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Luciana Sotelo

ANO XIV - Nº 174 - DEZEMBRO/2016

A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte

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Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br

A arte de esculpir ao alcance de muitos

beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte

E mais...

Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Giuliano Rodrigues giu@costanorte.com.br Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan ronaldozaidan@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Gisela Bello, Karlos Ferreira, Luci Cardia, Luciana Sotelo, Maria Helena Pugliesi e Morgana Monteiro Circulação Baixada Santista e Litoral Norte

Comportamento

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Moda 38 Gastronomia

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Ao Pé da Serra

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Ser Sustentável

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Estrela do Mar

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Flashes

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Alto Astral

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Destaque

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Celebridades em foco

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Impressão Gráfica 57

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Gisela Bello

João Xavier

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Publicação independente: a nova tendência do mercado literário

Amplitude, luminosidade e muito verde no aconchego praiano

Capa Divulgação Família Shurmann

O capitão Vilfredo Schurmann na Expedição Oriente Foto Divulgação Família Shurmann

Shurmann pág. 08

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comportamento

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Expedição Oriente, viagem de volta ao passado e um filme sobre o amor

Não bastasse cruzar o mundo pelas águas, e isso pela terceira vez, agora, parte da história da família Schurmann inspira filme com bilheterias concorridas nos cinemas brasileiros

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Morgana Monteiro Uma linda história de amor, adoção e doação, que reconta parte da intimidade da família Schurmann. Sim, é aquele pessoal famoso por ser a primeira família brasileira a cruzar o mundo em um veleiro. Mas o foco, desta vez, não é apenas o mar e nem as voltas ao redor do planeta, e sim, a vida de Kat, a filha caçula adotada pelo casal. Depois de perder os pais, vítimas do vírus HIV, Kat caiu no colo de outra família, os Schurmann, que lhe ofereceu carinho, alegria e atenção. Essa narrativa, íntima e comovente, gerou um filme lançado em novembro de 2016, nos cinemas de todo o país, e que chegou a ser cotado para representar o Brasil no Oscar 2017, na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira.

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Pequeno Segredo conta como as vidas dos integrantes da família Schurmman foram impactadas ao receberam a menina órfã, portadora de HIV. A película tem roteiro assinado por Marcos Bernstein e conta no elenco com os atores Júlia Lemmertz e Marcelo Antony. A direção é de David Schurmman, filho do meio da família, o que garantiu ao filme um olhar ainda mais especial, como diz o patriarca da família, Vilfredo Schurmann, um dos responsáveis por tantas décadas de muita aventura no mar: “David fez e faz parte dessa história; ele conviveu intensamente com Kat. Os dois eram parte da tripulação da nossa Magalhães Global Adventure. Mesmo assim, ele conseguiu se distanciar, permitindo, inclusive, transformar a realidade numa linda ficção. Expôs a intimidade da nossa

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A estrela do filme Pequenos Segredos, Kat, com uma nativa rapa nui, na ilha de Páscoa; e a lembrança de um momento em família. Na página ao lado, Heloísa Schurmann

família como nunca antes havia sido feito, nem nos documentários”. A família já retornou ao mar, na Expedição Oriente, e, no meio do oceano Atlântico recebeu a notícia sobre a estreia do filme, com bilheterias concorridas nos cinemas brasileiros. Talvez, pelo cerne da história, que mostra Heloísa Schurmann como uma guardiã do segredo de Kat, uma mãe dedicada que luta para manter a integridade e união de sua família. Valfredo conta que “David sempre achou que a nossa história com Kat era inspiradora e merecia ser contada em um filme. Porém, na época, eu e Heloísa nos preocupávamos com as possíveis consequências de revelar esse segredo, do preconceito que poderia atingir nossa Kat. Então, nossa menina descobriu os detalhes sobre a sua saúde e ela mesma que-

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ria, aos 14 anos, revelar sua história. Mas não teve chance para isso. Virou estrela”. A menina despediu-se da vida em 2006 e o filme homegeia a memória da filha caçula, justamente uma década depois. Para Vilfredo, é curioso notar como a película toca o público em um momento cheio de intolerância. Afinal, Pequeno Segredo trata do amor incondicional, aquele que não tem medo e nem rejeita o diferente, o amor que une pessoas.

A terceira volta ao mundo Kat também batizou o novo barco dos Schurmann, construído especialmente para a Expedição Oriente. “O filme e a viagem são dois projetos grandiosos e distintos, mas que começaram e ‘navegaram’ praticamente juntos. A Expedição foi es-

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comportamento

Registros da Expedição Oriente: o casal Vilfredo e Heloísa durante compras em Okinawa, no Japão, e, na página ao lado, no Museu Marítimo, em Xangai, China

truturada a partir de 2011; Pequeno Segredo teve início há seis anos. Zarpamos de Itajaí, Santa Catarina, em 21 de setembro de 2014. Poucas semanas depois, David iniciava as filmagens em Florianópolis. Pequeno Segredo estreou em circuito nacional no dia 10 de novembro deste ano, e nós chegamos no Brasil exatamente um mês depois, no dia 10 de dezembro”, relembra. A entrevista para a Revista Beach & Co foi concedida por Vilfredo Schurmann em alto-mar, poucos dias antes de o grupo retornar ao Brasil, graças ao aparato tecnológico do barco. O veleiro Kat foi todo projetado para a sustentabilidade. Aproveita a força do vento, a luz do sol e o movimento da água para gerar energia limpa e renovável, abastecendo as lâmpadas e os equipamentos eletrônicos. Toda água usada no veleiro é tratada antes de voltar

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para o mar. A tecnologia de última geração trouxe mais conforto para a família e tripulantes. A embarcação tem quase 25 metros de comprimento, dois mastros imponentes, mais altos que os normais. Foram cinco anos de planejamento, mais de dois construindo o barco, graças ao apoio de empresas privadas. A Expedição Oriente surgiu da pergunta: `Teriam sido os chineses os descobridores da América, e não Cristóvão Colombo, como sempre aprendemos?´ A tese polêmica do navegador e historiador inglês Gavin Menzies motivou a família. Depois de ler o livro de Menzies, 1421 - o Ano Em Que a China Descobriu o Mundo, e de fazer muitas pesquisas, os Schurmann decidiram fazer uma rota para seguir a teoria. Nesses dois anos, foram 55 mil quilômetros navegados pelos lugares pelos quais

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os chineses teriam passado; 29 países; cinco continentes. “Traçamos a rota que as esquadras de Zheng He teriam navegado e visitamos destinos inéditos em nossos mais de 30 anos de aventura. Assim, chegamos pela primeira vez na gelada Antártica e na China, por exemplo. Nossa passagem por terras chinesas foi histórica entre os velejadores do Brasil. De acordo com nossas pesquisas, nosso Kat foi o primeiro veleiro brasileiro a atracar em um porto chinês. Nos últimos cinco anos, apenas dez barcos estrangeiros conseguiram permissão para entrar em Xangai”, conta o capitão Vilfredo. Com a Expedição Oriente, a família revisitou lugares incríveis como a Polinésia Francesa e reencontrou amigos feitos em aventuras anteriores. Também passou por lugares inéditos e surpreendentes, conhecendo e convivendo com diferentes povos. Toda essa aventura pôde ser acompanhada ao vivo, em tempo real, pela internet e TV, não importa em que parte do mundo o veleiro estivesse. Câmeras especiais a bordo, no ar e debaixo d’água, garantiram imagens com o máximo de qualidade. O registro da viagem apareceu na revista eletrônica Fantástico, da Rede Globo, e foi produzida, também, uma série de dez episódios que será exibida em toda a América Latina pelo canal National Geographic, em 2017. Além disso, o resultado da Expedição se transformará em livro, escrito por Heloísa Schurmann. A publicação vai compartilhar o resultado da expedição, as experiências, o contato com diferentes povos, além de fotografias belíssimas. Muita coisa mudou desde que a família decidiu realizar a primeira viagem, no iní-

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comportamento cio dos anos 80. Décadas atrás, a comunicação era somente por rádio amador. Dessa vez, até transmissões ao vivo puderam ser feitas, por meio da página dos Schurmann nas redes sociais. “Somos uma tripulação conectada”, comemora Vilfredo. A Expedição Oriente contou com outros diferenciais das aventuras anteriores, além de todo esse aparato tecnológico: foi a primeira viagem do veleiro Kat, construído especialmente para esse projeto e batizado com o mesmo nome da filha, mantendo-a, assim, presente em todos os momentos da Expedição Oriente. Outra novidade é que, pela primeira vez, havia um representante da terceira

geração Schurmann a bordo. “Nosso neto Emmanuel participou dos preparativos e é parte importante da tripulação da Expedição Oriente”. Será fácil sair para dar uma voltinha ao mundo de barco? Não é não. Mas, para esta família, parece não haver impossíveis. “Uma aventura nunca é igual à outra e nem essa é nossa intenção. Sempre buscamos por novidades e desafios diferentes. Viver no mar é muito mais que a realização de um sonho. É nossa paixão, nossa vida”. E assim, a família Schurmann segue pelos mares do mundo, tocando o coração do público com suas aventuras e sua lição de vida e de amor.

Todo projetado para a sustentabilidade, o veleiro Kat foi construído especialmente para a Expedição Oriente

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Como tudo começou “Na década de 1970, eu e Heloisa fizemos uma viagem, sem filhos (risos), para o Caribe. Nessa viagem, fizemos um passeio de veleiro e naquele mar de águas cristalinas do Caribe, prometemos a nós mesmos que voltaríamos um dia com nossos filhos. Tivemos 10 anos para planejar todos os detalhes e ainda providenciar um quinto tripulante (risos). Isso porque, três anos depois da viagem ao Caribe e do nosso pacto no mar, nasceu o Wilhelm. O mais incrível (e positivo) nesse processo é que todos nós participamos dos preparativos, inclusive os meninos. Era emocionante ver as crianças se transformando em pequenos marinheiros. Se, em casa, o quintal era um espaço limitado, no veleiro, o playground

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passava a ser a imensidão do mar. Deixamos a vida em terra firme, partimos para uma aventura que durou 10 anos e retornamos ao país como a primeira família brasileira a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro. O que aprendemos com nossas aventuras? Que sonhos viram realidade. Mas não acontecem por si só. É preciso acreditar, planejar, ter perseverança e fazer o sonho acontecer, de fato. Obstáculos, muitos “nãos” e tempestades cruzam nossos caminhos. Mas eles são desafios a ser superados. Simplesmente isso. Nada que possa impedir você ir adiante e alcançar seu objetivo”. Vilfredo Schurmann

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comportamento

As expedições 10 Anos no Mar Partida: 14/04/84 – Florianópolis, SC. Chegada: 28/05/94 – Florianópolis, SC. Depois de 10 anos de preparação, a família Schurmann partiu de Florianópolis, Santa Catarina, a bordo do veleiro Guapo, em abril de 1984, deixando para trás a segurança da vida em terra firme em busca da realização de um sonho compartilhado em família: viver no mar. Magalhães Global Adventure Partida: 23/11/97 de Porto Belo, SC. Chegada: 22/04/2000 em Porto Seguro, Bantura: Antes mesmo de retornar da expedição 10 Anos no Mar, Vilfredo e Heloísa já sabiam qual seria sua próxima aventura: refazer a rota do navegador

português Fernão de Magalhães, que, em 1519, comandou aquela que é considerada a primeira circunavegação do globo na história. 20 anos no Mar Partida: 17/04/2004 – Florianópolis, SC. Chegada: 10/11/2004 – Fortaleza, CE. A família comemorou os 20 anos de história no mar, navegando pela costa brasileira por oito meses, em repetição à primeira etapa da viagem de 1984. U-513 Em busca do lobo solitário Início das buscas: 22/06/2009 Durante a Segunda Guerra Mundial, 11 submarinos nazistas foram afundados em águas brasileiras, dos quais apenas um deles, o U-513, conhecido como Lobo Solitário, foi localizado na região Sul do país. Inspirada por relatos deste

capítulo da história, que ainda esconde muitos segredos no fundo do Atlântico, a família Schurmann realizou um projeto de cinco anos de pesquisa e dois anos de buscas, que culminou com a descoberta dos destroços do U-513 na costa catarinense, no dia 14 de julho de 2011 – o primeiro submarino alemão encontrado no Brasil. Expedição Oriente Partida: 21/09/2014 – Itajaí, SC. Chegada: 10/12/2016 – Itajaí, SC. Fascinada pela teoria do inglês Gavin Menzies, que defende que os chineses teriam sido os primeiros a fazer grandes viagens e descobrimentos, a família Schurmann foi em busca de respostas com o objetivo de desvendar os segredos e mistérios dos mares, a partir da perspectiva oriental.


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Estímulo à arte em argila Premiado artista oferece curso gratuito para quem quer botar a mão na massa, ou melhor, no barro e, soltar a imaginação

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Fotos Luciana Sotelo 21


comportamento Luciana Sotelo Há quem diga que esculpir é como ser um faxineiro: basta limpar o bloco até que ele adquira a forma desejada. Também existem aqueles que criam formas por meio de materiais como areia, madeira ou mesmo o bronze. Na verdade, usar a imaginação sempre foi uma das principais características do ser humano e, para isso, um curso de escultura em argila pode ser o primeiro passo. Em Santos, é possível aprender as técnicas de escultura, de graça, sob a orientação de quem é mestre no que faz. Todas as segundas-feiras, das 18h às 20 horas, o premiado artista plástico Luiz Bom dedica-se a ensinar. Para participar, basta levar um quilo de argila, ter boa vontade e disciplina, como ele diz: “Minha função é promover a escultura, os dons. O aluno precisa enxergar a forma dentro do bloco de argila”. Para frequentar o curso, além da matéria-prima, o interessado precisa ter apenas uma espátula e um estilete sem corte. Não é necessário ter uma prévia experiência. Apenas querer fazer. O destaque é que, ao final do aprendizado, a grande conquista é empregar as técnicas aprendidas nas areias das praias de Santos. Para Luiz, a percepção veio muito cedo, aos 7 anos. Ele lembra bem, estava na praia e, de repente, fez uma escultura. “Minha mãe ficou muito surpresa. Eu fiz uma esfinge egípcia e todos aplaudiram”. Mas nem todo mundo nasce com o talento aflorado, por isso, no curso, que acontece no Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista, o aluno começa pelos princípios básicos até chegar às formas mais rebuscadas, explica o professor. “A pessoa passa pelas etapas da geometria, do desenho abstrato, elemento vazado e só depois os conceitos acadêmicos, através das formas do corpo humano e, por fim, os detalhes, como nariz, dedo e todos os outros”. Luiz sempre destaca que o aluno precisa encontrar a forma dentro do bloco e, assim,

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Camila Lucio, na página ao lado, e sua filha Tânia Maria frequentam as aulas e aprovam os benefícios. Luiz Claudio Cardim Rodriguez, abaixo, está há cinco meses no curso e já planeja sua escultura na praia

com carinho e muita história para contar, ele ajuda os futuros escultores a desenvolver a mesma paixão que ele tem pela arte. O eletricista Luiz Claudio Cardim Rodriguez encantou-se já na primeira aula. Há cinco meses no curso, ele já planeja sua escultura na praia. “Além da satisfação em ver as peças que já consigo fazer, tem todo um lado do relaxamento que a escultura promove. É muito bom, eu recomendo”. Na sua primeira experiência com o material, a jovem universitária Camila Lucio avalia que se saiu muito bem. “Achei muito interessante a forma como ele passa a técnica e, já na primeira aula, consigo fazer minha própria escultura”. Sua mãe, a jornalista Tânia Maria Gomes, aproveitou a aula para espairecer. “Na correria do dia a dia, parar um pouco para aprender algo novo e bem diferente, é maravilhoso. Isso ajuda a liberar o estresse acumulado e nos dá um fôlego novo. Adorei”.

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Trajetória de vida Luiz Bom é autoditada e uma referência na história da escultura em areia, a sua especialidade. Com vários títulos ganhos em competições da modalidade, tanto nacionais quanto internacionais, ele fez parte da Escola Oficial de Escultura em Areia do Brasil, nos anos 1970, como aluno de Pedro Germi, um italiano que inovou, na década de 1960, a técnica de esculpir na areia com bloco no sentido vertical, renovando uma arte que existia apenas no sentido horizontal. “Ele era muito bravo, mas tudo que sei devo a ele. Tenho 53 anos e, desde os 7, a escultura me fascina”. Outro marco no currículo de Luiz Bom foi a participação na exposição Brasil 500 anos em Esculturas, realizada no ano 2000, na praia do Itararé, em São Vicente. No local, esculturas gigantes retrataram a história do país. “Foi um projeto marcante. Eu fiz mais de 20 obras, das 300 que fizeram parte da mostra. Foi a maior exposição de que participei”.

Eventos incentivadores

Luiz Bom, na exposição Brasil 500 anos em Esculturas, realizada no ano 2000

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Luiz Bom tem muitas ideias. Além de incentivar os alunos a persistirem na arte, ele também faz planos para o futuro. A cada três meses de curso, ele promove um vernissage com os trabalhos realizados. “O aluno vem para o evento e vê as esculturas que fez ao longo do aprendizado. Isso é muito gratificante”. Outra iniciativa prevê a realização de um presépio no final do ano, em frente à Igreja do Embaré, em Santos. “Quero esculpir os 33 elementos do presépio oficial e quero contar com a ajuda dos meus alunos”. Para finalizar a agenda de propostas para o ano, o artista plástico pretende promover um festival de escultura em areia. “Imagina o prazer dos meus alunos ao participar desse evento. Quero trazer escultores de todo país e até artistas internacionais”. O Sindicato dos Metalúrgicos fica na avenida Ana Costa, 55, em Santos. As aulas, gratuitas, acontecem às segundas-feiras, das 18h às 20 horas.

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meio ambiente

Caçadora de tesouros Fotos Acervo pessoal

Quando a extensão da praia tem um significado muito além da caminhada, da prática de atividades físicas e do banho de sol... O meio ambiente agradece!

Fernanda Mello

A estudante de biologia e monitora ambiental Gemany Caetano Rosa dos Santos, 29 anos, é uma banhista diferenciada. Quando vai à praia, em vez de deitar-se para tomar sol ou ler uma revista, ela entra em plena atividade. Até aí tudo normal, já que a praia também é um excelente local para se exercitar. Só que Gemany passa suas horas à beira-mar à procura de objetos deixados na areia. Entre os achados, brinquedos de crianças, como baldes, pás, bonecas, bolas e bichinhos esquecidos pelos pequenos ou trazidos pela maré. Para ela, a ação tem muitos significados. Primeiro o lazer, a diversão de encontrar pequenos tesouros, como diz. “Além de

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ser relaxante para mim, cada nova peça que surge traz mais motivação, a curiosidade por algo novo”. Depois e, talvez, o mais importante, é o caráter ambiental deste passatempo. Gemany presta um grande serviço ao meio ambiente ao retirar da praia objetos que poderiam ir para o mar ou permanecer sujando a areia. “Já se sabe que, por exemplo, sacolas plásticas na praia acabam na água, e engolidas por animais marinhos, que morrem sufocados”. Essa mania do bem, Gemany cultiva desde a infância, e lhe foi passada pelo pai, o guarda-parque Brasílio Rosa dos Santos. “Tive o privilégio de morar na Estação Ecológica da Jureia, na qual meu pai trabalha

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Tempo de decomposição de resíduos na natureza Plástico: mais de 100 anos Fralda descartável: 600 anos Metal: mais de 100 anos Garrafas plásticas: indefinido Embalagem Longa Vida: mais de 100 anos

Gemany Caetano Rosa já incorporou à sua coleção mais de 200 peças, entre bolinhas, animais e outros objetos

e vive até hoje. Nossa brincadeira era coletar coisas na praia. Tanto ele quanto eu fazemos isso ainda”. A caça ao tesouro da monitora ambiental, hoje, não se restringe às praias de Peruíbe, cidade litorânea onde vive. Ela ocorre em toda e qualquer praia que Gemany visita. E os outros banhistas, quando a veem catando coisas da areia? “Eles ficam curiosos sobre o que encontrei, acham que é dinheiro”, ri. No bom sentido, a mania de Gemany já contagiou os amigos, que a ajudam na empreitada, e aumentam sua coleção quando encontram algo. Por causa disso, já soma mais de 200 peças, entre bolinhas, animais e outros objetos. Mas nem pense em considerar Gemany uma acumuladora. “Eu

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seleciono tudo, lavo. Pretendo doar para crianças e ensiná-las sobre os resíduos e suas consequências”, planeja. Para ‘pescar’ seus tesouros, Gemany usa as próprias mãos e a blusa, se for preciso. “Procuro não deixar nada na praia, especialmente lixo. Se todos limpassem ao seu redor, a situação seria diferente. Lixo não combina com praia”. Ela conta que, no começo, os amigos que a acompanhavam na praia ficavam um pouco frustrados, porque ela saía para a coleta e os deixava na areia. “Agora eles entendem”.

Plástico no oceano Como explica Maria Fernanda Palanch Hans, mestre em fisiologia animal e pro-

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meio ambiente

O lixo marinho é um dos grandes problemas ambientais de nosso tempo e o plástico, o principal deles. Muitos animais morrem devido à ingestão desse material

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fessora de poluição marinha no curso de oceanografia da Unimonte: “O problema do lixo marinho e, em especial, do plástico no oceano, é bastante sério. Infelizmente, são vários os relatos de animais que vêm a falecer por causa da ingestão de plástico. Em geral, essa questão afeta mais as populações de mamíferos, aves e tartarugas marinhas, mas já se observa, também, em populações de outros organismos, como peixes, caranguejos, ouriços, que não distinguem o plástico do alimento”. Garrafas PET, brinquedos, canudinhos, hastes de cotonetes, tampas, potes, utensílios domésticos, pedaços de embalagens, em geral, vão, aos poucos, sendo quebrados em partículas menores e formam o microlixo, capaz de ser ingerido por organismos de pequeno e grande portes. A ingestão de partículas plásticas pode causar déficit no crescimento dos organismos, já que passam a ocupar um espaço no estômago que deveria ser do alimento. O déficit alimentar deixa o animal mais suscetível à predação e a doenças, além de impactar a taxa de reprodução. “O plástico é uma grande praga, pois possui uma vida longa e ainda confunde os organismos, que acham que aquele material é alimento. Um exemplo são as tartarugas, que acreditam ser águas-vivas ou algas”, diz a especialista. Apesar de ser pouco falado, hoje em dia, muitos produtos de limpeza e cosméticos possuem plástico em sua composição (micropartículas plásticas), que atuam como abrasivos e esfoliantes, contribuindo para a beleza e a higiene. Essas micropartículas possuem um potencial tóxico muito grande, já que atuam em organismos de diferentes tamanhos. Além disso, a matéria-prima para a fabricação de produtos plásticos é transportada na forma de grânulo, como a soja e o milho. “Muitos acidentes com o transporte em caminhões e navios levam essas esférulas plásticas para o oceano. Na areia da praia, tem muita quantidade desse material”, explica Maria Fernanda. “Qualquer ação, mesmo que pequena, já contribui para a diminuição deste problema”.

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oportunidade

Escreveu um livro? Publique você mesmo A edição independente é uma tendência crescente e uma forma de os novos escritores realizarem um sonho

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Gisela Bello

Fotos: Gisela Bello

André Azenha já lançou quatro livros

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“Existe uma Razão maior, uma Causa maior, um Motivo maior que dá sentido à circunstância hoje assoladora...Sorria, acredite, aceite... Agradeça!” Esse é apenas um trecho de um dos setenta e cinco poemas e ensaios escritos pelo advogado e escritor Ricardo Duran, contidos em Expressões da Alma, e que aborda o amor, alegria, tristeza, esperança, dor e fé. O livro, cujos textos foram coletados ao longo da vida do autor, retrata sentimentos e emoções de vivências passadas por ele. Expressões da Alma faz parte de um universo que transforma, atualmente, o mercado literário: os livros de publicação independente. Duran abriu mão de uma editora para lançar o livro e bancou por conta própria seu sonho. “Não queria esperar para lançar essa primeira coletânea de poemas e ensaios, e resolvi seguir meu coração na realização deste sonho”. E foi o que fez, recentemente, em uma tarde de autógrafos no Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente. Além do livro impresso, o livro digital (E-book) pode ser encontrado também nos sites da Amazon, Saraiva, Kobo e bomdiauniverso.com . Assim como o advogado Ricardo Duran, o jornalista, crítico de cinema e escritor André Azenha também realizou um sonho ao publicar de forma independente os seus quatro livros. O último, lançado no começo do ano, Histórias: Batman e Superman no Cinema, foi o único que o autor tirou ISBN e fez os devidos registros para circular nacionalmente. O livro foi uma forma encontrada por André de homenagear e resgatar a trajetória desses dois super-heróis tão conhecidos do público. “Sempre fui muito fã deles e

quero que as pessoas, ao lerem o meu livro, façam uma viagem no tempo. As pessoas vão se identificar e se inspirar nesses super-heróis que são tão diferentes, mas que tanto se completam”. O fato de não ter lançado o livro por meio de uma editora não desmotiva o escritor. Ele optou em fazer pequenas tiragens, atualizar de acordo com os novos filmes desses super-heróis e lançar uma nova edição. Santos, Gramado e São Paulo já fazem parte do circuito desse último livro do autor. “Sempre aproveito também para expor e vender o livro em eventos e cursos que realizo”. Apesar da versão e-book não fazer parte de seus planos, ele dá algumas dicas para quem quer seguir pelo caminho da publicação independente: “O interessante é saber que público você quer atingir. Fazer uma pequena tiragem é uma dica certa. Você vai lançando e vendendo.” Mas, o principal de tudo isso é não deixar que o seu sonho de publicar um livro fique trancado em uma gaveta, ou arquivado em um computador e, muito menos, que fique só na vontade. As dicas e ferramentas estão à disposição para todos aqueles que querem trilhar e se aventurar nesta jornada tão interessante que é expor, por meio das palavras, muito do que se pensa e sente. E se você tem ideia semelhante, a sugestão de Ricardo é: “Aqueles que, como eu, sonham em ver suas ideias propagadas, quem sabe pelo mundo, sugiro que parem de sonhar e executem. Não esperem 33 anos para realizar. Acreditem! A sensação é indescritível!”.

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oportunidade

Ricardo Duran bancou por conta própria o sonho de publicar seu livro e vê-lo chegar às prateleiras de uma livraria

Publicação Independente Para os interessados na autopublicação de sua obra, o mercado oferece algumas ferramentas. A plataforma da Saraiva, por exemplo, é o Publique-se. Gustavo Mondo, gerente de produtos digitais e e-commerce da Saraiva, explica que, desde o seu lançamento, há mais de três anos, o sistema tem cerca de vinte mil autores cadastrados, dos quais mais de cinco mil já publicaram livros. Mondo informa que, aproximadamente, 10 milhões de visitantes acessam o acervo mensalmente. A autopublicação vem ganhando novos adeptos ao longo dos anos. “Como comparativo, podemos dizer que, no terceiro trimestre de 2016, a Saraiva registrou 15 mil livros publicados por meio do Pu-

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blique-se. No mesmo período do ano anterior, foram 9,8 mil”. Os números também são positivos quanto ao crescimento de publicações na plataforma. Nos últimos três anos, foram de 140%. A empresa Amazon usa como ferramenta para a autopublicação o Kindle Direct Publising (KDP). Segundo dados da assessoria de imprensa da companhia, os autores independentes brasileiros já tiveram seus livros por semanas entre os mais vendidos da loja, e isso demonstra preferência a novos autores e novas obras. A empresa não fornece números sobre essas publicações, mas informa que toda semana cerca de 30, em cada 100 livros na lista dos mais vendidos da Amazon.com.br, são autopublicados por meio do KDP.

A autopublicação permite que autores encontrem facilidade e dinamismo no meio digital, o que pode contribuir, e muito, para se desenvolver uma carreira de sucesso como escritor. Gustavo Mondo acredita que pode funcionar como um teste. “Como, por exemplo, um autor que se autopublica e tem reconhecimento do seu trabalho em vendas, pode despertar o interesse do segmento”.

Retratos da leitura do Brasil O fato é que a população brasileira está lendo mais e isso é muito bom. Pelo menos é o que mostra um estudo apresentado este ano pelo Instituto Pró-Livro, com apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Associação Brasileira

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de Editores de Livros Escolares (Abrelivros) e Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), sobre o consumo de literatura no Brasil. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, revelou que, em 2011, 50% dos brasileiros declaravam-se leitores, contra 56%, em 2015, o que equivale atualmente a 104,7 milhões de pessoas. Outro dado do estudo aborda que os livros digitais mais lidos versam sobre literatura, como contos, romances e poesias. E que a Bíblia ainda lidera o ranking dos livros impressos mais lidos. 43% dos entrevistados têm como principal forma de acesso ao livro a compra em livraria física ou internet, e que os baixados da internet somam 9%. Outro dado do estudo revela que

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houve um aumento da leitura por parte dos jovens. Dos 14 aos 17 anos, eram 71%, em 2011, e em 2015, passou para 75% dos entrevistados. E entre a faixa etária dos 18 aos 24 anos, o salto foi ainda maior. Em 2011, eram 53% dos pesquisados; em 2015, pulou para 67%. Samuel dos Reis, estudante de 17 anos, gosta muito de ler e se enquadra neste perfil. Ele lê cerca de dois livros por mês e acredita que esse crescimento tem a ver com os alunos que se preparam desde cedo para o vestibular. Apesar de os livros de literatura ser indicados pelos professores, Samuel revela que prefere outros temas. “Minha preferência mesmo, é ler livros de fantasia e ficção. No momento, estou lendo As Crônicas de Gelo e Fogo.

As mulheres continuam lendo mais: 59% são leitoras. Entre os homens, são 52%. A advogada Lilian Michelini Tutui tem como hobby a leitura e lê, pelo menos, vinte livros por ano. “Costumo ler dois livros ao mesmo tempo, e os meus preferidos são ligados à história da arte e cultura e a literatura”. Tal paixão pelos livros foi passada para a filha Mariana Michelini Vasques Gonçalves, de sete anos, que, desde pequena, já percorre esse caminho literário. “Gosto de livros de ciências e das histórias do Minecraft”, explica com olhinhos brilhantes a estudante da segunda série do ensino fundamental. Acostumada desde cedo a frequentar livrarias, seus primeiros passos dentro desse universo mágico foram por meio de livros educativos.

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oportunidade

Estudo revela que as mulheres leem mais. A advogada Lilian Michelini Tutui é uma delas e incentiva a filha Mariana desde cedo

Aqui vão algumas dicas importantes para publicação de um livro. Elas podem ser feitas por você ou por meio de uma empresa especializada. Com o projeto pronto, será preciso: - Fazer a diagramação e o projeto gráfico; - Criar uma capa; - Revisá-lo; - Tirar o ISBN digital e impresso – Internacional Standart Book Number -, um sistema internacional padronizado, que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os inclusive por edição. Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita a circulação e comercialização das obras (www.isbn.bn.br); - Registrá-lo junto à Biblioteca Nacional para garantir os direitos autorais (www.bn.gov.br); - Fazer uma ficha catalográfica junto à CBL – Câmara Brasileira do Livro (www.cbl. org.br).

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Ricardo explica que, após realizar esses procedimentos, que foram feitos por ele com a ajuda de um amigo, uma empresa foi contratada para assessorá-lo na criação do e-book e para colocar o livro à venda nos sites das livrarias Amazon, Saraiva e Kobo. “Tive um gasto aproximado de R$ 2 mil reais. É claro que esse custo pode ser bem menor caso o próprio autor tenha habilidade com as ferramentas e possibilidades digitais disponíveis no mercado”. Quanto ao livro impresso, o processo é semelhante. A primeira tiragem de Expressões da Alma foi de 300 exemplares. A média gasta por unidade, com um livro de até 100 páginas, sem ilustrações internas, fica em cerca de R$ 15 reais, dependendo da quantidade, qualidade do material e gráfica consultada.

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moda

Verão iluminado Nada é mais forte no verão do que os brilhos; eles tingem a estação de prata, dourado e rosê

Karlos Ferrera Inspiradas na era digital, as grandes marcas produzem peças e produtos em cores metalizadas. Peça-chave entre os fashionistas, os dourados, prateados e rosês, hits dos anos 1970, voltam a ser protagonistas entre as cores preferidas, tanto nos acessórios como em todo o guarda-roupa. Os looks metalizados devem ser encarados como os “novos básicos” e seguirão firmes, principalmente, nos pés, deixando qualquer look muito mais estiloso. Se você acha que a tendência é muito chamativa e difícil de usar no dia a dia, está muito enganada. Seja um modelo vintage, como o mocassim, ou um básico, como o tênis, as propostas chegam com tudo e com propostas que vão do simples ao descolado. Sandálias de tiras, tênis, slip on, oxford, com carinha de tradicional ou mais arrojados, com solado de borracha, todos os modelos, sem exceção, estarão mais iluminados, menos discretos e com muito mais graça. Uma aposta certa é escolher calças metálicas, e combinar a parte de cima com cores sóbrias, como o preto. Aliás, o preto é um excelente aliado ao metalizado. Você pode apostar na dupla sempre que quiser, em shorts com camisa, calça com suéter e vestidos. O importante é deixar a imaginação tomar conta, sem deixar de lado o conforto. O dourado ficará ainda mais bonito nas peles bronzeadas, então aproveite o verão! Já a prata traz aquele ar futurístico e fica bem em todo mundo.

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moda

Make & Hair

No revival dos anos 1990, batons e sombras metalizados voltaram com força, desde o prata e dourado, até vermelho e bordô; vale, ainda, os audaciosos azuis, grafites e pretos. Presente também nas madeixas, a trend chega com vários tons diferentes, misturando cores fortes com delicadas, em tons de cinza, loiro e preto.

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No Ano Novo a regra é clara

Perfeito para os dias de calor, o look pode fazer par com os metalizados. Ele garante o brilho extra à simplicidade das propostas. A renda dá um toque de sofisticação e os materiais naturais misturam-se aos iluminados. Perfeito para um novo ano.

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O metalizado, ou moda futurista, como muitos preferem chamar, retorna com modelagens e cortes diferenciados

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gastronomia

Rituais à mesa Frutas, grãos, bebidas e os muitos hábitos e crenças da noite de Réveillon

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Fernanda Lopes A palavra Réveillon deriva do verbo francês réveiller, que significa revelar, despertar, acordar. Para a maioria dos povos, a virada do ano traz a intenção de renovação, de fechamento de um ciclo e início de outro. Por isso, está intrinsecamente ligado a vários rituais, que mudam de acordo com cada cultura. No Brasil, temos muito forte o sincretismo religioso, com a fusão de crenças africanas e europeias. Nas cidades litorâneas brasileiras há o hábito de pular sete ondinhas e fazer pedidos e agradecimentos à Iemanjá, rainha do mar. Muitos levam oferendas, grande parte ligada à alimentação. Aliás, a maioria dos rituais de fim de ano está relacionada ao alimento. As comidas carregam a simbologia da

fartura. Os grãos, por exemplo, remetem à multiplicação. Arroz, lentilha, feijão e milho simbolizam a fertilidade. No Brasil, como temos influência árabe direta e indireta (por meio dos portugueses), a lentilha é o ingrediente mais usado para este propósito. Também vinda da Europa, vem o hábito de se brindar com espumante. Temos espumantes de alta qualidade no Rio Grande do Sul, portanto, não precisamos lançar mão de importados na hora do tilintar das taças. A carne de porco, diz a crença, faz a vida progredir. As uvas e as romãs são as frutas mais apreciadas, por serem nobres para várias culturas e consideradas poderosos imãs de boa sorte. Então, que tal unir os dois? Sugerimos uma receita de lombo folhado com molho de uvas verdes, que fica bem bonito e ainda delicioso.

Significados dos símbolos de alimentos na virada Champanhe ou espumantes - À meia-noite, faça um brinde à entrada do novo ano em grande estilo, com espumante em taças de cristal. Preparado à base de uvas, traz prosperidade para o ano que se inicia. Para quem passar a virada na praia, também não custa pular sete ondas com a taça na mão. Romã – Símbolo de abundância, ajuda também na fertilidade. Repletas de sementes e nascidas em cachos, elas trazem a ideia de multiplicação e fartura. São muitos os rituais, mas um dos mais utilizados é chupar três sementes de romã e pedir dinheiro para o ano todo, e, depois, guardá-las na carteira, envolvidas em papel branco. Uvas – Símbolo de prosperidade, diz

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a tradição que se deve comer 12 uvas, uma para cada mês do ano. Se a uva for doce, o mês do ano será próspero e, se for azeda, nem tanto; ao comer cada uva, faça um pedido do que você deseja para aquele mês. É a fruta que gerou o vinho de Baco, o deus mitológico dos excessos, da fartura e das festividades. Peixes – Eles simbolizam a purificação por meio de seu habitat, a água. Além de ser férteis e se reproduzirem graças a uma infinidade de ovas, os peixes quase nunca nadam sozinhos. Frutas secas e castanhas – Desde a Antiguidade, estão associadas à fartura e à sorte por serem alimentos resistentes; podem ser armazenados durante muitos dias. Os doces à base de castanhas têm

ainda a simbologia de um ano doce. Lentilhas e grãos – Remetem à quantidade e multiplicidade. Uns dizem que a lentilha, por ter a forma arredondada e achatada, como uma moeda, atrai dinheiro. Outros afirmam que sua popularidade relaciona-se a um grão que dobra de tamanho ao ser cozido e, por isso, traz fartura. Louro - Símbolo de sucesso e vitória. Ser laureado significa ser reconhecido. Os atletas gregos vencedores recebiam uma coroa de louros como prêmio. Além disso, são folhas de uma árvore resistente e que dá frutos em bagas volumosas. As folhas devem ser trocadas entre as pessoas à meia-noite e guardadas na carteira. É promessa de sucesso e fartura ao longo do ano.

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gastronomia RECEITAS Lombo folhado Ingredientes marinada: 1 lombo de cerca de 1 e 1/2kg; 2 ramos de alecrim (somente as folhas); 3 folhas de louro; 200ml de vinho branco seco; suco e raspas da casca de 1 limão; 1 colher (sopa rasa) de sal e 1 colher (sopa) de azeite. Folhado: 3 colheres (sopa) de mostarda tipo Dijon; 200g de presunto cru ou cozido; 2 caixinhas de massa folhada pronta (600g – geralmente fica na parte de congelados do supermercado) e 1 gema para pincelar. Molho: 2 cachos de uva verde sem caroço; 200ml de vinho branco seco; 2 colheres (sopa) shoyu; 1 colher (sopa) de molho inglês; o restante da marinada coada e 1 colher (sopa) de manteiga gelada. Preparo marinada: misture tudo e tempere o lombo já descongelado. Deixe marinando por duas horas na geladeira. Folhado: depois de marinado, tire todo o líquido e as ervas do lombo (reserve essa marinada para o molho). Esquente bem uma frigideira grande e grelhe (sele) o lombo de todos os lados para ficar dourado e selado (isso evita que os sucos da carne saiam e ela resseque). Retire e deixe esfriar. Depois de frio, pincele mostarda em todo o lombo. Abra uma folha grande de papel alumínio ou plástico para cozinhar e disponha as fatias de presunto uma ao lado da outra, sem deixar espaço entre elas. Ponha o lombo e embrulhe com esse presunto. Deixe bem fechado. Depois, faça o mesmo com a massa folhada. Embrulhe o lombo nela. Corte antes um pedaço da massa folhada e faça alguns enfeites, como desejar. Feche bem o lombo com a massa folhada sem deixar nenhuma abertura. Pincele a gema e coloque os enfeites de massa – pincele gema neles também. Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC até ficar bem dourado (cerca de 1 hora a 1 hora e meia). Molho: coe a marinada e misture ao vinho, shoyu e molho inglês. Leve ao fogo baixo até reduzir o volume a 1/3. Acrescente as uvas cortadas ao meio. Deixe ferver e desligue. Ponha a manteiga gelada e mexa. Sirva imediatamente com o lombo. Dicas: sirva com batatas assadas com manteiga e alecrim. Pode ser substituído por filé mignon suíno ou bovino. Fica ótimo. Rendimento: 6 porções.

Torta de noz pecã Ingredientes para a massa: 1 1/2 xícara farinha de trigo; 1 ½ farinha castanha de caju; 6 colheres (sopa) de açúcar mascavo; 225g manteiga. Para o recheio: 1 xícara de glucose de milho ou mel; 1 xícara de açúcar mascavo; 1 colher (chá) de sal; 1/3 xícara de manteiga derretida; 3 ovos; 2 xícaras de noz pecã; 1/2 colher (sopa) de cacau em pó - para quebrar o doce. Preparo da massa: bata tudo no processador. Forre com a massa uma forma canelada de 23cm e com fundo removível. Pré-asse por 10 minutos a 180 graus. Para preparar o recheio: com um batedor, misture todos os ingredientes, menos as nozes, até ficar homogêneo. Aplique sobre a massa pré-assada e acrescente as nozes. Asse em forno pré-aquecido a 180ºC, por aproximadamente 40minutos, até que o recheio fique firme. Desenforme morno ou frio. Pode ser servido puro ou com sorvete.

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Arroz com lentilha Ingredientes: 1 colher (sopa) de manteiga; 2 xícaras de arroz agulhinha; 4 e 1/2 xícaras de água quente; 3 dentes de alho picados; 1/2 talo de salsão picado; 1 folha de louro; 1 colher (sobremesa) de sal; 1 xícara de lentilha - meia hora em água quente (depois de limpa e lavada); 1 pau de canela pequeno e salsinha para polvilhar. Para cebola frita: 2 cebolas grandes fatiadas finamente; um pouco de farinha de trigo temperada com sal e óleo vegetal. Preparo: refogue o alho na manteiga. Junte o salsão. Coloque o arroz e refogue, junte o sal, o louro e a canela. Misture. Junte a lentilha. Misture. Coloque a água já quente e deixe a panela semitampada em fogo baixo até a água secar. Quando secar, desligue e deixe pelo menos cinco minutos tampada, descansando. Depois, solte o arroz, tire o louro e a canela. Polvilhe salsinha picada e sirva com a cebola por cima. Cebola frita: passe as fatias de cebola na farinha e tire o excesso. Frite em óleo, em imersão e escorra. Rendimento: 6 porções. A Saíra-Sete-Cores (Tangara Seledon) é uma ave da família Thraupidae. Pode serseencontrada emnão todos os estratos da floresta atlântica e nas matas baixas do litoral, onde é muito Dica: não gostar, coloque canela. frequente. Mede cerca de 13,5 cm de comprimento e pesa 18g. Frugívoro, aprecia os frutos de palmeiras, goiaba, mamão, ameixa e caju. Alimenta-se também de insetos.

Feliz Natal

e que 2017 seja repleto de paz, amizade e progresso.

A Saíra-Sete-Cores (Tangara Seledon) é uma ave da família Thraupidae. Pode ser encontrada em todos os estratos da mata atlântica e nas vegetações baixas do litoral, onde é muito frequente. Mede cerca de 13,5 cm de comprimento e pesa 18g. Frugívoro, aprecia os frutos de palmeiras, goiaba, mamão, ameixa e caju. Alimenta-se também de insetos.

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Mata Atlântica é a nossa praia

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Irresistível convite no caminho do mar Espaços aconchegantes, com opções de comidinhas deliciosas para quem vai à praia ou volta dela. Essas são as características dos restaurantes Calabresa na Serra e Pastel Bertioga, localizados no KM 75 da rodovia Mogi-Bertioga, e que, recentemente, ganharam uma nova fachada, deixando os ambientes ainda maiores, para melhor atender o cliente. O Calabresa traz diversas opções de lanches, feitas com o produto artesanal, de fabricação própria, além de bacon e salames, também artesanais. Para acompanhar, o restaurante ainda oferece bebidas importadas e até mesmo orgânicas. Mas, se o que você procura é um docinho para alegrar o seu dia, doce de leite, goiabada e abóbora são uma ótima pedida. No Pastel Bertioga, o quitute é feito com a tradicional Massas Bertioga, com cerca de 40 opções de sabores salgados e dez, de doces, e podem ser acompanhadas por um delicioso caldo de cana, ou suco de milho. O pastel médio mede 20cm, enquanto o grande tem 30 centímetros. Ambos os restaurantes ficam a 33 quilômetros de Bertioga, e 25 quilômetros de Mogi das Cruzes. O estacionamento possui espaço reservado para os ciclistas, o que oferece maior segurança e bem-estar. Ficou com vontade de provar essas delícias? O horário de funcionamento do Pastel Bertioga é das 10h às 20 horas, de segunda a sexta-feira, e, aos sábados, domingo e feriados, o restaurante fecha à meia-noite. Já o Calabresa na Serra fica aberto das 10h às 21 horas, de segunda a sexta, e, aos sábados, domingos e feriados, até a meia-noite.

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decoração

Zona de conforto Sossego, descontração, bem-estar. Pertinho da Praia Vermelha, em Ubatuba, é para esta casa que a família corre quando quer relaxar

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Maria Helena Pugliesi

Fotos João Xavier

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Foi uma casa na praia de Toque Toque que despertou a vontade do casal em ter seu refúgio de veraneio. Eles passaram em frente a ela, gostaram, tocaram a campainha e pediram para entrar. Adoraram o que viram e resolveram ter uma igual. Ainda pediram o endereço da arquiteta, que logo foi contratada. “Os dois disseram que aquele meu projeto se encaixava perfeitamente no ideal deles: uma morada térrea, com ambientes integrados e abertos para as áreas externas”, lembra Cris Xavier. A poucas quadras da Praia Vermelha, o terreno plano de 1.146 metros quadrados facilitou a obra. Para evitar a umidade do solo, a casa de 244 metros quadrados foi construída sobre uma discreta plataforma de alvenaria. À sua volta, o jardim assinado pela paisagista Ciça Souza cria um território verdejante, isolado da rua e dos vizinhos. Com estrutura de jatobá certificado, o imóvel é compacto, mas sua bem planejada distribuição torna os ambientes amplos e luminosos. Toda a área social conecta-se com a varanda e esta está unida à cozinha por meio de portas corrediças que se abrem inteiras. “Nesta parte da varanda ficam a churrasqueira e o forno de barro, além de uma pia, que praticamente é extensão da bancada da cozinha. Dessa maneira, as refeições podem ser preparadas com a mesma praticidade tanto do lado de dentro, quando de fora. A pia externa é perfeita para limpar peixes”, conta Cris. Outro ponto a favor de funcionalidade é a chegada da praia. A arquiteta explica: “Quem vem molhado e sujo de areia acessa a casa pela lateral, com passagem direta aos banheiros e à lavanderia. Isso agiliza o banho e a lavagem dos maiôs.” Com filhos pequenos e amigos na mesma condição, o casal pediu três quartos e duas suítes – uma para eles e outra para as babás. Quando as crianças crescerem, esta última suíte será para elas e seus amiguinhos. Localizada num nível mais alto, uma escada

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As aberturas de portas e de janelas foram projetadas de forma que haja ventilação cruzada na casa toda. No verão, as correntes de ar dispensam o uso de aparelhos de refrigeração. Paredes brancas aumentam a luminosidade interna

leva até lá, onde um jardinzinho interno cria um canto delicioso. Os demais dormitórios ficam perfilados num agradável corredor com iluminação zenital. Paredes brancas e portas azuis reforçam o charme do projeto, porém são as janelas que mais merecem destaque. Baixas, elas também servem de banco e de passagem para o lado externo. As folhas corrediças de vidro e treliça recolhem-se a um canto, deixando vãos livres para a brisa e para a beleza da paisagem. A mesma treliça aparece sob o forro do telhado. “Esse é nosso pulo do gato para manter os espaços ventilados, mesmo que a casa esteja fechada. Telas internas impedem a entrada de insetos e, nos quartos, há ainda portinholas azuis, que mantêm a penumbra para os que querem dormir até mais tarde”, revela a arquiteta. Como pouca manutenção fazia parte das pretensões dos proprietários, optou-se por piso único de cerâmica e branco, para aumentar mais ainda a luminosidade. Vem daí o fato de a casa não ter piscina. “Eles não querem depender de mão de obra especializada. Mesmo porque, a praia está logo ali e o mergulho, garantido”, conclui Cris Xavier.

Estrutura de madeira: Ita Construtora

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ser sustentável

Abandonados Sem proteção, animais sofrem com a ação de mateiros em busca de palmito, caçadores e traficantes de animais, presenças diuturnas na Mata Atlântica do Sudeste, principalmente nas proximidades da Serra do Mar

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Marcus Neves Fernandes Correu pela internet, na semana passada: as girafas correm risco de extinção. Das nove subespécies existentes em 21 países, cinco apresentaram redução sensível em suas populações. Os cálculos indicam que existiam 155 mil delas em 1985, contra menos de 100 mil, agora. Basta fazer as contas e prever que, nesse ritmo... O que me assusta, na verdade, é que, se animais tão singulares como as girafas seguem este dramático caminho, o que dizer de espécies sem tanto simbolismo, que poucos conhecem ou sequer já ouviram falar? Você, por exemplo, sabe dizer o que é um irará, uma queixada ou um tapiti? Há poucos meses, pesquisadores brasileiros concluíram o maior esforço amostral já realizado na Mata Atlântica. O trabalho, que levou cinco anos, consistiu em registrar a presença de grandes mamíferos. Ao final, 44 espécies foram contabilizadas ao longo de 4 mil km percorridos na floresta. E, à medida que os cientistas se embrenhavam na mata em busca das informações, foram percebendo que não estavam sós. Mateiros em busca de palmitos, caçadores e traficantes de animais são presença diuturna na Mata Atlântica do Sudeste, principalmente em sua faixa mais rica, exuberante e biodiversa: as proximidades da Serra do Mar. Aqui, dizem os pesquisadores, o estado praticamente abandonou os parques e reservas. Em algumas áreas, há um fiscal (repito, um fiscal), para patrulhar um território equivalente a centenas de campos de futebol. E isso, sem veículo (ou sem gasolina) e comunicação em boa parte do ano. E nas áreas com presença de caçadores, a biomassa dos mamíferos cai assustadores 98%!

Um funcionário de uma das maiores reservas paulistas contou: “Fico envergonhado de dizer isso, mas não posso fazer nada. Trabalho praticamente sozinho e já fui ameaçado diversas vezes, inclusive, com uma espingarda encostada na minha cabeça”. No entorno das reservas e parques, não é difícil encontrar moradores que já se acostumaram com a rotina de caçadores e traficantes. Diante da inação dos superiores, alguns criaram estratégias próprias. “Um gringo veio aqui e nos ensinou a deixar alguns indícios da nossa presença pela floresta. A ideia é que isso não deixe os bandidos tão à vontade”. Há vários relatos, invariavelmente feitos de cabeça baixa, com evidente temor, mas também uma boa dose de sofrimento. Mauro Galetti, professor do Departamento de Ecologia da Unesp, e autor do estudo, explica: “Boa parte dos parques estaduais perdeu mais de 60% dos funcionários que faziam a proteção. Agora, os parques estão sendo invadidos por milícias de palmiteiros e caçadores”. Ricardo Bovendorp, também da Unesp, completa: “A Serra do Mar do estado de São Paulo, apesar de protegida por parques estaduais e estações ecológicas, vem sofrendo com cortes e financiamentos nos últimos anos. Com a ausência de proteção, isso poderá definir o futuro dos mamíferos na Mata Atlântica”. Caso não baste o insulto que representa tal situação, sempre é bom lembrar... sem mamíferos, a floresta não sobrevive e, sem a floresta, a nossa qualidade de vida estará, no mínimo, irremediavelmente comprometida.

Singularidade verde e amarela Das cerca de 460 espécies de mamíferos brasileiros conhecidas até hoje, cerca de 130 vivem na Mata Atlântica. Possivelmen-

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te, 50 são endêmicas, ou seja, só vivem ali e em mais nenhum outro lugar do planeta. Entre elas estão: onça pintada; bugio;

muriqui; jaguatirica; lontra; cachorro do mato vinagre; gato maracajá; jupará; caxinguelê; guariba; cateto; e cuíca.

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Um pedaço do Oriente, em Bertioga O melhor da comida brasileira e oriental. Tudo em um só lugar. Essa é a experiência que o Estrela do Mar proporciona aos seus clientes. O restaurante já se tornou tradicional na cultura gastronômica bertioguense, pela qualidade dos produtos e do serviço e, principalmente, pelo respeito à culinária oriental, cujas receitas e temperos atraem pelo exotismo e sabor. Adaptado às peculiaridades bem brasileiras, ele trabalha com o sistema por quilo, mais democrático e sustentável. A fidelidade de seus clientes é o que motiva Alex I Heng Lu, proprietário do estabelecimento. “Conseguimos ver a evolução das famílias que nos visitam, e, para nós, tornam-se parte da nossa. Vemos jovens que vinham acompanhados de seus pais, quando crianças, e que, hoje,

continuam vindo, mas agora com seus companheiros.”. O ambiente agradável e familiar explica, por si só, o sucesso do restaurante há 16 anos. Alex empenha-se em agradar todos os tipos de clientes e, para isso, a gastronomia brasileira e oriental são oferecidas conjuntamente e se complementam em seu vasto menu de opções. Do cardápio constam carnes, diversos tipos de salada, frutos do mar e, claro, a comida oriental. Além da identidade visual da empresa, que está de cara nova, Alex promete que mais surpresas e novidades estão a caminho. Faça uma visita e confira. O Estrela do Mar atende na avenida Anchieta, 175, centro, de terça a sexta-feira, das 11h30 às 15 horas, e nos finais de semana e feriados, das 11h30 às 16 horas.



Flashes

8ª edição da premiação do BTP Educa, cujo tema foi Vamos Salvar o Planeta

Após um ano de trabalho, a equipe reunida para agraciar os vencedores

Antonio Pássaro, diretor-presidente da BTP, e os alunos premiados

Fátima Alves, chefe da Seção de Projetos Educacionais Especiais, a vereadora eleita Audrey Kleys, Lenarde Mendes e Estrela Cordeiro, ambas, coordenadoras pedagógicas

Antonio Pássaro e Venuzia Fernandes, secretária de Educação da prefeitura de Santos

Joel Contente, diretor de Assuntos Corporativos, e Elisabete Ramos, gerente de meio ambiente da BTP


Flashes

A Möntmann & Gomes nos prestigiou com mais uma Cantata de Natal, desta vez com o tema: Christmas Around the World (Natal em torno do mundo)

Família Quintana, Mariana, Marcos, Cynthia, Marina e Isabelle

Nádia Dangelo e Ulisses Dangelo

Ana Carreira e Nuno Filipe

Michelle Reis, José Freires, Karina Moraes e Rodrigo Amaral

Marcos Quintana e Mauro Orlandini

Gustavo e Tatiana Melo

Débora e Eduardo Pereira

Elaine Costa e Luís Henrique Capellini

Adriane Markendorf Baumhardt e José Filipe

Mauro Orlandini, Valéria Bento, Viviane Alecrim, Mariana Alecrim e Edvaldo Alecrim, Marcos Quintana e Antonio Rodrigues

Vanessa, Karina e Caio Matheus, Mario Quintana e Cynthia Möntmann


Flashes

Aniversário do amigo Camilo Di Francesco

Camilo Di Francesco e Paola Smanio

Gerson e Fanny França

Formatura do pequeno Yuri Zaidan

Lurdinha e Pasquale Russo

Nova presidente da TAR

William Claudio Santos e Janaina Rocha

No 6º Ficon

A professora Luana Gatto e o formando Yuri Zaidan

Marcio Delfim, Paulo Alexandre, Raul Cristiano

Silvana Genoveses

Festa de confraternização do Sistema Costa Norte de Comunicação

Ribas Zaidan, Rosa Morena e Dr. Alexandre Riscalla

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Festa comemorativa do aniversรกrio de 11 anos da TAR - Turma dos Apaixonados pela Riviera

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

Casamento, comemorações e festas: os destaques do encerramento do ano de 2016

Durval Capp Neto e Priscila Augusto casaram-se no Santuário do Embaré e, após recepção no Clube XV, seguiram em lua de mel para Cancun, no México

Os pais do noivo Durval Capp Filho e Walkiria Sanches Capp, na Basílica Santo Antonio do Embaré

A belíssima noiva Priscila Augusto, seu pai Virgilio Augusto e sua mãe Maria Alice Ribeiro Martins

Nei Eduardo Serra e Jeannete recepcionaram Caio Matheus, prefeito eleito de Bertioga, e Vanessa Matheus, no Indaiá Praia Hotel, em uma Noite Portuguesa

O diretor-presidente do Sistema Costa Norte Reuben Nagib Zaidan e Dinalva Berlofi Zaidan comemoraram com os empresários do Canto do Indaiá

O ex-prefeito de Bertioga e futuro secretário de Obras e Habitação Luiz Carlos Rachid e Lucineide Rachid curtiram as canções portuguesas interpretadas pela fadista Marly Gonçalves

Miriam Ofenhejm e Moysés Gotfryd, em tempo de Sweet Christmas, na Blue Gardenia, colaboraram com a equoterapia

A quituteira Odilinha Hoehne e a designer floral Pupy Zogaib criaram Delícias à Mesa, sugestiva mesa natalina na Pinacoteca Benedicto Calixto

Presidente Rodrigo Kallás Zogaib e Gisleine recepcionaram na inauguração das novas dependências do tradicional Clube Sírio Libanês em Santos

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“Destaques” // Luci Cardia Foi no Palácio dos Bandeirantes, na sede do governo de São Paulo, que 30 delegados de polícia do estado formalizaram suas aprovações no curso superior de polícia edição 2016, integrando um seleto grupo de notáveis da Polícia Civil de São Paulo. Dentre eles, estavam o delegado de Bertioga José Aparecido Cardia, que foi prestigiado pelo atual prefeito Mauro Orlandini e pelo futuro, Caio Matheus, além de vários amigos

Prefeito eleito Caio Matheus, José Aparecido Cardia, Luci Cardia e o comunicador Ribas Zaidan

O renomado advogado Paulo Liporoni e a delegada Adriana Sampaio

Ribas Zaidan, Roberto Zaidan, Vanessa e Caio Matheus, o secretário da Segurança Pública Magino Alves, e Cardia

Cardia, o advogado José Leandro da Silva e o empresário Martinho Marques

Edivania e Euclides Mores, empresários de gastronomia da Riviera de Bertioga

Fernando Cardia, José Cardia, Carlos Afonso, Martinho Marques e Euclides Morés Pedro Luiz Bainietti, também formando, na companhia de sua linda família

Roberto Zaidan, Vanessa e Caio Matheus, Magino Alves, Youssef Abou Chain, delegado geral da Polícia Civil e o prefeito Mauro Orlandini

O casal Carlos Afonso Gonçalves da Silva, Claudia Monzani, os filhos Carlos e Maria Clara

Foi uma honra cumprimentar Juliana e o eterno delegado geral de polícia Marco Antonio Desgualdo com os formandos Antonio Desgualdo e Ivalda Aleixo


O também formando Ricardo Luiz de Paula Martinez, delegado seccional de Bauru, com as filhas Isabella, Giovana e a mulher Inez

O notável delegado de polícia Luiz Ferreti, Lena Paschoalini e os filhos Isabella e Luiggi

Laercio Ceneviva, a promotora de Justiça Flávia Cristina Merlini e filhos

Varandas Carvalho, José Cardia e esta colunista

Edmundo Gomes e Marta Pastro Ferreira Gomes

O casal Bento da Cunha Jr. e Rosângela, a filha Sarah e o namorado Nicholas Beki

Fernando Shimidit com a mãe Marina e o irmão Evandro

O delegado Paulo Dantas, Fernando Cardia e Fernando Shimidt

Milson Calves, Fábio Pinheiro, Marcon Antonio Braga, Cícero Costa e João Giorgius

Os formandos em foto histórica

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Além do dia especial, como sempre acontece, o Rotary Club Guarujá recebeu o governador do Distrito 4.420, e, simultaneamente, entregou o título de Sócio Honorário ao empresário Luiz Menezes. Em destaque, a mesa que presidiu a reunião estava composta por: José Roberto Vitti, Elaine Campos, a primeira-dama rotária Andréa Perezin, o governador Ronaldo Tadeu Caro Varella, nosso presidente Eduardo Longaretti, Mônica Higashiomma Varella, Hugo Damião Cosme, Antonio Duarte e Luiz Antonio Negrão

O clique todo especial no empresário e rotariano Jorge Castelão

O empresário Luiz Menezes exibe orgulhosamente o título recebido; nesta foto, com o presidente rotário Eduardo Longaretti (à esquerda) e o governador do distrito 4.420 Ronaldo Tadeu Caro Varella

Vale a pena conferir a amizade entre o empresário Jorge Castelão, Antonio Mariano e Arthur Albino dos Reis

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O momento mais especial durante a solenidade foi a entrega do título de Sócio Honorário ao empresário Luiz Menezes, que muito tem feito para a sociedade e cooperação com a comunidade carente

O casal Sergio Costa e Erica Costa com o filho Pietro e o presidente Eduardo Longaretti e sua esposa Andreia

A atuação do diretor de protocolo do Rotary Club Guarujá, Marcelo Brandão Araujo Gomes, com sua eleita

Pessoas dedicadas ao próximo, dando sempre de si, para uma sociedade mais justa. O empresário Luiz Menezes e o médico e rotariano Guaracy Reis

Eduardo Longaretti, Wellington de Andrade, Luiz Menezes, Ronaldo Tade Caro Varella, Luiz, Negrão, Guaracy Reis e Célio Maciel. Felizes com o título recebido pelo amigo Luiz Menezes

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#AMOVIVERAQUI

Ser a idealizadora de projetos urbanísticos reconhecidos nacional e internacionalmente como modelos de ocupação urbana, faz da Sobloco uma empresa à frente de seu tempo, preocupada em desenvolver espaços planejados e sustentáveis onde as pessoas tenham excepcional qualidade de vida e amem viver.

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