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Dicionário Biográfico de Personalidades Feirenses Francisco de Azevedo Brandão *

PACHECO,

Sebastião Gomes da Costa (1740-1818). Nasceu na freguesia da Vitória, na

cidade do Porto em 17 de Janeiro de 1740. Era filho de Luiz Gomes da Costa e de D. Clara Luiza Pacheco, filha de Sebastião Santos Pacheco. Era casado com D. Ana Joaquina Rita Costa Pacheco. O Dr. Sebastião Pacheco comprou a casa e quinta das Ribas ao descendente de João Ferreira da Cruz, morgado Fernando José de Miranda Pinto Pereira da Silva e mulher, por escritura de 24 de Novembro de 1789. O Dr. Sebastião era irmão de Manuel Gomes da Costa Pacheco, tabelião na Vila da Feira. Foi o descendente deste, José Eleutério de Lima Filho que vendeu a casa e quinta das Ribas a Joaquim Vaz de Oliveira Júnior, por escritura de 16 de Abril de 1841, com reserva de habitação e o usufruto do campo da Pereira a favor de sua sogra D. Josefa Xavier Pacheco Ferreira. O Dr. Sebastião faleceu na casa das Ribas em Dezembro de 1818 e sua mulher, D. Ana Joaquina, a 1 de Abril de 1826, com 83 anos de idade. Bibliografia Roberto Vaz de Oliveira, Quinta das Ribas – Família Vaz de Oliveira. Edição da Comissão das Comemorações, 1999.

PADRES nascido na freguesia de Paços de Brandão. Bebiano Pinto de Almeida, nascido por volta de 1888, filho de António de Sá e de D. Agostinha de Almeida Pinto, da Casa de Linhares e Barroso. Foi presbítero da Ordem de S. Pedro. Ainda vivia em 1740. Era o 2.º de 13 irmãos; Manuel Caetano de Almeida Pinto, presbítero licenciado em Cânones pela Universidade de Coimbra, Senhor do Casal e Prazo da Lomba, sito no lugar do Matoso, em Paços de Brandão. Era filho de António Pinto de Almeida, nascido na Casa da Quinta, em Paços de Brandão e de D. Joana da Silva Carneiro. 1711; Francisco dos Reis Pinto de Almeida, presbítero, nasceu em Paços de Brandão a 21 de Janeiro de 1702. Era filho de António dos Reis da Cunha e de D. Madalena Pinto de Almeida, irmã do Padre Bebiano Pinto de Almeida; José Pinto de Almeida, presbítero secular de S. Pedro, capelão fidalgo da Casa Real, condecorado com a medalha da Real Efígie (despacho de 14 de Novembro de 1829). Filho de António Pinto de Almeida, senhor da Casa da Portela e de D. Maria Angélica Rosa Pinheiro da Cruz; nasceu na Casa de Linhares e Barroso, a 9 de Março de 1761. Para se ordenar, recebeu de seus pais dote patrimonial por


escritura de 30 de Outubro de 1777. Faleceu na Casa da Portela de Baixo, a 6 de Maio de 1852: António Pinto de Almeida, nascido a 5 de Setembro de 1761. Era filho de José Pinto de Almeida e de D. Clara Maria da Costa, ambos de Paços de Brandão. Foi presbítero e abade de S. Paio de Oleiros; Manuel Pinto de Almeida, filho de Manuel Rebelo e de D. Maria de Sá Pinto de Almeida. Foi cura da freguesia de S. Paio de Oleiros, em 1702; José Pinto de Almeida, irmão do Padre Bebiano Pinto de Almeida. Era religioso da Ordem Terceira de S. Francisco no Patriarcado com o nome de Frei José de Santa Maria. Nasceu na Casa da Quinta. Em 1720, vivia no Convento do Mogadouro; Manuel Pinto de Almeida, irmão do anterior, foi cura de S. Paio de Oleiros; João Pinto de Almeida, (tem verbete próprio); José Pinto de Almeida, nascido a 24 de Novembro de 1825. Era filho de Manuel Pinto de Almeida, falecido a 3.11.1832 e de D. Gertrudes Maria Rosa da Silva Canedo. Foi presbítero capelão da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Faleceu nesta cidade, em 1892; José Pereira Rosas, nascido no Barroso. A sua missa nova foi a 29 de Setembro de 1861. Faleceu a 15 de Janeiro de 1886; António de Oliveira Maia, nascido no arraial a 26 de Setembro de 1895. Foi pároco de Paços de Brandão, em 1923. Seu nome aparece no Livro das Festa ao Menino Deus, cujos donativos revertiam em favor das obras e melhoramentos da igreja (1918-1925). Paroquiou também a freguesia de Mozelos. Bibliografia Padre Antero, Apontamentos sobre Paços de Brandão.

PADRES

nascidos na freguesia de Pigeiros. O padre José Inácio da Costa e Silva, no seu

trabalho «S. Jorge (resumo da monografia)», publicado, em 1940, no jornal «Tradição», número especial das Comemorações dos Centenários, dá-nos uma lista dos padres nascidos em Pigeiros, sem qualquer referência dos respectivos dados biográficos, à excepção de José Henrique da Silva que tem verbete próprio. Eis a lista: Manuel Henrique do Couto, da Aldeia; Tomaz de Bastos, da Portela; Manuel de Paiva, de Trezuma; Custódio José Pereira, da Portela; José Leite de Bastos, da Portela; António Pereira de Matos, de Sobreiro; Manuel dos Santos Tinoco, de Fundo da Aldeia; Marcolino José Henriques da Silva, da Aldeia; José Francisco da Silva, de Bajouica; Manuel José de Oliveira Nogueira, da Aldeia; Inácio Joaquim Alves da Silva, de Bajouca; José Henrique da Silva, de Cimo de Aldeia; Manuel José Pereira Duarte, da Portela; Bernardo Alves Gomes dos Santos, da Aldeia; Firmino José Henriques Coutinho, da Aldeia; António Inácio da Costa e Silva, da Aldeia; Manuel Henriques da Silva, de Trezuma;


José Inácio da Costa e Silva, da Aldeia; Rodrigo José Milheiro, da Quinta; António Inácio da Costa e Silva Júnior. Bibliografia P.e José Inácio da Costa e Silva, Santa Maria de Pigeiros. Jornal «Tradição», número especial das Comemorações dos Centenários, Setembro, 1940.

PADRES

nascidos na freguesia de S. Jorge. O padre José Inácio da Costa e Silva, no seu

trabalho «S. Jorge (resumo da monografia)», publicado em 1940 no jornal «Tradição», número especial das Comemorações dos Centenário, dá-nos uma lista dos padres nascidos em S. Jorge, sem fazer qualquer referência dos respectivos dados biográficos Eis a lista: José Henriques do Couto; Manuel Francisco de Sousa, do lugar do Coteiro; João Pereira de Magalhães, da Aldeia; José

de Bastos, Herdeiro; João de Bastos, Herdeiro; Manuel A. de Bastos, de Caldelas; Dr. Manuel Pais Ferreira; José Pinto Ferreira, de Caldelas; Francisco José Coelho de Goês, da casa do Inias; Tomaz Pereira Pinto, da Aldeia; José de Oliveira Peixoto, de Moinho do Cabo; Manuel Francisco Alves Prêda, de Ribas; Manuel António Sousa, casa do Padre; António Domingues da Conceição, Herdeiro; Crespim Ferreira dos Santos; João Francisco; Domingos Dias Paixão.

Bibliografia P.e José Inácio da Costa e Silva, «S. Jorge 8resumo da monografia), jornal «Tradição», número especial das Comemorações dos Centenários, Setembro, 1940

PAIS,

Alfredo Joaquim (1922 - 1983). Nasceu em Manaus (Brasil) em 1922. Veio para

Portugal com a família e aqui dedicou-se ao futebol. Começou a sua carreira futebolística no antigo «Paços de Brandão Futebol Clube», passando pelo «SUD», também de Paços de Brandão e pela «Oliveirense». Ingressou depois no Futebol Clube do Porto, onde se manteve durante as décadas de 40 e 50, tendo sido capitão da equipa. Fez parte, por duas vezes, da selecção nacional e foi ainda treinador de diversas equipas, entre as quais do actual «Grupo Desportivo do Paços de Brandão». Era casado com D. Maria Aldina Rios da Rocha. Faleceu em Março de 1983, com 61 anos de idade. Bibliogafia


«Correio da Feira», 18.3.1983

PAIS, Boa (?

- ?). Vivia em 1138, pois a 29 de Janeiro desse ano legou ao Mosteiro de S.

Salvador de Grijó metade no imediato e metade à sua morte, de um quinto dos seus bens que possuía in Villa Palatiolo (Paços de Brandão). Bibliografia Robert Durand, Le Cartulaire du Baio Ferrado du Monastère de Grijó (XI-XIII Siècles). Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural Português, Paris, 1971

PAIS, Fernando (? – ?). Era filho de Gonçalo Viegas e de Flâmula Chamôa. Viveu na Terra de Santa Maria, a partir de 1026 e era vivo ainda em 1047. Bibliografia José Mattoso, A Nobreza Medieval Portuguesa – A Família e o Poder. Editorial Estampa, 4.ª edição, 1994

PAIS, Garcia (? – ?). Era filho de Paio Vitisciliz e de Patrina Eriz. Deixou todos os seus bens ao Mosteiro de Pedroso, em 1087. Em 1090, compra uma propriedade em Esmoriz. Teve uma filha, Maria, que foi patrona do referido mosteiro. Bibliografia José Mattoso, A Nobreza Medieval Portuguesa – A Família e o Poder. Editorial Estampa, 4.ª edição, 1994

PAIS, Guterre (? – ?) e sua mulher Godinha Fernandes, duma parte e os monges do Mosteiro de S. Salvador de Grijó, por outra, comprometeram-se, em Setembro de 1145, a não alienar a terra que eles têm em compropriedade em Milheirós, sendo em seu mútuo proveito. Já em


Fevereiro do mesmo ano, eles com o seu filho, tinham vendido ao mesmo mosteiro, por 120 «modios» a metade da sua terra em Milheirós. Bibliografia Robert Durand, Le Cartulaire Baio Ferrado du Monastère de Grijó (XI-XIII Siècles). Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural Português, Paris, 1971.

PAIS,

João Alves (?- ?). Cónego, arcediago da Sé do Porto, foi confirmado pároco de

Guisande, em 27 de Junho de 1530 e voltou novamente a ser pároco de Guisande, em 31 de Agosto de 1534 e viveu, pelo menos, até 1541. Aparece também como Cónego da Colegiada de Cedofeita. Bibliografia António Ferreira Pinto, Defendei Vossas Terras – Monografia de Guisande. Edição da Junta de Freguesia de Guisande, 1999

PAIS,

José Ferreira (1866-1947). Foi industrial papeleiro em Riomaior, Paços de Brandão.

Começou por ser arrendatário da Fábrica de Cima dos Azevedos e, em 1916, comprou a antiga fábrica que tinha pertencido a Lourença Pinto e a Joaquim de Carvalho. Com a morte de José Ferreira Pais, a fábrica continuou a laborar sob a direcção de seu filho Custódio Pais. Em 21 de Outubro de 1992, a fábrica foi vendida, pela família Ferreira Pais, à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira para funcionar como Museu de Papel e que é o actual «Museu de Papel de Paços de Brandão e Terras de Santa Maria». Bibliografia Maria José Ferreira dos Santos, A Indústria do Papel em Paços de Brandão e Terras de Santa Maria. Edição da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, 1997

PAIS, Joyon (? – ?). Era abade da freguesia de Guisande, concelho da Feira, na era de 1322, ano de Cristo 1284. Os párocos de Guisande eram apresentados pelo convento de Rio Tinto que tinha sido fundado por D. Diogo Truitecendes Dias e seus filhos Truitecendes Dias e


Gonçalo Dias que o dotaram com rendas e padroados importantes. D. Afonso Henriques dooulhe para sempre o couto de Rio Tinto. Assim o convento de Rio Tinto adquiriu muita importância, teve vários padroados e privilégios que passaram com as religiosas para o mosteiro de S. Bento de Avé Maria, no Porto. E um dos privilégios do convento de Rio Tinto era o da apresentação de pároco para a freguesia de Guisande, Feira. Bibliografia António Ferreira Pinto, Defendei Vossas Terras – Monografia de Guisande. Edição da Junta de Freguesia de Guisande, 1999. «Arquivo de Rio Tinto», livro n.º288 – Arquivo Distrital do Porto.

PAIS,

Pedro (? – ?) prometeu ao Mosteiro de S. Salvador de Grijó, em Abril de 1158, a

metade de todos os bens, móveis e imóveis, que figurarão no seu testamento; pede, além disso, para ser enterrado no mosteiro a troco de uma sua terra em Souto. Em Abril de 1141, já tinha legado ao mesmo mosteiro a sua terra de Milheirós. Bibliografia Robert Durand, Le Cartulaire Baio Ferrado du Monastère de Grijó (XI-XIII Siècles). Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural Português, Paris, 1971.

PAIS, Soeiro (? – ?). Era filho do conde Paio Froilaz e de Ximena Fernandes. Recebeu de sua mãe propriedades em Pigeiros, Touguinha e Porto fr Mui llani e, em 1043, comprou herdades em Pigeiros e em Viariz. Em 1044 ficou com uma terra em Pigeiros de um fiador dum seu devedor e, em 1049, dá herdades em Pousada para, em troca, receber outras situada também em Pigeiros e ainda em Touguinha e Cetegães. Era casado com Eilo ou Eilan. Bibliografia José Mattoso, A Nobreza Medieval Portuguesa – A Família e o Poder. Editorial Estampa, 4.ª edição, 1994.


PAIS, Soeiro (? – ?). Era filho de Paio Vtisciliz e de Patrina Eriz. Era casado com Toda. Esta doou bens em Oleiros, Vila Boa e Fiães ao Mosteiro de Pedroso, em 1123. Supõe-se que será Soeiro Pais que foi tenente de Arouca em 1116. Bibliografia José Mattoso, A Nobreza Medieval Portuguesa – A Família e o Poder. Editorial Estampa, 4.ª edição, 1994.

PAIS, Unisco (? – ?). Vendeu aos monges do Mosteiro de S. Salvador de Grijó, em Dezembro de 1142, por 30 «modios, uma parte, 1/16, da «villa» de Milheirós. Em Agosto de 1143, vendeu aos mesmos monges, por 40 «modios», uma terra equivalente a 1/16 parte da «villa de Milheirós e em Novembro de 1146 vendeu ainda aos mesmos monges, por 35 «modios», a sua parte dos bens que possuía na «villa» de Escapães, nos lugares chamados Paradaloaz e Vale Escuro. Bibliografia Robert Durand, Le Cartulaire Baio Ferrado du Monastère de Grijó (XI-XIII Siècles). Fundação

Calouste Gulbenkian, Centro Cultural Português, Paris, 1971.

PÁROCOS de Duas Igrejas, Romariz. O Padre Manuel Francisco de Sá no seu livro «Breve Monografia de Duas Igrejas do termo da Feira», dá a seguinte lista dos curas-párocos de Duas Igrejas: Ano de 1251 – P.e Pedro João; 1592 – P-e João de Carvalho; 1593 – P.e Manuel Jorge, do Bunheiro; 1594-95 – P.e Fernando Delgado; 1595-96 – P.e Manuel Jorge, do Bunheiro; 1596 – P.e João Fernandes; 1597-1621 – P.e Manuel Jorge, do Bunheiro; 1626-29 – P.e Manuel de Pinho, de Romariz; 1635 – P.e Bartolomeu de Passos; 1636 – P.e Francisco Gonçalves; 163841 – P.e Gaspar Correia; 1643-50 – P.e Manuel Ferreira, de Lobão; 1650 – P.e Manuel de Beça; 1650 – Pe. Francisco Fernandes; 1651-54 – P.e Pantaleão de Sousa, de Nogueira do Cravo; 1655-63 – P.e Manuel Ferreira de Lobão; 1663-66 – P.e António Coelho Furtado; 1666 – P.e Tristão Feio da Cunha; 1667-73 – P.e António Coelho Furtado; 1673 – P.e Domingos Coelho da Silva; 1674-75 – P.e Belchior Ferreira, de Fermedo; 1675-79 – P.e Domingos da


Silva Coelho; 1680 – P.e Belchior Ferreira, de Fermedo; 1681-83 – P.e António Coelho Ribeiro, de Lobão; 1684-86 – P.e Manuel Alves Pinheiro; 1686-90 – P.e António Coelho Ribeiro, de Lobão; 1690-98 – P.e Miguel de Oliveira; 1698-1706 – P.e Domingos da Silva, de Duas Igrejas; 1707-11 – P.e Miguel de Oliveira; 1712 P.e João Ferreira, de Lobão; 1713-30 – P.e Dionísio Alves, do Fundo de Vila, Duas Igrejas; 1749-56 – P.e José Pinto Ferreira; 1757-58 – P.e António Alves Pereira de Magalhães, de S. Jorge; 1758-1767 – P.e Dionísio Alves (do Mariquinho), de Duas Igrejas; 1767-68 – P.e Constantino Godinho; 1768-74 – P.e Dionísio Alves (do Mariquinho), de Duas Igrejas; 1774-79 – Dr. José Leite Ribeiro, de Romariz; 1779-1792 – P.e Jacinto Gomes dos Reis; 1792-1806 – P.e Manuel António de Sousa, de S. Jorge; 1807-09 – P.e Manuel José de Oliveira Nogueira, de Pigeiros; 1810-15 – P.e José Luís de Paiva, de Romariz; 1815-16 – P.e Marcelino José Henriques da Silva, de Pigeiros; 1816-17 – P.e Manuel dos Santos de Oliveira, de Romariz; 1817-19 – P.e José Luís de Paiva, de Romariz; 1819-20 – P.e Manuel José Correia, de Romariz; 1820-21 – P.e José Pedro Ferreira dos Reis, de Louredo; 1821-23 – P.e José Francisco da Silva, de Pigeiros; 1823-24 – P.e Francisco Xavier de Pinho; 1824-31 – P.e Manuel dos Santos de Oliveira, de Romariz; 1832-35 – P.e José Luís de Paiva, de Romariz. Após a anexação de Duas Igrejas à freguesia de Romariz (1835-36) dá a seguinte lista dos párocos: 1835-40 – Encomendado Reitor José Inácio da Silva Coelho Carneiro, natural da Póvoa de Grijó; 1840-54 – Abade Domingos José de Pinho e Sousa do Amaral, natural de Mosteiro, fundador da capela de Santo António (Fafião) e aí sepultado; 1854 – Encomendado Pe. Domingos Soares de Azevedo, natural de Fermedo; 1854-58 – abade Bento Teixeira Pinto de Carvalho, natural de Penafiel; 1858-83 – Abade e Vigário da Vara João Soares de Azevedo, natural de Fermedo, depois abade de S. Pedro da Cova, falecido ali em 1903 e sepultado em Romariz; 1883-85 – Encomendado Pe. Domingos Alves de Oliveira, da Casa das Figueiras, freguesia de Lourosa. Foi também abade de Vale, onde faleceu, em 1907 e aí sepultado: 18851904 – Abade António Francisco de Matos, natural de Romariz. Faleceu em 1904, sendo sepultado em Romariz; 1904-06 – Encomendado Pe. José Maria Correia de Bastos, natural de Nogueira do Cravo. Pe. Henrique Fernandes Tavares, natural de Argoncilhe. Faleceu em 1924 e foi sepultado na sua terra; 1924-36 – Vigário e Cónego Manuel Fernandes dos Santos, natural de Monte Calvo, Romariz. Ordenou-se em 1909 e paroquiou também a freguesia de Vale, durante 14 anos. A este padre deve Romariz a sua igreja nova, sagrada pelo Bispo do Porto a 27 de Junho de 1931.


Capelães de Duas Igrejas após a sua anexação a Romariz: P.e Manuel José de Paiva, de Romariz; P.e António Inácio da Costa e Silva, da Vila da Feira; P.e José Inácio da Costa e Silva, da Vila da Feira; P.e Manuel Heitor Matos dos Santos, de Romariz; P.e José Leite de Rezende, de Guisande; P.e Custódio Gomes dos Santos, de Arouca; P.e Abílio Pinto Veiga, do Porto; P.e Henrique Fernandes Tavares, de Argoncilhe; P.e Agostinho Henriques de Oliveira, de Lobão; P.e Rodrigo José Milheiro, de Pigeiros; P.e António Pinto de Oliveira, de Cesar; P.e Abílio Gomes da Silva, de Fiães; P.e Rodrigo Fernandes dos Santos, de Romariz e P.e António José Ferreira de Castro, de Duas Igrejas. Bibliografia Padre Manuel Francisco de Sá, Breve Monografia de Duas Igrejas do termo da Feira. Casa Nun’Álvres, Porto, 1936.

PÁROCOS de Fiães. O padre Manuel Francisco de Sá no seu livro «Santa Maria de Fiães da Terra da Feira» apresenta a seguinte lista dos párocos de Fiães: Ano de 1288 – P.e Martinho Afonso; 1390 – P.e Diogo Estêvão; 1547 – P.e Rodrigo Pereira; 1587 – P.e João Fernandes; 1605 – P.e Francisco Pinto; 1613 – P.e António Felgueiras; 1613 – P.e Gonçalo Manuel; 1619 – P.e Gonçalo de Azevedo; 1633 – P.e Sebastião da Costa; 1637 – P.e Baltazar Pinto de Figueiredo; 1648 – P.e João Pinto Ferreira; 1651 – P.e Miguel Ribeiro; 1654 – P.e Francisco Taveira; 1657 – P.e Bernardo Soares; 1660 – P.e Cláudio Leite de Figueiredo; 1663 – P.e Baltazar Carneiro; 1666 – P.e António da Fonseca Teles; 1684 – P.e Manuel Gabriel Soeiro; 1707 – P.e José Pinho Pereira; 1717 – P.e Francisco Pais Chaves; 1722 – P.e Manuel Lopes da Silva Campos; 1725 – P.e Francisco Pais Chaves; 1727 – P.e Manuel Coelho Pinto de Góis; 1734 – P.e João de Afonseca do Amaral; 1738 – P.e João A. Ferreira; 1746 – P.e Jerónimo Ferreira de Sousa Leite; 1750 – P.e José Alves Ferreira; 1753 – P.e António Vieira Bastos; 1756 – P.e Manuel Luiz Coelho Ferraz; 1759 – P.e António Correia de Azevedo 1761; – P.e Manuel Coelho Pinto de Góis; 1767 – P.e António Tares da Silva; 1769 – P.e João Soares da Cunha; 1799 – P.e José Inácio Pereira e Castro; 1826 – P.e Manuel António de Sousa; 1827 – P.e Manuel Pinto de Almeida e Costa; 1834 – P.e José Bento Lopes; 1837 – P.e António Alves Moreira; 1880 – P.e Manuel António da Silva Júnior; 1901 – P.e José Valente de Matos; 1902 – P.e Manuel António da Silva Júnior; 1911 – P.e Manuel António da


Silva Júnior; 1920 – P.e Manuel Francisco de Sá; 1931 – P.e Justino Gomes dos Santos; 1935 – P.e Manuel da Silva Pereira. (Alguns destes párocos têm verbete próprio neste dicionário) Bibliografia Padre Manuel Francisco de Sá, Santa Maria de Fiães da Terra da Feira. Casa Nun’Álvares, Porto, 1936.

PÁROCOS

de Fornos. Pe. Luís Eanes (1475); Pe. Cristóvão Carneiro (de 26.06.1577 até

8.09.1617); Pe. António de Resende (de 9.10.1617 até 30.10.1636); Pe. Miguel de Oliveira (de 6.03.1637 até 4.11.1639); Pe. António Barreiros (se foi nomeado, não foi confirmado); Pe. João Vaz Correia (desde 18.04.1640 até 2.03.1677); Pe. Manuel Pereira Correia (desde 18.081677 até 4.06.1690); Pe. Manuel Marques (desde 14.01.1690 até 12.09.1707); Pe. Xavier Moreira (desde 2.11.1708 até 22.05.1725); Pe. Rodrigo Brandão da Silva (desde 17.06.1726 até 19.03.1753); Pe. Bernardo José de Sousa e Silva Alcoforado (desde 10.04.1753 até 5.07.1775); Pe. Manuel Gomes Ferreira (desde Julho de 1775 até Junho de 1777); Pe. Francisco Xavier Peixoto (desde 13.06.1777 até 1816); Pe. Carlos José Peixoto de Lima (desde 23.03.1816 até 8.01.1861); P.e Manuel Lima Peixoto (desde 23.02.1862 até 9.09.1866); P.e António Domingues da Conceição (desde 11.11.1866 até 27.01.1878); P.e Agostinho José Pais Moreira (desde 10.02.1878 até 5.11.1879); P.e Domingos Alves de Oliveira (desde 5.11.1879 até17.03 1881); P.e António Antunes Rodrigues (desde17.03.1881 até 20.09.1911); P.e António Maria de Almeida e Pinho (desde20.09.1911 até 20.12.1912); Pe. Crispim Gomes Leite (desde 20.02.1912 até 30.04.1915); P.e Benjamim Soares (desde 6.05.1915 até 10.01.1917); P.e Abílio Augusto de Araújo Pontes (desde 15.01.1917 até 1.10.1918); Pe. David Pereira Magalhães (desde 15.10.1918 até 22.11.1928); P.e Manuel Ribeiro Coelho (desde 25.11.1928 até 6.12.1942); Pe. Francisco Pinho Nunes (desde 9.01.1943 até 13.07.1943); Pe. António Joaquim Ferreira (desde18.07.1943 até 31.12.1945); Pe. António Ferreira de Oliveira (desde 11.11.1945 até 31.12.1959); P.e Manuel Moreira de Paiva (desde 1.01.1960 até 29.11.1964); Pe. José Alves de Pinho (desde 29.11.1964 até 2011. Bibliografia Padre José Alves de Pinho, Outrora…Fornos. Edição da LAF – Liga dos Amigos da Feira, 2005.


PÁROCOS de Paços de Brandão. Pe. Ambrósio Godinho Barbosa (entrou a 26.3.1630); Pe. Gaspar de Magalhães (1663); Pe. Francisco Pinto Cabral (9.2.1670); Pe. Domingos de Carvalho (4.4.1690); Pe. João de Santa Maria (13.1.1699); Pe. Matias da Silva Ribeiro (6.5.1703); Pe. Francisco Rodrigues Correia Sequeira (2.4.1704); Pe. José Barbosa de Queitós (25.8.1738); Pe. Jerónimo Lopes de Sousa (27.10.1764); Jerónimo Lopes de Sousa (sobrinho) (18.7.1815); Pe. João Moreira da Silva (22.10.1833); Pe. Jerónimo José Lopes (12.3.1835); Pe. Manuel Heiyor Matos dos Santos (26.1.1890); Pe. José Maria da Silva C. Castelão (14.8. 1890); Pe. António Alves Ribeira (23.12.1896); Pe. Caetano Fernandes (6.8.1898); Pe. Manuel Nunes de Campos (26.12.1902); Pe. Celestino Pinto Ferreira (19.12.1903); Pe. Luís Ribeiro Soares (1914); Pe. Rodrigo Luís Tavares (8.11.1918); Pe. António de Oliveira Maia (10.7.1922); Pe. David Matos Silva (12.8.1924); Pe. Manuel Francisco de Oliveira (7.9.1934); Pe. José Martins Alves (21.1.1939); Pe. José Joaquim Moreira (23.10.1947); Pe. João Ferreira da Costa (11.10.1953); Pe. José Gomes da Costa (1.12.1957). Alguns destes párocos têm verbete próprio neste Dicionário. Bibliografia, Padre Antero Gomes da Silva, Apontamentos sobre Paços de Brandão

PEIXOTO, António do Patrocínio (1798 – 1858). Este frade chamava-se no século, António Thomaz de Lima Peixoto. Nasceu em Macieira de Sarnes, Oliveira de Azeméis, em 29 de Dezembro de 1798. Era filho de Carlos José de Moura Barbosa Peixoto, natural de Guimarães e de D. Ana Luiza de Almeida Lima, da Casa da Quinta, freguesia de Fornos. Serviu na igreja de Fornos desde 1885 até à sua morte ocorrida em 9 de Outubro de 1858.Era cónego regrante de Santo Agostinho e irmão dos párocos de Fornos Carlos José Peixoto de Lima, nascido a 27 de Dezembro de 1784 e de Manuel de Lima Peixoto, nascido a 5 de Outubro de 1800 e ainda do padre Manuel Carlos Peixoto, encomendado durante o ano de 1861. Eram proprietários da Quinta da Granja, em Vinhais e no Ermo (Alto do Carvalheiro), todas em Fornos. Eram sobrinhos do Padre Francisco Xavier Peixoto que foi pároco desta freguesia de 1777 a 1816. Bibliografia Padre José Alves de Pinho, Outrora…Fornos. Edição da LAF – Liga dos Amigos da Feira, 2006.


PENEDRUIA, ou Penedruta (? – ?) Vivia em 977, pois em 22 de Abril desse ano doou alguns dos seus bens ao Mosteiro de S. João de Ver, segundo documento inserto no «Livro Preto da Sé de Coimbra», ed. Crítica de Leontina Ventura e Maria Teresa Veloso, Universidade de Coimbra, 1967 e transcrito por David Simões Rodrigues em «Rio Meão – A Terra e o Povo na História». Bibliografia David Simões Rodrigues, Rio Meão – A Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.

PEREIRA, Álvaro (? -?). Era filho de Rui Pereira. Foi o 1º Senhor da Terra de Santa Maria da Feira. A 8 de Abril de 1385, D. João I nomeou-o Marechal de Hoste e fez-lhe doação das Terras de Santa Maria da Feira que tinham pertencido a D. João Afonso Telo, 6.º Conde de Barcelos. Tomou parte na Batalha de Aljubarrota a 15 de Agosto de 1385. Bibliografia Fernão Lopes, Crónica de D. João I Padre Manuel F. de Sá, Santa Maria de Fiães da Terra da Feira. Porto, 1939-1940.

PEREIRA,

António (? – ?). Vivia em 1530 na freguesia de Pigeiros no solar ou Paço dos

Ribeiros e era seu morgadio. O padre António Pereira era descendente da Casa da Feira, que tinha também o padroado da igreja. Era casado com D. Isabel de Andrade. Esta, quando viúva, vendeu, em 21 de Fevereiro de 1586, por duzentos e oitenta mil réis, o solar e quinta da família Pereira – Paço do Pereira – a Tomé da Rocha, cavaleiro da Ordem de Cristo, que instituiu morgadio em 1569. O Padroado dos Rochas manteve-se até 1533 e mais tarde desapareceu. Bibliografia Jacob da Azenha, A Freguesia de Santa Maria de Pigeiros. «Correio da Feira», 29.9.1962:


P.e. José Inácio da Costa e Silva, «Santa Maria de Pigeiros», jornal «Tradição», número especial das Comemorações dos Centenários, Setembro, 1940.

PEREIRA, Domingos Leitão (? -1717). Pertencia à família Leitão Pereira que surgiu na Vila da Feira, proveniente de família fidalga da extinta comarca da Bemposta, hoje, Pinheiro da Bemposta, procedendo de Diogo Valente Dias e de sua mulher, Maria Melo Pereira, que se tinham casado na Bemposta em 1644. Domingos Leitão Pereira casou com D. Ana Lopes de Sousa, nascida em 1647 e senhora da casa dos Sousas e estava ligada a António Lopes de Sousa, senhor da Quinta do Lodeiro, no Casalinho de Arneles, freguesia de Oliveira do Douro. O casal fixou residência no lugar do Caniço, freguesia de Espargo, Feira, num solar com capela., denominada Quinta da Boavista. Deste casamento houve uma filha: Madalena Maria Pereira Pinto. Faleceu em 26 de Julho de 1717. Bibliografia

Jorge António Marques, Evocações de uma Era – Uma Terra, um Povo, uma Lenda ou uma História – Aveiro. Revista Villa da Feira, n.º3, ano I, Fevereiro, 2003.

PEREIRA, Domingos (?- ?). Vivia em 1744, segundo Carta de Familiar do Santo Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve: «homem de negócios, natural da freguesia de São Salvador de Perosinho, de Vila Nova de Gaia e morador na freguesia de São Pedro de Miragaia, Porto. Era filho de Ventura Domingues e de Joana Pereira; neto paterno de João Domingues e de Maria André, naturais do dito Perosinho e materno de Inácio Pereira, natural da freguesia do Couto do Pedroso e de Isabel Gonçalves também de Perosinho. Era casado com Maria Custódia do Sacramento, natural de Arnelas, freguesia de Santa Maria do Olival, Feira (hoje Gaia), filha de Francisco Fernandes e de Maria Francisca, naturais da dita Arnelas e neta paterna de André Fernandes, natural da freguesia de Rio Meão e de Maria Antónia de Aldeia de Pinheiro, freguesia de Jobim, Porto; e materna de Manuel Francisco, natural de Arnelas e de Maria da Costa, natural da freguesia de Santa Marinha de Gaia. Carta de familiar de 21 de Setembro de 1744. – A.N.T.T. – Domingos – m.34, n.º618» Bibliografia


David Simão Rodrigues, Rio Meão, a Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.

PEREIRA, Domingos Xavier de Morais (? – ?). Vivia em 1762, segundo Carta de Familiar do Santo Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve: «abade colado da Igreja de Arrifana de St.ª Maria, Feira; filho do Capitão Domingos de Morais Machado e de Antónia Pereira do Lago, naturais da vila de Chaves; neto paterno de Domingos Pires Machado, de Bornes, Bispado de Miranda e de Maria Gonçalves, de Loivos, termo de Chaves e materno de José Pereira, natural de Vila real e de Maria Rodrigues, natural de Calvo, termo de Chaves. Carta de Familiar de 12 de Março de 1762. A.N.T.T. – Domingos – m.45, n.º 751» Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º 114 (Abril, Maio e Junho) 1963

PEREIRA, Fernão (? – ?) Era filho João Álvares Pereira e foi o 3º donatário da Terra de Santa Maria. A carta de posse foi-lhe passada em Évora por D. Afonso V a 6 de Abril de 1453. Foi do Concelho de El-Rei. Acompanhou seu pai e irmão o Infante D. Henrique no cerco de Tânger Bibliografia Padre Manuel F. de Sá, Santa Maria de Fiães da Terra da Feira. Porto, 1939-1940

PEREIRA, Francisco (? – ?). Foi pároco da freguesia de Pigeiros, apresentado, em 1643, pelos «Rochas», continuadores dos antigos Pereiras da Quinta do Paço de Pigeiros. Bibliografia P.e José Inácio da Costa e Silva, «Santa Maria de Pigeiros», jornal «Tradição», número especial das Comemorações dos Centenários, Setembro, 1940


PEREIRA, Gonçalo (? – 1358). Era filho do conde D. Gonçalo Pereira. Foi deão do Mosteiro de S. Pedro de Canedo de 1312 a 1322. Tomou posse no dia 9 de Dezembro de 1312 estando presente no dito mosteiro D. Pedro João, Vigário Geral do bispo D. Frei Estêvão, o Abade Martinho Domingues e João Estêvão, procurador de Gonçalo Pereira. Mas demos a palavra ao Cónego António Ferreira Pinto, que no seu trabalho «S. Pedro de Canedo – No Concelho da Feira», publicado na revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», nº 15, 1938, diz sobre ele o seguinte: «D. Gonçalo Pereira, com muito brilho e distinção, tinha concluído a sua formatura em Salamanca, onde de relações com D. Tareja Vilarinho houve um filho, que foi D. Álvaro Gonçalves Pereira e este foi pai de D. Nuno Álvares Pereira, o grande condestável de Portugal e hoje o beato Nuno de Santa Maria. D. Gonçalo Pereira ordenou-se por 1288, foi prior de S. Nicolau da Feira e Superior do Mosteiro de Canedo entre 1312 e 1326, sucedendo no deado do Porto a seu primo Sancho Pires, quando este foi elevado ao episcopado por volta de 1296. D. Gonçalo Pereira foi educado na corte de El-Rei D. Dinis e seu testamenteiro. Por estes motivos, pela grande fidalguia, ilustração e patriotismo, teve uma grandíssima importância religiosa, social política e mesmo militar. Por 1322 foi nomeado bispo de Lisboa, passando para arcebispo de Braga em 1326. Aqui ficam estes traços gerais duma das grandes figuras da História de Portugal, de cujo nome se devem orgulhar os Feirenses e muito mais os povos de Canedo, porque foi o superior do Mosteiro durante cerca de dez anos de 1312 a 1322». Foi avô do condestável D. Nuno Álvares Pereira e era neto de D. Egas Moniz, o aio de D. Afonso Henriques, por sua mãe D. Urraca Vasques Pimentel. Em 1336, quando o exército castelhano de D. Fernando Rui de Castro entrou em Portugal, o arcebispo D. Gonçalo, esperando-o com um troço de tropas desbaratou-o completamente. Já antes, a 30 de Outubro de 1310, tinha tomado parte na batalha do Salado e defendeu o Porto de D. Pedro I, quando este se revoltou contra seu pai. D. Afonso IV, por causa do assassinato de D. Inez de Castro, conseguindo conciliar, com a rainha D. Beatriz, pai e filho e pôr termo à guerra civil». Teve filhos bastardos, entre os quais, Frei Álvaro Gonçalves Pereira, balio da Ordem de Malta e, por isso, crismado por alguns em balio de Malta e prior do Crato. Faleceu como arcebispo de Braga em 3 de Março de 1358. Bibliografia António Lamoso Regal de Castro, Factos e Personalidades da Feira e do Concelho – 1917 a 1950. Edição do autor, 1991;


Henrique Vaz Ferreira, Brasão das Justas, D. Inês de Castro e o Calendário Romano. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro, vol. XIII, n.º 50 (Abril, Maio e Junho), 1947; Padre Manuel F. de Sá, S. Pedro de Canedo. «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º 15, 1938.

PEREIRA, Heitor (? -?). Cavaleiro fidalgo, era parente do Conde da Feira D. Manuel. Era filho de Aleixo de Avelar de Oliveira e de D. Isabel Pinto Ferreira. Foi morador em Aveiro, tendo sido provedor da Misericórdia de Aveiro de 1642-1643. Bibliografia Francisco Ferreira Neves, Os Provedores da Misericórdia de Aveiro. Arquivo do Distrito de Aveiro, n.º 167, 1976.

PEREIRA, Jacinto de Sá (? – ?). O padre Jacinto residiu na Paredinha, Rio Meão. Em 27 de Dezembro de 1741, foi padrinho do baptismo de José de Azevedo e Melo, filho de João Amorim e de D. Leonarda Caetana de Azevedo e Melo, filhos de Eusébio da Costa Azevedo e Aguiar e de D. Bernarda Caetana de Melo. O padre Jacinto teria falecido entre 1747 e 1751. Bibliografia David Simões Rodrigues, Rio Meão – A Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.

PEREIRA. João Álvares (? -?). Era filho de Álvaro Pereira e foi o 2.º donatário da Terra de Santa Maria por carta de D. João I, dada no Porto a 19 de Agosto de 1424. Em 1437 esteve no cerco de Tânger co o Infante D. Henrique. Bibliografia Padre Manuel F. de Sá, Santa Maria de Fiães da Terra da Feira. Porto, 1939-1940


PEREIRA, João Álvares (? -?). Foi o 3.º senhor de Fermedo, da Honra de Cabaçais e de Vila Maior da Feira. Era filho de Rui Pereira, 2.º senhor de Fermedo, Cabeçais e Vila Maior da Feira e de D. Brites Pereira, condessa de Madureira, neto paterno de D. Vasco Álvares Pereira, 1.º senhor de Fermedo Cabeçais e Vila maior da Feira. João Álvares casou com D. Joana de Vilhena ou Joana de Azevedo, de S. João de rei, filha de Diogo Lopes de Azevedo, da qual teve os seguintes filhos: João Álvares Pereira que morreu menor; Rui Pereira de Azevedo, 4.º senhor); Diogo Pereira que foi frade,; Duarte Pereira, que morreu na Índia; D. Branca da Silva, mulher de D. Henrique Henriques; D. Antónia de Vilhena, mulher de D. Fernando de Tovar e D. Melícia, freira em Avança. Deste casamento descendem os Azevedos de Paradela, ou S. Miguel do Mato, Arouca; o referido casal deu origem à Casa do Buraco, do Couto de Cucujães e à Casa das Areias, de Macieira de Cambra e a outras. Bibliografia Alfredo Gonçalves de Azevedo, Os Senhores de Fermedo e Cabeçais. Arquivo do Distrito de Aveiro, n.º 148, 1971

PEREIRA, Jorge Álvares (? -?). Vivia em 1706, segundo Carta de Familiar do Santo Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve: «bacharel formado na Faculdade dos Sagrados Cânones e advogado na auditoria da cidade de Coimbra; natural de Gordaria, freg. de St.ª Catarina da Serra, Leiria e morador em Coimbra, freg, de S. João de Almedina; filho de Domingos Álvares e de Maria Dias, naturais e moradores em Gordaria; neto paterno de Pedro Álvares e de Simoa Gaspar e materno de António Dias e de Catarina João, todos igualmente naturais e moradores em Gordaria; casado com Úrsula Maria, natural de Coimbra, freg. de Almedina, filha de Pedro Gonçalves, natural de Casal Meão, freg. De Santiago de Lourosa, Feira e de Maria Luís, natural de Rebordosa, freg. de Lorvão, moradores em Coimbra, neta paterna de Domingos Gonçalves, natural de Moura, freg. de Stª Maria de Lamas, Feira e de Catarina Fernandes, natural de Vendas de Grijó, freg. de S. Salvador de Grijó e moradores em Casal Meão e materna de Manuel Luís, natural de Balteiro, freg. de St.ª Maria de Poiares, Penacova e de Maria Luís, natural de Rebordosa e aí moradores. Carta de Familiar de 23 de Abril de 1706., A.N.T.T. – Jorge – m.18, n.º227»


Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º 136 (Outubro, Novembro e Dezembro), 1968.

PEREIRA, José Fernandes (? – ?). Vivia em 1764, segundo Carta de Familiar do Santo Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve: «Capitão; natural da freg. de St.ª Eulália de Sanguedo, Feira e morador na cidade da Baía, freg. de N.ª Sr.ª da Conceição da Praia, na rua da Preguiça; filho de Domingos Fernandes e de Catarina Gonçalves, moradores em Sanguedo; neto paterno de Domingos António e de Catarina Fernandes, moradores em Xisto e materno de Domingos Fernandes e de Catarina Jorge, moradores em Cana veias, ambos os lugares da freg. de Sanguedo; casado com Joana Maria da Conceição, natural da freg, de N.ª Sr.ª da Conceição da Praia da Baía, filha de José da Silva Costa, homem de negócio, Familiar do St.º Ofício, natural da Mata, freg. de St.ª Maria Madalena, Aldeia Gavinho e de D. Vitória Mendes Pereira, natural da Baía e aí moradores, viúva de Nicolau Dias Pereira, Familiar do St.º Ofício; neta paterna de Silvestre da Costa, filho de Marcos Francisco e de Maria Pereira, de Aventosa e de António da Silva, de Gaieira, Óbidos e de Maria Gabriel, da Aldeia, Gavinho e materna de Frutuoso Pereira de Passos, natural da freg. de S. Vicente de Oleiros, termo de Guimarães, filho de Sebastião Gonçalves, lavrador e de Madalena Luís, também de Oleiros e de Apolónia Mendes Monteiro, natural da freg. de S. Bartolomeu de Marogogipe, Baía, filha de Luís Monteiro, de Ponte de Lima e de Maria Feia Mendes, de Maragogipe. Carta de Familiar do Santo Ofício de 7 de Dezembro de 1764. – A.N.T.T. –José – m.99, n.º1421» Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º 140 (Outubro, Novembro e Dezembro), 1969. Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º140 (Outubro, Novembro e Dezembro), 1969.

PEREIRA, José Vieira Pinto de Almeida (? -?). Vivia em 1754, segundo Carta de Familiar do Santo Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve:


«bacharel formado na Universidade de Coimbra na Faculdade de Cânones, advogado em Lisboa; natural do Caniçal, freg. de St.ª Maria Madalena, Tomar e morador na rua nova da Palmeira, freg. de S. José, de Lisboa, em casa de seu pai; filho do capitão Caetano de Siqueira Pinto de Almeida, natural do Outeiro, freg. de St.ª Leocádia de Travanca do Douro e de Maria Josefa de Assunção e Melo, natural de Alenquer, freg. de N.ª Sr.ª da Assunção de Triana; neto paterno de João de Almeida Pereira, natural da quinta do real, freg. de S. Miguel do Souto, Feira, filho de Rodrigo de Almeida Pereira e de Maria Moreira da Costa, da citada quinta do Real e de Mariana de Siqueira Pinto, natural de Trancoso, freg. de St.ª Cruz de Alvarenga, Arouca, filha do Dr. Gonçalo Figueira Pinto e de Maria Pessoa, da quinta de Vilela e materna de Manuel Fernandes, natural da freg. de N.ª Sr.ª da Graça, Viseu, filho de Manuel Fernandes e de Madalena Francisca, de Viseu, freg. de N.ª Sr.ª da Graça, que fora primeira vez casado com Catarina Rodrigues, da freg. de N.ª Sr.ª da Assunção de Setúbal e de Vicência de Melo, natural de Alenquer, filha de João de Melo e de Maria João, da rua Triana, Alenquer; sobrinho neto do Pe. Francisco Vieira Pinto, reitor da igreja de S. Pedro de Valongo, Águeda e mais tarde abade de Tendais, Comissário do St.º Ofício, que era irmão do citado Dr. Gonçalo de Siqueira Pinto; ajustado para casar, em 1755, com Ana Joaquina Havoes, natural da cidade de Corque, Irlanda e moradora na rua dos Odreiros, em casa do seu cunhado Francisco Maria Pacheti, filha de Guilherme Havoes, neta paterna de Noé Havoes e de Maria Havoes, todos do Reino da Irlanda. Carta de Familiar de 8 de Fevereiro de 1754. A.N.T.T. – José – m. 72, n.º1079» Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º143 (Julho, Agosto e Setembro), 1970.

PEREIRA, Manuel Carlos (? – 1749).

Viveu até 1749, segundo Carta de Familiar do Santo

Ofício que tinha requerido e que a seguir se transcreve: «Abade da igreja de S.tª Maria de Lamas, Feira; natural da freg. de Paços de Gaiolo, Marco de Canavezes; filho de João Álvares Pereira e de Josefa Maria, naturais e moradores em Paços de Gaiolo; neto paterno de Carlos Vieira de Castro, natural de Pala, freg. de S.tª Leocádia e de Joana Pereira, natural de Paços de Gaiolo e aí moradores e materno de André Pereira e de Maria Pereira, igualmente naturais e moradores em Paços de Gaiolo. O habilitando teve uma


filha natural de Isabel, solteira, natural de Junqueira, freg. de S.tº Tirso de Paramos, Espinho, filha de João António e de Maria Álvares, naturais e moradores em Junqueira, Paramos. Faleceu, antes de ser passada carta, em 1749. Manuel – m. 141, n.º 2405». Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º154 (Abril, Maio e Junho), 1973.

PEREIRA, Manuel José (1890-1935). Nasceu em 7 de Abril de 1890. Era filho de Francisco Augusto Pereira e de D. Angelina Rosa Pereira. Era formado em Farmácia pela Universidade de Coimbra. Foi vereador da Câmara do Porto e proprietário de uma farmácia no largo da Feira. Foi um dos directores do jornal «O Arrifanense». Foi assassinado em 3 de Setembro de 1935. Bibliografia Roberto Vaz de Oliveira, Imprensa Periódica da Vila e Concelho da Feira. Revista «Aveiro e o seu Distrito», n.º8, 1969.

PEREIRA, Manuel de Sá (? – 1755). Vivia em 1752, segundo Carta de Familiar do santo Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve:

«Natural da freguesia de N.ª Sr.ª da Conceição de Pocariça, Cantanhede; filho de Gabriel de Sá Pereira, natural da freg. de Santiago de Rio Meão, Feira e de Joana Ribeiro, natural de Pocariça e ai moradores; neto paterno de Gabriel de Sá, natural de Rio Meão e de Leonarda Pereira, natural da freg. de S. Cipriano de Paços de Brandão, Feira, moradores em Rio Meão e materno de Manuel Ribeiro, o «Cardeal», natural de Pocariça e de Maria Francisca, natural de Cantanhede, moradora em Pocariça. O habilitando teve uma filha, Maria, de Páscoa, solteira, filha de Evangelista da Silva, surrador e de Rosália Maria, todos igualmente naturais e moradores na Pocariça. Carta da Familiar de 20 de Janeiro de 1752. – A.N-T-T. Manuel – m. 147, n.º 1501»


Em 28 de Agosto de 1724 residia com sua irmã Leonarda de Sá e seu irmão Jacinto de Sá Pereira na Paredinha, Rio Meão. Faleceu em 31 de Maio de 1755 com testamento em que deixou os seus bens aos irmãos Padre Jacinto de Sá e Leonarda de Sá. Bibliografia David Simões Rodrigues, Rio Meão – A Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia

de Rio Meão, 2001. Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º159 Julho, Agosto e Setembro), 1974.

PEREIRA, Manuel da Silva (1891 -?) . Nasceu em S. Vicente Pereira, Ovar em 3 de Outubro de 1891. Foi pároco de Pindelo, Oliveira de Azeméis e de Fiães durante 17 anos, desde 1935 a 1952. Durante este período realizou as seguintes obras: construção da residência e salão paroquial, grande reparação e beneficiação da Igreja Matriz, que tinha sido danificada por um temporal e colocação de dois novos altares. Bibliografia Domingos da Silva Coelho, Dois Párocos de Fiães – Saudosa e Grata Devoção. Revista «Ulfilanis Villa», n.º 3, 1993-1997. Edição da Comissão de Defesa do Património e Acção Cultural (CDPAC), Fiães; Padre Manuel Francisco de Sá, Santa Maria de Fiães da Terra da Feira. Casa Nun’Álvares, Porto, 1940.

PEREIRA, Manuel Vicente (1839 -1928). Nasceu no lugar da Pedreira, freguesia de Arada, Ovar, em 27 de Janeiro de 1839. Era filho de Manuel Vicente e de Ana Maria Soares de Almeida; neto paterno de Gabriel Vicente Pereira e de Antónia Neves, solteira e materno de Manuel Alves e de Maria Soares de Almeida, do lugar das Pedras. Tomou posse como abade da igreja de Santiago de Rio Meão em 8 de Novembro de 1869, Esteve em Rio Meão cerca de sessenta anos habitando em Alpoços, Santiago de Rio Meão, na Quinta do Rêgo. Em 1861 encontra-se na freguesia de S. Cristóvão de Ovar. Faleceu na Quinta do Rêgo em 20 de Julho de 1928.


Bibliografia David Simão Rodrigues, Rio Meão, a Terra e o Povo. Edição da Junta de Freguesia, 2001.

PEREIRA,

Pantaleão de Sá (? – ?). Vivia em 1706, segundo Carta de Familiar do Santo Ofício

que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve: «Homem de negócio; natural de Loureiro, freg. de Santiago de Silvalde, Espinho e morador em Lisboa na rua das Flores; Filho de Manuel de Sá, sapateiro e lavrador, natural de Sá, freg. de Santiago de Rio Meão, Feira e de Maria Antónia, natural de Loureiro e aí moradores; neto paterno de José de Sá, natural de Alpossos, Rio Meão e de Catarina de Sá, natural de Sá e aí lavradores e materno de António Gonçalves, natural de Silvaldinho, Silvalde e de Domingos Fernandes, natural de Loureiro e aí lavrador; ajustado para casar, em 1707, com Apolónia Maria do Espírito Santo, natural de Lisboa, freg. de S. Paulo, filha de Bernardo Lanter, mestre poleeiro e de Tersa Maria de Jesus, naturais de Lisboa, respectivamente das fregs. De S. Paulo e de S.tª Maria Madalena, moradores na de S.Paulo, neta paterna de Bernardo Lanter, genovês, natural de Deão, freg. de S.tª António Abade e de Apolónia João, natural da freg. de S. Paulo de Lisboa e aí moradores no Cerco do Carvão e materna de João Rodrigues Picão, mestre alfaiate, natural de Lisboa, freg. de S. Julião e de Luzia Dias, natural da freg. de N.ª Sr.ª da Purificação de Oeiras, moradores na rua do Príncipe em Lisboa. Carta de Familiar de 22 de Março de 1706. – Pantaleão –m. 1, n.º 15» Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º166 (Abril, Maio e Junho) 1976.

PEREIRA,

D. Rodrigo (? – 1553). Nasceu na Vila da Feira. Era filho do conde da Feira, D.

Manuel Pereira e de D. Isabel de Casto, neto de D. Diogo Pereira, 2.º conde da Feira e irmão de D. Diogo Forjaz Pereira, 4.º conde e fundador do Convento dos Lóios. Foi abade de Fiães a 6 de Maio de 1547, tendo renunciado a sua igreja a favor do convento de Recião, dos frades Lóios (ou de Santo Elói), tendo tomado o hábito da Congregação de S. João Evangelista e passou a chamar-se Padre Rodrigo de Santa Maria. Quando estava em Coimbra foi nomeado pelo Cardeal D. Henrique para inquisidor da Mesa Grande no Tribunal do Santo Ofício, cargo que


desempenhou com competência, levando D. João III a nomeá-lo Inquisidor Geral e Bispo de Angra. Por bula do Papa Clemente VII, expedida em Dezembro de 1590 foi a igreja de Fiães unida ao convento de Santa Cruz de Lamego até 1833. Esta transferência do padroado de Fiães encontra-se bem documentada no livro «Céu Aberto na Terra», do P.e Francisco de Santa Maria, cronista da Ordem de Santo Elói (1575). D. Rodrigo Pereira faleceu a 6 de Maio de 1553. Bibliografia Padre Manuel F. de Sá, Santa Maria de Fiães da Terra da Feira. Porto, 1939-1940.

PEREIRA, Rui de Sá (? -?). Foi senhor das Terras de Santa Maria e vivia em Coimbra. Era filho de João de Sá Miranda, 1.º Senhor do prazo do Curval na freguesia de Pinheiro da Bemposta, Oliveira de Azeméis e de sua segunda mulher D. Filipa Pereira. Esta Quinta do Curval pertenceu, segundo reza a tradição, aos Reis de Portugal. D. Fernando doou-a ao Bispo de Coimbra e Arcebispo de Braga, D. João Galvão, primeiro Conde de Arganil, que por sua vez a doou ao dito João de Sá Miranda. Rui de Sá Pereira foi comendador de S. Mamede e Fidalgo da Casa Real. Casou com D. Brites Mendes de Castelo-Branco. A 7 de Abril de 1553, António Vellez de Castelo-Branco, Fidalgo da Casa Real, irmão de D. Brites Mendes, mulher que foi de Rui de Sá Pereira, apresentou uma pública procuração da dita sua imã ao Bispo de Coimbra, D. João Soares de Albergaria para que a Quinta do Curval passasse a seu filho Artur de Sá, também Fidalgo da Casa Real. Bibliografia Miguel Elísio de Castro, Paços do Curval – Mais Uma Achega Para A História da Freguesia de Pinheiro da Bemposta. Arquivo do Distrito de Aveiro, n.º145, 1971.

PEREIRA, Rui (? -?). Foi o 1.º donatário da Feira. Tinha o cognome de Bravo. E era primo de D. Nuno Álvares Pereira. A 6 de Dezembro acompanhou o mestre de Aviz na morte do Conde Andeiro. O mestre deu neste uma punhalada que apenas o deixou ferido pelo que a estocada final foi dada por Rui Pereira. Foi ele o comandante de uma esquadra organizada no Porto a qual entrou na barra do Tejo e na manhã de 18 de Junho de 1385 defrontou-se com a frota castelhana. Morreu mais tarde numa batalha naval. Seu filho, Álvaro Pereira foi o 2º Marechal do Reino e tomou parte na batalha de Aljubarrota.


Bibliografia Fernão Lopes, Crónica de D. João I; Padre Manuel F. de Sá, Santa Maria de Fiães da Terra da Feira. Porto, 1939-1940.

PEREIRA, Rui (? -?). Foi o 2.º senhor de Fermedo, Cabeçais e Vila Maior da Feira. Era filho de D. Vaco Álvares Pereira, 1.º senhor de Fermedo, Cabeçais e Vila Maior e de D. Isabel de Miranda, natural de Vila Maior, filha de Martim Afonso Miranda. Rui Pereira casou com D. Brites Pereiram condessa de Madureira, filha de D. João Álvares de Madureira, comendatário do mosteiro de Grijó e irmão do bispo do Algarve, D. João Camelo. Dest casamento houve dois filhos: João Álvares Pereira, 3.º senhor de Fermedo e Vila Maior da Feira; e D Sancha Pereira. Segundo alguns genealogistas houve mais dois: Gonçalo Pereira e D. Genebra Pereira, casada com Jorge do rego Lobo. Bibliografia Alfredo Gonçalves de Azevedo, Os Senhores de Fermedo e Cabeçais. Arquivo do Distrito de Aveiro, n.º 148, 1961.

PEREIRA,

Valério Alves (? – ?). Nasceu na freguesia da Sé do Porto e residente em

Campanhã. Ainda estudante requereu habilitação de genere, em 23 de Dezembro de 1693, alegando que todos os seus ascendentes são limpos de sangue, cristãos velhos, sem raça de raça infecta, habilitação que foi executada em 26 de Janeiro de 1694. Tomou ordens menores e a 11 de Fevereiro desse ano foi nomeado pároco da Freguesia de Guisande. O padre Valério era da família Pantaleão Perestêlo, de Campanhã. Bibliografia António Ferreira Pinto, Defendei Vossas Terras – Monografia de Guisande. Edição da Junta de Freguesia de Guisande, 1999.

PEREIRA, D. Vasco Álvares (?-?). Era filho segundo de D. João Álvares Pereira, primo de D. Nuno Álvares Pereira e foi o 1.º senhor de Fermedo, Cabeçais e Vila Maior da Feira. Foi tio


paterno de D. Rodrigo Pereira, 1º conde da Feira e irmão de Fernão Pereira, pai do mesmo conde, Os Pereiras residiram alguns séculos num palácio junto à igreja matriz de Fermedo e junto do mesmo palácio existia uma capela de estilo moçárabe. Ambos os edifícios foram destruídos. Foi senhor de Vila Maior por sua mulher, D. Isabel de Miranda, filha de Martim Afonso Miranda, rico homem, primeiro senhor do morgado de Patameira e o primeiro a usar o apelido de Miranda, nome tomado da vila de Miranda do Corvo. Este Martim era um dos filhos do Bispo de Coimbra, D. Martinho Afonso Pires, que era senhor da Charneca, mais tarde arcebispo de Braga e de uma tal D. Emília Gonçalves Miranda. Do casamento de D. Vasco Álvares Pereira houve 10 filhos: João Álvares, que morreu solteiro; Rui Perira, que foi o 2º senhor de Fermedo e Vila Maior; Álvaro Pereira, casado com D. Isabel Inglês; D. Mécia, mulher de Diogo Pinto, de Vila Maior, Feira; D. Isabel de Miranda, mulher de Fernão Pinto de Melo; D. Maria Perira, freira em Rio Tinto; D. Francisca, abadessa em Vila Cova e D. Margarida. De Berredo, freira em Rio Tinto. Bibliografia Alfredo Gonçalves de Azevedo, Os Senhores de Fermedo e Cabeçais. Arquivo do Distrito de Aveiro, n.º148, 1971.

PERES, Paio (? – ?) vendeu, em Agosto de 1157, ao Mosteiro de S. Salvador de Grijó, por 10 morabitinos de ouro, a parte 3/16.º , herdada de seu pai na «Villa» de Ordonhe (Argoncilhe). Bibliografia Robert Durand, Le Cartulaire Baio Ferrado du Monastère de Grijó (XI-XIII Siècles), Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural Português, Paris, 1971

PEREZ, Martinho (? – ?) e a sua família comprometeram-se legar, em Janeiro de 1152, todos os seus bens ao Mosteiro de S. Salvador de Grijó. No entanto se tivessem filhos o Mosteiro receberia aquela parte igual a cada um dos filhos, Cediam, além disso, aos monges, de imediato, a sua parte das igrejas de Guetim e de S. Mamede de Esmoães (Hoje ambas do concelho de Espinho). Martinho Perez pedia ainda para ser enterrado no Mosteiro. Bibliografia


Robert Durand, Le Cartulaire Baio Ferrado du Monastère de Grijó (XII-XII Siècles). Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural Português, Paris, 1971.

PESTANA,

Francisco de Pinho (1900–1967). Natural do Porto, foi sócio gerente da firma

Maf, da freguesia de Fornos, director-tesoureiro do Grémio Nacional de Produtores de Laticínios, vereador da Câmara Municipal da Feira na presidência do Dr. Domingos Caetano de Sousa, vogal da Comissões de Assistência e Estética e presidente do Clube de Caçadores da Feira. Era casado com D. Madalena Pereira de Pinho Pestana, filha do Dr. Cândido Augusto Correia de Pinho que professor da Faculdade de Medicina do Porto. Deste casamento houve 4 filhos. Faleceu na sua residência em Espinho em 30 de Maio de 1967 com 67 anos de idade. Bibliografia «Correio da Feira», 3.6.1967.

PIMENTEL, Leandro Pereira (? – ?). Vivia em 1734, conforme Carta de Familiar do Santo Ofício que lhe foi concedida nessa date e que a seguir se transcreve: «natural da freg. de S. Cristóvão de Nogueira da Regedoura, Feira, morador em Murraceses, freg. de S. Salvador de Grijó; filho de António Pereira de Berredo, natural da Póvoa, de Grijó e de Úrsula de Sousa Pimentel, natural da freg. de S. Miguel de Travassô, Águeda, moradores em Nogueira da Regedoura; neto paterno de João Domingues, natural de Murraceses e de Maria Gomes, natural da Póvoa e aí moradores e materno do Licº. Garcia de Sousa, natural de Nogueira da Regedoura e de Ângela Pimentel da Costa, natural de Travassô e aí moradores; casado com Maria Pereira, natural de Murraceses, filha de Domingos Pereira e de Maria Domingues, neta paterna de Domingos João e de Isabel Pereira e materna de Pedro Domingues e de Catarina André, todos de Murraceses; enviuvando, ajustado para casar, em 1749, com Luísa Rodrigues, já viúva de Manuel João, filho de António João e de Isabel Antónia, de Farrapa, Grijó, neto paterno de Gonçalo João e de Madalena Antónia, de Chamusca, Grijó e materno de Manuel Domingues e de Maria Correia, de Loureiro, Grijó, de quem tivera Manuel, José e Maria, filha de António Rodrigues e de Isabel Domingues, moradores em Loureiro, neta paterna de Manuel Rodrigues e de Maria Fernandes, igualmente de Loureiro e materna de Manuel Gonçalves e de Isabel João, de Murraceses.


Carta de Familiar de 19 de Novembro de 1734. Leandro – m. nº. 7» Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», nº.149 (Janeiro, Fevereiro e Março), 1972.

PINHAL,

José Adão Rodrigues (? – ?). Foi director, editor e proprietário do jornal «A

Tradição», número único que se publicou em Arrifana em 17 de Abril de 1914. Bibliografia Roberto Vaz de Oliveira, Imprensa Periódica da Vila e Concelho da Feira. Revista «Aveiro e o seu Distrito», nº 10, 1970.

PINHEIRO, Bernardo Francisco (1770 – 1829). Nasceu em S. João de Ver, aí por 1770. Era filho de Manuel Gomes Pinheiro e de Marcela Caetana. Era gente nobre. Exerceu o ofício de ferrador e mais tarde pela esperteza em coisas forenses», chegou a obter carta de advogado. Casou, em 1802, com D. Rosa Inácia Xavier de Lima, mais velha do que ele uns vinte anos e foram residir para uma casa nas Airas, em terrenos de S. Jorge. Um ano depois, em 1803, enviuvou tornando-se a casar, em 1805, com D. Ana Clementina Pereira da Silva, de quem teve uma filha. Foi sargento de Ordenanças em fins do século XVIII, alferes em 1802 e mais tarde capitão. Em 1828 foi preso, acusado de ter tomado parte na guerra civil a favor dos liberais. Julgado pela célebre alçada do Porto, foi condenado à morte. Acusaram-no de ter aceitado a nomeação para os cargos de capitão-mor e de vereador da Câmara da Feira e ter prendido milicianos fiéis ao rei D. Miguel e atirar sobre tropas realistas. A sentença foi executada na Praça Nova, no Porto, em 7 de Maio de 1829, tendo sido enforcado com outros liberais. A sua cabeça, decapitada, foi exposta no Largo das Airas, em frente a sua casa. Bibliografia Jornal «Tradição», número especial das Comemorações dos Centenários, 1940.


PINHO, Abel Alves de (1875-1932). Nasceu no lugar de Vilar, na Freguesia de Fiães, em 27 de Abril de 1875. e recebeu a instituição canónica em 22 de Junho de 1907. Foi pároco da Freguesia de S. Vicente de Louredo (Feira) e de Oliveira do Douro (Gaia). Em 1907 colou-se na igreja de Guisande, tendo-se retirado em 1922 resignando o benefício, em 19 de Novembro de 1927. Faleceu em Espinho, em 28 de Outubro de 1932 e foi sepultado em Fiães. Bibliografia António Ferreira Pinto, Defendei Vossas Terras – Monografia de Guisande. Edição da Junta de Freguesia de Guisande, 1999; Padre Manuel Francisco de Sá, Santa Maria de Fiães da Terra da Feira. Casa Nun’Alvares, Porto, 1940.

PINHO,

Abel Augusto Correia de (1856 – 1924). Nasceu na Vila da Feira, a 27 de Fevereiro

de 1856. Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra e, em 1880, já era Delegado do Procurador Régio na Ilha de S. Tomé, tendo sido pouco depois provido no mesmo cargo para Cabo Verde, Angola e Índia (Nova Goa). Ali foi agraciado pelo rei D. Luís com a carta de conselheiro, tendo apenas 31 anos. Contraiu matrimónio com Luísa Adelaide Vaz e Oliveira (n.Vila da Feira, 30.04.1863-m. Índia, Pangim, 15.01.1888), na Capela da Quinta das Ribas do Castelo, em Vila da Feira, a 04.11.1886, não havendo descendência deste casamento. Foi Presidente do Tribunal da Relação de Goa, voltou a Luanda e, em 1902, voltou como Juiz para o Tribunal da Relação do Porto onde, em 1910, assume a presidência deste tribunal. A 16 de Fevereiro de 1912, foi promovido a Juiz do Supremo Tribunal de Justiça e nomeado Presidente do Conselho Disciplinar da Magistratura Judicial, onde permaneceu até 31 de Maio, tendo, nesta data, ascendido à presidência do mesmo. Faleceu a 12 de Dezembro de 1924. Bibliografia «Democrata Feirense», 21.12.1924.

PINHO. Cândido Augusto Correia de (1858-1919). Nasceu na Quinta, freguesia de Fornos, concelho da Feira. Era filho do Dr. Francisco Correia de Pinho, que foi administrador do concelho da Feira. Licenciou-se na Escola Médico-cirúrgica do Porto. Em sessão da Câmara


Municipal da Feira de 1 de Setembro de 1877 foi nomeado médico-cirurgião do partido da Feira. Foi professor e director da Escola Médico-cirúrgica e vice-presidente da Câmara do Porto em 1908. Faleceu a 14 de Fevereiro de 1919. Bibliografia «Correio da Feira», 17.1.1914; 25.7.1942; 18.1.1964.

PINHO, David da Mota e (1877-1922). Nasceu no lugar da Torre, freguesia de S. Vicente de Pereira, Ovar em 1877. Era filho de Sebastião da Mota e de Ana Maria de Pinho. Foi abade de Santiago de Rio Meão de 30 de Outubro de 1904 a 13 de Agosto de 1905, «embora em 2.1.1908 apareça ainda nas actas da Junta de Freguesia como seu presidente». Faleceu em Espinho a 17 de Janeiro de 1922, com apenas 45 anos de idade, de síncope cardíaca. Bibliografia David Simão Rodrigues, Rio Meão, a Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.

PINHO, José Alves de (1935-2010). Nasceu na freguesia de Chave, concelho de Arouca a 5 de Dezembro de 1935. Tendo frequentado os Seminários de Trancoso, Vilar e Maior do Porto, foi ordenado, em 2 de Agosto de 1959, por D. Florentino de Andrade e Silva, Administrador Apostólico da Diocese do Porto, durante o exílio do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes. Celebrou missa nova em 23 de Agosto de 1959 e iniciou a sua vida sacerdotal como coadjutor na freguesia de Lourosa, paroquiando também a freguesia de Bustelo do conselho de Amarante. Em 29 de Novembro de 1964 foi colocado como pároco nas freguesias de Fornos e Sanfins, Feira, onde permaneceu até à sua morte. Estudioso e investigador da história local colaborou em vários jornais, tais como «Flôr do Tâmega», «Defesa de Arouca» e «Correio da Feira» e nas revistas «Aveiro e o seu Distrito» e «Villa da Feira – Terra de Santa Maria», onde, no seu número 27, de Fevereiro de 2011, se publica o seu último trabalho com o título «Sanfins de Sobre a Feira». É autor dos Livros: «Outrora…Fornos», «Fundamentos para o Brasão de Fornos» e a Capela de Campos, publicados na Colecção Santamariana da LAF.


Apresentou ao III Congresso dos Monumentos Militares Portugueses a comunicação «A Freguesia de Fornos, vizinha do Castelo da Feira» e ao I Congresso Sobre a Diocese do Porto a comunicação «D. Crescónio, Bispo de Coimbra». Faleceu a 10 de Junho de 2010. Bibliografia Cândido Augusto Dias dos Santos, «Um Homem Sereno e Generoso. Revista Villa da Feira, n.º 27, ano IX, Fevereiro, 2011; José Alves de Pinho, «Outrora…Fornos» Colecção Santamariana, LAF, 2005; Manuel Correia Fernandes, Em Memória de José Alves de Pinho (1935-2010).Revista Villa da Feira n.º 27, ano IX, Fevereiro, 2011.

PINHO, José Pereira de (1915-?). Nasceu em Santa Maria de Lamas, em 1915. Era filho de Manuel Pereira de Pinho e de D. Angelina Pinto de Sousa. Quando completou a instrução primária, empregou-se como operário corticeiro. Foi vogal substituto da direcção da Caixa Sindical de Previdência da Indústria Corticeira, conselheiro municipal, membro de comissões corporativas e arbitrais, director da cantina escolar de Santa Maria de Lamas e presidente e secretário da direcção do Sindicato Nacional dos Operários Corticeiros do Distrito de Aveiro. Vem mencionado no «Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, Vol. II (M – Z)», da direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto em verbete assinado por João Miguel Almeida que diz o seguinte: «è admitido como procurador à Câmara Corporativa em 21 de Novembro de 1960 na V Secção (Indústria), 6-ª Subsecção (Cortiças), pelos trabalhadores. Desempenhou as funções de secretário do Conselho da 6.ª Secção da Indústria». Bibliografia Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-.1974, Vol. II (M – Z), 2005.

PINHO, Moisés Alves de (1883-1980). Nasceu na freguesia de Fiães, concelho da Feira, a 17 de Julho de 1883. Era filho de António Alves de Pinho Júnior e de D. Teresa Ribeiro de Castro, filha mais nova de Diogo Ribeiro de Castro, da Casa da Cancela. Matriculou-se na Congregação


do Espírito Santo onde fez preparatórios. Foi em seguida para França, a fazer o noviciado, em Chevilly de 1904 a 1905, realizando a sua profissão na Congregação do Espírito Santo em 2 de Outubro de 1905. Neste mesmo ano foi enviado para Roma para frequentar a Universidade Gregoriana, onde se doutorou em Filosofia Teológica. Em 19 de Dezembro recebeu a ordenação de presbítero conferida pelo Cardeal Vigário, Respighi, na Basílica de S. João de Latrão. Em 1910 começou em Carnide a ministrar o curso de Teologia aos seus alunos da Missões e quando rebentou a Revolução do 5 de Outubro foi levado para a prisão do quartel de Artilharia 1 e depois para Caxias juntamente com os seus alunos. Partiu depois para França, onde ensinou Teologia em Paris e Chevilly. Após o Decreto de Rodrigues Gaspar, de 24 de Dezembro de 1919, regressou a Portugal onde trabalhou como Provincial. Em 1920 já tinha reconstruído uma residência em Braga, que mais tarde se transformou numa casa de formação mista de Clérigos e missionários auxiliares, em Fraião, nos arredores de Braga. Em 1921 fundou a casa de Godim, Régua; em 1922, a casa de Viana do Castelo onde funciona o Seminário Maior do Escolasticado e a casa do Porto, destinada às vocações tardias. Embarcou como visitador às Missões de Angola em 1 de Novembro de 1931 e regressou em 23 de Março de 1932. A7 de Abril de 1932 foi escolhido pela Santa Sé para Bispo de Angola e Congo, tendo partido para aquela província ultramarina a 12 de Outubro de 1932. Em Luanda reorganizou o antigo extinto Seminário Diocesano, fez visitas pastorais em quase todo o território de Angola, visitas bem pormenorizadas no seu livro de «Memórias» que publicou mais tarde, em 1979, criou novas missões, fundou o jornal «O Apostolado» e a Rádio Eclesia. Esteve durante 34 anos à frente da Diocese de Angola e Congo e é ele mesmo que enumera os acontecimentos que considerou mais relevantes: o Sínodo Diocesano realizado em 1950, reuniões episcopais de Angola e Moçambique, a visita do senhor Cardeal Cerejeira, a visita do senhor Núncio Apostólico e o primeiro Bispo Auxiliar para Luanda Foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã Cruz de Cristo Faleceu com 96 anos em 1980. Bibliografia Padre António dos Santos Moreira, Dom Moisés Alves de Pinho (Bispo Missionário). Revista «Ulfilanis Villa», n.º 1 – 1987, edição da Comissão de Defesa do Património e Acção Cultural (CDPAC), Fiães. Moisés Alves de Pinho, Memórias. Edição do Autor, Lisboa, 1979. Padre Manuel F. de Sá, Subsídios para a História de Fiães-da-Feira, Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», nº.18, 1939.


«Correio da Feira», 16.7.1939.

PINTO,

António Ferreira (1871-1949). Nasceu na freguesia de Guisande em Junho de 1871.

Era filho de Joaquim Caetano Pinto e de D. Ana Rosa Duarte, «abastados lavradores daquela freguesia». Frequentou o Colégio do Espírito Santo, em Braga e depois o Seminário Episcopal do Porto, cujo curso concluiu em 1892. A seguir matriculou-se na Faculdade de Teologia de Coimbra onde terminou o respectivo curso. Em 16 de Setembro foi nomeado pelo bispo D. Américo, professor do Seminário Teológico do Porto, paroquiando ao mesmo tempo a freguesia da Vitória, no Porto. De 1899 a 1906 Foi secretário particular do Bispo do Porto, D. António Barroso, tendo voltado naquela data ás sua s funções pedagógicas no Seminário onde, em 1929, foi promovido a reitor. Em 1947, a quando da comemoração das suas bodas de ouro de professor foi agraciado pelo Presidente da República com o oficialato da Ordem de Santiago da Espada e a medalha de oiro de Mérito da cidade do Porto. O cónego Ferreira Pinto exerceu também o cargo de vice-oficial da Cúria e de Juiz do Tribunal Eclesiástico, tendo sido distinguido, em Outubro de 1947, com o título de Arcediago da Sé Portuense. Fez parte dos corpos administrativos de várias instituições na cidade do Porto, entre as quais a Santa Casa da Misericórdia do Porto. «Erudito e probo investigador, evidenciou-se como um polígrafo de notável merecimento», colaborou em muitos jornais e revistas (jornais: A Palavra», «A Voz», «A Voz do Pastor», «Novidades», «Tradição», «Correio da Feira, etc, revistas: «O Progresso Católico», «Lusitânia», Boletim da Diocese do Porto», Boletim da Câmara Municipal do Porto» e «Arquivo do Distrito de Aveiro») e publicou numerosos trabalhos sobre assuntos de carácter biográfico e histórico, entre os quais: «Memória da Fundação, Mudança e Restauração do Seminário Episcopal do Porto»; «In Memoriam do Cardeal D. Américo», «A Freguesia de Canedo da Feira»; «In Memoriam de D. António Barroso»; «No Bicentenário dos Clérigos»; «Defendei Vossas Terras»; «O Cabido da Sé do Porto»: «Conde de Samodães», «No Centenário de João Pedro Ribeiro»; «O Seminário de Nossa Senhora da Conceição do Porto». Deixou inédito um pormenorizado estudo sobre a actividade do clero portucalense ao serviço da igreja de Portugal. Em 1947 os seus discípulos promoveram-lhe uma homenagem de que resultou a publicação de um livro – «Gratidão e Justiça – Homenagem dos Discípulos nas Bodas de Ouro do Seu Mestre Cónego Dr. António Ferreira Pinto,» Porto, 1947) com depoimentos dos seus amigos e diversas individualidades que enalteceram as suas qualidades humanas, literárias e profissionais


O cónego Dr. António Ferreira Pinto faleceu a 8 de Abril de 1949. Bibliografia António Ferreira Pinto, Defendei Vossa Terras – Monografia de Guisande. Edição da Junta de Freguesia de Guisande, 1999. «Correio da Feira», 16.4.1949. «Gratidão e Justiça – Homenagem dos Discípulos nas «Bodas de Ouro» do seu Mestre Cónego Dr. António Ferreira Pinto». Edição do Seminário de N.ª S.ª da Conceição (à Sé), Porto, 1947.

PINTO, António Tavares (? – ?). Vivia em 1678, segundo Carta de Familiar do Santo Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve: «natural e morador na vila da Feira; filho de Francisco Tavares da Rocha, natural de Stº Tirso de Riba d’Ave e de Maria Lobato, natural da vila da F e aí moradores; neto paterno de Manuel da Rocha Tavares, de Stº Tirso e de Maria da Cunha, da freg. da Sé do Porto e materna de Manuel Godinho Homem e de Vitória Pinto, da Feira. Carta de Familiar de 24 de Março de 167. A.N.T.T. – António – m. 20, n.º606» Bibliografia

Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º1oo (Outubro, Novembro e Dezembro), 1959.

PINTO, Augusto de Oliveira (1881-1975). Nasceu na freguesia de S. Miguel do Souto, em 26 de Novembro de 1881. Era filho de Manuel de Oliveira Pinto e de Joana Maria de Jesus. Ordenado padre foi para Rio Meão iniciar a sua vida de sacerdote como coadjutor do Padre David da Mota e Pinho, a quem depois substituiu como pároco e como presidente da Junta de Freguesia. Foi abade apresentado de S. Vicente de Pereira por Carta Régia de 27 de Janeiro de 1910, recebeu instituição canónica em 23 de Março, tomando posse do benefício em 20 de Abril do mesmo ano. Em 1960 foi Capelão da Misericórdia de Ovar e de Capela das Almas ou dos Campos ou da Sr.ª do Parto. Escreveu vários livros de história regional, como «Resenha Histórica do Souto, S. Vicente de Pereira e São Martinho da Gândara» e foi colaborador de


jornais da Feira como «A Tradição», do diário católico «Novidades» e «Nova», de Lisboa, assinando alguns artigos com pseudónimo. «Espírito multifacetado fazia jus à sua inteligência e versatilidade cultural compondo músicas e poemas destinados a festas religiosas». «Por divergências descambadas em ofensa da honra», chegou a lançar um repto ao Dr. Aguiar Cardoso para um duelo, que só foi evitado pala intervenção várias senhoras da sociedade do Porto e aquando da implantação da República, desafia a maçonaria local, representada pelo chefe da loja local, Dr. Arala Chaves, que lhe deu voz de prisão e que originou uma cena de tiros de que resultaram alguns feridos e um presumível morto. Aliado a este espírito combativo, foi sempre um benfeitor dos mais pobres. Faleceu em Ovar com a idade de 94 anos, a 8 de Fevereiro de 1975, encontrando-se sepultado na sua freguesia de S. Miguel do Souto. Bibliografia David Simão Rodrigues, Rio Meão, a Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.

PINTO, Domingos Pereira (1705 -?). O relatório das freguesias da Feira, feito por ordem do Vigário Capitular D. Nicolau Joaquim Thorel da Cunha Manuel em 1769 e no que se refere a Canedo , diz que Domingos Pereira Pinto, de 64 anos tinha sido ordenado em 1730 e «estava dispensado de confessar por despacho do Provisor Fr. Aurélio, por se queixar de várias moléstias». Bibliografia Cónego A. Ferreira Pinto, S. Pedro de Canrdo. Arquivo do Distrito de Aveiro, nº 15, 1938.

PINTO, Gonçalo (? – ?). Vivia m 1534, pois foi-lhe concedido brasão de armas a 2 de Março desse ano. Casou-se com D. Maria de Castro, filha única de Francisco Rocha, Senhor da Casa de Linhares e Barroso, em Paços de Brandão. Este casal teve duas filhas: D. Maria Pinto e D. Catarina Pinto. A primeira herdou o senhorio dessas nobres casas, passando mais tarde para a família Pinto de Almeida: D. Agostinha, D. Clara Pinto, António Pinto de Almeida, D. Ana Joaquina, D. Rosa Maria de Assunção, D. Josefa Leonor Rosa, D. Máxima Maximina, D. Luísa Claudina de Cássia, Padre José Pinto de Almeida, João Pinto, Manuel Pinto de Almeida, etc. A


família Pinto de Almeida seria descendentes daquele Gonçalo Pinto e de sua mulher D. Maria de Castro. Bibliografia Padre Antero, Apontamentos sobre Paços de Brandão.

PINTO, Jerónimo Ferreira (? – ?). Vivia em 1748, segundo Carta de Familiar do Santo Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve: «capitão embarcadiço; natural do Porto, freg. de S. Nicolau e morador na rua dos Mercadores; filho de Domingos Ferreira Martins, natural da Várzea, freg. de St.ª Maria de Pigeiros, Feira e de Josefa Pinto, natural do Porto, freg. de S. Nicolau e também moradores na rua dos Mercadores; neto paterno de Pedro Martins e de Maria Ferreira, naturais e moradores em Pigeiros e materno de Domingos Pinto, natural de Mouriz, Paredes e de D. Maria de Sousa, natural do Porto, freg. de S. Nicolau e igualmente moradores na rua dos Mercadores; casado com Ana Maria Rosa, natural e moradora no Porto, freg. de S. Nicolau, filha de Manuel Henriques Martins, natural de Lomba, freg. de S. Pedro de Valongo, Águeda e de Rosa Maria Angélica, natural de Miragaia, extra-muros da cidade do porto e moradores na mesma cidade na rua da Ribeira, freg. de S. Nicolau; neta paterna de Manuel José e de Maria Martins, naturais e moradores em Lomba e materna de João Pereira, natural de Sá, freg. de Penaguião e de Angélica dos Santos, natural do Couto, freg. de S. João da Foz e moradores em Miragaia. Carta de Familiar de 22 de Março de 1748. A.N.T.T. – Jerónimo – m.8, n.º142» Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º129 (Janeiro, Fevereiro e Março) 1976.

PINTO, Joaquim Marques (1899-1996). Nasceu em Paços de Brandão em 18 de Agosto de 1899. Foi um acérrimo defensor dos interesses de Paços de Brandão, tanto como autarca da freguesia como animador cultural, tendo-se dedicado à música e ao teatro. Embora tendo sido republicano e democrata – do «reviralho», como ele dizia – conseguiu ser eleito membro da Junta de Freguesia no tempo do Estado Novo. Nesta qualidade, conseguiu que o direito à


cobrança na Praça semanal e na Feira dos Sete retornasse à Junta de Freguesia, cuja cobrança a Câmara Municipal da Feira havia tomado como reembolso de uma dívida à Câmara de uma Junta anterior. «Também à sua acção se deve a beneficiação de estradas, caminhos e ruas e alargamento de outras: o calcetamento a paralelos desde a Ponte Nova até Rio Meão da estrada que vem de Mozelos, passa por Lamas e atravessa Paços de Brandão»; alargamento e calcetamento a cubos da Avenida da Sobreira; o abastecimento de água e a construção de vários fontanários, tendo a Junta de que ele era membro, adquirido um terreno na Valada, em Lamas, no qual foram feitas uma mina e furos para o respectivo abastecimento de água e construído um grande depósito que fica ao fundo do Beco da Estação. Após o 25 de Abril de 1974 foi membro da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Paços de Brandão. No campo da cultura dedicou-se à música e ao teatro. Foi músico amador e dirigente da Tuna Nova de Paços de Brandão que, por desinteligências com alguns dos seus membros abandonou-a assumindo a regência da Tuna Velha que, com o fim da Tuna Nova, passou a chamar-se de Tuna Musical de Paços de Brandão. A ele se deve o arranque da secção de teatro do CiRAC (Círculo de Recreio Arte e Cultura de Paços de Brandão), «principalmente no teatro musicado, na comédia e nos monólogos», como nas peças «Três Sacristas» e «Flor da Aldeia». Escreveu também algumas crónicas de história local no «Notícias de Paços de Brandão», que ficarão como fontes importantes para a elaboração da História de Paços de Brandão, continuando a monografia «900 Anos de Paços de Brandão», do Padre Joaquim Correia da Rocha. Era casado com D. Benvinda Sá Alves de Oliveira de que teve os seguintes filhos: Joaquim, Afonso, Alberto, Bemvinda e Lino Alves Oliveira Pinto. Joaquim Marques Pinto faleceu em Paços de Brandão a 14 de Fevereiro de 1996. Bibliografia Carlos Gomes Rodrigues, O 25.º Aniversário do CIRAC e o Papel Relevante do Arranque da Secção de Teatro, de Joaquim Marques Pinto e a Sua Acção em prol de Paços de Brandão. «Notícias de Paços de Brandão», 7.11.2001 e 15.11.2001.

PINTO,

Joaquim de Oliveira (1894-1981). Natural da freguesia de Guisande (Feira),

paroquiou durante 64 anos a freguesia de Gião (Feira). Faleceu ali em 23 de Outubro de 1983, com 87 anos de idade. Bibliografia


«Correio da Feira», 30.10.1981.

PINTO, Joaquim Pereira (? -1981). Natural da freguesia de S. Paio de Oleiros (Feira), o padre Joaquim Pinto esteve em Angola mais de dezasseis anos no cargo de secretário do bispo de Nova Lisboa. Regressado a Portugal recolheu-se na Congregação do Espírito Santo, no Porto, onde faleceu em 14 de Fevereiro de 1981. Bibliografia «Correio da Feira», 6.3.1981.

PINTO José (? – ?). Nasceu nas Quintães, Freguesia de Guisande. Foi ordenado em 1724. Bibliografia António Ferreira Pinto, Defendei Vossas Terras – Monografia de Guisande. Edição da Junta de freguesia de Guisande, 1999.

PINTO, Manuel Alves (1910- ?). Nasceu no lugar de Casal do Monte, Fiães em 9 de Janeiro de 1910. Frequentou os Seminários de Fraião e Viana do Castelo e ordenou-se presbítero neste último Seminário em 22 de Setembro de 1934. No ano seguinte partiu para as missões para Angola. Bibliografia Padre Manuel Francisco de Sá, Santa Maria de Fiães da Terra da Feira, Casa Nun’Álvares, Porto, 1940.

PINTO,

Manuel Ferreira (? – 1875). Nasceu em Santiago de Lobão, recebeu a ordem de

presbítero, em 20 de Dezembro de 1845, tendo frequentado a Universidade de Coimbra., não concluindo a formatura. Foi apresentado pároco e colado da Freguesia de Guisande em 9 de Abril de 1859, por decreto de D. Pedro V em 25 de Janeiro do mesmo ano. Foi pregador de renome e faleceu a 19 de Agosto de 1875.


Bibliografia António Ferreira Pinto, Defendei Vossas Terras – Monografia de Guisande. Edição da Junta de Freguesia de Guisande, 1999.

PINTO, Manuel Lobato (? – ?). Vivia em 1661, segunda Carta de Familiar do Santo Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve: «cavaleiro professo do hábito de Cristo, Tenente de Mestre de campo general da Província do Alentejo; natural da Vila da Feira, freg. de S. Nicolau e morador na Praça de Elvas; filho de Nicolau Pinto Lobato, natural da Feira e de Antónia Carneira Almança, natural do Porto, freg. da Sé, moradores na Vila da Feira, neto paterno de Lucas Pinto Lobato e de Catarina Gramacha, também naturais e moradores na Feira e materno de António Vieira e de Catrina Carneira, naturais do Porto, freg. da Sé e aí moradores na rua da Banharia; ajustado para casar, em 1666, com Mariana Fróis, natural e moradora em Portalegre, filha de Diogo Fróis de Gomide e de Catarina de Almeida, neta paterna de António Mendes Correia e de Joana da Costa e materna de António Vaz da Silveira e de Joana de Almeida, todos naturais e moradores em Portalegre. Carta Familiar de Janeiro de 1661. – A.N.T.T. – Manuel, m. 123, n.º2199». Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º 157 (Janeiro, Fevereiro e Março), 1974.

PINTO,

Manuel Pessoa (? – ?). O padre Manuel Pessoa Pinto assinou, em 5 de Junho de

1753, juntamente com os padres António Ferreira e Ricardo Alves da Rocha, uma declaração em como foram rezadas 40 missas todas de esmola de 100 réis cada, por alma de Antónia Gomes, do lugar das Figueiras, Rio Meão, a qual tinha feito testamento vocal, na presença do dito Padre Ricardo Alves da Rocha. Bibliografia.

David Simões Rodrigues, Rio Meão – A Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.


PINTO, Manuel (? -?) Natural de Rio Meão. Em 1731 vivia em Santo António, Rio Meão e foi nomeado como proprietário de terras com que partiam as da Quinta da Fiúza. Em 1745, no Tombo do Casal de Cortegacinha, aparecia como um dos seus foreiros e em 1747 fazia parte do rol dos proprietários de Rio Meão voteiros de Santiago à Sé Catedral do Porto. Em 26 de Abril de 1757 foi coadjutor do Reitor de Rio Meão. Terá falecido em Lisboa, onde era assistente desde 21 de Dezembro de 1776, antes de 1816, por esta ser a data do primeiro despacho para o processo de escritura do emprazamento do prazo chamado o «Ermo», realizado em 23 de Março de 1826, que diz que «este ficara livre por morte da última vida o Padre Manuel Pinto de Santo António» Bibliografia David Simões Rodrigues. Rio Meão – A Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.

PINTO, Manuel de Sá (1696? – 1757). Terá nascido em Santo António, Rio Meão em 1696. Ordenou-se padre com 27 ou 28 anos em 1724. Era filho de João Pinto e de Antónia de Sá. Em 1751 foi testemunha do casamento de Maria de Jesus, filha natural de Manuel de Sá Paredinha e de Mariana de Jesus, solteira, da Mata, Rio Meão, com Leonardo André, neto paterno do doutor Baptista de Araújo e Sousa e de Luísa de Barros, solteira, natural de Braga. Faleceu em 19 de Setembro de 1757, sem testamento e os seus bens foram para Maria de Sá, sua prima, casada com João de Sá Modigo. Ficou sepultado dentro da igreja de Rio Meão. Bibliografia David Simões Rodrigues, Rio Meão – A Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.

PINTO, D. Paio Soares (? – ?). Por informação do conde de Alvellos «D. Paio Soares Pinto foi a pessoa muito honrada que viveu na sua Quinta do Paço (hoje Paços de Brandão) junto ao Castelo de St.ª Maria, onde hoje é Vila da Feira e casou com D. Mor Mendes. Por seu falecimento, sua mulher de acordo com os filhos, vendeu em 1126 esta Quinta ao Mosteiro de


S. Salvador de Grijó. Confirma-o um documento de 1134 existente no Cartório deste Mosteiro (Livro de Linhagens. Tomo IV, pág. 10, título XXXIV – Pintos)». Serão os ascendentes dos «Pintos de Almeida», da Casa da Portela, em Paços de Brandão. Bibliografia David Simões Rodrigues, Rio Meão – A Terra e o o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia

de Rio Meão, 2001. Joaquim Correia da Rocha, Recordar 900 Anos de Paços de Brandão. Edição da Junta de Freguesia de Paços de Brandão, 1995.

PINTO, Saúl Gomes (1938- 1998). Nasceu em Rio Meão em 17 de Junho de 1938. Era filho de António Pinto e de Aurora Gomes dos Reis. Foi ordenado presbítero, na Sé do Porto em 25 de Agosto de 1963. Logo após a sua ordenação foi nomeado coadjutor de Cedofeita e pouco depois foi nomeado pároco de Tropeço, Arouca. Aqui interrompeu a paroquialidade para cumprir dois anos de serviço militar, até 27 de Fevereiro de 1972, ano em que tomou posse de pároco da Freguesia de Paramos, concelho de Espinho. Renovou a igreja que estava em estado de degradação, urbanizou e ajardinou todo o adro e espaço envolvente, construiu um espaçoso salão paroquial, restaurou e alargou a Capela da Senhora da Guia, com a urbanização do respectivo adro. Organizou e dinamizou a catequese para crianças e adultos e vitalizou as organizações católicas paroquiais. Em 1990 foi descerrada uma lápide de homenagem, dento Pinto por tudo quanto tem feito pela conservação e alindamento desta casa de DEUS. Paramos, 4/7 de Setembro de 1990. Faleceu em 14 de Junho de 1998. Bibliografia David Simões Rodrigues, Rio Meão – A Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.

PINTO, Tristão (?- 1565) .Era pároco da freguesia de Travanca em 1554. Faleceu em 1565. Depois da sua morte a igreja de Travanca uniu-se à de S. Nicolau da Feira e da congregação de S. João Evangelista (Convento dos Lóios).


Bibliografia Padre Jorge de S. Paulo, O Convento da Feira. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro (Julho, Agosto e Setembro), 1950.

PIRES, Jorge (? – ?). Foi pároco da freguesia de Pigeiros, apresentado pelos Rochas, em 1592. Bibliografia P.e José Inácio da Costa e Silva, «Santa Maria de Pigeiros», jornal «Tradição», número especial das Comemorações dos Centenários, Setembro, 1940.

PIRES, Pedro (? – ?). Eclesiástico, foi Superior do Mosteiro de Canedo de 1323 a 1327. Bibliografia Padre António Ferreira Pinto, S. Pedro de Canedo – no concelho da Feira. «Arquivo do Distrito de Aveiro». N.º 15, 1938.

PONTES, Abílio Augusto de Araújo (? -?). Foi pároco encomendado de Fornos, desde Janeiro de 1917 até Outubro de 1918. Era natural de Freixo de-Espada-à-Cinta, filho de Marcelino António de Araújo e de D. Maria das Dores. Faleceu com 44 anos de idade, acometido pela epidemia conhecida pela «pneumónica», talvez contagiado pelos doentes que ia visitar. Bibliografia Padre José Alves de Pinho, Outrora… Fornos. Edição da LAF – Liga dos Amigos da Feira, 2005.

PORCIÚNCULA,

Frei Inácio de (? – ?) Vivia em 1697, segundo Provisão de Qualificador do

St.º Ofício que lhe foi concedida nessa data e que a seguir se transcreve: «religioso da Ordem de S. Francisco, lente de Prima de Teologia, morador no Convento de S. Francisco de Lisboa.; natural do Porto, freg. da Sé; filho de Feliciano Soares, natural da vila da Feira, freg. de S.Nicolau e de Suzana Vieira, natural do Porto; neto paterno de Miguel Soares e


de Francisca André, naturais da Vila da Feira e materno de Geravás Vieira, natural da freg. de St.ª Eulália de Gontim, termo de Guimarães e de Veríssima Vieira, natural da rua de Cima da Vila, Porto. Provisão de Qualificador de 20 de Dezembro de 1697. A.N.T.T. – Inácio – m.7, n.º129» Bibliografia Jorge Hugo Pires de Lima, O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício. Revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º124 (Outubro, Novembro e Dezembro), 1965.

PRIMO, Alexandre de Sousa (? - ?). Este padre vivia, em 1747, fazendo parte «do agregado familiar do Dr. Domingos da Fonseca e Sousa, residente em Alpoços, Rio Meão». Seria seu capelão ou familiar. Bibliografia David Simões Rodrigues, Rio Meão – A Terra e o Povo na História. Edição da Junta de Freguesia de Rio Meão, 2001.

PRETO, António Inácio Manso (? -?). Era natural de Coimbra e foi pároco de Vila Maior e Vigário da Vara. No arquivo De Guisande existem dois cadernos das conferências morais da referida freguesia e na de S. Jorge. As actas das conferências de 1844 e 1847, foram lavradas pelos secretários Padres José Gomes de Almeida e José Ferreira Coelho, da referida freguesia e Padre António Domingues da Conceição, de S. Jorge e têm o visto do Vigário da Vara, Dr. António Inácio Manso Preto. As actas das conferências em S. Jorge, assinada pelo Padre José Ferreira Coelho, têm também o visto do mesmo Vigário com a data de 28 de Setembro de 1859. Bibliografia António Ferreira Pinto, «Defendei Vossas Terras – Monografia de Guisande. Junta de Freguesia de Guisande, 1999.


QUADROS, Domingos Manuel dos Reis Soares de Albergaria Mascarenhas de (1772 – ?). Era filho de Domingos Manuel Soares de Albergaria dos Reis e Vasconcelos, 3º morgado de Santo António do Cruzeiro e de D. Inês Antónia Margarida de Mascarenhas e Mesquita Rangel de Quadros. Foi capitão-mor da Vila da Feira, cargo para que foi nomeado em 1798, tendo apenas 25 anos de idade. Mais tarde foi coronel de Milícias de Oliveira de Azeméis, tendo seguido o partido do rei D. Miguel. Era filho de Domingos Manuel Soares de Albergaria e Vasconcelos, capitão-mor da Vila da Feira e de D. Inês Antónia Maria Margarida de Mascarenhas Rangel e Quadros e neto paterno de Salvador José dos reis e Vasconcelos, também capitão-mor da Vila da Feira e D. Isabel Terea Maria Soares de Albergaria. Era casado com D. Maria Rita do Carmo Pinto de Queirós, da Casa de Cidacos, Oliveira de Azeméis, havendo deste casamento uma filha, D. Maria Inês Soares de Albergaria Rangel e Quadros, que foi a herdeira. E que casou com o morgado de S. João da Madeira, José Nunes Cardoso de Gouveia Corte-Real, passando aquela casa a ser conhecida por Casa dos Côrte Reais, de Oliveira de Azeméis. Deste casamento houve um filho, Manuel Cardoso Rangel de Quadros Côrte-Real. Bibliografia Mário Reis, Casas Brasonadas de Oliveira de Azeméis. «Arquivo do Distrito de Aveiro», n.º 30, 1942.

QUEIRÓS, José Barbosa de

(? – 1764). Foi pároco de Paços de Brandão de 1738 a 1764.

Quando da sua entrada em 25 de Agosto desse ano escreveu o seguinte; «Quando entrei a 25 de Agosto de 1738, verifiquei ser antiga a construção da igreja e, por dentro, era muito limitada, sendo o espaço quase quadrado, ocupado por três altares. No Maior, estava o sacrário e viam-se as imagens do Padroeiro (Evangelho), N.ª S.ª da Conceição (Centro) e S. Francisco Xavier (Epístola), todas de pedra de Ançã, sendo a mais antiga a de S. Cipriano (fins do séc. XV) e do séc. XVII as outras. Do lado do Orago, um altarzinho, com os Santos populares: S. Gonçalo de Amarante e St.º António (este de barro cozido), setecentista. Em respondência com este altar, outro (do lado da epístola), todo Marial: N.ª S.ª do Rosário e o grupo Santana, N.ª S.ª e o Manino. Os fiéis que não somavam duas centenas, apinhavam-se no espaço livre, apertados. Num canto, a fonte Baptismal e noutro, uma Sacristia. Sem esquecer a sineira». A quando do terramoto de 1755, escreve ao Marquês de Pombal, em 13 de Abril de 1758 o seguinte: «No terramoto do ano 1755 abrirão as paredes (na igreja dos meus sonhos) vária rachas e quebrarão as padieiras da Porta principal e do portal travesso, que está para a parte


norte e no Inverno do ano seguinte (1756), se alagou toda a torre e grande parte do Frontispício da igreja…Tudo por causa do dito tremor, cujo dano ainda está por reparar». A Capela-Mor foi reconstruída à sua custa, cujo tecto foi pintado com alegorias religiosas pelo artista portuense Domingos Teixeira Barreto, como testemunha uma inscrição ao lado da porta que sai da capela-mor, do lado do Evangelho e que reza assim: «Esta Pintura se mandou fazer por Domingos Teixeira Barreto, da Cidade do Porto e se acabou em 15 de Outubro de 1763. Cem anos mais tarde, em 1876, Pinho Leal quando visitou Paços de Brandão, escreveu, a respeito da igreja: «A igreja matriz é um templo muito antigo, mas vasto e decente. È no centro da freguesia. A capela-mor é magnífica e foi feita à custa dum piedoso pároco, que nela jaz sepultado. Tem uma elegante torre, de cantaria, com seu relógio». Foi ele que respondeu ao inquérito para o Dicionário Geográfico, do Padre Luis Cardoso, em 1758. Faleceu a 28 de Agosto de 1764, deixando testamento, no qual fez doação de todos os seus bens móveis e de raiz a seu sobrinho Manuel Castro Monteiro de Queiroz, morador na sua Quinta do Oiteiro da freguesia do Grilo do Concelho de Baião. Foi sepultado no dia 30 desse mês na Capela-mor da Igreja de Paços de Brandão. Bibliografia Padre Antero, Apontamentos sobre Paços de Brandão Padre Joaquim Correia da Rocha, Recordar 900 Anos de Paços de Brandão. Edição da Junta de Freguesia de Paços de Brandão, 1995.


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