura de sal e manteiga. Não aperte a carne na chapa, nem fique mexendo nela. Isso faz o precioso suco da carne sair e resseca o hambúrguer. O tempo é importante Para um hambúrguer mal passado deixe 1 minuto e meio de cada lado. Ao ponto, deixe 2 minutos e meio. Para bem passa-

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do, use uma tampa de panela para abafar a carne e deixe cerca de 3 a 4 minutos de cada lado. Tudo depende da potência da sua chama e da panela. Agregados -Para o queijo derretido, coloque a fatia do queijo escolhido (cheddar e muçarela derretem bem), espirre um pouco de água na chapa ou frigideira e tampe por alguns segundos. O queijo vai ficar derretido. -Sele o pão na chama quente até ele esquentar e ficar dourado. Isso evita também que ele desmonte com a suculência da carne, já que se cria uma camada tostadinha menos absorvente. Pronto. Agora é só montar seu hambúrguer como quiser, colocando cebola caramelizada, picles, salada, maioneses temperadas e até frutas como abacaxi grelhado.

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Receitas

É possível incrementar o sanduíche com molhos artesanais bem caprichados. Anote alguns Pizzaiolo Ingredientes: 500g de tomate maduro; 3 colheres de sopa de polpa de tomate; 1 cebola picada; 1 dente de alho picado; 1 colher de café rasa de pimenta-dedo-de-moça picadinha; 3 colheres de sopa de azeite; 1 colher de chá de manjericão picado; 1 colher de chá de tomilho picado e sal. Preparo: escalde o tomate e retire a pele e as sementes. Pique bem. Em uma panela, refogue a cebola no azeite. Quando estiver quase dourado junte o alho. Junte o tomate e deixe refogando em fogo brando por 15 minutos em panela destampada. Mexendo sempre junte o sal e a pimenta picada. Refogue por mais 5 a 6 minutos. Junte o manjericão e o tomilho e refogue por mais 5 minutos. No final, junte a polpa de tomate. Controle o cozimento para que o molho fique espesso. Este molho pode ser guardado na geladeira por até 30 dias.

Maionese caseira

Mostarda com mel Ingredientes: 4 colheres de sopa de mostarda de boa qualidade; 4 colheres de sopa de creme de leite; 1 colher de sopa de mel; 1 colher de sopa de Tabasco; salsinha picada a gosto. Preparo: misture tudo e coloque no pão ou com o hambúrguer no prato.

Shoyo com cebola Ingredientes: 2 cebolas picadas; 2 colheres de sopa de cebolinha picada (parte branca e verde); 3 dentes de alho picados; 1 colher de sopa de salsinha picada; 2 colheres de sopa de molho inglês; 2 colheres de sopa de molho de soja; 100ml de azeite; sal e pimenta do reino moída na hora. Preparo: refogue em azeite a cebola misturada com a cebolinha. Quando a cebola picada estiver amarelada, junte a salsinha, alho, molho de soja e molho inglês. Em fogo baixo, continue por mais 3 a 4 minutos; não deixe a cebola dourar. Acerte o sal e a pimenta do reino.

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Ingredientes: 2 gemas; 1 colher (sopa) de vinagre de sua preferência ou de suco de limão; 1/2 colher (sopa) de mostarda de Dijon; 200ml de óleo; sal a gosto. Preparo: deixe todos os ingredientes em temperatura ambiente. Coloque as gemas, o vinagre e a mostarda numa tigela funda. Sob ela, coloque um pano úmido para que a tigela não fique balançando enquanto você bate a mistura. Com um batedor de arame, bata vigorosamente a mistura, até que ela fique pálida. Sem parar de bater, vá acrescentando o óleo em fio, até que vire um creme espesso. Fica ainda mais fácil se outra pessoa for regando lentamente enquanto você bate a mistura vigorosamente. Quando a maionese estiver bem firme, pare de bater e verifique o sabor. Algumas mostardas são tão salgadas que dispensam o uso do sal. Se quiser, tempere com uma pitada de sal. Conserve em geladeira por no máximo dois dias. Dica: coloque ervas picadinhas ou alho picadinho para dar um sabor extra à sua maionese.

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Flashes

Alegria e solidariedade no Carnaval de Bertioga O trio elétrico do Carnaval Solidário, realizado pelo Sistema Costa Norte de Comunicação, circulou pela Riviera de São Lourenço e bairros Vicente de Carvalho e Indaiá, entre os dias 25 e 27 de fevereiro, para arrecadar alimentos para o Fundo Social do município, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Bertioga, dentre outras entidades sociais. Por onde passou, levou muita alegria e recebeu o carinho de moradores e turistas. Na segunda-feira de Carnaval, a Banda da Costa fez o público pular e exibir seus abadás, adquiridos por meio da troca por alimentos.

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Flashes

Encontro de pescadores na casa do amigo Carlos Sérgio

Festa da Harley, Dia das Mulheres

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Os dois anos de Heitor Andrade Rodrigues

Galinhada beneficente em prol das obras sociais da Associação Nossa Senhora de Fátima Projeto Bem Querer

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Em Brasília

O prefeito Caio Matheus e o deputado federal Silvio França Torres ( PSDB)

Comissão de Bertioga no gabinete do deputado federal Herculano Passos (PSD)

Aqui, com Arnaldo Faria de Sá (PTB)

Câmara de Bertioga

O diretor do Sistema Costa Norte de Comunicação Ribas Zaidan e o deputado federal Beto Mansur (PRB)

Deputada Renata Abreu (PTN) recebe as demandas de Bertioga

Café da Manhã - TV Costa Norte

Coronel Celso Pinhata, major da PM João Soares, Ribas Zaidan, deputado estadual coronel Camilo e coronel Francisco Giannoni

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Vereadores recebem corpo técnico dos Correios para discutir melhorias

Faculdade Bertioga

O diretor Ernesto Perez, o vice-diretor Paulo Antônio Rufino e Naíla Perez comemoram a conquista do conceito 4 em recredenciamento do MEC

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“Destaques” // Luci Cardia

Enlace de Gabrielle Violani e André Casari, na praia da Riviera de São Lourenço, com um entardecer inesquecível. Após a cerimônia, os convidados foram recepcionados na Pucci Rivera. Parabéns aos pais Hélio e Carla Violani e Milton e Roseli Casari

André Casari e Gabrielle Violani Casari, agora felizes para sempre

Carla e Hélio Violani, com a primeira neta Isabella Violani Suzuki

Os noivos André e Gabrielle, com Milton e Roseli Casari, pais dos noivos

Momento de muita emoção, o noivo André, com os pais Milton e Roseli Casari e a mãe da noiva Carla Violani

Os avós maternos da noiva, Yara e Sergio Gomes, com Paula e Marcelo Canesin, José Cardia e Carla Violani

Liderados por Martinho Marques, José Avelino, Sérgio Aragon, os “jovens festeiros” da Turma dos Apaixonados pela Riviera

Eles são belos e carinhosos, Pascoal Biondo, Luciane, os filhos Thiago e Letícia. Família linda

Rose Aragon, Nawal Avelino, Silvana Genovezi e Masci de Souza, lindas na cerimônia praiana

Cardia, a noiva Gabrielle Violani, o noivo André Casari e esta colunista

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

Viagens e momentos vibrantes fazem parte da vida

Lúcia Teixeira, a convidada do Rotary Club do Boqueirão para palestrar sobre o Dia Internacional da Mulher, e a presidente Cláudia Valério, no Tênis Clube de Santos O diretor social da Associação Paulista de Medicina de Santos Ricardo Aun a postos na 40ª Noite de Pizza, em prol do Projeto Menina Mãe

A médica veterinária Alessandra Silva Gonçalves, que atua há 13 anos em São Vicente, recebeu o prêmio Iso Quality Gestão 2017, pela excelência em atendimento e profissionalismo, na Clínica Veterinária Guarany, ao lado de Rodrigo Santos, empresário do Espaço da Moda

Silvera Santos, do Silvera Coiffeur, ao lado de seu filho Adry e seu marido Arnóbio Santos, recebeu placa das mãos da presidente da HCF do Brasil,como associada da Academia Francesa em lançamento exclusivo da Essencial Collection, da Haute Coiffure Française, em Moema SP

O casal Roberto e Ivonete Biancalana num dos Este colunista e Walkyria Sanches Capp em restaurantes do Shopping Dubai Mall, no qual frente ao portentoso Atlantis The Palm, situado se realiza o imperdível Festival das Águas na região costeira de Jumeirah, em Abu Dhabi Dançantes

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Este colunista recebeu do empresário Juca de Araújo, pela Agência JM Estatística, o prêmio Iso Quality Public Consecration - Gestão 2017, pela sua Esteticapp, na qual atua há mais de 50 anos em odontologia, em Santos

O casal Ariovaldo e Neusa Rodrigues curtiu o Ferrari World, próximo ao autódromo de Dubai, o maior parque temático coberto do mundo, em Abu Dhabi, comemorando seu aniversário

Encerramento de nossa viagem na embarcação, para assistir de perto o Festival das Águas Dançantes em Dubai

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Por meio do programa Clínica do Golf, iniciado no Guarujá Golf Club, o empresário Antonio Ferreira tem incentivado a participação de pessoas, inclusive, aquelas que nunca tiveram contato com o golfe e que passaram a adorar este esporte mundial

O empresário e golfista Antonio Ferreira e Matiko Yashiro Ferreira, a filha, genro e neto, recepcionaram e mostraram aos convidados o quanto é saudável a participação no esporte. Vale a pena o incentivo e a ideia do golfista de convidar várias instituições

O médico Mauro Bibancos, Fernanda Golfieri Bibancos e o filho Gabriel, pela primeira vez no golfe

O advogado Dr. Paulo Rufino, a mulher Taís e o filho Tales vieram de Bertioga para prestigiar as belas tacadas

Ricardo Taura e Mariana Schmidt, com belas tacadas

Em close, Diego Santana, sua eleita Fernanda Scatolin e a pequena Lara

Por falar em belas tacadas, quem surpreendeu foi o desembargador Antonio Bitencourt, que, entre um espaço e outro, acostumou-se e fez um belo swing

Simplesmente grandes amigas: Mara Lúcia Souza Rodrigues, Marisa Oliva e Encarnação Rufino Colado

Tive o prazer de estar com Ronaldo Fabião, capitão da Polícia Militar, que defendeu perfeitamente um campeonato entre amigos, junto com Décio Bráulio Lopes (presidente da fundação Celma)

Antonio Ferreira e o diretor do colégio Lapa, José Gonçalves Lage da Silva



PATRIMÔNIO DE BERTIOGA A Riviera de São Lourenço é parceira do município em diversas frentes de trabalho, gerando dividendos economicos, sociais e ambientais. São mais de 5 mil empregos diretos, programas de responsabilidade social como o Programa Clorofila e a Fundação 10 de Agosto que atendem milhares de crianças e jovens, apoio e participação nos eventos da cidade, além de significativa geração de receitas tributárias para o município. Por tudo isso, a Riviera é hoje uma referência de ocupação sustentável e um verdadeiro patrimônio de Bertioga.


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