Revista ABCFARMA

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REVISTA

ABCFARMA NOVEMBRO/2017

VEÍCULO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO COMÉRCIO FARMACÊUTICO ABCFARMA

Entidade Fundada em 30 de Outubro de 1959

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PUBLICAÇÃO DIRIGIDA AOS MÉDICOS, FARMACÊUTICOS, ODONTÓLOGOS, PRESCRITORES E DISPENSADORES DE MEDICAMENTOS PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL

SEMPRE A MELHOR INFORMAÇÃO

25/10/2017 19:50:50


OS BENEFÍCIOS DE FAZER PARTE DO QUADRO DE ASSOCIADOS

DA ABCFARMA:

3 Integrar o quadro da ABCFARMA, recebendo a declaração de associado. 3 Importar informações do banco de preços, diretamente do servidor ABCFARMA. 3 Inclusão nas ações jurídicas coletivas em defesa do varejo farmacêutico. 3 Assessoria jurídica na área sanitária. 3 Acesso a informações exclusivas sobre o andamento dos projetos de lei em trâmite no congresso. 3 Acesso ao portal do associado para consulta de edições anteriores da revista ABCFARMA. RECEBIMENTO MENSAL DA REVISTA ABCFARMA

3 ANEXO DE PREÇO: A mais completa e segura Lista de Preços de Medicamentos do país a única publicada por uma entidade ligada ao varejo farmacêutico 3 EDITORIAL: Matérias de orientação e informação sobre saúde, legislação, gestão de negócios e atualidades. 3 LISTA COMPLETA DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS: Lista completa de medicamentos genéricos encartado no volume 1, com seus respectivos medicamentos de referência, facilitando a vida de farmacêuticos, balconistas e consumidores. 3 Observação: Os estabelecimentos que dispensam medicamentos ficam obrigados a manter a disposição dos consumidores lista atualizados dos medicamentos genéricos. RDC 99 de 22 de novembro de 2000 PUBLICAÇÕES ESPECIAIS

3 REVISTA FITOTERÁPICOS: Informações atualizadas sobre o mercado de medicamentos

fitoterápicos. 3 REVISTA CRIANÇAS E ADOLECENTES: Revista com linguagem dirigida a quem decide a compra de produtos para essa faixa etária.

PARA MAIS INFORMAÇÕES: 11 3223-8677 • www.abcfarma.org.br

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EDITORIAL

METAS A SEREM

ALCANÇADAS Nossas ações precisam acompanhar os novos tempos. O que vínhamos fazendo - e que mal ou bem estava dando resultados - esse tempo já se transformou.

A

tualmente, o passado recente já é velho e precisa de inovação. Os gestores estão atentos e não aceitam o ditado “sempre fizemos assim e deu certo”. O novo tempo precisa de inovação para ter sucesso. O Brasil está mudando, todos estamos sentindo que os bons ventos estão afastando do nosso país a avalanche da crise que recaiu sobre as indústrias, empresas do comércio e outros setores, deixando muita tristeza para a maioria dos empreendedores, obrigados a dispensar grande número de trabalhadores e fechar as portas para candidatos a novos empregos. Com os novos rumos que o país está oferecendo, apesar de uma melhoria insignificante que precisa de tempo para restabelecer o progresso desejado, os brasileiros já estão respirando com alguma alegria. A crise não foi proporcionada pelos empreendedores e pelos trabalhadores. O país é uma grande empresa e, enquanto muitos políticos e administradores públicos se enriqueceram, como disse o presidente da FIESP, Paulo Skaf, “o povo pagou o pato” As dificuldades deixaram uma grande lição: não podemos fazer o que vínhamos fazendo, é preciso inovar, precisamos por em prática sistemas novos e afastar os que só trouxeram tristezas para muitos. Precisamos reaprender a administrar nossas vidas e o nosso dinheiro. Para isso, é preciso pensar diferente. O resultado financeiro obtido pelo trabalho não pode ser inteiramente gasto: uma parte, por menor que seja, precisa ficar em poupança e intocável, para dar garantia de um futuro feliz. n

Pedro Zidoi Sdoia Presidente

03 Revista ABCFARMA • Novembro / 17

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ÍNDICE Páginas azuis Juliano Vinhal

Editorial

Metas a serem alcançadas. Nossas ações precisam acompanhar os novos tempos

novembro, dia do doador de sangue, um ato de amor

18

Dia Nacional de Combate ao Câncer:

o que muda nas leis trabalhistas

42

Página

Página

Américo José:

lave a vidraça para ver mais claro

46

o farmacêutico on-line

63

Página

Resultado: sintomas desagradáveis e infertilidade

32

Página

Página

54

Melcon

40

Rui Telles: desafios para 2018

conhecer o cliente para vender mais

50

16

Endometriose

Mario Grieco:

a importância do marketing de relacionamento

o futuro da farmácia no Brasil

Betânia Alhan:

Página

Mauro Pacanowski:

Página

12

o que ter em casa

26

61

Juan Carlos Becerra Ligos:

o mal do século - são 120 milhões de pessoas com sintomas

Farmácia doméstica:

um mês para lembrar da próstata

o que podemos fazer contra ele

Página

6 Novembro:

22 Página

Gilberto Bento Jr.:

Página

Página

Depressão:

é hora de cuidar

Leia também

Doação de Sangue: 25 de

Página

O presidente da Abradilan explica o crescimento de dois dígitos das distribuidoras

3

Página

Dia Mundial do Diabetes:

Página

58

36 37

Terceiriza Varejo

53

Bio Company Farmácia Conectada

65

NOTA

EXPEDIENTE • Os anúncios de produtos ou de serviços publicados nesta revista são de total responsabilidade do anunciante. • A ABCFARMA não se responsabiliza pelo preço determinado, nem pela qualidade dos produtos ou dos serviços anunciados. • A opinião dos autores não é necessariamente a opinião da ABCFARMA.

Diretor Presidente Pedro Zidoi Sdoia Jornalista responsável Celso Arnaldo Araujo Mtb 13.064 Analista e Programador Eduardo Novelli Design / Diagramação Sérgio R. Bichara

Colaboradores Américo José da Silva Filho Cadri Saleh Ahmad Awad Geraldo Monteiro Juan Carlos Becerra Ligos Mauro Pacanowski Regina Blessa Rui de Sá Telles Silvia OSSO

Distribuição/ Publicidade

ABCFARMA Periodicidade Mensal Rua Santa Isabel, 160, 5º Andar, Cj 51, Vila Buarque, S.P/S.P - 01221-010

Fone: (11) 3223-8677 Fax: (11) 3331-2088 www.abcfarma.org.br Para anunciar

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4

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Indice 315.indd 4

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DIRETORIA

ABCFARMA

Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico

Diretoria: triênio de 28/10/2016 a 27/10/2019 Diretor Presidente: Pedro Zidoi Sdoia

Diretores Conselheiros:

(SP)

Diretores Vice-Presidentes: Marcelo Fernandes de Queiroz (RN) Lázaro Luiz Gonzaga (MG)

Diretores Secretários: Edenir Zandoná Júnior (PR) Luís Carlos Caspary Marins (RJ)

Suplentes: Leomar Rehbein Armando Gomes dos Reis Filho Joaquim Tadeu Pereira

(RS) (AM) (PA)

Diretor Tesoureiro: João Luiz dos Santos

(SP)

Suplentes: Alex Cavalcante Garcez Romildo Marcos Letzner

(SE) (SC)

Diretores Conselho Fiscal: Adelmo Rego Jaime Nunes Moreira Francisco Messias Vasconcelos

(SP) (RS) (DF)

Suplentes: Carlos de Souza Andrade Luiza Diva Cunha Dutra Roberto Brasileiro Lima

(BA) (RN) (BA)

Ademir Tomazoni (Itajaí - SC) Alarico Rodrigues de Araújo (Manaus-AM) Álvaro Silveira Júnior (DF) Antonio Augusto Vianna (SP) Antonio Felix da Silva (CE) Antonio Fernandes de Souza Filho (DF) Antonio Ironi Nunes Jaques (RS) Antonio Menezes de Araújo (SP) Antonio Walmir Nola (SC) Ben Hur Jesus de Oliveira (RS) Benilton Gonçalves Diniz (MA) Cássio Fabrízzio de Souza Sobrinho (AP) Claudisnei Machado Constante (SC) Cleber Antunes Magalhães (BA) Dejalma Lemos da Silva (RN) Delano Leno Silva Miranda de Souza (PI) Domingos Tavares de Souza (TO) Edimar Pereira Lima (RR) Edson Daniel Marchiori (ES) Eliomar Bruce de Oliveira (AM) Elmar Humberto Goulart (Uberaba-MG) Emanuel Messias Câmara (SC) Everton Luiz Ilha Mahfuz (RS) Felipe Antônio Terrezo (RJ) Francisco Deusmar de Queiros (CE) Gilson G. Figueiredo Terra (MG) Gladstone Nogueira Frota (RO) Hamilton Domingos Teixeira (MT) Herbert Almeida da Cunha (PB) Irene Prieve do Nascimento (MT)

Ivan Pedro Martins Veronesi (SP) Jefferson Proença Testa (Londrina-PR) João Aguiar Neto (GO) João Arthur Prudêncio Rêgo (BA) João Garcia Galvão (SP) João Gilberto Serrat (RS) José Ademar Lopes (RS) José Antonio Vieira (AL) José Cláudio Fernandes (Santo André-SP) José da Silva Costa (RR) José Ricardo Nogared Cardoso (Tubarão – SC) José Rodrigues da Silva (Sul do Maranhão – MA) Julio Cezar Campagnaro (ES) Katia Vanessa Moreira Mendes do Bom Conselho (MG) Luiz Geraldo Neto (SP) Luiz Marcos Caramanti (SP) Luiz Trindade Pinto (BA) Marcos Antonio Carneiro Lameira (AC) Marcos de Souza (SP) Maurício Cavalcante Filizola (CE) Modesto Carvalho de Araújo Neto (MG) Neilton Neves dos Santos (PB) Nelcir Antonio Ferro (Cascavel-PR) Nelson Leonel Fleury (Anápolis- GO) Nery Wanderley de Oliveira (RS) Noésio Emídio da Cunha (Feira de Santana-BA) Ozeas Gomes da Silva (PE) Paulo Luiz Zidoi (SP) Paulo Roberto Kopschina (RS)

Paulo Sérgio Bondança (SP) Paulo Sérgio Navarro de Souza (PB) Philadelpho Lopes (SP) Ricardo Duarte da Silveira (RS) Roberto Martins Rosa (Mato Grosso do Sul – MS) Romualdo Constantino Magro (SP) Ronaldo José Neves de Carvalho (SP) Rubin Wendland (Cascavel-PR) Sérgio de Giacometti (Oeste Catarinense - SC) Vollrad Laemmel (Vale do Itajaí-SC)

Conselheiros Adjuntos: Ademilson de Menezes Cordeiro (PE) Roberto Massatoshi Baba (Birigui - SP) Vitor Fernandes (Americana - SP)

Diretores Vitalícios: Antonio Barros Leite Júnior (Jundiaí - SP) Armando Zonta (SC) Francisco Miguel da Silva (RN) Fridolino de Moraes Rêgo (BA) Gilberto David Cunha da Silva (RS) Gonçalo Aguiar Ferreira (SP) Hermes Martins da Cunha (MT) João Azevedo Dantas (PB) José Aparecido Junqueira Guimarães (DF) Pedro de Araújo Braz (RJ) Ruy de Campos Marins (RJ) Waldemar Pupo Ferreira (SP)

CONSELHO SUPERIOR DE ESTUDOS JURÍDICOS E ESTRATÉGICOS Pedro Zidoi Sdoia

(SP)

Dr. Juan Carlos Becerra Ligos (SP)

Adelmir Araújo Santana

(DF)

Álvaro José da Silveira

(DF)

Dr. Rafael Souza de Oliveira Espinhel de Jesus (SP)

Dr. André Bedran Jabr

(SP)

Edison Gonçalves Tamascia (SP)

Geraldo Cardoso Monteiro (SP)

Jorge Froes de Aguilar

(SP)

Guilherme Leipnitz

José Abud Neto

(SP)

Serafim Branco Neto

(SP)

Pedro Candido Navarro

(SP)

(RS)

Jorge Fernando de Azevedo Trindade (RJ)

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NOVA DERETORIA___________2016 2019.indd 4

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PÁGINAS AZUIS TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Juliano Vinhal

Distribuindo saúde Entre as duas pontas fundamentais do mercado farmacêutico – indústria e varejo – há um segmento tão importante quanto esses dois elos, que faz a ponte vital entre eles: o setor de distribuição, num país de dimensões continentais como o Brasil, é estratégico. Ainda mais com a atuação de uma entidade como a Abradilan – Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos, que congrega empresas dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Em 2016, os associados Abradilan comercializaram 936 milhões de unidades de medicamentos – e caminham para superar até o fim do ano a marca de 1 bilhão. O mercado farmacêutico desafia a crise – e distribui sucesso. O atual presidente da Abradilan, o mineiro Juliano Cunha Vinhal, que atua no ramo da distribuição desde 1993, com a empresa Meditem, em Patos de Minas, é um especialista no segmento – e promete manter o extraordinário desempenho de seus 147 associados com o aumento de sua capacitação.

Juliano Cunha Vinhal, presidente da Abradilan

Do lado dos distribuidores, como você explica esse crescimento a dois dígitos do mercado farmacêutico, em plena crise? Na verdade, estabeleceu-se o acesso da população aos medicamentos – seja através do programa Farmácia Popular, seja em função da informação que o consumidor acabou

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ABCFARMA assimilando nos últimos anos. No começo dos genéricos, só pessoas com um nível mais alto de informação compreendiam a possibilidade de substituir medicamentos de marca. Pessoas de baixa renda tinham receio de fazer isso. Ficavam meses aguardando uma consulta com um médico, e, se ele receitava um produto de marca, em geral não “arriscavam” fazer a troca por um medicamento mais barato que ainda gerava dúvidas. Hoje, 99% da população pede pelo mais barato. Isso alavancou o mercado. Aumentou o poder aquisitivo das pessoas em relação a remédios e o poder das farmácias em negociar com a indústria. Com isso, o mercado cresce exponencialmente.

E, nesse contexto, as distribuidoras crescem junto..

municípios do país em todos os estados. Este ano o número de unidades entregues deve passar de um bilhão, não?

pra de quem quiser, quando quiser, na plenitude do portfólio. O mercado de distribuição vai do pequeno independente – a classe 8 no ranking da IMS – até a classe 1 das grandes redes.

Um bilhão. E, repito, graças ao aumento de acesso da população aos medicamentos.

Qual é sua agenda à frente desse seu segundo mandato como presidente da Abradilan?

Todos os consultores do varejo farmacêutico destacam a importância da gestão de estoque para o sucesso de uma farmácia. É uma operação complexa, concorda? Tão complexa que produz um filtro para o mercado, com muitas farmácias independentes se associando a alguma rede ou franquia – buscando justamente essa gestão de estoque e a gestão financeira.

Então é difícil para uma Sim, eu sempre digo que alguém farmácia independente precisa carregar caixa para fazer a hoje fazer sucesso? logística da indústria até o varejo. Não é difícil, não. Há muitos cases de Alíás, agora a Abradilan tem a palavra logística em sua sigla. Sim, porque, quando foi criada, ela era formada basicamente por distribuidoras de laboratórios nacionais, que, à época, eram os únicos que produziam similares e genéricos. Isso mudou. As multinacionais começaram também a fabricar esses medicamentos.

sucesso entre farmácias independentes. Mas tudo se moderniza. A época de farmácias de luz apagada para economizar energia e prateleiras de madeira passou. Com um bom gestor, ela tem a mesma chance de sucesso de uma loja de grande rede.

A gestão de estoque é decisiva para isso?

Sem dúvida. Não há ninguém hoje sem Mas como você define lo- atendimento e com carência de progística, no ramo da distri- duto – a menos que tenha problemas buição? com a documentação. Com a parte documental em dia, a farmácia comA negociação com o varejo e a venda são feitas pela indústria. E os distribuidores ganham um fee para fazer a entrega. Como eu digo: carregar caixa...

Parece simples, mas o mercado brasileiro tem extensão continental. E vocês atendem 95% dos

Na verdade, há seis anos a diretoria está focada na capacitação da gestão dos associados no sentido de atender o ponto final cada vez melhor – sem esquecer o estreitamento das relações com a indústria. Nós somos um elo fundamental no segmento. E cada um dos três elos da cadeia – indústria, distribuidor e varejo – tem funções insubstituíveis. Da harmonia entre eles depende o sucesso de todos. É o que está ocorrendo. Mas é preciso ressaltar que estamos vivendo um momento de achatamento extremo de margem. O mercado ficou muito competitivo e há uma lista de commodities (os princípios ativos mais clássicos e consagrados) que cresce a cada dia. Os preços caem e fica cada vez mais difícil fazer a distribuição de produtos tão baratos e quase sem margem – mas o volume aumenta.

E o mercado de varejo cresce também a cada dia... É o que estamos assistindo na rua. Grandes redes estão abrindo em todo canto, os pequenos têm que se modernizar, melhorando a loja e a gestão. A Abradilan está nesse cenário. A cada dia a farmácia nos aperta mais com

Mas é preciso ressaltar que estamos vivendo um momento de achatamento extremo de margem.

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Confira as novas embalagens de Glifage XR.

Contraindicações: doenças hepáticas. Interação medicamentosa: diuréticos de alça podem ocasionar falência renal levando ao acúmulo de metformina. Referências bibliográficas: GLIFAGE XR: 1) Bosi, E. Metformin--the gold standard in type 2 diabetes: what does the evidence tell us? Diabetes Obes Metab. 2009 May;11 Suppl 2:3-8. Glifage® XR - cloridrato de metformina 500 mg, 750 mg e 1 g. Apresentações: 500mg - embalagens contendo 30 comprimidos de ação prolongada. 750mg e 1g: embalagens contendo 10 ou 30 comprimidos de ação prolongada. Uso Oral – Adulto. Indicações: Tratamento do diabetes mellitus tipo 2 em adultos, isoladamente ou complementando a ação de outros antidiabéticos, tratamento do diabetes mellitus tipo 1 em complementação a insulinoterapia em casos de diabetes instável ou insulino-resistente. Também indicado na Síndrome dos Ovários Policísticos (Síndrome de Stein-Leventhal). Contraindicações: Hipersensibilidade ao cloridrato de metformina ou a qualquer dos excipientes da formulação. Qualquer tipo de acidose metabólica. Pré-coma diabético. Distúrbios capazes de provocar hipóxia tecidual, tais como insuficiência cardíaca congestive instável, insuficiência respiratória, infarto recente de miocárdio ou choque. Insuficiência renal grave (depuração da creatinina inferior a 30 ml/min ou taxa de Filtração Glomerular estimada(TFGe) inferior a 30 ml/min/1.73m²). Condições agudas com potencial para alterar a função renal, tais como: desidratação, infecção grave ou choque. Insuficiência hepática, intoxicação alcoólica aguda, alcoolismo. Advertências e precauções: Acidose lática: Ocorrendo acidose láctica, o paciente deve ser imediatamente hospitalizado (ver “Superdose”). Médicos devem alertar os pacientes sobre os riscos e sintomas de acidose láctica. Função renal: recomenda-se que sejam determinados a depuração de creatinina e a TFG antes de se dar início ao tratamento e, posteriormente, de forma regular de 1 a 4 vezes ao ano. Cuidado especial em situações nas quais a função renal possa ser afetada, tais como uso em idosos, em presença de desidratação ou no início de tratamento com anti-hipertensivos, diuréticos ou anti-inflamatórios não-esteroidais. Função cardíaca: os pacientes com insuficiência cardíaca apresentam maior risco de hipóxia e insuficiência renal. Administração com contrastes iodados: Podem ser administrados intravenosamente em pacientes tratados com metformina com depuração de creatinina ou TFG => 45 ml/min/1.73m². Cirurgia: Interromper o uso de metformina 48 horas antes de cirurgias eletivas maiores, podendo ser reiniciado não antes de 48 horas após a cirurgia, e somente após a função renal ter sido reavaliada como normal. Gravidez e lactação: Categoria de risco B. Ao planejar uma gravidez e durante o período gestacional, o diabetes não deve ser tratado com metformina, devendo-se utilizar insulina para manter os níveis glicêmicos o mais próximo dos valores normais, de forma a reduzir o risco de malformações fetais associadas a níveis anormais da glicemia. A metformina é excretada no leite humano. A amamentação não é recomendada durante o tratamento com metformina. Efeito na habilidade de dirigir e operar máquinas: pacientes devem ser alertados para o risco de hipoglicemia quando a metformina é utilizada em combinação com outro agente antidiabético. Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco: uso com cautela em pacientes idosos. Em função da ausência de dados, Glifage® XR não tem seu uso recomendado em crianças. Este medicamento não é indicado para menores de 17 anos. Interações medicamentosas: Associações contraindicadas: Meios de contraste iodados: o uso da metformina deve ser descontinuado 48h antes do exame em pacientes com depuração de creatinina abaixo de 45 ml/min ou TFGe abaixo de 45 ml/min/1,73m2 recebendo administração intravenosa de meios de contraste iodados ou depuração de creatinina abaixo de 60 ml/min ou TFGe abaixo de 60 ml/min/1,73m2 quando a administração for intra-arterial (ver “Contraindicações”). Associações com cautela: Álcool: deve-se evitar o consumo de álcool e a utilização de medicamentos contendo álcool. Medicamentos com atividade hiperglicêmica intrínseca, como glicocorticoides, tetracosactida (vias sistêmica e local), agonistas beta-2, danazol, clorpromazina em altas doses de 100 mg ao dia, diuréticos: especialmente os de alça. Substratos/inibidores de OCT1 (verapamil) e Indutores do OCT1 (Rifampicina). Substratos/inibidores de OCT2 (cimetidina, dolutegravir, crizotinibe, olaparibe, daclatasvir, vandetanibe). Reações adversas: Muito comuns: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e inapetência. Estas reações ocorrem mais frequentemente durante o início do tratamento e regridem espontaneamente na maioria das vezes. Um aumento gradual da dose também pode melhorar a tolerabilidade gastrointestinal. Comuns: distúrbios do paladar. Posologia: Para Glifage® XR 500 mg, A dose terapêutica inicial é de 1 comprimido uma vez ao dia no jantar. Conforme a necessidade, a dose será aumentada, a cada duas semanas, de um comprimido, até chegar ao máximo de 4 comprimidos, equivalentes a 2.000 mg de metformina (sempre no jantar). Para Glifage® XR 750 mg, A dose terapêutica inicial é de 1 comprimido uma vez ao dia no jantar. Conforme a necessidade, a dose será aumentada, a cada duas semanas, de um comprimido, até chegar ao máximo de 3 comprimidos, equivalentes a 2.250 mg de metformina (sempre no jantar). Glifage® XR 1g é utilizado como um tratamento de manutenção para pacientes que já tratados com 1.000 mg ou 2.000 mg de metformina. A dose máxima não deve exceder a 2 comprimidos uma vez ao dia, durante o jantar. Em pacientes que já fazem uso de metformina, a dose inicial de Glifage® XR deve ser equivalente à dose diária total de Glifage®. Se o controle glicêmico não for alcançado com a dose máxima diária uma vez ao dia, a mesma dose pode ser considerada, mas dividida ao longo do dia. Pacientes diabéticos tipo 2 (não-dependentes de insulina): Glifage® XR pode ser usado isoladamente ou em combinação com outros agentes antidiabéticos, como as sulfonilureias. Pacientes diabéticos tipo 1 (dependentes de insulina): A metformina e a insulina podem ser utilizadas em associação, no sentido de se obter um melhor controle da glicemia. A dose inicial usual do Glifage® XR é de um comprimido de 500 mg ou 750 mg uma vez ao dia no café da manhã, enquanto que a dose de insulina deve ser ajustada com base nos valores da glicemia. Síndrome dos Ovários Policísticos (Síndrome de Stein-Leventhal): A posologia é de, usualmente, 1.000 a 1.500 mg por dia (2 ou 3 comprimidos de Glifage® XR 500 mg) em uma única tomada. Insuficiência renal: uso recomendável somente para os pacientes com depuração de creatinina ou TFG entre 30 e 59 ml/min. Iniciar com 500mg ou 750 mg de cloridrato de metformina uma vez ao dia, podendo chegar a dose máxima de 1.000 mg ao dia. Avaliação da função renal a cada 3-6 meses. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. M.S. 1.0089.0340. Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), pelo tel.: 0800-7277293 ou em nosso site na Internet: http://www.merck.com.br. 190417.

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ABCFARMA

relação a preços e custos. Mas é preciso lembrar que distribuição não forma preços. Estamos apenas no centro dessa cadeia, sem capacidade de interferir nos preços. Temos que andar conforme duas músicas diferentes.

As novas normas da rastreabilidade mudam alguma coisa para vocês? Custo operacional. A lei foi redefinida e esperamos que em três anos esteja tudo implantado. Mas há dúvidas. Que equipamento eu terei de incorporar, como será o processo de separação, embalagem e transporte? O impacto é nosso, porque à indústria cabe apenas imprimir o DataMatrix na embalagem. Em seguida, há as etapas de conferência, armazenamento e expedição em cima desse código.

Qual é o prazo médio de entrega de um medicamento? Se o pedido for captado até as 19 horas, a farmácia recebe no dia seguinte na parte da manhã – em qualquer farmácia de qualquer lugar do país, com exceção talvez do Amazonas, com distâncias maiores e transporte fluvial.

Você assumiu a presidência da Abradilan pela segunda vez com alguma bandeira específica? Na verdade, eu tenho a característica de ser mais presente em eventos e ter um relacionamento mais presencial com as outras entidades e com órgãos do governo.

Há pouco vocês organizaram aqui em São Paulo o II Fórum Abradilan de Desenvolvimento Empresarial, em parceria com a Fundação Dom Cabral e com a Telos. Que balanço você faz desse evento? O melhor possível. O evento foi focado 100% na capacitação dos gestores de nossos associados – gerentes logísticos, financeiros, administrativos. Somos um país complexo – com, por exemplo, 27 modelos tributários diferentes, um para cada estado. Isso, na prática, limita a atuação das distribuidoras ao âmbito estadual.

“Nosso Fórum foi focado 100% na capacitação dos gestores de nossos associados – gerentes logísticos, financeiros, administrativos. Somos um país complexo – com, por exemplo, 27 modelos tributários diferentes, um para cada estado.”

A força com que o varejo vem se estruturando – independentes, associadas e grandes redes – é inédita. Ao final de seu mandato, você espera ter feito o quê? Espero ter conseguido aprimorar a capacitação dos associados.

O que você antecipa para 2018, ano de eleições gerais? Espero continuar crescendo a dois dígitos. Essa é a perspectiva. A força com que o varejo vem se estruturando – independentes, associadas e grandes redes – é inédita. Antigamente, montavam-se farmácias onde não havia uma. Hoje, a preferência é pela parede ao lado de um concorrente. Como se explica isso? Como a disputa de preços ficou muito acirrada, hoje quem tem gestão de estoque melhor, e consegue avaliar melhor as necessidades do consumidor da região, acaba sendo mais poderoso. Hoje o sucesso é baseado num sistema de informação. Não se pode mais vender no olho. E um modelo enxuto e eficiente de gestão permite a uma farmácia independente ser mais agressivo em preços – mesmo estando ao lado de outra farmácia. É importante estar onde haja fluxo – o que dispensa a loja de ter ferramentas custosas para atrair pela primeira vez um público próprio. n

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Par av oc êc ui dar be mdas uas aúde ! T e s t edeGl i c os e Moni t or es eusní v ei sdegl i c os e def or mapr á t i c aer á pi da .

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SAÚDE TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Diabetes

Dia e hora de cuidar O Dia Mundial do Diabetes – 14 de novembro – tornouse oficial pela ONU a partir de 2007. A data foi escolhida por marcar o aniversário de Frederick Banting que, junto com Charles Best, desenvolveu a insulina sintética, em 1921 – elevando o tratamento e a sobrevida dos diabéticos a outro patamar. Todo ano, a campanha tem um tema. Este ano, o tema escolhido foi “Mulheres e o Diabetes”. Mas o tema do ano passado – “Diabetes, uma doença invisível” – parece ser a chave para a prevenção, a detecção precoce e o melhor tratamento dessa doença que afeta 9% da população mundial e é a sétima causa de mortes no mundo. Diabetes virou epidemia mundial – e precisa ser combatido globalmente.

Aumentar a conscientização para os sinais de alerta do diabetes e promover ações para incentivar o diagnóstico precoce e prevenir ou retardar as complicações do diabetes são, todos os anos, o mote do Dia Mundial do Diabetes. E reduzir os principais fatores de risco para o diabetes tipo 2 – que é fortemente

influenciável por hábitos inconvenientes de vida. Já o diabetes do tipo 1, dependente de insulina, tem decisivo componente genético – e raramente pode ser evitado. No Brasil, a Campanha do Dia Mundial do Diabetes é organizada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), liderada pelo Dr. Márcio Krakauer.

FATORES DE RISCO PARA DIABETES “Combater a obesidade ainda é o melhor método preventivo para o diabetes. Manter um controle nutricional adequado e praticar exercícios físicos regularmente são medidas capazes de reduzir em até 60% o risco de desenvolver a doença”, afirma a Dra. Laura Frontana, endocrinologista do HCor (Hospital do Coração). Essa orientação é válida para todas as pessoas, como forma de prevenção, ou para aqueles que já receberam o diagnóstico de diabetes. “Um plano nutricional individualizado, considerando características como idade, nível

de atividade física, peso, altura, o uso ou não de hipoglicemiantes e insulina é imprescindível para prevenir, tratar e até controlar a doença”, destaca a endocrinologista. Atividade física pode ser feita sem restrições. Caminhada, dança, hidroginástica, corrida, natação e ciclismo, em intensidade moderada, três vezes por semana, são algumas das atividades físicas indicadas para prevenir complicações da doença e o controle dos níveis de glicemia, além de ajudar a baixar a pressão arterial e reduzir o risco de desenvolver doenças cardíacas.

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Diabetes tipo 2: UM DESAFIO Enfermidade complexa, geralmente diagnosticada na maturidade, o diabetes do tipo 2 acomete 16% dos brasileiros na faixa dos 55 aos 64 anos, e quase 20% dos que passaram dos 66 anos. As fases iniciais são silenciosas. Na maioria das vezes, as complicações se instalam e progridem antes que o diagnóstico seja feito: retinopatia com perda de visão, insuficiência renal, obstrução de artérias periféricas, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, para citar as mais frequentes. O risco dessas complicações diminui com o controle rigoroso da glicemia. Para controlá-la, no entanto, é preciso antes fazer o diagnóstico. O quadro clínico é precedido por uma fase assintomática longa, denominada pré-diabetes, caracterizada por pequenas elevações da glicemia, resistência à ação da insulina e diminuição da quantidade de insulina produzida pelo pâncreas. Os especialistas calculam que para cada pessoa com diabetes já instalado, existam pelo menos três com pré-diabetes. Por essa estimativa, haveria 36 milhões de brasileiros nessa fase. Identificá-los é fundamental para recomendar-lhes que pratiquem atividade física, reduzam o consumo de carboidratos e gorduras e percam peso. Em 1997, o limiar do nível de glicemia em jejum foi reduzido para 126 mg/mL, medida tomada porque acima desse nível os vasos da retina já são afetados. O diagnóstico deve ser confirmado pela repetição do teste em outro dia. São considerados portadores de diabetes, também, aqueles com glicemia igual ou superior a 200 mg/dl em qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições. Nessa eventualidade, não há necessidade de

confirmação. Para identificar o grupo que corre mais risco de desenvolver a doença, níveis de glicemia em jejum entre 100 e 125 mg/dl são considerados indicativos de pré-diabetes. Estudos populacionais mostram que 5% a 10% das pessoas enquadradas nessa categoria se tornam diabéticos, a cada ano que passa. O risco de diabetes entre pré-diabéticos é cinco a dez vezes maior do que entre aqueles com glicemia de jejum normal.

Hemoglobina GLICADA Em 2009, foi instituído outro exame de sangue para auxiliar o diagnóstico: a hemoglobina glicada. Esse teste afere os níveis médios de glicose no sangue durante os dois ou três meses anteriores - tempo médio de vida dos glóbulos vermelhos). O exame tem a vantagem de dispensar o jejum e de não sofrer as flutuações da glicemia de um dia para outro. O diabetes é diagnosticado quando a hemoglobina glicada atinge 6,5%, porcentagem a partir da qual aumenta o risco de retinopatia e déficit visual progressivo. No pré-diabetes, os valores estão entre 5,7% e 6,4%. A realização simultânea dos dois exames, glicemia de jejum e hemoglobina glicada, aumenta a probabilidade de chegar ao diagnóstico. Glicemia entre 100 e 125 mg/ml ou hemoglobina glicada entre 5,7% e 6,4% exige mudanças drásticas no estilo de vida e na alimentação. Em alguns casos, há necessidade de medicamentos.

MEDICAÇÃO PARA A

DIABETES TIPO 2 Boa parte dos diabéticos consegue manter a glicemia controlada adotando simplesmente um estilo de vida mais saudável. No entanto, pode vir a ser necessária a ajuda adicional de medicamentos de controle, com diferentes meios de ação.

3 Biguanidas: como o cloridrato de metformina, o princípio ativo hoje mais prescrito dessa família terapêutica, essencialmente reduzem a quantidade de glicose produzida pelo fígado. 3 Inibidores de DPP-4 e GLP 1: induzem a diminuição da glicemia, aumentando a quantidade de insulina produzida no pâncreas e diminuindo a quantidade de açúcar produzido no fígado

3 Inibidores da alfa glucosidase: após as refeições, abrandam a decomposição e a absorção dos hidratos de carbono 3 Sulfonilureias e meglitinidas: estimulam diretamente o pâncreas a libertar insulina

3 Glitazonas (também designadas por TZDs ou tiazolidinedionas): essencialmente, ajudam o organismo a utilizar a insulina e a transportar a glicose para o interior das células

3 Insulina: uma parte dos diabéticos do tipo 2 vai precisar de insulina injetável em alguma fase de sua vida, quando a dieta e os remédios antidiabéticos não conseguem controlar os níveis de açúcar. n

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SAÚDE TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Em busca da luz Cada vez mais frequente no mundo de hoje, a depressão – apesar de afetar um número cada vez maior de pessoas – ainda é uma doença pouco compreendida. Isso, naturalmente, prejudica seu reconhecimento, o diagnóstico e, é claro, o correto tratamento desse distúrbio. Segundo cálculos da Organização Mundial de Saúde, 120 milhões de pessoas são acometidas por sintomas de depressão – e muitas perdem completamente o contato com a vida cotidiana, incapazes de sair de casa e de seu “universo” sombrio e tenebroso.

No Brasil, não há números confiáveis, mas estima-se em 15% a parcela da população que terá pelo menos um episódio ao longo da vida. Calcula-se que há duas mulheres para cada homem afetado. A maior propensão das mulheres em desenvolver a doença deve-se, acreditam os especialistas, à oscilação dos ciclos de estrogênio, o que reduz a comunicação entre os neurônios, peças-chave na química da depressão. Essas oscilações ocorrem, principalmente, na menarca (primeira menstruação), gravidez, pós-parto e pré-menopausa. Mas nem a tempestade ou a seca hormonal femininas, nem qualquer outro fator masculino, explicam, sozinhos, o início de um surto depressivo. A doença é multifatorial – e entre os fatores que contribuem para sua eclosão estão a genética e até o estilo de vida, daí a importância de se mesclar psicoterapia de qualidade aos antidepressivos adequados para cada paciente. Os médicos não falam em cura, mas em controle da depressão, ou seja, o controle quase absoluto dos sintomas de tristeza profunda e vazio existencial irreparável.

Entre os medicamentos, os de 1ª geração, conhecidos como tricíclicos, têm eficácia – mas efeitos colaterais tão significativos que reduziam a adesão dos pacientes ao tratamento. Já os de 2º geração, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina, têm menos eventos adversos, mas são menos eficazes. Os antidepressivos modernos aliam as duas melhores características das gerações anteriores – eficiência e efeitos adversos pouco significativos. Eles são conhecidos como duais, pois agem como inibidores de receptação de dois neurotransmissores (serotonina e noradrenalina), diretamente relacionados ao mecanismo da depressão. Mas o tratamento sempre vale a pena – sobretudo quando for o certo. Quem vive sob o domínio da depressão sofre o pior que um ser humano pode sentir. Enquanto um paciente com diabetes falta em média seis dias por ano ao trabalho devido à doença, uma pessoa com depressão perde em média 35 dias de trabalho por ano. n

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SOLIDARIEDADE TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

DOAÇÃO de sangue

Um ato de amor O Dia do Doador Voluntário de Sangue é comemorado no Brasil em 25 de novembro. A data, além de homenagear as pessoas que reservam um tempinho do seu dia para doar sangue, também serve para informar e conscientizar a população sobre a importância de ser um doador de sangue. Doar sangue é um ato de solidariedade humana, que ajuda a salvar milhares de vidas todos os dias. Atualmente no Brasil, são doadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano, segundo dados do Pró-Sangue. Mas ainda é pouco. No Brasil, 1,8% da população doa sangue, número que está dentro dos parâmetros internacionais - pelo menos 1%. A taxa, entretanto, está longe da meta da Organização Mundial da Saúde, de 3% da população.

No Dia Nacional do Doador de Sangue, os Bancos de Sangue de todo o país realizam atividades lúdicas e mutirões de coleta em escolas, hospitais, shoppings, praças e demais espaços de acesso público. A data foi estabelecida através do Decreto de Lei nº 53.988, de 30 de junho de 1964, assinado pelo presidente Castello Branco, definindo o dia 25 de novembro – data do aniversário da fundação da Associação Brasileira de Doadores Voluntários de Sangue – como a data oficial do doador de sangue no Brasil. “É importante saber que o sangue não tem substituto, por isso é de suma importância manter os estoques abastecidos. Queremos reconhecer os doadores e angariar novos voluntários para que possamos transformá-los em doadores regulares”, diz o ministro da Saúde, Ricardo Barros. “A meta é 3% e vamos fazer um esforço para chegar lá”.

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QUEM PODE DOAR SANGUE Para doar sangue é necessário seguir algumas regras, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS): 3 Ter entre 16 e 68 anos 3 Ter acima de 50 quilos 3 Não ter sido portador de Hepatite B, Hepatite C, Doença de Chagas, Sífilis, HIV (Aids), HTLV

3 Estar bem alimentado e descansado 3 Se estiver gripado, esperar no mínimo sete dias para poder doar sangue

3 As grávidas devem esperar entre 90 e 180 dias após o parto para doar

3 Após uma doação de sangue, as mulheres devem esperar 90 dias para voltar a doar; os homens, 60 dias. É IMPORTANTE SABER Uma doação de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. No Brasil, ao ano, cerca de 3,5 milhões de pessoas passam

por transfusões de sangue. No total, existem no país 27 hemocentros e 500 serviços de coleta. O sangue ajuda pacientes que sofrem de doenças crônicas graves, como a doença falciforme e a talassemia, além de servir de apoio para procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. O sangue também é vital para tratar feridos em emergências.

3 O perfil dos doadores de sangue se mantém estável no país ao longo dos últimos anos. Do total de doadores, 60% são do sexo masculino e 40% do sexo feminino.

3 A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. n

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SAÚDE TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

27/11: Dia Nacional de Combate ao

Câncer

O inimigo público número 1 No próximo 27 de novembro celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Câncer — data instituída pelo Ministério da Saúde em 1988 como marco das campanhas de prevenção e detecção precoce de algumas formas da doença – que afetará mais de 600 mil brasileiros este ano. Aqui, o Dr. Antonio Carlos Buzaid, membro do Comitê de Direção do Centro de Oncologia do Hospital Albert Einstein e diretor geral do Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes da Beneficência Portuguesa de São Paulo, destaca, com exclusividade para a Revista ABCFARMA, o que é preciso saber sobre o câncer para combatê-lo com mais eficiência.

Nessa data nacional, quais serão as principais mensagens a serem transmitidas aos brasileiros em relação à doença? Os fatores mais importantes no aparecimento dos cânceres são os ambientais, tais como alimentação e hábitos de vida e não os fatores genéticos. Fumo, má alimentação e obesidade são os fatores ambientais mais importantes.

Câncer de mama e câncer de próstata têm seus meses “próprios” (Outubro Rosa e Novembro Azul). Estes são estes os tumores malignos que mais se beneficiam das políticas de detecção precoce? Não. A colonoscopia é o exame mais útil na detecção precoce – pois identifica um pré-câncer de cólon (intestino grosso), os pólipos adenomatosos. O rastreamento de câncer de mama e próstata detectam cânceres pequenos e mais curáveis.

Dr. Antonio Carlos Buzaid As formas mais mortais de câncer – como pulmão e pâncreas – são justamente as mais silenciosas. Há alguma explicação científica para isso? Sim. Quando aparecem, já estão muito avançados e têm biologia agressiva, isto é, alto potencial metastático. Os pulmões não têm nervos. Assim,

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ABCFARMA quando o câncer de pulmão cresce, não produz dor. O de pâncreas, quando produz dor, já está envolvendo estruturas anatômicas que ficam ao redor do pâncreas, tornando-o menos passível de ressecção cirúrgica.

Em que estágio se encontra o Brasil em termos de terapia oncológica? A medicina privada do Brasil provê excelente cuidado médico oncológico aos pacientes, comparável aos países desenvolvidos. O SUS ainda deixa muito a desejar e hoje é fonte de profunda vergonha para nós, brasileiros.

É ponto pacífico que, apesar dos avanços recentes, a incidência do câncer está aumentando – e, junto com ela, a mortalidade por câncer. A que atribuir esse fenômeno? Mudanças, para pior, no estilo de vida? Ainda não está muito claro, mas provavelmente sim. Por exemplo, um estudo recente mostrou forte correlação entre ingestão excessiva de carboidratos, carne vermelha e refrigerantes, o que chamamos de dieta inflamatória, e o aparecimento de câncer de mama em mulheres jovens. Na minha opinião, carboidrato é um veneno gostoso.

10, 12 anos depois do primeiro diagnóstico. O que mudou? Nada. A história natural dos cânceres varia dependendo do tipo. Por exemplo, um paciente que está livre de um câncer de pâncreas após cinco anos, está curado com uma chance maior de 99% e pode ter alta oncológica. Em contraste, para uma paciente com câncer de mama que tem receptores hormonais positivos nas células cancerosas, a chance de recorrência após cinco anos supera 50%. Essas pacientes devem, portanto, ser seguidas por pelo menos 15 anos.

O câncer ainda é mais Esse abismo entre os inteligente que o grandes centros privados homem? de oncologia – como a BP – e os serviços públicos de Até recentemente, o As células cancerosas não são mais marco de cinco anos sem saúde tende a aumentar? inteligentes do que as outras. Elas sintomas da doença era simplesmente usam tudo que as Enquanto saúde não for de fato prioconsiderado como cura outras têm de melhor para escapar ridade para os nossos governos, infedo câncer. Hoje todos nós do sistema de defesa, proliferar sem lizmente sim. conhecemos casos de controle, se espalhar e destruir o De todos os avanços cânceres que retornam, hospedeiro. O câncer é um fantásterapêuticos recentes, com mais malignidade, tico bandido. você diria que a imunoterapia é a mais É possível fazer um pequeno calendário promissora? As duas áreas em que houve mais avanços na oncologia nos últimos cinco anos são a imunoterapia e a terapia-alvo. A imunoterapia tem se mostrado muito eficiente contra melanoma, câncer de pulmão, rim, cabeça e pescoço, câncer de bexiga, doença de Hodgkin e cânceres com uma alteração especial no DNA, chamada de instabilidade de microssatélite. A meu ver, a imunoterapia é a modalidade de tratamento que tem o maior potencial curativo nos casos de doença avançada. A terapia-alvo é muito útil em vários cânceres, mas tem se mostrado particularmente importante no câncer de pulmão, principalmente em pacientes que nunca fumaram.

básico dos exames de detecção precoce para homens e mulheres em cada faixa de idade? Sim, para pessoas com risco padrão (sem defeito genético herdado).

HOMENS

Aos 50 anos – colonoscopia a cada 5 a 10 anos e rastreamento anual para câncer de próstata.

MULHERES Sexualmente ativas, com idade acima de 25 anos – rastreamento anual para câncer de colo do útero. Aos 40 anos – mamografia anual (considerar ultrassonografia das mamas para mulheres com mamas densas). Aos 50 anos – colonoscopia a cada 5 a 10 anos n 24 Revista ABCFARMA • Novembro / 17

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SAÚDE DO HOMEM TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Novembro Azul

As armadilhas da próstata Se Outubro é o mês Rosa da mama, Novembro é Azul – e da próstata. Se o câncer de mama é a forma da doença que mais afeta a mulher, o de próstata é o campeão de incidência entre os homens: um em cada seis homens é alvo da doença. Glândula do aparelho reprodutor masculino com a função principal de produzir o esperma, a próstata perde sua função à medida que o homem se aproxima da terceira idade – e já não tem planos de reprodução. Mas é justamente nesse período que ela começa a dar problemas. Além de crescer indiscriminadamente, produzindo desagradáveis sintomas urinários na chamada Hiperplasia Benigna, aumenta exponencialmente seu risco de malignização. Em seu início, o câncer de próstata não dá nenhum sintoma – por isso é de suma importância a realização de exames periódicos de toque e de sangue, como alertam as campanhas do Novembro Azul. Aqui, o Dr. Sandro Faria, urologista do Núcleo de Cirurgia Robótica do Hospital Albert Albert Einstein/SP, fala sobre essas duas faces da próstata.

Dr. Sandro Faria

A “OBESIDADE” DA PRÓSTATA Setenta por cento dos homens com mais de 50 anos, cerca de 14 milhões de brasileiros, têm a próstata aumentada – e os problemas decorrentes dessa hipertrofia.

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A importância de apoiar a causa.

INCIDÊNCIA

IDADE:

Homens acima dos 50 - ou 45 se fizerem parte do grupo de risco - devem ir ao urologista anualmente;

HISTÓRICO FAMILIAR:

se algum homem da família já teve câncer de próstata, a chance de desenvolver a doença é ainda maior;

SINTOMAS

COR DA PELE: Homens negros têm mais casos deste tipo de câncer;

OBESIDADE:

Homens com sobrepeso ou obesos, além daqueles que fazem abuso de álcool e tabaco, tem mais chance de contrair a doença

1.

VONTADE FREQUENTE DE URINAR

2.

IMPOTÊNCIA SEXUAL

3.

URINA COM SANGUE

4.

DOR NA REGIÃO LOMBAR

5.

DORMÊNCIA NAS PERNAS E NOS PÉS

6.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA OU FECAL

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FINASTERIDA 5MG: Apresentações: Comprimidos de 5mg revestidos com 30 compr. revestidos. Indicações: hiperplasia prostática benigna (HPB). Contraindicação: não é indicado para mulheres e crianças. Nos seguintes casos: hipersensibilidade a qualquer componente do produto. Não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. Reações Adversas: A finasterida é bem tolerada. No estudo PLESS, a segurança e a eficácia de finasterida foram avaliadas em 1.524 pacientes tratados com 5 mg/dia e em 1.516 pacientes que receberam placebo durante 4 anos. O tratamento foi descontinuado por 4,9% dos pacientes (n= 74) em razão de efeitos adversos associados a finasterida em comparação com 3,3% (n= 50) que receberam placebo. Registro: 1.6773.0440.002-7; Detentor: Legrand Pharma. Venda sob prescrição médica. Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser procurado”. Finasterida é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. Procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula. DOXAZOSINA: Apresentação: Comprimido de 2 mg em embalagem com 30. Indicação: Hiperplasia prostática benigna, assim como para o tratamento da redução do fluxo urinário associada à HPB. Contraindicação: Mesilato de doxazosina está contraindicado em: - hipersensibilidade ao princípio ativo, outros tipos de quinazolinas (por exemplo, prazosina, terazosina) ou a qualquer um dos excipientes. Reações Adversas: tipo postural (raramente associadas à síncope) ou não específicas. Hiperplasia benigna da próstata (HBP) A experiência obtida com ensaios clínicos controlados sobre a HBP indica um perfil de efeitos adversos semelhantes ao observado no tratamento da hipertensão. Posologia e Modo de usar: Os comprimidos de mesilato de doxazosina podem ser ingeridos com ou sem alimentos é de 1 mg administrado em dose única diária, por via oral. Registro: 1.6773.0426.004-7 ; Detentor: Legrand Pharma. Venda sob prescrição médica. Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser procurado”. Doxazosina é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. Procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula. SILDENAFILA: Apresentação: 50mg em embalagens com 1, 2, 4, 8 compr. Revestidos e de 100mg em embalagens contendo 4 compr revestidos. Indicação: tratamento da disfunção erétil. Contraindicações: hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a qualquer componente da fórmula. Posologia e Modo de usar: a dose recomendada é de 50mg em dose única, e de 100mg é de 1 vez ao dia. Reações Adversas: Os eventos adversos foram, em geral, transitórios e de natureza leve a moderada. Em estudos de dose fixa, a incidência de alguns eventos adversos aumentou com a dose. Registro: 1.6773.0451.012-4 ; 1.6773.0451.006-1; 1.6773.0451.007-8 ; 1.6773.0451.008-6; 1.6773.0451.005-1 ; Detentor: Legrand Pharma. Venda sob prescrição médica. Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser procurado”. Sildenafila é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. Procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula. TADALAFILA: Apresentações: Comprimido revestido de 5 mg com 30 compr revestidos e 20mg com 1, 2, 4 e 8 compr. revestidos. Indicações: tratamento da disfunção erétil (DE) e dos sinais e sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB) em homens adultos incluindo aqueles com disfunção erétil. Contraindicações: Em estudos clínicos, a tadalafila mostrou aumentar os efeitos hipotensivos dos nitratos. Supõe-se que isto seja resultado dos efeitos combinados dos nitratos e tadalafila na via óxido nítrico/GMPc. Reações Adversas: Cardiovascular e cerebrovascular: eventos cardiovasculares graves, incluindo infarto do miocárdio, morte súbita cardíaca, acidente vascular cerebral, dor torácica, palpitações e taquicardia foram relatados pós-comercialização em associação temporal com o uso de tadalafila. A maioria dos pacientes que relataram estes eventos tinha fatores de risco cardiovascular preexistentes. Posologia e Modo de usar: a dose recomendada é de 5mg e 20mg, administrada uma vez ao dia. Registro: 1.6773.0408.004-9; 1.6773.0408.007-3; 1.6773.0408.008-1; 1.6773.0408.009-1; 1.6773.0408.010-3 ; Detentor: Legrand Pharma. Venda sob prescrição médica. Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser procurado”. Tadalafila é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. Procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula. “Medicamento genérico Lei nº 9.787 de 1999.” Material informativo estritamente comercial, destinado aos profissionais da saúde.

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genéricos

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ABCFARMA

Não é apenas a barriga que costuma ganhar mais medidas com o decorrer do tempo. A partir dos 50 anos, uma condição torna-se bastante comum entre os homens: o crescimento da próstata. Esta pequena glândula, de apenas 15 gramas e responsável pela produção do líquido espermático, chega a pesar até 120 gramas com o passar do tempo. É uma condição chamada de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), a doença mais comum na próstata. De acordo com estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com mais de 10 mil homens em 11 estados brasileiros, 65% deles têm indícios de próstata aumentada. No mundo, o número chega a 72%. “A hiperplasia prostática é um inchaço da glândula que obstrui parcial ou totalmente a uretra. A doença começa silenciosa, sem alardes, aumentando aos poucos a frequência de urinar. Com o tempo, pode causar dor e a sensação de que a bexiga nunca se esvazia, o que prejudica toda a vida do homem, que precisa ir ao banheiro várias vezes durante o dia e à noite. Ele não consegue participar de uma reunião, dormir a noite toda, ir à uma sessão de cinema ou viajar. Casos graves levam o homem à retenção ou incontinência urinária ou até a insuficiência renal”, explica o urologista Sandro Faria, que também atua no Hospital Vera Cruz e é um dos maiores pesquisadores sobre o tema.

Veja aqui dez dicas sobre a HPB, seu tratamento e prevenção:

1

A chance de apresentar hiperplasia benigna dobra a cada década do homem. É a doença mais comum da próstata.

2

A hiperplasia prostática prejudica a qualidade de vida do homem e muda sua rotina, afetando o desempenho no trabalho, no humor, no casamento, na vida sexual. O principal sintoma é o aumento da frequência para urinar.

3

Algumas condições favorecem o crescimento da próstata: fatores genéticos, diabetes, obesidade e tabagismo. Ter uma vida saudável, com alimentação equilibrada e sem cigarro, pode ajudar a reduzir as chances de apresentar o problema. É importante também procurar o urologista com frequência após os 40 anos.

4 5

O diagnóstico é feito pela história clínica e toque retal. O ultrassom e o estudo urodinâmico são necessários em alguns casos. O maior problema, segundo o especialista, é que a hiperplasia benigna ainda é negligenciada. “Há muitos casos de subdiagnóstico. Não temos dados estatísticos no Brasil, mas estima-se que, de seis milhões de homens que precisariam receber atenção ao problema, apenas 300 mil estão em tratamento”.

6 7

O crescimento da próstata não evolui para o câncer de próstata. São patologias concomitantes, como enfisema e câncer de pulmão. Não foi comprovado que uma taça de vinho por dia ou alimentos como tomate e castanha, ao contrário do que vinha sendo divulgado, ajudem a prevenir a doença na próstata.

8

Casos mais leves são tratados com medicamento e, de acordo com o Dr. Sandro Faria, 30% dos pacientes irão precisar de cirurgia para reduzir o tamanho da próstata. A cirurgia pode ser tradicional – de ressecção transuretral convencional para retirada de fragmento da próstata pela uretra – ou a laser, que vaporiza a próstata.

9

O tratamento mais avançado no Brasil atualmente é a cirurgia a laser, não invasiva, sem limite para o volume de próstata, o que aumenta o número de pessoas beneficiadas pela cirurgia. A tecnologia chamada de GreenLight reduz o tempo de internação e recuperação, e o paciente tem alta em até 24 horas.

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10

O tratamento com laser verde é um avanço para pacientes com doenças do coração, que precisam utilizar drogas anticoagulantes e antes não tinham alternativas de cirurgia. Como o sangramento é mínimo, não há necessidade de suspender o medicamento.

CÂNCER DE PRÓSTATA Uma luz no fim do túnel

O câncer de próstata é a neoplasia maligna mais frequente do homem, sendo responsável por mais de 30 % dos tumores malignos do sexo masculino. Estima-se que, no Brasil, um em cada seis homens irá ter diagnóstico do tumor prostático em algum momento da vida. Apesar de comum, ele é assintomático na sua fase inicial, por isso são importantes os check-ups de rotina. Os sintomas urinários (jato lento, frequência aumentada etc.) geralmente são decorrentes hiperplasia da próstata, como visto anteriormente. Até pouco tempo, se acreditava que substâncias naturais, como o licopeno (tomate), o selenium (castanha do Pará) e outras diminuíam o risco do câncer de próstata. Hoje, sabemos que possuem pouca ou nenhuma influência. Ao que parece, apenas a atividade física regular, o cuidado com a obesidade e a ingestão moderada de gorduras seriam fatores protetores. O conceito moderno sobre prevenção do câncer de próstata leva em conta a estratificação de risco para o câncer de próstata. Ou seja, homens com diferentes níveis ou fatores de

risco devem ir ao urologista para realizar sua prevenção com periodicidades diferentes. Se houver história familiar positiva (tio, pai, irmão ou avô com a doença), for obeso e o PSA (exame de sangue especifico da próstata) inicial for maior que 0,7 ng/ ml, significa alto risco. Isso sugere a necessidade de uma avaliação semestral e o início dela até os 45 anos de idade. Caso não exista nenhum desses fatores, estamos diante de um homem com baixo risco. Nessa situação, a avaliação pode ser feita a cada dois ou três anos e ser iniciada apenas aos 50 anos. Quanto ao tratamento, a cada dia há tentativa de desenvolvimento de novas técnicas minimamente invasivas, com o objetivo de curar e preservar a qualidade de vida. Atualmente, o método cirúrgico que melhor congrega esses resultados é a Cirurgia Robótica. Já consolidada nos EUA e na Europa, está em fase de franco desenvolvimento no Brasil.

Robô:

o super herói da próstata Após o tratamento do câncer de próstata, é muito comum surgir a dúvida entre os homens: terei uma vida sexual normal? Agora, a chance é alta – graças aos robôs cirúrgicos, tecnologia cada vez mais eficiente – e já uma realidade em grandes centros, como o Hospital Albert Einstein. “A realização da cirurgia robótica em tratamento de câncer de próstata preserva a capacidade do orgasmo em 88% dos homens com menos de 60 anos. Além disso, proporciona um risco reduzido de impotência, trazendo preservação da qualidade de vida e resultados oncológicos superiores”, resume o Dr. Sandro, um dos urologistas brasileiros com maior experiência nessa técnica. n

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PREVENÇÃO

FARMÁCIA DOMÉSTICA

INFANTIL

O que ter em casa ou levar em viagens Quando se tem criança em casa, é imprescindível contar com determinados medicamentos sempre à mão – para qualquer emergência ou outras eventualidades. Há uma lista básica de produtos de higiene e medicamentos necessários em situações do dia-a-dia – que possam diminuir o desconforto das crianças e trazer-lhes alívio em caso de sintomas dolorosos. É o que informa aqui o Dr. Carlo Crivellaro, pediatra com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Recém-nascidos

Já é conveniente ter em casa, antes de ir para a maternidade, os seguintes itens:

1

P a c to e ed na s c i do s .

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f r a l da s de

re c é m -

2 3

C a i xa a l godã

4

A l godã dos

,pa

o.

Dr. Carlo Crivellaro

5

h a s t e s f l e xí ve i s de

6

o, ed olb a s uo uaq dr a r a hi gi e ne eg in t a l .

7

P a c ot i nhos de ga z e e s t é r e i s ( pa r a ih gi e ne ge in t a l e / ou l i m pe z a dos ol osh , onde ãn o s e ed ve us a r a l godã )o .

de

L e çn so um i da ed .

e de c i dos

de

qua

l-

R e c i pi e nt e s pa r a a c ondi na r a de qua d a m e nt e rp duto os . S a b o n e c a b e s e r u s a d o d a d e e te s lid a d e d a

e te n e ç a d o e m p ta d o q c ria n ç

u tro b e b e q u u a n a .

p a ra ê , q u e e n a q to à s e

c io e sse s c o d u a n s

rp o e v e n tiib i-

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8 9

Á l c ol a 70% ap r a ih gi e ne do c ot o u m ib l i c a l ( e m eg r a l , a s m a t e r ni da ed s j á f or ne c e m à s m ã e s).

1 0 1 1

G a rra fa m or an pa,

t é r m i c a c om r a ih ig e ne eg

á uag in t a l .

T e s our i nha s e m pont c or t a dor r e t ode unha

a uo s.

P e tn e e e s c ova m a c ia s .

de

c e r da s

1 2 1 3

s a dur

1 4

P om de

a s.

1 6

- S e m pr e l e va r um t e r m ôm e t r o. - D e pe nde ndo do de s t i no, nã o e s que c e r f i l t r os ol a r e r e pe l e nt e . - S e a c r i a nç a f a z us o c ont í nuo de a l gum m e di c a m e nt o, e s t e c e r t a m e nt e de ve e s t a r na m a l a de vi a ge m . - O s m e di c a m e nt os c i t a dos a nt e r i or m e nt e t a m bé m nã ode ve m s e r e s que c i dos . - Anti-inflamatórios: nã o s ã o us a do s r ot i ne i r a m e nt e e de ve r i a m s e r ut i l i z a dos a pe na s c om r e c e i t a m é d i c a . P or é m , pa r a vi a ge ns c om m a i or di f i c ul da de de a c e s s o à a s s i s t ê nc i a m é di c a , é bom t ê - l os à m ã o, de a c or doc om a r e c om e nda ç ã odpe di a t r a . - Antibióticos: pa r a vi a ge n s l onga s , va l e a pe na l e va r o pr odut o de us o c os t um e i r o. É m ui t o c om pl i c a do c om p r a r e s s e t i po de m e di c a m e nt o e m de t e r m i na da s r e gi õe s , pr i nc i pa l m e nt e noe xt e r i or .

nt e e

1 7

M e id c a m e nt o pa r a ag s e s , c onf ro m e ro i e nt a ç ã o od ep id a t r a .

S or o f i s i ol gió c o ap r a a j u da r na ih gi e ni z a ç ã o ad s an r i an s .

A fe b re n ã o é a c a u s a p rim á ria d a d o e n ç a . É u m a v is o d o o rg a n is m o d e q u e a lg o n ã o v a i b e m . D e v e -s e e s ta r s e m p re a te n to a p o s s ív e is s in a is e s in to m a s c o m o d o r d e g a rg a n ta , to s s e , m o le z a , e n tre o u tro s . N o p rim e iro e p is ó d io d a fe b re , o s m e d ic a m e n to s p o d e m s e r à b a s e d e p a ra c e ta m o l, ib u p ro fe n o o u d ip iro n a – o id e a l é d e s c o b rir a fo rm a m a is b e m a c e ita p e la c ria n ç a . O s m e d ic a m e n to s e m g o ta s s ã o m a is fá c e is d e m e m o riz a r a d o s e . H á m e d ic a m e n to s c o m s a b o re s e m fo rm a d e s o lu ç ã o e s u p o s itó rio s d e d ip iro n a , q u a n d o a s c ria n ç a s n ã o a c e ita m m e d ic a m e n to s p o r b o c a . O s re m é d io s p a ra fe b re ta m b é m s e rv e m p a ra a d o r. S e a fe b re p e rs is tir e h o u v e r o u tro s s in to m a s , é p re c is o c o n ta ta r o p e d ia tra .

B lo s a ed á gua que a s pi r a dor an s a l .

M e id c a m e nt o a nt i t é r m i c o, i ni c i a l m e tn e à ba s e de ap r a c e t a m ol .

a ad s à ba s e ed óxi od z i nc o ap r a pr e ev in r a s -

Febre

Para viagens

1 5

T e r m mô e t r o ap r a m e di r t e m pe r a t ru a c or orp a l e uo t r o pa r a m e di r a t e m ep r a t ur a ad á gua doba ho.n

1 8

C e s t a ap r a a c ndio t ods e s s e s i t e ns .

c i ona

r

Crianças maiores

M iu t os pa m e nt os pa c om s i nt om c ia lis ta s a bus o de pa i s nã oe

i s a dm ra a a s r e c om m e di s t ã oa

i ni s t r s c r i a nç m í ni m os e nda m c a m e nt c os t um

a m m a s, m . O s e vi os que a doa

e id e e ta

c a sm o s pe r o os us a r .

A

Em tempo a p a ra c o m p le s

u to m e d ic a ç ã o , c ria n ç a s , n ã o e x c e ç ã o d e c o u já c o n h e c id

- Antialérgicos: o s p a i s d e c r i a n ç a s p o r t a d o ra s d e rin ite , e c z e m a e a s m a já s a b e m q u a l o m e d ic a m e n to a s e r c o lo c a d o n a m a la . P a ra e v e n tu a l a le rg ia a lim e n ta r o u p ic a d a s d e in s e to s , d e v e m s e r le v a d o s a n tia lé rg ic o s m a is m o d e rn o s e q u e n ã o d ã o s o n o , c o m o a d e s lo ra ta d in a o u a fe x o fe n a d in a . E s s e s m e d ic a m e n to s s e rv e m ta m b é m p a ra a c o riz a d e u m re s fria d o m a is fo rte . - Asma: g e r a l m e n t e , a s c r i a n ç a s a s m á t i c a s já tê m a s u a fa rm á c ia e s p e c ia l p a ra c ris e s e m e d ic a m e n to s d e m a n u te n ç ã o . Q u a n d o e la s n ã o e s tiv e re m a c o m p a n h a d a s p e lo s p a is d u ra n te u m a v ia g e m , é p re c is o d e ix a r c o m o s re s p o n s á v e is a s m e d ic a ç õ e s e e x p lic a r o s h o rá rio s e a s d o s e s . - Diarreia: o m e l hor é f a z e r di e t a l e ve e a um e nt a r a of e r t a de l í qui d os e / ou s or o s or a i s . P ode m s e r us a dos pr obi ót i c os e m s a c hê s ouc á ps ul a s .

p rin c ip a lm e n te é re c o m e n d a d a , a s o s m a is s im o s.

Gases e cólicas P a ra e s s c a s o s , o s ã o m e d à b a s e d s im e tic o

e

e s id e a l ic a ç õ e s n a .n

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INDÚSTRIA

O avanço da Melcon Com 15 anos de atuação no mercado farmacêutico, a Melcon Indústria Farmacêutica se destaca no desenvolvimento, fabricação e terceirização de medicamentos similares de marca “EQ” (equivalentes) hormonais e não-hormonais e também genéricos hormonais.

A Melcon está localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), Goiás, e atualmente passa por expansão de sua área fabril, que possibilitará um aumento significativo em sua capacidade produtiva – passando de 600 milhões de unidades/ano para a produção de 1 bilhão de unidades/ano. A ampliação da fábrica visa suprir às necessidades do mercado farmacêutico, seja com produtos próprios ou através de parcerias com outras indústrias farmacêuticas. Fundada por empreendedores goianos e 100% nacional, a empresa admitiu a participação societária do Aché Laboratórios Farmacêuticos

S.A. em seu capital social. O resultado dessa parceria está permitindo o desenvolvimento de novos produtos em “pipeline”, ampliando sua linha de produtos hormonais, além de possibilitar o lançamento de medicamentos Melcon não-hormonais, expandindo assim seu market share em outras classes terapêuticas. “Nem mesmo a instabilidade econômica que o Brasil vem atravessando interferiu nas projeções da empresa, que no último ano obteve um crescimento de 67%. Ser referência em medicamentos hormonais humanos, é a principal meta da Melcon. Para tanto, investimentos significativos serão feitos no decorrer dos próximos anos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) de novas moléculas, na aquisição de máquinas e equipamentos de última geração e na qualificação de seus colaboradores”, destaca Jairo Melo, sócio-diretor da Melcon. Em seus 15 anos de existência, a Melcon estabeleceu parcerias com diversos empresas e profissionais do segmento farmacêutico. A ABRADILAN foi sua primeira grande parceria institucional, tornando-se Sócia-Colaboradora em janeiro de 2012.

Acreditando na força da ABRADILAN, instituição atuante e de relevante importância para as indústrias e distribuidores nacionais, a Melcon toma uma importante decisão para as estratégias da empresa e passa da condição de “empresa expositora” para “co-patrocinadora” do evento, crescendo ainda mais em visibilidade no segmento. Posteriormente firmou parceria como “sócia honorária” da Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias) e com a Farmarcas (Associação Multimarcas de Farmácias), duas importantes cadeias do varejo farmacêutico. “A Melcon também atua como empresa terceirizadora no desenvolvimento e produção de medicamentos sólidos hormonais. Nessa expertise, a Melcon busca a excelência no controle de qualidade em todas as suas etapas, tais como: insumos, produtos em processo e produtos acabados, estocagem e fracionamento de matérias-primas e materiais de embalagem, manipulação, compressão, revestimento, drageamento, emblistagem ou apenas algumas das etapas do processo de fabricação”, explica Melo. n

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ADMINISTRAÇÃO

D

Ex-gestoras da Drogaria Onofre e Drogaria São Paulo/DPSP compartilham três pilares para uma gestão eficaz no varejo

ra. Michelle Reis, farmacêutica, especialista em Compliance, Branding de Marca e Coach, ex-gestora do departamento regulatório e auditoria, Daniela Fantoni, Administradora e Coach, ex-executiva de relacionamento e gestão da assessoria de imprensa, ambas da Drogaria Onofre, e a Dra. Valeria Pires, farmacêutica, Auditora Líder de ISO9001:2015, ex-gestora de performance farmacêutica no varejo da Drogaria São Paulo-DPSP, se uniram para empreender em 2016 com o propósito e o real compromisso de oferecer mentorias e consultorias com direcionamento tático e operacional para o varejo de saúde – com gestão eficaz e integral do negócio, seja no âmbito de estratégia e operação, desenvolvimento humano e headhunter, ou branding de marca e serviços, relacionando diversos departamentos e desafios que precisam evoluir com controle mensurável e qualidade, para a saúde do negócio e de todos os colaboradores. E a experiência dessas gestoras nos traz, nesta matéria, três pilares essenciais para o crescimento e reconhecimento de seu varejo, seja qual for o tamanho; essas dicas são práticas, aplicáveis e sugeridas com a certeza dos êxitos conquistados pelas gestoras enquanto colaboradoras de grandes redes farmacêuticas – e como empreendedoras agora. Os três pilares são:

Parcerias multidisciplinares

A Diretora Executiva Michelle Reis, responsável pela Estratégia da Terceiriza Varejo, acredita que o “Nós é sempre maior do que Eu”, e sempre prioriza em suas palestras que resultados são alcançados junto com parceiros sólidos e multidisciplinares, pois hoje é preciso, mais que entender as necessidades do cliente, ser capaz de mapear ações suplementares ao que o cliente enxerga ser necessário. E, para ter a visão ampla e ser reconhecido como especialista, a Terceiriza Varejo conta com um time amplo de experts para oferecer a seus clientes um atendimento integrado e estratégico em seu negócio: A&P inventários, com inventários e gestão de estoque; Booz Brasil, com conhecimento de estratégia de mídia; Central Negócios, com

imobiliária e/ou expansão; Divcred, agência de cobrança e planejamento financeiro; Gold Pass, com cartões de benefícios ou ações de incentivo corporativos; Grupo ABS, com merchandising e casting para PDV; JB Seguros, com seguros empresariais, logísticos e benefícios às vidas de colaboradores; a Mud&Co atua como agência de publicidade; a Nettwork, com a inteligência de softwares e sistemas de gestão; a e Plural, com treinamento para ações de marketing promocional e digital. Michelle Reis, Daniela Fantoni Como afirma a sócia Diretora Administrati- e Valeria Pires va Financeira Daniela Fantoni: “Hoje o nosso foco e nossa consultoria estão direcionados a de Comunicação, papéis definidos – mas isso atender às demandas da estratégia do varejo depende do cumprimento das legislações vina área de saúde e têm como missão executar gentes, monitoramento de tudo isso e, mais com excelência os serviços contratados, pauta- importante, de reportar a alta direção todos dos sempre na customização, dedicação, ética os procedimentos executados na rotina do dia a dia. e melhoria contínua do ambiente do varejo”. Todos os pilares apresentados envolvem atiCoaching - Você sabia que o sucesso tude, engajar parcerias e constante busca depende única e exclusivamente da pessoa pelo conhecimento técnico e humano: não que você vê diante do espelho todos os dias? são itens necessariamente de altos invesNinguém mais! Sabia também que a falta de timentos ou upgrade em tecnologia, mas foco pode te deixar desmotivado, estressado, pontos que são possíveis de serem aplicados desconcentrado e mais longe de conquistar rotineiramente a qualquer porte de varejo e as suas metas profissionais e pessoais? A Terceiriza Varejo tem um time de Coaching envolve lapidar o comportamento de quem que atuam na área empresarial – cuidamos assume a gestão. É para hoje, e agora, dos gestores e desenvolvemos times de lide- execute! rança com métodos de Coaching e atuamos Hoje a consultoria tática e operacional das com treinamentos de experiências com fer- empreendedoras atua com atendimento integrado ao seu negócio na área de varejo ramentas de coaching. com os departamentos: assuntos regulaCompliance – Estamos acostumados tórios, auditorias, supervisão operacioa falar de Compliance e relacionar esse termo nal, merchandising, RH, monitoramento e como a antítese de corrupção, lavagem de segurança; reposicionamento ou criação da dinheiro, polícia, escândalos, entre outros. marca, headhunter, coaching, treinamentos Compliance é muito mais que isso, todos nós por experiência e ações institucionais, de inpodemos ter compliance, de nossa vida pes- centivo e promocionais / merchandising para soal até nosso trabalho, consequentemente o ponto de venda. A gestoras da Terceiriza nossa empresa. Programa de Compliance é Varejo, além de compartilharem suas experia integridade ética, Código de Conduta, Polí- ências e dicas para a performance no varejo ticas Internas, Conflitos de Interesse, Canais farmacêutico, também se comprometem em colaborar com a educação do mercado e se de Ouvidorias, Riscos Internos. Compliance está correlacionado a Governan- colocam à disposição para dúvidas através do ça Corporativa, Estratégias Fefinidas, Clareza e-mail: contato@terceirizavarejo.com.br. n 37 Revista ABCFARMA • Novembro / 17

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ANDRIODERMOL® (ácido undecilênico + associações) Indicado para o tratamento de infecções micóticas superficiais de pele e unha. MS–1.0497.1152. BISALAX (bisacodil) Indicado nos casos de prisão de ventre. MS 1.0497.1168. COLACT® (lactulose) Auxilia no funcionamento do intestino. MS-6.6325.0020.001-6/ MS-6.6325.0022.001-7 / MS-6.6325.0011.001-7. FOLDAN® (tiabendazol) é um parasiticida indicado para o tratamento de infecções na pele causadas pela Larva migrans (bicho geográfico). FRUTAXX (bicarbonato de sódio + ácido cítrico + carbonato de sódio) Antiácido indicado para alívio da azia, má digestão e outros transtornos estomacais como excesso de acidez do estômago e indigestão ácida. MS 1.0497.1402.001-8. HEBRIN® (iodo ressublimado + óleo de cade + ácido salicílico) Intertrigo micótico (eczema marginado de Hebra); tricomicoses e tinhas; epidermomicoses das mãos e dos pés (“pés de

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atleta”). MS -1.0497.1154. LEIBA® (Lactobacillus acidophilus liofilizado) MS 6.6325.0004.001-9 / 6.6325.0001.004-7 / 6.6325.0003.001-3. ÓLEO MINERAL (Laxante e terapia em uso tópico para pele ressecada e áspera) MEDICAMENTO DE ACORDO COM A RDC ANVISA Nº 199/2006. AFE Nº:1.00.497-7. SIMETICONA 125 mg. Indicado para o alívio dos sintomas ao excesso de gases no aparelho digestivo, que geram flatulência, desconforto abdominal, aumento de volume abdominal, dor ou cólicas no abdômen. Preparação do paciente a ser submetido à endoscopia digestiva e/ou colonoscopia. Medicamento de acordo com a RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.00.4977. TAPKIDS (repelente IR 3535 - 15%) Aut. Func. 2.052203-1. N. Processo ANVISA 25351.469098/2016-08. ULTRAFIX (creme fixador de dentaduras) MS 80424149001. VITA JR® (polivitamínico com minerais) Indicado como suplemento vitamínico para períodos de crescimento acelerado,

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recém-nascid desenvolvime (suplemento Anvisa 27/20 (micose na re ton e Microsp VODOL® PRE


25.0001.004-7 MEDICAMENa o alívio dos nto de volume colonoscopia. %) Aut. Func. 80424149001. nto acelerado,

recém-nascidos, lactentes e crianças em fase de crescimento, prevenção do raquitismo (doença em que há deficiência do desenvolvimento da criança), e como auxiliar do sistema imunológico. MS. 1.0497.1188. VITA SÊNIOR/VITASUPRAZ (suplementos de vitaminas e minerais) produtos dispensados da obrigatoriedade de registro no MS conforme RDC Anvisa 27/2010. VODOL® (nitrato de miconazol) é indicado no tratamento de Tinea pedis (pé de atleta), Tinea cruris (micose na região da virilha), Tinea corporis e onicomicoses (micose nas unhas) causadas pelo Trychophyton, Epidermophyton e Microsporum; candidíase cutânea (micose de pele), Tinea versicolor e cromotose. MS – 1.0497.1357 / 1.0497.1155. VODOL® PREVENT (cosmético) MS 252030005 / 252030010 / 205717-7 RESOLUÇÃO ANVISA 343/05.

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BISALAX CONTÉM BISACODIL. NÃO USE ESTE MEDICAMENTO EM CASO DE DOENÇAS INTESTINAIS GRAVES. VITA JR. CONTÉM ÁCIDO ASCÓRBICO. NÃO USE ESTE MEDICAMENTO EM CASO DE DOENÇA GRAVE NOS RINS. ANDRIODERMOL®, FOLDAN®, FRUTAXX, HEBRIN®, ÓLEO MINERAL, SIMETICONA E VODOL® SÃO MEDICAMENTOS. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. nov 2017. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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SAÚDE DA MULHER TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

ENDOMETRIOSE Explicando a endometriose: são fragmentos do endométrio – a parte interna do útero, responsável pela menstruação – impregnados fora do útero, ficando aderidos a tubas uterinas, ovários, bexiga, intestino e outros órgãos. Resultado: sintomas desagradáveis e infertilidade. Estudos recentes mostram que existe uma demora de quase sete anos para que o diagnóstico de mulheres com endometriose seja confirmado. Por esse motivo, muitas campanhas vêm sendo realizadas para orientá-las a procurarem seu ginecologista assim que apresentarem os primeiros sintomas típicos da doença, como dor pélvica. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais rápido e eficiente é o tratamento. Aqui, o Dr. Alexander Kopelman, professor afiliado do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina e responsável pelo Centro de Endometriose do Hospital Santa Catarina, tira as principais dúvidas

1. Quais são os sintomas mais comuns? • Cólicas menstruais • Dor durante as relações sexuais • Infertilidade Nem sempre os três sintomas surgem ao mesmo tempo. Há muitas mulheres que apresentam apenas um ou dois desses sintomas.

2. De que forma a endometriose provoca infertilidade ? As lesões pélvicas relacionadas à endometriose podem distorcer a anatomia das tubas a ponto de impedir o encontro de espermatozoides com os óvulos. Além disso, estudos mostraram que a qualidade dos óvulos piora muito quando há endometriose na pelve, levando à formação de embriões com menor capacidade de implantação.

3. O exame de imagem identificou endometriose, mas não há sintomas. Precisa operar ? Muitas mulheres apresentam endometriose sem praticamente nenhum sintoma. Nesses casos, a cirurgia pode ser evitada. Vale lembrar que, mesmo na ausência de sintomas, pode acontecer progressão da doença e, por isso, tratamento e controle contínuos são fundamentais.

4. Existe cura para a endometriose ? Quando essas lesões são eliminadas, a doença na prática não existe mais. Mas quem apresenta a endometriose uma vez continuará apresentando propensão para voltar a tê-la – já que ela é resultado de aspectos genéticos. Filhas ou irmãs de mulheres com endometriose apresen-

tam risco sete vezes maior que o da população em geral. Por isso, é importante que após término do tratamento seja feito um acompanhamento rigoroso com medicamentos adequados para alcançar a prevenção.

5. Diante do diagnóstico de endometriose qual minha chance de engravidar ? Segundo estudos, aproximadamente 50% das mulheres com diagnóstico de endometriose não apresentará problemas para engravidar. As mulheres que já estão enfrentando dificuldades para engravidar e possuem endometriose, provavelmente estão entre as que vão precisar de tratamento específico para conseguir alcançar a gravidez.

6. Alguns alimentos podem aumentam o risco de desenvolver endometriose ? A alimentação pode, sim, favorecer o surgimento e os sintomas da endometriose. As carnes vermelhas estão associadas a maior concentração de estradiol no sangue. Esse hormônio facilita a instalação e avanço da endometriose. Além disso, seu consumo contribui para a elevação dos níveis de ômega 6, que, em excesso, aumenta substâncias pró-inflamatórias, intensificando os sintomas da doença.

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GESTÃO

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TEXTO: GILBERTO BENTO JR. FOTOS: DIVULGAÇÃO

MUDANÇAS mais importantes da Reforma Trabalhista Por Gilberto Bento Jr*

Falta pouco para entrar em vigor a Reforma Trabalhista e o impacto será muito grande para as empresas e trabalhadores – incluindo, é claro, profissionais do mercado farmacêutico. Contudo, é importante que se receba com bons olhos a evolução das antigas leis trabalhistas, que, apesar das polêmicas, devem trazer influência positiva para o mercado de trabalho. O caminho para o ajuste de conhecimentos é a informação, sendo importante conhecer as novidades a fundo e como essas modificarão as rotinas para empresas e trabalhadores. O Dr. Gilberto Bento Jr., advogado e contabilista, selecionou os dez pontos mais relevantes da reforma.

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Vale o que for combinado entre empresa e trabalhador Esse caráter de acordo vai prevalecer, pois a lei explica que o que for combinado entre patrão e empregado tem força de lei, ou seja, é o que vale. Mas, como determina a lei nacional, os contratos (inclusive os de trabalho) podem tratar de tudo que não seja contra a lei, e, no caso dos contratos de trabalho, não podem

ser negociados os direitos essenciais, que são salário mínimo, férias, décimo-terceiro salário e FGTS. Acabou a obrigação de o empregado pagar imposto sindical Cada um de nós, trabalhadores, até agora éramos obrigados a “doar” o valor de um dia de nosso trabalho para os sindicatos, mas agora isso acabou! Isso significa que podemos, sim, contri-

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Gilberto Bento Jr buir para o sindicato, desde que entendamos que isso é bom para nós. Portanto, o sindicato agora tem que demonstrar o que está fazendo de bom e se merece contribuição. Pode parcelar férias em até três períodos A empresa, com concordância do empregado, pode conceder férias divididas em até três períodos, desde que um período tenha pelo menos 14 dias, e

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AMOXICILINA + CLAVULANATO Indicado para tratamento de infecções bacterianas. São elas: infecções das vias respiratórias superiores, inclusive de ouvido, nariz e garganta; infecções das vias respiratórias inferiores, como bronquite crônica e broncopneumonia; infecções urinárias, cistite; e infecções de pele, sobretudo por celulite, mordidas de animais e abscesso dentário. BULA¹

Disponível nas apresentações: 875mg + 125mg 40mg+ 57mg/5mL

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BULA¹ A amoxicilina tri-hidratada + clavulanato de potássio para administração oral, duas vezes ao dia, é um antibiótico indicado para tratamento de infecções bacterianas (causadas por bactérias) comuns, como: infecções das vias respiratórias superiores, inclusive ouvido, nariz e garganta (em particular sinusite, otite média e amigdalite); infecções das vias respiratórias inferiores, como bronquite crônica e broncopneumonia; infecções urinárias, em particular cistite; e infecções da pele e dos tecidos moles, em particular celulite, mordidas de animais e abscesso dentário grave com celulite disseminada. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? A amoxicilina tri-hidratada + clavulanato de potássio é um antibiótico que contém como princípios ativos a amoxicilina e o clavulanato de potássio. Aamoxicilina é um antibiótico de amplo espectro de ação, ou seja, age contra um número grande de bactérias. É, no entanto, sensível à degradação por enzimas conhecidas como betalactamases e, por isso, o espectro de ação da amoxicilina não inclui os microrganismos produtores dessas enzimas. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? A amoxicilina tri-hidratada + clavulanato de potássio não é indicada para pacientes com alergia a betalactâmicos, como penicilinas e cefalosporinas. A amoxicilina tri-hidratada + clavulanato de potássio não é indicada para pacientes que já tiveram icterícia. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO? Antes de iniciar o tratamento com amoxicilina tri-hidratada + clavulanato de potássio, seu médico deve fazer uma pesquisa cuidadosa para saber se você tem ou já teve reações alérgicas a penicilinas, cefalosporinas ou outras substâncias causadoras de alergia (alérgenos). Houve casos de reações alérgicas sérias e potencialmente fatais em pacientes em tratamento com penicilina. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR? As reações adversas estão listadas abaixo de acordo com a frequência. Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): diarreia. Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) -candidíase mucocutânea (infecção causada por fungo caracterizada pela presença de lesões esbranquiçadas em boca e mucosas); O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO? É pouco provável que ocorram problemas em caso de superdosagem de amoxicilina tri-hidratada + clavulanato de potássio. Se houver efeitos gastrintestinais evidentes, como enjoo, vômito e diarreia, procure seu médico para que os sintomas sejam tratados. A amoxicilina tri-hidratada + clavulanato de potássio pode ser removida da circulação por hemodiálise. É UM MEDICAMENTO, SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÉUTICO. LEIA A BULA.

“SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.”

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os outros dois tenham mais de cinco dias corridos. Por exemplo: pode ser 16 + 8 + 6 = 30. Ah, também fica proibido que o início das férias aconteça em até dois dias que antecedam feriados ou dias de descanso semanal, ou, seja, não se pode iniciar férias na quinta feira, por exemplo.

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Flexibilidade da jornada diária A jornada diária poderá ser ajustada e compensada desde que essa compensação aconteça no mesmo mês e se respeite o limite de dez horas diárias, já previsto na CLT. Esse item, no entanto, pode ser negociado entre patrão e empregado, com força de lei. E a jornada de 12 horas também pode ser negociada, mas é preciso respeitar as 36 horas ininterruptas de descanso.

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Intervalo intrajornada Agora é possível negociar intervalos menores que uma hora de almoço, permitindo que o trabalhador, ao fazer menor horário de almoço, entre mais tarde ou saia mais cedo. Lembre-se que esse item é negociado, ou seja, há necessidade de concordância entre empresa e trabalhador. Novas jornadas parciais e temporárias Agora a jornada parcial de trabalho pode ser de até 30 horas (antes era de 25 horas), mas sem possibilidade de horas extras. Ou é possível acordar 26 horas com a possibilidade de até seis horas extras. Nesses casos, permanecem todos os direitos trabalhistas, como férias, décimo-terceiro salário, FGTS e salário mínimo (neste caso, o salário mínimo deve ser proporcionalizado para a jornada parcial).

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Agora pode jornada intermitente

A jornada intermitente é aquele trabalho super flexível, que acontece em dias alternados da semana, ou só algumas horas por semana, com interrupções. E o trabalhador é convocado com pelo menos cinco dias de antecedência. É preciso observar que aeronautas não se enquadram neste tipo de jornada, são classe específica.

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Terceirização

É permitida a terceirização de funcionários da atividade fim da empresa, ou seja, antes só podia terceirizar quem não era atividade-fim. E, para segurança do trabalhador, existem mecanismos de segurança que proíbem que o funcionário seja dispensado e, logo em seguida (por um período de 18 meses), terceirizado por pessoa jurídica.

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Em relação a gestantes e lactantes Agora elas poderão trabalhar em atividades de grau médio ou mínimo de insalubridade – e a gestante deverá ser afastada quando apresentar atestado de saúde de um médico de sua confiança. Pela regra atual, gestantes e lactantes são proibidas de exercer qualquer atividade insalubre. Demissão em acordo agora é legal A demissão em comum acordo entre empresa e empregado agora passa a ser legal. Por esse mecanismo, a multa de 40% do FGTS é reduzida a 20% e o aviso prévio fica restrito a 15 dias. Além disso, o trabalhador tem acesso a 80% do dinheiro na conta do Fundo, mas perde o direito a receber o seguro-desemprego.

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(*) Gilberto Bento Jr é sócio da Bento Jr. Advogados, advogado, contabilista, empresário, com experiência sólida em gestão com estratégias empresariais.n

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GESTÃO TEXTO: AMÉRICO JOSÉ FOTOS: DIVULGAÇÃO

Lave a sua vidraça “Um casal recém-casado mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira manhã que passavam na nova casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou numa vizinha que pendurava lençóis no varal. Disse para o marido: - Que lençóis sujos ela pendurou no varal! Está precisando é de um sabão novo. Se fôssemos amigas, eu perguntaria se ela gostaria que eu a ensinasse a lavar roupas.

O marido escutou calado! Três dias depois, também durante o café da manhã, a vizinha estava de novo pendurando lençóis no varal. E novamente a mulher teceu o comentário anterior com o marido. E assim, a cada três dias, a mulher repetia esse discurso, ao ver a vizinha pendurando roupas no varal. Passado um mês, a mulher se surpreendeu ao ver

Américo José da Silva Filho Sócio Diretor da Cherto Atco Educação Corporativa americo.jose@cherto.com.br

lençóis muito brancos sendo estendidos. Empolgada, disse ao marido: – Veja, finalmente ela aprendeu a lavar roupa! Será que outra vizinha deu o sabão a ela? Porque eu não fiz nada... O marido respondeu calmamente: - Não. É que hoje eu levantei mais cedo e lavei a vidraça da nossa janela...” (Autor desconhecido)

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ABCFARMA Comparar-se com outras pessoas é natural. Procuramos critérios para julgar o certo e o errado, e precisamos buscar referências.

positivas, enxergamos no outro um parâmetro a ser seguido, levando-nos a uma autorreflexão.

Por outro lado, uma comparação desigual pode gerar falsas ilusões. É preciso estabelecer limites ao olhar para fora, para que não esqueçamos que, primeiro, No nosso dia a dia, muitas vezes precisamos olhar para dentro! ficamos olhando para o vizinho, ou Nos negócios também é assim. para aquele concorrente, na esquina Tudo depende da janela pela qual ao lado, mas esquecemos de olhar estamos olhando. Precisamos para dentro, para a nossa vidraça! lavar as nossas vidraças e abrir Na atual sociedade tecnológica, as comparações são ainda mais frequentes. As redes sociais são um terreno fértil para comparações.

Comparações têm o lado bom e o as nossas janelas antes de olhar ruim. Quando fazemos comparações para fora.

Faça um checklist da sua loja e verifique como você está em relação ao seu concorrente: Pessoas:

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Você realmente conhece seus clientes? Você valoriza os profissionais mais engajados? Você promove capacitação técnica e emocional para seus colaboradores? Você treina a equipe para não perder vendas no atendimento?

Produtos:

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Sua loja possui um bom mix de produtos? Sabe quanto vende cada categoria de produto? Você faz promoções constantemente?

Procura sempre analisar a exposição de produtos de acordo com as categorias? Preocupa-se com a rentabilidade por categoria de produto?

Procura aumentar a participação de não medicamentos no resultado?

Processos:

ferramentas 11Utiliza gerenciais?

E você, como anda a sua 12 vidraça? Tem aberto a 13 14 sua janela?

Tem por hábito analisar a curva ABC? Mantém sua loja atualizada quanto a mobiliário, pintura, etc?

Mantém com fidelidade as negociações com os fornecedores?

Boas vendas n

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Saúde tamanho família.

SALSEP ® JET (cloreto de sódio 0,9%), SALSEP ® JET KIDS (cloreto de sódio 0,9%), SALSEP ® (cloreto de sódio 0,9%), SALSEP ® 360 (cloreto de sódio 0,9%). Indicações: fluidificante e descongestionante nasal. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.0033-3. Serviço de Atendimento Libbs: 0800-0135044. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. SALSEP ® É UM MEDICAMENTO, SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MAXIDRATE ® (cloreto de sódio 6 mg/g). Indicações: hidratação da mucosa nasal ressecada e irritada. Reg. MS 1.0033.0126. Serviço de Atendimento Libbs: 0800-0135044. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MAXIDRATE ® É UM MEDICAMENTO, SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Referências bibliográficas: 1. MELLO JR, J. F. et al. Brazilian Academy of Rhinology position paper on topical intranasal therapy. Braz. J. Otorhinolaryngol., v. 79, n. 3, p. 391-400, 2013. 2. JEFFE, J. S. et al. Nasal saline irrigation in children: a study of compliance and tolerance. Int. J. Pediatr. Otorhinolaryngol., v. 76, n. 3, p. 409-13, 2012. 3. SLAPAK, I. et al. Efficacy of isotonic nasal wash (seawater) in the treatment and prevention of rhinitis in children. Arch. Otolaryngol. Head Neck Surg., v. 134, n. 1, p. 67-74, 2008. 4. KHIANEY, R.; OPPENHEIMER, J. Is nasal saline irrigation all it is cracked up to be? Ann. Allergy Asthma Immunol., v. 109, n. 1, p. 20-8, 2012. 5. MION, O.; MELLO JUNIOR, J. F. O uso das soluções salinas no nariz e seios paranasais. RBM-ORL, v. 2, n. 3, p. 77-83, 2007. 6. MIYAKE, M. A. M. Medicamentos intranasais: aspectos a considerar na prática clínica diária. RBM-ORL, v. 2, n. 3, p. 92-99, 2007.

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GESTÃO TEXTO: MAURO PACANOWSKI FOTOS: DIVULGAÇÃO

COMPARTILHANDO

IDEIAS A

Mauro Pacanowski,

Professor FGV, UFRJ e ESPM e consultor de empresas Para saber mais sobre o assunto mauro@pacanowski.com.br

A nova realidade das prateleiras impeliu a indústria farmacêutica a buscar auxílio no marketing de relacionamento para levar o medicamento certo ao públicoalvo perfeito

indústria joga pesado com o marketing farmacêutico para impulsionar as marcas da indústria, devido à competição com os medicamentos genéricos. Para isso, ela precisa buscar/reconhecer no varejo farmacêutico especialistas que conheçam a dinâmica de um medicamento para que possam influenciar no aumento do portfólio da indústria nas prateleiras – e, consequentemente, reduzir as rupturas e tornar determinado medicamento líder de mercado. Encontrar uma solução eficiente para compreender como ocorre essa interação entre indústria e varejo é muito importante – daí a necessidade de se conhecer o que urologistas, oncologistas, reumatologistas, dermatologistas, gastroenterologistas, pediatras e clínicos gerais, principais prescritores, estão receitando e o que os clientes, na ponta do varejo, estão percebendo quanto à eficácia do medicamento prescrito. É responsabilidade conjunta descobrir e comunicar esses estudos para que os players envolvidos, inclusive distribuidores e atacadistas, de forma rápida, possam se preparar adequadamente, permitindo que os avanços tecnológicos cheguem mais rápido ao ponto de venda e ajudem no

lançamento de outros medicamentos, obrigando a indústria a repensar sua estratégia de marketing e sua forma de atuação no varejo. Conquistar a fidelidade do cliente e da indústria se tornou uma tarefa muito mais complexa para o varejo. Diferenciais como qualidade de produto e atendimento são itens subvalorizados. Os clientes se utilizam de critérios mais abrangentes e subjetivos para escolher os medicamentos que vão consumir - isso sem falar das restrições sobre a propaganda e a promoção de medicamentos e a atuação do farmacêutico na abordagem prática e técnica. Saber coletar os dados e trabalhá-los é imprescindível para o sucesso do marketing de relacionamento. A empresa, que se propõe a fazer esse tipo de marketing, deve ter a consciência de que, além de benefícios, pode acarretar grandes prejuízos com a informação não prestada de forma profissional. Os clientes comprarão da empresa que oferecer mais vantagens, ou seja, que oferecer maior valor agregado aos seus produtos. O grande desafio para o varejo é manter um relacionamento cada vez mais próximo com o cliente, de forma que sua farmácia e seus

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“ Existem muitos tipos de marketing:

cybermarketing, ecomarketing, email marketing, endomarketing, geomarketing e muitos outros. No caso deste artigo, interessa apenas o marketing de relacionamento e suas variáveis, como o marketing one-to-one, o marketing de fidelização, o pós-venda e o marketing de retenção. ”

serviços sejam percebidos como “algo único” e os profissionais de marketing da indústria e o pessoal do varejo precisam trocar experiências e conhecimento sobre substâncias/indicações/ contra-indicações/interações medicamentosas e efeitos adversos dos vários medicamentos expostos a comercialização. Com isso, os profissionais precisam estar mais preparados para atuar, maximizando a aceitação e a venda dos medicamentos em parceria com a indústria. Existem muitos tipos de marketing: cybermarketing, ecomarketing, email marketing, endomarketing, geomarketing e muitos outros. No caso deste artigo, interessa apenas o marketing de relacionamento e suas variáveis, como o marketing one-to-one, o marketing de fidelização, o pós-venda e o marketing de retenção.

O marketing one-to-one é uma política que ajuda na estratégia de fidelização. Tem como objetivo administrar o relacionamento entre empresa/cliente, de forma a manter a confiança e a credibilidade entre ambos. O pós-venda busca alcançar um processo contínuo de relacionamento entre empresa e clientes, mesmo depois da compra realizada - isso deixa os clientes em situação de conforto, ao sentirem que a empresa os respeita e está à disposição para ajudá-los e apoiá-los, e não só quando fazem suas compras. A chave para a fidelidade a longo prazo é expandir valor para o cliente com base na sua definição individual de valor. Essa definição pode variar muito de um cliente (por exemplo, descontos no preço) para outro (por exemplo, atenção pessoal) e para outro ainda (por exemplo, acesso a informações)

O custo de um cliente novo é maior que a manutenção dos antigos, e essa já é uma boa razão para a empresa desenvolver uma estratégia de fidelização de clientes. Para isso, é fundamental a identificação de cada um. Nesse contexto, o desafio é identificar quais as parcerias que realmente fazem a diferença na conquista do cliente e, consequentemente, tragam melhores resultados operacionais e mais rentabilidade. Quanto mais preparado estiver o varejo para falar a linguagem do cliente, mais fácil será diferenciar as ações de marketing da indústria, oferecendo suporte ao balconista e farmacêutico, agregando valor à prática diária, enriquecendo a relação e gerando melhores resultados em termos de competitividade. n

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INSTITUCIONAL

João Henrique,

diretor da Bio Company

Bio Company

Lançamentos nas linhas CUBA e LOVE SECRET

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e para alguns investidores o cenário atual não inspira novos passos, para a Bio Company é o momento de investir. Em 2017, a empresa especializada na distribuição de perfumes e cosméticos continuou investindo em lançamentos nas linhas CUBA e LOVE SECRET. “Continuamos investindo muito em nossas linhas, CUBA é a marca que mais vende perfume em unidade nacionalmente, e temos a certeza de que as marcas SHEER e LOVE SECRET estarão entre as cinco mais vendidas nos próximos cinco anos”, diz o diretor da empresa, João Henrique. Para garantir o crescimento nas vendas, a empresa investiu na ampliação de suas linhas.

A l i n h a CUBA c o m 1 2 n o v a s fra g râ n c ia s , s e n d o s e is fe m in in a s e s e i s m a s c u l i n a s , a LOVE SECRET, c o m s a b o n e t e l í q u i d o , b o d y s p la s h e m u ita s o p ç õ e s d e k its , e s te s ú ltim o s to ta lm e n te a d e q u a d o s à d e m a n d a d o c a n a l fa rm a .

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m so que c om l oj a ,ous e t e re s ” ,di z a e s tá e fe rê n

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s e g m e n to d e h ig ie n e e b e le z a . A te n d e a g ra n d e s v a re jis ta s , c o m o W a lm a rt e C a rre fo u r. E a p e q u e n o s v a re jo s fo c a d o s e m d ro g a ria s , p e rfu m a ria s , lo ja s d e c o s m é tic o s , c o n v e n iê n c ia s e a rm a rin h o s . C a s o s e ja lo jis ta o u e s te ja in te re s s a d o n o s p r o d u t o s d a Bio Company, v o c ê p o d e e n tra r e m c o n ta to d ire ta m e n te c o m a e m p re s a , p e l o t e l e f o n e : (11) 4208-4893 / 0800 7737344 o u p e l o e - m a i l : vendas@biocompanyonline.com.br.

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pr a s ã of e i t a s e j a ,é m ui t o m ba l a ge ns boni ta s J oã oH e nr i que . n o m e rc a d o h á 1 5 c ia d e s u c e s s o n o

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GESTÃO TEXTO: MARIO GRIECO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Mario Grieco

é médico com pós-graduação em Medicina Interna pela Universidade da Flórida (EUA) e MBA em Administração de Empresas pela mesma instituição. Presidente e fundador da Life Diagnósticos, especializada em testes genéticos e farmacogenéticos, é um dos nomes mais destacados da indústria farmacêutica, setor no qual acumula mais de 30 anos de experiência, grande parte dela nos Estados Unidos. Presidiu importantes farmacêuticas, como a Bristol-Myers Squibb no Brasil. PARA SAEBER MAIS SOBRE O ASSUNTO

mariogrieco@lifediagnosticos.com.br

A atividade de vendas está intrinsecamente ligada ao relacionamento humano, ou seja, às pessoas, como elas se comportam e como se relacionam. Talvez, mais difícil do que conhecer bem outras pessoas seja conhecer a si mesmo. Um dos maiores obstáculos nos relacionamentos humanos é que, normalmente, procura-se entender os outros, quando, no fundo, primeiro devemos nos entender e saber como somos. Robert Woodruff, o homem que presidiu a Coca-Cola por décadas e a transformou em um império, disse: “O vendedor precisa conhecer e estudar a si próprio. Sua personalidade precisa ser autêntica. Não pode ser ardilosa ou superficial”. Mas é sempre recomendável procurar conhecer a personalidade do cliente. O objetivo é identificar seus interesses, suas necessidades e também conhecer muito bem seu jeito de agir e pensar. Saber mais sobre o cliente, seus hábitos, seus hobbies, seu estilo de vida, enfim, toda e qualquer informação que possa ser utilizada no processo de vendas é de importância fundamental para que a primeira impressão seja positiva. Além disso, será de extrema valia na escolha das ferramentas e dos métodos de negociação mais adequados para cada cliente. Todo cliente

é diferente, único, e é desta forma que tem que ser tratado. Identificar a personalidade do cliente é fundamental para saber lidar com ele. Não existe uma personalidade que seja exatamente semelhante à outra. De modo geral, existe um tipo de personalidade predominante, com o qual identificamos as pessoas, mas os outros tipos podem estar presentes em menor ou maior intensidade. Problemas de relacionamento ocorrem quando não sabemos identificar o tipo de personalidade do cliente; pior ainda quando não conhecemos o nosso próprio tipo de personalidade.

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Cliente Analítico

É uma pessoa séria, introspectiva, reservada. Tem a tendência de analisar tudo nos mínimos detalhes. A informação precisa estar fundamentada em dados. Prefere ir direto ao assunto e odeia “jogar conversa fora”. Não gosta de perder tempo, mas demora para tomar uma decisão, porque avalia todos os detalhes. Dificilmente toma decisões por impulso. Quer saber tudo e responde positivamente a uma apresentação mais técnica, embasada em artigos e pesquisas científicas. Tudo que lhe possa dar mais segurança, confiança e credibilidade facilitará a sua tomada de decisão. Tende a controlar as emoções e se restringe ao relacionamento profissional. As perguntas que caracterizam o cliente analítico são: Como?… Como pode este produto suprir as minhas necessidades? Como funciona?

Cliente Controlador

Seu foco é no negócio. São pouco amigáveis, muitas vezes frios e extremamente racionais. Utilizam predominantemente o lado esquerdo do cérebro, que é o lado racional. Dificilmente aceitarão um convite para almoçar ou jantar, pois não estão interessados em se relacionar e desenvolver amizade com o vendedor. Querem que você faça logo o seu trabalho. Tomam decisões

rapidamente com base nos fatos. Gostam de resumos escritos dos pontos-chave. Consideram perda de tempo as conversas fiadas e as pessoas que tentam criar relacionamentos pessoais. As perguntas que caracterizam o cliente controlador são: Quais?… Quais são as opiniões? Quais são as probabilidades? Quais são os resultados?

Cliente Expressivo

É um bom comunicador, gosta de falar, faz perguntas e solicita bastante. Toma decisões com cautela. Fala pausadamente, com ritmo. Antes de tomar a decisão, procura entender bem o processo. Dá ênfase a testemunhos e avaliações dos experts. Gosta de dominar a conversa e se impacienta com discussões longas e detalhadas. As perguntas que caracterizam o cliente expressivo são: Quem?… Quem é você? Quem você conhece? Quem usa seus produtos ou serviços?

Cliente Amigável

Fala sobre a família, amigos e dá informações pessoais. Gosta de receber informações verbalmente, face a face. Não gosta de discutir, quase sempre acata. Utiliza predominantemente o lado direito do cérebro, que é o lado emocional. Não gosta de ser pressionado a tomar decisões rápidas. Tende a mostrar

as emoções. Orientado para o relacionamento pessoal, adora lidar com gente. Gosta de jogar conversa fora e considera o relacionamento como algo importante. Na maioria das vezes, toma decisão com base no relacionamento com o vendedor. As perguntas que caracterizam o cliente amigável são: Por quê?… Por que seu produto é melhor? Por que deveria fazer agora? Por que devo trocar de produto? Uma vez conhecendo bem o tipo de personalidade do cliente, resta agora saber como lidar e cativar os diferentes tipos de personalidade. Acompanhe algumas dicas a seguir:

Lidando com o Cliente Analítico

O vendedor tem que ser lógico e detalhista em suas apresentações. Deve sempre fornecer informações, dados e comprovar tudo que estiver falando. Tem que ser preciso e tecnicamente correto. Deve conhecer bem o que estiver falando e evitar opiniões pessoais, gestos dramáticos ou emocionais. A visita de vendas tem que ser preparada com atenção e cuidado, pois é muito fácil perder a credibilidade com esse tipo de cliente. Vendedores que são percebidos como competentes e educados conquistam os analíticos com mais facilidade.

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ABCFARMA

Lidando com o Cliente Controlador

O vendedor tem que ser profissional e negociador. Os comentários precisam ser breves, diretos e rápidos. Deve-se ir logo ao ponto principal, resumindo informações da melhor forma possível. Mostrar os resultados de uma forma sucinta, mas sempre com respaldo científico. Deixar que o cliente sinta-se no comando da conversa.

Lidando com o Cliente Expressivo

O vendedor tem que socializar, usar conversa fiada e sempre iniciar com um quebra-gelo. Não entrar em detalhes. Prefira dar uma visão geral e do futuro. Utilize-se de apresentações dramáticas, emocionais e com bom humor, mas que não sejam longas ou detalhadas demais. Conte uma boa piada e dê tempo para o cliente expressar suas opiniões e sentimentos.

Lidando com o Cliente Amigável

O vendedor tem que iniciar com um quebra-gelo, falar sobre a família e amigos. A conversa tem que ser cândida, relaxada, sempre com detalhes e abordando assuntos pessoais. Nunca confronte ou pressione. Tente estabelecer confiança e, assim, o cliente será mais receptivo a sugestões e recomendações. Com essas avaliações, fica muito mais fácil adaptar-se aos problemas que podem advir das diferenças de personalidades entre o vendedor e o cliente. Imagine um vendedor amigável, alegre e extrovertido visitando um cliente analítico, reservado e introspectivo. A tentativa de um abraço será imediatamente rejeitada. O analítico não permite que invadam o seu espaço físico, mantendo sempre distância, muitas vezes de

mais de um metro. A pergunta do vendedor sobre a família fica sem resposta e, em contrapartida, o cliente quer tratar apenas do negócio. E, para tomar a decisão, vai logo pedindo dados de que, infelizmente, o vendedor não dispõe, pois acreditou que bastaria ser amigável para conseguir tirar o pedido. Para um vendedor com personalidade oposta à do cliente e desconhecedor da importância de se conhecer a personalidade da pessoa com quem estiver lidando, este relacionamento estará fadado ao insucesso. Muito importante sa l ient a r que não é o cliente que tem que se adaptar ao tipo de personalidade do vendedor, mas, sim, o contrário. Um bom vendedor sabe que é importante se adaptar ao tipo do

cliente e vai fazer o possível para espelhá-lo, ou seja, imitá-lo. Se o cliente não gosta de abraço, não vai abraçá-lo. Se ele não gosta de muita aproximação, vai manter distância. Enfim, vai tentar “imitar” o cliente, para evitar a rejeição e se identificar o máximo possível com ele. Se isso não for feito, a venda será um desastre, ou, pior, não ocorrerá. Lembro que, trabalhando no campo com um representante de vendas, notei que, toda vez que ele se aproximava muito de um cliente, este se afastava. Quando lhe chamei a atenção para isso, ele imediatamente concordou, explicando que desejava muito convencer o cliente, daí a razão de se aproximar tanto dele, invadindo o seu espaço. Apesar da boa intenção, o resultado vinha sendo negativo, pois, inconscientemente, criava uma rejeição na cabeça do cliente.

Volto a dizer: conhecer

o tipo de personalidade do cliente é fator-chave para o sucesso em vendas! n

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GESTÃO TEXTO: RUI DE SÁ TELLES FOTOS: DIVULGAÇÃO

2018

E SEUS DESAFIOS E MUDANÇAS! O fim de 2017 está chegando. E estamos às portas de 2018, um ano que promete ser de grandes mudanças e desafios. Ano de Copa do Mundo e de eleição para presidente. De um lado, a esperança estampada na cara dos brasileiros com a alegria da classificação antecipada de um time sem contestações. De outro, um evento cheio de expectativas, ou falta delas, já que há enorme desesperança no cenário político brasileiro. E o que nós, empresários do varejo farmacêutico, podemos fazer nesse cenário? A minha resposta é: mais do que poder, DEVEMOS fazer o nosso melhor e preparar nossas farmácias para 2018 com um PLANEJAMENTO bem feito, baseado nos fatos e resultados que obtivemos em 2017, e nas perspectivas, boas ou ruins, de 2018. E um PLANEJAMENTO bem feito precisa, NECESSARIAMENTE, contemplar e analisar profundamente, e com seriedade, o ambiente INTERNO da empresa e o ambiente EXTERNO à empresa. Uma ferramenta adequada para se fazer esse aprofundamento é a ANÁLISE

SWOT – sigla para Strenghts (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Através da ANÁLISE SWOT, você descobrirá os seus PONTOS FORTES (Strenghts) e os seus PONTOS FRACOS (Weaknesses). E esses dois pontos são do seu ambiente INTERNO. Exemplos: 1. Se sua empresa tem uma equipe muito bem treinada e preparada, é um PONTO FORTE; se não tem, é um PONTO FRACO. 2 Dinheiro em caixa para investimento, PONTO FORTE; falta de dinheiro, PONTO FRACO.

Rui de Sá Telles, consultor especialista em varejo farmacêutico

Mais informações sobre o tema: Whatsapp: 19 98237 3900 e-mail: ruitelles@focomax.combr

Já as OPORTUNIDADES e AMEAÇAS dizem respeito ao ambiente EXTERNO. Exemplos: na região onde sua empresa está localizada, há risco de grandes demissões nas empresas. Isso é uma AMEAÇA. Ou a reforma tributária aprovou a isenção de impostos de todos os medicamentos – é uma OPORTUNIDADE. Após uma análise bem feita, você, empresário, terá um norte para traçar as diretrizes estratégicas e um plano de ação. Ou seja, poderá determinar e escrever as ações que fará ao longo do ano que vem para que sua empresa continue saudável e crescendo.

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ABCFARMA

Exemplos de cruzamentos possíveis para direcionar as ações: FORÇAS X OPORTUNIDADES

AÇÕES AGRESSIVAS FORÇAS X AMEAÇAS

AÇÕES DE MANUTENÇÃO FRAQUEZAS X OPORTUNIDADES

AÇÕES DE AJUSTES FRAQUEZAS X AMEAÇAS

AÇÕES DE SOBREVIVÊNCIA Infelizmente, a maioria dos proprietários de farmácias no Brasil ainda faz uma gestão baseada em conceitos que foram válidos e suficientes no passado, mas que hoje já não dão conta de manter a saúde da empresa.

Esse é um cruzamento que representa uma empresa cujos PONTOS FORTES se destacam, EQUIPE CAPACITADA, PROCESSOS DEFINIDOS, DINHEIRO EM CAIXA, e pode por isso aproveitar OPORTUNIDADES, como abundância de novos pontos comerciais.

Esse é um cruzamento que representa uma empresa cujos PONTOS FORTES se destacam: EQUIPE CAPACITADA, PROCESSOS DEFINIDOS, DINHEIRO EM CAIXA. Porém, se as AMEAÇAS se destacam, é uma sinalização de cuidado.

Esse é um cruzamento que representa uma empresa cujos PONTOS FRACOS se destacam: EQUIPE DESPREPARADA, SEM PROCESSOS DEFINIDOS, FALTA DINHEIRO EM CAIXA. É um caso em que, antes de aproveitar OPORTUNIDADES, é necessário fazer AJUSTES INTERNOS.

Esse é um cruzamento que representa uma empresa cujos PONTOS FRACOS se destacam, e no cenário EXTERNO as AMEAÇAS predominam. É o pior cenário possível, em que são necessárias ações para se manter no mercado e pensar em crescimento no futuro.

Após um trabalho bem feito nessa fase, é importante definir as ações e metas, com datas, responsáveis e orçamento, para guiar corretamente os passos.

Sugestão de planilha de acompanhamento: O QUE QUEM Ampliar Mix Comprador Fulano Mudar fachada Sicrano

QUANDO VALOR Até 31.01.2018 R$ 5.000,00 Até 28.02.2018 R$ 15.000,00

Este é um exemplo de uma planilha simples em Excel, mas que contribuirá para que haja um acompanhamento, com as devidas cobranças de execução.

Ressalto que uma das grandes falhas na gestão é não contar com um sistema de consequências e de cobrança da realização do planejado, nos prazos e custos determinados no planejamento. Quero repetir o que tenho dito exaustivamente: um dos diferenciais mais importantes das grandes redes é a sua forma de fazer a gestão do negócio, com planejamento e execução do planejado. E, como sabemos, o crescimento das redes está muito acelerado. Portanto, as pequenas e médias redes e as farmácias independentes que não atualizarem sua forma de administrar podem não sobreviver. n

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GESTÃO TEXTO: JUAN CARLOS BECERRA LIGOS FOTOS: DIVULGAÇÃO

Dr. Juan Carlos Becerra Ligos Farmacêutico bioquímico na modalidade fármacomedicamentos, graduado pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Marketing do Varejo, Gestão e Estratégias pelo SENAC/SP, proprietário responsável técnico de farmácia há trinta anos, diretor executivo do Sincofarma-SP, membro do Conselho Superior de Estudos Jurídicos e Estratégicos da ABCFARMA e professor dos cursos “Técnicas de Aplicação de Injetáveis, “Como atender MUITO bem” e “Gestão Financeira em farmácias e drogarias” Para saber mais sobre este assunto: Cel. (11) 97578-1532 juan@sincofarma.org.br

O FUTURO da farmácia no Brasil O Brasil passa por profundas mudanças. Vivemos uma verdadeira revolução tecnológica que mudou radicalmente a maneira como as pessoas se comunicam. A globalização, o compartilhamento rápido de informações e conhecimento, mudanças demográficas e um déficit crescente no serviço público para atender às demandas relacionadas à saúde. Estamos reformando nossas leis, editando novas regulamentações que atendam a essa nova sociedade – e proporcionem segurança jurídica às empresas. Neste cenário de mudanças tão rápidas, o pior concorrente é aquele que ainda não apareceu: novas possibilidades e formatos de negócio estão surgindo e sinalizando uma nova tendência de farmácia. 61 Revista ABCFARMA • Novembro / 17

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ABCFARMA

“Hoje, o maior obstáculo para a adoção da receita eletrônica são os serviços de saúde pública.” As empresas, principalmente as independentes, precisam aproveitar este momento e repensar seu negócio, identificar o que podem oferecer de melhor e com mais lucratividade do que os seus concorrentes

Como será o varejo farmacêutico nos próximos anos no Brasil? Da farmácia do futuro, usando a frase de Peter Druker, sabemos duas coisas: - Não sabemos como será - Não será como antes. A tecnologia a médio prazo, deve mudar radicalmente o modelo de dispensação e venda de medicamentos, por conta da digitalização dos processos. Hoje, o maior obstáculo para a adoção da receita eletrônica são os serviços de saúde pública. As mudanças na lei, no que diz respeito à oferta de novos serviços de saúde, proporciona maior segurança jurídica e têm potencial para mudar o mercado de saúde como o conhecemos hoje. As vendas pela internet já são uma realidade para medicamentos que não exigem a retenção da receita, ou

seja, são também comercializados por outros canais que não o ponto físico, sem que se tenha contato com o farmacêutico. Uma das tendências é a prestação de serviços de saúde pelo canal farma, que tem alta capilaridade e conta em tempo integral com profissionais de saúde vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. As farmácias podem, como estabelecimentos de saúde, ajudar a desafogar os serviços públicos e ampliar o sistema de saúde privado do País. Mas devem aproveitar melhor o conhecimento do farmacêutico, como um agente de saúde, agregando valor, tornando esse profissional o principal personagem da empresa e não uma obrigação regulatória. A farmácia vai passar de uma simples entregadora de caixinhas, um canal de marketing para a indústria, para ser um estabelecimento que vai acompanhar a saúde das pessoas, aferindo pressão, glicemia, etc, usando e transformado esses dados em informações para os próprios clientes e para os demais profissionais da saúde. Em última análise, capacitando os clientes a tomar decisões corretas.

Mas os desafios do setor serão:

3Como remunerar esses serviços, essa nova atividade da farmácia, uma vez que a população acha que a farmácia é um posto do SUS, onde os serviços são gratuitos para a população? 3 Como ganhar escala em serviços tão personalizados? 3 Como se manter atualizado e disponibilizar ao mercado profissionais disponíveis e capacitados para estas atividades? 3 Ter profissionais capazes de comunicar-se com qualquer tipo de pessoa em qualquer lugar. 3 Usar tecnologia: cada vez mais, precisamos aproveitar as novas tecnologias para melhor atender o cliente e melhorar a eficiência dos processos. As farmácias devem ver a crise como uma oportunidade, uma ruptura do atual modelo de negócio, e investir na capacitação dos funcionários e soluções tecnológicas voltadas ao atendimento dos clientes. A única forma de se manter competitivo é avançar de forma contínua e desenvolver uma cultura organizacional de inovação permanente. Mas não adianta querer, tem que fazer. Ter a coragem de tomar decisões – mesmo que excêntricas num primeiro momento. Assim a empresa será capaz de crescer e se manter no mercado por muitas décadas. Pense nisso. n

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GESTÃO TEXTO: BETÂNIA ALHAN FOTOS: DIVULGAÇÃO

Vigilância X

Farmacêutico conectado

Dra. Betânia Alhan

Farmacêutica Analista de Assuntos Regulatórios ORGANIZE FARMA CONSULTORIA & TREINAMENTOS. Email: betaniaalhan@gmail.com www.organizefarma.com

Atualmente, as chamadas gerações X, Y e Z – superconectadas – vêm promovendo várias mudanças nos hábitos dos consumidores. E estas serão intensificadas a cada década, com a criação das novas classes de consumidores, impactando intensamente na forma como as pessoas agem e compram produtos e serviços. Os avanços tecnológicos, as questões socioeconômicas e a segurança pública dos grandes centros vêm promovendo um aumento nas compras realizadas pela internet, diminuindo os custos das empresas com infraestrutura e pessoal. Mas o que muda para o varejo farmacêutico em relação às normas sanitárias? 63 Revista ABCFARMA • Novembro / 17

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ABCFARMA

“Levando–se em conta a amplitude de acesso ao medicamento pela internet, a empresa deve se adequar.” A legislação diz que somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone e internet, mantendo desta forma a legitimidade da dispensação de medicamentos como privativa do farmacêutico.

A norma determina que seja garantido aos usuários meios para comunicação direta e imediata com o Farmacêutico Responsável Técnico, ou seu substituto, presente no estabelecimento. Dessa forma, o estabelecimento deve ter esse profissional à disposição durante o período de atendimento por meio remoto. É importante ressaltar que a era digital trouxe consigo não só mudanças na modalidade de venda de medicamentos online como também diversas opções de sites que “facilitam o acesso a informação” sobre medicamentos, nos quais observamos um grande incentivo à automedicação. Por esse motivo, é hora de repensar os meios de comunicação de acesso aos pacientes, além do presencial. Cabe aos profissionais farmacêuticos fragmentar as etapas da assistência farmacêutica e identificar que informações podem ser prestadas por meio remoto, de modo que o atendimento seja adaptado de acordo com o perfil de compra do paciente.

É muito importante que os pacientes que adquirem os medicamentos pelas redes globalizadas também tenham acesso às informações básicas para fazer seu tratamento corretamente. Levando–se em conta a amplitude de acesso ao medicamento pela internet, a empresa deve se adequar, pois terá um aumento nas solicitações de atendimento, sendo necessário um quantitativo maior de farmacêuticos para efetuar o atendimento presencial e online – e acompanhar a logística, a fim de que os medicamentos sejam transportados de maneira correta, garantindo a sua qualidade e eficácia. Assim como os farmacêuticos industriais estão evoluindo diariamente no desenvolvimento de novas tecnologias na produção de medicamentos para curar e/ou melhorar a qualidade de vida do paciente, cabe aos farmacêuticos que trabalham na dispensação se adaptarem às mudanças no comportamento dos consumidores de medicamentos para viabilizar o acesso ao medicamento. E, sobretudo, para não serem substituídos pelos falsos “doutores online” e diminuir a sua importância na orientação do uso racional do medicamento. n

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