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ao leitor Foto Arquivo/Pedro Rezende

ANO XIV - Nº 153 - Março/2015 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Audrye Rotta (Mtb 76.077/SP) audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Karlos Ferrera, Luciana Sotelo, Luci Cardia, Marcus Neves Fernandes, Maria Helena Pugliesi e Renata Maranhão Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

Campo aberto Meticuloso e apaixonante, o golfe é um esporte que exige de seus praticantes uma boa dose de paciência, além de técnica e precisão ao direcionar a bolinha para os 18 buracos exigidos num campo oficial, com o mínimo de tacadas possíveis. Desafio que pode levar cerca de quatro horas e resulta em uma caminhada de pelo menos quatro quilômetros, dependendo do nível do jogador. Para dificultar a tarefa, o trajeto até o buraco pode incluir lagos, poços de areia, árvores e trechos com grama mais alta. Exigência que tem lá suas vantagens, já que, para garantir esse cenário, os melhores campos de golfe ocupam grandes áreas verdes. O contato com a natureza torna-se, então, o ponto alto de uma prazerosa partida entre os jogadores. Uma faceta que diferencia o golfe da maior parte dos esportes é que ele não requer grande condicionamento físico. Para ser um bom jogador, o mais importante não é a força nem o preparo físico e, sim, a adequada movimentação do corpo. Todos esses atributos podem servir para disseminar o esporte no país, como almeja a Confederação Brasileira de Golfe e os presidentes de clubes ligados ao esporte por todo o país. A volta da modalidade aos Jogos Olímpicos, depois de 112 anos, é outro ponto de apoio para mudar a concepção de um dos esportes mais elitizados do mundo, já que a sua visualização na mídia tende a ter um alcance bem maior do que o comum. O que deve atrair o interesse de potenciais adeptos. Aqui no litoral paulista, o Guarujá Golf Club, um dos mais tradicionais da região, entra nessa campanha e já incentiva a visita às suas dependências, situação impensada há alguns anos atrás. O clube também enxerga outra boa possibilidade com os jogos, a de servir como base para uma ou mais seleções internacionais participantes da competição. Torçamos para que os planos deem certo e, assim, Guarujá entre para o roteiro mundial do golfe. Ganha o esporte e ganha o turismo, com a geração de emprego e renda. No final, ganhamos todos. Eleni Nogueira.


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Foto Luciana Sotelo

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Foto Raimuno Rosa

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Resgate de um espaço memorável

Concha acústica volta a ecoar

E mais... Ser sustentável

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Gastronomia 54 Moda 58 Flashes 62

Balenciaga

Foto KFPress

Destaques 64 Alto Astral

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Celebridades em foco

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Foto Gui Morelli

Foto Gabriel Ganme

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Refinado endereço na belíssima Tabatinga

Dicas de aventuras na gelada Snowmass

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O atleta juvenil Kaio Nascimento, revelação do Guarujá Golf Club Foto Luciana Sotelo

Foto Luciana Sotelo

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Foto Luciana Sotelo

esporte

Kaio Nascimento tem lugar de destaque no ranking nacional juvenil 10

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A tacada da vez Golfe retorna aos Jogos Olímpicos e Guarujá quer ser base para a preparação de atletas Por Luciana Sotelo

Saques, gols, braçadas e cestas. Cenas populares que todo mundo está acostumado a ver durante o maior evento esportivo do planeta, agora vão dividir espaço com uma modalidade ainda pouco difundida por aqui. Trata-se do golfe, que, após mais de um século de ausência, finalmente, começa a contagem regressiva para sua volta à programação dos Jogos Olímpicos. E como a aguardada reestreia acontecerá em solo brasileiro, durante a Olimpíada Rio 2016, a novidade causa expectativas muito positivas. É a chance de ouro para popularizar um dos esportes mais elitizados do mundo e, a oportunidade que faltava ao Guarujá Golf Club. As origens do golfe não são perfeitamente conhecidas; alguns historiadores as atribuem ao jogo “paganica”, praticado no Império Romano; outros citam o “cambuca”, jogado na Inglaterra. Entretanto, a mais antiga prova escrita da sua existência vem da Escócia, quando em 1457, o rei Jaime II decidiu proibir o esporte sob a alegação de que prejudicava o treino militar necessário para a defesa do reino. De lá para cá o esporte desenvolveu-se e foram criadas várias competições, porém, na mais importante, marcou presença apenas em dois momentos: nas Olimpíadas de 1900, em Paris, França, e na de 1904, em Saint Louis, EUA. Quatro anos mais tarde, em 1908, deixou de ser disputado por causa de uma briga entre ingleses e americanos. Passados 112 anos, o golfe volta com força total. A notícia foi confirmada em 2009, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). No Rio de Janeiro, as estimativas indicam que 120 golfistas disputem as medalhas. E com a vinda desses atletas para o Brasil, o Guarujá Golf Club (GGC) iniciou sua campanha para ser base de treinamento para uma ou mais seleções internacionais que virão para a competição.

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esporte Foto Arquivo/Pedro Rezende

O Guarujá Golf Club tem pouco mais de 60 anos e possui 85 sócios fixos

Os atrativos do empreendimento animam, conta Anselmo Aragon, presidente do GGC. “A área de mais de 250 mil metros quadrados de Mata Atlântica nativa e preservada forma um verdadeiro tapete de gramado verde muito bem cuidado, com driving range (local de treinos) na água, com bolinhas flutuantes e raias com relevos desafiadores”. O clima também é outro fator favorável, já que as condições atmosféricas do nosso litoral são semelhantes às da cidade do torneio. Aragon explica: “A bola batida aqui tem mais força que a mesma bola batida, por exemplo, em São Paulo. Como o golfe é um esporte em que as pequenas diferenças valem muito, os jogadores vão dar preferência a regiões semelhantes ao Rio”. Fora essa grande vantagem, o gramado de Guarujá possui medidas oficiais, sendo que o campo tem 11 buracos, uma inovação, já que as normas do esporte preconizam nove ou 18 buracos. “Estamos entre os cinco melhores campos brasileiros de nove buracos. E por que isso? Porque é desafiador. A mata é predominante. É como jogar no meio da Mata Atlântica. Imagine um golfista estrangeiro vendo isso? Ele vai ficar maluco”, enaltece Aragon. A proximidade com a capital carioca é outro diferencial somado à ótima localização. O Golf Club possui uma sede com infraestrutura completa e adequada, diz Aragon, mencionando itens como vestiários, aparatos do esporte, além de um restaurante de comida italiana e ambiente familiar e aconchegante, rodeado por inúmeras aves e flora exuberante. “As dificuldades do nosso campo também aguçam a criatividade nas jogadas. É um desafio a ser vencido”.

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Agora é a hora de alavancar o potencial do golfe no Brasil, principalmente para acabar de vez com o estigma que se criou de que o esporte é elitizado. “Temos trabalhado muito para desmistificar essa teoria. Hoje, você aluga uma quadra de tênis, que é um esporte mais popular, a R$ 100 a hora. Aqui, com R$ 150, você fica quatro, cinco horas. Durante a semana, com esse valor, você joga o dia inteiro. Aos finais de semana esse valor é de R$ 250. Grupos têm descontos. E você não precisa ter os equipamentos. Por uma taxa de manutenção, é possível alugá-los aqui mesmo”, diz o presidente.

Foto Luciana Sotelo

Área de mais de 250 mil metros quadrados de Mata Atlântica nativa e preservada forma um verdadeiro tapete de gramado verde

O Guarujá Golf Club tem pouco mais de 60 anos e possui 85 sócios fixos, que arcam com R$ 1.050 por mês. Mas o clube é aberto ao público em geral, para conhecer e aprender sobre o esporte. Basta comparecer à portaria e pedir para visitar. A pessoa será acompanhada por um monitor, num passeio a bordo de um trolley (carrinho de golfe). Diz Aragon: “Agora, se tomar gosto e quiser se profissionalizar, é preciso investir. Comprometo-me a proporcionar a primeira aula sem custo. Nossa intenção é mostrar para a população da Baixada Santista que aqui existe um espaço de lazer e

Popularização do golfe De acordo com o Portal Brasileiro de Golfe, a modalidade chegou ao Brasil no final do século XIX, trazida por engenheiros e técnicos ingleses que vieram construir as primeiras ferrovias. O primeiro clube fundado foi o São Paulo Golf Club, em 1901. Logo, a prática se espalhou por todo país. Hoje, existem em torno de 120 campos e mais de 25 mil jogadores. Os números vêm crescendo, mas estão muito longe de tornar o golfe um esporte popular como o futebol, avalia Anselmo Aragon, presidente do Guarujá Golf Club. Estatísticas revelam que, nos Estados Unidos, existem mais de 30 milhões de golfistas.

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esporte

Fotos Luciana Sotelo

A excelente infraestrutura do local fortalece a campanha do presidente do GGC Anselmo Aragon. Ele quer o clube como base de treinamento para seleções internacionais dos Jogos Olímpicos

contato direto com a Mata Atlântica. Não precisa ter receio de entrar”. Recentemente, o GGC firmou parcerias com o objetivo de difundir informações sobre o clube e o esporte em si. Dentre as instituições envolvidas estão a Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto). Outro destaque nesse quesito é o convênio com escolas do bairro pelo qual, além de propagar o golfe, também é realizado um trabalho social. “A intenção é intensificar essas ações de contato com a sociedade guarujaense.” Ao longo de sua existência, já deram tacadas por lá celebridades como o cantor Jorge Benjor, o vocalista da banda Raça Negra Luis Carlos, o ex-jogador do Santos Futebol Clube Serginho Chulapa, o ex-tenista e hoje comentarista Fernando

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Meligeni, o ator Humberto Martins e o ex-piloto de Fórmula 1 Rubens Barrichello. “É uma atração diferenciada. O Guarujá Golf Club é um patrimônio da cidade. Um cartão-postal.” E enquanto a Olímpiada não chega, a agenda está com programação intensa. Dentre as atividades, os torneios abertos, que atraem públicos de até mil pessoas durante os dias de jogos e treinos, entre competidores e observadores, eventos consolidados no calendário nacional da modalidade. O principal deles é o XXXI Torneio Aberto do Guarujá Golf Club, que acontece entre os dias 21 e 23 de agosto, em parceria com o Sofitel Jequitimar. “Nossa meta é realizar o maior e melhor torneio de todos os tempos”, orgulha-se o presidente.

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Palavra de quem entende “O Guarujá Golf Club não está entre os maiores clubes do Brasil, mas está entre os três melhores campos de 11 buracos”, diz um especialista experiente e reconhecido no cenário internacional. Com a palavra Ronald Gunn. Naturalizado brasileiro, o administrador de empresas nascido na Califórnia, EUA, lembra que conheceu o golfe na infância, aos 9 anos, na terra natal, totalmente por acaso. “Fui convidado a ser um daqueles meninos que carregam a bolsa do golfista. O campo permitia que eu jogasse uma vez por semana e aproveitei a chance. Aos 12 anos, minha família mudou de cidade e entramos de sócios de um campo e pude seguir jogando”. Ao longo da vida, confessa que abriu mão da sua paixão algumas vezes, sempre por motivos especiais. “Primeiro, na época

da faculdade e, depois, para criar as minhas filhas”. Aos 48 anos, ele voltou de forma definitiva, também por uma razão diferenciada. “O presidente Bush estava vindo para o Brasil e eu fui convidado para organizar um evento de golfe. Não pensei duas vezes, além de planejar tudo, resolvi jogar”. Hoje, aos 70 anos, tem um vasto currículo. “Já participei de muitos torneios. Entre os muitos títulos, ganhei o Mercosul e venci, por seis vezes, o Campeonato Brasileiro de Golfe Sênior, maior campeonato do ano na categoria. Ao longo das disputas, consegui uma marca importante, num campo de 72 buracos, eu joguei 69”. Gunn dedica 120 dias do ano para a prática do golfe e participação em torneios no Brasil e mundo afora. Para os idosos, ele dá um conselho: “É o melhor esporte para a terceira idade. Mistura exercício, relaxamento e contato direto com a natureza”.

Foto Luciana Sotelo

Ronald Gunn atesta o CGG como um dos maiores clubes do Brasil: “Está entre os três melhores campos de 11 buracos”

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esporte

Prata da casa

Foto Luciana Sotelo

Do campo do clube já surgiram vários talentos. Atualmente, o destaque é o jovem Kaio Nascimento, que figura em lugar de destaque no ranking nacional juvenil da categoria, aos 17 anos. Membro da Federação Paulista, ele se interessou pelo jogo cedo, aos 5 anos, por incentivo do pai, Erinaldo Nascimento dos Santos, professor da modalidade no clube. “Meu pai sempre foi o meu referencial. Eu vinha, batia um pouco de bola e acabei pegando gosto pela coisa”. Aos 9 anos, o menino passou a levar a sério o hobby e entrou para a categoria juvenil, na qual permanece até hoje. “Eu fui três vezes campeão de São Paulo, já ganhei três vezes o torneio Aberto de Guarujá, recebi o título de melhor jogador do Clube. Participei também de competições na Bolívia e Califórnia (EUA)”. Para garantir um bom desempe-

Kaio Martins e o seu grande incentivador, o pai e treinador Erinaldo Nascimento dos Santos

O excelente enquadramento do clube oferece belos lagos nas áreas de treinos. Outro atrativo é o restaurante de comida italiana

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Entenda o golfe O golfe é um esporte individual. O jogador está em conflito direto com o campo. A meta é lançar a bola, de aproximadamente 40 milímetros de diâmetro, até um buraco, sinalizado com uma bandeira, relativamente distante, utilizando para isso um taco. O campo pode ter obstáculos como areia, lagos e grama alta. É chamada de hole-in, a jogada em que um jogador acerta o buraco em uma única tacada. Um campo oficial de golfe tem 18 buracos. Vence a partida o jogador que completá-los antes dos adversários, com o menor número de tacadas.

Fotos Luciana Sotelo

nho, ele treina quatro horas por dia, conciliando o amor pelo esporte aos estudos. Para o futuro, pretende investir ainda mais em seu sonho. “Eu quero me profissionalizar, mas é necessário que haja mais incentivo no Brasil. Enquanto isso não acontece, vislumbro o mercado internacional”. O receio de Kaio é explicado por Aragon. Enquanto não surgirem ídolos do golfe brasileiro, como Gustavo Kuerten é do tênis, Pelé, do futebol, o esporte não seduzirá muitas pessoas e nem atrairá patrocinadores. “Lamento o fato de o golfe não ser um esporte rentável aqui no Brasil, fato que desmotiva os atletas a seguirem na modalidade. O golfista pensa: ‘ preciso sustentar minha família ´. Esse esporte não proporciona isso. Enquanto jovem, tudo bem. Mas ao pensar em constituir uma família, o cenário muda.”

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esporte

Curiosidades

No dicionário exclusivo da modalidade existem termos como Tee (pino em que é posta a bola de golfe para dar a tacada); Par (número de tacadas dadas até o fim do buraco); Caddie (carregador da bolsa de tacos do golfista), entre muitos outros. São vários os tipos de tacos, feitos de diferentes materiais, e específicos para as diferentes condições das tacadas. É exatamente na cabeça que os tacos apresentam as maiores e mais visíveis diferenças. Os principais tipos de tacos são divididos nos seguintes grupos: putter; ferros; híbridos; madeiras; e driver. Os principais campeonatos de golfe são: Masters; U.S. Open; British Open; e PGA Championship. Tiger Woods é considerado o melhor jogador do sé-

culo, e já ganhou diversos campeonatos. Especificamente para os Jogos de 2016, ainda não foi definido o formato de disputa. A Federação Internacional de Golfe sugeriu um formato de 72 buracos. O sistema de qualificação deverá levar em conta o ranking mundial da Federação Internacional de Golfe. Os 15 melhores da lista têm vaga garantida, mas com um limite de quatro jogadores por nacionalidade. Depois do top 15, os melhores ranqueados preenchem as demais vagas, com um limite de dois jogadores por nacionalidade. Ao sediar uma Olimpíada, o Brasil terá, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), pelo menos uma vaga garantida na disputa pelo ouro olímpico.

Guarujá é candidata

Foto Luciana Sotelo

Depois de receber a seleção da Bósnia e Herzegovina durante a Copa do Mundo, em 2014, a cidade decidiu lançar a candidatura e logotipos em um evento realizado na sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em outu-

Eunice Leão Grotzinger garante que Guarujá está preparada para receber grandes eventos esportivos

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bro passado. A cidade foi pré-selecionada para receber os atletas. Delegações de vários países já começaram a receber material de divulgação sobre Guarujá, com os detalhes sobre a infraestrutura esportiva, hoteleira e turística. Segundo Eunice Leão Grotzinger, secretária adjunta de Turismo e coordenadora do Núcleo de Projetos Especiais da prefeitura de Guarujá, depois do Mundial, o município ficou mais preparado para receber grandes eventos esportivos. Ela acredita que problemas com infraestrutura de centros esportivos, transporte e segurança não serão empecilhos para receber delegações internacionais. Ela garante que está empenhada em trazer atletas internacionais, inclusive golfistas, para gerar um intercâmbio cultural e movimentar o cenário econômico e turístico da região. Para Aragon, atributos não faltam à cidade, que é detentora de praias lindas, hotéis sofisticados e belezas naturais surpreendentes. “Essa é a imagem que estamos vendendo para chamar a atenção da sociedade e dos atletas. Há lugares aqui cheios de magia e beleza que não se encontram por aí.”

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Fotos Luciana Sotelo

lazer

O Museu dos Escravos foi inaugurado em 13 de maio de 1976. Fechado em 2005, tombado em 2012 e reaberto em janeiro deste ano, como Casa da Cultura Afro-brasileira - Memorial ao Escravizado 22

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Resgate da cultura afro-brasileira Trazidos à força do continente africano, os escravos africanos ajudaram a formar a identidade do nosso país e a construir os alicerces da nossa sociedade urbana. Para manter acesa na memória do povo a história dessas pessoas, que trabalharam duro na formação da nossa nação, o antigo Museu dos Escravos de São Vicente merecidamente passou por reformas e volta a ser um polo de difusão da cultura afro-brasileira em nossa região

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lazer Por Luciana Sotelo Fotos Luciana Sotelo

Os livros contam-nos que a escravidão foi um sistema de trabalho no qual o indivíduo (escravo) era propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado ou confiscado. O escravo não tinha nenhum direito: não podia possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas era sempre castigado e punido. Também não existem registros precisos dos primeiros escravos negros que chegaram ao Brasil. Eles eram trazidos em navios negreiros, em condições miseráveis e desumanas. Quem sobrevivia à viagem era vendido para os senhores e trabalhava nas mais variadas funções subalternas. Mas o que fazia esse povo além de sofrer? Para resgatar um pouco desse cotidiano marginalizado, o falecido escultor Geraldo Albertini veio de Capivari para a cidade de São Vicente, com o sonho de transformar em obras de arte o que muita gente só conhecia por palavras. Eis que no simbólico dia 13 de maio de 1976 ele inaugurou o Museu dos Escravos. O historiador Marcos Braga conta: “Foi um dos primeiros museus do Brasil com o tema escravo. E, com certeza, o pio-

O historiador Marcos Braga destaca que Geraldo Albertini tinha um estilo próprio: “A principal característica era a figura do preto velho e da preta velha nos afazeres simples do dia a dia; ele não relatava o sofrimento”

Acervo permanente O museu possui 135 peças, além das paredes do local, também esculpidas pelas mãos de Albertini. Todas as peças foram restauradas pelas especialistas Deise Domingues Giannini e Nora Valter. A exposição começa com os

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indígenas do Brasil. Na primeira cena, a presença do poder português também ganha espaço, junto com as caravelas e a religiosidade configurada no cristianismo. Segundo o coordenador do museu, Renato Santos de Azevedo, “cenas do

trabalho e da presença animal desse contexto também são materializadas pelo artesão. A influência do negro na cultura e na música também está retratada, bem como a presença feminina e o preto velho. Por fim, há cenas que representam a Lei Áurea”.

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Fotos Luciana Sotelo

O museu possui 135 peรงas dispostas em ordem cronolรณgica, sobre a histรณria dos escravos no Brasil

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lazer

A exposição permanente, com peças esculpidas por Geraldo Albertini, mostra cenas do trabalho e da presença animal, bem como a influência do negro na cultura e na música

Renato Santos de Azevedo faz um convite: “Queremos começar uma nova programação em abril. Os interessados devem entrar em contato para participar” neiro no estado de São Paulo. Geraldo tinha um estilo próprio, seguia a linha primitivista voltada ao folclore. A principal característica era a figura do preto velho e da preta velha nos afazeres simples do dia a dia; ele não relatava o sofrimento”. Em funcionamento de 1976 até 2005, o museu foi fechado por falta de manutenção. Muitas peças do acervo se perderam, a estrutura da casa ficou comprometida e pensou-se até na demolição do imóvel, conta Braga. “Foi então que a comunidade afro juntou-se para lutar pela recuperação do espaço. Em 2012, veio a resposta: a casa foi tombada pelo Conselho Municipal”. Em março de 2014, os trabalhos de recuperação foram iniciados e custeados com recurso do Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias (Dade), do governo estadual, no valor de R$ 300 mil. A obra foi gerenciada pela Secretaria de

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Fotos Luciana Sotelo

Obras. O projeto teve como objetivo a restauração e impermeabilização da fachada, com painéis em relevo feitos pelo ceramista e escultor Geraldo Albertini, falecido em 1999. Por solicitação da comunidade, entidades culturais e representantes do segmento afro-brasileiro, o antigo museu passou a se chamar Casa da Cultura Afro-brasileira Memorial ao Escravizado. “Independente da mudança do nome, o mais importante é a manutenção da memória de Geraldo Albertini. Queremos que todos assumam a casa como um espaço de discussão e de ampliação da cultura afro”, completa Braga. De acordo com Renato Santos de Azevedo, coordenador dos Centros de Convivência e Formação da Secretaria de Educação de São Vicente, responsável pela Casa da Cultura Afro-brasileira, a ampliação do conceito atende a uma norma do Estatuto da Igualdade Racial, uma legislação

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de 2010 que estabelece as formas de conexão, que o governo e a sociedade têm para construir a memória, tradição e inovação dessa cultura. Disse ele: “Escolhemos esse nome para pontuar que existem várias realidades. Antes de o negro ser escravizado, ele era livre na África. Queremos tirar o estigma de que o negro era somente escravo. Queremos ampliar o conceito”. O grande legado da casa, segundo Renato, é receber todas as manifestações afro-brasileiras com olhar no Brasil. “Vamos receber projetos de associações e quaisquer entidades ligadas à temática. Queremos que todos possam interagir com a casa. Vamos formar um espaço vivo junto a nossa exposição permanente. Já temos alguns quadros de pessoas da região, de São Paulo e até do exterior. Queremos começar uma nova programação em abril. Os interessados devem entrar em contato para participar”.

Ambiente também tem a presença indígena e a do poder português, junto com as caravelas e religiosidade configurada no cristianismo

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lazer

Foto Luciana Sotelo

Dentre as atrações, destaque para as paredes esculpidas pelas mãos de Albertini

Geraldo Albertini Filho de Ricardo e Benedita Albertini, Geraldo nasceu em 11 de outubro de 1933, em Capivari (SP). Apaixonado pela natureza e folclore brasileiros desde a infância, sua brincadeira favorita já era a de esculpir pássaros e lendas nacionais em argila. Ele deixou a escola aos 10 anos e cresceu como contínuo de escritório e funcionário público. Aos 23 anos, fez uma miniatura de um negro em plena usina de açúcar e, desde então, o seu hobby se tornaria sua principal profissão. Orientado pelo pesquisador João Chiarini sobre cultura negra, Geraldo dedicou-se, finalmente, aos 35 anos, a fazer centenas de obras relacionadas à luta do povo escravo no Brasil Império. Para a confecção dos bonecos de argila e madeira, ele usava um conjunto de pente, canivete bem afiado e o típico clipe arredondado de forma tosca preso numa madeira. Suas réplicas foram expostas em Piracicaba, Capivari, São Paulo, Tietê, Campinas, Getulina, Cubatão, Rafard e, desde os seus 39 anos, em São Vicente. Na cidade, produzia modelos em sequência na Ilha Porchat e na Biquinha de Anchieta. Aos 43, ao alcançar 800 peças, idealizou o Museu do Escravo, no qual guardou sua coleção desde sua inauguração em 1976. Lá, o artesão explicava cada parte da sua coletânea aos visitantes, como: pilões, carro de bois, instrumentos de tortura e figuras do líder quilombola Zumbi dos Palmares e do ex-ministro da Justiça Euzébio de Queirós. Com o tempo, contou com o apoio e restauração de um “discípulo”, o artesão Irineu Beck. Ganhou notoriedade enviando obras para a América, Europa e África. Marido de Janine Caetano Albertini e pai de sete filhos, Geraldo faleceu na cidade em 14 de dezembro de 1999.

A Casa da Cultura Afro-Brasileira fica dentro do Parque Ecológico Voturuá (rua Dona Anita Costa, s/nº, Vila Voturuá, São Vicente) e funciona de terça a domingo, das 10h às 17 horas. A visitação é gratuita.

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ser sustentável

A BALEIA triste Por Marcus Neves Fernandes Corre pelas redes sociais a história da baleia ‘52’. O nome, digamos assim, refere-se à frequência com que esse cetáceo emite seus sons – 52 hertz. E o inusitado, nesse caso, é que ela parece ser a única a fazer isso. Todas as demais ‘cantam’ na frequência entre 12 e 20 hertz. E, por ser única, especula-se que jamais seria ouvida por seus pares. Na web, sua história é contada em carregados tons melodramáticos. Estaria o pobre animal “condenado a vagar solitário pela imensidão oceânica”. Ao final das reportagens, leitores se debulham em lágrimas virtuais. Todos, sem exceção, padecem diante de tão triste sina. Lembrei dessa história quando, há poucas semanas, li a notícia de que o Parlamento francês alterou o Código Civil. Agora, assim como em alguns poucos países, animais não humanos passam a ser “seres vivos dotados de sensibilidade”. Para alguns, um grande avanço. Mas, para outros, ainda um pequeno passo diante de um gigantesco desafio: mudar completamente a nossa relação com a vida. Hoje, essa relação é de posse. Perceba. Fulana é dona de um gato, beltrano é o proprietário de um cão, de um boi ou de um cavalo. Não é mera semântica, muito menos discurso politicamente correto. De fato, trata-se da maneira pela qual vemos os animais – são coisas, objetos, propriedades. Assim sendo, não há culpa na consciência pelos 60 bi-

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lhões de vacas, porcos, galinhas e ovelhas, além de diversos outros bichos, como baleias, golfinhos e orangotangos, que são por nós comidos todos os anos – sem falar nos que são usados em laboratórios médicos ou empresas para testes cosméticos. Por isso, pode até ser que leis como a francesa ainda sejam um pequeno passo, mas pelo menos elas jogam um pouco de luz sobre o que está por trás do seu xampu, por exemplo. Nascemos e crescemos com desenhos animados em que animais falam, vestem roupas, dirigem carros, vão à Lua. Nossas crianças veem gatos serem diabólicos; cachorros, amáveis; coelhos, vingativos; porcos, inteligentes. As vacas choram e os ratinhos morrem de rir. Tudo isso parece normal, desde que você não queira transferir o faz de conta para o mundo não virtual, desde que você não proponha que animais têm sentimento e que, por isso, não podem ser trancafiados, nem expostos para deleite de uma plateia pagadora de ingressos. Aqui, no mais biodiverso dos países, pouco se avançou nas últimas décadas. Podemos, talvez, comemorar o banimento das rinhas de galo, da farra (!?) do boi e de algumas pouquíssimas práticas agropecuárias cruéis, como cortar o bico das galinhas para que, quando amontoadas em gaiolas, não biquem umas às outras. Mas nem pense em tentar dizer que uma ave ou um bovino é uma ‘pessoa’, com direitos básicos à vida e à liberdade, legalmente reconhecidos. Você mesmo, ao ler tal proposta, pode estar me achando louco. Na verdade, assumir que animais não humanos devem ter o status de ‘pessoa’ é um sentimento que vem se insurgindo, crescendo, fazendo pensar. No momento, os defensores da ideia de que um bicho não é uma coisa, debatem a velocidade

Foto Divulgação

A história da baleia ‘52’ chama a atenção pela comoção provocada nas redes sociais

com que tal mudança se dará na sociedade. Alguns argumentam que é preciso uma fase de transição, enquanto outros querem que essa mudança jurídica seja imediatamente aplicada a todos os primatas e cetáceos, por exemplo. A ideia é impedir, o mais breve possível, que eles sejam mantidos em cativeiro, a mais indigna das condições de um ser vivo, seja um tatu, uma jacutinga ou um bando de muriquis, os maiores primatas da América, que se um dia foram abundantes na Mata Atlântica do litoral paulista, estão hoje à beira da extinção, principalmente devido à caça chamada de esportiva, ou ao medíocre papel de carcereiros a que nos resumimos.

Para alguns, um grande avanço. Mas, para outros, ainda um pequeno passo diante de um gigantesco desafio: mudar completamente a nossa relação com a vida

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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lazer

Novo espaรงo tem capacidade para 220 pessoas

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Foto Ronaldo Andrade

Nova Concha Acústica

rompe o silêncio Após uma década fechado, ponto cultural que marcou época na orla santista, volta a propagar música e entretenimento de qualidade

Por Luciana Sotelo Foram anos de vazio, de um silêncio absoluto que, finalmente, rompeu-se e deu lugar à diversão e aos aplausos. A história desse charmoso espaço começa em 1980, quando o então prefeito de Santos Paulo Gomes Barbosa solicitou estudos para criar equipamentos de cultura e lazer na orla de Santos. Entre as propostas, foi selecionada a de construção de um anfiteatro ao ar livre, totalmente aberto para o público, voltado a apresentações de peças teatrais, piano, corais, dança e pequenos conjuntos musicais, explica o criador da obra, o arquiteto urbanista Carlos Prates. “Pensamos em um espaço inovador e democrático”. O projeto logo saiu do papel e, em 1981, foi inaugurada nos jardins, junto ao canal 3, a Concha Acústica, num simples gramado, constituída de arquibancada, palco e

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lazer

uma parede acusticamente inclinada. Para Prates, “foi um prazer, na época, contribuir com a cidade. Num projeto compartilhado com os interesses da população”. Tudo andava em perfeita harmonia até que, em 2001, abusos com som alto deram um fim trágico ao equipamento. Um abaixo assinado, motivado pelos moradores dos prédios em frente à Concha, roubou a cena e se tornou sentença: o Ministério Público proibiu o uso de qualquer sistema de amplificação de som. Embargado por mais de dez anos, o lugar caiu no mais completo abandono e foi motivo de mobilizações da sociedade para que fosse feita uma revitalização. “Era preciso encontrar uma solução para o problema”, lembra Prates, autor de outras obras importantes na cidade como a reforma do Aquário, reformulação da

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praça da Independência; integração da prefeitura com a praça Mauá; deque do Pescador, entre outros. Com 40 anos de experiência, o arquiteto entrou novamente em ação. Mediante algumas regras estabelecidas em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A nova concha passou por uma ampla reforma e ganhou recursos acústicos e de controle de som, para evitar impactos ao ambiente e aos moradores da área. Hoje, resgatada, vem de cara nova para conquistar novos adeptos. “Mesmo tendo ficado fechada por muito tempo, ela ainda continua cheia de lembranças coletivas”, conta Prates. O repórter cinematográfico Ilton Fernandes da Costa lembra bem do passado de glória da famosa concha acústica e ficou satisfeito com a retomada das atividades. “Eu frequentava muito a concha. Tenho

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Fotos Anderson Bianchi

Ponto turístico do canal 3 volta à ativa e deve abrir espaço para a música de gêneros variados, ao teatro e à contação de histórias infantis

boas recordações. Vi muita gente boa tocar lá e, ao mesmo tempo, ela é o ponto de encontro dos meus amigos”. A nova concha acústica veio com mudanças significativas, entre elas, destaque para os painéis de vidro em todo o entorno, para manter o som dos eventos restrito ao interior da plateia e palco; cabine de controle de áudio e iluminação cênica; assentos em PVC para o público; caixas acústicas; ventiladores para climatização do ambiente, rampa e sanitários acessíveis, entre outras. Carlos Prates explica: “A reformulação aprovada pelo Ministério Público não oprime o antigo espaço de cultura, muito pelo contrário, sua arquitetura integrada com os painéis de vidro reflete e preserva o charme da velha concha, cuja revitalização ganha ainda mais qualidade ambiental, com som acústico interno de

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Programação Durante a temporada de verão, a Concha teve eventos aos sábados e domingos, às 19 horas. Além do projeto ‘Conchinha’, com apresentações infantis aos domingos, às 10 horas da manhã. A Secretaria de Cultura de Santos informa que, durante o ano, a programação deve ser alterada com prováveis novas datas e horários. O espaço deve contemplar música instrumental, erudita, MBP, jazz, bossa nova, rock acústico, teatro e contação de histórias infantis.

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lazer Fotos Luciana Sotelo

Dentre as inovações do projeto estão os painéis de vidro em todo o entorno, que mantêm o som dos eventos restrito ao interior da plateia e palco

alta qualidade, fazendo, dessa forma, as pazes com o passado mais recente. Evidente que não é mais a mesma concepção, mas conseguimos salvar um espaço de cultura e lazer importante para os santistas”. Compartilha a opinião o músico Tite Franco. Ele toca profissionalmente desde 1992, e teve um capítulo da sua vida inteiramente relacionado à concha. “Não toquei lá no passado, mas foi naquela época que decidi o que eu queria fazer. Eu ia para lá assistir os shows e falava para todo mundo que meu sonho era tocar naquele palco”. E não é que o desejo se transformou em realidade. Mesmo com as restrições, com todos os instrumentos musicais ligados a

uma mesa, que registra os níveis de som e mostra por um sinalizador colorido os indicadores de decibéis, controlada pela administração, Tite ficou emocionado ao cumprir o que havia planejado. “Esse espaço é um marco para a minha carreira. As restrições de hoje não impedem uma boa apresentação. Foi proibido o uso de bateria, mas pode-se usar o caron. Eu prefiro a concha aberta do que fechada, certamente”, enfatiza o músico. Com capacidade para 220 pessoas, a reforma custou R$ 1.009.259,05, de acordo com informações da prefeitura, e foi paga com recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade).

Arquiteto Carlos Prates autor do projeto original e das adequações solicitadas pelo MP

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decoração

Paisagem

paradisíaca Na encantadora praia da Tabatinga, em Caraguatatuba, todos os atributos de um bom lugar para relaxar Por Maria Helena Pugliesi

O mar quase beija as casas que se enfileiram rente às areias claras da praia da Tabatinga. Todas são portentosas e se integram com respeito e harmonia ao cenário que as cercam. Dentro de um condomínio particular, a maior parte delas foi projetada e construída pela arquiteta Selma Tammaro. Esta propriedade, de um empresário paulista, não foge à regra, mas tem suas particularidades. “A família grande – o casal tem quatro filhos, dos 10 aos 23 anos – gosta de receber com estilo, por isso me pediu um projeto refinado, em que a vista para a praia estivesse sempre presente”, lembra a profissional. Selma, então, idealizou uma morada deliciosa, de 1.500 metros quadrados, inteiramente voltada para o oceano. “Todas as salas e suítes têm varanda, é só olhar para fora e se perder na imensidão azul”, diz ela. As elegantes linhas retas da arquitetura destacam-se, sobretudo, na parte onde o living tem pé-direito duplo de 9 metros de altura. Aqui, um grande vão, de 10 metros de largura por 15 metros de comprimento, recebeu portas imensas, que se abrem por inteiro, unindo ambientes internos e externos. “Foi um desafio fechar esse espaço sem esconder a vista, mas conseguimos. Esta enorme porta é composta por seis folhas envidraçadas, pesando cada uma 520 quilos”, explica a arquiteta. No mesmo pavimento do estar, também ficam a sala de jantar, o bar, a cozinha, as dependências de serviço e dos empregados, além de quatro apartamentos para hóspedes. Do lado de fora, o lazer se

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Fotos Gui Morelli Fotos Gui Morelli

Grandes aberturas conectam a sala ao exterior da casa. O resultado é um quadro vivo da estonteante natureza que a cerca

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decoração

No quarto do casal, a elegância do mobiliário se faz presente na cama de cabeceira estofada e nas banquetas de veludo. Já nos espaços de jantar e bar, aço, couro ecológico e mármore se impõem na decoração

Fotos Gui Morelli

desenvolve a partir da varanda social, que compreende ainda a área gourmet e se estende para a piscina. Esta, por sua vez, de borda infinita, funde-se com a linha do mar, proporcionando um visual excepcional. Já o segundo piso foi reservado para a família. Uma passarela flutuante leva à área íntima, composta por cinco suítes, salas de jogos e de leitura, home theater e minicopa. “Os proprietários valorizam a privacidade. Os pais, por exemplo, podem ficar à vontade por aqui enquanto os filhos se divertem com os amigos no andar de baixo. Ou vice-versa”, fala Selma. Completando o elenco de ambientes agradáveis, vale destacar a adega de 300 metros quadrados, instalada no subsolo. Apreciador de vinhos e champanhes, o empresário guarda ali as garrafas que costuma servir em seus animados eventos gastronômicos. Sim, um dos programas preferidos do casal é convidar um chef de cozinha para preparar, na frente dos convidados, seus pratos mais famosos. “A configuração integrada dos ambientes sociais possibilita reunir muita gente e fazer com que todos participem”, conta a arquiteta. O predomínio do branco nos revestimentos e nos estofados tem por objetivo criar a base perfeita para a moradora expor seus coloridos acessórios decorativos,

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Fotos Gui Morelli

alguns trazidos do exterior, outros feitos sob encomenda. “No piso, nós usamos mármore branco, tipo exportação, flameado. Esse acabamento dá um aspecto rústico e realça os cristais que compõem a pedra, lembrando areia. Combinou bastante com os tapetes listrados descontraídos que a cliente escolheu”, diz Selma. Espelhos estratégicos ganham a função de reverenciar a vista. Ao olhar para eles de determinados cantos da sala é possível ver o mar e acompanhar o vai e vem de barcos que passam em frente à casa. Para fugir de modismos e de estereótipos praianos, optou-se por mobiliário moderno, porém de linhas clássicas. Já no paisagismo, a arquiteta não abriu mão de apostar em espécies típicas do litoral. Perfilou imponentes coqueiros em torno da piscina, criando um cenário que deixa o banho de sol ainda mais agradável. “A casa tem tudo o que se espera de um lugar para relaxar, mas, acima de tudo, ela deu à família uma forma mais integrada e gostosa de curtir os finais de semana e as férias”, diz a profissional, que também responde pela manutenção da propriedade.

É na varanda que acontecem os animados encontros gourmet. Vários núcleos de convivência possibilitam conforto a todos os convidados

No andar superior, a passarela que leva aos ambientes íntimos paira sobre o living, reforçando a imponência do projeto Móveis: Artefacto e Conceito - Tecidos e colcha: Regatta - Objetos de decoração: Tania Bulhões - Tapetes: By Kamy Iluminação: La Lampe – Mámores: Itaarte - Pastilha da piscina: H&T Cerâmicas

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Vista da gôndola principal de Aspen, um dos acessos às pistas de esqui 46

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Snowmass A montanha mais famosa do Colorado

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Por Renata Maranhão Embora o verão tenha chegado ao fim, os dias quentes continuam por aqui. Apesar do sucesso das altas temperaturas, há os que prezem os requintes do inverno. Com as estações em oposição, a América do Norte torna-se referência para quem procura o frio. Aspen é um destino famoso para quem curte esportes de neve ou simplesmente querem tentar descer pela primeira vez as íngremes montanhas brancas. A revista Beach &Co buscou o know-how de quem conhece a mais famosa montanha do Colorado, Snowmass, como a palma da mão. Gabriel Ganme é especialista em medicina de expedições e esportiva, e garante: “Qualquer viagem que implique o contato com um ambiente diferente do habitual deve ser devidamente preparada. Mudamos de ambiente quando nos defrontamos com um clima diferente, um ecossistema desconhecido e alguma realidade que não dominamos. Mesmo que o corpo humano

tenha uma grande capacidade de adaptação, podemos facilitar o processo, reduzindo tempo e sacrifícios físicos. Prevenção é a melhor saída.” Viajantes que têm zonas de altitude como destino, tendem a perder peso nos primeiros dias. Mas tudo não passa do corpo humano lutando para se adaptar à altitude, porém deixando o corpo mais debilitado e com sensação de cansaço. “O sucesso da aclimatação depende de um processo orgânico que envolve os sistemas pulmonar, cardíaco, vascular, excretor etc. Ao diminuir a pressão de oxigênio em grandes altitudes, o organismo estimula mecanismos que podem levar mais oxigênio às células. Por consequência, respiração e pulsação aumentam, levando ao falso emagrecimento e debilitando o corpo”, diz Ganme, que frequenta o inverno americano há muitos anos e nos garante dicas locais que vão fazer a sua viagem muito mais proveitosa.

O centrinho de Snowmass é bem estruturado e com bela arquitetura. Ao lado, uma das tradições: comer marshmallow no alto da montanha

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Foto Gabriel Ganme

Jovens e amantes dos esportes radicais encontram o lugar ideal para a prรกtica do snowboard

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Dicas para avançados Uma das pistas mais longas, entre árvores, é a Long Shot. Requer uma caminhada em subida, cerca de 500 metros, com paisagem espetacular. Hanging Walls é a pista (fora de pista) para quem quer muita adrenalina, desde que saiba o que está fazendo e está acostumado ao “freeriding”. Para quem quer esquiar em terrenos completamente virgens, a empresa Powder Tours fornece programas de snowcat (trator de neve) com guias de fora de pista para esqui e snowboard, com a garantia de se esquiar em neve tipo powdere sem qualquer traçado de outros praticantes. O almoço é servido numa cabana no meio da montanha, sem qualquer outro acesso, com comida típica do velho oeste. O tour só sai com boas condições de tempo. Iniciantes: Snowmass tem pistas para todos os níveis, e a escola é bastante completa. A melhor dica é não economizar em aulas, para não gastar no médico. Aulas particulares não devem ser divididas por mais de duas pessoas.

Foto Gabriel Ganme

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No acesso às íngremes montanhas brancas as charmosas cabanas para descanso

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Fotos Gabriel Ganme

Montanha tem paisagens incríveis e grande variedade de pistas para avançados

Para crianças Snowmass tem uma excelente escola de esqui para crianças, mas as atividades de neve são melhor aproveitadas a partir dos 4 anos de idade.

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Foto Gabriel Ganme

O que vale conhecer:

Além de um destino de inverno sensacional, Snowmass e Aspen têm uma série de trilhas e passeios. Algumas destas trilhas só são acessíveis no verão, como Maroon Bells, as montanhas mais fotografadas dos EUA

Dicas do médico Gabriel Ganme “Seja você um novato ou alguém que já pratica esportes de neve, a preparação física é fundamental. Um bom programa de exercícios orientados ajudará a prevenir lesões e permitir que a pessoa aproveite muito mais a montanha. O esqui e o snowboard utilizam músculos que podem ser melhor treinados em programas de musculação e de exercícios aeróbios específicos. E é bom obter orientações sobre a prevenção e medidas para minimizar o mal da montanha (mal-estar provocado por efeito da mudança de altitude), pois Snowmass fica a cerca de 3.000 metros, e certos cuidados precisam ser tomados.” Seguem as dicas: Uma preparação física adequada para este tipo de viagem fará você aproveitar 52

mais, sem as dores da atividade nova. As condições da neve afetam a forma de esquiar e as contusões. A “neve compacta” gera alta velocidade e contusões de impacto. Já o powder está mais associado a torções. Um bom programa de exercícios orientados ajuda na prevenção de lesões (seja novato ou avançado) e permite o melhor aproveitamento da montanha. Deve incluir musculação e exercícios aeróbios por, no mínimo, dois meses (para quem já tem bom preparo geral), diminuindo a carga gradativamente nos últimos 15 dias para não chegar com os músculos fatigados. Ao chegar, comece com atividades leves, tome bastante líquido não alcoólico, evite esforços físicos exagerados. Não te-

nha pressa. Comece devagar e vá progredindo dia a dia. Procure minimizar o mal-estar provocado por efeito da mudança de altitude, conhecido por mal da montanha. Lembre-se que o pico ocorre de 24 a 48 horas da chegada à altitude. Nos primeiros dois dias, a atividade deve ser diminuída. Pode haver insônia, mas remédios para dormir são contraindicados. Use umidificador, pois o ar mais seco pode piorar o mal-estar da altitude. Cuidado também com a proteção dos olhos ao Sol, pois existe maior intensidade dos raios UV. Se a dor de cabeça vier, Ibupofreno é uma boa opção. Se a dor persistir, procure um médico. Beach&Co nº 153 - Março/2015



Produção e fotos Fernanda Lopes

gastronomia

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Uma dupla imperdível Representantes legítimas da cozinha mediterrânea, a abobrinha e a beringela precisam de poucos ingredientes para ficar saborosas

Por Fernanda Lopes Elas pertencem à mesma família, as curcubitáceas. Um nome complicado, mas a forma de prepará-las é bem simples. Azeite, tomate e alho, por exemplo, são a tríade perfeita para acompanhar essa dupla, que tem a cara do verão. São leves, de digestão fácil e muito versáteis. “Devido sua fina casca e polpa macia, cozinham bem rapidamente, o que ajuda a preservar melhor seus nutrientes e versatilidade”, explica a nutricionista Tatiana Branco. De acordo com ela, a beringela é um alimento rico em vitaminas (como a B1, B6, B5), minerais como cálcio, fósforo, ferro e fibra solúvel, além de agentes antioxidantes, que previnem contra doenças, envelhecimento celular e inflamações. “Uma curiosidade: pesquisas com diversas variedades de beringela demonstraram que, quanto mais amarga, maior a concentração de compostos fenólicos, as substâncias antioxidantes presentes no vegetal”. Mas a nutricionista Karoline Jorge lembra que devemos ficar atentos com o preparo. “Evite milanesas e frituras. Prefira os legumes assados, grelhados ou refogados”. Outra vantagem da beringela é a durabilidade. “Não é preciso fazer no mesmo dia da compra. Na hora de armazenar, guarde com casca em saco plástico, que ela se mantém boa por até quatro dias na geladeira”.

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Abobrinha - A abobrinha é uma das variedades das abóboras de casca macia, que englobam a abóbora amarela, chuchu, e a abóbora recurvada, por exemplo. Com baixa caloria (apenas 27kcal por 100g), a abobrinha é composta por 95% de água. É boa fonte de fibras, vitamina C e de folato. “Além disso, contém também betacaroteno, que é precursor da vitamina A no organismo”, explica Tatiana. Magrinhas, saudáveis e deliciosas, essas curcubitáceas rendem receitas deliciosas como a que elencamos aqui. Karoline Jorge explica que, na hora da compra, o melhor é optar pelas menores e firmes, que são mais saborosas. Veja se não têm machucado ou cortes. “Prefira as que têm cabinhos, que duram mais”. O ideal é conservar refrigerada, para que não amadureçam rápido demais. “Se estiverem durinhas e boas, elas duram cerca de duas semanas na geladeira”, diz Tatiana Branco. Beringela comum - Tem forma de pera arredondada ou alongada; casca roxo escuro brilhante, cálice verde fixado à parte superior; polpa branco-esverdeada. Pode ter sabor ligeiramente amargo (especialmente se for muito grande). Os preparos mais tradicionais com esta variedade incluem babaganoush, ratatouille, ensopados, grelhada, frita e à parmegiana.

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gastronomia Beringela japonesa - Tem formato cilíndrico alongado, algumas vezes curva; também de casca roxo escuro, mas estriada (geralmente rajada de branco ou roxo mais claro); cálice roxo a preto fixo no topo; de polpa igualmente macia e sabor suave doce. Beringela branca - Tem um formato de ovo. De cor branco-leitosa, algumas vezes com listras roxas, casca mais dura, polpa firme, macia e ligeiramente amarga. Estas duas últimas são mais indicadas para ensopados, braseadas, assadas, grelhadas e fritas. Além disso, popularizou-se muito o

uso da água/suco da beringela e da farinha de casca de beringela, para emagrecimento e redução do colesterol. Abobrinha italiana - Tem formato delgado, fino e uma cor verde-escura. Sua polpa é mais firme. Há também as de casca amarela. Abobrinha menina ou brasileira - Tem formato com curvas. É verde-clara, com manchas brancas. Sua polpa é mais mole e tem sabor suave. Flor de abobrinha - Na Itália, costuma-se usar a flor da abobrinha que, recheada e empanada, fica uma delícia.

Produção e fotos Fernanda Lopes

Receitas

Lasanha de beringela light Ingredientes 2 beringelas médias; 500g de carne moída; 1 cebola picada; 3 dentes de alho picados; azeite o quanto baste; sal a gosto; salsinha picada a gosto; 3 latas de tomate pelado; 1 cenoura ralada; 300g de muçarela de búfala ou muçarela light; 150g de parmesão light. Preparo Refogue a cebola e o alho. Coloque

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a carne e refogue, soltando bem com o garfo. Acrescente a cenoura ralada e mexa bem. Ponha o sal. Bata no liquidificador o tomate pelado com 1 colher (sobremesa) de açúcar. Junte à carne e deixe cozinhar em fogo baixo por 30 minutos. Depois, acerte o sal e coloque a salsinha picada (se quiser, pimenta também). Reserve. Corte as beringelas em fatias bem finas (use um cortador). Em um refratário alto, de tamanho médio, coloque uma fina camada de mo-

lho. Depois, uma de beringela fatiada. Ponha outra de molho e um pouco de muçarela ralada. Vá repetindo as camadas, até terminar. Por último, deixe molho e salpique o queijo parmesão. Leve ao forno pré-aquecido a 200º C por cerca de 45 minutos, coberto com papel alumínio. Depois, deixe mais um pouco, sem o papel, para gratinar. Dica: se quiser, troque a beringela por abobrinha.

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Bruscheta de abobrinha Ingredientes 1 abobrinha grande; 50g de queijo brie ou camembert; 1 dente de alho, pimenta-do-reino a gosto; azeite o quanto baste; flor de sal e 8 fatias de pão italiano. Preparo Descasque o dente de alho e passe em todas as fatias de pão. Reserve. Fatie finamente as abobrinhas e tempere com azeite e pimenta-do-reino. Esquente bem uma grelha ou frigideira antiaderente e coloque as fatias de abobrinha. Deixe cerca de 40 segundos a 1 minuto de cada lado. Coloque-as sobre as fatias de pão. Salpique um pouco de flor de sal e ponha por cima uma fatia de brie. Leve ao forno pré-aquecido a 200° C até que o queijo derreta. Na hora de servir, acrescente mais azeite. Dica: se não tiver flor de sal, pegue sal grosso e amasse num pilão ou coloque em um moedor.


One Piece

Fotos KFPress

moda

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Pele à mostra Tecidos recortados e vazados continuam em voga Por Karlos Ferrera

Tendo o sportwear como a principal inspiração, o closet das mulheres atualizadas será tomado por peças transparentes e cheias de recortes

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Fotos KFPress

Alexander Wang

Não é de hoje que a tendência de exibir determinada parte do corpo feminino desperta a atenção e curiosidade dos homens. Já as moças do século XIX usavam e abusavam desta artimanha para atrair olhares. Afinal, para a época, esta era uma ousada maneira de demonstrar afeição ao sexo oposto. Os tecidos vazados, sensação deste período quente de verão, e que deve permanecer por mais um bom período, surgem em tramas e recortes e exibem um tantinho a mais de pele, numa garantia de um visual moderno. As peças aparecem em comprimentos curtíssimos ou com recortes estratégicos no meio das peças. A tendência vinda do universo dos esportes traz mais frescor a tecidos pesados e leveza aos mais leves e lisos. Cada vez mais elaborados e cheios de detalhes, os recortes localizam-se nos ombros, região da cintura, golas, barras de saias e vestidos. O jogo esconde e mostra faz toda a diferença e traz muito charme às produções; com essa técnica, é possível valorizar ainda mais determinadas partes do corpo. Para as mulheres bem magrinhas, aposte em recortes na região da cintura, já para aquelas que não se sentem confortáveis com a barriga quase de fora, vale investir em peças com recortes na região do pescoço e ombro. O importante é se sentir linda e antenada com as tendências e garantir um look feminino, sensual e pronto para encarar o calor, mas sem exagerar e equilibrando as peças a outras mais fechadas.

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Balenciaga

Balenciaga

Diferente das rendas, o tecido vazado é menos sutil e romântico

Vestido com tênis: a dupla é a nova queridinha da moda Depois de aparecer nos desfiles de grifes como Chanel e Dior, o tênis ganhou novo status no mundo da moda. Combinado com saias ou vestidos, ele forma um look jovem e atual, além de ser superconfortável. Invistam sem medo!

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Balmain

Balmain

Macacão x macaquinho O macacão feminino e as jardineiras continuam com força no mundo fashion, seguindo a onda dos conjuntinhos e dos looks monocromáticos; é uma das principais tendências da estação. Várias marcas internacionais importantes desfilaram seus modelos e eles ganharam destaque com as celebridades do red carpet.

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Flashes Em evento bastante concorrido, foi lançada este mês, no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo (FrenTur), presidida pelo deputado federal Herculano Passos (PSD/SP)

Solenidade de abertura da Frente Parlamentar em Defesa do Turismo

Mauro Orlandi e o prefeito de Itu Tuize Antonio

Senador Hélio José, secretário de Turismo de Bertioga Pacífico Junior, ministro das Cidades Gilberto Kassab e o prefeito de Bertioga Mauro Orlandini

Pacífico Junior, o deputado federal Alex Manete e Ribas Zaidan

Lançamento da Bancada Paulista dos Deputados

Mauro Orlandini, Pacífico Junior, Beto Mansur e o presidente da Câmara de Olímpia Luiz Antonio Moreira Salata

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Herculano Passos e o deputado federal e coordenador da bancada paulista Milton Montes

Ribas Zaidan, Marcelo Squassoni, Beto Mansur e Mauro Orlandini

Reunião com o ministro das Comunicações Ricardo Berzoini

Ribas Zaidan, senador Helio José, Ricardo Berzoini e Herculano Passos

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Marcelo Teixeira, pró-reitor administrativo da Unisanta, filiou-se ao PSD durante cerimônia na Câmara Municipal de Santos

O prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa, o ministro das Cidades Gilberto Kassab e Marcelo Teixeira

Família Teixeira: Marcelo, Valéria Simões, Caroline e Marcelinho

O secretário de Cultura de Santos Fabio Alexandre Nunes e Mauro Orlandini

Débora Pereira assume Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda

O presidente da Câmara Municipal de Bertioga Luis Henrique Capellini, o prefeito de Bertioga Mauro Orlandini e Débora Pereira

Secretários municipais e vereadores prestigiaram a posse de Débora

Em Bertioga...

Fernando Senna

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Antonio de Carvalho

O secretário interino de Obras e Habitação de Bertioga Ideval Gorgônio Primo e o deputado federal Marcelo Squassoni

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“Destaques” // Luci Cardia Um dos nossos mais ilustres bertioguenses, Antonio Rodrigues, completou 90 anos, festejado com muita alegria ao lado de filhos, netos, bisnetos e amigos

Família maravilhosa: os filhos Wilson, Rosely, Antonio, José e Marly Rodrigues, com os pais, Antonio e Cleonice

O casal anfitrião Cleonice e Antonio Rodrigues

O lindo casal Carol Rodrigues e Fabio Ferreira

Todos eles formam uma linda história de família

Thiago, Juliana, Marly Rodrigues e Haroldo Damato

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Dr. José Cardia, Sueli Del Corso, Toninho Rodrigues, esta colunista, Luiz Carlos Rachid e sua amada Lucineide

Antonio Rodrigues, feliz ao lado dos netos, netas e bisnetos

O aniversariante rodeado de muito carinho e alegria

Elaine Costa, o presidente da Câmara de Bertioga Luis Henrique Capellini, Suely Del Corso e Toninho Rodrigues

Francisco Santos, Delsia e Valdinei Ferreira, e a querida amiga Maria do Céu

O casal Jayme Furtado de Mello e Rosely Rodrigues de Mello ladeado pelos filhos Lucas, Bruno e Guilherme

Wilson Rodrigues, com o pequeno Samuel, Rosangela, o genro Lion Oliveira a filha médica Gabriela Rodrigues

Beach&Co nº 153 - Março/2015


“Alto Astral” // Durval Capp Filho Muita agitação social nesse início de 2015

Dr. Luiz Roberto Colombo Barboza em plena atuação: empenhado na finalização das obras de ampliação do novo Hospital Visão Laser

O diretor da Unip Dr. Edison Monteiro e este colunista, durante apresentação no programa Alto Astral na TV, da TVCom

Neusa Cardoso Rodrigues, em festa surpresa no Tênis Clube de Santos, comemorou os 80 anos de Ariovaldo Rodrigues ao lado das filhas Arines Garbin, Lígia Maria Rodrigues e do filho Rogério Gonçalves Rodrigues

O XXI º Carnaval Liberal de Santos: um sucesso nas barracas das classes liberais representadas pelo presidente dos engenheiros e arquitetos, Ademar Salgosa Jr.; da presidente dos médicos, Sara Bittante Albino; da presidente dos advogados, Heloísa Helena de Souza Ramos e do presidente dos dentistas, José Luiz Negrinho Beach&Co nº 153 - Março/2015

Sérgio Bonito, presidente do Club Design do Litoral, entregou o “oscar da arquitetura”; em 1º lugar, a arquiteta Melba Nadais Aidar, a vice-presidente Lola Assaf e Fauzi Rahim, no Teatro Coliseu de Santos

No Dia Internacional da Mulher, Silvera Santos foi escolhida como representante, num vasto universo feminino, pela sua atuação social e eficácia na profissão

Durante posse na OAB de Santos, o presidente eleito Marcelo Pavão de Freitas, Sílvia Regina Pondé Devonald, juíza desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, e o ex-presidente Alessandro Felipe Jerones

A santista Regina Chirico (ao centro) ao lado de seus filhos Alexander Chirico Mahtuk, Bettina Chirico Sanzone e Marcelo Chirico Mahtuk, quando da comemoração de seu aniversário em São Paulo

Um casal reverenciado pelas suas atitudes altruístas: Elenita Gonzaga de Mello Blanco e José Luiz Blanco Lorenzo

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Quando o assunto é alegria e muita amizade, o carinho da situação fica por conta do empresário José Roberto Zanetti, proprietário da Construtora Rocaz, neste close com o amigo Hugo Rinaldi (à direita)

No Brasil e no exterior, o sucesso absoluto do designer de eventos Luis Maio. Vale comentar que ele está sendo considerado como um dos maiores designers de eventos de todos os tempos, mas o melhor de tudo é que ele está bem aqui no nosso litoral

Close muito especial de Ana Helena Reale Colucci e sua mãe Lucia Reale Colucci

O registro de Marcio Tenório, o Marcinho da Saúde (à esquerda), o presidente da Câmara Municipal de São Sebastião Luiz Antônio de Santana Barroso (PSD), o popular Coringa (centro) e Alessandro Carvalho

O presidente da Câmara Municipal de Ilhabela Adilton Ferreira e seu empenho por uma cidade melhor

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O jovem casal de empresários Carolina e Cleison Kodaira

E para completar o círculo de personalidades da formosa Ilhabela, o empresário Tony Jodar, com sua marmoraria há mais de treze anos, vem deixando a ilha cada vez mais bela

A diretora Lilica Mazer e o sucesso do empreendimento Robb Report do Brasil, em seu quinto aniversário

A empresária Samara Alves (à esquerda) e sua filha Sahynara Alves

Beach&Co nº 153 - Março/2015



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