Jornal 5 estrelas jan2019

Page 1

1ª Edição 2018/2019

janeiro 2019

I

1 Estrela

SUMÁRIO

GENTES DA NOSSA TERRA Desde a música, ao teatro, passando pelo desenho, pela escultura e terminando na literatura, José Pepo, cria, compõe, desenha, escreve, manipula e ensina. Pág. 5 e 6

D. Isabel Balancho foi a primeira mulher a presidir a Junta de Freguesia de Santo Aleixo. Hoje, continua a ser uma pessoa muito participativa na vida da aldeia.

Editorial

2

Abertura do Ano Letivo 2018/2019

3

Patrocínio Acciona Energia Portugal

4

Gentes da nossa terra

5

Atividades no Agrupamento

8

Programa Integrado de Educação e Formação

16

Projeto “Vamos Dar o Nosso Melhor”

18

Pequenos Cantores de Modas e Expressões

Pág. 7

Tendo como prioridade o desenvolvimento educativo dos nossos alunos em todas as suas vertentes estamos, este ano letivo, a desenvolver as atividades aprovadas e planificadas para o segundo ano dos dois projetos Erasmus+ KA2 – Mobilidade com Alunos – “Cooperative Learning and Digital Skills in Entrepreneurship Education” (COLENT) e “I Learn with C.A.K.E. I Grow with C.A.K.E.” (CAKE). Pág. 35, 36 e 37

Sabia que… Uma crónica de opinião do psicólogo da escola destinada aos pais e encarregados de educação. Pág. 29

Tradicionais

19

O que lemos...

21

O que escrevemos...

23

Biblioteca Escolar

27

Sabia que…

29

Clube de Proteção Civil

30

Clube de Teatro

31

Desporto Escolar

32

Erasmus +

35

O Agrupamento de Escolas de Amareleja representou o distrito de Beja no âmbito do exercício nacional "A TERRA TREME", promovida pela Autoridade Nacional de Proteção Civil. Pág. 30


Com este número do Jornal Escolar “Cinco Estrelas” retomamos a nossa atividade do jornal com novos sonhos, novos projetos e com o entusiasmo de sempre. A todos os que tornaram possível esta edição do N.º 1 janeiro 2019

nosso jornal escolar aqui deixo uma palavra de estímulo, agradecimento e apreço. O jornal escolar é um meio a que todos temos aces-

Propriedade

so para comunicar o que se passa no nosso AgrupamenLargo das Flores 7885 Amareleja É

to. É uma forma de partilhar e divulgar os projetos, as iniciativas, as experiências da comunidade educativa. É simultaneamente um meio de fomentar a escrita como um ato de cidadania, visando informar e formar leitores atentos, interessados, despertos para os factos que

Carla Gomes Luísa Gomes

ocorrem à nossa volta, sobretudo com os que se reportam à Escola e com a Escola em mudança. Tal como referimos anteriormente, citando António

Margarida Grosso

Nóvoa, a Escola tem que ter futuro! E há que reinventá-

jornalescllar

la! Os referenciais legais atuais definem claramente aquilo que é preciso mudar na Escola Pública. Para atin-

Docentes do Agrupamento e

gir este desiderato é preciso uma aposta numa escola

Técnicos Especializados do

inclusiva onde todos e cada um, independentemente da

Agrupamento.

sua situação pessoal e social, encontrem as respostas adequadas que possibilitem a sua plena inclusão na so-

Paginação e revisão

ciedade, bem como a garantia de igualdade de acesso à aprendizagem e ao ensino, promovendo o sucesso educativo, tal como a igualdade de oportunidades de todas as crianças e alunos deste Agrupamento de Escolas.

Trimestral

Estamos num tempo em que se deve valorizar o tra-

balho colaborativo e interdisciplinar, em que se deve assumir a importância da natureza transdisciplinar das

Impressão

aprendizagens, da assunção das artes, das ciências e

Reprografia do Agrupamento de

tecnologias, do desporto e das humanidades como com-

Escolas de Amareleja

ponentes estruturantes do ensino. Em busca não do Santo Graal, mas da diversidade e também da coesão. Esta é a Escola que queremos e tem que ter Futuro! Francisco Pereira (Diretor)

2


ABERTURA DO ANO LETIVO No dia 17 de setembro de 2018, iniciamos mais um ano letivo, no Agrupamento de Escolas de Amareleja. Na parte da manhã, foi efetuada a receção aos mais novos, desde o pré-escolar aos alunos de 5ºano de escolaridade e, no período da tarde, aos restantes alunos. Ao longo das primeiras semanas tiveram lugar algumas cerimónias: as de entrega dos diplomas aos alunos que integraram o quadro de excelência e o quadro de valor, assim como a da entrega do Prémio Municipal de Mérito escolar, como forma de

valorizar o empenho e o comportamento que eles demonstraram no seu percurso escolar do ano letivo transato. É motivo para todos nos sentirmos orgulhosos!

3


Patrocínio para aquisição das fichas de trabalho dos alunos do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Amareleja No dia 17 de outubro de 2018, na sede da Junta de Freguesia de Amareleja, foi entregue pela “Acciona Energia Portugal”, representada pelo Sr. Manuel Barbosa, Diretor Geral, um cheque no valor de € 2928,60, para aquisição das fichas de trabalho dos alunos do 1º Ciclo do agrupamento de escolas de Amareleja. É de salientar que este patrocínio só aconteceu, porque o Sr. Joaquim Mário Ferreira, Presidente da Junta de Freguesia de Amareleja, apresentou a proposta à “Acciona Energia Portugal”, que prontamente aceitou.

Além do Sr. Manuel Barbosa, Diretor Geral da “Acciona Energia Portugal”, estiveram presentes na entrega do cheque o Sr. Joaquim Mário Ferreira, Presidente da Junta de Freguesia de Amareleja, Elisabete Vogado, Presidente do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Amareleja, Pedro Marques, representante da Associação 4 Esquinas, instituição que assumiu o compromisso de proceder ao reembolso das respetivas verbas aos pais e encarregados de educação do 1.º ciclo, e Luísa Valadas, secretária do executivo da Junta de Freguesia de Amareleja. Foi com muito agrado que pude participar nesta iniciativa, que espero, se possa repetir nos próximos anos. A Presidente do Conselho geral, Elisabete Vogado

4


GENTES DA NOSSA TERRA José Pepo, nascido a 2 de agosto de 1950, em Amareleja, e formado em Finanças e Medicina, é a personalidade da nossa terra que destacamos nesta edição. Professor e médico de profissão, José Pepo é um homem “dos sete ofícios”. A sua personalidade curiosa e estudiosa levou-o a querer saber um pouco de tudo no mundo das artes. Desde a música, ao teatro, passando pelo desenho, pela escultura e terminando na literatura, José Pepo cria, compõe, desenha, escreve, manipula e ensina. De forma a conhecer melhor o seu trabalho, podemos encontrar, em Amareleja, a

“Casa das Artes de José Pepo” que nos faz viajar no tempo, dando-nos a conhecer todo o seu percurso nas diferentes áreas. Vamos então conhecê-lo! Sabemos que é um homem polifacetado. O que tem a dizer sobre isso? Eu, em termos profissionais, não sou muito polifacetado. Sou mais polifacetado na arte. Em termos profissionais tive duas profissões: fui professor, 10 anos, na área de Matemática e, depois, fui médico durante 30 anos. Em termos de arte, sou muito polifacetado, embora o seja mais na área da música. Comecei por ser músico na Banda Filarmónica de

Amareleja e, mais tarde, comecei a tocar acordeão e esta é que é a grande dinâmica da minha vertente artística. Mais tarde, apareceu o teatro pela mão de António Aleixo e Almeida Garrett. Há cerca de 20 anos, comecei também a desenhar rostos a carvão pela necessidade que senti de ilustrar um livro sobre ilustres amarelejenses e, até hoje, já desenhei cerca de 200 rostos. Após os desenhos, surgiram as esculturas em madeira dos rostos desenhados em carvão. Há 18 anos, surgiu também a literatura. Deste modo, escrevi um livro sobre ilustres amarelejenses e um livro de contos. No entanto, tive sempre na minha cabeça romances estruturados e, este ano, lancei um

romance intitulado “Unidos pela Ópera” que reflete a minha experiência de 47 anos em terras italianas, uma vez que, todos os anos, vou a Itália e sinto-me profundamente atraído pela cultura e pela ópera italianas. Também já escrevi outro este ano que será lançado na primavera de 2019. Quando era da nossa idade, que tipo de aluno era? Era muito estudioso, vivia para estudar; tinha notas muito boas. Ainda hoje gosto imenso de estudar e saber tudo sobre tudo, reflexo disso são as várias licenciaturas que fui tirando em diferentes áreas. E devo dizer que só os alunos estudiosos é que chegam longe.

5


Como foram os seus tempos de juventude? Os meus tempos de juventude basearam-se no estudo e na aprendizagem. Eu era um jovem tímido e acanhado e isso fazia com que não frequentasse muito os divertimentos sociais. Qual a necessidade de explorar áreas tão diferentes? Penso que tem a ver com a minha maneira de ser. Sou muito curioso e penso que conseguia tirar um curso de qualquer área, porque tudo me fascina e gosto muito de aprender. Está na minha personalidade. Em que área(s) se sente mais realizado?

Seguramente na medicina. Porém, a matemática também me fascina. A medicina foi o que mais me realizou, porque salva a vida às pessoas. Foi muito gratificante. Relativamente às artes, tocar acordeão e escrever romances são as que mais me preenchem. Sabemos que também gosta de viajar. Pode referir alguns locais que já tenha visitado? Gostaria de destacar algum? Conheço onze países da Europa e há 47 anos que vou a Itália. Este país destaca-se de todos os outros pela música. A Itália está-me na alma, fascina-me. Assisti a peças de teatro, a concertos de ópera, neste sentido destacaria as terras onde nasceram alguns destes compositores de ópera.

A música e a escrita também ocupam um papel importante na sua vida. De onde surgiram estas duas paixões? A minha paixão pela música surgiu após ver a acordeonista Eugénia Lima tocar aqui, em Amareleja, quando eu tinha cerca de 6 anos. A paixão pela escrita foi-se desencadeando pela vida e surgiu como um efeito de descarga das minhas emoções no papel. Tenho necessidade de escrever o que me vai na alma para me libertar e projetar no mundo. Como consegue conciliar tudo isto com a sua vida profissional? Enquanto exerci a minha profissão, não me dedicava tanto às artes,

pois não tinha muito tempo, mas, a partir do momento em que me reformei, comecei a dedicar mais tempo a esta área. Que mensagem poderia deixar à nossa geração? A mensagem que deixo é que os jovens se devem empenhar no que fazem, que façam com paixão e com alma, que não façam só por fazer, porque, se se dedicarem com alma a tudo o que fazem, irão sentir muita satisfação e as outras pessoas irão reconhecer o seu esforço e dedicação e, consequentemente, irão sentir-se felizes e realizados. Rita Marques e Leonor Santana, 7ºA

6


A minha vida dava uma história No dia 2 de outubro, aquando da comemoração do Dia do Idoso, recebemos na escola de Santo Aleixo a D. Isabel Balancho. Veio cá, a convite da Câmara Municipal de Moura, para nos contar como foi a sua vida.

A D. Isabel não teve uma vida fácil, mas é uma pessoa muito ativa e cheia de força! Nasceu em Santo Aleixo da Restauração e aqui frequentou a Escola Primária, que era muito diferente de hoje. Quis conhecer outras terras e ter novas experiências. Casou, por procuração, e foi viver para Angola, onde estava o marido. Viajou, durante onze dias, num barco muito grande. Em Angola, nasceu o filho mais velho, o Jorge. Durante a Guerra Colonial, foi deportada e chegou a ficar presa com o filho! Regressou a Portugal só com o filho, não a deixaram trazer mais nada! Quando o marido voltou, decidiram ir viver para a Suíça, onde nasceu a filha mais nova, a Ana. Viver na Suíça não foi fácil, teve de trabalhar muito! Esteve lá vinte e tês anos! Ganhou a dupla nacionalidade quando trabalhou como intérprete num tribunal e ajudou a fazer passar uma lei. Regressou a Portugal e a Santo Aleixo da Restauração. Foi a primeira mulher a presidir a Junta de Freguesia de Santo Aleixo. Cumpriu dois mandatos consecutivos, sendo presidente da Junta durante oito anos. Hoje, continua a ser uma pessoa muito participativa na vida da aldeia. Organiza a marcha, dirige um grupo coral e faz parte da organização das festas. Adorámos receber a D. Isabel na nossa escola! TEXTO COLETIVO 2º A/A

7


ATIVIDADES NO AGRUPAMENTO Por Elisabete Vogado

Recolha de Sangue Decorreu, no dia 19 de setembro de 2018, na escola-sede do agrupamento, mais uma sessão de recolha de sangue, promovida pelo serviço de Imunohemoterapia do Hospital do Baixo Alentejo e organizada pela docente Elisabete Vogado. Toda a comunidade escolar foi convidada a participar, tendo o feedback sido bastante positivo: houve vinte doações de sangue de docentes, não docentes, pais e encarregados de educação, entre outros cidadãos benevolentes. Parabéns a quem ajudou a Salvar vidas!

Se podes sonhar, podes concretizar No dia 9 de outubro, as turmas do 3ºciclo foram assistir a uma palestra designada “Se podes sonhar, podes concretizar”. Para este encontro foram convidados dois jovens – Marine Antunes, blogger e escritora, e o ator Tiago Castro, que partilharam connosco experiências das suas vidas, quer a nível pessoal quer a nível profissional. Contaram-nos, com um sentido de humor muito próprio, os obstáculos com os quais se depararam ao longo da sua adolescência e juventude e a forma como lidaram com eles para os ultrapassarem e conseguirem realizar os seus projetos. Consideramos que esta atividade foi bastante importante, porque a mensagem que nos passaram foi a de que, apesar das contrariedades que possam surgir, devemos lutar para concretizarmos os nossos sonhos. Gabriela Gala, 9ºC

8


Día de la Hispanidad No dia 12 de outubro, os alunos da disciplina de Espanhol do 7º ano e da turma PIEF comemoraram o “Día de la Hispanidad” com uma apresentação do Grupo de Sevilhanas de Safara, com uma exposição de cartolinas e com um “Concurso de abanicos”, elaborados pelos alunos do 7º ano. Os trabalhos estiveram a votação e o vencedor foi o leque elaborado pelo grupo composto pela Carolina Gonçalves, Francisco Ferro e Luís Fialho, da turma B.

Comemoração do Halloween O Halloween é também muito apreciado pelos nossos alunos, especialmente os mais novos. Este ano, a sua comemoração ficou marcada por algumas atividades. Os alunos de 2º ciclo, juntamente com a sua família, deram asas à sua imaginação e criativida-

de e construíram chapéus com arte, dando primazia à utilização de materiais recicláveis. Estes foram expostos no átrio da escola e, num dos intervalos da manhã, os seus autores exibiram-nos num lindo desfile, a fim de os colocarem a concurso e serem selecionados os melhores.

9


Comemoração do Dia Nacional da Cultura Científica O Dia Nacional da Cultura Científica assinala-se a 24 de novembro, desde 1996. Este dia foi escolhido por ser aquele em que nasceu Rómulo de Carvalho (1906), professor de Física e Química e responsável pela promoção do ensino da ciência e da cultura científica em Portugal. Rómulo de Carvalho foi também poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão. Promovida pelo Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, a comemoração do Dia Nacional da Cultura Científica decorreu no dia 27 de novembro, no nosso agrupamento. Ao longo do dia foram realizadas várias atividades, como a construção de relógios de sol e também de quadrantes (com enquadramento histórico através da maleta pedagógica dos vários instrumentos utilizados para orientação marítima na época dos descobrimentos), sob a orientação da colaboradora Ana Alves do Observatório do Lago Alqueva (OLA). Decorreram ainda dois workshops sobre Origamis para alunos

do 2.º ciclo e estiverem patentes duas exposições no átrio da escola no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, uma sobre células procarióticas e células eucarióticas, com trabalhos realizados em plasticina pelas turmas do 8º ano, e outra exposição sobre o que escondem os Alimentos consumidos diariamente pelos nossos alunos, em que o foco foi a quantificação do açúcar contido nos alimentos e também o reforço sobre a importância do saber ler os rótulos alimentares.

10

Por Susana Balinha


Workshop Origami

Por Andreia Tomé

Desenvolvendo a notícia atrás apresentada, os workshops sobre origamis permitiram aos alunos do 2.º Ciclo (5.º e 6.º anos) contactar com esta arte muito antiga, criada pelos membros da Corte Imperial do Japão. Nesta técnica é comum utilizarem-se folhas de papel com formato quadrado, nas quais os cortes estão ausentes. Nelas são realizadas algumas dobras de estilo geométrico, que dispostas de formas variadas, compõem imagens complexas, as quais resultam na representação de entes ou objetos diversos. Esta arte contribui muito para a educação, pois ela atua ativamente no aprimoramento intelectual das crianças / adolescentes, isto porque demanda alta concentração e incentiva a capacidade de fantasiar e aperfeiçoa as habilidades manuais. Foi bastante estimulante testemunhar a reação destes alunos ao assistirem à transformação de uma mera fração de papel numa rosácea que, agrupada num conjunto de seis, originaram um sólido que nos recorda uma “esfera”, apenas com determinadas dobras na sua superfície. O balanço desta atividade foi bastante positivo, pois os alu-

nos questionam, diariamente, quando vai ser o próximo Workshop. Será que haverá próximo? Quiçá!!!! Aguardemos… Por Ana Paula Andrade

Exposição de Rosas dos Ventos Cumprindo a tradição de anos anteriores, os alunos do 5.º ano, no âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal, e do 7.º ano, no âmbito da disciplina de Geografia, produziram vários trabalhos para a exposição “Rosa dos Ventos”. Nas Rosas, os materiais usados foram variados, revelando muita imaginação e notou-se, na generalidade, muito rigor científico. Os trabalhos foram expostos no átrio da escola, entre 10 e 14 de dezembro, para serem aprecia-

dos por toda a comunidade escolar. 11


Comemoração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

A 3 de dezembro é assinalado internacionalmente o Dia da Pessoa com Deficiência. Neste ano letivo, o grupo de docentes de Educação Especial, em articulação com as disciplinas de Educação Visual, Educação Tecnológica e Tecnologias de Informação e Comunicação, desenvolveram a atividade “Dar a mão à mão”, que envolveu os alunos do pré-escolar, 1º, 2º e 3º ci-

clo do Agrupamento de Escolas de Amareleja. Consciencializar os intervenientes para o impacto que a deficiência, nas suas várias revelações, pode ter no dia-adia do portador e para importância da entreajuda e cooperação em prol do “bem comum” foram os objetivos principais. O resultado final ficou à vista de todos: uma esplendorosa Árvore de Natal, elaborada com e pelas mãos de todos os alunos. Simplesmente ESPECIAL!

Comemoração do Dia Internacional dos Direitos Humanos No âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, os alunos do 5ºB foram à Biblioteca e aí tiveram oportunidade de ouvir uma historia sobre uma jovem paquistanesa — Malala Yousafzai — conhecida, principalmente, por defender os direitos humanos das mulheres e do acesso à educação. No dia 10 de outubro de 2014, foi-lhe atribuído o Nobel da Paz pela sua luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todos à educação.

12


Natal ilustrado Na azáfama dos últimos dias do 1º período, foram desenvolvidas atividades alusivas ao Natal. Com a ajuda dos professores de Línguas Estrangeiras e de Expressões, os alunos elaboraram marcadores de livros e construíram postais que, mais uma vez, nos encantaram pela sua beleza e originalidade. Estes últimos foram entregues aos utentes dos Centros de Dia, dando-se cumprimento também a uma das atividades dos Diretores de Turma - Projeto Intergeracional.

O átrio da escola foi, igualmente, embelezado com uma exposição de presépios em miniatura, desenvolvidos na disciplina de Matemática, 2º Ciclo.

13


Atividades no Pré-Escolar

Por Docentes do Pré-Escolar

Projeto: “ Construindo a identidade” Somos os meninos do Jardim de Infância de Safara, sabemos que é importante conhecermos muitas coisas sobre nós e sobre os outros meninos do grupo. Fizemos algumas experiências de aprendizagem que gostaríamos de partilhar.

Dia Mundial da Alimentação No dia 16 de outubro, o Jardim de Infância festejou, em conjunto, o Dia Mundial da Alimentação. Este tema foi abordado nas respetivas salas com debates e atividades sobre a importância de uma alimentação saudável e a prática de exercício físico. As crianças assistiram à história “A que sabe a lua”, dinamizada pela Educadora Joana Pereira. Cada sala confecionou uma receita saudável, culminando num lanche convívio entre todos.

Dia de S. Martinho Este dia foi comemorado com o intuito de sensibilizar as crianças para a importância de reviver as tradições, bem como de ajudar/partilhar com o próximo. Foram realizadas diversas atividades alusivas ao tema, entre elas o conto “Lenda de S. Martinho” com sombra chinesas e, para terminar em festa, realizou-se o respetivo magusto com castanhas assadas, bolo com nozes, semifrio de gelatinas e suminho. 14


Tea Break - Na Sala de Professores Por Isabel Rosado No dia 6 de dezembro, durante o intervalo das 10h30, decorreu, como já vem sendo hábito, o tea break na sala de professores da escola sede do Agrupamento, organizado pelos docentes do Departamento de Línguas. Sendo que o ritual de beber chá, com fortes tradições históricas, representa harmonia, paz, despertar espiritual, mudança e satisfação, nada melhor do que transformar este momento num ambiente festivo de partilha e convívio onde todos puderam desfrutar de uma variedade de chás, acompanhados de scones com compotas de vários sabores, bolachinhas, brownies e iguarias variadas representativas dos diferentes países representados pelo Departamento.

15


PROGRAMA INTEGRADO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO Por Patrícia Granito No âmbito da concretização do Plano Anual de Atividades da Turma Percurso Integrado de Educação e Formação (PIEF), relativo a este ano letivo, foram desenvolvidas, até ao momento, as seguintes atividades:

No dia 5 de novembro, pelas 11 horas e 5 minutos, realizou-se o simulacro “A Terra Treme”.

No dia 8 de novembro, a turma esteve envolvida no “Magusto”, tendo sido desenvolvidas atividades de venda solidária de castanhas assadas no espaço educativo, bem como na comunidade em geral.

No dia 12 de novembro, realizou-se

o

Workshop

de

“Cuidados de Imagem”, levado a efeito por dois antigos alunos deste Agrupamento de Escolas, o Carlos Honrado e a Fátima Prazeres.

16


Trabalhos realizados pela turma PIEF durante as aulas

17


VAMOS DAR O NOSSO MELHOR A nossa turma, 7ºA, foi a vencedora do projeto “Vamos dar o nosso melhor” no passado ano letivo. O prémio foi uma visita, incluindo a estadia de uma noite, ao Parque de Natureza Noudar, em Barrancos. No passado dia 13 de dezembro, partimos por volta das 14 horas, acompanhados pela D. Turma e pelo professor Marcos, e seguimos viagem no autocarro. Ficámos alojados na “Casa da Malta” e participamos nas atividades do Parque, acompanhados pela Bióloga Débora. Já de noite, fizemos uma caminhada ao Castelo de Noudar, onde pudemos observar algumas espécies da região, morcegos e a coruja branca. Após o jantar, jogámos ao Pictonary e fizemos pequenas representações. Foi um serão de convívio bastante agradável. No dia seguinte, voltámos a participar em diversas atividades de conhecimento do Parque de Natureza e fizemos dois concursos de perguntas sobre as espécies animais e vegetais que têm como habitat o parque. O prémio foi dado às duas equipas pelo empenho e interesse de ambas, uma viagem nos carrinhos elétricos ou de bicicleta ao Castelo de Noudar.

Infelizmente, tivemos de regressar muito cansados e cheios de sono. Foram 24 horas muito divertidas, o que nos deu forças para continuar a dar o nosso melhor…

Texto coletivo, 7ºA

18


PEQUENOS CANTORES DE MODAS E EXPRESSÕES TRADICIONAIS Por António Montemor No dia 8 setembro, decorreu, em Lisboa, na Casa do Alentejo, a iniciativa “II Amareleja em Lisboa” , organizada pela Junta de Freguesia de Amareleja, na qual estiveram presentes alunos da nossa escola pertencentes ao projeto Pequenos Cantores de Modas, com um concerto de música tradicional. Na semana de 23 a 28 de setembro, decorreram duas atividades integradas no projeto “Erasmus+”, intituladas "Unwinding musical moments with the "Cante Alente-

jano" e "Second Transnational Meeting, Portugal, Agrupamento de Escolas de Amareleja". Foi apresentado um concerto de boas-vindas aos alunos que nos visitaram. No dia 1 outubro, no âmbito da comemoração do Dia do Idoso, houve uma atuação do Grupo Coral feminino e masculino do Centro Social de Amareleja, com a colaboração de alguns Pequenos Cantores de Modas - coordenado pelo mesmo Docente - no auditório do IEFP, MOURA. No dia 11 outubro, os Pequenos Cantores de Modas atuaram na entrega dos PRÉMIOS DE MÉRITO.

No dia 23 outubro, integrado no projeto "ERASMUS+" decorreu a iniciativa " BLENDED MOBILITY OF SCHOOL LEARNERS", um concerto de boas vindas. Nesse mesmo dia, houve uma atividade/ convívio cultural "UNWIDING MOMENTS" com os alunos dos países envolvidos - Croácia, Itália, Noruega e Portugal. Na semana de 5 a 12 novembro, todas as turmas do Agrupamento aprenderam uma canção alusiva ao S. Martinho, uma atividade de comemoração desta data. No dia 17 de novembro, decorreu a Festa do 10º aniversário da creche Bem-me-quer, no Pavilhão Mul-

tiusos. No pólo de Safara, inserido no Projeto “Pequenos Cantores de Modas e Expressões Tradicionais” tiveram lugar três aulas com a participação de duas cantadoras de grupos corais locais, Francisca Rosa Amadora e Maria José Amadora. Os alunos aprenderam a moda "Safara, Terra Bonita". As atividades decorreram em bom ambiente, com muita alegria e bom entendimento, tendo os alunos demonstrado um grande empenho e aceitação destas intervenientes não docentes. Uma vez terminada esta tarefa, as mesmas senhoras apre-

sentaram uma canção antiga de Natal.

19


De relembrar que este projeto é transversal e contínuo durante todo o ano letivo. Desta forma, deixamos aqui uma alusão ao mesmo relativo ao final do ano letivo anterior. Durante o terceiro período escolar do ano transato, foram realizadas entrevistas aos alunos intervenientes no Projeto Pequenos Cantores de Modas. Desta forma, foi dada aos alunos uma outra forma de interagir de um modo mais direto, tanto no Projeto como nas atividades do nosso Jornal 5 Estrelas. Foram selecionadas, aleatoriamente, algumas das opiniões dos meninos do terceiro ano do Pólo de Safara. As entrevistas foram conduzidas e recolhidas pela professora titular da turma, Maria José Novo. Eis algumas opiniões das nossas crianças: A moda da Tourada e a Menina Florentina são modas que eu gosto muito de cantar, porque são antigas.

As modas que nós aprendemos são muito bonitas e eu gosto de as cantar.

Os alunos de Safara participaram em diversas atividades fora do espaço sala de aula: atividades de Natal para a comunidade, marchas de Carnaval pela rua, visita ao Centro de Dia, ao Lar da Terceira Idade, marchas dos Santos Populares no Jardim de Infância e concerto de boas-vindas a Sua Eminência, o Sr. Bispo da Diocese.

20


O QUE LEMOS... A leitura de “A Aia” de Eça de Queirós faz-nos compreender que o amor de mãe não tem medida. Por instantes, ficou sem o seu filho, mas a sua religião fê-la acreditar que, pondo termo à sua vida, estaria, de novo, com ele. Carolina Grilo, 9ºC A aia dá-nos uma grande lição de amor e de lealdade. Sacrifica a vida do filho para salvar o reino das mãos de um tio bastardo que é capaz de tudo para satisfazer a sua ambição pelo poder. Adriana Figueira, Ana Margarida e Sandra Piçarra e Madalena Peixoto, 9ºA A leitura de Os Lusíadas está a ser interessante. Esta obra de Camões não nos deixa esquecer o quão importantes e grandiosos nós já fomos um dia. O “Consílio dos Deuses”, por exemplo, mostra-nos que o caráter aventureiro, ousado e destemido do Povo Português conduz os próprios Deuses a reunirem para poderem decidir sobre o futuro de simples mortais. Luciana Mendes e Gabriela Gala, 9ºC O texto intitulado “Um dia destes” de Gabriel García Marquez marcou a sua diferença no conjunto dos textos que estudamos. Quando o dentista perguntou ao alcaide para onde devia mandar a conta da consulta, este diz-lhe que a pode mandar para casa ou para o Município, pois “o saco é o mesmo”. Verifica-se aqui uma séria crítica aos políticos: serão eles capazes de utilizar os dinheiros públicos para pagarem as suas próprias despesas? Luís Sanches, 9ºC

“A Galinha” de Vergílio Ferreira é um conto que retrata o dia a dia num meio rural. Esta história mostra-nos até que ponto algo tão simples pode provocar grandes conflitos entre familiares e vizinhos. Neste caso, a ganância e a inveja foram responsáveis pelos acontecimentos desastrosos que ocorreram. Infelizmente, esta história acaba por retratar o estado da sociedade em que vivemos, onde as pessoas são ambiciosas, egoístas e mesquinhas. Estes sentimentos não deviam existir. José Piteira e Lara Paulino, 9ºC

21


Por um simples objeto de barro – uma galinha – foi destruída uma família e metade de uma aldeia. Como é que é possível o ser humano deixar-se chegar a este ponto?

De todos os contos que li, o que mais apreciei foi “A Galinha” de Vergílio Ferreira, pois o autor, com algum humor à mistura, acaba por transmitir uma mensagem importante: a ganância e a inveja cegam as pessoas. Depois de tanta troca, de tanto desentendimento e até de mortes, a tia do narrador acabou por ficar com a galinha de barro que tinha comprado.

Alexandre Santana Jéssica Cruz, 9ºC

Da leitura do conto “A Galinha” retiro uma mensagem que deve ser para todos: a arrogância, a ambição desmedida, a inveja não devem comandar a nossa vida. Só trazem perdição como aconteceu na história que lemos. Devemos evitar os conflitos, sobretudo por coisas tão simples.

Sílvia Agulhas, 9ºC

Sara Vilão Gabriel Batista, 9ºA

Julgo que a obra “Meu pé de laranja lima” de José Mauro de Vasconcelos conta uma história que acaba por ser uma imagem da nossa realidade, mas há algum tempo atrás, quando as famílias eram mais numerosas e viviam com dificuldades. Uma das mensagens que retiro com a leitura que fiz é que devemos sempre proteger os nossos. Maria Mendes, 9ºC

“Meu pé de laranja lima” foi um texto que gostei de ler. Uma das ideias que podemos retirar após a sua leitura é que, por vezes, podemos pensar que ninguém gosta de nós, nomeadamente se ralham connosco ou nos colocam de castigo. Contudo, temos de pensar que nós colhemos o que plantamos, tal como Zezé, a personagem principal desta história. Ana Lúcio, 9ºA Um dos textos que mais apreciei foi a crónica “Elogio do Subúrbio” de António Lobo Antunes. O autor fala dos seus tempos de criança e do local onde vivia, fazendo uma comparação com o tempo presente. Este texto levanos a crer que, por vezes, vamos perdendo aquilo de que gostamos. Contudo, existe algo que o tempo não apaga as nossas lembranças.

António Carrilho, 9ºA 22


O QUE ESCREVEMOS... No âmbito da disciplina de História, fizemos uma viagem ao passado e decidimos entrevistar algumas figuras importantes da época dos Descobrimentos. Entrevista a Vasco da Gama Jornalista: Susana Silva, turma B do 8.º Ano Jornalista: Olá, senhor Vasco, mais conhecido por Vasco da Gama, eu sou a Susana e gostaria muito que o senhor me respondesse a algumas questões... Pode dar-me a honra? Vasco da Gama: É claro que sim, senhorita Susana. Quais são as questões que mais a intrigam? Jornalista: Bem, eu vou começar pelo mais básico, como é óbvio... gostava muito que o senhor me dissesse quando e onde nasceu. Vasco da Gama: Eu nasci em 1469, na pequena povoação de Sines, situada na costa sudoeste de Portugal. Jornalista: Ah! Eu já ouvi falar no festival do Sudoeste... Vasco da Gama: Perdão? Não sei do que está a falar… Jornalista: Desculpe, são cá pensamentos meus... Quem são os seus pais? Vasco da Gama: O meu pai é Estêvão da Gama, cavaleiro da casa de D. Fernando de Portugal, Duque de Viseu e Mestre da Ordem de Cristo. D. Fernando nomeou-o alcaide-mor de Sines e permitiu-lhe receber uma pequena receita de impostos sobre a fabricação de sabão em Estremoz. Jornalista: E a sua mãe, quem é? Vasco da Gama: A minha mãe é Dona Isabel Sodré, filha de João Sodré (também conhecido como João de Resende). Sodré, de ascendência inglesa, tinha ligações à casa de D. Diogo, Duque de Viseu, filho de Fernando de Portugal, Duque de Viseu. Jornalista: E qual é a sua profissão? Vasco da Gama: Navegador, explorador. Fui capitão-mor da frota que, num sábado, a 8 de julho de 1497, zarpou de Belém em demanda da Índia. Jornalista: Que feito destaca na sua vida de navegador? Vasco da Gama: Destaquei-me sendo o capitão dos primeiros navios a navegar da Europa à India na mais longa viagem oceânica até então realizada. A 20 de maio de 1498 cheguei a Calecute. A tripulação era constituída por cerca de 170 homens distribuídos por quatro embarcações: as naus S. Gabriel, S. Rafael, S. Miguel e Bérrio. Jornalista: A sério? Bem, então o senhor tem um papel importante na história de Portugal. Graças a si descobrimos várias coisas! Vasco da Gama: Ah! Não foi nada de mais, somente fiz o que me competia fazer…

23


Jornalista: Teve algum reconhecimento pelo seu feito?

Vasco da Gama: Recebi o título de "almirante-mor dos Mares das Índias", tendo-me sido concedida uma renda de trezentos mil réis anuais, que passariam para os meus filhos (Francisco, Estevão, Cristóvão, Paulo, Pedro, Isabel e Álvaro). Recebi ainda, conjuntamente com os meus irmãos, o título perpétuo de Dom e duas vilas, Sines e Vila Nova de Milfontes. Jornalista: Ai, desculpe estar a tratá-lo por senhor e não por Dom Vasco da Gama. Vasco da Gama: Não se preocupe, só estou a falar disto porque me perguntou. Já agora, fique a saber que em 1519 fui feito 1.º Conde da Vidigueira, pelo rei D. Manuel I,

sendo o primei-

ro conde português sem sangue real. E fui promovido a almirante e nomeado vice-rei da India. E ainda realizei mais duas viagens à India… Jornalista: Bem, isso é que foram recompensas. Já sem falar no tempo passado no mar... Quer aproveitar para dizer alguma coisa aos jovens do século XXI? Vasco da Gama: Quero, quero! Em primeiro lugar, quero destacar a importância da matemática e da astronomia para os meus feitos de navegação, pois ajudaram-me imenso. Não sei se já ouviu falar no astrolábio, no quadrante, no sextante, na balestilha... Jornalista: Sim, sim, a nossa professora já falou nisso...

Vasco da Gama: Em segundo lugar, a importância de não desistir. Para se chegar à India foram precisas muitas e muitas viagens, as primeiras delas impulsionadas pelo Infante D. Henrique, a partir de 1415. Jornalista: Não mudaria nada na sua vida? Vasco da Gama: Talvez não atuasse com tanta rigidez quando fui vice-rei... Jornalista: Já se está a fazer tarde… com tanta conversa, perdemos a noção do tempo... Muito obrigada pela entrevista! Até à próxima! Vasco da Gama: Obrigado, eu! Vemo-nos por aí... Saúde!

Vasco da Gama contraiu malária depois de chegar a Goa, em 1524, e morreu na cidade de Cochim, na India, na véspera de Natal desse ano. Foi sepultado na Igreja de São Francisco, em Cochim. Em 1539 os seus restos mortais foram trasladados para Portugal, para a Igreja de um convento carmelita, conhecido atualmente como Quinta do Carmo (hoje propriedade privada), próximo da vila alentejana da Vidigueira. Em1880 ocorreu a trasladação para o Mosteiro dos Jerónimos. Há quem defenda, porém, que os ossos de Vasco da Gama ainda se encontram na vila alentejana.

24


Entrevista a Afonso de Albuquerque Jornalista: Rita Guerra, turma B do 8.º Ano Jornalista: Olá, senhor Governador, estou aqui para lhe fazer algumas perguntas! Afonso de Albuquerque: Olá, esteja à vontade! Jornalista: Quando nasceu? Afonso de Albuquerque: Nasci entre 1461 e 1462, a data não é muito certa porque no século XV não havia grande controlo no registo dos nascimentos. Jornalista: E onde nasceu? Afonso de Albuquerque: Há quem diga que foi em Vila Verde dos Francos, uma freguesia de Alenquer, mas também há quem diga que foi em Alhandra. Mais uma incerteza em relação ao meu nascimento. Jornalista: Não se preocupe, afinal estamos a falar de alguém que viveu no século XV, há quase seiscentos anos... Afonso de Albuquerque: E passado tanto tempo ainda falam de mim na escola? Jornalista: Sim, sim, por isso é que viemos entrevistá-lo. Já agora, diga-me qual foi o acontecimento mais importante da sua vida? Afonso de Albuquerque: Não posso dizer um, pois tenho vários: fui reconhecido como um génio militar pelo sucesso da minha estratégia de expansão, facto que me deixou muito contente; destaquei-me pelos contactos diplomáticos; fui nomeado governador da India; estabeleci a capital do Estado português da India em Goa; conquistei Omã, Goa e Malaca, esta última conquista tornou-se o ponto mais oriental do comércio no Indico; consegui chegar às ambicionadas "ilhas das especiarias", as ilhas Molucas, dominei Ormuz, à entrada do Golfo Pérsico; ganhei o título de vice-rei e Duque de Goa, dado pelo rei D. Manuel I, o Venturoso, sendo o primeiro duque que nasceu fora da família real, e fui o segundo europeu a fundar uma cidade na Ásia ( o primeiro tinha sido Alexandre, o Grande) ... Por isso, como pode calcular, fico muito orgulhoso com as minhas conquistas! Jornalista: Sem dúvida, foram conquistas muito importantes para o nosso país. Mas, agora, diga-me, não houve dificuldades ao realizar tantos acontecimentos importantes? Afonso de Albuquerque: Claro que houve, nem sempre tudo corre bem... Por exemplo, não consegui conquistar Adém, um ponto estratégico no golfo de Omã, quase à entrada do Mar Vermelho. No final da minha governação, também fui alvo de muitas críticas por parte daqueles que estavam mais ligados ao rei e que não gostavam da minha organização em termos militares. Jornalista: Mudaria algo no seu passado? Afonso de Albuquerque: Talvez não ter sido tão bélico, não recorrer tanto às conquistas militares, mas no meu tempo elas eram importantes para o domínio económico. Jornalista: Infelizmente, quase seis séculos depois a humanidade continua igual... Afonso de Albuquerque: Não me diga... 25


Jornalista: Quer deixar uma mensagem aos jovens do século XXI?

Afonso de Albuquerque: Se me é permitido, gostaria de dizer que sejam sempre organizados. A organização é fundamental para alcançarmos as nossas metas. Sejam também sempre justos e bondosos! Jornalista: Obrigada, foi sem dúvida uma entrevista muito interessante! Afonso de Albuquerque: Obrigado, eu, senhorita Rita! Se quiser, apareça de novo para conversarmos mais um pouco. Era um homem dotado de um inquebrantável espírito de justiça, sempre bondoso, pie-

doso para com os pobres e muito paciente para suportar os sofrimentos que constantemente o assaltavam, devido à inveja e incompreensão dos homens. Sendo alguém honesto, dedicado ao Rei e ao seu país, Albuquerque viveu na Índia escravizado aos planos grandiosos que levara para aí. Nos seis anos de governo, tornou-se alguém conhecido desde a Arábia até a China tendo-se apossado das chaves do Oceano Índico. Faleceu em Goa, no dia 6 de dezembro de 1515.

Entrevista à Lua Hoje, decidimos viajar numa nave espacial e fomos até ao espaço entrevistar a Lua. Entrevistadores: Olá senhora Lua, quantos anos tem? Lua: Eu sou tão velha que já nem sei quantos anos tenho, mas as pessoas acreditam que tenho quatro mil milhões de anos. Entrevistadores: Quão afastada está da Terra? Lua: Bem, eu gostaria de estar mais perto, mas estou a 384 400 quilómetros do planeta Terra.

Entrevistadores: Como é que apareceu no sistema solar? Lua: Acham que eu apareci quando um grande planeta chamado Theia chocou com a Terra, por isso acho que a Terra é a minha mãe e Theia, o meu pai. Entrevistadores: Em que ano o homem a visitou pela primeira vez? Lua: Já lá vão quarenta e oito anos, foi em junho de 1969. Entrevistadores: Como se sentiu nesse momento. Lua: Foi muito engraçado ver um ser humano de perto, pois de longe pareciam-me minúsculos. Agora, desculpem, mas como está a anoitecer na Terra e tenho de ir iluminar os humanos. Entrevistadores: Adeus e obrigada pela entrevista. Madalena Garcia E Rodrigo Guerreiro – 5ºA 26


BIBLIOTECA ESCOLAR

Por Delfina Veladas

O Natal na Biblioteca

Concurso de Postais de Natal

A nossa biblioteca realizou várias atividades para celebrar o Natal. A educadora Joana Pereira contou o conto “Uma estrela atrás da porta” a todos os alunos do Jardim de infância e do 1º ciclo. Contava a história de uma senhora de idade que era muito egoísta e não gostava de celebrar o Natal. Certo dia, surgiu uma estrela em sua casa que a ajudou a ser menos egoísta e a valorizar o espírito de Natal.

Após a audição da história, os alunos construíram uma estrela em cartolina enfeitada com brilhantes para colocarem na sua árvore de Natal.

27

Lançámos um concurso de Postais de Natal. Participaram os alunos do 3º ciclo e as crianças do Jardim de Infância de Safara. Estavam todos muito bem construídos. Foi uma atividade muto interessante! Os vencedores foram : Tomás Lopes 6º C Diogo Agulhas 7º A Jardim de Infância de Safara


Jornalistas por um dia

Feira do Livro

Os alunos da turma do 5º A, orientados pela

Decorreu, de 4 a 14 de dezembro, a Feira do

professora Francisca Barradas, escreveram

Livro na nossa biblioteca. Teve como objetivos

um artigo para a Visão Júnior, sobre a Amare-

permitir o contacto dos alunos com uma maior

leja.

variedade de livros e estimular o seu gosto pe-

Efetuaram várias pesquisas na biblioteca: nú-

la leitura.

mero de habitantes, data da sua fundação e

Esta atividade contou com a participação de

sobre pessoas célebres que nasceram na nos-

todos os alunos da escola. Foram atingidos os

sa terra. Escolheram seis locais que mais gos-

objetivos. A equipa da Biblioteca Escolar agra-

tavam e escreveram pequenos textos acerca

dece a participação de toda a comunidade

deles. Os locais escolhidos foram: o Jardim, a

educativa nesta atividade.

Torre do Relógio, as ruas, o Baldio das Ferrarias a Igreja Matriz e o Parque de Vale de Juncos. Os alunos mostraram-se muito entusiasmados na realização da reportagem e ficaram muito orgulhosos com a publicação do artigo. A professora e os alunos estão de parabéns!

28


SABIA QUE...

Por David Fialho

As investigações realizadas com o objetivo de perceber o impacto do envolvimento/acompanhamento parental e familiar nas atividades escolares das crianças e dos jovens "dizem-nos" que um correto acompanhamento resulta em ganhos e mais-valias no aproveitamento e rendimento escolar, na motivação e no interesse para as atividades escolares, na autoestima e na confiança pessoal, nas competências sociais e, finalmente, no ambiente escolar. A verdade é que, muitas vezes, este acompanhamento não é regular nem efetivo, o que leva a que as crianças não percebam o interesse dos pais e encarregados de educação pela sua vida escolar, podendo levar a um consequente desinteresse destas. Nestes casos, podem existir dificuldades e problemas que, por não existir um acompanhamento frequente, não são identificados e corrigidos de modo atempado. Como é que podemos detetar dificuldades e problemas sem este acompanhamento? Como conseguimos ajudar no estudo e no reforço de aprendizagens ou motivar e reforçar as aquisições e os feitos dos nossos filhos? Não é fácil... A verdade é que, quanto melhor for este acompanhamento, mais fácil é o trabalho realizado em casa, consolidando aprendizagens, tornando mais precoce a deteção e a resolução de problemas e facilitando a valorização e o reforço do esforço e da evolução dos nossos educandos. Deste modo, conseguimos motivá-los para as tarefas académicas, facilitando o seu sucesso e a sua, tão importante, noção de autoeficácia. Sendo sempre necessário este acompanhamento, deve ser ainda mais regular nas mudanças de ciclo, sobretudo nos 1.º, 5.º, 7.º e 10.º anos, de modo a que se avalie a adaptação de cada criança/jovem aos novos ciclos de ensino e às suas exigências. De outro prisma, o trabalho com o(s) professor(es) deve ser colaborativo, devendo os professores e encarregados de educação colaborar, articulando, trabalhando e complementando-se, com objetivos comuns... que são o bem-estar e o adequado desenvolvimento de aquisições, competências e valores dos filhos/alunos. Deste modo sugerimos que: 1. Acompanhe a vida escolar do(s) seu(s) educando(s): mostrando interesse e perguntando, diariamente, sobre as atividades e aprendizagens do dia de aulas; vendo os cadernos e apontamentos, a caderneta e os testes; participando nas reuniões e atividades para as quais é convocada(o) ou convidada (o). Nos anos iniciais de ciclo deverá avaliar a adaptação do seu educando, podendo ser necessário a marcação de uma reunião com o professor titular de turma (1.º Ciclo) ou com o diretor de turma para que possa retirar dúvidas ou colocar questões. 2. Quando surgem dúvidas, preocupações ou quando tem alguma informação para dar, procure o professor ou diretor de turma, nos horários estabelecidos ou combinados, sem deixar que o problema associado à dúvida ou preocupação agrave. Sempre que estiver em desacordo com alguma situação ou prática do(s) professor(es) do seu filho, entre em contacto com estes, de forma a poder falar sobre o assunto, sem que o seu filho se aperceba que está em desacordo com estas práticas. Nestes casos, os alunos podem acabar por não acatar as orientações dos professores legitimados pelas posições dos pais, fomentando-se, deste modo, problemas comportamentais e de trabalho. 3. Incentive e acompanhe o estudo dos seus filhos. 4. Promova a leitura. 5. Valorize e elogie o esforço e os resultados do(s) seu(s) educando(s).

29


CLUBE DE PROTEÇÃO CIVIL

Por Elisabete Vogado

No dia 5 de novembro, pelas 11h05, o Agrupamento de Escolas de Amareleja representou o distrito de Beja no âmbito do exercício nacional "A TERRA TREME", promovida pela Autoridade Nacional de Proteção Civil. Esta iniciativa teve como objetivo sensibilizar a

população para saber como agir antes, durante e depois de um sismo. Para além do exercício “A Terra Treme”, o Estabelecimento de Ensino, em Amareleja, realizou também um exercício de evacuação, de forma a testar o Plano de Evacuação e a incutir na nossa comunidade escolar uma cultura de Segurança. Estiveram presentes várias entidades, nomeadamente a 2ª Comandante do Centro de Operações de Socorro de Beja, Lucínia Viana, a

Sra. Juliana Santos, Técnica Superior, que trabalha em colaboração com as escolas representando o CDOS de Beja, a Unidade Técnica de Proteção Civil e Defesa da Floresta da Câmara Municipal de Moura, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Moura, representantes da Escola Segura, o Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS), os Bombeiros da Cruz Vermelha Portuguesa, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e, ainda, o IPDJ.

Foi com grande alegria e entusiasmo que tivemos na nossa escola os carros do GIPS da GNR, dos Bombeiros Voluntários da Cruz Vermelha, da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Moura, assim como a presença dos responsáveis pelo ICNF e IPDJ. Estão todos de Parabéns!! Para o próximo período há mais. Porque TODOS SOMOS PROTEÇÃO CIVIL!

30


Por Alice Rocha Iniciou-se mais um ano letivo e o Clube de Teatro ganhou novo fôlego com a participação de novos alunos oriundos, sobretudo, da turma A do 5.º ano e da turma C do 6.º ano. O primeiro período foi muito ativo e os alunos participaram nas atividades do projeto Erasmus+, tendo representado a peça Welcome!, em inglês, para os docentes da Itália e da Turquia (projeto C.A.K.E.) e para os alunos e docentes da Itália, Noruega, Croácia e Letónia (projeto COLENT). Apesar de alguma insegurança inicial, saíram-se muito bem. Aqui fica o agradecimento aos docentes Miguel Almeida, Carmen Conde e Isabel Rosado que ajudaram, quer nos ensaios quer na escrita da peça. Para além disso, representaram peças com caráter histórico, como é o caso da peça Da Monarquia à República, para as crianças do pré-escolar, alunos do primeiro ciclo e das turmas B e C do sexto ano, e da peça Jograis da Restauração, para os alunos dos primeiro, segundo e terceiro ciclos. Estas peças contribuíram para a comemoração das datas do 5 de outubro (Implantação da República, em 1910) e 1 de dezembro (Restauração da Independência, em 1640). Houve também espaço para a comemoração do Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro) com a apresentação da peça A Roda dos Alimentos, para as crianças do pré-escolar e para os alunos do primeiro ciclo, e do Dia Mundial do Não Fumador, que se celebra no dia 17 de novembro, com a apresentação da peça Eu cá não quero fumar, no dia 19 de novembro, aos alunos dos segundo e terceiro ciclos. Por fim, no dia 12 de dezembro, a propósito do solstício de inverno, apresentou-se a peça O Sol às crianças do préescolar. Alguns alunos do Clube de Teatro participaram ainda na cerimónia de entrega do prémio de Mérito Escolar "Corino de Andrade", com a declamação de poesia, e no projeto Intergeracional do conselho de diretores de turma, cantando e declamando poemas de Natal, no dia catorze de dezembro, no Centro Social de Amareleja. Eis os alunos que integram o Clube de Teatro e que participaram em peças durante este período: Ana Fontes, Carlos Fialho, Iara Calado, Martim Benigno, Rodrigo Guerreiro, Santiago Fradinho, José Fontes, Filipa Honrado, Beatriz Santana, Beatriz Ramos, Beatriz Ferreira, Inês Fradinho, Laura Figueira e Mafalda Martins. A eles aqui fica uma palavra de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. Aos outros alunos inscritos que ainda não participaram fica o desafio para o segundo período. O Clube de Teatro está sempre aberto a novas inscrições. Por isso, se gostas de representar, não hesites: inscreve-te! Os ensaios decorrem no refeitório, diariamente, entre as 10:30 e as 10:50. Aos pais e encarregados de educação relembramos a importância do clube de teatro: permite desenvolver competências socioemocionais (autoestima, autoconfiança, autonomia, relação interpessoal, respeito pelo outro, responsabilidade, concentração), trabalha a memorização, alarga o conhecimento de vocabulário e de conteúdos curriculares e prepara os alunos para falarem em público. Para finalizar, um agradecimento a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para as atividades do Clube de Teatro e votos de um Feliz 2019! 31


DESPORTO ESCOLAR

Corta Mato Escolar

No dia 31 de outubro de 2018, a nossa escola levou a efeito o Corta Mato Escolar, atividade realizada no âmbito do desenvolvimento do desporto escolar nacional nas escolas do país, que serviu de apuramento para o corta mato regional, em Beja, no dia 22 de novembro. Nele participaram os seis primeiros classificados de cada escalão. O dia nasceu com a chuva a querer espreitar e estragar a festa, mas acabou por dar tréguas ao longo de toda a manhã, o que tornou a realização do evento bastante mais agradável. A prova contou com 175 atletas dos 202 inscritos inicialmente. Estes 175 alunos que não tiveram medo da chuva nem do frio fazem parte de todas as turmas desta escola, desde o pré-escolar (com uma adesão de quase 100 %, no escalão dos minis e benjamins A/B), ao 9º ano. Os percursos foram desenhados por todos os espaços do recinto escolar, decorando assim a escola e fazendo os atletas passarem em locais únicos que ela nos oferece, proporcionando, ainda, a passagem em alguns espaços circundantes. O percurso tinha um grau de dificuldade médio alto, mas não foi obstáculo para os corajosos que se apresentaram na partida. Os alunos vencedores nos diferentes escalões estão, assim, de parabéns. Infantis A Masculinos

Infantis A Femininos

1.º lugar 2.º lugar

Salvador Ruivo – 4.ºA

Fabiana Martins - 4.ºA

Miguel Fachadas – 4.ºA

Lara Alves – 3.ºA

3.º lugar

Vasco Mendes – 5.ºA

Lara Gonçalves – 5.ºB

Infantis B Masculinos

Infantis B Femininos

Rodrigo Santos – 6.ºA

Soraia Fontes – 7.ºA

Tomás Ferreira – 6.ºA

Lara Ramos -7º A

Duarte Ferreira – 6.ºB

Carolina Gonçalves - 7ºB

Iniciados Masculinos

Iniciados Femininos

1.º lugar

André Castelhano – 8.ºA

Diana Borralho - 8ºA

2.º lugar 3.º lugar

Luís Fialho – 7.ºB

Mariana Strencheanau - 8ºA

Eduardo Rita – 9.ºB

-

Juvenis Masculinos

Juvenis Femininos

Luís Caeiro - 8.ºC

Telma Perdigão

Miguel Pato – 7.ºA

-

1.º lugar 2.º lugar 3.º lugar

1.º lugar 2.º lugar 3.º lugar

Francisco Vale – 9.ºB

Os seis primeiros classificados de cada escalão ficaram apurados para representar a nossa escola no corta mato regional, em Beja, no dia 22 de novembro.

32


Corta Mato Escolar No dia 22 de novembro de 2018, a nossa escola deslocou-se a Beja para participar no Corta Mato Regional com os alunos apurados no nosso Corta Mato Escolar. Num dia de frio e de algum vento, a prova desenvolveu-se ao longo de todo o dia com os nossos alunos a terem prestações dentro das suas melhores capacidades, mostrando aos demais que também eles estão bem presentes no desporto nacional. O evento contou com a ilustre presença de um antigo atleta, Fernando Mamede, que conta com um palmarés invejável no atletismo. Fernando Mamede é um antigo atleta português que participou nos Jogos Olímpicos de 1972, 1976 e 1984, nas provas dos 800, 1500, 10000 metros e estafetas 4x400 metros. Atleta do Sporting Clube de Portugal durante toda a sua carreira, bateu recordes internacionais de atletismo. Foi um dos fundistas portugueses com maior relevo e deteve o recorde mundial dos 10000 entre 1984 e 1989. O evento realizado em Beja contou com cerca de 1058 alunos, vindos de 31 escolas que alinharam, à partida, nos diferentes escalões. O evento serviu ainda para apurar os melhores alunos de cada escalão para o Nacional. De salientar uma boa organização da delegação do Desporto Escolar que, através de uma empresa específica na realização de eventos, obtinham, em tempo útil, as classificações dos atletas. A destacar a brilhante prova efetuada pelo aluno Salvador Ruivo que conseguiu um 6º lugar a nível regional no escalão infantil B; de destacar também a brilhante classificação em dois dos escalões por equipas, conseguindo um 8º lugar e um 6º lugar, resultado das boas prestações dos nossos alunos nesses escalões (infantis A masculinos e Infantis B masculinos, respetivamente).

Classificações:

33


O grupo de Educação Física, Fernanda Branco, Marcos Valente e Sérgio Silva 34


Por Isabel Rosado O programa Erasmus+ tem como objetivo contribuir para a Estratégia Europa 2020, para o crescimento, o emprego e a equidade e a inclusão sociais, bem como para o quadro estratégico da União Europeia em matéria de educação e formação. O programa aborda, nomeadamente, questões como a redução do desemprego, especialmente entre os jovens; a promoção da participação dos jovens na democracia europeia; o apoio à inovação, à cooperação e à realização de reformas; a redução do abandono escolar e a promoção da mobilidade e da cooperação com países estran-

geiros. Assim sendo e, tendo como prioridade o desenvolvimento educativo dos nossos alunos em todas as suas vertentes, estamos, este ano letivo, a desenvolver as atividades aprovadas e planificadas para o segundo ano dos dois projetos Erasmus+ KA2 – Mobilidade com Alunos – “Cooperative Learning and Digital Skills in Entrepreneurship Education” (COLENT) e “I Learn with C.A.K.E. I Grow with C.A.K.E.” (CAKE). Em primeiro lugar, de salientar que estão de parabéns as cinco alunas (Maria Helena Santos e Lara Abrantes, que concluíram o 9ºano, Beatriz Vitorino, Gabriela Gala e Jéssica Cruz, que frequentaram o 8ºC) que, no ano letivo transato, de 3 a 9 de junho de 2018 estiveram, acompanha-

das das professoras Isabel Rosado e Fátima Baltazar, em Battipaglia, Salerno, Itália, a representar o nosso Agrupamento e a realizar, com muito empenho e grande sucesso, todas as atividades programadas pela escola nossa parceira no projeto CAKE – Istituto Comprensivo Statale “Battipaglia Salvemini”. As atividades desenvolvidas no âmbito da cultura e das artes enquadraram-se num leque variado que abrangeu desde workshops de arte e cerâmica, a laboratórios de comidas tradicionais turcas, italianas e portuguesas, a visitas às ruínas dos três Templos Gregos de Paestum, ao Palácio Real de Caserta, ao Museu da dieta mediterrânica em Pioppi e à cidade de Nápoles. Por outro lado, as atividades de cariz protocolar, social de integração, em termos de acolhimento das nossas alunas pelas famílias dos colegas italianos decorreram, igualmente, com sucesso onde a hospitalidade, amizade e interação foram as palavras de ordem.

35


Ainda no seguimento do projeto CAKE, decorreu no nosso Agrupamento de 27 a 30 de setembro de 2018 o Encontro Transnacional de Coordenadores, que contou com a presença de dois professores e dos diretores das duas escolas nossas parceiras sediadas em Istambul, Turquia e Battipaglia, Salerno, Itália. Neste encontro foi efetuado o balanço, considerado muito positivo, do primeiro ano do projeto e foram definidas todas as atividades a realizar até à próxima Mobilidade com Alunos que decorrerá em Istambul, em abril de 2019. Tendo em conta que um dos objetivos deste projeto é, precisamente, a partilha de conhecimentos e boas práticas, os encontros transnacionais são uma prioridade, uma vez que os professores têm a oportunidade de interagir e colaborar, de forma a poderem proporcionar aos seus alunos experiências interculturais e comunicativas que lhes permitam adquirir competências adequadas às exigências que o século XXI acarreta. A concretização de uma iniciativa desta envergadura só foi possível graças à colaboração e dis-

ponibilidade das famílias dos nossos alunos (Alice Cruz, 7ºA; Matilde Martins e Luís Caeiro, 8ºB; Gabriel Bastos, 9ºB; Beatriz Vitorino, Carolina Grilo, Cátia Azevedo, Gabriela Gala, Helena Fernandes, Jéssica Cruz, José Piteira, Lara Paulino e Luciana Mendes, 9ºC), da nossa ex-aluna Lara Abrantes e ainda da família da Terapeuta da Fala, Sofia Carrilho, que acolheram em suas casas os 17 alunos estrangeiros. Esta mobilidade teve como objetivo encerrar a primeira fase do projeto, após a implementação, ao longo dos últimos seis meses, de métodos de ensino e aprendizagem no âmbito do trabalho cooperativo e do empreendedorismo. Foram ainda apresentadas e avaliadas as várias atividades relacionadas com o método “Learn by doing” (Aprender, fazendo) que consistiram em sessões/workshops dinamizadas em inglês por todos os professores envolvidos para o grupo inter-

nacional de alunos. Além disto, foi cumprido todo um programa de visitas de âmbito cultural e de empreendedorismo, nomeadamente ao Lagar Vale Formoso – Granja, Mourão e à Central Fotovoltaica, Amareleja, para que os alunos tivessem contacto com empresas que lhes permitissem ter uma ideia dos principais processos por detrás da criação de um produto, desde o desenvolver da ideia inicial às diferentes fases, produção final e venda, tendo em conta os conceitos de iniciativa, inovação e empreendedorismo como métodos a adotar nos seus percursos educativos/profissionais no futuro. Finalmente, traçou-se o esboço das próximas atividades a desenvolver nas diferentes mobilidades que decorrerão em 2019. 36


De salientar o empenho da aluna, Sara Vilão, 9ºA, que esteve presente em todas as atividades, não só como aluna mas também como intérprete, sempre que foi necessário ajudar os colegas ao

nível do intercâmbio linguístico exigido num encontro desta natureza. Uma nota ainda de agradecimento à Direção, a todos os colegas, assistentes operacionais, assistentes técnicos, alunos e famílias que colaboraram connosco e sem os quais estas iniciativas não seriam possíveis.

Testemunho de alguns alunos: Erasmus+ is an amazing experience. I have met so many people and have made a lot of new friendships. It has been unforgettable!

Gabriela Gala, 9ºC

Para mim, participar no projeto Erasmus+ foi algo diferente e fantástico! Diferente porque recebi na minha casa uma pessoa que não conhecia e que não falava a minha língua; fantástico pela ligação imediata que todos tivemos uns com os outros e pela enorme cumplicidade. Carolina Grilo, 9ºC

Participar neste programa Erasmus+ foi, para mim, uma experiência completamente diferente e bastante interessante, pois comunicámos em inglês, ou melhor, tentámos! Mas o que realmente

interessa, é que conheci pessoas novas, que adorei! Espero voltar a viver esta experiência e agradeço pela oportunidade de ter participado e de ter tido a possibilidade de conviver com colegas e professores espetaculares! Luciana Mendes, 9ºC

Finalmente, de 22 a 27 de outubro de 2018, o Agrupamento de Escolas de Amareleja foi o anfitrião do Encontro Transnacional de Coordenadores e da Mobilidade com Alunos do projeto COLENT que contou com a presença de 17 alunos e 10 professores oriundos dos países europeus nossos parceiros, nomeadamente de Malpils, Letónia; Varazdin, Croácia; Roma, Itália e Lilleham-

mer, Noruega. 37


38


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.