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Adlete Hamuch

ANO XVII - Nº 193 - JULHO / 2018

A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte

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Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br

Colheita garantida em qualquer espaço

beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte

E mais...

Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Giuliano Rodrigues

Caraguá a Gosto

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Alcatrazes

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Ser Sustentável

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Flashes

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Celebridades em foco

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Cenário social

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Alto Astral

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giu@costanorte.com.br Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan ronaldozaidan@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Luciana Sotelo, Marcus Neves Fernandes e Reginaldo Pupo Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Rodrigo Haddad MKT Direto


Luciana Sotelo

Pedro Rezende

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A boa energia dos quadrilheiros caiçaras

Inverno: clima perfeito para apreciadores de queijo

Capa Gabriel Jurado Fotografia

Ronah Carraro em sua criação para o Beco da Mulher Maravilha, em Maresias Gabriel Jurado Fotografia

Maresias

pág. 06


Monica Antunes/Studio Carlito e Renata Pascucci

turismo

Apaixonante Maresias A joia da costa sul de São Sebastião é linda por todos os ângulos, quer pelo seu incrível mar transparente, quer pelo seu sertão recheado de atrativos ou, ainda, enfeitada pelas criativas mãos humanas


Rua Sebastião Romão César, na qual está localizada boa parte dos estabelecimentos que aderiram ao projeto fachadas coloniais

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turismo

Endereço certo para milhares de turistas em busca de seu mar de águas cristalinas e areias claras e fofas, para desfrutar horas de ócio ou agito em dias quentes, Maresias, a joia da costa sul de São Sebastião, encanta por todos os ângulos. E olha que são muitos. A praia tem quatro quilômetros de extensão, e o bairro homônimo, espremido na estreita faixa entre a rodovia Rio-Santos e a Serra do Mar, reúne muitas qualidades também presentes nas regiões serranas do interior do estado, como trilhas e cachoeiras, na expressão máxima da natureza exuberante. A excelência em hospedagem e gastronomia, e toda uma rede de serviços personalizados e de alto nível, fecham o círculo criado por uma sociedade organizada, empenhada em potencializar a capacidade de receber e de agradar o ano todo. Esta força criativa tem resultados surpreendentes, como a elaboração de um calendário próprio de eventos, com os festivais de inverno e da primavera, além do já tradicional de verão; galerias de arte a céu aberto; iluminação e reurbanização da ciclovia paralela à rodovia Rio-Santos, inaugurada em janeiro, só para citar alguns. Ao adentrar no bairro, o visitante já nota um novo colorido, um ar artístico pincelado por muitas mãos. O movimento #colorindomaresias, liderado pelos arquitetos do Studio Carlito, e Renata Pascucci, criou painéis em muros residenciais e tem estimulado comerciantes a adotar fachadas em estilo colonial, como forma de levar um pouco da identidade do centro histórico do município, para Maresias. Já são cinco os estabelecimentos com tal perfil, que dota as fachadas com características especiais, atrativas e fotogênicas.

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Fotos Gabriel Jurado

O artista Rafael Highraff e a arquiteta Renata Pascucci na produção de artes no Beco da Mulher Maravilha

A ideia dos murais culminou em outra criação artística, o Beco da Mulher Maravilha, a ser inaugurado em agosto. Trata-se de uma versão praiana do famoso cartão-postal paulistano, o Beco do Batman, travessa cujas paredes estão tomadas por grafites, na Vila Madalena, em Pinheiros. Em Maresias, a galeria a céu aberto, localizada na viela da entrada oito, que faz ligação com a rua Sebastião Romão César, divulga grafites de cerca de 30 artistas da capital, da região e de jovens do próprio bairro. O Beco da Mulher Maravilha, com todo seu colorido e criatividade, é mais um exemplo da união de forças do bairro, com a participação da Associação de Pousadas e Hotéis de Maresias – APHM, e a Sociedade Amigos de Maresias – Somar. O grupo

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explica que o Studio Carlito atuava, desde o ano passado, em ações de implantação de arte urbana, em Maresias, enquanto a APHM, em paralelo, trabalhava para viabilizar uma galeria de arte a céu aberto na viela da entrada oito, que concentra grande fluxo turístico, por causa das pousadas, restaurantes e casas noturnas existentes no entorno. Como as ideias se complementavam, uniram-se as forças, puxando, para a iniciativa, também a Somar, que oferta aulas gratuitas de grafite para jovens do bairro, viabilizadas por meio da contratação, pela Fundação Deodato Santana (Fundass), a artista Yá, moradora da cidade e professora da oficina, que atende cerca de 60 crianças entre alunos de Maresias e Boiçucanga. O resultado é a explosão de cores ao longo de 200 metros. Um conceito de arte urbana, que não apenas embeleza como estimula a

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Fotos Gabriel Jurado

O arquiteto Carlito Colhado em plena ação no movimento #colorindomaresias, que tem dado novos ares à área urbana do bairro

admiração às artes e o pensamento crítico. A arquiteta Renata Pascucci destaca a união do bairro em prol do projeto. “O que vimos foi essa grande sinergia local, todos em busca dessa inserção e valorização artística em nossas ruas e comunidade, e somamos esforços para tirar o projeto do papel. Agora, com o apoio da prefeitura, da sociedade civil organizada, assim como do meio artístico e empresariado local, estamos trabalhando nesse amplo mural, que trará não apenas arte de grafiteiros de renome de São Paulo, como também de artistas locais e de nossas crianças”. O arquiteto Carlito Colhado complementa: “O nosso Beco da Mulher Maravilha é uma realização a muitas mãos, que, juntas, estão viabilizando um novo cartão postal para Maresias, com a cara de nossa cidade e de nossa praia”.

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Ciclovia e muito mais A revitalização da ciclovia, com cerca de 700 metros, paralela à rodovia Rio-Santos, é outro bom fruto da parceria público-privada (PPP) entre a administração municipal, a Somar e a APHM, com um grande ganho para a paisagem e para o dia a dia de moradores e turistas. Assinada pelos arquitetos Carlito e Renata Pascucci, a primeira fase inclui a substituição dos antigos postes e luminárias por novos, com tecnologia em LED, requalificação do pavimento, pintura e nova sinalização. Na segunda fase, serão instalados os equipamentos em aço inox para a prática de atividades físicas. A presidente da APHM Niuara Tedesco reforça que o grupo também tem atuado junto à Secretaria de Turismo do município, no apoio a medidas de estruturação de trilhas e atrativos de ecoturismo, cujos

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turismo

Opções de passeios - Bike Tur: percurso de 2,5km pelo sertão de Maresias, a partir de Nova Iguaçu; percorre diversas vias até chegar ao Poço do Caetano, pequena queda d’água com piscina natural. O percurso inteiro (ida e volta), em velocidade de passeio, leva cerca de duas horas e passa pela Mata Atlântica, na qual se podem admirar aves e espécies nativas, além do mergulho no rio Maresias. - Esportes de aventura: para os amantes de aventura, o Cit - Centro de Informações Turísticas de Maresias, localizado na Praça do Surfe, oferece opções diversas de passeios e atrativos, realizados por empresas de receptivo turístico da praia. É possível contratar o serviço de trilhas com rapel em cachoeira ou em um mirante no meio do oceano - além de voo livre sobre a praia de Maresias e percurso de arvorismo, escalada e tirolesa, sempre com equipamento incluso.

O trecho de ciclovia, paralelo à rodovia Rio-Santos, foi iluminado e reurbanizado em janeiro

Divulgação/APHM

Festiva em todas as estações Garantir entretenimento a quem frequenta o bairro é outra preocupação local, o que levou a APHM a criar um calendário de eventos para Maresias, incluído no oficial do município, com programação para três períodos do ano: o Festival de Inverno, que este ano foi realizado nos finais de semana do mês de julho; o Festival da Primavera, programado para de 5 a 16 de outubro; e o de Verão, de 26 de dezembro a 31 de janeiro de 2019. Juntos, garantem cerca de 60 dias de eventos no bairro, com música, arte, comida e entretenimento para toda a família.

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Divulgação

Observar a linda costa do alto é algo inexplicavelmente incrível. Para isso, há duas opções irrecusáveis, o voo de paraglider e o rapel vertical. É só escolher...

Thiago Bertassoni

frutos serão colhidos no final do ano, e um projeto de vigilância eletrônica para o bairro, ainda em andamento. Sobre esta forma de atuação, ela diz: “O que percebemos é que atuar ativamente é uma necessidade; não podemos ser passivos e aguardar todas as soluções ser encaminhadas pelos órgãos públicos. São, nas parcerias e iniciativas próprias, que conseguimos dar o passo extra que garante a mudança”. O presidente da Somar Eliseu Arantes reforça: “Estamos atuando ativamente na busca pelo saneamento, pela implantação de bases de segurança, assim como pela estruturação de atrativos como a ciclovia, que iluminamos, e, agora, buscamos a extensão, e a limpeza e manutenção da praia. Temos agora um caminho de captação de novos membros, de juntar mais pessoas nessa busca pelo novo bairro, pessoas dispostas a fazer a diferença. Mas é satisfatório ver que, mesmo apenas com o grupo atual, temos conseguido essas vitórias. Que venham as próximas, que ainda temos muitas batalhas e melhorias pela frente”.

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Av. Miguel Stéfano, 1001 - Enseada, Guarujá/SP - Brasil 55 13 3389.4000 - hotel@casagrandehotel.com.br casagrandehotel.com.br

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Gianni D´Angelo

turismo

Caraguá a Gosto Sabor e competição conquistam maior número de adeptos a cada ano Reginaldo Pupo Uma “disputa” saborosa acontece todos os anos no mês de agosto, em Caraguatatuba, com a realização do Festival Gastronômico Caraguá a Gosto, que entra em sua 13ª edição. O evento reúne bares, restaurantes, quiosques e pizzarias mais descolados da cidade. O curioso é que, nes-

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te concurso, os clientes são os jurados e elegem, por meio do voto, o melhor prato em cada categoria. O concurso tem feito tanto sucesso, que o número de estabelecimentos dobrou nesse ano. São, ao menos, 60 contra 30, do ano passado. A primeira edição, em 2006, contou com a participação de 17 meios gastronômicos. A ideia da realização do festival, que vai

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Fotos Cláudio Gomes

Da comida regional caiçara ao requinte das receitas internacionais, restaurantes competem entre si na busca pela excelência e preferência do público. Na página ao lado, a chef Elza Kikoti, com o prato maravilha caiçara

de 1º de agosto a 2 de setembro, é fomentar o turismo gastronômico na baixa temporada e movimentar o comércio de uma maneira geral. A criação de novos pratos, culinária saborosa, criativa e sofisticada, melhoria no atendimento e no ambiente das casas são alguns dos resultados do evento. Os chefs dos restaurantes exploram o melhor da gastronomia, e valorizam a culinária típica caiçara

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e de diversas outras culturas, ao aproveitar todo o potencial e a riqueza desse setor. Isso acaba proporcionando aos turistas, moradores e veranistas a oportunidade de saborear a diversidade gastronômica. Para essa edição, foram criadas categorias inéditas, como sobremesa, lanches artesanais e culinária internacional, democratizando ainda mais o festival.

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Reginaldo Pupo

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Alcatrazes aberta ao turismo nรกutico ICMBio conclui treinamento para operadores que irรฃo explorar turisticamente o local, considerado o maior ninhal de aves marinhas do Sul e Sudeste brasileiro

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Reginaldo Pupo Dois anos após a criação do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, em 2 de agosto de 2016, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio-Alcatrazes) finalizou o processo de qualificação da primeira turma de profissionais, que irá explorar turisticamente as belezas naturais do Arquipélago dos Alcatrazes, localizado a 45km do porto de São Sebastião. O lugar será aberto ao turismo náutico, contemplação de aves e mergulho, nesse mês, após, por décadas, ser alvo de exercícios de tiro da Marinha. Com isso, a unidade de conservação será a primeira reserva marinha de vida silvestre a ser aberta à visitação pública, de acordo com o órgão. Ao menos 126 turismólogos, biólogos, guias turísticos, monitores ambientais e proprietários de agências de turismo receberam, por quase um ano, informações sobre as diretrizes que regram as unidades de conservação, estudos sobre legislação ambiental, conhecimentos sobre a fauna e flora do local, seu ambiente marinho, plano de manejo, além de conhecer as espécies endêmicas que vivem no arquipélago, considerado o maior ninhal de aves marinhas do Sul e Sudeste brasileiro, e de fragatas do Atlântico Sul. O ICMBio ministrou dois cursos com módulos técnico e prático, com aproximadamente 60 horas cada um. Dos 126 condutores, 80 foram habilitados para realizar mergulhos, e os 46 restantes, para visitas embarcadas, segundo a analista ambiental do órgão, Sílvia Neri Godoy. Calixto Figueiroa, analista ambiental do ICMBio-Alcatrazes, disse: “Podemos estar diante de um caso único no mundo, em que um lugar

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As ilhas que compõem o arquipélago totalizam uma área de 67.364 hectares e se constituem na maior unidade de conservação marinha de proteção integral das regiões Sul e Sudeste do país e a segunda maior do Brasil. Já foram catalogadas mais de 1,3 mil espécies de flora e fauna, das quais 93 delas estão sob algum grau de ameaça de extinção. Ao menos 259 espécies de peixes estão protegidas, número superior a Fernando de Noronha (PE). Já foram registradas 465 espécies de invertebrados bentônicos, assim como 60 espécies de invertebrados terrestres, e 64 espécies de macroalgas. Há três espécies endêmicas (que somente existem em Alcatrazes) de animais: a jararaca, a perereca e a rã de Alcatrazes, esta última extremamente ameaçada de extinção, segundo o ICMBio. O Refúgio dos Alcatrazes destaca-se pela quantidade de aves que vivem ou apenas descansam por ali. Mais de 100 espécies foram catalogadas, das quais 37 são residentes, entre aves oceânicas, insulares costeiras, migrantes de longo percurso (praieiras), aquáticas costeiras, terrestres e florestais. Ainda segundo o ICMBio, 12 dessas aves estão ameaçadas de extinção, dentre as quais seis são residentes, dependendo exclusivamente de Alcatrazes para procriação.

Reginaldo Pupo

Celso Moraes

Ameaças de extinção

Operadores de turismo em visita técnica ao local. Acima, o farol do Arquipélago dos Alcatrazes

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Celso Moraes

turismo

como Alcatrazes é preparado antes de ser aberto ao turismo. Normalmente, o que ocorre é a necessidade de criação de regras para um turismo que já ocorre de forma desordenada”. Os cursos foram ministrados conjuntamente pelo Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (Cebimar/ USP), Laboratório de Biologia e Conservação Marinha da Universidade Federal de São Paulo (Labecmar/Unifesp), National Association of Underwater Instructorsi (Naui), Instituto Argonauta de Ubatuba, Marinha do Brasil e Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (Fundacc).

Mergulho Nos dias 20 e 21 de julho, os profissionais realizaram uma visita ao arquipélago para concretizar a formatura do curso. Alguns deles mergulharam em seu entorno, e conseguiram identificar diversas espécies marinhas, como corais, raias e uma diversidade de peixes e tartarugas marinhas. Eles relataram ter ouvido sons característicos de baleias. Os ruídos podem reverberar por quilômetros no fundo do mar. Nessa época, é comum o aparecimento de baleias no entorno do arquipélago, que serve de rota para a migração para Abrolhos (BA), onde se reproduzem. Uma das mergulhadoras, Vânia Abreu,

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disse: “São claramente perceptíveis a variedade e quantidade de espécies marinhas existentes em Alcatrazes. Aprendemos que o lugar funciona como uma produção de estoque natural para outros lugares, onde é permitida a pesca. E essa é uma das informações que nós, enquanto monitores, devemos transmitir aos visitantes”. Jaqueline Dutra, também de Ubatuba, fez um dos mergulhos. Ela afirmou que a quantidade de peixes “é bem impressionante”, embora tenha feito um mergulho raso. “Seria bom que o curso fosse estendido por um período maior, pelo alto nível de aprendizagem, que agregará no meu currículo, até porque sou bióloga e também trabalho com turismo”. Ela disse ter aprendido um pouco mais sobre as faunas marinha e terrestre. A exploração turística do agora Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, criado em 2 de agosto de 2016, proporcionará aos visitantes a prática de mergulho amador e contemplação de aves. A visita terrestre continuará proibida, assim como qualquer tipo de pesca. As operadoras de turismo já foram certificadas pelo ICMBio para realizar os passeios. Mas proprietários de embarcações particulares de recreio deverão obter autorização do órgão, que promete fiscalizar o cumprimento das regras e coibir eventuais abusos.

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Foto Divulgação Projeto Condomínio Sustentável

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Horta domiciliar Plante saúde; colha qualidade de vida

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Plantas medicinais Para Luiz Fernando, o poder das ervas medicinais também é uma das grandes vantagens. Entre os principais cultivos que você pode ter em casa, e que auxiliam na prevenção de doenças, estão: babosa, hortelã, erva-doce, boldo, arnica, alecrim, entre muitas outras.

Luciana Sotelo Produzir, no ambiente doméstico, alimentos fresquinhos, saudáveis e, principalmente, livres de agrotóxicos. Se para você, que mora nas grandes cidades, esse parece um sonho de consumo impossível de realizar, saiba que está enganado. Com pequenos cuidados é possível extrair do ‘pé’ quase todo tipo de hortaliças, temperos e ervas, sem sair do conforto do lar. Seja para quem mora em casa ou mesmo apartamento, com espaços reduzidos, a colheita estará garantida desde que o local escolhido atenda a alguns requisitos básicos, é o que explica o biólogo Luiz Fernando Gomes da Cunha, pós-graduado em gestão ambiental, atual educador ambiental do projeto Condomínio Sustentável, da ONG Fórum da Cidadania, de Santos: “É preciso que a área escolhida tenha, por algumas horas, uma incidência de luz natural e também boa ventilação. Fora isso, basta investir algum tempo para cuidar das mudas com dedicação”. Segundo o especialista, para quem cumprir esses pré-requisitos, a criação de horta caseira além de fácil, sustentável e divertida, também pode se tornar uma experiência única de contato diário com a natureza

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ou mesmo uma terapia relaxante. Portanto, se ficou interessado, mãos à obra! O primeiro passo, aponta Luiz, é a escolha do local no qual vai iniciar o cultivo, pois é fundamental considerar o espaço para depois planejar o que vai plantar. “Além disso, o trabalho requer uma pesquisa sobre os produtos desejados, se eles se adaptam ao ambiente proposto. Não adianta querer uma planta trepadeira se você tem apenas pequenos vasos como opção”. Para tornar a empreitada positiva, vale ficar atento a algumas dicas que podem fazer a diferença na hora da produção. Afinal, o prazer de preparar uma salada rica em nutrientes, utilizando verduras do próprio pomar, vale o empenho, principalmente, quando o ganho é saúde, pois estamos falando de uma produção orgânica. Se levarmos em conta que, no Brasil, cada indivíduo consome o equivalente a 7,3 litros de agrotóxicos por ano, e que, segundo pesquisas desenvolvidas pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e Ministério da Saúde – Fundação Oswaldo Cruz, esses produtos podem causar diversas doenças, entre elas, problemas neurológicos, motores e mentais, distúrbios de comportamento, problemas

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comportamento

Fotos Luciana Sotelo

Horta colorida

Até mesmo em espaços reduzidos, como um apartamento, é possível ter uma mini- horta, com a garantia de boas colheitas

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Mais uma forma de incentivo para iniciar uma horta caseira é a possiblidade de praticar a medicina preventiva, ou seja, você melhora a sua alimentação e já previne doenças para o futuro. Isso acontece porque as substâncias que dão as cores aos alimentos são substâncias essenciais à saúde do nosso organismo. Veja a seguir: Verde: o pigmento que define a cor desse grupo é a clorofila, considerada um potente energético celular. Também possui cálcio e vitaminas A e C. Colabora para a saúde da pele, ossos, visão, sistema imunológico e nervoso, redução do colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares, além de alguns tipos de câncer. Exemplos: couve, alface, brócolis, espinafre, pimentão, agrião, entre outros. Amarelo e laranja: a cor provém do betacaroteno, ou pró-vitamina A, da vitamina B3 e do ácido clorogênico. É um pigmento que ajuda a manter saudável a pele, a visão, o sistema imunológico, combate doenças cardíacas e previne alguns tipos de câncer. O betacaroteno também atua no metabolismo das gorduras. Os alimentos amarelos são ricos em vitamina C, que participa da síntese de colágeno e tem ação antioxidante contra os radicais livres. Exemplos: cenoura, pimentão, abóbora, milho, laranja, entre outros. Vermelho: a cor ocorre pela presença de licopeno, pigmento de ação semelhante ao betacaroteno. Exemplos: morango, tomate, pimenta, melancia, pitanga, framboesa, entre outros. Branco: a cor é dada pelo pigmento flavina. Favorece a renovação celular, fortalecendo o sistema imunológico e a circulação. São fundamentais para o bom funcionamento do sistema nervoso e dos músculos. Exemplos: cebola, aipo, couve-flor, alho, batata, mandioca, palmito, banana, entre outros. Roxo: contém antocianina, pigmento ligado à presença de vitamina B1. Auxilia na prevenção de doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, além de ser ótima para a memória e para o sistema digestivo. Também retarda o envelhecimento. Exemplos: beterraba, repolho roxo, berinjela, alcachofra, uva, jabuticaba, entre outros.

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autorizados. Outra estatística, do Ministério da Saúde, registrou, entre 2007 e 2015, mais de 80 mil notificações de intoxicação por agrotóxico. Além das vantagens para a saúde, que por si só já valem a iniciativa, ter uma horta em casa traz outras vantagens: economia financeira, pois evita alguns gastos em supermercados; respeito ao meio ambiente, já que as hortas minimizam a poluição e ajudam a controlar a temperatura do ambiente. E por falar em ambiente, o interno também é favorecido, pois as plantas são excelentes elementos decorativos.

Fotos Divulgação Projeto Condomínio Sustentável

na produção de hormônios sexuais, infertilidade, puberdade precoce, malformação fetal, aborto, doença de Parkinson, endometriose e câncer de diversos tipos, a horta domiciliar torna-se um instrumento indispensável para ter qualidade de vida, afinal nosso organismo não tem capacidade de eliminar muitos desses produtos nocivos, que se acumulam no corpo. E os dados são ainda mais alarmantes. Em outro relatório, de 2015, a Abrasco apontou que 70% dos alimentos in natura consumidos no país estavam contaminados, entre eles, 28% possuíam venenos não

Para todos os gostos Ter uma pequena horta em casa, além de todos os benefícios assegurados, traz também um enorme prazer para quem cultiva e tem uma grande paixão: cozinhar. Montar um prato colorido, com alimentos colhidos por você e selecionados para uma determinada receita, não tem preço. Foi para ter esse desejo atendido que a administradora de condomínios Letícia Alcovér do Amparo resolveu investir numa mini-horta. “A satisfação de ter à mão temperos frescos, para utilizar no preparo das refeições, me motivou muito. Quando eu mudei para esse apartamento, comprei um caixote e fiz a horta. Comecei com manjericão e alecrim. Quando vi que dava certo

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mesmo, diversifiquei e, hoje, tenho couve, cebolinha, alho-poró, salsinha, pimenta e até um bonsai de romã”. Ela revela que sempre procura dicas novas na internet, pois, no começo, sem muito conhecimento, perdeu várias mudas. “Agora, estou com uma mudinha nova de tomate-cereja, estou ansiosa para que dê bons frutos, com certeza vou consumir”. Por enquanto, a horta ocupa apenas a varanda do seu apartamento, mas ela já faz planos mais audaciosos. “O dia que eu tiver uma casa, com certeza vou construir uma horta muito maior. Vou querer plantar alface, rabanete, cenoura... Ah, não vejo a hora, hoje é só um sonho, mas quero realizar”.

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Fotos Luciana Sotelo

comportamento

O biólogo Luiz Fernando Gomes da Cunha e Letícia Alcovér do Amparo

Dicas para cultivar Preparo do solo: agora que você já escolheu o local para a horta, é preciso literalmente preparar o ‘terreno’, ou seja, preparar o solo. A terra e o adubo formam a base de uma boa estrutura. Utilize a terra preta, pois ela tem muito mais nutrientes do que a vermelha. Adubação: a adubação tem que ser feita com compostos orgânicos. O ideal é conciliar a plantação com uma composteira caseira, que ocupe pouco espaço. Assim, você consegue fechar um ciclo. E para quem não tem um quintal, não há problema, é possível ter essa compostagem em confinamento; existem no mercado caixas apropriadas para isso ou ainda, pode fazer pesquisas de como é o sistema e fazer você mesmo a sua compostagem, com utensílios do dia a dia. Recipiente: atualmente, existem utensílios variados: de pendurar na parede; direto na terra, quando se tem um quintal; vasos; embalagens recicladas, como garrafas PETs ou potes de sorvete; floreiras e, ainda, caixas de madeira. O recipiente deve ser adequado à estrutura de desenvolvimento da planta escolhida e deve ter furos no fundo para evitar o excesso de água no solo e, conse-

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quentemente, apodrecimento das raízes. Rega: deve-se regar as plantas todos os dias, em pequenas quantidades para não encharcar a raiz. O melhor horário é ao anoitecer porque, assim, a água não evapora com facilidade. Utilize um regador, nunca a mangueira, que você acaba não tendo muito controle de quantidade. Sementes: alguns dos vegetais são obtidos por mudas, outros, por sementes. Hoje é muito fácil ter acesso a esses produtos, na maioria dos supermercados, ou ainda em lojas especializadas em jardinagem. Outra opção são as feiras livres. Erva daninha: elas são espécies de plantas invasivas que surgem espontaneamente e retiram nutrientes do canteiro. Retire toda planta que não for a que você plantou. Controle de insetos: mesmo as pequenas hortas podem ser atacadas por insetos. Existem diversas soluções caseiras, ‘remédios’ que não comprometem a qualidade do cultivo, assim continua uma plantação orgânica. Uma solução de álcool com fumo de rolo forma uma calda que se torna um repelente natural muito eficaz. Fonte: biólogo Luiz Fernando Gomes da Cunha

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ONDE TEM TRANSFORMAÇÃO

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TOTVS COM 31


comportamento

Paixão por Festas Juninas

Fotos Luciana Sotelo

Quadrilhas estilizadas de São Vicente mantêm tradição caipira e se constituem em referência no estado de São Paulo

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Luciana Sotelo

Casal de noivos da quadrilha Tia Chalico, de São Vicente

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Não é só no Nordeste que se dança a quadrilha. Na região Sudeste, a diversão é, também, muito forte graças a grupos que se dedicam a montar grandes apresentações, numa mescla de teatro, folclore e dança. E por aqui, na Baixada Santista, pertinho do mar, tem quadrilheiros caiçaras movidos por essa paixão. Eles superam desafios e, todos os anos, nos meses de junho e julho, oferecem verdadeiros espetáculos nos principais festivais regionais e estaduais, dignos do povo sertanejo. São Vicente é uma das cidades com maior tradição em quadrilhas, no estado paulista; são, pelo menos, dez grupos profissionais, já conhecidos do público, experientes e de alto nível, com muitos títulos na bagagem. De acordo com Thiago Balão, presidente da Federação de Quadrilhas Juninas do Estado de São Paulo, o movimento junino existe há 40 anos no município e, atualmente, a cidade ocupa a quinta colocação no ranking nacional de quadrilhas. “O trabalho vem crescendo a cada ano e a Federação apoia esses grupos. Nossa intenção é ajudá-los a pleitear verbas, via governo, e também oferecemos orientação cultural para mantê-los atualizados”. Mas, se tudo que você lembra sobre a quadrilha é aquela fila de pares com roupas xadrezes, chapéu de palha e cantando: “Olha a Cobra! É mentira!”. Prepare-se. Os grupos vicentinos são bem diferentes. Eles não seguem o estilo tradicional, aquele que se aprende na escola. Pelo contrário, as danças são grandiosas, luxuosos, repletas de coreografias, muitas cores e brilhos. Elas fazem parte das chamadas quadrilhas estilizadas, categoria que participa de concur33


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Fundada em 2010, a Quadrilha Tia Chalico é formada por 42 componentes, entre dançarinos, brincantes e equipe de apoio, todos da Vila Fátima, em São Vicente

sos, adota a cada ano um tema diferente, que se torna a grande inspiração na hora de criar figurino, cenário e também os adereços. O objetivo é transformar o tema num verdadeiro espetáculo, com personagens típicos, encenações e muita harmonia. Claro, o tradicional casamento faz parte do roteiro, mas com muitas inovações e capricho. Entre as quadrilhas mais antigas da cidade está a da Tia Valdelice. Em janeiro do ano que vem completa 35 anos. Tudo começou no bairro de Vila Margarida, na periferia, quando alguns adolescentes da rua reuniram-se para fazer uma festa de São João e dançar a tradicional quadrilha. Com o tempo, a antiga brincadeira virou coisa séria e se transformou numa verdadeira estrutura que, hoje, une três gerações completamente apaixonadas, conta a própria Tia Valdelice, a sergipana Valdelice dos Santos Lisboa, uma mulher simples da comunidade que, durante o dia trabalha

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como empregada doméstica e, à noite, vende pastel na porta de casa. Primeiro, ela foi homenageada com o título de madrinha da quadrilha. “Eu me lembro que, quando ela surgiu, em 1993, eu estava chegando do trabalho e vi a rua toda enfeitada e a agitação do pessoal. Entrei em casa para abrir massa. Passados alguns minutos, fui surpreendida com a homenagem, os meninos fizeram uma faixa com mais de 50 metros com o meu nome: Quadrilha Tia Valdelice. Eu chorei de emoção”. No ano seguinte, a surpresa foi ainda maior; recebeu de presente a direção do grupo. “Eu quase morri. Os 36 pares da dança entraram na minha casa dizendo que me queriam na direção. A diretoria tinha brigado e abandonado tudo. Vieram trazer a junina para eu cuidar. Eu não entendia nada de quadrilha, pelo contrário, desde pequena eu tinha o sonho de dançar, mas meu pai nunca deixou”.

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Segundo Tia Valdelice, eles pediram, em troca, que ela nunca deixasse a quadrilha morrer e, por mais de três décadas, essa tem sido a sua missão. Com amor e tamanha dedicação, o resultado não poderia ser diferente: reconhecimento. Somente no ano passado, a Tia Valdelice faturou quatro títulos de campeã: Queluz, de São José dos Campos; Costão Junino, de Cubatão; o primeiro lugar em Santos, no Festival do Morro da Nova Cintra; e o vice-campeonato do Festival de São Vicente. “No geral, nesses anos todos, já perdi as contas dos prêmios”, orgulha-se Valdelice. Para chegar a esses resultados, é preciso planejamento e muito trabalho. Por isso, ela conta com a ajuda mais que especial do neto, o seu braço direito Vinícius Lisboa Coffani Reis, que atua como o noivo, no espetáculo, e há quatro anos também é o coreógrafo da equipe. Com 21 anos, ele lembra que, desde os quatro, está envolvido

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com a dança. “Está na minha essência, fui criado no meio de tudo isso. Minha mãe foi noiva durante 18 anos, tá no sangue. Nasci nisso, é uma herança que tenho”, revela. E para se manter no topo, o jovem ajuda a avó a cumprir à risca um cronograma rígido. “Quando terminam as apresentações em julho, pegamos agosto para descansar. Em setembro, já começa tudo de novo, planejamento para definir qual o próximo tema, escolha de repertório musical, projeto dos figurinos, cenários e adereços”, conta o jovem que monta, em média, 40 coreografias para os dançarinos. Os ensaios começam em novembro e se estendem até maio, às vésperas das apresentações, que ocorrem em junho e julho. Vinícius garante que todo ano tem que ter uma inovação. Ele diz que já levaram, para os arraiais, temáticas relacionadas à saudade, sonhos, crianças, o próprio São João, entre outros. Esse ano, o tema é uma homenagem a Belém do Pará, desvendando a

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comportamento

cultura e as riquezas do local, desde a fruta até a dança típica, que é o Carimbó. Para Tia Valdelice, um dos temas mais emocionantes foi o que falou de Luiz Gonzaga, em 2014. “É sempre uma grande honra poder homenagear uma pessoa tão importante. Assim, fizemos o ‘Festa no Céu e na Terra, a sanfona não se cala’. Foi lindo”. Já o momento especial, decisivo na trajetória da Tia Valdelice, ocorreu em 2013, quando a quadrilha passou de tradicional para o formato estilizado, de show. “Foi uma mudança muito grande. Tivemos que nos profissionalizar, pesquisar muito, e com a união de todos, chegamos lá. Hoje, dançamos de quinta-feira a domingo, durante os festejos juninos, numa média de 50 apresentações”. Por causa das viagens e das enormes restrições financeiras, a equipe hoje está mais enxuta do que quando começou; são 18 casais e mais 10 pessoas que trabalham nos bastidores. Além de toda bagagem, Tia Valdelice carrega em seu coração algo ainda maior: o sonho de ter um patrocínio. Ela revela que, com o dinheiro do trabalho doméstico, faz uma poupança, mas, mesmo assim, ainda precisa realizar bingos e outros eventos para conseguir juntar pelo menos R$ 35 mil por ano. “Tenho fé que Deus há de colocar na minha vida um anjo para me ajudar financeiramente. Hoje, não tenho ajuda de ninguém, mas não perco a esperança. É preciso manter viva essa cultura”.

Uma junina de família Fundada em 2010, a Quadrilha Tia Chalico tem sede na Vila Fátima, também em São Vicente, e é formada por 42 componentes, entre dançarinos, brincantes e equipe de apoio, todos da comunidade. A fundadora Amanda Honório fez uma homenagem a sua mãe, a Tia Chalico, já falecida. “Somos uma grande família, tenho adolescentes que entraram na quadrilha com 10 anos e, hoje, já maiores de idade, conti-

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Com 34 anos, a quadrilha Tia Valdelice é uma das mais tradicionais da região, com muito títulos de campeã. Ela é formada por 18 casais e mais 10 pessoas que trabalham nos bastidores

nuam com a mesma convicção, isso é gratificante”. Além da família ‘emprestada’, Amanda conta ainda com os laços de sangue de sobrinhos, afilhados e o filho, que atuam na dança e também na retaguarda. Assim como a Tia Valdelice, Tia Chalico também tem muitas dificuldades financeiras. “Eu sou assalariada e vendo brigadeiro para ter um dinheiro extra. Vivemos de rifas, bingos, churrascos e diversos eventos, para nos mantermos. Não temos nenhum patrocínio e, mesmo assim, temos que conseguir cerca de R$ 28 mil reais para arcar com os gastos do ano”. Se a conta bancária fica sempre no vermelho, o currículo, por outro lado, exibe muita prosperidade. Em poucos anos de estrada, a quadrilha já venceu dezenas de campeonatos; faz uma média de 26 apresentações por ano e viaja o Brasil todo, levando o nome de São Vicente por onde passa. Esse ano, tem como tema central o

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Aboio, um canto típico do Nordeste brasileiro, sobre a vida difícil do vaqueiro e a fé em Nossa Senhora. A transição do modo tradicional para o estilizado ocorreu em 2012, e trouxe ainda mais motivação para a presidente e fundadora. “Eu gosto muito de brilho e esse foi um momento muito especial. Deixamos de lado a simplicidade para investir no glamoroso”. E para ela, independente do estilo, o mais importante é manter a tradição. Dessa mesma comunidade brotou o Melhor Noivo do Estado de São Paulo, de 2017, e o Melhor Dançarino, em São José dos Campos, no mesmo ano. Seu nome é Zinho Honório Teles, pelo quinto ano consecutivo, o noivo da Junina Tia Chalico. “Tenho 19 anos e estou na junina desde que ela começou, há oito anos. Sou filho da Amanda e sei que tudo começou como uma brincadeira de família e foi crescendo, crescendo e, hoje, estamos aí para encarar qualquer desafio”.

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comportamento

Ele iniciou como noivo na dança, em 2015. Com o tempo, foi se aprimorando e, em 2017, conseguiu somar 10 em todos os campeonatos de que participou. “Na ocasião, eu fazia par com a Thaynara Santos, arrancamos suspiros dos jurados e faturamos como Melhor Casal de Noivos do Estado de São Paulo. Uma grande honra. Esse ano permaneço como noivo e espero conseguir o mesmo reconhecimento”.

Origem das quadrilhas A dança surgiu na França, no século XIII, praticada nos salões da nobreza. Já no século XIX, a cultura francesa já era considerada referência em qualidade e influenciava as nações, inclusive Portugal. Em 1808, a família real portuguesa trouxe para o Brasil os hábitos festivos da Europa, e, dessa forma, vieram estilos musicais e danças, entre elas, a quadrilha, que animava bailes o ano inteiro. Aos poucos, a dança chegou aos festejos populares. Ela foi adaptada para as comemorações em homenagem a São João, ganhou aspectos típicos, como as bandeirinhas, roupas coloridas e som dos instrumentos musicais sertanejos. Ela incorporou elementos nacionais e se consolidou, principalmente, na região Nordeste. Atualmente, as quadrilhas fogem da simplicidade e retomam elementos originais de elegância e requinte, com passos coreografados, mais cores, brilho e glamour. São as quadrilhas estilizadas. E viva São João!

As apresentações das quadrilhas estilizadas fazem uma mescla de teatro, folclore e dança

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ser sustentável

Acabou o peixe! Segundo estudos do WWF, menos de 1% das águas internacionais possuem algum tipo de proteção

Marcus Neves Fernandes Um comunicado inusitado chamou a atenção de consumidores europeus. Dizia: “A Europa, a partir de hoje, está sem peixes”. O ‘hoje’ era o dia 9 de julho, momento em que o consumo na zona do euro ultrapassou a capacidade de captura em águas europeias ou por meio da produção em aquicultura. Na verdade, o alerta (e seus danos) vão muito além das fronteiras da União Europeia. Nas principais áreas de pesca no mundo, tais como a região costeira da África e o litoral oeste da América Latina, entre o Peru e o sul do Chile, uma frota clandestina, composta por milhares de embarcações, retira tudo o que pode, à revelia das autoridades locais. Todavia, pelo menos nas águas sob jurisdição de um país, é possível empreender algum tipo de ação de combate à pesca predatória, seja com recursos próprios,

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apoio de instituições como a ONU ou por meio de ONGs ambientais. Em fevereiro de 2017, por exemplo, o Greenpeace despachou o navio Esperanza para uma missão de vigilância nas águas do Senegal, Guiné, Serra Leoa e Guiné-Bissau. Com uma patrulha de sete dias nas águas de cada país, efetuou-se mais prisões do que alguns países fizeram em um ano inteiro. Mais da metade dos navios interceptados estavam registrados na China. Já os outros 50% vinham da Europa e da Coreia do Sul, informa o Le Monde Diplomatique. Mas, convenhamos: essas áreas são minoria quando comparadas com as chamadas ‘águas internacionais’, nas quais impera a política do “Velho Oeste”. Quem afirma é Enric Sala, diretor executivo da Pristine Seas, um projeto da National Geographic para proteger os lugares ainda imaculados dos oceanos. Hoje, segundo estudos do WWF, menos de 1% das águas internacionais possuem algum tipo de proteção. Dessa forma, o bang-bang impera nos 99% restantes. Um bang-bang obviamente muito lucrativo, que sobrevive e se expande graças a um manto de invisibilidade: o próprio mar. Diferentemente de uma savana africana, das várzeas encharcadas do pantanal ou até mesmo da Amazônia, o oceano tolhe a visão do cidadão, dificulta ou até mesmo impede um raciocínio mais crítico. É uma agonia silenciosa e sem precedentes na história da humanidade. “Sem uma mudança dramática na direção atual da gestão dos mares, nossa análise sugere que os oceanos vão sofrer uma extinção em massa de intensidade e seletividade suficiente para ser incluída entre as grandes extinções”, afirma estudo da Universidade de Stanford, que analisou o padrão de desaparecimento de 2.500 espécies nos últimos

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milhões de anos. Atualmente, cinco países capturam 75% de toda a pesca feita em águas internacionais. São eles: China, Taiwan, Coreia do Sul, Japão e Espanha. Para Elizabeth Kolbert, autora do livro A Sexta Extinção, o que se faz hoje nos mares é o mesmo que fez o impacto de um meteorito com os dinossauros, há 65 milhões de anos. Extinção. Relatório recém-publicado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) informa que um terço dos peixes e crustáceos está sobre-explorado no mundo, ou seja, são capturados acima da capacidade de reprodução das espécies. Acrescente a isso a informação de que se produz mais comida no Planeta do que podemos consumir, e que 40% dessa comida vão para o lixo, e essa realidade fica ainda mais infame e imoral. Mas aí você pergunta: há notícias boas nesse mar de ganância e ignorância. Sim, há. Segundo Enric Sala, o Chile é um dos líderes mundiais. Até o final do ano, o país sul-americano terá mais de um milhão de quilômetros quadrados totalmente protegidos, o que representa 30% da região econômica exclusiva do Chile. O Chile, como um país com grande tradição pesqueira, já percebeu que o futuro da pesca passa pela proteção e pelo equilíbrio nas capturas. “Os Estados Unidos têm uma gestão da pesca, baseada na ciência, das melhores. Conseguiu, na última década, recuperar muitas espécies que estavam ameaçadas”, diz Sala. Por enquanto, o anúncio de que acabou o peixe na Europa é, por assim dizer, simbólico. Mesmo porque, a sanha desmedida por qualquer recurso só tem como continuar, na medida em que haja aquele que decide comprar. Com a palavra compradores, revendedores e consumidores.

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gastronomia

Queijo para aquecer o inverno Inúmeras variedades de cores e sabores para dar um toque especial aos encontros à mesa

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Fernanda Lopes Com o inverno, os pratos com queijos ficam ainda melhores. Outra boa pedida é servi-lo como petisco. Para montar uma boa tábua de queijos, a dica é escolher, no mínimo, três opções com texturas e sabores diferentes. O gorgonzola, de gosto mais intenso e picante, vai bem acompanhado por uvas verdes e mel. O gouda, mais adocicado, fica excelente com damasco e nozes. Já o parmesão, de sabor marcante e textura quebradiça, devido à presença dos cristais de tirosina que se acumulam durante a maturação, pode ser servido em lascas e também combina com mel, por causa do contraste. As inúmeras variedades dos queijos resultam do processo de fabricação, dos fermentos utilizados e da origem do leite, mas a matéria-prima é quase sempre a mesma. Entre as dezenas de cores e sabores disponíveis, alguns possuem características em comum e, dessa forma, podem ser divididos em classes. Temos, assim, os de mofo azul, como o gorgonzola e roquefort; os de mofo branco, camembert e brie; e o de mofo misto, camembleu. Há também queijos de massa cozida suaves (gouda, prato, muçarela de búfala e minas), picantes (mimolete, parmesão, grand formaggio), e fortes (reblochon, saint polan, saint marcelin e appenzeller); e os de massa filiada, como o provolone, a próvola e a muçarela. Outra denominação ampla é a dos queijos de cabra, encontrados em diversos estilos e estados de maturação: frescais, curados, boursins, chevrilles, entre outros. Aqui, damos algumas receitas para aquecer as noites de inverno.

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gastronomia COMO HARMONIZAR COM VINHO Gorgonzola: massa úmida de cor amarelada, matizes decorrentes do desenvolvimento do mofo, com teor acentuado de gordura e sabor picante predominante. A harmonização exigente deste fortíssimo queijo merece avaliação paciente e atenciosa, aprovando combinações com os Tannat, Asti e Sauternne. Brie: receita francesa de massa mole,

textura uniforme e cremosa. Não é prensado nem cozido, possui odor de mofo com nuanças adocicadas e defumadas. Sabor rico, concentrado e bastante pronunciado, que casa bem com tintos Pinot Noir e Merlot ou branco Chardonnay. Gouda: holandês semiduro, cozido e prensado, tem uma casca amarela fina e uma camada de cera de parafina. Os mais jovens

Como calcular

Uma dica importante para evitar o desperdício é calcular, em média, 100g de queijo por convidado.

Receitas Peixe com creme de espinafre e queijo Ingredientes: 1 maço de espinafre; 2 dentes de alho amassados; 1 colher (sopa) de manteiga; sal e pimenta-do-reino a gosto; 2 copos de iogurte natural; 200g de queijo tipo minas padrão ralado no ralo grosso; 500g de filé de peixe e páprica a gosto. Preparo: lave as folhas de espinafre, coloque-as em uma panela, tampe e leve ao fogo baixo até murcharem (cerca de 5 minutos). Deixe esfriar, esprema bem para retirar o líquido e pique. Reserve. Em uma panela, doure o alho na manteiga, junte o espinafre reservado e refogue ligeiramente. Tempere com sal e pimenta. Retire do fogo, junte o iogurte, o queijo tipo minas padrão e mexa até derreter. Reserve. Pré-aqueça o forno em temperatura média (180ºC). Em um refratário retangular médio, disponha os filés de peixe. Tempere com sal e páprica. Espalhe o molho reservado e leve ao forno por 15 minutos. Sirva quente.

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têm uma massa firme de tom amarelo pálido, com buracos irregulares. Quando maturado, a casca engrossa e a massa fica escura e dura, especialmente nas bordas. Os maturados costumam ser apimentados, com final doce. Combine com um Shiraz encorpado. Parmesão: origem italiana, é duro e de consistência granulosa. Daí o nome de ‘grana’, maneira como é chamado quando

produzido na Lombardia sob o nome de Grana Padano. Tem grande potencial de aroma e paladar, se for envelhecido por tempo suficiente nas condições ideais. Para harmonizá-lo, vinhos como Lambrusco, Chianti Clássico Reserva ou Rioja Reserva. Queijos frescos: extremamente leves e pouco maturados. Combinam com vinhos médios secos, brancos, rosés ou tintos.

Sugestão de tábua de queijos para seis pessoas Queijos 200g de gouda 200g de parmesão 200g de gorgonzola

Acompanhamentos 2 cachos de uva 1 pote de mel 200g de damascos secos

150g de amêndoas 200g de nozes 250g de pistache com casca

Polenta cremosa com gorgonzola Ingredientes: 1 xícara de chá de fubá pré-cozido; 1 litro de água; 1 colher de chá de sal; 1 colher de sopa de azeite; 80g de queijo gorgonzola. Preparo: em uma panela grande, leve a água e o sal ao fogo médio. Quando ferver, diminua o fogo e adicione o fubá aos poucos, em fio constante, mexendo com um batedor de arame. Quando a polenta começar a ferver, acrescente o azeite e continue mexendo sem parar até que a massa comece a soltar da panela. Tempere com pimenta-do-reino moída na hora a gosto, e misture bem. Em refratários individuais, monte camadas de polenta e queijo gorgonzola picado em pequenos pedaços deixando o refratário escolhido com a última camada de queijo. Feito isso, leve ao forno pré-aquecido por 10 minutos, apenas para que o queijo derreta e incorpore melhor à polenta.

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Flashes

O seminário Desafios do Litoral Paulista, realizado no Casa Grande Hotel, em Guarujá, reuniu especialistas de diversas áreas para debater a problemática regional. O evento foi promovido pelo Sistema Costa Norte de Comunicação, em parceria com a prefeitura de Guarujá

A abertura do evento ficou a cargo do prefeito de Guarujá Válter Suman

Renato Pastorello, psicólogo da Secretaria de Saúde do estado de São Paulo

Márcia de Araújo Barbosa Nunes, gerente do departamento de Gestão e Desenvolvimento Operacional da Sabesp, na Baixada Santista

Humberto Schmidt, presidente da Companhia de Desenvolvimento e Habitação Urbana (CDHU)

Ozires Silva, reitor da Universidade São Judas - Unimonte e Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor comercial e de marketing da Sobloco Construtora S/A

Silvio Figueiredo, diretor do Departamento de Assuntos Fundiários Urbanos, do Ministério das Cidades

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José Eduardo Creste, pró-reitor da Unoeste

Marcelo Pedroso, diretor de Relações Externas da Iata - International Air Transport Association, no Brasil

Herculano Passos, deputado federal por SP

Caio França, deputado estadual, e Ribas Zaidan

Marcelo Squassoni, deputado federal

Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas - Abear

Bayard Freitas Umbuzeiro Filho, diretorpresidente da Transbrasa Transitária Brasileira

Gilmar Souza Santos, secretário nacional de Desenvolvimento Urbano

Ribas Zaidan, Jânio Benith, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciências, Tecnologia e Inovação do estado de SP, e Thaís Margarido, secretária de Relações Sociais da prefeitura de Guarujá

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Flashes

Momentos da colorida Festa Junina dos Amigos Apaixonados pela Riviera de São Lourenço

O presidente da TAR Jean Pierre e Marci Boudin

Roberto Haddad e Elis Regina

Nawal e José Avelino

Arnaldo e Selma Barreto

Restaurante Jangada

Luiz e Dirce Simão

Delegado Manoel Gatto, diretor do Deinter 6, prefeito de Bertioga Caio Matheus e o delegado titular de Bertioga Wanderley Mange de Oliveira

Rodrigo Pestana com a sua pequena Ariane

Amanda Mehanna , Eduardo Starosta, Vitor Abbadie Vieira e Cristiane Calabrez Vieira

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Noite de autógrafos de Lindomar Araújo, no lançamento do seu livro Agora Eu Era Herói

O escritor com o amigo José Luis Hirota

Lindomar Araujo recebe o apoio de Abel

Aqui com Odair Serra

Só alegria com o amigo Israel Giraldi

O dono da noite também foi prestigiado pelo ex-prefeito de Bertioga Mauro Orlandini

Com Glauco Abdala, que também fez questão de garantir seu exemplar

O autor em noite de celebração

Priscila Araújo congratula com o marido

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Rotary Club Guarujá, um dos maiores clubes de servir do mundo, tem novo presidente na cidade

O rotariano Leonardo Bertolassi assume a presidência do Rotary Clube Guarujá junto com a Drª. Rafaella Alencar, que estará à frente da organização de eventos beneficentes e reestruturação da Asfar

O ex-presidente Dr. Arthur Albino dos Reis e Nalva, na noite de alegria e harmonia com os amigos rotarianos

Prestigiando o evento de posse, os companheiros Valberto Souza, Eduardo Longretti e o capitão da Polícia Militar Silvano Viana Gomes

Em respeito ao Hino Nacional, o companheiro e irmão João Pedro Betim e Enilda Betim

Em todas as ocasiões, a participação fundamental do empresário e rotariano Sergio Costa, e Érika Costa

O empresário e rotariano Antonio Carlos Pinto Gouveia, proprietário da renomada Marmoraria Guarujá, e Maria Izilda, sempre presentes

Direto de Bertioga, o advogado Ênio Xavier e Renata Prates prestigiaram a posse

A governadoria do Rotary Clube, representada pela empresária Elaine Santos

Não poderia deixar de clicar o empresário Francisco Faustino e Claudia Nunes, de Bertioga

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Cenário social - Rosângela Bozzi

Lucineide Rachid assume a presidência do Grupo Vivência de Bertioga O Grupo Vivência de Bertioga é uma instituição, sem fins lucrativos, que visa interagir atividades com idosos associados; a ideia é integrá-los ao bem-estar social e torná-los mais felizes

Walter Alves, Lucineide Rachid e Marta Miranda, no momento da posse

O casal de empresários de comunicação de Bertioga, Ribas Zaidan e Dinalva, sempre prestigia eventos sociais da cidade

Lucineide Rachid e o secretário de Obras e Serviços Urbanos e Planejamento de Bertioga Luiz Carlos Rachid

A professora Maria Cecília e o arquiteto Mauro Orlandini

Maitê Augusto e o presidente da Câmara Municipal de Bertioga, Ney Lyra

Vanessa e seu marido, o prefeito de Bertioga Caio Matheus

Carlos Sérgio Santos e Harumi Hanato Santos

Magda Borges e Walmir Stopa

Laís e Lucília Goulart

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

Aniversários, férias, posse

Presidente do Clube XV, Gilberto Ruas no 149º aniversário da agremiação

Ivonete Ribeiro de Barros no seu aniversário, em Sampa, com muito Alto Astral

Na posse das Soroptmistas, Ana Paula Valeiros e a homenageada do projeto Viva um Sonho, Sandra Regina Alves de Oliveira

Este colunista e o santista João Horácio Parducci, um dos proprietários do Itu Spa Garden, durante feriado

Na Associação dos Dentistas, um sucesso o vernissage de Beth Antoniette; aqui, com o diretor cultural, este colunista

As escolhidas vice-presidente Bel Braga e presidente Sonia Maria de Barros Alberto, durante posse das Soroptmistas, no Le Coq D’or

A jornalista Rosana Valle, na Santos Arquidecor

Maria da Graça Giordano Aulicino e seu marido Marcelo Crescenti Aulicino, na sua posse como presidente do Rotary Club do Boqueirão

José Luiz Blanco Lorenzo e Elenita, eleitos presidentes do Rotary Santos Praia, João Romão, presidente eleito do Rotary Club Santos Oeste

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