SS GoMag Portuguese European II

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Onde o Desporto e a Fé se Ligam

Radamel Falcão 108

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José Luis Vidigal

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Clint Dempsey

Lúcio

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José Luís Vidigal Portugal

Cyrille Domoraud

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CONTEÚDO

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RADAMEL FALCÃO:

Apesar dos altos e baixos, a estrela de futebol da Colombia, Radamel Falcão manteve-se constante na sua fé.

LÚCIO:

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AFP/Getty Images

Federico Lopez Claro/STR/Getty Images

Fama e fortuna não distraem o Brasileiro Lúcio do seu principal objetivo - glorificar a Deus.

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CLINT DEMPSEY:

Apesar das tragédias do passado, Clint Dempsey ficou mais perto de Deus, em vez de mais longe.

JOSÉ LUIS VIDIGAL:

Popperfoto/Getty Images

O português José Luis Vidigal experimenta a vitória através da derrota num dos maiores jogos da sua carreira.

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CYRILLE DOMORAUD:

Issouf Sanogo/Getty Images

Cyrille Domoraud da Costa do Marfim centrou-se no bem em vez do mal, e por isso, tem sido capaz de “agradecer a Deus pela oportunidade de fazer parte do seu reino.”

Kevin C. Cox/Getty Images

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Federico Lopez Claro/STR/Getty Images


Lúcio FAMA E FORTUNA NÃO DISTRAEM O BRASILEIRO LÚCIO DO SEU PRINCIPAL OBJETIVO - GLORIFICAR A DEUS

Q

uando o ex-capitão brasileiro Lucimar Ferreira da Silva, ou Lúcio como ele é conhecido no mundo do futebol, foi relembrando a vitória do Brasil no Mundial do Japão, os seus pensamentos levaram-no àquilo que ele sentiu quando ajudou o seu país, louco por futebol, a ganhar o título mais cobiçado no mundo do desporto. Mas ele também pensou sobre a parte mais importante da sua vida. “No Brasil, todos sonham com isso “, diz ele acerca de ganhar o Mundial. “Eu fui capaz de participar nesse grande sonho. Éramos um grupo grande e foi um momento muito importante na minha vida e na vida da minha família. Mais uma vez, tivemos a oportunidade de agradecer a Deus com o mundo inteiro a assistir. Sem dúvida, este momento foi mais importante do que o título.”

O movimento desportivo internacional serve atletas como Lúcio a viver, representar e compartilhar as suas histórias de fé no mundo do desporto. Eles mostraram ao mundo a sua paixão por Deus ao tirar as suas camisas revelando por baixo breves declarações a respeito de Jesus e o seu amor por Ele. Mesmo numa breve conversa, não é raro ouvir Lúcio a dar graças a Deus constantemente por todos os aspectos da sua vida - de jogar futebol para ganhar a vida, de ter uma esposa, filhos e apreciar outras simplicidades da vida. Ele jogou mais de 100 jogos internacionais para o Brasil, incluindo aquele, em junho de 2009, quando ele marcou o golo da vitória para ajudar o Brasil a uma vitória de 3-2 contra os Estados Unidos no jogo da Taça das Confederações na África do Sul. “Eu acho que a confiança que tínhamos em nós mesmos durante a Taça das Confederações foi fundamental”, ele compartilhou. “Mas acima de tudo, reconhecemos o poder de Deus agindo nas nossas vidas.” O foco foi e é sempre sobre Deus, Sua misericórdia, como Deus o abençoou, de muitas formas, e quanto ele precisa de Deus, apesar de aparentemente ter tudo. “Acredito que o facto de eu jogar por um grande clube, jogar na selecção nacional, o facto de que eu tenho uma esposa e família que me apoiam, mostra-me que eu preciso de Deus ainda mais”, diz Lúcio. “Sem dúvida, hoje eu posso dizer que Deus tem feito coisas na minha vida que eu nunca teria imaginado. Como profissional, jogando por grandes clubes, (ganhar) títulos, ter uma esposa e filhos que são saudáveis e andando no mesmo caminho em direção a Jesus, e compreender o que Deus tem feito por nós, o amor que Ele demonstra por nós todos os dias, e a Sua misericórdia na nossa fraqueza e no facto de que somos pecadores. Eu acredito que Deus mostra o amor verdadeiro quando falhamos e Ele nos ama e cuida de nós da mesma forma. Eu acredito que isto é o que nos leva para mais perto Dele a cada dia.” 3


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Popperfoto / Getty Images


José Luis Vidigal O PORTUGUÊS JOSÉ LUIS VIDIGAL EXPERIMENTA A VITÓRIA ATRAVÉS DA DERROTA NUM DOS MAIORES JOGOS DA SUA CARREIRA

Popperfoto / Getty Images

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segundo de 12 filhos, incluindo quatro que jogavam futebol, José Luis Vidigal entende o que significa lutar para ser visto. Durante 18 anos de carreira profissional, Vidigal passou a maior parte do tempo em Itália e Portugal. Neste período, representou Portugal em 28 jogos, incluindo sete na equipa sub-21, seis durante os Jogos Olímpicos, onde Portugal terminou em quarto lugar, e 15 na selecção nacional. Quatro destes jogos foram no Europeu da UEFA, incluindo a derrota na meia-final para a França. Mas o jogo mais memorável e mais emocionante foi uma vitória por 3-2 contra a Inglaterra. Perdendo por 2-0, Portugal marcou três golos e passou a liderar o seu grupo com 3 vitórias. Na fase eliminatória, Portugal ganhou o seu primeiro jogo, por 2-0, contra a Turquia, antes de perder por 2-1 para a França nas meias-finais. “Eu nunca vou esquecer esse jogo (contra a Inglaterra), porque estávamos numa situação muito dificil”, diz Vidigal. “Mas eu lembro-me como Deus me disse que teríamos um belo campeonato europeu. Embora tenhamos perdido 2-1 (para a França nas meias-finais), eu ainda acreditava que algo de bom pode vir de fora. Sem dúvida, foi Jesus Cristo que transformou a perda de um jogo de futebol num grande resultado Jesus mudou a minha vida. Desde o início eu pensei que eu poderia arranjar tudo sozinho, nas relações com a minha família e nos meus mundos profissionais e sociais. Eu acreditava nas minhas próprias capacidades, mas não ajudou. ”Quando eu aceitei Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador, então tudo se tornou mais claro. Aprendi a perdoar e a ajudar. A

Desportistas de todo o mundo ajudam-se e incentivamse uns aos outros de uma forma holística, ajudando a compreender que a sua autoestima é baseada em quem eles são e não no que eles fazem. minha vida mudou. Vidigal jogou por mais nove temporadas após o Campeonato Europeu, mas o futebol não era mais um número na sua vida. “Eu acredito em Jesus, porque eu sei que a minha vida não termina cá neste mundo,” diz Vidigal. “Eu tenho um lugar especial ao lado de Jesus, e Ele aceita-me como sou. Eu quero que mais pessoas tenham fé e percebam que devem aceitá-lo, porque senão eles vão ter um tempo difícil no final desta vida terrena. “Minha motivação em tudo vem do Senhor, porque eu vivo e trabalho para Ele. Quero ser um exemplo de Deus na Terra. Se eu não fizer isso, e se eu não for motivado por Deus, seria difícil de falar às pessoas sobre ele. “Meus versículos bíblicos favoritos são: ‘Nós somos mais do que vencedores através dele que nos amou. “ (Romanos 8:37) e “Porque Deus amou o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Desportistas que desejam viver em obediência à Bíblia. ”O primeiro versículo está intimamente ligado com a minha profissão. Eu acredito que eu posso passar os meus dias sendo vitorioso. Eu não quero ganhar no futebol ou qualquer outro desporto, mas na vida. Na Bíblia, João 3:16 é o fundamento da minha fé.” 5


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Issouf Sanogo/Getty Images


Cyrille Domoraud CYRILLE DOMORAUD DA COSTA DO MARFIM CENTROU-SE NO BEM EM VEZ DO MAL, E POR ISSO, TEM SIDO CAPAZ DE “AGRADECER A DEUS PELA OPORTUNIDADE DE FAZER PARTE DO SEU REINO”

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ara Cyrille Domoraud, O Mundial da Alemanha representava tanto o maior triunfo como o mais difícil desafio da sua carreira. No final de 2005, Domoraud, o defesa da Côte d’Ivoire (Costa do Marfim), capitaneou Les Éléphants (os elefantes), a selecção nacional de futebol na sua primeira vez no Campeonato do Mundo, um evento histórico que levou a um cessar-fogo temporário numa guerra civil de seis anos na sua nação. Mas Domoraud não jogou nos dois primeiros jogos – duas derrotas com a Argentina e a Holanda - antes de ver um cartão vermelho no último jogo dos Elefantes, numa vitória sobre a Sérvia e Montenegro. “Foi um duro golpe pois senti que os meus esforços não foram recompensados”, diz ele. “Mas isso faz parte do trabalho.”

tornou-se um seguidor de Cristo e deixou a sua educação supersticiosa. Até então, a sua impressionante carreira de jogador foi crescendo. Depois de começar com vários clubes franceses, ele passou uma temporada com o gigante italiano Inter de Milão antes de jogar em equipas de França, Espanha, Turquia e, finalmente, de volta à Costa do Marfim. A sua última temporada como profissional foi com a África Sports de Abidjan.

Para atletas como Cyrille, Academias de Desporto providendiam formação técnica e oportunidades de desenvolvimento espiritual.

Agora ele tem dedicado mais tempo ao seu Centro de Formação Cyrille Domoraud, em Abidjan, que produziu, entre outros, o atacante da Costa do Marfim Wilfried Bony do Swansea City (Campeonato Inglês). Mas Domoraud será sempre lembrado na Costa do Marfim, como parte da famosa equipa do Mundial da Alemanha, apesar das frustrações temporárias que se seguiram. “Eu estava tão feliz de estar no Campeonato do Mundo e agradeci A nossa oportunidade de a Deus por me permitir fazer parte dele, pois foi Ele que me permitiu ir” anunciar o Evangelho no diz Domoraud. “Foi um milagre - um mundo do desporto. grande momento que Deus me deu na minha vida e na minha carreira. Nascido na Costa do Marfim, Eu nunca teria pensado em me tornar Domoraud cresceu numa cultura um jogador de futebol profissional, rica em feitiçaria. Como um jogador mas por Sua direção, isso aconteceu. jovem, ele costumava usar um anel da Então, ao invés de perguntar porque é sorte - um dos muitos talismãs que que as coisas negativas aconteceram, possuía - na esperança de obter a eu agradeço a Deus pela oportuniprotecção espiritual e afastar os maus dade de fazer parte do Seu reino e por espíritos. Mas em parte graças ao fiel jogar no Campeonato do Mundo.” testemunho da sua irmã, Domoraud 7


A Experiência Conta AFP/GettyImages

APESAR DOS ALTOS E BAIXOS, A ESTRELA DE FUTEBOL DA COLOMBIA, RADAMEL FALCÃO MANTEVE-SE CONSTANTE NA SUA FÉ

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em sido um ano intenso para a estrela de futebol colombiana Radamel Falcão. Falcão, considerado um dos melhores atacantes do mundo, foi adquirido pelo Mónaco em maio de 2013, num grande negócio de transferência do Atlético de Madrid. Entretanto, as coisas ficaram ainda mais emocionantes. Três meses após o seu contrato, Falcão e a sua esposa, a cantora argentina Lorelei Taron, tiveram o seu primeiro filho, Dominique Garcia Taron.

John Thys / Getty Images

Quando os atletas enfrentam lesões, eles ajudam e incentivam-se uns aos outros de uma forma holística, ajudando a compreender que a sua auto-estima é baseada no que eles são e não no que eles fazem.

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Um novo contracto. Um novo membro na familia. Um bom ano para Falcão, com 28 anos de idade, que se tornou um símbolo da seleção colombiana. Em 22 de janeiro, no entanto, quando jogava pelo Mónaco no Mundial de França, Falcão lesionou o seu joelho, obrigando-o a uma cirurgia ao ligamento cruzado anterior, três dias depois. Num instante, os seus sonhos para a Colômbia desabaram. O Campeonato do Mundo só acontece a cada quatro anos, e a sua lesão não poderia ter vindo em pior altura na escala nacional. No entanto, a única coisa que o manteve firme nos bons momentos é também aquilo que o mantem a respirar neste momento difícil. Apesar da lesão, Falcão - conhecido como o “El Tigre” ou “The Tiger” ainda tem uma bela família. Os fãns de futebol são surpreendidos com as suas habilidades e capacidade de marcar golos. Os seus admiradores e as empresas de marketing adoram o seu aspecto distinto – um rosto amigável

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Muitos atletas de topo providenciam treinamento para a formação de vida para ajudar jovens a desenvolverem as suas habilidades desportivas, práticas de vida e compreensão bíblica. e cabelo longo e preto. As outras equipas apreciam a sua reputação fora do campo, ele é um homem de família, crente devoto, e um líder de um ministério de desporto. Profissionalmente. Financeiramente. Pessoalmente. Ele parece ter tudo. Falcão entrou pela primeira vez em cena com 13 anos de idade jogando no Lanceros Boyaca na Colômbia, e desde então continuou a surpreender aqueles que assistem ao seu jogo em

campo. O nome dele surgiu quando jogou pelo Atlético de Madrid, de 2011-2013, período em que ele marcou mais de 100 golos. Em 2012, o jornal The Guardian classificou Falcão como sexto na lista dos 100 melhores jogadores de futebol do mundo, e o bem conhecido treinador Fábio Capello considera Falcão ao mesmo nível das estrelas internacionais Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Mas com o sucesso vem a pressão e a tentação - pressão para executar e tentação de acreditar no louvor das pessoas quando se tem um bom desempenho. “Eu sinto-me abençoado por jogar e marcar”, diz Falcão. “É a expressão máxima do jogo e um momento especial para os jogadores e fãs. Mas, com o reconhecimento e a responsabilidade de pontuar vem um monte de pressão. Eu me inclino a Deus por essa pressão, sabendo que Ele está sempre lá para me ajudar. A minha fé n’Ele tem me ajudado a manter a minha compostura e permanecer firme nas minhas

Michael Regan / Getty Images


Philippe Merle/ Getty Images

convicções ao longo da minha carreira e em toda a minha vida.” É isso que torna Falcão especialmente único – a sua visão do mundo à luz da sua imensa popularidade, a riqueza, a sua capacidade de se manter firme em

suas convicções, apesar de parecer ter tudo o que o mundo tem para oferecer. “Alguns dizem que ter futebol, reconhecimento e dinheiro é tudo que é preciso para estar satisfeito”, Falcão reflete. “Mas muita gente sente-se vazia e tem um vazio no seu

coração, apesar da fama e posses. Eu acredito que só Deus pode satisfazer a nossa necessidade espiritual. Jesus Cristo deu a vida para satisfazer essa necessidade. Com Ele, podemos ter a certeza de que Ele nunca nos deixará. Eu sei isso pessoalmente, porque eu tenho experimentado repetidamente a Sua fidelidade e amor na minha própria vida.” Uma coisa é ouvir alguém que nunca tenha experimentado nada de extraordinário dizer que o mundo é inútil, mas outra é alguém que chegou ao topo dizer mesmo assim que sente um vazio. Tal como para alguém que não tenha dinheiro seja fácil dizer que a riqueza não faz sentido, enquanto que para aqueles que têm experimentado sucesso financeiro, dizerem que viver exclusivamente para enriquecer não faz sentido. A experiência única de Falcão neste mundo, combinada com a sua visão dessa experiência, permite que as pessoas vejam o mundo por aquilo que ele realmente é. Como o teólogo Henri Nouwen disse uma vez no seu livro Vida do Amado, “Você tem de continuamente perceber aquilo que o mundo à tua volta te faz, tal como ele é: manipulador, controlador, sedento de poder, e, a longo prazo, destrutivo.” Foi Santo Agostinho que disse uma vez: “Fomos feitos para ti, ó Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em ti”. Alguns chamaram-lhe um “buraco em forma de Deus” que existirá para sempre nos nossos corações não importem o quão impressionantes sejam as nossas realizações ou quanto dinheiro esteja nas nossas contas. A fé de Falcão é o mais importante para ele quando joga no seu melhor e é o que o mantém dependente de Deus nos momentos baixos. A sua fé continua a ser uma constante em situações em que pode haver muitas perguntas.


APESAR DAS TRAGÉDIAS DO PASSADO, CLINT DEMPSEY FICOU MAIS PERTO DE DEUS, EM VEZ DE MAIS LONGE. 12

Christian Petersen/Getty Images


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lint Dempsey descobriu que gostava de futebol na escola. A alegria de marcar golos era exactamente o que ele precisava para aprofundar o seu amor por um jogo que o levou por todo o mundo e permitiu-lhe jogar ao mais alto nível do futebol na Europa e nos Estados Unidos. “Meus pais tinham me iniciado no desporto para me ajudar a aprender boas habilidades”, diz Dempsey. “Eu não sabia que o desporto que eu amava e as habilidades que aprendi mais tarde iriam desempenhar um papel na minha relação com Deus.” Dempsey tinha 21 anos quando se tornou profissional, o mesmo ano em que ele jogou na seleção dos EUA e também ganhou o prémio “Revelação do Ano” na Liga Profissional de Futebol. Um ano depois, levantava o primeiro de dois troféus do campeonato da Liga Nacional de Futebol para o New England Revolution. Desde então, ele tem jogado na Inglaterra, com o Fulham e o Tottenham Hotspur, ajudou os EUA a vencer a Taça de Ouro, representou os EUA em jogos do Mundial e foi nomeado Atleta do Ano nos EUA por várias vezes.

Embora o futebol tenha moldado uma grande parte da vida de Dempsey, quando ele tinha 12 anos uma tragédia mudou a sua vida para sempre. “Eu cresci numa família religiosa e ia à igreja com a minha avó todos os domingos. Através dela, eu aprendi como a fé era importante “, diz Dempsey. “Quando eu tinha 12 anos, a minha vida tomou um rumo que me mudou para sempre. A minha irmã (Jennifer) morreu (de um aneurisma cerebral) e fui confrontado com perguntas sobre porque as coisas acontecem e qual o papel que Deus tem em tudo. Durante alguns anos, lutei e manti uma distância entre Deus e mim. Mas Ele foi fiel e paciente, e gradualmente deu-me a cura e a força.”

Em todo o mundo, desportistas ajudam-se e incentivam-se uns aos outros de uma forma holística, ajudando a compreender que a sua auto-estima é baseada em quem eles são e não no que eles fazem. Embora soubesse a respeito de Deus, ele não estava ativamente buscando a Deus. No entanto, um estudo bíblico em grupo da Universidade Furman, em Greenville, SC, ajudou a aprender mais sobre Deus e a compreender o que uma fé activa realmente significava. “Na universidade, entrei para um grupo de estudo bíblico. A Palavra de Deus trouxe-me a paz e o desejo de um relacionamento com Deus “, diz Dempsey. “Descobri que interrogálo e procurar respostas através das Escrituras ajudaram-me a crescer e deram-me direcção. Agora, a minha fé em Cristo é o que me dá confiança para o futuro. Eu sei que através de ambos bons e maus momentos, ele é fiel e vai cuidar de mim.” Recordando os tempos da universidade ele dá graças a Deus por ter feito parte do grupo de estudo

bíblico, estando grato também por algo mais - a vida. Um dia, dois dos seus companheiros de equipa pediram-lhe para ir a um concerto com eles. Porque ele não tinha muito dinheiro, Dempsey disselhes que não podia ir. A falta de dinheiro salvou a sua vida. No caminho para o concerto, o carro que os dois amigos conduziam teve um acidente e caputou. Um camião pesado bateu no carro e matou um dos amigos e o outro ficou gravemente ferido e incapacitado de voltar a jogar futebol. Apesar das tragédias do passado na vida de Dempsey, isso não fez com que ele passasse a orar por segurança com mais freqüência. Contudo, ele aprofundou a sua perspectiva de vida - que não sabemos quando vamos embora e que não temos muito tempo para ter impacto na vida das pessoas e também aprofundou o seu desejo de agradar a Deus. “Hoje, eu oro por força para viver o caminho que está à minha frente”, diz ele. “Eu jogo com o melhor de minhas habilidades e sou grato pelas muitas oportunidades e sucesso que Ele me

Desportistas que desejam viver em obediência à Bíblia tem dado. Por tudo isso, eu quero fazer o bem, não cometer erros, e viver uma vida que agrada a Deus.” Ele faz isso através da leitura da Bíblia, que lhe dá uma visão e uma direção para a vida. “Deus dá a força, mesmo quando as circunstâncias parecem impossíveis”, diz ele. “A partir da Bíblia, em Gênesis, Deus prometeu a Abraão que ele seria o pai de muitas gerações, mas durante anos a sua esposa, Sara, foi incapaz de ter filhos. Mesmo quando ele se aproximou dos cem anos de idade, Abraão não vacilou na incredulidade na promessa de Deus, mas foi fortalecido na sua fé e deu glória a Deus “Na Bíblia (Romanos 4:20). A fé de Abraão foi recompensada quando Deus honrou a sua promessa e Sara, aos 90 anos, deu à luz o seu filho, Isaac.”


Adrian Dennis/Getty Images

Stan Honda/Getty Images

Glyn Kirk/Getty Images

Jamie Sabau/Getty Images

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