Tribo Skate Display

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Não precisa roubar… é free!

2010

o mais completo guia de produtos do skate

Shapes • Rodas • Trucks • Skate Shoes • Equipamentos • Óculos • Roupas • Acessórios

Entrevista Exclusiva: Jeff Harbaugh da Transworld Business Pro Deck: A importância do modelo assinado Do Outro Lado da Mesa: Team Manager

Produto Sagrado: 17 profissionais apresentam os seus equipamentos e acessórios

+ 500 produtos

+ S k at e d o s S o n h o s + M arketing + Economia [2]








Editores Fabio “Bolota” Britto Araujo Cesar Gyrão Produção Ana Flavia Carvalho Projeto Gráfico e Diagramação Edilson Kato Fotografia Caetano Oliveira, Carlos Henrique, Fellipe Francisco Foto Produtos Caetano Oliveira Colaboradores Fotografia: Alex Brandão, Ana Paula Texto: Alessandro Mcgregor Consultor: Osterno Dias de Carvalho Fo.

índice

10. editorial 12. do outro lado da mesa: team manager 18. entrevista: jeff harbaugh 22. produtos sagrados 32. A importância do pro-model 40. shapes 48. trucks 52. rodas 58. tênis 66. bonés 72. moda masculina 78. t-shirts 86. skates montados 88. acessórios, equipamentos de segurança e peças de skate 92. moda feminina 94. mochilas 96. óculos e relógios 100. longboards 102. acessórios de moda 106. skate e marketing 108. economia 112. skate dos sonhos

Publicidade Gerente Ana Flavia Carvalho (anaflavia@triboskate.com.br) Contato Marcos Fornabaio (marcosfornabaio@triboskate.com.br) Financeiro Tatiane Penha Lima da Silva Karen Costa Distribuição Tássia Furtado Recepção Ana Luiza de Lima Impressão Gráfica Prol Assinaturas Tássia Furtado (assinatura@triboskate.com.br) Deus é grande Tribo Skate Display é uma publicação da Editora SNV Ltda. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam as da revista. São Paulo/SP - Brasil www.triboskate.com.br E-mail: triboskate@triboskate.com.br Telefone: 55 (11) 3868-0080 Fax: 55 (11) 3868-0081 Valorize sua boardshop. Compre sempre materiais de marcas que realmente investem no esporte. Não use shape blank (sem arte/pintura). Ande de skate porque gosta e não para os outros. Lute por uma skatepark na sua cidade. Divirta-se!!!



editorial

por Fabio Bolota

SKATISTA, EMPRESÁRIO, LOJISTA… BEM VINDO AO TRIBO SKATE DISPLAY 2010

Há exatamente um ano, lançávamos o Tribo Skate Display 2008/09 e agora, passados praticamente 365 dias, estamos colocando em suas mãos, novamente, o maior e mais completo guia-editorial de produtos do nosso segmento, apresentando toda a gama e diversidade de ítens, que vão desde um simples parafuso e acessórios para seu skate, até os melhores calçados e roupas, que podem ser encontrados na sua skateshop mais próxima. São mais de 500 produtos, com muitas novidades para 2010. Mas, nesse período de 365 dias, atravessamos uma das maiores turbulências já vistas na história econômica mundial que, sem sombra de dúvidas, afetou todo um ciclo de crescimento (sustentado ou não), por que a humanidade já passou. A “marolinha” declarada teve formato de “tsunami” e isso acarretou a desaceleração de quase todos os segmentos econômicos e industriais, e o skate não seria exceção. Mas essas dificuldades, que extrapolam o lado divertido do esporte, onde andar de skate resulta também em um mercado efetivamente saudável, e mais ainda, em estar saudável pra praticar, nos ensina, mais uma vez, como o Brasil, com seu “jeitinho”, atravessou e atravessa a “marolinha” de uma maneira nunca vista, sendo menos afetado do que países muitos mais fortalecidos e estruturados. Fato inédito! Levando em conta novamente o histórico do skate no Brasil onde, por muito menos, economicamente falando, o skate sumia do mapa, empresas naufragavam sem deixar vestígios e skatistas debandavam, nesse exato momento, o que vemos, são dificuldades superadas por vontade legítima de manter o que realmente se gosta ou aprendeu a gostar. O skate é uma maneira, não apenas de praticar, mas de trabalhar, profissionalizar, comercializar nas mais diversas vertentes. [10] tribo skate display 2010

Ficamos orgulhosos quando vimos situações críticas como essa, onde poucas lojas e empresas fecharam suas portas. Esse orgulho se transforma em otimismo de continuar o trabalho prospectado e almejado, pois quem apostou que mais da metade das empresas não atravessariam a crise, perdeu feio! E se perdeu, é porque não gosta ou, como sempre, participa apenas pela receita no final do mês. O skate não precisa disso. O skatista profissional ou amador não precisa disso. O consumidor não precisa disso. Precisa, sim, de um mercado com real disposição de fazer com que a engrenagem funcione de maneira sincera e bem intencionada. O resultado desse trabalho de dedicação e satisfação será refletido com ótimos resultados… Sempre! Com isso, as frases de efeito “suporte a sua skateshop”, “compre de quem investe”, “diga não à pirataria”, etc, serão as frases que ditarão o novo ano que está por vir e que promete, otimisticamente falando, ser o ano da retomada, mas tem que acreditar e gostar pra colher frutos e, de preferência, bem maduros… A boa e velha maturidade. Esperamos aqui, com mais esse Tribo Skate Display, conseguir novamente fomentar o mercado e contribuir para que, com ou sem “marolinha”, continuemos a acreditar no que mais gostamos… Skate! Divirta-se e aprecie sem moderação! FELIZ NATAL A TODOS E UM 2010 AINDA MELHOR! MANTENHA A CHAMA ACESA E SKATE NA VEIA!



do outro lado da mesa

Team Manager

por fabio bolota

Esta seção mostra o outro lado profissional do skatista, que se embrenha na burocracia do esporte e da empresa onde trabalha. Na primeira edição, entrevistamos skatistas que trabalham no marketing e, agora, enfocamos dois team managers, função ainda em adaptação no skate nacional, mas fundamental para o bom desempenho de uma equipe. Um dos pilares da divulgação é a realização de tours, campeonatos, sessions, tardes de autógrafo e demos em lugares distantes. A marca precisa de alguém responsável pelo funcionamento da engrenagem. Biano Bianchin, da Volcom e Guilherme Rocha, da Black Sheep, vão definir sua função.

A categoria é uma das mais novas no skate, e tem conquistado cada vez mais espaço, sendo fundamental para o bom desempenho da equipe. BB - É e sempre foi fundamental pra toda marca que tem equipe. Melhor ser alguém que viveu e vive o skate, pra fazer o melhor e os skatistas só andem, sem se preocupar com outras coisas. Eles com certeza se sentem muito mais seguros com um TM. As coisas no skate estão tomando uma proporção muito grande, então essa função é super importante. Esse é o caminho, é a evolução do skate. GR - O TM é primordial na equipe, que é indispensável para a marca. Ela, os setores de desenvolvimento de produto e design, são as ferramentas de formação de estilo e divulgação. A partir dela, são desenvolvidas ações, anúncios, etc. A imagem da marca reflete a imagem de seus skatistas para o público e mercado, portanto deve ser bem formada e ter toda a atenção. Aí está a importância do TM. Quais as funções e atributos do TM? Descreva o cargo. BB - Fazendo sua parte bem feita, deixando a equipe à vontade, tomando a linha de frente em tudo que eles precisarem, cuidando dos interesses da equipe e sempre buscando projetos novos, para ela sempre estar motivada. GR - Como o nome diz, tem que fazer parte do time. Além de gerenciar, estar junto na sessão, ter bagagem para buscar soluções boas pra empresa, e que atendam o skatista e suas necessidades, senão não pode ser TM. Na Black Sheep, todos andam e trabalham como são, sem cobrança. Campeonatos são importantes para o amador, dão visibilidade e premiação, mas muitos não têm esse perfil. Então, se a marca quiser se destacar em competições, deve contratar alguém que anda bem em pista e treine linhas até encontrar a perfeição ali em um minuto. Um TM não deve querer moldar o skatista, mas apoiá-lo e usar suas características a favor do interesse da marca. Há uma programação e regras para o cargo? Descreva sua rotina. BB - Tento ir à empresa o máximo possível. Vou quando precisa resolver alguma coisa sobre viagens, tours, eventos, aprovar anún[12] tribo skate display 2010

cios, reuniões, assuntos da equipe. Não tem um tempo definido, é estar sempre lá quando precisar; muita coisa pode ser resolvida por telefone e internet, o que facilita, porque continuo na ativa e tenho compromissos como skatista profissional, o que depende dos projetos estipulados para a equipe durante o ano. GR - Também estou à frente das ações de marketing e comunicação da empresa. Estou quase diariamente lá, de manhã, formular ações e fazer contatos com lojistas, fornecedores, mídia, webdesigner e atletas. À tarde, ando de skate com eles, produzo material para a mídia, para nosso site e crio situações onde a marca é vista e tem contato com o público, no ponto de venda, na rua ou pistas. O TM trabalha sem regras, mas com objetivos claros. Sendo o cargo diretamente ligado ao marketing, como ficam as prioridades quando o interesse da empresa é maior que a vontade do skatista ou vice-versa? BB - O TM deve fazer com que seja bom para as duas partes, o que é definido em reuniões. Para tudo rolar direito é importante estar tudo bem para as duas partes; a empresa sabe que é importante a equipe se sentir bem para tudo rolar redondo. GR - A relação entre eles deve ser de mútua ajuda. As prioridades são diferentes para cada um. O skatista precisa andar de skate, de ações, material, salário. A marca precisa de divulgação, visibilidade e vendas. A verba, determinada pelo marketing, varia de acordo com as vendas. O TM decide como investi-la, na parte empresarial e no skate. caetano oliveira

Você se imaginava trabalhando numa área burocrática do skate, como team manager? BB - Tem que acreditar em si, sempre, independente do que for fazer. Sempre soube que um dia eu estaria assim. É uma evolução, continuar na área que eu gosto e vivo, fazendo o que faço, me divertindo, andando de skate, trabalhando por ele e ajudando a ir para o caminho certo, estando do outro lado. GR - Quando comecei a andar de skate em 88, não imaginei que iria um dia viver dele. A gente não tinha pretensões ou perspectivas de trabalhar com skate; gostávamos de andar de skate e das amizades, da descontração. Depois, me formei em marketing e, após vários estágios, trampos de terno e gravata, vendas de outros produtos e até ser garçon, consegui trabalhar no que me formei e no que faço há 20 anos: andar de skate.

Entre um compromisso e outro coordenando a equipe em demos, tours e tarde de autografos, Fabiano Biano não dispensa uma session seja lá onde for, como nesse ollie para a transição, no ditch de São Caetano… Um skate ficou no fundo das águas sujas do rio.


caetano oliveira

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A maioria dos skatistas tem patrocínios variados. Isso ajuda ou dificulta na ação da sua marca? Implica em negociar custos, por exemplo, com a(s) outra(s) marca(s)? BB - Acho ótimo para o skatista, que consegue projetar sua imagem com muito mais espaço, dando muito mais retorno para seus patrocinadores, e facilita nas viagens. Tudo tem que ser conversado e bem esclarecido, sempre com bom senso. A união faz a força, é só cada um fazer a sua parte. É bom para todos e não atrapalha em nada, só ajuda. GR - Nada impede que marcas unam forças para realizar uma ação. Elas são o ganha pão do skatista e têm afinidade com ele. O skatista jamais deve omitir uma marca por ser menor em seu orçamento e esta deve entender que, se outra aparece em suas ações, demos e anúncios, o skatista só está sendo profissional, divulgando quem o fortalece sempre que é visto. Ele deve ter jogo de cintura e profissionalismo para evitar situações ruins. Uma marca não anula ou rouba a cena de outra, ao contrário, todas aparecem mais. O Finha não deixa de ser Black Sheep nas viagens pelo mundo que faz com a Nike, pois sempre que ele aparece, a Black Sheep é lembrada. Qual é a melhor parte de ser um TM? E a pior? BB - A melhor é trabalhar com skate e estar sempre viajando e andando junto com os amigos, executando projetos que ajudam o skate e os skatistas da equipe. Isso é muito gratificante. O pior é ter que cobrar horários, ter que parar a sessão quando está bombando na melhor hora para ir embora ou para outro lugar. O resto a gente tira de letra. GR - A melhor é trabalhar com amigos de verdade, com grande afinidade, pois também são skatistas. A equipe é como uma família. A pior é ter que muitas vezes ficar de mãos amarradas por nada poder fazer pela equipe e empresa. O TM também é responsável por recrutar e escolher um novo skatista para a marca? Quais os critérios? A equipe também participa nessa hora? BB - Sim, mas é fundamental a opinião de toda a equipe, porque, para dar certo, tem que ser como uma família. Todos têm que ter a mesma vibe e o mesmo objetivo. GR - Sim, é uma escolha geral da equipe e do TM. Precisa saber as necessidades da marca para determinar o estilo e personalidade do skatista e se ele já tem amizade com a equipe, ou capacidade de fazer esta amizade, ou não tem como entrar. Só assim dá pra ter um bom ambiente, descontraído e autêntico, e a equipe funcionar como um todo. Se ela só fica unida pra produzir um anúncio ou nas reuniões, não me parece verdadeiro. Em alguns casos, o skatista é menor e tem que participar de campeonatos e tours em outras cidades. Como é negociada a liberação com o pais ou responsáveis? BB - Tem que ter a liberação dos pais, pois ele fica sob a responsabilidade do TM, ou é acompanhado por um familiar, depende do caso e da idade. GR - Um responsável assina o contrato e geralmente são os pais. Nas viagens, levo uma autorização por escrito para menores de 15 anos e uma cópia do contrato pra mostrar que é um trabalho sério e que há uma empresa por trás daquela ação. Que dicas você daria aos skatistas que estão querendo trabalhar com skate? BB - Primeiro tem que gostar muito e entender bem sobre o assunto, estar sempre bem informado e atualizado, buscando sempre um diferencial e inovação para o melhor, no seu trabalho e na sua função. GR - O principal é ter foco e saber como funciona o mercado, para conseguir entrar nele. Deixar um pouco de lado o skatista underground que tem em você, e entender que é um trabalho, envolve dinheiro e, principalmente, é seu ganha pão. Então, tem que ter mais seriedade. Sua visão de skate tem que ser mais empresarial, para ser skatista e profissional do mercado de skate ao mesmo tempo.

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carlos henrique

do outro lado da mesa

Guilherme Rocha se “jogou”, no burraco do prédio da TAM, destruído pelo fatídico dia que o avião se espatifou depois de tentar pousar no aéroporto de Congonhas.

Dizem que o TM é quase uma “babá”, pois tem que fazer tudo pra todos. E quando o bicho pega e ninguém se entende em uma tour longa? O que acontece ou como proceder? BB - Não é ser babá, mas fazer o que você foi designado a fazer, cumprindo suas obrigações para com o skatista, por isso TM tem que ser ou já foi skatista: para entender as necessidades de cada um e, nas tours, é fazer com que tudo fique numa boa, apaziguando a situação, para que nada saia do controle e tudo aconteça como previsto. Sempre fica mais fácil quando eles te respeitam e você dá respeito. GR - O trabalho nunca deve ser prejudicado por desentendimentos, ou os envolvidos serão culpados, e ninguém quer isso. Cada um deve ter postura, respeitar o trabalho de todos e resolver as diuferenças na idéia. O fato de ser TM não me faz dono da verdade, nem dá o poder de julgar. Devo mostrar ao skatista que ele está num ambiente profissional, e que as decisões feitas com o lado emocional prejudicam, ele e seu trabalho. Tenho que apaziguar. Por isso tem aquilo da amizade. Uma equipe que não se entende não ia render. O TM já passou por poucas e boas, que rendem boas histórias ou roubadas. Conte alguma. BB - Ah, isso é o que mais rola. Por exemplo, perder vôo e horários, mas prefiro lembrar só das coisas boas!! Skate na veia! Peace. GR - Uma vez, fomos eu, o Teck, Finha, Piquet e Nery pra Caxambú, MG, fazer uma demo num evento. O hotel que a organização arrumou era como a maioria: simples, meio cansado, empoeirado, mas digno. No primeiro dia, saímos pra curtir de leve a noite e, ao chegar ao hotel, umas 5 da matina, como de praxe teve causação, com a galera embriagada, falando alto nos corredores e zueira com direito até a batida de tail nos quartos. Depois de umas três ligações inúteis da recepção, desligaram nossa luz e às 8h00, o gerente chegou e fomos brutalmente acordados e expulsos, todo mundo ainda zonzo de sono e desnorteado, sem chance de se defender, nem pra onde ir. Recolhemos as tralhas e fomos pro ginásio onde estava rolando o evento. Todos sem grana pra pagar hotel ou rango. Roubada total. Contei tudo pro organizador, que apontou um grupo onde estavam prefeito, secretário de esportes e assessor e sugeriu que eu tentasse algo com eles. Quando expliquei que eu representava os skatistas que o público aplaudia tanto, que foram verdadeiros e humildes com a molecada e o quanto o povo tinha afinidade com a gente, o prefeito se sensibilizou e nos pôs os quatro dias no hotel mais cabuloso da cidade, com lazer pesado, tratamento mais que VIP e todas as refeições à la carte. Tanto que o Felipe Nery almoçou e jantou só mistura, de filé a bife à parmegianna. Fomos tratados como reis.


carlos henrique

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Entrevista: Jeff Harbaugh*

Por Fabio Bolota

Uma das mais consagradas revistas de skate do mundo, a americana Transworld Skateboarding, é responsável, também, por uma respeitada publicação voltada especificamente para os negócios e mercado dos esportes de ação, a Transworld Business. Enfocando e se aprofundando em todo o universo da indústria do skate, surf e snow, prima pelo jornalismo e informações e é direcionada não apenas para o empresário do segmento, mas também tem o papel de fomentar o mercado junto ao consumidor/leitor. Fundamental para o andamento da indústria como um todo, a Transworld Business conseguiu acompanhar o desenrolar desse ano de “terror” da crise mundial e, principalmente, americana, informando, de maneira transparente e clara, tudo que estava acontecendo no nosso segmento dos “boardsports”. As notícias corriqueiras de mercado, com novidades e lançamentos, foram trocadas, dia após dia, por notícias muitas vezes assustadoras da nova realidade, que refletia diretamente nas empresas do skate, surf e snow. Passado o susto, mas ainda em total estado de alerta, entrevistamos exclusivamente para o Tribo Skate Display, Jeff Harbaugh, um dos colunistas da Transworld Business, responsável por analisar e diagnosticar números reais e atuais das empresas do segmento. Responsável pela coluna “Market Watch”, tanto na revista quanto no site (www.business.transworld.net), Jeff é presidente da Jeff Harbaugh Associates, com 18 anos de experiência na indústria dos esportes de ação.

D: Como viu o aspecto econômico por aqui, comparado aos Estados Unidos e, também, os costumes e cultura do povo brasileiro? J: Desculpe, mas é impossível comparar estes aspectos de dois países, em tão poucas palavras. O que posso dizer é que também morei na Europa e parece que os americanos estão sempre com pressa e nunca têm tempo. Em todos os outros lugares em que morei, as pessoas têm tempo para se sentar, falar, tomar um drink... Consigo ver os benefícios de ambos os modos de viver mas, com certeza, eu apreciei o do Brasil e da Europa. D: Você acha que o pior da crise mun-

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arquivo pessoal

Display: Você morou no Brasil, em São Paulo. Quando e onde você trabalhou? Jeff: Eu morei no Brasil durante um ano, aproximadamente, trabalhando para o Security Pacific Bank, que tinha a matriz em Los Angeles e já foi vendido há um bom tempo. Foi na década de 80, um ano muito legal e eu realmente gostei do Brasil. Jeff Harbaugh, John Bernards (IASC), Paul Schmitt e Jim Gray.

dial já passou e os Estados Unidos estão retomando a economia? J: Talvez leve anos para a economia americana voltar a ser forte como era em, digamos, 2006. Veja bem, as recessões causadas por problemas financeiros são as piores, historicamente. Nós nos metemos nessa bagunça por causa de dívidas e consumo insustentáveis, por mais de trinta anos. Espero estar errado, mas a ideia de que vamos sair dessa com rapidez é, provavelmente, otimista demais. A poupança nos EUA pulou de algo como -1% para 5%, ou coisa parecida. Lá por 1980, era uns 10%. E o dinheiro que está

sendo poupado, não será gasto em produtos, portanto, não espere que o consumidor americano vá comprar até tirar o mundo desta recessão. Isto não significa que não haverá uma recuperação (que parece estar começando), mas você não deveria equacioná-la a partir do retorno à antiga situação, esperando que as coisas voltem a ser como eram. Não sei se estou animado ou preocupado de perceber que, como país, estamos tentando sair de uma recessão causada por dívidas, assumindo mais dívidas. Acho que nossa taxa de desemprego é, atualmente, 9,7%. Mas se você olhar no site do Bureau of Labor Statistics e pesquisar sobre pessoas que desistiram de procurar emprego ou as que estão trabalhando meio período por que não conseguem achar nada em período integral, sobe para 17%. Além disto, há muito, muito tempo, a carga horária semanal de trabalho não é tão baixa como agora. Então, quando a economia começar a se recuperar, os empregadores vão dar mais horas de trabalho a seus empregados,


antes de contratar outros trabalhadores. Foi o que aconteceu depois da crise de 2001. outra notícia “animadora”: o corte de impostos do bush vai expirar no fim de 2010. agora, parece será permitido cobrálos e isto significa aumento de imposto de renda neste país - e não apenas sobre os ricos. isto nunca é bom para o consumo.

sofreram. Por outro lado, acho que é um ótimo momento para as marcas novas e/ ou pequenas. os revendedores especializados que sobreviveram realmente vão precisar delas para retomarem seu rumo. Zumiez, uma rede com cerca de 350 lojas nos eUa, declarou que realmente estão se dando bem com este tipo de empresa.

D: Em virtude disso, o skate, principalmente na América, também não passou imune. Como você analisa o impacto que o esporte sofreu e está sofrendo? Dados analisados por você no Transworld Business, às vezes foram assustadores, nesse período. J: o skate na américa está muito bem, apesar de algumas empresas estarem passando por dificuldades. sabe, skate é uma coisa muito barata, então, não acho que esteja sofrendo uma recessão tão forte quanto outras atividades. eu também diria que muitos dos problemas do skate (má distribuição, falta de diferenciação no produto, shapes blank e shapes de lojas), já existiam antes da crise chegar; ela só tornou impossível ignorar estes problemas.

D: Hoje no Brasil, especificamente os empresários do skate são autodidatas, ou seja, cresceram andando e praticando e se envolveram na parte comercial e empresarial, conduzindo suas empresas por paixão e prazer. Na América é assim? J: sim. os donos das marcas mais “core” cresceram andando de skate e se conhecem há muito, muito tempo. isto é bom e ruim. Às vezes acho que eles perdem tempo demais conversando e validando as opiniões uns dos outros. eu alertaria os empreendeedores brasileiros sobre a mesma coisa: falem com as pessoas de outros segmentos sobre o que está acontecendo no skate. não só elas vão reforçar o que você espera que seja verdade, mas também darão a você uma perspectiva diferente e provavelmente vão fazer umas perguntas muito boas, simplesmente por que não entendem nada de skate.

D: Muitas marcas gigantes do mercado dos boardsports, devem também seu crescimento à participação e abertura em bolsas de valores e, consequentemente, nas vendas de ações. Você acha que elas retomarão o mesmo ritmo nesse tipo de investimento? J: acho que você se refere à volcom, billabong e quiksilver. ao menos eu as considero as mais proeminentes. a volcom e a billabong certamente sentiram o impacto, mas creio que vão se sair bem. Uma recessão pode realmente criar grandes oportunidades para empresas sólidas. D: Por outro lado, diversas empresas bem sucedidas no skate americano, não tiveram partipações nas bolsas, mas cresceram consideravelmente nos últimos anos, trabalhando o próprio capital. Essas empresas mais “core” ou “roots”, que dependem de sua própria comercialização, tiveram menos impacto negativo nessa crise? J: se você está falando dos fabricantes de hard goods (shape, eixos, rodas...), creio que o pico, em termos de receita e lucro, talvez tenha sido em 2003. Depois disto, produtos mais baratos, vindos da China e outros mercados realmente dificultaram a vida destas companhias. talvez tenha sido bom para o skatista, mas foi difícil para as marcas. Mas acho que a resposta é: sim, quase todas elas

D: Em seu currículo e nas análises e matérias escritas na Transworld Business, você interage e escreve sobre skate, surf e snow, os três “S” dos esportes de ação. Quais as diferenças comerciais que existem entre esses três esportes nos EUA? J: esta é outra pergunta difícil de responder rapidamente. o que posso dizer é que, nos eUa, snow, skate e surf foram se aproximando com os anos, à medida em que viraram moda.. não tenho os números exatos para provar isto, mas tenho certeza de que uma minúscula porcentagem das pessoas que compram os produtos relacionados a estes esportes, sejam praticantes. isto se aplica mais ao surf e menos ao snow. você não ganha dinheiro com equipamentos, mas com tênis, roupas e acessórios. todo mundo precisa de tênis, mas nem todo mundo precisa de um skate ou de uma prancha. D: Esse “crossover” entre skate, surf e snow, onde as diversas marcas tiveram seu mercado ampliado por ter aberto a participação em todos os segmentos, não se limitando a um esporte apenas, é positivo? J: Com certeza é positivo, se gera mais praticantes dos esportes. Mas se é positivo ou não para uma empresa

específica, depende no posicionamento dela no mercado e de sua estratégia. empresas individuais não deveriam cair na armadilha de pensar que, se é bom para a “indústria”, deve ser bom para elas. se mais surfistas começarem a andar de skate, isto é bom para a “indústria”. Mas uma marca isolada de surf que tentasse vender produtos de skate poderia realmente se dar mal, por que não ia saber o que estava fazendo e confundiria seus clientes. Nota: Uma recente pesquisa realizada pela siMa (surf industry Manufacturers association), apontou que as vendas de skate e surf são praticamente as mesmas, no volume total. em 2008, em um total de Us$ 7.22 bilhões de dólares, foram Us$ 2.28 bilhões em vendas para o skate e, Us$ 2.47 bilhões para o surf, conforme gráfico em anexo. Jeff indicou os seguintes links para essa análise: http://business.transworld. net/features/market-watch-the-simastudy-and-snowboard-retailers/, e também, http://business.transworld. net/features/market-watch-20062008-chart-of-core-skatesurf-sales/

D: Pra finalizar, deixe uma mensagem para os leitores, consumidores e mercado em geral. J: nos eUa, a maioria das marcas de skate foram fundadas por pessoas que amam skate. não posso imaginar porque alguém iria começar um negócio fazendo algo que não amasse, mas o amor só não basta. você também tem que saber tocar bem seu negócio - especialmente agora. Faça! Mesmo que não sejam as coisas divertidas. É o único modo de permanecer no jogo para, mais tarde, poder se divertir. ah, e mais uma coisa: nos eUa, nós confiamos, durante muitos anos, em grandes aumentos anuais de venda e que os consumidores com muito dinheiro iam ser sempre bem sucedidos. isto não aconteceu, nem as vendas estão crescendo tão rápido - se é que estão crescendo. significa que nossa nova estratégia não é nos focarmos nas vendas, mas na margem de lucro bruto. eis um artigo que escrevi, que pode ajudá-lo a pensar sobre isto: http://www.jeffharbaugh.com/ articles/Gross%20Margin%20return%20 on%20inventory%20investment.pdf

* Jeff Harbaugh é consultor, analista e escritor, com mais de 18 anos de experiência no mercado de esportes de ação. Presidente da Jeff Harbaug & Associates (www.jeffharbaugh.com), assina há mais de 12 anos a coluna Market Watch, na revista Transworld Business. Consultor de marcas como Reef, Sims Sports, IASC (International Association of Skateboarding Companies), Nitro Snowboard, Chapman Skateboard, etc. Morou um ano no Brasil, a trabalho, nos anos 80. Visite: Transworld Business: www.business.transworld.net; Board Retailers Association (BRA): www.boardretailers.org; IASC (International Association Of Skateboarding Companies: www.skateboardiasc.org SIMA (Surf Industry Manufactures Association): www.sima.com tribo skate display 2010 [19]




PRODUTOS SAGRADOS

POR REDAÇÃO FOTOS CAETANO OLIVEIRA

No começo, você anda de skate na frente de sua casa, só pra se divertir. A brincadeira vai ficando séria e logo você sente a necessidade de adquirir os melhores equipamentos para ter mais prazer e melhorar o desempenho nas sessions. O que você veste e os equipamentos que você escolhe para usar vão influenciar diretamente na qualidade do seu skate. Aqui, no Produto Sagrado, os melhores skatistas profissionais brasileiros apresentam suas ferramentas e roupa de trabalho do dia-a-dia.

André Hiena

Shape: Snoway model Hiena Lixa: John Roda: Snoway model Hiena Tênis: Converse Truck: Thunder Rolamento: Mini Logo Roupa: Snoway

Fabio Sleiman

Shape: Sub Vert Skateboard Model Sleiman Truck: Indy Roda: Connexion Wheels Model Sleiman Tênis: Qix Rolamento: Swiss Bones Roupa: Qix

[22] TRIBO SKATE DISPLAY 2010



PRODUTO SAGRADO

Marcio Tarobinha Shape: Bless Truck: Venture Lixa: Mogul Roda: Connexion Tênis: Adio Rolamento: Speed Demon Roupa: Oakley Óculos: Oakley

Paulo Galera Shape: Drop Dead Truck: Indy Lixa: Jessup Roda: Autoban Tênis: Freeday Rolamento: China Bones Roupa: Volcom

Danilo Diehl Shape: Harmônica Truck: Gobby Roda: Gobby 50mm Tênis: Red Nose Rolamento: Red Bones T-shirt: Harmônica

Paulinho Barata

Shape / Truck / Lixa / Roda / Roupa: Your Face Tênis: DVS modelo Tim Gavin Rolamento: Mini Logo

[24] TRIBO SKATE DISPLAY 2010



PRODUTO SAGRADO

Fabio Cristiano Shape: Agacê Truck: Crail Lixa: Jessup Roda: Type-S Rolamento: SKF Tênis: Nike SB Roupa: New Skate Acessório: relógio Nixon Peças de Skate: Crail

Digo Menezes Shape: H-Street Truck: Indy Lixa: Mob Roda: Type-S Tênis: Osiris Rolamento: Swiss Bones Roupa: H-Street Óculos: Evoke

Wesley Gelol Shape: Jail Truck: Venture Lixa: Jail Parafuso: Jail Roda: Cisco Rolamento: China Bones Roupa: Refen

Shape: Juice Truck: Venture Lixa: Mogul Roda: Ricta Rolamento: Girl Tênis: Converse T-Shirt: Converse Óculos: Converse

[26] TRIBO SKATE DISPLAY 2010

ALEX BRANDÃO

Daniel Crazy



PRODUTO SAGRADO

Rogério Troy

Leticia Bufoni Jeans: Volcom Camisa: Corinthians Jaqueta: Calvin Klein Tênis: Osiris Roda: Bones Truck: Crail Shape: Foundation

ANA PAULA

ARQUIVO PESSOAL

Shape: DPR e Toy Machine Roda: Pig Roupa: DPR Acessório: relógio Freestyle, cinto Speel modelo Ramones e fone de ouvido Skullcandy

Thiago Ribeiro

Og de Souza Roupa: Hurley Tênis: Converse Shape: Drop Dead Lixa: Drop Dead Truck: Tndependent Roda: Type S Rolamento: Independent

[28] TRIBO SKATE DISPLAY 2010

FELLIPE FRANCISCO

Shape / lixa / roupa: Vextor Tenis: Qix Rolamento: Bones Truck: Thunder Roda: Bones



PRODUTO SAGRADO

Pablo Grow Shape: Gardhenal Truck: Thunder Roda: Spitfire Rolamento: Mini Logo Lixa: Gardhenal Roupa: Gardhenal

Eliana Sosco Truck: Venture Roda: Plan B Rolamento: Bones Tênis: Mad Rats

Jorge Negretti Shape / lixa / truck / roda / parafuso / roupa / tênis: Traxart Rolamento: China Bones

[30] TRIBO SKATE DISPLAY 2010



A IMPORTÂNCIA DO PRO-MODEL

POR ALESSANDRO MCGREGOR FOTOS RUY FRAGA

O PRO-MODEL (modelo profissional) é aquele produto vendido com o nome de um skatista profissional. O skatista participa do desenvolvimento dos produtos, sejam shapes, eixos, rodas, tênis, e até mesmo, peças de vestuário. Sua assinatura é o selo de qualidade, em que ele endossa tudo que for produzido com seu nome, e, é a garantia de que o consumidor está adquirindo mercadorias confiáveis. Infelizmente, o mercado brasileiro de skate atual não oferece muitas opções de promodels de shape. São pouquíssimas empresas que lançam models assinados, peça fundamental e que sofre grande desgaste durante a prática. Pela briga de concorrência de mercado, algumas empresas buscam os preços mais baixos para conquistar o consumidor final. Para chegar aos valores, usam-se madeiras e resina de má qualidade, breve tempo de prensagem, insuficiente para colagem das lâminas, e, o mais importante, não contam com a aprovação de skatistas profissionais. Shapes de baixa qualidade retardam a evolução das manobras e aceleram a necessidade da compra de um novo. No balanço final, prevalece o ditado: o barato sai caro. (Fonte: Divulgação CBSk)

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04.

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“O promodel é importante para reconhecer que um atleta chegou ao nível profissional, tendo assim uma demanda por parte do público que aprecia este determinado skatista, sendo benéfico ao nome do atleta (que estará sendo reconhecido e pago por isso), ao patrocinador (que estará vendendo seu produto) e a indústria do esporte”. Lucio Mosquito - skatista profissional radicado nos E.U.A. [32] TRIBO SKATE DISPLAY 2010

Skatista de longa data já trabalhou em diversas marcas e aplicou em seus trabalhos, pintura em relevo, designando a cada promodel uma cor de acordo com as características de cada skatista. 01. Og de Souza 02. Marcus “Cida” 03. Humberto “Beto” 04. Cezar “Gordo” 05. Rodrigo “Gerdal”

A valorização do promodel é de extrema importância, porque representa o profissional e é ele quem está fazendo a fomentação principal do esporte. Ele “quem está no topo da pirâmide servindo de exemplo, para que novos skatistas apareçam e fortifiquem cada vez mais o skate”. Guilherme Gnomo - skatista profissional


Fabiano Lokinho

06.

08.

09.

10.

“O shape é como se fosse um Pai em uma família, classificando as peças com tal importância. É a partir de um modelo de shape que realmente alguém passa a ser reconhecido como profissional e é assim, desde os primeiros desenhos assinados”. Adelmo Jr. - skatista profissional radicado nos E.U.A.

Skatista Profissional e fotógrafo. Lokinho utilizou técnica de colagem mixta associada a imagens de pessoas, palavras e letras seguindo uma série para os 05 trabalhos. 06. Adelmo Jr. 07. Fábio Sleiman (Peça espelho em sorteio no Twitter Skate Saúde) 08. Lincoln Ueda 09. Esteban Florio 10. Lucas Xaparral

“Um promodel na carreira profissional de um skatista é o carro chefe da sua imagem. Simplifica exatamente que tipo de skatista você é. Avaliza sua carreira oferecendo ao público a possibilidade de utilizar o mesmo que é utilizado por você que o desenvolveu. Cria-se uma possibilidade maior de produzir shapes com uma melhor qualidade seja visual, seja técnica”. Esteban Florio - skatista profissional argentino radicado no Brasil

MJP

11.

12.

13.

14.

Skatista e designer, MJP utilizou técnica mixta, com colagem, pintura a mão e em especifíco no modelo de Nilton café para dar a impressão envelhecida. Em todos os seus trabalhos apresentam uma arte visual suja, fazendo referência às cidades onde o skate é bastante difundido. 11. Nilton Neves “Urina” 12. Alex Carolino 13. Wanderley “Arame” 14. Fábio “Bitão” 15. Wagner Ramos

“A produção de shape promodel é extremamente importante para as empresas fabricantes. É através dele que a empresa terá a oportunidade de fortalecer sua marca por meio da associação entre um modelo de shape profissional e os grandes ídolos do skate brasileiro. Além, é claro, de ter a certeza de fornecer aos seus consumidores um produto de qualidade e que foi desenvolvido para melhor atender às necessidades dos praticantes do esporte. É, sem dúvida alguma, uma grande parceria entre as empresas fabricantes e os profissionais do skate. Um atleta profissional que assina um shape de qualidade – um promodel – automaticamente terá seu nome divulgado de forma espontânea. Em contrapartida, uma empresa que apresenta um shape fabricado com qualidade e assinado por um profissional de renome tem a certeza de estar fornecendo ao seu público um produto extremamente confiável”. Marcelo Kosake - skatista profissional vertical

“A grande importância para marca e consumidor é que se está dando legitimidade para marca e aprovando o produto dela para o mercado”. Cristiano Mateus - skatista profissional vertical

TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [33]


A IMPORTÂNCIA DO PRO-MODEL Marcos Freitas

16.

17.

“A importância de ter um model pela marca que o patrocina, traz um vínculo maior entre o skatista profisional e seu patrocinador, desenvolvendo um produto de qualidade e criando uma identidade maior”. André “Hiena” - skatista profissional

18.

19.

Marcos é um grande apreciador do skate apesar de não praticar, isso se dá pelo fato de seu trabalho em grandes publicações (como designer e diretor de arte) colecionando inúmeras revistas entre elas de skate como a transworld e trasher. Em seus trabalhos utilizou técnicas mixta, ousando nas texturas e nos materiais utilizados em seus trabalhos. 16. Per “Canguruu” 17. Marcos “Mamá” 18. Rafael Cabral 19. Fabrício “Cara de Sapo” 20. Fábio Sleiman

20.

“É de grande importância a necessidade de um shape promodel tanto para o atleta como para a marca por variados motivos: Além de promover mais a marca, pode-se personalizar novos shapes podendo variar seus gráficos. É também uma maneira de retribuírem o dinheiro que essas mesmas marcas ganham, porque ninguém vai comprar de uma marca que só invista nela própria em termos de logos e sem iniciativas nenhumas. Incentiva outros skatistas a evoluírem fomentando o consumo. Com o trabalho do promodel todos lucram, a marca, o skatista, os adeptos, os designers, as lojas, os câmeras... “e o mercado funciona e a própria marca acaba sendo beneficiada”. Bruno Nhedes Portugal - skatista e videomaker de Portugal

Zizi

21.

23.

24.

25.

Grande personagem do centro de São Paulo, Zizi sempre esteve em contato com o skate que foi responsável por levá-lo ao universo das artes. Em seus trabalhos através da tinta óleo, Zizi carrega o amor à família utilizando sempre como pano de fundo seus filhos. 21. Sérgio “Negão” 22. Cristiano Matheus 23. Marcelo Kosake 24. Bruno Aguero 25. Michel Simonetto

“Falta no Brasil, marcas criarem ídolos. Isso só acontece, entre outras ações, fabricando produtos com assinatura do skatista. Lembro até hoje dos shapes que usava quando comecei a andar. Shapes do Léo Kakinho, Thronn, Xixo, entre outros. Hoje em dia grandes profissionais não tem modelo de shape. Muitos empresários acreditam que o nome do atleta não vende e que se botar o nome do atleta ou vender um shape liso é a mesma coisa. Isso acontece porque eles nunca andaram de skate, não sabem o quanto os moleques se espelham nos profissionais quando estão começando a andar. Hoje tem milhares de marcas de shape no mercado, marcas que a gente nunca viu, não sabe de quem é e que não patrocina ninguém. O cara vai lá, faz um shape tosco e bota com o preço lá embaixo. Isso só estraga o trabalho de marcas que investem que pagam um salário para o skatista, que fazem tours, que tentam fazer o skate crescerem. Ao invés das marcas tentarem melhorar os shapes com novas tecnologias, eles tentam achar uma forma para baixar o custo do shape. No final, acabamos andando com um shape pesado e fraco. A compra de produtos assinados por atletas ajuda muito no crescimento do mercado, skatistas e da marca. “Isso vale para qualquer produto, não só o shape”” . Rafael Russo - skatista profissional [34] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


Fernanda Terra

26.

27.

28.

Baterista e como designer já trabalhos em algumas marcas de skate, onde conheceu um pouco do mundo do skate. Em suas horas vagas gosta de pintar quadros com tinta óleo. Assim são seus shapes, quadros em formas de promodels. 26. Rodil “Ferrugem” 27. Jorge Medeiros 28. Juliano “Lilica” 29. Rafael “Russo” 30. Diego Oliveira

30.

“Historicamente, o skate começou a se firmar e se estruturar quando os skatistas começaram a lançar seus promodels, como aconteceu nos Estados Unidos com Tony Alva, Stacy Peralta, entre outros, no meio da década de 70, Steve Cabalero, Cristian Hosoi e Tony Hawk no começo dos anos 80. Esta forma foi que possibilitou os skatistas mais carismáticos a ganharem dinheiro e se motivarem a continuar treinando e elevando o nível do skate no mundo. Com isto, os fãs destes skatistas também foram incentivados a comprar os shapes de seus ídolos, o que aumentou as vendas das empresas que fabricavam os promodels, que por sua vez, reinvestiram em mais eventos e turnês, patrocínio de skatistas amadores, anúncios em revistas e skate parks. Desta forma construiu-se um saudável ciclo no skate, que propagou pelo mundo, inclusive no Brasil. Ajudando-o a atingir o atual estágio de exposição na grande mídia, um considerável número de praticantes, pistas, campeonatos, revistas, vídeos etc. Quando alguém compra um shape liso, quebra toda esta corrente que os skatistas ajudaram a construir com muito sacrifício e luta durante décadas e está, em longo prazo, ajudando a matar o esporte/estilo de vida que tanto amamos. Também, os shapes lisos não tem boa qualidade e tem vida útil proporcional ao preço de venda. Portanto, quando se compra um shape liso, além de não estar contribuindo para o desenvolvimento do skate, está jogando dinheiro fora, pois com certeza, aquele produto não irá durar tanto quanto um assinado por um skatista profissional. Este sim teve todo trabalho de acompanhar a elaboração do shape para que não quebrasse facilmente, tivesse um bom concave e corte, ajudasse na execução das manobras, tivesse um desenho bonito e não manchasse o nome que ele teve tanto trabalho em popularizar. Por tudo isto, eu sou contra a fabricação e comercialização do shape liso. Se você ama realmente o skate, faça um investimento em você mesmo, gaste uns trocados a mais, porém compre um shape assinado por um skatista profissional!”. Ed Scander - skatista e diretor da CBSk

“O mercado do skate brasileiro atual se deve também pelo trabalho feito na década de 80, pelas marcas da época que cultivavam models assinados: Urgh!, Lifestyle, Nitro, H. Prol, Sims, Flywalk, etc. E, se hoje, as empresas não fabricarem promodels, não construirão ídolos. O que será do mercado brasileiro no futuro, sem a herança histórica do culto ao profissionalismo?” Sidney Arakaki - skatista profissional e jornalista (Retta Skate)

Erika Mizutani

31.

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33.

34.

35.

Erika é artista plástica e trabalha com pinturas em estilo mosaico utilizando especificamente nesses trabalhos, colagem com fotos dos skatistas escolhidos por ela. 31. Rafael Gomes 32. Willian Seco 33. Mineirinho 34. Denis “Buiú” 35. Gui Zolin TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [35]


A IMPORTÂNCIA DO PRO-MODEL

Xue

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37.

38.

39.

Skatista e profissional do skate, é um grande conhecedor do skate e dos nomes escolhidos por ele, pois são amigos de seu cotidiano. Em seus trabalhos Xue utilizou tinta óleo vencida, já que os shapes de certa maneira também eram de validade vencida. (abertos ou quebrados) 36. Fabiano Bianchin 37. Renê Shiguetto 38. Márcio “Tarobinha” 39. Otávio Neto 40. Ricardo “Porva”

40.

“Eu entendo, na real, que a questão não é só de ter ou não promodel. Vai bem mais além. As marcas não só deixam de dar retorno para o skatista profissional, como também deixam de investir no próprio skate e todas as suas vertentes, atletas, lojas, eventos, produtos, etc. Essa concorrência desleal acaba prejudicando quem sempre investiu no skate! E aí, o que acontece? As marcas que fazem e respeitam o skate deixam de vender, perdem força para investir, ou seja, os papéis se invertem, o que chega a ser absurdo! No geral, é preciso mais profissionalismo por parte dos atletas. Não darem apoio a essas submarcas. Os lojistas não comprarem e por sua vez, o consumidor se conscientizar e não dar crédito também”. Carlos Eduardo Dias - empresário (Drop Dead)

“Para um skatista se considerar profissional de verdade, ele tem que ter seu nome assinado em um Deck. Isso mostra todo o respeito e a arte de um grande skatista”. Sérgio Yuppie - skatista profissional downhill

Lenda

41.

42.

43.

44.

Skatista, tatuador, MC e grafiteiro, através da mistura de seus trabalhos Lenda apresenta seus promodels num estilo new school feito com lápis e canetão. 41. Cris Fernandes 42. Sandro Sobral 43. Allan Mesquita 44. José Eduardo “Anjinho” 45. Paulo Galera

“Desde que eu comecei a andar de skate, me chamou atenção os nomes e os gráficos que tinham embaixo dos shapes. Rapidinho dá para lembrar nomes como Thronn, Beto or Die, Rui Moleque, que eram os modelos que tinham na época. E na época a gente não tinha tanta informação, e eu ficava viajando de como eram esses caras, como eles andavam, e aquilo me marcou e até hoje eu consigo lembrar. A maior preocupação que eu tenho com um model de shape, é que ele vai ser usado por um skatista que nem eu, que busca a qualidade e a evolução”. Cesar Gordo - skatista profissional e sócio da Matriz Skateshop

“Não teríamos ídolos, não teríamos arte... e não seria SKATE”. Christopher Beppler - diretor financeiro CBSk (Confederação Brasileira de Skate)

* Os shapes nº 7 Fabio Sleiman, nº 15 Wagner Ramos, nº 22 Cristiano Mateus, nº 29 Rafael Russo e nº45 Paulo Galera, por conta de doação, não estavam disponíveis para publicação na matéria. [36] TRIBO SKATE DISPLAY 2010





SHAPES

5BORO - MAPLE 5B D.PENSIL BODY SHOP8” (DISTR. SUPA)

[40] TRIBO SKATE DISPLAY 2010

5BORO - MAPLE 5B LETTERPRESS 8/25” (DISTR. SUPA)

5BORO - MAPLE 5B DANNY FALLA JUMBLE-8” (DISTR. SUPA)

AGACÊ - MAPLE KURRU - DAS ANTIGA (DISTR. SUPA)

AGACÊ - MAPLE KURRU - VAMO AI (DISTR. SUPA)


SHAPES

AGACÊ - MAPLE KURRU - TO INDO (DISTR. SUPA)

ANTI-HERO - BRD NOTHINGS FREE LG (DISTR. PLIMAX)

BALBOA BOARDS

BALBOA BOARDS BOARDSTAR

BLACK SHEEP (DISTR. BRUTUS)

BLACK SHEEP (DISTR. BRUTUS)

BLIND - BLD DUNCOMBE KOTR 7.6 R8 (DISTR. PLIMAX)

BLUNT

BLUNT

CBS

CHAMAS COCONUTJUNGLE

CHAMAS - TORLAY

CISCO - FN+R

CISCO - AZULEJO 2

CISCO - RECYCLED TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [41]


SHAPES

CURVA DE HILL

DARK STAR - GAILEA HEAD HUNTER 7.75 R7 (DISTR. PLIMAX)

DARK STAR - DST TWISTED CLASSIC 8.25 (DISTR. PLIMAX)

DARK STAR - DST COMMAND CLASSIC 8.25 (DISTR. PLIMAX)

DECK SPIN - ALIENS SKATER

DECK SPIN - EDUARDO BRAZ

DROP DEAD - MODEL PAULO GALERA

ENJOY - ENJ - BARLETTA BUBBLEGUM 7.6 R7 (DISTR. PLIMAX)

ENJOY - ENJ - FOSTER BALDING 7.8 R7 (DISTR. PLIMAX)

EURO

EYE TO EYE

FOUNDATION - COREY DUFFEL (DISTR. PLIMAX)

FOUNDATION (DISTR. PLIMAX)

FOUNDATION - SIERRA BANGIN BLOO RASBERRY (DISTR. PLIMAX)

GARDHENAL LOBOTOMIA

[42] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


SHAPES

GARDHENAL - MCML XXVII

GARDHENAL - JM

GOBBY

GOBBY

JAIL - WESLEY GELOL

JAIL - TAPE 2: ENERGY

JUICE

JUICE

KROCKED - GONZALES (DISTR. PLIMAX)

KROCKED - BRD KILLER SASQUATH (DISTR. PLIMAX)

MOGUL

MOGUL

NAIPE

NATURAL SHAPE

NATURAL SHAPE TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [43]


SHAPES

NATURAL SHAPE RASTA COLECTION

OTRA VIDA

PLAN B - MCKAY

PREMIUM - IMP. MAPLE PREM. BUMMER I (DISTR. SUPA)

PREMIUM - IMP. MAPLE PREM. GAVIN YOUPPI (DISTR. SUPA)

PREMIUM - MARC HARISSA (DISTR. SUPA)

POSSO!

POSSO!

POSSO!

PROGRESS (DISTR. BRUTUS)

PROGRESS (DISTR. BRUTUS)

PROGRESS (DISTR. BRUTUS)

REAL - BRD DOMPIERRE NOPROBLEMO MD (DISTR. PLIMAX)

REAL - BRD DOMPIERRE SAVAGE 7 (DISTR. PLIMAX)

REAL - BRD SPLETTERAL (DISTR. PLIMAX)

[44] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


SHAPES

SANTA CRUZ - NILTON NEVES POWERPLY

SANTA CRUZ - FUSION POWERLYTE

SANTA CRUZ SCREAMING HAND SHOCKER POWERPLY

SATIVA

SATIVA

SICK MIND - BEAVIS

SICK MIND - ROCK

SICK MIND - SAGUテグ

S.A.M.

S.A.M.

S.A.M.

TOY MACHINE - ED TEMPLETON (DISTR. PLIMAX)

TOY MACHINE (DISTR. PLIMAX)

TOY MACHINE (DISTR. PLIMAX)

TRACKER - SLALON TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [45]


SHAPES

TRACKER

TRACKER - FREESTYLE PER CANGURU

URGH!

URGH!

VEGETAL

VEGETAL

VITABOARD

VITABOARD

WOOD LIGHT

WOOD LIGHT

WOOD LIGHT

YOUR FACE - PAULINHO BARATA

YOUR FACE

YOUR FACE - RODRIGO MAIZENA

[46] TRIBO SKATE DISPLAY 2010



TRUCKS CRAIL - ALL COLLOR LOW CHUPETA II (DISTR. SUPA)

CRAIL - EL GOMES PRETO (DISTR. SUPA)

CRAIL - ALL COLLOR TRAD BIANO II (DISTR. SUPA)

CRAIL - AL COL CASTILHO LOW 133 MAR-BEGE (DISTR. SUPA)

FUN LIGHT (DISTR. BRUTUS)

GOBBY - MEDIUM 128,5 MM COLOR

[48] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


GOBBY - EVOLUTION MODEL BASE COLOR

GOBBY - MARIO MARQUES 128 MM COLOR

GOBBY - MEDIUM 128,5 MM COLOR

INDEPENDENT - 149 MATTE BLACK STANDART

INDEPENDENT - 149 D WAY MATTE BLACK RUBY RED STANDART

INDEPENDENT - 149 SILVER STANDART

NAIPE

RUCKUS - 120 MM (DIST. PLIMAX)

RUCKUS - 120 MM (DIST. PLIMAX)

RUCKUS - 125 MM (DIST. PLIMAX) TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [49]


TRUCKS

SATIVA - 125MM

SATIVA - 125MM

SATIVA - 125MM

SIX - FREESTYLE (DISTR. TRACKER)

SIX - FREESTYLE (DISTR. TRACKER)

SIX - SERGIO YUPPIE (DISTR. TRACKER)

THUNDER - TH JOHNSON SWEET TIMES 2 (DISTR. PLIMAX)

THUNDER - TH APPLEYARD FLASHBACKS LIGHT (DISTR. PLIMAX)

THUNDER - THOMAS WAR PAINT INVERSE LITE (DISTR. PLIMAX)

YOUR FACE - TRUCK COLLOR 1 - 120MM

[50] TRIBO SKATE DISPLAY 2010



RODAS BLACK SHEEP - 53MM (DISTR. BRUTUS)

BLACK SHEEP - 51MM (DISTR. BRUTUS)

BLIND - REAPER ETERNAL CROSS (DISTR. PLIMAX)

BLIND - GAMBLER WHITE WHEEL (DISTR. PLIMAX)

CISCO - 55MM

DARK STAR - LIGHTNING CORE (DISTR. PLIMAX)

DARK STAR - KNIGHT CATCHER 54MM (DISTR. PLIMAX)

EURO WHEELS

GOBBY - 55MM

[52] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


RODAS

GOBBY - 50MM

JAIL

JAIL

MOOG - EL GOMES 51MM (DISTR. SUPA)

NAIPE

PIG WHEELS - 49MM (DISTR. PLIMAX)

PIG WHEELS - 56MM 101A (DISTR. PLIMAX)

PIG WHEELS - 55MM (DISTR. PLIMAX)

SATIVA

SATIVA

SATIVA

SPITFIRE - 92DU SOFTERS 65MM (DISTR. PLIMAX) TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [53]


RODAS

SPITFIRE - CLASSIC 52MM (DISTR. PLIMAX)

SPITFIRE - LIFER OG 52MM (DISTR. PLIMAX)

TIPE-S - URETHANE 53MM (DISTR. SUPA)

TOY MACHINE - 54MM (DISTR. PLIMAX)

TOY MACHINE - 52MM (DISTR. PLIMAX)

TOY MACHINE - 52MM (DISTR. PLIMAX)

TRACKER - 60MM 82A

YOUR FACE - NATURAL 53MM

YOUR FACE - NATURAL 51MM

YOUR FACE - NATURAL 55MM

YOUR FACE - FLUOR 53MM

[54] TRIBO SKATE DISPLAY 2010





TÊNIS ADIDAS - CIERO MID

ADIO

ADIO

ADIO

[58] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


TÊNIS

AND 1 - GUARD RAIL MID

AND 1 - TRIFECTAMID

AND 1 - PRIMETIME MID

ARKADIAN

ARKADIAN

BLACK SHEEP - TRICK (DISTR. BRUTUS)

CLEAN SHOES - AIRBUS

CLEAN SHOES - COBRA TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [59]


TÊNIS

CONVERSE - CONS ERX300

CONVERSE - GATES

CONVERSE - COOLIDGE MID

FLYON

FLYON

DVS - BEXLEY HEIR

DVS - GAVIN CT

FREEDOM FOG

[60] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


TÊNIS

FREEDOM FOG

GLOBE - CULPRIT HI

GLOBE - APPLEYARD VAGRANT

GLOBE - HASLAM SABATON

HOCKS - ESSENCIAL

LAKAI - TELFORD

LAKAI - MONARCH 2

MAD RATS - VICTOR SAGAZ TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [61]


TÊNIS

MAD RATS - OLD SCHOOL QUAD.

MAD RATS - SAGAZ

NIKE

NIKE

NIKE

OUS - IMPERIAL

OUS - CB2

OUS - CA3

[62] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


TÊNIS

PLASMA

PLASMA - NINEONEONE

PLASMA - BAND-AID

SLUM - VENICE (DISTR. BRUTUS)

SLUM - VENICE (DISTR. BRUTUS)

SLUM - QUEENS (DISTR. BRUTUS)

TRAXART - BLACK PANTHER

VIBE TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [63]


TÊNIS

VIBE

VIBE

ZOO YORK - HUBER

ZOO YORK - ELMONT

ZOO YORK - BUSHWICK

[64] TRIBO SKATE DISPLAY 2010



BONÉS BLACK SHEEP (DISTR. BRUTUS)

BLACK SHEEP (DISTR. BRUTUS)

BLACK SHEEP (DISTR. BRUTUS)

BLUNT

BLUNT

DOCE

[66] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


BONÉS

DOCE

EZEKIEL

EZEKIEL

GARDHENAL

GARDHENAL

GARDHENAL

JAIL

JAIL

JAIL

KR3W

MAD RATS

MAD RATS TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [67]


BONÉS

NEW ERA

NEW ERA

NEW ERA

NEW ERA

NEW SKATE

NEW SKATE

NEW SKATE

OMNITECH

OMNITECH

OMNITECH

OMNITECH

OTRA VIDA

[68] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


BONÉS

OTRA VIDA

PIXA-IN

PIXA-IN

QUIKSILVER

QUIKSILVER

QUIKSILVER

REFEN

S.A.M.

S.A.M.

SATIVA

SATIVA

SICK MIND TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [69]


BONÉS

SICK MIND

SICK MIND

SPLIT

SPLIT

STAND UP

SUMEMO

SUMEMO

SUMEMO

TRAUMA

TRAUMA

TRAUMA

TRAXART

[70] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


BONÉS

TRAXART

TRIBO SKATE

URGH!

URGH!

URGH!

VIBE

VITAMINA

YOUR FACE

YOUR FACE

YOUR FACE TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [71]


MASCULINA ADIDAS - JAQUETA GONZ TT

BASTARD - CALÇA SPERSTAR

BLACK SHEEP - BERMUDA JEANS (DISTR. BRUTUS)

BLACK SHEEP - MOLETOM (DISTR. BRUTUS)

BLUNT - BERMUDA JEANS NUMBER 11

BLUNT - CAMISA POLO OLD SCHOOL

CISCO - BERMUDA VELUDO

CISCO - CALÇA JEANS

DPR - BERMUDA

[72] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


MASCULINA

DPR - CALÇA

EYE TO EYE

EYE TO EYE - CALÇA

EYE TO EYE - CAMISA

EZEKIEL - BERMUDA XADREZ

EZEKIEL - CALÇA JEANS

KR3W - BERMUDA W. BASK SHORT

MATIX - BERMUDA

NEW SKATE - BERMUDA NFF XADREZ CORVETTE

NEW SKATE - CALÇA

OAKLEY - BERMUDA JEANS

OAKLEY - BERMUDA TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [73]


MASCULINA

OAKLEY - BERMUDA

QUIKSILVER

QUIKSILVER - CALÇA MENTALIST

QUIKSILVER - CAMISA INSOMNIAC

REFEN - BERMUDA JEANS PRETA

REFEN - CALÇA

REFEN - CAMISA POLO

S.A.M. - CALÇA JEANS

SICK MIND - BERMUDA LISTRA

SICK MIND - CALÇA JEANS

SIMS - BERMUDA JEANS PRETA

SIMS - CALÇA JEANS

[74] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


MASCULINA

SIMS - CAMISA

SPLIT - BERMUDA JEANS

SPLIT - CALÇA

STAND UP - CALÇA JEANS

STAND UP - CAMISA POLO

STAND UP - BERMUDA JEANS CINZA

SWOOP - BERMUDA

TRAUMA - MOLETON

TRAUMA - MOLETON

TRAXART - BERMUDA JEANS PRETA

URGH! - BERMUDA

URGH! - CALÇA TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [75]


MASCULINA

URGH! - CAMISA

VEXTOR - CALÇA CONCEPT

VITAMINA - BERMUDA XADREZ

VITAMINA - CALÇA

VITAMINA - CAMISA

XXL - BERMUDA JEANS

XXL - CAMISA JUMPER

YOUR FACE - CAMISA POLO

YOUR FACE - CALÇA JEANS

YOUR FACE [76] TRIBO SKATE DISPLAY 2010



T-SHIRTS 3ยบ MUNDO [78] TRIBO SKATE DISPLAY 2010

3ยบ MUNDO

ADIDAS - GONZ TEE


T-SHIRTS

ADIDAS - GONZ CIERO T

ASPEKT

ASPEKT

ASPEKT

BALBOA BOARDS

BASTARD

BASTARD

BASTARD

BLACK SHEEP (DISTR. BRUTUS)

BLUNT

BLUNT

CISCO TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [79]


T-SHIRTS

DPR

DVS

ECHO

ECHO

ECHO

EYE TO EYE

EYE TO EYE

EYE TO EYE

EZEKIEL

EZEKIEL

GARDHENAL

HOCKS

[80] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


T-SHIRTS

HOCKS

KR3W

LAKAI

LAKAI

MAD RATS

MATIX

MATIX

MOGUL

NAIPE

NAIPE

NEW ERA

NEW SKATE TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [81]


T-SHIRTS

NEW SKATE

NEW SKATE

NIKE

NIKE

NIKE

PLASMA

PLASMA

PLASMA

PIXAIN

QUIKSILVER

QUIKSILVER

REFEN

[82] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


T-SHIRTS

SICK MIND

SIMS

SPLIT

SPLIT

STAND UP

SUMEMO

SUMEMO

SUMEMO

SWOOP

TRAUMA

TRAUMA

TRAUMA TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [83]


T-SHIRTS

T-FORCE

TRIBO SKATE

TRIBO SKATE

TRIBO SKATE

TRIBO SKATE

URGH!

URGH!

URGH!

VEXTOR

VEXTOR

VEXTOR

VITABOARD

[84] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


T-SHIRTS

VITABOARD

VITABOARD

XXL

XXL

YOUR FACE

YOUR FACE

YOUR FACE

TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [85]


skates montados

01

[86] tribo skate display 2010

02

02

02

03


03

04

01. black sheep

04

02. long jump - bob burnquist

05

03. oxen

04. traxart

05. urgh!

tribo skate display 2010 [87]


ACESSÓRIOS, EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E PEÇAS DE SKATE AGACÊ - ROLAMENTO (DISTR.SUPA)

BLACK SHEEP - PARAFUSO DE BASE ALEN 3/8 (DISTR. BRUTUS)

BLACK SHEEP - ROLAMENTO ABEC 5 (DISTR. BRUTUS)

BONELESS - JOELHEIRAS CUSTOM (DISTR. PLIMAX)

BONELESS - JOELHEIRAS PTK (DISTR. PLIMAX)

CRAIL - KIT ROLAMENTO CRAIL/SKF 608 OILED (DISTR. SUPA)

[88] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


PEÇAS E ACESSÓRIOS

GARDHENAL - AMORTECEDOR

GARDHENAL - LIXA SKATE

GARDHENAL - LIXA SKATE

GARDHENAL - PARAFUSO BASE ALLEN COM CHAVE

GARDHENAL - PARAFUSO CENTRAL

GOBBY - CAPACETE

HARDY - KIT INFANTIL (DISTR. TRACKER)

JAIL - AMORTECEDOR

JAIL - CAPACETE

JAIL - PORCAS

LUCKY - ROLAMENTO ABEC 3 (DISTR. PLIMAX)

PIG - RAILS (DISTR. PLIMAX)

PIG - ROLAMENTO ABC 5 - JAGUAR (DISTR. PLIMAX)

PIG - PARAFUSO BASE ALLEN COM CHAVE (DISTR. PLIMAX)

PLAN B - KIT ROLAMENTO BRANDON BIEBEL TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [89]


PEÇAS E ACESSÓRIOS

RUCKUS - FERRAMENTA UNIVERSAL TOOL (DISTR. PLIMAX)

SIX GEAR- CAPACETE PRO BONÉ (DISTR. TRACKER)

SIX GEAR- JOELHEIRA PRO YUPPIE (DISTR. TRACKER)

SIX GEAR - JOELHEIRA PRO FUN - X (DISTR. TRACKER)

SIX GEAR - LUVA PRO YUPPIE COLOR (DISTR. TRACKER)

SIX GEAR - LUVA PATA DE VACA YUPPIE (DISTR. TRACKER)

SIX GEAR - LUVA INFANTIL COLOR (DISTR. TRACKER)

S-ONE - CAPACETE OG WHITE (DISTR. PLIMAX)

S-ONE - CAPACETE OG DLX BLACK (DISTR. PLIMAX)

SPEED DEMONS - ROLAMENTO ABEC 7 (DISTR. PLIMAX)

THUNDER - KIT AMORTECEDOR (DISTR. PLIMAX)

THUNDER - PARAFUSO BASE ALLEN (DISTR. PLIMAX)

TOY MACHINE - ROLAMENTO ABEC 7 FUN’N DUMB (DISTR. PLIMAX)

TRACKER - CANELEIRA CASQUILHO

TRACKER - CAPACETE XTREME COM ORELHA

[90] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


PEÇAS E ACESSÓRIOS

TRACKER - CONE SLALON

TRACKER - JOELHEIRAS PRO SN 540

TRACKER - JOELHEIRAS

TRACKER - KNEE PADS ARTICULADO

TRACKER - MEIA PADS

TRACKER - LIXA CAVEIRA FLUOR

TRAXART - CAPACETE STEEL

TRAXART - CAPACETE SLYLIGHT

TRAXART - JOELHEIRA PRO

YOUR FACE - CHUPETA

YOUR FACE - KIT AMORTECEDOR NATURAL

YOUR FACE - KIT AMORTECEDOR NATURAL FLUOR

TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [91]


FEMININA BALBOA BOARDS - BABY LOOK

BALBOA BOARDS - BABY LOOK

BLACK SHEEP - BABY LOOK (DISTR. BRUTUS)

MAD RATS

MAD RATS - CAMISETA MANGA LONGA

REFEN - CALÇA JEANS

REFEN - CAMISA

SILLY GIRL - REGATA

SILLY GIRL - SHORTS

[92] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


FEMININA

SILLY GIRL - SAIA

SILLY GIRL - VESTIDO

SUMEMO - BABY LOOK

SUMEMO - BABY LOOK

TRAXART - BABY LOOK

TRAXART - BABY LOOK

TRAXART - CALÇA JEANS

XXL - BABY LOOK

XXL - CAMISA

XXL - REGATA

XXL - SHORTS TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [93]


MOCHILAS GOBBY

MAD RATS - MR. LADY

MAD RATS - MR. SANDY

OAKLEY - FLAK PACK 2.0

OGIO

OGIO - CHAMACO BACKPACK

[94] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


MOCHILAS

OGIO - TAYLOR BACKPACK

SICK MIND - SKULL

STAND UP - ELEMENTS

STAND UP - PRINT

STAND UP - ETS

TRACKER - SEMILONG

TRAXART

TRAXART

TRAXART

URGH!

VEXTOR TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [95]


ÓCULOS E RELÓGIOS BLACK FLYS - FLY STRAIGHT

BLACK FLYS - INFLYT II

BLACK FLYS - FLY & LOATHING

EVOKE - EVK 07 PURPLE

EVOKE - EVK DRIFTER BLACK MATTE

EVOKE - EVK 06 BLUE

EVOKE - EVK PHANTOM BLACK MATTE

HB - FASTY BACK ONIX

HB - FURIA MATTE BLACK

[96] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


ÓCULOS E RELÓGIOS

HB - MARILYN RUBY

HB - G-TRONIC GLOSS BLACK

OAKLEY - INMATE

OAKLEY - LIV POLISHED BLACK LENS WARM GREY

OAKLEY - JUPTER POLISHED CLEAR LENS VIOLET IRIDIUM

OAKLEY - TACHYMETER

OAKLEY - WARRAND

OAKLEY - BOB BURNQUIST GASCAN POLISHED

SECRET - ACID NEO BROWN

SECRET - NEW PORT GLOSS BLACK

SECRET - TOM CAT NICKEL GRAY

X-GAMES - 043 COL. GREY

X-GAMES - 048 COL. GREY

X-GAMES - 049 COL. BROWN

X-GAMES - 045 COL. BROWN TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [97]




longboards

01

02

03

04

01. Anti-Hero (Distr. Plimax)

02. Black Sheep (Distr. Brutus)

03. Curva de Hill downhill

04. Curva de Hill semi-long

[100] tribo skate display 2010


05

06

07

08

05. Curva de Hill longboard

05. otra vida longboard

07. tracker - marquinhos longboard

08. tracker - douglinhas longboard

tribo skate display 2010 [101]


ACESSÓRIOS MODA BALBOA BOARDS

BASTARD

BLACK SHEEP (DISTR. BRUTUS)

BLACK SHEEP (DISTR. BRUTUS)

BLUNT

BLUNT

BLUNT

DPR

DPR

[102] TRIBO SKATE DISPLAY 2010


ACESSÓRIOS MODA

DPR

EZEKIEL

EZEKIEL

EZEKIEL

MAD RATS

MAD RATS

MAD RATS

NEW SKATE

NEW SKATE

QUIKSILVER

QUIKSILVER

QUIKSILVER TRIBO SKATE DISPLAY 2010 [103]


ACESSÓRIOS MODA

SICK MIND

SICK MIND

SPLIT

SPLIT

STAND UP

STAND UP

STAND UP

URGH!

URGH!

YOUR FACE

YOUR FACE

[104] TRIBO SKATE DISPLAY 2010



Skate e Marketing: estratégias para todos os gostos

Por Redação

O que é o skate para você? Como definir um skatista? Perguntas aparentemente simples, respostas complicadas. O universo do skate é algo extremamente infinito e complexo. Por mais que tentemos encontrar soluções objetivas, nunca chegaremos a um único consenso. Esta heterogeneidade de estilos faz com que muitas marcas adotem vários tipos de estratégias para poder contemplar a diferença existente entre os praticantes do “carrinho”. Diferença esta que, em muitos dos casos, é ditada pela preferência musical do skatista. Você já observou como aqueles que curtem um punkrock se vestem? E aqueles que preferem um rap? Ou então reggae? Estes são apenas alguns breves exemplos. Skate é isto e mais um pouco: todo mundo misturado em prol de um único gosto. Diante de tudo isto, divulgar uma marca de skate não é nada fácil. A todo o momento questões são postas, deixando-nos confusos. A solução é buscar estratégias que visem atingir diretamente o público consumidor, através de mensagens e de comunicações diretas. Você já ouviu falar em marketing viral, marketing de guerrilha e marketing cooperado? Não se assuste! Isto não tem nada a ver com vírus, com revolução ou coisas do tipo. Estes são termos criados para expressar novas técnicas de divulgação de produtos e ações das marcas. Vejamos resumidamente cada um deles. Marketing viral, como o próprio termo sugere, consiste em um processo similar a uma epidemia, mas, ao invés da proliferação de uma doença, você divulga e torna ainda mais conhecida a sua marca. As técnicas para este tipo de divulgação são várias. No entanto, àquelas realizadas online são de grande importância. A partir do momento em que se investe em publicidades na internet, há probabilidade de várias pessoas serem “infectadas” com a mesma. Por exemplo: você recebe um e-mail com a publicidade de uma skateshop online, acha interessante, retransmite-o para outra pessoa, e assim sucessivamente. Em algum dado momento você já deve ter sido “vítima” deste “vírus”, ao entrar em algum site, blog ou comunidade virtual e clicar em anúncios por meios de jogos em flash, em imagens ou textos. Neste “boca a boca” virtual, amplia-se a rede de divulgação e como conseqüência, a marca adquire maior visibilidade. [106] tribo skate display 2010

Ocultar os “guerrilheiros” e precisão em cada estratégia. Estes são bons princípios para começarmos a pensar em um marketing de guerrilha. Tal como numa guerra, é essencial conhecer bem o terreno em que há o desejo de atuar. Este tipo de marketing é utilizado, sobretudo, por empresas em ascensão para combater as concorrentes de maior porte. Nada de grandes orçamentos e muita grana envolvida: o principal é ter criatividade e empreendorismo para atingir e conquistar a simpatia do público-alvo. Economize dinheiro, não poupe energia e vá para as ruas, para as pistas de skate, para onde os consumidores estão. Por isto é importante patrocinar e levar a sério os skatistas. Eles estão diretamente em contato com os outros, principalmente os mais jovens, e nesta relação, todos ganham: os skatistas e principalmente, as marcas. Aquele ditado de que “a união faz a força” se aplica ao marketing. O marketing cooperado é uma tática bastante rentável e nos últimos tempos ganhou visibilidade e ainda mais importância. Prova disso são, por exemplo, o crescimento do sistema de franquias, que padronizam tanto serviços e estabelecimentos de certas empresas. Ao adotar esta estratégia, o franqueado tem a possibilidade de se engajar em uma rede que traz como benefício a comunicação de massa. Pouco custo e vantagens maximizadas por meio de uma ampla divulgação entre os cooperados. Os grandes supermercados são mestres neste tipo de marketing: nas propagandas veiculadas, boa parte do dinheiro investido vem dos fornecedores. Você já pensou em criar uma estratégia para sua empresa patrocinada por seus fornecedores? Grandes lojas de boardsports ou então, marcas de diferentes segmentos no meio do skate já estão se unindo por meio destas táticas. Apresentamos brevemente três boas estratégias para incrementar ainda mais as divulgações de produtos de sua marca, que visem tornar ainda mais forte a identidade da mesma. Contudo, isto é apenas um começo para que você tenha novas idéias e não tenha medo de investir em seus negócios. Não bastar querer só lucrar. Busque ser empreendedor, criativo e inteligente, mas sem deixar de lado, é claro, de respeitar este universo sagrado chamado skate.



economia

por ana flavia carvalho

Grandes coeficientes e valores expressivos na balança comercial do Brasil, este é o nosso mercado de calçados. Os EUA são os principais compradores de produtos made in Brazil, tendo adquirido 20,7 milhões de pares no acumulado do ano, com preço médio de US$ 12,58. A Argentina é o segundo maior cliente, com 8,9 milhões de pares este ano, numa média de US$ 10,84 o par. Estes dados demonstram uma diminuição de 34% em pares e 36,7% em valores, no comparativo com igual período de 2008. Os principais estados exportadores apresentaram queda, tanto em volume de embarques, quanto em faturamento. Porém, de janeiro a setembro, o estado de São Paulo teve os índices mais negativos: -37,3% em pares e -38,9% em faturamento. O segundo estado mais prejudicado foi o Rio Grande do Sul, que embarcou -33,5% e faturou -33% este ano. O terceiro estado com maiores índices de queda é a Bahia, com 21,5% a menos em volume físico e 22,2% a menos em faturamento. A China foi apontada como a grande vilã pois, do total de calçados importados, 19,7 milhões de pares vêm da China. O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior, através da resolução número 48, publicada no Diário Oficial da União, em 9 de setembro de 2009, definiu a aplicação de taxa antidumping sobre o calçado chinês. A medida aplica o antidumping provisório por até seis meses. A alíquota fixa é de US$ 12,47 o par. Com isso, cada importação do calçado chinês, além dos 35% de tarifa, terá a sobretaxa de antidumping. Milton Cardoso (presidente da Abicalçados), definiu como corajosa a medida. “Mas nós iremos continuar atuando para a aplicação de um valor maior, de US$ 18,44 o par”. Conversamos com o consultor financeiro Osterno Dias de Carvalho Fº, para expor, com mais clareza, esta prática de mercado.

Display: O que é dumping? Osterno: É uma prática usada por empresas ou países pra diminuir o preço de produto e fazer frente a outros concorrentes internacionais, colocando seu próprio produto com preço mais baixo no mercado internacional. Display: Perde-se um pouco pra ganhar um terreno, perde em margem de lucro e ganha em território. Osterno: Exatamente, ganham em território até que dominem o mercado, podendo posteriormente, impor seu próprio preço. Inicialmente essa era a idéia do dumping. Alguns países usam a moeda para praticar o dumping, não empresarialmente, vai além das suas fronteiras. A idéia é manter artificialmente a taxa do câmbio abaixo das demais moedas pra ser mais competitivo internacionalmente e então colocar melhor os seus produtos no mundo. O exemplo mais gritante é a China com o yuan. Todas as nações estão gritando contra isso, mas sem resultados positivos, até hoje. Display: Isso é bom, não é? Você chega na China e compra um monte [108] tribo skate display 2010

de coisa. Não estou considerando as práticas e a ética com que a China trabalha, no mundo onde vivemos, gasta-se pouco e obtém-se muito no produto final, pouco se questiona a procedência da manufatura do produto que está a venda. Osterno: Essa é a política. Nós temos leis antidumping no Brasil; aliás, seguimos o GATT (General Agreement on Tariffys and Trade) e as leis da WTO (World Trade Organization), que é a OMC (Organização Mundial do Comér-

cio), que proíbe esse tipo de prática. O Brasil já entrou na OMC contra os EUA por taxações ilegais de alguns produtos, contra a França, contra vários países, algumas com sucesso outras nem tanto. Até o Brasil já foi acusado. Não posso questionar a qualidade do produto, considerando os meios usados na manufatura deles, eu posso afirmar que o custo da mão-de-obra representa mais de 50% do valor do produto, numa prática quase escrava, e um outro problema é que o produto não é manufaturado no país de origem do maquinário. A questão é que estes países produtores do maquinário mantêm salários e taxas de câmbio nos parâmetros do mercado e, assim, para se tornarem mais competitivos, terceirizam a mão de obra ou reexportam via países fabricantes, em alguns casos se utilizando, inclusive, das benesses de operações de “draw-back”. No passado mais recente foi o caso da Coréia e, voltando um pouco mais no tempo, o do Japão, que só conseguiu ser uma grande potência no período pós-guerra, porque usou da mesma prática e técnica, e atualmente não utiliza mais. Hoje, o mundo inteiro está contra a China


porque a moeda deles está subvalorizada em relação às moedas do mundo. É concorrência desleal. E a China já é a 2ª economia do mundo, e não podemos deixar de mencionar sua população de 1.200 bilhão de habitantes, equivalente a ¼ da população do mundo.

caetano oliveira

economia

Display: Quais são a 1ª e as restantes? Osterno: EUA e Japão estão na liderança, depois da China vem a India e a Alemanha, o Brasil já é a 10ª em termos de Produto Nacional Bruto. Voltando à questão, na prática de dumping: mãode-obra quase escrava e taxa de câmbio irreal, o 1º comprador tem um custo de U$ 5,00 e vende por U$ 2,50 com a finalidade de atingir o monopólio. Display: Qual a diferença do monopólio e o truste? Osterno: É muito tênue. O monopólio é produto de uma concorrência imperfeita, onde uma empresa possui vantagens suficientes que a permitem controlar os preços de certos produtos ou serviços. O Estado pode e deve intervir pela regulamentação do mercado, atraves de leis antitruste. No Brasil, temos um orgão regulador que é o CADE. Já o truste é uma fusão de diversas empresas do mesmo ramo, o que também pode se constituir em monópolio. Sabe por que a Coréia do Sul vem crescendo assustadoramente? E por que a China, que há 30 anos atrás tinha um PIB menor que o Brasil, hoje é o 2º do mundo? Além da inevitabilidade da informação compartilhada, tem relação também com a manutenção de cotações artificiais da moeda, baixa remuneração da mão de obra, com salário mínimo mensal em torno de US$30/mês, e também os efeitos da globalização, em que grandes corporações mantêm interesses pelo mundo todo, independente do país de origem de sua sede ou de seus principais acionistas. O nome do jogo é “maximização dos lucros” e os meios éticos para isso? ORA, OS MEIOS!!! Display: Considerando o fato do Brasil querer salvar seu produto do monopólio chinês, em relação às importações de tênis, ele não coloca em risco as atividades do empresário brasileiro numa época de alta do comércio, como o natal? Muitos importadores não terão seus produtos dis-

poníveis nas lojas, por conta da taxa antidumping? Osterno: Pelo que temos visto até agora, a taxação imposta não tem sido suficiente para coibir o volume de importações vindas destes países. Display: Como se chega à conclusão de que é necessária a taxação antidumping? Existem números que levam a esta prática? E como é calculado seu expoente de US$ 12,47 o par? Osterno: A necessidade de taxação é óbvia, pela total perda de competitividade de nossas indústrias, principalmente pelo custo da mão-de-obra e subvalorização cambial. Quanto ao valor da taxação, acredito que se leve em conta os preços aqui praticados, mas não saberia responder com absoluta certeza. Display: Por que não poderia aplicar a taxa apenas sobre novos pedidos de importação? O antidumping foi uma imposição e aplicada no que já estava em trâmite, aumentando a receita por conta do importador, que não estava programado? Isso é correto? Osterno: Não poderia haver retroatividade, mesmo porque nossas leis só admitem a cobrança de taxas ou impostos apenas após sua promulgação e publicação. Temos que analisar se o fato gerador da taxa foi considerado na ocasião do pedido ou na ocasião de sua nacionalização (desembarque). Do ponto de vista legal, acredito que deva

ser na nacionalização ou emissão da DI (Declaração de Importação). Display: Quem se beneficia da taxa, os cofres públicos? Isto é revertido em melhorias nos portos? Dizem que nossos portos são muito rasos e impedem grandes cargueiros de aportarem na nossa baía, precisando ancorar em alto mar e um cargueiro menor faz o transporte dos containers para nossos portos. Quando há algum imprevisto, perde-se tempo e o grande cargueiro segue viagem e a mercadoria não é descarregada. Estas coisas acontecem, e muito, o que impede o crescimento econômico, não é? Não é muito mais importante sanar este problema? Resolver a porcaria interna, antes de cutucar as grandes potências? Osterno: Vai tudo pra caixa da viúva, mesmo, mas a precípua é que seja aplicado totalmente em infra-estrutura portuária. Se o governo assim o fará? Difícil resposta, mas concordo plenamente. Enquanto não estivermos imbuídos da necessidade do investimento em infraestrutura em todos os níveis, jamais teremos a competitividade para enfrentar os tigres asiáticos ou não, e esse é o grande empecilho ao total desenvolvimento de nossa indústria. Grande parte de nossos maiores expoentes em economia defendem a urgência de melhorias em infra-estrutura, mesmo à custa de redução do superávit primário, mas isto já é uma outra história... tribo skate display 2010 [109]




Crooked

Leo Giacon

Shape: Um model desenhado por mim (largura 7,8 e comprimento 31,5 polegadas). Tô trabalhando no meu, da Euro Skateboards Rodas: 52mm. Tô usando umas Connexion legais Eixos: Altura média e largura 138,5cm Rolamentos: Reds, da Bones Parafusos: De base 10 e Allen maior Lixa: Qualquer uma que não seja a “lixa negra” [112] tribo skate display 2010

fotos caetano oliveira

Skate dos sonhos


fotos Carlos Henrique

Skate dos sonhos

Ollie to f/s wallride

Alexandre ZIkk Zira Shape: Darkstar Rodas: Spitfire 53 Eixos: Independent Rolamentos: Reds Lixas: Jessup

tribo skate display 2010 [113]





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