B&co 152

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ao leitor Foto Arquivo familiar

ANO XIV - Nº 152 - Fevereiro/2015 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Audrye Rotta (Mtb 76.077/SP) audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Karlos Ferrera, Luciana Sotelo, Luci Cardia, Marcus Neves Fernandes, Maria Helena Pugliesi, Mayumi Kitamura, Renata Maranhão e Tamara Caetano Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

De pai, para filho... Quantas histórias de amor, dedicação, parceria e incentivo descobrimos durante a produção de nossa reportagem de capa! Ao ver Gabriel Medina no alto do topo do surfe mundial, muitos de nós não têm a mínima ideia sobre a difícil trajetória para se chegar nesse alto nível competitivo e realizar um sonho alimentado desde muito cedo, o de ganhar a vida por meio do esporte, de se tornar um atleta profissional. Em nossa região, muitos atletas galgam esse caminho. E qual seria o fator mais importante para se chegar ao sucesso? A resposta está na família. Na foto acima, o atleta Deivid Silva, ainda pequeno, ao lado de seu pai, Clayton Silva, em dia de treino, em pleno inverno. Deivid Silva é o atual campeão sul-americano e terceiro colocado no mundial pró-júnior, do ano passado. Neste mesmo ângulo poderiam estar Gabriel Medina e Charles Rodrigues, Filipe Toledo e Ricardo Toledo, Vagner Pupo e Miguel e Samuel Pupo, ou Eduardo Mota e Valclei Lemos, só para citar alguns. Todos estes talentosos surfistas paulistas encontram, nos pais, o principal esteio da carreira. Um apoio incondicional, que os mantêm o tempo todo na mesma direção, até chegar ao ponto máximo. Em tempos de desestruturação da sociedade, a vitória de Gabriel Medina e os resultados dos demais servem como exemplo da importância da família no desenvolvimento dos jovens. Resultados estes, que, aliás, trouxeram luz ao surfe paulista e podem incentivar outros meninos, outros pais. Em janeiro, o governador Geraldo Alckmin assinou decreto para inserção do Campeonato São Paulo Prime de Surf, no calendário oficial do estado. E a WSL South América valorizou o Brasil como o principal país do WSL Qualifyng Séries, com quatro etapas por aqui, igualando-nos ao Havaí e Estados Unidos. Uma destas etapas será em Maresias, São Sebastião. Melhor nos acostumarmos com estes termos, pois o surfe já é um dos principais esportes do país e, com tantos talentos em nossa região, certamente este crescimento deverá ser ainda maior. Eleni Nogueira.


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Foto Divulgação Monte Serrat

32 Santos, de ontem e de hoje, no Monte Serrat

Foto Luciana Sotelo

38 Benefícios do tênis, em versão praia

E mais... Surfe paulista

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Ser sustentável

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Decoração 48 Moda 56

Foto KFPress

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Alto Astral

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Foto Luciana Sotelo

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Foto Renata Maranhão

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Intercâmbio: acesso fácil à cultura entre povos

Experiências sem igual no estado da Flórida

Capa

O sebastianense Gabriel Medina, em Teahupoo

Foto Kirstin Scholtz/WSL

Foto Renata de Brito

Trilhas do Perb pág. 22


esporte

Vida

sobre as ondas No país do futebol, muitos meninos têm um sonho diferente daquele que embalou jogadores como Pelé, Ronaldo, Kaka, Neymar e tantos outros, na infância. A jogada deles é a prancha, e o campo, o mar. Fonte de oportunidades para um futuro em que o mundo é o limite

Foto Munir El Hage

Por Fernanda Mello

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Assim como os bons de bola, os surfistas profissionais começam, no esporte, bem cedo, em média, aos quatro ou cinco anos de idade. A partir de então, dividem o tempo entre a escola, treinos, competições, viagens e muitas responsabilidades. Tudo pelo sonho de ser campeão, de surfar as melhores ondas do mundo e sobreviver do esporte, a exemplo de Gabriel Medina, consagrado dezembro passado, no Havaí, como o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial da categoria, em 38 anos de história do circuito, iniciado em 1976. Aos 21 anos, Gabriel Medina, de Maresias, São Sebastião, tornou-se celebridade pela alta performance no esporte e por seus incríveis aéreos. Começou aos nove anos e, em 2011, tornou-se o mais jovem brasileiro a ingressar no WCT (World Championship Tour). Hoje é o número um do surfe mundial. Ao conquistar o título do Samsung Galaxy

ASP World Championship Tour ele declarou: “Este é o dia mais feliz da minha vida. É incrível que a gente tem um sonho e hoje se tornou realidade, então não estou mais sonhando, é verdade, mas ainda nem consigo acreditar. Sei que este não era um sonho só meu, mas da minha família também e de todos os brasileiros. Muitos caras tentaram, o Fábio Gouveia e o Teco Padaratz, que abriram as portas do circuito mundial para nós, o Adriano de Souza, mas não sei por que, Deus me escolheu para conseguir isso, e só tenho que agradecer a Ele e a todos que torceram por mim, que sei que são muitos. Eu amo surfar e, se não tivesse dinheiro em jogo, eu iria surfar porque amo fazer isso; este título não é só meu, é para todos nós brasileiros”. Quando comparado aos craques da bola Neymar e Pelé, a Ayrton Senna e a Kelly Slater, ele responde: “Não penso nestas comparações. O cara (Slater) é um gigante. Tenho que

Foto Kelly Cestari/WSL

Gabriel Medina comemora título inédito no Havaí. Ao lado, divertindo-se na praia de Paúba, em São Sebastião

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Foto Kirstin Scholtz/WSL

esporte

O melhor surfista brasileiro de todos os tempos, com o cobiçado troféu de número um do mundo, conquistado em dezembro passado

comer muito arroz e feijão para chegar perto dele. Estou buscando trilhar o meu caminho”. O litoral paulista tornou-se um celeiro de surfistas de alta performance, com cinco dos sete brasileiros que, este ano, disputarão o World Surf League (WSL), antigo ASP (Association of Surfing Profissionals). Quatro deles já estavam na elite no ano passado: de São Sebastião, o campeão Gabriel Medina e Miguel Pupo; de Guarujá, Adriano de Souza, o Mineirinho; e de Ubatuba, Filipe Toledo. Para completar o time, Wiggolly Dantas, 26 anos, também de Ubatuba, conseguiu a vaga ano passado e estreia nesta temporada. Inspirados por estes atletas, o que não faltam são garotos de talento dispostos a perseguir o sonho de chegar ao topo. Movidos

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pelas ondulações, trocam qualquer coisa por um bom dia de surfe, e treinam pesado para chegar ao pódio, conquistar patrocínios e, por que não, fazer um pé-de-meia. Ao escolherem as ondas, a vida destes garotos torna-se bem diferente dos típicos adolescentes. Treinam com qualquer tempo e condição, acordam cedo, precisam se alimentar bem, abrir mão das baladas e lidar com a pressão por resultados nas competições. E têm ainda as viagens e a distância da família, tão inerentes como o mar e a prancha. Namoro é uma seara que os surfistas nem mencionam. Muitos dizem não ter namorada e, os que têm, contam que só veem as eleitas nos intervalos das competições. Em resumo, essa é a história de Adriano

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Foto Paulo Barcellos

Adriano de Souza, o Mineirinho, saiu de Guarujá e ganhou o mundo. Ele representa o Brasil no circuito mundial desde 2006

Miguel Pupo é outra referência forte do litoral paulista, no circuito mundial

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Foto Munir El Hage PMSS

Fotos Divulgação/Red Bull

de Souza, o Mineirinho de 28 anos. De família pobre, foi por meio da prancha que saiu de Guarujá e ganhou o mundo, representando o Brasil no circuito mundial desde 2006. Entre seus feitos, já derrotou, em cinco ocasiões, a lenda Kelly Slater, onze vezes campeão mundial, e foi o primeiro brasuca na história do Circuito Mundial a vencer a tradicional prova em Bells Beach, na Austrália, correspondente à segunda etapa do WSL. Como conselho para os jovens surfistas, Mineirinho é bem claro: persistência. “Tem que sempre manter a cabeça erguida. O cara que é persistente tem uma certa vantagem por acreditar mais que qualquer um. Muitas dificuldades surgiram no meu caminho, mas nenhuma me fez desistir de alcançar os meus objetivos”. De Ubatuba, Filipe Toledo, com 19 anos, é a prova de que o sacrifício e o esforço são recompensados. Ele estreou no circuito mundial com 18 anos e, hoje, é uma das estrelas da elite do surfe. “Fiquei muito feliz por ter entrado no tour logo no primeiro ano de tentativa. Sei que há atletas que aguardam cinco, seis anos”. Filho do também surfista Ricardo Toledo, o Filipinho, como é mais conhecido, tem a vida toda dedicada ao esporte. Já surfava aos quatro anos. Passou pelas categorias de base e se desdobrou para conciliar treinos, viagens e estudos. “Os professores e os amigos me ajudaram bastante com os trabalhos escolares, porque estava sempre viajando, mas consegui me formar no ensino médio”.


Foto Daniel Smorigo/WSL

Foto Daniel Smorigo/WSL

Foto Munir El Hage

esporte

Filipe Toledo foi o campeão da WSL Qualifyng Séries 2014

Miguel Pupo, 24 anos, também é filho de um surfista profissional, Wagner Pupo. Aos 21 anos, o surfe lhe rendeu a casa própria em Maresias. Como os demais talentos de sua geração, Miguel subiu cedo na prancha, incentivado pelos pais. Aos 4 anos já surfava. E tem mais reforço paulista sendo lapidado para ingressar na elite. Muitos são introduzidos cedo no esporte pelos próprios pais e, logo, transformam a brincadeira em coisa séria. Valéria Almeida Silva, mãe de uma das grandes revelações do surfe nacional, o atleta Deivid Silva, 19 anos, de Guarujá, explica que ela e o marido sempre acompanharam de perto o filho, desde os cinco anos, quando entrou no mundo das competições, para orientá-lo e garantir que ele seguisse no caminho certo. “Demos

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bom exemplo ao nosso filho, mostramos como deve ser um verdadeiro atleta e, até hoje, procuramos sempre estar com ele nas viagens, quando é possível”. O apoio e o investimento em Deivid não foram em vão. O garoto da Prainha Branca, em Guarujá, atual campeão sul-americano pró-júnior, e terceiro colocado no mundial da categoria, em 2014, entra este ano na disputa por uma vaga para o WCT de 2016, por meio das competições do Qualifyng Séries (QS). Deivid já realizou o sonho de vários surfistas ao passar temporadas no Havaí, Austrália e Indonésia. Ao todo, já viajou para onze países nos últimos três anos. Entre uma viagem e outra conhece culturas diferenciadas, diversifica o paladar, coleciona objetos exóticos, como

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máscaras de deuses havaianos e polinésios e enfrenta situações inusitadas, principalmente, relacionadas a transporte e idioma. Dentre as muitas histórias, Deivid lembra quando ficou “preso” no Japão, durante uma viagem a caminho da Austrália. “Por conta da burocracia de documentos, acabei perdendo o voo da escala e tive que ficar no Japão até o outro dia. Foi uma loucura porque eu não conhecia nada nem ninguém, e ainda tem a questão da língua, mas consegui me sair bem”. Na França, teve as malas extraviadas e, no caminho para o aeroporto, encontrou dificuldades com um taxista que não falava inglês. “Aqui no Brasil falam tanto da necessidade de dominarmos outros idiomas, de atender bem o turista. Mas, na França, não encontrei quase ninguém que falasse inglês. Eles falam a língua deles e a gente

tem que se virar para entender”. Entre uma viagem e outra, o jovem talento volta para casa, encontra os familiares, os amigos e renova as energias. “Estou construindo minha vida no surfe. Vivo para isso e espero que seja sempre assim”. Além do talento natural, a possibilidade de ter uma profissão e de ganhar um bom dinheiro também servem de atrativos para a carreira no mar. Especialista em surfe, Marcos Bukão acompanhou a trajetória de praticamente todos os surfistas da nova geração e diz que, para muitos jovens, especialmente os de origem humilde, o surfe representa a chance de ascensão profissional. “É como o futebol. Por isso, você percebe que muitos meninos se dedicam com gana mesmo”. O guarujaense Victor Bernardo é um bom exemplo disso. Ele começou a competir aos 8 anos e foi por meio de seu patroci-

Foto Valclei Lemos

Foto Nael Domingues

Deivid Silva é o atual campeão sul-americano prójunior e terceiro colocado no mundial da categoria

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esporte

nador, a Hang Loose, que a família saiu do bairro Morrinhos, um dos mais populosos da cidade, e foi morar no Tombo, junto à praia. Atualmente no time dos melhores surfistas do Brasil, Vitinho, de 17 anos, sempre viaja para treinos e competições internacionais, como preparação para entrar na fase profissional a partir do próximo ano. Já foi para o Peru, Costa Rica, El Salvador, Panamá, México, Califórnia, França, Indonésia, África e Havaí. “Esta é a parte que mais gosto na vida de surfista”. Mas, para isso, abriu mão de coisas comuns da infância e da adolescência, como a continuidade dos estudos, amigos e as badalações típicas da idade. “Troquei tudo para ir atrás das ondas. Sempre tive o apoio da minha família, o que tornou a minha escolha mais fácil”. Para Victor, há outras coisas por trás da vida de atleta do mar que as pessoas nem imaginam. “Passamos por situações difíceis, como dormir

em aeroportos, ficar 10 horas esperando o próximo voo para chegar num destino, e não ver a família direito”. A trajetória de um inspira o outro e, assim, surgem os novos talentos. É o caso de Eduardo Motta, o Dudu, 12 anos, a mais recente revelação da Prainha Branca, em Guarujá, que já coleciona o tetracampeonato paulista, em sua categoria. Por morar a três minutos da praia, Dudu sempre teve o mar como quintal. O pai Valclei Lemos Motta ensinou-o a surfar aos três anos. “Logo que o vi descendo a onda e já tentando virar, percebi que ele tinha jeito para a coisa”. Para conciliar a escola e o esporte, ele tem uma rotina regrada, típica de um atleta. Levanta às 5h30 para estudar e depois do colégio, pega a prancha e treina na Prainha à tarde. Ainda tem que reservar um tempo para os deveres de casa. “Gosto disso”, resume o garoto, que adora estrear pranchas novas, e já tem muitos títulos de

Foto Daniel Smorigo/WSL

Recorrente e imprescindível na carreira destes talentosos garotos é o apoio incondicional dos pais. Todos acompanham e apoiam os atletas desde muito cedo, em média aos 6 anos, quando entram no mundo das competições

Victor Bernardo prepara-se para entrar na fase profissional a partir do próximo ano

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Fotos Munir El Hage PMSS

A nova geração vem com tudo. Samuel Pupo, de 14 anos, é dono de seis títulos estaduais

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Kauê Germano, atual campeão paulista nas categorias sub 12 e sub 13 Foto Ricardo Faustino PMSS

sua categoria na bagagem. Outros dois destaques dessa nova linhagem são os sebastianenses Samuel Pupo, 13 anos, e Kauê Germano, 12 anos. Atual campeão paulista nas categorias sub 12 e sub 13, Kauê Germano foi escolhido, por dois anos consecutivos, 2013 e 2014, como embaixador do Brasil pela ISA Awards Scholarships (Associação Internacional de Surf), o que lhe garantiu uma bolsa (auxílio financeiro). Apenas pode concorrer à bolsa quem estuda em escola pública e obtém boas notas nas avaliações. “A cada três meses, preciso enviar o boletim escolar do Kauê para a associação. Para receber esse benefício, ele deve ter compromisso com a escola”, fala a mãe Ana Cristina Germano. Morador na praia de Juquehy, na costa sul de São Sebastião, o atleta participa de competições nacionais desde os sete anos e já fez duas viagens internacionais (Peru e Costa Rica) para treinos. A mãe acredita no potencial do filho. “No que depender de mim, ele vai chegar lá. Eu sou autônoma, tenho um carrinho na praia e tudo o que ganho invisto nele”. Dono de seis títulos estaduais, Samuel Pupo, 14 anos, carrega na bagagem a experiência de dois profissionais, o pai Wagner,

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esporte Eduardo Motta, 12 anos, já coleciona o tetracampeonato paulista, em sua categoria

Foto Vagner Dantas

Foto Valclei Lemos

ex-atleta, e o irmão Miguel Pupo. Começou a surfar aos dois anos de idade e a competir com seis, claramente influenciado pela atmosfera familiar. “Eu nunca criei expectativa em relação aos meninos, mas sempre gostei que a minha família me acompanhasse nas competições, e acho que isso fez eles pegarem gosto”, disse Wagner Pupo. A família Pupo vive do surfe e Wagner tem orgulho disso. “Vivi do surfe, como atleta, durante 23 anos, depois, quando chegou a hora de parar, já pensei numa forma de continuar nessa área e criei minha fábrica de pranchas, aqui na costa sul de São Sebastião. Os meninos também começaram a surfar e deram sequência”. Wagner vê o título de Gabriel Medina como uma excelente oportunidade para o surfe brasileiro. “Na minha época, o surfe era malvisto. Hoje, você passa na praia e vê muitos pais empurrando os filhos nas ondas. Acabou aquela imagem ruim e o esporte é visto como algo limpo, bonito e promissor, como qualquer outro. A vitória do Medina vai ajudar ainda mais os novos surfistas”, disse. No momento dessa reportagem, Samuel e Miguel Pupo encontravam-se no Havaí, para treinos. A temporada 2015 teve início em 5 de janeiro, em Huntington Beach, na Califórnia, nos Estados Unidos, com a primeira competição do ano válida pela WSL Qualifying Series 2015, fase que seleciona 10 surfistas para ingressarem na elite do surfe mundial em 2016. Já a disputa pelo título mundial, na qual os 22 melhores do mundo brigam pelo título e pela manutenção na elite, tem início dia 28 de fevereiro, em Gold Coast, na Austrália. Para acompanhar o desempenho dos atletas acesse www.worldsurfleague.com.

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Fotos Renata de Brito

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Ponte sobre o rio Guaranduva, na trilha d’Água e, ao lado, trecho da trilha de Guaratuba

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Trilhas d´Água e do Guaratuba, Foto Dirceu Mathias

novas atrações para os ecoturistas Encravadas em pleno Parque Estadual Restinga de Bertioga, elas são as primeiras, das cinco possíveis, liberadas para visitação

Por Mayumi Kitamura Um desejo antigo e discutido há muitos anos em Bertioga tornou-se real. No final do mês passado, duas trilhas do Parque Estadual Restinga de Bertioga (Perb) foram oficialmente abertas para visitação. Neste primeiro ano, os interessados podem fazer as trilhas d’Água e do Guaratuba, somente por meio de agências de turismo e operadoras de receptivo cadastradas na prefeitura local. Esta liberação é fundamental para o desenvolvimento do ecoturismo na cidade, que possui muitos locais a ser explorados, mas ainda fechados, em sua maioria. Conforme os resultados obtidos com as visitas, iniciadas dia 2 deste mês, serão analisadas todas as adequações e possibilidades para a abertura das demais trilhas (são mais três) pela Fundação Florestal, órgão vinculado ao governo do estado, responsável pela gerência do Perb. Quem adentra uma dessas trilhas tem a oportunidade de sentir a natureza de maneira única. A lama, os mosquitos e o longo trajeto tornam-se insignificantes diante da

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turismo

exuberância da paisagem natural, composta por ricas flora e fauna. Na abertura oficial, realizaram-se visitas técnicas nos dois roteiros de grau médio de dificuldade. Troncos no meio do caminho, trechos escorregadios e outros íngremes foram alguns dos obstáculos a ser superados, todos com o auxílio de monitores ambientais. A importância deste acompanhamento, exigida para o passeio, deve-se às questões de preservação e orientação no local, conforme explicou Carlos Zacchi Neto, gerente regional da Fundação Florestal. “Esse monitor cadastrado fez um curso de capacitação, então ele sabe o trabalho que está fazendo, a sua responsabilidade e os riscos associados à visitação em ambiente natural, por isso a necessidade de acompanhamento”. Provavelmente intimidados pela presença do grupo de aproximadamente 20 pessoas, os animais não deram as caras, mas eram

perceptíveis. O canto dos pássaros em substituição aos fones de ouvido que pudessem transmitir qualquer música produzida pelo homem e, no retorno da trilha do Guaratuba, os visitantes surpreenderam-se ao encontrar pegadas, possivelmente de uma jaguatirica, deixadas em um trecho de areia. Bromélias de inúmeras variedades e árvores centenárias mostram um pouco da restinga, bioma raro devido à ocupação urbana próxima à orla. As trilhas não possuem qualquer indicação de rotas ou das espécies de vegetação encontradas ao longo do caminho. É a natureza em seu estado puro, de conservação. A preservação por parte dos visitantes, aliás, é essencial para que outras trilhas sejam liberadas, conforme observou o prefeito de Bertioga Mauro Orlandini. “Temos tudo para explorar, cada vez mais, esta e outras trilhas. Desta vez, duas trilhas foram liberadas, mas, com certeza, as outras também serão a partir do mo-

Fotos Renata de Brito

Trilha d’Água tem 2,7 quilômetros de extensão

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Foto Mayumi Kitamura

mento que provarmos que sabemos usar com respeito, preservando acima de tudo”. Segundo a Fundação Florestal, os atrativos das trilhas estão em fase de regulamentação, por meio de um Plano Emergencial de Uso Público, criado em conjunto com o Conselho Consultivo da Unidade de Conservação, para atender a demanda turística. A operacionalização, incluindo a fiscalização dos trajetos, é realizada pela prefeitura e a Fundação Florestal. O número de visitantes permitidos para cada trilha, determinado em estudos de impacto, é de 50 por período, podendo totalizar 100 pessoas por dia. As agências de turismo são as intermediadoras dos passeios, o que movimenta a economia e o turismo local. O secretário de Turismo, Esporte e Cultura Luiz Carlos Pacífico Jr. disse: “As trilhas vão abrir a oportunidade do turismo sustentável, e as agências poderão fazer este receptivo. As pessoas poderão conhecer uma cidade tão bela como já presenciada em sua orla e canal, agora também mata adentro. Com o trabalho dos monitores e as agências, nós traremos um novo momento para Bertioga. Eu tenho certeza que, com imagens como esta, nós vamos divulgar ainda mais o potencial turístico de Bertioga, em todas as épocas do ano”. Monitor ambiental e um dos proprietários da agência de turismo Colibris, Aloísio Bichir comentou que a abertura das trilhas tem papel fundamental para fomentar o ecoturismo local: “Nós vamos poder vender um produto de ótima qualidade, de uma natureza bastante preservada, e o turista pode vir com toda a segurança, porque nós temos monitores ambientais e uma infraestrutura que está sendo conformada para receber com a melhor qualidade possível”.

Fotos Dirceu Mathias

Foto Dirceu Mathias

Visita técnica à trilha do Guaratuba, quando da liberação. Abaixo, piscina natural do rio Garatuba

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Foto Dirceu Mathias

turismo

Passeios devem ser agendados por meio de agências cadastradas na prefeitura

Trilhas A Trilha do Guaratuba tem percurso de 4.140 metros de extensão e conta com travessia de rio, passagens por áreas de restinga baixa e alta, mata de encosta e mata ombrófila densa (constituída de plantas que exigem chuva constante). O acesso é pela rodovia Rio-Santos (SP-55), no Km 201 (loteamento Costa do Sol - Quadra GH), próximo à captação de água da Sabesp. A trilha d’Água, no bairro Rio da Praia, no Mangue Seco, com 2,7 quilômetros de

Outros caminhos Mais três trilhas fazem parte do Plano Emergencial de Uso Público do Parque Estadual Restinga de Bertioga (Perb) e podem vir a ser liberadas. São elas: trilha de Itaguaré, com 1.140 metros de extensão; trilha de Itaguaré 2, com 220 metros de extensão; e a trilha Bracaiá, com três mil metros. Bertioga conta com pelo menos outras 10 trilhas, a maioria delas em área do Perb ou do Parque Estadual da Serra do Mar (Pesm).

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extensão, é um atrativo especial, que tem como diferencial seu aspecto educativo. Ela permite conhecer o processo de mudança da vegetação de Mata Atlântica preservada, passando pelo manguezal, restinga, mata palutosa (pantanosa), de encosta e ombrófila densa. Além disso, possui atrativos culturais, com a passagem pela linha do bondinho da Usina Itatinga e a ponte de ferro do rio Guaranduva. Complementa o passeio, a aventura da travessia de barco pelo rio Itapanhaú, na ida e na volta. Passeios podem ser feitos diariamente, desde que agendados previamente, com saídas pela manhã e início da tarde. A relação das agências e operadoras cadastradas pode ser solicitada por e-mail. Os interessados devem entrar em contato pelo endereço eletrônico ecoturismobertioga@gmail.com. A entrada no Parque Estadual Restinga de Bertioga sem autorização da Fundação Florestal é proibida. O visitante irregular está sujeito às penalidades da lei.

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ser sustentável

A morte do Parlamento Por Marcus Neves Fernandes Você já ouvir falar no projeto de lei número 219? Pois bem, não vou aborrecê-lo com detalhes. Direi apenas que um grupo de deputados estaduais paulistas apresentou um projeto de lei que, entre outros, diminui as áreas de preservação permanente, inclusive as matas ciliares, justamente aquelas que ficam às margens de rios, igarapés, lagos, nascentes e represas, ou seja, aquelas que são fundamentais para a saúde de nossos mananciais. O nome ‘mata ciliar’ vem do fato de ser muito importante para a proteção dos cursos d’água, tal como são os cílios para nossos olhos. Permitir que se desmate ainda mais as áreas de mata ciliar é ir contra tudo que existe de bom senso, é ignorar décadas de estudos e constatações científicas sobre a preservação do precioso recurso hídrico. É um tapa na Carta. Do projeto original, modificado após a gritaria exercida por ONGs e pesquisadores (inclusive de instituições públicas estaduais, como Fapesp, Unesp, Uni-

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camp e USP), restou o que foi aprovado em dezembro e encaminhado para sanção do governador. E é nele, na figura do governador, que reside hoje a esperança de que a famigerada lei não seja sancionada. Porém, isso na verdade pouco importa. Só o fato de o projeto ter sido pensado, redigido e apresentado na Assembleia Legislativa já é, por si só, uma imoralidade. É como se os deputados caçoassem da população, que vive a maior crise hídrica de sua história. Mais uma vez, o poder econômico insano falou mais alto, ditando as regras, mandando às favas o cidadão. E se o governador vetar? Ótimo, mas não muda nada. Mais cedo ou mais tarde, outro projeto do gênero será gestado e apresentado. E, esse sim, é o maior dos absurdos. Como foi possível, dentro do atual quadro de desabastecimento hídrico, ver chegar por meio dos representantes do povo um projeto que prevê desmatamento? Talvez eles queiram acreditar

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(já que nenhum de nós mais acredita nisso) que a crise hídrica deve-se apenas ao calor recorde e ao menor índice de chuvas já registrado nos últimos 84 anos. Hoje, sabe-se que a situação atual está intimamente ligada ao desmatamento, principalmente nos entornos das bacias hidrográficas (veja imagem do Cantareira), processo que, nos últimos 30 anos, reduziu em mais de 70% a cobertura vegetal, contribuindo decisivamente para diminuir a quantidade e a qualidade das águas, tanto superficiais quanto subterrâneas. “Quando há alterações importantes, no sentido de remover vegetação, ampliar a urbanização e iniciar práticas agropecuárias, a bacia perde sua capacidade de armazenar água”. Quem diz isso? Léo Heller, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e, desde dezembro, relator das Nações Unidas para o Direito à Água e ao Saneamento Básico. Sim, pois não basta ter água, é preciso ter água com qualidade e não ‘volume morto’. Aliás, fica aqui a sugestão: que tal fazer uma análise rigorosa desse volume morto, no tocante a metais pesados e outras substâncias altamente tóxicas? E o que fazem alguns de nossos parlamentares? Propõem, por meio do projeto de lei 219, reduzir de 30 metros para 15 metros o limite de desmatamento nas margens dos rios (será que eu é que estou louco?).

Sistema Cantareira antes e hoje, com a crise hídrica

Ah, mas não se preocupe, dizem alguns, afinal, esse ponto da lei será alterado ou até mesmo vetado. E daí? O mais chocante, para qualquer pessoa cujo raciocínio não esteja limitado por interesses político-partidários, é que existiu alguém que foi capaz de propor tal aberração, que conseguiu apoio de dezenas de outros e que contou com a omissão do Estado. Se, mesmo diante de tudo o que estamos passando e do enorme risco que se avizinha, ainda assim nos deparamos com um projeto de lei, como o de número 219, então só posso aceitar a tese de que o Parlamento morreu - se, não de sede, por incompetência e/ou má-fé.

Para não dizer que não sabiam A Amazônia, que já foi erroneamente chamada de ‘pulmão do mundo’, é, na verdade, um gigantesco ‘esguicho’ que, a cada dia, lança 20 trilhões de litros de água na atmosfera. Todavia, nos últimos 40 anos, a Amazônia perdeu mais de 760 mil quilômetros quadrados de floresta. Isso equivalente a 4 (quatro) estados de São Paulo. A maior parte dessa imensa área foi desmatada para retirada de madeira e avanço da agropecuária. Hoje, a maior parte dessa mesma área está degradada, abandonada e improdutiva.

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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www.ilhaverderiviera.com.br O projeto está sujeito a alterações. As fotos, ilustrações e artes são meramente ilustrativas. As perspectivas e plantas são ilustrativas e possuem sugestão de decoração. Os móveis, utensílios, louças e bancadas são de dimensões comerciais, não fazendo parte do contrato de compra e venda do imóvel. Todos os apartamentos serão entregues conforme Memorial Descritivo. O empreendimento será comercializado e tem o registro do Memorial de Incorporação sob R.1, da matrícula 72.304 em 26/4/2011, no cartório 1º Oficial de Registro de Imóveis da Comarca de Santos sob os termos da Lei nº 4.591/64. Intermediação: Praias do Guarujá Imóveis e Adm. de Bens Ltda. - Creci 6318-J – Av. D. Pedro I, 1.130 – Enseada – Guarujá – Tel.: (13) 3398-4000.


turismo

Monte Serrat, Foto Tamara Caetano

uma boa aposta

Uma das épocas mais glamorosas da sociedade brasileira, a era dos cassinos, chegou ao fim décadas atrás. Se, para uns, foi uma perda irreparável, para outros foi substituída com louvor por um ambiente de delícias e belezas

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Por Tamara Caetano “Na reunião ministerial de hoje, no Palácio Guanabara, que se prolongou por mais de três horas, o Presidente da República assinou o importante decreto-lei proibindo a prática ou exploração de jogos de azar em todo território nacional.” A nota acima foi divulgada pelo jornal O Globo, no dia 30 de abril de 1946, colocando um ponto final num entretenimento que atraía homens de terno de linho, mulheres vestidas com alta costura, joias de inestimável valor, bebidas caras e, sobretudo, muito glamour. Por cima do feltro verde, perdiam-se e ganhavam-se verdadeiras fortunas. Esses são alguns dos elementos das mágicas noites passadas no interior das casas de jogos. Santos abrigava, na época, quatro grandes locais nos quais se faziam apostas milionárias: o Miramar (Palácio Dourado do Boqueirão); o Atlântico Hotel; o Parque Balneário; e o Cassino Monte Serrat.

O imponente prédio erguido no alto do morro, no começo do século XX, vizinho ao santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat, foi inaugurado em 1927. A aristocracia santista e os turistas utilizavam o bondinho, inaugurado no dia 1° de junho do mesmo ano, para chegar aos festivais oferecidos pelo cassino. O jornal A Tribuna, de Santos, em uma série especial de reportagens sobre cassinos, publicada no ano de 1993, informa que, na época do Decreto-lei 9.215, de 30 de abril de 1946, que proibiu os jogos de azar no Brasil, existiam cerca de 70 estabelecimentos dessa natureza no país e 40 mil trabalhadores na indústria de jogos. A proibição teve um forte efeito econômico, e o presidente da República de então, Gaspar Dutra, justificou a medida com o argumento de que o jogo era degradante para

Foto Divulgação Monte Serrat

No alto do morro, o santuário de Monte Serrat atrai fiéis. O acesso é feito por bondinhos (página ao lado), ou pela escadaria com 402 degraus

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turismo

Prédio do antigo Cassino Monte Serrat, hoje Café Monte Serrat, erguido no começo do século XX

Bondinho Os bondinhos do Monte Serrat são um capítulo à parte na história do morro. O projeto é de autoria alemã e começou no ano de 1910. Devido às dificuldades da Primeira Guerra Mundial (1914/18), uma vez que os materiais da obra eram importados da Europa, o esboço só saiu do papel em 1923. A inau-

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guração aconteceu cinco anos depois (1927), no mandato do prefeito José de Sousa Dantas. O Cassino Monte Serrat foi uma das grandes molas propulsoras para a construção deste sistema funicular, por causa do grande número de frequentadores do local. Após o decreto-lei de 1946, que proibia a realização de jogos de azar no

o ser humano. Muitas publicações da época afirmaram que a forte influência de Carmela Teles Leite Dutra, primeira-dama muito religiosa, foi crucial para a decisão do presidente. O local onde o Cassino Monte Serrat se encontrava, longe do acesso da maioria da população, tornou-se estratégico para os praticantes de jogos clandestinos. A polícia só tinha acesso pelo bondinho ou pelas escadarias do morro, tempo suficiente para os apostadores se dispersarem. Mas não foi por muito tempo que o Cassino Monte Serrat continuou a funcionar secretamente. O prédio, que exerceu seu papel original por 19 anos, entretanto, nunca deixou de receber eventos. A monitora cultural Angela Galletto, que trabalha no local, é testemunha de grandes acontecimentos. Ela diz: “Muitos noivos se encantam com o charme daqui; recebemos casamentos, festas e empresas. Na Copa, as seleções do México e da Costa Rica ganharam um jantar de gala. Nós procuramos manter as características originais.” Os turistas são assíduos frequentadores da antiga casa de jogos. O passeio inicia-se na estação de embarque dos bondinhos; ao chegar ao prédio de quatro andares, os visitantes podem se deliciar na charmosa cafeteria Monte Serrat. Os apreciadores do famoso “cafezinho” têm à disposição um cardápio variado de produtos feitos à base da bebida. O menu

país, a Sociedade Anônima Elevador Monte Serrat (empresa que administra sua manutenção desde o princípio até os dias atuais) rompeu a sociedade com o cassino. A companhia, que não era bem vista por causa do cassino, tornou-se familiar e continuou gerenciando o serviço de transporte aos moradores do morro e visitantes; tornou-se um empreendi-

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ainda conta com salgados assados, sucos naturais, refrigerantes e doces feitos no próprio local. No segundo e terceiro andares ficam os salões de festas que recebem comemorações de casamento, aniversários, workshops, seminários e palestras. No último andar, localiza-se o mirante, um lugar especialíssimo que oferece uma vista privilegiada da cidade com grande destaque para o porto de Santos. Nas paredes do antigo cassino, há fotos expostas de décadas passadas da cidade, com registros dos habitués de então, como Silvio Caldas, Carmem Miranda, os governadores Dino Bueno e Júlio Prestes e muita gente famosa. O horário de funcionamento é das 8h às 20 horas, de segunda a domingo. O Santuário Nossa Senhora do Monte Serrat também fica aberto a visitas.

Os turistas são assíduos frequentadores da antiga casa de jogos e apreciadores das delícias da cafeteria. Nas paredes há fotos expostas de décadas passadas

mento dedicado ao turismo e a atividades socioculturais. O passeio inicia-se na estação de embarque dos bondinhos, que possuem capacidade para 45 passageiros por viagem e levam 4 minutos para percorrer o trajeto de 300 metros. Ele é feito por um sistema de sincronização e os vagões são sustentados por cabos de aço. Na subida, é pos-

sível ver parte das casas e pequenos sítios da comunidade. A escadaria, com seus nichos que representam a Via Sacra feita por Cristo, também é apreciada. O ingresso de ida e volta custa R$ 25,00; crianças até 8 anos de idade, acompanhadas dos pais, idosos e moradores locais não pagam passagem. A estação está aberta de segunda a domingo, das 8h às 20 horas.

A monitora cultural Angela Galletto acompanha o vai e vem dos habitués do local

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turismo Religião e história no alto do morro “Nossa Senhora, me dê a mão / Cuida do meu coração / Da minha vida, do meu destino / Do meu caminho / Cuida de mim.” A popular canção composta por Roberto e Erasmo Carlos, em 1993, dedicada à Virgem Maria, é o retrato fiel dos devotos incansáveis Ao chegarem ao topo dos 402 degraus das escadarias do Monte Serrat, em Santos, os devotos buscam consolo, proteção, ou dão graças pelos sonhos alcançados. Entre as promessas feitas a Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira da cidade, é possível encontrar de tudo, desde pedidos por saúde, por casamentos, e até para passar de ano. Como dizem os funcionários que trabalham na loja de souvenires dentro da capela, os 157 metros que separam o alto da colina do nível do mar não assustam os seguidores da santa. Diariamente, a imagem recebe excursões de alunos do ensino fundamental e médio, grupos de idosos, religiosos e turistas. A devoção à santa está exemplificada na história de Sandra Regina Gomes, enfermeira de 59 anos, e de sua neta Giovanna Gomes de Almeida, de 12 anos. “A Giovanna nasceu de sete meses e os pulmões ainda não estavam completamente formados. Uma amiga minha, que é muito religiosa, disse que eu precisava separar a enfermeira da avó e me aconselhou a fazer uma promessa a Nossa Senhora do Monte Serrat. E eu fiz. No dia 8 de setembro, no dia dela, o médico deu alta para a minha neta. Foi um renascimento, dela e meu... É a única explicação”. De mãos dadas com a avó, Giovanna segue até o velário em frente ao santuário. Como prometido, Giovanna tornou-se uma das maiores admiradoras da santa. Uma vez por mês, elas sobem juntas as escadas do morro, e todos os anos fazem questão de comemorar o segundo aniversário de Giovanna, junto com a festa da santa, dia 8 de setembro. O culto a Nossa Senhora do Monte Serrat é bem antigo e foi iniciado pelo governador ge-

ral D. Francisco Souza, no ano de 1599. Antes de o morro ser batizado com esse nome, era conhecido por São Jerônimo. Em exploração às terras santistas, D. Francisco subiu o monte e a beleza da paisagem chamou sua atenção. E não é para menos. Lá do alto, tem-se uma visão de 360 graus de Santos e de parte dos municípios de São Vicente, Praia Grande, Cubatão e Guarujá. Encantado pela paisagem, D. Francisco ordenou a construção de uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Monte Serrat, de quem o governador já era devoto. As obras foram concluídas em 1604. A dívida de gratidão da população santista com a santa começou no ano de 1614, quando o corsário holandês Joris Von Spielbergen tomou a Capitania de São Vicente, e obrigou parte dos moradores a se refugiar no morro. Insatisfeitos, os holandeses insistiram em ir até lá, atrás dos fugitivos, mas foram soterrados por terra e pedras caídas da montanha. O fato foi associado pelo povo a um milagre de Nossa Senhora do Monte Serrat, o que a consagrou como padroeira do município. O papa Pio XII, em documento oficial do Vaticano, com data de 3 de dezembro de 1954, confirmou o título de Nossa Senhora do Monte Serrat, como Patrona da Cidade de Santos. Em 8 de setembro de 1955, o cardeal Mota, de São Paulo, como legado pontifício, presidiu a solenidade de coroação. Atualmente, o responsável pelo Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat é o padre José Myalil Paulo, que também responde pela Catedral de Santos. Indiano, ele comenta um dos fatores que mais chamaram sua atenção ao chegar à cidade: a afinidade do santista com sua padroeira. “É um sentimento de intimidade muito forte, não importa se é um adulto, uma criança ou idoso. Todos são próximos dela. Eles vão à missa e fazem questão de, antes de sair da igreja, tocar na sua imagem. Mesmo os que têm dificuldades para andar cumprem esse ritual, é uma afeição que não é sempre que se vê”.

Padre José Myalil Paulo fala do amor dos santistas pela santa

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comportamento

Curtição

nas areias santistas

O beach tennis surgiu na Itália e ganhou força ao desembarcar no litoral do Brasil Por Luciana Sotelo

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Foto Luciana Sotelo

Na Ponta da Praia, em Santos, são montadas seis quadras durante a semana e nove aos sábados e domingos, para atender a demanda de praticantes

No verão, boa parte das pessoas aproveita o tempo livre para curtir a praia, refrescar-se no mar e pegar aquele bronzeado. É nesse local de puro lazer que muitos esportes tradicionais e consagrados receberam novas versões. Foi assim com o futebol, com o vôlei e, recentemente, com o tênis. Sim, a modalidade ganhou ares bem mais populares, e o beach tennis tornou-se uma febre no mundo inteiro. E, nas areias de Santos, não é diferente. A atividade surgiu na década de 80, na província de Ravena, Itália, mas só desembarcou no Brasil há pouco mais de seis anos. Primeiro, foi praticada no Rio

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de Janeiro, em 2008 e, no ano seguinte, nas areias santistas, explica Marcus Vinícius Ferreira, atleta profissional que, junto com o parceiro Thales Santos, forma a melhor dupla brasileira e a décima equipe no ranking mundial. Ele diz: “O professor de educação física Rubio Ribeiro foi o pioneiro aqui. Com apenas uma rede, havia cerca de dez praticantes. A aceitação foi muito rápida; logo surgiu uma segunda rede e, em 2010, foi fundada a Associação Santista de Beach Tennis (ASBT) , que promoveu ainda mais a prática esportiva”. Por se tratar de um esporte de inclusão social absoluta, uma vez que é praticado

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comportamento Foto Luciana Sotelo

Marcus Vinícius Ferreira e Thales Santos formam a melhor dupla nacional da modalidade e a décima no ranking mundial

Dupla de Ouro Atualmente, Santos tem a melhor dupla nacional formada por Marcus Vinícius Ferreira e Thales Santos. Um grande incentivo para quem quiser se aventurar nas areias santistas. Marcus é educador físico, especializado em tênis e beach tennis; além disso, é um dos diretores da ASBT e da Federação Paulista de Tênis, no departamento de beach tennis. “Tivemos a chance de conhecer o mundo inteiro competindo. Fomos, inclusive, para a Itália, onde o esporte surgiu. Ficamos 30 dias fazendo aulas e treinamento com os melhores jogadores do mundo. Foi muito bom”, disse o atleta. Já Thales Santos lembra que seu envolvimento deu-se por acaso, após uma parceria com Marcus, que o convidou para participar de um torneio que aconteceria dois meses depois. Durante dez anos, Thales foi jogador de tênis, dos 12 aos 22 anos. Na sequência, optou pelo frescobol e, três anos depois, voltou-se ao beach tennis. Além de jogar, o craque é ainda diretor de relações públicas e internacionais da ASBT; negocia a vinda de jogadores estrangeiros para os torneios e faz divulgação. “O beach tennis é a minha vida, pois consigo me manter financeiramente. Com ele, realizei sonhos, visitei vários países e fiz vários amigos”. Para dar conta de tamanha responsabilidade, os treinamentos da dupla são puxados. “Treinamos, em média, quatro vezes por semana, sendo duas horas de parte técnica; e seis vezes na semana, durante 1 hora, aprimoramos a parte física. Temos que estar prontos para superar novos limites”.

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por homens e mulheres de 6 a 80 anos, hoje, a ASBT já conta com aproximadamente 200 associados (praticantes). A estrutura também cresceu; são seis quadras durante a semana e nove aos sábados e domingos. “Acredito que mais de mil pessoas jogam o beach tennis aqui na nossa região. A ascensão desse esporte é mundial, ele já é jogado em todos os continentes”, afirma Marcus. Além de ser divertido, o esporte é uma mistura de várias modalidades. A essência vem do tênis de quadra tradicional, pois obedece as mesmas regras e faz uso da raquete e da bolinha. Entretanto, possui outras características marcantes. “A quadra é do tamanho da de vôlei (16mx8m); a rede é mais parecida com a do badminton (1,70m de altura), e o jogo em si parece um frescobol competitivo”, define o atleta. O objetivo de cada jogador é devolver ao campo adversário a bola recebida com uma única raquetada, sem deixá-la tocar no chão. Pode ser disputado em simples ou duplas. A contagem é a mesma do tênis convencional e o saque é sempre alto. Qualquer pessoa pode facilmente aprender, comenta Claudia Lissandra Silva Rabelo, uma das instrutoras da Associação Santista de Beach Tennis. As raquetes utilizadas não têm corda; elas medem 50 centímetros, são de fibra e possuem alguns buracos para passagem do ar. O jogo é dinâmico. Para aprender, basta se aventurar nas areias ou se matricular nas aulas que acontecem na praia do Boqueirão. O aprendizado é oferecido pela própria ASBT. “Não é preciso ter raquete, basta um boné, protetor solar, água, atestado médico que comprove as condições do aluno e boa vontade. Em um mês, é possível ter noção de todas as regras; depois, é só praticar com frequência para se aprimorar”. Os benefícios da modalidade são inú-

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Fotos Luciana Sotelo

Luciana Giaquinto aderiu à mania para se livrar dos exercícios físicos em espaços fechados. Já Laura Canais, ao lado, foi atraída pela novidade há quatros anos e hoje é a musa do esporte, em Santos

meros. Por ser jogado em areia macia, exige pouco impacto das articulações e, consequentemente, menor risco de lesão. A frequência cardíaca é elevada, o que melhora e muito a condição cardiorrespiratória do praticante, destaca Claudia. “É uma alternativa para quem quer perder peso e aumentar a massa muscular”. Sem contar a vantagem de estar desenvolvendo uma atividade ao ar livre, em contato direto com a natureza, aponta a farmacêutica Luciana Giaquinto, de 46 anos. Ela resolveu aderir à mania para se livrar dos exercícios físicos em espaços fechados. “Não gosto muito de ambiente de academia; aqui é diferente. Toda aula é um prazer só de ver esse visual incrível da praia. Aqui eu revigoro as minhas energias

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mesmo antes de começar o treino. Estou muito satisfeita”. A comerciante Laura Canais foi atraída pela novidade há cinco anos, logo no comecinho. De início, era um hobby e, em menos de seis meses, passou a competir por prêmios. “Eu moro em frente à praia; entusiasmei-me ao olhar o vigor desse esporte. Me apaixonei e resolvi experimentar”. Após receber aulas, foi rapidamente incentivada a participar de torneios para ter mais confiança e obter mais toque de bola. A partir de então, foi colecionando vitórias e aumentando proporcionalmente sua participação nas competições. “Atualmente, viajo bastante por conta do beach tennis, seja em campeonatos regionais, nacionais e, até, internacionais”.

Bertioga recebe o Open Beach Tennis, dias 21 e 22 deste mês, na praia da Enseada

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Foto Luciana Sotelo

comportamento

Por ser jogada em areia macia, a atividade provoca pouco impacto das articulações

Dona de um corpo invejável, Laura esbanja talento e saúde. Quem a vê em plena ação, não imagina que ela tem 52 anos. Tanta disposição e simpatia lhe renderam o título de ‹musa do beach tennis›, sem nenhum exagero. “Eu fico feliz e acho que o segredo são as corridas aqui na areia. Não é fácil, isso dá muita resistência e um bom condicionamento físico”.

Mania o ano todo Os campeonatos de Beach Tennis são organizados pela ITF - International Tennis Federation. O órgão também divulga periodicamente o ranking de classificação dos atletas. As categorias mais comuns são: simples feminina, simples masculina, dupla feminina, dupla masculina e dupla mista. Existe ainda o profissional - A, B, master - +45, iniciante e infantil. De acordo com Marcus Vinícius, o beach tennis já é considerado uma modalidade esportiva e, em breve, pode se tornar um esporte olímpico. “Esse é o próximo passo. Já teve o torneio pan-americano, ano passado. Já existem os campeonatos mundiais. Acredito que na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, haverá pelo menos alguma apresentação da modalidade, nem que seja paralela. Nossa luta é para isso”.

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Com tantas vantagens em um único esporte, fica difícil resistir. A atriz Paula Batalha, de 23 anos, que o diga. Ela aderiu ao esporte no verão de 2013, mas, por causa de compromissos, teve que parar. Agora, com uma nova oportunidade, não perdeu tempo. “Estou em férias, e resolvi repetir a dose; espero que dessa vez não precise parar mais. A gente corre loucamente, cansa e se diverte ao mesmo tempo. Isso dá uma disposição, agilidade e resistência que não há dinheiro que pague. Sem contar o bronzeado, é uma delícia”. Para quem quiser conhecer a modalidade de perto, uma boa opção é o Bertioga Open Beach Tennis, que acontece dias 21 e 22 deste mês, na praia da Enseada, próximo ao Forte São João, no Centro. A competição faz parte do Circuito Mundial de Beach Tennis (ITF Beach Tennis Tour), chancelado pela ITF - International Tennis Federation e CBT - e pela Confederação Brasileira de Tênis. Vale pontos para os rankings mundial e brasileiro da modalidade, para as categorias de duplas profissionais masculinas e femininas.

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comportamento

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O peruano José Antonio, a coordenadora da ONG Pró Viver Rosângela Cunha e os uruguaios nº 152Sandoval - Fevereiro/2015 Joaquim de LeonBeach&Co e Stefania


Solidariedade sem fronteiras

Por Luciana Sotelo Temporada de verão, época propícia para o turismo e o lazer. Não é por acaso que milhares de pessoas, do mundo todo, chegam à Baixada Santista nesse período. Belas praias, prédios históricos e atrações culturais estão entre as boas opções para um roteiro de férias. Afinal, quem viaja quer curtir. Certo? Nem sempre. Para José Antonio, Stefania e Joaquim, o que os atraiu foi o social. Eles vieram de fora do Brasil, para trabalhar e compartilhar experiência de vida por meio do voluntariado. O trio faz parte de um grupo de cem jovens intercambistas que já estiveram por aqui, desde 2012, quando um escritório da Aiesec (Associação Internacional de Estudantes de Ciências Econômicas e Comercias), foi instalado na região. A Aiesec promove intercâmbios desde 1948 e tem sede em vários países, explica Luciane Santos Alípio, vice-presidente de marketing da unidade Santos. “Somos uma organização de desenvolvimento de lideranças nos jovens e temos um programa de intercâmbio voluntário, que conta com a parceria de instituições, organizações e negócios ao redor do mundo, nos mais de 120 países e territórios nos quais a Aiesec está presente”. Por causa dessa oportunidade e da possibilidade de descobrir e desenvolver seu potencial por intermédio de uma causa social, José Antonio Rodriguez, de 21 anos, saiu de Chiclayo, no Peru, e chegou a Cubatão. Na bagagem, o estudante do quarto ano de administração hoteleira e serviços turísticos trouxe muita determinação, o sonho de conhecer o Brasil e atuar em prol de crianças carentes. Ele diz: “Eu

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sempre tive vontade de ter um irmão mais novo para cuidar dele, mas não foi possível. Eu sempre tive essa paixão pelos pequenos”. Assim que se instalou, iniciou o voluntariado na ONG Pró Viver Obras Sociais e Educacionais, que atende, no contra turno escolar, cerca de 700 crianças e adolescentes, em Santos. Todas as segundas, terças, quartas e sextas-feiras, o intercambista brinca, pinta, canta, conta história, dá atenção e se sente realizado. “As crianças são muito amáveis, gostam de ouvir o idioma espanhol e me contam muitas histórias curiosas sobre suas vidas”. E mesmo preenchendo bem os seus dias, José também atua como um típico turista, quando sobra um tempinho. Há três semanas por aqui, o primeiro programa extra que planejou foi, na verdade, a realização de outro

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comportamento

Giovani da Silva e o intercambista José Antonio. Conhecimentos e expectativas

Joaquim de Leon e o garoto Pedro Henrique. A timidez do menino deu lugar a muita confiança

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grande desejo: conhecer a vila mais famosa do Mundo, ou seja, a Vila Belmiro, além do Museu Pelé. “Eu gosto muito de futebol, uma paixão. E Santos tem atrativos especiais para os fãs da bola”. De acordo com Luciane Alípio, a Aiesec acredita em mudança, no fazer a diferença e no poder de transformação do ambiente. Por essa razão, Joaquim de Leon, de 25 anos, natural de Montevidéu, Uruguai, já ganhou um novo amigo, desde que começou a trabalhar na Pró Viver. “Optei pelo contato com as crianças, em ter a chance de aprender com elas. No começo, elas ficam tímidas. Inclusive, teve um garoto que me chamou a atenção, pois ele não falava nada. Fazíamos atividades e ele não participava. Até que um dia eu deixei uma folha de papel perto dele e, na mesma hora, ele retribuiu com um desenho e, depois, com um abra-

ço. Agora, pra todo lado que eu vou, ele vai junto comigo. Pegou confiança. Isso é muito gratificante”. E Pedro Henrique, de 8 anos, não dispensa elogios para o parceiro: “Gosto muito dele, ele é legal e divertido. A gente brinca de bola e ele deixa eu subir nas costas dele”. Em Montevidéu, Joaquim é estudante de marketing e trabalha com a mãe num comércio local. Por aqui, está hospedado em São Vicente e se considera um grande observador. “Quando visito um país, busco sempre mais do que o turismo. Prefiro ficar na casa de algum conhecido e poder ficar mais tempo. Se não for assim, não tem sentido. Não quero apenas a foto da fachada, quero o retrato fiel de um povo, de uma comunidade”. A moeda de troca que oferece é a amizade sincera. “Nos tempos de hoje, em que o planeta vive em guerra, é importante que os pequenos sejam educados pela cultura da paz, da solidariedade. É muito bom que pessoas de países diferentes possam dar as mãos”.

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Jovens da Pró Viver em atividade com a estudante de psicologia Stefania Sandoval

Aiesec No Brasil, a Aiesec comparece em 23 estados e mais o Distrito Federal. No total, são 77 escritórios; 3 mil intercâmbios por ano; 5 mil experiências de liderança anual; e 200 universidades parceiras. Segundo Luciane, é fácil fazer parte desse grande grupo. “Para ingressar no processo, o interessado deve participar de um evento onde será explicado o passo a passo do processo de intercâmbio”. Entre os pré-requisitos para ser aceito estão: ter entre 18 e 30 anos; estar cursando universidade ou ter terminado, no máximo, há dois anos; respeitar o host (pessoa que o hospeda em casa); elaborar um projeto de acordo com os valores organizacionais; e participar dos encontros de capacitação promovidos pela Aiesec. A estudante Stefania Sandoval, de 24 anos, nascida também em Montevidéu, veio em busca de respostas. Ela é formada em psicologia e colhe material para

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ilustrar sua tese de mestrado. Ela diz: “Além do meu crescimento profissional, espero acrescentar algo na vida dessa garotada. Eles são fascinantes, têm histórias interessantes. Minha tarefa aqui é lapidá-los. Isso é na base da confiança”. A Aiesec da Baixada Santista trabalha diretamente com dois projetos: Bom amigo e GiraMundo, explica Luciane. O primeiro é realizado em casas de repouso. “Os intercambistas realizam a parte de gestão, auxiliando na administração financeira e de marketing ou na parte de interação com os idosos; adaptando a sua rotina, os intercambistas se desenvolvem, pois trabalham com desafios diários e ambiente dinâmico, diferente de seus cotidianos”. O segundo programa tem o foco em creches e ONGs, integra temas como: diversidade, multiculturalismo, cultura, respeito e paz. “Os intercambistas compartilham sua cultura e trabalham esses temas com as crianças, fazendo-as

‘pensar fora da caixa’ e plantando uma ‘sementinha’ dentro delas, caso de José Antonio, Stefania e Joaquim”. Existe ainda mais uma alternativa. Que tal ser um hospedeiro para esses estudantes? O chamado host. Para isso, basta apenas ter uma cama, disponibilidade de seis semanas e a vontade de viver uma experiência diversificada. Então, anote alguns contatos importantes: para intercâmbio: e-mail aiesecsantos@ gmail.com.br ou com a coordenadora de intercâmbios Virginia Menossi (13) 9115 4459. Acompanhe as novidades na página: wwww. facebook.com/aiesecinsantos.

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Foto JCN

decoração

Vamos a la Playa De janeiro a dezembro, a Riveira de São Lourenço, em Bertioga, é o destino certo da família Montovani. Em seu apartamento à beira-mar, eles relaxam e recarregam as energias Por Maria Helena Pugliesi

“Gostaria de vir muito mais vezes para cá, mas os compromissos em São Paulo me impedem. Acho a praia um lugar fantástico, basta estar aqui para se sentir revigorado”, fala o empresário Antonio Montovani. A mulher Arlene e as duas filhas, de 21 e 23 anos, compartilham da mesma sensação: “Amamos este lugar, tanto que é o nosso terceiro apartamento na Riviera”, conta Arlene. Ao longo dos anos, a família foi aperfeiçoando seu recanto praiano,

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e agora acredita que a busca pelo imóvel ideal acabou. “Até que enfim encontramos um apê que se encaixa com nossos desejos e prioridades. Ele tem uma localização maravilhosa, praticamente dentro da praia, e tamanho suficiente para nós e nossas filhas recebermos com conforto amigos e parentes”, explica Antonio. Comprado na planta, o apartamento sofreu poucas, mas significativas, mudanças durante a construção. Prima de Arlene,

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Fotos Celina Germer

A varanda é o lugar mais concorrido do apartamento. Do café da manhã aos churrascos e lanches na madrugada, é aqui que a família e amigos se encontram

Assistir de camarote o pôr do sol ou a Lua iluminando o mar são apenas alguns dos privilégios deste canto do terraço

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a arquiteta Silvia Bitelli orientou o casal em pequenas reformas que aumentaram o conforto do imóvel. Entre elas, estão a substituição da porta que leva à área íntima. “No lugar da convencional, instalei uma de correr, que aumenta a passagem e melhora o fluxo com malas”, conta a arquiteta, que também abriu nichos nas paredes dentro dos boxes dos banheiros para deixar à mão os produtos de banho. Insatisfeita com o piso sugerido pela construtora, Silvia convenceu os proprietários a trocá-lo por porcelanato. “Foi uma ótima ideia. O material é prático de limpar e, branco, os ambientes parecem maiores. Priorizamos o polido, discreto e elegante. Apenas na varanda optamos pelo fosco, pois queríamos um espaço mais rústico”, fala Arlene. Certos de que a preocupação com os móveis só atrapalha no bem-estar dos momentos de lazer, Arlene e Antonio pediram à Silvia uma decoração fácil de manter, sem muitas peças, para não entulhar os ambientes, e cores discretas, uma vez que o colorido do mar já é suficiente para alegrar o apartamento. “Eles também são alérgicos e têm dois cachorrinhos, por isso, priorizei mobiliário que basta um pano úmido para mantê-lo limpo, cortinas de voal, que podem ser lavadas em casa, e nada de tapetes, que só servem para acumular areia e pelos”, lembra a arquiteta. Outro cuidado importante foi com a forte incidência do Sol. “Temos uma vista excepcional para a

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Fotos Celina Germer

decoração

Assim como a mesa de jantar, muitos móveis têm tampos de vidro; além de proteger a marcenaria, facilitam a limpeza As quatro suítes voltam-se para o lado mais silencioso do condomínio. A decoração suave e a boa ventilação também contribuem para reparadoras noites de sono

praia, o que nos brinda com sol quase o dia todo. É gostoso, mas chega uma determinada hora da tarde no verão, que não dá para ficar sem as telas solares abaixadas, nem sem ligar o ar condicionado”, confessa a dona do apartamento. No quarto andar do edifício, os Montovani se sentem realizados com seu refúgio de veraneio de 216 metros quadrados. Quando estão por aqui, o dia começa com um gostoso café da manhã na varanda, continua na praia de mar translúcido e calmo e se alonga preguiçosamente no que a família chama de almojanta: “Eu adoro fazer churrasco junto com os amigos. Como tudo é feito sem pressa, nossas refeições não têm hora para terminar. Conversamos, rimos, saboreamos bons pratos, enfim, praticamos a felicidade”, conclui Antonio.

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Foto Celina Germer

Branco e marrom dão o tom aos ambientes, que ganham alegria com as cores intensas oferecidas pela vista das janelas

Móveis: Brentwood e Breton (sala); Franccino Giardini (varanda); Ornare (quartos); Tecidos: Quaker Decor e Regatta.

Tema central

Comunicação & Relações governamentais Tendências e propostas para o turismo regional

Empresários, profissionais e autoridades públicas reunidos para discutir a dinamização dos negócios do turismo na Região Metropolitana da Baixada Santista.

Mercure Santos Hotel Santos (SP), 25 de abril de 2015 Inscrições gratuitas: www.sehlipa.com Beach&Co nº 152 - Fevereiro/2015

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Foto David Squire/Pixabay

internacional

P么r do sol em 52 Beach Palm

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Flórida Muito além das compras e dos parques Voar de balão, ir a um bar de gelo, mergulhar com tubarão e se hospedar em um hotel embaixo d’água são algumas das diferentes opções de lazer do estado americano Por Renata Maranhão

Quando pensamos em Orlando ou Miami, a primeira coisa que vem à mente são os parques da Disney e boas compras. Mas a Flórida é um estado que vale a pena desbravar de carro, garantindo boas surpresas no caminho, muito distantes do universo comum. Vamos começar por Orlando. A oeste de Orlando, você pode ter a incrível experiência de nadar com os west indian manatees, os dóceis peixes-boi, soltos na natureza. Diferentes do nosso peixe-boi (o da Amazônia), são muito maiores e podem chegar a 4 metros. Eles estão tão acostumados aos humanos, que se aproximam para brincar. Uma experiência inesquecível para adultos e crianças, sem oferecer perigo algum, a não ser para o peixe-boi, que está em perigo de extinção em todas as partes do mundo. Descendo com destino a Miami, Palm Beach é outro lugar que merece alguns dias, por ser uma das cidades de praia mais glamorosas dos Estados Unidos. Para quem procura praias bonitas e esportes aquáticos é o lugar perfeito. Um hotel “pé na areia” permite entrar melhor no clima da cidade, pois não há baladas e as lojas fecham cedo. Em West Palm Beach, é possível nadar com tubarões, uma das aventuras mais extremas que se pode ter hoje. Miami Beach é uma eterna festa. Praias bonitas e ensolaradas, público diversificado e vida noturna agitada são as certezas do destino. O bairro de Wynwood fica ao norte de Miami. Um lugar descolado que se desenvolve e atrai as pessoas mais criativas de vários lugares do mundo. O projeto Wynwood Walls é uma exposição permanente ao ar livre,

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Bar de gelo O Icebar Orlando é o maior bar de gelo permanente do mundo. Congelantes 6 graus negativos mantêm 70 toneladas de gelo esculpido, luzes, música e a sensação de estar na Antártica. Casaco térmico, luvas e um drinque forte são oferecidos para se aquecer no ambiente, mas não se esqueça de ir com calça comprida ou sapatos fechados ou não aguentará muito tempo.

Foto Pixabay

Foto Renata Maranhão

Ernest Hemingway, o famoso escritor norte-americano residia na ilha de Key West

com obras de vários artistas americanos e estrangeiros. Trabalhos do brasileiro Eduardo Kobra e dos badalados grafiteiros Os Gêmeos são encontrados por lá. E todo segundo sábado do mês acontece o Wynwood Art Walk , quando galerias e estúdios abrem as portas para o público e vários eventos simultâneos acontecem. O clima é de festa, com DJs e performances. Rumo ao sul, entra-se em Florida Keys, um arquipélago com mais de 1.700 ilhas por uma ponte que deixa a Rio-Niterói “no chinelo”. Em vários momentos, sente-se que se está dirigindo sobre o mar. Key Largo é a primeira parada que merece atenção. Para uma experiência única, você tem que ir ao Jules’Undersea Lodge. Construído em uma baía protegida na década de 70, para ser um laboratório de pesquisa suba-

quática, hoje é um hotel de dois quartos a nove metros de profundidade. Você entra mergulhando e emerge em uma piscina no piso do lodge, bem ao estilo James Bond. Janelas grandes proporcionam uma visão dos peixes e as tarifas incluem mergulho ilimitado. Lá, quem está num aquário é você, que é observado pelos peixes marinhos atraídos pela luz. Para jantar, um chef mergulha para preparar a refeição e, se quiser um lanche fora de hora, pode ligar para a recepção e pedir algo que será entregue em um recipiente impermeável. Key West é a ilha mais famosa de Florida Keys, localizada no extremo sul. Os hábitos de vida locais combinam elementos do Caribe, América Latina e Estados Unidos, proporcionando um clima relaxado e descontraído. Lá não tem tantos brasileiros, pois

Foto David Squire/Pixabay

Bridge Water, ponte ao longo do oceano em Key West

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Foto Kadu Pinheiro

A oeste de Orlando, você pode ter a incrível experiência de nadar com os west indian manatees, os dóceis peixes-boi, soltos na natureza. Abaixo, Key West, a ilha mais famosa de Florida Keys, localizada no extremo sul

Foto Keys Shark Diving

Foto Mac Pale/SXC.hu

estão todos em Miami para fazer compras. Descansar, curtir o sol, belas paisagens, esportes aquáticos, bons restaurantes e praia são as atividades perfeitas na ilha que já foi residência de Ernest Hemingway, o famoso escritor norte-americano. Lá também é possível fazer mergulho com tubarões, pois é o lar de mais espécies do que qualquer outra região do mundo, trazidas pela corrente do Golfo do México. Em um mesmo mergulho é possível ver o grande martelo, cabeça chata, tubarão-tigre, mako e até o grande branco, todos em risco de extinção. A adrenalina de um encontro desses é uma coisa que você nunca vai esquecer.

Ao estilo retrô, as estações de guardas-vida, inspiradas nos anos 30 e 40, são pontos obrigatórios para visita na costa de South Beach

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moda

Esportivas sofisticadas Medalha de ouro para os adeptos do estilo sportswear, o contemporâneo com conforto acima de tudo

Por Karlos Ferrera Relaxe! O sportswear está de volta para deixar o guarda-roupa mais despojado e confortável. O estilo é a maior contribuição dos Estados Unidos para a moda. Uma história que começou nos anos 1920, com peças que podiam ser usadas tanto de dia quanto à noite, com quebra de paradigmas como o acesso mais democrático às roupas. A excelência americana no sportswear atravessou a 2ª Grande Guerra, ganhou elementos da moda masculina nos anos 1970, com a grife Bill Blass, e atingiu o status máximo de cool na moda descontraída de Marc Jacobs. Conhecido por aqui como estilo sport chic, ele pode ser definido como o encontro do conforto com a elegância no mesmo look e, para isso, as peças do guarda-roupa fitness ganham toques urbanos. O importante

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é compor um contraste despojado e chique, numa mistura entre o moderno e o clássico, o luxo com peças despojadas. Se você não quer ficar com aquele jeito de quem vive na malhação, mas acha a trend legal, procure deixar o look mais feminino com combinações mais chiques. E não podia faltar o tecido que é a cara desta tendência: o moletom. As calças de moletom são as peças mais confortáveis e, se você acha que ela foi feita para se usar em casa, em dias frios, está enganada. Ela pode ser usada com peças menos casuais, para fazer uma composição equilibrada e, à noite, combinada com um blazer, acessórios sofisticados e salto alto, a dupla fica incrivelmente beautiful. Hoje, o sport chic está presente não só nas ruas, mas desfila nas mais sofisticadas passarelas.

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Fotos KFpress

No quesito acessórios, uma boa aposta são os bonés em looks mais arrumados Beach&Co nº 152 - Fevereiro/2015

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O moletom não se restringe somente às calças; use-o também como blusão. Pode também ser usado como vestido, é só escolher um cinto fininho

As camisetas dos jogadores de basquete, aquelas t-shirts com números enormes, são as queridinhas do sport chic. Mesmo com este aspecto masculino, a peça tem uma versatilidade incrível. Fique mais feminina com um bom acessório

Clube da bolinha As peças com estampas de bolinhas invadiram as ruas mundo afora; um charme todo especial às produções. Prepare-se!

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Flashes A Riviera de São Lourenço recebe mais um novo empreendimento à sua altura. A Praia Grande Construtora, a Solbrasil e a Praias Negócios Imobiliários lançaram, dia 07 deste mês, o Ilha Verde - Riviera Residence Resort, com presença de diversos corretores e personalidades, dentre eles, Carlos Alberto Camargo, da PGC e Luis Pereira de Almeida, da Sobloco. Alguns flashes deste momento:

Perspectiva artística da integração

Equipe PGC

Meeting de Treinamento: Ilha Verde Riviera

Perspectiva artística do apartamento Solário

Arquitetos Gustavo, Helena e Rafael

Zaidan e Carlos Alberto

Adriana, Alzira , Marli e Carlos

*O projeto está sujeito a alterações. As fotos, ilustrações e artes são meramente ilustrativas. As perspectivas e plantas são ilustrativas e possuem sugestão de decoração. Os móveis, utensílios, louças e bancadas são de dimensões comerciais, não fazendo parte do contrato de compra e venda do imóvel.

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Perspectiva artística do Porte-Cochère

Perspectiva artística das piscinas adulto e infantil

Perspectiva artística do apartamento Garden

Carlos Alberto, Luis Pereira, Zaidan, Eder, Ricardo Ramblas

Lucia e Oscar

Francisco Lobo

Boscoli e Antonio Carlos

Dalton e Luciana

Diretores PGC

Todos os apartamentos serão entregues conforme Memorial Descritivo. O empreendimento será comercializado e tem o registro do Memorial de Incorporação sob R.1, da matrícula 72.304 em 26/04/2011, no cartório 1° Oficial de Registro de Imóveis de Comarca de Santos sob os termos da Lei nº 4.591/64.

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Flashes

Ao estilo dos anos 60, Fany França comemorou mais uma primavera ao lado de seu marido Gerson, os filhos Gaby, Fany, Vitor, Eduardo e Bruno, que comandou o som, e muitos queridos amigos, em sua residência na Riviera de São Lourenço, em Bertioga

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Alguns momentos felizes deste início de fevereiro

Lara Annes, Mara Fernandes, Toninho Rodrigues, Ribas Zaidan, Vitor Fernandes e Gustavo Galo

A Turma da TAR com a Turma da Myvillage

Grupo Paz & Bem de Santos no Dom Pepe di Napoli

Ribas Zaidan e Geraldo Alckmin

Campos Machado e Ribas Zaidan

O deputado federal Herculano Passos e o suplente de deputado William Woo reuniram-se em Brasília com o ministro da Ciência, Tecnologia e Informação Aldo Rebelo

Posse dos deputados federais em Brasília, dia 1º de fevereiro

Deputado federal Herculano Passos com autoridades, familiares e amigos

Herculano Passos, a filha Renata e a mulher, a deputada estadual Rita Passos Beach&Co nº 152 - Fevereiro/2015

Senador Helio José, deputado federal Rogério Russo, ministro das Cidades Gilberto Kassab, Herculano Passos

Marcelo Squassoni, a mulher Flavia e o filho Duilio 63


“Celebridades em Foco” // Edison Prata Para dar mais visibilidade e conquistar parcerias, o presidente e o vice-presidente do Guarujá Golf Club foram recepcionados por amigos, empresários e golfistas do Terras de São José Golfe Clube, na Maccaroneria di Gragnano, a primeira casa de marca do grupo Eataly, no Brasil, bem perto de você

Orgulho de Álvaro Almeida, sua adega especial, totalmente climatizada

O empresário e ex-presidente da Confederação Brasileira de Golfe e da Federação Paulista de Golfe Álvaro Almeida recepcionou o presidente do Guarujá Golf Club Anselmo Aragon em sua residência, no famoso residencial Terras de São José

A bela Juliana Guimarães, o marido Luciano Guimarães e os filhos Luiza e Antonio Guimarães

O jantar aconteceu com as boas massas da Maccaroneria di Gragnano: Anselmo Aragon, Nelson Fruet, Álvaro Almeida, Fernando Appendino e Luciano Guimarães

Os empresários e sócios da Maccaroneria di Gragnano: Álvaro Almeida e sua eleita Cleide Almeida (à esquerda), e Fernando Appendino e sua mulher Sofia Appendino (à direita)

Apenas em São Paulo, exatamente na cidade de Itu, o sucesso do restaurante/ empório do grupo Eataly, a Maccaroneria Di Gragnano, que tem como um dos sócios o piloto Rubens Barrichello, é sucesso absoluto. Vale comentar que a outra unidade fica em Torino

A presença de amigos, empresários e golfistas na residência do empresário Paulo Rogério Cabernite para o almoço: André Egoroff, Fernando Moura, Besaliel Botelho, Rui Dias, Welington Alvarez, Anselmo Aragon e Marcello Gonçalves (em pé), Felipe Almeida, Álvaro Almeida, o anfitrião e preparador oficial da costela, Paulo Rogério Cabernite e Edison Prata (sentados) 64

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

BAILE OFICIAL DA CIDADE DE SANTOS em comemoração aos seus 469 ANOS

Prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa e Vanessa recepcionaram os convidados

A presidente do Fundo Social de Solidariedade Maria Ignez Barbosa, feliz com a verba arrecadada para ampliação da Vila Criativa

A brilhante presença do vice-governador de São Paulo Márcio França e de Lúcia, representando o governador Geraldo Alckmin

Ylídia e o deputado Federal Beto Mansur: os idealizadores do Baile Oficial da Cidade de Santos

Angelino Zaigga e Fátima Alves: presenças impecáveis

A elegância irretocável de Fátima Martins e o marido Carlos Hermann Guilherme Martins

Maria Cláudia Colombo Mastelari e o marido Sandro Roberto Mastelari Francisco

Um toque de sofisticação: Silvera e Arnóbio Santos, referências no universo da estética capilar

Elegantérrimos Guilherme Colombo Barboza e Fernanda Daroz Paulo

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Urbanismo

Felicidade

Comunidade

TRABALHAMOS PARA CRIAR COMUNIDADES ONDE AS PESSOAS TÊM ORGULHO DE VIVER

Equilíbrio

Trabalho

Sustentabilidade

Desenvolvimento

Segurança Família

Responsabilidade Social

Educação

Experiência

Pessoas

bem-estar

Legado

Planejamento

Investimento Transparência

W W W. S O B L O C O.C O M .B R


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