Revista ABCFARMA

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ABCFARMA REVISTA

MAIO/2017

VEÍCULO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO COMÉRCIO FARMACÊUTICO PUBLICAÇÃO DIRIGIDA AOS MÉDICOS, FARMACÊUTICOS, ODONTÓLOGOS, PRESCRITORES E DISPENSADORES DE MEDICAMENTOS PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL

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SEMPRE A MELHOR INFORMAÇÃO

CAPITURE

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COLECIONE!

EDITORIAL

MUITO ALÉM DO

MEDICAMENTO Costuma-se dizer que o ano para os brasileiros começa após o Carnaval. Mas na ABCFARMA esse pensamento não pertence à realidade cotidiana – começamos a trabalhar logo nos primeiros momentos do novo ano. E autoridades do governo federal e da Justiça também estão no rumo certo para melhorar este país – na economia e na ética. Aumenta-se o cerco aos que dilapidaram o patrimônio publico. A cada dia que passa, há mais provas capazes de condená-los. Não é o juiz Sergio Fernando Moro o causador de tanto desconforto para os que têm sido enquadrados nos processos de apuração dos grandes escândalos nacionais. Mas os próprios réus. Foram anos de má administração do dinheiro publico – que, em última análise, é a causa maior de problemas que hoje penalizam trabalhadores e empreendedores brasileiros. As reformas que estão sendo apresentadas no Congresso Nacional são necessárias para que, aos poucos, o país possa voltar à normalidade.

Levando em conta que o setor que a ABCFARMA representa está apresentando um desempenho à margem da crise que se instalou no país, eram necessárias ações preventivas para resguardar o segmento – e a satisfação dos pacientes que, nas farmácias e drogarias, encontram um lugar para o restabelecimento de sua saúde. Todos os lideres do varejo de medicamentos, em todos os estados, têm procurado soluções para as empresas que estão sob sua responsabilidade. E alguns já estão obtendo resultados. Exemplos são muitos, mas citarei o trabalho de Sergio De Giacometti, que recentemente obteve ganho de causa na Justiça (ver notícia nesta revista) na região do Meio-Oeste. O mercado de medicamentos precisa sempre de muita atenção, porque pessoas que não conhecem a importância do segmento ainda julgam ser um comércio comum. A realidade é bem diferente. Só quando uma pessoa contrai doença grave e precisa de medicamentos que ela encontrará na esquina de sua casa, é que fica ciente da importância da farmácia. É o elo final de uma cadeia que começa com o profissional que examina o doente e prescreve o tratamento, prossegue com a força de trabalho que fabrica os medicamentos e culmina com os balconistas ou

Pedro Zidoi Sdoia Presidente

farmacêuticos que entregam os produtos prescritos. O setor varejista vai além da simples venda do medicamento - quando solicitado, tira dúvidas, transmite instruções que aumentam a segurança da receita e dá qualquer outra informação desejada. Com a saúde restabelecida, é preciso agradecer aos muitos anônimos que trabalharam para o êxito do tratamento farmacológico - eliminando a aflição do mal e dores que estava acometido. 

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ÍNDICE EXPEDIENTE Diretor Presidente Pedro Zidoi Sdoia Jornalista responsável Celso Arnaldo Araujo Mtb 13.064

EDITORIAL O presidente Pedro Zidoi fala sobre a importância fundamental do varejo farmacêutico ...................................................................................................... 3

PÁGINAS AZUIS Telma Salles

Analista e Programador Eduardo Novelli

A maioridade dos genéricos: 18 anos de mais saúde para os brasileiros ............................................................................................6

Design / Diagramação Sérgio R. Bichara

SAÚDE

Colaboradores Américo José da Silva Filho Cadri Saleh Ahmad Awad Geraldo Monteiro Juan Carlos Becerra Ligos Mauro Pacanowski Regina Blessa Rui de Sá Telles Distribuição/ Publicidade ABCFARMA Impressão Gráfica Prol

Doenças de inverno: elas vêm ai. Dossiê completo ....................................... 12 Higiene: pintou limpeza – lições do Dr. Bactéria ...........................................22

DATAS COMEMORATIVAS Dia das Mães: vale preparar minha farmácia para o dia delas? ............. 26 GESTÃO

TEXTO: SILVIA OSSO FOTOS: DIVULGAÇÃO

FORMAS DE OBTER MAIS Américo José: uma pedra no caminho – quem vai recolhê-la? ............. 30 LUCRO

GESTÃO

Silvia OSSO: a importância dos produtos de bem-estar numa farmácia.............................................................................................................. 32 Ano difícil para alguns – mas de oportunidades para outros! Pensar positivo faz bem; mas agir faz melhor ainda. Não adianta ficar esperando mudanças na política e nas conjecturas do país. O importante é mudar seu negócio, suas atitudes e partir para a ação. Uma regra básica para os pequenos ou médios empresários é aprender a pensar e agir como os grandes! Nem sempre é fácil, mas eis algumas sugestões para serem cumpridas com assertividade e proatividade.

ACERTAR NA ESCOLHA DO MIX e CUIDAR DO SEU ESTOQUE

o mix, use o resultado da análise das vendas dos produtos através da chamada Curva ABC. Defina os produtos que mais saem e que mais contribuem para a margem de lucro da farmácia. Também é necessário levar em conta o giro de cada item. Combine itens de giro maior e margem menor com os de giro menor e margem maior. Isso só pode ser feito com um rigoroso controle de estoque e relatórios detalhados das vendas – primeiro passo para compor um mix desejável e ter um estoque equilibrado em quantidade e qualidade.

Juan Carlos Becerra Ligos: Inovar ou morrer!..................................................38 Conhece bem sua clientela e o objetivo de vendas de sua empresa? Sabe para quem sua farmácia vende? Se realmente sabe, já é meio caminho andado para definir um mix lucrativo de produtos. Para compor

Mauro Pacanovski: momentos de decisão ....................................................... 42

Silvia OSSO

é palestrante e consultora de empresas, especialista em desenvolvimento de pessoas e varejo. Autora dos livros, destinados ao varejo e serviços, “Atender bem dá lucro”, “Administração de Recursos Humanos em Farmácia”, “Programa prático de marketing em farmácias” e “Liderança para todos”. Contatos: siosso@uol. com.br ou Facebook: silviaosso

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Periodicidade Mensal Rua Santa Isabel, 160, 5º andar, conjunto 51, Vila Buarque, São Paulo, SP, CEP 01221-010 Fone: (11) 3223-8677 Fax: (11) 3331-2088 www.abcfarma.org.br Para anunciar trade@abcfarma.org.br

TECNOLOGIA Sua vida já é digital, conectada e móvel. ........................................................ 36

EVENTO Feira de saúde: voluntários atendem milhares de pessoas em SP ....... 46

HOMENAGEM Sétimo Gonnelli: agora é nome de praça ......................................................... 48

ENCONTRO NOTA • Os anúncios de produtos ou de serviços publicados nesta revista são de total responsabilidade do anunciante. • A ABCFARMA não se responsabiliza pelo preço determinado, nem pela qualidade dos produtos ou dos serviços anunciados.

ABCFARMA: Assembleia Geral Ordinária....................................................... 50

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• A opinião dos autores não é necessariamente a opinião da ABCFARMA.

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DIRETORIA

ABCFARMA

Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico

Diretoria: Diretor Presidente: Pedro Zidoi Sdoia

Diretores Conselheiros:

(SP)

Diretores Vice-Presidentes: Marcelo Fernandes de Queiroz (RN) Lázaro Luiz Gonzaga (MG)

Diretores Secretários: Edenir Zandoná Júnior (PR) Luís Carlos Caspary Marins (RJ)

Suplentes: Leomar Rehbein Armando Gomes dos Reis Filho Joaquim Tadeu Pereira

(RS) (AM) (PA)

Diretor Tesoureiro: João Luiz dos Santos

(SP)

Suplentes: Alex Cavalcante Garcez Romildo Marcos Letzner

(SE) (SC)

Diretores Conselho Fiscal: Adelmo Rego Jaime Nunes Moreira Francisco Messias Vasconcelos

(SP) (RS) (DF)

Suplentes: Carlos de Souza Andrade Luiza Diva Cunha Dutra Roberto Brasileiro Lima

triênio de 28/10/2016 a 27/10/2019

(BA) (RN) (BA)

Ademir Tomazoni (Itajaí - SC) Alarico Rodrigues de Araújo (Manaus-AM) Álvaro Silveira Júnior (DF) Antonio Augusto Vianna (SP) Antonio Felix da Silva (CE) Antonio Fernandes de Souza Filho (DF) Antonio Ironi Nunes Jaques (RS) Antonio Menezes de Araújo (SP) Antonio Walmir Nola (SC) Ben Hur Jesus de Oliveira (RS) Benilton Gonçalves Diniz (MA) Cássio Fabrízzio de Souza Sobrinho (AP) Claudisnei Machado Constante (SC) Cleber Antunes Magalhães (BA) Dejalma Lemos da Silva (RN) Delano Leno Silva Miranda de Souza (PI) Domingos Tavares de Souza (TO) Edimar Pereira Lima (RR) Edson Daniel Marchiori (ES) Eliomar Bruce de Oliveira (AM) Elmar Humberto Goulart (Uberaba-MG) Emanuel Messias Câmara (SC) Everton Luiz Ilha Mahfuz (RS) Felipe Antônio Terrezo (RJ) Francisco Deusmar de Queiros (CE) Gilson G. Figueiredo Terra (MG) Gladstone Nogueira Frota (RO) Hamilton Domingos Teixeira (MT) Herbert Almeida da Cunha (PB) Irene Prieve do Nascimento (MT)

Ivan Pedro Martins Veronesi (SP) Jefferson Proença Testa (Londrina-PR) João Aguiar Neto (GO) João Arthur Prudêncio Rêgo (BA) João Garcia Galvão (SP) João Gilberto Serrat (RS) José Ademar Lopes (RS) José Antonio Vieira (AL) José Cláudio Fernandes (Santo André-SP) José da Silva Costa (RR) José Ricardo Nogared Cardoso (Tubarão – SC) José Rodrigues da Silva (Sul do Maranhão – MA) Julio Cezar Campagnaro (ES) Katia Vanessa Moreira Mendes do Bom Conselho (MG) Luiz Geraldo Neto (SP) Luiz Marcos Caramanti (SP) Luiz Trindade Pinto (BA) Marcos Antonio Carneiro Lameira (AC) Marcos de Souza (SP) Maurício Cavalcante Filizola (CE) Modesto Carvalho de Araújo Neto (MG) Neilton Neves dos Santos (PB) Nelcir Antonio Ferro (Cascavel-PR) Nelson Leonel Fleury (Anápolis- GO) Nery Wanderley de Oliveira (RS) Noésio Emídio da Cunha (Feira de Santana-BA) Ozeas Gomes da Silva (PE) Paulo Luiz Zidoi (SP) Paulo Roberto Kopschina (RS)

Paulo Sérgio Bondança (SP) Paulo Sérgio Navarro de Souza (PB) Philadelpho Lopes (SP) Ricardo Duarte da Silveira (RS) Roberto Martins Rosa (Mato Grosso do Sul – MS) Romualdo Constantino Magro (SP) Ronaldo José Neves de Carvalho (SP) Rubin Wendland (Cascavel-PR) Sérgio de Giacometti (Oeste Catarinense - SC) Vollrad Laemmel (Vale do Itajaí-SC)

Conselheiros Adjuntos: Ademilson de Menezes Cordeiro (PE) Roberto Massatoshi Baba (Birigui - SP) Vitor Fernandes (Americana - SP)

Diretores Vitalícios: Antonio Barros Leite Júnior (Jundiaí - SP) Armando Zonta (SC) Francisco Miguel da Silva (RN) Fridolino de Moraes Rêgo (BA) Gilberto David Cunha da Silva (RS) Gonçalo Aguiar Ferreira (SP) Hermes Martins da Cunha (MT) João Azevedo Dantas (PB) José Aparecido Junqueira Guimarães (DF) Pedro de Araújo Braz (RJ) Ruy de Campos Marins (RJ) Waldemar Pupo Ferreira (SP)

CONSELHO SUPERIOR DE ESTUDOS JURÍDICOS E ESTRATÉGICOS Pedro Zidoi Sdoia

(SP)

Dr. Juan Carlos Becerra Ligos (SP)

Geraldo Cardoso Monteiro (SP)

Jorge Froes de Aguilar

(SP)

Adelmir Araújo Santana

(DF)

José Abud Neto

(SP)

(DF)

Dr. Rafael Souza de Oliveira Espinhel de Jesus (SP)

Guilherme Leipnitz

Álvaro José da Silveira

Serafim Branco Neto

(SP)

Dr. André Bedran Jabr

(SP)

Edison Gonçalves Tamascia (SP)

Pedro Candido Navarro

(SP)

(RS)

Jorge Fernando de Azevedo Trindade (RJ)

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PÁGINAS AZUIS TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

A maioridade

dos genéricos

Uma lei de 1999, promulgada quando o ministro da Saúde era José Serra, mudou para sempre o cenário farmacêutico brasileiro. Ao incentivar a produção de medicamentos sem marca, mas com máxima segurança terapêutica, pelo menos 35% mais baratos, a lei deu inicio a uma nova era – multiplicando exponencialmente o acesso a remédios no Brasil. Para celebrar esses 18 anos, a Revista ABCFARMA entrevistou a presidente da PróGenéricos – associação que reúne 14 laboratórios, responsáveis pela produção de 90% dos genéricos vendidos no país. Prestes a completar cinco anos no cargo, Telma Salles diz que ainda há um bom caminho a percorrer para que os genéricos encontrem seu justo lugar no mercado. Você completa cinco anos à frente da PróGenéricos agora em junho. Que balanço você faria de sua gestão? Temos 14 associados que representam 92% do mercado de genéricos e perto de 40% do mercado total de medicamentos no país. E intensificamos a agenda da Pró, porque me

dediquei mais ao marco regulatório, no qual houve mudanças importantes nesse período – como a lei da rastreabilidade, a entrada da bioequivalência para todos os medicamentos, a reorganização do pós-registro e mudanças políticas que sem dúvida afetam o setor. Houve uma época em que os produtores de genéricos só precisavam desenvolver seus portfólios. Agora há muitas outras preocupações.

Telma Salles

Presidente da PróGenéricos

Nesses dois últimos anos, de crise contínua, os genéricos também foram afetados? Nós reduzimos o ritmo de crescimento que atravessa a nossa economia nesse período. Mas nem por isso deixamos de crescer. Ainda que não tenhamos mantido o mesmo ritmo, continuamos a puxar o crescimento do setor.

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ABCFARMA

Que tipo de medicamento puxa hoje o crescimento dos genéricos? O que mais mata no Brasil e no mundo são as doenças crônicas degenerativas – como hipertensão, excesso de colesterol e diabetes. Os medicamentos de uso contínuo para combater essas condições são, por isso, os que estão na linha de frente dos genéricos – os mais vendidos e os que têm maior oferta.

E o relacionamento da PróGenéricos com a Anvisa? É bom. O presidente Jarbas Barbosa trouxe mais ritmo à agenda da agência, que, para nós, tem sido muito receptiva, sem pontos de quebra do diálogo. Mas a agenda regulatória é muito extensa, com mais de 150 itens. A lei do Serra (1311), que estabelece o prazo máximo de um ano para os registros de novos medicamentos, trouxe para a agência uma nova inquietação. E, para nós, uma expectativa melhor, embora entendamos que a Anvisa precisa se estruturar – não adianta eu obrigá-lo a chegar na China em um dia se você não puder ir de avião. A Anvisa precisa de mais gente e de mais capacitação de seus colaboradores para dar uma resposta mais eficiente aos prazos de análise de que a gente precisa.

“A Anvisa precisa de mais gente e de mais capacitação de seus colaboradores para dar uma resposta mais eficiente aos prazos de análise de que a gente precisa.” Qual é o prazo hoje? Na média, para os genéricos, 1286 dias. E estamos falando de produtos com dossiês de moléculas já conhecidas e registradas. Um dossiê de cada medicamento tem mais de duas mil páginas.

Isso na prática significa o quê? Significa demorar quatro anos para entrar um novo genérico no mercado. Mas o primeiro genérico de uma substância a agência prioriza em 90 dias.

Por que uma indústria farmacêutica decide lançar um genérico que já existe no mercado? Porque competitividade é tudo. O Brasil tem 200 milhões de habitantes, com um potencial de 100 milhões para consumir medicamentos, a grosso modo.

E ainda há grande perspectiva de mercado para genéricos novos, a partir de substâncias que só têm, por enquanto, marcas de referência? Sim. Ainda há muitos produtos com patente para vencer. Estamos fazendo um trabalho junto ao Ministério da Saúde, no grupo de patentes, justamente visando a esses medicamentos que são alvo de PDP (Parceria de Desenvolvimento Produtivo) e de

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ABCFARMA

transferência de tecnologia. As doenças crônicas mais prevalentes que citei já têm boa cobertura de genéricos. Já nas doenças de custeio mais caro ainda há muitos medicamentos de referência por vencer.

Algum outro gargalo na concessão de patentes? Havia um impasse muito grande no circuito entre o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e a Anvisa. Entra um pedido de patente de um fármaco no INPI, que o envia à ANVISA para análises técnicas, retornando então ao INPI, para sua anuência ou não. Havia um impasse muito grande nesse circuito – o INPI muitas vezes não reconhecia na ANVISA capacidade para analisar critérios de patenteabilidade do produto e colocava na gaveta. Há mais de seis mil produtos parados nesse impasse. Agora, uma portaria que acaba de ser assinada, depois de uma luta do PróGenéricos, pode trazer a solução. Junto com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e o Ministério da

“Nas doenças de custeio mais caro ainda há muitos medicamentos de referência por vencer.” Saúde, encontrou-se um nova forma de anuência para a concessão dessas patentes, que vai reduzir a fila.

O aumento médio dos medicamentos, este ano, está em torno de 3,4%. Para os genéricos, foi suficiente? Insuficiente, porque a matéria-prima é dolarizada e os custos no Brasil não se reduziram com a crise. Ao contrário, aumentaram. Com esse reajuste, não se cobre o aumento de custos.

São 18 anos de genéricos e cinco de sua gestão à frente da PróGenéricos. Qual é a principal mensagem por trás do crescimento contínuo dessa categoria de medicamentos em todos esses anos? Quando as pessoas ainda questionam se o genérico tem qualidade, custando muito mais barato que o remédio de referência, você pega um atenolol – que, de 1999 para cá, cresceu 1006%; a losartana, de 2002 até agora, cresceu quase 20 mil por cento. Vendia 600 mil caixinhas; agora, 20 milhões. Isso quer dizer o quê? Acesso ampliado. Mais pessoas estão se tratando com esses produtos. E adesão significa eficácia. Não é razoável imaginar que alguém tome um medicamento de uso contínuo se ele não fizer efeito – e imaginar que o mercado de genéricos cresça nessas proporções sem eficácia terapêutica.

Raio-x dos genéricos no Brasil 4 Criados pela lei 9.787, de 1999 4 Primeiros produtos lançados no mercado: fevereiro de 2000

4 Nesses 18 anos, proporcionaram uma economia de R$ 87 bilhões para o consumidor 4 Crescimento dos antidiabéticos: 953,26%. Dos antilipêmicos: 1872,90%

4 Mercado de estatinas: 1.988.149 unidades vendidas em 1999/63.593.240 em 2017 (estimativa) 4 Os 5 genéricos mais prescritos no Brasil: Losartana, Hidroclorotiazida, Atenolol, Metformina, Amoxicilina 10 Revista ABCFARMA • Maio / 17

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ESPECIAL INVERNO TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Doenças de inverno

Elas vêm aí

Daqui a um mês, entraremos no inverno – quando aumentam, necessariamente, as doenças ligadas de alguma forma à baixa da temperatura. A estação é uma época propícia para uma maior incidência de doenças respiratórias. Baixas temperaturas levam as pessoas a buscar ambientes fechados para se proteger do frio. Esse contexto, somado à poluição que costuma ter seus índices elevados no período, é favorável à proliferação de enfermidades como gripes, resfriados e problemas alérgicos. Começamos com a eterna dúvida entre gripes e resfriados – com os esclarecimentos do Dr. Horácio Cardoso Salles, pneumologista e gerente da área de Medicina Ambulatorial do Serviço Social da Construção, que esclarece dúvidas e dá dicas de prevenção.

Qual a diferença entre gripe e resfriado? Resfriado: é mais leve, dura menos tempo e não costuma causar febre, exceto em crianças. Os principais sintomas são coriza, tosse seca, espirros, dor na garganta e indisposição. Costuma durar de 5 a 7 dias, mas os sintomas podem perdurar por duas semanas. O resfriado é contagioso durante os três primeiros dias. Dificilmente evolui para um quadro mais grave.

Gripe: causa febre, normalmente acima de 38ºC, principalmente nas crianças. A pessoa fica prostrada, com dor de cabeça, dores pelo corpo, mal-estar e perde o apetite. Pode durar duas semanas, mas o período de contágio, em geral, perdura por 1 a 2 dias após o final da febre. É causada pelo vírus Influenza e pode evoluir para pneumonia. “A hidratação é muito importante. A água contribui para fluidificar as secreções e tem função expectorante”, recomenda o Dr. Salles.

Como evitar gripes e resfriados? O resfriado e a gripe são causados por vírus altamente contagiosos. De acordo com o especialista, cultivar hábitos simples de higiene, como lavar as mãos com frequência e usar álcool-gel, além de evitar ambientes com pouca circulação de ar e muita concentração de pessoas, são atitudes eficientes para a prevenção. Do mesmo modo, deve-se evitar contato próximo com enfermos, mantendo uma distância de pelo menos dois metros. A vacina, no caso da gripe, é a melhor forma de prevenção.

Muitos dizem que, depois de se vacinar, passaram a ter gripes com frequência. Isso pode acontecer? Segundo o médico, trata-se de um mito. Mas aproximadamente 10% dos subtipos do vírus Influenza não são cobertos pelas vacinas, por isso alguns pacientes, mesmo sendo imunizados, podem pegar gripe. “E é comum as pessoas apresentarem resfriados e acabarem confundindo com gripe”, explica o Dr. Salles.

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ABCFARMA

Bronquiolite

Sinal de asma? E, independentemente do frio, as alergias – não só as respiratórias como as alimentares e as de contato – cresceram quase 20% nos últimos 10 anos, fruto da maior exposição aos agentes alergênicos potencializados pelo nosso estilo de vida nos dias de hoje, em que as pessoas passam a maior parte do tempo em ambientes fechados. No Brasil, uma em cada quatro crianças tem alguma forma de alergia. E de 10 a 20% delas sofrem de asma – doença alérgica inflamatória que atinge o pulmão, causando estreitamento brônquico e dificuldade na passagem do ar. Mas tudo pode começar com uma bronquiolite – infecção dos brônquios, geralmente causado pelo vírus

Nos primeiros meses, a cada resfriado, o peito do neném chia, a respiração fica curtinha e o peito afunda, desesperando as mães sincicial respiratório, que começa com um resfriado mais forte em bebês em torno dos seis meses. E que, neste mês de abril, em São Paulo, teve características

epidêmicas – todos os hospitais da cidade estiveram com suas vagas para internação pediátrica ocupadas. Por causa da temível bronquiolite. Os primeiros episódios de chiado nem sempre são sinais de uma asma. Nos primeiros meses, a cada resfriado, o peito do neném chia, a respiração fica curtinha e o peito afunda, desesperando as mães. “Nesses casos, geralmente, o pequeno desenvolveu uma bronquiolite. Ao entrar em contato com algum elemento alérgeno ou um vírus, há uma inflamação dos brônquios”, esclarece a Dra. Ana Paula Beltran Moschione Castro, alergista e imunologista do Hospital Sírio Libanês e Diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imuno-

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ESPECIAL INVERNO

patologia Regional São Paulo. Na maioria dos casos, a bronquiolite evolui bem, sem maiores complicações. Habitualmente o curso da doença é de 14 dias a partir dos primeiros sintomas de “resfriado”. O pico de piora dos sintomas costuma ocorrer entre 5 a 7 dias. A recuperação completa geralmente se dá em uma ou duas semanas,

mas, pode demorar mais tempo em alguns casos. Os casos mais graves são aqueles em que o bebê apresenta dificuldade respiratória, sendo necessário em alguns casos hospitalização para suporte de medicamentos e oxigênio. Nem todas as crianças que chiam desenvolvem asma – somente um terço delas. Após os três anos, sim, caso a

criança ainda tenha crises de chiado e episódios recorrentes de bronquiolite, pode-se avaliar a possibilidade de ela ser asmática. A asma é uma inflamação recorrente dos pulmões e brônquios. Cerca de 80% das crises de asma têm causa alérgica, mas infecções por vírus e o contato com cigarro também pode desencadear uma crise.

Alergias respiratórias:

cada vez mais comuns O aumento de incidência das alergias respiratórias em cidades como São Paulo pode ser atribuído a novos hábitos de vida – como ambientes mais fechados, pouco ensolarados e propícios ao acúmulo de alérgenos (ácaros, insetos e epitélios de animais domésticos). Na rua, o fator desencadeante são os níveis elevados de poluentes, que facilitam a sensibilização alergênica. Com a asma

vêm seus sintomas muito bem conhecidos: cansaço aos esforços, crises de chiado ou sibilância, tosse, dificuldade para respirar e, em crises mais graves, falta de oxigênio no organismo. Além da asma, outra alergia respiratória comum nos dias de hoje é a rinite, que afeta entre 20% e 25% da população urbana, trazendo coceira no nariz, espirros, obstrução nasal e coriza. 16 Revista ABCFARMA • Maio / 17

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ABCFARMA

É possível evitar? A genética

conspira contra a possibilidade de prevenção universal das alergias respiratórias. Diz a Dra. Ana Paula: “Uma criança tem quatro vezes mais chances de desenvolver alguma alergia respiratória caso um dos pais seja alérgico. E se os dois forem alérgicos, essa chance sobe para sete vezes”. Num primeiro resfriadinho, é praticamente impossível

Cuidados gerais Independentemente ter alergia respiratória ou não, alguns fatores pioram a vida de uma criança. – Mantenha-o longe do cigarro! Na casa e no carro de um bebê chiador, não existe área de fumante.

definir se uma criança é alérgica ou não. Essa conclusão só é possível lá pelos dois, três anos. “Isso porque, até essa idade, diversos vírus acometem os pequenos e, a cada contato, um resfriado aparece. Leva um tempo para o corpo adquirir sensibilidade para os ácaros e o bolor”, informa a Dra. Ana Paula. É preciso ter em mente que as alergias respiratórias são doenças crônicas, ou seja, os sintomas tendem a se repetir: nariz coçando e escorrendo, coceira na garganta, no ouvido e nos olhos, espirros constantes, olhos vermelhos e lacrimejantes.

A casa com pessoas alérgicas merece um cuidado especial. A maneira de arrumar e limpar a casa se torna muito mais importante quando se tem um alérgico no ambiente: 4 Tenha pisos de fácil limpeza, onde se possa passar pano úmido ou até lavar com água corrente.

– As crianças produzem mais secreção que os adultos e têm mais dificuldade para expeli-la. Por isso, sempre que o médico solicitar, não hesite em aceitar a necessidade da fisioterapia respiratória.

4 Para a limpeza geral, use aspirador de pó no lugar de vassouras, espanadores ou panos secos. Isso evita que a poeira se espalhe.

– O uso de anti-histamínicos diminui a secreção e alivia o desconforto da crise alérgica.

4 As paredes jamais devem ter infiltração. A umidade é inimiga dos alérgicos.

Nada de cheiro... nem pó • Esqueça os desinfetantes ou qualquer produto com cheiro forte. Utilize álcool na limpeza geral. • A casa deve ter poucos estofados de fibras e estes, quando houver, devem ser cobertos por tecidos impermeáveis como couro, courino ou napa. • Evite definitivamente tapetes e carpetes.

4 Passe pano úmido em toda a casa antes da faxina para evitar a dispersão do pó.

No quarto... 4 As roupas de cama devem ser lavadas toda semana com água quente. 4 Cobertores de lã devem ser evitados, assim como colchões e travesseiros de borracha, pois atraem bolor. 4 O colchão deve estar sempre coberto com capa. 4 Os travesseiros e colchões devem ser forrados com capas antiácaro. 4 Caso tenha persianas no quarto, deixe-as de molho em água quente uma vez por mês.

Atenção especial às crianças Os bichos de pelúcia são grandes vilões para crianças com alergias respiratórias, mas eles não precisam ser eliminados do ambiente. Basta que sejam limpos periodicamente e da maneira correta.

• Passe aspirador de pó ou pano úmido no bichinho para tirar a poeira. • Para esterilizá-lo, seque-o ao sol durante um dia inteiro ou coloque-o em um saco plástico e deixe-o no freezer até que se congele.

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ESPECIAL INVERNO

SOS Inverno:

Tratamento sem riscos

Há os que torcem pela chegada do inverno, com aquele friozinho aconchegante e a possibilidade de caprichar no traje completo. Mas há também os que começam a sofrer assim que a temperatura começa a abaixar, já agora em maio, com as noites frias do outono. Para essas pessoas, o frio é, todos os anos, um convite à chegada, ou ao agravamento, das doenças típicas do aparelho respiratório – explica a Dra. Elnara Negri, pneumologista do Núcleo Avançado do Tórax do Hospital Sírio-Libanês e professora Livre Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Baixas temperaturas são responsáveis por dias e noites às voltas com nebulizadores e emergências de hospitais. No inverno, evidentemente, aumenta bastante o

consumo das categorias de medicamentos associadas às doenças respiratórias – descongestionantes, xaropes, sprays nasais e broncodilatadores, as populares bombinhas. Tudo, é claro, deve ser usado com moderação e, se possível, orientação médica – pois todas as terapias medicamentosas envolvem riscos quando não usados com critério. A primeira advertência da Dra. Elnara é com relação aos xaropes. Xarope normalmente é associado a um inocente “remédio da vovó”, mas certas famílias desses medicamentos podem produzir reações alérgicas graves – sobretudo o iodo, substância presente em algumas fórmulas – e alterações cardíacas. Por isso, antes de utilizar um xarope, consulte um médico para evitar esses riscos. Se houver dor, e dentro de um conceito de automedicação responsável, a Dra. Elnara dá preferência à dipirona ou paracetamol, evitando-se o ácido acetil salicílico, por causa de problemas gástricos e uma eventual interação com a dengue. Evitar o consumo indiscriminado de anti-inflamatórios é outra medida que não custa ser repetida nesta época do ano. Inalações – outra terapia caseira muito popular nos dias mais frios – devem ser feitas com soro fisiológica, não com água pura,

que pode produzir edema na mucosa do nariz. De qualquer modo, inalações podem ser mais eficientes do que o uso indiscriminado de descongestionantes nasais. Pessoas que vivem borrifando o medicamento no nariz podem solucionar temporariamente o desconforto da congestão nasal - mas essas substâncias, se usados de forma abusiva ou continuada, podem causar dependência. Não uma dependência química – mas nasal. As pessoas que ficam dependentes de descongestionantes desenvolvem um tipo de rinite chamada de vasomotora – os vasos do nariz ficam constante e excessivamente dilatados e, com sua parede muito permeável, deixando água e células saírem, ficam ainda mais congestionados. Uma boa medida antirrinite alérgica é manter o nariz bem limpo e, no momento de crise, utiliza os chamados inibidores de leucotrieno, que têm efeito anti-inflamatório importante, quando bem indicados. 

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COLECIONE!

HIGIENE TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Pintou limpeza Lições do Dr. Bactéria

Pseudônimo do Dr. Roberto Martins Figueiredo, biomédico com especialização em saúde pública e marketing pela FGV e em engenharia da qualidade, controle de processos e auditorias, o Dr. Bactéria utiliza de uma linguagem simples e pedagógica para difundir informações técnicas que promovem a saúde e o bem-estar de muitos brasileiros – no sentido de evitar e combater micro-organismos que aproveitam descuidos de higiene para provocar doenças. Aqui, ele dá dicas imperdíveis em vários setores da vida cotidiana – começando pelas alergias respiratórias de inverno, como rinites e asma, provocadas geralmente pela infestação de ácaros

Não há ácaro que resista Limpar o guarda-roupa com pano embebido em vinagre e armazenar casacos e cobertores em sacos plásticos dentro do congelador são algumas dicas do Dr. Bactéria para evitar o festival de espirros e as crises de rinite típicas do inverno. Frio lembra cobertores, malhas de lã, gorro, luvas e cachecol. E onde se guarda tudo isso? No guarda-roupa, em cabides ou gavetas. Há ainda quem use malas depositadas em cima do armário, e, uma vez por ano, se entretém com o ritual de trazer tudo abaixo. Segundo o Dr. Bactéria, não são o jeito certo de se guardar itens de inverno em casa. Basta ver: quando se tira roupa mofada do armário, a primeira reação de muitos é começar a coçar o nariz compulsivamente. São os ácaros e os fungos em ação. "Para remediar, é preciso limpar o armário por dentro e por fora com uma receita antimofo infalível: pano limpo embebido em vinagre branco. Nada mais", ensina o biomédico. E para que o cheiro desapareça –tanto o do vinagre, quanto o de mofo – basta deixar as portas do armário abertas por uns instantes. Quanto às roupas, precisam ser lavadas e muito bem secas. "Após se 22 Revista ABCFARMA • Maio / 17

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certificar de que não há resquício de umidade, guarde-as dentro de um saco plástico. Simples assim". Para pessoas mais sensíveis ou portadoras de rinite, recomenda-se não só lavar, secar e guardar em saco plástico toda a roupa de frio e os cobertores, mas também colocá-los dentro do freezer por 12 horas. Isso mesmo: dentro de um congelador. Para isso, claro, você vai precisar esvaziá-lo antes, pois não se mistura roupa com comida. "Doze horas depois, não há ácaro que resista", completa o Dr. Bactéria.

Esponja de cozinha:

uma bomba de bactérias Segundo os infectologistas, esse é o item mais sujo da casa, até mesmo mais do que a privada, o ralo da pia ou o cesto de lixo. Um estudo feito pela Fundação de Pesquisa para Saúde e Segurança Social (FESS), em parceria com a Universidade de Barcelona, apontou que a pia da cozinha tem 100 mil vezes mais germes do que o banheiro – e que eles se concentram principalmente nas esponjas e nos panos. “Isso acontece porque são utensílios que estão em contato com a água o tempo todo, e os locais com umidade são os preferidos das bactérias”, explica o Dr. Bactéria. Por conta disso, cuidar da higiene da pia e da esponja é algo essencial para garantir a saúde da casa. Muitas vezes a família inteira se vê sofrendo com diarreias e vômitos, acreditando ter pego uma intoxicação na rua – quando o problema estava dentro de casa. Utilizar corretamente a esponja de lavar louça é o primeiro passo para evitar este tipo de situação. Aqui, o Dr. Bactéria lista cinco dicas essenciais para conservar e guardar a esponja de lavar louça.

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Um estudo recente apontou que a pia da cozinha tem 100 mil vezes mais germes que o banheiro 1. Esponja seca sempre Após lavar a louça, enxágue bem a esponja em água corrente até parar de sair espuma. Depois, deve-se torcê-la bem e guardá-la em local seco, de forma que permita escorrer os restos de água. Nunca deixe a esponja sobre o sabão, em recipientes que não permitem o escoamento da água, nem embaixo da pia. Uma dica é deixar a esponja secar completamente sobre o escorredor de louças.

2. Sabão nunca!

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4. Desinfecção diária Para desinfetar as esponjas tradicionais, o que deve ser feito uma vez ao dia, o Dr. Bactéria explica três métodos acessíveis. O primeiro é lavar a esponja, embrulhar em um papel toalha, colocar em um pires e levar ao micro-ondas por um a dois minutos. Outra opção é lavar a esponja e deixá-la submersa em um recipiente com água fervendo por três minutos. O terceiro é imergir a esponja em uma solução de duas colheres de sopa de água sanitária mais um litro de água, por 10 minutos.

Use somente detergente na espon5. Só uma semana ja e nunca sabão, líquido ou em pedra, Independentemente de marca ou tecpois esse tipo de produto não apresenta nologia, a vida útil da esponja doméstica características bactericidas e pode leé de uma semana. Após esse período, a var germes para a esponja e, consequenesponja deve ser descartada. Nunca reutemente, para as louças. tilize a esponja, por exemplo, separando-a para a limpeza de um outro ambiente, 3. Fique atento como a área de serviço ou banheiro.

às novidades

O mercado já disponibiliza esponjas com tecnologia que não permite a proliferação de bactérias. Essa inovação foi lançada pela marca EsfreBom, cuja esponja possui íons de prata em sua composição – o que garante a eliminação de 99,9% das bactérias presentes na esponja até o fim do uso.

Importante saber A umidade é só um dos fatores que estimula a proliferação de germes e bactérias, na cozinha – resíduos de alimentos é que “alimentam” a proliferação. Louças mal lavadas, tábuas e colheres de madeira, cantos de pia são exemplos clássicos de locais que acumulam restos de alimentos e geram contaminação cruzada.

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Lavagem das mãos:

providência número 1 Segundo o Dr. Bactéria, mais de 80% das doenças infecciosas são transmitidas pelas mãos. Por isso, o simples ato de lavar as mãos pode representar muito quando se pensa em prevenção. Diversas viroses e infecções bacterianas que aparecem sem causa aparente, provocando problemas respiratórios, gastrointestinais e irritações de pele, podem ser fruto de descuido na higienização das mãos. Os cuidados

com a higienização manual devem ser tomados tanto por quem está com algum vírus, doença ou infecção, quanto por quem teve contato com alguém nessas condições. Quem trabalha em farmácia deve redobrar sua preocupação com as mãos. Para que a higienização das mãos seja adequada, o Dr. Bactéria recomenda que sejam gastos, em média, de 25 a 30 segundos na operação. Embora pareça exagero, o biomédico diz que “é o tempo mínimo para a lavagem das mãos”. E quando? Segundo ele, o ideal é que as

Como lavar bem em cinco passos

1 Molhe as mãos 2 Se não tiver álcool gel, dê preferência aos sabonetes líquidos, pois as versões em barra podem abrigar germes 3 Massageie as mãos, esfregando-as bem, por dois minutos 4 Enxágue 5 Enxugue com papel toalha

mãos sejam higienizadas sempre que surgirem situações que coloquem as pessoas em contato com possível contaminação. Exemplos: depois de assoar o nariz, espirrar, mexer com dinheiro, mexer no lixo, antes de manusear alimentos e preparar refeições, e no jardim, entre tantos outros momentos. O excesso de higiene não pode se tornar uma doença? Como identificar quando a preocupação ultrapassou o limite da saúde? Diz o Dr. Bactéria: “Se você lavar as mãos de oito a 20 vezes ao dia, a quantidade de bactérias começa a diminuir; é um hábito excelente. Se você lavar mais de 25 vezes ao dia, a quantidade de bactérias volta a aumentar, porque isso diminui a resistência natural da pele contra contaminação. Mais de 25 vezes já vira TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). A recomendação é que a higienização seja feita com álcool em gel, muito eficaz na remoção de micro-organismos. Mas a boa e velha dupla “água e sabão” não deve ser deixada de lado. Se as mãos estiverem visivelmente sujas, o álcool não deve ser usado, mas sim água e sabão.

Quando fazer a higiene das mãos - Ao chegar da rua

- Quando as mãos estiverem visivelmente sujas - Antes de manusear os alimentos e preparar as refeições - Após usar o banheiro, trocar fraldas de crianças ou levá-las ao banheiro - Mantenha as unhas limpas e, de preferência, curtas. 

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DATAS COMEMORATIVAS TEXTO: SILVIA OSSO FOTOS: DIVULGAÇÃO

VALE PREPARAR

MINHA FARMÁCIA PARA O DIA DAS MÃES? O Dia das Mães está aí e, com ele, muitas oportunidades para melhorar as vendas da sua farmácia. É ainda uma data bastante atraente no calendário do varejo e. em épocas de crise, a área de HPC se beneficia dela porque há produtos para todos os gostos e todos os bolsos. Faça uma decoração atraente na farmácia lembrando a data Sinalize produtos em seu ponto natural com lembretes “sua mãe pode estar querendo ganhar um deste!”. Ou outra sinalização atraente alusiva à data.

Organize, na semana anterior, a distribuição de algum mimo para seus clientes, lembrando da data que se aproxima. Entregue uma simples balinha com um bilhetinho dizendo:

“Sua mãe gostaria de ser lembrada! Temos muitos produtos com lindas embalagens”.

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Segundo passo: organize um Já disse antes, mas não custa remix atraente com o que está disponível na loja, quem sabe com os produtos que estão sem giro! Diminua a margem; componha kits numa bela embalagem; exponha-os em pontas de gôndolas com cartazes sugestivos. Exponha, com maior destaque, os produtos de cuidados com a pele, mãos, maquiagem, cabelo, que devem compor pontos extras, mantendo-os também no ponto original.

petir: os velhos e bons kits feitos com celofanes e fita ainda têm saída e chamam a atenção dos clientes. As embalagens também precisam ser caprichadas: nos dias de hoje, às vezes as embalagens chamam mais atenção do que o próprio produto. Mesmo que as vendas estejam fracas, ofereça como gentileza um pequeno mimo aos que en-

tram em sua farmácia. Lembrem-se que há idosas que não têm mais filhos perto e o único presente que ganharão será sua gentileza. O dito “gentileza gera gentileza” ainda é muito importante para o varejo, pois produz uma propaganda boca a boca muito eficiente! Faça também um trabalho nos caixas: crie um item por dia, para venda extra de produtos voltados apenas para o Dia das Mães. Peça aos caixas que os ofereçam, dizendo, por exemplo: “Gostaria de levar este creme para as mãos e presentear sua mãe no Dia delas? Ele é feito de silicone, etc, etc”. Apenas expor no checkout não funciona! É preciso o apelo de voz também. As farmácias que trabalham com cuidado e amor essa data sempre têm resultados especiais. E aí? A sua vai ser uma delas? 

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GESTÃO TEXTO: AMÉRICO JOSÉ FOTOS: DIVULGAÇÃO

A pedra no

caminho Conta-se que um rei que viveu num país além-mar, há muito tempo, era sábio e não poupava esforços para ensinar bons hábitos a seu povo. Frequentemente fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo que fazia era para ensinar o povo a ser trabalhador e cauteloso.

Américo José da Silva Filho Sócio Diretor da Cherto Atco Educação Corporativa americo.jose@cherto.com.br

“Nada de bom pode vir a uma nação” – dizia ele – “cujo povo reclama e espera que outros resolvam seus problemas. Deus dá as coisas boas da vida a quem lida com os problemas por conta própria”. Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois foi se

esconder atrás de uma cerca, e esperou para ver o que aconteceria. Primeiro veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que levava para a moagem na usina. “Quem já viu tamanho descuido?”, perguntou ele contrariado, enquanto desviava sua carroça e contornava a pedra. “Por que esses preguiçosos não mandam retirar essa pedra da estrada? ” E continuou reclamando da inutilidade dos outros, mas sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra. Logo depois, um jovem soldado veio cantando pela estrada. A longa pluma

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de seu quepe ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia da sua cintura.

da pedra no meio da estrada, mas ninguém a tocava.

dizeres: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra”.

Ele pensava na maravilhosa coragem que mostraria na guerra e não viu a pedra, mas tropeçou nela e se estatelou no chão poeirento.

Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro por lá passou. Era muito trabalhadora e estava cansada, pois desde cedo andava ocupada no moinho, mas disse a si mesma: “Já está escurecendo, alguém pode tropeçar nesta pedra e se ferir gravemente. Vou tirá-la do caminho”. E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar.

Ela a abriu e descobriu que estava cheia de ouro.

Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou a espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam largado aquela pedra imensa na estrada. Então, ele também se afastou, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra. E assim correu o dia… Todos que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa

Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra. Ergueu-a. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes

Esta é uma história bastante conhecida, nos leva a várias reflexões e eu gostaria de convidá-los a pensar:

O rei então apareceu e disse com carinho: “Minha filha, com frequência encontramos obstáculos e fardos no caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos deles, se assim preferimos, ou podemos erguê-los e descobrir o que eles significam. A decepção, normalmente, é o preço da preguiça”. Então, o sábio rei montou em seu cavalo e, com um delicado boa noite, retirou-se. Autor desconhecido

4 Quais são as pedras que estão no seu caminho?

4 Em qual você tropeça todos os dias, mas não a tira do caminho?

4 Quando olha para sua farmácia, será que não há várias pedras que estão te incomodando e falta coragem para removê-las? 4 Quantas vezes você postergou alguma atitude e, quando a tomou, sentiuse aliviado?

Muitas vezes, o difícil não é como vai acabar e sim como começar. Vamos tirar as pedras que estão nos atrapalhando a bater a nossa meta e vamos vender. Meu amigo: há coisas que somente você pode fazer para sua felicidade, não adianta achar que alguém vai resolver aquilo que só você pode fazer.

Boas vendas a todos! 31 Revista ABCFARMA • Maio / 17

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GESTÃO TEXTO: SILVIA OSSO FOTOS: DIVULGAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DO BEM-ESTAR NUMA FARMÁCIA Todos sabemos que os clientes vão à farmácia em busca, em primeiro lugar, de medicamentos e de cura: isso é um fato! Mas, sabemos também através de pesquisas, é fato que boa parte das pessoas prefere comprar nas farmácias produtos de bem-estar, como os de higiene, perfumaria e cosméticos. Quais são os fatores que levam os clientes a comprar esses produtos na farmácia? Às vezes porque os preços são atraentes. Mas o principal fator de atração é a oferta de orientação de como usar ou aplicar esses produtos. Atualmente, nas grandes redes, essa área de bem-estar, também chamada de não-medicamentos, representa cerca de 35 a 40% do resultado das vendas. Isso é bom? Claro que é! Os produtos de bem-estar não são tabelados e, portanto, os preços podem

ser muito melhor trabalhados, trazendo resultados positivos para a rentabilidade da loja. Para isso, o layout da loja tem que ser agradável, com produtos bem expostos e toda a categoria agrupada num mesmo local. Deve haver espelhos em algum local da loja, de preferência próximo à área de dermocosméticos e maquiagem, para que as pessoas possam “provar” produtos em demonstração. Por outro lado, o uso de displays de fornecedores enfeia a loja e deve ser, sempre que possível, dispensado. É possível fazer uma ótima exposição dos produtos só nas prateleiras e nas gôndolas da loja.

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Atendimento e estoque, dois pontos-chave Grande parte das farmácias, por terem transformado em grande parte a área de bem-estar em autosserviço, abandonaram o atendimento personalizado e cometeram um grande erro! É de suma importância ter um profissional, nos horários de maior tráfego na loja, que esteja pronto para dar orientações e apresentar as novidades aos clientes – e até ajudar na orientação dos colegas balconistas quanto à arrumação dos produtos nos locais certos. O estoque e a composição do mix são os fatores de maior sucesso para rentabilizar essa área. É preciso que categorias como dermocosméticos, maquiagem, pés e mãos, cabelos, infantil, higiene oral, higiene corporal, higiene íntima, produtos masculinos, boa forma, descartáveis para adultos, primeiros socorros e conveniência sejam bem trabalhadas, com produtos de alto giro ou valor agregado alto.

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De olho nos blogs Não se admite mais, nesta época, quando a informática produz relatórios confiáveis, que as farmácias tenham em seu estoque produtos sem giro ou de baixo giro: todos têm que ser liquidados para dar espaço aos lançamentos e produtos novos do mercado. A precificação também merece atenção! Os produtos devem ser apreçados observando a possibilidade de resultados e margem – e não por grupo de produtos. Por exemplo: hoje não se coloca uma margem única para todas as cores de tintura de uma determinada marca, mas sim por grupos, ou seja: para os loiríssimos, uma margem; avermelhados, outra, e assim por diante. Para isso, o comprador da farmácia tem que estar “antenado” e acompanhar os blogs de pessoas que influenciam o mercado, pois, na verdade, são elas, as blogueiras, que ditam a moda a ser consumida através de vários canais de mídia. A divulgação dos produtos se faz nos cadernos de oferta, pontas de gôndolas sugestivas e até sinalização diferenciada para os produtos em oferta.

O atendimento deve ter um cuidado todo especial: clientes de bem-estar gostam de novidades! Se houver possibilidade, utilize provadores para divulgação entre os clientes. Ou realize algumas ações, como dia da aplicação do esmalte gratuito, curso de automaquiagem ou de maquiagem para adolescentes. Penso que os proprietários ou gestores da farmácia precisam se interessar mais por essa área – tanto quanto se interessam pelos medicamentos. A farmácia é um composto – só abordado com pesos e medidas diferentes.

Comece a trabalhar melhor a área de bem-estar – e os resultados aparecerão muito rápido. Silvia OSSO é palestrante e con-

sultora de empresas. Especialista em desenvolvimento de pessoas e varejo. Autora dos livros destinados ao varejo e serviços: Atender bem dá lucro, Administração de Recursos Humanos em Farmácia, Programa Prático de Marketing em Farmácias e Liderança para todos. Contatos: siosso@uol.com.br ou

Facebook: Silviaosso

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Ei! Você!

TECNOLOGIA TEXTO: MIDIACODE FOTOS: DIVULGAÇÃO

Sua vida já está digital,

conectada e móvel: Uma revolução irreversível mas,

comum, o que as empresas devem

ainda assim, é comum ver organizações

discutir é ‘como iremos participar

que não sabem como aproveitar esse

deste movimento’.

movimento em massa na direção do mundo

A Revista ABCFARMA, mais uma vez,

digital e móvel. E muitas acabam perdendo

inova no mercado farmacêutico

oportunidades de inovar e surpreender seus

trazendo uma plataforma digital e móvel

consumidores.

que permite que seus leitores capturem

Com o mundo conectado, as pessoas

as matérias e anúncios que mais gostam,

hoje são muito mais exigentes quanto às

através do aplicativo Midiacode.

experiências que terão com as marcas.

Ao capturarem e guardarem os conteúdos

Elas querem as informações disponíveis e

em seus celulares, nossos leitores

fáceis. Mais ainda, querem que os conteúdos

acessam mais informação a respeito do

relevantes venham ao encontro delas. Uma

assunto e ainda podem compartilhar com

vez entendendo que essa revolução é

outras pessoas, tornando muito maior

irreversível, e isso parece ser senso

seu alcance.

Você ainda não experimentou isso? Vá em frente capture esta matéria através do aplicativo Midiacode no seu celular, com um conteúdo extra sobre a revolução dos dispositivos móveis nas empresas.

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GESTÃO TEXTO: JUAN CARLOS BECERRA LIGOS FOTOS: DIVULGAÇÃO

Inovar ou morrer!

O paradoxo do varejo farmacêutico: embora o preço dos medicamentos seja controlado pela Câmara de Dr. Juan Carlos Becerra Ligos Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), através da qual o governo interfere de maneira direta Farmacêutico bioquímico na modalidade fármaco-medicamentos, nesse setor delicado da economia, a concorrência nas graduado pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação drogarias tem o preço como principal ferramenta de em Marketing do Varejo, Gestão marketing – oferecendo descontos à população sobre e Estratégias pelo SENAC/SP, proprietário responsável técnico os preços máximos estipulados pela CMED.

de farmácia há trinta anos, diretor executivo do Sincofarma-SP, membro do Conselho Superior de Estudos Jurídicos e Estratégicos da ABCFARMA e professor dos cursos “Técnicas de Aplicação de Injetáveis, “Como atender MUITO bem” e “Gestão Financeira em farmácias e drogarias”

O varejo farmacêutico, um setor onde o preço geralmente é a ferramenta mais utilizada pelo marketing para atrair novos compradores, vem demandando mudanças drásticas – estas devem impor a inovação como resposta para esse “Novo Marketing”. Toda estratégia de preço deve ter um fundamento econômico – ela precisa estar ancorada em uma base econômica, desde decisões simples, como fazer uma eventual promoção, a decisões mais complexas, como a definição das metas de preço e nicho de mercado. O mais importante é observar o retorno sobre o investimento. Apresentar continuamente produtos inovadores e de maior valor agregado fará as taxas de lucro aumentar. Com as rápidas e frequentes mudanças das necessidades, desejos e expectativas do consumidor, a busca acelerada e constante por inovação é importante para manter a empresa competitiva e mais lucrativa. Mas lucros excessivos

são sempre temporários. Eles ocorrem em todos os segmentos empresariais. Entretanto, nenhum lucro excessivo se mantém com o passar do tempo. Num mercado competitivo como o varejo farmacêutico, a entrada de novas empresas é livre. Por isso, no longo prazo, todo lucro econômico, ou seja, lucro acima do custo de oportunidade, é zero. A observação desse princípio permite à empresa prever que eventuais lucros excessivos

deixarão de existir. Produtos e serviços inovadores repõem lucros perdidos, pelo menos por um período de tempo - até a próxima inovação, e assim por diante. É uma corrida que só tem largada, não tem chegada. Para tanto, é fundamental a gestão de relacionamentos de alto valor com os clientes, pois segundo Kotler, “Quem, em última instância, deveria projetar o produto? O cliente é claro!”

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ABCFARMA A empresa que quiser se destacar, crescer e ter sucesso deve pensar de forma original, explorar o mercado de forma holística, ir além do seu negócio. Buscar uma nova maneira de solucionar problemas, de realizar as atividades, com mais simplicidade e eficiência. Deve ter uma abordagem diferente em relação aos serviços prestados. Portanto, a decisão empresarial não deve estar centrada em inovar ou não – mas em como fazê-lo com êxito. Para Gary Hamel (Strategos), inovação é um processo estratégico de reinvenção contínua do próprio negócio. Para Drucker, inovação é a ferramenta específica de empreendedores, por meio da qual exploram a mudança como uma oportunidade para diferentes negócios ou serviços, sendo essas focadas no potencial econômico ou social de uma organização. Ainda segundo ele, a inovação é um produto ou serviço diferente que é capaz de aumentar a satisfação, mais do que proporcionar um aprimoramento ou benefício. Invenções são iniciativas com algum grau de novidade, mas que não interessam ao mercado e, portanto, não geram resultados econômicos para a empresa. Inovações: são iniciativas com alto grau de novidade que interessam ao mercado e que melhoram os resultados econômicos da empresa. A pergunta é: como obter dados e transformá-los em informação num mercado varejista que vem alterando o processo de aquisição de produtos e serviços, com o uso crescente de tecnologia? Um mercado onde as máquinas vêm substituído o atendimento feito por pessoas - e não há mais a necessidade de ir ao ponto físico para adquiri-los? Descobrir e compreender as necessidades e desejos dos consumidores é imprescindível para o sucesso da inovação, portanto é fundamental a participação dos consumidores no início da criação do novo produto ou serviço. Muitos produtos comercialmente importantes são inicialmente idealizados por usuários, não por fabricantes. Porém, ainda que o avanço da tecnologia tenha facilitado o consumidor no processo de aquisição de produtos e serviços, ele vem distanciando o contato

Estreitar e fortalecer o relacionamento com o consumidor num mercado tão regulado e delicado como o da saúde exige profissionalismo, muita criatividade e uma maior intimidade com o consumidor. pessoal entre vendedor e cliente. Isso faz com que seja mais difícil para o consumidor fornecer informações das suas necessidades e desejos, quanto mais os não declarados (talvez os mais significativos), nos quais o contato pessoal é importante para a sua revelação. A drogaria pode, através de serviços, oferecer um atendimento de excelência, personalizado e com constantes inovações, usando ferramentas tecnológicas disponíveis e acessíveis para a maioria das empresas, independentemente do seu porte. Ela pode usufruir de meios que permitem e predispõem os consumidores a fornecer informações personalizadas de suas necessidades, desejos, expectativas e de como gostariam de ser atendidos num contato pessoal e profissional com os colaboradores da farmácia. Qualquer oportunidade de contato com o consumidor deve ser vista como uma possibilidade de conhecê-lo melhor, levantar suas expectativas, personalizar serviços, apresentar a sua farmácia e demonstrar sempre as vantagens de ser seu cliente! A partir de 2009, foi permitido legalmente às drogarias prestarem serviços farmacêuticos. Um deles: aferição da pressão arterial, um serviço que atende a todo público independentemente de sexo, classe social, raça, religião - sendo utilizado com mais frequência por idosos que precisam de uma verificação mais constante e frequente da pressão. Esse serviço permite uma maior intimidade entre empresa e cliente, que está mais disposto a aprofundar o relacionamento, pois sabe que as orientações que necessita dependem das informações que devem ser disponibilizadas ao farmacêutico. E pode fortalecer o

relacionamento do cliente com a empresa e melhorar a imagem da drogaria perante o consumidor e a sociedade - uma vez que o foco não é só vender produtos, mas cuidar de pessoas. Isso facilita a fidelização sem oferecer necessariamente benefícios econômicos ao cliente, como ocorre na maioria dos programas de fidelização do varejo. Dessa forma, a medição da pressão arterial, se bem empregada, pode ser um diferencial competitivo sustentável e uma fonte de informação dinâmica para conhecer melhor o cliente - uma vez que permite obter informações para ajustes e mudança de rumo rapidamente. É possível se pensar em produtos inovadores utilizando as informações captadas pelo profissional farmacêutico durante o processo citado. Portanto, serviços prestados estreitam a relação próxima que esse tipo de estabelecimento mantém com seus clientes – e faz com que exista um campo fértil para criação de serviços inovadores que facilitarão a vida de seus clientes e médicos. As drogarias devem voltar à atividade exercida num passado relativamente recente, quando o farmacêutico aconselhava e orientava a população que buscava nesse estabelecimento a solução de problemas de saúde de menor complexidade. A drogaria ainda é a primeira opção para maioria da população e parece ser uma boa estratégia melhorar os serviços prestados e aprofundar o relacionamento com o cliente, numa época em que as pessoas se comunicam por meios digitais mais do que pessoais.

Ou sua drogaria inova ou ela morre! Pense nisso. Juan Carlos Becerra Ligos

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GESTÃO TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Mauro Pacanowski, Professor FGV, UFRJ e ESPM e consultor de empresas

Momentos de decisão

Sabemos que o varejo farmacêutico é altamente regulado por diversas fontes e, portanto, é fundamental que cada investimento seja pensado de forma estratégica e planejado com antecedência. Rever conceitos de gestão e estratégias mercadológicas deve ser um foco importante neste momento de recessão no país.

Por que devemos fazer isso se, de um modo geral, esse tema parece não afetar ou, pelo menos, está passando ao largo do varejo farmacêutico - já que o crescimento do setor ainda é de dois dígitos, com aumento de demanda e possibilidades de crescimento positivo. Não parece, por exemplo, que o segmento de higiene e beleza esteja perdendo força - pelo contrário, avança principalmente nas classes C e D, de forma exponencial. Por outro lado, as indústrias farmacêuticas e os distribuidores não param de criar estratégias de manutenção e aprimoramento de suas práticas administrativas, comerciais e institucionais.

A indústria farmacêutica multinacional está com problemas de importação de insumos, racionalização da logística, perda de patentes e pulverização de crédito para investimentos - principalmente com a subida excessiva do câmbio, agora sob controle. Já os distribuidores estão às voltas com a otimização de suas rotas, maior aproximação com varejo, custos crescentes, concorrência acirrada com distribuidores/varejistas, oferta ou não de créditos mais longos ao pequeno e médio varejo, mudanças na legislação de trânsito, com aumento das multas e falta de locais adequados para carga e descarga, dificultando as entregas. Ou

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seja, é preciso rever as estratégias, em função do novo modelo de negócio dos clientes, o que leva a avaliar constantemente seu mix de mercadorias e negociar melhor suas compras/margens com a indústria.

reavaliando rupturas no estoque, regionalizando e horizontalizando seus pontos de vendas, por onde poderão escoar e pulverizar seus estoques - obtendo mais força e poder nas negociações junto à indústria e demais setores.

Nesse cenário, como está se comportando o varejo farmacêutico? À pri- Porém, a consolidação de estratégias meira vista, nada mudou, princi- leva tempo para ser aceita e aprovada. palmente para o pequeno e médio, na relação capacitação e renovação da equipe, mantendo-se velhas estratégias quanto a formas de remuneração, pouquíssimo interesse na produtividade per capita, baixa qualificação e nenhum investimento em treinamento. Isso sem falar na constante dificuldade para absorver novas normas e resoluções impostas pela ANVISA, avaliar a redução de ofertas de produtos que não giram, reestudar gestão de estoques, quantidade de itens vendidos, cartões de fidelidade, fornecedores e política de prazos, descontos e vendas a crédito, maior comprometimento do farmacêutico, etc. Já os de maior porte buscam melhorar o fluxo de caixa via fusão e aquisição - criando condições para uma maior sustentabilidade e profissionalização, buscando maior fidelização dos clientes, diversificando seu mix, revendo margens e modelos de assistência farmacêutica,

O varejo farmacêutico de pequeno e médio porte precisa trazer e seduzir a indústria, através de maior abertura de suas informações, maior transparência de seus dados e investir na capacitação do balconista e do farmacêutico, na propaganda de seus produtos, no gerenciamento de categoria e layoutização. Isso significa dizer que, se a indústria é responsável por trazer fluxo de consumidores para o PDV, dispensando mais tempo com sua equipe no balcão da farmácia para compreender melhor como funciona esse negócio, o varejo deve estar preparado para atender diferenciadamente.

Para reforçar a responsabilidade da indústria na capacitação do atendimento, utilizo a seguinte tese: por que, em cada receita contendo três medicamentos, de modo geral ocorre a falta de um? E se, entre esses três, faltar o medicamento prioritário, que tem

contraindicações - na maioria das vezes minimizada pelo segundo e terceiro medicamentos? Em boa parte dos casos, o cliente deixará de comprar os três. Portanto o não atendimento da receita gera uma venda perdida tanto para farmácia quanto para a indústria. Isto pode acontecer pelo desconhecimento do balcão. Nesse caso, o apoio da indústria é fundamental para que a venda não se perca, pois o propagandista deve orientar o farmacêutico ou atendente quanto à necessidade de manter estoques de determinado produto pela proximidade com as clinicas e hospitais visitados por sua equipe, mantendo o aviamento da receita além de incentivar a assistência farmacêutica. Como se pode perceber, a indústria tem de atuar de forma mais técnica, racional e diferenciada para buscar maior espaço no receituário e na prateleira da farmácia. Ou seja: o varejista pode sair ganhando com a maior aproximação da indústria. Deve-se considerar a redução de ofertas nas gôndolas de produtos que não giram, reavaliar ofertas de lançamentos, eventualmente adotar o conceito de marcas próprias, reestudar conceito de estoques, o numero de itens vendidos, cartões de fidelidade e lealdade, reavaliar fornecedores e política de prazos, descontos e financiamento junto às empresas de cartões e serviços diversos, qualificação de funcionários, maior comprometimento do farmacêutico. E, principalmente receber de braços abertos a visita da indústria - e demonstrar-lhes a necessidade de uma maior aproximação. 

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EVENTO SOCIAL TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

À esquerda, diretoria da ACSP e o idealizador da feira, Gaetano Luigi Brancato, dão início à Feira, com oferta de vários serviços de saúde gratuitos

Feira de saúde

Voluntários atendem milhares de pessoas em SP Milhares de pessoas receberam atendimento médico gratuito na 19ª Feira da Saúde, realizada dia 7/4 no Pátio do Colégio, centro da capital paulista. Iniciativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o evento mobilizou entidades da área da saúde e grupos de voluntários para atender aos cidadãos que passaram pelo local. Ao todo, foram oferecidos atendimentos em 20 especialidades, como medição de pressão arterial e glicemia, avaliações oftalmológica e odontológica, orientação nutricional e teste de hepatite.

do povo sem ser do governo. É uma iniciativa com grande entusiasmo”, disse o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Márcio Elias Rosa, representando o governador Geraldo Alckmin.

“A Associação Comercial de SP foi criada para apoiar o empreendedorismo, mas não se priva de realizar trabalhos do bem, em prol de uma vida mais saudável na nossa cidade. Parabéns a todos os envolvidos, sobretudo os voluntários”, disse o vice-presidente da ACSP João Bico.

Criada há 19 anos pelo assessor especial da presidência da ACSP Gaetano Brancati Luigi, a Feira da Saúde tem como missão oferecer atendimento médico gratuito para quem passa pelo local onde a cidade nasceu – hoje um dos pontos mais movimentados da cidade. Lúcia Maria Santana, 25, é prova disso. “Fui fazer umas compras na rua 25 de Março, vi a movimentação aqui no Pátio e decidi fazer uns exames”, disse a recepcionista. Ela fez exames de pressão arterial, glicemia e diabetes. “Minha mãe tem diabetes e minha avó também tinha. Graças a Deus descobri que não tenho”.

“É um grande trabalho, que é público sem ser estatal, de interesse

Outra beneficiária foi a aposentada Rosália Ferreira de Oliveira, 63, que

aproveitou sua passagem pelo centro para fazer o teste de visão, oferecido pelo Hospital Cema. “Muito bom o atendimento”, resumiu. Perguntada se pretende voltar no ano que vem, Rosália foi taxativa: “Se tiver, eu volto. É muito rápido”. E até quem estava na feira para trabalhar aproveitou o tempinho livre para desfrutar dos serviços oferecidos. A estudante de farmácia Naiane Varjão Lisboa integrou a equipe da Faculdade Finaci, que realizava medições de pressão arterial. Depois de algumas horas atendendo, ela passou na tenda de massoterapia para recarregar as energias. “É bom dar uma relaxada, né? Já que é de graça. Todo mundo merece um descanso”, brincou. O presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi Sdoia, prestigiou a feira, representando a entidade. 

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HOMENAGEM

Uma justa homenagem para

TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: SERGIO R. BICHARA

Sétimo Gonnelli A praça é dele

Um dos mais queridos profissionais do varejo farmacêutico de São Paulo, falecido há três anos, acaba de receber justa homenagem – agora tem seu nome numa praça de grande visibilidade no bairro do Cambuci, onde manteve sua farmácia por mais de 60 anos. A iniciativa foi do vereador Toninho

Paiva. O presidente da ABCFARMA,

Pedro Zidoi Sidoia, a quem Sétimo considerava como um irmão, foi um dos presentes à bonita cerimônia – ao lado de sua esposa, Maria Helena, ele fez questão do uso da palavra, enaltecendo Gonnelli, um profissional honesto e idealista e que sempre contou com os mesmos predicados nas administrações das entididades em que foi dirigente. Confirmou que a amizade com ele era de irmãos e que se consdera também membro da família de Sétimo. Zidoi agradeceu ao vereador Toninho Paiva, com quem sempre manteve uma amizade de grande respeito e gratidão pelos serviços que presta na Câmara Municipal de São Paulo, pela homenagem a Sétimo Gonnelli.

A denominação do local que no dia 8 de abril passou a levar o nome do saudoso Sétimo Gonnelli, considerado um dos mais antigos e influentes profissionais da farmácia, se deu através da Lei 16.469, de 4 de Julho de 2016. Um dos primeiros empregos do jovem Sétimo Gonnelli após chegar a São Paulo com a mãe e os irmãos foi como auxiliar de farmácia. Desde então, nunca mais saiu de perto dos medicamentos. O Dr. Fausto Spina, que era proprietário do laboratório farmacêutico Yatropan, conhecendo o trabalho de Sétimo, o contratou como auxiliar de manipulação. Após algum tempo, retornou ao varejo. Com o título de oficial de farmácia, decidiu abrir seu próprio negócio. Foram sete décadas vendendo remédios – ou doando-os para quem não podia comprar, como moradores de rua e outros necessitados. Atuante na área, participou de diretorias de entidades como o SINCOFARMA-SP e ABCFARMA, da qual era diretor tesoureiro. Quando não estava entre medicamentos ou acompanhando partidas do seu Palmeiras, dedicava-se à religião. Foi por

muitos anos ministro da Igreja Católica. Um de seus maiores orgulhos era ter dado condições para que os dois filhos se formassem na faculdade. Dr. Clóvis, o mais velho, tornou-se advogado – e infelizmente faleceu muito jovem. O Dr. Carlos Alberto é hoje médico de

renome – e, na cerimônia, era um dos mais emocionados com a homenagem ao pai. Durante a cerimônia, o padre Antônio Fusari, amigo de longa data do homenageado, abençoou o local, falou de sua imensa emoção em poder estar ali e ver o nome de Sétimo Gonnelli ser perpetuado.

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COMPARTILHE! ABCFARMA

Dr. Carlos Alberto Gonnelli e sua família, emocionado com a homenagem ao pai.

Em um misto de saudade e agradecimento, o Dr. Carlos Alberto Gonnelli deixou seu recado: “Eu acho que é a imortalização de um ser humano que sempre pregou justiça e honestidade, o melhor para a sua família, com muita simplicidade e humildade e, principalmente, para uma categoria profissional que é da saúde, em especial o provisionado.

Eu só tenho a agradecer ao vereador Toninho Paiva, que foi um grande amigo do meu pai, por esta homenagem”. Com a palavra, Toninho Paiva falou sobre a importância de Sétimo Gonnelli na vida das pessoas que o conheceram. “Há pessoas que passam por nossas vidas e que jamais esquecemos. Sétimo

foi um amigo, uma pessoa especial, que estava sempre pronto a ajudar a todos. Um homem que, com toda certeza, está na casa do Pai. Fico muito feliz por poder ver o nome de Sétimo Gonnelli aqui neste local, nome este que com certeza irá embelezar este espaço, um pedaço tão gostoso e próximo ao local de trabalho de muitos anos do saudoso Gonnelli”. 

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CAPTURE!

ENCONTRO TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: ARQUIVO ABCFARMA

ABCFARMA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA No dia 10 de abril último, a Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico - ABCFARMA, realizou Assembleia Geral Ordinária para a aprovação de contas da entidade no exercício 2016 e discussão de assuntos gerais. Ao abrir a reunião, o presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi Sdoia, solicitou a um dos presentes que se apresentasse para presidir a Assembleia – o que foi feito por Marcos de Souza, assessorado pelo Dr. Rafael Souza de Oliveira Espinhel de Jesus, nomeado por unanimidade para secretariar os trabalhos. Seguindo a ordem do dia, depois de verificar o Livro de Presença, o presidente da Assembleia concedeu a palavra a

Roberto Yoshio Kuabata, responsável por todas as informações contábeis da ABCFARMA, abordou os principais eventos do exercício de 2016. Felício De Rosa Neto, consultor financeiro da entidade, detalhou receitas e despesas bem como fez considerações sobre o resultado apurado, com total atenção às normas vigentes. Aberta a votação, os associados aprovaram por unanimidade a prestação de contas e as demonstrações contábeis de 2016. A seguir, como ninguém quisesse fazer uso da palavra, a sessão foi suspensa para a lavratura da ata – aprovada por unanimidade pelos presentes, sem emendas ou alterações.

ASSUNTOS GERAIS Reassumindo a presidência dos assuntos gerais, Pedro Zidoi Sdoia acompanhado do 1º vice-presidente, Sr. Marcelo Fernandes de Queiroz do Rio Grande do Norte. Vários diretores fizeram uso da palavra, entre os diversos assuntos abordados, falaram dos trabalhos que a ABCFARMA tem desenvolvido, principalmente pelo departamento jurídico. Após esgotarem os principais assuntos e considerando que vários diretores precisavam ir para o aeroporto por estarem próximos dos horário de voos. O presidente encerrou a reunião, convidando a todos para um coffee break. 

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