Revista ABCFARMA

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REVISTA

ABCFARMA DEZEMBRO/2017

VEÍCULO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO COMÉRCIO FARMACÊUTICO ABCFARMA

Entidade Fundada em 30 de Outubro de 1959

1 Capa vol 2.indd 1

PUBLICAÇÃO DIRIGIDA AOS MÉDICOS, FARMACÊUTICOS, ODONTÓLOGOS, PRESCRITORES E DISPENSADORES DE MEDICAMENTOS PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL

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EDITORIAL

BALANÇO E PERSPECTIVAS No dia 21 de novembro último, a ABCFARMA realizou Assembleia Geral Ordinária, em sua sede em São Paulo, para discutir a Previsão Orçamentária para o ano de 2018 e assuntos gerais.

O

número de presentes superou as expectativas. A mesa dos trabalhos contou com minha presença e a do 1° vice-presidente da entidade, Marcelo Fernandes de Queiroz. Após a apresentação em telão da proposta orçamentária, o gestor Felício De Rosa Neto, os advogados Dr. Rafael Souza Oliveira E. Jesus, Dr. André Bedran Jabr, Dra. Inês Conceição Mateus S. Rocha e Celso Henrique Lima, que secretariou os trabalhos, fizeram comentários aprovando os números contábeis apresentados. Após aprovação com louvor da Proposta Orçamentária para 2018, a palavra passou para o setor jurídico. O Dr. André Bedran apresentou o resultado das convenções com os farmacêuticos e das demais categorias de trabalhadores do setor. Explicou os Embargos de Declaração junto ao Tribunal Regional Federal e passou a palavra ao Dr. Rafael Souza Oliveira E. Jesus, que comentou

Pedro Zidoi Sdoia Presidente

as reuniões em Brasília, no Ministério da Saúde, Secretária da Farmácia Popular do Brasil, ANVISA, CMED, Covisa, Congresso Nacional e outros contatos de interesse do setor que a

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EDITORIAL ABCFARMA representa. São várias as nossas viagens para Brasília todos os meses. Muitos dos presentes tinham reserva de voo para retornar às suas cidades de origem, e por isso tiveram que deixar a reunião mais cedo, mas os que ficaram após o encerramento da Assembleia foram convidados a participar de um Coffee Break e trocar impressões sobre 2018.

LISTA DOS PRESENTES À REUNIÃO Pedro Zidoi Sdoia ABCFARMA - Presidente-SP ABCFARMA - Vice Presidente-RN Marcelo Fernandes de Queiroz Mayara Miranda Ferreira - Representante de Lazaro Luiz Gonzaga ABCFARMA / Fecomércio-MG Edenir Zandoná Jr ABCFARMA / Sindifarma-PR ABCFARMA / Sincofarma PA Joaquim Tadeu Pereira João Luiz dos Santos ABCFARMA - Tesoureiro-SP Alex Cavalcante Garcez ABCFARMA / Sind Sergipe-SE Jaime Nunes Moreira ABCFARMA - Conselho Fiscal-RS Francisco Messias Vasconcelos ABCFARMA / Sincofarma-DF Antonio Augusto Viana ABCFARMA - Conselheiro-SP Hamilton Domingos Teixeira ABCFARMA / Sincofarma-MT Luiz Marcos Caramanti ABCFARMA - Conselheiro-SP Marcos de Souza ABCFARMA - Conselheiro-SP

Dr André Bedran Jabr Dr Juan Carlos Becerra Ligos Dr Rafael Souza de Oliveira Espinhel Geraldo Monteiro Jorge Fernando de Azevedo Trindade Serafim Branco Neto Pedro Candido Navarro Natanael Aguiar Costa Orlando Portugal Roberto Kawabata José Carlos André Pinto

ABCFARMA - Cons. Superior-SP ABCFARMA - Cons. Superior-SP ABCFARMA - Cons. Superior-SP ABCFARMA - Cons. Superior-SP ABCFARMA - Cons. Superior-RJ ABCFARMA - Cons. Superior-SP ABCFARMA - Cons. Superior-SP Sincofarma - SP Anflucof - RJ Iluminar - SP Iluminar - SP Sincofarma - PA

E outros

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DIRETORIA

ABCFARMA

Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico

Diretoria: triênio de 28/10/2016 a 27/10/2019 Diretor Presidente: Pedro Zidoi Sdoia

Diretores Conselheiros:

(SP)

Diretores Vice-Presidentes: Marcelo Fernandes de Queiroz (RN) (MG) Lázaro Luiz Gonzaga

Diretores Secretários: Edenir Zandoná Júnior (PR) Luís Carlos Caspary Marins (RJ)

Suplentes: Leomar Rehbein Armando Gomes dos Reis Filho Joaquim Tadeu Pereira

(RS) (AM) (PA)

Diretor Tesoureiro: João Luiz dos Santos

(SP)

Suplentes: Alex Cavalcante Garcez Romildo Marcos Letzner

(SE) (SC)

Diretores Conselho Fiscal: Adelmo Rego Jaime Nunes Moreira Francisco Messias Vasconcelos

(SP) (RS) (DF)

Suplentes: Carlos de Souza Andrade (BA) Luzia Diva Cunha Dutra (RN) (BA) Roberto Brasileiro Lima

Ademir Tomazoni (Itajaí - SC) Alarico Rodrigues de Araújo (Manaus-AM) Álvaro Silveira Júnior (DF) (SP) Antonio Augusto Vianna Antonio Felix da Silva (CE) Antonio Fernandes de Souza Filho (DF) Antonio Ironi Nunes Jaques (RS) Antonio Menezes de Araújo (SP) (SC) Antonio Walmir Nola Ben Hur Jesus de Oliveira (RS) Benilton Gonçalves Diniz (MA) Cássio Fabrízzio de Souza (AP) Sobrinho Claudisnei Machado Constante (SC) Cleber Antunes Magalhães (BA) (RN) Dejalma Lemos da Silva Delano Leno Silva Miranda de Souza (PI) Domingos Tavares de Souza (TO) (RR) Edimar Pereira Lima Edson Daniel Marchiori (ES) Eliomar Bruce de Oliveira (AM) Elmar Humberto Goulart (Uberaba-MG) Emanuel Messias Câmara (SC) Everton Luiz Ilha Mahfuz (RS) (RJ) Felipe Antônio Terrezo Francisco Deusmar (CE) de Queiros Gilson G. Figueiredo Terra (MG) Gladstone Nogueira Frota (RO) Hamilton Domingos Teixeira (MT) Herbert Almeida da Cunha (PB) Irene Prieve do Nascimento (MT)

Ivan Pedro Martins Veronesi (SP) Jefferson Proença Testa (Londrina-PR) (GO) João Aguiar Neto João Arthur Prudêncio Rêgo (BA) (SP) João Garcia Galvão (RS) João Gilberto Serrat José Ademar Lopes (RS) José Antonio Vieira (AL) José Cláudio Fernandes (Santo André-SP) José da Silva Costa (RR) José Ricardo Nogared Cardoso (Tubarão – SC) José Rodrigues da Silva (Sul do Maranhão – MA) Julio Cezar Campagnaro (ES) Katia Vanessa Moreira Mendes (MG) do Bom Conselho Luiz Geraldo Neto (SP) Luiz Marcos Caramanti (SP) (BA) Luiz Trindade Pinto Marcos Antonio Carneiro Lameira (AC) (SP) Marcos de Souza Maurício Cavalcante Filizola (CE) Modesto Carvalho de Araújo Neto (MG) Neilton Neves dos Santos (PB) Nelcir Antonio Ferro (Cascavel-PR) Nelson Leonel Fleury (Anápolis- GO) Nery Wanderley de Oliveira (RS) Noésio Emídio da Cunha (Feira de Santana-BA) Ozeas Gomes da Silva (PE) (SP) Paulo Luiz Zidoi Paulo Roberto Kopschina (RS)

Paulo Sérgio Bondança (SP) Paulo Sérgio Navarro de Souza (PB) (SP) Philadelpho Lopes Ricardo Duarte da Silveira (RS) Roberto Martins Rosa (Mato Grosso do Sul – MS) Romualdo Constantino Magro (SP) Ronaldo José Neves de Carvalho (SP) Rubin Wendland (Cascavel-PR) Sérgio de Giacometti (Oeste Catarinense - SC) Vollrad Laemmel (Vale do Itajaí-SC)

Conselheiros Adjuntos: Ademilson de Menezes Cordeiro (PE) Roberto Massatoshi Baba (Birigui - SP) Vitor Fernandes (Americana - SP)

Diretores Vitalícios: Antonio Barros Leite (Jundiaí - SP) Júnior (SC) Armando Zonta Francisco Miguel da Silva (RN) Fridolino de Moraes Rêgo (BA) Gilberto David Cunha da Silva (RS) Gonçalo Aguiar Ferreira (SP) Hermes Martins da Cunha (MT) (PB) João Azevedo Dantas José Aparecido Junqueira (DF) Guimarães Pedro de Araújo Braz (RJ) (RJ) Ruy de Campos Marins Waldemar Pupo Ferreira (SP)

CONSELHO SUPERIOR DE ESTUDOS JURÍDICOS E ESTRATÉGICOS Pedro Zidoi Sdoia

(SP)

Dr. Juan Carlos Becerra Ligos (SP)

Adelmir Araújo Santana

(DF)

Álvaro José da Silveira

(DF)

Dr. Rafael Souza de Oliveira Espinhel de Jesus (SP)

Dr. André Bedran Jabr

(SP)

Edison Gonçalves Tamascia (SP)

Geraldo Cardoso Monteiro (SP)

Jorge Froes de Aguilar

(SP)

Guilherme Leipnitz

José Abud Neto

(SP)

Serafim Branco Neto

(SP)

Pedro Candido Navarro

(SP)

(RS)

Jorge Fernando de Azevedo Trindade (RJ)

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NOVA DERETORIA___________2016 2019.indd 4

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ÍNDICE Páginas Azuis Dr. Rafael Espinhel de Jesus

Editorial

O presidente Pedro Zidoi fala do balanço de 2017

exames domésticos que dão segurança aos casais

A farmácia regulada

Intoxicação alimentar:onde

mora o perigo, em casa ou na praia?

18

Página

o fim da picada

36

Mário Grieco:

por que os medicamentos não funcionam para algumas pessoas?

Página

Rui de Sá Telles:

o que fazer para não repetir os mesmos erros de 2017

40 54 56

consultório farmacêutico, modismo ou tendência?

as contas, afinal de contas

NOTA

EXPEDIENTE • Os anúncios de produtos ou de serviços publicados nesta revista são de total responsabilidade do anunciante. • A ABCFARMA não se responsabiliza pelo preço determinado, nem pela qualidade dos produtos ou dos serviços anunciados. • A opinião dos autores não é necessariamente a opinião da ABCFARMA.

60

12

Página

Página

Marketing:

42

Diretor Presidente Pedro Zidoi Sdoia Jornalista responsável Celso Arnaldo Araujo Mtb 13.064 Analista e Programador Eduardo Novelli Design / Diagramação Sérgio R. Bichara

30

Página

Geraldo Monteiro:

Página

2018 = mudanças

46

Farmácias Associadas:

34

Dra. Betânia Alhan:

a importância da imagem de sua farmácia

a lição do jardineiro

14

ponto de venda, você no controle

ela chega com tudo no verão

Américo José:

Página

Dr. Juan Ligos: Cadri Awad:

28

Página

estômago em chamas

Micose:

prevenindo o ataque de pânico

24 Página

o Natal vem ai! Prepare sua farmácia

Página

Saúde mental:

Repelentes:

Silvia OSSO:

Página

7

Página

Leia também

Página

3

Azia e queimação:

Testes de vida:

Página

50

62

12ª Convenção e Feira de Negócios

65

GS1 Brasil:

20 anos do Prêmio Automação

Assuntos Regulatórios:

serviços farmacêuticos

Colaboradores

Américo José da Silva Filho Cadri Saleh Ahmad Awad Geraldo Monteiro Juan Carlos Becerra Ligos Mário Grieco Mauro Pacanowski Regina Blessa Rui de Sá Telles Silvia OSSO

66 Distribuição/ Publicidade

ABCFARMA Periodicidade Mensal Rua Santa Isabel, 160, 5º Andar, Cj 51, Vila Buarque, S.P/S.P - 01221-010

Fone: (11) 3223-8677 Fax: (11) 3331-2088 www.abcfarma.org.br Para anunciar

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PÁGINAS AZUIS TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Dr. Rafael Souza de Oliveira Espinhel

N

ão há, na economia brasileira, mercado mais regulado que o farmacêutico – regido por ministérios, agências, órgãos, entidades. A quantidade de regras – a começar pelo rigoroso tabelamento de preços dos medicamentos, só reajustados uma vez por ano – por vezes leva o empreendedor do setor ao desânimo e ao desestímulo. Mas, segundo o Dr. Rafael Souza de Oliveira Espinhel de Jesus, assessor jurídico da ABCFARMA, um advogado com duas pós-graduações em Direito e vasta experiência no segmento, sempre em contato com as autoridades especializadas, estar atualizado com a legislação e todos os níveis da regulação não é empecilho ao sucesso.

A lei é para todos

Ao contrário, é um fator diferencial que dá ao empreendedor condições mais concretas de obter lugar de destaque num mercado tão competitivo – ainda mais agora, quando novas regras vão fazer de farmácias e drogarias uma legítima porta de entrada para o universo da saúde pública. Esta entrevista – que traz mais luz às principais fontes de dúvida em relação aos aspectos jurídicos da atividade farmacêutica – antecipa a seção de assuntos regulatórios que a Revista ABCFARMA vai estrear em sua próxima edição, sob a supervisão editorial do Dr. Rafael, para deixá-lo sempre a par das regras do setor. A regulação é um permanente desafio para se empreender no varejo farmacêutico. Qual o impacto da regulação na atividade varejista farmacêutica? Não só a regulação de órgãos governamentais, como os desafios logísticos e o aumento da competitividade fazem com que empreender no varejo farmacêutico se torne um desafio cada vez maior. E, para empreender, é primordial que o empresário analise o mercado, planeje, aplique ferramentas de gestão e, acima de tudo, esteja preparado para

perceber as oportunidades. Nesse sentido, manter-se atualizado e por dentro de toda a legislação afeita ao setor farmacêutico é de extrema importância para o empresário, sendo um fator diferencial num mercado tão competitivo. Uma decisão sem o conhecimento da legislação pode não apenas gerar problemas jurídicos para o empresário, mas fazê-lo perder oportunidades preciosas de ganho. Você entende então que as mudanças na legislação fazem surgir novas oportunidades e desafios para as empresas do varejo farmacêutico? Certamente. Nos últimos anos tem havido uma série de alterações legislativas que criaram todo um novo paradigma ao nível da farmácia. O setor varejista está passando por um momento de grandes transformações, com novas possibilidades de negócios surgindo no horizonte, como é o caso da prestação de serviços de saúde pelas farmácias. A Lei nº 13.021/14 tem um papel fundamental nessa transformação, facultando às farmácias e drogarias a possibilidade de ofertar aos seus clientes uma gama de produtos e serviços de saúde,

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ABCFARMA convergindo para a perspectiva de um novo modelo de farmácia que defina as suas funções no âmbito da recuperação, proteção e promoção da saúde. Entre esses serviços, vale destacar, estão o de imunização e a coleta e realização de testes clínicos rápidos. E a sala de Atendimento Farmacêutico? A meu ver, a sala de atendimento farmacêutico já é uma realidade. É importante que o empresário tenha em mente que muitos serviços já podem ser implementados sem a necessidade de aguardar por novas regulamentações. É o caso da atenção farmacêutica. Serviços de orientação sobre como usar medicamentos prescritos, a avaliação do conjunto de medicamentos usados pelo paciente quanto a dosagem, horário de consumo e possíveis interações, comunicação com outros profissionais da saúde que atendam o paciente para emitir parecer farmacêutico e discutir tratamentos de forma integrada, conversa sobre sintomas e evolução da doença, registro de ações em prontuários do paciente, são alguns exemplos. A implementação desses serviços pode aproximar e fidelizar o cliente, sendo um diferencial para o estabelecimento farmacêutico. A ABCFARMA se propõe a assessorar nossos associados. E o serviço de vacinação nas farmácias? A lei 13.021/14 permite que a vacinação seja realizada nas farmácias, mas não prevê normas específicas para a prática. Após quase três anos de vigência da lei, a Anvisa, por meio da Consulta Pública nº 328/2017, apresentou proposta de resolução que estabelece requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação, de modo que ele também possa ser realizado por farmácias e drogarias, mas ainda se encontra em fase de análise. Sem uma norma de alcance nacional, alguns Estados e Municípios definiram as suas

A implementação desses serviços pode aproximar e fidelizar o cliente, sendo um diferencial para o estabelecimento farmacêutico próprias regras para a aplicação de vacinas em farmácias. Fato é que a questão demanda mais clareza regulatória, principalmente com a definição dos requisitos necessários para o credenciamento e licenciamento da farmácia perante a Vigilância Sanitária, além da definição dos padrões técnicos específicos quanto a instalação, armazenamento e equipamentos para a execução do serviço de vacinação. Os Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Amazonas e Pará e as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro já regulamentaram o serviço de vacinação.

Na sua opinião, é importante que o varejista/ empresário busque orientação e apoio para implementar esses serviços? Evidente. Independentemente do porte e da estrutura da farmácia, seja uma rede ou uma farmácia independente, aqueles que forem enveredar por esse caminho precisam conhecer muito bem todos os detalhes regulatórios e operacionais desses novos serviços, antes de começar a atuar com eles. A ABCFARMA, por exemplo, além da consultoria jurídica, firmou parcerias com profissionais altamente experientes e gabaritados de modo a ofertar ao varejista segurança e apoio técnico para a implementação desses serviços. Vale destacar, ainda, o excepcional trabalho do departamento marketing e comercial da entidade, que trará aos associados diretos da

ABCFARMA mais um benefício, no caso, a assessoria para a instalação da sala de atenção farmacêutica. Mas esse acúmulo de regras por vezes não prejudica o setor sem trazer o correspondente benefício? Sim, mas nesse caso podemos atuar no sentido da correção. Veja que quando falamos em regulação, entramos no âmbito do Direito Administrativo e do poder normativo do órgão público. E quando se fala em poder normativo, é preciso observar sempre o princípio da legalidade, preconizado na Constituição Federal. Vou dar como exemplo a RDC 44, que gerou um grande problema quando normatizada – mesmo com a vedação imposta pela RDC da Anvisa. A Procuradoria Geral da República, acionada, então entendeu que os estados não poderiam entrar nessa seara e ajuizou uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) junto ao Supremo – que chegou à conclusão de que não havia impedimento legal de os estados legislarem sobre a questão. Essa RDC, na verdade, exorbita o poder da Anvisa no sentido de limitar o exercício de uma atividade. É um exemplo claro de como o excesso de normas pode afetar o comércio. A ABCFARMA também obteve uma decisão no sentido de afastar a aplicabilidade de alguns dispositivos da RDC 44. Hoje então as farmácias podem vender produtos de conveniência, como água mineral? Sim. Aliás diversos Estados já possuem legislação para permitir o comércio de artigos de conveniência que não prejudicam a saúde. Em São Paulo, por exemplo, a lei estadual elenca o rol de produtos que podem ser comercializados no estabelecimento – mas com a possibilidade vender outros, não constantes na lei, desde que não coloquem em risco a saúde pública ou qualquer questão sanitária. Na verdade, está se mudando

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ABCFARMA

“A ABCFARMA defende intransigentemente as regras sanitárias, buscando sempre o fim maior, que é a saúde pública e o resguardo do consumidor.” o conceito do varejo farmacêutico, no sentido de agregar serviços. Isso é fácil para todos? Aqui é preciso fazer a distinção entre grandes redes e farmácias independentes – entre estas, as que são enquadradas como microempresas. Elas irão conseguir absorver todo esse complexo de normas a seu favor? Bem, para isso essas farmácias precisam se adequar, em termos de recursos humanos, custos, etc. E volto aqui a destacar a importância da assessoria da ABCFARMA nesse processo de transformação. As farmácias podem ser remuneradas por serviços como aplicação de vacinas ou consulta farmacêutica? Não há impedimento e o mercado vai acabar se regulando – mas há iniciativas estaduais em direção contrária. Em Natal, Rio Grande do Norte, uma lei municipal tornou obrigatória a gratuidade da aferição de pressão arterial, entre outros serviços. Do ponto de vista jurídico, a meu ver, isso é inconstitucional, porque interfere em atividade econômica legítima. Estamos assessorando o sindicato local no sentido de afastar essa legislação. Cobrar ou não deve ser prerrogativa do estabelecimento. O setor farmacêutico é um dos únicos com preços regulados e tabelados – não pode, portanto, incorporar a eles o custo de eventuais serviços coadjuvantes. A recente lei municipal 16.739, aqui de São Paulo, assinada pelo prefeito João Doria, se impõe à lei federal 13.021? Essa lei, a meu ver, torna mais clara o que consta na lei federal, e dá mais

segurança jurídica a farmácias e drogarias. Em São Paulo merece atenção a Portaria 1/2017 do Centro de Vigilância Sanitária que traz em seu bojo as regras para a regularização dessas atividades perante as autoridades sanitárias no Estado de São Paulo. O chamado Consultório Farmacêutico parece ser um bom resumo do que pode ser a farmácia como estabelecimento de saúde. Para isso, a farmácia precisará ter um farmacêutico exclusivo? Segundo a lei 13.021, todo estabelecimento farmacêutico precisa ter um responsável técnico, que responde pela farmácia e pelos serviços prestados por ela durante todo o seu horário de funcionamento. Como a farmácia vai administrar a gestão desse profissional é uma questão interna. A lei não determina um farmacêutico exclusivo para esses serviços. Em relação às farmácias independentes haverá alguma dificuldade adicional para a implementação desses serviços? A lei da microempresa ao regulamentar o texto constitucional, contribui para a construção de um ambiente sustentável para o desenvolvimento e crescimento dos pequenos negócios. Umas das críticas que faço a Lei 13.021/14, é justamente a sua omissão quanto ao direito de um tratamento jurídico deferenciado, simplificado e favorecido as farmácias independentes.

Na consulta pública para a RDC que trata da vacinação nas farmácias, fomos muito firmes, como entidade, em relação ao modo como a regulamentação proposta pode impactar e até mesmo inviabilizar a implementação do serviço de vacinação nas independentes. A ABCFARMA defende intransigentemente as regras sanitárias, buscando sempre o fim maior, que é a saúde pública e o resguardo do consumidor. Mas não podemos deixar de levar em conta o que a própria Constituição preconiza: o tratamento diferenciado para as micro empresas e empresas de pequeno porte. Nosso receio é que, com uma regulação inflexível, se estabeleça um distanciamento ainda maior entre as lojas independentes e as grandes redes – até porque, as independentes estão mais concentradas no interior dos estados do Norte e do Nordeste e seria fundamental que elas conseguissem prestar esses serviços à população mais carente de assistência médica, uniformizando o acesso a medicamentos.

Não perca, na próxima edição, na seção regulatória: Os temas que vão mobilizar o departamento jurídico da ABCFARMA em prol de farmácias e drogarias e do mercado farmacêutico como um todo 3 Farmácia Popular do Brasil 3 Logística Reversa de Medicamentos 3 Rastreabilidade de Medicamentos 3 Mudanças na lei trabalhista que afetam o varejo farmacêutico n

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MEDICINA TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

TESTES DA VIDA

N

A versão masculina realiza a contagem de espermatozoides acima de 15 milhões por ml de esperma – indicando um nível favorável de fertilidade do homem.

ão é só a confirmação precoce de gravidez. Mulheres, homens e casais contam hoje com uma série de autotestes, de grande acuidade e precisão, que trazem luz sobre a função mais nobre do ser humano: a reprodução. Há, por exemplo,

testes de fertilidade feminina, oferecidos em embalagens com cinco unidades, para serem realizados em cinco dias consecutivos, que confirmam a ovulação com antecedência de 24 a 48 horas – permitindo ao casal programar-se para o grande momento, mas que não deve ser utilizado como

prevenção de gravidez, já que o espermatozoide pode sobreviver 72 horas ou mais, e portanto é possível ficar grávida mantendo relações sexuais três dias antes do primeiro dia fértil. A versão masculina faz a contagem de espermatozoides acima de 15 milhões por ml de esperma – indicando um nível favorável de fertilidade do homem. Já o teste de menopausa detecta o aumento do Hormônio Folículo Estimulante (FSH) na urina de mulheres que estão nesse período. Enfim, os testes domésticos são hoje um importante aliado das pessoas que realmente desejam dar os passos certos e ter as informações mais precisas, em sua jornada reprodutiva. n

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SAÚDE TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Estômago em chamas A sensação de queimação no estômago é um dos sintomas mais frequentes na vida moderna – porque é produto de vários fatores do cotidiano, como o estresse do corre-corre e maus hábitos alimentares. Em virtude disso, o número de pacientes com sintomas de queimação no estômago tem aumentado muito nos últimos anos.

A principal causa química da “queimação” no estômago é o aumento da produção de ácido gástrico e de seu ref luxo – ou o retorno – para o tubo esofágico, mais perto da boca. Nesse quadro, podem ser distinguidos quatro grupos de pacientes: aqueles com dispepsia (dificuldade para digerir alimentos), pacientes com gastrite aguda, pacientes com gastrite crônica e, por fim, pacientes com doença do ref luxo gastroesofágico. Alguns grupos de pacientes, como obesos e tabagistas, também têm risco aumentado de terem os sintomas.

No Brasil, estudos apontam que cerca de 12% da população nacional tem essa desagradável sensação de uma a duas vezes por semana.

De modo geral, a queimação no estômago se caracteriza por dores na região do esterno – o osso vertical no centro do peito, de onde saem as

costelas – e, principalmente, uma forte sensação de ardência. O diagnóstico é feito através da história clínica do paciente. Se o médico desconfiar de outras condições, como úlceras e alterações da mucosa esofagiana, pode pedir exames mais detalhados. O tratamento pode ser feito com o uso de antiácidos, inibidores histaminérgicos e inibidores de bombas de prótons. Plantas medicinais como alcaçuz, menta, cálamo e erva-cidreira ajudam a combater os sintomas e aliviar a queimação. Algumas dicas importantes incluem a mudança nos hábitos alimentares, pratica de esportes, redução do sedentarismo e do consumo de álcool e cigarros.

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ABCFARMA

Alimentos que “queimam” A queimação no estômago atinge muitos tipos de paciente. Dentre eles, os mais propensos são aqueles com uma má alimentação ou com consumo excessivo de determinados alimentos, como

3 Frutas cítricas, como limão, laranja e tangerina 3 Café e alimentos com cafeína 3 Condimentos, vinagres, temperos e molhos,

como gengibre, molho inglês, dentre outros

3 Alimentos muito gordurosos e frituras 3 Pimentas e pimentões 3 Refrigerantes

Dicas dos especialistas para reduzir o risco de queimação

3

Após uma refeição, caminhe um pouco e evite o repouso (pois a posição deitada favorece os ref luxos ácidos do estômago).

3

Recomendam-se várias refeições ao dia, com porções menores (para que o estômago não fique vazio por muito tempo)

3

Alimentos devem ser bem mastigados.

3

Determinados anti-inf lamatórios não-esteroidais, como ácido acetilsalicílico, acetilcisteína (medicamento contra a tosse produtiva) ou ainda determinados antibióticos, podem desencadear a queimação do estômago.

3 A obesidade favorece a queimação do estômago.

3 O fumo aumenta o ácido gástrico e pode promover o desenvolvimento de úlceras gástricas.

3O álcool irrita a mucosa do estômago. n

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SAÚDE TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Intoxicação

alimentar

Onde mora o perigo? N

em sempre a ameaça está na rua – ou na barraquinha de praia. Pesquisa recente da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo revelou que um terço dos surtos de intoxicação alimentar são provocados por refeições dentro de casa. Mas não há dúvida de que alimentos consumidos no verão, sobretudo nas praias, ainda são os maiores vilões das intoxicações alimentares – ou Doenças Transmitidas por Alimentos, as chamadas DTA. Como evitar? Como tratar? É o que explica aqui a pediatra Fátima Rodrigues Fernandes, coordenadora do setor de Imunologia e Alergia Clínica do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 9.318 crianças de até 14 anos foram hospitalizadas com intoxicação em todo o pais na rede pública do país, em 2016. Esses números, porém, devem ser muito mais altos, já que nem sempre as vítimas de intoxicação recorrem aos hospitais. A intoxicação alimentar ou gastrintestinal (gastroenterocolite aguda) é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E.coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus) ou por suas respectivas toxinas. E ainda por fungos ou por componentes tóxicos encontrados em certos vegetais. Nas crianças e idosos, a intoxicação alimentar pode ser uma doença grave.

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ATAQUE PÂNICO DE

CAUSAS • SINTOMAS • TRATAMENTOS

CAUSAS A principal causa do ataque de pânico é a ANSIEDADE, sendo comum a pessoa apresentar algum transtorno ansioso de base que vai piorando ao longo do tempo se nenhum tratamento for realizado.

SINTOMAS

10%

ão pode ter da populaçDE PÂNICO ATAQUE IOR

* MAncia em incidê S S JOVEN E R E H L MU

• Falta de ar e sensação de sufocamento; •Tontura, vertigem e sensação de desmaio; •Suor excessivo, calafrios e vermelhidão do rosto; • Aumento da frequência cardíaca e palpitações; • Náuseas, enjoos, dor de estômago ou diarreia; • Dor no peito • Medo de morrer.

Fonte: https://www.psicologiaviva.com.br/blog/ataque-de-panico/

TROLA ON

S DO

C

• CONTROLE A RESPIRAÇÃO; • DISTRAIA A MENTE; • PRATIQUE MEDITAÇÃO E MASSAGENS; • PROCURE UM AMBIENTE TRANQUILO; • DESCUBRA A ORIGEM DESSE SENTIMENTO; • MEDICAMENTOS ANTIDEPRESSIVOS; • TERAPIA PSICOLÓGICA.

DEZEMBRO 2017

TRATAMENTO


O

Natal

É UM MOMENTO

P/ COMEMORAR

a m F • í a lia d i V

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DEZEMBRO 2017

ANTIULCEROSO

NEXYUM - ASTRAZENECA Apresentações

“Medicamento genérico Lei nº 9.787 de 1999.” Material informativo estritamente comercial, destinado aos profissionais da saúde.

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O TR

20MG 14 CPR 20MG 28 CPR 40MG 14 CPR 40MG 28 CPR


ABCFARMA

Dor Abdominal

Diarreia

Fébre

Náusea e vômitos

Causas Na maioria dos casos, a infecção bacteriana é a principal causa de intoxicação alimentar. Os diferentes tipos de Salmonella e Staphilococus aureus são os mais frequentes agentes da infecção, uma vez que são capazes de viver e multiplicar-se no interior dos intestinos. A Salmonella é transmitida pela ingestão de alimentos, especialmente carne, ovos e leite, contaminados ao entrar em contato com as fezes de animais infectados. No caso dos Staphilococus aureus, a intoxicação é provocada por uma toxina que a bactéria produz e contamina os alimentos no momento de seu preparo ou manuseio.

Mal-estar

Sintomas Independentemente do micro-organismo determinante, os efeitos da intoxicação alimentar aguda são parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas, mal-estar. Nos quadros mais graves, pode ocorrer desidratação, perda de peso e queda da pressão arterial.

Diagnóstico Normalmente, o diagnóstico é clínico e leva em conta os sintomas da doença. Exames de fezes ajudam a reconhecer o parasita que causou a infecção, um recurso importante para orientar o tratamento medicamentoso.

Prevenção A prevenção das intoxicações alimentares está diretamente associada aos cuidados no preparo dos alimentos e a medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro. A grande dificuldade da prevenção é o fato de os alimentos contaminados não apresentarem sinais da presença do micro-organismo. Ao contrário, em geral, sua aparência, gosto e cheiro costumam ser absolutamente normais. 21 Revista ABCFARMA • Dezembro / 17

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ABCFARMA

NO VERÃO, O PERIGO AUMENTA

Receita contra a intoxicação

O Dr. Bactéria, pseudônimo do biomédico Roberto Martins Figueiredo, ensina aqui como matar a fome e a sede na praia sem colocar a saúde em risco com as estrelas da “gastronomia da areia”. Queijo coalho – Entra na lista dos alimentos que é bom evitar, pois sua produção se dá com leite não pasteurizado, isto é, cru”, alerta o Dr. Bactéria. Raspadinha – É a campeã do risco, principalmente para a criançada, que ama se refrescar com essa mistura de gelo e xarope. “A grande maioria das raspadinhas vendidas por ambulantes é feita com gelo produzido com água não potável”, explica o especialista. Também é bom evitar sucos e batidas feitos com gelo em barra. Milho cozido – Não oferece riscos desde que totalmente imerso em água e soltando vapor. Também é melhor

comer diretamente da espiga, evitando que o ambulante debulhe o milho e o sirva em pratinhos plásticos. Pastéis – Antes de serem fritos, devem ser armazenados em caixas térmicas limpas. O óleo precisa ser novo. Sanduíches naturais – Desde que feitos no mesmo dia, sem maionese caseira (que estraga mais fácil) e mantidos em caixas térmicas higienizadas em torno dos cinco graus, com gelo ou outro doador de frio, podem ser consumidos. Bebidas de vendedores ambulantes Em se tratando de sucos, refrigerantes e água de coco, o Dr. Bactéria lembra que só podem ser usados canudos embalados individualmente. Após o consumo, dê um nó no canudo para evitar reuso indevido.

Tratamento

Recomendações

Paciente com intoxicação alimentar deve fazer repouso e ingerir muito líquido. Nos casos de perda maior de líquidos e risco de desidratação, devem ser indicados medicamentos para controlar as náuseas e os vômitos, assim como ministrar a reposição de líquidos e sais por via endovenosa. O tratamento das infecções alimentares bacterianas inclui o uso de antibióticos específicos.

Como os alimentos contaminados por certos parasitas são os grandes responsáveis das intoxicações alimentares, é indispensável estar atento na hora da compra, transporte, armazenamento e preparo das refeições, inclusive em casa. Portanto: 3 Lave bem as mãos antes das refeições ou de lidar com alimentos 3 Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira ou no freezer 3 Lave os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus 3 Evite comer carne crua e mal passada qualquer que seja sua procedência; especialmente a carne e os miúdos de frango, assim como os ovos, devem ser bem cozidos, porque são os transmissores mais comuns da bactéria Salmonella 3 Mergulhe verduras e hortaliças que serão ingeridas cruas numa solução de água com hipoclorito de sódio ou preparada com uma colher de água sanitária para cada litro de água 3 Não ingira alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas. n

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Comeu

e não desceu bem?

STOMALIV já! C

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STOMALIV (bicarbonato de sódio + carbonato de sódio + ácido cítrico). MS 1.5423.0185.

Indicações: Antiácido para o alívio da azia e acidez estomacal. NOV/2017 NÃO USE ESTE MEDICAMENTO SE VOCÊ TEM RESTRIÇÃO AO CONSUMO DE SAL, INSUFICIÊNCIA DOS RINS, DO CORAÇÃO OU DO FÍGADO. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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BEM ESTAR TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Repelentes

O fim da picada

C

om o verão, eles vêm com tudo. É sua época favorita para incomodar as pessoas, que, pelo calor, andam com partes do corpo descobertas – um convite ao ferrão dessas criaturas sedentas de sangue e transmissoras em potencial de inúmeras doenças infecciosas. Também é o período em que os repelentes – o único inimigo à altura desses insetos voadores – fazem mais sucesso nas farmácias e supermercados.

E como agem os repelentes? Eles

têm como princípio ativo substâncias que entopem os microscópicos poros das antenas dos mosquitos quando eles se aproximam das pessoas. Com isso, os mosquitos perdem o rumo e não sabem mais onde picar – graças a essas substâncias que os deixam desnorteados. E nós, protegidos contra eles

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TAPKIDS (repelente IR 3535 - 15%) Produto cosmético: Aut. Func. 2.052203-1. N. Processo ANVISA 25351.469098/2016-08. Referências: 1. REUNA016-16-01-R0 Julho 2016 (dados de arquivo). 2. Relatório técnico IR3535. Acesso em fevereiro de 2017. Disponível em https://www3.epa.gov/pesticides/chem_search/reg_actions/registration/relates_PC-113509_1-Feb-99.pdf. Acesso em 09/2017. 3. Nasci RS et al. CDC - Protection against Mosquitoes, Ticks, & Other Arthropods. Acesso em fevereiro de 2017. Disponível em https://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2016/the-pre-travel-consultation/protectionagainst-mosquitoes-ticks-other-arthropods. Acesso em 09/2017. 4. Insect repelente IR3535®: Use in pregnant and breast-feeding women. Merck KgaA, 2016 (dados de arquivo). 5. IMS Health Ago/2017. * Reaplicar após 3 horas para maior proteção. SAC 0800 11 15 59 - www.uniaoquimica.com.br - dez/2017.


ABCFARMA

“A principal substância repelente é a DEET – base da maioria dos produtos hoje disponíveis.”

Quando sentem o cheiro de um repelente impregnado na pele de uma pessoa, o inseto reconhece algo tóxico ou um predador, um inimigo natural capaz de ameaçá-lo. A principal substância repelente é a DEET – base da maioria dos produtos hoje disponíveis. Criada pelas Forças Armadas norte-americanas para proteger os soldados de picadas, os repelentes com DEET passaram a ser vendidos para todo o mundo no final dos anos 50 – estando presente ainda hoje na fórmula da grande maioria das marcas. Outra substância muito usada é Icaridina (ou Picaridina), derivada da pimenta e considerada a mais potente e eficaz pela OMS. É indicado para gestantes e crianças a partir de dois anos e sua duração média é de 10 h. Já o repelente IR3535 é o menos tóxico de todos e indicado

para crianças a partir de seis meses. Antes dessa idade é recomendado apenas o uso de mosqueteiro e protetor elétrico para evitar alergias e intoxicações. Atenção: inseticidas não são repelentes e seu uso excessivo deixa o inseto mais resistente aos seus efeitos. Também há no mercado repelentes feitos com substâncias naturais, como os de óleo de citronela, essência extraída de uma planta. Eles têm o mesmo princípio de ação do DEET e agradam às pessoas que não gostam de produtos artificiais. O problema é que funcionam por duas horas no máximo. A composição da fórmula desses produtos procura repelir a maioria das espécies, o que nem sempre é possível – por isso, podem falhar em alguns casos. Mas sua eficiência está sempre acima dos

90% de proteção. E, em muitas ocasiões, protege as pessoas de doenças graves – potencialmente mortais. O Brasil vive uma epidemia de dengue desde 2014, e o clima tropical, aliado ao volume de chuvas, contribui muito para a proliferação do mosquito transmissor da doença – o Aedes aegypti, também condutor da febre amarela. As medidas de prevenção são muito importantes para controlar os surtos, mas não bastam as campanhas de prevenção ou inspeção dos agentes sanitários nos domicílios. O uso dos repelentes é indispensável para prevenir a picada do mosquito. Todos os repelentes devem ser aplicados pelo menos três vezes ao dia, segundo as orientações do rótulo. Devem ser associados a um protetor solar, aplicando-se sempre o repelente por último. n

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SAÚDE MENTAL TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Ataque

de pânico Enfrentar o mal pela raiz

U

m estado de ansiedade em seu grau máximo conduz a um... ataque de pânico. Muito mais comum do que a maioria das pessoas imagina, alguns estudos sugerem que 10% da população pode ter um ataque de pânico isolado ao longo de um ano – e que mulheres jovens são as principais vítimas. A sensação, para quem não teve, é uma “pancada”. Falta de ar, medo de tudo, desconforto generalizado com tudo e com todos, palpitações e até sensação de morte. A causa? Os especialistas atribuem a origem da crise de pânico a uma súbita descarga de hormônios, sem causa definida – tanto que, embora sejam frequentes em situações de estresse social, ataques de pânico podem ocorrer, sem mais nem menos, em casa,

no trabalho e até no sono. E aqui é bom estabelecer a distinção entre ataque e síndrome de pânico. O ataque é um evento único. A síndrome gera ataques repetidos, um estado de medo quase permanente, sobretudo em relação à próxima crise – e a adoção de medidas para evitar lugares e situações onde ocorreram os últimos ataques. Alguém que teve o ataque de pânico enquanto dirigia no trânsito, por exemplo, pode não querer mais dirigir. Há quem tenha trocado de emprego – depois de uma crise no trabalho. Se esse primeiro ataque de pânico foi tão intenso que gerou aquela sensação de que ele pode se repetir a qualquer momento, prendendo a pessoa a uma rotina restrita a situações de conforto, o estado de tensão pode se tornar crônico. Isso leva a pessoa a não fazer novos

amigos, a ter dificuldade em manter os que já existem ou em evoluir na vida profissional. Então ocorre um segundo ataque, um terceiro. Eis aí a Síndrome do Pânico. Por isso, o ataque de pânico, mesmo como evento isolado, deve ser enfrentado – e, eventualmente, tratado, para não se tornar latente. É importante tentar controlar a respiração, buscar distrair a mente com conversas e músicas e praticar técnicas de relaxamento, como meditação e massagens, além de se mover para um ambiente tranquilo, arejado e seguro. O mais importante, no entanto, é tentar encontrar a origem desse sentimento, afastando do indivíduo o medo e a ansiedade dessas situações. Para isso, é possível contar com a ajuda de medicamentos antidepressivos, da terapia e até mesmo da orientação psicológica. n

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PANTOPRAZOL: Comprimido Revestido de 20 mg e 40mg com 14; 28 e 42 comprimidos. Indicações: Alívio dos sintomas por problemas no estômago e no início do intestino que dependem da secreção do ácido produzido pelo estômago. Contraindicações: pantoprazol sódico sesqui-hidratado não deve ser usado por indivíduos que apresentem alergia conhecida aos componentes da fórmula. Reações Adversas: Antes de se iniciar o tratamento, é necessário que se exclua a possibilidade de haver úlcera gástrica maligna ou/e doenças malignas do esôfago. Posologia: Recomenda-se 1 comprimido de pantoprazol sódico sesqui-hidratado 20 mg ao dia. Em pacientes com insuficiência renal, a dose diária de 40 mg não deve ser ultrapassada. Em caso de redução severa da função hepática, a dose de 1 comprimido de 20 mg ao dia não deve ser ultrapassada. Registro: 1.6773.0432. Detentor: Legrand Pharma. Venda sob prescrição médica. “Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser procurado”.Pantoprazol é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. Procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula. ESOMEPRAZOL: Apresentação: Comprimido Revestido de 20 mg e 40mg com 14 e 28 comprimidos. Indicações: indicado para o tratamento de doenças ácido-pépticas e alívio dos sintomas de azia, regurgitação ácida e dor epigástrica. Contraindicação: se tiver alergia ao esomeprazol, a outros benzimidazóis ou a qualquer um dos componentes da fórmula. Reações Adversas: Reação comum em pacientes, dor de cabeça, dor na barriga, diarreia, gases, enjoo, vômito e prisão de ventre. Posologia: Tratamento da esofagite de refluxo erosiva: 40 mg uma vez ao dia por 4 semanas. Um tratamento adicional de 4 semanas é recomendado para pacientes com esofagite não cicatrizada ou que apresentam sintomas persistentes. Registro: 1.6773.0492. Detentor: Legrand Pharma. Venda sob prescrição médica. “Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser procurado”. Esomeprazol é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. Procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula.

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LANSOPRAZOL: Apresentação: Cápsulas de liberação retardada de 30mg com 14 e 28 capsulas. Indicações: Cicatrização e alívio sintomático da esofagite de refluxo, de úlcera duodenal e de úlcera gástrica. Contra indicações: Em hipersensibilidade conhecida ao Lansoprazol e em casos de insuficiência hepática grave. Reações Adversas: Cefaleia, tontura, náusea e constipação. Posologia: 1 comprimido, 1 vez ao dia. Registro: 1.6773.0301. Detentor: Legrand Pharma. Venda sob prescrição médica. “Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser procurado”. Lansoprazol é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. Procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula.

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“Medicamento genérico Lei nº 9.787 de 1999.” Material informativo estritamente comercial, destinado aos profissionais da saúde.


SAÚDE TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Elas vêm com o verão

A

s micoses, infecções normalmente causadas por fungos, são mais comuns no verão, quando o corpo – sobretudo em praias e piscinas – fica mais exposto aos agentes infecciosos. Aqui, a dermatologista Bianca Wiedemann explica os diferentes tipos de micose, formas de prevenção e tratamento Fungos, no caso das micoses da pele, são os vilões preferenciais. Diferentes tipos desses micro-organismos podem causar infecções em diversas partes do corpo. Em geral, hospedam-se sobre as células mortas e raramente causam problemas. Mas há situações nas quais os fungos conseguem penetrar na pele, causando infecções, sobretudo em áreas mais úmidas e ricas em queratina – como couro cabeludo, entre os dedos dos pés e na virilha. Certos fungos podem se espalhar e se generalizar se não houver tratamento localizado – e a pessoa, por exemplo, coça a região e depois passa a mão em outra área do corpo.

AS FRIEIRAS As micoses mais comuns na pele são a Tinha cruris (principalmente nos homens) e a Tinha pedis, que, quando localizada entre os dedos dos pés, é popularmente chamada de frieira. São mais comuns no verão devido à maior produção de suor e ao clima quente e úmido. De maneira geral, áreas do corpo que produzem e acumulam mais suor ficam mais vulneráveis às infecções por fungos. Nos homens, é mais comum o aparecimento de micoses na região das virilhas, períneo e região perianal – essas são as Tinea cruris. Mulheres, principalmente as que realizam atividades domésticas e lidam com água várias vezes ao dia, são

mais propensas a desenvolverem paroníquia, micose que acomete a pele ao redor das unhas das mãos. É o popular “unheiro”.

COMO TRATAR A melhor forma de prevenir uma micose, segundo a Dra. Bianca, é cuidar da higiene e evitar a exposição a locais ou situações que possam favorecer a infecção. Micoses exigem tratamento prolongado e persistente, sob a orientação de um médico dermatologista. As lesões costumam melhorar antes do fim do tratamento, o que dá a ilusão de que o problema foi eliminado. Se o medicamento é interrompido, porém, a tendência é o problema voltar. O tratamento pode ser exclusivamente tópico ou associado à ingestão de medicamentos antifúngicos. “Normalmente lançamos mão do medicamento oral para os casos mais graves e mais extensos, em termos de superfície acometida pela micose”, ressalta a médica. Um alerta: pomadas com cortisona, bastante usadas em automedicação, servem como alimentos para os fungos.

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COMO EVITAR Fungos estão presentes no ambiente – incluindo locais usados para brincadeiras infantis. Se a criança fica descalça por muito tempo, especialmente em tanques de areia, onde os fungos proliferam mais facilmente, a higiene

deve ser reforçada nas áreas expostas. Outra recomendação é secar bem o corpo após o banho, principalmente nas áreas de dobras, como a região entre os dedos de mãos e pés, virilhas, axilas e região abaixo das mamas, no caso das mulheres – ambientes aquecidos, como as áreas de dobras,

favorecem a proliferação de fungos. Micoses nas unhas podem se propagar através de lixas e palitos previamente usados e contaminados com fungos. Outro cuidado com as unhas é não retirar a cutícula, que tem função protetora, impedindo a entrada de fungos e bactérias.

As micoses mais frequentes BOCA

O sapinho, ou candidose, é uma das micoses mais comuns – causada pelo fungo cândida, que causa bolinhas brancas, sobretudo na boca. Pode se desenvolver pelo contato com fungos do próprio corpo da pessoa ou por fungos de terceiros. E pode aparecer desde os primeiros dias de vida – portanto, é fundamental ter cuidado com a higiene do bebê, do bico dos seios na hora da amamentação ao contato com pessoas e objetos. Quedas de imunidade também podem provocar o aparecimento do sapinho. O tratamento é feito com cremes no local.

COURO CABELUDO O tipo de fungo mais frequente que afeta a região é a tinha. Pode aparecer em pessoas de todas as idades e provoca queda dos fios na área afetada, acompanhada de descamação, vermelhidão e prurido. Pode ser contraída de outra pessoa ou de algum animal, principalmente domésticos. Esse tipo de micose também pode acometer a região da virilha ou entre os dedos, dos pés e mãos. “Micoses do couro cabeludo, micoses da haste capilar, piolhos e lêndeas podem ser passados de pessoa à pessoa devido ao uso compartilhado de utensílios para cabelos”.

UNHAS A micose mais comum que pode afetar as unhas é a onicomicose subungueal distal e lateral. Ocorre também nas unhas das mãos, mais é mais comum nas unhas dos pés. É caracterizada pelo descolamento da borda livre da unhas,

geralmente inciado por um dos cantos da unha, deixando essa área oca, o que pode levar à formação de uma uma maceração amarelada em baixo da unha onde há o descolamento. Para evitar o problema, deve-se ter certeza de que o material de manicure e pedicure é esterilizado e lixas e palitos sejam descartáveis. Também é importante evitar o uso de calçados fechados por longo período e usar chinelos em lava-pés, em áreas ao redor de piscinas e em duchas coletivas.

PÉS A infecção conhecida como “pé de atleta” é causada por fungos que provocam tinhas, infecção que pode aparecer em outras áreas, como couro cabeludo e virilhas. Uma simples descamação não caracteriza micose. O tratamento para a tinha dos dedos dos pés é prolongado, levando um mês ou mais, com aplicação de antimicóticos. Os pés devem ser mantidos secos e ser bem enxutos após o banho. Caso a pessoa sue muito na região, recomenda-se usar meias de algodão e deixar os pés arejando sempre que possível, bem como sapatos.

VIRILHAS Região mais úmida do corpo, e que ainda fica coberta por roupas o dia todo, é uma área muito vulnerável às micoses, sobretudo entre os que praticam esportes, principalmente natação, e passam muitas horas em contato com roupa suada ou molhada. É a Tinha crural. O tratamento é simples e deve ser mantido por duas ou três semanas para evitar que a micose se reinstale.

TRONCO E COSTAS A Pitiríase versicolor é um tipo de micose que pode atacar várias partes do corpo por meio de lesões com descamação, sobretudo onde a pele é mais oleosa, como tórax e costas. Aparece inicialmente como manchas brancas, normalmente ignoradas pelas pessoas, o que pode levar ao agravamento do quadro. Quando a lesão não é muito extensa, indica-se tratamento local com antimicóticos associados ao uso de xampus especiais. Águas de piscina são fontes de contaminação – a água do mar, não. Paradoxalmente, é também conhecida como micose de praia, mas não é adquirida na praia – tornando-se mais evidente durante o verão entre pessoas que já apresentam essa micose e se expõem ao sol, evidenciando as lesões do fungo. Como perceber isso? As áreas com Pitiríase versicolor não se bronzeiam com a exposição solar, ou seja, ficam mais claras que as outras regiões do corpo expostas ao sol. n

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MARKETING TEXTO: TERCEIRIZA VAREJO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Você no controle da operação do Ponto de Venda!

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or que é vital? De

acordo com o especialista em merchandising Rubens Fucitalo, o mercado de varejo farmacêutico é um setor extremamente competitivo e que, para se destacar, não basta ter excelência somente na área da saúde, mas também ser referência como um centro de conveniência, no qual o consumidor, além de saber que serviços seu estabelecimento oferece, seja suficientemente atraído ao estabelecimento para que ele se sinta compelido a entrar e comprar. E é isso que o Merchandising faz: ele torna seu negócio atraente para o consumidor, fazendo-o se sentir acolhido, como se sua empresa entendesse seus desejos e necessidades e facilitassem a compra - de forma prática, porém sedutora.

De acordo com Rubens, as farmácias, como qualquer negócio varejista, possuem DNA de vendas. Porém, os varejos farmacêuticos podem apresentar dificuldades em conhecer e identificar as necessidades e o comportamento de compra dos shoppers e consumidores das marcas. Como consequência, comprometem a visibilidade dos produtos nas gôndolas e limitam o potencial de vendas das categorias por não considerar suas peculiaridades. Outro ponto fundamental é a exposição e apresentação adequada dos produtos – estes devem ser dispostos obedecendo a uma adequada gestão de categorias. As pontas de gôndolas são pontos nobres incentivando a compra por impulso, mesmo que não ofereçam grandes descontos. Devem ser negociadas ou usadas para promoções com as datas festivas do comércio, determinadas épocas do ano e chamadas para os produtos em folhetos promocionais. Portanto, o merchandising não é só ter uma prateleira bonita - ele é uma ferramenta estratégica e poderosa

arma de vendas, principalmente para os pequenos negócios, porque representa uma importante forma de se comunicar, para ações de marketing e de relacionamento com os clientes, com o respectivo fortalecimento da marca. Rubens é um parceiro da Terceiriza Varejo, com mais de 10 anos de experiência em seduzir e convencer seu cliente a comprar em seu estabelecimento, aguçando seus sentidos, sensações, percepções e desejos, preparando o ponto de venda para receber seu consumidor, criado uma ambientação adequada, com foco no resultado - que é a efetivação da compra ou a compra por impulso, o que contribui para o aumento do ticket médio. Para você ter acesso ao Checklist, Ferramentas e Estratégias de Merchandising do seu PDV, entre em contato com: contato@terceirizavarejo.com.br.

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GESTÃO

O NATAL VEM AÍ! TEXTO: SILVIA OSSO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Prepare sua farmácia

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unca foi tão importante dar atenção para a época mais festiva do ano – o Natal. Por mais que haja gente que não acredite nele, Papai Noel sempre chega na hora marcada e ajuda o comércio a lucrar na maioria dos segmentos. A farmácia é um deles – se os proprietários estiverem focados nisso. Nosso objetivo é que a farmácia e sua equipe estejam focadas para trazer resultados positivos e muita rentabilidade para a empresa. Já estamos em cima da hora e quem sabe até atrasados no planejamento, mas não custa tentar... Vale a regra das grandes competições: estar muito bem preparado e acertar a auto-estima para, na hora “H”, ter a maior torcida e “ganhar o troféu”.

Alguns aspectos são vitais de forma a que o Natal “exploda” e “arrebente” em resultados positivos em sua farmácia: Produtos competentes e impactantes na loja – Eles se dividem em itens básicos, itens de tendência e os sazonais. É hora de garantir a disponibilidade dos itens básicos, aqueles que constroem e sustentam sua empresa o ano inteiro. Há clientes que esperam o ano todo para comprar esses itens. No Natal, eles têm que estar lá – como, por exemplo, um dermocosmético que só pode ser adquirido com a ajuda do 13º salário... Já os produtos de tendência para o Natal e Ano Novo têm que ser comprados em grande variedade, mas com um entusiasmo dosado, para não haver sobras indesejáveis… Exemplos:

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novidades para embelezar os cabelos, tipo tiaras, ou artigos que estimulem os clientes a comprarem as inevitáveis “lembrancinhas” para o Natal em sua farmácia e não em outro estabelecimento. O ideal é que eles durem até o fim de ano. Claro que eles são o tempero da sua loja, mas ninguém come só tempero. Eles reforçam o básico. E não podem sobrar. Resista à tentação de recomprar o que acabou. Não vai chegar a tempo. Há ainda os sazonais, que permitem vender aquilo que os clientes procuram para a temporada de verão, onde está inserido o Natal – como antidiarreicos, antiácidos, bronzeadores, protetores solares, entre outros. A cara de Natal da loja – Falamos muito sobre layoutização e arrumação da farmácia este

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Silvia OSSO

é palestrante e consultora de empresas. Especialista em desenvolvimento de pessoas e varejo. Autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominado ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS e LIDERANÇA PARA TODOS.

Contatos: siosso@uol.com.br ou Facebook: Silviaosso 36 Revista ABCFARMA • Dezembro / 17

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ano e espero que esse tema já esteja em ordem. Agora, sua loja tem que estar com muita cara de Natal. O cliente que passar por ela tem que achar que Papai Noel está lá dentro, esperando por ele ou por suas crianças e amigos. Capriche na execução dos temas natalinos com bom gosto. Se tiver dificuldade, contrate um profissional para ajudá-lo na decoração, na tarefa de “maquiar” e embelezar a loja. Cuide de cada detalhe, da entrada até a embalagem para os presentes. Não se esqueça dos detalhes e das embalagens para presentes, que ajudarão a motivar os clientes a comprar em sua farmácia. Treine seu pessoal para fazer lindos embrulhos e pacotes. Gente competente e motivada Muitos varejistas treinam seu pessoal em janeiro – mês de

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pouco movimento – quando sobra tempo. A pergunta vital é: quando há mais necessidade de treinamento? Dezembro? Sim. Então de que adianta treinar em janeiro? Comece já e termine o treinamento para as vendas de Natal antes dos dias de maior movimento. Tenha a equipe mais treinada da sua vizinhança para quando os clientes de Natal chegarem. Exercite a gentileza, a solidariedade, os cuidados com os idosos, com os solitários, com as crianças e até com aqueles que têm poucos recursos. Afinal, nunca se sabe o dia de amanhã... Funcionários temporários ou extras para o Natal? Combine com sua equipe o dimensionamento dos horários. Não tenha a ilusão de que todos os funcionários vão poder aumentar a carga horária

e conseguir suprir a sua necessidade de atendimento. Por isso, se for necessário, contrate extras. Após o dia 20 é que geralmente chegam os clientes apressados. Faça com que a sua equipe regular de colaboradores se torne “padrinhos” do pessoal temporário. A integração vai estar garantida. Lembre-se de fazer anotações deste Natal de 2017 para aperfeiçoar o seu trabalho do próximo ano. Faça um diário das coisas que aconteceram este ano para usar na programação de 2018. Aprenda com os erros para não repeti-los. No mais, mesmo que o Natal não seja excelente para todos, se você e sua farmácia estiverem muito bem preparados, ele vai ser muito bom para você. SUCESSO e FELIZ NATAL !

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Saúde tamanho família.

SALSEP ® JET (cloreto de sódio 0,9%), SALSEP ® JET KIDS (cloreto de sódio 0,9%), SALSEP ® (cloreto de sódio 0,9%), SALSEP ® 360 (cloreto de sódio 0,9%). Indicações: fluidificante e descongestionante nasal. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.0033-3. Serviço de Atendimento Libbs: 0800-0135044. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. SALSEP ® É UM MEDICAMENTO, SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MAXIDRATE ® (cloreto de sódio 6 mg/g). Indicações: hidratação da mucosa nasal ressecada e irritada. Reg. MS 1.0033.0126. Serviço de Atendimento Libbs: 0800-0135044. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MAXIDRATE ® É UM MEDICAMENTO, SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Referências bibliográficas: 1. MELLO JR, J. F. et al. Brazilian Academy of Rhinology position paper on topical intranasal therapy. Braz. J. Otorhinolaryngol., v. 79, n. 3, p. 391-400, 2013. 2. JEFFE, J. S. et al. Nasal saline irrigation in children: a study of compliance and tolerance. Int. J. Pediatr. Otorhinolaryngol., v. 76, n. 3, p. 409-13, 2012. 3. SLAPAK, I. et al. Efficacy of isotonic nasal wash (seawater) in the treatment and prevention of rhinitis in children. Arch. Otolaryngol. Head Neck Surg., v. 134, n. 1, p. 67-74, 2008. 4. KHIANEY, R.; OPPENHEIMER, J. Is nasal saline irrigation all it is cracked up to be? Ann. Allergy Asthma Immunol., v. 109, n. 1, p. 20-8, 2012. 5. MION, O.; MELLO JUNIOR, J. F. O uso das soluções salinas no nariz e seios paranasais. RBM-ORL, v. 2, n. 3, p. 77-83, 2007. 6. MIYAKE, M. A. M. Medicamentos intranasais: aspectos a considerar na prática clínica diária. RBM-ORL, v. 2, n. 3, p. 92-99, 2007.

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GESTÃO TEXTO: MARIO GRIECO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Por que um medicamento não funciona?

Mario Grieco

é médico com pós-graduação em Medicina Interna pela Universidade da Flórida (EUA) e MBA em Administração de Empresas pela mesma instituição. Presidente e fundador da Life Diagnósticos, especializada em testes genéticos e farmacogenéticos, é um dos nomes mais destacados da indústria farmacêutica, setor no qual acumula mais de 30 anos de experiência, grande parte dela nos Estados Unidos. Presidiu importantes farmacêuticas, como a Bristol-Myers Squibb no Brasil. PARA SAEBER MAIS SOBRE O ASSUNTO

mariogrieco@lifediagnosticos.com.br

Quem nunca ouviu a frase “esse medicamento não funciona pra mim”? Os profissionais da área da saúde, entre os quais os farmacêuticos e balconistas de farmácias, ouvem isso com uma frequência preocupante. Afinal, são eles que lidam com os milhares de pacientes cujas vidas e bem-estar dependem de medicamentos. Quando falamos de doenças crônicas e incuráveis, essa afirmação preocupa ainda mais. Mas por que um medicamento faz o exato efeito descrito pelos laboratórios em muitos pacientes e não funciona para outros? A resposta – e a solução – está nos testes farmacogenéticos A resposta aos medicamentos é complexa e são vários os fatores envolvidos nesse processo – entre os quais peso, idade, sexo, hábitos alimentares e estilo de vida pouco saudável, que inclui tabagismo e alcoolismo. Porém, na maioria dos casos, o principal fator é a genética. Cada paciente é único, com seu próprio DNA – não existem dois pacientes com a mesma identidade genética. Essa é a principal razão pela qual nem todos os pacientes respondem da mesma maneira ao tratamento padrão,

desenvolvido pela indústria farmacêutica e baseado na média de respostas da população aos medicamentos. O conceito de que “uma mesma dose serve para todos” é equivocado. Daí a importância da Medicina Personalizada, onde cada paciente recebe terapia baseada no seu perfil genético, ou seja, um tratamento individualizado. Isso tem se tornado cada vez mais possível por causa da farmacogenômica, ciência que estuda como as variações genéticas afetam a resposta das pessoas aos medicamentos.

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A grande maioria dos medicamentos é metabolizada no fígado. O mecanismo primário da metabolização hepática é o sistema enzimático do citocromo P450, responsável pelo efeito no organismo de cerca de 80% dos medicamentos mais utilizados atualmente. O teste farmacogenético avalia as enzimas hepáticas, determinando a sensibilidade de cada paciente aos diferentes tipos de medicamentos. O teste diz como o paciente vai responder, evitando toxicidade, por acúmulo da substância no organismo, ou falta de eficácia – situações que podem colocar a saúde em sério risco.

“Muitas pessoas possuem um gene variante que afeta a função de uma ou mais enzimas que metabolizam medicamentos.”

Todas as enzimas, incluindo as da família do Citocromo P450, são produzidas por genes específicos. Muitas pessoas possuem um gene variante que afeta a função de uma ou mais enzimas que metabolizam medicamentos. A maioria dessas variantes causa perda de função enzimática. Pacientes que possuem genes variantes são metabolizadores lentos, intermediários ou ultrarrápidos. As pessoas que metabolizam as substâncias muito rapidamente apresentam perda quase total de eficácia do medicamento. Já as que metabolizam lentamente acumulam a substância na corrente sanguínea, causando reações adversas que podem produzir sérias consequências. Nos intermediários, a eficácia também está comprometida. Pacientes tratados com vários medicamentos ao mesmo tempo também têm um risco elevado de reações adversas e apresentam chances maiores de uma ou mais substâncias não serem metabolizadas corretamente. Aproximadamente 5% das pessoas que sofrem reações adversas morrem em decorrência do problema – sendo que 49,5% das mortes e 61% das internações são observadas em pessoas com mais de 60 anos, exatamente a faixa etária em que é mais comum o uso de vários medicamentos simultaneamente. Qualquer paciente pode se beneficiar do teste farmacogenético, mas ele deve ser absolutamente indicado para pacientes com câncer, alterações psiquiátricas, alterações de coagulação e outras condições onde a estratégia de “tentativa e erro”, na prescrição de terapias, é de alto risco. Cabe ressaltar que, além de salvar vidas, os testes farmacogenéticos são realizados somente uma vez e ajudam a individualizar qualquer tipo de tratamento com medicamentos para o resto da vida - evitando reações adversas e maximizando a eficácia. n

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GESTÃO TEXTO: AMÉRICO JOSÉ FOTOS: DIVULGAÇÃO

A lição do jardineiro

Américo José da Silva Filho Sócio Diretor da Cherto Atco Educação Corporativa americo.jose@cherto.com.br

Nos Estados Unidos, a maioria das residências tem à sua frente, por tradição, um lindo gramado e jardineiros autônomos para fazer aparos nas folhagens. Um dia, um executivo de marketing de uma grande empresa americana contratou um desses jardineiros. Chegando em casa, o executivo viu que tinha contratado um garoto de apenas 13 anos de idade, mas, como ele já estava lá, pediu para que o garoto executasse o serviço – mesmo estando indignado com a pouca idade do “profissional”. Ao terminar o serviço, o garoto solicitou ao executivo permissão para utilizar o telefone da casa, sendo prontamente atendido. E o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa, que estava em viva-voz. O garoto falava com uma senhora: – A senhora está precisando de um jardineiro? – Não. Eu já tenho um – respondeu. – Mas além de aparar, eu também tiro o lixo. – Isso o meu jardineiro também faz. – Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço – disse ele. – Mas o meu jardineiro também faz isso... – Eu faço o atendimento o mais rápido possível. – O meu jardineiro também me atende prontamente! – O meu preço é um dos melhores. – Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom. Desligando o telefone, o executivo disse a ele: – Meu rapaz, você perdeu um cliente. – Não, respondeu o garoto. Eu sou o jardineiro dela. Estava apenas avaliando o quanto ela estava satisfeita comigo. 42 Revista ABCFARMA • Dezembro / 17

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Óx i dodez i nc o6, 00g,c l or et odebenz al c ôni o0, 15g,c ânf or a1, 50g-I ndi c ado par aot r at ament odedoenç asdepel et ai sc omo:es pi nhas ,f r i ei r as ( des i dr os es ) ,es c ar aseai ndac omoc oadj uv ant enot r at ament odepi c adasde i ns et os ,ur t i c ár i asepequenosf er i ment oss uper fic i ai si nc l us i v eos oc as i onadospel obar bear .Pr ev i neosodor esdes agr adáv ei sdasax i l asedos péseor es s ec ament odapel e.MSnº .1. 0690. 0003. 0026-Dat adar ev i s ão: 23/ 10/ 2017


ABCFARMA

O profissional de sucesso sempre busca fazer o melhor, independentemente das circunstâncias

Precisamos entender e conhecer o nosso cliente, mas só isso não basta.

Em qual deles você aposta as suas fichas? E você: qual é o seu melhor? O que você pode fazer melhor? Sim, farei o meu melhor!

Precisamos também conhecer a nós mesmos

Já o medíocre faz o possível!

Quando me deparei com essa parábo- independentemente das circunstânla, pensei no quanto a simplicidade ca- cias. Já o medíocre faz o possível. minha junto com a força de vontade. Veja a diferença: você precisa que Aqui, temos um menino de 13 anos, algo seja feito e rápido e pede a que busca fazer o seu melhor da me- dois funcionários para fazer. Um lhor forma possível, dentro das condi- deles responde: – Sim, farei o posções que possui (que não necessaria- sível!. Já o outro responde: – Sim, mente são as melhores!). Além disso, farei o meu melhor! Em qual deles ele se preocupa em saber se isso está você aposta suas fichas? O fato é que, muitas vezes o cliente sendo o suficiente para as pessoas. Muitas vezes, ficamos pensando em percebe quando realmente nos imporações mirabolantes para checar o tamos com ele – não porque realizanível de satisfação do cliente, ou até mos uma pesquisa de satisfação com mesmo dos funcionários, e nunca pa- ele, mas quando fazemos o nosso meramos para perguntar diretamente. lhor, dentro das condições que temos Ok, eu sei que aqui ele “se passou” por (que nem sempre são as melhores), outra pessoa, um concorrente. Mas é para que o cliente seja atendido dentro muito mais simples que isso. Ele re- de suas necessidades e desejos. almente queria saber, era importante Precisamos entender e conhecer o para ele, e talvez se ele mesmo, pesso- nosso cliente, mas só isso não basta. almente, perguntasse, a cliente diria Precisamos também conhecer a nós tudo que estava tudo ok, como fez na mesmos, e assim perceber como podemos fazer o nosso melhor, para atenligação, somente para “agradá-lo”. A grande e sutil diferença entre o der a demanda do nosso cliente. sucesso e a mediocridade está no E você: qual é o seu melhor? O que fazer melhor! O profissional de su- você pode fazer melhor? cesso sempre busca fazer o melhor, Pense nisso e até a próxima! 44 Revista ABCFARMA • Dezembro / 17

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SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.


GESTÃO TEXTO: GERALDO MONTEIRO FOTOS: DIVULGAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA IMAGEM DA SUA FARMÁCIA Lembra-se da famosa frase “você é aquilo que come”? Pois é, ela pode ser facilmente adaptada para a realidade empresarial – basta substituirmos o comer por demonstrar: “Você é o que demonstra ser”. Ter o melhor produto ou prestar o melhor serviço nem sempre adianta, se você não pensar na empresa como um todo. Já parou para analisar as grandes marcas que estão no mercado, como Nestlé, Microsoft, entre tantas outras? Todas elas se tornaram grandes marcas não apenas por seus produtos

Geraldo Monteiro,

é mestre em Administração pela Fecap e professor pós-graduação nas Faculdades Oswaldo Cruz geraldo.monteiro25@gmail.com

O que mais fortaleceu essas marcas e as fixou na mente de todo mundo foram os conceitos criados, sua linha de pensamento. Essas empresas trabalham a imagem perante seu público. A imagem empresarial é extremamente importante para a formação de reputação e para

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o fortalecimento da sua marca num mercado cada vez mais competitivo, como é o caso do varejo farmacêutico – que muda a cada instante e está cada vez mais conectado. Se você deseja ser grande, tem que pensar como uma grande marca pensa. Sendo assim, cultivar imagem da empresa é um dos principais passos para ter sucesso e conseguir se manter. É essencial lembrar que o cliente não compra apenas um produto pelo que ele é, mas também pelo que ele representa, por aquilo que ele transmite. Embalagem, qualidade, segurança e confiança são itens que os clientes procuram quando vão até o local da compra – e tudo isso é imagem empresarial, é credibilidade, é formação de opinião. Em qualquer nível que sua empresa se encontre, seja grande, multinacional ou uma farmácia de pequeno porte, pensar e investir em imagem é importante, porque, além do produto, os consumidores levam com eles o que absorveram na hora do contato com sua empresa. E caso a experiência tenha sido negativa, ele passará isso adiante. Por isso você precisa investir para que, na hora do contato, o consumidor saia apenas com as melhores referências sobre sua empresa.

“Clientes satisfeitos consomem mais e empresas que proporcionam isso são as que vendem mais.” É importante destacar ainda que não basta investir no básico para manter sua empresa. Investimentos em comunicação são necessários para a competitividade e para o fortalecimento da marca e demonstram que a empresa se preocupa com o todo. Ter uma comunicação com uma mesma linguagem, um bom logo, um bom PDV, um cartão de visitas adequado, um site bem estruturado, tudo isso gera credibilidade para a empresa. Esses elementos deixam sua imagem empresarial mais séria e mais profissional. Marcas que se comportam dessa maneira, fazendo investimentos em imagem, são as que sempre estão na mente dos consumidores, são as que conquistam os potenciais clientes, são aquelas que estão sempre à frente de seus concorrentes. São essas as marcas que se destacam e cumprem suas metas de vendas. Trabalhar a imagem da marca impacta diretamente no montante de vendas. Porque, com uma imagem forte, o consumidor se sente mais atraído e

confiante, o que gera um aumento expressivo de vendas. Clientes satisfeitos consomem mais e empresas que proporcionam isso são as que vendem mais. O impacto pode ser sentido diretamente nas vendas da empresa. O que você não pode esquecer é que uma marca forte não nasce do nada, não surge como um novo dia que começa. Marcas fortes possuem conceitos, elas têm um DNA, uma filosofia a ser seguida. Como uma pessoa, elas têm vida própria, são orgânicas. Uma marca tem características psicológicas que são divulgadas pela comunicação, pelos produtos e pela imagem empresarial criada. Você entende qual é a importância de se trabalhar a imagem empresarial? Comece a colocar esse assunto em discussão nas reuniões de sua equipe – estude a possibilidade de fazer investimentos em comunicação, com alinhamento de discurso e padronização de linguagem visual. Isso deixará sua marca mais forte e muito mais competitiva, num mercado cada vez mais agressivo. n

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GESTÃO TEXTO: BETÂNIA ALHAN FOTOS: DIVULGAÇÃO

Mudanças Por Betânia Alhan

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om a expansão da área de atuação do farmacêutico, o ano de 2018 estará marcado por mudanças significativas para a profissão.

Dra. Betânia Alhan Farmacêutica Analista de Assuntos Regulatórios ORGANIZE FARMA CONSULTORIA & TREINAMENTOS.

E-mail: betaniaalhan@gmail.com www.organizefarma.com

Há vários fatores envolvidos para que esses novos direitos sejam implantados e estruturados e obtenham bons resultados – esse processo requer mudança de postura profissional, coragem para assumir desafios, ser criativo e ter foco na solução. Com o aumento da competitividade, não haverá tempo para reclamar

como atuação do farmacêutico ainda não é um ponto forte no varejo. Infelizmente, uma grande parte desses profissionais atuam sub-utilizando os conhecimentos adquiridos na sua formação – e por isso não se destacam e deixam de demonstrar o seu valor, criando barreiras de defesa que são nocivas à sua autoestima.

Muitas vezes lutamos por sonhos que não correspondem aos nossos anseios. Abdicamos de bons projetos devido a entraves burocráticos e limitantes dos órgãos reguladores. Fomos treinados para a submissão. Acostumamo-nos a agir conforme se espera que agíssemos, evitando julgamentos e embates com balconistas e proprietários. Ser valorizado pelo que já era esperado

Na verdade, muitos não sabem que resultados desejam alcançar e deixam se abater por fatores externos. Para modificar o cenário, é imprescindível uma auto-avaliação a fim de determinar objetivos, sair da área de conforto e partir para a ação – com foco, resiliência e perseverança, traçando as metas necessárias para alcançar o resultado esperado para a sua realização pessoal e profissional.

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“Que este fim de ano possa ser o início de uma nova história para os farmacêuticos que atuam na área do varejo.”

A tão sonhada independência financeira é mais do que ter uma boa ideia e transformar conhecimento em serviços. Para abrir um negócio ou iniciar uma atividade econômica, além dos recursos financeiros, humanos e materiais, é preciso ter conhecimento comercial, de legislação, gestão de pessoas e financeira. Para realizar novos projetos, é necessário lutar contra a estagnação, não temer julgamentos, estar capacitado e preparado para enfrentar os desafios e, principalmente, ter disposição para se dedicar diariamente ao seu empreendimento. Antes de atuar em novas áreas, o profissional precisa investir em autoconhecimento, conhecer suas aptidões, habilidades, qualidades e capacidades para escolher uma área de atuação de acordo com o perfil,

Para realizar novos projetos é necessário lutar contra a estagnação, não temer a julgamentos, estar capacitado e preparado para enfrentar os desafios e, principalmente, ter disposição para se dedicar diariamente ao seu empreendimento viabilizando resultados positivos e duradouros. Existem profissionais que estão prontos para empreender, que identificam as oportunidades e as transformam

em uma organização lucrativa; outros constroem uma carreira de sucesso fazendo parte de uma empresa. Seja como empreendedor ou intraempreendedor, existem várias oportunidades para os farmacêuticos atuarem de forma plena, contribuindo para o crescimento da empresa que estiver sob sua responsabilidade e assim colher os frutos advindos do seu trabalho. Que este fim de ano possa ser o início de uma nova história para os farmacêuticos que atuam na área do varejo, seja nas novas ou antigas áreas de atuação – mas que todos possam gostar do que fazem e, realmente, fazer o que gostam. Aproveito a oportunidade para desejar a todos os profissionais que atuam no varejo um Ano-Novo repleto de realizações e prosperidade. n

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GESTÃO TEXTO: RUI DE SÁ TELLES FOTOS: DIVULGAÇÃO

O que fazer no ano que vem para não repetir os erros de 2017

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a edição de novembro abordei o tema PLANEJAMENTO, falando de dois eventos importantes que teremos em 2018. Falei da esperança do povo com a seleção brasileira de futebol, e da expectativa e certa desesperança com as eleições, graças à confusão no cenário político. E nesta edição falaremos do que devemos fazer em 2018 para não repetir

os erros de 2017. Obviamente o tema PLANEJAMENTO terá que fazer parte dessas ações, mas somente isso não evitará os mesmos erros de 2017. Faço questão de começar apresentando boas notícias. A economia brasileira está, lentamente, se descolando e se livrando da influência da crise política. E podemos concluir que a maioria dos brasileiros está mais interessada em investir, trabalhar e crescer do que em saber o que está

Rui de Sá Telles,

consultor especialista em varejo farmacêutico

Mais informações sobre o tema: Whatsapp: 19 98237 3900 e-mail: ruitelles@focomax.combr

acontecendo no lado podre do Brasil. Sim, são vários os Brasis. Está ai uma das coisas a fazer para não repetir os erros de 2017. Ficar longe do Brasil podre e ficar do lado de cá: do lado do Brasil que trabalha, que acredita, que gera empregos e quer crescer. O grande diferencial do Brasil sempre foram e sempre serão as pessoas. Sua alegria, sua capacidade de superação, de levantar-se e seguir em frente.

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Apostar nas PESSOAS, incentivando, capacitando e valorizando-as, esta também é uma das coisas importantes a fazer em 2018 para não repetir os erros de 2017.

PASSADO FUTURO

As etapas do

PLANEJAMENTO

devem ser

ANÁLISE PROFUNDA DO AMBIENTE INTERNO E EXTERNO À SUA EMPRESA

Sua generosidade e criatividade superam a falta de boa educação formal, de boas escolas. Apostar nas PESSOAS, incentivando, capacitando e valorizando-as, esta também é uma das coisas importantes a fazer em 2018 para não repetir os erros de 2017. E, entre outras pequenas ações, como ACREDITAR SEMPRE na própria capacidade, TRABALHAR

DURO, ter CORAGEM PARA INVESTIR, é fundamental a construção ainda esse ano ou logo no inicio de janeiro de um PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO bem-feito, com realismo, mas com OTIMISMO. Todo PLANEJAMENTO, como já citei em outros artigos, deve resultar num PLANO DE AÇÃO, que deverá ser o GUIA da gestão da farmácia durante o ano.

Sugiro usar a ferramenta ANÁLISE SWOT, que ajudará a conhecer a empresa e o ambiente em que ela está inserida. Após uma análise bem-feita, você empresário terá um norte para traçar as diretrizes estratégicas e um plano de ação. Ou seja, poderá determinar e escrever as ações que fará ao longo do ano vindouro para que sua empresa continue saudável e crescendo. Faço questão de repetir o tema PLANEJAMENTO, que abordei na edição de novembro, porque, infelizmente, a maioria de nós, empresários do setor de farmácias no Brasil, considera esse tema tão importante apenas como uma perda de tempo. Resumindo: escolher ficar dentro do Brasil que acredita, trabalha e gera empregos e ficar de fora do Brasil podre das mazelas e más noticias; acreditar nas PESSOAS, valorizando-as e incentivando seu crescimento, e fazer ainda este ano um PLANEJAMENTO; e, importante, executá-lo ao longo de 2018. São esses as ações mais relevantes para se fazer em 2018 e não repetir os erros de 2017. n

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GESTÃO TEXTO: JUAN CARLOS BECERRA LIGOS FOTOS: DIVULGAÇÃO

Consultório farmacêutico Dr. Juan Carlos Becerra Ligos Farmacêutico bioquímico na modalidade fármacomedicamentos, graduado pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Marketing do Varejo, Gestão e Estratégias pelo SENAC/SP, proprietário responsável técnico de farmácia há trinta anos, diretor executivo do Sincofarma-SP, membro do Conselho Superior de Estudos Jurídicos e Estratégicos da ABCFARMA e professor dos cursos “Técnicas de Aplicação de Injetáveis, “Como atender MUITO bem” e “Gestão Financeira em farmácias e drogarias” Para saber mais sobre este assunto: Cel. (11) 97578-1532 juan@sincofarma.org.br

Modismo ou Tendência?

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a verdade, o que se pretende com esse novo serviço é resgatar o que as farmácias faziam num passado não muito distante: “Cuidar de pessoas”. Desde 1985, quando ingressei no varejo farmacêutico, o que fazíamos era justamente o que se pretende voltar a fazer – agora de forma regulamentada, para dar mais segurança jurídica às empresas. Houve um tempo em que quase tudo podia nas farmácias e estávamos numa fase onde nada pode – a não ser comercializar caixinhas. Agora, retornamos a uma “nova” era: o Consultório Farmacêutico A culpa pelo retrocesso, nos anos 80 e 90, não foi dos empresários ou dos profissionais de saúde que trabalham nessas

empresas, mas de regulamentações que, no nobre intuito de proteger a saúde da população, neutralizaram as atividades relativas a cuidados e acompanhamento da saúde dos clientes que as farmácias exerciam. Claro, em todas as atividades há desvios de conduta e estes, sim, precisam ser combatidos. No entanto, às vezes nos conduzimos pelas exceções para criar normas complexas, normalmente impraticáveis, de difícil entendimento por todo o setor e desalinhadas com as necessidades da sociedade. Quem sabe precisávamos passar por essa etapa para reconhecer que as farmácias sempre cuidaram de pessoas – e, se deixaram de fazê-lo, não foi por escolha do setor! Mas estamos voltando ao propósito da existência da farmácia

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ABCFARMA e da profissão farmacêutica: melhorar a qualidade de vida das pessoas, cuidar de pessoas! A questão não é o consultório, ou sala de serviços farmacêuticos, mas o que vai acontecer dentro dela – se não houver retorno para a saúde da população, retorno financeiro para a empresa e profissionais capacitados com perfil adequado, e em número suficiente para

atender ao mercado, esse novo segmento de negócio não terá sustentabilidade. A implantação é gradual – os que hoje já estão em funcionamento (há mil consultórios farmacêuticos em funcionamento, ou 1,2% das farmácias do país) começaram a ser planejados e estruturados há três ou cinco anos, o que indica uma implantação gradual em médio prazo.

Na maioria dos consultórios em funcionamento, os farmacêuticos não prescrevem medicamentos isentos de prescrição – mas dispõem de programas de acompanhamento e orientação em:

Hipertensão / Diabetes / Asma /Autocuidado /Colesterol/ Tabagismo / Obesidade / Perda de peso / Imunização, aplicação de vacinas / Adesão à prescrição médica / Revisão de medicamentos / Orientação e aconselhamento farmacêutico Esses programas não são implantados juntos numa mesma empresa. Geralmente, faz-se uma pesquisa e, de acordo com a necessidade da comunidade local, implantam-se os serviços que terão maior demanda. Assim, se numa determinada região existem muitos fumantes e pessoas que desejam parar de fumar, implanta-se um programa antitabagismo, por exemplo. Resumindo: são alguns serviços por estabelecimento e não todos num só. Além desses programas, farmácias com Consultório Farmacêutico podem prestar os seguintes serviços:

Aplicação de injetáveis / Aferição de pressão arterial / Verificação da temperatura corporal / Medição de glicemia / Medição de colesterol total / Perfuração de lóbulo de orelha / Desafios 3 Farmacêuticos capacitados e com perfil para atendimento ao cliente. Como sabemos, as instituições de ensino não estão formando profissionais para atender a essa atividade, pois as competências necessárias agora são outras, mais voltadas para a área clinica, uma visão mais holística do negócio farmácia - um profissional em constante desenvolvimento técnico, atualizado e com conhecimento em gestão de pessoas. 3 Mudança de cultura das organizações e sociedade 3 Engajamento e comprometimento de toda a equipe 3 Retenção de talentos 3 Manter-se atualizado, aprendizagem contínua dos profissionais. 3 Comunicação à sociedade desses novos serviços. Demonstrar o valor deles para a saúde da população, num país com tantas diferenças sociais e culturais. Pois está difícil levar o cliente para dentro do consultório farmacêutico. 3 Remuneração dos serviços farmacêuticos 3 Redução, otimização e ganho de escala desses serviços tão personalizados. 3 Tecnologia para armazenar e consolidar as informações num único banco de dados. 3 Recursos para investimento em capacitação, equipamentos, tecnologia e remodelagem das farmácias, principalmente as pequenas.

Embora os serviços prestados ainda não estejam sendo cobrados pela maioria das empresas, com o objetivo de demonstrar o seu valor para a sociedade, as experiências iniciais demonstram que os clientes que já utilizaram o serviço o aprovaram e o indicam para outros usuários de medicamentos. Por outro lado,

a empresa fortalece sua marca na cabeça do consumidor, obtém informações para o desenvolvimento de serviços inovadores e personalizados e geralmente aumentam as vendas de outros produtos. Assim devem continuar e intensificar o investimento nesse novo segmento do negócio. Portanto, acredito que 2018 será o ano do Consultório Farmacêutico dentro ou fora das farmácias. Ou melhor: o ano dos SERVIÇOS FARMACÊUTICOS, pois o importante não é o consultório, mas o que vai acontecer dentro dele e o resultado vai depender muito do profissional que vai atender a clientela. O varejo farmacêutico passa por uma profunda revolução. Existem três tipos de empresários: os que se antecipam e percebem as mudanças no varejo farmacêutico, os que, embora percebam as mudanças, ficam paralisados e nada fazem. E, finalmente, os que vivem perguntando o que aconteceu. Pense nisso! n

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GESTÃO TEXTO: CADRI SALEH AHMAD AWAD FOTOS: DIVULGAÇÃO

Afinal de contas!

O que é comprar bem para a farmácia?

ideia de que descontos muito maiores do que a média são obtidos pelas empresas de grande porte no nosso setor Aliás, a alegação mais utilizada por muitos empresários de farmácia para justificar os resultados ruins e até a falência do seu negócio é a condição comercial das grandes redes, em detrimento do varejo independente. Mais uma vez, a culpa pelo insucesso é sempre do concorrente que compra tudo mais barato e, portanto, consegue vender mais barato.

Aí pergunto: será que o segredo do sucesso é simplesmente comprar mais barato e vender mais barato?

Será que farmácia é só isso?

Cadri Saleh Ahmad Awad,

farmacêutico, consultor de empresas e sócio proprietário do Instituto Bulla-adtec de Goiânia, empresa especializada em Gestão de Varejo Farmacêutico. Tel.: (62) 8484-8777 e-mail: cadri@institutobulla.com.br site: www.institutobulla.com.br

O

setor de compras na farmácia é cercado de polêmicas quando a pauta é a condição comercial dos estabelecimentos de pequeno porte x grande porte. Até ironizo que verdadeiras “lendas urbanas” cercam esse assunto, pois muitos gestores de farmácias de pequeno porte fantasiam a

Agora vamos aos fatos! Em nenhum momento estou afirmando que quem compra R$ 100 milhões ganha o mesmo desconto de quem compra R$ 100 mil. Estamos no capitalismo e é perfeitamente compreensivo que o poder de compra de quem é maior resulte em melhores condições comerciais. Entretanto, a pergunta que não quer se calar: o desconto médio obtido pelas farmácias de grande porte é tão grande a ponto de inviabilizar a farmácia de pequeno porte? As diferenças no passado já foram maiores, mas atualmente a diferença entre a média ponderada de desconto obtida por uma boa farmácia independente já não é tão diferente da média de uma farmácia de grande porte. As diferenças, na maioria das vezes, não ultrapassam de 2 a 4% (MÉDIA PONDERADA).

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ABCFARMA Muitas vezes é irônico ver empresários com um perfil de vendas no qual o montante vendido de medicamentos similares e genéricos tem representatividade de 45% sobre o faturamento total e CMV (Custo da Mercadoria Vendida) de 46% – e, apesar disso, ele reclama que não consegue competir com um concorrente bem maior, porque este consegue comprar melhor. Mas esse empresário “menor” não sabe que o perfil de vendas do concorrente maior é diferente e pode apresentar um CMV maior – por exemplo, 51%. Moral da história: o concorrente maior pode até ter obtido melhores condições comerciais, mas o CMV maior anulou essa suposta vantagem e isso permite que as farmácias de menor porte também possam ser competitivas, se souberem analisar melhor os seus números e fazer uma gestão de alto desempenho. Todos sabem que, quanto maior é o montante vendido de medicamentos similares e genéricos, menor é o CMV da farmácia. Nas consultorias do Instituto Bulla, temos observado que, nas farmácias de menor porte, a participação de medicamentos genéricos e similares é maior, ou seja, esse grupo de produtos é mais representativo sobre o faturamento total, o que faz abaixar o CMV de forma considerável. Um estudo não oficial com 82 farmácias independentes e de pequeno porte revelou muito sobre o “perfil de venda de genéricos e similares” e seus respectivos CMV. A tabela abaixo mostra numericamente os resultados desse estudo e correlação

entre o montante vendido de medicamentos genéricos e similares x CMV.

O que podemos concluir dentro do cenário apresentado? Muitas vezes o empresário de menor porte reclama do concorrente que possui um poder de compra maior, mas não é capaz de perceber que, se por um lado o alto desconto na compra faz o CMV abaixar, por outro o incremento de venda de produtos com Margem de Lucro maior impacta de forma mais significativa na redução do CMV. Isso para não falar das outras variáveis que influenciam no lucro da farmácia e podem impactar significativamente no tamanho do lucro.

Onde quero chegar com tais colocações? Muitos empresários se esquecem de que o perfil de vendas pode impactar muito mais sobre o tamanho do CMV incrementando o seu lucro do que necessariamente a condição comercial na compra. Estou a dizer com isso que comprar bem não é importante? Claro que acho que comprar bem é uma necessidade. Todos nós queremos comprar bem, mas é importante se ater a todos os fatores que impactam no resultado da farmácia.

Vão aqui, portanto, algumas dicas para ter uma boa gestão de compras:

1

Divida os seus pedidos de compra em dois: A) Pedidos de rotina – O foco aqui é simplesmente repor os produtos vendidos de acordo com a dotação orçamentária e o estoque mínimo e máximo. B) Pedidos especiais ou de negociação – Aqui o foco é aumento do estoque, aproveitamento de condições

especiais com ganho de rentabilidade– e se baseia na estatística e previsão de venda, mas também na provisão de caixa.

2

Faça curva ABC por fabricantes/fornecedores, curva de produtos por valor e quantidade e priorize, nas negociações e parcerias, os fornecedores dos produtos de maior representatividade sobre seu faturamento. Muitas farmácias dispendem enorme energia para comprar 6 a 8 mil itens por mês e se esquecem de que às vezes 800 itens representam 50% de todo o seu faturamento.

3

Tenha em mãos sempre o suplemento de preços da revista ABCFARMA e observe nos DANFES se o desconto obtido sobre o preço-fábrica está sendo seguido rigorosamente pelo seu fornecedor. Obs.: Lembre-se de que pode haver ICMS ST embutido no valor dos produtos dependendo do fornecedor e do seu estado da Federação.

4

Siga rigorosamente a dotação orçamentária de compras para os pedidos de rotina e planeje os pedidos especiais ou de negociação se tiver provisão de caixa e previsão de venda.

5 6

Sempre monitore sua estatística de venda para comprar o essen-

cial.

Comprar bem é garantir que você fará mensalmente a reposição de acordo com a dotação orçamentária de compras apontada pelo CMV de forma a não sofrer com rupturas no PDV e tampouco sacrificar o fluxo de caixa da farmácia.

Enfim, essas são apenas algumas dicas de como podemos ser mais eficientes, adotando protocolos e procedimentos para potencializar os resultados de cada setor da farmácia. Sucesso e Prosperidade! n

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GESTÃO

O presidente Ricardo Duarte da Silveira e sua diretoria

12ª Convenção e Feira de Negócios

Celebração e bons negócios

F

oram 62 estandes, com a participação de todos os segmentos da cadeia do comércio farmacêutico no Rio Grande do Sul – e um resultado financeiro que superou os R$ 30 milhões. Assim foi a 12ª Convenção e Feira de Negócios Farmácias Associadas, realizada entre 26 e 29 de outubro, no centro de eventos Serra Park, em Gramado, na Serra Gaúcha. Ao todo, mais de 2.500 pessoas circularam pelo complexo e puderam conhecer e comercializar o que há de mais novo no mercado farmacêutico brasileiro 62 Revista ABCFARMA • Dezembro / 17

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ABCFARMA

Além da Feira de Negócios, que é o principal objetivo do evento, os participantes também assistiram às palestras do especialista em hipnose Fábio Puentes e do consultor especialista em varejo de farmácia Américo José da Silva Filho – há 12 anos, ele também é o mestre de cerimônias do evento. Associados de todos os cantos do Estado marcaram presença no encontro, que também comemorou os 70 anos da Associação de Proprietários e Oficiais de Farmácia

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ABCFARMA Estado do Rio Grande do Sul (Asprofargs), entidade que deu origem às Farmácias Associadas. Para marcar a data, foi lançado um livro comemorativo que conta em detalhes toda a trajetória da Asprofargs e das pessoas que construíram juntas essa longeva história. Dona Vladi Signoretti, viúva de um dos fundadores e atuante desde o começo da Associação, foi homenageada e cortou o bolo que celebrou o momento. Jaime Nunes Moreira, diretor executivo comercial da Associadas, destacou os números da Rede: são 830 lojas, presentes nas 300 maiores cidades gaúchas e responsáveis por 15% do faturamento do varejo farmacêutico no estado e 1,2% do mercado nacional. E, logo após a bem-sucedida convenção, diretores da Rede reuniram-se para fazer o planejamento estratégico para 2018 – com a expansão da rede fora do Rio Grande do Sul, começando pelo Mato Grosso do Sul. Além

A partir da esquerda, Abigail Maglio, Tatiana Wanin, Maria Helena Zidoi, Felicio De Rosa Neto, Jaime Nunes Moreira e Pedro Zidoi Sdoia

disso, a Associadas vai patrocinar o treinamento de 40 farmacêuticos no campo da Farmácia Clínica. “É como se fosse uma pós-graduação para nossos farmacêuticos”,

ressalta Jaime. O presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi Sdoia, sua esposa Maria Helena, o gestor Felicio De Rosa Neto e Abigail Maglio prestigiaram o evento.

Diretoria da ASSOCIADAS Presidente: Ricardo Duarte da Silveira 1º Vice-Presidente Comercial: Milton Dias dos Santos 2º Vice-Presidente de Marketing: Darci Fernando Goulart Aldrigui 3º Vice-Presidente de Patrimônio: José Ademar Lopes Diretor Financeiro: Ben Hur Jesus de Oliveira Diretor Secretário: Antônio Eroni Nunes Jaques Diretor de Tecnologia: Ciro Vicente dos Santos Rosa Diretor de Recursos Humanos: João Gilberto Serrat Diretor Jurídico: Reni Antônio Rubin Diretor de Patrimônio: Leomar Rehbein Diretor Executivo Comercial: Jaime Nunes Moreira Diretor Executivo Administrativo: Everton Luiz Ilha Mahfuz 64 Revista ABCFARMA • Dezembro / 17

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EVENTOS TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

GS1 BRASIL

20 ANOS DO PRÊMIO AUTOMAÇÃO

E

mpreendedores, empresas, imprensa e entidades de vários setores da economia se reuniram na solenidade de entrega do XX Prêmio Automação, promovido pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, no dia 7 de novembro, quando foram conhecidos os trabalhos de maior relevância para a sociedade no ano de 2017. A premiação e as homenagens reconhecem os melhores projetos inovadores em processos automatizados com os padrões de tecnologia GS1.

Durante a cerimônia de premiação, os vencedores receberam um troféu de reconhecimento pela iniciativa de aprimoramento dos processos de toda a cadeia de abastecimento. Realizado no espaço Tom Brasil, em São Paulo, o evento completou 20 anos de valorização das iniciativas de boas práticas de empresas, entidades e imprensa. Nesse período, a entidade já privilegiou o trabalho de 324 companhias. “O Prêmio Automação é hoje uma referência quando se fala em empenho e pioneirismo na adoção de padrões para se

atingir a excelência no mundo dos negócios”, afirma João Carlos de Oliveira (na foto acima, brindando com os premiados), presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. A comemoração já se incorporou à história da GS1 Brasil, que promove uma festa descontraída, sempre em novembro, desde 1998. Para homenagear os vencedores, é entregue o Troféu Harpia, que representa a maior ave de rapina do mundo e faz parte da fauna brasileira. As categorias do Prêmio Automação são Negócios, Educação, Sustentabilidade e Imprensa.

Confira quem mais se destacou neste ano: VENCEDORES DO XX PRÊMIO AUTOMAÇÃO Empresa Categoria MPE Mascky Comércio e Distribuição Santana Centro Eletrônico Identificação comercial Carrefour Gestão logística varejo Oxford Porcelanas EPC/RFID Brascol Têxtil Cristália Produtos Químicos Segurança do paciente Farmacêuticos e Hospital da Mulher - CAISM Unicamp Pinheiro Supermercado Segurança do consumidor Gestão logística na indústria Via Marte Diário do Comércio (MG) – Imprensa Thaíne Belissa ONG Adere Sustentabilidade Centro Estadual de Educação Educação Tecnológica Paula Souza

HOMENAGEADOS PELO

XX PRÊMIO AUTOMAÇÃO Hospital Albert Eistein Seal Sistemas e Tecnologia Grupo Pão de Açucar RR Etiquetas ABRAS ABAD SEBRAE NACIONAL ENCAT/SEFAZ

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REGULATÓRIO

SERVIÇOS FARMACÊUTICOS UMA NOVA LEI MUDA O COMPORTAMENTO DAS FARMÁCIAS EM SÃO PAULO Um projeto de lei de autoria da vereadora Edir Sales, sancionada em novembro pelo prefeito João Doria, efetivamente transforma as farmácias da capital paulista em estabelecimentos de saúde – autorizando a realização ser serviços como aplicação de vacinas e consultório farmacêutico.

Veja o que mudou. Projeto de lei nº 313/15, da vereadora Edir Sales – PSD Dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos pelas farmácias e drogarias, e fixa outras providências. JOÃO DORIA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 4 de outubro de 2017, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1º As farmácias e drogarias ficam autorizadas à prestação dos seguintes serviços farmacêuticos: I – aplicação de inalação ou nebulização; II – aplicação de medicamentos injetáveis, mediante apresentação de receita médica; III – acompanhamento farmacoterapêutico; IV – medição e monitoramento da pressão arterial; V – medição da temperatura corporal; VI – medição e monitoramento da glicemia capilar; VII – serviços de perfuração de lóbulos auriculares, que deverão ser realizados mediante emprego de equipamento específico e material esterilizado, conforme normas vigentes; e VIII – atenção farmacêutica, inclusive a domiciliar. § 1º As farmácias e drogarias autorizadas à aplicação de medicamentos injetáveis poderão proceder à aplicação de vacinas, sob responsabilidade técnica do farmacêutico, que deverá garantir o adequado armazenamento, manuseio desse produto e informar mensalmente no Boletim Mensal de Doses

Aplicadas (fornecido pela Secretaria de Estado da Saúde) ao Gestor do SUS. § 2º Os medicamentos para os quais é exigida a prescrição médica devem ser administrados mediante apresentação de receita e após sua avaliação pelo farmacêutico. § 3º As vacinas não constantes do calendário oficial vigente somente poderão ser aplicadas mediante prescrição médica. § 4º A autorização para prestação de serviços pelas farmácias e drogarias, especificados neste artigo, será concedida por autoridade sanitária, mediante inspeção prévia, destinada à verificação do atendimento aos requisitos regulamentares, sem prejuízo das disposições contidas em normas específicas ou complementares. § 5º Os serviços farmacêuticos prestados pelas farmácias e drogarias deverão constar do Manual de Boas Práticas Farmacêuticas e no Procedimento Operacional Padrão do estabelecimento. § 6º O farmacêutico, após a prestação de serviço, deverá fornecer ao paciente declaração específica, em papel timbrado do estabelecimento, contendo o registro do serviço farmacêutico efetuado. Art. 2º As farmácias e drogarias poderão participar de campanhas e programas de educação sanitária promovidos pelo Poder Público. Art. 3º As farmácias com manipulação, assim classificadas pela legislação federal, ficam autorizadas à manipulação e à dispensação de produtos oficinais e de medicamentos isentos de prescrição médica, mediante prescrição do profissional farmacêutico, em conformidade com as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Farmácia. § 1º Os medicamentos e os produtos considerados como dinamizados, homeopáticos, antroposóficos e anti-homotóxicos, cuja prescrição médica é dispensada, poderão ser manipulados e dispensados pelas farmácias com manipulação, assim classificadas pela

legislação federal, mediante prescrição do profissional farmacêutico, em conformidade com as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Farmácia. § 2º As farmácias com manipulação, assim classificadas pela legislação federal, ficam autorizadas à manipulação e à dispensação de produtos classificados como cosméticos, dermocosméticos, perfumes, de higiene pessoal, de cuidado pessoal ou de ambiente, em conformidade com as normas vigentes. Art. 4º Ficam autorizadas às farmácias e às drogarias a realização e prestação dos serviços que compõem o âmbito do profissional farmacêutico, observadas as determinações previstas na legislação e nos exatos termos estabelecidos pelo Conselho Federal de Farmácia, que regulamenta a atividade profissional farmacêutica. Parágrafo único. A realização dos serviços farmacêuticos descritos no “caput” deste artigo tem como objetivo permitir a efetiva prestação de serviços consistentes, visando à interação e à resposta às demandas dos usuários do sistema de saúde e à resolução dos problemas de saúde da população que envolvam o uso de medicamentos. Art. 5º A autoridade sanitária deve explicitar na licença de funcionamento as atividades que a farmácia está apta e autorizada a executar, que deverão estar afixadas em local visível ao consumidor. Art. 6º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições com contrário. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 7 de novembro de 2017, 464º da fundação de São Paulo. JOÃO DORIA, PREFEITO ANDERSON POMINI, Secretário Municipal de Justiça JULIO FRANCISCO SEMEGHINI NETO, Secretário do Governo Municipal BRUNO COVAS LOPES, Secretário-Chefe da Casa Civil Publicada na Casa Civil, em 7 de novembro de 2017. n

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OS BENEFÍCIOS DE FAZER PARTE DO QUADRO DE ASSOCIADOS

DA ABCFARMA:

3 Integrar o quadro da ABCFARMA, recebendo a declaração de associado. 3 Importar informações do banco de preços, diretamente do servidor ABCFARMA. 3 Inclusão nas ações jurídicas coletivas em defesa do varejo farmacêutico. 3 Assessoria jurídica na área sanitária. 3 Acesso a informações exclusivas sobre o andamento dos projetos de lei em trâmite no congresso. 3 Acesso ao portal do associado para consulta de edições anteriores da revista ABCFARMA. RECEBIMENTO MENSAL DA REVISTA ABCFARMA

3 ANEXO DE PREÇO: A mais completa e segura Lista de Preços de Medicamentos do país a única publicada por uma entidade ligada ao varejo farmacêutico 3 EDITORIAL: Matérias de orientação e informação sobre saúde, legislação, gestão de negócios e atualidades. 3 LISTA COMPLETA DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS: Lista completa de medicamentos genéricos encartado no volume 1, com seus respectivos medicamentos de referência, facilitando a vida de farmacêuticos, balconistas e consumidores. 3 Observação: Os estabelecimentos que dispensam medicamentos ficam obrigados a manter a disposição dos consumidores lista atualizados dos medicamentos genéricos. RDC 99 de 22 de novembro de 2000 PUBLICAÇÕES ESPECIAIS

3 REVISTA FITOTERÁPICOS: Informações atualizadas sobre o mercado de medicamentos

fitoterápicos. 3 REVISTA CRIANÇAS E ADOLECENTES: Revista com linguagem dirigida a quem decide a compra de produtos para essa faixa etária.

PARA MAIS INFORMAÇÕES: 11 3223-8677 • www.abcfarma.org.br

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