Revista Borracha Atual Ed 156

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borrachaatual .com.br ISSN 2317-4544

Ano XXVII • Nº 156 • ASPA Editora

22 Tecnologia

de Asfalto mais sustentável

MUNDO TECNOLÓGICO ANTECIPA O FUTURO DOS

PNEUS 04 ENTREVISTA

Breno Leme Asprino Neto, Diretor da Polimix

46 MATÉRIA TÉCNICA

Uso de tecidos em artefatos de borracha


distribuidorafragon / www.fragon.com.br

Há pouco mais de 1 ano, o mundo vem passando por um dos maiores desafios dos últimos tempos.

A Fragon possui princípios que validam e reforçam as bases que nos sustentam e estão em nosso DNA. São fundamentos que nos fortalecem e nos motivam na superação de adversidades como estas que temos vivido há mais de um ano, nos levando a resultados tão importantes.

Princípios F ragon Qualidade, Agilidade e Competência;

Satisfação em atender bem;

Qualidade dos produtos;

Excelência técnica;

Líder de mercado em distribuição de matérias-primas;

Responsabilidade ambiental;

Referência para o mercado;

Melhoria contínua;

Respeito pelas pessoas e instituições;

Cumprimento das leis;

Profissionalismo;

Seriedade;

Integridade;

Honestidade.

Seguindo diariamente estes princípios, acreditamos que conseguiremos continuar em nosso processo de desenvolvimento contínuo, superação de desafios e, principalmente, levando o que há de melhor do mercado da borracha aos nossos clientes.

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SUMÁRIO

EDITORIAL

borrachaatual .com.br ISSN 2317-4544

Ano XXVII • Nº 156 • ASPA Editora

22 Tecnologia de Asfalto mais sustentável

MUNDO TECNOLÓGICO ANTECIPA O FUTURO DOS

PNEUS 04 ENTREVISTA

Breno Leme Asprino Neto, Diretor da Polimix

46 MATÉRIA TÉCNICA

Uso de tecidos em artefatos de borracha

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MATÉRIA DE CAPA Mundo tecnológico antecipa o futuro dos pneus

04 ENTREVISTA

Breno Leme Asprino Neto – Diretor da Polimix

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PNEUS

Continental orienta sobre ressulcagem nos pneus de carga

22 INOVAÇÃO

Evonik apresenta tecnologia de asfalto mais sustentável

28 MAQUINATUAL

Indústria de máquinas e equipamentos cresce 25,4% em 2021

32 SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade é responsabilidade de todos

36 NOTAS & NEGÓCIOS

Cofap amplia linha de metal-borracha

40 CALÇADOS

Setor calçadista deverá crescer 2,6% em 2022

44 QUÍMICA

Produção e vendas de químicos recuam

46 MATÉRIA TÉCNICA

Homo Technicus Evoluir é respirar, crescer, criar e inovar. Darwin nos mostrou que a sobrevivência é o des�no dos mais adaptados ao ambiente e não necessariamente dos mais fortes ou mais belos. A Pandemia acelerou nossa evolução tecnológica, a�ngindo em cheio nossos hábitos mais corriqueiros como comer, passear e viajar. Digitalizamos tudo numa velocidade tão rápida que grande parte do mundo não terá condições de acompanhar. Podemos ter criado um abismo colossal entre os próprios homo sapiens e iniciado uma nova espécie humana: o homo technicus. Filosofias a parte, a verdade é que o mundo tecnológico dos pneus está se mexendo e bem rápido. Na matéria de capa desta edição, vemos como ideias futurís�cas são colocadas em prá�ca para atender demandas ambientais e tecnológicas. São pneus verdes de segunda geração, pneus que não furam e pneus sem ar. Tudo parte de uma cadeia bem mais ampla de veículos elétricos, drones, reconhecimento facial e viagens espaciais. Evoluímos junto e atualizamos nossas mídias digitais. Nosso assinante da revista impressa (RBA) não ficará para trás e sempre poderá contar com as melhores soluções do universo eletrônico, seja no nosso Portal, na Newsle�er semanal, no Facebook ou LinkedIn. Estejam certos, leitores e assinantes, vocês sempre terão o melhor dos dois mundos, seja homo sapiens ou homo technicus. Boa leitura, Amigos!

Uso de tecidos em artefatos de borracha

Antonio Carlos Spalle�a Editor

50 FRASES & FRASES

EXPEDIENTE

Ano XXVII - Edição 156 - Set/Out de 2021 - ISSN 2317-4544 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

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Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 | 11 97353.8887 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br Foto Capa: Luciana Aith e Bruno Mooca/Pirelli Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares

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ENTREVISTA ©DIVULGAÇÃO

Breno Leme Asprino Neto Diretor executivo da Polimix

“O Brasil pode ser modelo do mundo em sustentabilidade” Fundada em 1976, a Organização Polimix é um conjunto de empresas com unidades de negócios pelo Brasil e exterior, com mais de 7 mil integrantes. Atuando inicialmente nas áreas de concreto, agregados e cimento, o grupo vem expandindo seus horizontes e hoje também agrega em seu portfólio participações em empresas de transporte a granel, argamassa, cal industrial, energia renovável e economia circular.

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O diretor execu�vo da empresa Breno Leme Asprino Neto recebeu a reportagem de Borracha Atual para uma entrevista em que conta a história da Organização, e principalmente as a�vidades da Polimix Ambiental e seus trabalhos com reciclagem de borracha e economia circular. BORRACHA ATUAL: Poderia fazer um breve histórico da Polimix? Breno Leme Asprino Neto: A Organização Polimix é uma tradicional empresa do segmento industrial, no ramo de materiais de construção civil. É uma empresa brasileira de 45 anos no mercado. Desde 2005 par�mos para um plano de diversificação, com inves�mento em novos negócios. Hoje a Polimix Energia investe em geração de energia renovável, a gás, solar, eólica e biomassa. Somos um gerador de energia. www.borrachaatual.com.br


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Este foi o início do nosso plano. Inves�mos em outros negócios como cal e argamassa. Como temos indústrias, fizemos várias viagens para a China, que é o principal mercado para a compra de equipamentos industriais. Em uma dessas viagens, conhecemos a tecnologia da economia circular de artefatos de borracha e de pneus. A China tem uma grande necessidade de energia e por este mo�vo inves�ram muito nessa tecnologia de transformação do pneu em energia. Visualizamos isso no ano de 2013, visitando uma planta e conhecendo um fabricante. Gostamos do que vimos, fizemos uma detalhada avaliação e decidimos inves�r , vislumbrando um grande potencial para a economia circular. Economia circular é um caminho sem volta e os recursos são finitos. Não tem como acreditarmos que nos próximos anos con�nuaremos usando o recurso uma vez só. É finito! Temos que recuperar. Temos que ter essa economia circular. Então vimos a oportunidade de um negócio diferente, disrup�vo e sustentável. É um negócio onde podemos ter escala mundial, considerando que borracha e pneu existem no mundo inteiro. Além do fato de que, provavelmente, con�nuaremos usando estes dois materiais por um longo tempo, garan�ndo a con�nuidade da escala de produção e a busca de materiais sustentáveis. Assim entrou em operação comercial, a par�r de 2015, a Polimix Ambiental, uma empresa de economia circular de artefatos de borracha e de pneus.

“Economia circular é um caminho sem volta e os recursos são finitos.” www.borrachaatual.com.br

Unidade localizada em Santana de Parnaíba.

A Polimix usa tecnologia chinesa ou desenvolveu a sua própria? Na verdade, usamos parte da tecnologia deles, mas aperfeiçoamos por aqui. Trouxemos para nosso conceito de produto que é brasileiro e ocidental. O foco da China, que é carente em termos de energia, é energia e óleo. O nosso foco industrial não é somente o óleo, mas também o carbon black, o negro de carbono. Nosso produto é recovered carbon black, como todos falam no mundo (RCB). O negro de carbono que produzimos hoje na Polimix Ambiental é diferente daquele feito na Índia e na China, países que não conseguem chegar nas propriedades a�ngidas por nós aqui. Para chegarmos a este nível, �vemos que inves�r em tecnologia e processos, usando a base do que eles produzem e fazendo melhorias em equipamentos e processos, enfim, transformando a indústria. Podemos dizer que a Polimix é uma das pioneiras nas questões de sustentabilidade nesse segmento? No Brasil, somos um dos pioneiros na escala industrial. Há outras plantas pequenas, mas com produção bem menor. Desta forma, podemos afirmar que somos os pioneiros nesta escala de produ-

ção, onde o processo ainda está em desenvolvimento iniciado em 2015. É uma indústria disrup�va, mas em desenvolvimento. Não existe nenhuma planta em escala industrial no Brasil igual à nossa, tampouco na América La�na. Somente nos Estados Unidos e na Europa encontraremos algo parecido. Então a escala de produção é um fator importante? A Polimix Ambiental é basicamente um processo de recuperação de material, onde entra um material, a borracha, recupera-se a matéria-prima, os materiais que estão ali dentro e saem novos produtos. Esse processo de recuperação, que é uma pirólise, conseguimos fazer em laboratório. É possível u�lizarmos uma borracha em um processo de pirólise que nada mais é do que uma degradação de um material sem oxigênio; não se queima o material pois não tem oxigênio, decompõe-se o material. Isso sim é possível fazer em laboratório. Entrar de um lado borracha e do outro lado sair o óleo, o negro de fumo... Nesses anos em que estamos transformando e desenvolvendo, a Polimix conseguiu a�ngir um padrão de repe�bilidade. Isso é uma indústria, isso é replicável, a manutenção da constância.

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ENTREVISTA O material que entregamos aos nossos clientes é o material que está dentro de uma especificação, que foi acordada. É a repe�bilidade. O grande diferencial da Polimix Ambiental é conseguir repe�r o produto em escala industrial. Nessa linha do “caminho sem volta” a Polimix atua sozinha ou tem parceria com outra empresa ou mesmo com a Reciclanip? Hoje desenvolvemos a nossa logís�ca de matéria-prima, de borracha e de artefatos de borracha com coletores. Existe toda uma cadeia de coletores para isso, que já exis�a ou que agregamos. Hoje temos uma cadeia própria de fornecimento de nossa matéria-prima. Uma das grandes dificuldades na reciclagem de pneus ou artefatos de borracha maiores é justamente a logística de como obter a matéria-prima? A borracha é um produto que as empresas gastaram muito tempo para desenvolver. Por que? Porque cada borracha tem a sua propriedade. Rasgo, abrasão, dureza, flexibilidade... Então, para se a�ngir essas propriedades, é muita pesquisa e desenvolvimento. Inves�mento em materiais, produção. Esse é o lado bom. E agora, como se destrói isso? O que conseguimos hoje é transformar tudo isso em uma economia circular, con�nua. Esse é o desafio, a dificuldade do mercado e isso é o que a Polimix está proporcionando, essa con�nuidade do material. Hoje a Polimix Ambiental é uma empresa que foi feita para o mercado, para os clientes, para fornecer produtos sustentáveis de economia circular. Como é a tecnologia de transformação do material? A transformação se dá através de pirólise, que pode ser feita com vários �pos de materiais como, por exemplo, plás�co ou biomassa. É um processo

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“A Polimix Ambiental é uma empresa que foi feita para o mercado, para os clientes, para fornecer produtos sustentáveis de economia circular.” térmico sem oxigênio ou com pouco oxigênio, mantendo a temperatura e a pressão controlados. Decompõe-se o material (processo de cracking), fragmentando-o e separando-o. Então temos o “input”, que é a borracha e o “output”, onde separa-se em materiais. O balanço de massa da Polimix Ambiental é para cada 100% de borracha que entra saem quatro subprodutos: o primeiro é o aço na trituração. O segundo é o óleo. Do reator saem gás e o material sólido. O gás é condensado e obtemos um óleo de pirólise. O terceiro é o negro de carbono recuperado. O quarto é o gás que não foi condensado. Esse gás é um subproduto para manter o nosso processo térmico e os nossos reatores funcionando. Então o nosso processo é auto-suficiente. ©DIVULGAÇÃO

Os três produtos que comercializamos são sucata de aço, óleo de pirólise e o negro de carbono recuperado. A pirólise é feita após a trituração do pneu? Na verdade, na pirólise entra a borracha já triturada, que é processada e saem o gás, o óleo e o negro de carbono. O aço já havia sido retirado... Sim, 99% do aço é re�rado antes. Depende do artefato, mas no caso do pneu, a re�rada é feita antes, sim. A logística e a retirada da matériaprima com seus fornecedores é feita pela própria empresa. Para quem seus produtos são vendidos? A sucata de aço é vendida para siderúrgicas, que usam muito aço reciclado (aproximadamente 55%). No futuro, faremos uma segunda geração para vender para fundição. O segundo produto, o óleo, vai para queimadores, os boilers. É um óleo verde, de economia circular. Tem as mesmas caracterís�cas do óleo do mercado, só que com baixo enxofre e PCI alto. As indústrias que necessitam de óleo em seu processo industrial, ou em um queimador, ou em um secador, ou ainda em uma caldeira, u�lizam esse óleo. É um óleo para a indústria. O terceiro produto é o negro de carbono recuperado, que é o produto que tem mais etapas no processo industrial, passando por outros processos adicionais depois, como a micronização e a pele�zação, para atender às caracterís�cas �sicas e técnicas. Visualmente ele é igual ao negro de carbono convencional, mas possui diferenças nas caracterís�cas técnicas. Ele pode ser usado isoladamente no artefato de borracha ou deve ser incorporado com material virgem? Pode. O nosso negro de carbono recuperado é u�lizado em artefatos de www.borrachaatual.com.br


borracha, pneus, correias transportadoras, borracha, plás�cos em masterbatch (pigmentação), em várias linhas de masterbatchs e no início de 2022 também estaremos presentes em �ntas. Conseguimos atuar em vários segmentos em que o negro de carbono convencional atua. Depende um pouco da peça que será feita e do que será feita. Existe a subs�tuição total, 100%. Você re�ra um e coloca outro. Não quer dizer que o processo do cliente seja o mesmo. Ele faz algumas correções próprias. Existe cliente que consegue trocar 100% e existe cliente que faz a subs�tuição parcial. Sua matéria-prima é utilizada em mercados mais exigentes ou somente em artefatos básicos? Hoje temos clientes que fabricam pneus; uma das grandes pneumá�cas são nossos clientes desde 2016 - e estamos em processo de aprovação em mais duas. Acreditamos na aprovação em ao menos mais uma. São processos longos, de dois anos. Óbvio que dentro de um pneu são vários grades de negro de fumo e eles já conseguem fazer a subs�tuição de alguns �pos e de algumas estruturas do pneu. Também conseguem fazer a subs�tuição parcial de mangueiras, trafilados - peças com flexibilidade, dureza, abrasão - correias transportadoras, masterbatch, pigmentação (alguns clientes conseguem 100% em algumas aplicações). Estamos cada vez mais junto de nossos clientes, aumentando a gama e aumentando a aplicação do produto. Podemos dizer que os clientes vêm atrás de vocês ou vocês vão atrás deles? Todas as empresas hoje buscam a sustentabilidade, de uma forma ou de outra. A palavra sustentabilidade é um pouco ampla, mas elas buscam nos seus produtos, nos seus processos, nas suas matérias-primas, nos seus insumos, utiwww.borrachaatual.com.br

“Nenhum cliente que nos procurou, foi embora depois por problema de produto. É uma parceria de longo prazo.” lities (combus�veis). De uma forma ou de outra, todas estão buscando. Então vamos atrás dos clientes e eles vêm atrás da gente, entendendo o produto, buscando uma forma de u�lizá-lo, sabendo que ele não é igual ao negro de fumo normal. Tem que ter os seus ajustes. Agora, ele tem diversas propriedades que o negro de carbono convencional tem. Vamos dizer que os dois estão procurando. É uma parceria. Nenhum cliente que nos procurou, foi embora depois por problema de produto. É uma parceria de longo prazo. A tendência é a fidelização do cliente? Sim. Óbvio que é um processo de fórmulas e de ajuste de produtos. Precisamos, assim como no passado, da u�lização da sílica para elaborar a composição do pneu. Foram vários anos de trabalho, de ajustes e de mudanças, até que finalmente chegou-se a um produto adequado tanto tecnicamente como economicamente. Estamos falando do “Green Tire” (pneus verdes)? Sim, isso mesmo, o “Green Tire”. É uma busca de ambos os lados. As empresas buscando o “Green Tire”, os pneus verdes e nós desenvolvendo isso para eles. Não só para eles, mas para todo o mercado que u�liza, para cada cliente que precisa e esse desenvolvimento é mútuo. Entendemos o que eles precisam, e com base nisso, fazemos alguns ajustes no processo para entregar.

A indústria de pneus sempre foi mais cobrada para reciclar seus produtos do que as fabricantes de artefatos leves de borracha, que só se livravam do scrap (resíduo) que tinham. Essa visão das indústrias de artefatos de borracha está mudando? Acredito que sim. Falando das empresas brasileiras do nosso segmento, acho que cada vez mais a consciência é um mix da pressão que vem de fora com uma necessidade existente de reduzir os desperdícios internamente. Uma das piores coisas para uma empresa é desperdício, que é custo. A redução da quan�dade de scrap somente é a�ngida após inves�mentos. As indústrias perceberam que não é só produzir por produzir, de qualquer jeito. Tem que ter os indicadores, menos erros na produção, isso é um lado. O outro é: “qual o destino do meu produto depois?”. As empresas têm essa preocupação. Estão construindo essa logística reversa, buscando formas de colocar essa economia circular na frente. É fácil visualizar isso no nosso segmento de borracha, que é um segmento antigo. Vemos empresas de tecnologia, de iphone, estão todos já preocupados com a cadeia, o que farão com o lixo, com o resíduo dos produtos. Então isso é uma oportunidade! As pessoas já não entendem isso mais como um problema, mas como oportunidades. Óbvio que isso é uma consciência. Tem uma parte que vem de uma pressão externa ao Brasil, no âmbito governamental. Mas a própria consciência das pessoas e oportunidades geram isso, o que é muito mais efetivo. A conscientização funciona mais rapidamente do que a obrigatoriedade em fazê-lo. Visualizamos a oportunidade. Quando nossos clientes conhecem a Polimix Ambiental, eles querem o produto, e também visualizam isso.

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ENTREVISTA

“As indústrias perceberam que não é só produzir por produzir, de qualquer jeito.” A Polimix é um elo da cadeia da economia circular? Sim, é parte da economia circular. Fazemos esse processo ser con�nuo porque fazemos o circuito inteiro. Como está a mão de obra para esse tipo de processo, seja dentro de sua indústria como nas outras empresas? Temos as mesmas dificuldades que as outras indústrias brasileiras. Há um gap de educação e de profissionais formados. O nosso ensino médio deveria ser mais profissionalizante para formarem profissionais com um mínimo de preparação para a indústria desenvolvê-los. A Polimix como organização trabalha muito com os jovens. Temos como filosofia buscar esses jovens entrantes no mercado para desenvolvê-los. Educação pelo trabalho. Desenvolvê-los dentro da organização. Na Polimix Ambiental é da mesma forma. Os profissionais que estão hoje conosco chamamos de integrantes. Nossos integrantes chegaram jovens e estão crescendo dentro da organização. Esse é um problema estrutural do Brasil. A falta de mão de obra pronta, que vem de uma escola, de um centro técnico. Sofremos o que o mercado sofre. Falta algum curso profissionalizante na área ambiental? Não. O que falta ao Brasil como país é investir no ensino médio profissionalizante. Analisando os países desenvolvidos, 50% da população não está nas universidades, mas são técnicos. A universidade forma advo-

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gados, médicos e engenheiros. Mas mecânicos, eletricistas, programadores podem ser formados em centros técnicos. Isso pode ser feito no ensino médio como uma continuação. Isso é o que falta para nós. Há carência de cursos técnicos? Não precisamos de uma grande escola disso, mas sim mais integração com as indústrias. Isso não é um problema nosso. É um problema estrutural do Brasil. Quando falamos em mão de obra especializada, é isso que sen�mos falta. A solução é nós mesmos treinarmos e capacitarmos os profissionais que precisamos. Isso leva bem mais tempo? É uma questão de iden�ficar qual é o problema e como resolvê-lo. Se você tem a mão de obra pronta, você faz mais rápido. Se não tem, ou você vai reclamar ou você vai fazer. Optamos por fazer. Existe um problema estrutural e nós trabalhamos para minimizá-lo. Há outras iniciativas dentro do grupo que dizem respeito à economia circular? Inves�mos em energia renovável. A organização tem como meta ser autoprodutora de energia até 2024. E em economia circular inves�mos também em resíduos de obra, materiais, focados em nosso negócio de construção civil. Trazemos para cá restos de concreto para reciclar. É economia circular. O que fazemos aqui? Brita, separação e retorno para o mercado como agregado, seja como uma areia ou uma brita. Buscamos e montamos uma logís�ca comercial no mercado de construção civil, principalmente concreto. Trazemos para cá, processamos, e vendemos para o mercado. Inves�mos em sustentabilidade em nossos negócios, energia renovável e economia circular na Polimix Ambiental.

Qual é a participação da Polimix Ambiental dentro do grupo? Ela já é uma empresa com receita sustentável? Ela ainda está em desenvolvimento. Está buscando o seu equilíbrio. Dentro da organização é um negócio pequeno, mas está crescendo. Temos planos de expansão nas unidades, tendo a Polimix Ambiental de São Paulo como modelo. Esse tipo de empresa é desenvolvida do zero ou aquisição de empresas semelhantes? Não. O que fazemos não tem manual pronto. O manual está sendo criado por nós, espelhando-se em algumas indústrias, mas efe�vamente é um negócio que estamos montando. Óbvio que algumas coisas já existem, mas o crescimento será orgânico. Hoje estamos com 50% de nossa capacidade e quando a�ngirmos os 100%, par�remos para a construção de novas unidades fabris. A plena capacidade deverá ser a�ngida ainda no ano que vem, 2022. Estamos trabalhando forte para isso. A atuação do setor privado brasileiro nas questões ambientais é satisfatória? Devemos sempre querer mais no quesito ambiental. Em vários segmentos estamos bem à frente. Quando se fala como um todo... por exemplo, celulose. As florestas são reflorestamento... Nossa celulose é de reflorestamento. Além de ser extremamente compe��va, é de reflorestamento sendo um exemplo para o mundo. Nossa agricultura é extremamente produ�va e se formos comparar o que u�lizamos de defensivos agrícolas proporcionalmente à área de plan�o com Europa e EUA, é muito melhor. Energia renovável. Temos uma matriz com 75% de energia renovável. Poucos países no mundo têm. Então, em vários segmentos nós já temos isso em larga escala. E por que fazemos isso? www.borrachaatual.com.br


Porque o Brasil proporciona e aproveitamos. Temos um arcabouço ambiental muito bom. É modelo! O que fazemos, às vezes para o bem ou para o mal, é não conseguir cumprí-lo na íntegra, seja por dificuldades burocrá�cas, de licenciamento e até de entendimento. Somos modelo para muitas coisas, mas obviamente sempre podemos melhorar a parte do desmatamento e principalmente, na Amazônia, a questão social da população que vive lá. Temos dificuldades, mas acredito que temos feito bastante e podemos fazer muito mais. O Brasil pode ser modelo do mundo em sustentabilidade. Temos tudo para ser. E como as decisões governamentais afetam todo esse processo? Essa é a dificuldade que enfrentamos, mas o governo nada mais é do que um reflexo de nossa própria sociedade. Não conseguimos, ainda, nos organizar de forma a �rar proveito disso e sermos um modelo para o mundo. Temos que ajustar as nossas queimadas, temos que ajustar o gás metano da pecuária. Aliás, as grandes empresas da pecuária vão fazer isso, porque é mais fácil para o setor privado fazer. Na parte das queimadas temos que realizar um trabalho forte, desenvolver a Amazônia e controlar o desmatamento ilegal. Como fazer isso de uma maneira sustentável? Desenvolver a Amazônia é criar indústrias específicas para a região como a farmacêu�ca e a cosmé�ca, aproveitando a população que vive lá e que deve se desenvolver na própria região, de uma forma sustentável e principalmente com produtos sustentáveis. E resolver a questão do saneamento básico também é fundamental. Os dois problemas grandes no Brasil hoje são esgoto e lixo domés�co. 50% da população não tem esgoto e muitas cidades brasileiras têm lixão ao invés de aterwww.borrachaatual.com.br

“O Brasil pode ser modelo do mundo em sustentabilidade. Temos tudo para ser.” ro sanitário. São problemas que devemos resolver. Como um todo, acho que os empresários brasileiros estão trabalhando nisso. Vários setores são modelo. O Brasil deve desenvolver um modelo próprio de gestão ambiental? É isso. O Brasil já está fazendo isso. Por exemplo, a celulose que temos foi desenvolvida por nós mesmos. Fibra curta é produ�va, vem de reflorestamento. A preocupação entre os empresários existe, eles enxergam as oportunidades. O governo tem é que ajudar a estruturar. E fazer. A pressão externa, de nações ou de grupos estrangeiros, ajuda ou atrapalha o desenvolvimento de nossa política ambiental? Acredito que ajuda, mas nós, e quando falamos nós, empresários, temos que tomar bastante cuidado. 70% dos empregos no país são gerados por pequenos empresários, pequenas empresas. Então não são somente as empresas grandes, somos todos nós. A pressão externa vem, mas não precisamos dela, nós queremos fazer. Gerar oportunidades. Quando enxergarmos que existe oportunidade e que você tem educação e consciência de que os recursos são finitos e vão acabar em um dado momento, se não fizermos nada para mudar este panorama, a pressão de fora acaba sendo redundante. Óbvio que muitas vezes essa pressão te dá o click. O próprio empresário brasileiro, a própria consciência, a educação cria a necessidade.

Como está terminando este ano de 2021 e quais são as perspectivas e os desafios para 2022? Os desafios de nosso mercado, do mercado de borracha como um todo é a inflação e o preço das matérias-primas e dos insumos, pois a inflação está alta e há escassez de materiais, tanto matéria-prima como utilities (combus�vel, gás). Esse é o nosso principal desafio hoje. A preocupação. A briga é preço x custo. Como controlar isso? Para onde isso vai? E o problema que o mundo está vivendo da cadeia como um todo, problemas de logís�ca. O mundo parou três meses e voltou desregulado. Pensando no contexto brasileiro, 2021 foi um ano aquecido e em 2022 acontecem eleições no Brasil, inclusive a de presidente. Normalmente é um ano de poucas reformas e muitos gastos. Acredito que a demanda irá con�nuar em 2022. O desafio é a inflação dos dois lados (do produto, da matéria-prima e do combus�vel). Há resquícios da pandemia? Resquícios da pandemia, misturado com toda a conjuntura do Brasil. Hoje não é um problema só nosso, mas conjuntural. Se não fizermos a lição de casa, ele vai permanecer. O setor privado, independente de presidente A ou B, está livre da política e pode andar sozinho ou a política ainda pode atrapalhar o desenvolvimento econômico e o ambiental no Brasil? Pode atrapalhar. Se analisarmos o Brasil dos úl�mos anos, ou úl�mas décadas, veremos que nunca foi um país constante. O empresário brasileiro está acostumado a trabalhar com momentos de crise. Nos adaptamos. É óbvio que o governo, as mudanças, a inflação, não fazer reforma, o manicômio tributário que vivemos, alto custo para produzir, tudo isso atrapalha como um todo.

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ENTREVISTA Atrapalha todos os segmentos, alguns mais outros menos. O que precisamos conseguir, em algum momento, é andar para frente e não de lado. Nossos “vôos de galinha”, nossas décadas perdidas. Uma hora precisaremos da estabilidade para poder andar para frente de forma con�nua. Muitas vezes não precisa ser rápido. Eleição é um momento complicado. Estamos acostumados com crises. Mas precisamos de algo que dê mais estabilidade, e que leve o país a ser mais compe��vo. Porque a indústria brasileira sofre muito de compe��vidade de insumos, matéria-prima, impostos... A digitalização e a chegada do 5G poderá impulsionar o mercado brasileiro? Poderá, sim. O mercado brasileiro tem muita oportunidade. Tem muita coisa para ser feita. O que irá acontecer vai depender da velocidade, que é o que atrapalha muitas vezes. Poderíamos chegar mais rápido lá na frente, mas a conjuntura polí�ca fará demorarmos um pouquinho mais. Por pura confusão polí�ca. Precisamos é de estabilidade para os ajustes serem feitos, as reformas que precisam ser feitas, para termos compe��vidade. Afinal, a indústria brasileira sofre muito de compe��vidade. Por um lado, ela tem uma proteção de fora, por ser um mercado fechado, mas por outro lado tem um custo al�ssimo para estar aqui. Isso atrapalha muito a compe��vidade das empresas e os inves�dores que querem inves�r no Brasil. Como despertar consciência ambiental nas pessoas em geral? A única forma é com educação. Quanto mais educação, mais consciência. O que é consciência? Jogar lixo no chão, queimar lixo, se você tem consciência, educação, entende o que isso pode trazer para as pessoas e para o meio ambiente. Você tem consciência,

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“O que precisamos conseguir, em algum momento, é andar para frente e não de lado.” você não faz. Óbvio que regras, leis, programas, pressão externa, tudo isso ajuda. Mas tem que ter educação... Educação na base? Educação básica. Quando temos consciência, vemos a necessidade, criamos a necessidade, nos incomodamos com isso e mudamos. Você não está preocupado com grau... Você está preocupado com a consequência. No momento em que você tem consciência daquela consequência, o que isso pode trazer, você muda. Estamos melhorando nisso. Temos o marco do saneamento, algumas coisas estão melhorando. E em países grandes como o Brasil isso talvez seja até mais visível e com peso maior, porque o que se fizer aqui, afeta tudo... Criando esse círculo, criando esse ambiente, você muda muita coisa. Para finalizar, o Brasil tem a consciência dele. Os países em volta têm que ter essa consciência também ou não importa muito? Afirmo que o Brasil não depende de ninguém. Temos água, comida, energia, terras agricultáveis boas. Outros países dependem. A frase “Brasil, uma superpotência ambiental” , é verdadeira? Sim. Temos tudo para ser a locomo�va e o exemplo para o mundo. E o mais fácil para ser. Maiores desafios têm os chineses. Como farão para limpar a

China? Muitas vezes não se enxerga o topo dos prédios. Olhando para o céu de Pequim e vendo tudo enevoado, podemos pensar: “isso aqui não pode ser poluição. Tem algum problema climá�co aqui”. Todo dia é di�cil enxergar a ponta do prédio. Após fortes chuvas e ventania o céu pode ficar limpo, mas a situação volta a ficar turva de novo devido à poluição. Como eles vão limpar isso? É geração. Como é que se vai desligar as térmicas? Você coloca duas, ou dez, para �rar uma, duas. Então é muito complicada a matriz energé�ca na China. Nos Estados Unidos é gás, que também é di�cil limpar. A Europa é pequena, todo mundo concentrado. No Brasil é fácil. Já estamos na frente. É só parar o desmatamento ilegal. E como se faz isso? Primeiro, com fiscalização. E outra, desenvolver a região amazônica, onde moram milhões. Essas pessoas precisam viver. Se não têm o que fazer, vão derrubar árvores e queimar, fazer qualquer coisa para ganhar dinheiro e comprar comida. Tem que ter educação, emprego, uma indústria com base na Amazônia, seja ela farmacêu�ca, cosmé�ca, mineral ou outra qualquer... A riqueza lá é muito grande. O gás metano da pecuária será ajustado rapidamente, porque quem cuida do gado são as grandes empresas. Sabem que será problema para elas e encontrarão a solução. O saneamento básico, que com o marco regulatório está encaminhado, acredito que o PIB crescerá um ou dois pontos. Afinal, tem muita obra a ser feita para cem milhões de pessoas sem esgoto.

Podemos reduzir drasticamente a emissão de CO2 em dez anos no Brasil. Os outros países vão minimizar, não arrumar. Basta ter vontade política. O Brasil é uma potência. www.borrachaatual.com.br


Masterbatch.

Mangueiras e banda de Rodagem.

Artefatos de Borracha.

Negro de Carbono Recuperado.

Óleo de Pirólise.

Mensagem final. “Queremos enfa�zar que a economia circular e os produtos não são um tabu. Não podemos enxergar isso como uma obrigação, mas sim vislumbrar como uma oportunidade. Muitas vezes o caminho mais fácil é fazer o que sempre fizemos, mas o fundamental é ver possibilidades novas, criando um ambiente propício à chegada das novas tecnologias e modos de vida. As manchetes de hoje falam constantemente de mudanças climá�cas. As letrinhas ESG (Environment, Social and Governance), que em português podemos traduzir como Meio Ambiente, Social e Governança, é uma necessidade e não apenas um modismo. Isso é o que fazemos na Polimix Ambiental.” 

Aplicações do Negro de Fumo (Normal X Recuperado) Categoria

Aplicação NF

Negro de Carbono Recuperado

Autonomia

Anti-vibração, correias em V, perfis extruturados, limpadores de para-brisa, mangueiras, moldados, selos vedantes

Artefatos moldados, correias, mangueiras, juntas, selos vedantes, aplicação anti degradação eletroquímica

Industrial

Correias transportadoras, mangueiras gasolina/óleo/água, selos, juntas

Correias transportadoras, mangueiras, artefatos moldados, juntas

Construção

Selos, perfis e moldados

Artefatos moldados, injetados

Recauchutagem

Bandas de rodagem

Substituição parcial

Outros

Solados, produtos elétricos, mangueiras

Aplicações anti-estáticas

Adequação dos compostos

NCr pode ser usado em todas as aplicações mencionadas, com as adequações necessárias, como por exemplo através de uma substituição parcial do NF convencional.

NF: Negro de Fumo normal, NCr: Negro de Carbono recuperado.

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CAPA

MUNDO TECNOLÓGICO ANTECIPA O FUTURO DOS

PNEUS Necessidade de produtos cada vez mais sustentáveis e a mudança do perfil do mercado com a entrada dos carros elétricos força as pneumáticas a acelerarem o trabalho de seus departamentos de pesquisa e desenvolvimento para lançar cada vez mais cedo tecnologias que imaginávamos ver no mínimo a médio prazo.

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N

ão é novidade para ninguém que o mercado automo�vo passa por uma grande transformação, mo�vada pela necessidade da produção de veículos amigáveis ao meio ambiente (a meta agora não é diminuir, mas sim zerar suas emissões). No âmbito das montadoras, o foco principal está na total reformulação dos motores, a fim que sejam adequados aos novos padrões de alimentação, que tornarão a gasolina obsoleta em poucos anos. Hoje a motorização híbrida domina os principais mercados, e a elétrica promete chegar perto em pouco tempo. As pneumá�cas, sempre um elo fundamental na cadeia produ�va dos veículos, trabalham para acompanhar o desenvolvimento dos novos automóveis e motos, muitas vezes lado a lado com as próprias fabricantes. Além do produto em si, o pneu, também o sistema de produção tem sido reformulado para ser o mais sustentável possível.

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Uptis: o pneu que não fura Exemplo de parceria entre montadora e pneumá�ca é o lançamento do Up�s, pneu desenvolvido em conjunto entre Michelin e GM, e com um nome auto-explica�vo (é a sigla em inglês para Sistema Único de Pneu à Prova de Furo). O Up�s é um conceito inovador, que permite aos pneus rodarem sem ar e também sem risco de furar. A ideia é simular os pneus usados em veículos lunares, dispensando o ar pressurizado e adotando o uso de pequenos raios feitos de plás�co reforçado com vidro, que servem de apoio à banda de rodagem. A tecnologia sem ar permite que o Up�s reduza o risco de pneus furados e outras falhas de perda de ar que resultam de furos ou perigos na estrada. Quando aplicada à produção em grande escala, essa caracterís�ca significa que o Up�s oferece um potencial significa�vo para reduzir o uso de matérias-primas e resíduos. A sustentabilidade também é visível no uso de materiais renováveis, como borracha regular e fibra de vidro.

Pneu Pirelli se regenera após furado Outra tecnologia impressionante é a “Seal Inside”, que a Pirelli incorporou recentemente em suas novas linhas de pneus Cinturato P7, Scorpion e Scorpion HT para carro e SUV – todos pneus que se encaixam na proposta da empresa em buscar neutralidade de carbono através de produtos sustentáveis. A Seal Inside permite que o veículo con�nue rodando e evita a perda de pressão de ar dos pneus em casos de perfurações por um objeto de até 4mm de diâmetro localizado na banda de rodagem. Sua ação rápida e efe�va permite até que na maioria dos casos o motorista não perceba que o pneu foi perfurado. Quando isso acontece, imediatamente uma massa vedante incorpora-se ao objeto causador da perfuração, impermeabilizando todo o seu contorno, caso ele permaneça no pneu. Quando esse objeto é removido do pneu, a massa vedante é “arrastada” para o interior do ori�cio, selando a perfuração. A tecnologia não necessita de aro exclusivo, sendo o TPMS (Tyre Pressure Monitoring System) aconselhável, porém não é obrigatório. Ela pode ser usada em qualquer �po de veículo, a depender de sua medida. ©DIVULGAÇÃO

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CAPA Esses dados foram ob�dos em testes par�culares realizados pela Pirelli nos quais os pneus foram subme�dos a situações de estresse por perfuração. O “Seal Inside” é uma tecnologia que propicia mobilidade estendida ao condutor, permi�ndo assim uma maior segurança tanto na cidade como nas estradas. São 20 medidas disponíveis, representando aproximadamente 70% de cobertura do segmento-alvo, com seis homologações em andamento para 2022 e 2023. Os pneus com essa tecnologia serão fabricados no Brasil para uma ampla gama de veículos, que vai de Hatchs, a SUV’s e CUV’s de aro 16” a 19”. Além da tecnologia Seal Inside, o novo Cinturato P7 traz um novo composto que funciona de acordo com as temperaturas locais. A banda de rodagem criada especificamente para o modelo é enriquecida com resinas de sílica específicas que ajudam a aumentar a aderência e melhorar a função dos polímeros do pneu. Estes são materiais elás�cos sinté�cos que são quimicamente modificados para melhorar a interação com a sílica – e esses polímeros podem mudar de acordo com a temperatura de trabalho do pneu. Isso significa que o novo composto se beneficia de uma melhor distribuição das par�culas de sílica e de uma interação mais eficaz entre elas. Como resultado, as caracterís�cas do pneu podem alterar de acordo com as condições de direção e temperatura, dando ao motorista uma faixa de trabalho extremamente ampla. Pensando em uma melhor eficiência, tendo aumentado a resistência mecânica do composto, não só é necessário menos material para a banda de rodagem (enquanto maximiza a vida ú�l do pneu), mas também o peso total do pneu é reduzido graças a uma revisão completa de todos os materiais u�lizados. Menos material significa menos peso, menor resistência ao rolamento e um uso mais cuidadoso dos recursos. Tudo isso leva a um menor consumo de combus�vel, o que economiza dinheiro para todos os motoristas e reduz o impacto no meio ambiente.  ©DIVULGAÇÃO

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PNEUS

Continental orienta sobre ressulcagem nos pneus de carga

Goodyear apresenta novo Armor Max MSS A Goodyear anuncia uma evolução em sua linha Max Series: o pneu Armor Max MSS passa a contar com índice de carga duplo, ou seja, poderá transportar até 400 Kg a mais por eixo. O pneu passa do índice de carga 152/148K para uma marcação dupla, que inclui a capacidade de carga 154/149J. “O Armor Max MSS foi criado para o serviço misto, com foco em resistência, bene�cio ideal para empresas que buscam mais recapagens e menor custo por quilômetro rodado. Essa evolução vem para atender uma gama maior de clientes, com a qualidade e resistência já tão reconhecidas”, explica Eduardo Schilling, Gerente Senior de Marke�ng da Goodyear. Os pneus Goodyear Armor Max foram desenvolvidos para veículos que trafegam em serviço misto, que mesclam vias pavimentadas com vias de terra, como por exemplo, fazendas, construção civil, usinas de cana ou coleta de resíduos. O pneu possui uma carcaça com quatro cintas de aço, sendo a úl�ma construída com High Elonga�on Wire que consiste na aplicação de cordonéis de aço mais resistentes e construídos de forma a proporcionar maior elas�cidade e maior aderência ao composto de borracha. Além disso, o modelo conta com uma banda de rodagem que u�liza um composto especial, extra resistente e com dupla camada de compostos. 

A ressulcagem, o processo de remoção de borracha do fundo dos sulcos do pneu de carga para que ele possa ter a sua vida ú�l estendida, deve ser confiada a um especialista para que não ocorra o comprome�mento da segurança. “Embora os pneus ressulcados possam ser reformados posteriormente, a ressulcagem não é recomendada em todos os casos, uma vez que a espessura da borracha que protege o pacote de cintas fica reduzida e, consequentemente, mais susce�vel à penetração de pedras e de outros objetos”, alerta Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Con�nental, fabricante de pneus de tecnologia alemã. Todos os pneus da Con�nental que aceitam esse processo vêm iden�ficados com a palavra regroovable- que em português significa “ressulcável” - em ambas as laterais. Eles recebem essa denominação por possuírem uma camada mais espessa de borracha sobre sua cinta de aço mais externa. O mínimo de espessura de borracha remanescente acima da cinta de proteção, que é a cinta metálica mais externa do pneu, deve ser de 2 mm. O pneu pode ficar inu�lizado caso essa medida, chamada de “undertread”

(abaixo da banda de rodagem), não seja respeitada, uma vez que o pacote de cintas corre o risco de ser danificado. Normalmente, são removidos até 4 mm de borracha do fundo dos sulcos durante a ressulcagem. O melhor momento para a realização da ressulcagem é quando o pneu a�nge 3 mm de profundidade de sulco remanescente em sua banda de rodagem. Cada pneu possui recomendações específicas para que o processo de ressulcagem seja bem-sucedido, seguindo regras que normalmente estão nos manuais técnicos do fabricante. Essas especificações variam para cada modelo de pneu, pois de acordo com sua construção e com o desenho de sua banda de rodagem, as medidas da largura e da profundidade de cada sulco podem mudar após a ressulcagem. Rafael Astolfi recomenda que o produto seja sempre analisado por um especialista. “Ele vai verificar se o desgaste é uniforme e se cer�ficar de que não existem danos suficientemente profundos na banda de rodagem a ponto de terem danificado a camada de borracha e o pacote de cintas estabilizadoras”, conclui. 

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Inovação é palavra chave para o mercado automo�vo, que conta com a indústria química para se modernizar cada vez mais Por: Diego da Silva Angelo Representante de Vendas Técnicas da Chemours. A indústria automobilís�ca é pautada pela inovação. Ano após ano, o setor investe na modernização de sua produção para criar veículos mais avançados que atendam tanto as necessidades dos consumidores, em relação a um melhor desempenho, maior potência, resistência e economia, quanto às regulamentações globais que exigem a redução nas emissões de gases e outras questões relacionadas ao meio ambiente. Nesse sen�do, duas principais tendências vêm se destacando no mercado automo�vo nos úl�mos anos e chegaram para ficar. A primeira é o downsizing, ou seja, a diminuição do tamanho dos veículos, que proporciona rendimento superior, por eles terem um motor menor e menos atrito, melhores índices de consumo de combus�vel e a redução dos níveis de emissões de dióxido de carbono. A segunda tendência é o desenvolvimento de carros híbridos, que possuem motor de combustão e motor elétrico, e carros elétricos, que funcionam somente a par�r de energia elétrica. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), somente neste ano foram vendidas 21.397 unidades de veículos híbridos e elétricos até o mês de setembro, um número consideravelmente maior do que o apresentado no ano anterior inteiro, que teve 19.745 unidades comercializadas. Além disso, outras pesquisas demonstram o interesse crescente dos brasileiros por esses �pos de veículos: um recente estudo sobre descarbonização apresentado pela Anfavea e pela consultoria BCG es�ma que até 2035 a venda de carros com essas tecnologias deve representar de 32% a 62% do total de vendas. Para implementar essas inovações e trazer as novidades ao mercado, a parceria entre indústria automo�va e indústria química é essencial. Isso

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porque o principal papel da indústria química é prover os insumos que possibilitam que todas as tendências tecnológicas sejam colocadas em prá�ca nos veículos, acompanhando a evolução do mercado automobilís�co. Um material que contribui para essas tendências em específico é o Viton™, borracha fluorada produzida pela Chemours, que possui reconhecimento no mercado automo�vo pelo diferencial de apresentar resistência química e resistência à temperatura. O Viton™ é um produto que pode ser aplicado em diversas peças, desde juntas de cabeçote de motor, O-Rings e mangueiras de turbocompressor, até peças de vedação da bomba de combus�vel, por isso, é amplamente u�lizado na indústria automo�va. Contribuindo para o downsizing, o Viton™ é um componente ideal para ser usado em carros pequenos, pois com caixas de motores menores, a temperatura desse ambiente também sobe e é necessário um material resistente ao calor extremo. Já para carros híbridos, o Viton™ é uma das principais alternativas para ser empregada nos motores a combustão e tem sido estudado para também ser u�lizado em carros totalmente elétricos, por conta da combinação das propriedades de isolamento elétrico, temperatura e resistência química, que o torna uma excelente escolha para a aplicação em cabos automo�vos de alta tensão, garan�ndo confiabilidade superior para essas peças. O desenvolvimento de materiais como o Viton™, que requerem anos de pesquisa, indica que a indústria química é parceira essencial da indústria automo�va para que carros inovadores com componentes de qualidade sejam entregues aos consumidores. Em breve, surgirão novas tendências, mas estaremos à frente desse processo, pesquisando e descobrindo as melhores soluções para que o mercado automo�vo con�nue evoluindo.

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PNEUS

Ingredientes gastronômicos na produção de pneus Com a meta de produzir pneus feitos de materiais 100% sustentáveis até 2050, a Michelin está atualizando os “ingredientes” dos seus produtos, dando mais um passo em direção à estratégia ‘Tudo Sustentável’. Além da borracha natural, beneficiada na Bahia e no Espírito Santo, os pneus da empresa contam, cada vez mais, com componentes que também fazem parte do cardápio de muitos restaurantes, como óleo de girassol, casca de laranja e pinus, que proporcionam performance, conforto e segurança, com menor impacto ambiental. Outros componentes sustentáveis, como a sílica de origem vegetal, também integram a produção. Com esta inicia�va, a Michelin mostra sua capacidade de incorporar uma proporção cada vez maior de materiais sustentáveis em seus produtos, sem comprometer seu desempenho.

Michelin investe em soluções tecnológicas Fiel ao seu DNA de inovação, a empresa lança duas novidades no Brasil direcionadas ao segmento espor�vo: o pneu Michelin Pilot Sport Cup 2 Connect e a tecnologia Michelin Track Connect. Projetado para pilotos apaixonados que buscam maximizar o potencial de seus carros espor�vos, o Michelin Pilot Sport Cup 2 Connect se destaca em velocidades elevadas, possibilitando tempos de voltas mais consistentes. O pneu foi desenvolvido para oferecer grandes resultados, durabilidade e máxima sensação de pilotagem, dentro e fora das pistas. O modelo combina caracterís�cas que proporcionam alta performance, melhor controle e dirigibilidade, aderência e maior durabilidade na pista, proporcionando um melhor tempo de volta. Em comparação ao seu antecessor, o lançamento é 7,29 segundos mais rápido, ao final de 10 voltas. Michelin Track Connect – Pioneira no que diz respeito a pneus conectados, a Michelin lança no mercado brasileiro o Track Connect, solução que atua como um ‘coach virtual’

em carros espor�vos, disponibilizando ao condutor informações sobre pressão e temperatura em tempo real, além de recomendações rela�vas à gestão desses compostos, para uma melhor performance na pista. Gratuito, o aplica�vo, disponível em sistemas IOS e Android, é compa�vel com carros não equipados com pneus conectados, disponibilizando dois módulos de uso aos motoristas: Modo Lazer: Disponível para todos os condutores, podendo ser u�lizado independentemente dos pneus instalados no veículo, o modo lazer faz a sua estreia na nova geração do Michelin Track Connect. A modalidade permite uma série de recursos no aplica�vo, como registro de tempo por setor e velocidade por volta; análise da condução do motorista; além da possibilidade de comparação e compar�lhamento dos resultados de performance com outros condutores. Modo Expert: Exclusivo para veículos espor�vos equipados com pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 Connect, requer a instalação do kit Michelin Track Connect, composto por 4 sensores, elementos de suporte ao celular e uma caixa transmissora. Além dos recursos disponíveis na função Lazer, o modo Expert possibilita maior dirigibilidade do piloto para evolução nos tempos por volta; redução do desgaste dos pneus; e o�mização da performance em pista, que pode chegar a 7,40 segundos em uma série de 10 voltas consecu�vas. FOTOS: DIVULGAÇÃO

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PNEUS

Geotab adota sistema Pirelli CYBER Fleet A Pirelli e a Geotab, empresa global focada em IoT e transporte conectado, anunciaram uma nova parceria que visa ajudar as frotas comerciais em todo o mundo a melhorar sua eficiência operacional e sustentabilidade. Agora disponível no Marketplace Geotab, o sistema Pirelli CYBER Fleet permi�rá que os clientes da Geotab reduzam os custos operacionais relacionados aos pneus, ao mesmo tempo que melhora o consumo de combus�vel e diminui as emissões de poluentes prejudiciais. A nova oferta integrada será lançada inicialmente nos principais mercados europeus, antes de ser estendida aos Estados Unidos, Canadá e Brasil. O Pirelli CYBER Fleet é uma solução aprimorada de gerenciamento de frota específica para pneus que u�liza um sensor na parte interna de cada um deles para medir e analisar os dados de temperatura e pressão. Esses dados são coletados e retransmi�dos para um aplica�vo que pode ser baixado em um tablet ou smartphone e enviado para a plataforma digital da Geotab, a MyGeotab, que por sua vez ajuda a simplificar o processo de monitoramento de verificações diárias de u�litários comerciais e pneus. Essa solução integrada também permite que as percepções dos veículos sejam visualizadas remotamente, o que pode ajudar os gestores de frotas a iden�ficar rapidamente os potenciais problemas, contribuindo para maior segurança, eficiência e melhor planejamento para a manutenção necessária do veículo. A parceria entre a Pirelli e a Geotab permite um monitoramento eficiente da saúde do pneu, o que ajudará os clientes a aumentar a produ�vidade, a segurança do motorista e a saúde geral e a longevidade de um veículo. 

Tecnologia “Nano Black” da Sumitomo melhora identificação de pneus

Uma nova tecnologia da Sumitomo Rubber, fabricante dos pneus Dunlop, permite maior realce de cor nos pneus e melhor iden�ficação dos mesmos. Esta técnica, nomeada como “Nano Black”, consiste na adição de pequenas saliências extremamente finas à super�cie da parede lateral do pneu para inibir a reflexão da luz, produzindo assim um tom de preto mais profundo do que os tons convencionais. A técnica do “Nano Black” incorpora um conceito inovador, já que possui saliências finas à super�cie da parede lateral do pneu maximizando a área de absorção da luz. Graças a essa inovação, os logo�pos e outras marcações nas paredes laterais aparecem em um preto vívido e com maior destaque quando vistos de qualquer ângulo.

Essa tecnologia traz um benefício importante, pois é no flanco do pneu que se encontram as informações mais importantes a respeito do produto, como medida, construção, além do índice de carga e símbolo de velocidade. Também é na lateral que se encontram as informações relacionadas à data de fabricação, que podem ser obtidas através do número de série, identificando a semana e ano de fabricação do produto. Ela pode auxiliar o consumidor em casos de solicitação de garantia, porém nesse caso, as informações são gravadas em alto relevo. A tecnologia já está em uso no Nissan GTR, que sai de fábrica com o pneu Dunlop GT600 como equipamento original. 

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INOVAÇÃO

Evonik apresenta tecnologia de asfalto mais sustentável

A

Evonik desenvolveu um processo patenteado para atender às demandas por uma qualidade de asfalto sustentável. Trata-se da mistura do adi�vo poliole�nico Vestenamer ao pó da borracha proveniente de pneus descartados. Ao ser misturada à massa asfál�ca, a solução elimina problemas do processo produ�vo, facilita a aplicação e garante melhor qualidade do asfalto modificado com borracha. A inovação beneficia gestores e usuários de vias públicas, bem como o meio ambiente, uma vez que estimula processos de reaproveitamento de materiais. Estima-se que, a cada ano, cerca de 19,3 milhões de toneladas de pneus são descartados no mundo, aproximadamente 450 mil toneladas somente no Brasil. Com o produto, a Evonik contribui para o fechamento do ciclo de uma maneira mais sustentável, reduzindo resíduos, manutenções recorrentes e a emissão de carbono. Aplicação no Brasil – Os bene�cios do Vestenamer puderam ser comprovados na prá�ca. Em julho úl�mo, o produto foi u�lizado para a pavimentação de uma área de aproximadamente 2.500 m² localizada dentro do parque industrial da Evonik em Americana (SP). Par�ciparam da obra a NTA Asfaltos, fabricante do ligante modificado com borracha e Vestenamer; a Galvani Engenharia, produtora do asfalto modificado com borracha, e a Teixeira Pavimentação Asfál�ca, responsável pela aplicação do asfalto.

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“Foram u�lizados 160 kg do produto. A coordenação técnica com todas as empresas envolvidas exigiu reuniões dedicadas e planejamento para garan�r a boa fluidez do asfalto modificado no processamento, bem como controle de temperatura no local de produção do asfalto e deslocamento até a planta da Evonik”, explica Rodrigo Marques, Coordenador de Negócios da área de High Performance Polymers, da Evonik. Fornecido pronto para o uso, Vestenamer é um adi�vo poliole�nico semicristalino, que atua como plas�ficante rea�vo nos processos de mistura e produção de compostos de borracha e, devido à presença de ligações duplas na molécula, forma uma interface entre o pó de borracha e o betume, protegendo e garan�ndo a rea�vidade. Dadas as suas caracterís�cas, envolve de forma bastante sa�sfatória os agregados do composto e não altera o material final. Entre as vantagens, estão: • Menor geração de odor e diminuição da emissão de gases voláteis provenientes do processamento com borracha; • Facilita a fluidez no processo e no descarregamento dos tanques, sem que seja necessária a limpeza adicional dos mesmos; • Melhora o comportamento do ligante asfál�co no armazenamento aquecido; • Facilidade para compactar a massa asfál�ca em temperaturas reduzidas; • Ganho de produ�vidade com aplicação mais rápida; • Melhor acabamento superficial do asfalto. 

Pirelli no Pacto Global LEAD das Nações Unidas A Pirelli foi confirmada como líder do Pacto Global das Nações Unidas, única empresa do setor de Automóveis e Peças em nível global. Composto por 37 empresas neste ano, o Pacto Global LEAD reúne os grupos com maior compromisso no mundo com a implementação dos Dez Princípios do Pacto Global das Nações Unidas. Segundo Marco Tronche� Provera, CEO e vice-presidente execu�vo da empresa, “para a Pirelli, a indústria significa inovação e isso significa acelerar a mudança para o bene�cio de todos e para proteger o meio ambiente. A confirmação da inclusão da Pirelli no Pacto Global LEAD das Nações Unidas é mo�vo de orgulho e é o reconhecimento de nossos esforços constantes para a�ngir metas desafiadoras por meio de ações que tragam resultados concretos”. O Pacto Global das Nações Unidas é a maior iniciativa empresarial de sustentabilidade do mundo: para se qualificar como “LEAD”, uma empresa deve participar de pelo menos duas “Plataformas de Ação” do Pacto Global que unem empresas, redes locais, academias, sociedade civil e governos para resolver questões complexas de sustentabilidade e entregar inovação em favor de metas globais. Além disso, os participantes devem comunicar seu próprio progresso por meio de um relatório anual de sustentabilidade que detalha os resultados alcançados em termos de implementação dos Dez Princípios.  www.borrachaatual.com.br


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INOVAÇÃO

Software de gestão de custos da Vipal Artecola cria marca única para América Latina Uma grande mobilização junto às equipes das nove plantas em seis países marcou em quatro de outubro o lançamento da nova iden�dade visual e posicionamento de mercado da Artecola. Resultado de mais de dois anos de pesquisas, estudos e inves�mentos, a transformação simboliza um novo ciclo de crescimento estratégico da companhia, que reforça seu perfil de empresa mul�la�na. O presidente execu�vo, Eduardo Kunst, destaca que a Artecola está em processo con�nuo de evolução. “Em nossa história, já vivemos períodos de grandes realizações e outros de reorganização. Mas cada momento de dificuldade sempre nos levou a fases de grande aprendizado, como esta que vivemos hoje, com uma verdadeira transformação cultural dentro da Artecola. Por isso, decidimos traduzir este momento para o mercado com o mais profundo reposicionamento de marca já realizado na companhia. Estamos levando para fora a grande mudança interna que está acontecendo, e que irá impactar nosso relacionamento com as pessoas de todos os segmentos de contato”, reforça o execu�vo. A nova iden�dade visual marca também a definição de uma marca única para a diversificada linha de produtos da empresa, agora padronizada em toda a América La�na. A marca Afix irá iden�ficar os produtos da Artecola, tanto em adesivos, como em laminados termoplás�cos. 

Pensando em um dos principais gargalos das empresas reformadoras de pneus, a parte financeira, a Vipal Borrachas criou há dez anos o Vipcustos, so�ware que auxilia as reformadoras da Vipal Rede Autorizada no seu controle de custos. Neste tempo, a ferramenta conquistou os reformadores, uma vez que é u�lizada hoje em cerca de 80% dos integrantes da Rede. Através de seus dados, o Vipcustos é capaz de refle�r tendências do segmento, apontando indicadores de mercado confiáveis. Criado e desenvolvido integralmente pela Vipal, o sistema tem como obje�vo proporcionar aos clientes uma visão da real situação econômica e financeira de suas empresas. Além de disponibilizar resultados sobre os números do próprio reformador, o Vipcustos traz como grande bene�cio alguns indicadores de mercado por Volume de Negócio (Pneus Padrão). Estes dados servem de norteador para que o reformador possa iden�ficar os seus pontos fortes e fracos, a fim de tomar uma ação imediata na busca por melhores resultados. Os principais indicadores do Vipcustos são os compara�vos médios de mercado. Através destes, o reformador tem acesso às mais diversas informações, como o compara�vo dos preços médios pra�cados, custo estrutural por pneu padrão, compara�vo das despesas estruturais e/ou comerciais, entre outros. Outra informação importante disponibilizada pelo Vipcustos trata dos preços médios pra�cados pelos reformadores da Vipal Rede Autorizada.

A ferramenta emite periodicamente análises de desempenho para os clientes que u�lizam o sistema a fim de evidenciar os principais aspectos operacionais e financeiros das suas reformadoras em função dos parâmetros es�pulados. Esses indicadores também são detalhados por estados ou por regiões comerciais previamente definidas pela Vipal. “Dessa forma, o reformador tem a noção exata de quais deverão ser os seus pontos de melhoria, bem como dos pontos em que ele está bem em relação às médias do mercado para as rubricas apresentadas”, comenta Daniel Gazzoni, Coordenador de Gestão de Clientes da Vipal Borrachas. Um dos principais relatórios u�lizados é o de Simulação, onde o reformador pode simular uma determinada situação de “Faturamento versus Despesa”, prevendo o resultado e podendo fazer os ajustes necessários antes de qualquer negociação. André Beal avalia que esta função é essencial, pois dá a Dois Vizinhos “condições para trabalhar as margens de preço de uma forma segura”. Igualmente, Jaquelyne muito se vale deste recurso na AD Pneuforte. “O Vipcustos muito nos ajuda a fazer avaliações no momento de uma negociação em que estamos para fechar algum negócio grande e que precisamos ser compe��vos”, conta Jaquelyne, acrescentando ainda que, sempre que precisam de algum suporte técnico para a ferramenta, a Vipal está pronta para atender. 

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Indústria de máquinas e equipamentos cresce 25,4% em 2021 Indústria 4.0 clama por infraestrutura para ser competitiva

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os dez primeiros meses de 2021 a indústria de máquinas e equipamentos acumula crescimento de 25,4%. Já no mês de outubro, a receita líquida do setor registrou queda na margem, tanto na comparação mensal como interanual. Pela primeira vez, após 15 meses consecu�vos de crescimento, houve queda na comparação interanual (-2,2%) em razão exclusivamente da rela�va piora no mercado domés�co, que encolheu 3,3% no período. Por outro lado, as exportações con�nuam registrando crescimento importante (32%). Em outubro de 2021 as receitas líquidas de vendas recuaram 2,2% em relação ao mês de outubro de 2020, em razão, principalmente, da piora nas a�vidades de produção de bens de consumo (alimentos, produtos farmacêu�cos, produtos de higiene), que este ano acumularam queda. Por outro lado, os setores que

englobam os fabricantes de máquinas para agricultura, máquinas rodoviárias e máquinas para a indústria de transformação, mantêm o desempenho posi�vo, ainda que com menores taxas de crescimento. Exportações – Ainda que tenham registrado queda na ponta (-10,5%), as exportações vêm em trajetória con�nua e intensa de recuperação na comparação com 2020. Em outubro, frente ao mesmo mês do ano passado, o incremento das vendas externas foi de 31,6%, sé�mo seguido neste �po de comparação, elevando o resultado acumulado no ano para crescimento de 31,1%; já o valor acumulado das exportações representou em outubro passado 23,4% da receita de vendas do setor. Importações – Em outubro houve queda de 2%, na comparação com o mês de setembro, mas crescimento de 43,5% na comparação interanual. Assim, no ano, o crescimento acumulado subiu de 22% até o mês de setembro para 24% em outubro de 2021.

“O Brasil corre contra o tempo em busca de efe�vidade e de maior cobertura da tecnologia 4G, enquanto aguarda o 5G. Sem essa infraestrutura, indústria 4.0 tende a derrapar e comprometer a compe��vidade de setores produ�vos”. Essa foi a principal conclusão da 6ª edição do Seminário de Manufatura, promovida e organizada pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automo�va, que ocorreu no úl�mo dia 23 de setembro, e que teve como tema central “Indústria 4.0 e Sociedade 5.0: um ecossistema em construção”, com a coordenação de Carlos Sakuramoto (diretor de Manufatura da AEA e da GM), Anderson Borille (ITA), Fernando Villela (Ford) e de Carolina Assumpção (Denso). “Às vésperas da implementação da tecnologia 5G no País, é crucial lembrar que a média mundial de inves�mento em P&D no mundo é de 2% do PIB, com destaque especial a Israel e Coreia do Sul, onde esses inves�mentos chegam a 4%. No Brasil, ainda estamos com 1% do PIB”, afirmou Besaliel Botelho, presidente da AEA, na abertura do evento.  FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Cummins anuncia motor mais potente para o mercado agrícola A Cummins Brasil está lançando no mercado de motores agrícolas a evolução do propulsor QSB, o mais conceituado da marca neste setor. O produto chega ao mercado ainda neste ano. Pertencente a linha de motores médios, o QSB 6.7, antes de 270 hp, agora conta com 295 hp, com torque de 1.051 Nm (anteriormente 990 Nm), atualizações que trouxeram redução de consumo de combus�vel. A Cummins ainda oferece o QSB 4.5 litros (médio), além dos motores leves e pesados. “A par�r da demanda de nossos clientes, decidimos elevar a potência desta motorização para manter a u�lização da nossa linha de motores médios, oferecendo ainda economia de combus�vel. Para se ter uma ideia, em plena carga a 1.800 rpm é possível a�ngir uma redução de consumo específico de 9% com o novo QSB 6.7 de 295hp”, afirma Tiago Costa, gerente de Vendas da Cummins Off Highway. Nova família de grupo geradores – A empresa acaba de lançar uma nova família de grupos geradores produzidos em Guarulhos (SP), com a melhor densidade de potência da categoria superior a 300 kW até 400 kW. O grande diferencial dos novos modelos, denominados C350D6B e C400D6B, é o motor eletrônico QSG12-G3/G4, que subs�tuiu o propulsor mecânico NTA855-G5 da geração anterior. Entre os principais bene�cios da incorporação do propulsor eletrônico, Daiane Suzuki, gerente de projetos da empresa, destaca a melhor relação de potência versus consumo de combus�vel. Houve 9% de ganho em eficiência energé�ca com relação à geração anterior e o consumo de diesel dos novos geradores foi reduzido em 6%. Os novos geradores têm um novo

coração, como é chamado o conjunto motor, radiador e filtros de ar, e também um novo alternador. “Graças às inovações implementadas, a par�r das inovações de todo esse sistema, o limite de temperatura ambiente, ou LAT, na sigla em inglês, chega a 50º C”, destaca Kyn. Todo o conjunto foi projetado e testado para altas temperaturas ambientes, simplificando, inclusive, os requisitos de projeto da instalação para eliminação do calor rejeitado. Entre as novidades da linha Cummins está o novo alternador STAMFORD® S-Range, que melhora a eficiência da máquina para atender as principais faixas de potência do mercado. Aumento de vendas no mercado de barcos de lazer – A Cummins Brasil registra aumento de vendas de 256% no mercado de barcos de lazer e recreação no primeiro semestre de 2021, contra o mesmo período do ano anterior, por meio do Distribuidor Cummins Brasil (DCB), responsável pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Espírito Santo e Sergipe. Em relação a 2020, o crescimento neste segmento ficou em 16,4% contra 2019. De acordo com Aline Barros, líder de Vendas de Motores e Geradores da DCB, “a população de motores e soluções Cummins que hoje navega por águas brasileiras está presente em importantes embarcações de estaleiros como Real Boats e OKEAN Yachts. E celebramos recentemente nova parceria com a Schaefer Yachts”. 

Mercedes eleva nível de personalização off-road A nova versão exclusiva Mercedes-AMG G 63 Magno Edi�on, que chegou ao país nesse ano, eleva o nível de personalização e diferenciação do modelo no país. Com cerca de um milhão de possibilidades de combinações dentre todas as motorizações disponíveis a nível mundial, a personalização para um Classe G pra�camente não conhece limites – teoricamente, os veículos poderiam ser produzidos por várias décadas sem que nenhum deles fossem iguais. O Mercedes-AMG G 63 Magno Edi�on é equipado com motor V8 biturbo de 4.0 litros de 585 cv, tração nas quatro rodas (40:60), três bloqueios de diferencial, transmissão automá�ca de 9 marchas, suspensão dianteira independente com duplo braço triangular e amortecimento ajustável adaptável. O design exterior é inconfundível, com destaque para a grade do radiador específica AMG, arcos das rodas alargados, escapamento com saída lateral e rodas AMG forjadas de 22 polegadas. O Mercedes-AMG G 63 Magno Edi�on tem preço público sugerido de R$ 1.999.900,00, válido para todo o Brasil. 

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JCB completa 20 anos no Brasil A JCB acaba de completar 20 anos de atuação no Brasil com muitos mo�vos para celebrar. Com es�ma�va de crescimento para este ano de 50% comparado a 2020, a empresa a�ngiu a marca de 25 mil máquinas vendidas no país e segue inves�ndo em tecnologia e na ampliação de por�ólio. Desde 2012, quando foi inaugurada a fábrica em Sorocaba (SP), já foram mais de U$ 160 milhões inves�dos. De acordo com José Luís Gonçalves, CEO da JCB no Brasil, a expecta�va é crescer 20% em 2022 e seguir inves�ndo. “Vamos con�nuar agregando aos grandes setores produ�vos do país, desde o desenvolvimento na infraestrutura de saneamento, logís�ca, entre outros, até o agronegócio, que cada vez mais busca por equipamentos da linha amarela. Outro fator importante para a JCB é estar cada vez mais próximos dos nossos clientes. Por isso, somos a empresa do setor com distribuidores nas mais importantes cidades, presentes em todas as regiões, e vamos con�nuar crescendo”, destaca o execu�vo.

Tudo começou em 1995, quando a JCB, uma das três maiores fabricantes globais de equipamentos para construção e agronegócio, exportou sua primeira máquina para o Brasil. Seis anos depois, a empresa decidiu criar raízes no país e iniciou sua primeira operação de fabricação local, já em Sorocaba. Com capacidade de produção de 10 mil máquinas por ano, a fábrica está localizada em um terreno de 201.000 m², com uma área construída total de 37.000 m². Nesta unidade, a empresa comercializa retroescavadeiras, mini retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras, mini escavadeiras, minicarregadeiras, manipuladores telescópicos (Loadalls) e rolos compactadores para toda a América La�na. Além do valor inves�do na construção da fábrica, entre 2015 e 2018, foram feitos aportes no Brasil de US$ 15 milhões, com foco no aumento da produção local, na consolidação da rede de distribuição e no lançamento de novos produtos. Já em 2019, a JCB anunciou um novo ciclo de in-

ves�mento local de US$ 25 milhões, para con�nuar aprimorando a linha de produtos para toda a região. Inovações: LiveLink e Up�me Centre – Atualmente, cerca de duas mil máquinas em todo o país são monitoradas em tempo real pela ferramenta de telemetria JCB LiveLink, um dos mais modernos do setor. Disponível para toda a linha JCB, o sistema atua como uma espécie de Raio-X do equipamento, fornecendo relatórios de operação que podem ser acessados via computador, smartphones e tablets, permi�ndo o gerenciamento da máquina ou da frota com rapidez e eficiência. Além da eficiência operacional da máquina, a tecnologia oferece redução de paradas desnecessárias e tempo de ociosidade, além de segurança ao equipamento. E para garan�r uma efe�vidade ainda maior do LiveLink, a JCB inves�u R$ 1,2 milhão na construção do Latam Up�me Centre, um centro de suporte a todas as máquinas no con�nente, u�lizando o próprio sistema de monitoramento remoto.

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Presidente da ABIMAQ recebe comenda

José Luís Gonçalves, presidente da JCB para o Brasil e América Latina.

Os constantes inves�mentos da JCB no Brasil permi�ram a ampliação do por�ólio JCB e o desenvolvimento de estratégias em tecnologia com foco nas necessidades dos clientes. Desde 2018, foram lançados escavadeiras, mini carregadeiras, rolos compactadores, pás carregadeiras e o mais recente: a mini escavadeira elétrica 19C-1E, o primeiro modelo do mundo. Desenvolvida na Inglaterra e já comercializada em países da Europa e nos Estados Unidos, a mini escavadeira elétrica 19C-1E é a primeira regularmente comercializada do segmento 100% elétrica e livre de emissão de resíduos poluentes. Parceria na Fórmula 1 – Desde 2017, com pausa no ano passado por conta da pandemia, a JCB tem sido a fornecedora oficial de manipuladores telescópicos (Loadalls) da Fórmula 1 Grande Prêmio de São Paulo. Produzidos na sede da JCB em Sorocaba, os Loadalls u�lizados serão os modelos 535-125, com capacidade para até 3,5 t e altura máxima de elevação de 12,3 metros, e 540-170, com capacidade de 4 t e elevação máxima de 16,7 metros. 

João Carlos Marchesan, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ e 1º Delegado do Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas, além de vice-presidente da FIESP – recebeu a comenda da Ordem do Mérito Industrial São Paulo das mãos de Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e grão-mestre da Ordem do Mérito Industrial de São Paulo pelos serviços prestados à indústria e ao País no grau de comendador da mesma ordem, por resolução de agosto de 2021. De acordo com Paulo Skaf, “a Ordem do Mérito Industrial São Paulo, criada pela resolução nº 4, de 5 de abril de 2007, é des�nada a condecorar personalidades e ins�tuições, nacionais ou estrangeiras, que se tenham tornado dignas do reconhecimento ou da admiração da indústria. Esta comenda de alta dis�nção até o presente momento, no Grau Grão-Cruz, foi concedida a mais de 55 autoridades, dentre reis, príncipes, presidentes e primeiros-ministros. De acordo com João Carlos Marchesan, o recebimento da comenda representa uma honra para ele em par�cular e para todo o setor industrial que tem lutado bravamente para impedir a desindustrialização do País. “Defender a indústria significa defender o emprego, o bem estar social, o desenvolvimento tecnológico e o crescimento do Brasil”, conclui o presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ. 

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SUSTENTABILIDADE

A SUSTENTABILIDADE É RESPONSABILIDADE DE TODOS

A sustentabilidade é o tema da atualidade e vem sendo discutido amplamente nos fóruns internacionais. Essa discussão não é meramente filosófica ou altruísta, mas sim econômica e financeira. A razão do tema estar em constante discussão é o aumento incessante dos custos resultante das alterações ambientais geradas pelos resíduos industriais, sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos. Listadas abaixo algumas ações e ideias de empresas brasileiras para mitigar este desafio, que é de todos.

Redução de 20% no consumo de energia até 2030

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instabilidade provocada pelas mudanças climá�cas e, ao mesmo tempo, a crescente preocupação com o meio ambiente, tem forçado as empresas a buscarem outras fontes de energia, apostando em opções renováveis para o suprimento da demanda no futuro próximo. Este é o caso da Con�nental, empresa que desenvolve tecnologias e serviços pioneiros em mobilidade sustentável, e que segue o seu plano de sustentabilidade e tem realizado inves�mentos em nível global na compra de energias renováveis. Alinhada com as diretrizes do Acordo de Paris, tratado ambiental chancelado pela Organização das Nações Unidas, a Con�nental es�pulou metas para tornar os negócios ecoeficientes em todos os níveis da cadeia de valor. Por isso, até 2030, a Con�nental pretende reduzir em 20% o consumo de energia, gerando uma economia de, pelo menos, 1TWh. Atualmente, a companhia já consome

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17% menos energia do que a média das demais indústrias por tonelada métrica – unidade de medida equivalente a 1000 kg – de pneus produzidos. “Estamos chegando à beira da emergência climá�ca, por isso nos comprometemos a desenvolver sistemas de gestão ambiental eficientes. A Con�nental reconhece que é urgente para o futuro das próximas gerações que haja um comprome�mento com o desenvolvimento sustentável, aliando também esforços nos âmbitos social e econômico a fim de garan�r qualidade de vida para todos”, afirma Arnd Simone�, diretor de Compras para a América do Sul e Coordenador de Sustentabilidade da Con�nental no Brasil.

Energia Sustentável reduz pegada de carbono A Evonik começou a fornecer a seus clientes mais um �po de compostos para moldagem com poliamida 12 sustentável. Produtos comerciais selecionados da marca Vestamid agora podem ser produzidos usando energia sustentável no parque químico da Evonik em Marl (Alemanha). Em 21 de setembro úl�mo, o TÜV Rheinland cer-

�ficou as avaliações de ciclo de vida dos compostos. Estes compostos receberão o sufixo RFP, equivalente a “reduzida pegada de carbono”. A Evonik produz a poliamida 12 no parque químico de Marl, na Alemanha, há mais de 50 anos e usa eletricidade e vapor gerados no local por suas modernas usinas combinadas de calor e eletricidade. Ao usar o biometano gerado a par�r dos resíduos dessas usinas, as emissões de dióxido de carbono resultantes da produção de Vestamid são reduzidas em 40%, na média, enquanto o consumo de água e de solo con�nua pra�camente igual. A empresa desenvolve polímeros de alta performance customizados para aplicações exigentes e é a líder global na produção de PA 12, produto com alta demanda em mercados atraentes, comercializada em forma de grânulos com a marca Vestamid. A PA 12 em pó Vestosint® é usada no reves�mento de metais no setor de bens de consumo, cestos de lavadoras de louça e componentes na indústria automo�va. A Evonik também possui anos de experiência no desenvolvimento de polímeros especiais em pó que permitem a produção industrial de componentes de alta tecnologia por impressão 3D. www.borrachaatual.com.br


100% Aterro Zero Presente há 65 anos no País, a Meritor Brasil a�nge uma de suas metas de sustentabilidade. A líder na fabricação de eixos e sistemas de drivetrain adere ao programa aterro zero ao realizar o descarte de 100% de seus resíduos industriais e sanitários de forma controlada, eliminando a disposição em aterros sanitários. A inicia�va faz parte da polí�ca ambiental da corporação que busca con�nuamente as melhores prá�cas em seu sistema de gestão. A polí�ca ambiental da empresa prevê o con�nuo desenvolvimento por melhores prá�cas nesse setor, inicialmente em atendimento às legislações vigentes no País, mas sempre atreladas a um ganho ambiental, como é o caso da adoção do cer�ficado ISO – 14001 há 21 anos. Na avaliação de Felipe Pereira, Analista Ambiental da Meritor Brasil, “mais do que eliminar o próprio aterro à sociedade, é imprescindível avaliar as possibilidades de retornar o resíduo na forma de matéria-prima e, assim, completar o ciclo da vida ú�l dos insumos. Hoje, aqui na América do Sul, temos mais de quinze �pos de resíduos diferentes, com des�nações diferentes e, até o começo de 2021, �nhamos alguns resíduos com des�nação em aterros pela falta de opções tecnológicas e adequadas, mesmo atendendo as legislações, pois eram des�nados com as melhores soluções disponíveis”. Nesse sen�do, uma das obrigações da Meritor Brasil – dentro da polí�ca ambiental corpora�va – é buscar no mercado soluções prá�cas e sustentáveis. Esse conceito vem crescendo com mais força. Algumas empresas parceiras começaram a oferecer soluções de reciclagem de material não inerte. “Por isso, desde janeiro de 2021, estamos des�nando esses materiais para reciclagem energé�ca, ou seja, passam a ser u�lizados como fontes www.borrachaatual.com.br

de energia em processos de alimentação de fornos”, explica Pereira. Resíduos da fábrica – Por definição, os resíduos sólidos são subdivididos em resíduos perigosos e os não perigosos – estes recicláveis, tais como papel, papelão, plás�co, metal, que são des�nados para reciclagem há anos. E quanto aos resíduos perigosos, atualmente são tratados por processos cer�ficados como coprocessamento para resíduos sem condição de reinserção e rerrefino no caso de óleos usados. O principal resíduo da fábrica a ser tratado é o cavaco metálico (raspas das peças, oriundas do processo de usinagem). Os cavacos metálicos são comprados pela Gerdau e viram vergalhões, u�lizados na construção civil. Por ano, mais de 5 mil toneladas deste material são reinseridas na cadeia produ�va.

Certificação de biodiversidade do WHC A Rhodia, empresa do Grupo Solvay, é a primeira empresa do setor químico/têx�l do País a conquistar a Cer�ficação Gold de biodiversidade do WHC (Wildlife Habitat Council), renomada organização internacional focada nas prá�cas de conservação da biodiversidade no setor privado. O cer�ficado se refere à unidade da Rhodia instalada no Complexo Industrial São Francisco, área originada da an�ga Fazenda São Francisco, em Paulínia, no interior de São Paulo. Da área de 16 ©DIVULGAÇÃO

milhões de metros quadrados, apenas 15% do complexo atualmente é ocupado pela parte industrial, incluindo áreas de trânsito, estruturas administra�vas e de convívio social, como o restaurante. A área é cortada pelo Rio A�baia e Ribeirão Anhumas e tem vegetação �pica da Mata Atlân�ca, sendo habitat para dezenas de diversas espécies da fauna e flora na�vas da região, que encontram no Complexo Industrial São Francisco um oásis para sua existência e propagação. “Obter esse cer�ficado é um orgulho para nós. Significa o reconhecimento de prá�cas históricas e pioneiras adotadas pela Rhodia para preservação do meio ambiente e da sustentabilidade, em harmonia com a operação de um dos maiores complexos químicos da América La�na", afirma Daniela Manique, presidente do Grupo Solvay na América La�na. A conquista – acrescenta Daniela Manique – segue em linha com a estratégia de sustentabilidade do Grupo Solvay, que estabeleceu como uma das dez metas do programa de ESG da empresa, denominado Solvay One Planet, de reduzir em 30% a pressão sobre a biodiversidade até 2030. Para o processo de cer�ficação WHC foi realizado um inventário da fauna e flora locais. Só entre os animais, foram iden�ficadas 83 espécies de aves, mamíferos, peixes, an�bios e répteis. Parte desses achados proveio de fotos �radas pela equipe de bombeiros e imagens capturadas pelas câmeras de segurança das fábricas, que registraram o trânsito desses “moradores do site”. Em relação à flora, mais de 90 espécies vegetais foram catalogadas por uma empresa especializada contratada para o projeto. Esse inventário documentou alguns achados interessantes. O site de Paulínia, por exemplo, é abrigo para o lobo-guará, uma espécie ameaçada de ex�nção, além de ser habitat de espécies como a onça-parda ou suçuarana, o segundo maior felino das Américas, perdendo em tamanho apenas para a onça-pintada.

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SUSTENTABILIDADE Para a concessão do cer�ficado, uma comissão de auditores do WHC avaliou oito projetos realizados pela empresa em Paulínia, levando em consideração sua per�nência, resultados mensuráveis e impactos comunitários. Esses projetos foram agrupados em três categorias: habitat, espécies e educação.

Intensificação em ações ESG O tema ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) vem ganhando cada vez mais espaço e destaque nas discussões corpora�vas e na Sumitomo Rubber do Brasil isto não é diferente. No início de 2021, a empresa divulgou, no Japão, sua nova polí�ca de sustentabilidade a longo prazo: “Driving Our Future Challenge 2050” (Impulsionando Nosso Desafio Futuro 2050, em tradução livre). O Grupo se comprometeu a redobrar os esforços para contribuir com a solução de diversas questões ambientais e sociais, além de ajudar a construir uma sociedade mais sustentável em todas as a�vidades empresariais nas quais está inserido. Seguindo esta filosofia, a filial brasileira passou a interagir ainda mais com os diversos públicos de impacto, como colaboradores e comunidade ao redor, e desenvolveu diversas ações estruturadas que já são consideradas resultados concretos desta nova visão ins�tucional de sustentabilidade ligada às prá�cas ESG. Destacam-se entre as inicia�vas desenvolvidas pela Sumitomo Rubber do Brasil: • Dia da Água – na ação realizada em março foram expostos os projetos dos colaboradores para reaproveitamento e uso consciente da água na planta da fábrica.

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• Projeto 5Rs – concre�zado em agosto, o projeto 5Rs convidou os colaboradores a sugerirem boas prá�cas com base em cinco princípios: repensar, reduzir, reu�lizar, reciclar e recusar. • Reuso de Água – inves�mento na instalação de um sistema de recuperação de água através do processo de osmose reversa com reaproveitamento de até 50% da água u�lizada no processo em que seria descartada. • Arrecadação de Alimentos – com atuação con�nua desde janeiro, o obje�vo é arrecadar alimentos e roupas para doação às famílias em vulnerabilidade social de Fazenda Rio Grande. “A Sumitomo Rubber do Brasil sempre se mostrou preocupada com as questões relacionadas às áreas de meio ambiente, social e governança. Tanto que o nosso programa Genki de ações voltadas para a comunidade e colaboradores obteve bons resultados. Já estávamos no caminho certo, mas agora com esta nova polí�ca de sustentabilidade pensada para todo o Grupo, reafirmamos os nossos compromissos com a sociedade brasileira e com o Planeta Terra”, diz Rodrigo Alonso, diretor de marke�ng e vendas da Sumitomo Rubber do Brasil.

Adequação à logística reversa de embalagens Visando dar um passo além para a logís�ca reversa de embalagens, com o intuito de con�nuar ofertando auxílio e proteção aos seus associados, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) aderiu ao Ins�tuto Rever, que assumiu as ações ins�tucionais e operacionais que a Federação das Indústrias do Estado de São

Paulo (FIESP) vinha exercendo enquanto coordenava o Sistema de Logís�ca Reversa de Embalagens em Geral em São Paulo. A coordenadora da Assessoria Jurídica da Abicalçados, Suély Mühl, destaca que o obje�vo é oferecer melhoria con�nuada aos associados da en�dade calçadista, com soluções que visem menor custo de operação, agilidade e maior segurança jurídica, já que o Ins�tuto Rever busca a assinatura de um Termo de Compromisso nacional e já conta com acordos firmados nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Amazonas. Segundo ela, a cer�ficação con�nuará a cargo da eureciclo, empresa que possui parceria com a Abicalçados desde 2018 e concede descontos que vão de 30% a 60%. “A Abicalçados vem inves�ndo recursos no apoio aos calçadistas, que por lei devem pagar o mínimo de 22% do total da pegada gerada de embalagens”, frisa. A Lei federal 12.305/2010 – Polí�ca Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), trouxe novas ferramentas para o�mizar a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos. Uma destas ferramentas é a Logís�ca Reversa, que em seu ar�go 33 estabelece a obrigatoriedade de fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores na operacionalização de processos visando a reinserção de produtos e embalagens após o uso pelo consumidor na cadeia produ�va. Em atendimento ao PNRS, a Abicalçados vem se movimentando há alguns anos para o desenvolvimento de um modelo de logís�ca reversa que seja justo para as empresas e para a sociedade. A parceria com o Ins�tuto Rever vai permi�r que empresas associadas à Abicalçados u�lizem os serviços do mesmo, visto que só é possível por intermédio de uma en�dade que esteja vinculada ao Ins�tuto, trazendo maior redução de custos e segurança jurídica para as operações.  www.borrachaatual.com.br


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NOTAS & NEGÓCIOS

R$ 5,2 milhões para novo laboratório A Prometeon anunciou que vai inves�r R$ 5,2 milhões na criação de um novo laboratório indoor na sua fábrica de Santo André, no estado de São Paulo, com área prevista de 700 metros quadrados. Com o inves�mento, serão gerados mais empregos na cidade. Chamada oficialmente de Test Center Latam, a futura instalação na fábrica no estado de Sâo Paulo será responsável pelos testes de todos os pneus fabricados pela empresa no País e será subme�da à acreditação do Inmetro para garan�r que os produtos avaliados possam receber as cer�ficações es�puladas pelo órgão. 

Cofap amplia linha de metal-borracha A Marelli Cofap A�ermarket amplia sua linha de buchas de suspensão, aplicadas nas ar�culações do sistema, na dianteira e traseira do veículo. As buchas absorvem impactos, ruídos e vibrações provocados pelas imperfeições na pista e são fabricadas com borracha de alta qualidade, o que garante condução segura ao motorista e conforto para os ocupantes do veículo. As buchas fazem parte da linha metal-borracha da Cofap, também composta por coxins e suportes. São cerca de 500 itens, que cobrem aproximadamente 80% da frota nacional de veículos. Os produtos são reco-

nhecidos no mercado por oferecer ao consumidor os mais altos níveis de qualidade, segurança e confiabilidade, decorrentes do desenvolvimento e fabricação segundo padrões originais, no sen�do de apresentarem desempenho equivalente ao do produto genuíno. 

Thermochem representa Steelastic USA

ANFAVEA revisa suas projeções

Fundada em 1970 pelo inventor e empresário Sterling W. Alderfer, a Steelas�c construiu sua reputação na indústria de fabricação de pneus com um processo revolucionário sem calandra para extrusão, corte e emenda de correias de aço para pneus radiais. A Thermochem Negócios Ltda. foi nomeada a representante da Steelas�c Company LLC ®, do estado de Ohio, Estados Unidos, fornecedora líder de sistemas para preparação de componentes para indústria de pneus como: mini-calandras, extrusoras, extrusoras para aço-têxteis, extrusora para aplicação de borracha no talão/inspecionadora 360 graus do talão-Apex para a América do Sul. Com mais de 900 sistemas sem calandra em operação no mundo, revoluciona a linha de produção de pneus proporcionando processos mais ágeis, compactos e consequente redução de custo de produção. Mais informações: (11) 98452-0590 ou pelo site: www.tcnegocios.com.br; www.steelas�c. com/product-info-downloads/. 

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou no início de outubro suas novas previsões para o fechamento do ano em licenciamento, produção e exportação de novos veículos, devido à falta de insumos que, aliada ao aumento de custos e dificuldades logís�cas, tem afetado diretamente a produção do setor no Brasil. Segundo a en�dade, as vendas de novos veículos neste ano podem

variar de 2,038 milhões a 2,118 milhões, ou seja, com cenários de queda de 1% a crescimento de 3% na comparação com 2020. A produção deverá variar entre 2,129 milhões e 2,219 milhões, o que representará um aumento de 6% a 10% quando comparado com o ano anterior. Já as exportações, nas es�ma�vas da ANFAVEA, ficarão em um intervalo de 357 mil a 377 mil unidades, alta de 10% a 16%.  FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Produção de veículos cresce 2,6%

Com a volta de algumas fábricas que estavam paradas, outubro registrou 177,9 mil autoveículos produzidos, 2,6% a mais que em setembro. Mas, na comparação com outubro do ano passado, a queda foi de 24,8%. Geralmente, outubro é um mês de produção bastante elevada para abastecer as lojas na reta final do ano, quando a procura é mais aquecida. Porém, as limitações de componentes eletrônicos fizeram com que este outubro fosse o pior dos úl�mos cinco anos, de acordo com o balanço mensal divulgado pela ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos). “Os esforços das áreas de Compras, Logís�ca e Manufatura das montadoras merecem todos os elogios, mas infelizmente a demanda reprimida, somada ao tradicional aquecimento de fim de ano, poderá não ser atendida pela oferta”, afirma o presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes. As vendas ao mercado interno e os estoques reduzidos refletem com precisão o que ocorre na produção, revelando que tudo o que é produzido é rapidamente repassado aos clientes. Em outubro foram 162,3 mil autoveículos emplacados, 4,7% a mais que em setembro e 24,5% a menos que em outubro de 2020. Assim como verificado na produção, este foi o pior outubro dos úl�mos cinco anos em vendas. Houve leve queda de produção

(1,7%) e vendas (5%) para caminhões em outubro, na comparação com setembro, o que indica que a falta de semicondutores também começa a afetar este segmento que vinha em alta desde a metade do ano passado. Por terem volumes de produção menores do que os automóveis, os caminhões ainda não �nham sido fortemente impactados pela falta de itens eletrônicos até então. As exportações de 29,8 mil autoveículos representaram alta de 26,1% sobre setembro e queda de 14,6% sobre outubro de 2020. No acumulado do ano já foram exportadas 241,9 mil unidades, 26,8% a mais que no mesmo período do ano passado. É um desempenho superior às altas acumuladas de produção e de vendas, de 16,7% e 9,5%, respec�vamente, lembrando que o desempenho de 2020 foi fortemente prejudicado pelo início da pandemia. Segundo o presidente da ANFAVEA, os números estão em linha com as projeções refeitas há um mês, que apresentavam um crescimento �mido em relação ao ano passado – diferente da expecta�va do início do ano, que era de uma forte reação. Com todos os problemas nas linhas produ�vas, houve aumento do nível de emprego ao longo de 2021, com 1.402 novas vagas nas fábricas de autoveículos – são 102.625 funcionários diretos, sem contar os das fábricas de máquinas agrícolas e de construção. 

Lubrificantes devem crescer 2% ao ano A retomada da indústria de lubrificantes aos patamares pré-pandemia só deve ocorrer em 2024. A retração global no ano passado foi de 10%, com 35 milhões de toneladas comercializadas, ante as 38,8 milhões de 2019. A expecta�va é de crescimento anual entre 1,5% e 2% nos próximos três anos, com inves�mentos con�nuos em novas tecnologias focando sustentabilidade e eficiência. Os dados sobre mercado e perspec�vas foram revelados por Sergio Rebêlo, da Factor Kline, na palestra inaugural da 14ª edição do Simpósio Internacional de Lubrificantes, Adi�vos e Fluidos, organizada e promovida pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automo�va. Rebêlo projetou para o Brasil expansão anual de pelo menos 2% das vendas, com avanços tecnológicos que representarão novo mix na oferta de produtos. Na sua avaliação, a par�cipação dos sinté�cos e semissinté�cos será ampliada, acompanhando a tendência da indústria automo�va de reduzir emissões e melho©DIVULGAÇÃO rar a eficiência energé�ca. 

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NOTAS & NEGÓCIOS

5G é fundamental para indústria 4.0

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera o leilão do 5G, realizado em outubro, um passo importante para o desenvolvimento tecnológico do país e para que as indústrias nacionais se mantenham compe��vas no mercado global. O certame permi�rá a expansão da internet das coisas e da digitalização de processos, fator essencial para que o Brasil alcance países onde a Indústria 4.0 já é realidade por terem redes avançadas de 5G. Para o presidente da CNI em exercício, Glauco Côrte, a criação de uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento da indústria 4.0 é condição primordial para melhorar a compe��vidade do setor produ�vo brasileiro no cenário internacional. “Entre os ganhos possíveis do 5G para a indústria, por meio da internet das coisas, estão a melhor adequação do estoque à demanda do mercado, a customização de produtos de forma ágil à necessidade dos clientes, a redução de desperdício e consequentemente do custo, além do aumento da segurança do trabalhador a par�r da realização de a�vidades de risco por máquinas”, afirma Glauco Côrte. Duas caracterís�cas definem a conec�vidade pelo 5G: baixo tempo de resposta (latência) e alta velocidade na transmissão de dados. Com enormes ganhos nessas duas variáveis em relação ao 4G, as redes 5G farão saltar o número de a�vidades passíveis de automação e digitalização. Um estudo concluído em julho pela CNI revela que, atualmente, 1.336 cidades do mundo já contam com 5G. O dado mais relevante, no entanto, é a velocidade com que a tecnologia se dissemina: em 2020 eram 378 localidades, o que significa que houve um crescimento de 350% em aproximadamente um semestre. Entre consumidores, a escolha de planos 5G deve ser muito mais acelerada que a registrada com o 4G. Segundo projeções da Ericsson, 3,5 bilhões de planos 5G deverão estar contratados até 2026, o equivalente a quase 40% do 8,8 bilhões de planos a�vos nas diversas tecnologias (4G, 3G e 2G). 

Automec é adiada para abril de 2023

A RX (Reed Exhibi�ons) e o Sindipeças, parceiros na organização e realização da Automec, a maior feira do a�ermarket automo�vo da América La�na, com apoio da Andap, do Sicap, do Sincopeças e do Sindirepa, comunicam o adiamento do evento para 2023. A medida está alinhada com as expecta�vas

e recomendações de en�dades, patrocinadores e empresas do setor. Originalmente programada para 09 e 13 de novembro de 2021, a Automec será realizada de 25 a 29 de abril de 2023, no São Paulo Expo, em São Paulo. Duas edições online já estão confirmadas para 2022, em maio e setembro. 

Braskem volta ao grau de investimento S&P A Braskem retornou ao grau de inves�mento, segundo a agência de classificação de risco S&P Global Ra�ngs (S&P). A S&P elevou o ra�ng da companhia para BBB-, com perspec�va estável. A agência destacou que a elevação do ra�ng para grau de inves�mento reflete a melhora considerável dos indicadores de rentabilidade e de geração de caixa, o compromisso da empresa com a alavancagem e a expecta�va de que a Braskem con�nue se beneficiando com os altos spreads

petroquímicos nos próximos trimestres. Nos úl�mos trimestres, a empresa registrou fortes resultados operacionais, com aumento da receita líquida de vendas e do lucro líquido. Também reduziu consistentemente a dívida bruta e a alavancagem corpora�va, que se encontra em seu menor patamar histórico. Além disso, manteve uma forte posição de liquidez e a maior parte das dívidas tem vencimento no longo prazo (50% a par�r de 2030). 

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Prometeon investe em distribuição logística

A Prometeon inaugurou em sua fábrica de Santo André (SP) um novo centro de distribuição logís�ca de pneus de 4.000m2. O espaço, com capacidade para estoque de mais de oito mil pneus, é o resultado de um inves�mento de cerca de R$ 8 milhões e irá proporcionar uma operação de estocagem e distribuição mais eficiente e com custo reduzido para a fabricante. O novo centro de distribuição logís�co em Santo André funcionará com 19 colaboradores, terá iluminação de LED, quatro plataformas de doca, sistema de segurança logís�ca com hidrantes, ex�ntores, sinalização de segurança e rotas de fuga, atendendo todas as normas adequadas, buscando atuar de forma mais sustentável e eficiente. Na operação do arma-

zém, os colaboradores terão à disposição empilhadeiras elétricas para uso, evitando lançamento de gases nocivos na atmosfera, e veículos autônomos, também elétricos, para transporte dos produtos. Com mais um inves�mento feito no Brasil, a Prometeon dá novos e claros sinais do seu comprome�mento com o País. “Só em 2021, já anunciamos contratações de novos colaboradores em Santo André e Gravataí (RS), ampliação da produção em Gravataí, inves�mento em uma nova área de desenvolvimento de produtos em Santo André e con�nuamos trabalhando para anunciar novidades aqui em breve, deixando claro a importância do Brasil para a Prometeon”, afirma Eduardo Fonseca, CEO da Prometeon para as Américas. 

Segurança e conectividade veicular As quatro palestras proferidas durante o Seminário de Segurança e Conec�vidade, com o tema “O futuro do setor automo�vo frente às novas legislações”, evento organizado e promovido pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automo�va, mostraram a busca por convergência de pilares, entre inovações tecnológicas, legislação e a realidade de trânsito no País. Na avaliação do vice-presidente da AEA, Marcus Vinicius Aguiar, “cada vez

mais, segurança e conec�vidade veiculares são uma exigência do consumidor e também das novas legislações, diante das tecnologias disponíveis pela indústria e da realidade do trânsito. Agora, na fase 2 do Rota 2030, há uma aceleração dos protocolos. Por isso, a indústria precisa estar pronta, mas com previsibilidade de cumprimento das normas, diante da premência de se reduzir os índices de mortes e de lesões corporais dos cidadãos brasileiros”. 

Bridgestone e Einride produzirão caminhões elétricos e autônomos

A Bridgestone Americas e a Einride, fabricante sueca de caminhões, anunciaram uma parceria com o obje�vo de cocriar soluções de mobilidade inovadoras e sustentáveis para veículos elétricos e autônomos de Classe 8. A colaboração permi�rá que a Einride u�lize as informações de segurança e eficiência dos pneus da Bridgestone nas plataformas de veículos a bordo da Einride. Juntas, as empresas trabalharão em direção a um futuro mais sustentável para grandes frotas de caminhões comerciais. A Bridgestone se tornará a parceira oficial de lançamento da Einride nos Estados Unidos e a fornecedora exclusiva de pneus da empresa no mercado norte-americano. Por sua vez, a Einride fornecerá caminhões elétricos conectados e serviços digitais. A parceria visa aumentar a frota de veículos eletrificados da Bridgestone ao longo do tempo e reduzir a pegada de carbono da empresa. A princípio, o caminhão transportará o estoque de produtos da Bridgestone entre a fábrica de pneus para caminhões comerciais da empresa e a instalação de distribuição, ambos localizadas no Tennessee. 

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CALÇADOS

SETOR CALÇADISTA DEVERÁ CRESCER 2,6% EM 2022

Experimentando uma retomada na atividade neste ano, o setor calçadista prevê crescimento médio de 12,2% em 2021 e de 2,6% em 2022. O dado foi apresentado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

A

economia brasileira deverá crescer 5,04% em 2021 e 1,57% em 2022, projeções que estão sendo constantemente revisadas. No cenário internacional existem algumas dúvidas que deixam a economia brasileira em compasso de espera. As duas principais são o aumento da inflação nos Estados Unidos, que deve fazer com que o País eleve sua taxa de juros, e o desaquecimento da economia chinesa, evidenciada nas dificuldades da “Evergrande”. O aumento da taxa de juros nos Estados Unidos irá diminuir a liquidez no mercado mundial, tendo impacto considerável no câmbio e na inflação brasileira, que já está alta, projetando alcançar de dois dígitos até o final do ano.

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O Brasil ainda não recuperou os empregos perdidos durante a pandemia do novo coronavírus. O fato, segundo ele, reflete na queda da confiança dos consumidores, que tem impacto direto no consumo domés�co, justamente onde são comercializados mais de 85% dos calçados produzidos no País. No segundo semestre deste ano, as taxas de crescimento do setor de calçados devem desacelerar diante da base mais consolidada do mesmo período do ano passado, quando a a�vidade já dava sinais de retomada. Não quer dizer que o setor não vá crescer em 2021. A projeção da Inteligência de Mercado da Abicalçados é de um crescimento médio de 12,2%, chegando a uma produção total de 857 milhões de pares, quase 100 milhões a mais do que no ano passado. Mesmo com o resulta-

do, a en�dade prevê que o setor deve seguir abaixo do nível pré-pandemia, em 2019, em cerca de 8%. Entre janeiro e agosto, dado mais recente, o setor produziu 512 milhões de pares, 26% mais do que no mesmo período do ano passado e 15,5% menos do que no período correspondente de 2019. O crescimento do setor no Brasil está menos intenso do que o dos principais produtores de calçados do mundo. Na China, principal produtor mundial do setor, a a�vidade no primeiro semestre de 2021 está apenas 7% abaixo dos níveis pré-pandemia, em 2019. Na Índia, segundo produtor mundial, a a�vidade está 15% abaixo de 2019, no Vietnã (3º produtor) ela já está 11% acima e na Indonésia (4º produtor) 14% abaixo. Atualmente, o Brasil é o quinto produtor mundial do setor. Exportações – Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que as exportações de calçados seguem em elevação. Em outubro foram embarcados 12,85 milhões de pares, que geraram US$ 93,96 milhões, altas de 23,3% e 69,6%, respec�vamente, ante o mês correspondente de 2020. É o primeiro mês de 2021 que registra altas em volume e receita na relação com o período pré-pandemia, em 2019 (de 15,9% em volume e 7,2% em dólares). Com isso, no acumulado dos dez meses do ano, as exportações somaram 99 milhões de pares, gerando US$ 712,4 milhões, www.borrachaatual.com.br


incrementos de 32,2% em volume e de 30,7% em receita na relação com o mesmo período do ano passado. No compara�vo com o acumulado de 2019, as exportações de calçados estão 2,7% superiores em volume e 13,2% inferiores em dólares. Ainda conforme o relatório da Abicalçados, o nível pré-pandemia das exportações brasileiras de calçados já foi superado em 95 países de des�no. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que outubro registrou o melhor mês de 2021 para as exportações brasileiras de calçados. Outro fato relevante, segundo ele, é que o crescimento foi puxado pelos calçados de couro, com aumento de 6,5% em dólares e 15,9% em volume, frente a outubro de 2019, ganhando par�cipação na pauta de exportação. “São calçados de maior valor agregado, que quando aumentam a par�cipação nos embarques geram resultados expressivos”, comenta. No período, o principal des�no do calçado brasileiro no exterior segue sendo os Estados Unidos. Entre janeiro e outubro, foram embarcados para lá 11,75 milhões de pares por US$ 177,6 milhões, altas de 51,5% em volume e de 50,4% em receita no compara�vo com os dez primeiros meses do ano passado. O segundo des�no de 2021 é a Argen�na. No período, foram exportados para o país vizinho 10,76 milhões de pares, que geraram US$ 92,4 milhões, incrementos de 71,5% em volume e de 53,69% em receita no compara�vo com o intervalo correspondente de 2020. O terceiro des�no do calçado brasileiro no exterior, em 2021, foi a França. Nos dez meses, os franceses importaram 6,17 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 50,3 milhões, incrementos de 10,3% em volume e de 9,7% em receita ante o mesmo período do ano passado. O Rio Grande do Sul segue sendo o maior exportador de calçados do País. Entre janeiro e outubro, saíram das fábricas gaúchas mais de 25,7 milhões de pares, que geraram US$ 317 milhões, www.borrachaatual.com.br

incrementos de 43,4% em volume e de 29,8% em receita na relação com o mesmo período do ano passado. O segundo exportador é o Ceará. Nos dez meses, as fábricas cearenses enviaram ao exterior 30 milhões de pares, que geraram US$ 166,8 milhões, altas de 18,4% e 22,5%, respec�vamente, ante o mesmo intervalo de 2020. O terceiro exportador do período foi São Paulo, de onde par�ram 6,82 milhões de pares por US$ 75 milhões, incrementos de 28,7% em volume e de 35,4% em receita na relação com os mesmos dez meses do ano passado. Importações da China já respondem por 30% do total – Mesmo que as importações totais estejam em declínio ao longo dos dez meses do ano de 2021, em relação ao mesmo período de 2020 – caíram 5,3% em pares (para 17,56 milhões de pares) e 3,7% em dólares (para US$ 251,63 milhões) – , as altas consecu�vas das importações de calçados da China vêm preocupando o setor calçadista brasileiro. No mês de outubro, entraram no Brasil 309 mil pares de calçados chineses, pelos quais foram pagos US$ 2,8 milhões. As altas são de 62,5% em volume e de 8,6% em receita no compara�vo com o mesmo mês do ano passado. Os incrementos das importações do gigante asiá�co no úl�mo ano fizeram com que os chineses aumentassem a representação nas importações brasileiras de calçados de 15% para 30%. No acumulado dos dez meses, foram importados mais de 6 milhões de pares de calçados made in China, pelos quais foram pagos US$ 29,23 milhões, alta de 6% em dólares e queda de 5,7% em receita no compara�vo com igual período do ano passado. Emprego – Com a retomada gradual da demanda domés�ca, que representa 87% das suas vendas totais, o setor calçadista brasileiro segue gerando postos de trabalho. Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias

de Calçados (Abicalçados) apontam que, entre janeiro e setembro deste ano, foram gerados 33,1 mil postos de trabalho nas fábricas de calçados. No mês de setembro foram geradas 9,2 mil vagas na a�vidade. Com isso, o setor soma 280,27 mil pessoas empregadas diretamente na a�vidade, 15,6% mais do que no mesmo período do ano passado e já está estável em relação à pré-pandemia, em 2019. Estado que mais emprega na a�vidade, o Rio Grande do Sul gerou 2,26 mil postos de trabalho no setor calçadista no mês de setembro. No acumulado do ano, entre janeiro e setembro, as fábricas gaúchas somam a criação de 8,24 mil vagas. Com o resultado, o setor soma um total de 83,78 mil postos diretos na a�vidade, 12,2% mais do que no mesmo período de 2020 e 7,6% menos do que no mesmo intervalo de 2019. Segundo estado que mais emprega na a�vidade, o Ceará gerou 1,8 mil vagas em setembro, somando a criação 3,72 mil postos no acumulado do ano. Com isso, as fábricas cearenses encerraram setembro empregando diretamente 62,58 mil pessoas, 11,5% mais do que no mesmo ínterim de 2020. O Ceará já está empregando 11,9% mais pessoas do que no mesmo período de 2019. Tendo superado os níveis de emprego da pré-pandemia em 19,3%, a Bahia ultrapassou São Paulo no ranking de empregadores da a�vidade calçadista. No mês de setembro, as fábricas baianas geraram 1,3 mil postos de trabalho. No acumulado de 2021, o saldo é posi�vo em 7,88 mil vagas. Com o número, o setor calçadista local encerrou setembro empregando diretamente 35 mil pessoas, 35,6% mais do que no mesmo período de 2020. Gerando 1,55 mil postos de trabalho em setembro, São Paulo é o quarto maior empregador da a�vidade. Entre janeiro e setembro, os paulistas geraram 6,88 mil vagas, somando um total de 32,38 mil postos diretos gerados. O número é 27,8% superior ao do mesmo período de 2020, mas está 12,9% abaixo dos níveis de 2019.

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CALÇADOS Expecta�vas para 2022 – Para 2022, mesmo em meio a um cenário de incertezas, especialmente no mercado domés�co, a Inteligência de Mercado da Abicalçados aponta para uma expecta�va de crescimento médio de 2,6% na produção de calçados, totalizando 879 milhões de pares, 22 milhões a mais do que a projeção para o ano corrente. Mesmo com o resultado, segundo Priscila, a a�vidade ainda ficaria abaixo dos níveis pré-pandemia, em 2019, em cerca de 6%. Em 2019, foram produzidos 936 milhões de pares de calçados. “Para alcançar os níveis pré pandemia o setor deverá crescer 9% no próximo ano, o que é muito di�cil devido à conjuntura econômica”, explica. Assim como em 2021, as exportações devem ser o motor do crescimento do setor calçadista no próximo ano. Segundo projeções da Abicalçados, em 2022 as exportações, em volume, devem crescer 5,1%, ficando 7% acima do resultado de 2019. Em números fechados, o setor deve exportar 124 milhões de pares, 6 milhões a mais do que a projeção de 2021. Com o resultado, o coeficiente de exportação – percentual da produção nacional exportado – deve passar de 12% para 14%.

entre 26 e 29 de outubro, gerou US$ 760 mil, somando negócios efe�vados in loco e alinhavados no evento. A par�cipação de três marcas verde-amarelas, Carrano, Bo�ero e Schutz, foi apoiada pelo Brazilian Footwear, programa de fomento às exportações de calçados man�do pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves�mentos (Apex-Brasil). No relatório da Abicalçados consta que foram realizados 115 contatos qualificados, sendo 70 desses inéditos. Já os negócios imediatos somaram mais de US$ 120 mil, que devem ser acrescidos de mais US$ 640 mil em vendas que ficaram alinhavadas no evento. “O resultado foi bastante posi�vo, levando em consideração que foi a primeira par�cipação das marcas brasileiras. Ficou evidente que o mercado norte-americano, neste momento de retomada, vem buscando novas alterna�vas para seus consumidores e o calçado brasileiro se mostra bastante compe��vo”, avalia a analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Ruisa Scheffel. Segundo ela, o câmbio atual – de desvalorização do real ante o

dólar – também acaba sendo favorável para o calçadista brasileiro, já que este consegue realizar preços mais compe��vos para o mercado internacional. A Dallas Apparel & Acessories Market encerrou o Circuito de Feiras nos Estados Unidos. Ao todo, as feiras Play�me NY, MAGIC Las Vegas, Sourcing @ MAGIC, Atlanta Shoe Market, MAGIC NY e Dallas Apparel & Acessories Market somaram US$ 3 milhões entre negócios efe�vados e alinhavados nos eventos. As par�cipações foram viabilizadas pelo Brazilian Footwear. Em agosto, quatro feiras renderam US$ 1,6 milhão – O mês de agosto marcou a par�cipação de 20 marcas brasileiras em quatro feiras calçadistas nos Estados Unidos, que devem gerar, entre negócios realizados in loco e alinhavados, US$ 1,6 milhão para as marcas nacionais. Com 18 marcas calçadistas brasileiras apoiadas pelo Brazilian Footwear, a feira italiana Micam Milano deve gerar mais de US$ 5,4 milhões entre negócios realizados e que ficaram alinhavados no evento. A mostra, ocorrida entre 19 e 21 de setembro em Milão, na Itália, marcou a retomada mais consistente das exposições �sicas na Europa.

Feiras internacionais geram milhões de dólares Principal des�no do calçado brasileiro no exterior, os Estados Unidos importaram, entre janeiro e setembro, 10 milhões de pares verde-amarelos, que geraram US$ 153 milhões. São incrementos tanto em volume (+52,7%) quanto em receita (+41,7%) na relação com igual período do ano passado. Superando as expecta�vas, a primeira par�cipação de marcas brasileiras na feira calçadista norte-americana Dallas Apparel & Acessories Market,

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Feira calçadista norte-americana Dallas Apparel & Acessories Market.

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A analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Paola Pon�n, destaca que as expecta�vas das marcas foram superadas. “Mesmo com uma par�cipação menor do que antes da pandemia, em função de algumas restrições que ainda persistem, o evento foi posi�vo e as marcas ficaram bastante sa�sfeitas com a possibilidade

da retomada dos eventos �sicos internacionais”, avalia. Segundo relatório da Abicalçados, foram realizados 245 contatos comerciais com compradores de todo o mundo, a maior parte deles de países da Europa, Ásia e Estados Unidos. Os negócios in loco geraram mais de US$ 1 milhão, valor que deve ser elevado para US$ 5,4 milhões em

função das negociações que ficaram alinhavadas durante a mostra. Paralelamente à feira �sica, a Micam Milano realizou a sua versão digital desde o dia 15 de setembro até 15 de novembro. Na plataforma es�veram presentes 21 marcas brasileiras, também apoiadas pelo programa de exportação da Abicalçados e da Apex-Brasil.

Certificação do Origem Sustentável

sustentável. Diante disso e pensando estrategicamente no futuro, sempre visando a melhoria e o aperfeiçoamento das a�vidades e atuação no mercado, a marca mapeou os compromissos que deseja desempenhar em diferentes âmbitos até 2030”, disse. O gerente de suprimentos e Sustentabilidade da Bibi, Ismael Fischer, ressaltou que a calçadista busca promover o crescimento econômico em todas as frentes do negócio, tanto na indústria quanto no varejo, de forma sustentável economicamente, ambientalmente e socialmente. No âmbito econômico, entre os resultados que a marca espera alcançar até 2030, está expandir a rede de franquias para chegar a 250 lojas no Brasil e 100 no exterior. No campo ambiental, a Bibi espera alcançar anualmente 100% de conformidade dos produtos fabricados na Norma Reach (Regulamento Nº 1907/2006 Parlamento Europeu) referente à toxicidade. Outras questões englobam uma redução de 20% na geração de resíduos no desenvolvimento de novos produtos e operações industriais até o ano de 2025. Já no social, a marca quer promover a qualificação profissional constante de jovens das comunidades locais, por meio do programa “Fábrica de Talentos Bibi”, realizando a efe�vação de, no mínimo, 30% dos par�cipantes do programa junto à empresa. Outra meta é a�ngir anualmente uma média de 8,8 horas de treinamentos e capacitações por colaborador. Estreando no Origem Sustentável

com a cer�ficação máxima, a Beira Rio também foi cer�ficada, com as presenças da direção da empresa, imprensa e do presidente-execu�vo da Abicalçados. Na oportunidade, o presidente do grupo, Roberto Argenta, destacou que a empresa busca ser referência no setor calçadista, atraindo também sua rede de fornecedores: “Ao englobar aspectos econômicos, sociais, ambientais e culturais, as inicia�vas desenvolvidas acompanharam o ritmo de um inédito momento de mercado, onde a valorização do ser humano e sua relação direta com o comprome�mento com o planeta se mostram indissociáveis”.

Preocupadas com a sustentabilidade e indo ao encontro de uma tendência internacional de atuação baseada nos princípios de ESG (Environmental, Social and Governance), as empresas da cadeia calçadista vêm buscando a cer�ficação do Origem Sustentável, único programa da a�vidade na área. Criado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e pela Associação Brasileira de Empresas de Componentes de Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), o programa cer�fica empresas que adotam prá�cas sustentáveis nos pilares econômico, social, ambiental, cultural e de gestão da sustentabilidade. Em outubro foi a vez da Calçados Beira Rio receber sua cer�ficação no nível máximo, o Diamante, e da Calçados Bibi ser recer�ficada no mesmo nível. A entrega da recer�ficação para a Calçados Bibi ocorreu na sede da empresa, em Parobé/RS, durante o evento Bom Dia Bibi, e contou com as presenças do presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, diretoria e colaboradores da empresa. Na oportunidade, a presidente da Bibi, Andrea Kohlrausch, destacou os compromissos de sustentabilidade que a empresa irá desenvolver até o ano de 2030. “Com Origem Sustentável, a Bibi é reconhecida e comunica seu desempenho e responsabilidade frente a um mundo mais www.borrachaatual.com.br

Origem Sustentável – Baseado nas melhores prá�cas internacionais de sustentabilidade, o Origem Sustentável abrange indicadores em cinco dimensões: econômica, ambiental, social, cultural e gestão da sustentabilidade. Para aderir, as empresas devem ser associadas à Abicalçados ou à Assintecal. O Programa já tem nomes como Vulcabras, Piccadilly, Bibi, Beira Rio, Boxprint e Caimi & Liaison cer�ficadas, e outras mais de 50 em processo de implementação, caso da Schutz, Usaflex, Ramarim, Via Marte, Redeplast, Calçados Ala e Bebecê. Com auditorias credenciadas pela SGS, Bureau Veritas, ABNT e Senai, a cer�ficação conta com quatro níveis de evolução: Bronze (para empresas que cumpram o mínimo de 20% a 30% dos indicadores propostos), Prata (40%), Ouro (60%) e Diamante (80%). 

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QUÍMICA

Produção e vendas de químicos recuam

O

índice de produção de químicos de uso industrial caiu 2,48% em setembro de 2021 sobre agosto e 4,47% sobre setembro de 2020, enquanto o de vendas internas teve recuo de 4,83% em relação ao mês anterior e de 15,70% sobre igual mês do ano passado. Para suprir a demanda local, que cresceu 5,2% em volume no mês de setembro sobre agosto, as importações subiram expressivos 16,8% em igual comparação. Apesar do desempenho nega�vo de setembro, no acumulado do 3º trimestre, sobre o 2º trimestre deste ano, os volumes são posi�vos: o índice de produção foi 2,95% superior, o de vendas internas teve desempenho 11,22% melhor, a demanda local – medida pelo consumo aparente nacional (CAN) – cresceu 10,1%, o volume importado subiu 17,3%, e o volume exportado teve alta de 10,2%. O índice de preços apresentou deflação de 0,41% entre julho e setembro deste ano, sobre os três meses imediatamente anteriores. Em relação ao 3º trimestre do ano

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passado, por conta da elevada base de comparação, os índices do período julho-setembro de 2021 apresentam recuo: produção -0,55% e vendas internas -11,41%. O CAN, no entanto, teve alta de 2,9%, tendo sido suprido por parcela maior de importações, cujo volume cresceu 4,0% nessa mesma base de comparação. No 3º trimestre de 2021, a taxa de ocupação das instalações foi de 72%, cinco pontos abaixo daquela registrada em igual período do ano passado. Segundo a diretora de Economia e Esta�s�ca da Abiquim, Fá�ma Giovanna Coviello, tradicionalmente, os meses de julho a outubro são os melhores do ano no segmento químico, em razão das encomendas de Natal e de final de ano e período de verão, que eleva a procura por descartáveis. “Como a a�vidade química brasileira não é formadora de preços, mas sim tomadora, o comportamento dos preços no mercado domés�co vem refle�ndo a tendência que se observa no cenário internacional, cuja demanda encontra-se pressionada e com preços ainda em forte ascensão, especialmente pelas altas generalizadas de preços das commodi�es e, com impacto na química, do petróleo, da na�a

petroquímica e do GNL. Vale destacar que a elevação da demanda mundial também tem exercido pressão sobre os custos logís�cos, afetando a disponibilidade de containers, de navios e encarecendo os fretes. Ainda, há uma forte preocupação, que deve se refle�r em custos, em pressões inflacionárias e em prováveis riscos às operações, quanto à crise energé�ca internacional e nacional”, enfa�za a execu�va. Com relação aos úl�mos 12 meses – de outubro de 2020 a setembro de 2021 -, o índice de produção foi posi�vo em 7,21%, enquanto o de vendas internas subiu 6,52%. O CAN teve elevação de 9,6%, enquanto o volume de importações cresceu 11,6% e o de exportações recuou 11,4%. A capacidade instalada ficou em 72% na média do mesmo período, patamar com alta de um ponto porcentual em relação ao dos 12 meses imediatamente anteriores. Para um segmento que opera na maioria dos casos em regime de processo con�nuo, sem pausas, esse nível de ocupação das instalações não é o mais adequado, especialmente porque demanda mais paradas para manutenção e, portanto, mais custos e menor compe��vidade. Quanto ao índice de preços, houve elevação nominal de 71,82% no acumulado dos úl�mos 12 meses, até setembro. Descontados os efeitos da inflação, os preços médios reais do segmento de produtos químicos de uso industrial ficaram 39,5% maiores no período, quando o deflator é o IPA-Indústria de Transformação, da FGV, que teve alta nominal de 23,1% nos úl�mos 12 meses. No entanto, se u�lizado o dólar, os preços médios reais estão 78,2% maiores em relação àqueles pra�cados nos 12 meses anteriores, notadamente em decorrência da desvalorização do Real, em relação ao Dólar, de 3,6%, no período. www.borrachaatual.com.br


Números alarmantes – Em setembro, o Brasil ultrapassou, de maneira inédita e simultânea, duas marcas alarmantes: de US$ 6,2 bilhões em importações, no mês, e de US$ 40,3 bilhões no déficit para os úl�mos 12 meses (outubro de 2020 a setembro de 2021). As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, têm permanecido estáveis, em níveis mensais bastante inferiores ao das importações, com vendas médias de US$ 1,2 bilhões, rela�vas às expedições de 1,3 milhões de toneladas aos países de des�no das mercadorias nacionais. No acumulado do ano, até setembro, as compras de produtos químicos vindos do exterior somam US$ 42,4 bilhões, um forte crescimento de 39,8% frente ao mesmo período de 2020, enquanto as vendas de produtos químicos para o estrangeiro totalizaram US$ 10,2 bilhões, valor 23,6% superior ao regis-

trado entre janeiro e setembro de 2020. Tais resultados acumulados produziram, no período, um déficit de US 32,2 bilhões, valor superior aos US$ 32 bilhões de 2013, até então o maior déficit anual da história do acompanhamento da balança comercial pela Abiquim. O momento é crí�co para o setor. As fortes altas dos preços médios dos produtos transacionados entre o Brasil e o mundo (aumentos de 39,6% nos importados e de 21,5% nas exportações, comparando setembro de 2021 com igual mês do ano anterior), a manutenção da a�vidade econômica em patamares elevados em pra�camente todas as cadeias que demandam químicos, além da sazonalidade do terceiro trimestre, historicamente mais forte para o setor, foram, em grande parte, os fatores conjunturais que resultaram nos piores indicadores da balança comercial de químicos. 

Vendas de resinas termoplásticas crescem 10,9% As vendas internas das principais resinas termoplás�cas, exceto PVC, cresceram 10,9% no primeiro semestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados apurados pela Diretoria de Economia, Esta�s�ca e Compe��vidade da Abiquim. No mesmo período, a demanda, medida pelo consumo aparente nacional (CAN = produção + importação – exportação), cresceu expressivos 24,8%, alcançando 3,15 milhões de toneladas. A expansão da demanda alavancou a produção local, que teve alta de 6,1% nos primeiros seis meses do ano, em relação aos dados de igual período de 2020. Ainda, para atendimento dessa demanda, o País elevou de forma expressiva o volume de importações,

que chegou a 1,08 milhão de toneladas, crescimento de 40,8% sobre igual período do ano passado, representando 34% do mercado nacional de resinas, quatro pontos percentuais acima do que havia sido registrado nos primeiros seis meses de 2020. No mesmo período de comparação, o volume exportado recuou 22,8%, em razão da prioridade que foi dada pelas empresas ao atendimento da maior demanda local. Como resultado, a balança comercial registrou um déficit de 530,7 mil toneladas nos primeiros seis meses de 2021, volume quase dez vezes maior do que aquele registrado nos seis primeiros meses do ano passado, ocasião em que o saldo foi nega�vo em 55,1 mil toneladas. 

Estudo destaca os maiores desafios da indústria química brasileira A Bain & Company publicou estudo comparando os entraves e as oportunidades da indústria química no Brasil em comparação a alguns dos principais concorrentes internacionais. O estudo aponta cinco fatores estruturais que conferem compe��vidade e auxiliam no desenvolvimento da indústria química de um país: demanda interna, disponibilidade local de matéria-prima, compe��vidade de custos de produção, infraestrutura e custo de capital e inves�mento. O Brasil está bem posicionado em dois destes fatores, mas possui lacunas em compe��vidade de custos de produção, infraestrutura e custo de capital e inves�mento. China, EUA e Índia, alguns dos países analisados na pesquisa, são referências posi�vas nestes apontamentos. Quinta maior indústria em PIB dentre as indústrias manufatureiras no mundo, a indústria química tem vendas brutas de mais de US$ 4 trilhões mundialmente. O segmento fornece insumos para diversos setores da economia, sendo a base de vários processos industriais e viabilizador da grande maioria dos produtos que consumimos atualmente. 

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MATÉRIA TÉCNICA

USO DE TECIDOS EM ARTEFATOS DE BORRACHA Autor: Luis Tormento

O objetivo deste artigo é fornecer um contexto geral e uma consciência básica da tecnologia de têxteis para dar aos tecnólogos da borracha uma melhor compreensão dos usos, processos e problemas potenciais associados ao uso de têxteis em produtos de borracha. O uso mais importante de têxteis na borracha é na indústria de pneus. Mas a gama de aplicações é tão ampla que exigiria um artigo próprio para cada aplicação. Além disso, a maioria das empresas de pneus têm seus próprios especialistas em têxteis e desenvolveram suas próprias tecnologias, envoltas em mistérios de “segredos comerciais”.

Os produtos de borracha reforçada combinam uma matriz de borracha e um material de reforço, de forma que altas taxas de resistência e flexibilidade podem ser alcançadas. O material de reforço, geralmente um �po de fibra, fornece resistência e rigidez. A matriz de borracha, com baixa resistência e rigidez, proporciona estanqueidade ar-fluído e sustenta os materiais de reforço para manter suas posições rela�vas. Essas posições são de grande importância porque influenciam as propriedades mecânicas resultantes. Borracha e têxteis têm sido usados em conjunto, cada um trabalhando em combinação para proporcionar desempenho em uma ampla gama de aplicações, desde os primeiros dias da indústria da borracha nas áreas mais desenvolvidas do mundo. Por muitos anos, empresas de borracha de tamanho razoável, usando reforço têx�l, empregavam seu próprio tecnólogo têx�l trabalhando ao lado dos tecnólogos de borracha. Mas no último terço do século XX, confrontado com a competição global e a necessidade de controlar e reduzir os custos totais, este luxo praticamente desapareceu, além de grandes empresas (especialmente as empresas de pneus). A maioria das organizações agora depende de seus fornecedores de têxteis para fornecer conhecimento técnico e experiência. Como resultado, o componente têxtil para muitas aplicações agora é considerado da mesma forma que as outras matérias-primas, ou seja, como um produto existente, que requer apenas a introdução no processo de fabricação, sem qualquer conhecimento ou compreensão especial, e é fornecido com uma especificação acordada, que provavelmente foi elaborada pelo fabricante têx�l.

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Ao longo dos anos, desde os primeiros dias de Hancock e Goodyear, houve muitos avanços e desenvolvimentos significa�vos, tanto em têxteis quanto em tecnologia da borracha. Originalmente, exis�am apenas algodão e borracha natural, agora existem amplas gamas de borrachas sinté�cas e de fibras sinté�cas. Houve grandes avanços nas tecnologias de vulcanização e de tratamentos adesivos; os requisitos de serviço tornaram-se mais rigorosos e as condições operacionais mais severas, mas esses problemas têm em grande parte sido superados pela melhoria da experiência e do conhecimento. No entanto, nas úl�mas duas décadas, houve rela�vamente pouco avanço nas tecnologias gerais de têxteis ou borrachas; a maioria dos desenvolvimentos foram direcionados a custo de contenção ou em aplicações de desempenho muito alto (e, consequentemente, custo muito alto), par�cularmente tecnologia aeroespacial, com apenas pequenos desdobramentos para aplicações terrestres. Considerando que os têxteis foram produzidos e usados por muitos milhares de anos, foi apenas há cerca de 500 anos atrás que a borracha foi introduzida na Europa e apenas nos úl�mos 75 anos que têxteis e borracha têm sido usados juntos com grande avanço no uso de materiais sinté�cos, sejam eles borrachas ou fibras. Houve um grande afastamento dos materiais naturais (borracha natural e algodão) a produtos sinté�cos, tanto no que se refere às fibras quanto aos polímeros usados, resultando em uma grande diversidade de compostos projetados para atender a muitos requisitos de desempenho variados e aprimorados. www.borrachaatual.com.br


1) Indústria Têxtil A origem da indústria têx�l está perdida no passado. Tecidos de algodão finos foram encontrados na Índia, que datas de cerca de 7.000 anos atrás, e tecidos de linho finos e delicados foram encontrados há mais de dois mil anos atrás, no auge das civilizações no Egito. No século XVIII, pequenas coopera�vas foram formadas para a produção de têxteis, mas foi realmente apenas com a mecanização da fiação e da tecelagem durante a Revolução Industrial que a produção em massa começou. Até então, tanto a fiação quanto a tecelagem eram essencialmente operações manuais. Teares manuais eram operados por uma pessoa, passando a trama (os fios transversais) com a mão, e realizando todas as outras fases da tecelagem manualmente. Em 1733, John Kay inventou a “nave voadora”, que possibilitou um método muito mais rápido para inserir a trama no tecido no tear e aumentou muito a produ�vidade dos tecelões. Até o advento da lançadeira voadora, fator limitante na cadeia produ�va de tecidos era a produção de cada tecelão. No entanto, em 1764, isso foi parcialmente resolvido pela invenção, por James Hargreaves, do ‘Spinning Jenny ’, que foi desenvolvido posteriormente por Sir Richard Arkwright, em 1769, e depois em 1779, por Samuel Crompton, com sua “mula giratória”. Paralelamente a esses desenvolvimentos na fiação, mudanças semelhantes estavam ocorrendo no campo da tecelagem, com a invenção do tear mecânico por Edmund Cartwright, em 1785, e com esse aumento da mecanização de todo o setor, era lógico trazer a produção em conjunto, em vez de mantê-la amplamente espalhada pelas casas dos produtores. Consequentemente, as fábricas foram estabelecidas.

2) Indústria da Borracha Considerando que as propriedades básicas da borracha, ou caucho, como era então chamada, eram conhecidas dos na�vos da América do Sul, os primeiros relatos sobre isso na Europa Ocidental foram dados por Cristóvão Colombo em 1492 e, posteriormente, Juan de Torquemada descreve o uso de bolas elás�cas da seiva do Ulaqahil, árvore cujo suco também era usado para pintura em tecidos de linho, para proteger o usuário da chuva; a água não penetrava, mas os raios do sol “�nham um efeito nocivo sobre o reves�mento”.

Em 1731, o governo francês enviou o geógrafo Charles Marie de La Condamine para a América do Sul em expedição geográfica. Em 1736, ele enviou de volta à França um relatório para a Academia de Paris, juntamente com vários rolos de borracha bruta e uma descrição dos produtos fabricados a par�r dele pelo povo do Vale do Amazonas. Neste relatório, ele afirmou que se aproveitou a resina (caoutchouc) da árvore Hévé, na província de Quito, para material de cobertura. Fresnau, um engenheiro, relatou mais tarde mais detalhadamente sobre este uso e outras possíveis aplicações sugeridas, como velas à prova d´água, mangueiras de mergulhadores e bolsas para guardar comida etc. Ele também comentou, no entanto, que tais bens só poderiam ser produzidos nas áreas onde as árvores cresciam, à medida que o suco secava muito rapidamente e perdia sua fluidez. Durante o século 18, pequenas quan�dades de borracha foram enviadas para a Europa e encontradas algumas aplicações limitadas. Muitos outros usos foram encontrados para a borracha; em 1825, as mangueiras estavam sendo construídas em mandris, com reforço de duas ou mais camadas de tecido, e com espiral de arame para sucção. (figura 1)

Figura 1.

A descoberta da vulcanização deu um grande impulso à indústria da borracha. As propriedades, e especialmente a vida ú�l, de todos os ar�gos de borracha foram amplamente melhorados e novas aplicações eram con�nuamente encontradas. Em 1845, um escocês, Robert William Thomson, inventou o pneumá�co. No entanto, isso foi projetado para uso com motores rodoviários a vapor, que não eram favoráveis ao governo da época, e não foi desenvolvido até o advento da bicicleta e do automóvel, quando foi reinventado por John Boyd Dunlop. Enquanto a produção de borracha e seus usos se expandiam, a tecnologia con�nuou em desenvolvimento. Logo se descobriu que a adição de certos óxidos metálicos

FOTO: DIVULGAÇÃO

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MATÉRIA TÉCNICA ajudavam na vulcanização. Em 1880, ao tentar usar amônia para produzir borracha esponjosa, T. Rowley descobriu que isso aumentou enormemente a taxa de vulcanização. O trabalho nesta área con�nuou e, em 1906, George Oenslager descobriu dois materiais muito mais facilmente aplicáveis para acelerar a vulcanização: anilina e �ocarbanilida. As pesquisas con�nuaram e, em 1912, o uso da piperidina foi patenteado para ser seguido pelos dissulfetos de �uram em 1919, como sendo capazes de curar borracha sem adição de enxofre. Então, em 1923, o mercaptobenzo�azol, a base de muitos aceleradores modernos, foi descoberto.

4.1) Pneumáticos Inicialmente os pneus eram fabricados com compostos de tecidos de algodão emborrachado e hoje são feitos com nylon, conhecidos como convencionais (BIAS) com baixa durabilidade. Posteriormente, a tecnologia evoluiu para os atuais pneus radiais compostos de tecidos sinté�co, aço e borracha. Esses pneus possuem aplicações em automóveis, aviões e equipamentos off-road e militares.

3) Borracha Sintética A busca por uma borracha sinté�ca con�nuou e foi es�mulada no início do século XX pelo aumento do preço da borracha natural e depois pela Primeira Guerra Mundial. Vários dienos foram inves�gados quanto ao seu potencial de polimerização. O mais promissor deles era o dime�lbutadieno e, durante o período de 1915 a 1918, a Alemanha foi capaz de produzir cerca de 2.500 toneladas de “borracha de me�la” usando a rota de polimerização de sódio, ainda em uso hoje. Essas borrachas sinté�cas iniciais deixavam muito a desejar em suas propriedades; o uso de negro de fumo para reforço não era conhecido na Alemanha e a tecnologia de vulcanização e o uso de an�oxidantes protetores es�veram presentes nos estágios iniciais de desenvolvimento. Por conta dessas deficiências, a pesquisa em materiais sinté�cos para as borrachas foram esquecidas por um longo período. No início do século XX descobriram-se as seguintes borrachas: em 1930, o policloropreno e em 1935, as séries “BUNA”.

Bias Ply

Radial

Figura 2: Corte de pneus convencional e radial.

4.2) Mangueiras A par�r das primeiras mangueiras a tecnologia evoluiu e hoje temos: 4.2.1) Mangueiras de refrigeração automotivas Compostas principalmente de borracha EPDM ou Silicone, reforçadas com poliéster ou aramida.

4) Têxteis e Compostos de Borracha Desde as primeiras referências à borracha na América do Sul, seu uso com têxteis tem sido aprimorado, e com a evolução da química, novas fibras como: • • • •

Rayon Nylon 6 Nylon 6,5 Poliester Aramida

Figura 3a: Mangueira automotiva em EPDM.

Foram sendo incorporadas aos artefatos de borracha para melhorar sua aplicação e seu desempenho. Hoje os principais artefatos feitos com borracha e têxteis são: FOTOS: DIVULGAÇÃO

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5) Correias As correias hoje desempenham grande papel, seja na movimentação de partes mecânicas dos motores, seja no transporte de minérios, ou mesmo na indústria (por exemplo na linha de produção de pneus.

Figura 3b: Mangueira de refrigeração em Silicone.

4.2.2) Mangueiras de jardim Compostas principalmente de borracha EPDM e reforço de fios de poliéster

Figura 6: Correia transportadora para pneus.

Figura 4: Mangueira de água para jardim.

4.2.3) Mangueiras especiais São de diversos �pos, formadas por tecido entrelaçado ou por sobreposição de lonas, usadas na indústria alimen�cia, química, do petróleo, e para transporte de combus�veis.

Figura 7: Correia para transporte de minérios.

6) Diversos Diversas outras aplicações u�lizam fibra como reforço, entre elas podemos citar: Botes salva-vidas, roupas de mergulho, vasilhames etc.

Referências Bibliográficas 1. The Application of Textiles in Rubber - David B. Wootton – Rapra, 2001 2. Textile Industry, www,industrialrubbergoods.com 3. Rubber Coated Textiles & Fabrics -www.therubbercompany.com 4. Application of Textiles in the Rubber Industry – www.textilelearner.net Figura 5: Mangueira para combustível. FOTOS: DIVULGAÇÃO

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FRASES & FRASES “Não há melhor educação nem melhor psicoterapia do que a companhia de gente feliz.Não há pior educação do que a companhia de gente infeliz.”

“O homem busca nos deuses, nas artes e na ciência, um significado. Ele não suporta o vazio.” François Jacob

José Ângelo Gaiarsa

“Muitas certezas são tentáculos que nos levam às profundezas da ignorância.”

“Afirmar que pouco sabe pode revelar a sabedoria de uma vida.”

“A areia do tempo escorre de entre meus dedos; ai que medo de amar.” Vinícius de Morais

Tony Flags

“Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.”

Charles Bright

“Respeito é o princípio da cortesia, e é só respeitando o alheio que podemos exigir que respeitem o que é nosso.”

Madre Tereza de Calcutá

“Não há coisa que requeira mais cuidado que dizer a verdade. Tão necessário é saber dizêla como saber silenciá-la.”

©WIRESTOCK /FREEPIK

Coelho Neto

Baltazar Gracián y Morales

“Todos podem ser heróis de vez em quando, mas um cavalheiro é algo que se é sempre ou não se é.” Luigi Pirandello

“O ser humano nunca descobrirá o mistério, mesmo que chegue a morar na lua.”

“É apenas na lógica que contradições não podem existir.” Sigmund Freud

“Em todas as coisas da natureza existe algo de maravilhoso.” Aristóteles

Clarisse Lispector

“A delicadeza, que é sempre bem-sucedida, talvez seja a maior de todas as forças.” Honoré de Balzac

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“Um homem pode possuir o mundo e mesmo assim ser infeliz.” Sêneca

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