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PALAVRA DO COMODORO Prezados Associados O cenário político e econômico desse ano no país não é nada animador, porém há coisas positivas que devemos evidenciar e comemorar no Veleiros do Sul. Iniciamos pela parte esportiva. Nos Jogos do Rio teremos pela primeira vez um atleta representante do nosso Clube numa Olimpíada. É o Samuel Albrecht, que competirá na classe Nacra 17 junto com a proeira Isabel Swan, do Rio. Feito que nos orgulha! E também pela aposta desde o início na classe. O VDS foi a sede do primeiro Sul-americano de Nacra 17,em 2013. O Veleiros estará presente nas comissões de regatas, júri e em diversos pontos da Marina da Gloria através de seus colaboradores e associados. Na vela de base também contamos com bons ventos. As flotilhas de Optimist e da Escola de Vela Minuano tiveram aumento de participação das crianças. Fechamos o semestre com 52 alunos, número comparável somente de 2004 - época da Equipe de Vela/ Projeto Rumo. Na Vela Jovem conseguimos formar novas equipes e a expectativa para a Copa da Juventude em outubro no RJ é de levarmos o número histórico de 14 velejadores. No setor patrimonial iremos comemorar os 50 anos da Ilha Francisco Manoel, nossa subsede que fica a 12 milhas do Clube, na direção sul no Guaíba. A ilha possui mata conservada e é ponto de encontro dos navegadores. Ela representa o exemplo de como o trabalho e a visão de clube na pessoa de seu idealizador, Mário Bento Hofmeister se perpetua por 50 anos. Que venham mais 50. Atualmente a Chico, como carinhosamente chamamos, possui estação de tratamento de água e energia por painéis solares. Um projeto piloto de preservação ambiental e sustentabilidade que está em harmonia com o ecossistema da ilha. A obra de modernização na sede dará novo espaço para a secretaria administrativa e a loja do VDS, a partir do final de julho. A loja colocará em evidência a “marca Veleiros”. A obra teve a colaboração de empresas e o esforço de “amigos” do Clube, que juntos apoiaram o empreendimento. Na pasta Social tivemos nesse semestre eventos em evidência com o casal Luiz Gustavo Geyer de Oliveira e Karina que assumiu o desafio da vice-comodoria após a saída do casal Willy, que singrou novos horizontes. Entre os eventos destacaram-se os Queijos e Vinhos e a quarta edição do Jantar Barlavento. E para finalizar, o setor administrativo vem enfrentado muitos desafios motivados pelas dificuldades econômicas e instabilidades/incertezas políticas, o que fazem o Comandante do “ barco” estar atento a mudanças e ajustar as velas para que possamos seguir em frente. Agir no presente tendo em vista o futuro e antecipar consequências (antevisão) faz parte da vida de quem está acostumado a navegar. Por mais difícil que se apresente as condições, traçar um rumo (estratégia) com serenidade e perseverança nos ajuda a singrarmos entre os obstáculos que se apresentam. Bons ventos sempre! Eduardo Ribas

EXPEDIENTE Comodoro Eduardo Ribas Vice-Comodoro Esportivo Diego Quevedo Vice-Comodoro Administrativo Renato Poy da Costa Vice-Comodoro Patrimônio André Huyer Vice-Comodoro Social Luiz Gustavo Geyer de Oliveira Prefeito da Ilha Chico Manoel Luiz A. Morandi Ouvidoria Eduardo Scheidegger Jr. Escola de Vela Minuano Diretor: Eduardo Scheidegger Jr. Diretor de Vela de Cruzeiro Gustavo Erle Lís Conselho Deliberativo Presidente Newton Aerts Vice-Presidente Luiz A. Morandi Conselho Fiscal Titulares: Frederico Roth, Cícero Hartmann e Flávio Neumann Suplentes: Luiz G. Tarrago de Oliveira, Ricardo Englert e Paulo A. Hennig O Minuano é uma publicação do clube Veleiros do Sul. Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592 Endereço: Av.Guaíba, 2941 Vila Assunção Porto Alegre – Brasil CEP: 91.900-420 E-mail: comunicacao@vds.com.br Site: www.vds.com.br

Editor: Ricardo Pedebos - MTB 5770/RS Textos e Fotos: Ricardo Pedebos e Ane Meira Mancio Foto Capa: Veleiros do Sul Projeto Gráfico e Diagramação: Renato Nunes Impressão: Gráfica Pallotti Tiragem: 1.400 exemplares Distribuição: Sócios do VDS, diretorias dos clubes náuticos e marinas do Brasil. Clubes da Argentina, Chile e Uruguai. Julho de 2016


CLASSE OPTIMIST

Ventos favoráveis sopram para a flotilha Minuano A nova geração da Optimist do VDS começou a despontar nas competições desse semestre.

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No Brasileiro foi a mais jovem flotilha, com média de idade de 11 anos

s resultados alcançados mostraram que o Clube tem realizado um trabalho bem programado na sua vela de base e promissor pelo sucesso obtido com essa nova geração. A estreia dos nossos velejadores em competições nacionais neste ano foi no 44º Brasileiro de Optimist realizado em janeiro em Jurerê. O destaque foi Lucas Stolf que terminou em quarto lugar e até o penúltimo dia tinha chance de chegar ao título. Na categoria Mirim Erick Carpes, de 10 anos, foi campeão. O Veleiros do Sul foi o único clube que teve dois mirins entre os vencedores das 12 regatas realizadas em Jurerê: Erik e Leonardo Caminha. A flotilha Minuano contou ainda no Brasileiro com a participação de Germano Becker, Pedro Amine, Gabriel Rimoli, Alexandre Becker Santos, Guilherme Becker de Araujo Santos, Francisco Ruschel, Felipe Gouvea e Luan Martins. Na Copa Brasil de Optimist Estreantes, a flotilha Minuano participou com quatro velejadores: Gio-

vanni Morais, Gustavo Glimm, Fernando Rocha e Letícia da Silva. Na competição em Jurerê, o Veleiros do Sul estreou a flotilha de 15 barcos novos para Veteranos e Estreantes que foram adquiridos pelo Projeto de Formação Olímpica e de Atletas firmado entre o Clube a Confederação Brasileira de Clubes (CBC) em 2015. Além do quarto lugar no Brasileiro, Lucas Stolf ficou com uma vaga na equipe nacional que disputou o Sul-americano em Salinas, no Equador, na Páscoa. Ele obteve o melhor resultado entre os 13 representantes brasileiros ao ficar em 23º lugar entre os 162 competidores que disputaram o Sul-americano. O jovem timoneiro ficou satisfeito com o resultado na sua estreia em evento internacional e agradeceu ao técnico Juan Sienra pelo treinamento. Em abril foi a vez do Campeonato BrasilCentro e Seletiva de Optimist 2016 em Ilha-


Lucas, melhor brasileiro em Salinas, ao lado do team líder Cassio

bela. A flotilha Minuano teve uma participação positiva na competição com sua nova geração de velejadores. Erick Carpes ficou com título mirim e em segundo Leonardo Caminha. O BrasilCentro também foi a seletiva final (a primeira foi o Brasileiro em janeiro) que definiu as equipes nacionais para o Mundial, em junho Portugal, Europeu, em julho na Itália, e Norte-Americano, em julho em Antígua.

O campeão Mirim, Erick e o vice Leonardo

O VDS garantiu as vagas na equipe brasileira para o Norte-americano com Lucas Stolf e Germano Becker, sendo que há a possibilidade de Lucas entrar no time para o Europeu e Erick para o Norte-americano em caso de desistência de outro classificado. E também pela flotilha Minuano Guilherme Becker ficou em 12º na flotilha prata. A competição foi realizada na Escola Municipal de Vela de Ilhabela.

Nosso time em Ilhabela no Brasil Centro O MINUANO

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E no último evento do primeiro semestre fora do estado, o Veleiros do Sul participou da XI Búzios Sailing Week nas classes Optimist e 420 ocorrida em maio no Iate Clube Armação de Búzios. A flotilha Minuano fez pódio na Optimist Veteranos com Gabriel Rimoli, vice-campeão, Leonardo Caminha, campeão mirim e 8º lugar na geral, Erick Carpes, vice-campeão Mirim e 11º na geral. Guilherme Becker ficou em 19º, Germano Becker em 23º e Pedro Amine, 24º. Participaram 59 velejadores. Na categoria Estreantes Gustavo Glimm foi vice-campeão e Fernando Rocha em 12º. O grupo foi acompanhado pelo técnico Cássio Lutz do Canto. O técnico Juan Sienra fez uma avaliação da flotilha nos campeonatos e do trabalho que vem sendo feito. “Há um ano está gurizada estava velejando como Estreantes e esta foi sua primeira seletiva. Agora vieram brigar pelas vagas para integrar a equipe brasileira nos eventos internacionais. Esta evolução em comparação dos outros times do Brasil é excelente já que depois da saída do Tiago Quevedo e Gabriel Lopes, a flotilha teve um recomeço com uma turma bem jovem de idade e ainda de pouca experiência”,

Flotilha Minuano fez pódio nas classes Veteranos e Estreantes

disse Juan. Os optimistas do VDS foram acompanhados nas competições pelos técni-

Flotilha Minuano e EVM ganham novos hangares

Os hangares 2 e 3 abrigam barcos e todo material da Optimist 6

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cos: Juan Sienra, Caroline Boening, e teams leaders: Mauro Ferreira, Cássio do Canto, Fabiana Stolf e Lígia Becker.

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expansão da classe Optimist e de alunos da Escola de Vela Minuano determinou a mudança dos barcos e seus materiais para os hangares 2 e 3. O espaço voltou a abrigar flotilhas, como a de Pinguim no passado. Os hangares tiveram uma pequena reforma, receberam portões doados pela Parthenon Estruturas Metálicas e conjuntos de quatro armários de aço novos da empresa Tradedesign Office para os hangares 2, da flotilha Minuano, e 3 da Escola de Vela Minuano. Os armários foram uma doação dos Optipais Fernando Araújo Santos e Lígia Becker (capitã da flotilha Minuano). O local também permitiu a ordenação da guarda dos materiais, como coletes, bolinas, lemes e mastros, além dos XX barcos.


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ESCOLA DE VELA

Crescimento da Vela Jovem

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primeira turma desse ano da Vela Jovem iniciou com 17 alunos e a novidade foi o crescimento do número de mulheres, com sete no total. No comando do time está o professor Ricardo Titoff. O Veleiros do Sul desenvolve um programa voltado para a vela de base, o Projeto Formação de Atletas, convênio entre o VDS a Confederação Brasileira de Clubes (CBC) que permitiu a aquisição de novos barcos a material para a prática do esporte. Atualmente o VDS é um Centro de Vela destacado no país. Neste semestre a Vela Jovem contou com a participação na classe 420 de Pedro Correa/Gabriel Autran na XI Búzios Sailing Week. A dupla ficou em 7º lugar na classificação. Para a Copa da Juventude em outubro no Rio a expectativa é de participarem 14 velejadores do Clube. Quem quiser participar da Vela

Aumento da participação feminina é positivo para o esporte

Jovem ainda há vagas. As aulas são as sextas-feiras, sábado e domingo das 14 h às 17h30min.Para mais informações e

inscrições entre em contato pelo fone: (51) 3265 1733/ 1717 ramal 04 ou pelo e-mail: evm@vds.com.br

Flotilha OP e EVM A

Escola de Vela Minuano encerrou a temporada no final de 2015 com a cerimônia de entrega dos diplomas para 56 crianças e jovens dos cursos da Escola de Vela Minuano, flotilhas: Branco, Amarelo, Verde, além da Vela Jovem. Destaque para o grande número de diplomados. E também foi realizada uma homenagem ao coordenador da Escola de Vela Minuano Mauro Ferreira e a professora Caroline Boening. Já 2016 começou com mudança de níveis das turmas de Optimist e a entrada de novos alunos. No dia 10 de julho foi realizada a formatura do primeiro semestre das turmas de Optimist dos níveis: Branco, Amarelo e Verde. A cerimônia reuniu no mezanino do Salão cerca de 100 pessoas entre alunos, pais, associados, professores e a Comodoria do Clube. No total 35 crianças receberam os diplomas. Os professores: Caroline Boening, Laís 8

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A formatura do primeiro semestre de 2016 contou com 35 crianças dos níveis Branco, Amarelo e Verde. A turma do Verde passou para a flotilha (Laranja)

Gliesch Silva, Tiago de Abreu e Marcelino Moreira foram homenageados. No final da cerimônia houve uma troca

dos coletes entre as turmas do Verde e do Laranja para simbolizar a passagem de entrada na flotilha.


A busca da excelência na vela

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uan Ignácio Sienra completou em abril um ano como head coach no Veleiros do Sul. O uruguaio fã de Porto Alegre, destaca o carinho recebido no Clube. Casado com a técnica de vela franco-argentina Magali Damitio, Juan, 31 anos, é apaixonado pelo seu trabalho e fala sobre o programa de treinamento na vela de base. O que ocorreu no primeiro ano no comando técnico da Escola de Vela Minuano e flotilhas de base? Na época eu tinha oportunidade de trabalho em outros países sul-americanos, mas optei pelo convite do comodoro Eduardo Ribas e do vice-esportivo Diego Quevedo porque havia um projeto consistente. Vim com alguns objetivos definidos: crescimento, qualidade e formação. O mais urgente era formar a massa crítica da Optimist, isto é, aumentar a quantidade necessária de crianças para montar uma flotilha competitiva. Conseguimos avançar nesse item porque não é um projeto de uma só pessoa, mas de toda uma equipe. Encontrei aqui gente excelente como o coordenador da EVM Mauro Ferreira, treinadores e a equipe de professores. Depois de alguns anos de baixa, a flotilha OP fechou 2015 com 56 crianças. Isso já mostrou um avanço. A implantação do sistema de cores na divisão dos níveis de flotilhas permitiu a melhor sequência do desenvolvimento do velejador, mostrando ser mais realista. A Vela de Base também cresceu com a adesão dos jovens na classe 420 e Laser 4.7 e Radial.

cinco anos para vencermos a fase de reposição de velejadores e atingir um bom nível, mas agora o prazo já baixou para três, com base nos resultados desse ano. Na Vela Jovem tivemos em 2015 classificações expressivas nos campeonatos de Laser Radial e na 420 formamos duas duplas atuantes. Montamos um calendário porque isso é essencial para concentrar nossos objetivos. Queremos levar uma flotilha de OP numerosa para a Semana de Buenos Aires em outubro, por ser um evento internacional importante. Na Vela Jovem teremos a Copa da Juventude, também em outubro, classificatória para o Mundial na Nova Zelândia. E no final do ano a Copa Brasil, pós ano Olímpico que será em Porto Alegre feita pelo Veleiros do Sul e Clubes dos Jangadeiros. Estou satisfeito com o trabalho porque vejo o comprometimento de todos do Veleiros do Sul numa mesma direção. Nesse ambiente favorável, que nem sempre encontramos nos clubes, a esperança vinga e permite a construção dos projetos para o amanhã.

A estrutura do Clube também colaborou no desenvolvimento das flotilhas? Sem dúvida, o Projeto de Formação de Atletas do Clube com a Confederação Brasileira de Clubes e Vela Olímpica do Ministério do Esporte são importantes porque viabilizam a expansão das flotilhas, barcos novos e equipamentos em mais de uma classe. Sem isso, seria impossível. Mas quero ressaltar que não é só o lado material do projeto. A comodoria mostrou algo fundamental para o fortalecimento de qualquer esporte. A organização de um programa, um projeto que não vê só o presente, mas pensa mais adiante, unindo valores humanos e equipamentos ao esporte. As vezes a impaciência não é uma boa conselheira. Nosso trabalho de base serve para um fim que é a vela olímpica, mas dentro de um amadurecimento. Qual a sua projeção do programa de vela no Clube? O VDS contava praticamente com Gabriel Lopes e Tiago Quevedo na Optimist. Nossa expectativa inicial era de O MINUANO

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PROJETOS

Projeto entre VDS e CBC fortalece a Vela de Base O grau de investimento e o tempo estão entre os fatores essenciais para uma boa política de desenvolvimento do esporte.

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esde o convênio entre o Veleiros do Sul a Confederação Brasileira de Clubes (CBC) para o seu Projeto de Formação Olímpica I, aprovado e executado ao longo do ano de 2015, o Clube teve a possibilidade de renovar os seus equipamentos e integrar novos atletas em classes como a Optimist, 420 e Laser. Os recursos materiais obtidos no presente também são transferidos para o futuro permitindo o êxito no desenvolvimento da vela de base e olímpica. Conforme o Edital 1, convênio nº 4, o Clube adquiriu quatro barcos da classe 420, nove da Laser, um 470 e 25 da Optimist completos. Os resultados nos campeonatos mostraram o crescimento no desempenho de jovens atletas contemplados com o projeto. Na Optimist, classe inicial da vela de competição e que fazem parte a Escola de Vela Minuano e a Flotilha Minuano, o Clube fez a estreia de sua nova flotilha de 15 barcos completos no 44º Campeonato Brasileiro da classe Optimist realizado em janeiro em Jurerê. Os resultados foram promissores com o quarto lugar na geral pelo velejador Lucas Stolf e sua participação no Sulamericano da classe em março no Equador. Já Erick Carpes

Novas duplas impulsionam a classe 420 10

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Flotilha de Optimist renovada pelo Projeto da CBC


foi campeão Mirim no Brasileiro e no Brasil Centro, em abril em Ilhabela. Neste evento Lucas e Germano Becker garantiram suas vagas na equipe brasileira para disputar o Campeonato Norte-americano de Optimist. Na classe 420 os barcos do convênio permitiram a formação de uma nova flotilha, impulsionando a Vela Jovem no Clube, que foi sede do Brasileiro da classe em janeiro, e assim dando mais um passo à frente na formação de velejadores até o nível olímpico. Nesse ano o VDS teve mais um projeto aprovado pela CBC, o Vela de Base Iniciação Esportiva no valor R$ 1,067 milhões. A verba obtida pelo Edital 05/Convênio 51 tem destino único para a compra de equipamentos e materiais para

treinos dos velejadores. Entre eles está contemplado a aquisição de 40 barcos (com velas e mastreação inclusas) para a classe Optimist. O lançamento do Edital está previsto para junho. A Confederação Brasileira de Clubes (CBC) fez uma visita técnica no Veleiros do Sul no início do ano para fazer o acompanhamento e fiscalização do Convênio nº 4 de 2015 – Projeto Formação Olímpica I. A vistoria foi realizada pela Analista de Projeto Lorena Campelo de Oliveira Silva e a Coordenadora de Execução Milena Carneiro Bastos. Elas conheceram as nossas instalações, viram o material e equipamentos adquiridos pelo Convênio e também acompanharam o treino da flotilha de Optimist.

Dupla do 470 mantém treinos e disputa de campeonatos no segundo semestre

Projeto Vela Olímpica

O

s tricampeões sul-americanos de 470 Geison Mendes e Gustavo Thiesen voltaram aos treinos em Porto Alegre depois de não terem alcançado a classificação, no final do ano passado, para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Eles decidiram continuar o projeto da classe 470 e participaram de campeonatos internacionais. A dupla disputou em fevereiro o

Campeonato Sul-americano em Buenos Aires. A competição teve a presença de velejadores do mundo inteiro da 470 em função da Olimpíada. Eles ficaram em segundo lugar entre os competidores do continente. Em seguida foram ao Mundial de 470, também em Buenos Aires, e terminaram na 19º posição na Flotilha Ouro. Geison e Gustavo diminuíram um pouco o ritmo devido ao calendário

pré-Olimpíada, mas depois retomarão o treinamento com o técnico Walter Dreher e os campeonatos, entre os quais o Estadual e a Copa Brasil de Vela, no segundo semestre. A dupla do 470 do VDS formou-se em 2012 e faz parte do Projeto Vela Olímpica Veleiros do Sul do Ministério do Esporte com o incentivo das empresas Banrisul, Tradener, Corsan, Metalúrgica Fallgater, Vipal e Ritter Alimentos. O MINUANO

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ESCOLA DE VELA

Sem regra de idade para velejar

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O Optiday foi um evento alegre e de interação entre exvelejadores da classe Optimist, pais e filhos

Mães e pais experimentaram a sensação de correr regatas no barco de iniciação na vela infantil

Escola de Vela Minuano reuniu numa disputa esportiva, mas sobretudo divertida, ex-optimistas, crianças e pais da flotilha de OP no dia 30 de abril. Três regatas foram realizadas para grupos definidos com largadas em frente a orla do VDS e chegada dentro da marina, sempre acompanhadas por uma plateia formada de familiares e torcedores de todas as idades. A primeira disputa foi para ex-optimistas, inclusive com a presença de campeões do passado entre os competidores. Por um momento todos puderam voltar ao barco de infância, alguns com certa dificuldade, naturalmente. O tamanho do tripulante contradizia o projeto do barco, mas isso não contava porque a diversão é que estava em jogo. O primeiro a cruzar a linha foi Adriano Santos. A segunda regata foi destinada aos pais e filhos das flotilhas de OP. Foi a vez das duplas assumirem o barquinho e animarem a raia. Ader Santos ganhou acompanhado da filha Sofia, que ainda não é da flotilha, mas futuramente...

A regata de pais e filhos da Escola de Vela Minuano superou a expetativa de inscritos, obrigando a montagem de mais Optimists. Competiram pais velejadores e quem nunca tinha velejado ou disputado uma regata. A prova foi emocionante e de muita vibração na água e na terra. A primeira a chegar foi a ex-professora da EVM Luciana Scarrone e seu filho Bruno. Para diversos pais foi uma oportunidade de dividir com o filho aquele momento. Na entrevista concedida a TVE, que fez a cobertura do evento, o pai do Guilherme, Cláudio Amaral enfatizou esse aspecto. “É importante essa interação, o pai dividir com o filho a mesma atividade, poder participar do seu esporte, é importante essa convivência. Agradeço ao clube por isso”, disse Cláudio, que veio para o VDS para fazer o curso de Arraes e de Vela e depois tornou-se sócio do clube. As regatas também contaram com a narração feita pelo associado Alex Luiz, que com seu talento natural ajudou o acompanhamento da


competição. No total as provas tiveram 74 participantes. Todos foram premiados com medalhas porque no evento a interação era o elemento fundamental e não a classificação. No Optiday foram lançadas as novas camisetas da escola que estão à venda na EVM. Na entrega de prêmios, comandada pelo diretor da EVM Eduardo Scheidegger Jr e o vicecomodoro Esportivo Diego Quevedo, teve algumas homenagens: Mauro Ferreira, coordenador da EVM, aos membros da Comissão de Regata

Bóris Ostergren e Juan Sienra que também ajudaram nas orientações técnicas, ao ex-comodoro Cícero Hartmann por ter dado uma nova dimensão na estrutura da EVM, a capitã da flotilha Minuano, Lígia Becker e ao idealizador do Optiday André Streppel que lançou a primeira edição em 2007. No encerramento a opinião de todos era de satisfação pelo dia proporcionado aos participantes. Uma classe com nome de Optimist só poderia transmitir amizade e otimismo.

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OLÍMPICAS

Samuca é o representante do VDS na raia olímpica Os Jogos do Rio 2016 tem um significado especial para o Veleiros do Sul porque contará pela primeira vez com um atleta numa Olimpíada

Foto: Jen Edney/AP

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A dupla competirá na classe Nacra 17. É a volta dos multicascos ao programa de Vela Olímpica Foto: Fredy Hoffman

amuel Albrecht, 34 anos, do Veleiros do Sul, garantiu vaga na Equipe Brasileira de Vela na classe Nacra 17 junto com a proeira Isabel Swan, do Rio de Janeiro. O ciclo olímpico de Samuca começou quando o clube foi a sede do primeiro campeonato sul-americano da classe Nacra 17 em novembro de 2013. A flotilha nacional era de poucos barcos e as duplas começaram do zero. No entanto a experiência de Samuca (Nissan / Embratel / Claro) na vela superou as primeiras dificuldades com o barco catamarã de tripulação mista. Encontrar a parceira certa também levou um determinado tempo. O caminho até a vaga foi de muito esforço e incertezas que costumam assombrar a cabeça de quem embarca numa campanha olímpica. Isabel foi a terceira proeira de Samuca e eles começaram a velejar juntos somente na metade do ano passado. A nova parceria mostrou-se eficiente conforme foram disputando as competições internacionais. O último grande evento foi a etapa de Hyères da Copa do Mundo da Federação Internacional de Vela (ISAF) em maio na França. Com menos de 100 dias para o início da Olimpíada no Rio foi a primeira vez que disputaram a regata da medalha em eventos internacionais. Para Samuca foi a confirmação da evolução técnica da dupla nos últimos meses, quando justamente a Olimpíada se aproxima. A dupla ficou em 9º lugar na Medal Race e repetiram a mesma

Samuel Albrecht e Isabel Swan irão pela segunda vez aos Jogos

colocação na classificação final. Competir numa Olimpíada não será novidade para eles. Samuca participou dos Jogos de Pequim em 2008 como proeiro de Fábio Pillar na classe 470. Já Isabel Swan foi medalha de bronze, a primeira conquista da vela olímpica feminina para o Brasil, com a timoneira

Fernanda Oliveira também em Pequim, na classe 470. Até os Jogos a dupla da Nacra 17 se dedicará aos treinos e competições no Rio de Janeiro, junto com a Equipe Brasileira. A Olimpíada ocorrerá de 5 a 21 de agosto. As regatas serão realizadas do dia 8 a 18.

O Veleiros do Sul estará também presente nos Jogos Rio 2016 com Nelson Ilha que irá para sua sexta Olimpíada na função de juiz, Odécio Adam é o Race Officer da classe Laser, Boris Ostergren e Patricia D’Abbisogno atuarão na equipe da CR do Laser, Miguel Virgílio Petkovicz é o Race Officer da classe Finn, Caroline Boening fará parte na CR do 49er e 49erFX e os associados Carla Splettstosser e Ader Santos trabalharão como voluntários.

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Equipe de Vela do Brasil conta com velejadores experientes e estreantes em Olimpíada

A nossa esperança de medalha nos Jogos Olímpicos RIO 2016 O Brasil terá 15 representantes nas dez classes que participam da modalidade da vela na Olimpíada

O

s integrantes da Equipe Olímpica brasileira vão desde atletas experientes e vencedores como o bicampeão olímpico na classe Laser, Robert Scheidt, a novos nomes da vela nacional como Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs mundiais na 49erFX em 2014. “A Equipe Brasileira é bem heterogênea, com velejadores muito experientes como o Robert Scheidt, o Bimba (Ricardo Winicki) e a Fernanda Oliveira. E vários jovens com muito talento. Acho muito boa essa convivência dentro do grupo, principalmente com o Robert, um atleta com resultados expressivos e que passa muita confiança para a garotada”, disse o coordenador técnico da CBVela, Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas, entre elas dois ouros. A Equipe Brasileira tem como principal nome Robert Scheidt. Dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, o paulista de 42 anos vai para sua sexta participação

olímpica. Martine e Kahena estreiam em Jogos Olímpicos com grande expectativa na classe 49erFX. A dupla foi campeã mundial em 2014 e vice em 2013 e 2015. Ganhadoras da primeira medalha olímpica da vela feminina brasileira, o bronze em Pequim-2008, Fernanda Oliveira e Isabel Swan estarão em classes diferentes nos Jogos Rio 2016. E Jorge Zarif, campeão mundial em 2013, é destaque na classe Finn. A equipe brasileira nos Jogos do RIO 2016 Laser: Robert Scheidt Laser Radial: Fernanda Decnop 49er: Marco Grael e Gabriel Borges 49erFX: Martine Grael e Kahena Kunze Finn: Jorge Zarif 470 feminina: Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan 470 masculina: Henrique Haddad e Bruno Bethlem Nacra 17: Samuel Albrecht e Isabel Swan RS:X feminina: Patricia Freitas RS:X masculina: Ricardo Winicki, o Bimba

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Loja do VDS em novo espaço

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loja do Clube em breve estará de volta com novidades para os associados. O destaque é o novo local, ampliado para oferecer maior variedade de produtos da linha do Veleiros do Sul. Com a reforma da secretaria administrativa, a loja funcionará na parte da frente do prédio. Idealizadora da loja do VDS, a associada Marinelsa Geyer aprovou a nova instalação. “É com muita alegria que vejo a reabertura da loja do Veleiros do Sul. Com certeza alcançara seus objetivos com muito sucesso. Parabéns à Comodoria pela iniciativa e realização”. A obra da nova loja e secretaria faz parte da modernização na sede e teve a colaboração de empresas e o esforço de “amigos” do Clube, que juntos apoiaram o empreendimento.

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CRUZEIRO

Viagem do Pincoya pelo mar caribenho

Por Nestor Volker

O arquiteto naval Nestor Volker saiu de Porto Alegre com o seu veleiro Pincoya rumo ao Mar do Caribe, onde navegou por muitas ilhas e países. A viagem será contada numa série que inicia pelo norte do Brasil, Caribe e vai até Cartagena, Colômbia, na sua primeira parte.


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Ilha de Lençóis no Brasil, vista da parte de trás do delta

epois dos cruzeiros pelo Atlântico e Pacífico, tanto pelo hemisfério Norte acima do Canadá, como pelo Hemisfério Sul, abaixo da Argentina e a ida a Antártida, decidi fazer uma viagem por climas tropicais, indo ao Caribe e cruzando o Canal do Panamá, ao Pacífico. Na realidade, parti de Porto Alegre com meu veleiro, um Delta 45, chamado Pincoya, há tempos em direção ao Norte. Passei uma excelente temporada em Angra dos Reis, outra em Salvador, na Bahia e a última em Natal. Nesses lugares fui tratado excelentemente bem e muito me ajudaram. A parte dessa viagem não contarei porque acredito que muitos de vocês navegadores também já o fizeram, embora seja realmente muito bonita. A costa norte do Brasil já havia feito, porém mais como traslado do que passeio, sem igualmente não deixar de parar na ilha dos Lençóis, no Maranhão, e nas ilhas de la Salud (ilha do Diabo, famosa por Papillón, entre elas) nas Guianas Francesas. A ilha de Lençóis gostei muito. É um povoado situado sobre dunas de areia com bastante palmeiras. Eu havia lido que ali havia uma popu-

Chaguaramas, em Trinidad, foto tirada do tope do mastro do Pincoya 18

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lação albina, mas na verdade hoje vivem apenas dois irmãos albinos. O fundeadouro detrás da ilha, junto ao povoado, é excelente. Muito interessante é a passagem enfrente a região da foz do Amazonas. A saída estava a umas 100 milhas da minha rota, porém o choque das águas, apesar de tão longe, é impressionante, como a diferente coloração da água. Nas ilhas de La Salud só passamos uma noite fundeados por falta de tempo, porém de onde nos encontrávamos podíamos apreciá-las, a linda vista estendida e com pouco movimento. Em frente, no continente, está Le Korou, onde fica a base de lançamentos de foguetes, que podíamos observá-la bem de onde estávamos. Depois de percorrermos 2 mil milhas com vento em popa bastante forte, e de pescar uns lindos e grandes exemplares de peixes (levávamos um grande pescador a bordo) passamos em Trinidad y Tobago para chegar com o barco até a ponta oeste de Trinidad, onde se encontra o porto de Chaguaramas. Lá tiramos o barco da água para fazer o fundo e alguns ajustes nele, enquanto aguardávamos a passagem da temporada de furacões nesta área de exclusão. Há boas marinas ali.

Paredão de pedra na costa de Saint Vincent


Vista de St. George’s, capital de Granada

Nós paramos em tantas ilhas e portos, que seria muito difícil contar esta parte da viagem detalhadamente porque até eu mesmo me confundiria em identifica-las, e precisaria uma longa consulta do diário de bordo. Partimos de Chaguaramas – Trinidad, entre o Natal e Ano Novo de 2015/2016 com uma má notícia. Um veleiro 80 pés que levava italianos a Granada, os mesmos que na noite anterior havíamos jantado juntos e saíram na alvorada, foram atacados por piratas venezuelanos ao meio-dia seguinte. Nós saímos à noite com vento forte de proa e por sorte não nos aconteceu nada. Ao chegarmos em Granada, os italianos nos contaram que os ladrões lhes roubaram o dinheiro, os documentos e os instrumentos de bordo. E o que não sabíamos era que outro veleiro pequeno, que partiu entre eles e nós, também foi atacado. Pensamos, que alívio que estávamos em Granada, longe da costa venezuelana. Curiosamente, todos os dias cruzava uma lancha a Chaguaramas, vinda da Venezuela, para comprar alimentos (mercado negro sustentado pelos mais endinheirados). Em Granada visitamos vários portos e em St. George, capital, festejamos o Ano Novo. Andamos também pela ilha em uma Kombi com a qual fomos a uma cascata de onde algumas pessoas se atiravam desde o alto.

De Granada fomos para Carriacou, dali a Union Island prévia passagem para Petit Martinique e Petit Vincent. De continuidade, passamos por Palm Island e Mayreau, em seguida a Tobago Cays, lugar maravilhoso. Ali nos encontramos com o Adix, ex-Jesica, um veleiro clássico enorme, construído a mando do argentino Perdomo quando eu era adolescente, simplesmente espetacular. Desse local seguimos para Canouan, posteriormente para Mustique, ilha digna de se ver, e a Bequia. Depois a Saint Vincent, onde paramos em muitos portos. Em estes lugares as pessoas são atacadas pelo que chamamos de “piranhas”. Há muita pobreza e os moradores locais vêm com suas canoas para nos vender de tudo. É o lado chato das ilhas mais pobres, no entanto igualmente lindas. Seguimos para Santa Lucia, onde existem duas montanhas muito pitorescas chamadas Petit y Gros Piton, com um excelente hotel entre elas. Na ponta norte da ilha nos encontramos com o Venus, iate supermoderno que foi construído por encomenda de Steve Jobs. Seguimos à Martinica, com muitos lugares para visitar. Depois fomos a Domenica, bem pobre, porém linda, destacando-se o Indian River, que serviu de cenário para as filmagens do Piratas do Caribe. O rio me fascinou, por sua paisagem selvagem. Partimos para Guadalupe e paramos antes em O MINUANO

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Indian River em Doménica, que não é a República Dominicana, foi cenário para o filme Piratas do Caribe

um grupo de ilhas pitorescas chamadas Iles des Saintes. De Guadalupe fomos a Antigua, lugar excelente, aonde já tínhamos competido em vários campeonatos de vela, em dois deles fomos vencedores. É uma das ilhas mais lindas e também das mais ricas. Navegamos a Gustavia, a luxuosa capital de Saint Barthelemy, onde nos encontramos com o famoso veleiro Ticonderoga. Depois a Saint Martin, ilha metade holandesa e metade francesa, visitamos o clube dos “12 metros”, nele

Mergulho junto as pedras The Indians em British Virgen Island 20

O MINUANO

está o veleiro Star and Stripes, da America’s Cup. A vista de cima a partir do forte é muito linda. Em Saint Martin nos encontramos com o Ralph Henning, o Tatu, ex-velejador do Veleiros do Sul, que é skipper profissional. Finalmente fomos até a ilha Anguilla onde passamos a última noite antes de partir para as British Virgen Islands, depois de navegar umas 550 milhas até aqui. Todo isto mereceria uma descrição mais detalhada, com muitas anedotas, porém se tornaria muito comprida.


Já “mareados” de passarmos por tantos lugares, ilhas e países conforme minha narrativa, vêm um arquipélago composto de várias ilhas, que corresponde por sorte só a um país: a Inglaterra, chamadas British Virgen Islands. Este lugar merece um capítulo à parte, por ser uma zona onde há mais lugares para se conhecer nas menores distâncias. Tudo é perto e pode-se visitar muitas enseadas num mesmo dia, porém há tantas que os dias se passam, sem nos darmos conta. Tudo é lindo e sem ”piranhas” para nos molestar com suas mercadorias. De Anguilla chegamos à Virgem Gorda, onde entramos na baía Leverick, que é espetacular. Nós contornamos a ilha para irmos até a ilha Tortola, onde depois de várias enseadas, atracamos em Village Cay Marina, a capital chamada Road Town. Desembarcaram dois tripulantes. Seguimos bordejando pela costa. Entramos em Nanny Cay Marina, um atracadouro bem completo. Seguimos para Sopers Hole, entrada de mar cheia de lindos boliches situada ao extremo oeste de Tortola. No dia seguinte cruzamos pela ilha Jost Van Dyke e fundeamos atrás de um recife, onde fizemos um mergulho snorkel espetacular.

É um dos lugares que mais gostei, com água tão transparente que parece que os barcos estão no ar. Dali fomos a uma baía ao lado para passarmos à noite. No dia seguinte fomos primeiro a pé a um mangue que terminava em uma estreita entrada de mar que formava uma espécie de tanque. Depois fomos a uma pequena ilha, onde subi até o topo do mastro do meu barco e tirei muitas fotos. Na próxima ilha encontrei um coral solto na areia da praia com forma de folha tão espetacular que o levei para o barco. Seguimos percorrendo as ilhas até chegarmos próximo ao aeroporto e onde há um boliche com esculturas interessantes. Voltamos a Virgem Gorda para ir a Bath, lugar de muitas rochas redondas e com túneis entre as pedras, superinteressante. Acima há um restaurante numas pilastras e com excelente vista. Dali fomos a outras lindas ilhas, entre as quais se destacam Cooper Island, nela assistimos a um poente do sol sem igual, Peter Island e outras tantas. Perto de The Bright há umas cavernas onde descemos para mergulhar e depois fomos a Pelican Island, onde se encontram as pedras The Indians que ficam fora da água, um paraíso sub-

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O MINUANO

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Forte antigo e o Club de Pesca em Cartagena

marino. Voltamos a Nanny Cay e seguimos a Village Cay Marina, para troca de tripulantes, e onde subiu a bordo o Comodoro do Veleiros do Sul, Eduardo Ribas. A navegação a Cartagena começou tranquila, mas terminou com muito vento, o mais forte de toda viaje. Fomos rizando as velas até navegar somente com a trinqueta, já que chegamos a ultrapassar os 13 nós. Nessa velocidade nós chegaríamos à noite ao nosso destino, em seguida abaixamos a vela e seguimos a “árvore seca”, com o qual fazíamos de 6 a 8 nós. Não desejava chegar de noite num lugar com fundo de 6 metros e ondas de 4 metros porque havia perigo de quebra. Minha experiência na regata Fastnet de 1979 já me havia sido o suficiente. Estranhamente, e por sorte, ao arribarmos o vento baixou totalmente e terminamos chegando a motor. A entrada para Cartagena fica entre dois fortes e se navega ainda muitas milhas até

Fort de France em Martinique 22

O MINUANO

arribar na cidade que se encontra em uma segunda baía. Ao entrar nela nos deparamos com um submarino que saia e que não respeito o direito de passagem. Mais tarde me disseram que ele tinha pouco governo. Paramos no Club Náutico que fica bem perto da cidade antiga. Esta é incrivelmente linda tanto de dia como de noite. Está perfeitamente restaurada e tem muitas coisas para se ver. Não creio que haja uma cidade antiga mais linda do que ela na América do Sul. Próximo, está o castelo de San Felipe de Gualadajara, que na realidade é um forte muito grande e interessante, com uma sala onde mostram a história de como os espanhóis venceram uma batalha contra os ingleses, sendo estes bem mais fortes militarmente. A cidade antiga é amuralhada e sobre ela está o Bar de Mar, onde as pessoas se reúnem para ver o pôr-do-sol. No Clube de Pesca, que está no outro anti-

White Bay na ilha Jost van Dyke


Tubarões amestrados no Oceanário das islas del Rosario

go forte, onde já comeram os Reis de Espanha, o Papa e outras altas autoridades, encontrei um trimarã a motor enorme com bandeira de Hong Kong e que recordei tê-lo visto uma vez numa revista no Chile, tudo muito luxuoso. Aproveitamos para irmos numa excursão as ilhas do Rosário e a Playa Blanca. As ilhas são muito lindas e bem povoadas. Paramos em uma delas onde tem um aquário excepcional. Assistimos também à demonstração de tubarões amestrados que subiam numa plataforma respondendo as ordens do instrutor. Mesma coisa com os pássaros que pousavam nas costas dos tubarões, além do show de golfinhos, no qual já estamos mais acostumados. Na Praia Grande o ritmo da vida é relaxado. A maioria das habitações é sem paredes e dão para o mar, com muitas redes para os hospedes dormirem, na sua maioria jovens. Um argentino radicado em Cartagena nos levou tanto ao bairro de Getsemani onde a juventude se diverte e dança na frente da igreja (estranho, não?), como em Boca Grande, que é a área moderna de estilo Miami. Nós fizemos alguns consertos no eixo da roda de leme e par-

English Harbour em Antígua

Playa Blanca em frente as ilhas do Rosário, próximas de Cartagena

Bairro da cidade antiga de Cartagena

timos somente em dois a bordo, Ribas desceu em Cartagena, enquanto nós seguimos para Colón, no Panamá, para cruzarmos o Canal e seguir pelo Pacífico.”

Pincoya em Angilla O MINUANO

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MEMÓRIA

Recordação da vela dos anos 40 Por Lincoln Ganzo de Castro

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O MINUANO

Veleiros no Guaíba durante uma regata em 1943

ertamente era uma tarde de verão e o vento seria sueste. Não seria fresco, porém para o meu rudimentar Azteca, de 14 pés, qualquer vento que fosse um pouco mais do que uma brisa já impunha cuidados. Estávamos velejando ao longo da Ponta da Vila Assunção e pouco depois, entrado já na baia. Agora o vento vinha franco e era demasiado forte para nós. Com vento de proa adernávamos demais. Peço ao Igor Cremer, meu companheiro, que recolha o pequeno foque. Mas o foque não desce! A adriça (de cânhamo) havia mordido na precária roldana do topo do mastro. Igor vai à proa e tenta enrolar o foque no estai. Castelo de proa molhado. Barco bandoleiro com as ondas. Igor escorrega, se agarra no estai de sotavento e – “zás” – estamos tombados! Transcorrem alguns segundos durante os quais não tive a menor noção do que estava acontecendo. Quando me conscientizo, estou dentro da água, à popa do barco, com o mastro, de base pivotante, já recolhido, e estou tentando colocá-lo na tesoura de apoio, o casco agora em posição normal e – é claro – naufragado! Naufragado! Isto é, apenas flutuando! Imobilizado! com o convés ao nível da água! Casco duplo, cockpit estanque – coisas de um futuro distante! Havia eu pensado, antecipadamente, prevenindo-me, o que deveria fazer em caso de tombamento: desenroscar o esticador do estai de

proa ( um simples tubo, com porcas soldadas nas extremidades e ganchos rosqueados) e, uma vez safo o estai, voltar a recolocar o gancho para não perdê-lo; liberado assim o mastro, girá-lo em sua base articulada para apoiá-lo na tesoura; desvirar o barco e meter-me dentro dele até... até que algo de bom acontecesse. Isso constituiu para mim, na época, uma norma: estabelecer um procedimento para caso de emergência e, se tal viesse a ocorrer, o “piloto automático” assumiria. Foi o que aconteceu naquela vez. Mas em outra vez, cerca de quarenta anos depois, no mar, voltando de Florianópolis, no Nômade, o indesejado “Homem ao Mar” colheume absolutamente desprevenido. Jamais pensei que poderia acontecer comigo. Mas aconteceu! Porém isso já é outra “estória”. Agora estamos naufragados! Igor, bom nadador, muito melhor que eu, decide abandonar o barco. Grave erro, mesmo estando próximos à costa da Vila Assunção. Sinto-me responsável por ele – eu era apenas seis meses mais velho! – e o acompanho. Após já termos nadado um bom trecho e quase chegando à praia, se aproxima de nós um veleiro classe Jangadeiros, movido a motor de popa, com duas pessoas a bordo. Perguntam-me se ficou alguém no barco e quando respondo negativamente, eles fazem meia volta e retornam ao clube dos Jangadeiros, de onde haviam partido. Saberei depois que se


tratava do Sr. Orlando, atencioso capataz do clube e um seu auxiliar. Estavam com pouca gasolina – na década de quarenta era racionada – e não tinham condições de rebocar nosso barco. Havíamos tombado já um pouco adentrados na baia da Vila Assunção. Calculei que o vento sueste levaria o Azteca para o norte, possivelmente em direção ao rumo em que uma barca (creio que hoje se diria um ferry), na época, cruzava da Vila Assunção para a cidade de Guaíba, fazendo a ligação entre as margens leste e oeste do Guaíba. Não me ocorreu considerar o efeito da correnteza e pensei que seria uma boa medida pedir auxílio da barca. Descamisados, vestindo apenas calção branco de algodão sobre o de banho e descalços, corremos um bom trecho até o Trapiche das Barcas, onde a Av. Pereira Passos encontra o Guaíba. E chegamos com as plantas dos pés bastante doloridas! Foi uma corrida e tanto! Exponho ao comandante do pequeno navio o meu drama, e peçolhe que nos aceite a bordo para cruzar à Guaíba, de vez acreditar que o Azteca chegará ao rumo da barca. Ele nos aceita. De cortesia. Embarcamos. Dia usual de tráfego: ônibus, automóveis, passageiros e nós, seminus, apenas de calção – bastante incomum isso em 1945! Para dizer pouco! Mas o Azteca não chegou ao rumo da barca. Voltamos para a Vila Assunção – e nada. Novamente vamos para Guaíba – e novamente nada! Mas no segundo turno retorno o Azteca chega à nossa rota. Incrível! O veleirinho subiu contra a correnteza - talvez fraca, era verão - levado apenas pelo sueste! A barca, transportando caminhões de carga, ônibus, automóveis e passageiros, era peça muito importante na ligação rodoviária entre as margens do Guaíba, pois abreviava notavelmente, em tempo e percurso, o acesso rodoviário para o oeste e o sul do estado. E era única nessa função! Pois bem, a barca interrompe sua importante atividade, para sua máquina e dedica-se ao trabalho de retirar da água aquele pequeno veleirinho – era 1945! Seria difícil hoje acontecer tal disponibilidade. Viva a solidariedade entre “marinheiros”! O Azteca é guinchado. Contendo cerca de mil litros de água, o tabuado fino de seu casco pouco resiste e sofre tremendamente. Não recordo se perdemos a retranca, velas ou leme, porém mais não se perdeu porque não havia a bordo para ser perdido. Hoje é difícil compreender o que significava tombar um pequeno veleiro, nos anos quarenta com casco não estanque, inteiramente a sós, quando raríssimos veleiros ou lanchas sulcavam o

Guaíba. Lembrei bastante isso, cerca de sessenta anos depois, velejando de Holder que atualmente tenho em Florianópolis, quando, de brincadeirinha, o faço tombar. Folgo a escota, salto por sobre a borda, piso na bolina e adriço o barco, tornando a velejar em menos de contados dois minutos e, às vezes, sem molhar o calção! Bem, isso foi há uns três ou quatro anos antes de ter oitenta. Volto ao Azteca. Deixo aquele pequeno e sofrido casco feito por mim e pelo Elson Cremer, junto às instalações da barca e, dias mais tarde, vamos buscá-lo. De carroça! De volta a sede do Bate Papo, próxima ao Orfanato Pão dos Pobres, no início da Praia de Belas! E lá, sob sombra amiga de uma grande árvore, com mais trabalho, recuperamos o nosso barquinho. E então, com mais experiência, o melhoramos. Mas isso também, já é outra “ estória”.

Barcas da travessia do Guaíba que operaram até 1958 O MINUANO

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MEMÓRIA

Há 70 anos na marina do Veleiros do Sul Lançado na água em abril de 1946, o veleiro está na família Altreiter há três gerações e ganhou festa pelo aniversário.

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Yaramar é presença constante nos Velejaços Noturnos que o clube promove nas estações da primavera/verão em Porto Alegre

s barcos são mais que apenas cascos e velas. Eles possuem histórias, carregam afetos, lembranças, aventuras e também deixam um pedaço seu na vida dos seus donos. E há casos que é considerado quase como um membro da família, como o cúter Yaramar que foi construído por Bruno Altreiter e nunca mais saiu da família e nem do Veleiros do Sul. Essa história teve início em 24 de abril de 1946, quando ocorreu o batismo do Yaramar, que por muitos anos ostentou apenas o nome Yara em seu costado, sem que se saiba o motivo. Foi num dia festivo que na antiga sede do Veleiros do Sul no bairro Navegantes, quando os sócios proprietários do barco, Bruno Altreiter e

Eberhard Herzfeldt festejaram o seu lançamento na água, com direito a discurso da madrinha Helga Krepski e presença de vários convidados. Construído pelos proprietários, o veleiro foi considerado uma verdadeira joia de perfeição e acabamento. Foi destaque na revista Yachting Brasileiro de maio de 1946 com a matéria: “Yara, o novo e elegante cuter gaúcho”. Bruno e Eberhard trabalharam nas horas vagas, durante três anos e meio em uma garagem nos fundos de uma casa numa rua do bairro São João. Conta a lenda que o comentário na época era a comparação com a atriz Rita Hayworth. “O Yara é como a Gilda: Não existe mulher de linhas mais bonitas que a Gilda, e barco de linhas mais bo-


O Yara no pátio do Veleiros do Sul indo para água em 24 de abril de 1946

nitas que o Yara”. Bruno Altreiter Filho, 60 anos, conta que o projeto era de um barco apropriado para navegar em águas rasas. “Ouvi do meu pai que o projeto era alemão e veio por intermédio de Roberto Funck, renomado construtor de barcos de madeira. Na época velejavam mais pela área do Delta do Jacuí e por isso pensaram num barco com pouco calado e grande área vélica, mas não contaram com a possibilidade do vento forte no Guaíba. O Yara foi construído todo com madeiras nobres: casco de cedro vermelho e convés de louro, as tábuas inteiras ajustadas para formaram a linha mais estreita até a popa. Um trabalho muito bom”, diz Bruno. O Yaramar também começou a participar das regatas e foi o campeão na primeira Regata longa da classe Oceano no estado, a Porto Alegre – Feitoria, de 200 milhas de distância. A regata, largou no dia 27 de abril de 1954 em frente ao cais de Porto Alegre e chegada era na ilha dos Holandeses, no canal da Feitoria, na Lagoa dos Patos.Na tripulação campeã estavam: Bruno Altreiter, Ebehard Herzfeld, Hugo Baumann, Erwin Ettrich, Charles Baumann e Waldemar Schoeler. Tempo de regata: 43h45min. Atualmente o barco está sob o comando do neto Augusto Altreiter, 26 anos. Skipper profissional, ele está acostumado a navegar em barcos de grande porte pelo Caribe e Brasil, mas confessa que senti saudade de velejar no Yaramar quando se afasta de Porto Alegre. “Desde menino ando nele. Hoje nós usamos para pequenos cruzeiros pelo Guaíba e Lagoa dos Patos e algumas regatas bico de proa. Sempre que posso estou lambendo o barco. Tenho carinho e orgulho dele. Dizem que barco de

Madrinha Helga Krepski após discursar derrama o espumante na proa do veleiro

madeira tem vida porque tu sentes a ‘respiração’ da madeira”, o cheiro do cedro, isso realmente faz sentido. Enquanto puder manterei o barco navegando”, diz Augusto. Ao longo dos anos o Yaramar passou por algumas transformações, como a diminuição da popa e a colocação de um banheiro, que o projeto não contemplava e ainda um pilot house. Apesar das mudanças, milhas e anos o Yaramar ainda conserva as linhas clássicas de Gilda e sua silhueta é facilmente reconhecida velejando ou na marina do VDS, a sua casa paterna. Características do barco Comprimento: 12m15cm Linha da água: 9 metros Largura: 2m63cm Calado: 90 cm Área vélica: 40 metros

Três gerações: Augusto com a avó Cerena, o pai Bruno e o tio Ivo O MINUANO

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VELA JOVEM

Brasileiro de 420 reuniu a nova geração da vela

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Liderança absoluta dos paulistas (11) na raia do Guaíba

campeonato, antes de qualquer coisa, foi um encontro de jovens velejadores em Porto Alegre. Realizado pelo Veleiros do Sul em janeiro, teve a participação de 21 duplas do RS, SP, RJ. DF e Argentina. Na abertura do evento, o presidente da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) Marco Aurélio de Sá Ribeiro falou aos velejadores sobre a importância da presença deles para o esporte de base e ressaltou o Veleiros do Sul como um dos Centros de Vela referência no país. Os paulistas André Fiuza e Marcelo Peek lideraram todo o campeonato e a falta de vento no último dia deu o título à dupla do Yacht Club Santo Amaro. Em segundo lugar ficaram os gaúchos Tiago Brito e Pedro Zonta e na terceira colocação Ricardo de Castro Paranhos e Gabriel Tolentino, de Brasília. Em dezembro eles venceram a III Copa Brasil de Vela e no mês seguinte o Brasileiro de 420. A dupla formada em setembro se dedicou forte aos treinos. “Tudo isso foi reflexo de muito tempo na água. Nós velejamos em Ilhabela (SP) e no Rio de Janeiro, quase todos fins de semanas. No

Brasileiro, depois de três dias sentimos que nossa chance de sermos campeões era grande”, disse o timoneiro André, 15 anos. “Na minha opinião a Vela Jovem brasileira está numa ótima fase, muita gente mostrando o seu talento e ganhando títulos. É muito promissor”, avalia André que perdeu o seu proeiro. “Eu irei estudar engenharia na Alemanha e precisarei largar por um tempo a vela “, conta Marcelo, 18 anos. A última regata não saiu por falta de vento. A Comissão de Regatas esperou até às 16 horas, tempo limite para largar, mas não deu. Os gaúchos Tiago Brito e Pedro Zonta, estavam apenas dois pontos atrás dos paulistas e viram suas esperanças de vitória em casa murcharem como as velas dos barcos na raia. E Tiago, bicampeão brasileiro (2014 e 2015) de alcançar o seu terceiro título consecutivo. Na categoria feminina as paulistas Olivia Belda e Marina Arndt foram as campeãs, seguidas pelas argentinas Clara Videla e Sofia Videla e em terceiro Clara Penteado e Mariana Rittscher (RJ). Olívia, 15 anos, e Marina, 14, já velejaram no Guaíba, mas dessa vez conforme a


As meninas do Santo Amaro gostaram do calor e do vento forte

timoneira, o clima ajudou bastante a dupla na conquista do bicampeonato brasileiro feminino. “O calor e o vento forte nos ajudaram, deu para aproveitar bem tudo o que costumamos treinar”. A dupla irá para o Mundial na Itália, onde velejarão só garotas. “Velejar com os meninos é bom, mas entre as meninas é mais legal porque a gente se sente bem confiante. Olívia agradeceu o apoio dos familiares delas, destacando Baby, Bernardo Arndt (técnico e pai de Marina). O Veleiros do Sul contou com três tripulações formadas por jovens, alguns saídos no ano passado da classe Optimist. Tiago Quevedo e

A jovem dupla do VDS mostrou seu talento ao velejar parelha com adversários experientes

Erik Hoffmann terminaram em 10º Iugar e subiram no pódio da categoria Júnior onde ficaram em terceiro lugar. “O campeonato foi difícil para nós porque o nível dos velejadores era alto e também pelo vento forte, já que nossa dupla é peso leve. Mas nossa estreia no Brasileiro foi boa ao fircarmos em terceiro na Júnior”, comentou Tiago, 15 anos. Os outros dois representantes do Clube foram: Iagor Franco e Philipp Rump, em 18º e Nicolas Mueller e Gabriel Mueller em 19º. A premiação foi com festa no Veleiros do Sul. O Brasileiro da classe 420 de 2017 será em janeiro, Ilhabela.

Final com comemoração entre velejadores e pessoas envolvidas no campeonato O MINUANO

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Os 50 anos da ilha Chico Foto: Cristiano Moura - Skylinedrone

O Veleiros do Sul comemora os 50 anos de posse da ilha Francisco Manoel. A concessão ocorreu no dia 30 de junho de 1966, na comodoria de Mário Bento Hofmeister.

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Situada nas imediações de Belém Novo, a subsede do VDS conta com mata nativa e sua orla é formada por pedras, matacões de granito e praia de areia grossa

ilha Chico, como é carinhosamente chamada por todos, é um recanto natural muito especial para os associados e um abrigo para os navegadores. Sua área com mata preservada possui uma flora de várias espécies de plantas e árvores nativas, sendo também local de abrigo de aves. Na região costeira do Guaíba são raros os lugares conservados nestas condições. O contorno de sua orla é formado por pedras e matacões de granito, alguns de tamanho grande, e ainda por pequenas praias de areia grossa. Na subsede há o “Galpão da ilha” ponto de encontro dos frequentadores e de boas conversas. Não há quem não se encante com sua beleza bucólica e agreste. A concessão da ilha Francisco Manoel ocorreu no dia 30 de junho de 1966, quando o governador do Estado, Ildo Meneguetti, o secretário da fazenda Ary Burger e o secretário dos transportes Tertuliano Borfill assinaram o Decreto nº. 17. 946 com cessão por 99 anos ao Veleiros do

Sul, da Ilha Francisco Manoel. Ao assumir a comodoria Mário Bento Hofmeister ouviu do ex-comodoro Jorge G. Bertschinger que a ilha Francisco Manoel estava abandonada e seria oportuno tentar conquistá-la para o Veleiros. Meses depois Mário Hofmeister teve um terreno desapropriado pelo Estado. Dirigindo-se ao Departamento de Patrimônio do RS para ver a lista de áreas para permuta nela encontrou a ilha Francisco Manoel como propriedade disponível. Deu-se logo conta ser de grande valia para o clube conseguir a sua doação. O processo da concessão teve o auxílio do desportista Henrique Licht diretor técnico, então, do Departamento de Esportes do Estado do Rio Grande do Sul “DEERGS”. Na ocasião da doação, a Chico possuía dois molhes de pedra, uma casa velha de madeira utilizada pela seção de Dragagem e Balizamento


do Deprec, atual SPH, que usava como porto e depósito de material e o marco de triangulação geodésica, colocado em seu ponto culminante. A ilha encontrava-se em abandono e sendo depredada. O VDS se comprometeu em preservar a ilha, cuidou e recuperou a mata com plantio de árvores nativas, atualmente está com sua natureza bem cuidada. O nome da ilha vem do primeiro dono, o português Francisco Manoel. A ilha já recebia a atual denominação por volta de 1821, quando é citada no famoso diário do botânico e viajante francês Auguste Saint-Hilaire. A ilha Francisco Manoel foi incorporada ao Patrimônio do Estado por escritura pública de Compra e Venda, pelo preço de R$ 10.000 (dez contos de réis) em 28/12/1896. O formato da ilha assemelha-se a uma pera, com a extremidade mais fina apontando para o Canal do Guaíba e a mais arredondada e bojuda para a Ponta dos Coatís, da qual fica a 250 metros. A sua área tem 214.916 m² de superfície, e a sua circunferência, pela picada da base do morro é de 1.930 metros. A extensão maior da ilha é de leste a oeste, com 754 metros. E a largura menor, de norte a sul, 436 metros. A sua geologia é formada por pedras ou matacões, granito de tamanhos variados. Possui uma praia de uns 60 metros de areia grossa, além de capões de mato baixo. O ponto mais alto, denominado de “Alto Alegre”, é onde se situa o marco geodésico de triangulação de cota 43 m. O Veleiros do Sul cuida com responsabilidade e atenção o meio ambiente da ilha. Há mais de um ano iniciou o projeto Ilha Verde, que passou

Canoa de pesca na ilha Chico em 1939

a usar mais energia solar e menos possível combustível fóssil, por meio de placas solares. Energia limpa e econômica. A subsede também conta com estação de tratamento de água. Para quem gosta de uma caminhada as suas trilhas são excelentes para observação de espécies nativas da flora e aves. São limpas periodicamente e o lixo recolhido e separado, inclusive o material plástico que trazido pela corrente do Guaíba chega até a orla. A ilha Chico possui muitos fatos interessantes e curiosos, como o episódio com Vinícius de Morais. O ex-comodoro Mário Hofmeister, em 1973 convidou o poeta Vinícius de Moraes, o compositor Toquinho e a cantora Maria Creuza para conheceram a Chico e até fizeram um pocket show para os presentes. Posição geográfica da ilha Francisco Manoel: 30° 15.722’ S, 51° 9.805’ O

A ilha possui dois trapiches e uma prainha que também serve de abrigo para os barcos monotipos O MINUANO

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REGATAS

Troféu Comodoro Manfred ilha Chico Manoel

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As três classes largaram juntas em frente ao Clube

regata bienal Troféu Comodoro Manfred Flöricke – ilha Chico Manoel foi realizada em março com a participação de 22 barcos das classes Hobie Cat 16, Soling e Laser. A largada para a ilha Chico Manoel, subsede do clube, foi no sábado, 12 de março, às 10h10min em frente ao VDS na baia do Cristal. A esposa Walkiria e a filha Cláudia do ex-comodoro Manfred Flöricke, incentivador da regata e falecido 2010, acompanharam o procedimento de largada da CR. O percurso é composto de duas pernas de 12.5 milhas de distância, cada uma. Os barcos seguiram rumo sul num contravento de 10 a 12 nós de intensidade, mas durante o trajeto variou de velocidade. O primeiro barco a cruzar a linha de chegada montada nas proximidades da ilha Chico Manoel foi da classe HC 16 tripulado por Ricardo Lowy e Jaqueline Jardim às 11h45min20s. Na perna de retorno realizada neste domin-

go a largada da ilha ocorreu às 11h45min20 com vento a favor de direção sul e rajadas que chegaram até 22 nós provocando algumas capotadas dos hobies durante o percurso. O primeiro a cruzar a linha foi a dupla do HC 16 Eduardo Ekman e Francisco Ekman às 12h40min. De visita a Porto Alegre, o paulista Ricardo Lowy foi convidado pela flotilha do VDS para correr a regata. Com barco emprestado e velejando pela primeira vez com a gaúcha Jaqueline Jardim, o timoneiro de 45 anos foi o vencedor e gostou muito da regata. Na classe Soling a tripulação vencedora foi do barco Equilibrium com Nelson Ilha, Gustavo Ilha e Regis Silva. Na classe Laser Standard o título da Standard ficou com Augusto Moreira e na Radial com Henrique Dias. Na ilha Chico Manoel os competidores e associados se reuniram no Galpão da Ilha para confraternizarem num churrasco na noite de sá-


Participantes do Troféu Manfred reunidos em frente ao Galpão da ilha

bado. O evento de encerramento foi no domingo na sede do Clube com a presença da família Floricke: Walquiria, Cláudia, Paulo e Bettina. No final da premiação o paulista campeão fez questão de falar sobre a competição. “Foi excelente participar desta regata de percurso longo e conhecer a ilha. Eu também achei muito interessante a união da flotilha gaúcha. Todos estão de parabéns, disse o timoneiro de 45 anos. Além dos prêmios foi instituído o troféu Rotativo, no qual ficam gravados os nomes dos campeões de cada edição realizada a cada dois anos. É uma taça que pertenceu a Manfred Flöri-

Largada na ilha Chico com vento forte de direção sul

cke pela conquista do Campeonato Brasileiro da classe Sharpie de 1964 doada pela viúva Walquiria. Os vencedores em cada classe: Soling Nelson Ilha, Gustavo Ilha e Regis Silva (VDS) Hobie Cat 16 Ricardo Lowy e Jaqueline Jardim (YCSA) Laser standard Augusto Moreira (VDS) Laser radial Henrique Dias (VDS)

Confraternização final coma entrega de prêmios O MINUANO

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Fotos: Luciane Valente

Queijos e Vinhos em ritmo de cinema foi sucesso no VDS

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O salão do VDS recebeu uma decoração colorida e sóbria, apropriada para o tema do jantar

noite dos Queijos e Vinhos foi num astral bem descolado e emocionante pelo carácter cinematográfico do show da Banda Sinehma. A parte gastronômica estava à altura da tradicional festa no Veleiros do Sul. Mesas de queijos e frios em grande variedade, pães, pastas, bufê de massas, caldos, além de crepes e sobremesas especiais

A performance da Banda Sinehma com suas trilhas de filmes cativou todas as pessoas 34

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que completaram o requinte do jantar preparado pela Barcelos Gastronomia. Tudo em harmonia com os vinhos selecionados da Vinhos do Mundo. A Comodoria recebeu na entrada do salão social, decorado com colorido sóbrio e de bom gosto, os cerca de 360 associados e convidados, entre os quais estavam o vice-prefeito Sebastião Melo e sua esposa Valéria e do presidente da Confederação Brasileira de Vela Marco Aurélio Sá Ribeiro, do Rio de Janeiro, acompanhado de sua equipe técnica e de 10 presidentes de Federações estaduais de vela. Durante o jantar o Comodoro Eduardo Ribas acompanhado da esposa Carla Splettstosser e do casal da vice-comodoria Social Luiz Gustavo Geyer de Oliveira e Karina, agradeceu a presença de todas pessoas na festa e em especial ao Prof. Dr. Faustino Júnior, CEO e Reitor do Grupo Educacional INEPE e aos representantes da Multiplan, apoiadores da Escola de Vela Minuano. Ribas também parabenizou os funcionários do VDS e a Barcelos Gastronomia pela produção do evento.


Comodoro Eduardo Ribas e Carla com o vice-prefeito Sebastião Melo e sua esposa Valéria

Os Queijos e Vinhos contou com sorteios de brindes fornecidos pelas empresas Vinhos do Mundo, cinco garrafas de vinhos, Meta Eventos, conjunto para churrasco, Banca 43 do Mercado Público, uma cesta de produtos, Alisson Sales Hair Stylist,10 cupons para o Dia de Beleza e Pousada Bahia INN, vouchers para hospedagem em Morro de São Paulo. O sorteio teve a participação da Martina Szabo, representante do VDS no Concurso Muda dos Clubes Sociais do Brasil da Fenaclubes, em maio em Campinas. Outro item que agradou muito foi a cabine de fotos, que levou as pessoas formarem fila para fazer um registro fotográfico bem humorado. O momento vibrante da festa ficou por conta da Banda Sinehma que levou os presentes para o mundo do cinema ao tocarem as trilhas de filmes que fizeram sucesso e que se tornaram inesquecíveis para as pessoas. A performance da banda com roupas de personagens e as cenas dos filmes produzidas em telões elevou o astral da festa. Agradou tanto que não pode deixar o palco, sem antes dar uma canja extra para o público. E na continuidade da noite a pista permaneceu cheia ao som de DJ.

Grupos festejaram à noite no VDS

Associados e convidados divertiram-se e aprovaram os Queijos e Vinhos

Comodoria agradeceu a presença de todos no Veleiros do Sul

A Musa do VDS Martina Szabo ajudou no sorteio de brindes

A pista não esvaziou durante a festa O MINUANO

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SOCIAL

Route 66 foi tema do 4º Jantar Barlavento

A noite da cultura pop americana teve a presença de 160 associados e convidados

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tema do Jantar Barlavento foi a lendária Route 66 com seus signos representativos. Motos Harley Davidson e um Mustang compuseram o cenário. A festa realizada no dia 13 de maio teve a presença de 160 pessoas, mesclado de jovens e não jovens, a maioria só-

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cios do Clube. O cardápio era um bufê de comida americana. Entre outros pratos teve as tradicionais costelas barbecue, batata frita e o hambúrguer. Muito apreciados por todos. À noite também teve a apresentação de Rick Proença, que com sua

potente voz tocou rocks marcantes de todos os tempos numa interpretação elogiada. Mesas de sinuca compuseram o ambiente da festa no salão social e muita gente curtiu jogar entre amigos e familiares. Enquanto outros preferiram dançar na continuidade da noite.


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SOCIAL

Piquenique foi um encontro fraternal no pátio do Clube

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oalhas estendidas pela grama, cestas e arranjos de flores montaram o espaço colorido do Piquenique VDS realizado no dia 2 de abril à beira do Guaíba. Associados e convidados compareceram com suas famílias, reunindo cerca de 140 pessoas no evento promovido pela Comodoria do Clube. No sossego da sombra do arvoredo as conversas risonhas se prolongaram por tarde, assistidas pelo vaivém dos barcos navegando no horizonte. Os participantes trouxeram suas cestas com comida de piquenique, enquanto o Clube serviu Clericot de vinho branco e a Panas, parceira no evento, serviu sua linha de empanadas de sabores variados para o deleite dos participantes. Comodoro Eduardo Ribas e Carla e os vice-comodoros sociais Gustavo Geyer

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Cerca de 140 pessoas compareceram ao evento

e Karina foram os anfitriões no piquenique. Quando o dia foi-se remansando pelo final da tarde teve a apresentação do saxofonista Vasco Piva. As pessoas perma-

neceram no local até as luzes equidistantes da cidade brilharem pela linda vista da orla. E todos saíram com a certeza: Grato é viver na amizade do Clube.


Prêmio Clube TOP 100 Fenaclubes

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Veleiros do Sul foi agraciado com o Prêmio Clube TOP 100 FENACLUBES no dia 27 de maio durante a etapa de Campinas/ SP do Congresso Brasileiro de Clubes 2016. O Presidente da Federação Nacional dos Clubes Esportivos, Arialdo Boscolo entregou uma placa ao Co-

Comodoro Ribas recebeu a placa do presidente Boscolo da Fenaclubes

modoro Eduardo Ribas com o título de Clube TOP 100 – 2015. É uma homenagem aos Clubes que mais se destacaram no ano, entre os milhares de todo o país, e que contribuem de forma significativa para o desenvolvimento da comunidade e da sociedade na qual estão inseridos por meio de ações esportivas, sociais, culturais e de lazer. “O prêmio é uma forma de reconhecimento ao Veleiros do Sul pelo trabalho na formação de atletas na vela e por seu destaque entre os clubes náuticos”, disse o comodro Eduardo Ribas. Martina ficou entre as cinco musas dos clubes do Brasil Durante o Congresso em Campinas, o Veleiros do Sul também participou do Concurso Musa dos Clubes Sociais do Brasil da Fenaclubes com a associada e velejadora Martina Szabo. Ela ficou entre as cinco finalistas do evento que

Martina Szabo, representante do VDS

teve a participação de representantes de clubes de todo o Brasil e foi elogiada nas entrevistas por ser uma candidata ligada ao esporte.

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SOCIAL

Navio veleiro Cisne Branco em Porto Alegre

Comodoria participou da festa no navio atracado no cais do porto

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a visita do navio veleiro Cisne Branco em Porto Alegre, a Comodoria do Veleiros do Sul participou da recepção a bordo realizada na noite de 22 de abril no cais do porto. Foi um encontro festivo no lindo navio da marinha brasileira. O Comodoro Eduardo Ribas, a esposa Carla e demais integrantes da comodoria do VDS foram recebidos pelo Capitão de Mar e Guerra, João Alberto de Araújo Lampert, comandante do Navio-veleiro Cisne. No final da recepção o Comodoro Ribas foi surpreendido pelos comandantes com uma comemoração pela data do seu aniversário. A banda do navio tocou o Parabéns a você e teve bolo com vela. O vice-almirante Victor Cardoso Gomes, Comandante do 5º Distrito Naval, abraçou o Comodoro, falou sobre os laços de amizade entre a marinha e o Veleiros do Sul, “um clube amigo” e agradeceu pelo apoio do clube. Ele também foi saudado pelo co42

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mandante Lampert e pelo Capitão-defragata João Gilberto de Oliveira, Capitão dos Portos de Porto Alegre. Pela Comodoria do VDS também participaram do encontro o vice-comodoro Diego Quevedo e Miriam, vice-

comodoro Social Luiz Gustavo Geyer de Oliveira e Karina, o vice-comodoro Administrativo Renato Poy e Aline, o vicecomodoro de Patrimônio André Huyer e o diretor da Escola de Vela Minuano Eduardo Scheidegger Jr. e Flávia.

Capitão de Mar e Guerra, João Alberto de Araújo Lampert, comandante do Navioveleiro Cisne Branco, Comodoro Eduardo Ribas, vice-almirante Victor Cardoso Gomes, Comandante do 5º Distrito Naval e Capitão-de-fragata João Gilberto de Oliveira, Capitão dos Portos de Porto Alegre


SOCIAL

Política de valorização dos funcionários do Clube A valorização do quadro funcional do Veleiros do Sul tem sido uma meta constante da comodoria. Entre as formas de manifestar essa atenção, o Clube tem promovido reuniões com café da manhã e confraternizações que visam fugir da relação cotidiana entre a direção e funcionários.

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esde 2015 ocorreram alguns encontros, destacando a Festa de Natal para os funcionários e seus familiares. O churrasco oferecido foi preparado e servido pelos membros da própria comodoria contou com a participação de cerca de 80 pessoas na Vento Sul. O evento também teve distribuição de presentes para os filhos de funcionários de até 14 anos e sorteios de 21 aparelhos eletrodomésticos que foram adquiridos por meio de cotas entre a comodoria. No final da festa eles ainda levaram cestas natalinas. Na Páscoa houve um Café da Manhã com a presença da Comodoria. No evento os funcionários também receberam cestas de Páscoa com bombons, chocolates e um ovo personalizado com o logotipo do VDS. O Comodoro

Encontros promovem o relacionamento do quadro funcional com a direção

Eduardo Ribas agradeceu a presença de todos e falou sobre a motivação daquele evento. “Queremos nestes encontros

reforçar a importância do papel dos funcionários na vida do Clube”, diz o Comodoro Eduardo Ribas.

Dia das Mães no VDS teve carinho para todas mulheres

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Dia das Mães foi bem movimentado no Clube com o tradicional almoço que sempre traz grande número de famílias. Mas nesse ano não foram só as mães que receberam carinho, as mulheres em geral também ganharam agrados nesse dia. A parceria entre o VDS e a Alison Salles Hair Stylist proporcionou gratuitamente para elas maquiagem e penteado express das 10h30min às 16 horas na varanda do mezanino. As mulheres aproveitaram para darem um retoque no visual. A Alison Salles também ofereceu uma cesta com produtos de beleza que foi sorteada aos presentes no almoço e foram distribuídos 300 vouchers para tratamento capilar em dos salões Alisson Salles. O VDS também promoveu um sorteio com artigos da loja do Clube. Cerca de 400 pessoas compareceram no almoço foi especial do Dias Mães servido pela Barcelos Gastronomia.

A parceria entre o VDS e a Alison Salles Hair Stylist proporcionou gratuitamente maquiagem e penteado express para elas O MINUANO

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SOCIAL 2015

Tributo a Tim Maia animou a festa dos 81 anos

No salão e mezanino, todos acompanharam a apresentação da banda liderada por Tonho Crocco

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escontração e muita energia musical caracterizaram a festa dos 81 anos do Veleiros do Sul. O ambiente da comemoração teve uma nova proposta ao oferecer as opções de espaços Lounge e Jantar, Salão Social térreo e Mezanino, abrangendo todos os gostos. O evento ocorreu na

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noite de sábado, 12 de dezembro, teve a presença de 290 pessoas entre associados e convidados, entre os quais o vice-prefeito Sebastião Melo e o capitão fluvial de Porto Alegre, João Gilberto de Oliveira. O Comodoro Eduardo Ribas abriu a parte solene da noite de aniversário

saudando a todos os presentes, agradeceu os apoiadores Multiplan, Kaizen, Srhi Lanka e Água de Aracanjo e fez um rápido balanço das participações dos velejadores em competições ressaltando que os representantes do Clube estiveram em 14 países em 2015. Após a entrega dos Destaques Esportivos do VDS do ano, a Comodoria convidou os presentes para o momento de cantar os parabéns ao Clube com bolo e velas que foram apagadas pela velejadora Júlia Silva. O aguardado show da noite não deixou ninguém parado no Salão Social. A banda Tributo a Tim Maia, liderada por Tonho Crocco, tocou os grandes sucessos do rei da Soul Music brasileira e contagiou com seus ritmos dançantes e românticos. E em diversas ocasiões as pessoas também cantaram as músicas, numa boa sintonia entre público e banda. E para finalizar a noite música com DJ. Uma alegria merecida pelo aniversariante!


Homenagens aos Destaques Esportivos

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noite comemorativa do Aniversário também foi momento de prestar reconhecimentos e distinções. O Gerente Esportivo do VDS Odécio Carlos Adam foi chamado para uma homenagem surpresa. Ele recebeu das mãos dos ex-comodoros Augusto César Streppel, Newton Aerts e Cícero Hartmann uma placa pelos seus 25 anos nos trabalhos de Comissão de Regatas e gerenciamento esportivo do Clube. Após o Comodoro Ribas realizou a entrega dos troféus aos Destaques Esportivos do VDS, cuja escolha é baseada nas participações e desempenhos nas competições. Os agraciados de 2015:

Destaque Oceano: Camiranga, do comandante Eduardo Plass por ter batido todos os recordes das principais regatas oceânicas no ano. Destaque Vela Olímpica: A dupla da classe 470 formada por Geison Mendes Dzioubanov e Gustavo Canal Thiesen, pela campanha olímpica. Destaque de Vela e Base Monotipos: Tiago Loch Quevedo, bicampeão brasileiro de Optimist. Destaque Monotipos: A tripulação do barco Don’t Le Me Down com Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard, tricampeões Sul-americanos da classe Soling.

Revelação Monotipos: Philipp Grochtmann, na classe Laser Revelação Vela de Base Monotipos: Lucas Stolf, classe Optimist Após a entrega dos troféus os homenageados se dirigiram até a galeria dos campeões para descerrarem as placas de bronze atualizadas com a últimas conquistas dos velejadores Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard na Soling, Geison Mendes Dzioubanov e Gustavo Thiesen, na classe 470 e estreando na Galeria, Júlia Fernanda Martins da Silva, pela conquista do Centro Sul-americano feminino da classe Laser 4.7.

Lucas Stolf da classe Optimist foi Revelação Vela de Base monotipos

Destaque Monotipos: Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard, tricampeões Sul-americanos de Soling

Inauguração das novas placas na Galeria dos Campeões

Odécio Adam foi homenageado pelos seus 25 anos de trabalho na Comissão de Regatas e gerenciamento esportivo do Clube O MINUANO

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CLASSE SOLING

Don’t Let Me Down foi tetra no Sul-americano de Soling

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Campeonato no Veleiros do Sul teve apenas dois dias de regatas devido as condições do tempo

clima interferiu drasticamente na realização do Sul-americano de Soling, mas não impediu o tetracampeonato da equipe do Don’t Let Me Down, composta por Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard. A vitória foi apertada, por apenas um ponto de diferença para o time segundo colocado, o El Demolidor, de Kadu Bergenthal, Eduardo Cavalli e Renan Oliveira. A dificuldade de fazer o campeonato, de 21 a 24 de abril, era meio previsível, conforme as indicações da meteorologia. Saíram apenas quatro das nove regatas da programação. A falta de vento e um temporal forte foram os vilões. Os dois dias de regatas também não foram fáceis para os velejadores. O vento muito rondado aumentou o grau de dificuldade para todos na raia. “Tínhamos plena confiança na CR, porque pela experiência do Odécio Adam,

sabíamos que o melhor estava sendo feito”, comentou Cícero. A estratégia do time campeão iniciou bem antes com o acompanhamento das previsões do tempo. “Nós tínhamos consciência que seria fundamental começarmos bem no campeonato porque a chance de não ter nada no final era grande, o que acabou se confirmando. O El Demolidor é um forte adversário e, assim como a nossa tripulação, velejam juntos há alguns anos e isso também faz diferença nas regatas. Outro fator competitivo é termos uma flotilha muita parelha tecnicamente”, comentou Cícero, líder do Don’t Let Me Down, tetracampeão sul-americano (2010, 2014, 2015 e 2016). O Sul-americano de Soling teve a participação de 11 barcos do Brasil, Argentina e Estados Unidos.


Pódio das tripulações premiadas juntas com os participantes do Sul-americano

Sul-brasileiro e Troféu Amizade de Soling

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tripulação do Don’t Let Me Down com Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard fechou o semestre com três vitórias consecutivas. Uma espécie de tríplice coroa. Depois do Sul-americano, eles ficaram em primeiro lugar no Sul-brasileiro, disputado em maio, seguidos pelo El Demolidor com Kadu Bergenthal, Eduardo Cavalli e Renan Oliveira e em terceiro o Coringa, de Lucas Ostergren, Beto Trein e Roger Lamb. A melhor regularidade de resultados entre as sete equipes do campeonato fez o trio do Don’t Let Me Down ser campeão. Eles repetiram o segundo lugar nas quatro regatas do campeonato. “Essa foi a primeira vez que ganhamos um título com a mesma colocação em todas as regatas”, disse Cícero Hartmann. E para fechar o semestre, o Don’t Let Me Down venceu o Troféu Amizade em junho. Em segundo lugar ficou o Ideia Fixa, com um tripulante a menos, Gustavo Thiesen e Person Thiesen, e terceiro o Coringa, de Lucas Ostergren, Beto Trein e Roger Lamb. “Nós enfrentamos ventos ronda-

dos, mas a dificuldade maior foi o frio, nevoeiro forte e o cuidado na raia por causa do intenso tráfego de navios, comentou Cícero.”

Don’t Le me Down conquistou três títulos no semestre O MINUANO

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COMPETIÇÕES

Guili Roth foi vice-campeão mundial de Laser Standard Pré-master

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uilherme Roth conquistou o título de vice-campeão no Mundial de Laser Standard Pré-master no final de maio no México. Das 12 regatas realizadas em Riviera Nayarit, o representante do Veleiros do Sul chegou em segundo lugar nas últimas cinco. Ele também se destacou por andar no grupo da frente na flotilha que reunia mais de uma categoria Master. Guili Roth considerou um bom resultado depois de seu retorno a grandes competições da classe. ““Foi meu primeiro campeonato Maste, num lugar perfeito pra velejar. Fiquei muito satisfeito em velejar na ponta das flotilhas Pre-Master e Master, com velejadores do mundo todo,” comentou Guili, 42, que agora já pensa no Mundial Master de 2017 na Croácia. “Quero estar lá no ano que vem”. O vencedor do Pré-master foi o mexicano Pablo Rabago. Na categoria Master, o brasileiro Luciano de Oliveira, do Paraná, terminou 12° lugar. O World Masters Championship Laser era aber-

O representante do VDS velejou entre os competidores de ponta da flotilha Master no México

to para velejadores a partir de 35 anos. As categorias participantes foram: Prémaster: 35 a 44 anos, Master: 45 a 54, Grand Master - 55 anos a 64, e Great

Grand Master - 65 anos ou acima. Ao contrário de anos anteriores, o Mundial de Master deste ano foi dividido para Laser Radial e Laser Standard.

Copa Elliott 6M

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equipe Moreira, formada por Augusto Moreira, Marília Bassoa e Marcelo Gallicchio foi a vencedora

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da Copa Elliott 6M disputada neste sábado no Veleiros do Sul. Em segundo lugar ficou a equipe Goldmeier, com

Vilnei Goldmeier, Frederico Sidou e Michele Oliveira. A Copa teve cinco regatas e a Regata da Medalha que pontuação dobrada. Todas as quatro equipes participaram da disputa final, mas para Moreira e Goldmeier estava valendo a briga pelo título. “Foi um torneio divertido e gostamos que o clube tenha promovido este tipo de regata, com percursos mais curtos, mas muito dinâmicos. Os barcos Elliott são rápidos e bons de velejar. Esperamos que venham mais outras competições”, disse Augusto Moreira. A arbitragem foi feita na água pelo velejador Geison Mendes, que também contribuição na preparação dos barcos.


Vitória de Totó no Estadual de Laser Radial

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Veleiros do Sul teve boa atuação no Campeonato Estadual da classe Laser Radial realizado nos dias 14 e 15 de maio em Pelotas. A flotilha conquistou os cinco primeiros lugares. Antônio Cavalcanti Rosa, o Totó, que venceu as três regatas disputadas no sábado na praia do Laranjal e ficou com o título gaúcho de 2016. Devido ao mau tempo o campeonato não teve regatas no domingo. O vice-campeão foi Alan Willy, em terceiro Rodolfo Streibel. Os demais resultados foram: 8º Marcelo Gallicchio, 13º Rodrigo Quevedo, 15º Marcello Guedes Pinto. O Estadual contou com a participação de 15 velejadores de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. A flotilha do Veleiros do Sul tem incentivo do Projeto Olímpico do Ministério do Esporte e do Projeto Formação Olímpica I, da Confederação Brasileira de Clubes.

Sul-americano de Laser Radial 2016

Alan foi o quarto colocado

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Centro Sul-americano de Laser ocorreu em fevereiro no Yacht Club Uruguayo e o Brasil conseguiu colocar quatro velejadores entre os Top 10, sendo dois do Veleiros do Sul. O catarinense Alex Veeren conquistou a medalha de prata, os gaúchos Alan Willy em quarto lugar e Antônio Cavalcanti Rosa em sexto, e o carioca Gabriella Kidd, em oitavo. O título Sul-americano de Radial ficou com a argentina Lúcia Falasca.

Toto ficou em sexto lugar

Alan ficou satisfeito com o resultado, embora considerou que teve chance de ter ido melhor na competição. “Em geral consegui andar muito bem e me manter nas primeiras posições. Alguns equívocos me impediram de lutar por posições melhores, mas foi positivo. Esse campeonato em especial conseguimos formar um sentimento de equipe muito grande entre os atletas do Brasil, formando um ambiente mais favorável a todos desempenharem seu

melhor.“ Os demais resultados da flotilha do VDS: Henrique Dias ficou 15º, Rodolfo Streibel em 18º lugar e Luiz Eduardo Sokolnik em 31º lugar. Os velejadores Alan e Rodolfo pertencem ao Projeto Formação Olímpica I do convênio entre o Veleiros do Sul e Confederação Brasileira de Clubes (CBC) e Antônio Cavalcanti do Projeto Vela Olímpica, do Ministério do Esporte do Governo Federal. O MINUANO

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REGATAS 2015

Equipe de Punta del Este foi a vencedora do Brasileiro de J24

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Veleiros do Sul foi a sede dos campeonatos Brasileiro e Sulamericano da classe J 24 em novembro de 2015. Em ambos quem brilhou foi a equipe do Extasis, de Punta del Este que ficou com o título brasileiro, o segundo lugar foi do barco Eurus, de Ronaldo Senfft, do Rio de Janeiro e em terceiro o Iuca, de Ronaldo Ruschel, do Veleiros do Sul. A tripulação uruguaia formada por Pedro Garra, Juan de Azúa, Iván Guicheff, Alejandro Carluccio e Matias Garcia teve um desempenho muito bom que nem precisou competir no último porque já era o campeão antecipado, após sete vitórias consecutivas. “O campeonato brasileiro foi muito disputado, velejamos bem e no Veleiros do Sul me sinto como em casa, isso também contribuiu para nos dar tranquilidade”, comentou Pedro Garra que foi campeão uruguaio de J 24 em 2011. A tripulação gaúcha do Iuca, que teve Rogério Ruschel, Andre Gick, Fábio Ribeiro e Mariana Teixeira (Fran-

Extasis foi campeã antecipada com sete vitórias consecutivas

cisco Ruschel) ficou apenas um ponto atrás dos vices colocados. O tático André Gick disse que “foi uma disputa em condições duras, com muito vento e

que isso dificultou o desempenho do barco”. O Brasileiro de J 24 teve a participação de nove barcos do Brasil, Argentina e Uruguai.

Classificação completa do VDS 4º Meu Guri - Henrique Silva Dias, Frederico Sidou, Alexis Kneibel e Vilnei Goldmeier 5º Diferencial - Nelson Ilha, Manfredo Floricke, Edgar Oppitz e José Luiz 7º Crioula - Boris Ostergren, Regis Silva, Philipp Grochtmann e Rodolfo Streibel 8º Tango - Bryan Matthew Luiz, Nicolas Nardini, Roger Lamb, Roberto Bortolaso e Carolina Finck 9º Sapeca II - Walther Bromberg, Henrique Hemesath, Andre Lopes (Jose Eduardo), Weslin Ramos e Ivandel Lourenço

Iuca, comandado por Ruschel, do VDS, ficou em terceiro lugar

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As tripulações participantes do Brasileiro na festa de encerramento


O Sul-americano de J24 também foi do Extasis

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s vizinhos do Brasil foram os melhores no Campeonato Sul-americano da classe J24 que correu logo após o Brasileiro em novembro de 2015. O título continental ficou com o uruguaio Extasis Saling Team, do comandante Pedro Garra. Em segundo lugar os argentinos de Olivos com o barco Worknet, de Nicolas Cubria e em terceiro os brasileiros do C’est la Vie Sailing Team, de Henrique Dias, do Veleiros do Sul. O campeonato teve sete regatas bem disputadas entre os 12 barcos da flotilha sul-americana. Mas a tripulação de Punta formada por Pedro Garra,Juan Real de Azúa, Ivan Guicheff, Alejandro Carluccio e Matias Garcia confirmou o seu favoritismo. “Esse foi o nosso primeiro título sul-americano de J24, depois de termos competido em três edições consecutivas. O campeonato estava espetacular com boas regatas e muito vento. Nossos adversários velejaram muito bem e sabíamos que seria uma disputa dura”, disse Pedro Garra, 46 anos. O comandante Henrique avaliou o campeonato. “Infelizmente não pude contar com um dos meus tripulantes que faz a regulagem das velas, mas no geral foi um campeonato divertido, nós concluímos o evento em terceiro o que acabou sendo uma boa posição”,

A equipe do C’est la vie ficou em terceiro e a melhor entre os brasileiros

Disputa acirrada entre as tripulações do Brasil, Argentina e Uruguai

Classificação completa do VDS 5º Crioula - Boris Ostergren, Regis Silva, Phillip Grochtmann e Rodolfo Streibel 8º Equilibrium - Nelson Ilha, Manfredo Floricke, Edgar Oppitz e Gustavo Ilha 9º Iuca - Ronaldo Ruschel, Rogerio Ruschel, Guilherme Roth e Lucas Ostergren 12º Sapeca II - Walther Bromberg, Henrique Hemesath, Jose Eduardo e Ivandel Lourenço

A equipe do C’est la vie contou ainda com Vilnei Goldmeier, Alexis Knebel, Frederico Sidou (Marília Bassoa e Michele Oliveira). No Sul-americano teve timoneiros

veteranos como Boris Ostergren de 77 anos, que venceu a sexta regata e contou no seu time com Nicolas Mueller, de 14 anos. E também Walter Bromberg, de 84 anos, comandante do Zapeka.

Tripulações comemoram o pódio do Sul-americano

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REGATAS 2015

Jovens brilharam no Sul-brasileiro da classe Laser

No Laser Standard deu a dobradinha do VDS com “Pipo” Grotchmann em primeiro “Totó” Cavalcanti em segundo

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o 37º Campeonato Sul-brasileiro de Laser disputado em novembro de 2015 no Clube a maioria dos títulos ficou com a flotilha gaúcha. Na classe olímpica Standard o campeão foi Philipp Grotchmann, na vice colocação Antônio Cavalcanti da Rosa, ambos do VDS, e em terceiro ficou o catarinense Alex Veeren (ICSC). Campeão gaúcho de Laser Standard em 2015 e vice no Sul-americano de Radial, realizado em Porto Alegre, Philipp obteve sua primeira conquista no Sul-brasileiro. “No campeonato consegui seis vitórias em sete regatas, o

Marcelo Gallichio obteve sua primeira vitória no Sulbrasileiro de Laser

que demonstra que velejei muito bem”, disse Philipp de 21 anos. Na classe Radial Marcelo Gallicchio (VDS) foi o vencedor seguido por Henrique Dias (VDS) e em terceiro Luiz Eduardo Sokolnik (RGYC). A catarinense Maria Carolina Boabaid foi a campeã feminina. Gallicchio era só sorriso após seu primeiro título Sul-brasileiro de Radial. “Foi bem legal a competição e o que fez a diferença para mim com relação aos campeonatos anteriores foram os treinos com o técnico Juan e o novo barco Laser do Projeto de Formação

Olímpica do Clube e da CBC”, disse o velejador de 17 anos. E na Laser 4.7 o campeão foi João Emilio Vasconcellos (Clube dos Jangadeiros) que saiu da classe Optimist em setembro de 2015 e sentiu o gosto do seu primeiro título na Laser aos 15 anos. Philipp Rump (VDS) fiicou em segundo e em terceiro Breno Kneipp (CDJ). Na categoria feminina a vencedora foi Mariana Chaves Barcellos Teixeira (VDS). O 38ª Campeonato Sul-brasileiro da Classe Laser que será realizado de 12 a 14 de novembro de 2016 em Florianópolis.

VENCEDORES DO VDS POR CATEGORIAS Standard – Master: Augusto Moreira; Pré Master: Adrion Santos e Sub 21: Antônio Cavalcanti Rosa Radial Masculino - Master: Rodrigo Quevedo, SUB 19: Marcelo Gallicchio, 4.7 - Feminino Pré-Master: Mariana Chaves Barcellos Teixeira (RS/VDS)

Laser Standard: 1º Philipp Grotchmann, 2º Antônio Cavalcanti da Rosa, 3º Alex Veeren, 4º André Passow e 5º Rodolfo Streibel 52

O MINUANO

Laser Radial: 1º Marcelo Gallicchio, 2º Henrique Dias, 3º Luiz Eduardo Sokolnik, 4º Maria Carolina Boabaid e 5º Maria Cristina Boabaid

Laser 4.7: 1º João Emilio Vasconcellos, 2º Philipp Rump, 3º Breno Kneipp, 4º Guilherme Ribeiro Perez e 5º João Tatsch


CBVELA

Clínica de Alto Rendimento para técnicos de Optimist

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avanço do nível técnico na vela de base é uma realidade que vem se configurando em diversos países. Por se tratar de uma faixa etária que tem peso forte no amanhã da vela, a Confederação Brasileira de Vela promoveu a I Clínica de Alto Rendimento para treinadores na classe Optimist junto com o clube Veleiros do Sul e patrocínio da Energisa. Em Porto Alegre reuniram-se 30 treinadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Bahia e Rio de Janeiro. Durante três dias eles ouviram e debateram diversos assuntos com o técnico argentino Gonzalo Pollitzer, “o Bocha”, 33 anos, que já treinou equipes nacionais da Argentina, Guatemala, Malásia, Porto Rico e Noruega, e conduziu diversas clínicas em todo o mundo. Bocha seguiu uma pauta discutida com a CBVela, não tratando apenas das questões técnicas do velejar, mas também com ênfase nos itens de planejamento e definição de objetivos para o velejador, temporadas, agenda de campeonatos; comunicação e motivação, que envolvem aspectos de técnicas comunicativas e psicológicas. E discussão sobre técnicas e táticas de regatas. Ao final da Clínica, Gonzalo - Bocha disse que gostou muito do grupo por ter expressado grande interesse em aprender e discutir situações diárias vividas por eles. “Aqui tínhamos treinadores jovens e outros mais experientes, porém todos me cercaram de perguntas, alguns individualmente me procuraram para aprofundarem alguns pontos”, comentou o técnico. Ele ainda destacou a curiosidade deles sobre como montar um team race e a comunicação com as crianças. “Eles sabem que a profissionalização na classe Optimist aumentou muito no mundo e o Brasil precisa avançar para

No Veleiros do Sul 30 treinadores de sete estados do Brasil participaram do treinamento com o técnico argentino Gonzalo Pollitzer, “o Bocha”.

não ficar atrás”, falou o técnico argentino. Entre os participantes estava o carioca Filipe Novello, o Tijolo, técnico há 13 anos e diversas participações em mundiais com as equipes brasileiras de Optimist. Ele aprovou a clínica ressaltando pontos importantes que pessoalmente mais gostou. “Aprendemos coisas importantes, como por exemplo, a maneira de organizar um calendário de trabalho e competições, definir os objetivos que realmente desejamos com o velejador. Mas destaco a inédita oportunidade dos técnicos de todo o Brasil estarem juntos falando de suas experiências e dificuldades e trocarem informações. Isso sem dúvida foi de grande valor para nós”, disse Tijolo, de 31 anos. Caroline Boening, 35, co­meçou sua carreira de técnica de OP em 1996 e a treinar flotilhas em 2004. A técnica da Escola de Vela Minuano ficou entusiasmada com a clínica. “Foi maravilhosa! Todos os assuntos abordados eram relevantes para nosso aprendizado e acrescentou muito na

nossa bagagem. O Bocha sabe muito bem como passar o seu conhecimento, tem muita didática e isso é imprescindível para quem ensina. Foi 100% de aproveitamento! O head coach do Veleiros do Sul, o uruguaio Juan Sienra destacou a importância da iniciativa da CBVela, principalmente por se tratar de vela de base e pelo seu efeito multiplicador. “No clube estavam presentes 30 técnicos. Somando a média de 10 crianças para cada um deles, isso deverá atingir mais de 300 optimistas no país. O Veleiros do Sul tem um projeto de Formação de Atletas em parceria com a Confederação Brasileira de Clubes e isso ajuda a nos igualar ao padrão internacional da classe”, avaliou Juan. Associados, velejadores e a comodoria demonstraram grande satisfação em saber que o clube estava sediando um evento de tamanha relevância para o esporte na formação de atletas. Pelo VDS participaram na clínica Geison Mendes, Caroline Boening, Gustavo Thiesen, Ricardo Salvador, Mauro Ferreira e Marcelino Rodrigues. O MINUANO

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REGATAS

Semana de Clássicos em Punta A schooner Atrevida marcou sua presença na Semana de Clássicos de Punta del Este de 2016 em fevereiro. O barco de 95 pés velejou com cinco associados do Veleiros do Sul. O Comandante Átila Böhm, o tático André Gick, o navegador Miguel Petkovitz, o trimmer de carangueja André Renard, e nos Circuito Solanas e Vuelta Gorrites contou com a presença de Cicero Hartmann como trimmer de buja. O tático Gik comentou sobre os circuitos. “Fizemos dois Fita Azuis e em outras duas regatas chegamos em 3°, devido às condições de ventos mais fracos, que não favoreciam a velejada para as 93 toneladas e as características de casco e vela do nosso Atrevida. Mas foi boa competição”. O Atrevida é um dos barcos clássicos mais importantes do país. Ele foi lançado em Bristol Rhode Island (EUA) em 1923 com o nome Wildfire e foi rebatizado de Atrevida depois que passou a navegar no Brasil em 1946.

Os Atrevidos: Cícero, André Renard, Átila, André Gick e Miguel Virgílio

Circuito Atlântico Sul Rolex Cup

O

Camiranga, de Eduardo Plass, do Veleiros do Sul disputou em janeiro o Circuito Atlântico Sul Rolex Cup 2016, tradicional competição da vela oceânica da região do Prata com regatas em Buenos Aires e Punta del Este. O veleiro Soto 65 representou o VDS na fórmula ORC Internacional B e terminou em 13º lugar após sete regatas realizadas. Na regata longa Buenos Aires – Punta del Este que abriu a competição, o Camiranga abandonou a prova por problemas técnicos, mas se destacou ao estabelecer uma nova marca para a regata La Barra, quarta prova do Circuito para as classes ORC Internacional, ORC Club e IRC: levou 2h23m44s para cumprir as 28 milhas náuticas do percurso.

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O MINUANO

Camiranga em Punta del Este




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