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Luciana Sotelo

ANO XVII- Nº 18 9- MARÇO/2018 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte

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Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente

Espaços alternativos de lazer em áreas urbanas

Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br

E mais...

Diretor de Arte Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação

Ser sustentável

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Flashes

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Alto Astral

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Celebridades em foco

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Giuliano Rodrigues giu@costanorte.com.br Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan ronaldozaidan@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Estela Craveiro, Fernanda Lopes, Luci Cardia, Luciana Sotelo, Marcus Neves Fernandes e Morgana Monteiro. Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica 57

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Divulgação

ShutterStock

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O sucesso dos cobogós, perfeitos para o litoral

Torta: praticidade e sabor à mesa

Capa Klébio Lopes

Serpente jararaca-ilhoa, uma das espécies em exposição no Instituto Butantan

Foto Camila Carvalho/Butantan

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Núcleo Itutinga-Pilões pág. 26 5


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8P QRYR HVSDFR SDUD YLYHU HP %HUWLRJD Projeto arquitetônico Antonio Carlos Vadalá Guimarães

LANÇAMENTO

23 e

Dormitórios

(1 Suíte)

76m a 95m 2

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privativos • Terraço com churrasqueira • Vagas determinadas Perspectiva artística da fachada

Perspectiva artística da piscina coberta

Perspectiva artística do salão de festas com espaço gourmet

Perspectiva artística da piscina externa

VISITE DECORADO

Rua João Ramalho, 1.763 - Praia da Enseada - Bertioga www.tul u m be r t i oga. c om . b r Realização e construção:

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turismo científico

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A casa das cobras Importante para a saúde pública, para a cultura e conhecimento científico, o Instituto Butantan, na capital paulista, abriga diversos tipos de serpente e, acredite, é um excelente passeio para adultos e crianças

Camila Carvalho/Instituto Butantan

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turismo científico Fotos Camila Carvalho

Luciana Sotelo Você já se imaginou frente a frente com uma cobra? Mesmo sem possuir patas ou garras afiadas, as serpentes e outros animais peçonhentos assustam até mesmo os mais corajosos, afinal, boa parte deles produz um veneno tóxico capaz de matar seres vivos em pouco tempo. Por essa razão, ninguém quer chegar perto. Mas, e se esse encontro for repleto de conhecimento e aventuras? Você topa? Essa é uma das propostas do Instituto Buntantan, local mundialmente conhecido pela produção de soros e vacinas, e que abriga museu com animais oriundos de várias partes do mundo. No roteiro, ainda há espaço para atrações históricas e científicas. Agora, sim, o convite ficou irresistível. O ponto de partida para a diversão é, sem dúvida, o Museu Biológico, que tem um diferencial e tanto: é um dos únicos

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museus no mundo a apresentar, de forma permanente, uma exposição de animais vivos. A ocasião é perfeita para analisar bem de pertinho o olhar penetrante das cobras e registrar o comportamento dos diversos animais peçonhentos que por lá vivem. De acordo com o diretor do museu, o pesquisador Giuseppe Puorto, atualmente estão em exibição 101 espécimes de 71 espécies, principalmente, de serpentes. Com mais de 100 anos de história, o Instituto Butantan possui um rico acervo; a coleção original começou nos primórdios do século XX, com o médico Vital Brazil, fundador do instituto, que a utilizou com o propósito de difundir a ciência à comunidade. O empreendimento ocupa uma edificação histórica, uma antiga cocheira de imunização de cavalos. Explica Puorto: “O intuito do museu era divulgar e apresentar à população as serpentes perigosas e as não perigosas”. Passadas décadas, a ideia se expandiu e,

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hoje, o Museu Biológico é a casa de aranhas, serpentes exóticas, escorpiões, anfíbios e lagartos. “Nosso acervo é composto por mais de 300 exemplares, e boa parte foi entregue ao museu pela própria população ou através do serviço de recepção de animais apreendidos pelas Polícias Federal, Ambiental e Civil”. No núcleo, os animais podem ser vistos em recintos que recriam seu habitat. Por meio de painéis explicativos, interação com o público e promoção de cursos, difunde conhecimentos zoológicos a exemplo dos tipos de veneno e principais acidentes ocorridos com cobras e demais animais peçonhentos. Para o pesquisador, “a importância e o papel dos museus são desenvolver atividades voltadas para a memória e a difusão do conhecimento científico e cultural na área da saúde, junto a diversos públicos”. Entre as principais atrações, uma moradora, em especial, atrai olhares

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curiosos: é a sucuri, aponta Giuseppe. Não é para menos; ela possui mais de quatro metros de comprimento. “É uma cobra que temos aqui no Brasil e chama atenção pelo porte, podendo chegar a oito metros”. Além do acervo permanente, periodicamente, o museu inaugura mostras temáticas temporárias, caso da atual Joias das Ilhas, composta por serpentes peçonhentas do Sudeste. “Temos sete espécies, entre elas, a jararaca”.

Mais dois museus Em meio a tantas maravilhas, é preciso preservar a história e apresentar aos visitantes o modo como tudo começou e se desenvolveu. Criado em 1981, o Museu Histórico foi instalado na cocheira adaptada como laboratório no qual o médico Vital Brazil havia desenvolvido, e entregue às autoridades sanitárias, as primeiras ampolas de soro contra o surto de peste bubônica. A exposição, com cerca

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turismo científico

A exposição externa apresenta painéis que contam parte da história e importância do museu ao longo de mais de 100 anos

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de 280 m², apresenta parte do piso e parede originais, e objetos do laboratório de pesquisa e da produção do Instituto Butantan. Em 2002, o instituto inaugurou o Museu de Microbiologia. Sua principal missão é estimular a curiosidade científica nos jovens e propiciar oportunidades de aproximação entre a cultura científica e o público em geral, por meio de exposição e ações educativas. Além disso, é um importante instrumento de divulgação de atividades desenvolvidas pelo Instituto Butantan. A aventura aqui é uma espécie de viagem interativa pelo mundo invisível dos microrganismos. Computadores com filmes, animações, microscópios, painéis, modelos tridimensionais de bactérias, vírus e protozoários explicam as bases da microbiologia e revelam germes ou micróbios. Há também uma exposição interativa e lúdica para crianças de 4 a 6 anos, com o objetivo de aproximá-las do mundo dos microrganismos. O repórter cinematográfico Ilton Fernandes não pensou duas vezes para subir a serra e proporcionar aos filhos Nicolas, de seis anos, e Maria Luiza, de dois anos, essa experiência enriquecedora. “A pequena gostou da farra, mas o maior ficou encantado com as cobras. Ele sempre teve curiosidade, e aqui é o único local em que ele pode ter essa experiência tão real de contato direto com o animal. Foi maravilhoso. Ele fala nisso toda hora e quer repetir”, diz satisfeito o pai coruja. Importante para a saúde pública, para a cultura e conhecimento científico, são muitas as características de destaque do Instituto Butantan. Em poucas palavras, podemos dizer que é um espaço democrático e lúdico no qual se respira ciência, sem deixar de lado a história e demais atributos da biologia. Venha embarcar nessa viagem cheia de atrativos. Vale a pena o passeio.

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Os soros hiperimunes heterólogos são medicamentos que contêm anticorpos produzidos por animais imunizados, utilizados para o tratamento de intoxicações causadas por venenos de animais, toxinas ou infecções por vírus

O ponto de partida para o passeio é o Museu Biológico. Um dos únicos no mundo a apresentar, de forma permanente, uma exposição de animais vivos

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turismo científico

Curiosidade sobre acidentes: A pedido da revista Beach&Co., o Museu Biológico preparou uma lista dos principais sintomas e efeitos de acidentes com cobras. Confira: - Jararaca, gênero Bothrops - acidente botrópico (causado por serpentes do

grupo das jararacas): dor e inchaço no local da picada, às vezes, com manchas arroxeadas e sangramento no ferimento causado pela picada; podem ocorrer sangramentos em gengivas, pele e urina. As complicações mais importantes são

infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal. - Cascavel, gênero Crotalus acidente crotálico (causado por cascavel): sensação de formigamento no local, sem lesão evidente; dificuldade

O serpentário é parada obrigatória. Ao lado, no Museu de Microbiologia, detalhe da exposição interativa e lúdica para crianças de 4 a 6 anos e da praça dos cientistas

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em manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dores musculares generalizadas e urina escura. - Surucucu-pico-de-jaca, gênero Lachesis - acidente laquético (causado por surucucu-pico-de-jaca): quadro

semelhante ao acidente botrópico, acompanhado de vômitos, diarreia, diminuição dos batimentos cardíacos e queda da pressão arterial. Coral-verdadeira, gênero Micrurus acidente elapídico

(causado por coral-verdadeira): no local da picada não se observa alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e sonolência.

Meio ambiente Quem entra pela portaria da avenida Doutor Vital Brasil, em São Paulo, a parada obrigatória é o serpentário. Cascavel, jiboia e jararaca são algumas das anfitriãs do local. Elas vivem em ambiente externo, semelhante ao natural. Além das curiosidades existentes no interior do prédio, o passeio ao Museu Biológico ainda reserva uma poderosa atração: o complexo arquitetônico está localizado em mais de 750 mil m² de área verde preservada e reconhecida, oficialmente, como patrimônio histórico da cidade de São Paulo, congregando laboratórios, fábricas de produção e três museus.

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turismo científico

Produção a todo vapor O Instituto Butantan produz 13 tipos de soro e 6 vacinas, distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Entre as vacinas, destaque para a adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP); vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT); vacina adsorvida difteria e tétano infantil (dT); vacina adsorvida hepatite B (recombinante); vacina influenza sazonal trivalente (fragmentada e inativada); vacina raiva inativada (VR/Vero). Segundo a assessoria de imprensa, desde 1901, o instituto produz imunobiológicos voltados para a saúde pública, sendo responsável por grande parte dos soros e vacinas produzidos no Brasil. Seus produtos fazem parte do Programa Nacional de Imunizações e são enviados ao Ministério da Saúde, que os distribui de forma estratégica e gratuita à população.

O Instituto Butantan é mundialmente conhecido pela produção de soros e vacinas

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lazer

Parklets enfim chegam ao litoral Uma pausa no meio do caminho, para descansar, ler um livro, conversar com os amigos, falar ao celular ou mesmo se alimentar. A ideia inovadora chega a Santos, para deleite dos usuários

Divulgação/Tapa

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Luciana Sotelo

Os parklets, ou minipraças, foram regularizados pela prefeitura de Santos e prometem ganhar força nas ruas como espaços de lazer alternativos. Ideia gestada na Califórnia, nos Estados Unidos, em 2005, nasceu a partir do Parking Day, um movimento de conscientização sobre a diminuição do uso do carro como apoio à sustentabilidade. De forma temporária, um pequeno espaço público, com muito verde, bancos e sombras, foi instalado numa vaga de estacionamento. A ação pretendia questionar o planejamento urbano das cidades. Em 2012, a iniciativa chamou atenção do Instituto Mobilidade Verde, uma ONG de São Paulo, que trabalha com a mobilidade urbana e ocupação do solo como meio de desenvolvimento social, e que, no ano seguinte, com o apoio de outras organizações, criou um projeto piloto que utilizava a vaga de dois carros para construção de um espaço de convivência. Assim, tomou forma o primeiro parklet da América Latina, instalado na esquina da rua Padre João Manuel com a avenida Paulista. De acordo com dados da ONG, a intervenção temporária foi suficiente para se descobrir que o parklet não tirava vaga de carros nas ruas, mas que os carros estavam retirando o espaço de 300, 400 pessoas por dia, número médio de pessoas que utilizam estes equipamentos. Mais a fundo nas pesquisas, descobriram que a maioria dos usuários compunhase de trabalhadores de baixa renda, que

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faziam usos variados do local, como leitura, almoço, encontro com amigos, descanso, entre outros. Constataram, ainda, que é possível utilizar este espaço da rua em benefício do cidadão; a retirada do estacionamento não prejudicou o motorista nem o comerciante, e também não trouxe problemas ao tráfego, pelo contrário, ao longo do tempo, estes dispositivos começaram a ser instalados em diversos pontos da cidade de São Paulo e, hoje em dia, em todo Brasil e América Latina. Cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Fortaleza já utilizam o equipamento.

Novidade na Baixada Santista Tudo que é bom se propaga. Por isso, não demorou muito para a ideia descer a serra e se tornar uma realidade por aqui. As cidades de Santos e São Vicente já regulamentaram a instalação dos parklets. Na terra que abrigou Pelé, o conceito passou a valer em dezembro de 2016, pelo Decreto Municipal 7.607/16, que permite a implantação do equipamento por qualquer pessoa, a qual será responsável por sua manutenção e limpeza, e, ao final da permissão, sua retirada. O local não deverá ser utilizado para uso exclusivo do permissionário, nem para atividades comerciais, ou seja, qualquer pessoa pode utilizá-lo, ainda que fique em frente a uma casa comercial. Os parklets instalados ficam disponíveis para utilização 24 horas, e funcionam como extensão do passeio público, a fim de que os cidadãos convivam com mais conforto, em meio a bancos, floreiras, paraciclos e outros

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lazer

Fotos Lucia Sotelo

As minipraças alternativas ocupam espaços antes destinados a estacionamentos. Ficam disponíveis para utilização 24 horas, e funcionam como extensão do passeio público

elementos destinados à recreação. Diz a arquiteta Veridiana Nobre Lopes Teixeira, coordenadora de revitalização urbana da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e da Comissão Municipal de Parklets. “Semanalmente, chegam vários e-mails solicitando consulta prévia. É um processo natural as pessoas irem se acostumando e se adaptando com o novo visual e uso de um espaço antes destinado exclusivamente ao carro”. É bom ressaltar que existem regras que precisam ser observadas, diz a arquiteta. “O interessado que obtiver a permissão de uso tem toda responsabilidade sobre

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o parklet, desde a instalação, confecção, segurança dos mobiliários, manutenção, limpeza, além da remoção e restauração do logradouro”. Normalmente, ela explica, eles são instalados nas vagas de estacionamento paralelas à via, podendo variar de 4,50m a 9,50m de comprimento (uma ou duas vagas) e não ultrapassar 2m de largura. “Espaço aproximado ao de uma vaga destinada ao automóvel”. Vale destacar algumas informações importantes sobre o responsável técnico da obra: o interessado precisa de um profissional registrado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU-, ou

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do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - Crea. “A partir daí, fica a critério do profissional projetar da melhor maneira, seguindo o decreto nº 7.491/2017, que regulamenta a instalação dos parklets. Além disso, é necessário que o projeto seja aprovado pela Comissão Municipal de Parklets”, pontua Veridiana.

Passo a passo

Cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Fortaleza já utilizam o equipamento. Aqui no litoral, a ideia foi absorvida por Santos e São Vicente

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A primeira providência para requerer o equipamento é enviar um e-mail para a Comissão Municipal de Parklets, para que seja feita a consulta prévia do local pretendido, a fim de que o projeto não ocupe uma área inapropriada. Depois do parecer favorável, o interessado preenche um formulário específico, disponível no site da prefeitura de Santos www.santos.sp.gov.br, que instrui sobre os documentos necessários. O primeiro espaço em Santos foi inaugurado em 13 de janeiro desse ano, na rua Carolino Rodrigues, nº 34, no bairro do Boqueirão. A estrutura foi montada pelo Tapa Bar, a partir de projeto do arquiteto André Mafra, com paisagismo de Anderson Rodrigues. Outro funciona na rua Marechal Deodoro, nº 18, no Gonzaga. A cargo do estabelecimento Temakiland, o projeto foi concebido pela Casa da Árvore Consultoria, na prancheta das arquitetas Maíra Castelo Branco e Milena Ricciotti. Sobre seu primeiro projeto nessa modalidade, Maíra fala dos materiais empregados: “Adotamos a madeira plástica, por ser um material 100% ecológico, já que utiliza materiais reciclados, além de apresentar uma durabilidade maior e pouca necessidade de manutenção, quando comparado com a madeira natural”. Segundo a profissional, a obra levou cerca de dez dias para ficar pronta e proporcionou uma experiência muito gratificante, principalmente, por ser um mobiliário urbano, que prioriza o pedestre

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lazer

O primeiro parklet em Santos foi inaugurado em 13 de janeiro desse ano, no bairro do Boqueirão em vez do automóvel. “Também tem a satisfação do cliente, que investiu no mobiliário, e se envolveu no processo desde a contratação, a elaboração dos estudos de projeto, escolha dos materiais”. Já para o proprietário Leandro Pereira Cruz, a motivação decorreu do que ele sente pela cidade. “Por mais que seja uma cidade praiana, carece cada vez mais de lugares públicos nos quais as pessoas possam ter minutos de descanso e lazer, no meio de um dia a dia tão caótico como vivemos”. Para agradar os usuários, Leandro disse que caprichou. “Procurei fazer um espaço com assentos confortáveis, utilizando muita vegetação para trazer aquele ambiente gostoso, e não apenas ripas de madeiras parecendo caixotes como costumam fazer por aí”. Por se tratar de espaços públicos, um dos requisitos básicos da regulamentação

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dos parklets é o de não possuir, em hipótese alguma, elementos ou acessórios com a mesma identidade visual do estabelecimento comercial confrontante ao parklet e que caracterize extensão do comércio; dessa forma, o permissionário não tem nenhuma vantagem aparente com o projeto. Mas a ideia já caiu no gosto dos comerciantes. A arquiteta Veridiana enumera novas propostas em andamento: “Existe um terceiro projeto, já aprovado pela comissão, localizado também na rua Marechal Deodoro. Outros dois já estão em processo de análise e aprovação pela comissão, um na rua Tolentino Filgueiras e outro na Minas Gerais”. Agora é aguardar para ter novos espaços democráticos de integração da população. Nesses, será possível assistir de perto as mudanças pelas quais a paisagem urbana está passando.

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turismo

Núcleo Itutinga - Pilões e as exuberantes surpresas

Divulgação - Instituto Florestal

Um dos núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar reúne floresta, trilhas, história e educação ambiental. Tudo isso no coração da cidade de Cubatão e abraçado pelo cinturão verde da Mata Atlântica

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Morgana Monteiro

É impossível alguém chegar à Baixada Santista pela estrada ou pelo ar e não notar o cinturão verde que abraça toda a região. A mata densa, de um verde forte, algumas vezes pincelada por árvores floridas de aleluias ou jacatirões, e também pelo véu branco das cachoeiras, é a imponente Serra do Mar. São escarpas de cerca de 700 metros de altura, que se derramam a perder de vista. Ela está incluída no grandioso Parque Estadual da Serra do Mar, que representa a maior porção contínua preservada de Mata Atlântica do Brasil. São 332 mil hectares de extensão, que compreendem 25 municípios paulistas, desde a divisa com o Rio de Janeiro até o sul de São Paulo. Mas o nosso passeio, aqui, é por um trecho do parque situado em Cubatão: o Núcleo Itutinga-Pilões. O núcleo fica no fim de uma via de terra bem arborizada, a estrada Elias Zarzur, km 8, no bairro da Água Fria. Para chegar até ele é mais fácil de carro. Na entrada, um portal de madeira dá as boas-vindas aos visitantes. A área possui 43 mil hectares de plantas exuberantes e um coro contínuo de pássaros. O corretor de imóveis Klébio Lopes sentiu estar em outro mundo. Embora morador de Cubatão, foi a primeira vez que visitou o parque. Disse ele: “É impressionante saber que, bem abaixo da rodovia dos Imigrantes, existe um local tão voltado para o ecoturismo como esse núcleo”. Klebio seguiu pela trilha do rio Pilões, considerada de baixa dificuldade. Com apenas um quilômetro de extensão, pode ser feita em menos de uma hora. Possui solo plano na maior parte do trajeto, ideal para crianças e pessoas com

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turismo

Adriana Mattoso

A exuberante Cachoeira das Garças, uma das muitas maravilhas naturais que se pode apreciar ao longo do passeio na área

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pouca ou nenhuma prática em caminhadas desse tipo. A trilha beira o rio Pilões e é usada, geralmente, para fins de educação ambiental. De acordo com informações do Instituto Florestal, neste espaço também acontecem atividades de plantio de mudas nativas, como forma de conscientização e recuperação ambiental (reflorestamento). A trilha está inserida no ecossistema de mata ombrófila densa, que é uma mata de vegetação secundária relativamente nova. Sua idade máxima não passa de 50 anos. E se o visitante der sorte, ainda pode avistar pássaros como araçari-banana, saíra-militar, tangarazinho e até mesmo bicho-preguiça, quati ou cateto. Outro passeio que pode ser realizado no núcleo é a trilha do rio Passareúva. Com extensão de três quilômetros e previsão de duração de 2h30, ainda assim, é considerada de baixo nível de dificuldade. Esse passeio é uma ótima opção para quem busca um contato mais direto com a natureza. Palmeiras-juçara, embaúbas e samambaias enfeitam a caminhada. A trilha inclui a travessia do rio Pilões, local que forma uma espécie de tríplice fronteira: de um lado Cubatão, do outro, o município de São Vicente, e o encontro dos dois rios Pilões e Passareúva, que deságua em cachoeira localizada em São Bernardo. A queda d’água é o ponto final do passeio, um local ideal para banho, lanche e muitas fotos. É uma cachoeira

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O parque é lar natural de ampla variedade de organismos e espécies. Por entre ecossistemas terrestres, marinhos e complexos ecológicos presentes em toda a sua área, os visitantes e pesquisadores encontram

alguns dos mais belos e exóticos exemplares da fauna, flora e reino fungo. São pelo menos 222 espécies de aves, algumas ameaçadas de extinção, como o gavião-pombo. Há

ainda mamíferos, roedores, répteis e anfíbios que fazem parte da Mata Atlântica. Bromélias, manacásda-serra, palmeiras-juçara e outras tantas plantas também compõem esse cenário.

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Ricardo Alexander

de porte pequeno, com uma queda de aproximadamente cinco metros. O poço abaixo tem profundidade média de 5 metros e a forte correnteza restringe seu acesso. Outros dois poços formam-se logo a seguir, oferecendo uma opção mais segura para banho. O caminho permite a comparação entre a natureza e urbanização graças a um ângulo de visão diferente das rodovias que integram o Sistema Anchieta-Imigrantes. Da trilha, avista-se parte da estrutura das estradas movimentadas, suas pilastras e pontes de braços gigantes, e o âmago da Mata Atlântica. A visitação pública é gratuita, mas qualquer tipo de atividade, seja trilha ou passeio, deve ser agendado com antecedência. Monitores acompanham os grupos pelas trilhas, e oferecem explicações sobre a história do lugar e sua abrangência. O Itutinga-Pilões funciona de segunda-feira a sábado e é fechado aos domingos e feriados. Além disso, o Núcleo mantém um projeto intitulado Oca do Curumim, destinado a grupos de estudantes. Por meio de atividades lúdicas, crianças e jovens participam de palestras, dinâmicas em grupo e debates sobre a Mata Atlântica e o meio ambiente. Mas, a atividade que faz mais sucesso, sem dúvida, são as trilhas interpretativas, nas quais a garotada vê, na prática, o que só conhece por meio de livros e conversas. O Oca destina-se a crianças com idades entre 4 e 11 anos.

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turismo

Fotos Ricardo Alexander

A cidade avança

As atividades de visitação e trilhas devem ser agendadas pelo e-mail: pesm.itutingapiloes@fflorestal. sp.gov.br ou telefone (13) 3361 8250. Outras informações em: www. parqueestadualserradomar.sp.gov.br/ pesm/nucleos/itutinga-piloes 30

Educação ambiental, ecoturismo e fiscalização são os pilares da administração do parque. De acordo com o Instituto Florestal, o núcleo sofre constantes pressões devido ao crescimento urbano-industrial. Por essa razão, realiza atividades de intensa fiscalização, proteção e programas de uso público (visitação e educação ambiental). As atividades do Núcleo Itutinga-Pilões, no que se refere à fiscalização, acontecem em Cubatão e em mais duas bases de apoio: Tibiriçá e Guariúma, respectivamente instaladas em São Bernardo do Campo e Praia Grande. Há guardas e policiais ambientais em rondas constantes. Durante as visitas, os monitores procuram conscientizar sobre a proibição da caça, da pesca e até mesmo a retirada de plantas. Arrancar bromélias dessa mata protegida, por exemplo, é crime. A gestora do Parque Estadual da Serra do Mar – Itutinga Pilões, Patrícia Rodrigues, explica que este é um dos 10 núcleos administrativos do parque. “O Núcleo Itutinga-Pilões é constituído por belíssimos cenários ecológicos. Temos trilhas e atrativos naturais que contribuem para o turismo da Baixada Santista. O próprio Centro de Visitantes é uma ótima indicação de passeio em Cubatão, pois,

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Resquícios da antiga vila de operários ainda podem ser encontrados, como as casas, as ruínas do hospital e a cadeia velha

além das belezas naturais, possui vestígios históricos interessantes. O conjunto de ruínas da Vila, aberto à visitação, é composto por um antigo hospital, cadeia velha, fábrica de doces e o casarão da Vila. Estas são algumas das muitas curiosidades deste parque. Vale a pena conhecer e explorar!” Visitar o parque é conhecer um pouco da história de Cubatão – a área onde hoje está instalado o Núcleo Itutinga já foi uma vila de operários que trabalhavam na Usina Hidrelétrica de Itutinga, no início do século XX. Nesta época, o local tinha um desenvolvimento considerável devido à implantação das primeiras indústrias privadas na cidade, como a Companhia Curtidora Marx (1912), a Light Serviços de Eletricidade (1926) e a Companhia Santista de Papel (1932). Um aglomerado formou-se, então, em Itutinga-Pilões, com casas, capela, escola, cadeia e um pequeno hospital. O que motivou o abandono dos antigos moradores da Vila foi o crescimento do polo industrial de Cubatão e instalação de núcleos habitacionais na região central, além da construção e operação da Usina Henry Borden, que passou a ser a principal fonte de energia elétrica para a companhia Santista de Papel (onde atualmente fica o

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bairro da Vila Fabril). Mas parte dessa história ainda está preservada no núcleo. O Centro de Visitantes do Itutinga-Pilões, por exemplo, está instalado em um dos antigos casarões da Vila. A cadeia ainda está de pé e duas celas são mantidas intactas, para que os visitantes possam observar. Há ainda resquícios de algumas residências, e da antiga fábrica de doce de banana. Porém, o que mais chama a atenção são as ruínas do hospital, o primeiro de Cubatão. A construção, erguida em arco, com parte da edificação tomada pela floresta, oferece uma paisagem bucólica. Esse foi um dos locais preferidos pelo estudante de design gráfico Ricardo Alexander, para fotografar. Na sessão que realizou no Itutinga, clicou as ruínas do hospital de vários ângulos. Para ele, o casamento da história com a natureza preservada foi simplesmente encantador. “Além de todo o verde, dos pássaros que a todo momento nos visitam com seu cantar, a imagem dessa construção chamou muito minha atenção. Sou morador de Santos e não conhecia esse parque. É realmente um lugar para você olhar a perder de vista. É um espaço muito especial para quem quer sair da cortina da cidade grande. Por onde se olha, é possível achar uma coisa diferente”.

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decoração

A versatilidade dos cobogós Acabamento brasileiro ganha espaço no mundo da decoração e brilha na Revestir, a principal feira brasileira de revestimentos, louças e cerâmicas

Lançamento da Roca Cerâmica, na Revestir, a linha Elemento traz cobogós em cerâmica esmaltada, nas cores cimento, branco e preto, com acabamento fosco e amarelo, e brilhante. Em quatro formatos, para composições diversas em ambientes internos e externos

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Lançamento da Manufatti, na Revestir, os cobogós criados pelo Estúdio Guto Requena inspiraramse em rizomas, raízes que crescem horizontalmente. Dois modelos e duas tonalidades permitem variadas composições

Estela Craveiro Inventado em Pernambuco nos anos 1920, pelo português Amadeu Oliveira Coimbra, pelo alemão Ernesto August Boeckmann e pelo brasileiro Antônio de Góis, o cobogó reúne as iniciais dos nomes dos três engenheiros que o criaram, para definir esse acabamento que voltou à moda e foi uma das estrelas da edição 2018 da Expo Revestir, feira de revestimentos, louças e metais realizada em São Paulo, no mês de março. O sucesso da peça vem de sua versatilidade. Delimita espaços, mas garante a ventilação. Atenua a luminosidade externa durante o dia, e, à noite, cria desenhos de luz no entorno das construções, quando usado em paredes externas. Oferece privacidade, mas permite que, de dentro de um local, veja-se o exterior, sem ser visto.

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Perfeitos para regiões quentes, como o litoral, cobogós inicialmente eram tijolos vazados. Já revestidos de cerâmica, ganharam fama com intenso uso na arquitetura modernista, muito aplicados nos projetos de Lúcio Costa. Hoje estão disponíveis em concreto, cerâmica e outros materiais, nos mais variados formatos, o que permite, inclusive, que sejam usados como estantes, além de ser aplicados em paredes, meias paredes e fachadas. Fã dos cobogós, a arquiteta Adriana Fontana costuma harmonizá-los com as cores escolhidas para as paredes vizinhas. Ela observa que cobogós na cor de concreto proporcionam atmosferas acolhedoras, e não conflitam com os demais tons da decoração. Já as peças de cerâmica colorida sugerem mais vivacidade, e ganham destaque entre tons neutros, predominando no ambiente.

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decoração

Lançado pela Palazzo, na Revestir, Angolo, cobogó com shape minimalista e industrial, com acabamento de concreto nas duas faces, para áreas internas e externas, cobertas ou descobertas

Cobogós da Manufatti separam a cozinha da sala, no projeto da arquiteta Adriana Fontana

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Quadri, outro lançamento da Palazzo, na Revestir, com elementos vazados retangulares e acabamento rústico, na cor concreto, indicado para divisão de espaços

Painel de cobogós Neorex, feitos de cimentício, em projeto da arquiteta Adriana Fontana

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No projeto de Ana Yoshida Arquitetura e Interiores, a parede de cobogós da Cerlem impede a visão da cozinha, na entrada do apartamento, criando um agradável hall do outro lado

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decoração Outras novidades da Revestir

Lançamento da Guidoni, Golden Galaxus, granito exótico, com desenhos naturais, aplicado na parede, em chapas de 2 5,2m

Lançada pela Armani/Roca, a coleção assinada por Giorgio Armani, para salas de banho, reúne móveis, louças, metais e banheiras

No tampo da mesa e na parede, Black Taurus, o glamour do granito da Guidoni

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Da série Flake, efeito de pedra granulada no porcelanato da Roca Cerâmica, disponível nas versões polido, acetinado e antiderrapante, para áreas internas e externas

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ser sustentável

Vai inventar? Então, seja circular

Divulgação

Marcus Neves Fernandes

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Duas consultorias, uma norte-americana e outra focada na União Europeia, acabam de concluir um estudo nos pedidos de patentes feitos ao longo dos últimos 20 anos. O trabalho indica que o número de projetos sustentáveis quadruplicou nesse período. Além de demonstrar uma clara tendência por parte da ciência, os dados apontam um crescente apoio dos organismos internacionais de fomento, que, atualmente, já destinam quase 20% de seus ativos para tecnologias identificadas com conceitos como a Economia Circular (veja quadro). É o caso, por exemplo, da pesquisa feita pelo professor Sammy Verbruggen e seus colegas das universidades de Antuérpia e Lovaina, na Bélgica, nas quais conseguiram criar um combustível alternativo que não gera novos poluentes. Na verdade, ele tem a incrível capacidade de purificar o ar. Trata-se de uma célula a combustível que utiliza a poluição do ar para produzir hidrogênio, com um detalhe crucial: para funcionar, a célula usa energia solar. Atualmente, de acordo com a Agência Ambiental Europeia (AAE), a poluição atmosférica custará US$ 225 bilhões até 2020, somente no que tange a doenças causadas pela má qualidade do ar respirado. No Brasil, apesar da falta de números oficiais, a tendência de patentes com tecnologias voltadas para a sustentabilidade também apresenta crescimento – e até apoio. No final do ano passado, por exemplo,

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Economia circular O modelo econômico predatório, que marca a maior parte das nações e das empresas hoje existentes no mundo, caracteriza-se por “extrair, transformar e descartar”, o que exige grandes quantidades de matéria-prima, água e energia, gerando poluição, escassez de recursos e comprometimento da natureza e qualidade de vida do

ser humano. Há vários exemplos hoje no mundo. No Brasil, um dos mais característicos é o latifúndio ocupado pelo grande agronegócio. Por outro lado, uma economia circular é regenerativa e restaurativa por princípio. Seu objetivo é manter produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor o maior tempo possível: sai o descartável

a Finep (agência federal de fomento) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) selecionaram 42 projetos de pesquisa para o desenvolvimento industrial e comercial de tecnologias. São R$ 65 milhões em recursos, parte deles para aplicações em cidades sustentáveis, como um sistema de rastreabilidade e telemetria, que acompanha desde a origem do lixo até a transformação em produto reciclado, além de um sistema de comunicação via rádio para monitoramento de luminárias públicas. Enquanto isso, parcerias internacionais como a firmada entre pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Politécnica de Valência (UPV), também permitem avançar em propostas como a criação de um novo tipo de cimento, feito a partir das cinzas do caroço de azeitona e dos resíduos procedentes de alto-fornos – uma alternativa mais sustentável aos cimentos utilizados atualmente e a primeira fabricada somente com esses materiais. Aliás, a biomassa brasileira é, por si só, um imenso recurso tecnológico e energético. Hoje, porém, cerca 64% da energia renovável no Brasil provém de hidrelétricas. Apenas 8% estão ligadas à biomassa (8,0%), quando contabilizados o bagaço de cana, lenha e a lixívia, que é o subproduto do processamento da madeira nas fábricas de papel e celulose. Foi pensando nisso que o químico Vadson Bastos do Carmo, da Unicamp,

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e entra o durável e retornável. Trata-se de um ciclo de desenvolvimento positivo e contínuo, que preserva e aprimora o capital natural, otimiza a produção de recursos e minimiza riscos sistêmicos administrando estoques finitos e fluxos renováveis. Ela propõe o fim da especulação, dos paraísos fiscais, da produção inconsequente e da concentração de renda.

decidiu apostar na produção de bioeletricidade com a casca do coco verde. A casca de coco constitui atualmente o resíduo alimentar mais presente em muitas cidades brasileiras. Estima-se que os brasileiros consomem a água de cerca de dois bilhões de cocos verdes por ano. O estudo demonstra que o Brasil não precisaria encarecer as contas de luz ao acionar as termelétricas se utilizasse, para mover suas turbinas, a energia proveniente do emprego de biomassas. Outra aposta na biomassa vem de uma pesquisa feita por equipe de cerca de 30 pesquisadores de quatro instituições de pesquisa, sob a coordenação da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ). Após quase três anos de trabalho (um tempo bem curto em ciência), eles demonstraram que o caroço das mangas tem potencial para ser a matéria-prima de um polímero (plástico) natural, que pode ser aplicado à indústria alimentícia, na composição de embalagens, e até no setor médico, para compor matrizes ósseas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013), o Brasil é um dos maiores produtores de manga do mundo, com uma produção de mais de um milhão de toneladas por ano. O processamento industrial de manga para polpas e sucos resulta no descarte dos caroços, correspondente a valores entre 40% e 60% do seu volume. Nada mal transformar o que, por décadas, foi considerado lixo em um benefício para todos.

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gastronomia

Tortas são sempre bem-vindas Um curinga na hora de planejar uma refeição, elas são, muitas vezes, sinônimo de praticidade, mas que agregam muito sabor Fotos Shutter Stock

Fernanda Lopes Seja para um encontro com os amigos ou para servir a criançada ou a família, as tortas possuem diversos recheios e tipos de massas, sendo um prato muito versátil. A escolha dos ingredientes perfeitos é o ponto chave para o preparo de uma torta deliciosa, e a massa é fundamental. Ela muda tudo. Por isso, seguem receitas das principais massas de torta e sugestões de recheios também. Isso

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porque, a massa é a base de qualquer torta. Se ela não estiver boa, acaba com qualquer recheio delicioso. Ao contrário de pães, a massa para tortas não deve ser sovada. Sovando a massa, você desenvolverá seu glúten, e a massa encolherá muito ao ser assada, correndo o risco de ficar dura ou emborrachada. Quanto menos você mexer na massa, melhor.

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Receitas

Torta de frango cremoso Ingredientes massa: 1 receita de massa podre. Recheio: 1 peito de frango sem pele e sem osso cortado em cubinhos; 1 colher (café) de páprica; 1 fio de azeite ou óleo; 2 dentes de alho; 1 cebola picadinha, salsinha picadinha a gosto; 4 colheres (sopa) de requeijão; 1/2 xícara de leite; 1 colher (sopa) de amido de milho, sal e pimenta a gosto, 1 xícara de ervilhas e 2 colheres (sopa) de parmesão ralado. Preparo: prepare a massa podre como manda a receita. Forre o fundo e as laterais de uma forma de fundo removível com a massa. Reserve. Para o recheio, tempere o frango com sal, pimenta e páprica. Esquente o azeite e refogue os cubinhos de frango. Junte a cebola e o alho e refogue. Junte o leite com amido, mexa até engrossar. Junte o requeijão, a ervilha e o parmesão. Desligue, acerte o sal e a pimenta, se preciso, e coloque a salsinha. Deixe esfriar. Coloque sobre a massa o recheio de frango e cubra com o restante de massa. Pincele gema e leve ao forno pré-aquecido a 180°C por cerca de 35 minutos ou até dourar. Dica: se quiser, coloque azeitonas no recheio.

Quiche de brócolis com peito de peru

Ingredientes: 1 receita de massa de quiche; 3 ovos; 1 xícara de creme de leite; 100g de requeijão cremoso; 150g de peito de peru, sal e pimenta a gosto e 1/2 brócolis cozido al dente em floretes pequenos. Preparo: faça a massa como manda a receita e pré-asse. Recheio: misture tudo, acerte o sal e a pimenta e coloque sobre a massa pré-assada. Leve ao forno pré-aquecido a 200° novamente até que fique dourada (cerca de 30 minutos).

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Tipos de massa Sablé Levemente adocicada e utilizada em tortas ou tortinhas doces. Ingredientes: 2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo; 1 colher de fermento em pó; 1/2 xícara de açúcar de confeiteiro; 150g de manteiga; 3 gemas; baunilha a gosto. Preparo: peneire os ingredientes secos, misture-os aos poucos sem amassar (use uma espátula), cubra com papel filme e leve para a geladeira por 30 minutos. Retire e amasse levemente, sem sovar, forre o fundo e laterais de uma assadeira de 25cm, cubra com papel alumínio e asse por 30 minutos. Retire o papel e ponha o recheio de sua preferência. Frola Também utilizada em tortas doces. Pode ir ao forno com o recheio, sem a necessidade de pré-assar. Ingredientes: 2 xícaras de farinha de trigo; 1 colher de fermento em pó; 150g de manteiga; 1/2 xícara de açúcar de baunilha e 2 ovos. Preparo: misture levemente, faça uma bola, cubra com plástico filme e leve para gelar por 30 minutos antes de usar. É suficiente para uma forma de 25cm. Brisée De consistência delicada, é quebradiça e aceita vários tipos de recheios, salgados e doces. Ingredientes: 2 xícaras de farinha de trigo; 1 colher de fermento em pó; 1 colher (sopa rasa) de açúcar (para tortas doces) ou 1 colher (chá rasa) de sal (para tortas salgadas); 150g de manteiga; 1 ovo e 1 gema; baunilha a gosto; 1 colher (sopa) de leite. Preparo: misture levemente, faça uma bola, cubra com plástico filme e leve

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gastronomia

Torta de maçã

para gelar por 30 minutos antes de usar. Depois, divida a massa em dois. Em uma superfície lisa e enfarinhada abra metade da massa com um rolo e coloque no fundo e laterais de uma forma removível de 25cm de diâmetro. Coloque o recheio desejado e cubra com a outra metade. Pincele gema e leve ao forno.

Ingredientes: 1 receita de massa frola. Recheio: 6 maçãs-verdes médias ou Fuji sem casca e picadas em fatias finas ou cubinhos (coloque suco de 1/2 limão para não escurecer enquanto pica); 1 e 1/2 colher (chá) de canela em pó; 1 e 1/2 colher (chá) de noz-moscada ralada; 1 colher (sopa) de essência de baunilha; 3 colheres (sopa) de suco de limão (deixe as maçãs no suco enquanto corta para que elas não escureçam); 1 xícara (chá) de açúcar; 2 colheres (sopa) de amido de milho. Preparo: faça a massa como manda a receita, forre as laterais e o fundo da forma e reserve parte da massa para cobertura. Recheio: misture todos os ingredientes do recheio. Abra a massa restante com o rolo e cubra a torta. Com as pontas dos dedos, pressione as beiradas e retire o excesso de massa. Pincele gema e polvilhe açúcar cristal. Leve a torta para assar em forno pré-aquecido a 180ºC (temperatura média) por cerca de 45 minutos ou até estar bem douradinha. Sirva quente com sorvete de creme.

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De biscoito Prática de preparar, normalmente usada com recheios que não precisam ir ao forno. Ingredientes: 200g de biscoito tipo maisena triturados no liquidificador e 100g manteiga derretida (pode colocar baunilha ou raspas de casca de laranja ou limão, sem a parte branca). Preparo: misture os ingredientes e forre uma forma de 24cm de fundo removível. Leve para assar a 180°C por cerca de 10 minutos e depois coloque a cobertura desejada. Massa podre Mais gordurosa do que as outras citadas, deve ser trabalhada delicadamente e é utilizada principalmente em empadas e empadões. Ingredientes: 560g farinha de trigo; 280g margarina; 4 gemas; 40g de óleo e sal a gosto. Preparo: misture tudo e deixe descansar na geladeira com plástico filme por 30 minutos. Depois, divida a massa em dois. Em uma superfície lisa e enfarinhada abra metade da massa com um rolo e coloque no fundo e laterais de uma forma removível de 25cm de diâmetro. Coloque o recheio desejado e cubra com a outra metade. Pincele gema e leve ao forno.

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Torta de morango Shutterstock/hlphoto

Ingredientes: 1 receita de massa brisé doce. Recheio: 1 lata de leite condensado; 1 xícara (chá) de leite; 3 gemas de ovo; 300g de chocolate branco picado. Cobertura: 1 caixa de morango cortado ao meio; 1 caixinha de gelatina sabor morango; 250ml de água quente e 250 ml de água fria. Preparo: prepare a massa como manda a receita, forre a forma e as laterais de uma forma de fundo removível e leve ao forno para assar. Reserve depois de assada. Recheio: leve ao fogo médio o leite condensado, o leite e a as gemas, mexendo sempre até engrossar. Desligue e misture com o chocolate branco. Espalhe sobre a massa da torta e leve à geladeira por 2 horas. Cobertura: arrume os morangos sobre o recheio e reserve. Dissolva a gelatina na água quente, em seguida, acrescente a água fria, adicione cuidadosamente sobre os morangos. Leve à geladeira por mais 4 horas.

Quiche Ingredientes: 1/2 xícara (chá) de manteiga sem sal gelada; 1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo; 1 colher (chá) de sal; 1 ovo e 3 colheres (sopa) de água gelada. Preparo: misture a farinha, o sal e a manteiga. Vá misturando com as pontas dos dedos até que forme uma farofa granulada. Faça uma depressão no centro e coloque o ovo e a água. Misture rapidamente com um garfo e depois forme uma bola com a massa. Embrulhe-a em filme plástico e mantenha na geladeira por 30 minutos. Abra a massa em uma forma de fundo removível com 25cm de diâmetro, cobrindo as bordas e o fundo. Faça vários furinhos na massa com um garfo. Asse em forno médio pré-aquecido por cerca de 15 minutos. Depois, coloque o recheio que quiser e leve ao forno novamente para que o recheio fique firme.

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Flashes

O Fundo Social do Guarujรก promoveu o evento beneficente Noite Blow UP FSS, com o tema Os bons tempos voltaram, no Iate Clube de Santos. Um sucesso!

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Flashes

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“Destaques” // Luci Cardia

Mais uma vez, a Turma da Tar surpreendeu com a Festa do Azul e Branco, em evento na Riviera de São Lourenço, anunciando o fim do Verão 2018. Parabéns a todos e, em especial, ao presidente Jean Boutin e sua querida Masci de Souza, Roberto Haddad e Paschoal Biondo, e a Banda do Rominho, que fez um show sensacional

Os integrantes da Tar e convidados

Roberto Haddad e Elis Regina deram o tom da festa

Ricardo e Silvana

Célio Augusto, da Gescon, e sua mulher

O presidente da Tar Jean Boutin e Masci de Souza

Dirce, Roseli, esta colunista e a querida Leo Marques

Reuben Zeidan, Masci de Souza, Jean Boutin e o querido Rominho

José Avelino, Nawal Avelino, Elis Regina e Roberto Haddad

Dirce e Luiz, diretamente de Campinas para a Riviera

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

Debut - Vernissage na Associação dos Dentistas - Dia Internacional da Mulher

Encantadora, a jovem Isabely Liberado, em seus deslumbrantes 15 anos nos salões do Mendes Hotéis Álbum de família: Sérgio e Michele Liberado com os três filhos: Kayky, Camily e a aniversariante Isabely

Artista plástica Lourdes Collina apresentou telas premiadas mundialmente e porcelanas com a curadora das exposições, Bel Braga, na Associação dos Dentistas de Santos

Homenageado da noite: conde Paulo Eduardo Costa, secretário de Cultura de São Vicente, recebeu o certificado das mãos do presidente da ACDBS José Negrinho

Apreciadores das artes e do trabalho executado em porcelanas: Silvera e Arnóbio Santos

Ayam Yam, o organizador do evento da rede brasileira Pró-Cultura e Ações Institucionais, confere o mérito à advogada Isabela Castro de Castro, no Dia Internacional da Mulher, na Câmara Municipal de Santos

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Liberado Jr. e Bruna Coronato recepcionaram os amigos ao lado de personagens dos contos de fada e a apaixonante aniversariante

Paulo Eduardo Costa e o diretor cultural Durval Capp Filho receberam homenagem das mãos de Walkiria Sanches Capp

Maria do Carmo Santos recebeu o certificado das mãos deste colunista, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Guarujá Golf Club realiza o 2º Torneio Interno de 2008

Juliano Hannud faturou o 1º lugar na categoria stroke play 0-18; nesta foto, com o presidente do GGC Ronaldo Sachs, o conselheiro Dr.Itamar Gaíno, o 2º colocado Wesley Castro e o expresidente Anselmo Aragon

Em destaque, o presidente do GGC, sua mulher e primeira-dama do GGC Patricia Sachs, e os convidados Alex Oliveira e sua eleita Taís

Cris Santos, Jean Cardon e o merchand da empresa Jasmine, patrocinadora do evento

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A 1ª colocação na categoria stableford feminino ficou com a golfista Bárbala Louski Pane, aqui, com seu marido Yves L. Pane

No estilo stableford 19-27, o primeiro lugar ficou com Luiz França e, no 28-36, o título foi para Ramon Puertas

De volta à sua forma no golfe, após um período nos Estados Unidos, o advogado Miguel Calmon e sua eleita Estela Calmon O golfista Roberto Nemer e Ronaldo Sachs, presidente do GGC

O golfista Mario Grieco faturou mais um troféu para sua coleção

O destaque é pra você, Bete Gaíno, e o Hole in One, que vai para o mural do Guarujá Golf Club

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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Atitude Ambiental: premiando as boas idéias Há 25 anos a Riviera de São Lourenço, por meio da Sobloco, convida as escolas de Bertioga a pesquisarem o ambiente no qual vivem, a refletirem sobre os problemas identificados e a proporem soluções criativas e viáveis. É o Prêmio Atitude Ambiental que, a cada ano, traz um tema diferente. O Prêmio promove a integração das várias disciplinas que compõem o ensino infantil, fundamental e médio, estimula a criatividade, desperta a consciência de crianças e adolescentes para as questões comunitárias e ambientais e faz da escola um núcleo irradiador de mudanças. É a Riviera de São Lourenço investindo na juventude de Bertioga para construir uma sociedade mais justa e consciente.

Em 25 anos, o Prêmio Atitude Ambiental teve:

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PROJETOS INSCRITOS EM DIVERSOS TEMAS.

Planejamento e realização:

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Beach&Co março Beea Be Bea ach ch& ch&Co h& &Co Co n nºº 189 18 89 8 9 - ma mar arço ço //2018 20 201 2 0118 0


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