B&co 145

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ao leitor Foto Dirceu Mathias

ANO XIII - Nº 145 - JUlHO/2014 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Audrye Rotta (Mtb 76.077/SP) audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Belisa Barga, Durval Capp Filho, Edison Prata, Karlos Ferrera, Luciana Sotelo, Luci Cardia, Maria Helena Pugliesi, Marcos Neves Fernandes, Renata Maranhão e Shin Shikuma Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

Naturalmente magnífica Um pulmão verde a poucos quilômetros do maior centro do país e do maior porto da América Latina, Bertioga figura como fonte de inspiração para investidores e sonho de consumo para quem busca qualidade de vida. A cidade oferece um fantástico conjunto de paisagens naturais bem preservadas e prontas para ser descobertas o ano todo. Contornada por um belo paredão de Mata Atlântica e banhada por 33.100 metros de praias de águas claras e sempre convidativas, Bertioga enche os olhos de quem a escolhe como destino turístico. Trilhas variadas, rios, cachoeiras, piscinas naturais, fauna, flora... A natureza é sem dúvida seu principal atrativo. Por outro lado, a sua história também é rica, já que foi berço dos primeiros movimentos de povoação do país, e tem no Forte São João a primeira fortaleza em terras tupiniquins, testemunha desse período. Outro bom motivo para visitar a cidade nesta época do ano é o seu calendário gastronômico, com as festas da Tainha, em julho, e do Camarão na Moranga, em agosto. Sem contar, é claro, o conforto de sua rede hoteleira e de serviços. As opções são muitas e atendem a todos os gostos e condições. Venha desfrutar deste pedaço do paraíso. Eleni Nogueira



Foto J.A. Sarquis

30 A arte de se doar ao próximo

Foto NSF

36 Exemplo natural de sustentabilidade

E mais... Bertioga 10 Decoração 48 Moda 52 Flashes 58

Foto KFpress

Destaque 61 Celebridades em foco

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Alto astral

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No clique

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Foto Renata Maranhão

38 Paz e tranquilidade, o espírito de Galápagos

Capa

Nascer do sol na praia da Enseada Foto Renata de Brito

Foto Luciana Sotelo

44 Lutas e conquistas dos Mello

Foto Douglas Fagundes

Campos de Jordão pág. 24




Foto Dirceu Mathias

turismo

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Bem-vindo a

Bertioga

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turismo Por Luciana Sotelo

Riviera de São Lourenço, um patrimônio urbanístico com nove milhões de metros quadrados, na qual progresso e preservação estão em equilíbrio

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perfil urbanístico e boa classificação em índices de qualidade, como o divulgado recentemente pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), na qual Bertioga figura no seleto grupo de municípios brasileiros classificados com alto índice de desenvolvimento, a cidade tem atraído investidores e se mostra uma das regiões mais promissoras do litoral paulista. O engenheiro Rubens Al Assal, responsável por um grande empreendimento imobiliário aprovado recentemente na cidade, acredita estar em um terreno promissor e relaciona o que pesou na escolha para investir. “Bertioga é bastante atraente para o turismo e lazer. É calma, acolhedora, com muita área verde e belas praias.

Foto Shin Shikuma

Asfalto, prédios, congestionamentos, situações típicas de cidades grandes, como é o caso de São Paulo, de quem vive a rotina agitada de um mundo competitivo. Em contrapartida, bem perto de lá, a menos de 100 quilômetros da maior metrópole do país, tranquilidade, meio ambiente preservado, ar puro, praias e lugares bonitos estão a salvo de toda essa agitação. Essa é a realidade de Bertioga, uma estância balneária localizada no coração do litoral paulista cheia de belezas naturais e riquezas históricas que reservam uma experiência fantástica para moradores e turistas e excelente opção de negócio para quem quer investir. Com as recentes transformações em seu

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Trilha D´água Sesc, com 2.700 metros, é um dos caminhos a ser liberados dentro Perb

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Foto Renata de Brito

Além disso, é muito próxima a São Paulo, são apenas 100 km, em estradas de primeira categoria. Fica também muito próxima de cidades importantes como Santos, Mogi das Cruzes, Guarulhos e Jacareí.” A revitalização da avenida 19 de Maio e a duplicação da avenida Anchieta são apontadas pelo engenheiro como obras de impacto positivo para a cidade, para a qual ele prevê outras oportunidades. “Acredito no desenvolvimento sustentável de Bertioga, que será baseado em premissas am-

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Foto Renata de Brito

turismo

Praia da Enseada, na região central da cidade

Belas praias - Enseada, no centro histórico da cidade, foi a primeira a ter sua orla reurbanizada com o projeto do renomado arquiteto Ruy Ohtake. - Cantão do Indaiá possui águas calmas, escolhido por muitos navegantes como excelente local para a prática de atividades náuticas. - São Lourenço mistura a tradição do bairro de São Lourenço e a modernidade do empreendimento sustentável mais famoso do Brasil, a Riviera de São Lourenço. - Itaguaré, ainda intocável, é o paraíso dos surfistas e amantes da natureza. O braço do rio Itaguaré corta a faixa de areia e proporciona um cenário espetacular. Está preservada por lei com a criação do Parque Estadual Restinga de Bertioga. - Guaratuba tem mar aberto com águas cristalinas, criando um lindo cenário de lazer para a família e o rio homônimo de águas claras e tranquilas. - Boraceia, com quase 5 km de areias finas, é perfeita para a realização de esportes de praia. 16

bientais avançadas, provocando a atração de pessoas que buscam lugares com muito verde. Além disso, ela poderá servir de apoio logístico para empreendimentos voltados ao porto de Santos e à exploração de petróleo na Bacia de Santos”. Para quem optar por investir, morar ou visitar Bertioga, a cidade oferece uma grande programação, que inclui banho de mar, aventuras em trilhas ecológicas, visitação a aldeia indígena, passeios históricos e, ainda, a contemplação de um badalado condomínio autossustentável. É nesse paraíso, que tem como santo padroeiro São João Batista, que o clima tropical temperado e o relevo montanhoso combinam com as paisagens exuberantes de pura Mata Atlântica. E o melhor, mais de 90% de seu território em preservação permanente. Com população de mais de 50 mil habitantes, distribuídos em 490 quilômetros quadrados de área, a cidade tem forte ape-

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Foto Renata de Brito

lo no ecoturismo, já que é cercada por rios, trilhas, serras, mangues, fauna e flora. Destino certo de quem procura se aventurar por belos lugares em contato direto com o meio ambiente. E se a pedida são as praias, vai ficar difícil escolher uma única para se banhar. No roteiro, tem opção para todas as preferências e com balneabilidade aprovada. O certificado de Município Verde Azul confere um padrão de qualidade invejável. São 33 quilômetros de extensão para o banho de mar. Nessa cidade de natureza abundante, parques e reservas naturais também atraem a atenção de quem busca qualidade de vida e muita aventura. A maior porção contínua preservada de Mata Atlântica do Brasil ocupa quase a metade do município de Bertioga, no trecho do Parque Estadual da Serra do Mar – PESM, com cerca de 30 mil hectares. Criado em 1977, o parque estende-se da divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro a Itariri, no sul do estado de São Paulo, passando por toda a faixa litorânea. Com quase 315 mil hectares, é habitat de tatus, macacos, preguiças, tamanduás e aves como tucanos, jaós e jacus. Em Bertioga, o parque pode ser acessado pela rodovia Mogi-Bertioga. Interligado com as áreas do PESM, com área de aproximadamente 10 mil ha, está o Parque Estadual Restinga de Bertioga – Perb, instituído em 2010. Uma região de beleza ímpar, na qual, em breve, será possível desfrutar de passeios em trilhas. Em junho passado, foi assinado um termo de convênio entre a prefeitura local e a Fundação Florestal, órgão do governo do estado responsável pela administração da área. Mas, conforme adiantou o gerente regional do litoral norte e Baixada Santista da Fundação Florestal Carlos Zacchi Neto, as trilhas só passarão a ser utilizadas após a conclusão do plano de contingência, elaborado por equipes da prefeitura e da Fundação Florestal. Este documento conterá a análise de risco e a capacidade das trilhas que compõem o convênio de liberação. “O plano de contingência não é um documento

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As praias têm mar calmo e areias compactas, ideais para a prática de atividades esportivas e de lazer

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turismo Foto Shin Shikuma

Rio Guaratuba, um dos três rios da cidade, que compõem sua bacia hidrográfica

muito complexo, mas ele demanda algum estudo e as equipes estão a todo vapor para entregá-lo o mais rápido possível”, afirmou. O acordo assinado é baseado no Plano Emergencial de Uso Público, que estabeleceu todos os parâmetros para a utilização sustentável de cinco trilhas: de Itaguaré, com 1.140 metros de extensão e tempo médio de percurso de uma hora (ida e volta); de Itaguaré 2, com 220 metros de extensão e 15 minutos de percurso; captação de água do Guaratuba, com 4.140 metros de extensão e percurso de seis horas; D´água Sesc, com 2.700 metros; e Bracaiá, com 3 mil metros e percurso de cinco horas. A responsabilidade pelo planejamento,

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fiscalização e gestão das trilhas será compartilhada entre a prefeitura e a Fundação Florestal. O prefeito Mauro Orlandini comemorou este importante passo para o turismo da cidade. “Eu acho que a somatória destes esforços vai fazer com que nosso parque seja um modelo, quem sabe, até para o Brasil”. Você sabia que a bacia hidrográfica de Bertioga é uma das maiores do litoral? Por conta dessa extensão, está dividida em três rios principais, que são: Itapanhaú, Itaguaré e Guaratuba. Todos proporcionam excelente navegabilidade com o firme propósito de curtir a natureza ou ainda para a prática da pesca amadora.

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Utilizado para pesca, extração de areia e navegação, o Itapanhaú é formado por diversas nascentes da Serra do Mar e, em determinado trecho, tem a formação de corredeiras, muito usadas para a prática de esportes radicais. O rio Itaguaré abriga a primeira fazenda de criação de ostras do litoral norte de São Paulo. O destaque vai para as suas águas calmas e margens com abundante vegetação. Muito procurando para pesca e passeio de canoa. Já no rio Guaratuba, a presença de mangues é um diferencial que torna a paisagem mais exuberante se contrastada com as águas claras.

Um atrativo a mais Quem procura história, não fica órfão nessa terra. Bertioga possui a fortaleza mais antiga do país, erguida em 1532. O Forte São João é o primeiro documentado no Brasil, cujo projeto arquitetônico veio de Portugal. Coube a ele ocupar uma grande área estratégica nos primeiros anos da colonização. Localizado no canal de Bertioga, nas proximidades da Bacia de Santos, em frente à Ilha de Santo Amaro, a fortificação é mantida pela Secretaria de Turismo da cidade, e se apresenta muito bem conservada. E como a ideia é proporcionar aos visitantes a oportunidade de conhecer o

Fotos Renata de Brito

Detalhes do paisagismo da orla da praia da Enseada, com projeto do arquiteto Ruy Ohtake

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Fotos Renata de Brito

Parque dos Tupiniquins no qual se localiza o Forte São João, datado de 1532 legado deixado pelos descobridores, abriga exposições permanentes de armas e de ocas indígenas. Por conservar as características originais, consagra-se como um valioso patrimônio nacional. Outro bem valioso é a usina da Vila de Itatinga, que faz parte da história do país e se constitui em uma autêntica vila inglesa construída em 1910 para abrigar a primeira usina hidrelétrica. Até os tempos atuais, é a fornecedora de energia do porto de Santos, maior complexo da América Latina.

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As festas da Tainha, em julho, e do Camarão na Moranga, em agosto, são deliciosos atrativos para visitar a cidade nesta época do ano

Para comer com os olhos Saborosa, a culinária caiçara é o carro-chefe desse município. À base de iguarias oriundas do mar, a gastronomia torna-se um elo entre o passado e presente. Dois grandes festivais marcam bem essa característica: a Festa da Tainha e a Festa do Camarão na Moranga. A Festa da Tainha acontece neste mês de julho e vai até o dia 3 de agosto. Na semana seguinte, a partir de 8 de agosto, terá início, no mesmo local, a festa do Camarão na Moranga. Já são 37 anos de tradição na preparação de um dos pratos mais famosos do menu caiçara, a tainha. Organizado pelo Lions Clube Bertioga, com apoio da prefeitura do município, a expectativa é que o evento atraia um

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público de cerca de 20 mil pessoas, que irão consumir cerca de 10 toneladas do peixe. O cardápio tem duas opções, ambas a R$ 76,00. Tainha assada na brasa, preparada com o peixe inteiro, ou espalmada, feita com o peixe aberto. Ambas pesam 1,5 kg em média e servem até três pessoas adultas. Os demais acompanhamentos, como arroz, farofa, pão e vinagrete são disponibilizados por meio do sistema self-service, no qual o visitante pode se servir à vontade. Sempre às sextas (jantar a partir das 20 horas), sábados (almoço a partir do meio dia e jantar) e domingos (somente almoço), na tenda montada na Praça de Eventos, na avenida Thomé de Souza, ao lado do Forte São João, na praia da Enseada.

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Fotos Shin Shikuma

Foto Renata de Brito

A praia de Itaguaré, em área do Perb, reserva paisagens indescritíveis

Riviera de São Lourenço Como se pode observar, Bertioga funciona como um verdadeiro “pulmão” do estado, e preservar todas essas riquezas é essencial para manter as características mais marcantes da cidade. Mas quem disse que progresso e preservação não podem dar as mãos? Se, a princípio, podem parecer objetivos que não se misturam, no endereço mais badalado de Bertioga, a Riviera de São Lourenço, essas metas caminham em perfeita harmonia. Trata-se de um condomínio aberto, formado por casas, apartamentos e shopping com rigoroso esquema de segurança, organização e serviços;

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em outras palavras, um empreendimento habitacional sustentável. O projeto ocupa nove milhões de metros quadrados, que se dividem em áreas turísticas, residencial e mista, podendo abrigar até 65 mil pessoas. A implantação do projeto urbanístico tornou-se um modelo de ocupação urbana a ser seguido por outras prefeituras do litoral brasileiro, além de ser reconhecido internacionalmente. Entre as ações, capta, trata e distribui a sua água, coleta e trata o esgoto. Por essas e outras razões Bertioga é escolha certa de quem procura aliviar o estresse, divertir-se e, ainda, desfrutar da intimidade da natureza preservada.

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SURPREENDA-SE

SURPREENDA-SE


turismo

Inverno

tempo de subir a serra! Por Belisa Barga Um pedacinho da Europa a 167 km da cidade de São Paulo. No alto da Serra da Mantiqueira, a 1.700 metros de altitude, fica Campos do Jordão, cidade mais alta do Brasil. Em alguns pontos, pode atingir a marca de mais de dois mil metros de altitude. Conhecida como “Suíça Brasileira”, possui temperaturas mais baixas que a média brasileira e é repleta de araucárias, árvore símbolo do município, e pinheirais. O apelido alusivo ao país europeu foi dado justamente por causa do clima frio, muito parecido com o de Davos Platz, cidade suíça de região alpina. Além do clima, a arquitetura germânica é outro ponto que remete ao ‘Velho Continente’. É uma das quinze estâncias climáticas paulistas, o que a coloca na rota dos principais destinos turísticos de inverno do país. Essas características são chamarizes para visitantes de todas as regiões. Durante a temporada de inverno, entre os meses de junho e agosto, cerca de um milhão de turistas, número vinte vezes maior do que a população fixa de 50 mil habitantes, invade a cidade. E como diz o prefeito Frederido Guidoni, “o turismo é nossa vocação natural, e o temos como fonte de desenvolvimento. Campos sempre encantará com o ondular do relevo, o frio, a neblina que desce sobre a cidade e cria cenários mágicos, sem aviso prévio, são atrações perenes da montanha magnífica”. A região registra madrugadas muito ge-

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ladas, com a contrapartida de presentear o amanhecer com um céu azul. O frio não descolore, sequer, o verde das araucárias, segunda maior reserva nacional da espécie, que se mantém intacto, mesmo no auge da estação. No verão, as temperaturas se mantêm agradáveis com 17º em média. Seu ar já foi considerado o mais puro do mundo, superando, inclusive, a cidade francesa de Chamonix, famosa pela qualidade de seu oxigênio, numa altura de quase três mil metros. Localizada na mata da Mantiqueira, onde habitam diversas espécies de fauna, como bugios, cotias, macacos-pregos, onças, esquilos, tatus, capivaras, e uma diversidade incrível de aves, Campos do Jordão possui uma grande flora de hortênsias que alegram a paisagem mesmo nos dias mais cinzentos, com seus tons naturais de azul, violeta, rosa e branco. Escolhida pelo Ministério do Turismo para integrar o roteiro turístico da Copa do Mundo, Campos ganhou ainda mais destaque e, como resultado, tornou-se um dos destinos mais visitados durante o Mundial, ficando à frente de Gramado e, pela primeira vez, do Rio de Janeiro. “A boa perspectiva trouxe de volta algumas marcas, produtos e ações que haviam nos deixado nos últimos anos. Inclusive emissoras de TV voltaram a transmitir programas ao vivo daqui, nesta temporada”, comemora Guidoni.

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Durante os meses de julho, a cidade é contagiada pelo agito do Festival Internacional de Inverno, que está em sua 45ª edição. O evento principal de música clássica da América Latina reúne mais de 60 concertos, entre orquestras, grupos de câmara, bandas sinfônicas e coros. Mais de dois mil músicos de diversos países participam do festival em diversos pontos públicos da cidade. A Vila Capivari é, sem dúvida, o principal point jordanense. O charme é ficar ao ar livre para desfrutar das paisagens e curtir o movimento nas ruas, especialmente nos finais de tarde. Lá, estão concentrados restaurantes e lanchonetes, comércio, e entretenimento. “Temos atrações para todos os gostos e

bolsos, durante todo ano. São mais de 150 eventos e as opções de passeio incluem desde atividades contemplativas, como visita aos parques, museus e centros culturais, até muita ação, com esportes radicais e de aventura. Há também o bondinho, que embala as lembranças dos mais saudosistas e românticos”, sugere o anfitrião. As novas obras de infraestrutura transformaram a paisagem urbana de muitos bairros, uma tentativa de melhorá-la não apenas para os turistas, mas também para os residentes. Segundo Guidoni, não há no Brasil outra cidade que alie um clima tão ameno com a sofisticação e o charme de uma cidade bonita e bem cuidada, com flores nos canteiros e ruas tran-

Foto Douglas Fagundes

Um dos grandes atrativos da cidade é a sua arquitetura inspirada em países europeus

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turismo Foto Juliana Cintra

O imperdível passeio de bondinho pelas paisagens verdejantes e, abaixo, a movimentada Vila Capivari

Foto Valerialugui

sitáveis. “Temos inúmeros desafios a cumprir, mas o turista leva sempre uma lembrança boa da cidade. Campos é charmosa, sofisticada e está sempre pronta para receber bem” . Porém, nem sempre o reconhecimento foi por suas belezas naturais ou badalação. Até meados da década de 1950, a cidade era muito procurada para a cura da tuberculose, por conta de seu ar extremamente favorável à ventilação pulmonária. Seu clima foi considerado o melhor do mundo pelo Congresso de Climatologia realizado em Paris, em 1957. “Nessa época ainda não havia tratamento para a doença, então os enfermos eram enviados para as montanhas onde o ar rarefeito coibia a sobrevivência do bacilo. Foi um período triste para a cidade, porque havia um enorme preconceito”, explica o prefeito. Essa fase, no entanto, ficou para trás, mas deixou uma bela lembrança: os lírios, encontrados pela mata, foram plantados em homenagem aos que morreram vitimados pela doença. E por falar em passado, chegou a hora de conhecer um pouco mais sobre a história local.

é possível esbarrar com duas, quatro, dez

radas de inverno na região. “Temos um casa

Se, durante a temporada de verão,

pessoas do litoral circulando em Campos.

na Vila Capivari que foi construída há mais

nossa região fica lotada de turistas do in-

A exemplo dos veranistas que mantêm

de meio século pelo meu avô, em uma época

terior e capital, em busca de sol e praia,

residências na praia, muitos moradores da

em que as ruas ainda eram de terra. Vi a ci-

no inverno, são os caiçaras que sobem a

Baixada Santista possuem casas na Manti-

dade crescer até se tornar esse point turístico

serra atrás das temperaturas da estação.

queira. Há mais de quarenta anos, a jorna-

que é hoje. Amo Campos, tanto que meu de-

Um breve passeio pela cidade, e pronto:

lista Wendy Baskerville passa suas tempo-

sejo é morar lá quando me aposentar”.

Baixada em Campos

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Muito procurada principalmente pela elite paulistana, como empresários e celebridades, Campos, que não possui um semáforo sequer, durante a temporada vê suas ruas lotarem de veículos e pedestres. São cerca de 1,5 milhão de visitantes anualmente. Para atender esse público, a cidade conta com uma excelente infraestrutura, pronta para atender e satisfazer aos mais exigentes. São mais de duzentas pousadas e hotéis que oferecem diversos serviços e mordomias aos hóspedes. E em clima de Copa do Mundo, um dos hotéis da cidade, o Vila Inglesa, relembra os tempos da competição de 1962, quando a Seleção Canarinho de Pelé, Zagalo e Garricha se hospedou por lá para treinar para o evento esportivo. O historiador Edmundo Rocha lembra que o glamour do hotel atraía além de esportistas, personalidades do mundo artístico e político. “Joguei sinuca com Zagalo e com o Zózimo, um jogador do Bangu, no salão de jogos de lá.” A vasta gastronomia oferece opções que vão da cozinha tipicamente brasileira à internacional em mais de 150 locais. E como não pecar pela gula? As receitas à base de pinhão são destaques, já que o fruto é proveniente das araucárias, abundantes na região. Sem falar nos restaurantes sofisticados e seus chefes estrelados, que colocam em seus pratos sempre uma lembrança da montanha, como frutas vermelhas, trutas, cogumelos, cerveja e

Foto Douglas Fagundes

Infraestrutura da montanha

A cerveja Baden-Baden e o chocolate Araucária são referências nacionais da “Suíça brasileira”

O carinho pela cidade já passou para as

além do frio aconchegante, que fizeram

vos para a aquisição do imóvel”. Nascido

suas filhas Meg e Liz. “Elas adoram a vida

de Campos do Jordão a segunda residên-

na região montanhosa de Salt Lake City

jordanense. Só não vamos mais porque a

cia do antropólogo Darrell Champlin, há

(EUA), Champlin está acostumado a bai-

família é grande e todos querem curtir a

pouco mais de um ano. “Moro em Santos

xas temperaturas. “O diferencial daqui é

casa”, brinca.

e passo uns 70 dias do ano aqui. O clima,

que usamos muito mais a lareira, natural

Foram passeios como o Amantikir, o

a natureza montanhesa, e o fato de conhe-

e gostosa, do que sistemas de calefação,

trajeto do bondinho, o charme dos bairros,

cer a região há muitos anos foram decisi-

muito comuns em meu país”.

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Foto Ricardo Rovida

Foto Miguel Schincariol

turismo

Vila Capivari (acima) reúne restaurantes comandados por chefs de nível internacional. Abaixo, o Palácio do Governador, que reúne movelaria e antiguidades da época colonial

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chocolate, conforme o período do ano. A cerveja e o chocolate também são importantes referências da nossa ‘Suíça Brasileira’. Lá estão instaladas duas grandes marcas, conhecidas nacionalmente: a Baden Baden e a chocolateria araucária. Fundada há 15 anos por quatro amigos, a cervejaria já tinha como objetivo criar um produto único e especial, até então só encontrado nas prateleiras de bebidas importadas. Um dos ingredientes dessa receita, a água, provém das fontes límpidas da própria cidade, uma de suas vocações naturais. Em 2007, a empresa foi comprada por uma empresa nacional do segmento, mas mantém suas raízes vivas, inclusive mantendo sua fábrica em Campos, gerando emprego e renda para a cidade. Já a araucária está no ramo de chocolates artesanais há mais de vinte anos e é outro ponto de parada obrigatória. São dezenas de produtos entre tabletes artesanais, trufas, bombons, preparo para fondue e o puro chocolate em pó para bebidas. O sucesso de seus produtos já saiu dos limites paulistas e

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invadiu mercados em Minas Gerais, Goiás, Ceará, Piauí, Bahia e Paraná. Além de provar do autêntico chocolate das montanhas, o visitante pode visitar a loja de fábrica para se deliciar com o processo produtivo e conhecer um pouco da história do produto, exposta em um breve espaço cultural no local. Além disso, quatro montadoras de luxo montaram espaços próprios para exibir seus veículos aos amantes de carros, ao longo da temporada de inverno. E as compras, obviamente, não ficam de fora do roteiro! No embalo do frio, diversas malharias vendem roupas de qualidade especial e com preços bem acessíveis. Para quem pode - e quer - gastar um pouco mais, a dica é o Market Plaza, principal shopping sazonal do Brasil, presente em Campos pelo 19º ano. Este ano trouxe quase 80 grandes marcas, além da realização de atividades interativas, como passeio de cães e de bebês. ARTE 1.pdf 1 12/07/2014 16:29:55

Foto Ricardo Rovida

Embora esteja nos limites de São Bento do Sapucaí, o roteiro da Pedra do Baú faz parte do turismo de Campos

NA MONTANHA, NA PRAIA OU NA FAZENDA... ...SEMPRE A MELHOR OPÇÃO!!!

Localizado no Centrinho de Capivari, coração do Centro Turístico e Gastronômico de Campos do Jordão, a Suiça Brasileira.

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comportamento

Ação do Coração contagia & emociona

Evento acontece pelo terceiro ano consecutivo e visa a distribuição de corações artesanais

Foto J.A. Sarquis

Por Luciana Sotelo Dia 2 de agosto. Dia do amor, da fraternidade, da esperança, de muitos sorrisos e de uma energia positiva com hora e endereço marcados. É a Ação do Coração, que acontece ao meio-dia, na praça Mauá, em Santos, e reúne milhares de pessoas em busca de um ‘pedacinho’ de afeto. A vibração é contagiante e o gesto de verdadeiro amor ao próximo. Não tem explicação. A mágica acontece porque, ao confeccionar o coração de tecido, a pessoa deposita sentimentos bons a alguém que ela nem conhece. Pronto, está formada aí uma grande corrente do bem nessa festa que, há três anos, entrou para o calendário de eventos da cidade e passou a influenciar a vida de inúmeras pessoas. Tudo começou quando o idealizador do projeto, o ator Alexandre Camilo, em viagem com o irmão, o ator, escritor e diretor Eduardo Furkini, passaram em frente à Catedral Viena, na Áustria, e viram uma praça

A praça Mauá, em Santos, atrai milhares de pessoas, todos os anos, no dia 2 de agosto

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Fotos J.A. Sarquis

Participação popular aumenta a cada evento, numa vibração contagiante

cheia de corações. “A campanha era de uma ONG, para chamar atenção sobre a saúde do coração. Eu achei aquilo maravilhoso, queria pegar um monte de corações, mas o meu irmão, muito racional, indicou que pegássemos apenas um e que multiplicássemos aquele gesto no Brasil”, lembra Camilo. Eduardo queria repetir a experiência no Brasil, porém, com o intuito de motivar a reflexão sobre o papel de cada indivíduo na sociedade como agente promotor de boas intenções e gestos fraternos. Infelizmente, a realização desse sonho não foi possível, naquele momento, devido ao seu falecimento, em decorrência de um problema cardíaco. Mas Alexandre não deixou a ideia morrer. “Na missa de um mês, fundamos a Associação Eduardo Furkini. Foi a forma que eu encontrei de homenageá-lo e de perpetuar seu nome”. Após rever as fotos da viagem, Camilo arregaçou as mangas para colocar em prática uma ação parecida. E, como uma ‘formiguinha’, ele foi passando a história

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adiante, e conseguiu apoio de muitas pessoas. Ele decidiu que a principal praça do centro da cidade ficaria como um tapete de lindos e coloridos corações. “O dia que seria o mais triste para nós, se transformou no mais bonito”, referindo-se à data do evento, mesmo dia da morte de Furkini. Na primeira ação, Camilo imaginou reunir oito mil corações, que seriam feitos por moradores da região. Entretanto, o engajamento foi tão grande que a campanha acabou recebendo um número inesperado de doações. Durante os meses que antecederam o encontro, os moradores da Baixada Santista foram convidados a participar da campanha. Corações dos mais variados tamanhos e cores foram confeccionados. Assim, foram contabilizados mais de 50 mil unidades. “Eu nunca imaginei que teria tanta repercussão. Nós pensávamos, inclusive, no que iríamos fazer com os corações que sobrassem, olha só. Eu lembro que o prefeito, na época, falou que passavam pela praça cerca de cinco mil pessoas

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comportamento por dia. Achamos que teríamos que dar muitos corações para cada pessoa”, conta sorrindo o ator, que tem na ponta da língua a explicação para o fenômeno: ”Acho que toda mobilização foi ‘arte’ do irmão no escritório do céu“. Eis que às 12 horas, as sirenes de empresas se uniram ao som das badaladas das igrejas e apitos dos navios do porto para anunciar: começou a Ação do Coração. Milhares de pessoas lotaram a praça e entorno para receber dois corações: um para si e outro para quem se quer bem. “Quando você faz um coração lindo, que dá trabalho e doa para alguém da sua família para desejar o bem, é algo esperado. Quando você faz um coração lindo, que dá trabalho, e doa para seu namorado ou alguém com quem queira se reconciliar, é algo previsível. Mas, quando você faz um coração lindo, que dá trabalho, e depois doa com carinho para quem você nem sabe quem é, isso é Ação do Coração, é um exercício de amor”, narra o ator que se especializou na divulgação da história do evento.

Alexandre criou a associação um mês após a morte do irmão Eduardo

Alexandre explica que a Ação do Coração não tem fundo político nem religioso, tampouco patrocínio de empresas; vive apenas de doações. Por conta disso, coisas incríveis acontecem, independente das dificuldades. “Outro dia, estávamos numa oficina e, de repente, chegou um monte de gente. Minha irmã me olhou assustada e disse que não teria material para todos. Eu pedi a ela que ficasse calma, que era a Ação do Coração, que alguma coisa iria acontecer. Mal eu acabei de falar e entra uma senhora com duas sacolas. Ela disse que não poderia ficar para a aula, mas queria dar a contribuição dela em material. Bom, não preciso dizer mais nada, né?”. As pessoas que, de alguma forma, participam, também se envolvem e percebem os benefícios. “Uma outra vez, assim que terminou uma oficina, recebi o recado que uma senhora estava lá esperando para falar comigo. Eu disse que iria demorar, mas ela fez questão de esperar o tempo que fosse. Quando cheguei, ela estava na porta, em pé, me esperando. E ela falou: ‘Eu quero dizer que não sei fazer coração, mas um dia eu coloquei na minha cabeça que eu iria fazer. O primeiro saiu horrível. O segundo ficou melhor, mas o terceiro, eu sou franca em dizer, ficou muito bom. Quando terminei, vi que eram quase duas horas da manhã, daí eu fui dormir. Só no dia seguinte eu me lembrei que eu não tinha tomado meu remédio para depressão. Eu vim hoje para dizer que faz sete dias que eu não tomo´”. Esse e outros relatos ganharam um capítulo no livro O Dia do Amor, feito pela Associação Eduardo Furkini com o intuito de arrecadar fundos para a manutenção de projetos que a entidade desenvolve.

Coração da Sociedade Neste ano, o tema da campanha é Família: Coração da Sociedade! A ideia é promover uma reflexão sobre o papel e valor da família. E aí Camilo faz um convite: “Se você quer se reconciliar com um ente querido, faça um coração pensando nessa pessoa. Com certeza, alguma coisa vai acontecer”. Agora, a exemplo do que foi feito em

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O evento propagou-se de Santos, para o país e para o mundo

2013, a Ação vai arrecadar alimentos para doar aos mais necessitados. Ano passado, de acordo com a entidade, foi arrecadada mais de uma tonelada de alimentos. Um dos destinos foi o Sertão de Pajeú, interior de Pernambuco. Agora, a missão é ainda mais nobre. Recolher também brinquedos. E essa onda do bem se propagou de Santos para o mundo. Em 2013, por exemplo, a Ação do Coração chegou à cidade de Santa Maria/RS; Recife/PE; Londres (Inglaterra); Hanói (Vietnã); Dakar (Senegal); e Eket (Nigéria). “O símbolo do coração é muito forte e a força do pensamento tem capacidade de atrair coisas maravilhosas”, acredita Camilo. As oficinas acontecem em vários pontos da Baixada Santista até o dia 31 de julho. Para mais informações, acesse o site da Associação: www.eduardofurkini.org.br ou ainda o Facebook.

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Margaret Cristina Ventura Braga reforça o time dos voluntários nas oficinas. Ela está na “família do coração”, como intitula, desde a primeira edição. Na primeira, ela fez oficinas na própria casa e, no dia, ajudou na organização da praça Mauá. No ano seguinte, foi convidada a ser uma das embaixadoras do Coração e auxiliou na coordenação da oficina do Shopping Parque Balneário. Agora, além da coordenação, acumula o cargo de auxiliar geral dos voluntários. Ela desempenha com alegria todas as tarefas. “Isso eleva minha autoestima, melhora a ansiedade e dá uma satisfação imensa ao ver que outras pessoas também se sentem melhor em participar. É uma ação transformadora e a mensagem de amor e paz é tudo que estamos precisando”, finaliza Megue Braga, como é conhecida por todos.

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comportamento Ivanilda Figueira, Maria Cecília Lopes Amado e Elianne Ewbank Muiño são três senhoras simpáticas que têm em comum, além dos mais de 20 anos de amizade, um sentimento de solidariedade à flor da pele. Quando se reúnem, uma vez por semana, colocam o papo em dia, e, sobretudo, fazem muitos e muitos corações, um mais caprichado que o outro. Mas, nem sempre foi assim, tudo alegria. Na primeira ação, Ivanilda recorda que estava muito triste com a perda da nora, então, só compareceu à cerimônia, a convite de uma amiga. Aquele momento foi suficiente para que ela se sentisse envolvida. “Vim de lá transformada. Daí prometi para mim mesma que, no ano seguinte, iria participar”. Mas, quis o destino que, mais uma vez, ela estivesse passando por um momento delicado. A mãe, aos 94 anos, ficou adoentada e perdeu a lucidez. Mesmo assim, ela confeccionou um coração para a mãe e disse que ali estava depositado todo amor

As voluntárias Maria Cecília, Elianne e Ivanilda, unidas pela amizade e pelo desejo de fazer o bem

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possível. “Minha mãe ficou uns dois meses com aquele coração, sem largar. Para homenageá-la, fiz 95 corações, idade que ela tinha quando faleceu”. Na ocasião, contou com a ajuda da amiga Elianne, que se sensibilizou com a causa e resolveu unir o útil ao agradável, já que gosta muito dos trabalhos manuais. “É um prazer me dedicar, escolher tecidos, combinar com enfeites, tudo isso é muito bom”. Esse ano, a outra amiga Maria Cecília resolveu unir-se à dupla. “Vi pela televisão, achei tudo muito bonito, fiquei com vontade de participar. Ainda mais quando descobri uma doença e comecei a me sentir deprimida. Resolvi espantar a tristeza e fazer o bem a outras pessoas”. Juntas, elas já possuem quase 300 corações e avisam: a produção só vai parar na véspera da Ação.

Projetos paralelos Além da Ação do Coração, que é o carro-chefe, a associação desenvolve dois outros projetos. Um deles é o Semeando Histórias, criado em 2012 para capacitar voluntários interessados na arte de narrar histórias. Na primeira turma, formaram-se 20 pessoas, e, destas, doze permanecem atuantes. Quem participa vai a creches, hospitais e casas de repouso levar um pouco de alegria aos necessitados. De acordo com um dos coordenadores, Claudio Fernandes, o grupo se reúne uma vez por mês para aperfeiçoamento das atividades e para trocar histórias entre eles. “A importância da ‘contação´ é muito grande, principalmente, para as crianças. Elas são levadas a viajar através da imaginação. Muitas vezes, percebemos que a pessoa estava muito só. E ver uma pessoa com dor, sorrindo, nos deixa felizes”. A música era outra grande paixão de Furkini, por isso, é a vertente do outro projeto social da entidade, denominado Quarteto de Cordas. Criado em 2012, proporciona bolsa de estudo para jovens talentos interessados na formação musical e artística. Para ajudar a Associação Eduardo Furkini, doações podem ser feitas no banco Itaú (agência 8035; CCJ: 18.138-0).

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ser sustentável

A filosofia do

rola-bosta

A economia mundial, temendo um aumento no preço das matérias-primas, descobriu o que a natureza (e muitos cientistas) já sabia há muito tempo

Por Marcus Neves Fernandes Imagine a cena: você acorda bem cedinho e prepara o café da manhã. Pouco antes de sair para o trabalho, vai até a cafeteira, recolhe o pó e leva até um posto comunitário no bairro. Lá, assim como os demais moradores, despeja a borra em um recipiente, uma máquina, que transforma o resíduo em combustível veicular. Bom, antes que você pense que esse tipo de tecnologia é ‘coisa do futuro’, vou logo avisando: o método existe, a máquina foi construída, testada e aprovada. Utilizou-se até pó de café produzido em 20 regiões do mundo (inclusive descafeinado). Funcionou perfeitamente. Foi possível, inclusive, fazer as contas e descobrir que dez quilos de borra equivalem a dois litros de biocombustível. Calma lá! Ninguém está dizendo que vamos mover o mundo com base no consumo de xícaras e xícaras de café. Longe disso. A borra é apenas um entre incontáveis tipos de resíduos que descartamos diariamente, sem a menor cerimônia, como se fosse lixo. E é justamente esse lixo que está sendo visto, finalmente, como uma das mais

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onde nada

promissoras alavancas da economia mundial. A ideia é colocar em prática o que alguns experts em economia chamam de ‘economia circular’. Seria a antítese do que ocorre hoje, em que a empresa retira matéria-prima da natureza e produz um bem de consumo, que, ao final da vida útil, vai para o lixo. Em outras palavras, nada é lixo, tudo é matéria-prima, então tudo pode ser reaproveitado, regenerado, reintroduzido na produção do mesmo produto ou na geração de substâncias capazes de substituir ou reduzir o uso de outras matérias-primas naturais. É exatamente isso que acontece com a borra do café quando é transformada em biocombustível. Usamos um recurso que iria para o lixo, substituindo o petróleo como matéria-prima para produção de energia. O curioso é que os economistas estão propondo, agora, o que os cientistas já conhecem há décadas. Quer um exemplo? Então o que você diria se eu lhe convidasse para ser sócio em uma biorrefinaria que produz perfumes, fármacos e diversos outros produtos químicos a partir de cascas de laranja? Pois esta tecnologia também existe, já está em funcionamento, gerando compostos capazes de substituir o petróleo na industrialização de plásticos. Outra opção é fabricar glucose, bioetanol, ácido cítrico, antibióticos, vitaminas, enzimas, biocorantes, bioetanol e bioplásticos com bagaço de cana. A lista, na verdade, é imensa, do tamanho mesmo da nossa montanha de lixo, (ops!) matéria-prima. Obviamente, o mercado econômico não resolveu se tornar sustentável por amor à ciência nem tampouco à própria sustentabilidade. A guinada, se é que realmente virá, é uma questão de sobrevivência. O custo da maioria das matérias-primas, em razão do voraz consumo planetário, aumentou dezenas de vezes mais na última década do que no último século. As commodities estão pela hora da morte! Aí alguém lembrou-se da sustentabilidade... Seja como for, mais e mais economistas defendem novos métodos de produção e isso exigirá melhores métodos para uma coleta realmente eficaz dos resíduos. Só assim, com o mercado retroalimentado pelo reaproveitamento, será possível reduzir os custos - o que a natureza faz com incrível sabedoria. Por isso mesmo eu acabei escolhendo o besouro rola-bosta para ilustrar este artigo. Tadinho, o nome não faz jus a sua incrível história. Muitos nem imaginam que esses coprófagos (que se alimentam de esterco) são tão essenciais que, na década de 1960, foram importados aos milhões pela Austrália. É que, com a introdução e multiplicação do gado na Oceania, proliferou-se também o esterco, que atraiu moscas, que tinham que comer alguma coisa: sobrou para os bois e outros bichos. Na África, o besouro rola-bosta reutiliza o esterco como alimento para si e para as crias. Por isso, leva as bolinhas para esconderijos sob o solo. Nesse processo, ele descompacta o terreno, amplia a área de forragem disponível para o gado e diminui a proliferação de moscas. No Brasil, há centros que produzem o besouro e o distribui para os agricultores. É um método certeiro e limpo, que substitui os caros e perigosos defensivos químicos, de impedir a degradação do solo e a disseminação de doenças. E é também, por que não, um exemplo de economia sustentável. Afinal, onde nada se perde, tudo pode ser criado.

se perde, tudo pode

ser criado

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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internacional

Fotos Renata Maranhão

Além da linha do Equador

Vulcões, neve e um mundo exótico escondido na vastidão do oceano Pacífico, lar das mais estranhas criaturas imagináveis. Um lugar sem igual no planeta, no qual criação e extinção estão intimamente entrelaçados Por Renata Maranhão Quito, a capital do Equador, é cercada por montanhas que compõem a Cordilheira dos Andes e vulcões, a 2.800 metros de altitude, e que oferecem ao ambiente um pico máximo de beleza. Considerada o Relicário da Arte na América, a cidade respira cultura. Foi povoada pelos incas e espanhóis há 1.000 a. C e essa mistura de povos tornou-se uma de suas marcas de identidade. Foi a primeira cidade no mundo a ser

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declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco (1978) e contém o mais extenso e bem preservado centro histórico das Américas. O país é especializado em artesanatos diversos, especialmente suéteres alpaca, cerâmicas, tapeçarias, chapéus e joias. O famoso “chapéu Panamá” é feito, na verdade, no Equador. Os melhores lugares para se encontrar peças únicas de artesanato equatoriano estão fora de

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Todas as ilhas são de origem vulcânica em Galápagos; na página ao lado, os belos picos sempre cobertos com uma camada permanente de neve que brilham ao sol e se sobrepõem no azul do céu equatoriano

Quito, nas cidades dos Andes. Se possível, faça a viagem até a cidade de Otavallo, mundialmente famosa por seu espetacular Mercado de Sábado, no qual você pode encontrar todos os tipos de artesanato. Apesar do nome, você pode ir a Otavallo a qualquer dia da semana para fantásticos achados. Próximo de Quito fica a avenida dos Vulcões. São 73 vulcões, alguns deles cobertos perpetuamente por neve. O Parque Nacional Cotopaxi é ótimo para caminhadas, mountain bike e cavalgadas em meio a um belo cenário natural. Uma imagem embriagante que pode ser vista até da capital. Se o seu espírito for aventureiro e estiver com o condicionamento físico em dia, pode subir até o acampamento-

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-base, a 4.810 m de altitude, apenas para tomar um chocolate quente e voltar. Não se preocupe, pois o carro para a uns 300 m do Refúgio José Rivas. Apesar do trajeto ser considerado fácil, e que pode ser feito até por uma criança, a caminhada deve ser lenta. Andar esses poucos metros pode demorar até 1 hora, pois o ar rarefeito dá uma sensação de cansaço. A dica é subir devagar, sem pressa e ingerir bastante líquido. Já a subida ao cume, a 5.897 m de altitude, é recomendada somente a profissionais e pode demorar dias para a aclimatação. Na volta, uma refeição quentinha no Tambopaxi - ainda dentro do Parque Nacional Cotopaxi completa a interação com a natureza.

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internacional

Foto Renata Maranhão

Fotos Marcelo Simões

Os animais são bem exóticos, únicos no mundo; o caranguejo chama-se aratu-vermelho das ilhas Galápagos. É muito colorido, tem pernas e garras vermelhas, a barriga azul e costas cor de laranja. Já a iguala marinha, apesar de inofensiva, foi a grande inspiração de japoneses para o filme Godzilla. Abaixo, os leões-marinhos fazem parte da paisagem da ilha, mesmo nas áreas cimentadas e urbanas e os atobás-de-pata-azul são mais uma espécie endêmica de Galápagos

Galápagos em risco Apesar da aparente fauna riquíssima, o ecossistema de Galápagos é extremamente frágil. Existem regras rígidas e um rigoroso controle no número de visitantes. Há 30 anos, a Unesco declarou as ilhas como Patrimônio da Humanidade em Risco Médio-ambiental. Para caminhar por aqui é preciso ter consciência de que pisamos em tesouros preciosos e todo cuidado é pouco.

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Um lento processo de erosão transformou antigas ilhas com grandes montanhas em ilhas mais planas. Segundo pesquisas, assim como Atlântida, as ilhas do leste estão condenadas a desaparecer sob as águas do oceano. Todos os animais e plantas provavelmente serão extintos - e este será o destino inexorável das espécies das ilhas Galápagos. Em nenhum outro lugar da Terra os processos de criação e

Rumo a Galápagos Para continuar a aventura em grande estilo pelo Equador, é preciso conhecer o arquipélago de Galápagos. Um mundo perdido na vastidão do oceano Pacífico, lar das mais estranhas criaturas imagináveis. O nome é uma homenagem às tartarugas gigantes que habitam somente aquela região do mundo, cujos cascos remetem às antigas selas espanholas de cavalos, chamadas de galápagos. O arquipélago fica a 970 quilômetros do Equador. É formado por cinco ilhas, 19 ilhotas e 47 rochedos. Todas de origem vulcânica, algumas existentes há mais de 2 milhões de anos e consideradas jovens. Galápagos é famoso por suas espécies endêmicas e pelo estudo científico de Charles Darwin, que estabeleceu lá sua teoria da evolução das espécies a partir da seleção natural.
Você já deve ter ouvido a frase: “Só os fortes sobrevivem”. Foi o insight mais importante de todos os tempos. Darwin observou, em Galápagos, que animais de mesma espécie se diferenciavam de uma ilha para outra. Possuíam um ancestral comum, mas eram adaptados à alimentação disponível na ilha em que se encontravam. Neste extraordinário laboratório natural, está a fusão de fauna e flora com valores únicos para o mundo. Todos os répteis de Galápagos, metade da população de pássaros, 32% da flora, 25% dos peixes e um grande número de invertebrados são espécies endêmicas e encontradas exclusivamente neste santuário ecológico. Mas como isso seria possível? Para começar, o arquipélago nunca esteve conecta-

extinção estão tão intimamente entrelaçados. As primeiras impressões de Charles Darwin, escritas em seu diário, diziam que nada poderia ser menos convidativo. Bom, para esta humilde jornalista, 175 anos depois, foi completamente diferente. Dr. Gabriel Ganme, especialista em medicina esportiva, dá dicas sobre cuidados médicos para quem visita o país: Vacina: para visitar o país, é preciso ser

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vacinado contra a febre-amarela. Altitude: precauções para aclimatação são fundamentais. Evite esforços nos primeiros dias; procure alimentação mais leve e muito cuidado com a bebida alcoólica, que desidrata. A escolha dos trajes adequados à temperatura é essencial, bem como protetores solares, labiais, óculos especiais (a reflexão na neve potencializa os efeitos da luz

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Foto Renata Maranhão

do ao continente. Brotou do fundo do oceano, em uma área de grande atividade vulcânica. Por isso, estima-se que todo e qualquer tipo de vida que habita essas ilhas teve de chegar de fora de alguma forma. As aves voaram, peixes e mamíferos (como os leões-marinhos) nadaram e os répteis vieram flutuando em galhadas pelas correntes oceânicas. A gélida corrente de Humboldt, que sobe da Antártida pelo oceano Pacifico, é a protagonista da maioria das teorias. Acredita-se que ela teria transportado, sobre troncos que serviram como balsas naturais, vários animais apanhados no caminho. Uma vez em terra, sem competidores e com recursos escassos, começaram um longo processo de adaptação e evolução. Visitar o arquipélago é como se visitássemos um perfeito laboratório evolucionário ao ar livre, com ecossistema único, peculiar, incrivelmente variado e intrigante. Um museu vivo de história natural, nascido do fogo e destinado a desaparecer sob as ondas de um mar nervoso em um planeta cada vez mais aquecido. Em nenhum outro lugar do mundo você encontra pinguins (os menores do mundo) e cactos no mesmo cenário. A porta de entrada deste paraíso é San Cristobal, a 1h30 de avião de Quito, uma das poucas ilhas habitadas. Por ser uma reserva ecológica, paga-se uma taxa de permanência de U$50 para brasileiros - para quem tem dupla cidadania, é vantajoso usar o passaporte brasileiro, pois a taxa é mais barata por conta de um acordo entre os governos do Brasil e do Equador. É onde você encontra souvenires, bancos e res-

O percurso de apenas 300 m até o acampamento-base do Cotopaxi pode demorar até 1 hora, pois o ar rarefeito dá uma sensação de cansaço

solar e é preciso evitar queimaduras e lesões oculares). Comumente, montanhas nevadas podem ter clima seco, sendo importantíssimo ficar atento à hidratação. É importante lembrar que durante atividades exaustivas, devemos tomar 200 ml de água a cada 15 minutos, mesmo que não haja sudorese aparente. Algumas condições médicas não vão bem

com altitude, como doenças do coração, hipertensão etc. Procure orientação respeito. Mergulho: bom condicionamento físico é fundamental, mas, a maioria dos mergulhos em Galápagos é planejada a favor da correnteza, pois é basicamente impossível nadar contra. O bom condicionamento permite ao mergulhador consumir menos ar, permitindo mais tempo embaixo d’água.

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internacional Fotos Renata Maranhão

taurantes. Os leões-marinhos fazem parte da paisagem da ilha e uma das principais recomendações é não incomodar os animais; justamente por isso, eles ficam à vontade entre humanos. Para falar a verdade, eles estão tão acostumados com a presença humana que mal abrem os olhos com a nossa visita. Preferem continuar o cochilo sob o sol equatoriano.

Ilha Seymour Norte

Entre as belezas naturais do arquipélago está o Arco de Darwin, uma grande formação rochosa surreal em pleno oceano, no meio do nada. Acima, os quelônios e leõesmarinhos (centro); uma das principais recomendações é não incomodar os animais e, justamente por isso, eles ficam à vontade entre humanos

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Para conhecer as outras ilhas é preciso um barco e existem vários passeios do gênero. Para mergulhar, é recomendado o Deep Blue, um tradicional barco da região com a melhor infraestrutura para mergulhadores. A ilha mais próxima é Seymour Norte, na qual é possível conhecer um pouco mais da vida exótica da reserva ecológica. Protegida pelo parque nacional, só é possível caminhar por uma trilha pré-demarcada e acompanhados de um guia. Muitos filhotes de leões-marinhos são vistos por ali, colocados por suas mães por proteção. Outros animais selvagens também podem ser encontrados, como o atobá-de-pata-azul, fragatas e iguanas, todos únicos no mundo. A distância do continente e a não familiaridade com esses animais fazem com que muitas das criaturas de Galápagos sejam bem estranhas aos nossos olhos num primeiro contato. Somente em Galápagos encontramos as robustas iguanas terrestres amarelas (diferentes de uma ilha para outra) e as iguanas marinhas, cuja dieta é predominantemente de algas oceânicas. As iguanas marinhas fazem jus ao nome, sendo capazes de mergulhar à procura de algas, e permanecerem submersas por até uma hora. Alguns zoólogos consideram a hipótese de não ter havido comida disponível em algumas ilhas quando chegaram por lá, a origem dessa adaptação, pois precisaram buscar alimento embaixo d’água. Curiosidade: quando o temido Godzilla foi criado, o trauma das bombas fez com que os japoneses imaginassem uma supermutação atômica que transformaria uma pequena e pacífica iguana marinha num monstro feroz e destruidor. Os pássaros são um espetáculo à parte. Fragatas machos inflam o papo vermelho para se exibir no ritual do acasalamento, porém deixam de ter graça quando demonstram suas habilidades cleptomaníacas. As fragatas reais de Ga-

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Foto Renata Maranhão

lápagos são maiores que as comuns e têm capacidade para pescar seus peixes, mas preferem roubá-los de quem já fez o trabalho da pesca. Normalmente, as vítimas são os atobás-de-pata-azul, excelentes mergulhadores e mais uma espécie endêmica de Galápagos.

Conhecidas pela rica vida submarina Wolf e Darwin são ilhas bem distantes, a noroeste do arquipélago, e conhecidas pela rica vida submarina. Elas ficam acima da linha do Equador e, por isso, as águas são mais quentes (média de 23° C). A Ilha de Darwin é a mais distante e recebeu o nome em homenagem ao cientista britânico Charles Darwin. É preciso navegar a noite inteira a partir de Wolf para chegar ao lugar que é considerado o Everest dos mergulhos. O Arco de Darwin fica a menos de 1

km da ilha de mesmo nome e a primeira visão é como avistar o oásis no meio do deserto. A ilha não está aberta à visita por terra. Como resultado, os únicos visitantes são os mergulhadores. Até pela distância, somente um número limitado de barcos ancoram por ali. Porém, o esporte só deve ser praticado por mergulhadores de nível avançado e com bom condicionamento físico, devido à correnteza forte. E quando eu digo forte, é forte mesmo. Estamos falando em mar aberto, distante 1.000 km do continente, onde sete correntes marinhas se encontram. Eis o porquê da tão rica vida marinha. Vários nutrientes navegam nessas correntes e ajudam o suporte dessa biodiversidade. Mais de 500 espécies de peixe tiram proveito desse manjar de plânctons, e isso faz de Galápagos um lugar único também embaixo d ́água.

Os pássaros são um espetáculo à parte

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comportamento

A força do

amor Toda grande história de superação começa com um desejo. A saga da equipe Mello não foi diferente

Por Luciana Sotelo Pablo, na época com 4 anos, pediu à mãe que o treinasse para ser um vencedor. A partir desse momento, o sonho do menino passou a ser a meta de toda a família. O caçula Ramon também escolheu o mesmo caminho. Hoje, Wilma Alfred orgulha-se de ter dois filhos campeões e uma trajetória marcada por lutas e conquistas. O gosto pelas artes marciais parece ter vindo de berço. Nos tempos de solteira, Wilma lutava taekwondo. O marido, quando jovem, foi boxeador amador. Tal combinação gerou herdeiros apaixonados por uma boa briga. Sem querer influenciar o mais velho, a mãe coruja levou Pablo para conhecer diferentes técnicas: judô, muay tai, taekwondo, boxe, capoeira e o caratê. E a resposta veio como uma grande surpresa para o casal. “Eu quero fazer caratê” disse o garoto, sem pestanejar. Ainda sem muita noção, Pablo deu os primeiros passos rumo a uma carreira promissora. “Eu via filmes de ação e me animei com o esporte. Ao conhecer o caratê, foi amor ao primeiro treino”, brinca Pablo Mello. A paixão ficou completa quando a

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mãe o presenteou com o primeiro quimono, quinze dias depois de ingressar nas aulas. “Quando ele vestiu o uniforme, transformou-se por completo. Ele começou a querer saber mais sobre a modalidade e só falava nisso, os olhinhos brilhavam”. Não precisou muito para Pablo querer mais. Na segunda semana de treino, queria competir. Mas ainda era cedo. O primeiro combate aconteceu meses depois, num campeonato regional sem muita expressão, porém, suficiente para definir o que seria a sua vida a partir dali. “Ele foi campeão aos 5 anos. Foi como se tivesse ganhado um torneio mundial. Foi aí que eu passei a observá-lo melhor. Com 7 anos, ele participou de uma classificatória do Paulista e foi o único de Guarujá que conseguiu passar para a final, e, assim, não parou mais”, diz satisfeita a mãe. Wilma achou que era hora de ter uma conversa séria com o seu filho. Ela queria investir e precisava saber se aquela era mesmo a escolha certa. “Eu perguntei para o meu filho o que ele queria do caratê e ele falou que tinha em mente ser campeão de tudo que

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Foto Luciana Sotelo

Pablo, Wilma e Ramon: amor e dedicação ao esporte

participasse e, para isso, queria contar com a minha ajuda, queria que eu fosse a técnica”. Não foi preciso ouvir mais nada. Wilma foi se especializar, participou de seminários, tomou conhecimento dos regulamentos e fez cursos de arbitragem para ter embasamento e ser reconhecida como técnica. “Pronta, tive a certeza de que o sonho dele, agora, seria também o meu sonho”. No embalo, Ramon, o irmão mais novo, também começou a se interessar pelo caratê. Ele queria seguir o exemplo do irmão e compartilhar conquistas. “Eu era pequeno, ele foi meu primeiro professor, queria ser como ele”. Pablo fica feliz. “É muito gratificante saber que alguém se espelha em você, isso me dá um ânimo ainda maior”. E como diz o ditado, a união faz a força. A equipe Mello, como é conhecida a família, coleciona vitórias. “No total, já são mais de 400 medalhas e quase 40 troféus”, conta orgulhosa a mãe e treinadora.

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Na casa dos atletas, já existe até uma sala exclusiva para guardar as conquistas, além de uma pasta com inúmeros recortes de jornais e revistas sobre a trajetória dos garotos. “É como um túnel do tempo. Eu me emociono a cada texto e guardo com carinho essa riqueza”. O melhor é que, segundo Wilma, cada etapa dessa história tem reconhecimento comprovado. Desde o início, ela fez questão de federá-los. Todos os diplomas oficiais ficam arquivados. “São esses documentos que comprovam as graduações de faixas nas federações. Isso é fundamental”. O currículo da dupla é invejável; ambos são campeões brasileiros de caratê pela Federação Brasileira de Karatê e Kobudo (FBKK), campeões paulistas pela FBKK, campeões sul-americanos de artes marciais, entre outras premiações. ”Ano passado, a equipe ganhou 32 títulos”, explica a treinadora. Únicos na Baixada Santista classificados

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Fotos Luciana Sotelo

comportamento

Família coleciona mais de 400 medalhas, 40 troféus e um arquivo com recortes de jornais e revistas, com a trajetória vitoriosa dos garotos

para dois mundiais, Pablo e Ramon, agora, concentram esforços para obter, além dos títulos internacionais, a Copa Mercosul de Caratê, em agosto. Um diferencial é que os caratecas competem em duas modalidades: uma delas é o kata, que consiste numa luta invisível, ou seja, é a demonstração habilidosa dos golpes. A outra é o kombate, a luta propriamente dita. “Meus filhos são campeões em tudo”. Para adquirir experiência e garantir ritmo, os meninos treinam duro quase todos os dias. Às segundas, quartas e sextas-feiras, a maratona é na Academia Okinawa Shorin Ryu, do mestre Masahiro Shinzato, em Santos. “Só para chegar lá eles caminham 40 minutos. É um exercício ótimo, pois moramos em Vicente de Carvalho e nos deslocamos por barca. Depois, são duas horas de treino, principalmente, Kata. E, na volta, mais 40

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minutos de catraia, que dá acesso ao nosso bairro, em Guarujá”, conta Wilma. Às terças e quintas-feiras, as atividades são com a mãe, que se transforma em uma pessoa rígida e exigente. “Criei um espaço para a gente repassar fundamentos, acertar erros e, principalmente, lutar. Ponho um contra o outro e analiso”. “Minha mãe é a grande responsável por tudo, ela é nosso ponto de apoio. Com ela não tem meio termo, quando é mãe, é carinhosa, e na hora de ser profissional, ela sabe exigir nosso melhor rendimento”, diz o primogênito. Nessa equipe, não tem tempo ruim; até mesmo os finais de semana são sacrificados em prol das futuras competições. “Nesses períodos, vivo uma vida de adulto. Tenho que ter muito mais responsabilidade e nem de longe consigo ter o comportamento de criança da minha idade”, diz Ramon, men-

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Foto Luciana Sotelo

cionando ainda que não se incomoda nem mesmo de perder o cineminha com os amigos, um dos programas preferidos. Ele só torce o nariz mesmo quando tem que fazer dieta. Na geladeira, itens como refrigerantes e doces são cortados pela treinadora. “Tudo tem o seu preço. Minha mãe pega muito no pé, por outro lado, conduz nosso sucesso, ensina muitas coisas”. Além do esporte, ambos fazem inglês, natação, musculação. O mais novo está se formando também na catequese. Atualmente, Ramon tem 11 anos, está na faixa verde a preta e, no futuro, quer cursar faculdade de direito, sem deixar de lado o caratê. Pablo tem 16 anos, é categoria faixa preta e acima e seu maior sonho é ser campeão mundial de artes marciais. E para levar o caneco, agora é treinar e treinar. Os dois são nomes certos neste mundial, que vai acontecer em Mar Del Plata, na Argentina, em novembro. A oportunidade surgiu após conquistarem oito prêmios no último sul-americano, realizado em Assunção, no Paraguai, em janeiro. Haja coração para encarar tamanha emoção, revela Wilma: “Do ginásio para dentro eu sou técnica, sou fria. Do lado de fora, sou mãe, sou coração”. Como se não bastasse ter que controlar o lado emocional, Wilma teve que driblar os problemas financeiros com criatividade. Para garantir verba para ir ao 36º Campeonato Sul-Americano de Artes Marciais, em fevereiro último, ela, há dois anos, lançou o livro Determinação: O que há por trás dessa sombra? “Meu marido é projetista de interiores e eu resolvi ajudar com as despesas. Levei um ano e meio para escrever. Ele conta uma parte da nossa luta de superação, mas também fala sobre assuntos como bullyng, obesidade infantil, entre outros”. O livro está à venda em várias livrarias e por meio do site www.biblioteca24horas. com.br. Wilma conta com apoio de parceiros, mas diz que não recebe quantias em dinheiro de nenhum deles, por isso, pretende lançar o segundo livro. Ela diz: “Eu deixo um legado para que toda mãe acredite no sonho e no potencial do seu filho sempre”.

Classificados para dois mundiais, Pablo e Ramon concentram esforços para obter, além dos títulos internacionais, a Copa Mercosul de Caratê, em agosto

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Fotos Edu Castelo

decoração

Perfeita no inverno, deliciosa no verão

No deque de madeira, o estar ao ar livre é tão acolhedor quanto as salas internas, protegidas por ampla caixilharia envidraçada

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Com espaços acolhedores tanto interna, quanto externamente, esta casa em Camburi, em São Sebastião, atrai os proprietários o ano todo

Por Maria Helena Pugliesi Há 14 anos, a arquiteta Fabiana Avanzi e seu marido compraram um lote de 250 m² num condomínio fechado na praia de Camburi. Pediram ao amigo, também arquiteto, Gui Mattos, que projetasse uma casa de veraneio para eles. “O Gui foi fantástico. Adoramos os amplos caixilhos de vidro, a cor azul das paredes, as pedras do revestimento externo. Ele soube criar um lugar perfeito para um casal”, lembra Fabiana. Acontece que o tempo passou, dois filhos aumentaram a família, e a casa, sob medida para dois, pedia mudanças. “Desta vez, eu mesma tomei a frente das obras. Sem descaracterizar a proposta do Gui, remodelei os espaços de acordo com nossas novas necessidades”. Com dois pré-adolescentes que querem sair de São Paulo todo feriado e final de semana, a mãe arquiteta começou a reforma pelo lado externo. Fabiana disse: “Depois de muitas tentativas, cheguei à conclusão de que ter um jardim era mesmo impossível, devido ao sombreamento da mata nativa que nos cerca. Como todos nós adoramos ficar nessa parte da casa, pelo silêncio e pela energia da natureza, resolvi fazer um deque de madeira rodeado por bancos revestidos de pedra moledo, as mesmas usadas no muro”. O canto virou a atração da casa. No verão, é o melhor lugar para tomar sol, no inverno, uma pira é acesa todas as noites. “O cheiro de madeira queimada se espalha, e os vizinhos, que ficaram nossos amigos, vêm nos visitar. Isso

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Fotos Edu Castelo

A ordem é relaxar, seja lendo um bom livro, disputando uma partida de pinball ou simplesmente não fazendo nada ao calor da lareira

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Fotos Edu Castelo

decoração

Reformados, salas e quartos ficaram maiores. O living, por exemplo, ganhou uma saleta com futons e a suíte do casal, uma bancada com pia dupla

Móveis: Conceito Firma Casa e Micasa (internos); Monica Bagatelli (externos) Tecidos: Regatta - Pira: Atrium

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que é o bom por aqui; todo mundo se conhece”. Para aumentar a área da sala e criar mais ambientes integrados, Fabiana trouxe a varanda para dentro da casa. Com esse ganho de espaço, ela pode idealizar recantos deliciosos. Um deles, decorado com futons e cercado por janelões, que dão de cara para o jardim natural, destina-se ao relaxamento. “É um cenário totalmente diferente da vida que levamos durante a semana. Só assim, para esquecer os problemas”, brinca. Outro canto bacana é o de leitura. Além da estante de freijó desenhada pela arquiteta, com nichos de diferentes tamanhos para abrigar os mais diversos volumes, a estrela do pedaço é um antigo fliperama, diversão certa para a família toda. No andar superior, os quartos foram remanejados a fim de aumentar o tamanho da suíte do casal, que ganhou bancada com pia dupla e compartimentos isolados para o sanitário e para a ducha. Pela baixa manutenção, o piso de madeira foi mantido; já os tecidos foram todos trocados. “Agora é tudo náutico, nos estofados internos e externos. Sou ciumenta com os meus móveis, mas não tem nada a ver eu ficar controlando se as pessoas podem ou não sentar. Para não estressar, optei por materiais resistentes e fáceis de limpar”, fala Fabiana. Caprichosa e de bom gosto, a arquiteta misturou na decoração peças desenhadas por ela e por ícones do design. Num dos ambientes da sala, as poltronas Mole, de Sergio Rodrigues, fazem par com a mesa de centro criada pela dona da casa a partir de um estrado de cama. Já no espaço do jantar, a mesa Saarinen, de Eero Saarinen, ganhou a companhia de cadeiras Panton, de Verner Panton. Do lado de fora, poltronas Astúrias, de Carlos Motta, completam o conforto junto com os sofás de alvenaria. Obras de arte inusitadas também fazem parte da ambientação descontraída. A escultura Candella 2, feita com regadores de plástico pelo artista escocês David Batchelor, chama a atenção entre os sofás, bem como a peça inflável de rinoceronte, assinada pela francesa Niki de Saint Phalle, que alegra a estante dos livros. “Procurei reunir em nosso refúgio de férias tudo o que gostamos e que nem sempre cai bem em nossa casa de São Paulo. Acho que deu certo. Sabe, às vezes, nem lembramos da praia, que fica logo ali, a menos de 50 m. Passamos o dia todo aqui, e nos divertimos para valer”, confessa Fabiana.

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Chloe

Cacharel

Fotos KFpress

Para entrar no clima,vá de

tricô

Uma opção certeira para qualquer ocasião, numa diversidade de modelos, cores e tramas. Mais uma vez, o tricô colore o nosso inverno 54

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Sportmax

Chloe

Fotos KFpress

Por Karlos Ferrera Tido, décadas atrás, como roupa de vovó, o tricô chega repaginado neste inverno. Hoje, mais moderno e estiloso, ganhou as vitrines de grandes lojas e se tornou o queridinho de muitas pessoas, até daquelas que buscam charme e elegância. Caprichar no visual nunca sai de moda, por isso, a mulherada deve ficar atenta aos looks que serão destaque neste inverno. Felizmente, a próxima tendência traz com ela não apenas charme e elegância, mas também muito conforto. O tricô, antes considerado clássico até demais,

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agora chega envolto em modernidade. Nesta estação, há modelos mais sofisticados, modernos e urbanos. As variações são as mais diversas, assim como as combinações possíveis: bordados, compondo com outros materiais ou com aplicações. E as possibilidades de uso são muitas, do casual ao formal. Calça, saia, shorts ou bermuda - tudo é permitido na hora de vestir um tricô. O vermelho é a cor que ganha mais espaço, mas outras tonalidades também prometem se destacar, como cinza, ver-

de-militar, azul, rosa pink e até prata, que volta com força total. Devido à matéria-prima, as peças em tricô podem ter custo maior, mas é possível encontrar preços muito distintos, de acordo com a qualidade e origem da lã. Uma peça tão bonita, versátil e aconchegante no armário vale o investimento, não? Uma dica legal para quem curte o tricô é entender sua trama. Se a trama (o fio) for mais grossa e larga, você terá um look mais esportivo. Mas, se a opção for pelo clássico, escolha os mais finos.

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moda

As roupas com o efeito de matelassê mostraram-se, nessa última temporada de moda, uma grande aposta não só para as combinações esportivas, mas para as mais elegantes também. Estamos vivendo um momento na moda na qual se pode misturar características, desde que bem feita. O matelassê cai bem em toda a peça ou em detalhes, presente principalmente nos itens de couro.

Sportmax

Fotos KFpress

Efeito matelassê em alta

Street Style Os calçados que são a cara dos dias mais frios são sempre as botas e os tênis, e vale investir nos modelos estilo coturno, tênis e botas com o salto embutido! Eles modernizam e deixam nossos looks mais joviais, vale a pena adquirir um bom calçado para durar por muitas estações, pois esses modelos vieram para ficar.

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Dkny

Com elegância Uma bela blusa de tricô combinada com uma saia sofisticada é o look perfeito para arrasar na noite

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Flashes Bons momentos ao lado de amigos em Bertioga

José Aparecido Cardia e Antonio de Carvalho

Wagner Moura, Luiz Henrique Capelline e Marcelo Squassoni

Fernando Oliveira e Jaqueline Bispo com a equipe da barraca da Comeb ( Comissão de Mães com Crianças Especiais de Bertioga), na Cidade Junina

Solange Peres, Mauro Orlandini, Renata Corsino, Antonio Rodrigues

Sergio Pauli e Mauro Orlandini

Arnaldo e Selma Barreto

Pescaria no Amazonas

Uma turma boa de pescaria e de boas histórias

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Ribas Zaidan com o peixe jaú de 20 quilos

Expedito Honório e o jaú de 22 quilos

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A celebração do amor do jovem casal Fábio Esmerelles e Roberta Hallage Gondim, na Catedral de Sant´Anna, em Mogi das Cruzes

Os noivos Roberta Hallage Gondim e Fábio Esmerelles

Os pais da noiva Luiz Carlos Gondim e Jane Hallage

Pais do noivo Walter Esmerelles e Tomiko Asato

O irmão da noiva Hani Hallage Gondim com Pamela Otero

Festiva de transmissão de posse Rotary Club Bertioga Canal

O deputado federal Arnaldo Faria de Sá recebe homenagem do presidente eleito Enio Xavier

Vera Almeida e o prefeito Mauro Orlandini

Família Xavier prestigia a posse do novo presidente Roberta com seu pai Gondim

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Flashes

Noite de premiação do Costa Norte Escola

Autoridades, familiares, professores e diretores compareceram à cerimônia no Sesc Bertioga

Ribas Zaidan e a gerente adjunta do Sesc Bertioga Debora Rodrigues

A professora Samantha Frei e o premiado João Pedro Teixeira Ribeiro e o diretor executivo da Fundação 10 de Agosto Paulo Velzi

Vereador Pacifico Junior e o premiado Francisco Willer Monteiro

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A diretora Giselle Sant’Anna e o prefeito Mauro Orlandini

O vereador Antonio Rodrigues e a vereadora Márcia Regina Braz Lia

O idealizador do projeto Roberto Zaidan, prefeito Mauro Orlandini, Ribas Zaidan e Kadu Zaidan

A professora Andrea Hungria Leite e o secretário de Educação Ivan Carvalho

Kaique, Natália e Roberto Zaidan

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“Destaques” // Luci Cardia Os aniversariantes Rosemary Aragon, Pascoal Biondo e Marcos Mazeto receberam amigos na Riviera de São Lourenço

Todos os aniversariantes com seus familiares exibindo felicidade e alegria

Silvana Mazeto, Marcos Eduardo Mazeto e a filha Giovanna

Pascoal Biondo, Roberto Haddad, José Cardia, Marcos Mazeto e Thiago Biondo

Vitor França, com os pais Fany e Gerson França

Selma Barreto, Flavia Patriota, Luci Cardia, Carla Violani, Rose Aragon, Leo Marques, Fany França e Cristiane Faria

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Ivanete Lucatti, Selma Barreto, Osmar Santos, Luci Cardia e Rosely Valença

Jamal Abou Ghosen, Tony Bou Assi, Helio e Carla Violani, lindos e felizes

Marcia Dutra e Fabia Ferreira, com Camilo de Francesco

Sergio Aragon, José Cardia, Gerson França, Ricardo Gomes, Martinho Marques e Arnaldo Barreto

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata Torneio Aberto de Golfe e Festa Junina no clube Saja- Sociedade Amigos do Jardim Acapulco, são eventos imperdíveis e marcam a programação em Guarujá.

O vice-presidente do GGC Welington Alvarez e sua mulher Marcia, o presidente do GGC Anselmo Aragon e sua mulher Tatiane

Marcando presença durante o campeonato, o presidente da Federação Paulista de Golfe Antonio Carlos Padula e Anselmo Aragon

O empresário Henrique Trevisan e sua bela mulher Fátima Trevisan

O capitão do GGC João Santos e Sandra Miranda (à esquerda), e Andreia Muniz

O clique deste colunista aos grandes amigos Rodolfo Cesar e Antonio Ferreira

Daniela Gunther e o marido, o diretor do GGC, Dr. José Roberto Gunther, participação total nos eventos do GGC

Na Sociedade Amigos do Jardim Acapulco, o vice-presidente Antonio Moscarelli e o presidente Ricardo Tudisco

Elizabeth Tudisco, com sua tradicional feira beneficente, e as amigas expositoras: Eliana Sahyon, Surama Tudisco, Elizabeth Tudisco e Rossana Monteiro

O casal Eloisa e Eduardo Lara no clube Saja

Vale sempre a pena a companhia de pessoas que possuem uma verdadeira satisfação em estar entre amigos: Milton Salles, José Avelino e Ricardo Tudisco A primeira-dama do clube Saja, Surama Tudisco, dá sua participação ao clube, nesta foto com os filhos Sergio Ricardo, Stefanie e o marido Ricardo

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho Os melhores acontecimentos da cidade neste último semestre

O vice-prefeito de Santos Eustázio Alves Pereira Filho e sua mulher Marinilza Monteiro Alves , no Teatro Coliseu por ocasião da posse dela como presidente do Rotary Club Santos Boqueirão

Walkyria Sanches Capp e Maria Fernanda Nogueira Mesquita comemorando o aniversário deste colunista, no Ecoresort Canto da Floresta, em Amparo

José Antonio Marques de Almeida e Maria Leonor de Almeida, que tomou posse como vicepresidente do Clube das Soroptimistas de Santos durante jantar no Le Coq D’or (Mendes Hotel)

No 7 º aniversário do Rotary Club do Boqueirão Santos, realizado na Capital Disco, a ex-presidente Rosangela Greghi Santos e a nova presidente Marinilza Monteiro Alves

Eduardo Paulino, na comemoração dos seus 60 anos: solista da Orquestra Sinfônica de Santos, recebeu dezenas de convidados no foyer do Teatro Coliseu

Em tempo de Copa do Mundo: Elenita Gonzaga e José Luiz Blanco Lorenzo entraram no clima verde-amarelo

Arieli Margiotta Ximenes e Vitor, que tomou posse na presidência do Rotary Club SantosGonzaga em jantar no Capitães Gastronomia

O casal paulistano Lígia e Waldemar Kogos, no Teatro Coliseu, durante aniversário do amigo Eduardo Paulino

O casal Théo e Cláudia Campomar Nascimento Baskerville Macchi tomou posse no Rotary Club de Santos, em festiva no Clube dos Ingleses

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“No clique” // Cláudio Milito

Fotos Ronald Kraag

Cerimônia comemorativa da Batalha Naval do Riachuelo, com entrega de medalhas aos Novos Amigos da Marinha, na Capitania dos Portos, em São Sebastião. O evento contou com os patrocínios do governo federal, Transpetro e Praticagem

Saint’Clair Zonta Jr., Maria Antônia Zonta (Soamar Litoral Norte), comandante da Capitania dos Portos de São Sebastião Marcelo Sá e Fernanda Muniz (representante da Transpetro)

Eduardo Cimino e Marcelo Sá

Katia Platon e Jeannis Platon

Dr. Gilberto Antonio de Castro, Saint’Clair e Maria Antônia Zonta, Carlos Brancante, da Soamar São Paulo, Sérgio Ramos e João Andreoli

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Marcelo Sá, Simone Ayala Sá, as filhas Lívia e Marcella, e sua Maria Alvarez Ayala

Tenente Marilin, tenente Camila, tenente Amanda, Marcelo Sá, comandante Azulai e tenente Machado

Os agraciados com a Medalha Amigos da Marinha: Moisés Figueiredo; o vice-presidente da Soamar Litoral Norte, Sérgio Moraes; o presidente da Soamar Litoral Norte Duchi Schimidt; Luiz Fernando Mendes; José Roberto Reis; Mara Cirino; Marcelo Sá; Agnaldo Rodrigues; Adelino Domingos dos Santos; Fernando Siqueira; e Celso Magalhães

Grupo de Escoteiros do Mar Maempibi, de Ilhabela​

Marcelo Sá, Sergio Moraes e o vicepresidente da Soamar Celso Magalhães

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Guarujá Central Park

Uma empresa qUe planeja, investe e gera dividendos econômicos, sociais e ambientais para a baixada santista.

Riviera Shopping

Foto ilustrativa

Ciclovia

Foto: Riviera de São Lourenço - módulos residenciais 100% implantados, cercados de áreas verdes

A Sobloco, há mais de 35 anos, acredita no crescimento da região metropolitana da Baixada Santista, dedicando-se a projetos e obras de desenvolvimento urbano, que tornaram-se referências urbano-ambientais no uso e ocupação do solo. Iniciada em 1979, a Riviera de São Lourenço, em Bertioga, é um exemplo de comunidade planejada e sustentável, cujas soluções de infraestrutura urbana, de saneamento básico, ambientais, comerciais e de serviços, são reconhecidas e premiadas nacional e internacionalmente. Hoje a Riviera gera aproximadamente 15 mil empregos entre diretos e indiretos, uma massa salarial de mais de R$ 150 milhões/ano e milhares de reais em impostos. O Plano Urbanístico do Guarujá Central Park, no Guarujá, iniciado na década de 1990, da mesma forma, traz soluções inteligentes para um crescimento urbano planejado e sustentável, contribuindo com oportunidades de moradia, emprego, renda e qualidade de vida para seus usuários e moradores. Por tudo isso, a Sobloco, empresa com 55 anos e 100% nacional, orgulha-se de poder participar do crescimento sustentável da Baixada Santista. É planejando e investindo com responsabilidade ambiental e social, que chegaremos ao futuro que queremos.

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