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Foto Projeto COMCOM

ANO XVI - Nº 182 - AGOSTO/2017

A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte

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Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente

Nova experiência turística em Cubatão

Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte

E mais...

Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Giuliano Rodrigues

Ser sustentável

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Decoração

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Moda

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Flashes

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Destaque

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Alto Astral

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Celebridades em foco

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giu@costanorte.com.br Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan ronaldozaidan@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Estela Craveiro, Karlos Ferreira, Luciana Sotelo, Marcus Neves Fernandes, Mayumi Kitamura, Morgana Monteiro Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica 57


Diego Bachiéga

Foto Fernanda Lopes

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Patrimônio histórico pode ser revitalizado

Muitos bons motivos para devolver o feijão à mesa

Capa Quadro de Antonio Ariel (reprodução Luciana Sotelo)

O histórico prédio da Beneficência Portuguesa, em Santos Foto Luciana Sotelo

Beneficência Portuguesa pág. 08

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história

Foto Luciana Sotelo

Uma sociedade do bem e para o bem

Em Santos, há muitos prédios que chamam atenção pela beleza arquitetônica, pela suntuosidade, ou pela representatividade histórica. Um deles, em particular, reúne todas estas qualidades e mais uma: ajudar o próximo 10

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Luciana Sotelo A Sociedade Portuguesa de Beneficência tem, na fachada, a elegância de um palacete no estilo neoclássico; na origem, o privilégio de ter nascido para ajudar o próximo e, na bagagem, mais de cento e cinquenta anos de existência. A partir de agora, vamos adentrar essa casa, que é referência em atendimento médico e hospitalar na Baixada Santista, e está sempre de portas abertas para praticar o exercício da medicina humanizada. Sem falar nos atrativos que possui, como uma capela e uma das maiores áreas verdes do centro urbano da cidade, com espécies de plantas e árvores típicas da Mata Atlântica. Para chegar às características atuais, e entender como funciona essa engrenagem que, atualmente, atende mais de 200 pacientes diariamente, só no pronto-socorro, é preciso voltar no tempo. Tudo começou em 21 de agosto de 1859. Poucos sabem, mas a ideia inicial não era criar um hospital. Alguns portugueses, liderados por José Joaquim de Souza Airam Martins, reuniram-se para fundar uma instituição que desse amparo aos imigrantes vindos de Portugal, que, na época, chegavam à região pela facilidade oferecida pelo porto. “Eles viviam perambulando pelas ruas. Não tinham qualificação. Era fornecida uma espécie de assistência através de alimentos, emprego, moradia, entre outras necessidades. Foi dessa forma que a Beneficência iniciou, com caráter assistencialista”, explica o atual presidente da casa, Ademir Pestana, um brasileiro de origem lusitana. Entretanto, nove anos se passaram, e a proposta teve que ser mudada em função

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história Foto Dino de Almeida

O programa de humanização do hospital conta com muitos parceiros, como a bailarina Isabela Procópio, a cadela Jade, da ONG Cão Amor, e o flautista Daniel Ribeiro

Foto Acervo Beneficência Portuguesa

das constantes epidemias que começaram a assolar a região, como febre amarela, varíola, malária, tuberculose e a temida peste bubônica. Assim, em 12 de abril de 1868, a Sociedade recebeu do português Antônio Ferreira da Silva e de sua mulher Maria Luísa Ferreira da Silva, um terreno para a construção de um hospital que atendesse a todos, independentemente da origem. Localizado no bairro do Paquetá, entre as ruas das Flores (atual Amador Bueno) e do Rosário (hoje, João Pessoa), o prédio foi inaugurado dez anos depois, em 6 de janeiro de 1878, devido a dificuldades financeiras. Nessa época, a história do hospital estava apenas começando. Após 48 anos de funcionamento, alguns fatores ocorreram,

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Foto Roberta Ramos

tornando inadequada a permanência da entidade no local. Entre os principais, destaque para as constantes obras de expansão dos armazéns portuários, a forte umidade e a existência de uma unidade que recolhia as vítimas de varíola. A área, inclusive, era conhecida como dos “bexiguentos”. Se, hoje, a Sociedade de Beneficência conta com 205 leitos (38 de UTI), 17 consultórios, cinco UTIs, pronto-socorro e mais de 300 médicos credenciados, a mudança de sede foi decisiva e a iniciativa do sócio benemérito Antônio Marques Bento de Souza, imprescindível. Ele sugeriu que o terreno fosse adquirido pelos portugueses residentes em Santos. Ele mesmo fez a doação de uma grande quantia. A campanha

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contou com a participação de empresas nacionais e estrangeiras e também de bancos, todos instalados no município. Com a verba, foi adquirida uma quadra de frente para a avenida Bernardino de Campos (canal 2) e as obras foram iniciadas de imediato. Em 5 de outubro de 1922, lançou-se a pedra fundamental da construção e, quatro anos depois, em 1º de dezembro de 1926, o prédio ganhou vida, literalmente. Nascia o hospital Santo Antônio, numa área total de 45 mil metros quadrados. O complexo é rodeado por jardins contemplativos e conta ainda com um núcleo infantil para os filhos dos funcionários, que hoje somam 857 colaboradores, além de serviço de luto (velório) e uma bela capela. Dizem que, quem nasce grande, não pode parar, e foi preciso acompanhar o crescimento da população. Espaço não faltava e o desafio chegou na década de 1990, como conta Pestana: “Inauguramos uma nova unidade, o Hospital Santa Clara, anexo ao Hospital Santo Antônio. São sete andares, que englobam centro cirúrgico, as unidades de terapia intensiva e os apartamentos”. Além de ter equipamentos modernos, de última geração, o grande diferencial da Beneficência é a caridade. O presidente orgulha-se em dizer que é o segundo maior hospital filantrópico da região. “A oferta ao Sistema Único de Saúde (SUS) é de 105 leitos, além de 10 vagas de UTI. Também somos credenciados pelo governo federal na área de oncologia, ofertamos quimioterapia, radioterapia e gama câmara (exame de cintilografia)”. Para manter esses números, Pestana diz que não é fácil. “Se fizermos uma análise, 90% dos hospitais filantrópicos passam por muitas dificuldades e, aqui, não é diferente. Milagre não existe. Nós temos uma tabela do SUS que está, praticamente, dez anos sem alteração, fica difícil repor os custos. Procuramos contrabalancear essa equação com o atendimento particular e outros convênios para os demais 100 leitos existentes”. Certa de que sua missão é dar conforto e saúde ao próximo, a Beneficência Portuguesa especializou-se em alguns setores,

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Fotos Luciana Sotelo

Dentre as relíquias do acervo da entidade, o Livro de Visitas Ilustres, inaugurado pelo imperador D. Pedro II , e a pedra fundamental do hospital, datada de 1868

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história Foto Luciana Sotelo

A capela em homenagem a Santo Antônio, padroeiro da instituição foi inaugurada em 1930. Ela possui imagens religiosas, vitrais, lustres e piso originais, trazidos de Portugal

e trouxe, inclusive, benefícios pioneiros como a UTI cardiológica com acomodações individuais. “Trata-se de um apartamento, com direito a acompanhante. E neste mesmo andar, fica o serviço de hemodinâmica, um facilitador para que o paciente não precise se deslocar muito para realizar os exames”, destaca Pestana. Com um leque bem amplo, atendendo cerca de 50 especialidades, com alta complexidade nas áreas de cirurgia vascular, tórax, urologia, gastroenterologia, cabeça, pescoço e implantação de marca-passo, a Beneficência é padrão de referência nos setores de oncologia e cardiologia, garante o presidente. Além disso, presta serviços de oftalmologia (consultas, exames e cirurgias); medicina nuclear, com os mais modernos equipamentos para a realização de exames diversos, especialmente de coração; ortopedia; medicina vascular; diagnóstico de imagens; entre outros. O hospital possui uma demanda anual de cerca de 10 mil internações e, aproximadamente, 58 mil atendimentos no pron-

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Espaços preservados Você sabia que, em 2012, o palacete da Beneficência foi tombado pelo Condepasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos)? Sim, o prédio mantém suas características arquitetônicas preservadas, garantindo às futuras gerações uma das marcas mais importantes da origem portuguesa por aqui. E nesse prédio tão emblemático, há, ainda, uma capela em homenagem a Santo Antônio, padroeiro da instituição. O espaço foi inaugurado em 1930, tem capacidade para 88

pessoas e possui imagens religiosas, vitrais, lustres e piso originais, trazidos de Portugal. No local, são realizadas missas aos domingos, às 9 horas, e toda última quarta-feira do mês, a Missa da Saúde, às 16 horas. Algumas dessas cerimônias religiosas já foram celebradas pelos bispos D. Jacyr Braido e D. Tarcísio Sacaramussa (atual bispo diocesano de Santos). De uma coisa a Beneficência não abre mão: seu passado. Parte dele pode ser conferida no acervo que a entidade preserva. Uma das peças mais apreciadas é o Livro de Visitas Ilustres, inaugurado

to-socorro. Com todo esse know how, há ainda mais uma grande conquista, salienta Pestana. “Trata-se da nossa câmara hiperbárica multiplace, para seis pacientes. Somos o primeiro hospital, e único da região, a dispor desse serviço”. Não basta que os serviços sejam prestados, e que os equipamentos sejam de última geração, se não existir uma relação sincera e respeitosa entre médico e paciente. Com essas palavras, o doutor Mário Cardoso, diretor técnico do hospital, define o seu maior orgulho: o trabalho de humanização do atendimento. “O médico e paciente não estavam mais falando a mesma língua. Foi então que fundei a Clínica Médica, porque não existia essa organização, que se tornou a terceira sociedade de especialidade no Brasil, buscando resgatar essa relação tão necessária”. Entusiasta, Mario tem verdadeira paixão pelo hospital e pela medicina. “Eu nasci aqui, me formei, vim ser residente. Em 1975, criei o primeiro pronto-socorro particular. Mais tarde, passei a ser o chefe de serviço

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pelo imperador D. Pedro II e assinado por diversas pessoas, integrantes das histórias brasileira e mundial, como os navegadores Sacadura Cabral e Gago Coutinho, princesa Isabel; príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, e inúmeras autoridades civis e eclesiásticas. Entre as preciosidades, despontam telas da fase retratista do pintor Benedicto Calixto, imagens religiosas, móveis do século XIX e utensílios do período da inauguração do primeiro hospital.

de clínica médica, depois, diretor clínico, e acabei sendo eleito presidente da Associação dos Médicos de Santos e da Associação Médica Brasileira, única vez que alguém, que não era da capital, foi presidente. Trabalhar como médico é a minha vida”. E como se não bastasse tanta dedicação, foi na extinta maternidade do Hospital da Beneficência que ele teve uma das maiores emoções de sua vida: o nascimento da filha. “Até hoje, eu lembro desse momento tão especial e emocionante, inclusive, do abraço do meu pai. Pra nunca mais esquecer”. Com tantas experiências a relatar, o médico se emociona, respira fundo e detalha o cronograma criado para tornar a permanência das pessoas no hospital um pouco mais agradável. O projeto social de humanização, assim intitulado, tem várias vertentes e compreende diferentes ações: pet terapia, música, balé, animação, cinema, leitura, poesia, cursos, palestras e muito mais. O diretor explica que as atividades estão sendo implantadas gradativamente. Mario aponta os resultados positivos da

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história Fotos Luciana Sotelo

A natureza é favorável à qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. O local possui diferentes espécies arbóreas e serve de abrigo para cerca de 40 espécies de pássaros

pet terapia não apenas para pacientes, mas para todos os envolvidos no atendimento médico-hospitalar. “Esses seres (animais) têm a capacidade que, nós médicos, seres humanos, não temos, mesmo aqueles cuja capacidade profissional extrapola o conhecimento, para ouvir e acalmar. Hoje não há como abrir mão do trabalho traduzido em carinho desses cães, e a presença deles, aqui na Beneficência, já se torna uma necessidade, aliando conhecimento não apenas para o tratamento físico, mas também emocional”. A chefe do Serviço de Enfermagem Adriana Ferreira fez um relato da primeira visita dos cães ao Hospital Santo Antônio, citando dois casos em que os animais foram capazes de confortar aos que, no desalento da dor ou da desesperança, fecharam-se no sofrimento:

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“Um deles, um paciente que não se comunicava, não esboçava reação, se manifestou através das mãos no afago ao animal e, outro, uma paciente que abriu os olhos pela primeira vez desde que fora internada”. Depoimentos como esses só fazem crescer a vontade de humanizar ainda mais o serviço. “Tratar o doente como gente é uma obrigação que só pode ter um resultado: a troca de carinho. Eu cheguei a ter doentes com mais de 100 anos, alguns me abraçavam com mais carinho do que abraçavam os próprios filhos. Isso é muito gratificante”, revela Mario. A primeira fase do programa conta com a parceria de Isabela Procópio (bailarina clássica); Daniel Ribeiro (flautista); ONG Cão Amor (pet tera-

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O atual presidente da casa, Ademir Pestana, brasileiro de origem lusitana, e, ao lado, Mário Cardoso, diretor técnico do hospital, que nasceu e fez residência médica na unidade

pia); Tchau Dodói (clowns de hospitais); e a produtora Spectra Filme, com o projeto Martins Fontes. Na segunda etapa, serão incluídas as atividades de leitura e poesia. Em paralelo, já está em fase experimental a vertente destinada aos funcionários, que engloba aprimoramento, cultura, memória do trabalho e preservação do patrimônio histórico do hospital.

Sublime área verde A valorização de áreas verdes é um assunto bem atual, mas, na Beneficência Portuguesa, o conceito é bem mais antigo. Por aqui, a natureza é usada a favor da qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. Afinal, quem disse que hospital tem que ser triste e sombrio? A ideia é oferecer um jardim contemplativo; não há nada melhor que observar o meio ambiente para obter tranquilidade e relaxamento. Com o canto dos pássaros, o cenário fica ainda mais completo.

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Noemi de Macedo, assessora de comunicação do hospital, diz: “O principal jardim é considerado uma entre as maiores áreas verdes no perímetro urbano de Santos, com diferentes espécies arbóreas, algumas em extinção, caso do pé de canela. No jardim principal, vivem cerca de 40 espécies diferentes de pássaros, de acordo com uma pesquisa feita em 2006. Por ter arborização alta, o jardim é rota de gaviões, especialmente, para a construção de ninhos dessas aves, cujo casal permanece no local até que os filhotes estejam aptos ao voo longo”. De acordo com o levantamento da ornitóloga Sandra Pardin Pivelli, do Jardim Botânico Chico Mendes, entre os visitantes ilustres estão a andorinha; andorinhão; anu; arapuçu de cerrado; bem-te-vi; beija-flor; bico-de-lacre; cambacica; canário; coleirinha; curruíra; freirinha; juruviara; martim-francisco;sabiás; saíra; sanhaçu; suiriri; pardal; periquito; rolinhas; tico-tico; tié-preto; e tuim.

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história Fotos Luciana Sotelo

As gassianas espalham amor aos mais necessitados. Ao lado, uma das peças do bazar permanente mantido por elas, para angariar fundos para as atividades desenvolvidas no hospital

Lições de amor e dedicação Não dá para falar em saúde e cuidados especiais sem dedicar um capítulo a um grupo especial de mulheres que, todos os dias, está nos corredores da Beneficência a espalhar amor, doação e dedicação aos mais necessitados. Elas são as gassianas e fazem parte do Gassas – Grupo de Ação Social Santo Antônio -, formado em 1975 para prestar auxílio físico, afetivo e até material aos pacientes internados. Com o lema “fazer o bem sem olhar a quem”, elas representam, hoje, 46 voluntárias com acesso a todas as alas, e trabalham de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas, segundo Deusa Adeyl Batista, atual presidente do grupo, voluntária há 15 anos. As gassianas servem as refeições a quem não consegue se alimentar sozinho, e também fazem campanhas para doação de fraldas e materiais de higiene pessoal. Além da parte convencional, oferecem o que têm de melhor: o amor e a atenção ao próximo, garante Deusa. “Conversamos com os pacientes, olho no olho, acolhemos, fazemos leitura para os que

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querem, fazemos ligações para a família deles, levamos revistas e procuramos dar todo carinho que cada um merece. A melhor coisa que tem na vida não é ser servida, é servir”. Deusa chegou à instituição após uma grande e irreparável dor: a perda de um filho. Hoje, ela sabe que não foi por acaso que começou a ser uma gassiana. “Eu sempre reclamei muito das coisas. Quando cheguei aqui, eu percebi que sou feliz, mesmo diante do meu sofrimento. Tem muita gente aqui que tem família e, mesmo assim, é esquecida por todos. Se não fossemos nós, estariam completamente abandonadas. Temos que ser gratos por essa missão de amor”. Para fazer parte desse time, que está com inscrições abertas, basta ter amor no coração e dedicar, pelo menos, 12 horas mensais à causa. “A cada dia, eu aprendo um pouco mais, e agradeço a Deus pela oportunidade de estar aqui”. As gassianas mantêm ainda um bazar permanente na própria instituição para angariar fundos. Lá são oferecidos artesanato em geral, brechó e uma boa conversa. Vale a pena conferir.

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Fotos PMC

turismo

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No coração da Serra do Mar, floresce o turismo comunitário O Turismo de Base Comunitária, desenvolvido nos bairros Cota, em Cubatão, atrai cada vez mais a atenção pela experiência de novas realidades. Até o príncipe Harry, da Inglaterra, já conheceu a novidade

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turismo

Morgana Monteiro A paisagem enche os olhos e revela belezas escondidas, que só os pássaros conseguem ver em seus altos voos. De um lado, a vegetação exuberante da Mata Atlântica, em tons de verde, cachoeiras, e as flores conhecidas como “aleluia”. Do outro, o concreto das estradas que se entrelaçam em uma obra de engenharia que é referência para o mundo. Do chamado Mirante do Príncipe, na Cota 200, em Cubatão, pode-ser ver tudo isso, e mais: ter a experiência de conhecer os bairros por meio de quem vive lá. No chamado Turismo de Base Comunitária - TBC -, os guias são pessoas da própria comunidade, que falam do local e das transformações realizadas ali com foco na sustentabilidade. O principal objetivo dessa exploração

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turística é fortalecer o vínculo das comunidades com os bairros, neste caso, espaços completamente modificados pelo Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, realizado pelas secretarias estaduais de Habitação e do Meio Ambiente, para estimular a geração de renda para os moradores de todos os núcleos participantes. O projeto realocou muitas famílias que, antes, viviam em áreas de risco. Os bairros foram revitalizados, permitindo essa exploração turística que ganhou força nos últimos três anos. A ideia do Turismo de Base Comunitária surgiu após a visita do príncipe Harry, da Inglaterra, neto da rainha Elizabeth, aos bairros Cota. Ele esteve em Cubatão em junho de 2014, em visita ao Brasil e Chile. Após a presença real, a equipe social do Projeto de Recuperação Socioambiental

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Ao lado, o príncipe Harry, que esteve no local em junho de 2014 e deu nome a um dos pontos de visitação, o Mirante do Príncipe, na Cota 200, da qual se tem uma ampla vista de parte da Baixada Santista

Recuperação socioambiental

percebeu que as visitas monitoradas poderiam beneficiar o desenvolvimento local, e surgiu o TBC. O primeiro passo foi batizar o píer, construído no alto do Jardim Europa, Cota 200, como Mirante do Príncipe – em alusão à visita de Harry. Ali é o ponto alto da visita monitorada porque oferece uma vista surpreendente, não apenas de Cubatão, do seu polo industrial e dos bairros Cota, como também do entrelaçamento da rodovia dos Imigrantes, parte da Via Anchieta, as escarpas e os cumes da serra, o emaranhado de sinuosos caminhos rasgados lentamente pelos rios que cortam a mata do manguezal. E já quase na linha do horizonte, a muralha de prédios que delimita os quase 22 quilômetros da cidade de Praia Grande, o imponente pico Xixová, os novos arranha-céus da Zona Noroeste de

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O objetivo do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, do governo do estado de São Paulo, é oferecer condições dignas de moradia para 22 mil pessoas que antes ocupavam áreas de assentamento irregulares, incluindo locais de risco, além de proteger 1.240 hectares de Mata Atlântica. O processo começou em 2007 por meio de uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em 2010, possibilitou avanços significativos para os moradores de todos os núcleos existentes na encosta ao longo da Via Anchieta (Cotas 95/100; 200; 400; e 500 – e no sopé da serra ao longo do rio Cubatão – Pinheiro do Miranda; Água Fria; Pilões; e Sítio dos Queirozes). A instituição financeira emprestou U$ 162 milhões – cerca de 35% do investimento total – para uma contrapartida do governo do estado e demais parceiros, como o governo federal, de U$ 308 milhões – equivalentes a 65% do custo do projeto. O programa tem algumas metas a ser atingidas: redução do impacto das populações residentes nas áreas de preservação; melhoria das condições de vida dessas pessoas; proteção das unidades de conservação; e fortalecimento da fiscalização de áreas protegidas

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turismo

Santos, os gigantescos guindastes do porto e parte do polo industrial de Cubatão. Só por isso, o passeio já valeria a pena. Mas é muito mais do que isso. O passeio, na verdade, tem início no pé da serra, na Vila Fabril, na qual está instalado o Ateliê Arte nas Cotas, de formação em arte-educação. Ali são ensinadas pinturas com a técnica do estêncil. Os participantes confeccionam uma série de produtos como camisetas, cadernos e cadernetas com a marca e também deixam impressa sua arte nas casas das Cotas, como se vê durante o percurso. Há também o projeto ComCom, de Comunicação Comunitária, que capacita os participantes na produção e difusão de informações sobre a própria comunidade; o Cota Viva, que desenvolve ações de educação ambiental; e o Núcleo de Economia Solidária e Desenvolvimento Local – Nesdel -, que prepara refeições para os visitantes, inclusive com ingredientes da Mata Atlântica. Antes ou após o passeio completo, o lanche está garantido.

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Fotos Projeto ComCom

O passeio começa no pé da serra, na Vila Fabril. Aí funciona o Ateliê Arte nas Cotas, no qual é produzido, pelos moradores, o artesanato local. A subida até o mirante é feita a pé. No caminho, se o tempo estiver bom, os turistas podem conhecer em detalhes o trabalho artístico realizado nas fachadas das casas, no Jardim Europa

A subida até o mirante é feita a pé. No caminho, se o tempo estiver bom, os turistas podem conhecer em detalhes o trabalho artístico realizado na fachada das casas, no Jardim Europa. São desenhos geométricos que explodem em uma profusão de cores fortes, trazendo ainda mais vida ao núcleo. Há também trabalhos em mosaico, tudo feito pelos participantes do Ateliê Arte nas Cotas. A rica posição geográfica do bairro e a história do território, habitado inicialmente a partir de 1939, por operários que ajudaram a construir a primeira pista da Via Anchieta, são um prato cheio para visitantes: sejam estudiosos de urbanismo, especialistas em temas ambientais ou curiosos. E foi esse nicho que despertou o interesse em desenvolver o TBC, como explica o técnico social do Projeto de Recuperação Socioambiental, Alex dos Santos: “Começamos um curso para capacitar os moradores para atuarem como guias. Em algumas ocasiões, dependendo do público que está

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Projeto TBC, exemplo para o município O Turismo de Base Comunitária, desenvolvido nos bairros Cota, tornou-se referência na cidade, e a prefeitura de Cubatão tem estudado de perto esse modelo, aproximando as ações realizadas na comunidade, com o planejamento turístico do município. Mauro Haddad, secretário de Meio Ambiente de Cubatão, explica: “Pensamos em levar o modelo daqui para outras partes da cidade como a Vila dos Pescadores e a Vila Esperança, bairros que também vão passar por mudanças urbanísticas, assim como as Cotas. Queremos também inserir as atividades do Turismo de Base Comunitária nos roteiros turísticos do município”.

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Fotos Projeto ComCom

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Os moradores também preparam refeições para os visitantes, inclusive, com ingredientes da Mata Atlântica. Antes ou após o passeio, o lanche está garantido

Visita da realeza mudou tudo O príncipe Henry Charles Albert David, conhecido como príncipe Harry de Gales, quarto na linha sucessória do trono britânico, esteve em Cubatão no dia 25 de junho de 2014. Ele conheceu vários projetos sociais no Brasil, entre eles, o de Recuperação Socioambiental das Cotas. Segundo representantes da comitiva principesca, o próprio Harry fez questão de visitar a Cota 200. Primeiro, ele esteve no mirante, do qual observou a Baixada Santista a partir de uma vista privilegiada. Depois, andou pela comunidade, conversou com os moradores, aprendeu a fazer comida com biomassa de banana e pintou o muro de uma das casas impactadas pelo Ateliê Arte nas Cotas. O príncipe ainda plantou uma muda de manacá-da-serra, planta nativa da Serra do Mar.

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com o grupo, acontecem intervenções teatrais no meio das contações de histórias pelas ruas dos bairros”. Em parceria com a Universidade Estadual Paulista, a Unesp de São Vicente, do Instituto de Biociências, o projeto foi alavancado por aliar políticas de proteção da natureza com desenvolvimento turístico, baseado em três eixos: ecológico, histórico e socioambiental. De acordo com os organizadores, desde que teve início o Turismo de Base Comunitária, o número de visitantes brasileiros e internacionais chega a 1.200 pessoas. Já foram 56 visitas organizadas de forma avulsa ou em parceria com órgãos e universidades. Três agências de turismo, uma de Santos e duas de São Paulo, também organizam os passeios. Uma delas é a Caiçara Expedições. As visitas podem ser agendadas pelo e-mail: turnaserra@gmail.com e pelo telefone (13) 3377 1371.

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Foto Renata de Brito

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União pela Ermida do Guaibê Patrimônio histórico pode fomentar o turismo, após trabalhos capazes de lhe dar estrutura para visitas monitoradas

Foto Diego Bachiéga

Os prefeitos Caio Matheus e Válter Suman em visita à área histórica. Parceria é para revitalizar os monumentos

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Por muitos anos em estado de esquecimento, um patrimônio histórico da região, enfim, recebe a atenção merecida. A Ermida de Santo Antônio do Guaibê, construída no costado de Guarujá, em frente ao canal de Bertioga, deve contar, em breve, com manutenção emergencial das prefeituras de Bertioga e Guarujá. Após estudos e a apresentação de um projeto, a edificação receberá estrutura para se tornar um ponto turístico monitorado. Desde julho, os prefeitos das duas cidades discutem a restauração do local em conjunto, para fomentar o turismo e preservar as ruínas da igreja em que teria ocorrido o chamado Milagre das Luzes de José de Anchieta. A história contada é de que o padre, que costumava alojar-se no Forte São João e orava pela paz entre brancos e índios, certa noite foi levado à ermida para rezar e negou-se a ficar com o candeeiro oferecido pelo barqueiro. Mais tarde, ouviu-se música e, ao abrir a janela da fortaleza, a mulher do barqueiro viu a igreja toda iluminada. Para homenagear o santo, todos os anos, no mês de junho, Bertioga promove a celebração de São José

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turismo

Foto JCN

de Anchieta com encenação do Milagre das Luzes e saídas de barco do qual os espectadores podem assistir a um ator declamando poesias do santo na área das ruínas. O desejo de atrair turistas para visitar a área não somente em junho, mas durante o ano todo, motivou reunião com o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de São Paulo, Victor Hugo Mori. No encontro, traçou-se um rumo pela conservação e restauração do patrimônio. O prefeito de Bertioga Caio Matheus colocou o município à disposição para a criação de um termo de cooperação técnica. Disse ele: “Embora seja no território de Guarujá, tem tudo a ver com a história da cidade. Fica na divisa com o canal e vai aquecer muito o turismo náutico do lado de Bertioga”. O aspecto histórico, cultural e religioso da ermida foi destacado pelo prefeito de Guarujá Válter Suman. “A ermida vem, com o tempo, sofrendo deterioração, infiltração de raízes; isso compromete aquele grandio-

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so patrimônio. Nós decidimos criar uma comissão de trabalho composta por técnicos, para iniciarmos uma ação emergencial no cuidado daquele espaço, para que ele possa se tornar, aos poucos, um grande atrativo de visitação, com potencial turístico fantástico, não só para Guarujá, mas, principalmente, acredito, para Bertioga”. A manutenção, que deve ocorrer em breve, abrange também os demais patrimônios da área, como a Armação das Baleias e o Forte São Felipe, que integram o Parque Arqueológico São Felipe, instituído por lei municipal de Guarujá em 1998. Desde então, foram realizadas tratativas para transformar a região em polo turístico, que pode ser viabilizado, também, por meio de convênios com o estado e a União. Como primeira etapa dos trabalhos, o superintendente do Iphan reforçou ser necessário treinamento para a zeladoria do local, por isso, deve deslocar técnicos assim que houver disponibilidade de agenda. “É

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Fotos Diego Bachiéga

Fortaleza de São Felipe Construído em 1552, para proteção do canal de Bertioga. Pouco existe da grande fortaleza de pedra, construída pelo capitão-mor Braz Cubas, hoje em ruínas, em frente ao Forte São João. Apenas resistiram ao tempo as muralhas de granito, uma guarita, que marca o ângulo sul, e um poço interno. O primeiro artilheiro do Forte de São Felipe foi o alemão Hans Staden, que ficou famoso, na época, pois, ao voltar à Europa, escreveu um livro no qual narra as aventuras vividas no Brasil. Segundo a história, ele quase foi devorado pelos índios tupinambás. Do século XVII ao XIX, o forte foi a sede do Real Contrato da Armação das Baleias, construída em 1748, onde eram recolhidos todos os apetrechos utilizados para a captura e processamento do óleo extraído do mamífero, utilizado para iluminação e construção.

muito mais do que limpeza de tirar mato e varrer, é algo, inclusive, que envolve a sociedade e as pessoas que trabalharão no local, da importância e estabelecimento de um vínculo de afetividade com o monumento. É o único jeito de dar certo, hoje”. Conforme elencou, é necessário que os municípios providenciem um programa de uso; é possível agilizar os procedimentos se, com o projeto em andamento, um corpo técnico fizer o levantamento da área, que já possui pesquisa arqueológica.

Ermida Acredita-se que esta seja uma das primeiras igrejas do Brasil, construída por volta de 1560, por José Adorno, e seria usada por jesuítas para catequizar indígenas. Atualmente, o acesso é feito por barco ou pela trilha próxima à travessia de balsas Guarujá-Bertioga. A construção da ermida é constituída por pedras com sambaquis e óleo de baleia com conchas.

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Na página ao lado, a Fortaleza de São Felipe. Acima, o interior da Ermida de Santo Antônio de Guaibê e, abaixo, um detalhe da encenação do Milagre das luzes, realizada anualmente no mês de junho

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ser sustentável

Peixes & plásticos

Marcus Neves Fernandes Nos anos 1960, o mundo consumia, por ano, pouco menos de 10kg de peixe per capita. Trinta anos depois, já nos anos 1990, saltamos para quase 15kg per capita. E agora, em 2015, o consumo de pescado já ultrapassou a barreira dos 20kg, sendo que apenas os países industrializados consomem quase 27kg por habitante, boa parte importada dos países pobres, pois os mares setentrionais não são mais capazes de saciar o insaciável apetite de europeus e norte-americanos.

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O alerta, que inclui uma previsão de colapso total dos principais estoques de peixes, antes de 2050, está em recente artigo publicado pelo professor Luiz Marques, livre-docente do Departamento de História da Unicamp, autor do livro Capitalismo e Colapso Ambiental. Na verdade, apesar de assustadores, os números acima estão, muito provavelmente, abaixo da realidade. Quem alerta é a própria divulgadora dos dados, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A organização salienta que esses nú-

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Nunca antes Em maio último, o governo federal e o Congresso Nacional (com representantes aqui de nossa região) entregaram à grilagem e ao desmatamento uma área equivalente à do Distrito Federal em florestas na Amazônia e na Mata Atlântica. Tudo isso em decorrência das Medidas Provisórias nºs 756 e 758, que desprotegem uma área de 597 mil quilômetros quadrados.

Chamo atenção para um absurdo detalhe: essas áreas faziam parte de duas unidades de conservação, uma no Pará e uma em Santa Catarina. Nunca antes na história deste país uma área tão grande de parques e florestas nacionais havia sido cortada – e por iniciativa do próprio presidente (?) da República e de seus ministros, que propuseram as MPs. O Congresso, que

meros são fornecidos por governos e, muitos deles, estão interessados em ocultar o declínio de seus recursos, evitando, assim, que cotas máximas de pesca sejam estabelecidas. Em outras palavras: cerca de 13 empresas que dominam a pesca global não fornecem os dados corretos ou fazem lobby para que os dados corretos não sejam exigidos pelos governos – ou, ainda, ambas as situações. O mesmo se pode verificar em diversos outros segmentos da economia: os cientistas e pesquisadores contestam os dados subnotificados da produção, chamam a atenção para o alarmante consumo dos recursos naturais e traçam terríveis previsões sobre os desdobramentos desse tipo de comportamento empresarial. Mas esta é uma conversa em que só um lado fala. Há pouquíssimo eco na sociedade e uma verdadeira legião de surdos entre as corporações – o que não surpreende, levando em conta o poder do lobby que tende a dominar os mercados – que são tudo, menos autorreguláveis como sugere a vã filosofia dos economistas e exemplos concretos como a já histórica quebradeira mundial de 2008. Esse tipo de ‘comportamento de precipício’, em que nada será feito até que estejamos à beira do cadafalso, procura não só se espalhar, como um vírus, como ainda demonstra ser capaz de proezas no mínimo inusitadas. Quer um exemplo? Lá vai. Todos nós já presenciamos o surgimento de leis, aqui e no exterior, que tinham

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tem 30% de seus membros eleitos com ajuda da JBS, encarregou-se de piorá-las. Só para lembrar: a devastação cresceu 60% na Amazônia, em 2015 e 2016, e deve aumentar também em 2017. O velho Brasil das queimadas, do trabalho escravo e da violência no campo está mais forte e inconsequente do que jamais esteve. (Fonte: Observatório do Clima).

como objetivo, por exemplo, o banimento das sacolinhas de supermercado ou a sua substituição pelas chamadas biodegradáveis ou compostáveis. Agora, nos Estados Unidos da era Trump, surgem leis que têm o objetivo inverso: proibir qualquer tentativa de proibir a venda de artigos plásticos. De acordo com recente artigo do insuspeito Wall Street Journal, ficamos sabendo que “a escala do investimento do setor (plástico) é surpreendente: US$ 185 bilhões em novos projetos petroquímicos dos EUA estão em construção ou planejamento... O novo investimento irá estabelecer os EUA como um importante exportador de plástico e reduzir o déficit comercial, dizem os economistas. O American Chemistry Council prevê que irá adicionar US$ 294 bilhões à produção econômica dos EUA e 462 mil empregos diretos e indiretos até 2025, embora os analistas digam que o emprego direto nas plantas será limitado devido à automação”. Nesta altura do campeonato, só mesmo retomando o artigo do professor Luiz Marques. Diz o mestre: “Mais da metade das grandes metrópoles do mundo são costeiras. O mar que as inundará periodicamente ao longo da segunda metade do século será, como visto, um mar sem peixes. Mas ele se terá transformado, em contrapartida, em depósito de lixo da civilização industrial, com dominância de plásticos, poluentes orgânicos persistentes (POPs), metais pesados, metilmercúrio, nitrogênio e resíduos sólidos urbanos (RSU)”.

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decoração

Tons de primavera Com o fim próximo do inverno, naturalmente brota a vontade de renovar a decoração da casa, deixar a atmosfera alegre, bem de acordo com a estação das flores

Mesa Milpa, da Artefacto, no refúgio caiçara com inspiração asiática, da Casa do Mar, criada pelas arquitetas Andrea Teixeira e Fernanda Negrelli para a Casacor São Paulo 2017. À venda nas lojas da marca

Estela Craveiro São muitas as possibilidades para reformular os ambientes. A começar pelas cores. Entre as tendências para a primavera, destacam-se tons românticos, diz a designer de interiores Adriana Fontana: “O rosa e o azul juntos estarão em alta e o verde também será muito presente, todos na tonalidade pastel”. Uma boa maneira de acertar na composição, ela dá a dica, é consultar um círculo cromático, disponível na internet, e combinar a cor escolhida com um tom ao seu lado, parecido,

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ou oposto, e com uma terceira cor neutra, como branco, cinza claro ou bege. Estampas nos tecidos, a transparência dos vidros e materiais mais naturais, como madeiras, são recursos que têm a cara da próxima estação e contribuem para deixar ambientes mais leves com novos adornos, objetos utilitários, e acessórios, como almofadas. Também vale trocar ou introduzir algum móvel, e se o objetivo é uma mudança maior, há muitos produtos interessantes nos segmentos de revestimentos, louças e acessórios hidráulicos. Confira aqui algumas opções.

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Mesa Aba, da América Móveis, tem pés em aço carbono pintados e tampo de laminado, com acabamento em laca ou poliéster, também disponível em madeira. Nas cores da cartela Sayerlack. À venda na Ilustre Móveis.

Da Butzke, poltrona Assíria, assinada pelo arquiteto e designer Fabrício Roncca, de madeira tauari com verniz acrílico natural. Para ambiente interno. À venda na Butzke e na Ibacana.

Da Oppa, rack Bit, em pinus e MDF laqueado, desenhado pelo escritório uruguaio Amueblate, de Andrea Kac e Herman Schenck, especializado em móveis para ambientes pequenos. À venda no site da marca.

Da Galeria das Lonas, para áreas externas, chaise longue da linha Rope, com estrutura em alumínio, revestida de fibra sintética com detalhes em corda náutica. À venda na loja da marca.

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decoração Biombo Videiras, do designer Régis Padilha, para a Formatual Móveis, em eucalipto, 1,48m de largura x 1,61m de altura. À venda nas lojas da marca.

Da Tulipa Baby, criada para o momento da amamentação, a poltrona Lorena, com pufe, tem estrutura em madeira de reflorestamento e revestimento em tecido com capitonê. À venda no site da marca.

Banheira e lavatório da coleção Cape Cod desenhadas pelo francês Philippe Starck, para a alemã Duravit, inspirado no local homônimo da costa leste norte-americana. À venda em lojas especializadas.

Da coleção Springtime 2017, da Missoni Home, almofada no modelo Tsavo, 68% cotton e 32% silk, 40cm x 40cm, para áreas internas. À venda na Celina Dias.

Xícara de café da coleção de louças Blush, da Le Lis Blanc Casa, inspirada nos jardins ingleses. À venda na loja da grife.

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Com aroma de peônias e champanhe, a vela de 200 gramas leva o nome do blog de moda de Thereza Chammas: Fashionismo. Produzida pela Wanna Cosmetics. À venda no site da marca.

Da linha Ephemeral Visions, da espanhola Dune, revestimento de cerâmica Folding Flowers, desenvolvido com o também espanhol estúdio Heva*Design. Com relevo inspirado em dobraduras de papel. Olhando de um lado, veem-se flores em aquarela. Pelo outro, enxergam-se desenhos tipográficos. À venda na Casa do Porcelanato.

Revestimento de cerâmica para parede, da linha Blu Acqua, da Decortiles. À venda na Ibiza Acabamentos.

Da coleção Madeiras, piso em porcelanato Pau Brasil Light, feito por meio de impressão em alta definição, com acabamento acetinado, da In Out Porcelanatos. À venda em casas do ramo.

Novo acabamento white chrome no misturador monocomando para lavatório Palladium, da Codda Metais. À venda em lojas de metais sanitários.

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moda

Quente, e com muito estilo O inverno já está quase no fim, mas ainda dá tempo de desfilar com uma tendência muito charmosa, os ponchos

As marcas estão abusando das capas e ponchos em seus desfiles; eles apareceram em cima dos ombros, antecipando aquilo que seria o hit do próximo inverno. Rapidamente, a tendência, deixada de lado há alguns anos, voltou às ruas e inovou o guarda-roupa das mais antenadas. O poncho é uma vestimenta tradicional da América do Sul, muito usado pelos gaúchos, e o seu uso no Brasil data de, pelo menos, o período colonial. A peça geralmente tem corte retangular ou quadrado, com abertura central no decote e inteiramente fechado. São feitos, em geral, de lã artificial, teares e algodão cru. Nas versões mais modernas da peça são empregados tecidos como moletom, e, para uma versão mais despojada, o couro. Os modelos mais comuns são os retangulares, arredondados e quadrados; e de vários comprimentos: curto, na altura do quadril, ou longo, e em versão mais atualizada com abertura central. Para compor looks casuais, uma alternativa é combinar com calça jeans, pois, além de ganhar um ar despojado e despre-

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Fotos KFPress

Karlos Ferrera

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O poncho deve ser usado com roupas justas, como as blusas de alcinha, calças legging ou skinny, para não exagerar no volume

tensioso, irá, ao mesmo tempo, imprimir na produção uma combinação elegante sem muito esforço. Já para a noite, a saída é investir nas combinações com saias, shorts e vestidos. Por possuir um comprimento maior e cobrir os braços equilibra a sensualidade dos comprimentos curtos. Para fechar o look com chave de ouro, a dica é apostar nos acessórios. Para os pés, a indicação são ankle boots (botas de cano curto), over the knee boots (botas acima do joelho), ou até mesmo o sa-

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pato oxford. E se engana quem pensa que a peça só pode ser usada no dia a dia. Em looks de festas, o segredo está no tecido e na textura. Para as festas, ponchos com tecidos de seda, por exemplo, trazem um ar clássico e elegante. Para um look romântico, é possível marcar a cintura com cintos, ou apostar em broches para dar uma carinha pessoal. Pode complementar looks festas compostos por minissaias, tubinhos e fica ótimo com calça flare com bico na frente.

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moda

Capa, outra peça chave Bolsa A bolsa é o acessório mais usado pelas mulheres e não é para menos: além da função de carregar os itens indispensáveis do dia a dia, ela incrementa qualquer look, do básico ao ousado. Nesse inverno, esse acessório aparece ainda mais versátil, e atende todos os gostos e ocasiões. No entanto, se a dica é apostar na tendência ‘master’, as bolsas pequenas prometem não sair de cena tão cedo.

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Na antiguidade, a capa surgiu como peça fundamental da indumentária masculina. Com o passar do tempo, as atividades que o homem realizava em seu dia a dia pedia uma certa versatilidade nas roupas; com isso, a capa caiu em desuso por um tempo. Porém, a partir da década de 1940, com forte influência militar, ela voltou ao guarda-roupa, reinventada ao público feminino. A nova tendência veio na forma de ‘blazer capa’, com cortes precisos que favorecem qualquer silhueta, e por carregar o DNA da alfaiataria. Podem ser feitas de diferentes tecidos, sejam gabardine, brim, lã, oxford, ou até mesmo malha, como o suplex.

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gastronomia

Feijão nosso de cada dia Ele já foi a estrela da mesa do brasileiro, mas anda meio em baixa de uns tempos para cá. E isso é não é nada bom. Afinal, um prato caprichado de feijão contém cálcio, ferro, vitaminas, proteínas e carboidrato

Fernanda Lopes Sabe aquela propaganda de que vale por um bifinho? No caso do feijão isso vai bem além da publicidade. Ele realmente é um substituto para as proteínas animais. Quer outro motivo para colocá-lo à mesa: é plantado com sucesso em todo país, por isso é um ingrediente farto e variado. O chef Guga Rocha atesta: “Nosso brasilzão é o maior produtor mundial dessa delícia com média anual de 3,5 milhões de toneladas. Precisamos colocar mais feijão nas receitas”.

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A média atual de consumo de feijão no Brasil é de 12,7kg por pessoa ao ano. Mas já foi muito maior. Na década de 1960, esse número era de 23kg por habitante, segundo a Embrapa. Ao longo dos últimos 40 anos apresenta uma tendência decrescente da ordem de 1% ao ano. “E isso ocorre, principalmente, na população de baixa renda. O mais triste é que paulatinamente a leguminosa vai sendo substituída por produtos industrializados, refinados, o que representa uma ameaça à saúde do brasileiro e um aumento nos índices de obesidade e diabetes”, lembra o chef.

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História Os grãos de feijão já eram cultivados no Egito e na Grécia, na Antiguidade. Os romanos usavam os feijões nas suas festas gastronômicas e, também, como pagamento em apostas. Segundo historiadores, a disseminação do feijão ocorreu por meio das guerras, por ser um alimento essencial na dieta dos soldados.

Tipos Carioca - Também chamado de carioquinha, é o mais consumido no Brasil; corresponde a 85% das vendas. O grão bege e com listras marrons popularizou-se no país a partir da década de 1970, pois é bastante produtivo. Preto - Muito consumido no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, é também apreciado em todo o país em feijoadas e nos pratos inspirados na cozinha mexicana. Este grão é resistente em períodos de seca e bastante produtivo, ou seja, a colheita costuma ser farta. O caldo

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A nutricionista Karoline Jorge enfatiza que, incluir o feijão na dieta, é uma oportunidade de fornecer fibras, ferro e proteínas. “Quando consumido em quantidade adequada, não engorda, diferentemente, do que muitas pessoas pensam”. Segundo Karoline, a leguminosa é a principal fonte de proteína na alimentação brasileira e pode ser utilizada como alternativa em substituição às carnes e a outros produtos proteicos, formando com o arroz, uma dupla imbatível. É uma boa fonte de carboidratos complexos, fonte de vitaminas hidrossolúveis, possui alto conteúdo proteico com alto teor de lisina, complementando a proteína dos cereais (como o arroz) e ainda é fonte de cálcio e ferro com conteúdos também significativos de fósforo, potássio, zinco e magnésio; alto teor de fibras alimentares (6 a 7%). Segundo o chef Guga, “samba, futebol e feijoada: esse trinômio é a base de nossa cultura popular mais arraigada na alma brasileira. Conheço quem não goste de peixe, de alface, até de chocolate, mas feijão é quase unanimidade”. A dica do chef é inventar formas novas, tropicais, coloridas e refrescantes para utilizar esse rico ingrediente no seu dia. Ele ensina uma receita aqui: “Ele fica ótimo com frutas. Também varie o tipo de feijão e evite colocar linguiças e outras carnes gordurosas. Mas comer uma boa feijoada uma vez por semana não faz mal a ninguém”.

pode ser preto ou de cor amarronzada.

pode ser consumido como aperitivo.

Branco - Com caldo ralo e casca fina, o feijão branco é usado como saladas, sopas e ensopados, além de ser servido com dobradinha (ou buchada). O consumo não é muito popularizado e há poucas plantações desse grão. Costuma ser apreciado nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.

Fradinho - Também chamado de feijão-de-corda em algumas regiões, é utilizado para preparar saladas ou pratos especiais. Pouco consumido, é um grão que não produz caldo e tem o sabor frutado. Maior consumo é na Bahia, no preparo do acarajé, por exemplo.

Feijão-de-corda - Muito apreciado no Nordeste e em Minas Gerais, é considerado uma variação do feijão fradinho. Não é um grão que produz caldo, mas

Jalo - O feijão-jalo tem os grãos alongados e é levemente adocicado, com massa consistente e caldo grosso. Pode ser utilizado para engrossar feijoadas, fazer tutu e no feijão tropeiro. É pouco

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gastronomia Receita Feijoada Branca Ingredientes: 1kg de feijão branco; 300g de carne-seca salgada; 300g de pernil salgado; 300g de costelinha salgada; 1 pé de porco; 100g de salsão; 100g de morcela; 100g de paio; 100g de chouriço português; 100g de linguiça portuguesa; 1 cebola; 1 folha de louro; 1 ramo de salsa; 4 dentes de alho e a azeite. Preparo: faça a dessalga das carnes, trocando a água de 8 em 8 horas, por dois dias (na geladeira). Na véspera, lave bem o feijão e o coloque de molho. No dia seguinte, cozinhe o feijão na mesma água em que ficou. Em outra panela, cozinhe as carnes. Depois de bem cozidas, corte as carnes em pedaços e as linguiças em rodelas. Numa frigideira grande, refogue a cebola picadinha em azeite e junte o feijão com um pouco do caldo. Depois, acrescente as carnes e um pouco da água do cozimento delas. Corrija o sal e junte a salsa, o louro e o alho picado. Deixe apurar em fogo brando e sirva.

Dicas Caldo e grão - O caldo não possui uma boa quantidade de fibras; para preparações com o caldo do feijão, como sopas, é aconselhável bater o grão e o caldo juntos, para manter a casca, na qual há maior concentração das fibras que ajudam o funcionamento do intestino. Casca - Na hora da compra, devemos ficar atentos; verifique se o feijão tem casca homogênea e brilhante, sem rachaduras. Validade - A data de validade não deve passar de 6 meses, quanto mais fresco for o feijão, mais rápido será o cozimento.

consumido no Brasil, mas costuma ser exportado para os países árabes. Jalo-roxo - Com coloração avermelhada, o jalo-roxo é uma variação do jalo comum. Com grãos grandes, é utilizado em sopas e saladas nas cozinhas paulista, mineira e goiana. Rosinha - Rosado e de caldo claro, o feijão-rosinha já foi bastante consumido no país antes da década de 1970, mas perdeu espaço entre os agricultores por ser um grão bastante suscetível a pragas e doenças no campo. Tem o sabor mais suave que o carioca e, quando cozido,

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produz um caldo grosso Azuki - Os grãos do feijão-azuqui ou azuki são menores do que os de variedades mais conhecidas, como o carioca. O azuqui é mais adocicado e bastante utilizado em sobremesas da culinária do Japão, de onde é originário. É pouco cultivado no Brasil. O feijão azuki é fonte de proteínas, ferro, potássio, cálcio e vitaminas do complexo B. E além destes benefícios, ele tem melhor digestibilidade devido à presença de fibras solúveis. Roxinho - De cor avermelhada, o feijão-roxinho tem textura macia e dá bom

caldo. É muito consumido em São Paulo e Minas Gerais. Mulatinho - De coloração amarronzada, o feijão-mulatinho se parece com o grão do tipo carioca, mas sem as listras. É um feijão que teve seu consumo reduzido a partir da década de 1970 no Brasil. Tem sabor suave e boa produção de caldo. Bolinha - Também chamado de manteiga, é muito usado na culinária portuguesa. Tem grão arredondado e cor amarelada. Ótimo para sopas e saladas.

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Flashes

Inauguração da nova sede da Diretoria de Operações Ambientais (DOA) de Bertioga, na praia da Enseada Foto Renata de Brito

Cerimônia contou com a presença de representantes da Prefeito Caio Matheus, Luiz Augusto, da prefeitura, da Câmara e da empresa Sobloco Construtora Sobloco, e o vereador Eduardo Pereira

Gustavo Melo, secretário municipal de Gestão e Governo, e Ribas Zaidan

Registros do animado aniversário do Airton, o Rei do Feijão, na Riviera de São Lourenço

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Flashes

Encontros e momentos felizes em Bertioga, registrados e eternizados Na Festa do Camarão na Moranga

O deputado federal Roberto de Lucena ladeado pelo chefe de gabinete de Bertioga Gustavo Mello e pelo prefeito do município Caio Matheus

A vereadora santista Audrey Kleys e o deputado federal Ricardo Izar

Ricardo Izar e o presidente da Câmara de Louveira Marquinhos do Leite

Cláudio Oliveira, da BTP, e Regina Oliveira

Família Zaidan e amigos, na confraternização do aniversário de Dinalva Berloff

Na Festa da Tainha

O executivo Antonio Pássaro, CEO da Brasil Terminal Portuário, e Janneteje Passaro

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Flashes

Na Riviera de São Lourenço

Encontro de grandes amigos: Miguel Rossi de Souza, Toninho do Leilão e Ribas Zaidan

No Pastel Bertioga

A bela família Haddad, em mais um dia de confraternização

Em família

Felicidades ao aniversariante Geraldo Neves, sempre acompanhado de Milaydi

O proprietário da casa Vitor Luiz Fernandes recebeu o senador Hélio José e Ribas Zaidan

Os irmãos Yuri e Alice Zaidan. Fofura!

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Família Biondo em dia de confraternização

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“Destaques” // Luci Cardia

Os 24 anos da Fundação 10 de Agosto, na Pucci, Riviera de São Lourenço

Luiza Gattai mostrou todo seu talento com a música de Roberto Carlos

O encanto de Franciele Lima

Dr. Cardia, a colunista e Beatriz Almeida

Mais destaques

A colunista, Vera Maria Duprat Pereira de Almeida, seu marido Dr. Luiz Carlos Pereira de Almeida e Dr. Cardia

Cardia, a colunista e Paulo Velzi

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Carol Oliveira, Fabiana e a colunista, no evento de Carmen Steffens

Dr. Rodrigo Betarelli recebeu os amigos no seu haras, do cavalo Lusitano

Amigos médicos de Bertioga estiveram com familiares

O pessoal do haras Porto Santos marcou presença

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

Aniversários, festas e homenagens...

O aniversariante João Bernardo Simões e sua filha Maria Vitória Maia Silveira Simões durante a festa no Tênis Clube de Santos

Lígia e Waldemar Kogos levaram o abraço amigo ao aniversariante

Em mais uma Noite da Pizza em prol ao projeto Menina Mãe, na Associação Paulista de Medicina, os diretores sociais Ricardo e Lourdinha Aun

Na Noite de Las Vegas, no Salão Camoniano, do Centro Português de Santos, os presidentes José Duarte de Almeida Alves e Maria de Fátima Alves

Os diretores culturais do Centro Português de Santos , José Otávio de Souza e Vera Lúcia, durante a festa Noite em Las Vegas

No Top Of Mind 2017, recebe o troféu pelo Objetivo, Moisés Elias, a mulher Ângela e sua irmã Sueli Elias

Lolla e Walid Abdouni receberam, pela primeira vez, o Troféu Top Of Mind 2017, no Mendes Convention Center

Eduardo Ribeiro Filetti e seu filho Pedro, que segue os passos do pai na Clínica Veterinária Filetti, mais uma vez premiado

A educadora Regina Chirico curtiu a Noite em Las Vegas com o show do cover de Elvis Presley e a New Zago Band

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

De vez em quando, o Guarujá Golf Club comemora uma grande tacada, e essa tacada tem nome: “role in one”, ou seja, a melhor tacada que um golfista pode dar. Desta vez, quem teve a honra foi Rodolfo Cesar Janeli Santos

A Nespresso e o Sofitel Hotel & Spa patrocinaram o torneio de golfe. João Carlos Pollak esteve lá para prestigiar e conferir o evento; na foto, com o presidente do GGC José Rubens Thomé Gunther e o sortudo do “role in one” Rodolfo

O destaque também ficou com o empresário Douglas Delamar e sua mulher. Vale comentar que, atualmente, Douglas tem patrocinado e incentivado muitos torneios de golfe em todo o Brasil

Vale a pena clicar a boa sorte do golfista Rodolfo Cesar e sua mulher, pois, além do ambicioso “role in one”, Cesar também faturou altos prêmios, como hospedagem em vários hotéis da rede Acord

Outro golfista que faturou uma boa premiação pelo destaque e as boas tacadas foi o empresário dos imóveis, Anselmo Aragon, que, ao lado da mulher Tati (à esquerda), as filhas e amiga, comemoraram o bom desempenho

Comemoração é o que não falta em um “role in one”, e, em clima de festa, Luiz França, o felizardo Rodofo Cesar, o presidente do GGC José Rubens Gunther e Anselmo Aragon

E para variar, um close de Fábio Negrão, da Holdfoods, Dr. José Ruben Gunther e o empresário Welington Alvarez

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Welington Alvarez, o aniversariante Carlos Satquis e Luis Alberto Tomasi Filho

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