50 Anos de História

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ACADEMIA DE LETRAS DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA 50 ANOS

(1971-2021)

www.alsjbv.art.br facebook.com/alsjbv Instragram: @alsjbv YouTube: academia de Letras SJBV secretaria@alsjbv.art.br Estação das Artes – Praça Rui Barbosa, 41 13870-269 - São João da Boa Vista - SP 3


Ficha catalográfica Pinto, Beatriz Virgínia Camarinha Castilho; Maia, Lucelena Academia de Letras de São João da Boa Vista: 50 Anos de História / Beatriz Virgínia Camarinha Castilho Pinto; Lucelena Maia. Diagramação: Neusa Maria Soares de Menezes. Selo comemorativo: Eduardo Soares de Menezes. São João da Boa Vista: ALSJBV, 2021. 84p.; 20cm X 26cm. 1. Academia de Letras de São João da Boa Vista: cinquentenário. 2. História da instituição. 3. Membros. 4. Estatuto.

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SUMÁRIO

Muito além de um registro histórico.......................................................................5

Considerações.........................................................................................................7 Academia de Letras de SJBV: sua história.............................................................11 Presidentes ...........................................................................................................38

Diretorias .............................................................................................................43 . As Cadeiras............................................................................................................51

Acadêmicos na atualidade ...................................................................................60

Acadêmicos por ordem de posse .........................................................................62 Membros Honorários e Correspondentes eleitos.................................................66 Mudanças no Estatuto...........................................................................................67

Estatuto 2014 ......................................................................................................69

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MUITO ALÉM DE UM LIVRO-ESTATUTO

Em comemoração ao Jubileu de Ouro desta Arcádia, lançamos o livreto Academia de Letras de São João da Boa Vista: 50 Anos de História, esperando não ser ele um mero registro comemorativo a ser guardado, mas um material de consulta ao qual se pode recorrer por nele estarem compiladas informações essenciais, colhidas dentre aquelas que se encontram esparsas em nosso cinquentenário arquivo ou simplesmente guardadas em nossa memória afetiva. Assim, recompô-las nesta publicação foi obra a várias mãos, que envolveu pesquisa histórica, consulta a atas e documentos internos, buscas em livros, jornais e periódicos, visita a bases de dados na web, contatos pessoais e uma revisão acurada para esclarecer dúvidas, lacunas e pequenos detalhes cujas respostas foram se apagando ao longo destas cinco décadas – além de, como não poderia deixar de ser, uma releitura dos primorosos trabalhos dos acadêmicos João Baptista Scannapieco, Neusa Menezes e Maria Célia Marcondes, produzidos quando dos 25 e dos 40 anos da instituição. Participar da elaboração desta obra, juntamente com a ex-presidente e atual vice, Lucelena Maia, foi um agradável passeio: pela história, até então não escrita, dos cinquenta anos de atividades desta Casa de Letras, pela história de vida/obra dos cento e quarenta e cinco acadêmicos que por ela passaram e, também, pela história cultural da cidade. Mais que isso, foi uma oportunidade de, olhando para trás, aprender com aqueles que olharam para a frente. Por outro lado, trabalhar por quatorze meses na pesquisa de acervos e documentos para a produção deste livreto foi um impulso para que esta gestão ousasse enfrentar – a par de uma agenda cultural dinâmica e conectada às novas formas de comunicação social – o desafio de perpetuar perante a sociedade informatizada a memória das confreiras e dos confrades que se destacaram nas letras e na cultura sanjoanense. Recentemente, fomos surpreendidos – agradavelmente surpreendidos – pelo contato de um membro correspondente, residente em outra cidade e distante há décadas, que nos procurou para atualizar suas informações, que ele percebeu estarem anacrônicas quando acessou o site da ALSJBV. Igual orgulho tivemos quando um poderoso grupo 7


educacional nos procurou, interessado em publicar um poema de outro antigo membro correspondente e contactar o detentor dos direitos autorais. Nesse contexto, preservar os dados da instituição e dos acadêmicos é tarefa que se impõe; tarefa extensa, mas gratificante, de resgatar histórias e obras que, projetandose para um futuro, não podem perder-se de nossos olhares, assim consolidando a espiral de tradição e renovação que a vida nos exige.

Beatriz V. C. Castilho Pinto Presidente Gestão 2021|2022

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CONSIDERAÇÕES

A intenção deste livreto é, passados dez anos, atualizar a edição de 2010 feita a partir das pesquisas históricas realizadas pelas acadêmicas Neusa Menezes e Maria Célia Marcondes, apresentando agora o Estatuto de 2014 e a relação dos acadêmicos que ingressaram nesta Casa após aquela publicação. Uma nova edição fazia-se ainda necessária para assinalar a chegada da modernidade virtual na Academia de Letras, no momento em que se abrem as cortinas para o início do seu cinquentenário. Desde 2018 instalada na Estação das Artes – João Roberto “Beto” Simões, nossa sede conta com sala de eventos, hall de entrada, espaço de biblioteca, cozinha e dois banheiros. A Instituição abriga todo o acervo dos cinquenta anos de sua história, entre os quais: documentos que a constituem, como atas e livros de presença, antologias dos Concursos Literários de Poesia e Prosa e de Redação na Escola, antologias com textos de acadêmicos, todas as edições da Revista Arca, edições do Álbum de Figurinhas, fotos impressas e CDs dos eventos realizados, vídeos de eventos esporádicos e daqueles realizados nas gestões 2013|2014 e 2015|2016, obras publicadas por acadêmicos, além de livros de escritores sanjoanenses e clássicos da literatura. Também, na Sede, a Academia de Letras é guardiã da Biblioteca Herbert Levy, doada pela família à nossa Instituição após sua morte, na gestão do acadêmico Francisco de Assis Carvalho Arten, em 2012. Esse novo espaço só foi possível graças ao esforço do acadêmico Antonio Carlos Rodrigues Lorette, durante sua gestão como presidente, e ao empenho do Diretor de Cultura Hélio Correa da Fonseca Filho, com a concordância do Prefeito Vanderlei Borges de Carvalho. Nos últimos anos, tem-se mantido esta Casa de Letras conectada à cibercultura, seja no YouTube, Facebook, Instagram, WhatsApp ou site, este último, sítio de informações do histórico da Arcádia e dos projetos e ações desenvolvidos por ela. No ano de 2020, o mundo foi invadido por um vírus com o poder de pandemia, levando os dirigentes mundiais a isolarem suas populações, até entendê-lo e providenciar combatê-lo. Em todo o território brasileiro não foi diferente: recolhidos da vida cultural, vimos a agenda 2020 da Academia de Letras, recém-lançada, ser deixada de lado por longo período, e, dentro do distanciamento imposto pelos órgãos de saúde, reaprendemos a lidar com a situação. A diretoria em exercício utilizou-se do formato on line para apresentar o primeiro evento levando-o, por transmissão pelo canal do YouTube,

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aos acadêmicos e amigos. Esse “novo formato” atraiu centenas de pessoas a assistirem à live, e, depois, outras centenas a visualizarem o evento realizado. Foi por meio de lives que se realizaram a posse da 144ª acadêmica, a premiação do XXVIII Concurso Literário de Poesia e Prosa e a abertura do cinquentenário desta Casa de Letras. Com essa inovação, em tempos adversos, a gestão 2019|2020 criou nova forma de levar as realizações da Academia de Letras a copioso número de pessoas – número que nossa Sede não poderia comportar presencialmente –, apontando que, passada a pandemia da Covid-19, as transmissões on line tenderão a ser mantidas, como fará a presidente eleita Beatriz Castilho em sua gestão. Vivemos uma nova era, e inserida nela está a Academia de Letras de São João da Boa Vista.

Lucelena Maia Presidente Gestão 2019|2020

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50 anos 1971-2021

A Academia de Letras de São João da Boa Vista - SP foi fundada em 10 de setembro de 1971, com o intuito de proporcionar aos escritores sanjoanenses e região, assim como a todos os entusiastas, um espaço em que pudessem encontrar-se para discutir e partilhar assuntos ligados à língua portuguesa e à literatura nacional. Dom Tomás Vaquero, primeiro presidente desta Academia de Letras, cargo que ocupou por nove anos consecutivos, prestes a deixar a presidência, foi proclamado presidente vitalício de honra da Instituição, por decisão unânime da assembleia. Este Sodalício foi declarado de Utilidade Pública pela Lei Municipal n° 112, de 11 de setembro de 1975, e pela Lei Estadual n° 3.041, de 19 de outubro de 1981. Promove há vinte e nove anos o Concurso Literário de Poesia e Prosa, de âmbito internacional, com premiação em todas as faixas etárias. Realiza há dez anos o Concurso Redação na Escola, dentro do Projeto Jovem Escritor, para alunos do ensino fundamental e médio das redes pública e particular de São João da Boa Vista.

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ACADEMIA DE LETRAS DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA: SUA HISTÓRIA OS PRIMÓRDIOS 10.09.1971 - Fundação 15.11.1971 - Instalação A “semente” da Academia de Letras de São João da Boa Vista foi lançada por Milton Duarte Segurado, em uma conversa informal com Octávio da Silva Bastos, que, na época – lá pelos idos de 1966-68 – era Prefeito Municipal da cidade e presidente da Associação Sanjoanense de Ensino, hoje Fundação de Ensino Octávio Bastos - UNIFEOB. Milton Segurado, professor dos cursos de Direito de São João e Campinas, homem culto e membro fundador da Academia Campinense de Letras, mostrou que o avanço cultural da cidade favorecia a criação de uma Academia de Letras, acompanhando a instalação dos cursos superiores: Ciências Econômicas (na atual UNIFAE) e Direito (na atual UNIFEOB), ambos implantados naquela década de 1960, pelo mesmo grupo de pessoas ligadas a Octávio Bastos. Octávio Bastos logo abraçou a ideia do Prof. Segurado e, assim, foi-se esboçando o projeto da nossa Academia, tomando-se como ponto de partida o Estatuto da Academia de Campinas e adaptando-o à nossa realidade. Poucos anos mais tarde, Octávio Bastos procurou dois companheiros, intelectuais de grande prestígio na cidade: Octávio Pereira Leite, tabelião por profissão e participante ativo da vida cultural da cidade na condição de jornalista, escritor, vereador e sócio fundador da Sociedade Cultural de Debates e do Serviço de Assistência Social – SAS; e o Prof. Francisco Roberto de Almeida Júnior, inspetor de ensino na cidade, igualmente jornalista e cofundador da mesma Sociedade Cultural, além de poeta. Foram esses os três organizadores. Era o ano de 1971. Sob o comando de Octávio Bastos, atento à cultura – e à cultura literária – era criada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Nesse passo, a próxima etapa era encontrar alguém com o perfil buscado para presidir a Academia. Haveria de ser alguém com cultura e prestígio, mas não só: deveria ter também envergadura moral e carisma para aglutinar as pessoas de destaque nas letras, nas artes e nas ciências. Não foi difícil, para os organizadores, chegarem ao Bispo Diocesano Dom Tomás Vaquero, homem culto e querido. A par das atividades religiosas, dedicava-se à docência universitária e à colaboração em jornais leigos e revistas eclesiásticas. Além disso, era membro de três academias literárias, instituídas dentro de seminários católicos: Grêmio Santa Teresinha, do Seminário Diocesano de Campinas; Academia de Letras José de An13


chieta, do curso de Filosofia do Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, na cidade de São Paulo; e Academia de Letras Beato Inácio de Azevedo, do Pontificio Collegio Pio Brasiliano, de Roma. Tinha, pois, vasto conhecimento de academias de letras, tendo sido diretor da segunda delas, em São Paulo, por seis anos, entre 1942 e 1947. Dom Tomás, como esperado, aceitou o convite. Dando um salto no tempo, importa ressaltar que, em outubro de 2020, a Igreja Católica anunciou a abertura do processo de beatificação de Dom Tomás. Quanta honra para a nossa Academia de Letras. Os organizadores, então, passaram a buscar outros nomes respeitáveis que representassem os valores culturais da cidade, para convidá-los a fundar uma Academia de Letras na cidade. Encontrados esses nomes de destaque cultural, o grupo fez sua primeira reunião em 10 de setembro de 1971, na residência episcopal. Eram dezessete os presentes, mais dois ausentes, representados por procuração. Foram, pois, dezenove os sócios fundadores da Arcádia, que aqui viviam ou aqui trabalhavam. São eles: os cinco já citados – Octávio da Silva Bastos, Milton Duarte Segurado, Octávio Pereira Leite, Francisco Roberto de Almeida Júnior e Dom Tomás Vaquero, cujos perfis já foram brevemente apresentados – e mais estes, por ordem alfabética: Abelardo Moreira da Silva

advogado, professor universitário na área de economia e colaborador de jornais

Ademaro Prézia Emílio Lansac Toha Fábio de Carvalho Noronha Hélio Correa da Fonseca

jornalista e poeta advogado e consagrado poeta jornalista, radialista e musicista

Joaquim José de Oliveira Neto

Jordano Paulo da Silveira José Osório de Oliveira Azevedo Rev. José Rodrigues Cordeiro

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jornalista profissional, diretor e coproprietário do Jornal O Município, radialista, advogado e vereador por várias legislaturas médico de formação e intelectual por vocação, foi professor e diretor do então Ginásio São João, cofundador e professor da Faculdade de Ciências Econômicas, colaborador de jornais bacharel em Direito, poeta, grande sonetista, colaborador de jornais advogado, escritor, colaborador de jornais pastor presbiteriano, poeta e professor


Licínio Vita da Silva

graduado em Ciências e Letras e em Direito; professor da Faculdade de Ciências Econômicas

Cônego Luiz Gonzaga Bergonzini

pároco da Catedral (mais tarde, bispo de Guarulhos) e diretor do jornal A Cidade de São João professora, escritora, colaboradora da imprensa local e membro da Academia Piracicabana de Letras

Maria Leonor Alvarez Silva Odila de Oliveira Godoy Palmyro Ferranti

professora e jornalista cirurgião dentista, provedor da Santa Casa, cronista

Sendo esse o momento de fundação da Academia, tiveram os acadêmicos o privilégio de escolher cada qual o seu patrono. É preciso registrar um fato notável para a época: a presença de duas mulheres entre os acadêmicos, em 1971 – portanto, seis anos antes que a Academia Brasileira de Letras admitisse em seus quadros a primeira mulher, a escritora Rachel de Queirós, em 1977. Essa postura denota bem o espírito aberto e inovador daqueles pioneiros. A reunião de 10 de setembro de 1971 iniciou-se sob a presidência de Octávio da Silva Bastos, que, ao propor a fundação da Academia, obteve apoio unânime e entusiástico. Ele, então, declarou fundada a Academia Sanjoanense de Letras. Foi lido, discutido e aprovado o Estatuto, que havia sido elaborado por Octávio Pereira Leite com base no da Academia Campinense de Letras, porém adaptado ao nosso meio. O nome originalmente proposto, “Academia Sanjoanense de Letras”, foi alterado para “Academia de Letras de São João da Boa Vista”, a partir de sugestão de Emílio Lansac Toha, sob o argumento de que tal denominação “projetaria mais no Estado o nome da nossa cidade”. Também ficou estabelecido o número de quarenta cadeiras, a exemplo da Academia Brasileira de Letras, além dos membros honorários. A seguir, por aclamação, foi eleita a primeira diretoria, cabendo a presidência a Dom Tomás Vaquero. Empossada a diretoria, Dom Tomás assumiu a presidência da Assembleia e imediatamente organizaram-se os órgãos auxiliares: Conselho Fiscal, Comissão de Relações Públicas e Diretores Sociais. Houve congratulações e manifestações de entusiasmo por “tão auspicioso acontecimento”, conforme consta em ata. Também os jornais locais – A Cidade de São João e O Município, ambos de 15 de setembro de 1971 – divulgaram que a euforia era geral. O acontecimento foi saudado por quatro dos fundadores: Francisco Roberto de Almeida Júnior, Abelardo Moreira da Silva, Reverendo José Rodrigues Cordeiro e Jordano Paulo da Silveira. Este último se expressou por meio de um poema em homenagem aos colegas acadêmicos. 15


A segunda reunião da Academia de Letras recém-fundada aconteceu em 11 de outubro do mesmo ano, novamente na residência episcopal. Quinze novos membros foram apresentados, cada qual por um dos acadêmicos-fundadores, e depois votados e eleitos. Apenas um deles residia em São João, sendo os demais ligados à cidade por laços de família ou amizade, ou ainda pertencentes a academias literárias de outros municípios. São eles, agrupados por cidade: De São João da Boa Vista, o Monsenhor Antônio David, Vigário Geral da nossa Diocese, fundador do jornal A Cidade de São João. Das cidades próximas, Antônio Ferraz Monteiro, advogado e professor do Instituto de Educação Euclides da Cunha, de São José do Rio Pardo; e Hersílio Ângelo, professor na PUC-Campinas e também no Instituto de Educação de São José do Rio Pardo; Oscar Burgos Possolo, major da aeronáutica em Pirassununga e poeta; e Jurandir Ferreira, jornalista, poeta e prosador, residente em Poços de Caldas. De Campinas, Benedito José Barreto Fonseca, reitor da PUC-Campinas, promotor de justiça e membro efetivo da Academia Campinense de Letras; o Reverendo Júlio Andrade Ferreira, pastor presbiteriano e autor de diversos livros; e Plínio Silva, poeta e jornalista. Da cidade de São Paulo, Eunice Veiga, poeta e colaboradora dos jornais O Dia e Folha de São Paulo; Geraldo Majella Furlani, escritor, com diversos livros publicados; Juversino Garcia de Oliveira, advogado, professor de Português e Literatura no Instituto de Educação de São Paulo e escritor com obras editadas; e Nise Martins Laurindo, diplomada em Letras pela USP, com certificado de proficiência em literatura inglesa pela Universidade de Cambridge. E ainda, de outras localidades, Almir Paula Lima, juiz de Direito em Lavras e presidente da Academia Itajubense de Letras; Fábio Rodrigues Mendes, professor e dirigente de estabelecimento de ensino na cidade de Jundiaí, e atuante nas lides jornalísticas; e João Cabete, poeta e jornalista, titular do cartório do 2º Ofício de Cruzeiro. Poucos dias após, tem lugar a terceira reunião, em 27 de outubro, com o objetivo de discutir as providências necessárias para a sessão magna de instalação solene da Academia e posse dos acadêmicos. A reunião tratou ainda da apresentação de candidatos para preenchimento das seis cadeiras restantes, completando o quadro social da Academia. Os postulantes eram pessoas de destaque – alguns, membros de outras academias –, e foram eleitos após terem sido apresentados, cada qual por um acadêmico. São eles: Da cidade de São Paulo, Acácio Ribeiro Vallim, médico e intelectual com vários livros editados; Leão Salles Machado, escritor, membro e ex-secretário geral da Academia Paulista de Letras, e Nelson Palma Travassos, jornalista e prosador. 16


Da cidade do Rio de Janeiro, Hélio Carvalho Teixeira, advogado, jornalista e poeta. De Barretos, José Assis Canoas, odontólogo e poeta. De Ribeirão Preto, José Magalhães Navarro, alto funcionário do Banco do Brasil e Membro da Academia Ribeirãopretana de Letras. Eleitos os quarenta membros, a Academia abrangia representantes de treze diferentes cidades, além de São João. Passado apenas um mês e meio da primeira reunião, a Academia de Letras estava agora completa para sua instalação solene e pública. A data escolhida para o evento foi 15 de novembro, dia da Proclamação da República. Para a ocasião, os preparativos foram grandes, e comissões foram formadas sob direção e organização da acadêmica Odila de Oliveira Godoy. O acadêmico Oscar Burgos Possolo se ofereceu para confeccionar os convites e mereceu aplausos gerais na reunião. Francisco Roberto de Almeida Júnior idealizou o brasão acadêmico, tendo ao centro a imagem de um livro aberto e, na parte inferior, a de uma fita com a legenda “Os livros governam o mundo”, de autoria do filósofo iluminista Voltaire. A instalação solene se deu em 15 de novembro de 1971, às 20h, em uma memorável reunião no salão nobre da Sociedade Esportiva Sanjoanense, cedida gentilmente por seu presidente, Dr. Gastão Michelazzo. O salão estava lotado, com a presença de autoridades municipais e estaduais, bem como de familiares e convidados dos acadêmicos a serem empossados. A reunião foi aberta pelo 1º vice-presidente, Octávio da Silva Bastos que, após compor a mesa com as autoridades presentes, proferiu breve discurso e justa homenagem aos companheiros que arquitetaram a Academia: Francisco Roberto de Almeida Júnior, Milton Duarte Segurado e Octávio Pereira Leite. Encerrando seu discurso, ele concluiu: “Minhas senhoras e meus senhores, tenho a grande honra de declarar instalada neste dia – 15 de novembro de 1971 – a Academia de Letras de São João da Boa Vista”. O 2º vice-presidente, Octávio Pereira Leite, fez uso da palavra, discorrendo sobre o nascimento da ideia de se criar a nossa Academia e de como se haviam desenvolvido os trabalhos de sua organização. Na sequência, Octávio Bastos chamou e declarou solenemente empossado o primeiro acadêmico, Dom Tomás Vaquero, presidente eleito da Arcádia, passando a ele a direção da mesa e dos trabalhos. 17


Dom Tomás iniciou o ato solene de diplomação dos trinta e oito acadêmicos presentes, por ordem de cadeira. Em seu discurso discorreu sobre a finalidade e os objetivos que deveriam ser visados por uma Academia de Letras. A seguir, a primeira palestra da Academia foi proferida pelo acadêmico Benedito José Barreto Fonseca, reitor da PUC-Campinas, que discorreu sobre seu patrono, Castro Alves, cujo centenário de falecimento era comemorado naquele ano. Segundo consta em ata, ele produziu uma peça de grande beleza e erudição que a todos encantou, merecendo os mais justos aplausos. Complementando a apresentação, a professora Lucila Martarello Astolpho – que mais tarde se tornaria membro da Academia - declamou versos de Castro Alves, da bela poesia “Navio Negreiro”, um dos pontos altos da noite, com efusivos aplausos. Na sequência, o Prefeito Municipal, Dr. Oscar Pirajá Martins Filho, congratulouse com todos os presentes por mais esse marco de progresso cultural na cidade. O acadêmico Jordano Paulo da Silveira declamou dois novos poemas de sua autoria, um dos quais, “No limiar da glória”, escrito em homenagem a todos os acadêmicos:

Temos hoje a sessão inaugural de nossa boa e nobre ACADEMIA, marcando pra São João um grande dia, que atesta bem seu nível cultural.

Não significa arrojo ou ousadia – um passo simples, certo, natural, mostrando sermos gente bem normal, amante, enfim, da grã FILOSOFIA.

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Vamos, pois, de mãos dadas, para a frente, deixar buscando um rastro aurifulgente, sem ter em mira os louros da vitória.

Havemos – todos – sim, de os conseguir. Por si, um dia, eles hão de vir – por vindouros nos tendo na memória!

Em agradecimento, o acadêmico Milton Duarte Segurado retribuiria mais tarde com outro soneto, usando as mesmas rimas – os dois poemas foram publicados no jornal O Município de 25 de dezembro de 1971.

Soneto de Agradecimento

Perseguem cidadãos um ideal e a fim de que esta meta fugidia consigam alcançar, buscam uma via que os leve à integração universal.

Cenáculo somente reuniria Partindo o pão e usando o mesmo sal os que preferem refeição frugal mas temperada sempre de poesia.

A oratória se fará presente Junto à ficção, que irá constantemente parceria fazer ao jus e à história;

teatro, filosofia progredir irão com folclore e no porvir caminharemos juntos para a Glória!

A reunião foi enriquecida com uma saudação à Academia, feita pelo Dr. Paranhos de Siqueira, convidado vindo da Academia Campinense de Letras, e, a seguir, com uma palestra do acadêmico Leão Machado, a respeito do tema “Normas acadêmicas”. 19


Foi muito oportuna esta sua fala para a Academia que acabava de se instalar, já que ele tinha sido, por seis anos, Secretário Geral da Academia Paulista de Letras. Para finalizar a noite, o acadêmico Plínio Silva declamou um lindo poema de sua autoria em homenagem à instituição: À Academia de Letras de São João da Boa Vista A Academia de Letras de São João da Boa Vista faz luzir em suas cetras a inteligência paulista.

Cada titular, de fato, erudição tem notória: poeta de escol literato, ou modelo de oratória.

Educadores eméritos, ou cientistas mais cultos, todos revelam seus méritos; são na vida nobres vultos!

De orgulho muito me abraso Quando as alturas eu grimpo desse autêntico Parnaso, desse mirífico Olimpo.

A maior força no mundo, que ao ser dá onipotência, está no ânimo facundo, no brilho da inteligência!

Por isso, magna honraria é justo que se dispense.

Foi oferecida uma confraternização com brinde de champagne para terminar aquela noite memorável. O hoje acadêmico João Baptista Scannapieco pôde assistir ao evento e assim o relata:

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[...] Posso dizer a todos que eu assisti à fundação da Academia, no dia 15 de novembro de 1971, uma noite memorável, aqui na Sociedade Esportiva Sanjoanense. Uma reunião com um protocolo muito bonito, concorrida, muitas pessoas, autoridades, e aqui os primeiros acadêmicos foram diplomados. Eu me lembro... a alegria de Dom Tomás Vaquero e do Dr. Octávio da Silva Bastos e também do Prof. Octávio Pereira Leite. E eu conduzi aqui duas acadêmicas, Dona Maria Leonor Alvarez Silva e a Dona Odila Godoy. Eu fui motorista delas e por sorte eu assisti essa solenidade. Todos estavam muito alegres, muita gente, porque nós tínhamos acadêmicos não só de São João como da região. Eles estavam aqui com as famílias também. Eu me lembro tão bem que, ao terminar a reunião, a Dona Odila Godoy saiu da Sociedade Esportiva e disse: “Hoje as estrelas estão brilhando mais, e o rio Jaguari continua a correr placidamente com suas águas. Estou muito feliz”. Então, eu vi lançar as primeiras sementes da Academia, às margens do rio Jaguari. Vi essas sementes germinarem, crescerem e frutificarem. E eu estou feliz porque eu nunca sonhava um dia participar da Academia. Hoje sou acadêmico, da cadeira número 17, meu patrono é o professor de português, famoso, Francisco Dias Paschoal. E a Academia está produzindo muitos frutos. Eu espero que continue a produzir. Vejam vocês a Revista Arca, vejam vocês o Concurso Literário feito pela Academia, e o que mais me encanta é a Redação nas Escolas. Como professor, eu admiro e parabenizo. Desejo muitos frutos para a Academia.1

O jornal A Cidade de São João, em 20.11.1971, registrou o histórico evento com detalhes em matéria escrita pela acadêmica Odila de Oliveira Godoy, que terminou seu relato descrevendo poeticamente aquela noite solene: “No céu, as estrelas luziam e o Jaguary, a poucos metros, deslizava tranquilo. A brisa agradável envolvia de mistério e serenidade os corações. Este o cenário que marcou, indelevelmente, na história da Cidade dos Crepúsculos Maravilhosos a instalação solene e a posse dos Acadêmicos da Academia de Letras de São João da Boa Vista”. A propósito, a imprensa local exerceu um importante papel na divulgação das atividades da Academia, com os jornais O Município e A Cidade de São João se revezando em publicar quinzenalmente a “Página Literária” da instituição, com textos dos acadêmicos. Houve grande repercussão também na imprensa de fora da cidade. A notícia correu todo o estado e foi divulgada nos jornais da capital: Folha de São Paulo, A Gazeta, O Dia, Diário de São Paulo, inclusive com a foto do grupo dos acadêmicos recémempossados, que se tornou histórica. Até mesmo a Assembleia Legislativa homenageou a Academia prestando-lhe votos de congratulações, na sessão de 30 de novembro. 1 Vídeo gravado em 17.10.2020, na Sede da ALSJBV. Material arquivado no Acervo da ALSJBV; exibido em live no dia 28.11.2020, no canal da instituição no YouTube.

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E, como ponderou o nobre colega confrade João Baptista Scannapieco, no texto que escreveu para as comemorações do Jubileu de Prata da Academia: “A semente lançada por Milton Duarte Segurado caiu em solo fértil”. No final de seu discurso, o presidente Dom Tomás Vaquero vaticinou: “Nossa Academia está criada e empossados os seus primeiros acadêmicos. Agora deve crescer, florescer, frutificar e o vai fazer logo a seguir, iniciando sua longa caminhada, não com passos de criancinha, mas com passos firmes de adulto”. Foi profética a fala do primeiro presidente, porque assim aconteceu.

OS PRIMEIROS TEMPOS A jovem Academia pôs-se a promover reuniões mensais, totalizando onze sessões em seu primeiro ano de existência, realizadas no salão paroquial e, ocasionalmente, nas salas de aula da Associação Sanjoanense de Ensino (atual Fundação de Ensino Octávio Bastos - UNIFEOB) e na residência episcopal. A primeira reunião ordinária deu-se em fevereiro de 1972, quando tomaram posse os dois acadêmicos que não puderam estar presentes à cerimônia de instalação, assim completando o quadro. Diferentemente das atuais cerimônias de posse, os neoacadêmicos não falaram sobre seu patrono – nem obviamente sobre seus antecessores, pois eram os pioneiros –, limitando-se a breves palavras de agradecimento. A reunião terminou com declamação de poema, prática que seria incorporada às reuniões subsequentes. Momento histórico foi a segunda reunião, sediada em uma sala da Faculdade de Direito, com a presença de acadêmicos, convidados e grande número de estudantes. O orador da noite foi o acadêmico Milton Segurado, professor da instituição, que discorreu sobre a vida e obra de seu patrono, Euclides da Cunha, sob a forma de poema, em versos decassílabos. Pouco a pouco, foi-se estabelecendo um padrão para as reuniões: o acadêmico proferia uma conferência sobre seu patrono, seguida de declamações de poemas por acadêmicos e senhoras sanjoanenses. Dentre o grupo, destacavam-se o acadêmico Jordano da Silveira, com sonetos que compunha em homenagem aos colegas, e as convidadas Aparecida Guimarães (Dona Cidinha), Carmela Lombardi Vilela e Maria Benedita Abreu Rossi. Apresentações musicais também passaram a abrilhantar as reuniões, bem como as sessões de autógrafo e lançamento de livros. As reuniões contavam com grande público: “seleta audiência que enchia o salão e que dia a dia mais vem se interessando e apoiando este nosso sodalício”, registra uma das atas. Importante elo com a comunidade foi a figura de Dom Tomás Vaquero, que permaneceria à frente da instituição por três gestões consecutivas, de 1971 a 1980, assessorado pelo mesmo núcleo fundador. 22


Os primeiros tempos plasmaram os rumos da Casa. Nas comemorações do primeiro aniversário, ao saudar o acadêmico-conferencista Revdo. Júlio de Andrade Ferreira, o presidente Dom Tomás declarou “a nossa Academia [como] um centro de cultura e arte de ecumenismo aberto” que não poderia faltar à cidade e “cuja existência se vai consolidando graças ao interesse e apoio que vem encontrando de parte dos nossos estudantes e das nossas elites intelectuais”. O mesmo respeito às diferenças pôde ser sentido também na primeira confraternização de Natal, quando o jogral de estudantes conduzido pelo acadêmico Revdo. José Cordeiro teve como tema “O negro na grandeza do Brasil”. Por seu turno, a sociedade local acolheu a instituição a ponto de o casal Odete e Orlando Milan oferecer champagne aos presentes nessa confraternização: “foi uma das mais animadas sessões, com o salão inteiramente lotado, notando-se com alegria para todos nós que a Academia de Letras de São Joao da Boa Vista é hoje uma realidade que se impõe, graças ao apoio recebido do culto povo sanjoanense”. Estava, pois, consolidada a instituição e plenamente integrada à vida da cidade. No entanto, a Casa enfrentava o problema da baixa frequência dos membros residentes em outras cidades, alguns dos quais passaram à categoria de membro honorário e, após a reforma do Estatuto em 1980, para correspondente. Por outro lado, ciosas do papel histórico de uma Academia, as primeiras diretorias, graças sobretudo ao trabalho de Abelardo Moreira da Silva, empenharam-se para que os acadêmicos enviassem seus currículos, assim dando início ao acervo da instituição. Este seria progressivamente enriquecido por doações de livros, a começar pela biblioteca deixada pelo acadêmico Almeida Júnior, a ponto de, em seu terceiro aniversário, a instituição já possuir 1.500 volumes. O MEDALHÃO Menção especial merece o medalhão acadêmico. Estes só foram confeccionados quando a Academia contava já com dois anos de existência, em 1973, e por uma razão muito prática: para que os convidados pudessem diferenciar os acadêmicos das demais pessoas presentes, já que não se adotara o fardão, como fazem algumas academias. Além disso, praticamente a metade dos acadêmicos era de outras cidades, o que dificultava sua identificação. O medalhão foi criado por Augusto Procesi, tomando por base o brasão de Almeida Júnior e acrescentando-lhe os versos de Castro Alves: “Bendito o que semeia livros” A confecção dos medalhões, por sua vez, contou com a parceria artística de Procesi e o apoio financeiro do Sr. Welson Gonçalves Barbosa, posteriormente acadêmico honorário, que arcou com quase metade dos custos. Mas não é só: vinte anos mais tarde, quando se fez necessário cunhar novas peças, o medalhão diminuiu de tamanho, sendo esse o modelo hoje usado. 23


O PRIMEIRO CONCURSO Aos três anos de existência, em 1974, a instituição lança seu primeiro concurso, de Monografia e Crítica sobre as obras de Lobato e Alencar, direcionado a estudantes de nível secundário e comercial. A iniciativa foi considerada um “sucesso retumbante” junto à juventude, com a participação de quarenta e cinco trabalhos, sendo os vencedores premiados com coleções de livros doados por acadêmicos e pela comunidade. Cogitada a ideia de se lançar uma revista, decidiu-se que esta “ficará para outra oportunidade”. No mesmo ano, a Academia sofre sua primeira perda com a morte de Almeida Jr. e publica em jornal o primeiro edital para preenchimento da vaga. Foi eleito, Munir Moukarzel, cuja posse inaugura a tradição que se estenderia aos dias atuais, com oferta de diploma e medalhão, discurso do neoacadêmico sobre o patrono e o antecessor, e oferta de coquetel aos presentes. Na década seguinte, a Academia encontra-se consolidada a ponto de receber como palestrante o ex-presidente da República Jânio Quadros, a convite do acadêmico Prof. Mário Ferreira Balbão, revisor de seu dicionário. Tão instigante quanto o tema da palestra, “Rumos da democracia moderna”, foi o enaltecimento da figura feminina por Octávio Pereira Leite. PRIMEIRA REFORMA DO ESTATUTO No mesmo ano de 1980 é aprovada a primeira reforma do Estatuto, sob a forma de “Emenda aditiva”. Dentre as mudanças, destaca-se a atribuição do título de presidente vitalício de honra a Dom Tomás; o aumento do número de acadêmicos para quarenta e cinco membros efetivos; a criação da categoria de membro correspondente, cujo ingresso pode se dar por eleição, por transferência a pedido ou por transferência compulsória, assim “abrindo-se para a Academia novos horizontes”.

OS ANOS OITENTA Em 15 de novembro de 1980, comemorando o nono aniversário da Academia de Letras, toma posse a diretoria encabeçada por Octávio Pereira Leite, membro sempre atuante nas gestões anteriores e que permanecerá à frente dos trabalhos também por três gestões, até falecer em 1989. Na solenidade, realizada no Salão Diocesano com mais de trezentos convidados, Dom Tomás é diplomado como Presidente Vitalício de Honra. Momento marcante da cerimônia foi a entrada inaugural das bandeiras – do Brasil, do Estado e da novel bandeira da Academia – ao som do Hino Nacional pela Banda Dona Gabriela regida pelo Maestro Mourão. 24


O 10° ANO Ao completar dez anos de existência, a Academia já tinha uma história a ser registrada. Publicou-se, então, um opúsculo com o relato de sua fundação e de seus feitos, acompanhado de seu quadro social e seu Estatuto, sendo esse o embrião deste opúsculo. Realizou-se também o primeiro certame propriamente literário da Casa, um Concurso de Crônicas destinado aos estudantes de nível médio de São João e Águas da Prata, com premiação em dinheiro, doado por três empresas locais. No entanto, apesar do envolvimento da comunidade e escolas e apesar da alta qualidade dos dezenove textos participantes – a ponto de ter sido conferida uma menção honrosa não prevista no edital –, o concurso não teve continuidade. Grandes vultos passaram por esta Casa na década de 1980. O crítico literário Antonio Candido, amigo íntimo do acadêmico Oliveira Neto de quem fora aluno ao cursar o ginásio na cidade, proferiu no Centro Recreativo uma concorrida palestra sobre literatura latino-americana (1985). Dom Benedito Ulhoa Vieira, à época vice-presidente da CNBB e arcebispo metropolitano de Uberaba, foi o conferencista da confraternização natalina de 1985, em cerimônia abrilhantada pelos corais das igrejas Batista e Presbiteriana, ao lado do coral Vozes de São João. No ano seguinte, o futuro cardeal Dom Orani João Tempesta, então vigário de São José do Rio Pardo, proferiu palestra, igualmente acompanhada pelos corais da Igreja Batista e Vozes de São João. Na mesma década, a par das reuniões oficiais, os acadêmicos passaram a promover em suas casas encontros sociais abertos aos familiares, não por acaso chamados “Encontros da Família Acadêmica”. O ano de 1989 marca um momento triste para a Academia. Um de seus baluartes, o presidente Octávio Pereira Leite, encontrava-se doente, o que fez escassear os eventos e igualmente os registros e atas. Prestes a partir, pediu ao confrade: “Wildes, não deixe a Academia morrer”. Falecido ele em outubro daquele ano, já em final de gestão, formou-se a chapa Novo Tempo para a eleição de nova diretoria, sob o comando de Wildes Bruscato, tal qual pedira o antigo presidente.

NOVOS TEMPOS Empossada para o triênio 1990-1992 em sessão aberta pelo presidente de honra, Dom Tomás Vaquero, a diretoria liderada por Wildes Bruscato inicia nova fase para a instituição. As atas, até então manuscritas, passam a ser datilografadas. Passa-se adotar o livro de presenças, bem como se decide fazer um “estudo criterioso da situação de algumas cadeiras cujos titulares não vêm mantendo, de há muito tempo, qualquer contato ou demonstração de real interesse pela Academia”, a fim de determinar as cadeiras vagas e preenchê-las mediante edital. Decide-se fazer ficha dos acadêmicos, com endereço, data de aniversário e até nome da esposa. Iniciam-se os estudos para a elaboração 25


de novo Estatuto. Adicionalmente, a instituição enfrenta o problema do bloqueio de valores depositados em caderneta de poupança, em decorrência do Plano Collor. Delibera-se juntar os livros e pertences da Academia, como bandeira e baú, que se encontravam no Centro Recreativo e no escritório do acadêmico Monsenhor Luiz Gonzaga Bergonzini, encaminhando-os ao escritório do novo presidente. Na sequência, comissão designada para examinar os livros (da qual fazia parte o Dr. João Batista Merlin, arquiteto especializado em restauração e presidente do Museu de Arte Sacra local) conclui que a ação dos cupins, traças e bolor tornara-os imprestáveis, e acabouse por queimá-los (1991), sendo assim destruída a primeira biblioteca da Academia de Letras. Tentando reverter a perda, quatro meses depois tem início a formação de nova biblioteca, com quatorze livros doados por acadêmicos e amigos. De outra parte, Decreto municipal torna de “utilidade pública” a Academia, assim como o jornal O Município abre espaço para a publicação da “Página Literária”, destacando-se a insistência do presidente para que os acadêmicos escrevam na seção. O ano de 1991 é marcado pela aprovação do novo Estatuto e pela retomada das reuniões públicas. Aquele, dentre outras alterações, exige dos acadêmicos a presença em cinquenta por cento das reuniões ordinárias, sob pena de serem eles transferidos para a categoria de correspondente, deixando vaga a cadeira. Assim, é também criado o livro de presenças que os acadêmicos (e visitantes) assinam a cada reunião, o que possibilita a atribuição de um inusitado prêmio de assiduidade, ofertado tempos depois, em 2002. Retomam-se as reuniões ordinárias, agora, via de regra, realizadas no Centro Cultural Pagu, espaço público recém-inaugurado. A primeira delas, com a presença de vinte e um acadêmicos e cerca de quarenta convidados, é tida como um sucesso por sua “frequência incomum”. Na sequência, a Casa recebe palestras de Valdir Troncoso Peres, advogado criminalista de renome internacional, natural de Vargem Grande do Sul, e de Dom Dadeus Grings, bispo recém-empossado na diocese de São João da Boa Vista, em substituição a Dom Tomás, que se encontra enfermo. No triênio, foram empossados dez novos membros, seis dos quais apenas no primeiro ano. Enfim, a Academia preenchera as vagas decorrentes de mortes e transferências para membro correspondente, a pedido ou compulsoriamente.

PERSEVERANDO Na sequência, a gestão comandada por José Edgard Alonso (1993-1995) faz confeccionar medalhões, agora menores que o anterior. Histórica foi a palestra de Lygia Fagundes Telles, que reuniu cerca de cento e cinquenta pessoas no auditório da Faculdade 26


de Administração e Economia – FAE, quando lançou o livro Capitu, roteiro cinematográfico para o romance de Machado de Assis, escrito por ela e pelo marido, Paulo Emílio Salles Gomes. Na ocasião a Academia conferiu-lhe o título de acadêmica honorária e o medalhão. O CONCURSO LITERÁRIO No mesmo ano, 1993, logra-se finalmente lançar o Concurso Literário de Poesia, Conto e Crônica, sob coordenação de Maria Célia Marcondes. Decide-se que os prêmios terão os nomes de três dos fundadores da instituição: Prêmio Emílio Lansac Toha para poesia; Prêmio Octávio Pereira Leite para trabalhos em prosa; e Prêmio Fábio Noronha, destinado aos acadêmicos – categoria esta que nunca chegou a ser implementada. O primeiro colocado recebia um troféu em mármore, enquanto o segundo e o terceiro, um cartão de prata em estojo de veludo. O regulamento foi distribuído entre o público presente à sessão acadêmica, com o singelo pedido para que o divulgassem. Rapidamente o Concurso cresceu: sua segunda edição foi patrocinada pela Caixa Econômica Estadual – Nossa Caixa, tendo recebido mais de cento e vinte inscrições. Mais que isso, o Concurso veio revelar talentos. A título de exemplo, nos três primeiros anos, estiveram entre os finalistas futuros escritores e futuros acadêmicos, como Jenny Rugeroni, Luiz Antonio Spada, Antônio de Pádua Barros e Luiz Fernando Dezena. Pouco a pouco, foram-se aprimorando as normas de julgamento e da premiação. Em 1994 a instituição recebe, por testamento, a biblioteca do acadêmico Abelardo Moreira da Silva, bem como sua cadeira, temporariamente cedida em comodato ao secretário Barbin, por falta de local para acomodá-la. Adoentado, o presidente licencia-se, assumindo interinamente a segunda vice-presidente, Maria Célia de Campos Marcondes, pois o primeiro vice renunciara ao cargo. Os trabalhos de 1995 iniciam-se com cinco transferências compulsórias, seguidas de um intenso ritmo de atividades e do falecimento do presidente licenciado.

NO LIMIAR DO SÉCULO XXI A seguir, Maria Aparecida Mangeon Oliveira (Aparecidinha) dirige a Casa por três gestões sucessivas, de 1996 a 2004, período em que se renovou quase metade dos quadros do Sodalício, com o ingresso de vinte um novos membros, e promoveram-se eventos em espaços cedidos pelas mais diversas instituições: Centro Cultural Pagu; Centro Recreativo Sanjoanense; FEOB – Fundação de Ensino Octávio Bastos (atual UNIFEOB); FAE – Faculdade de Administração e Economia (Faculdades Associadas de Ensino após 2001; atual UNIFAE); Theatro Municipal após completada sua restauração, em setembro de 2002; e até o auditório do CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. 27


Realizavam-se em regra quatro reuniões ordinárias anuais: em maio, pelo Dia das Mães; em agosto, palestra ou homenagem ao Dia dos Pais; em outubro, a premiação do Concurso Literário; em dezembro, a confraternização natalina, geralmente realizada no Centro Recreativo. Palestras, premiações, cerimônias de posse, lançamento de livro de acadêmico, declamações e apresentações musicais podiam conviver na mesma reunião. JUBILEU DE PRATA Menção especial merece a comemoração ao Jubileu de Prata da instituição (1996), realizada em sessão lítero-musical no Centro Recreativo, com a presença de cerca de cento e cinquenta pessoas. Foi distribuído um livreto comemorativo, com texto histórico do acadêmico João Baptista Scannapieco sobre a fundação da Academia. Posteriormente, o artigo foi republicado na I Antologia da Academia de Letras de São João da Boa Vista, em 2005. Mais tarde, a gravação da solenidade foi transposta para DVD. A par das sessões acadêmicas, eram realizados projetos conjuntos com/na Livraria Papyrus, de propriedade do futuro acadêmico Francisco de Assis Martins Bezerra, que, dentre outras realizações, trouxe a poeta Orides Fontela para o lançamento do livro Teia em 24 de junho de 1996, data de aniversário da cidade. Na livraria também foram lançados livros de acadêmicos, além de se oferecerem cursos, palestras e eventos culturais, sempre com a presença ou organização de integrantes da Arcádia. Os eventos contavam com numeroso público, a ponto de a posse de cinco acadêmicos, em 1998, reunir mais de duzentas e trinta pessoas no Centro Recreativo. Nesse ano, dois momentos notáveis foram protagonizados Nelly Novaes Coelho e Antonio Candido, professores da USP, tendo este recebido as insígnias de membro honorário e sido recepcionado na residência do casal Maria Célia e José Marcondes. As atividades acadêmicas avançavam. Em 1997 a FEOB cedera uma sala à instituição, para aí acomodar seus livros, organizando-se então a biblioteca. A “Página Literária” continuava sendo publicada, por cortesia, no jornal O Município, embora fossem poucos os acadêmicos que nela colaboravam com regularidade. O Concurso Literário crescia, exigindo que a cada ano se aprimorasse seu regulamento. Na quinta edição, em 1998, atingia 185 trabalhos de 15 cidades; quatro anos mais tarde, já dividido em duas faixas 28


etárias, jovem e adulto, somava 319 trabalhos, oriundos de 57 cidades e 13 estados. Encerrando o milênio, a comemoração natalina de 1999 consistiu na apresentação líteromusical de obras marcantes do século, por numeroso grupo de acadêmicos. Aos poucos, porém, foi-se substituindo esse modelo pela realização de almoço entre os acadêmicos e cônjuges. A NOVA SEDE Pouco depois, em maio de 2000, a Academia ganha sua primeira sede: uma sala na Estação Ferroviária, a que se dá o nome de Abelardo Moreira da Silva, em homenagem ao fundador que lhe legara dinheiro, todos os seus livros e os móveis que guarneciam seu escritório. É nessa sala que, por ocasião do 30° aniversário da instituição, são homenageados dois de seus decanos: os fundadores Odila Godoy, como vicepresidente honorária, e Palmyro Ferranti, como presidente honorário. Para essa mesma sala, faz-se bem-sucedida campanha de doação de cadeiras no ano seguinte. Mais uma vez, a diretoria cogita publicar revista literária.

DE 2005 A 2010 No primeiro triênio, sob a gestão Sérgio Meirelles (2005/2007), tomam posse onze neocadêmicos, dentre os quais Plínio de Arruda Sampaio, que tem família e propriedade na cidade. Realizam-se palestras, publica-se regularmente a “Página Literária” e dá-se seguimento ao Concurso Literário, agora em três faixas etárias: até 12 anos; de 13 a 18 anos; adulto. Destaca-se ainda a publicação da II Antologia da Academia de Letras, em 2007. A seguir, o triênio comandado por Maria Célia Marcondes (2008/2010), foi marcado por reuniões em que se declamavam poemas de acadêmicos precedentes e se exibiam imagens de reuniões passadas. Na mesma esteira, preocupou-se em registrar a memória da instituição, mediante o levantamento de documentos e atas, bem como a identificação de todos os acadêmicos, membros correspondentes e honorários. Realizaram-se também inúmeras palestras, lançamentos de livros e eventos grandiosos. Dentre estes, destaca-se o espetáculo “O tempo pingando dos olhos”, escrito pela presidente em homenagem à poeta sanjoanense Orides Fontela; o Concurso “Pagu, cem anos de história” e a encenação “Padre Vieira, arquiteto dos sonhos”, todos eles realizados no Theatro Municipal lotado. A “Página Literária” publicada em jornal local, um dos desafios ao longo dos trinta e nove anos da Casa, permaneceu ativa por todo o triênio, com banco de reserva de textos e publicação de trabalhos vencedores do Concurso Literário. Este, por sua vez, ganhou a figura de um patrono a cada edição e, a partir de 2010, passou a oferecer apenas duas categorias, Poesia e Prosa. 29


MODERNIDADE O período marcou o ingresso da Academia na era da informática, graças sobretudo à dedicação da confreira Neusa Menezes. Em 2009 a instituição construiu seu site, com informações sobre sua história e seus membros, além abrir o Concurso Literário na web, o que ampliou sobremaneira a sua dimensão: naquele ano, concorreram mais de trezentos e vinte trabalhos, oriundos de quinze estados do país, além de Portugal. Na cerimônia de premiação, três dos finalistas participaram por videoconferência, e outros cinco por vídeo pré-gravado, recursos incipientes à época. Paralelamente, transferiu-se para meios digitais o acervo da Academia, aí incluídos filmes, fotos e documentos. CONCURSO REDAÇÃO NA ESCOLA & SÃO JOÃO EM VITRINA A partir de 2009, a Academia passou a promover o “Concurso Redação na Escola”, coordenado pela Sra. Lucelena Maia, radicada na cidade havia dois anos e futura acadêmica. O projeto, voltado a estudantes do ensino fundamental e médio, contempla doze séries, cada qual com um subtema específico, dentro de um tema mais amplo escolhido a cada edição do Concurso. O julgamento consiste em duas etapas: a seleção das melhores redações e, após, a defesa destas perante a banca. A premiação dá-se em concorrida noite de gala, com a entrega de prêmios e exemplares da Antologia dos textos vencedores, sob patrocínio de empresas locais. No ano seguinte, parceria entre a Associação Comercial e Empresarial-ACE e a Academia fez realizar o Projeto “São João em Vitrina”, idealizado novamente por Lucelena Maia, agora já acadêmica. O projeto constituía-se de concurso fotográfico e edição de catálogo, onde as imagens da cidade eram acompanhadas de textos escritos por acadêmicos. Em junho, mês de aniversário de São João, o trabalho foi exposto em banners nas vitrinas do comércio local e, a partir de agosto, tornaram-se itinerantes nas escolas. ESTATUTO Em 2010, em decisão de Assembleia Geral, foi aprovado novo Estatuto, substituindo o anterior, que, dezoito anos depois, encontrava-se defasado. Como principais alterações, os patronos passaram a ser imutáveis, respeitados os nomes definidos no Estatuto e, ao lado da votação por carta, foi admitido o voto por e-mail. Por outro lado, a diretoria ficou mais condensada, sem suplência, bem como se estipulou mandato bienal, sendo permitida apenas uma reeleição sucessiva para o cargo de presidente. 30


OS QUARENTA ANOS A seguir, acompanhando os novos tempos, a gestão de Francisco Arten (20112012) criou página no Facebook, inaugurou a votação por e-mail e fez a Academia atravessar suas portas, envolvendo diferentes instâncias da cidade. Em comemoração aos quarenta anos de sua fundação, a Arcádia lançou no Theatro Municipal o Álbum de Figurinhas – Linha do Tempo, em parceria com a ACE, em projeto concebido e executado pela acadêmica Lucelena Maia. Fechando as comemorações, convidou o crítico literário e escritor Davi Arrigucci Júnior, que proferiu conferência no auditório do Instituto Federal de São Paulo. Ainda, no Fórum local, foram ministradas palestras acerca do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente – tema do 4° Concurso Redação na Escola – envolvendo um juiz, uma advogada e dois promotores de justiça. Também o Concurso Literário rompeu as fronteiras da Arcádia, com a primeira publicação da Antologia dos textos vencedores em 2011. TRIBUTO À REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA As comemorações da Revolução Constitucionalista voltaram-se a sanjoanenses que nela lutaram: uma palestra sobre José Osório Oliveira Azevedo, membro fundador desta Casa, proferida por seu filho, o também acadêmico José Osório de Azevedo Jr.; o lançamento do filme “Maria, Mulher Soldado”, produzido pela UNIFAE; e o lançamento do livro 1932 em São João da Boa Vista, dos acadêmicos Neusa Menezes, Francisco Arten e Lucelena Maia. Este último evento, realizado na Escola Joaquim José em parceria com a Prefeitura Municipal, contou com a presença de integrantes do Tiro de Guerra. Após quarenta anos de publicação não onerosa da “Página Literária” nos jornais locais, a Academia viu-se premida a deixar de fazê-lo por impossibilidade de arcar com os custos, optando por buscar outra forma de editar os textos de seus membros, como de fato ocorreu logo depois, com a publicação da III Antologia da Academia de Letras (2012) e, na gestão seguinte, com a criação da revista Arca (2013). No final da gestão, Davi Arriguci Júnior foi eleito acadêmico honorário, porém, por motivos pessoais, não pôde comparecer posteriormente para a outorga do título.

UMA NOVA DINÂMICA Lucelena Maia esteve à frente da Casa por duas gestões consecutivas (2013-14 e 2015-16). Ambas constituíram um período extremamente inovador e dinâmico. ACADEMIA NAS REDES SOCIAIS A Academia de Letras instalou internet em sua sede, reformulou o site, criou canal no YouTube e perfil no Instagram, bem como grupo 31


de WhatsApp para as comunicações acadêmicas. Ainda, por três anos, teve abertas as portas de sua sede, com a presença de estagiária no período da tarde, graças ao patrocínio da empresa Sequoia Urbanismo. REVISTA ARCA De plano, ficou decidida a criação da Revista Arca, realizando-se um sonho acalentado desde 1974. Composta por textos exclusivamente de acadêmicos, tinha como jornalista responsável o confrade Francisco Arten. Ao primeiro número, lançado em junho de 2013, somaram-se outros sete no período, ao ritmo de duas edições por ano. Igualmente, o Concurso Redação na Escola teve regular continuidade, realizando-se da quinta à oitava edição nesse quadriênio. Outra iniciativa tradicional da Casa, o Concurso Literário de Poesia e Prosa, foi crescendo ao longo do período e, em 2016, alcançava a marca de 1.459 trabalhos inscritos, oriundos de todo o território nacional, além de Portugal, Angola, Moçambique, Estados Unidos, Japão e Alemanha, abrangendo participantes de 8 a 98 anos. EVENTOS A gestão inaugurou reuniões na modalidade de Chá Literário, sempre às 17 horas. O primeiro deles teve como tema “Xícaras além do Chá”, com exposição de xícaras da coleção do acadêmico Lorette, performance teatral, declamações e apresentações musicais. Seguiram-se muitos outros chás, assim como palestras sobre os mais diversos temas, da literatura às histórias em quadrinho, da música à astrofísica. Dentre estas, destacam-se a conferência do membro honorário Almino Affonso sobre o “Golpe de Estado de 1964”, em evento repleto de autoridades; a palestra do Prof. Dr. Renato Miguel Basso, da UFSCar, acerca dos “VIII Séculos de Língua Portuguesa”; o workshop, oferecido aos estudantes, sobre literatura de cordel, com os cordelistas João Gomes de Sá e Varneci Nascimento e os repentistas João Douto e Adão Fernandes; os espetáculos comemorativos aos centenários de Vinicius de Moraes e Dorival Caymmi, realizados no Theatro Municipal, com direção musical e texto de acadêmicas e a participação dos corais da E. E. Pe. Josué Silveira de Mattos e do SESI; e a palestra “Cem anos de samba no Brasil”, pelo jornalista Luiz Nassif, também acompanhada de números musicais. 32


Menção especial merecem as aulas magnas “Revisitando a História do Brasil”, proferidas em três tardes pelo acadêmico João Baptista Scannapieco, com a presença de acadêmicos, professores de história, coordenador do curso de História da UNIFEOB, universitários e amigos. O professor foi além do que costumam trazer os livros, narrando detalhes e episódios inusitados de acontecimentos históricos do período colonial e do Império. Os quarenta e sete alunos receberam certificados e, também, as aulas foram gravadas. A VOLTA DE ORIDES Um dos pontos mais marcantes do período foi “A volta de Orides”, quando do traslado de suas cinzas para São João. O evento se distribuiu ao longo de 2016, numa parceria entre a Academia de Letras e a UNIFAE, que tinha como reitor o acadêmico Francisco Arten. Em abril, o Prof. Dr. Gustavo de Castro, da Universidade de Brasília e estudioso da vida e obra de Orides, proferiu palestra na UNIFAE em tarde de autógrafos de seu livro O Enigma Orides. Textos da poeta ficaram expostos nos corredores do Centro Universitário, um trabalho dos professores e alunos. No mês seguinte, a Academia de Letras – em parceria com a UNIFAE e a Prefeitura Municipal – representada por sua presidente e pela 1ª secretária, fez-se presente no Crematório Jardim das Oliveiras, em Jacareí-SP, para a cremação dos restos mortais da poeta. Ficou acertado que em agosto as cinzas seguiriam definitivamente para São João da Boa Vista, e assim foi feito. Na sequência, foram oferecidos na UNIFAE três dias de oficina com o mesmo professor, sob o tema “Poesia contemporânea – Orides Fontela”. Finalmente, em 3 de setembro de 2016, ainda com a presença do Prof. Dr. Gustavo de Castro, da Sra. Maria Helena de Oliveira (prima de Orides) e familiares, de professores da UNIFAE e amigos da poeta, além de acadêmicos, realizou-se o cortejo das cinzas. Saiu da Academia de Letras, passando por pontos importantes na história de vida da poeta: a casa da Sra. Madalena de Azevedo; o Theatro Municipal; a E.E. Cel. Joaquim José; a casa onde ela nasceu, na Rua Oscar Janson, 18; e a E. E. Cel. Cristiano Osório, até chegar ao Memorial Orides Fontela, na UNIFAE. O cerimonial “A volta de Orides” teve início às 9h45, com especial rito desde a Academia de Letras até sua finalização no Memorial na UNIFAE, conforme detalhado na ata de 31 de agosto daquele ano. OS 45 ANOS Pouco depois, os 45 anos da Academia de Letras foram comemorados em duas edições da Revista Arca e em evento realizado no Theatro Municipal, através do ProAC – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo, com o lançamento de Documentário e do Álbum de Figurinhas Carimbadas, acompanhado por apresentação 33


musical e declamação. Vale registrar que foi a única ocasião em que, ao longo deste meio século, a Arcádia ousou se utilizar dessa exigente legislação de incentivo à cultura. O ESTATUTO Em 2014, em decisão de Assembleia Geral, foi aprovado novo Estatuto. Enxugou-se o quadro da diretoria, abolindo-se o 2° vice-presidente e os bibliotecários, e acrescentou-se um capítulo específico sobre infrações cometidas por acadêmicos, membros honorários e correspondentes. O novo Estatuto limitou o número destes últimos e restringiu a possibilidade de os acadêmicos se transferirem para essa categoria, reservando-a àqueles de reconhecido valor/relevantes serviços e àqueles que fixarem residência em localidade distante, sempre mediante pedido a ser aprovado pela Diretoria. Igualmente, definiu que membros honorários e correspondentes não gozarão das mesmas prerrogativas dos acadêmicos. Foram muitos trabalhos, graças também ao apoio dos parceiros e patrocinadores. Para eles, a diretoria criou o “Troféu Amigo das Letras”, um vaso de cristal com a logomarca da instituição, em cores diferentes a cada ano, a ser entregue ao final da gestão, juntamente com o “Diploma Amigo das Letras”. Finalizados os mandatos, as duas diretorias deixaram o legado de suas ações registrado na Revista Arca e publicações da Casa, na página do Facebook, no site da ALSJBV e em seu canal no YouTube.

POR UMA NOVA SEDE A gestão do presidente Lorette (2017/2018) coincide com o período de reforma da Estação Ferroviária, onde está sediada a Academia de Letras. Em fevereiro de 2017 encaixotam-se todos os pertences da Academia de Letras: livros, móveis e equipamentos são acomodados em caixas de papelão e guardados em prédio cedido pela Prefeitura Municipal, com transporte também pela Prefeitura, para reforma da Estação Ferroviária, já definida havia dois anos. A sede permanece em sala provisória na mesma Estação, recebendo eventos e palestras. Em janeiro do ano seguinte, mais uma vez a Academia de Letras precisa desocupar seu espaço, para continuidade da reforma da Estação. Em setembro de 2018, já se vislumbra o fim das obras e a necessidade de mobiliário e adesivos com a logomarca da ALSJBV para as portas de vidro. Nesse 34


ínterim, ainda em sala provisória, a Academia recebe a 41ª Semana Guiomar Novaes, com recital de Eudóxia de Barros e palestra de João Luiz Sampaio acerca da temporada da pianista sanjoanense em Nova Iorque. Em novembro tem lugar a premiação do XXVI Concurso Literário de Poesia e Prosa. Finalmente, em 1º de dezembro de 2018, é inaugurada na “Estação das Artes” a nova sede da Academia de Letras e realizada a entrega do Troféu Amigo das Letras aos patrocinadores da gestão.

SEGUINDO EM FRENTE Coube à equipe liderada pela presidente Lucelena Maia, esta em sua terceira gestão, tocar os trabalhos da instituição no biênio 2019/2020. Uma vez instalada na nova sede, a Academia recebeu doação do casal Diva e Carolus Johannes Barth para equipar a cozinha com eletroeletrônicos e adequar o layout interno. Vários eventos movimentaram a instituição em 2019. Dois deles ousaram no formato da apresentação, a começar pela palestra “Serpentina Literária”, em que confreira Beatriz Castilho discorreu sobre a história do carnaval, acompanhada de musicistas acadêmicas e baile de máscaras na plataforma da Estação. Comemorando o Dia Internacional da Mulher no Theatro Municipal, nove acadêmicas e duas amigas atreveram-se a representar “11 Mulheres sem Segredos”, monólogos adaptados de livro de contos da confreira Silvia Ferrante, com direção de Leandro Gulin. Por sua vez, a acadêmica Maria José Gargantini Moreira apresentou a conferência “João Cabral de Melo Neto: andanças pela Andaluzia” para comemorar o centenário de nascimento do poeta, em Chá Literário intercalado com música, dança flamenca e sabores de Espanha. Também, por ocasião da 42ª Semana Guiomar Novaes, a Arcádia foi parceira da Prefeitura e da APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte, com palestra do ex-ministro José Gregori no Teatro Estação das Artes, seguida de apresentação musical. A par dessas atividades, a Academia de Letras conduziu simultaneamente três concursos. Ao lado dos tradicionais concursos de “Poesia e Prosa” e “Redação na Escola”, realizou o concurso “Orides: poesia, raízes e caminhos”, com o objetivo de divulgar/ dessacralizar a obra da poeta junto a alunos do ensino médio. Este último foi antecedido por um Seminário com a presença de especialistas convidados para abordar a poética de Orides e da poesia contemporânea, como forma de melhor preparar os alunos do ensino médio a respeito da temática. No biênio, foram lançadas a 9ª e a 10ª edição da Arca, esta última já em 29 de fevereiro de 2020. Poucos dias depois, porém... ... A PANDEMIA obrigou a suspender os eventos culturais e os trabalhos internos até que, em 24 de junho, a diretoria fez sua primeira reunião por videoconferência 35


(Google Meet) para tratar dos assuntos pendentes desde março. Definiu-se que, devido à crise pandêmica, realizar-se-iam no segundo semestre somente três eventos – e por live: a posse de neoacadêmico, a premiação do Concurso Literário de Poesia e Prosa, e a Comemoração de Abertura do Cinquentenário do Sodalício. POSSE PELA WEB O dia 20.08.2020 foi histórico para a instituição. Em momento inusitado, em primeira transmissão por live, tomou posse a acadêmica Marly T. Estevam de Camargo Fadiga, acompanhada apenas da diretoria, todos usando máscara. Ao final da live, constataram-se cento e quarenta acessos, o dobro do número de pessoas que comporta a sala da Casa de Letras. Em razão da pandemia, também a Premiação do XXVIII Concurso Literário de Poesia e Prosa ganhou formato de live. Pediu-se aos finalistas que enviassem vídeos de até trinta segundos, os quais foram mostrados durante a cerimônia de premiação. Em setembro, foi eleita a chapa “Compromisso”, liderada por Beatriz Castilho e composta pelos diretores então em exercício e pela acadêmica Maria José Moreira. Sendo a única chapa inscrita, foi eleita por aclamação via WhatsApp, por solicitação dos acadêmicos. Acadêmicos não usuários desse aplicativo votaram por via impressa ou telefone. RUMO AOS 50 Tendo em vista o Cinquentenário da instituição, a partir de esboço proposto pela presidente, foi confeccionado pelo designer Eduardo Menezes o Selo 50 Anos, para ser usado nos trabalhos da Academia de Letras durante tal período. Na mesma direção, ao longo do segundo semestre de 2020, a presidente em exercício e a presidente eleita Beatriz Castilho iniciaram pesquisas nos livros de atas para elaboração de uma versão preliminar da presente obra, visando contar os primórdios da história da instituição. Uma vez feita a montagem gráfica pela acadêmica Neusa Menezes, o texto foi postado no site da Arcádia em novembro, para leitura on line. Paralelamente, organizou-se o evento de Abertura do Jubileu de Ouro. Foi pedido aos acadêmicos que gravassem vídeos de trinta segundos para serem inseridos na live. Isso feito, a presidente em exercício e a presidente eleita escreveram o texto para a Abertura do Cinquentenário, intercalando-o com a apresentação dos trinta e quatro vídeos e dezesseis imagens. Exatamente no dia 15 de novembro de 2020, quando a instituição entrava no 50º ano de existência, seu site foi atualizado, inclusive a página de rosto, onde foi inserido o Selo 50 Anos, entre outras novidades. Estava tudo pronto para a Abertura do Jubileu de Ouro da Arcádia. 36


Finalmente, em 28 de novembro de 2020, na sede da Academia de Letras, por live, transmitiu-se a cerimônia, com a presença apenas dos cinco diretores. Textos, vídeos, imagens e apresentação musical pelos acadêmicos Wildes e Wilges Bruscato completaram a importante história dos primórdios da instituição. Os acadêmicos, mesmo não estando presentes fisicamente no evento, ajudaram a contá-la, por vídeo, inclusive declamando poemas de fundadores desta Casa de Letras.

OS DIAS ATUAIS Em fins de janeiro de 2021 toma posse a diretoria conduzida por Beatriz Castilho (2021-2022). A pandemia não havia cedido; a vacinação sequer se iniciara no país. Assim, fez-se a posse em reunião restrita aos seis diretores, com transmissão por live. Apresentada a Agenda Cultural do ano, esta teve que se readequar às novas restrições trazidas pelo agravamento do quadro sanitário. A primeira palestra, que seria realizada por live, precisou ser adiada em razão de nova variante do coranavírus, que fez recrudescer a pandemia a ponto de se proibirem reuniões e de se decretar toque de recolher no início da noite, impossibilitando qualquer evento. A partir de abril, o uso de ferramentas de videoconferência estendeu-se a todas as reuniões acadêmicas – até então, esse recurso era usado somente nas reuniões de diretoria. Foi por esse meio que se deu a apuração dos votos recebidos por Hélio Correa da Fonseca Filho, quando de sua eleição. Poder se verem, mesmo que mediados por uma tela, foi um momento de grande emoção para os acadêmicos, que não se reuniam há mais de um ano. Foi então que se decidiu adquirir a licença do Zoom sincronizado ao YouTube, assim possibilitando tanto a presença virtual dos acadêmicos quanto a transmissão pela rede. Por sua vez, o acadêmico Lorette aceitou ser o conferencista a testar a novo instrumento, agendando sua palestra sobre Orides para poucos dias depois. A novidade foi bem aceita: de um lado, uma acadêmica, senhora de seus oitenta anos, contratou professor de informática somente para ensiná-la a operar o Zoom e, de outro, o primeiro tesoureiro Lauro aceitou bravamente a incumbência de levar o evento ao YouTube. Vencida a primeira barreira, sucederam-se outros chás literários, com expressivo número de acessos e intensa participação do público, via chat. Mergulhada no mundo digital, a Academia vencia as barreiras de espaço e tempo, trazendo palestrantes fisicamente distantes e conquistando público antes inalcançável, a ponto de a premiação do XXIX Concurso Literário contar com a maciça participação dos finalistas e cerca de quinhentos e oitenta acessos. A pandemia fez as escolas continuarem fechadas, assim interrompendo momentaneamente o Concurso Redação na Escola. Também a revista Arca somente voltou a ser publicada em novembro de 2021, quando do Jubileu de Ouro, vinte meses após a anterior: de um lado, com a crise econômica e sanitária, não se encontravam patrocinadores 37


dispostos a investir em cultura e, de outro, as pessoas evitavam compartilhar objetos, como jornais e revistas. Os convites passaram a ser exclusivamente on line, enviados por e-mail ou WhatsApp. E até a duração dos eventos e a linguagem teve que ser readequar aos suportes digitais. Sequer as Antologias dos Concursos Literários 2020 e 2021 puderam ser impressas (este último edital previra unicamente a versão on line). Ou melhor, se isso acabou acontecendo foi por obra de uma contrapartida social oferecida por uma editora que fez lançamento usando o espaço da Academia. A propósito, definiu-se que a sede seria cedida gratuitamente para lançamento de livros, mediante contrato de comodato a estabelecer responsabilidades, sobretudo no tocante aos cuidados com o acervo do Sodalício. Iniciou-se a organização da biblioteca, a começar pelos documentos da instituição e obras escritas por acadêmicos e autores da região. Vale relatar um providencial incidente: por duas curtas manhãs, cada qual em um dia, dois integrantes do programa Mutirão Social patrocinado pela Prefeitura prestaram assistência nos serviços da biblioteca, porém com inúmeras dificuldades decorrentes de sua escolarização deficiente. Nenhum deles retornou no dia seguinte e ambos acabaram por abandonar o programa. Comentando o ocorrido com o Diretor de Cultura, a presidente sugeriu-lhe que se fizesse um cursinho popular na cidade, prontificando-se a buscar professores no quadro de acadêmicos e oferecendo-se ela própria a tal mister. A ideia prosperou, e hoje o projeto se encontra em fase de montagem, com a participação da UNESP, Instituto Federal e Prefeitura Municipal, além da Academia de Letras, que conta agora com mais uma professora voluntária. Em comemoração ao Cinquentenário, todos os documentos produzidos em 2021 trouxeram o Selo comemorativo, bem como foi atualizada no site a biografia dos acadêmicos, após exaustivas pesquisas realizadas pela presidente em atas, documentos, internet e, também, junto a cartórios e familiares. Culminando o processo, publicou-se esta nova edição do livreto histórico, acrescentando-lhe os feitos da Academia de 1972 aos dias atuais. No momento em que esta passagem é escrita, outubro de 2021, a vida cultural começa a ser retomada, graças ao avanço da vacinação contra a COVID-19 no país. Nesse contexto, a Academia participou da 44ª Semana Guiomar Novaes no Theatro Municipal, com o recital “Prosa ao piano: Guiomar e outras notas”, em que Cláudio Richerme interpretou Villa-Lobos e dialogou com membros da Academia a respeito da arte da pianista e do maestro. Com a devida cautela sanitária, a instituição prepara-se para, neste último trimestre, reabrir as portas de sua casa com palestras e... a festividade do Jubileu de Ouro. Estima-se que seja presencial, reunindo todos 38


os acadêmicos. Terá a presença de um dos fundadores da Casa, o único vivo e lúcido, Oscar Burgos Possolo, bem como do escritor Ricardo Ramos Filho, presidente da UBEUnião Brasileira de Escritores, filho e neto de escritores (seu pai, o contista Ricardo Ramos, e seu avô, Graciliano Ramos). Terá também músicas compostas por sanjoanenses, a serem interpretadas por acadêmicos e familiares, bem como a entrega do Troféu Amigo das Letras e o lançamento da 11ª edição da revista Arca e do livreto ALSJBV: 50 Anos de História. E assim, com alegria e arte, comemoram-se os cinquenta bem vividos anos da Academia de Letras de São João da Boa Vista. Pesquisa e Elaboração: Beatriz V. C. Castilho Pinto Presidente Cadeira 31 - Patrono Paulo Setúbal

Lucelena Maia Vice-Presidente Cadeira 13 - Patrono Humberto de Campos

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PRESIDENTES Beatriz Virgínia Camarinha Castilho Pinto

É a atual Presidente para o biênio 2021-2022, após ter exercido a função de segunda-tesoureira na gestão anterior. Sob sua gestão, a Academia passou a realizar eventos e palestras mensais por meio da plataforma Zoom, com a presença virtual dos acadêmicos como meio de manter a instituição ativa durante o isolamento social imposto pela pandemia. Os eventos, transmitidos pelo YouTube e abertos a debate, têm alcançado um público antes inimaginado. Tomou posse na Academia de Letras em 20.06.1998, tendo como patrono o escritor Paulo Setúbal, Cadeira 31. Nascida em DuartinaSP, mudou-se para São João da Boa Vista na juventude e logo começou a cursar Letras na Universidade de São Paulo – USP, onde se graduou. É também advogada formada pela Unifeob, com especialização em Processo Civil pela mesma instituição. Tem mestrado em Linguística pela Unicamp, na área de Semântica e Argumentação. Por cerca de duas décadas foi professora de literatura em colégios particulares e cursinhos da cidade. Posteriormente, dedicou-se à docência universitária, nas áreas de língua portuguesa e linguística, dividindo-se entre os cursos de Direito, Letras e Administração. Foi docente convidada em cursos de pós-graduação da Unifeob e do programa Teia do Saber, voltado à formação continuada para professores da escola pública, patrocinado pela Secretaria de Educação do Estado de SP. Exerce trabalhos de revisão textual de revistas acadêmicas, livros e trabalhos de mestrado e doutorado. Tem artigos de crítica literária publicados nos jornais locais, bem como artigos científicos publicados em revistas especializadas de Direito e Linguística por todo o país. Em parceria com a vice-presidente Lucelena Maia, fez as duas edições (2020, 2021) do livreto sobre a Academia de Letras, em que ambas resgatam um pouco da história da instituição, a propósito de seu Cinquentenário. Ainda em homenagem à data, promoveu a atualização dos dados biográficos dos quarenta fundadores da Arcádia, publicados no site da instituição.

Lucelena Maia

Foi eleita Presidente para o biênio 2019|2020, tendo sido Presidente em outras duas gestões, biênios 2013|2014 e 2015|2016. Tomou posse na Academia de Letras em 24.10.2009, cadeira 13, patrono Humberto de Campos. Nasceu em Uru, noroeste do Estado de São Paulo, em 28.07.1961. Morou nas cidades de Santo André-SP e Uberlândia-MG antes de se mudar para São João da Boa Vista, em janeiro de 2007. É graduada em Administração de Empresas. Membro do IAT – Instituto de Artes, Cultura e Ciências do Triângulo, desde dezembro de 2003. No ano de 2012 recebeu o título de Cidadã Sanjoanense. Criou para a Academia de Letras os projetos: Catálogo 40


Um Olhar sobre São João, Concurso Redação na Escola, Revista Arca e Álbum de Figurinhas - Linha do Tempo e Figuras Carimbadas, este último em comemoração aos 45 anos da Instituição, por meio da Lei de Incentivo Cultural Estadual – ProAC. Realizou, ainda, o Documentário 45 anos da ALSJBV, apresentado no Theatro Municipal da cidade em 15 de novembro de 2016. É autora dos romances Um Alvo Calculado, Sombras de uma Profecia e O Lugar e o Tempo. É também autora do livro de poemas Põe-te de pé, Poeta! e coautora do livro 1932 em São João da Boa Vista. Em parceria com a presidente Beatriz Castilho, fez as duas edições (2020, 2021) do livreto sobre a Academia de Letras, resgatando um pouco da história da instituição. Em 2022 lançará o romance ...Na Soleira do Tempo.

Antonio Carlos Rodrigues Lorette

Foi eleito Presidente para o biênio 2017|2018. Tomou posse na Academia de Letras em 29.07.2007, cadeira 32, patronesse Orides Fontela. É natural de São João da Boa Vista, nascido em 27.02.1967. Graduado em Arquitetura e Urbanismo, é Mestre e Doutor em Urbanismo pela PUC Campinas. Especialista em restauração de edificações, é responsável pelo escritório Lorette Arquitetos Associados, com destaque para as obras Senac São João da Boa Vista, Igreja Catedral e fontanários de Águas da Prata. Foi redator de história e cultura nos jornais O Município e A Cidade de São João. Atualmente é professor universitário na PUC Minas, em Poços de Caldas. É membro cofundador do Condephic de São João da Boa Vista, do Museu de Arte Sacra da Diocese, curador de exposições do Museu Histórico e da Galeria Ângela Bonfante. Coordena e faz curadoria de inúmeros eventos na cidade e região. Foi vice-presidente da Academia de Letras nas gestões 2013|2014 e 2015|2016, ambas sob a presidência de Lucelena Maia. Como presidente, legou para a Academia de Letras as novas instalações de sua sede na Estação das Artes, inaugurada em dezembro de 2018, em realização conjunta com o Departamento Municipal de Cultura.

Francisco de Assis Carvalho Arten

Foi eleito Presidente para o biênio 2011|2012. Tomou posse na Academia de Letras em 13.03.1999, cadeira 10, patrono Darcy Ribeiro. Nasceu em Espírito Santo do Pinhal-SP. É advogado, professor de História Geral e História do Brasil. Tem Mestrado e Doutorado em Comunicação e Mercado pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, de São Paulo. Foi vereador por vários mandatos, sendo Presidente da Câmara de 1993 a 1994. Foi reitor da UNIFAE – Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino de 2013 a 31 de agosto de 2020. Criou o curso de Medicina no Centro Universitário. É escritor, autor do romance O Prefeito e o Capeta, do romance histórico Nos Campos de São João, bem como coautor do livro 1932 em São João da Boa Vista. É atuante na cidade nas áreas de cultura, educação, comunicação e política. 41


Maria Célia de Campos Marcondes

Foi eleita Presidente para o triênio 2008|2010. Tomou posse na Academia de Letras em 21.09.1991. Nasceu em Marília-SP, em 14.01.1947. É professora formada em 1965 pelo Externado Imaculada, de Campinas; graduada em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCamp); em Geografia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Guaxupé-MG; em Pedagogia pela Fundação de Ensino Octávio Bastos, de São João da Boa Vista; pós-graduada em Instrumentalização Didático-Pedagógica pelo Instituto Maria Imaculada, de Mogi Guaçu-SP; e mestre em Educação pela Universidade Bandeirantes, de São Paulo. Autora do livro Arte e Cultura em São João da Boa Vista.

Sérgio Ayrton Meirelles de Oliveira

Foi eleito presidente para o triênio 2005|2007. Tomou posse na Academia de Letras em 13.03.1999. Nasceu em Barretos-SP, em 29.10.1945. É advogado formado em 1971 pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - Largo de São Francisco. Foi professor de Direito Constitucional no curso de graduação em Administração Pública da Escola de Administração de Empresas de São Paulo - Fundação Getúlio Vargas. Também ministrou cursos de Direito Tributário e Direito Comercial para turmas de Administração de Empresas. Foi professor da disciplina Instituições de Direito Público e Privado na Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas da Fundação de Ensino Octávio Bastos e professor de Direito Civil III (Contratos) na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, campus de Poços de Caldas. É mestre em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba. Foi provedor da Santa Casa Carolina Malheiros e presidente da OAB local.

Maria Aparecida Pimentel Mangeon Oliveira

Foi eleita Presidente em três gestões consecutivas: de 1996 a 2004. Nasceu em Amparo-SP. Tomou posse na Academia em eleição em 21.09.1991. Professora, com Licenciatura em Letras Neolatinas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas; Bacharel em Economia pela Faculdade de Administração e Economia da UNIFAE, de São João da Boa Vista; e Bacharel em Direito pela Fundação de Ensino Octávio Bastos – UNIFEOB, de São João da Boa Vista. Curso de Pós-Graduação lato sensu, com especialização em Letras - Língua Portuguesa, pelo Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, de Itu-SP. Mestre em Letras e Comunicação, pela Universidade Mackenzie, de São Paulo-SP. Faleceu em 2006. 42


José Edgard Simon Alonso

Foi eleito Presidente para o triênio 1993|95. Tomou posse na Academia de Letras em 17.12.1988. Nasceu na cidade de Aguaí-SP, em 09.04.1930. Formou-se médico pela Escola Paulista de Medicina, turma de 1954. Durante três anos, clinicou sucessivamente em Aguaí, Adamantina e Perus, na Fábrica de Cimento. Após esse período cursou residência médica no Hospital São Luiz, em São Paulo, nas especialidades de Obstetrícia e Cirurgia. Durante sua gestão, adoeceu gravemente, sendo substituído, em dezembro de 1993, por Maria Célia de Campos Marcondes, 2ª vice-presidente, em virtude de o 1º vice-presidente, Jonathas Mattos Jr., ter renunciado ao cargo. Faleceu em 1994.

Wildes Antônio Bruscato

Foi eleito Presidente para o triênio 1990|1992. Tomou posse na Academia de Letras em 20.09.1985. Nasceu em 27 de janeiro de 1940 em São João da Boa Vista. Advogado, formado em Direito pela Fundação de Ensino Octávio Bastos – UNIFEOB, de São João da Boa Vista. É também formado em Regência de Coral. De 1974 a 1982, com o pedido de dispensa pelo Maestro Messias, passou a Regente Titular do Coral Irmã Wanda, do Grupo Espírita Irmão Joseph. Em setembro de 1982, foi um dos fundadores do Coral Vozes de São João da Boa Vista, regendo-o até 1994. Em 1989, concluiu os Cursos Avançados para Regentes Profissionais. De 1987 a 1996 regeu o Coral Municipal de Mogi Guaçu. De 1988 a 2000 regeu o Coral Pinhalense, da Associação Pinhalense de Cultura, de Espírito Santo do Pinhal. Em 1997 auxiliou na formação do Coral Forense, do Fórum Plínio Barreto, de São João da Boa Vista, regendo-o durante três anos.

Octávio Pereira Leite

Foi Presidente por três gestões consecutivas, de 1981 a 1989. Tomou posse na Academia de Letras em 15.11.1971, cadeira 4, patrono José de Alencar. É natural de Bananal-SP, onde nasceu em 1902. Foi escrevente habilitado em Cartório de Mogi Mirim. Em São José do Rio Pardo, foi oficial maior do Cartório do 1º Ofício e Prefeito Municipal. Em São João da Boa Vista foi oficial maior do Cartório de Notas e Anexos e, mais tarde, promovido, por concurso, para o cargo de 1º tabelião de Notas e Anexos. Foi Vereador e Presidente do Rotary Clube sanjoanense; sócio fundador e presidente da Sociedade Cultural de Debates; sócio fundador e vice-presidente do Serviço de Assistência Social – SAS; redator do 43


jornal A Cidade de São João e colaborador de O Município. Dentre as inúmeras honrarias recebidas, destaca-se o título de cidadão honorário de São João da Boa Vista. Publicou os livros Sob os céus da Europa, Velhas páginas, O Nordeste e a Amazônia e Minhas memórias, além de obras técnicas. Faleceu em 1989, quando exercia seu terceiro mandato como Presidente.

Dom Tomás Vaquero

Foi o primeiro Presidente, cargo que ocupou por três gestões consecutivas, de 1971 a 1980. Prestes a deixar o cargo, foi eleito Presidente Vitalício de Honra. Foi um dos fundadores da Academia e o primeiro a nela tomar posse, na sessão solene de 15.11.1971, realizada na Sociedade Esportiva Sanjoanense. Nasceu em Pirassununga-SP, em 26.03.1914. Foi ordenado sacerdote em Roma, em 1941, e logo nomeado Vigário Cooperador da Paróquia da Itapira. Foi professor no Seminário Central Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo e, por vários anos, na PUC-Campinas. Era membro de três academias literárias, instituídas dentro de seminários católicos: Grêmio Santa Teresinha, do Seminário Diocesano de Campinas; Academia de Letras Beato Inácio de Azevedo, do Pontificio Collegio Pio Brasiliano, de Roma; e Academia de Letras José de Anchieta, do curso de Filosofia do Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo, da qual foi diretor. Em 1959, já cônego, foi designado pároco em Mogi Mirim e, quatro anos depois, nomeado Bispo da Diocese de São João da Boa Vista, onde tomou posse em 1° de setembro de 1963. Foi professor nas Faculdades de Direito, Administração e Filosofia, Ciências e Letras em São João da Boa Vista, de 1970 a 1985. Recebeu inúmeros títulos honoríficos, tais como Cônego Honorário e Catedrático do Cabido Metropolitano da Arquidiocese de Campinas e Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Campinas, além de cidadão honorário de nove cidades da região. Faleceu em 1993. Em janeiro de 2021 foi aberto solenemente o seu processo de beatificação, em missa solene realizada na Catedral de São João da Boa Vista.

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DIRETORIAS Biênio 2021|2022 Presidente: Vice-Presidente: 1ª Secretária: 2ª Secretária: 1º Tesoureiro: 2ª Tesoureira: CONSELHO FISCAL

Biênio 2019|2020 Presidente: Vice-Presidente: 1ª Secretária: 2ª Secretária: 1º Tesoureiro: 2ª Tesoureira: CONSELHO FISCAL

Biênio 2017|2018 Presidente: Vice-presidente: 1ª Secretária: 2ª Secretária: 1º Tesoureiro: 2ª Tesoureira: CONSELHO FISCAL

Biênio 2015|2016 Presidente Vice-Presidente 1ª Secretária

Beatriz Virgínia Camarinha Castilho Pinto Lucelena Maia Nívea Poli Barbosa Maria José Gargantini Moreira da Silva Lauro Augusto Bittencourt Borges Vania Gonçalves Noronha Donisete Tavares Moraes Oliveira João Otávio Bastos Junqueira Wilges Ariana Bruscato Lucelena Maia Vania Gonçalves Noronha Silvia Tereza Ferrante Marcos de Lima (renunciou em 16.10.2019) Nívea Poli Barbosa (assumiu a Secretaria em 16.10.2019) Lauro Augusto Bittencourt Borges Beatriz Virgínia Camarinha Castilho Pinto Donisete Tavares Moraes Oliveira João Otávio Bastos Junqueira Wilges Ariana Bruscato Antonio Carlos Rodrigues Lorette Jorge Gutemberg Splettstoser Carmen Lia Batista Botelho Romano Maria Ignez dos Santos D´Ávila Ribeiro Lauro Augusto Bittencourt Borges Vania Gonçalves Noronha Donisete Tavares Moraes Oliveira José Rosa Costa Sérgio Ayrton Meirelles de Oliveira Lucelena Maia Antonio Carlos Rodrigues Lorette Silvia Tereza Ferrante Marcos de Lima 45


2ª Secretária 1º Tesoureiro 2ª Tesoureira CONSELHO FISCAL

Carmen Lia Batista Botelho Romano Lauro Augusto Bittencourt Borges Vania Gonçalves Noronha Donisete Tavares Moraes de Oliveira Sérgio Ayrton Meirelles de Oliveira Marcos César Pavani Parolin

Biênio 2013|2014 Presidente 1º Vice-presidente 2º Vice-presidente 1ª Secretária 2ª Secretária 1º Tesoureiro 2ª Tesoureira 1ª Bibliotecária 2º Bibliotecário CONSELHO FISCAL

Lucelena Maia Antonio Carlos Rodrigues Lorette João Sérgio Januselli Silvia Tereza Ferrante Marcos de Lima Maria Cândida de Oliveira Costa Lauro Augusto Bittencourt Borges Vania Gonçalves Noronha Maria Célia de Campos Marcondes Antônio “Nino” Barbin

Biênio 2011|2012 Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 1º Secretário 2ª Secretária 1º Tesoureiro 2ª Tesoureira 1ª Bibliotecária 2ª Bibliotecária CONSELHO FISCAL

Francisco de Assis Carvalho Arten Vedionil do Império Sérgio Ayrton Meirelles de Oliveira Gilberto Brandão Marcon Silvia Tereza Ferrante Marcos Lauro Augusto Bittencourt Borges Sonia Maria Quintaneiro Maria Célia de Campos Marcondes Gilda Magalhães Nardoto

Luiz Antonio Spada Donisete Tavares Moraes Oliveira Ronaldo Frigini

Donisete Tavares Moraes de Oliveira José Rosa Costa Luiz Antonio Spada

Triênio 2008|2010 Presidente Maria Célia de Campos Marcondes 1º Vice-Presidente Eurico de Andrade Azevedo 2º Vice-Presidente Luiz Antonio Spada 46


1º Secretário Antônio “Nino” Barbin 2ª Secretária Gilda Magalhães Nardoto 1º Tesoureiro Lauro Augusto Bittencourt Borges 2ª Tesoureira Maria Cecilia Azevedo Malheiro 1ª Bibliotecária Maria José Gargantini Moreira da Silva 2º Bibliotecário João Sérgio Januzelli de Souza 1ª Suplente Sonia Maria Silva Quintaneiro 2º Suplente João Baptista Scannapieco 3ª Suplente Ana Lúcia Sguassábia Silveira Finazzi 4ª Suplente Beatriz Virgínia Camarinha Castilho Pinto CONSELHO FISCAL E CONSULTIVO José Rosa Costa Francisco de Assis Carvalho Arten Antonio Carlos Rodrigues Lorette Triênio 2005|2007 Presidente Sérgio Ayrton Meirelles de Oliveira 1º Vice-Presidente Jorge Guttemberg Splettstoser 2º Vice-Presidente Francisco de Assis Martins Bezerra 1ª Secretária Maria Aparecida Pimentel Mangeon Oliveira (Falece em 2006) 2ª Secretária Ana Lúcia Sguassábia Silveira Finazzi (Assume) 1º Tesoureiro Vedionil do Império 2º Tesoureiro Wildes Antônio Bruscato 1º Bibliotecário João Baptista Scannapieco 2ª Bibliotecária Adélia Jorge Adib Nagib DIRETORES SUPLENTES Beatriz Virgínia Camarinha Castilho Pinto Luiz Antonio Spada Francisco de Assis Carvalho Arten José Rosa Costa CONSELHO FISCAL E CONSULTIVO Nege Além Salomão Vieira Ernani de Almeida Paiva Triênio 2002|2004 Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 1º Secretário 2ª Secretária 1º Tesoureiro

Maria Aparecida Pimentel Mangeon Oliveira Antônio “Nino” Barbin Sérgio Ayrton Meirelles de Oliveira Vedionil do Império Ana Lúcia Sguassábia Silveira Finazzi Wildes Antônio Bruscato 47


2ª Tesoureira Maria José Gargantini Moreira da Silva 1º Bibliotecário Nege Além 2ª Bibliotecária Esmeralda Peregrino de Moura DIRETORES SUPLENTES Clineida Andrade Junqueira Jacomini Revdo. Décio Madruga Francisco de Assis Carvalho Arten Maria Cecilia Azevedo Malheiro CONSELHO CONSULTIVO E FISCAL Antônio de Pádua Barros Ernani de Almeida Paiva Revdo. Edwald Vallim Triênio 1999|2001 Presidente Maria Aparecida Pimentel Mangeon Oliveira 1º Vice-Presidente Antônio de Pádua Barros 2º Vice-Presidente Teófilo Ribeiro de Andrade Filho 1º Secretário Vedionil do Império 2º Secretário Antônio “Nino” Barbin 1º Tesoureiro Wildes Antônio Bruscato 2º Tesoureiro Oswaldo de Oliveira Silveira 1ª Bibliotecária Esmeralda Peregrino de Moura 2ª Bibliotecária Clineida Andrade Junqueira Jacomini DIRETORES SUPLENTES Carino Gama Correia Filho José Rosa Costa Maria José Gargantini Moreira da Silva Odila de Oliveira Godoy CONSELHO CONSULTIVO E FISCAL Ernani de Almeida Paiva Nege Além Palmyro Ferranti Triênio 1996|1998 Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 1º Secretário 2ª Secretária 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro 1ª Bibliotecária 48

Maria Aparecida Pimentel Mangeon Oliveira João Baptista Scannapieco Teófilo Ribeiro de Andrade Filho Antônio “Nino” Barbin Clineida Andrade Junqueira Jacomini Wildes Antônio Bruscato Oswaldo de Oliveira Silveira Esmeralda Peregrino de Moura


2º Bibliotecário CONSELHO FISCAL

Triênio 1993|1995 Presidente 1º Vice-Presidente 2ª Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro 1º Bibliotecário 2ª Bibliotecária CONSELHO FISCAL

Antônio de Pádua Barros Francisco Maríngolo Nege Além Palmyro Ferranti José Edgard Simon Alonso (licencia-se em 13.08.1994, por motivo de saúde) Jonathas Mattos Júnior “Jotinha” – renunciou por carta datada de 04.08.1994 Maria Célia de Campos Marcondes - Assume a presidência interina em 13.08.1994. Christino Cardoso de Pádua renuncia por carta datada de 30.08.1993

Antônio “Nino” Barbin – Assume a secretaria em 11.10.1993 Wildes Antônio Bruscato Oswaldo de Oliveira Silveira Antonio Marcelino Oliveira Odila de Oliveira Godoy Palmyro Ferranti Francisco Maríngolo Nege Além

Triênio 1990|1992 Presidente Vitalício de Honra Dom Tomás Vaquero Presidente Wildes Antônio Bruscato 1º Vice-Presidente Francisco Maríngolo 2ª Vice-Presidente Lucila Martarello Astolpho 1º Secretário José Edgar Simon Alonso 2º Secretário Nege Além 1º Tesoureiro Palmyro Ferranti 2º Tesoureiro José Rosa Costa 1ª Bibliotecária Odila de Oliveira Godoy 2º Bibliotecário Ademaro Prézia CONSELHO FISCAL Oswaldo de Oliveira Silveira Ernani de Almeida Paiva Licínio Vita da Silva

49


Triênio 1987|1989 Presidente Vitalício de Honra Dom Tomás Vaquero Presidente Octávio Pereira Leite 1º Vice-Presidente Joaquim José de Oliveira Neto 2º Vice-Presidente Mário Ferreira Balbão 1º Secretário Munir Moukarzel 2º Secretário Carino Gama Corrêa Filho 1º Tesoureiro Palmyro Ferranti 2º Tesoureiro Ademaro Prézia 1ª Bibliotecária Lucila Martarello Astolpho 2º Bibliotecário Abelardo Moreira da Silva CONSELHO CONSULTIVO Ernani de Almeida Paiva Francisco Maríngolo Wildes Antônio Bruscato CONSELHO FISCAL

Isaías Henriques Cortez Neyde de Lima Santos Corbelli Oswaldo de Oliveira Silveira

Triênio 1984|1986 Presidente Vitalício de Honra Dom Tomás Vaquero Presidente Octávio Pereira Leite 1º Vice-Presidente Octávio da Silva Bastos 2º Vice-Presidente Joaquim José de Oliveira Neto 1º Secretário Munir Moukarzel 2ª Secretária Odila de Oliveira Godoy 1º Tesoureiro Palmyro Ferranti 2º Tesoureiro Ademaro Prézia 1º Bibliotecário Mário Ferreira Balbão 2º Bibliotecário Abelardo Moreira da Silva CONSELHO CONSULTIVO Emílio Lansac Toha Lucila Martarello Astolpho Ernani de Almeida Paiva CONSELHO FISCAL Isaías Henriques Cortes Nege Além Oswaldo de Oliveira Silveira

50


Triênio 1981|1983 Presidente Vitalício de Honra Dom Tomás Vaquero Presidente Octávio Pereira Leite 1º Vice-Presidente Octávio da Silva Bastos 2º Vice-Presidente Joaquim José de Oliveira Neto 1º Secretário Munir Moukarzel 2ª Secretária Odila de Oliveira Godoy 1º Tesoureiro Palmyro Ferranti 2º Tesoureiro Ademaro Prézia 1º Bibliotecário Mário Ferreira Balbão 2º Bibliotecário Abelardo Moreira da Silva CONSELHO CONSULTIVO E FISCAL Emílio Lansac Toha Lucila Martarello Astolpho Hélio Corrêa da Fonseca Triênio 1978|1980 Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 1º Secretário 2ª Secretária 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Bibliotecário

Dom Tomás Vaquero Octávio da Silva Bastos Octávio Pereira Leite Munir Moukarzel Odila de Oliveira Godoy Palmyro Ferranti Reverendo José Rodrigues Cordeiro Joaquim José de Oliveira Neto

Triênio 1975|1977 Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 1º Secretário 2ª Secretária 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Bibliotecário

Dom Tomás Vaquero Octávio da Silva Bastos Octávio Pereira Leite Abelardo Moreira da Silva Odila de Oliveira Godoy Palmyro Ferranti Reverendo José Rodrigues Cordeiro Joaquim José de Oliveira Neto

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Primeira Diretoria 1971 Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Bibliotecário CONSELHO FISCAL

RELAÇÕES PÚBLICAS

DIRETORES SOCIAIS

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Dom Tomás Vaquero Octávio da Silva Bastos Octávio Pereira Leite Francisco Roberto de Almeida Júnior Abelardo Moreira da Silva Palmyro Ferranti Reverendo José Rodrigues Cordeiro Joaquim José de Oliveira Neto Emílio Lansac Toha Licínio Vita da Silva Ademaro Prézia Dom Luiz Gonzaga Bergonzini (então cônego) Hélio Corrêa da Fonseca Odila de Oliveira Godoy Maria Leonor Alvarez Silva Jordano Paulo da Silveira Fábio de Carvalho Noronha Milton Duarte Segurado


AS CADEIRAS CADEIRA 01

1- Dom Tomás Vaquero – posse em 15.11.1971 Patrono: Beato José de Anchieta 2- Dom Dadeus Grings – posse em 16.12.1993 Patrono: Beato José de Anchieta 3- Ronaldo Frigini – posse em 17.02.2001 Patrono: Graciliano Ramos

CADEIRA 02

01- Octávio da Silva Bastos – posse em 15.11.1971 Patrono: Rui Barbosa 02- Wildes Antônio Bruscato – posse em 20.09.1985 Patrono: Rui Barbosa

CADEIRA 03

1- Francisco Roberto de Almeida Júnior – “Almeida Jr.” – posse em 15.11.1971 Patrono: Alphonsus de Guimaraens 2- Munir Moukarzel – posse em 19.10.1974 Patrono: Alphonsus de Guimaraens 3- Eurico Andrade Azevedo – posse em 13.03.2004 Patrono: Alphonsus de Guimaraens 4- Lincoln Amaral – posse em 31.08.2012 Patrono: Alphonsus de Guimaraens

CADEIRA 04

1- Octávio Pereira Leite – posse em 15.11.1971 Patrono: José de Alencar 2- Maria Aparecida Pimentel Mangeon Oliveira – posse em 21.09.1991 Patrono: José de Alencar 3- Maria Cândida de Oliveira Costa – posse em 08.03.2008 Patronesse: Jaçanã Altair

CADEIRA 05

1- Abelardo Moreira da Silva – posse em 15.11.1971 Patrono: Visconde de Taunay 2- João Batista Rozon – posse em 19.03.1994 Patrono: Visconde de Taunay

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CADEIRA 06

1- Palmyro Ferranti – posse em 15.11.1971 Patrono: José de Souza Lima 2- Gilberto Brandão Marcon – posse em 21.08.2010 – desligamento em 23.05.2019 Patrono: Mario Quintana 3- Marly Terezinha Estevam de Camargo Fadiga – posse em 20.08.2020 Patrono: Mario Quintana

CADEIRA 07

1- Reverendo José Rodrigues Cordeiro – posse em 15.11.1971 Patrono: Coelho Neto 2- Ana Lúcia Sguassábia Silveira Finazzi – posse em 13.03.1999 Patrono: Coelho Neto 3 - Maria Ignez dos Santos D´Ávila Ribeiro – posse em 22.02.2014 Patrono: Coelho Neto

CADEIRA 08

1- Joaquim José de Oliveira Neto – posse em 15.11.1971 Patrono: Oswaldo Cruz 2- Roberto Melaragno Filho – posse em 22.08.1992 Patrono: Oswaldo Cruz 3- Reverendo Augusto César Costa Pinheiro – posse em 13.03.1999 Patrono: Oswaldo Cruz 4- Sonia Maria Silva Quintaneiro – posse em 10.01.2001 Patrono: José Lins do Rego

CADEIRA 09

1- Emílio Lansac Toha – posse em 15.11.1971 Patrono: Raul de Leoni 2- João Batista Sguassábia – posse em 21.12.1984 Patrono: Raul de Leoni 3- Silvia Tereza Ferrante Marcos – posse em 14.02.2009 Patrono: Raul de Leoni

CADEIRA 10

1- Licínio Vita da Silva – posse em 15.11.1971 Patrono: Washington Luís Pereira de Souza 2- Benedicto Bernal Costa – posse em 19.03.1994 Patrono: Washington Luís Pereira de Souza 3- Francisco de Assis Carvalho Arten – posse em 13.03.1999 Patrono: Darcy Ribeiro

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CADEIRA 11

1- Ademaro Prézia – posse em 15.11.1971 Patrono: Machado de Assis 2- Maria Célia de Campos Marcondes – posse em 21.09.1991 Patrono: Machado de Assis

CADEIRA 12

1- Dom Luiz Gonzaga Bergonzini (então cônego) – posse em 15.11.1971 Patrono: Dom Aquino Corrêa 2- Antonio Marcelino de Oliveira – posse em 22.08.1992 Patrono: Dom Aquino Corrêa 3- Dirce da Silva Fernandes Ortolani – posse em 21.09.2002 Patrono: Carlos Drummond de Andrade 4- Luiza Dezena Torres Silva – posse em 23.06.2007 Patrono: Carlos Drummond de Andrade 5- Décio Teixeira Noronha – posse em 21.08.2010 Patrono: Carlos Drummond de Andrade 6- Luiza Nagib Eluf – posse em 02.08.2014 Patrono: Carlos Drummond de Andrade

CADEIRA 13

1- Hélio Correa da Fonseca – posse em 15.11.1971 Patrono: Humberto de Campos 2- Adélia Jorge Adib Nagib – posse em 11.12.1982 Patrono: Humberto de Campos 3- Lucelena Maia – posse em 24.10.2009 Patrono: Humberto de Campos

CADEIRA 14

1- José Osório de Oliveira Azevedo – posse em 15.11.1971 Patrono: Afonso D’Escragnolle Taunay 2- Teófilo Ribeiro de Andrade Filho – posse em 25.09.1976 Patrono: Afonso D’Escragnolle Taunay 3 - Marcos César Pavani Parolin – posse em 06.09.2014 Patrono: Afonso D´Escragnolle Taunay

CADEIRA 15

1- Odila de Oliveira Godoy – posse em 15.11.1971 Patrono: Casimiro de Abreu 2- José Osório de Azevedo Junior – posse em 18.01.2008 Patrono: Mário de Andrade 3- Cyro Gilberto Nogueira Sanseverino – posse em 01.11.2014 Patrono: Mário de Andrade 55


CADEIRA 16

1- Jordano Paulo da Silveira – posse em 15.11.1971 Patrono: Olavo Bilac 2- Heitor Fenício – posse em 05.08.1978 Patrono: Olavo Bilac 3- José Rosa Costa – posse em 12.12.1987 Patrono: Olavo Bilac

CADEIRA 17

1- Fábio de Carvalho Noronha – posse em 15.11.1971 Patrono: Francisco Dias Paschoal 2- José Carlos Magalhães Teixeira – posse 12.04.1980 Patrono: Francisco Dias Paschoal 3- João Baptista Scannapieco – posse em 26.10.1996 Patrono: Francisco Dias Paschoal

CADEIRA 18

1- Milton Duarte Segurado – posse em 15.11.1971 Patrono: Euclides da Cunha 2- Jonathas Mattos Júnior “Jotinha” – posse em 21.09.1991 Patrono: Euclides da Cunha 3- Plínio de Arruda Sampaio – posse em 18.12.2007 Patrono: João Cabral de Mello Neto 4- José Ricardo Bittencourt Noronha – posse em 31.01.2015 Patrono: João Cabral de Mello Neto

CADEIRA 19

1- Maria Leonor Alvarez Silva – posse em 15.11.1971 Patronesse: Jaçanã Altair 2- José Simoni – posse em 13.11.1987 Patrono: Mário de Andrade 3- Reverendo Décio Madruga – posse em 10.01.2001 Patrono: Nelson Omegna 4- João Otávio Bastos Junqueira – posse em 15.08.2007 Patrono: Paulo Freire

CADEIRA 20

1- Benedito José Barreto Fonseca – posse em 15.11.1971 Patrono: Castro Alves 2- Christino Cardoso de Pádua – posse em 21.09.1991 Patrono: Castro Alves 3- Lauro Augusto Bittencourt Borges – posse em 28.07.2007 Patrono: Castro Alves 56


CADEIRA 21

1- Monsenhor Antônio David – posse em 15.11.1971 Patrono: Dom Duarte Leopoldo e Silva 2- Padre José Benedito de Almeida David – posse em 21.12.1984 Patrono: Dom Duarte Leopoldo e Silva

CADEIRA 22

1- Almir Paula Lima – posse em 15.11.1971 Patrono: Firmino da Costa 2- Isaías Henriques Cortes – posse em 27.03.1982 Patrono: Firmino da Costa 3- Sérgio Ayrton Meirelles de Oliveira – posse em 13.03.1999 Patrono: Mário Palmério

CADEIRA 23

1- Hercílio Ângelo – posse em 15.11.1971 Patrono: João Guimarães Rosa 2- Celina Maria Bastos Varzim – posse em 27.03.1982 Patrono: João Guimarães Rosa

CADEIRA 24

1- Antônio Ferraz Monteiro – posse em 15.11.1971 Patrono: Manuel Carlos de Figueiredo Ferraz 2- Maria José Aranha de Rezende – posse em 09.08.1975 Patrono: Manuel Carlos de Figueiredo Ferraz 3- Esmeralda Peregrino de Moura – posse em 19.08.1995 Patrono: Manuel Carlos de Figueiredo Ferraz 4- Vania Gonçalves Noronha – posse em 08.03.2008 Patrono: Vinicius de Moraes

CADEIRA 25

1- Eunice Veiga – posse em 15.11.1971 Patrono: Manuel Bandeira 2- João Sérgio Januzelli de Souza – posse em 18.11.2006 Patrono: Manuel Bandeira 3- Susana de Vasconcelos Dias – posse em 09.07.2016 Patrono: Manuel Bandeira

CADEIRA 26

1- Jurandir Ferreira – posse em 15.11.1971 Patrono: Vicente de Carvalho 2- Francisco Cozzupoli – posse em 05.05.1986 Patrono: Vicente de Carvalho 3- Thiago Menezes – posse em 17.02.2001 Patrono: Gregório de Matos 57


4- José Carlos Sibila Barbosa – posse em 18.11.2006 Patrono: Gregório de Matos 5- Wilges Ariana Bruscato – posse em 01.11.2014 Patrono: Gregório de Matos

CADEIRA 27

1- Geraldo Majela Furlani – posse em 15.11.1971 Patrono: Gastão Cruls 2- João Batista Pereira Bastos – posse em 24.09.1982 Patrono: Gastão Cruls 3- Antônio “Nino” Barbin – posse em 21.09.1991 Patrono: Érico Veríssimo

CADEIRA 28

1- Reverendo Júlio Andrade Ferreira – posse em 15.11.1971 Patrono: Erasmo Braga 2- Luiz Antonio Spada – posse em 19.08.1995 Patrono: Guilherme de Almeida

CADEIRA 29

1- João Cabete – posse em 15.11.1971 Patronesse: Carmen Cinira 2- Geraldo Filomeno – posse em 18.03.1988 Patrono: Raimundo Correia 3- Antônio de Pádua Barros – posse em 19.08.1995 Patrono: Raimundo Correia 4- Vaga

CADEIRA 30

1- Plínio Silva – posse em 15.11.1971 Patrono: Afonso Schmidt 2- Oswaldo de Oliveira Silveira – posse em 22.08.1981 Patrono: Afonso Schmidt 3- Salomão Vieira – posse em 17.02.2001 Patrono: João Cabral de Mello Neto 4- Neusa Maria Soares de Menezes – posse em 08.03.2008 Patrono: Euclides da Cunha

CADEIRA 31

1- Juversino Garcia de Oliveira – posse em 15.11.1971 Patrono: Paulo Setúbal 2- Beatriz Virgínia Camarinha Castilho Pinto – posse em 20.06.1998 Patrono: Paulo Setúbal

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CADEIRA 32

1- Nise Martins Laurindo – posse em 15.11.1971 Patrono: Francisco Antonio Martins Júnior 2- Yolanda Gabriela de Oliveira Azevedo – “Yola” – posse em 20.06.1998 Patrono: Carlos Drummond de Andrade 3- Francisco de Assis Martins Bezerra – posse em 21.09.2002 Patronesse: Orides Fontela 4- Antonio Carlos Rodrigues Lorette – posse em 28.07.2007 Patronesse: Orides Fontela

CADEIRA 33

1- Fábio Rodrigues Mendes – posse em 15.11.1971 Patrono: Gonçalves Dias 2- Neyde de Lima Santos Corbelli – posse em 27.03.1982 Patrono: Gonçalves Dias 3- Carmen Lúcia Balestrin – posse em 19.03.2005 (desligamento em 10.06.2019) Patronesse: Cora Coralina 4- Hélio Correa da Fonseca Filho – posse em 24.07.2021 Patronesse: Cora Coralina

CADEIRA 34

1- Oscar Burgos Possolo – posse em 15.11.1971 Patrono: Joaquim José da Silva Xavier – “Tiradentes” 2- Marcello Godoy – posse em 27.03.1982 Patrono: Joaquim José da Silva Xavier – “Tiradentes” 3- Jorge Gutemberg Splettstoser – posse em 21.09.2002 Patrono: José de Alencar

CADEIRA 35

1- Leão de Salles Machado – posse em 15.11.1971 Patrono: Amadeu de Queiroz 2- Paulo Mangabeira Albernaz – posse em 06.08.1977 Patrono: Amadeu de Queiroz 3- Nege Além – posse em 24.09.1982 Patrono: Casimiro de Abreu 4- Wiliam Lázaro Rodrigues de Oliveira – posse em 06.09.2014 Patrono: Casimiro de Abreu 5- Nívea Poli Barbosa – posse em 28.01.2017 Patrono: Casimiro de Abreu

CADEIRA 36

1- José Magalhães Navarro – posse em 15.11.1971 Patrono: Barão do Rio Branco 2- João Ruiz Silva – posse em 20.06.1998 Patrono: Rubem Braga 59


3- Maria Inês Araújo Prado – posse em 18.11.2006 Patronesse: Patrícia Redher Galvão - “Pagu” 4- Carmen Lia Batista Botelho Romano – posse em 31.08.2012 Patronesse: Patrícia Redher Galvão - “Pagu”

CADEIRA 37

1- José Assis Canoas – posse em 15.11.1971 Patrono: Álvares de Azevedo 2- Percival Bacci – posse em 22.08.1992 Patrono: Álvares de Azevedo 3- Gilda Magalhães Nardoto – posse em 13.03.2004 Patrono: Menotti del Picchia 4- João Batista Gregório – posse em 10.08.2013 Patrono: Menotti del Picchia

CADEIRA 38

1- Hélio Carvalho Teixeira – posse em 11.02.1972 Patrono: David Antunes 2- Reverendo Edwald Vallim – posse em 05.11.1993 Patrono: David Antunes 3- Donisete Tavares Moraes Oliveira – posse em 06.02.2010 Patrono: Gonçalves Dias

CADEIRA 39

1- Acácio Ribeiro Vallim – posse em 11.02.1972 Patrono: Alexandre de Gusmão 2- Francisco Maríngolo – posse em 27.03.1982 Patrono: Alexandre de Gusmão 3- Maria José Gargantini Moreira da Silva – posse em 20.06.1998 Patronesse: Clarice Lispector

CADEIRA 40

1- Nelson Palma Travassos – posse em 15.11.1971 Patrono: Monteiro Lobato 2- Carino Gama Correia Filho – posse em 23.08.1985 Patrono: Monteiro Lobato 3- Maria Cecilia Azevedo Malheiro – posse em 17.02.2001 Patrono: Monteiro Lobato

CADEIRA 41

1- José Paranhos de Siqueira – posse em 17.06.1978 Patrono: Pedro Saturnino 2- José Edgard Simon Alonso – posse em 17.12.1988 Patrono: Pedro Saturnino 60


3- Vedionil do Império – posse em 20.06.1998 Patrono: Lima Barreto

CADEIRA 42

1- Mário Ferreira Balbão – posse em 24.09.1977 Patrono: Mário de Andrade 2- Ademir Barbosa de Oliveira – posse em 21.09.1991 Patrono: Mário de Andrade 3- Rodrigo Alexandre Rossi Falconi – posse em 18.11.2006 Patrono: Pedro Nava 4 - Luiz Fernando Dezena da Silva – posse em 22.02.2014 Patrono: Pedro Nava

CADEIRA 43

1- Maria Luiza Barcellos do Amaral – posse em 15.11.1977 Patrono: Cândido Portinari 2- Clineida Andrade Junqueira Jacomini – posse em 19.03.1994 Patrono: Rubem Braga

CADEIRA 44

1 - Lucila Martarello Astolpho – posse em 15.11.1977 Patronesse: Cecília Meireles 2- Clóvis Vieira – posse em 23.06.2007 Patronesse: Cecília Meireles 3 - Raul de Oliveira Andrade Filho – posse em 22.02.2014 Patronesse: Cecília Meireles

CADEIRA 45

1- Arlindo Morandini – posse em 02.12.1978 Patrono: Barão de Mauá 2- Ernani de Almeida Paiva – posse em 27.03.1982 Patrono: Pe. Antônio Vieira 3 - Padre Claudemir Aparecido Canela – “Pe. Mil” – posse em 01.11.2014 Patrono: Pe. Antônio Vieira

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ACADÊMICOS NA ATUALIDADE

Antônio “Nino” Barbin Antonio Carlos Rodrigues Lorette Beatriz Virgínia Camarinha Castilho Pinto Carmen Lia Batista Botelho Romano Celina Maria Bastos Varzim Clineida Andrade Junqueira Jacomini Cyro Gilberto Nogueira Sanseverino Donisete Tavares Moraes Oliveira Francisco de Assis Carvalho Arten Hélio Correa da Fonseca Filho João Baptista Scannapieco João Batista Gregório João Batista Rozon João Otávio Bastos Junqueira Jorge Gutemberg Splettstoser Pe. José Benedito Almeida David José Ricardo Bittencourt Noronha José Rosa Costa Lauro Augusto Bittencourt Borges Lincoln Amaral Lucelena Maia Luiz Antonio Spada 62


Luiz Fernando Dezena da Silva Luiza Nagib Eluf Marcos César Pavani Parolin Maria Cândida de Oliveira Costa Maria Cecilia Azevedo Malheiro Maria Célia de Campos Marcondes Maria Ignez dos Santos D’Ávila Ribeiro Maria José Gargantini Moreira da Silva Marly Terezinha Estevam de Camargo Fadiga Neusa Maria Soares de Menezes Nívea Poli Barbosa Pe. Claudemir Aparecido Canela Raul de Oliveira Andrade Filho Ronaldo Frigini Sérgio Ayrton Meirelles de Oliveira Silvia Tereza Ferrante Marcos de Lima Sonia Maria Silva Quintaneiro Susana de Vasconcelos Dias Vania Gonçalves Noronha Vedionil do Império Wildes Antônio Bruscato Wilges Ariana Bruscato

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MEMBROS HONORÁRIOS ELEITOS

Edivina Noronha de Andrade – posse em 15.11.1975 Lavínia de Abreu Moreira da Silva – posse em 21.03.1981 Welson Gonçalves Barbosa – posse em 14.11. 1981 Lourdes de Jesus – posse em 13.11.1987 Lygia Fagundes Telles – posse em 26.06.1993 Antonio Candido de Mello e Souza – posse em 30.09.1998 Almino Monteiro Álvares Affonso – posse em 28.04.2004 Miriam Pipano – posse em 20.11.2010

MEMBROS CORRESPONDENTES ELEITOS

João Chiarini – posse em 15.11.1980 Marcos Vinicius de Moraes – posse em 15.11.1980 Sylvio Richard – posse em 24.09.1981 Antônio Henrique Cunha Bueno – posse em 24.09.1981 Cyro Armando Catta Preta – posse em 14.11.1981 Artur Garibaldi Pereira Braga – posse em 06.03.1982 Maria Conceição Arruda Toledo – posse em 19.10.1984 Noêmio Spada – posse em 19.10.1984

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MUDANÇAS NO ESTATUTO Desde a fundação da Academia de Letras de São João da Boa Vista, seu Estatuto passou por quatro alterações, adequando-se às necessidades de atualização. 1° Estatuto – 11.10.1971 Foi aprovado na reunião de fundação da Academia, por seus 19 (dezenove) fundadores. Estipulou o número de 40 (quarenta) Membros Efetivos, residentes no país, a serem eleitos até se completar o quadro dos sócios. Estabeleceu também a categoria de Membro Honorário, residente no país ou no exterior, admitido por eleição ou transferido da categoria de efetivo, a seu pedido. Definiu que os patronos poderiam ser escolhidos pelo neoacadêmico. Previu também a criação de concursos literários. 1ª Reforma - “Emendas aditivas” ao Estatuto – 30.09.1980 O presidente Dom Tomás Vaquero convocou Assembleia Geral para votação de emenda aditiva ao Estatuto da Academia. A Academia passou a ter 45 (quarenta e cinco) Membros Efetivos e criou a categoria de Membro Correspondente, por eleição ou por transferência dos Efetivos para essa classe, a pedido ou compulsoriamente, limitada a 20 (vinte) acadêmicos. Às mulheres, assegurou-se explicitamente o mesmo direito de ocupar, em paridade com os homens, quaisquer das categorias do quadro social. 2ª Reforma – 25.09.1992 O presidente Wildes Bruscato convocou Assembleia Geral para votação do novo Estatuto da Academia. Com a presença da maioria dos acadêmicos, o Estatuto foi proclamado. O novo Estatuto passou a exigir dos acadêmicos a frequência mínima de 50% (cinquenta por cento) nas reuniões ordinárias, sob pena de serem compulsoriamente transferidos à categoria de Membro Correspondente, cedendo suas cadeiras e continuando a serem possuidores dos títulos e honras acadêmicas, mas não podendo votar nem serem votados. 3ª Reforma – 18.09.2010 A presidente Maria Célia de Campos Marcondes convocou Assembleia Geral e, através dela, o Estatuto recebeu nova reforma. A eleição da Diretoria passou a ser bienal, com direito a uma reeleição para a Presidência. Passou a ser admitida a votação por e-mail, além de por correio convencional. A Diretoria ficou mais condensada, sem suplência. As cadeiras passaram a ter patronos imutáveis, definidos no Estatuto. 69


4ª Reforma – 23.08.2014 Por convocação da presidente Lucelena Maia, a Assembleia Geral promoveu melhorias no Estatuto, dentre as quais o enxugamento do quadro da Diretoria (abolidos o 2° vicepresidente e os bibliotecários) e o acréscimo do capítulo IX, específico sobre infrações cometidas pelos Acadêmicos, Membros Honorários e Membros Correspondentes. O novo Estatuto limitou o número dos Membros Correspondentes e restringiu a possibilidade de conversão dos Acadêmicos para essa categoria, reservando-a àqueles de reconhecido valor/relevantes serviços e àqueles que fixarem residência em localidade distante, sempre mediante pedido a ser aprovado pela Diretoria. Igualmente, definiu que Membros Honorários e Correspondentes não gozarão das mesmas prerrogativas dos Acadêmicos.

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ESTATUTO

O documento final foi elaborado pelo acadêmico Donisete Tavares Moraes Oliveira, com revisão textual pela acadêmica Beatriz Virgínia Camarinha Castilho Pinto. O novo Estatuto foi aprovado em Assembleia Geral em 23 de agosto de 2014 e registrado no Cartório de Títulos e Documentos, sendo protocolado e microfilmado sob o número de ordem 5.012 em 22 de setembro do mesmo ano.

Lucelena Maia Presidente Biênio 2013|2014

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ESTATUTO DA ACADEMIA DE LETRAS DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA

CAPÍTULO I Denominação, Sede, Fins e Duração Art. 1º. A “Academia de Letras de São João da Boa Vista” é uma associação civil, sem fins lucrativos e com tempo indeterminado de duração, com sede e foro na cidade de São João da Boa Vista, Estado de São Paulo, que tem por finalidade a cultura da língua e da literatura nacional, e que se regerá de acordo com as normas estabelecidas neste diploma estatutário.

CAPÍTULO II Dos Membros Art. 2°. A Academia compõe-se de Acadêmicos, Membros Honorários e Membros Correspondentes. Art. 3°. Constituída a Academia pelos signatários da Ata de Fundação, o número de Acadêmicos fica estabelecido em quarenta e cinco (45). Parágrafo único. Cada Acadêmico ocupará uma cadeira numerada, correspondente a seu respectivo patrono. Art. 4°. O número de Acadêmicos será mantido mediante eleição, dando-se preferência aos residentes nesta localidade. Parágrafo único. O ingresso de novo Acadêmico se dará mediante aprovação da maioria absoluta dos acadêmicos existentes ao tempo da eleição e, dentre os candidatos, o de maior votação. Art. 5°. Somente podem ser eleitos acadêmicos os candidatos que tenham publicado obra literária ou científica de reconhecido mérito, ou, nas mesmas condições, personalidades de reconhecida dedicação à língua e literatura nacionais, às lides jornalísticas, jurídicas e acadêmicas de forma geral. Art. 6°. Ocorrendo vaga na Academia, para seu preenchimento abrir-se-á inscrição por trinta (30) dias, a contar da data da publicação do respectivo aviso em jornal local, em cujo prazo os interessados deverão apresentar carta de inscrição comprovando as exigências deste Estatuto e curriculum vitae. Parágrafo primeiro. No mesmo prazo, os Acadêmicos, em número mínimo de cinco (5),

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poderão indicar um candidato, observando-se o quorum previsto no art. 4°, parágrafo único, deste Estatuto. Parágrafo segundo. O candidato deverá confirmar o conhecimento das normas estatutárias. Parágrafo terceiro. O voto para eleição de Acadêmico será exercido por meio de material enviado pela Presidência ou correspondência eletrônica. Parágrafo quarto. Os Acadêmicos serão avisados do dia, local e horário da apuração, podendo comparecer e acompanhar os trabalhos. Parágrafo quinto. Se em dois (2) escrutínios sucessivos, realizados com intervalo de trinta (30) dias, nenhum candidato alcançar a maioria necessária (art. 4°, parágrafo único), abrir-se-á nova inscrição três (3) meses depois, observando-se os mesmos critérios. Parágrafo sexto. Será considerada vaga a cadeira cujo Neoacadêmico, eleito nos termos deste Estatuto, não tomar posse dentro do prazo de três (3) meses, a contar da sua eleição, podendo tal prazo ser prorrogado por ato da presidência. Art. 7°. Será declarada vaga a cadeira: a) por morte do Acadêmico; b) a pedido do Acadêmico; c) quando o Acadêmico deixar, injustificadamente, de comparecer à metade das reuniões ordinárias realizadas no decorrer do ano, conforme Art. 32, parágrafo primeiro; d) quando o Acadêmico deixar de contribuir para os cofres da Academia, nos termos deste Estatuto; e) quando o Acadêmico, por mais de um (1) ano, omitir-se na prática de atos esperados da sua condição de acadêmico. f) Quando o Acadêmico receber punição, nos termos do Capítulo IX deste Estatuto. Art. 8°. Nas hipóteses previstas nas alíneas “c”, “d” e “e” do Art. 7° deste Estatuto, o Acadêmico será notificado para apresentar justificativa no prazo de trinta (30) dias, deliberando em seguida a Diretoria, desde que presente a maioria absoluta de seus integrantes. Parágrafo primeiro. A Diretoria, em decisão que constará em ata, poderá relevar as faltas ou decretar a vacância da cadeira. Parágrafo segundo. Do ato que decretar a vacância da cadeira, caberá recurso à Assembleia Geral, no prazo de dez (10) dias. Parágrafo terceiro. No prazo de até noventa (90) dias, a Assembleia Geral apreciará o recurso. Art. 9º. Membro Honorário é aquele que a Academia desejar homenagear, pelo seu valor pessoal ou por ter prestado relevantes trabalhos em benefício da Instituição, ficando a admissão condicionada à aprovação da maioria absoluta dos Acadêmicos. Art. 10°. Membro Correspondente é aquele que, residindo fora do município de São 73


João da Boa Vista, tiver prestado relevantes serviços em benefício da Academia, ou aquele de reconhecido valor pessoal, intelectual ou cultural, que mereça tal distinção, ficando a admissão condicionada à aprovação da Diretoria. Parágrafo primeiro. Também podem ser admitidos como correspondentes os Acadêmicos que fixarem residência em localidade distante e que manifestarem interesse em deixar a condição de Acadêmico, mediante aceitação do pedido pela Diretoria. Parágrafo segundo. Os Membros Correspondentes existentes nesta data ficam mantidos. Parágrafo terceiro. O número de Membros Correspondentes fica limitado à metade do número de cadeiras. Art. 11. Os Membros Honorários e os Membros Correspondentes não gozarão dos mesmos direitos e prerrogativas dos Acadêmicos, e deles não será exigido pagamento de anuidade.

CAPÍTULO III Da Diretoria, seus membros e atribuições Art. 12. A administração da Academia compete a uma Diretoria constituída de Presidente e Vice-Presidente, Primeiro e Segundo Secretários e Primeiro e Segundo Tesoureiros, com mandato de dois (02) anos. Parágrafo primeiro. Será admitida uma reeleição sucessiva para o cargo de Presidente. Parágrafo segundo. Quando necessário, os membros da Diretoria serão substituídos pelos respectivos vices e, na falta destes, pelo Acadêmico mais antigo que aceitar assumir o cargo até o fim do respectivo mandato. Art. 13. À Diretoria compete: a) aprovar o quadro de funcionários, de acordo com proposta do Presidente; b) deliberar acerca da perda da condição de Acadêmico ou de Membro Correspondente, bem como da admissão de Membro Correspondente; c) propor o que julgar necessário para a melhor realização dos fins da Instituição, inclusive fixar o valor da contribuição anual; d) propor reforma estatutária; e) promover palestras, cursos e concursos literários entre seus membros e no meio escolar da cidade; edição de obras de Acadêmicos; lançamentos de obras literárias de renomados autores, mesmo não sendo membros da Entidade; f) propor a outorga de prêmios ou auxílios em benefício das Letras e da cultura linguística; g) manter atualizado na internet o domínio do sítio virtual da Academia (http://alsjbv. art.br) e o perfil nas redes sociais; 74


h) criar funções colaborativas internas. Parágrafo primeiro. As deliberações da Diretoria, salvo disposições em contrário previstas neste Estatuto, serão tomadas por maioria simples de voto dos membros presentes, prevalecendo o voto do Presidente, no caso de empate, exigindo-se para instalação das sessões quorum mínimo de três membros. Parágrafo segundo. A Diretoria não deliberará acerca de assunto já votado.

Do Presidente Art. 14. Ao Presidente cabe dirigir os trabalhos da Academia, representando-a em Juízo e fora dele, competindo-lhe: a) presidir e dirigir as sessões ordinárias, extraordinárias e festivas da Academia; b) apresentar, na última sessão do ano, o programa dos trabalhos da Academia para o ano seguinte, salvo no final do ano em que deva deixar o cargo, por haver outro sido eleito, devendo o Presidente eleito apresentar o programa na primeira reunião ordinária da Academia; c) rubricar os livros, despachar o expediente e a correspondência, esta em conjunto com o Secretário, bem como designar as matérias da ordem do dia; d) nomear comissões de acordo com a necessidade de trabalhos específicos da Academia; e) designar quem deva representar a Academia nas solenidades a que ela tenha de comparecer; f) ordenar todas as despesas e requisições votadas e aprovadas, bem como assinar, com o Tesoureiro, todas as ordens de pagamento; g) apresentar, na última sessão do ano, o resumo dos trabalhos realizados e o balancete financeiro; h) apresentar e fazer constar em ata, no final do mandato, o relatório dos trabalhos acadêmicos realizados; i) assinar a documentação bancária juntamente com o Tesoureiro.

Do Vice-Presidente Art. 15. Compete ao Vice-Presidente: a) substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos ocasionais, quando será investido de toda a competência elencada no art. 13 e suas alíneas; b) auxiliar o Presidente, sempre que por este for julgado necessário; c) votar nas reuniões.

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Dos Secretários Art. 16. São atribuições do Primeiro-Secretário: a) substituir o Vice-Presidente em suas ausências e impedimentos ocasionais; b) relatar os pareceres e quaisquer trabalhos que tenham de ser feitos pela Diretoria, ou de que ela seja encarregada; c) preparar e assinar o expediente e correspondência, em conjunto com o Presidente; d) ler, em sessão, o expediente e dar-lhe destino depois de convenientemente despachado; e) ler, em sessões públicas, a ordem do dia, justificativas de ausências de membros e deliberações da Diretoria; f) lavrar as atas das reuniões ordinárias e extraordinárias; g) auxiliar nas eleições, conforme designação do Presidente; h) notificar os membros da Diretoria das reuniões, por correio eletrônico, carta, telefone ou qualquer outro meio de comunicação; i) notificar os Acadêmicos das reuniões a que devam comparecer; j) votar nas reuniões. Art. 17. São atribuições do Segundo-Secretário: a) substituir o Primeiro-Secretário em suas ausências ou impedimentos ocasionais, ficando investido das competências previstas no art. 16; b) exercer outras funções que lhe forem designadas pelo Presidente; c) votar nas reuniões. Art. 18. Os Secretários, com a anuência do Presidente, poderão combinar entre si a distribuição das funções da Secretaria.

Dos Tesoureiros Art. 19. São atribuições do Primeiro-Tesoureiro: a) ter sob sua guarda e administração os bens e títulos que constituem o patrimônio da Academia; b) arrecadar toda a receita ordinária e eventual, depositando-a em agência bancária local, em conta que permita rendimentos, quando isso possível, mantendo em conta corrente somente numerário suficiente para pequenas despesas; c) pagar as contas, depois de visados os documentos pelo Presidente; d) apresentar balancete anual de Receita e Despesa a todos os Acadêmicos, sem prejuízo da apresentação à Diretoria de balanço geral quando solicitado. e) receber as anuidades dos Acadêmicos, bem como doações e quaisquer outros valores ou bens destinados à Academia; 76


f) expedir recibos referentes às anuidades recebidas; g) assinar cheques e documentos bancários, juntamente com o Presidente; h) cobrar, verbalmente ou por escrito, toda inadimplência dos Acadêmicos; i) apresentar à consideração da Diretoria, na última sessão do ano, a proposta para o orçamento do exercício seguinte; j) votar nas reuniões. Art. 20. São atribuições do Segundo-Tesoureiro: a) substituir o Primeiro-Tesoureiro em suas ausências e impedimentos ocasionais; b) votar nas reuniões. Art. 21. Os Tesoureiros, mediante aprovação da Diretoria, poderão combinar entre si a distribuição das funções da Tesouraria.

CAPÍTULO IV Do Conselho Fiscal Art. 22. A Academia terá um Conselho Fiscal, constituído de três (3) Acadêmicos, com mandato igual ao da Diretoria e posse na mesma data, competindo-lhe, todo mês de fevereiro, examinar e dar parecer sobre as contas da Diretoria do ano anterior e emitir, quando necessário, manifestação acerca da preservação do patrimônio da Instituição. Parágrafo único. O Conselho Fiscal não pertence à Diretoria e a esta se reportará apenas por escrito.

CAPÍTULO V Das Eleições Art. 23. No último trimestre dos anos pares, a cada (02) dois anos, proceder-se-á à eleição da Diretoria e do Conselho Fiscal, votando-se em conjunto para cada um desses organismos, os quais tomarão posse em Reunião Ordinária a se realizar na segunda quinzena de janeiro do ano subsequente. Art. 24. As eleições devem ser precedidas de chapas completas (Diretoria e Conselho Fiscal) apresentadas até 30 de setembro do ano do pleito, sagrando-se vencedora aquela que obtiver a maioria absoluta dos votos. Parágrafo primeiro. Em caso de empate na votação, ou não se conseguindo a maioria absoluta, novo escrutínio será realizado no prazo de 15 (quinze) dias, sagrando-se vencedora a chapa que obtiver a maioria de votos. Parágrafo segundo. Não havendo chapas inscritas, o prazo de inscrição será prorrogado até 30 de outubro. Persistindo a falta de chapa inscrita, no prazo de 15 (quinze) dias, a Assem77


bleia Geral será convocada para deliberar sobre o assunto, inclusive a necessidade de extinção da Academia. Art. 25. Os Acadêmicos exercerão o voto por carta, em material enviado pela Diretoria, ou por correio eletrônico.

CAPÍTULO VI Da Posse dos Acadêmicos Art. 26. No ato da posse, o Presidente chamará o Acadêmico anteriormente escolhido para a apresentação do Neoacadêmico. Parágrafo único. É dado ao Neoacadêmico o direito de escolher o Acadêmico que fará sua apresentação. Art. 27. O Neoacadêmico só entrará no gozo das prerrogativas acadêmicas com o ato da posse, tomada em sessão solene, ocasião em que, em seu discurso de posse, deverá ocupar-se da vida dos antecessores da cadeira, do respectivo patrono e de sua obra. Art. 28. Uma vez empossado o Acadêmico, a Diretoria o convidará para apresentação de tema livre, em data a ser agendada.

CAPÍTULO VII Das Sessões Art. 29. A Academia reunir-se-á em data e hora designadas pelo Presidente, para sessões ordinárias, festivas e extraordinárias. Parágrafo primeiro. As sessões ordinárias, em número mínimo de quatro (4) por ano, são obrigatórias para os Acadêmicos (art. 7°, alínea “c”) e abertas a convidados e à comunidade. Parágrafo segundo. As sessões extraordinárias, por seu caráter administrativo, são obrigatórias para a Diretoria e facultativas para os Acadêmicos. Art. 30. O Presidente, assessorado pelo Primeiro-Secretário, organizará a ordem do dia das sessões. Art. 31. A Academia poderá realizar conferências e comemorações literárias e culturais, em sessões ordinárias ou festivas. Art. 32. A Academia se reunirá em sessão ordinária: a) para a recepção e posse de Acadêmico eleito; b) em sessão festiva destinada à celebração de feito notável de algum membro ou em memória de pessoa ilustre; c) em ocasiões especiais, conforme resolução da Diretoria. 78


Art. 33. Nas reuniões não haverá distinção entre os Acadêmicos, aos quais caberá o tratamento de senhor, senhora, confrade e confreira, não sendo utilizadas as nomenclaturas dos títulos a que fizerem jus, excetuando-se as eclesiásticas. Art. 34. Na última sessão ordinária do ano, o Primeiro-Secretário fará o retrospecto literário anual da Academia, e o Presidente, o seu relatório. Parágrafo único. Na primeira sessão ordinária do ano seguinte à eleição, na segunda quinzena de janeiro, tomarão posse a Diretoria e o Conselho Fiscal, ocasião em que o novo Presidente fará a exposição do programa de trabalhos para o ano em curso. Art. 35. As sessões ordinárias, extraordinárias ou festivas serão realizadas com qualquer número de Acadêmicos. Art. 36. As notificações aos Acadêmicos para as reuniões ordinárias, extraordinárias e festivas serão feitas por correspondência postal ou correio eletrônico.

CAPÍTULO VIII Da Assembleia Geral Art. 37. A Assembleia Geral é o órgão soberano da Academia. Parágrafo primeiro. A Assembleia Geral se reunirá, extraordinariamente, quando convocada pelo Presidente ou por maioria dos Acadêmicos. Parágrafo segundo. Os Acadêmicos serão convocados para a Assembleia Geral por meio de correspondência postal ou correio eletrônico. Parágrafo terceiro. Nas Assembleias, assumirá a presidência um Acadêmico, a ser escolhido por aclamação pelos presentes, que nomeará outro Acadêmico para secretariar. Art. 38. Para a reforma estatutária, aquisição ou venda de bens imóveis, extinção da Academia e destituição da Diretoria, o quorum de aprovação será de maioria absoluta dos Acadêmicos, em votação presencial, ficando autorizada a representação por procuração, desde que outorgada a outro Acadêmico, com cópia enviada à Diretoria. Art. 39. Para a venda ou aquisição imobiliária, a Assembleia Geral só deliberará depois de colhido o parecer do Conselho Fiscal. Art. 40. Para a instalação da Assembleia Geral, em primeira chamada será observado o quorum de maioria absoluta dos Acadêmicos. Parágrafo primeiro. Não havendo quorum na primeira chamada, será feita segunda chamada trinta (30) minutos após, instalando-se a Assembleia com qualquer número de Acadêmicos presentes. Parágrafo segundo. Excetuadas as hipóteses previstas no Art. 38 deste Estatuto, as deliberações das Assembleias serão aprovadas por maioria de votos dos presentes. Art. 41. As reuniões da Assembleia Geral serão precedidas de correspondência informando o assunto, dia, hora e local, com antecedência mínima de dez (10) dias. 79


Art. 42. Excetuadas as hipóteses previstas no Art. 38 deste Estatuto, nos demais casos, admite-se manifestação dos Acadêmicos por correspondência ou correio eletrônico, com natureza de Assembleia Geral, observando-se o disposto no Art. 41. Art. 43. A Assembleia Geral pode destituir a Diretoria, o Conselho Fiscal e as Comissões, bem como impor punições, nos termos do Capítulo IX deste Estatuto. Parágrafo único. Das decisões da Assembleia não são admitidos recursos. Art. 44. Só poderão participar das Assembleias os Acadêmicos que estiverem quites com os cofres da Academia e não estiverem respondendo a procedimento administrativo que determine imposição de penalidade. Art. 45. No caso de extinção da Academia, depois de liquidado o seu passivo, a sobra, se houver, será destinada a entidade congênere de São João da Boa Vista e, em sua falta, a qualquer coirmã escolhida pela Assembleia Geral.

CAPÍTULO IX Das Infrações dos Membros Art. 46. Todo Acadêmico, Membro Honorário ou Membro Correspondente que por qualquer forma ou meio ofender a honra da Academia ou de outro membro, poderá ser submetido a procedimento administrativo destinado à aplicação de penalidade. Art. 47. As penalidades são advertência e perda da condição de Acadêmico, Membro Honorário ou Membro Correspondente. Art. 48. A apuração será iniciada por ato da Presidência e conduzida por Comissão composta de um membro do Conselho Fiscal, um membro da Diretoria e um Acadêmico livremente escolhido. Parágrafo único. Após a colheita das provas, em 15 dias será facultada ao averiguado a apresentação de defesa, deliberando em seguida a Comissão acerca da proposta que tiver. Art. 49. A proposta da Comissão será submetida a deliberação dos Acadêmicos, que a acatarão ou rejeitarão por maioria absoluta, em votação presencial, por correspondência ou correio eletrônico.

CAPÍTULO X Dos Concursos e Prêmios Art. 50. A Academia poderá, havendo recursos, conceder prêmios e menções honrosas às composições literárias que, submetidas a seu juízo, por Comissão nomeada pela Diretoria, forem, mediante concurso, deles julgadas merecedoras. Art. 51. Os Acadêmicos, Membros Honorários e Membros Correspondentes não poderão concorrer aos prêmios concedidos pela Academia.

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CAPÍTULO XI Das Disposições Gerais Art. 52. A Academia poderá aceitar auxílios oficiais e particulares, bem como encargos que visem ao progresso das Letras e da Cultura Nacionais. Art. 53. Os cargos da Diretoria e do Conselho Fiscal não serão remunerados de forma alguma. Art. 54. A Academia tem bandeira ou estandarte ex-libris, selos, carimbos, logotipo, insígnia ou divisa, na conformidade do decidido na época de sua fundação, e seus modelos só poderão ser modificados mediante aprovação da Assembleia Geral. Art. 55. A Academia se fará representar nas solenidades por seu Presidente ou por quem este designar. Art. 56. A Academia só se dissolverá pelas causas de direito ou por deliberação da Assembleia Geral, de acordo com regras deste Estatuto. Art. 57. Cada uma das cadeiras que compõe a Academia terá como patrono um escritor já falecido, preferencialmente brasileiro e, obrigatoriamente, da Língua Portuguesa. Parágrafo Único. Depois de aprovados os respectivos patronos em Assembleia Geral, qualquer alteração só poderá ser autorizada pela maioria absoluta dos Acadêmicos. Art. 58. Nesta data, são patronos imutáveis, para as respectivas cadeiras: 01. Graciliano Ramos 02. Rui Barbosa 03. Alphonsus de Guimaraens 04. Jaçanã Altair 05. Visconde de Taunay 06. Mário Quintana 07. Coelho Neto 08. José Lins do Rego 09. Raul de Leoni 10. Darcy Ribeiro 11. Machado de Assis 12. Carlos Drummond de Andrade 13. Humberto de Campos 14. Afonso D´Escragnolle Taunay 15. Mário de Andrade 16. Olavo Bilac 17. Francisco Paschoal 18. João Cabral de Mello Neto 81


19. Paulo Freire 20. Castro Alves 21. Dom Duarte Leopoldo e Silva 22. Mário Palmério 23. João Guimarães Rosa 24. Vinicius de Moraes 25. Manuel Bandeira 26. Gregório de Mattos 27. Érico Veríssimo 28. Guilherme de Almeida 29. Raimundo Correia 30. Euclides da Cunha 31. Paulo Setúbal 32. Orides Fontela 33. Cora Coralina 34. José de Alencar 35. Casimiro de Abreu 36. Patrícia Rehder Galvão (Pagu) 37. Menotti Del Picchia 38. Gonçalves Dias 39. Clarice Lispector 40. Monteiro Lobato 41. Lima Barreto 42. Pedro Nava 43. Rubem Braga 44. Cecília Meireles 45. Pe. Antonio Vieira Art. 59. Os patronos que nesta data não estiverem em conformidade com o Art. 57 deste Estatuto serão substituídos quando as respectivas cadeiras ficarem vagas. Art. 60. Para aumento ou redução do número de Acadêmicos, será necessária a aprovação em Assembleia Geral. Art. 61. A admissão de Membro Honorário se dará em sessão solene. Art. 62. Ocorrendo a morte de Acadêmico, guardar-se-á luto oficial de 30 (trinta) dias. Parágrafo único. Decorrido o luto oficial, em até três (3) meses será declarada a existência de vaga e iniciado o processo eletivo. Art. 63. Independentemente da data da posse do Neoacadêmico, a anuidade, inclusive a do ano da posse, será devida na sua integralidade. 82


Art. 64. Após o Acadêmico completar oitenta (80) anos de idade, a presença às reuniões ordinárias e festivas será facultativa, podendo a Diretoria conceder isenção da anuidade, a pedido. Art. 65. Os membros da Diretoria e os Acadêmicos não respondem, mesmo que subsidiariamente, pelas obrigações sociais. Art. 66. Casos não previstos neste Estatuto podem ser resolvidos pela Diretoria, por aprovação da maioria absoluta dos seus membros, cabendo recurso à Assembleia Geral. Art. 67. O Estatuto da Academia de Letras de São João da Boa Vista entrará em vigor a partir do registro da Ata da reunião da Assembleia Geral convocada para sua reforma, observados os regulamentos anteriores, datados da fundação. São João da Boa Vista, 23 de agosto 2014. BEATRIZ V. C. CASTILHO PINTO Presidente da Assembleia MARIA IGNES S. D´ÁVILA RIBEIRO 1ª Secretária da Assembleia LUCELENA MAIA Presidente da ALSJBV SÉRGIO A. MEIRELLES OLIVEIRA OAB 26.742-SP

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FOTOS: Acervo da Academia de Letras: pág. 15, 16, 21, 26, 37 a 42 Lucelena Maia: pág. 22 Lauro Borges: pág. 28 Davis Carvalho: pág. 30, 31, 32 Matheus de Paula Gião Lianda: pág. 36 Capa e pág. 34: Selo de Eduardo Menezes

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