B&co 158

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ao leitor Foto Luciana Sotelo

ANO XIV - Nº 158 - AGOSTO/2015 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Audrye Rotta (Mtb 76.077/SP) audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin

Elas vão à luta, mesmo! Tatames, ringues e octógonos passaram a ser terreno comum ao público feminino

aline@costanorte.com.br

nos últimos anos. Elas invadiram as academias, os centros de treinamento e as compe-

Revisão

como no mercado de trabalho, conquistam cada vez mais espaço nos esportes antes

Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP)

tidos como ‘masculinos’. Em um país no qual os números de violência contra a mulher assumem patamares alarmantes, é justo e aconselhável que elas busquem meios próprios de proteção. E a defesa pessoal é uma delas. As praticantes garantem que a técnica e a força adquirida lhes dão maior confiança para encarar o dia a dia e os imprevistos que podem surgir a qualquer tempo. Há outro fator, este bem feminino, que tem atraído as mulheres para este universo de combate, os ganhos estéticos. É que depois de uma hora, ou mais, de muitos golpes, sejam eles com as pernas ou com os braços, muitas calorias vão-se embora e a praticante ganha um corpo bem definido, bem como condicionamento físico. Nossa reportagem de capa mostra a ascensão das mulheres nas mais diversas modalidades disponíveis e os benefícios desta escolha. São tantas as vantagens, que os homens também estão convidados a ler e a praticar. Vamos à luta! .

Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Karlos Ferrera, Luciana Sotelo, Luci Cardia, Marcus Neves Fernandes, Maria Helena Pugliesi, Marina Veltman e Sheila Mazzolenis Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

tições, em uma mostra clara de que, literalmente, encaram qualquer batalha. E, assim

Eleni Nogueira


Obras iniciadas

Seu cenário permanente em Bertioga. WILSON CECCON a r q u i t e t o

Perspectiva artística

Perspectiva artística fachada frontal

Terraço panorâmico com churrasqueira

do apartamento de 125,56 m²

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Gerenciamento da construção

Informações

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Intermediação

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Incorporadora Mare SPE Bertioga Ltda. Rua Turiassú nº 390, cj. 55, Perdizes, São Paulo/SP, CEP 05005-000. Memorial de incorporação registrado na matrícula 81.781 do 1º C.R.I Santos. CRECI 18981-J.


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Premier Design Premierdesign.moveis Blog: piccolliepremier.blogspot.com.br quitetalaurapicoli.blogspot.com.br

Ar-

Decore esses


Nomes para decorar sua casa


Foto Marina Veltman

22 Uma ajuda bem-vinda ao paisagismo

Foto Ronaldo Andrade

30 O skate como ferramenta social

E mais... Comportamento 12 Decoração 46 Moda 54 Destaques 58

Foto KFPress

Flashes 60 Celebridades em foco

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Alto Astral

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Foto Jozsef Szoke/Freeimages

50 A versatilidade da canela

Foto Divulgação

44 O futuro sustentável bate à porta

Capa

O boxe no universo feminino Foto Nejron Photo / Shutterstock

Foto Mar Franz

Fundação 10 de Agosto pág. 38




comportamento

Mulheres na luta

Elas querem ter um corpo sarado, mas também, desenvolver defesa pessoal para se sentirem mais seguras

Foto Luciana Sotelo

Por Luciana Sotelo

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Beach&Co nº 158 - Agosto/2015


Foto Luciana Sotelo

Professor Joe com suas alunas de taekwondo: um orgulho que ele não esconde, pois, para ele, toda mulher deve buscar seu espaço

Foi-se o tempo em que luta era uma atividade exclusivamente masculina. Dane White, o atual presidente do Ultimate Fighting Championship (UFC), o empresário mais poderoso da bilionária indústria do Mixed Martial Arts (MMA) que o diga. No passado, ele chegou a falar que uma mulher jamais colocaria os pés dentro de um octógono do UFC, porém, o destino deu um nocaute em suas palavras. Ele nem sequer imaginava que, um dia, protagonistas do universo feminino seriam a atração principal de um dos seus eventos. Foi assim no último mês, no dia 1 de agosto. Honda Rousey, a lutadora mais vencedora do planeta, precisou de apenas 34 segundos para liquidar a for-

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te brasileira Beth Correia, aos olhos do mundo inteiro. Do combate eletrizante para a vida real, cada vez mais as mulheres provam que não precisam de cerimônia para se tornar mais seguras de si. Sim, elas estão interessadas em se defender e, de quebra, querem ficar com o corpo sarado. Não é para menos que as aulas de modalidades como boxe, muay thai, caratê, judô, taekwondo, MMA, jiu-jítsu e outras lutas são cada vez frequentadas por elas. Além de possibilitar autoconfiança, as atividades que envolvem as lutas são mais agressivas para acabar com as indesejadas gordurinhas, que tanto as aborrecem. E por que não unir o útil ao agradável? Então, vamos à luta!

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Foto Luciana Sotelo

Bira treina a potência dos socos de Diana, aluna que se encantou pelo esporte à primeira vista

BOXE Criado no século XVIII, exclusivamente para o confronto entre os homens, o boxe começou a ganhar espaço entre as mulheres por volta dos anos 1990. Hoje, elas representam um público fiel, que procura na modalidade uma forma rápida de queimar calorias, modelar a silhueta e ganhar disposição para enfrentar o dia a dia. De acordo com o professor Ubiratah Santos da Costa, que dá aulas de boxe profissional e também o social, as mulheres querem ficar com o corpo em dia, e como no boxe elas pulam, correm e se movimentam o tempo todo, os resultados logo aparecem. “O condicionamento físico melhora muito, a gente aquece, alonga, pula corda, faz ginástica, trabalha a cintura com os movimentos de esquiva. A parte aeróbica é muito intensa. É possível perder fácil um quilo por treino, se tiver comprometimento”. E mais um golpe de mestre: segundo estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, exercícios intensos,

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que trabalham ao máximo o aproveitamento de oxigênio pelo organismo, prolongam a queima de energia até 14 horas depois do fim da malhação. Bira, como é conhecido, explica que a aula tem duração de uma hora e meia e começa com o pré-aquecimento, para melhorar a circulação sanguínea. Em seguida, os músculos são alongados e começa o aquecimento geral. Só depois é que a mulher vai à luta propriamente dita. E nessa hora, fôlego, coordenação motora, raciocínio rápido e inteligência são colocados à prova. Como o boxe trabalha praticamente com todos os músculos, a pessoa adquire condicionamento físico, revela Bira. Outra grande vantagem que as mulheres gostam, explica, é que os músculos ficam definidos e não inchados. “Por causa dos movimentos repetitivos, a gordura seca e o exercício serve para definir o corpo sem aumentar a massa muscular”. E sabe aqueles dias em que você quer esmurrar alguém para se livrar do estresse? Nada melhor que o saco de areia para liberar todo estresse. “Não tem nada me-

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lhor. Você desconta a raiva treinando a potência do soco e ainda libera toda tensão”. Para a concentração, o exercício também é excelente, garante o treinador. “É preciso estudar os movimentos do adversário, treinar a concentração e ser esperto para conseguir ganhar uma luta”. Não é por acaso que as mulheres já representam em torno de 50% dos alunos de Bira. Diana Fernandes Pego, de 25 anos, é uma dessas seguidoras. A engenheira civil decidiu experimentar a atividade por indicação da irmã e se apaixonou. Hoje, ela faz quatro aulas por semana. “Eu queria aprender a me defender e também ter uma boa resistência física. Achei muito bom. Saio da aula quebrada, sinto que todo meu corpo trabalhou e essa sensação me faz muito bem. No futuro, quem sabe, acho que quero começar a competir”. Há quem leve o esporte ainda mais a sério. Nadja Jesus Santos, de 32 anos, é uma das alunas cinco estrelas, ela coleciona títulos: já foi tri-campeã paulista, seis vezes campeã dos Jogos Abertos

e três vezes vice-campeã brasileira. Quando mais nova, acompanhava o boxe pela televisão, vendo ícones como Maguila e Popô, mas achava tudo muito violento. Até que, aos 21 anos, fez uma aula experimental com o interesse de obter fortalecimento muscular no joelho e perder peso. Mas isso logo foi superado pela vontade de competir e, após a primeira luta, não parou mais. “O boxe me ensinou a ter disciplina. Eu pesava 82 quilos e fiquei com 75, aprendendo a comer direito”. Outra vitória fora dos ringues de que Nadja se orgulha é estar cursando faculdade de educação física. “Mais uma conquista do boxe na minha vida, porque eu pretendo seguir carreira, dar aulas e ainda trabalhar a modalidade com crianças carentes”. Bira também sentiu na pele os benefícios do boxe. Na época em que treinava pesado, perdeu 30 quilos em apenas três meses e conseguiu vencer diversas competições. “No meu histórico, tenho 76 lutas e 58 vitórias. Tenho dois troféus de campeão paulista, um de vice-campeão sul-americano e já fiz parte da Seleção Brasileira de Boxe, de 2003 a 2005.

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Diana e Nadja: uma treina forte para adquirir resistência física e, a outra, para melhorar a performance nas lutas em que participa

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comportamento

TAEKWONDO Dos ringues para o tatame, o taekwondo é outra arte marcial que vem conquistando as mulheres, pois proporciona o equilíbrio perfeito entre o corpo e a alma. Além de exigir energia dos principais grupamentos musculares, é preciso agir com sabedoria. O professor Jorge Luiz de Campos, conhecido como Joe, de 54 anos, conta que existem dois tipos de taekwondo: o esportivo e o de defesa pessoal, que ele ensina. “Esse é para a pessoa que não quer competir, quer apenas aprender a se defender e ter mais qualidade de vida”. Ele explica que o aluno treina todo tipo de luta e destaca como principais golpes o soco, chute, torção, projeção, queda e mobilização no

solo. Já para a mente, trabalha a meditação e os ritos tibetanos, que são exercícios de ioga que geram energia. A aula tem duração de 1 hora e se divide em alongamento, aquecimento, meditação, prática de golpes e, por fim, a luta. “Para a modalidade, é importante essa rotina”. E para as mulheres decididas também. Ele afirma que já chegou a ter mais alunas do que alunos, entretanto, hoje, a proporção é bem dividida, meio a meio. “É importante a mulher buscar o seu espaço, querer aprender uma forma de se defender, a violência é muito grande, inclusive, doméstica. Fora que a autoconfiança melhora e ela se torna uma pessoa muito mais independente”, argumenta o professor, que pratica o taekwondo desde 1976.

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Na aula de taekwondo do professor Joe, o tatame é democrático, com espaço para homens e mulheres lutarem em harmonia

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Giovana luta de igual para igual com oponente do sexo masculino; Julia exercita os socos e Jennie segue os passos do pai

O esporte é mesmo dinâmico e motivador. Uma de suas filhas resolveu seguir os passos do pai, ou melhor, os golpes. Jennie Campos, de 13 anos, passou a frequentar as aulas com 5 anos; logo se encantou e passou a disputar torneios também. “Eu não fico doente com frequência, tenho segurança em mim, disposição e ritmo. Treino duas vezes por semana e já estou na faixa vermelha com ponta preta”. Julia França, de 15 anos, também cita os pontos altos da modalidade após um ano de treino. “Eu passei a ter mais foco nas coisas. Melhorei

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minhas notas na escola e não tenho mais medo de sair na rua e sofrer algum tipo de violência. Eu era muito nervosa e agora, estou mais tranquila”. Giovana Shammass, de 16 anos, também faz parte dessa turminha. Ela iniciou na luta aos 8 anos e, atualmente, já é faixa preta, grau dois. “Eu entrei porque tive problemas na escola com outras meninas. Meu pai me incentivou para que eu tivesse mais confiança. Também era bem gordinha e consegui emagrecer bastante. Me sinto de bem com a vida e preparada para qualquer situação de risco”.

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comportamento

Mayla descobriu o krav magá há seis meses e já se sente mais confiante e decidida

KRAV MAGÁ Como as exigências da vida feminina são variadas e, muitas vezes, inesperadas, é fundamental aprender a dominar o corpo e os sentidos por meio de estratégias precisas. É por isso que muitas mulheres já descobriram o krav magá, uma técnica de combate israelense que tem como objetivo o golpe certeiro, ou seja, o fim do adversário em poucos segundos em situações de risco.

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Para um país que, em 2012, registrou mais casos de estupros, em números absolutos, do que de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) e que publicou no 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que as agressões contra as mulheres atingiu o marco de 50.617 ocorrências no ano de 2013, contra 47.136 assassinatos, ter atributos como reflexo

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apurado e disciplina militar é estar um passo adiante de tamanhas atrocidades. Há alguns anos, a professora Carolina de Almeida, de 28 anos, passou por uma situação dessas, por esse motivo, procurou pela defesa pessoal. “Eu sofri uma tentativa de estupro e mesmo sem saber me defender, acabei conseguindo fugir, mas o agressor machucou bastante o meu pescoço. Por sorte, deu tudo certo, mas tenho certeza absoluta que se fosse hoje, eu teria me saído muito bem e anulado ele”. Sem pestanejar, ela decidiu procurar ajuda e encontrou a segurança que precisava no krav magá. E essa mesma tranquilidade, há um ano, procura ensinar aos alunos. “Trabalhamos com foco nos pontos vitais do agressor. Para a mulher, por exemplo, que é, no geral, mais fraca, não tem como medir força; ela precisa usar a força dele contra ele mesmo. Quem pratica o krav magá não troca socos com o agressor e, sim, resolve a situação em um ou, no máximo, dois golpes definitivos”. No total, a modalidade oferece 78 tipos de chutes e 38 golpes de mão. Além disso, explica Carolina, tem toda a parte de defesa pessoal que envolve as chaves policiais e as saídas de estrangulamento de frente, costas e lado. A aula tem duração de uma hora e engloba conceitos de consciência corporal, coordenação motora, exercícios aeróbicos e a defesa propriamente dita. “Fazemos tudo para que, ao sofrer a ameaça de agressão, seja com bastão, faca ou arma de fogo, o aluno esteja apto a se defender”. Assim como nas artes marciais, a maioria de suas alunas chega com o intuito de perder peso, porém, isso logo muda. “Ao perceber que é capaz de derrubar o oponente, a pessoa toma gosto pela defesa pessoal”.

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Fotos Luciana Sotelo

No krav magá, é possível aprender 78 tipos de chutes e 38 golpes de mão

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comportamento

Carolina ensina a derrotar o oponente em, no máximo, dois golpes

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Essas técnicas usadas pelo exército israelense são contemporâneas ao nascimento do Estado de Israel, em 1948, e foram criadas e desenvolvidas pelo mestre húngaro Imi Lichtenfeld. No curso clássico, os praticantes se graduam pelo sistema de faixas. A amarela, primeira após a branca, pode ser alcançada após seis meses de treino. Embora a violência esteja presente a todo momento, Carolina deixa claro que, durante a aula, ninguém se machuca, há um zelo pela integridade física dos alunos. “Ninguém sai daqui aprendendo a ir para as ruas brigar, ou fazer o que não deve. Pelo contrário, a ideia é se defender apenas em momento de risco de vida”. Nas aulas de Carolina, a maioria dos adeptos ainda é composta de homens, mas as mulheres estão descobrindo essa modalidade aos poucos. “Tenho dez por cento de mulheres, mas a procura vem aumentando muito”. Mayla Diotti Crantschaninov, de 27 anos, já descobriu o potencial dessa luta. “Fiz uma aula teste por indicação de um amigo, para saber lidar com imprevistos na rua. Nunca tinha ouvido falar, mas a partir do momento que conheci, me descobri. Eu mesma não sabia que queria tanto aprender esse tipo de defesa pessoal”. Normalmente, a menina é incentivada a aprender balé ou patinação e acaba ficando refém do cotidiano. Não sabe nem se proteger de um simples tombo na rua, aponta Mayla. “Com o krav magá, a gente aprende muita coisa, até mesmo a saber cair sem se machucar, num eventual tropeço na rua”. Em treinamento há seis meses, Mayla já se sente satisfeita com a descoberta. “Eu sempre trabalhei em locais não muito bonitos como porto e zona industrial. Querendo ou não, a gente se sente um pouco desprotegida. Fora que o meio é bem masculino. E ter uma segurança em si mesma não tem preço. A mulher que se garante, já muda toda sua postura e consegue ser mais feliz”.

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meio ambiente

O viveiro produz cerca de 65 mil mudas ao ano

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Fotos Marina Veltman

Uma árvore para chamar de sua

Viveiro Municipal de Ilhabela oferece consultoria paisagística gratuita, além de doação de mudas nativas

Por Marina Veltman Ter um lindo quintal, sombreado, com muitas árvores frutíferas e flores, atraindo passarinhos e animais nativos de nossa região parece um sonho, certo? Porém, muitas vezes, a escolha da árvore certa para o espaço disponível, a forma correta de plantio e a aquisição das mudas acabam sendo uma dor de cabeça, quando não se transformam em um completo pesadelo. Não são raros os casos de árvores que crescem mais do que o planejado, e acabam por afetar a rede de fiação, ou com raízes profundas, que danificam o sistema hidráulico e de esgoto, ou mesmo a área pública, trincando calçadas e muros. Para evitar esse tipo de transtorno, o município de Ilhabela oferece ao público um serviço de consultoria paisagística. Gratuito, o atendimento garante avaliação da área disponível para plantio, por meio da análise de fotos, assim como descrição dos tipos de espécies que se adequam melhor ao espaço em questão, a melhor forma de cultivo e dicas de combinações paisagísticas para garantir que o local - seu jardim, quintal etc . - fique o mais bonito e funcional possível.

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meio ambiente Fotos Marina Veltman

André Miragaia, secretário de Meio Ambiente, defende a difusão de mudas nativas em prol do equilíbrio do bioma local

Ao atingirem 15cm, as mudas estão prontas para ser levadas à área externa, onde recebem iluminação e irrigação reduzidas, próximas ao natural

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André Luiz Miragaia, secretário de Meio Ambiente de Ilhabela, explica: “Avaliamos primeiramente a segurança, com indicação apenas de árvores que não acabem virando um estorvo para os interessados. Uma comparação que fazemos é da pessoa que pega um filhote acreditando ser um cachorrinho de pequeno porte e, depois, descobre que é um dobermann. Entender exatamente qual o perfil e porte que aquela muda tomará é essencial para evitar uma série de dores de cabeça”. Além desse suporte mais prático, a secretaria oferece consultoria paisagística, atendendo aos anseios dos interessados em fazer plantios. “Consideramos o que busca o proprietário do espaço, se a ideia é ter mais árvores frutíferas, atrair pássaros, flores o ano inteiro, etc. Às vezes, o indicado, de acordo com o tipo de espaço, é plantar primeiramente um tipo de espécie, que, ao crescer, ofereça um sombreamento que permita, na sequência, o cultivo de outras espécies. Indicamos árvores que se adequem ao espaço, que componham um visual atrativo, que conversem bem entre

si, tudo de acordo com a vontade de quem busca realizar o plantio”. Porém, o atendimento não se limita à consultoria gratuita. Interessada em estimular o florestamento da região e o cultivo de árvores típicas, necessárias para o equilíbrio do nosso bioma, a prefeitura de Ilhabela fornece, gratuitamente, mudas de espécies nativas, prontas para o plantio, à disposição dos interessados no Viveiro Municipal de Mudas Aroeira.

Leve uma árvore para casa Em meio ao exuberante Parque Municipal das Cachoeiras, o viveiro de Ilhabela ocupa uma área discreta, de pouco mais de mil metros quadrados, mas que surpreende pela produção: ali são cultivadas anualmente cerca de 65 mil mudas, de plantas nativas e ornamentais, utilizadas em ações de replantio, compensação ambiental e paisagismo urbanístico do município. Tiago dos Santos Oliveira, supervisor administrativo do viveiro, diz: “É um viveiro de porte um, o menor que tem, mas temos uma produção grande o suficiente

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Plante sem estresse

Fotos Marina Veltman

para atender toda a demanda da prefeitura e ainda garantir um estoque razoável para atendimento ao público”. Responsável pelo consumo de 80% da produção, a prefeitura de Ilhabela utiliza as mudas nos programas de arborização da cidade, em ações como a do paisagismo e reflorestamento do entorno do rio Perequê, que corta o município. O local recebeu, em 2014, o plantio de 491 árvores, dando uma cara nova ao leito do rio. “Fizemos uma seleção específica de espécies para beira-rio. Além dessa ação, temos constantemente o plantio em praças, jardins, canteiros... “, conta o supervisor. As mudas de árvores nativas, expostas para os visitantes do espaço, aberto ao público, estão à disposição dos interessados, sem custo algum. Pés de goiabeiras, araçás, ipês roxos, ipês amarelos, paus-brasil, quaresmeiras, pitangueiras, helicônias, entre muitos outros, são ofertados gratuitamente, desde que em quantidades pequenas. “Algumas unidades nós doamos sem nenhuma burocracia. É só nos visitar e levar a muda, desde que esteja disponível. Já para retiradas grandes, de mais de dezenas de unidades, é necessário um pedido e autorização oficial da prefeitura”, explica Tiago. Sobre o interesse da administração no plantio das espécies por parte do público, o secretário de Meio Ambiente André Miragaia destaca o importante papel das árvores nativas para a fauna local. “Temos uma grande biodiversidade de polinizadores, insetos, aves, que usam essas espécies como abrigo e alimentação. Trabalhando com essas plantas, típicas da região, estamos levando um pedaço da floresta para a área urbana, auxiliando no equilíbrio do nosso bioma”. Outra vantagem do cultivo de plantas nativas é o controle de pragas, já que, por

Para garantir que a sua muda não se transforme em um estorvo no futuro, siga as seguintes dicas: - Verifique o tamanho que a espécie a ser plantada pode atingir. - Respeite uma distância mínima de 1,5m de muros e paredes, para que a árvore não afete tais estruturas após seu crescimento. - Não plante próximo a beirais. - Mantenha distância da rede coletora de esgoto, água e fossas, para que as raízes, ao crescerem, não afetem essas estruturas. - Não plante sob a rede de fiação elétrica ou telefônica. A planta pode crescer e romper a fiação. - Considere um quintal de 12m² como área mínima para o plantio de árvores de porte médio.

Diversas espécies se encontram em condições de remoção, bastando solicitação dos visitantes

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meio ambiente Cultivo é feito em sementeira, com areia fofa, que não agride a raiz no momento de transplante da planta

Fotos Marina Veltman

serem originalmente utilizadas pela fauna local, elas são a opção natural para uma série de insetos que, na falta dessas árvores, acabam buscando e afetando outras plantas, não preparadas para essa interação. “E não podemos esquecer que a existência de árvores na cidade ajuda na regulação do clima, ofertando conforto térmico, auxiliando na infiltração de água, o que ajuda no combate a enchentes, e também auxilia

no controle de erosões”, destaca Miragaia. Tanto cuidado reflete-se na beleza cênica e de arborização de Ilhabela, que possui 85% de sua área composta por área de preservação, e, ainda assim, outros 5% em florestamento urbano, o que garante a expressiva marca de 600 árvores por habitante, segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente. Outro papel do Viveiro Aroeira é o de conscientização ambiental. O espaço recebe visitas de alunos das escolas da cidade, ao longo de todo o ano letivo. “Você só preserva o que você conhece, o que você dá valor. Nós apresentamos as espécies aos alunos, divulgamos a importância delas no combate a problemas como a seca que enfrentamos atualmente, apresentamos

Área externa é ampla, com corredores para visitação e avaliação das mudas

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Fotos Marina Veltman

Vista da praia de água doce, localizada em frente ao viveiro

a relevância da conservação no nosso cotidiano. Geramos consciência ambiental através da educação”, conta o secretário de Meio Ambiente. As excursões também contemplam visitas à produção de horticultura orgânica e a entrega de mudas para os alunos. “Eles se familiarizam com as plantas, com o cultivo, com nossas espécies. É muito agregador”. Além da visita, palestras e aulas são realizadas no auditório municipal, localizado ao lado do viveiro. Independente da escolha de mudas para

plantio em sua residência, que pode ser feita com a consultoria ofertada pelos técnicos presentes no local, a visita ao viveiro, por si só, já vale o passeio. Em frente a um amplo deque que se estende sobre o rio Perequê, com vista para praias de água doce e som de cachoeiras ao longe, o local surpreende pela variedade de árvores, organizadas de forma agradável ao passeio, além de atrair inúmeras borboletas e passarinhos. Em meio a tamanha beleza, é fácil nos esquecermos da razão inicial da existência do local: a doação e cultivo de mudas.

Com cerca de um metro de altura, as plantas são liberadas para doação


meio ambiente

Fotos Marina Veltman

Espécies como helicônias, ipês, guapuruvus, goiabeiras e paus-brasil estão à disposição do público

Entenda o processo de cultivo

Serviço Viveiro Municipal Aroeira Funcionamento para público: 2ª a 6ª feira, das 10h00 às 17h00 Telefone: (12) 3896 6485 Rua José Bonifácio, s/nº, no Parque Municipal das Cachoeiras, na Água Branca

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Para se criarem as mudas ofertadas no viveiro, são retiradas sementes de diversas espécies da floresta local. As sementes passam então por um beneficiamento de acordo com o tipo e necessidade da espécie. Tal tratamento recebe o nome de ‘quebra de dormência’, que pode ser feito por meio de choque térmico - água quente e fria, simulando a diferença de temperatura entre o topo da árvore e o solo; escarificação - raspagem da semente, simulando a ação de roedores; entre outros. Após beneficiada, a semente é colocada em sementeiras, que são vasos com areia úmida, aguardando a germinação. Esse processo pode variar em 10 dias (como no caso do guapuruvu) a seis meses (tempo necessário para germinar uma palmeira jussara, por exemplo). Após sair o primeiro talo, a planta é retirada da sementeira com facilidade, já que a areia não agride a raiz na remoção, e colocada em pequenos vasos de terra, em estufa, na qual a solarização, temperatura e irrigação são controladas. Quando atinge 15 centímetros de altura, a planta é considerada uma muda, e transferida para seu desenvolvimento final fora da estufa; recebe então iluminação e irrigação reduzidas, e se adapta paulatinamente à sobrevivência sem supervisão, sendo preparadas especificamente para cada tipo de destino. Ao atingir um metro de altura, a muda é considerada pronta para ser retirada seja para doação ao público ou para uso da administração pública.

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Foto Ronaldo Andrade

esporte

& cidadania

Skate

para a molecada

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Ou, receita de como uma iniciativa individual pode colaborar com a mudanรงa, para melhor, de toda uma comunidade Pista de skate da Praรงa Palmares

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esporte Por Luciana Sotelo Para quem é jovem e vive pelas esquinas em uma comunidade carente, ter um objetivo para sair de casa pode fazer a diferença. Esse foi o pensamento de Sandro Marques de Oliveira, há alguns anos. Hoje, ele poderia ser apenas um trabalhador portuário, um operador de empilhadeira, mas ele esperava mais da vida e, assim, decidiu ser o padrinho de dezenas de crianças e adolescentes, que foram batizadas no skate e passaram a autores da própria história. Tudo começou por acaso, com um ‘empurrãozinho’ do destino. Desde os 16 anos, Sandro sempre foi fascinado pelo skate. Morador do bairro Jockey Club, em São Vicente, não contava com infraestrutura para a prática do esporte, porém, com a ajuda dos amigos, construiu ram-

pas de madeira improvisadas para se divertir e aperfeiçoar no hobby. E, assim, os anos foram passando, os garotos se tornaram maduros. Sandro, em especial, formou uma família e com a chegada do primeiro filho do sexo masculino, ele não pensou duas vezes, queria passar os conhecimentos adquiridos no skate para o primogênito. “Tínhamos uma praça abandonada, escura e perigosa que poderia se transformar numa pista de skate, num local bacana e muito bem aproveitado. Por que não, eu pensei?”. A partir dessa interrogação, uma verdadeira maratona de iniciativas transformou a realidade do bairro. O primeiro passo dado pelo atleta foi conseguir apoio maciço da comunidade. Ele conta: “Para a vontade sair do papel, fui con-

Foto Luciana Sotelo

O que começou como uma brincadeira de pai para filho transformou-se num projeto social capaz de transformar vidas

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Fotos Luciana Sotelo

versar com um vereador. Ele me disse que seria possível apostar na minha ideia, mas eu teria que conseguir três mil assinaturas num abaixo-assinado”. Só assim a reivindicação teria força. Com esse impulso, Sandro e os amigos amantes do skate correram em busca da meta. “No final, conseguimos superar o número pedido. Para nossa alegria, conseguimos cinco mil assinaturas e o pedido foi aceito”. Eis que no ano 2000, a pista de skate na praça Matteo Bei foi inaugurada e Sandro passou a ensinar o filho, apenas como um pai dedicado, sem compromisso. “Era prazeroso ver os primeiro passos do meu pequeno no esporte”. Mas, em 2006, a história começou a tomar um rumo diferente. O filho de Sandro, já com seis anos, passou a ter ‘aulas’ mais frequentes. Outro amigo, também skatista, começou a treinar firme o filho. Tamanha motivação chamou atenção da garotada ao redor. Logo, surgiram primos, colegas, vizinhos e desconhecidos. A dupla percebeu que não estava mais apenas em família. “Quando olhamos ao redor, já tínhamos com a gente dezenas de interessados. Ficamos felizes e assustados ao mesmo tempo, pois não havia skate para todo mundo”, lembra Sandro. Pondo em ação seu espírito empreendedor, o operador de empilhadeira não se abateu e, mais uma vez, arregaçou as mangas para driblar as dificuldades. “Fiz uma campanha com lojistas e consegui cinco skates. Esses equipamentos duraram pouco tempo diante de tantos praticantes. Foram dois anos de uso diário e tudo se acabou”. Diante de mais um impasse, Sandro teve certeza de que era preciso arriscar uma manobra radical e definitiva. Com a ajuda de um amigo de infância, Odalmir Martins, que participou de toda trajetória de luta e conquistas, resolveram recorrer aos governantes, outra vez. Entretanto, agora, para receber ajuda, segundo Sandro, o ‘salto’ deveria ser mais audacioso. “Eu tinha que formalizar uma escolinha de skate, aceitar de vez aquela responsabilidade que o destino colocou para mim. Era preciso criar uma associação. Para receber doação, eu tinha que ter um CNPJ. Não foi uma decisão fácil. A responsabilidade seria imensa, mas sabíamos que a satisfação viria de imediato também. É muito gratificante fazer parte da vida desses jovens”.

Sandro, com a ajuda do amigo de infância Odalmir, encarou diversos revezes até conquistar seu objetivo. Abaixo, quando Sandro recebe doações, utiliza critérios como o de boas notas para presentear a garotada. À frente, agachado, Maurício Rodriguez, da marca OWL

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esporte Fotos Luciana Sotelo

Emanuel, 16 anos, pretende seguir carreira. No início, ele nem sabia se equilibrar e, hoje, já arrisca participações em campeonatos

Em 2008, nasceu a Avera - Associação Vicentina de Esportes Radicais. A entidade recebeu dez skates, joelheiras e cotoveleiras para os praticantes. O que começou como uma brincadeira de pai para filho transformou-se num projeto social capaz de transformar vidas. De lá para cá, o projeto vem promovendo a inclusão de crianças e adolescentes, de 4 a 17 anos, não apenas no esporte como também na sociedade. Isso porque Sandro e Odalmir decidiram complementar o aprendizado com noções de cidadania, valores e responsabilidade.

Palestras

Todo domingo, às 9 horas, antes da prática do skate, os participantes reúnem-se para um bate-papo informal. Assuntos: família, escola, cidadania

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Todo domingo, às 9 horas, antes da prática do skate, os participantes reúnem-se para um bate-papo informal, obrigatório. Primeiro, ouvem uma palavra de reflexão. “Falamos sobre Deus, independente de religião, e a importância da fé”. Em seguida, o conteúdo trata da família. “É preciso ter respeito, obedecer aos pais e ser um bom filho. O lar é a base do indivíduo”. Por fim, a conversa é sobre escola e deveres, afinal, para participar do projeto é necessário estar frequentando o colégio. “Nosso objetivo maior é integrar escola, família e esporte. Queremos que esses meninos sejam bons cidadãos, excelentes pais de família. Nossa luta é para acabar com a ociosidade das ruas. Hoje, é muito fácil estar à toa e ver que, bem próximo de nós, acontecem muitas coisas erradas”. Nessa sala de aula ao ar livre, não existem provas. Na verdade, os alunos é que são colocados à prova. Sandro explica que, quando recebe doações, seja de equipamentos, acessórios ou mesmo roupas e calçados, utiliza critérios como o de boas notas para presentear a garotada. “Também recebemos os pais e aquele que der o depoimento mais marcante sobre as melhoras do filho é contemplado”.

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Fotos Luciana Sotelo

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Expressões tais como freestyle, slide, frontside passaram a fazer parte do dia a dia dos inseridos no projeto; ao mesmo tempo, todos incorporaram ao dicionário palavras como disciplina, cooperação e respeito. Até nos bem pequenos, que chegam acompanhados dos pais, é possível ver os benefícios do esporte. Guilherme, de 4 anos, vem junto com o pai coruja. Marcone Machado é amigo de Sandro há mais de trinta anos, já participou de diversos campeonatos da modalidade e acompanha de perto o desenvolvimento do projeto. Ele afirma que sentiu necessidade de trazer o filho para aprender, desde bem cedo, a ser uma pessoa melhor, a conhecer seu corpo e seus limites. “A coordenação motora dele já afinou, ele está mais esperto e ativo. Sem contar a alegria que ele sente quando está aqui desempenhando os movimentos”. Sandro explica que o aprendizado básico ocorre em, no máximo, quatro meses, levando-se em conta que a carga horária semanal é de apenas 4 horas. “Tudo depende da dedicação e confiança do aluno”. A metodologia utilizada é a do “caiu, levantou”. Não tem como evitar. Afinal, já no primeiro dia de aula, o aluno aprende a subir e a se posicionar no skate. O segredo é controlar o equilíbrio. Feito isso, é hora de iniciar os movimentos e, na sequência, ter o conhecimento de rampa, o aprender a subir e descer. Ao dominar essa etapa, chega a hora das manobras, que podem ser infinitas. “Essa é a liberdade de expressão que só o skate tem”.

Fotos Luciana Sotelo

Uma das escolhidas, recentemente, foi Úrsula Cristina da Silva Guedes, de 13 anos. Ela ganhou um shape novo por causa do bom rendimento escolar e das mudanças de comportamento. A menina compara seu rendimento pessoal às primeiras subidas no skate. “No começo, eu caia muito e me machucava, assim como tinha atitudes erradas na minha vida particular. Na escola, eu não gostava de estudar, não levava nada a sério. Isso me prejudicava e eu nem pensava. Também não ajudava minha mãe em nenhum dos afazeres domésticos. Com o incentivo da escolinha, eu sei dar valor a tudo isso. Sou craque na escola, na pista e em casa”, diz satisfeita a aprendiz. Entre um tombo e outro, Úrsula não esquece a maior lição de todas: “A gente sempre tem que tentar ser uma pessoa melhor. E eu estou procurando seguir à risca esse conselho. Está dando certo”. Emanuel Marques de Campos, de 16 anos, também contabiliza vitórias. Amante do skate, o garoto pretende firmar-se na modalidade e seguir carreira. Ele entrou para o projeto sem ao menos saber se equilibrar e, hoje, já arrisca participações em campeonatos. “Participei de duas competições. Procuro não faltar nunca nas aulas do projeto e me esforço para superar meus limites. Sei o que quero para mim e isso é muito bom”. As certezas não vêm apenas na pista. Emanuel também testemunha todos os dias o que aprendeu nas palestras. “Escutar pai e mãe é o melhor que temos a fazer, eles só querem o nosso bem”.

O aprendizado básico ocorre em quatro meses, com 4 horas semanais de aulas. A metodologia utilizada é a do “caiu, levantou”, como diz Sandro

Prata da casa Alguns alunos do projeto já são destaque no mundo do skate, caso de Isabelle Menezes, de 13 anos. De acordo com a atleta, ela participou do projeto Avera durante três anos. “Aqui eu aprendi tudo o que sei. Comecei a participar de competições pequenas, no começo, e depois fui ganhando espaço. Até que um patrocinador me viu e resolveu investir”. Atualmente, ela é uma das pratas da casa. Entre os títulos conquistados, destaca o primeiro lugar no Campeonato Paulista. “Não é só isso. Eu aprendi que ser um bom exemplo é muito importante para quem está começando”. No dia da reportagem, Isabelle visitou a pista na companhia do patrocinador para fazer doação de shapes e acessórios para os iniciantes. “Comprovei na realidade que o projeto é muito revelador e decidimos dar esse incentivo”, confirmou Maurício Rodriguez, da marca OWL. 35


Foto Secom/PMS

esporte

Pista de skate do emissário submarino, em Santos

Caminho certo

Guilherme, 4 anos, vai junto com o pai coruja Marcone Machado. Ele quer que o filho aprenda, desde cedo, a ser uma pessoa melhor

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E não é só em casos de sucesso como o de Isabelle que Sandro fica comovido. Ele tem a certeza de que está no caminho certo toda vez que nota o brilho nos olhos dos alunos. Há alguns dias, foi surpreendido com um obrigado. Um aluno agradeceu ter conhecido o skate pelo prisma de Sandro. Oriundo de uma família desestruturada, o menino não via muitos horizontes e, por intermédio do projeto, conseguiu plantar uma semente de otimismo no próprio coração. “Mostrei para ele um caminho diferente daquele único que ele conhecia. E ele aceitou. Isso para mim é mais importante que qualquer coisa. Isso me motiva a ir além, sempre”. Por essas e outras é que o operador de empilhadeira não se cansa da dupla jornada. Ele sonha em conseguir mais patrocínios para ampliar a escolinha e multiplicar esperança entre a molecada.

Roteiro para à prática do skate Em Santos Pista de Skate Praça Palmares - fica no Macuco e é considerada um dos mais tradicionais lugares para a prática do skate na cidade, é do tipo bowl (bacia). Pista do Emissário Submarino, rebatizada com o nome do Chorão, vocalista falecido do Charlie Brown Jr. Localizada na plataforma do emissário submarino, é do tipo bowl suspenso. Pista de Skate do Morro da Nova Cintra - está na reta final das obras. Será uma rampa do tipo plaza, em construção na área da lagoa da Sauda-

de. Vai ocupar uma área de 600m², próxima aos quiosques. O que difere a pista plaza das outras de skate existentes na cidade é que o modelo, comum na Europa e Estados Unidos, reproduz uma praça, só que destinada exclusivamente a manobras da modalidade. Além de rampas, tem obstáculos como degraus, bancos e corrimãos. O projeto foi adaptado de forma a adequar a construção à vegetação existente no local. Em Praia Grande Ao todo, o município conta com seis pistas de skate: street no Espaço Alvorada, no bairro Quietude, no Espaço de Eventos Samambaia (do tipo street, com cápsula, um local parecido com uma piscina onde os skatistas realizam suas manobras), em bairro de mesmo nome, e outra no bairro Boqueirão. Outras duas estão localizadas à beira-mar: nos bairros Aviação (tipo street) e Ocian (estilo bowl). A área de lazer Jacaré FC, no Esmeralda, possui uma pista de skate e um pequeno half-pipe. Bertioga e São Sebastião A pista de skate de Bertioga, localizada na praia da Enseada, conta com three banks (piscinas de 1,5 metro de altura), corrimãos e spanes (rampas curtas em 45º de subida e descida), todos com piso de granilite resinado. O skate park de São Sebastião, localizado na Rua da Praia, conta com variações de transições, bordas, corrimãos e dois bowls. A pista é considerada uma das maiores do país.

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comportamento

Fundação 10 de Agosto

Uma entidade dedicada à

formação de cidadãos São 22 anos de prática contínua voltada para o atendimento de crianças, jovens e adultos de Bertioga Por Sheila Mazzolenis

Estimular e criar oportunidades para a formação de cidadãos comprometidos com a sociedade e o meio ambiente: este era o sonho do engenheiro Luiz Carlos Pereira de Almeida, diretor superintendente da Sobloco Construtora, acalentado durante décadas e, finalmente, materializado em 1993 com a criação da Fundação 10 de Agosto (FDA), uma entidade civil, de benemerência, voltada para o atendimento de crianças, jovens e adultos de Bertioga. Instituída pelas empresas Sobloco, Praias Paulistas e Cia. Fazenda Acaraú, a Fundação teve como primeiro objetivo arrecadar fundos para a construção da Capela Nossa Senhora das Graças em uma área do Módulo 28 doada pelas próprias empresas. Rapidamente, essa iniciativa atrairia a atenção de proprietários de imóveis e empresários da região, que, por meio de doações, contribuiriam decisivamente para dar início à sua construção, um projeto do escritório de arquitetura Adolpho Lindemberg, e primeira etapa do sonho de Luiz Carlos Pereira de Almeida. Em menos de três anos, a capela foi inaugurada. Singela, a construção seguia as linhas da arquitetura colonial brasileira e abrigava, do lado direito da nave, um salão reservado para a realização de cursos gratuitos de capacitação profissional e oficinas de artes e ofícios para crianças e jovens de Bertioga. “Sempre acreditei que, para a edificação de sociedades mais justas, econômica e socialmente saudáveis, a educação não deve se limitar ao aprendizado das disciplinas tradicionais”, comenta Luiz Carlos Pereira de Almeida. “Deve ir além, transmitindo, também, informações técnicas e vivências a pessoas com pouco ou nenhum acesso aos cursos regulares, formando cidadãos qualificados para o mercado de trabalho, conscientes de seus deveres e comprometido com os ideais da sustentabilidade.”

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Fotos Mar Franz

Programação musical da noite festiva passeou por obras de Vivaldi, Mozart, Villa-Lobos, Milton Nascimento, Tom Jobim, Tim Maia, entre outras

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Fotos Mar Franz

A Fundação teve como primeiro objetivo arrecadar fundos para a construção da Capela Nossa Senhora das Graças

Fotos Mar Franz

Projeto Música para Todos estende os trabalhos da Fundação a outros bairros da cidade, por meio de parcerias

Inicialmente, foram oferecidos cursos de artes manuais (tricô, crochê e pintura em tecido) e de formação de copeira e camareira para as mulheres. Os homens podiam optar por jardinagem, manutenção predial e limpeza de piscinas. E para as crianças, havia oficinas de artes e ofícios, incluindo música e marchetaria. A qualidade dos cursos oferecidos despertou o interesse da população, obrigando a Fundação a buscar, a partir de 2009, um local com condições de atender a um número crescente de alunos. Transferiu-se, então, para o amplo espaço do antigo Viveiro de Mudas, uma área cedida em comodato pela Sobloco e Praias Paulistas - no entanto, mesmo um pouco afastada, a FDA continua até hoje responsável pela manutenção da Capela Nossa Senhora das Graças.

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Seriedade e bons resultados Hoje, 22 anos depois, a Fundação é amplamente reconhecida pela seriedade com que é administrada e pelos resultados alcançados por seus instrutores contratados e voluntários. “Fechamos o ano de 2014 com números expressivos”, afirma Beatriz Pereira de Almeida, diretora de marketing da entidade. “Tivemos 1.164 inscrições em 28 cursos oferecidos, e certificamos 815 pessoas. Na área de música, 501 crianças e jovens frequentaram as aulas semanais de musicalização, teoria musical, coral, flauta transversal, teclado, clarinete, saxofone, violino, violoncelo, violão, percussão, práticas de conjunto e as orquestras iniciante e avançada. No curso de marchetaria, 19 jovens aprenderam noções sobre essa técnica milenar e produziram diversos objetos, vendidos em eventos da Fundação - a receita dessas vendas é inteiramente revertida para os alunos. É importante destacar que mais do que aprender uma nova habilidade, todos os alunos frequentam um ambiente rico em amizade e em valores

éticos, e participam de atividades paralelas como passeios ao Centro Cultural São Paulo e ao Teatro Coliseu, em Santos. Essas são experiências incríveis para os alunos, importantíssimas para seu desenvolvimento cultural e social.” A área de capacitação da Fundação também teve grande aceitação e no ano passado, certificou 280 alunos dos cursos de informática, auxiliar administrativo, atendimento ao cliente, cozinha, arrumadeira, manutenção e limpeza de piscinas, e formação de jovens jornalistas.

Música para todos A expansão da Fundação 10 de Agosto é constante e consistente, fruto da criatividade e do planejamento de sua equipe, e do desejo da instituição de alcançar um número maior de alunos. Em 2015, por exemplo, elaborou o Projeto Música para Todos, com o objetivo de romper os limites da Riviera - onde se localiza a sede da instituição - e levar o ensino da música a bairros carentes de Bertioga. Para a realização

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Foto Matheus Gonzaga

O curso de percussão é um dos muitos oferecidos na área musical, que atende 501 crianças e jovens

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Fotos Mar Franz

Alunos, pais, amigos, mestres e autoridades reunidos para celebrar o 22°. aniversário da entidade e homenagear seu idealizador Luiz Carlos Pereira de Almeida

dessa empreitada, formou parceria com duas importantes e ativas organizações do município, a Associação Cultural Internacional da Criança e Adolescente (Acica) e a instituição Boraceia Viva, ao mesmo tempo em que iniciava a implantação de dois dos cinco polos de ensino previstos, um no bairro de Vista Linda e outro em Boraceia. Certamente, esses novos alunos sonharão com o dia em que participarão da Orquestra, do Coral Infanto-Juvenil, do grupo de percussão da Fundação ou da Camerata de Cordas, quatro formações musicais que já conquistaram público cativo em suas apresentações. A última delas, na noite

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de 14 de agosto último, foi especialmente emocionante: no amplo espaço da Pucci Riviera reuniram-se pais, amigos, mestres e autoridades para celebrar o 22°. aniversário da Fundação e admirar o virtuosismo de seus alunos em uma programação musical que passeou por obras de Vivaldi, Mozart, Villa-Lobos, Milton Nascimento, Tom Jobim, Tim Maia, entre outras igualmente bem interpretadas. Contagiados pela emoção e alegria, o público não se fez de rogado: depois de cantar o Parabéns a Você para a Fundação, fechou a noite dançando um bom e brasileiro samba, executado pelo grupo de percussão da entidade.

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ser sustentável

Pioneiros da força verde Com criatividade e ousadia, pesquisadores revelam um possível futuro sustentável Por Marcus Neves Fernandes Ilhas solares que se movem como um girassol, balsas que captam eletricidade das ondas do mar, painéis fotovoltaicos dez mil vezes mais finos do que um fio de cabelo, turbinas eólicas flutuantes ou colocadas a mais de 10 quilômetros de altitude. Pode parecer ficção, mas essas e outras tecnologias já existem. Algumas já estão, inclusive, em fase de testes e geram energia limpa e renovável. O Brasil tem participação nesse pioneirismo. Aqui mesmo, na Baixada Santista, há casos de pesquisas na área (veja box). Porém, há uma considerável defasagem, principalmente, em relação à Europa, Japão, Canadá e Estados Unidos.

É uma relação curiosa. Mesmo não tendo um potencial solar, eólico ou de biomassa como o Brasil, países como a Alemanha, por exemplo, já têm mais de 20% da sua matriz energética baseada em energia fotovoltaica ou aerogeradores - sem falar na força maremotriz (ondas), como o Parque de Aguçadora, em Portugal, que, com 28 balsas, abastecerá 250 mil habitantes. O mar, aliás, é um ‘espaço’ ainda pouco explorado, mas com grande potencial. É o caso, por exemplo, da primeira turbina eólica oceânica de grande porte. Localizada a 12km a leste da cidade de Karmoy, na Noruega, ela tem um rotor com um diâmetro de 82 metros. Para se

Fotos Divulgação

Turbinas aéreas, ainda um sonho distante

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ter uma ideia, o círculo central de um campo de futebol tem 9,15 metros. Sozinha, essa nova turbina será capaz de gerar 2,3 megawatts, suficientes para abastecer 1,5 mil casas. Mas, agora em setembro, outra gigante do setor começa a operar no litoral de Fukushima, Japão. Com 220 metros de altura, essa turbina vai gerar 7 megawatts! Mas quem não quiser (ou não puder) instalar esses rotores no mar, poderá, em breve, colocá-las bem alto, algo como a 10km do chão. Nessa altura, afirma Ken Caldeira, da Sky WindPower, as rajadas são mais fortes, permitindo captar 100 vezes mais energia. Segundo ele, 1% dessa fonte energética atenderia à demanda planetária. Enquanto as turbinas aéreas (foto) ainda não são realidade, as usinas solares ‘girassol’ já deixaram o mundo dos laboratórios. A empresa suíça Solar Islands já constrói o primeiro protótipo, curiosamente, no deserto dos Emirados Árabes, um dos maiores exportadores mundiais de petróleo. Ocupar o escaldante deserto parece mesmo ser uma boa ideia. O preço do metro quadrado do terreno é baixo, não há conflito com moradores e baixo impacto com fauna e flora. Além, é óbvio, da fartura em termos de radiação. Não parece haver lugar mais propício para alguém construir uma usina solar, certo? Errado. De acordo com um estudo divulgado pela Environmental Science & Technology, o mais indicado é instalar painéis fotovoltaicos no Himalaia, nos Andes, Sibéria ou na Antártica. O Himalaia, por exemplo, tem potencial para gerar o equivalente à energia consumida na China. Já nas regiões polares, metade do ano tem 24 horas de luz por dia. E para trazer toda essa eletricidade até os consumidores? Fibras ópticas milhares de vezes mais finas que um fio de cabelo, recobertas com pigmentos fotossensíveis. Seis vezes mais eficientes do que as placas solares em duas dimensões, os fios 3D poderão não só recolher e transmitir a energia, como captá-la ao longo do percurso, servindo ainda para ‘revestir’ prédios e até veículos.

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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Piscina solar Entre as inúmeras pesquisas sobre energias alternativas no Brasil, uma é pioneirismo de um engenheiro que reside em São Vicente. Trabalhando quase que no anonimato, na Vila São Jorge, o engenheiro José Roberto Abbud (USP/Unisanta) construiu, na laje de sua casa, a “primeira e menor piscina solar do Brasil”. Piscina solar é um recipiente com água salgada, um isolante térmico no fundo e camadas horizontais com diferentes concentrações de sal. Com isso, o calor fica armazenado e produz energia térmica, mesmo à noite, com o tempo nublado e no inverno. Segundo Abbud, “se o calor for canalizado para um biodigestor cheio de lixo, a produção de gás metano será aceleradíssima”. Biodigestor é um sistema que degrada a matéria orgânica por meio de micro-organismos que a transformam em biogás, que pode ser usado em fogões. Já o metano vira combustível veicular. Israel é um dos que mais investem nessa tecnologia.

Uma hidroelétrica limpa O Brasil se orgulha de ter mais de 70% de sua demanda energética oriunda de hidroelétricas que, diferentemente das usinas a carvão, não emitem quase nenhum poluente na atmosfera. Porém, as hidroelétricas também causam impactos ambientais e sociais, na medida em que desviam rios e desalojam milhares de moradores. Uma alternativa, segundo professor da UnB, Antônio Manoel Dias Henrique, são as miniusinas hidroelétricas, que dispensam o uso de barragens e inundações. Ela é composta de uma turbina, que é ancorada na margem de um rio, aproveitando a energia cinética da água para produzir eletricidade. O processo é parecido com o de uma hidrelétrica de grande porte, só que em escala bem menor. Para se ter uma ideia, a energia gerada pode abastecer três casas. De acordo com Henrique, o preço das máquinas pode variar entre R$ 7 mil e R$ 15 mil, dependendo da potência. “O objetivo é vender para prefeituras de pequenos municípios e comunidades”, diz. Além disso, mesmo que o investimento inicial seja alto, é vantajoso em longo prazo, porque não haverá conta de energia. Outra opção são as chamadas hidroelétricas a fio-d’água, que também dispensam a necessidade de barragens e lagos. Um exemplo? A usina de Itatinga, em Bertioga, que, ao longo de mais de 100 anos, gera energia para o porto.

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decoração

Receita

de felicidade O apartamento no litoral paulista trouxe mais lazer à jovem família. Nos finais de semana, o pai, a mãe e as pequenas gêmeas descem a Serra do Mar e curtem os atrativos do Guarujá, muito bem instalados em sua nova morada de veraneio Por Maria Helena Pugliesi

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Fotos Bruno Neto

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decoração Fotos Bruno Neto

Apaixonada por filmes e videogames, a família se sente à vontade nos amplos sofás em L. Se a claridade vinda da varanda atrapalhar, é só fechar as cortinas de voal branco

Empresários, marido e mulher trabalham bastante durante a semana. Mas, quando chegam o sábado e o domingo, a prioridade é proporcionar diversão às filhas gêmeas, de 5 anos. Quem é pai sabe que variar na programação infantil não é lá muito fácil. Por isso, cansado de procurar sempre algo diferente para fazer com as meninas, o casal resolveu investir num apartamento na praia. Como não queriam passar horas na estrada, optaram pelo Guarujá, a pouco mais de 90 minutos de carro da sua casa em São Paulo. Escolheram um edifício recém-construído a uma quadra da praia de Pitangueiras e chamaram a arquiteta Camila Klein para orientá-los na decoração. “Eles pediram um projeto que priorizasse o conforto, com cores claras e neutras. Nada muito praiano, porém convidativo para se ficar à vontade”, conta Camila. Com 170 metros quadrados, o apartamento de duas suítes e mais um quarto para hóspedes atraiu os proprietários, principalmente, pela espaçosa sala, totalmente integrada à extensa varanda. “Envidraçado, o terraço funciona como uma extensão do living. Assim, idealizei a área como um canto de refeições informal, no qual a família pode fazer seus churrascos quando voltam da praia. Dali, as crianças assistem os desenhos na TV do estar enquanto almoçam, sem se preocuparem com a areia ou a água do mar que trouxeram no

Nas suítes do casal e das filhas, os tons claros combinam com o clima quente da região. Boa marcenaria e iluminação aconchegante arrematam a cena

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Fotos Bruno Neto

maiô”. Os móveis de materiais resistentes, como madeira de demolição, acrílico e tecidos impermeáveis, garantem essa liberdade. Para a sala, Camila sugeriu um décor mais comportado, sem abrir mão do aconchego. Dois grandes sofás, revestidos de ultrasued, permitem que pais e filhas se acomodem de corpo inteiro quando querem tirar uma soneca durante o dia ou relaxar vendo DVDs à noite. Já no canto do jantar, a mesa laqueada e as cadeiras de couro oferecem lugares suficientes para reunir a família e os amigos. Painéis de laminado plástico padrão carvalho dão acabamento aos espelhos que vestem a parede. “Esse tipo de laminado, que imita madeira, é perfeito para aquecer visualmente o ambiente e é bem fácil de limpar. Quanto aos espelhos, foi um truque que usei para dar amplitude ao espaço. Além do mais, eles duplicam a vista da varanda, até parecem quadros”, explica a arquiteta. Outra boa sacada do projeto está na iluminação. Priorizando a luz indireta, as lâmpadas de tonalidade levemente amarelada banham o living com uma luminosidade macia, que pode ser intensificada ou amenizada graças ao sistema de dimerização. Os quartos também refletem o pedido de bem-estar feito à Camila Klein. Matizes pastel predominam em tudo, oferecendo uma atmosfera tranquila e acolhedora. Na suíte do casal, um dos destaques é o forro de madeira rebaixado, que se prolonga como cabeceira para a cama. Com iluminação embutida, o detalhe cria um elemento atraente na ambientação. Para as gêmeas, a arquiteta bolou uma cama dupla. “A base é de casal, mas os colchões são de solteiro. Um ripado de madeira entre eles faz a separação das camas. As meninas, que são superapegadas, adoraram a ideia”, diz Camila. O apartamento no Guarujá tem sido a diversão preferida da família nos finais de semana. Os pais confessam não saber como será quando a meninas crescerem, mas têm certeza que, até lá, muitos bons momentos serão vividos por aqui. “Eles estão felizes com o investimento. As filhas adoram a praia e o alto astral da cidade, repleta de opções de lazer. Já o apê para as pequenas é um refúgio no qual elas podem brincar à vontade e aproveitar ao máximo a companhia dos pais”, conclui a arquiteta.

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O painel ripado de cumaru organiza os itens de praia, deixando a varanda sempre em ordem para as refeições em família ou com os amigos

Marcenaria: Infemac - Sofás: Breton Tecidos e tapetes: Fio e Arte - Luminárias: Lumix

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Foto Photl.com

gastronomia

A fascinante

canela A canela tem um perfume de aconchego. Quando se prepara uma receita com essa especiaria, o aroma invade a casa e fica marcado na nossa mem贸ria, remetendo-nos aos bolinhos de chuva ou arroz-doce da vov贸. Tudo a ver com o inverno

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Por Fernanda Lopes O fascínio por ela vem de séculos e conquistou povos de todo o mundo. Originária do Sri Lanka, foi levada para o Oriente pelos árabes e virou símbolo de riqueza na Antiguidade e na Idade Média. Sua árvore pode alcançar 10 metros de altura, e a casca seca de seu tronco constitui-se na requisitada especiaria. No Egito antigo, era utilizada para embalsamar corpos e como afrodisíaco. Foi introduzida no Brasil pelos portugueses no século XVII e se aclimatou muito bem no Nordeste. A maioria das canelas é da família Lauraceae. No entanto, as que são famosas em todo mundo pertencem ao gênero Cinnamomum, sendo a canela-da-índia (C. zeylanicum); a canela-da-china (C. cassia); e a canforeira (C. camphora), utilizadas desde a Antiguidade. A canela-da-china que encontramos nos supermercados é mais barata, mas tem menos aroma do que a original. Também

é chamada de Cássia. Ela é mais grosseira, escura e dura. Entretanto, a maior parte da canela em pó encontrada é desta qualidade. A canela fica ótima com bebidas quentes à base de chocolate ou café, como essa receita da Cozinha do Café Iguaçu, que reportamos abaixo. Também pode ser colocada em bolos de cenoura ou chocolate para destacar o sabor. Mas fica ótima ainda em pratos salgados como frango, carnes e molhos. Pratos indianos, árabes e marroquinos sempre ganham o seu toque aromático, Ao comprar, verifique a data de validade (quanto mais nova melhor) e o aroma, que deve ser bem forte e característico. A canela de qualidade tem pó fino e de cor uniforme. Vale a pena pagar um pouco mais por uma canela de boa qualidade. Você vai precisar de menor quantidade e ela vai durar mais tempo. Os rótulos geralmente trazem se é canela-da-china.

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Foto Photl.com

Originária do Sri Lanka, foi levada para o Oriente pelos árabes e virou símbolo de riqueza na Antiguidade e na Idade Média. Foi introduzida no Brasil pelos portugueses no século XVII e se aclimatou muito bem no Nordeste

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gastronomia Receitas

Produção e fotos Fernanda Lopes

Bolo de especiarias com maçã

Ingredientes 2 xícaras de farinha de trigo; 1 colher de chá de bicarbonato de sódio; 1 xícara de açúcar mascavo ou demerara; 1 colher de sopa de fermento em pó; 1 colher de chá de canela; 1 colher de chá de cravo em pó; 1 pitada de noz moscada; 2 colheres de sopa de mel; 1/4 de xícara de vinho do Porto; 1/3 de xícara de café coado (já pronto); 3 ovos; 1 xícara de manteiga; 1/2 xícara de nozes ou castanhas picadas; 2 maçãs raladas grossas; 1/2 xícara de uvas passas. Preparo Misture todos os ingredientes secos e reserve. Na batedeira, bata a manteiga em temperatura ambiente com o açúcar por uns cinco minutos. Vá adicionando os ovos, um a um e batendo. Adicione o mel. Junte os ingredientes secos, alternando com o café misturado ao vinho do Porto, batendo em velocidade baixa. Quando terminar de adicionar e estiver homogêneo, desligue a batedeira. Junte então as frutas. Misture e leve em uma assadeira grande de furo no meio, untada com margarina e enfarinhada. Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por cerca de 30 minutos ou até que, ao enfiar um palito na massa, este saia limpo (não abra o forno antes de 20 minutos, senão o bolo não cresce).

Café cremoso Ingredientes 2 xícaras (chá) de leite quente; 1 colher (sopa bem cheia) de mistura para cappuccino em pó; 1 colher (café) de canela em pó; 100g de chocolate meio amargo picado; 3 colheres (sopa) de açúcar; 3 colheres (sopa) de creme de leite. Preparo Em uma panela, ferva o leite, junte o cappuccino e a canela em pó. Misture e deixe abafado por 5 minutos. Coe, volte ao fogo e adicione o chocolate e o açúcar. Mexa ambos até derreterem. Retire do fogo, acrescente o creme de leite e bata a mistura em um liquidificador até ficar espumante. Dica: sirva quente ou gelado

Dica: se quiser, coloque uma calda de açúcar sobre o bolo. Misture 1 xícara de açúcar de confeiteiro com 1/4 de xícara de água e despeje sobre o bolo quente.

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Rendimento: 2 porções

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Tortinha de carne com batata e toque de canela Ingredientes massa 3 xícaras (chá) de farinha de trigo (350g); 1 xícara (chá) de manteiga sem sal (200g); 1 ovo e 1 colher (chá) de sal. Ingredientes recheio 500g de carne moída; 1 cebola picada; 1 dente de alho picado; 1/2 pimentão vermelho picado; azeite o quanto baste, 1 colher (chá)de canela, sal e pimenta a gosto. Produção e fotos Fernanda Lopes

Ingredientes cobertura 600g de batatas cozidas sem casca e amassadas; 1 xícara de leite; 1 colher (sopa) de manteiga, 1 pitada de sal e 150g de queijo parmesão ralado.

Foto Paul Lech

ner/freeimages

Preparo massa Em uma tigela, coloque a farinha, a manteiga, o ovo e meia colher (chá) de sal, e amasse bem. Deixe na geladeira por 30 minutos. Depois, pegue porções de massa e, com ela, forre o fundo e as laterais de forminhas de empada. Leve para pré-assar em forno pré-aquecido a 200° por cerca de 15 minutos. Preparo recheio Em uma panela, coloque azeite e refogue a cebola com o alho picadinhos. Junte o pimentão picado em cubinhos e refogue. Junte a carne e vá soltando com o garfo enquanto ela frita. Quando estiver cozida, tempere com a canela, sal e pimenta a gosto. Se quiser, coloque salsinha e azeitonas picadas. Preparo cobertura Ferva o leite com a manteiga e misture à batata amassada. Misture o queijo parmesão e acerte o sal, se necessário. Montagem Retire as massas do forno e coloque a carne refogada. Depois cubra com batata. Repita com todas as forminhas. Leve ao forno pré-aquecido a 200°C, até a massa dourar- cerca de 20 minutos.

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Dolce & Gabbana

Foto KFPress

moda

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Dramáticas e femininas

Foto KFPress

Preparem-se para ver um blackout floral nas vitrines do mundo! A estampa de flores escuras conquistou o mundo da moda e estará presente em roupas, sapatos, acessórios e, inclusive, na decoração

Por Karlos Ferrera

Dior

Na estação das folhas secas, a estampa que vai florir os nossos dias é o dark flower. O floral em si, como sabemos, sempre esteve em alta, mas, agora, ele aparece com uma pegada menos romântica e com um toque de modernidade. A popular estampa floral surge descolada, elegante, sóbria e invernal. Flores no verão já são clichê, mas, no inverno, não são tão comuns assim. Elas chegam com fundo escuro, como o preto, chumbo e azul marinho, inspiradas no rock grunge e deixam a estampa com ar dramático e cheio de atitude, mas bem feminino. O floral dark surgiu há algum tempo e vem ganhando força nas estações frias. É uma opção de estampa para usar nessa época do ano, para quem curte os tons sóbrios. Dark floral, blackout tropical, flores de inverno… Não importa a nomenclatura, o importante é sabermos que a aposta de sucesso para este inverno são as flores unidas aos tons escuros.

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moda O fundo escuro pretende descomplicar muito a vida das mulheres, pois ele facilita o uso de meias escuras, de preferência da mesma cor do fundo, deixando o look harmônico. O print tem dado o ar da graça em calças, saias, casacos e vestidos. A tendência da vez é a estampa de flores maiores. O efeito é também um pouco mais pesado por causa disso, então, se você for do tipo mignon, vale ter um pouco de atenção para que a estampa não deixe você ainda menor. Apesar de o floral parecer superfeminino e delicado, o fundo escuro dá uma quebrada e, dependendo da combinação, é possível criar visuais com cara de menininha mais rebelde. Como já existem todos os tipos de peças com esse padrão (calça, blazer, camisa, vestido, saia), é possível fazer composições desde bota até sandália de salto. O mais legal é que, a cor base sendo escura, é superfácil combinar com legging ou meia calça, que são bem-vindas nessa época do ano.

Balenciaga

Fotos KFPress

Dolce & Gabbana

A estampa também chega com força total nos sapatos, com flores chamativas e detalhes que agregam uma pegada romântica

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Para quem prefere calças no inverno, a versão skinny em dark flower é perfeita para sair da rotina

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Fotos KFPress

STREETSTYLE

Inspirações para você sair do óbvio e repaginar as velhas e meigas florzinhas. Nem os homens escapam da nova tendência

Menswear Para os desavisados, faz tempo que os metrossexuais perderam o posto no comportamento da moda masculina. A ideia de homens extremamente vaidosos cai para abrir espaço para os que deixam a barba crescer e não fazem questão de cortar os cabelos curtos. Estou falando dos lubersexuais, homens mais despojados, com estilo informal, quase rústico, mas que não perdem a sensualidade, muito menos o estilo. O nome nasceu de uma junção lumberjack, que significa lenhador + sexual, trazendo esse ar instigante que já seduziu os brasileiros.

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“Destaques” // Luci Cardia

A linda e primorosa festa para celebrar o enlace de Aline Pazin e Mathias Pekny

Foto Studio 20seis

Foto Studio 20seis

Foto Studio 20seis

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Familiares e amigos reunidos em um dia especial

Família do noivo: Paulo de Tarso, Marina, Mathias, Aline, Sônia e Rafael Pekny

Paulo Rogério, Willyan Pazin, Mathias Pekny, a noiva, Mara Camargo e Natália Sayuri

Luci Cardia, Dinalva Berlofi, os noivos e Ribas Zaidan

Roberto e Nathalia Zaidan

Jane Coelho, Bruna Andrade e Reinaldo Lobo

Luiz, João, Meire e Nestor Silva, Vivian Aguiar, Manuela Camargo e Laura Aguiar

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Inês Machado, Domingos Camargo e Odair Pazin

Família da noiva: Miriam, Daniela, Natália Sayuri, Aline, Mathias Pekny e Odair Pazin

Ronaldo Zaidan, Aparecido Cardia, o noivo e Ribas Zaidan

Audrye Rotta e Mario Marques

Adelaine Caldeira, Marilia e Diego Werner

Amanda Camilo, Juraci Silveira, Rosalvo Santos, Marcelo Silveira e Natalia Oliveira

Os noivos com a equipe do Maria Gasolina, responsável pelo bufê: Pedro Bichir, Leonardo Jin Izumi e Felipe Camelo

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Flashes Primeira grande Festa do Rock da TAR A TAR - Turma dos Apaixonados pela Riviera -, realizou sua primeira Festa do Rock, no dia primeiro de agosto. A alegria contagiou os sócios e convidados para comemorar a amizade e respeito que os unem

Roberto Haddad, presidente da TAR

A Banda T-Ale animou a festa

O casal Pascoal e Lu

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Os membros atuantes da TAR

Família Dragone

As mulheres responsáveis pelos homens da TAR

A família Haddad

O casal Nawau e José Avelino

O casal Gerson e Fany, pegos de surpresa

Os amigos Fany, Cristina, Humberto e Gerson

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Flashes Evento realizado nos dias 10 e 11 de agosto, a 13ª edição do Santos Export - Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, no Mendes Convention Center, em Santos, reuniu vários empresários e membros dos governos federal, estadual e municipal

Governador de São Paulo Geraldo Alckmin, prefeita de Guarujá Maria Antonieta e vereadores de Guarujá

Maria Antonieta e Edinho Araújo, ministro dos Portos

Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, e o 2º secretário Edmir Chedid

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Maria Antonieta, Daury de Paula Jr, promotor de Justiça, e Márcio França, vice-governador de São Paulo

Ribas Zaidan, diretor da TV Costa Norte, e Márcio França

Vítor, da empresa Una Eventos, Paulo Alexandre Barbosa, prefeito de Santos e Arnaldo Barreto, da Codesp

Vereadores de Guarujá presentes ao evento

Paulino Moreira Vicente, diretor da Codesp, Angelino Caputo, presidente da Codesp e Maria Antonieta, prefeita de Guarujá

Autoridades na Base Aérea de Santos, em Guarujá, durante a visita ao porto santista

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Flashes

Em continuidade a sua implantação, o empreendimento Riviera de São Lourenço lançou os módulos 12 e 17, localizados ao lado do campo de golfe. O evento aconteceu no dia 15 de agosto, no prédio Ilha da Madeira

Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor de marketing da Sobloco Construtora

Pedro Álvares, da Ramon Imobiliária e Sueli Gropo Cabral

Luiz Augusto Pereira de Almeida, Abel Rocha, da Sabel Empreendimentos e Manoel Campos Sales, das Praias Paulistas

Clovis Lemos, da Parceria Imobiliária, retornando com força total

Gerentes da Imobiliária Factual, Anselmo Aragon e Marcio Campilongo

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Éder Bueno, gerente do SIV, Carlos Prieto, ganhador de um celular e Marlene, corretora da Ramon Álvares

Alcindo de Oliveira Rocha ganhador do prêmio de maior volume de agentes de vendas imobiliárias

Diversas imobiliárias estiveram representadas por seus agentes

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Premiação BTP Educa BTP Educa - Por Um Mundo Melhor foi o tema da 5ª edição do projeto da Brasil Terminal Portuário voltado à rede pública de ensino de Santos. A premiação aconteceu em uma agradável manhã, na UME Mário de Almeida Alcântara, região central da cidade

Os vencedores do concurso cultural congratulados pelos excelentes trabalhos desenvolvidos

Equipe da Brasil Terminal Portuário: Joel Contente, diretor de assuntos corporativos; Yara Motta, gerente de comunicação corporativa e CSR; Antonio Pássaro, presidente da BTP; Elisabete Ramos, gerente de meio ambiente; e Rogério Bighi, gerente de segurança do trabalho

Audrey Kleys, secretária adjunta de Educação de Santos e Venúzia Fernandes, secretária de Educação

Venúzia Fernandes, Antonio Pássaro, professora Juliana Souto de Melo Lopes, José Eduardo Lopes e o aluno Kaique Fernando dos Santos Serafim da Silva

Barbara Santos Sena, José Eduardo Lopes, Venúzia Fernandes e professora Eline Lira Oliveira

Ivone Dantas, Gabriel Vieira dos Santos e Fabíola da Costa Matias Barcelos Grilo

Antonio Pássaro, José Eduardo Lopes e Maria Luisa Lombardi Del Rosso

José Eduardo Lopes e Luciana Barroso

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Encontros e alegrias neste inverno com jeitinho de verão

O herdeiro Enrico completou sua primeira primavera de vida nos braços da mamãe Maria Carolina Nor Cortina e do paizão Andre Sementilli Cortina

Maria Paula Bulchi, Maria Carolina, o aniversariante Enrico, José Luis Bulchi e Maria Luisa

A felicidade dos avós maternos Merson Nor e Maria Angélica Bulchi Dias Nor, com o aniversariante Enrico

Close do ex-vereador Marcos Leopoldino, o prefeito de ilhabela Antonio Colucci e o ex-prefeito de São Sebastião e atual secretário de governo de Ilhabela Luiz Farias

O aniversariante Enrico com o avô Élio Cortina, os pais Maria Carolina e Andre Cortina e a vovó Olga Sementilli Cortina

Este colunista ao lado da mãe Clotildes e do seu Fusca 71, em Bertioga

Tacada de mestre A excelente e perfeita tacada do golfista Wellington Alvarez permitiu que ele executasse um das jogadas mais difíceis do golfe, o hole in one (jogada na qual o golfista acerta a bola no buraco com apenas uma tacada). As competições profissionais costumam oferecer prêmios especiais para quem consegue realizar essa proeza. Nas competições amadoras, o costume é o jogador que fez o hole in one oferecer um mimo aos demais presentes no clube, como uma refeição ou bebidas. Por isso, parabéns ao golfista; isto não é apenas sorte, é muito treino e dedicação ao esporte

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

Mês de férias e início de agosto, muitas festividades aconteceram...

Quarto da Moça, a vitrine lançada pela Tapeçaria Kyowa neste mês, sob a responsabilidade da arquiteta Melba Nadais Aidar

Graziela Sanches e Marco Sanches, eleito pela segunda vez presidente do Sindicato dos Conferentes de Santos

Presidente Ana Paula Alves e Reinaldo Alves receberam mais de 300 convidados para a Feijoada Beneficente do Parque Balneário, em comemoração ao 55º aniversário da Asfar

A gerente comercial Priscila T . Gonçalves instalou com sucesso o Don Henrique Caffè, no complexo Silvera Coiffeur e na Seven

No Arraiá dos Engenheiros, a diretora social Claudia Viana, o presidente Ademar Salgoza, Celina e Daniel Proença: os idealizadores da festa country na sede

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Alexandre Camilo, o responsável pela organização da 4ª edição da Ação do Coração, desta vez na praia do Gonzaga

Eduardo Filetti, orgulhoso ao lado do filho Pedro, assiste um dos jogos do Alvinegro, nos camarotes da Vila Belmiro

O presidente do Clube XV Gilberto Ruas e Solange receberam convidados para comemorar o Dia dos Pais, em Noite de Queijos e Vinhos

As irmãs Márcia e Maria Cecília Aver à frente da loja Eternelle

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Urbanismo

Felicidade

Comunidade

TRABALHAMOS PARA CRIAR COMUNIDADES ONDE AS PESSOAS TÊM ORGULHO DE VIVER

Equilíbrio

Trabalho

Sustentabilidade

Desenvolvimento

Segurança Família

Responsabilidade Social

Educação

Experiência

Pessoas

bem-estar

Legado

Planejamento

Investimento Transparência

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